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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.683 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2018 DIVULGAÇÃO

OPINIÃO O jurista Modesto Carvalhosa já teve o seu nome lembrado para a suprema magistratura da Nação e não lhe faltam predicados para exercê-la, como foi reconhecido por aqueles que acompanham a sua trajetória exemplar de mestre do Direito, pontificando, ainda, pela coragem de dizer o que nem sempre agrada aos detentores do poder. Entre as suas sugestões está a de adoção de concurso público para o exercício da magistratura nos tribunais superiores, com mandato de dez anos. Na fundamentação de sua proposta, Carvalhosa ressaltou que o Supremo Tribunal Federal, ao contrário do que ocorre com a Supreme Court, nos Estados Unidos, tornou-se uma quarta instância do Poder Judiciário. Atualmente, julga recurso em ações ordinárias, inclusive ações civis originárias da própria Corte, habeas corpus e mandados de segurança. (Aristoteles Atheniense), pág. 2

EDITORIAL

O patrimônio líquido do ramo de crédito foi de R$ 4,9 bilhões em 2017, uma alta de 11,6% em relação a 2016

Cooperativa de crédito ganha mais espaço em MG Setor é alternativa no mercado financeiro oligopolizado Em 2017, o segmento foi o principal – entre todos os ramos do cooperativismo – em movimentação econômica, atingindo R$ 18 bilhões, o representa 39,1% do total do Estado. Foi registrado crescimento de 6,6% em relação a 2016, quando o

valor foi de R$ 16,9 bilhões. Com isso, esse ramo ficou acima até mesmo do tradicional cooperativismo agropecuário, que movimentou R$ 17,7 bilhões no ano passado. “Os mineiros estão cada vez mais descobrindo o cooperativismo como

uma possibilidade de inserção no sistema financeiro”, disse o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato. Para Scucato, as taxas e tarifas mais atrativas oferecidas pelas cooperativas de crédito e o atendimento são os grandes diferenciais. Pág. 3

Trabalho da BCR Bartofil é reconhecido em premiação A empresa BCR Bartofil Distribuidora, com sede em Ponte Nova, na Zona da Mata, recebeu o prêmio de Melhor Empresa Atacadista do Brasil pela Revista Valor 1000. O diretor comercial da empresa, Rafael Bartolomeu, atribui o resultado a muitos anos de trabalho e investimentos, sobretudo em pessoal e novas tecnologias. Pág. 7

RODRIGO ZEFERINO/DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Este tipo de centro comercial costuma ter no máximo 5 mil metros quadrados e lojas enfileiradas

Dólar - dia 23

Euro - dia 23

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 4,1198 Venda: R$ 4,1203

4,7098

Venda: R$ 4,7121

Ouro - dia 23

Compra: R$ 4,0500 Venda: R$ 4,2670

NovaYork(onça-troy):

Compra: R$ 4,0721 Venda: R$ 4,0727

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 24): ............................. 0,0000%

Turismo Ptax (BC)

DC e Nippon lançam livro que reconta a história entre Brasil e Japão

Um livro que celebra a relação entre japoneses e brasileiros, especialmente os mineiros, na construção da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) e da cidade de Ipatinga, no Vale do Aço. Este é o “Memórias - uma história feita de encontros”, lançado ontem no município pelo Diário do Comércio, em parceria com a Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation Luiz Carlos enfatizou a importância dos japoneses na expansão e modernização da indústria do Estado (NSSMC). Pág. 5

Sumário de Touros ajudará a fortalecer a pecuária Os pecuaristas de Minas Gerais já podem ter acesso aos primeiros dados de avaliação genômica dos bovinos da raça Nelore. Nesta semana foi lançado o Sumário de Touros, onde estão reunidas as avaliações genômicas da raça e a avaliação genética das demais raças zebuínas. A avaliação genômica é considera fundamental para o avanço da pecuária no País. Pág. 13

Sobre a renovação no Congresso Nacional, assunto abordado em comentário anterior, o respeitado advogado José Anchieta da Silva, do Colégio de Presidentes do Instituto dos Advogados do Brasil e diretor da Associação Comercial de Minas, também tem uma opinião formada. Segundo ele, o resultado que se espera, frustrando expectativas anteriores, “é o produto de um sistema viciado, de leis adrede encomendadas e de arranjos dos quais se ocupa a gente de Brasília”. E acrescenta: “O Brasil, no entanto, não pode continuar um barco à deriva. É preciso restabelecer o vigor das instituições privadas, nutrindo-as, organizadamente, de munição própria – e, em boa medida, original – para que se possa, de fato, construir um projeto de nação”. “Construindo uma saída”, pág. 2

Poupança (dia 24): ............ 0,3715% IPCA-IBGE

(Julho):............

0,33%

US$1.194,00

IPCA-Ipead (Julho):............ 0,67%

R$ 155,50

IGP-M (Julho): ......................... 0,51%

+2,29

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-1,50 20/08

21/08 22/08

-1,65 23/08

Strip mall é aprovado pelo consumidor da capital mineira Ter um centro de compras como caminho, e não como destino, é um dos diferenciais dos strip malls, centros comerciais de conveniência para atender ao público local. Diferente de um shopping center, que implica maior tempo no deslocamento e tempo gasto dentro dele, o conceito de um strip mall é trazer um mix de lojas próximo ao consumidor, fazendo com que ele gaste menos tempo nas compras e no trajeto. Pág. 11


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2018

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OPINIÃO Uma corte mais confiável ARISTOTELES ATHENIENSE * O jurista Modesto Carvalhosa esteve conosco para o lançamento de livro que contém preciso diagnóstico da política brasileira. A obra, “Da Cleptocracia para a Democracia em 2019”, segundo o autor é um projeto de Governo e de Estado. Carvalhosa já teve o seu nome lembrado para a suprema magistratura da Nação. Não lhe faltam predicados para exercê-la, como foi reconhecido por aqueles que acompanham a sua trajetória exemplar de mestre do direito, pontificando, ainda, pela coragem de dizer o que nem sempre agrada aos detentores do poder. Entre as suas sugestões está a de adoção de concurso público para o exercício da magistratura nos tribunais superiores, com mandato de dez anos. Na fundamentação de sua proposta, Carvalhosa ressaltou que o Supremo Tribunal Federal, ao contrário do que ocorre com a Supreme Court, nos Estados Unidos, tornou-se uma quarta instância do Poder Judiciário. Atualmente, julga recurso em ações ordinárias, inclusive ações civis originárias da própria Corte, habeas corpus e mandados de segurança. Com isso, ex-

trapolou matérias que deveriam ser de sua exclusiva jurisdição constitucional, sendo de sua competência a última palavra em mais de 45 mil processos que passaram por todos os filtros recursais possíveis, tornando-se notória a sua disfuncionalidade. O autor destacou o fato de que os ministros da mais alta Corte são nomeados pelo presidente da República sem nenhum critério objetivo, o que leva a uma percepção da sociedade de que prevalecem as afinidades políticas na livre escolha. Ainda que alguns dos ministros conservem a sua independência na solução das questões relevantes que lhes são submetidas, o mesmo não acontece com outros. Na sua longa experiência de advogado, Modesto Carvalhosa convenceu-se do “quadro errático dos julgamentos quando se trata de matéria que envolve o mundo político e seus corruptos integrantes”. A consequência é sobejamente conhecida: “A deslegitimação da nossa Suprema Corte”. Seus pronunciamentos, “principalmente nos últimos anos, não trazem segurança institucional”.

A vitaliciedade do cargo de ministro concorre para a falta de produtividade. Há feitos que aguardam decisão por mais de uma década. O mandato no STF, nas demais Cortes Superiores e no Tribunal de Contas da União, concorreria para maior arejamento naqueles órgãos. “Há que se criar uma cultura de que “estou ministro” e não mais de que “sou ministro”. A nova Constituição determinará essa alteração substancial em prol da independência dessas instituições e consequente benefício da sociedade” (ob. cit., págs. 113/115). Os motivos que levaram Modesto Carvalhosa a recomendar alteração na competência do STF e na nomeação de seus ministros estão em sintonia com a opinião pública. Se forem assimilados, haverão de infundir nos brasileiros maior confiabilidade na Justiça, sobretudo, em sua instância derradeira. É o que não pode tardar. * Advogado, Conselheiro Nato da OAB, Diretor do IAB e do Iamg

Educação continuada para o crescimento CARLOS EDUARDO GOMES* Nas últimas décadas, o crescimento econômico brasileiro tem sido inconstante e volátil, pontuado por períodos curtos de alta ou de baixa, tipificando os chamados “voos de galinha”, jargão utilizado com frequência pelos agentes econômicos. As séries históricas em relação ao PIB demonstram a dificuldade e o desafio que temos enfrentado para manutenção de uma taxa de crescimento robusta e sustentável. Diversos fatores afetam o desempenho da economia, tais como os itens regulatórios e as políticas públicas, que influenciam na eficiência e no peso do Estado sobre a economia, a transparência e previsibilidade das regras de negócios, a capacidade de investimento público e privado, a infraestrutura, além de outros fatores associados como o déficit fiscal, taxa de juros, complexa estrutura de impostos e tributos, burocracia, estímulos e incentivos para o empreendedorismo e iniciativa privada, nível de consumo das famílias etc. Adicionalmente, também somos afetados por fatores externos, como preços de commodities, acordos comerciais entre países e blocos econômicos, questões climáticas, conflitos e crises mundiais, dentre outros, e que de forma pontual impactam os negócios, mas que por si só não podem ser citados como justificativas consistentes para as dificuldades estruturais da economia, que predominante são de nossa responsabilidade e não de agentes externos. A capacidade econômica de um país depende fortemente da competitividade das organizações para a concretização de negócios nos mercados interno e externo, e este é um fator relevante que gostaria de pontuar neste texto. A competitividade das organizações e, por conseguinte, do país é reflexo de um complexo sistema. No primeiro nível ou camada de análise, os fatores mencionados nos parágrafos anteriores são os mais óbvios e visíveis. Porém, ao aprofundarmos nas camadas mais centrais, poderemos observar que a qualidade da formação dos cidadãos, em termos educacionais, culturais e profissionais são componentes primordiais que forjam e modelam, na essência, o poder competitivo de uma nação. Obviamente que na raiz da formação das pessoas a muito já debatida fraca

qualidade do ensino público, nos níveis fundamental e médio, salvo raras exceções, acarreta em gaps importantes no processo de formação da cidadania e da qualificação dos profissionais, e muito provavelmente este aspecto seja o mais relevante de todos os nossos desafios. Não há mais dúvidas de que a principal fonte de vantagem de competitiva sustentável das organizações, e podemos extrapolar para a nação, é a qualidade do capital humano, considerado o mais importante dos ativos intangíveis. A produtividade, a eficiência e a inovação no ambiente empresarial dependem sobremaneira do nível de qualificação e engajamento dos funcionários. No contexto atual, o conhecimento e as novas tecnologias estão evoluindo em ritmo muito acelerado, por vezes de maneira caótica e difusa, o que nos impulsiona a continuar estudando e aprendendo de forma permanente, mesmo após a conclusão do curso de graduação. Em paralelo, a competição empresarial não está localizada exclusivamente no âmbito das organizações, mas também no âmbito dos indivíduos, dentro das organizações. As empresas privadas estão operando com estruturas cada vez mais enxutas, com pirâmides mais achatadas, aspectos que intensificam a disputa por cargos e remuneração entre os colaboradores. O planejamento e a gestão da carreira dependem cada vez mais do protagonismo do indivíduo, com menos interferência ou dirigismo por parte da organização. As oportunidades de desenvolvimento e de carreira estão sendo oferecidas para os profissionais que demonstram mais preparo técnico, resultados e competências. Em decorrência deste cenário, os profissionais, em todas as áreas do conhecimento, estão investindo constantemente no aperfeiçoamento de conhecimentos e competências para se manterem competitivos no mercado de trabalho, seja como funcionários de pequenas, médias e grandes empresas, seja como liberais ou autônomos. * Coordenador do Lato Sensu do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Desafios da logística no Brasil FELIPE GALHEIGO * A logística é um dos setores que mais vem ganhando força e espaço no Brasil nos últimos anos. E esse avanço, certamente, é reflexo da expansão do e-commerce, que tem apresentado um crescimento exponencial. Só em 2017, este mercado evoluiu 12% e faturou R$ 59,9 bilhões no período, de acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Ainda de acordo com a ABComm, para 2018, a projeção de aumento das vendas on-line é de 15%, chegando a um faturamento de R$ 69 bilhões. Além disso, a expectativa para o setor logístico no País é de gerenciar, ao longo do ano, mais de 220 milhões de pedidos. E estes números só tendem a crescer. Com a retomada da economia e o aumento da confiança dos consumidores em efetuarem compras em lojas virtuais, a logística acompanha essa tendência e mostra a sua importância. Porém, mesmo com uma expansão acelerada, o setor tem muitos desafios a serem superados em nosso País. Para começar, a deficiência na infraestrutura é um dos maiores gargalos que o Brasil enfrenta quando o assunto é logística. A falta de boas estradas para as transportadoras, carência de estrutura das vias para os caminhões e a falta de segurança prejudicam toda uma frota de entrega. Questões que precisam ser revistas pelos órgãos públicos com a máxima urgência. Em 2017, foi investido apenas 1,4% do PIB em infraestrutura, o que representa a taxa mais baixa da história do País, aponta levantamento do Infra2038. Se compararmos este aporte com o desenvolvimento do e-commerce (12% no último ano), este volume não tem representatividade alguma. Além da infraestrutura defasada que o Brasil oferece, a ausência de conexões dos diferentes modais também impacta diretamente o segmento. Mesmo o estado de São Paulo, que conta com

o Porto de Santos, responsável pela mais elevada movimentação de carga do País, e com o Aeroporto de Guarulhos, considerado um dos mais relevantes do mundo, a malha rodoviária é a que concentra a maior parte das demandas de entregas, deixando os transportes ferroviário, hidroviário, dutoviário e aeroviário com as menores escalas. E essa é uma dor que reflete em todo o mercado. A greve dos caminhoneiros foi um bom exemplo de que qualquer falha na malha rodoviária pode ser fatal. Este é um gap que precisamos suprir imediatamente. Um país inteiro não pode depender de apenas uma forma de transporte, sendo que existem outras maneiras tão eficientes quanto. Construir uma malha multimodal é a estratégia mais plausível. Entregas de longa distância, por exemplo, poderiam ser realizadas por trens ou aviões. Porém, hoje, mesmo estas encomendas se concentram quase em sua totalidade no transporte rodoviário. Precisamos pensar em ações de longo prazo para quebrar todos estes paradigmas. Nesse sentido, podemos nos inspirar em iniciativas bem-sucedidas de países que reverteram situações de crise bem mais graves do que as que vivenciamos. O Japão é um dos maiores exemplos de investimento em infraestrutura da história moderna. Após algumas de suas principais cidades serem devastadas por bombas atômicas, o país se reergueu em menos de 50 anos. A logística urbana também é muito complexa em nosso País. As cidades carecem de espaços reservados para carga e descarga de mercadorias, existem horários específicos para movimentação de caminhões dentro dos centros urbanos, sem falar nos espaços comerciais, que também precisam ser abastecidos pelas transportadoras, mas poucos têm áreas específicas de recebimento.

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O Brasil poderia seguir tendências de países, como os Estados Unidos, que encontraram soluções para esses problemas. A cidade de Nova York aderiu a estratégia de entregas noturnas como forma de poupar os transportadores de inúmeras restrições e, até mesmo, do trânsito matutino, o que facilita o acesso e o estacionar, já que as ruas estão mais vazias no período da noite. Aqui no Brasil, muitas empresas já apostam em tecnologia para minimizar os desafios logísticos. Adotar inteligência na roteirização, investir em rastreamento de encomendas, prevenção de ocorrências e apostar em ferramentas que mapeiam os locais em que a infraestrutura está extremamente ineficiente, por exemplo, são soluções que facilitam a rota dos transportadores e reduzem os atrasos na entrega. Dia após dia, a tecnologia tem evoluído. Não sabemos quais serão os recursos disponíveis daqui a cinco ou 10 anos, porém, temos que seguir esta tendência e adaptar o que já temos ao nosso dispor para tornar o setor mais eficiente. E todo este movimento é muito bom para a logística, pois se a demanda aumenta, os holofotes recaem sobre o setor. Com isso, podemos abrir precedentes para captar recursos junto aos órgãos públicos e, principalmente, de investidores da esfera privada, que estejam interessados em promover melhorias reais e duradouras. Em resumo, o Brasil tem muito potencial para aprimorar a sua logística. Todavia, precisa voltar a atenção para esta área e entender a sua importância para o desenvolvimento econômico do País. Investir em infraestrutura e empregar tecnologia é a chave para o início de uma grande mudança.

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Construindo uma saída Sobre a agora comprovada possibilidade de que seja baixa, como resultado das eleições de outubro, a renovação no Congresso Nacional, assunto abordado em comentário anterior, o respeitado advogado José Anchieta da Silva, do Colégio de Presidentes do Instituto dos Advogados do Brasil e diretor da Associação Comercial de Minas, também opina. Segundo ele, o resultado que se espera, frustrando expectativas anteriores, “é o produto de um sistema viciado, de leis adrede encomendadas e de arranjos dos quais se ocupa a gente de Brasília”. E acrescenta: “O Brasil, no entanto, não pode continuar um barco à deriva. É preciso restabelecer o vigor das instituições privadas, nutrindo-as, organizadamente, de munição própria – e, em boa medida, original – para que se possa, de fato, construir um projeto de nação”. Nesse rumo, José Anchieta enxerga e propõe o que ele chama de um “parlamentarismo moderno”, criado no contexto de necessárias alterações no sistema de Segundo José representação dos Poderes Anchieta, o Legislativos resultado que se a partir de espera, frustrando mudanças no sistema eleitoral, expectativas um novo Pacto anteriores, “é o Federativo produto de um sistema e revisão do viciado, de leis adrede Judiciário em que o Supremo encomendadas e de Tribunal Federal seria, arranjos dos quais de fato, a Corte se ocupa a gente de Constitucional. Brasília”. Pede também a necessária valorização dos meios de produção e de desenvolvimento, a reorganização dos sistemas de educação, saúde pública e segurança, além da releitura dos chamados “direitos fundamentais”, em que se estabeleça a relação de cada direito com suas correspondentes obrigações. E tudo isso, completa o advogado, com a criação de algo que atuaria como um gabinete de monitoramento, formado necessariamente por instituições não estatais e capazes de promover o acompanhamento da agenda, fiscalizando a caminhada e a construção efetiva de um projeto de nação. Algo que se poderia comparar ao Poder Moderador do Império, e de fato comprometido de valores que conduzam o Brasil ao seu lugar entre as nações, concluiu. Uma proposta que aparenta estar mais próxima da utopia que do realizável, mas que igualmente reflete um desafio inescapável. Algo que nos remete a um outro acontecimento também na Associação Comercial, quando se comemorava os 30 anos da mobilização que evitou o desmembramento do território do Estado, com a separação do Triângulo, à altura já dado como certo. O movimento cívico então desencadeado, tendo como quartelgeneral a Associação Comercial, reverteu a insensata deliberação. Sobre o assunto, um dos protagonistas na ocasião, o empresário e hoje vice-presidente da Associação, Paulo Sérgio Ribeiro, resumiu: “O movimento mostrou que a sociedade civil pode e tem como mudar o rumo das coisas e foi o que aconteceu naquela época”. É nesse ponto que se encontram as reflexões do advogado José Anchieta e a conclusão do empresário Paulo Sérgio.

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2018

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ECONOMIA OCEMG / DIVULGAÇÃO

FINANÇAS

Cooperativismo de crédito cresce no Estado, com giro de R$ 18 bilhões ao ano Resultado de 2017 superou em 6,6% valor apurado em 2016 ANA AMÉLIA HAMDAN

O cooperativismo de crédito vem ganhando cada vez mais espaço em Minas. Em 2017, o segmento foi o principal – entre todos os ramos do cooperativismo – em movimentação econômica, atingindo R$ 18 bilhões, o que representa 39,1% do total do Estado. Foi registrado crescimento de 6,6% em relação a 2016, quando o valor foi de R$ 16,9 bilhões. Com isso, esse ramo ficou acima até mesmo do tradicional cooperativismo agropecuário, que movimentou R$ 17,7 bilhões no ano passado. “Os mineiros estão cada vez mais descobrindo o cooperativismo como uma possibilidade de inserção no sistema financeiro”, disse o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato. Essas informações constam da 13ª Edição do Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro divulgado pelo Sistema Ocemg, formado pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais (Sescoop-MG), Para Scucato, as taxas e tarifas mais atrativas oferecidas pelas cooperativas de crédito e o atendimento – com um serviço que tem a maior proximidade com os clientes como característica – são os grandes diferenciais que estão levando ao crescimento do cooperativismo de crédito, mesmo num cenário de recuperação econômica lenta. “Em um mercado bancário oli-

gopolizado como é o brasileiro, as cooperativas se apresentam com um serviço muito mais próximo daquele que quer empreender e não encontra taxas acessíveis nos bancos convencionais”, diz Scucato. Segundo o anuário da Ocemg, as cooperativas de crédito contam com 751 postos de atendimento em 485 municípios mineiros, gerando 9,9 mil empregos. Em 2017, o número de cooperados chegou a 1,2 milhão, alta de 7,1% em relação a 2016. O patrimônio líquido do ramo de crédito foi de R$ 4,9 bilhões em 2017, alta de 11,6% em relação a 2016. O capital social chegou a R$ 3 bilhões no ano passado, com aumento de 2,1% no comparativo com o exercício anterior. As sobras passaram de R$ 428 milhões em 2016 para R$ 447 milhões em 2017, avanço de 4,6%. Em 2017, os ativos totais foram de R$31,4 bilhões, alta de 7% em relação a 2016. No acumulado de cinco anos, as altas são bem expressivas. Segundo a Ocemg, nesse período, as cooperativas de crédito tiveram alta de 82,7% em seu patrimônio líquido. Em ativos totais, a alta foi de 97,7%. O capital social avançou 58,6%. No que diz respeito às sobras, o ramo crédito apresentou uma alta de 61,9%, somando R$ 447 milhões nos últimos cinco anos. Cenário - Atualmente, Minas é o quarto estado do País a reunir o maior número de cooperativas, com 10% da fatia nacional, ficando atrás de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. São 768

unidades de 10 ramos diferentes. No total, a movimentação econômica do cooperativismo no Estado avançou 7,7% em 2017 em relação a 2016, tendo chegado a R$ 46,7 bilhões no ano passado. O setor responde por 8,1% do Produto Interno Bruno (PIB) mineiro e gerou, em 2017, R$ 1,8 bilhão em impostos para o Estado. Os principais ramos são agropecuária, crédito, transporte e saúde, que concentram 86% das cooperativas. O número de cooperados no Estado avançou 5,9%, com 88 mil novos membros, chegando a 1,5 milhão de pessoas. O quadro de empregados avançou 3,5%, chegando a 40 mil.

Para Scucato, desempenho se deve a taxas e tarifas mais atrativas

Sicoob Centro-Oeste chega a Belo Horizonte Ocupando a segunda posição no Estado em operações de crédito – que totalizaram R$ 545,5 milhões em 2017 –, a Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Itaúna e Região (Sicoob Centro-Oeste) é um exemplo do avanço do setor. Com relação a 2016, o aumento nas operações de crédito foi de 12%, segundo o relatório da Ocemg. O presidente da Sicoob Centro-Oeste, Márcio Olívio Villefort Pereira, informou que a cooperativa, nascida no interior, busca agora ganhar espaço na Capital. Uma agência deve ser aberta até o início de 2019, na praça Marília de Dirceu, região

Centro-Sul de Belo Horizonte. “Queremos ganhar escala onde tem espaço”, disse. “Esse objetivo da Sicoob Centro-Oeste converge com o da Sicoob nacional”, explica. Também está prevista a abertura de duas novas agências, até 2020, em Betim e Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Atualmente, a Sicoob Centro-Oeste tem duas agências em Itaúna, uma em Formiga, cidades do Centro-Oeste, e uma em Brumadinho (RMBH). Ele atribui o crescimento do Sicoob Centro-Oeste à capacitação de pessoal e atendimento diferenciado. Essas caracte-

rísticas se unem ao fato de as cooperativas oferecerem taxas e tarifas menores que o mercado. Ele ressalta que o segmento oferece os mesmos produtos que os grupos tradicionais. “E os recursos ficam na comunidade. Parte das sobras volta aos cooperados”, acrescenta. A Sicoob Centro-Oeste tem entre seus associados pequenos e médios comerciantes, além de grandes empresas, inclusive da área de fundição e siderurgia, com alta representatividade em Itaúna. A cooperativa está autorizada a fazer empréstimos de até R$ 10 milhões por cooperado ou grupo econômico. (AAH)

CONJUNTURA

Presidente do BNDES prevê alta de 3% no PIB em 5 anos

Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, disse ontem que o PIB potencial do Brasil (soma dos bens e serviços produzidos no País) tem condições de voltar a crescer entre 2,5% e 3% ao ano. Oliveira afirmou que o País tem tido, nos últimos 40 anos, uma evolução significativa em sua estrutura macroeconômica. “O Brasil entrou em uma era de juro baixo”, disse Oliveira, lembrando que a inflação quebrou o ciclo de indexação severa e atingiu uma dinâmica diferente. Para ele, o impacto do mecanismo de perpetuação da inflação no Brasil está diminuindo, e isso permitirá estabilidade ao País, para no médio e longo prazos, voltar ao crescer em níveis semelhantes ao de países desenvolvidos. “A grande inquietação é saber aonde vamos chegar com isso.” Dyogo Oliveira participou da sessão especial de abertura do 30º Fórum Nacional promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), na sede do banco, no Rio de Janeiro. Ele ressaltou que voltar a crescer a 3% ao ano, nos próximos cinco anos, não fará o Brasil subir degraus na escala global, mas poderá propiciar melhor qualidade de vida à população. “Há um grande gap [lacuna] na qualidade dos serviços públicos, que deve ser ultrapassada”, afirmou Oliveira. Ele estimou que a questão da reforma da Previdência seja retomada já nos primeiros meses de governo do novo presidente da República. Na etapa seguinte, o

Brasil terá espaço para atacar outros problemas, como a questão tributária; a insegurança jurídica, com melhoria dos marcos legais; a qualidade dos serviços públicos, com diminuição do tamanho do Estado e mais eficiência na economia; além de atenção especial para o setor de saneamento.

Desembolsos - Em entrevista, presidente do BNDES disse que, embora os desembolsos devam continuar em ritmo de queda este ano, a entrada de projetos para receber apoio financeiro da instituição tem aumentado. No acumulado do ano até julho, as consultas e enquadramentos cresceram, respectivamente, 4% e 18%, enquanto os desembolsos caíram 18%, no mesmo período. “Estamos confiantes no cumprimento da meta entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões até o final do ano. Já foram desembolsados R$ 33 bilhões até julho. Acho que é tranquilo fechar mais R$ 40 bilhões até o fim do ano”, acrescentou Oliveira, que descarta a possibilidade de a alta do dólar reduzir o apetite das empresas produtivas por investimentos. Para ele, as elevações da moeda norte-americana são “volatilidades de curtíssimo prazo e têm a ver com o ciclo eleitoral”. As decisões de investimento observam uma trajetória em prazo mais longo, explicou. Sobre a possibilidade de haver hedge (proteção) para os investidores nas concessões da área de infraestrutura, como rodovias, por exemplo, Oliveira disse que atualmente há mais disponibilidade de

recorrer ao mercado local do que de captar recursos no exterior. “Hoje, a captação em moeda local é mais barata do que em moeda estrangei-

ra, quando convertida para real e quando é acrescido exatamente o swap (operação em que há troca de posições quanto ao risco e à rentabi-

lidade entre investidores) que faz o hedge. E a necessidade de captações externas para infraestrutura não é tão relevante.” (ABr)

Cepal reduz para 1,6% crescimento econômico do País Brasília - Apesar de incertezas externas, a América Latina e o Caribe mantêm uma trajetória de crescimento moderado, e suas economias crescerão 1,5% em 2018. De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), isso será possível graças a um aumento da demanda interna, especialmente do consumo privado, e um leve aumento do investimento na região. As informações estão no relatório Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2018, divulgado ontem pela entidade. A projeção caiu 0,7 ponto percentual em relação à estimativa anterior, que apontava crescimento médio de 2,2% em 2018. Embora apresente sinais de desaceleração, o crescimento mantém uma tendência positiva, de acordo com a Cepal. Para o Brasil, a previsão da entidade para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no País), que estava em 2%, caiu para 1,6% para neste ano. Um dos fatores para a desaceleração, segundo a Cepal, é a paralisação de 11 dias dos caminhoneiros, que aconteceu em maio, impedindo grande parte da circulação de mercadorias e, portanto, da produção. Além disso, os resultados do primeiro trimestre ficaram abaixo da trajetória esperada.

“Ainda que em junho tenham se recuperado os níveis de produção e atividade, as perdas sofridas e as incertezas geradas em relação à evolução da economia diante do resultado das próximas eleições e a deterioração do cenário internacional, bem como as exportações para a Argentina, reduziram as estimativas de crescimento do PIB do Brasil para 1,6%”, diz o relatório. Ainda assim, a Cepal destaca o crescimento, mesmo que lento, de 1% do PIB em 2017, após dois anos de recessão com quedas de 3,5% ao ano. Os bons resultados do agronegócio (13%), o aumento das exportações (5,2%) e a recuperação do consumo das famílias (0,1%) foram responsáveis por esse crescimento. Incertezas - Entretanto, de acordo com o relatório, no Brasil, os desafios econômicos persistem quando se trata de retomar o crescimento e impactar favoravelmente na renda das famílias e do setor público. A taxa de desemprego manteve-se em níveis elevados, com uma média mensal de 12,7%, em 2017. No primeiro semestre de 2018, a taxa média foi de 12,8%. O salário real médio subiu apenas 1,29% no trimestre até maio de 2018, comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. Por outro lado, no primeiro se-

mestre de 2018 as receitas federais cresceram 6,5% em relação ao mesmo período de 2017, devido ao aumento da cobrança pelo maior nível de atividade e pelos programas de regularização tributária. Graças à regra do teto de gastos foi possível conter o déficit primário do governo federal no primeiro trimestre, que passou de 1,8% do PIB para 1,0% do PIB. Além disso, com a queda da taxa de juros, o setor público registrou uma queda nos pagamentos de juros, de 6,4% do PIB no primeiro semestre de 2017 para 5,4% no primeiro semestre de 2018. Resultados regionais - Como em estudos anteriores, existe uma grande heterogeneidade entre os diferentes países e sub-regiões. No caso da América do Sul, o crescimento esperado é de 1,2% em 2018, enquanto a América Central cresceria 3,4% e o Caribe 1,7%. Com relação aos países, República Dominicana e Panamá devem liderar o crescimento da região, com um aumento do PIB de 5,4% e 5,2%, respectivamente, seguidos pelo Paraguai (4,4%), Bolívia (4,3%), Antigua e Barbuda (4,2%), Chile e Honduras (ambos 3,9%). Já Venezuela, Dominica e Argentina apresentam projeção de retração de 12%, 6,4% e 0,3%, respectivamente. (ABr)


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ECONOMIA INFLAÇÃO

RMBH tem alta acumulada de 3,52% Em agosto, aumento do IPCA-15 na região é o quarto maior entre 11 áreas pesquisadas CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC

ANA CAROLINA DIAS

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,06% na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em agosto, representando o quarto maior resultado mensal entre as 11 áreas pesquisadas no País. Os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que, na variação acumulada em 12 meses, houve aumento de 4,23% na RMBH e, no acumulado do ano, a alta foi de 3,52%. O grupo Habitação apresentou a maior variação positiva no mês (1,46%), puxada, principalmente, pelo subitem energia elétrica residencial, que aumentou 5,08% em agosto, causando o maior impacto (0,20 p. p.) no índice no mês. Por outro lado, as reduções de preço mais expressivas em agosto foram da cebola (-32,87%), da passagem aérea (-32,65%) e da batata-inglesa (-19,19%). O coordenador da pesquisa, Venâncio Otávio Araújo da Mata, ressalta que, apesar do aumento, a inflação em agosto é considerada baixa. “O aumento da energia elétrica teve um impacto

Cebola, com -32,87%, está entre os produtos que tiveram as reduções de preços mais expressivas neste mês de agosto

grande, devido ao peso desse subitem na composição do índice geral, mas podemos dizer que a inflação foi baixa por cauda da queda de produtos do grupo de alimentação e bebidas”, afirmou. Outros grupos que registraram variações positivas com aumentos acima da média em agosto foram Artigos de Residência (0,72%), Saúde

e cuidados pessoais (0,30%) e Despesas Pessoais (0,22%). Já as menores variações foram dos grupos Transportes (-0,73%), Alimentação e bebidas (-0,50%), Vestuário (-0,33%) e Educação (-0,31%). Acumulados – As variações positivas nos acumulados em 12 meses (4,23%) e do ano (3,52%) na RMBH em

agosto são consideradas muito expressivas, principalmente se comparadas aos números de agosto de 2017, quando a variação no acumulado em 12 meses era de 2,68% e, no acumulado do ano, de 1,79%. Segundo o coordenador da pesquisa do IBGE, os resultados acumulados de 2018 ainda são reflexos da

paralisação nacional dos caminhoneiros, que ajudou a elevar o IPCA-15 em 1,37% em junho e em 0,74% em julho. “Boa parte desse resultado deve-se aos impactos da greve dos caminhoneiros, que influenciou as altas nos índices de junho e julho e também impactou os acumulados”, explicou Da Mata.

IPC-S pode avançar aquém dos 0,10% previstos

São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de agosto caminha para ficar abaixo da projeção de alta de 0,10%, avalia o coordenador do indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. “(O índice) Sofreu desaceleração interessante na terceira quadrissemana. Por enquanto, a projeção de 0,10% está mantida, mas não podemos descartar a possibilidade de taxa zero, ou até mesmo negativa”, admite. Em julho, o IPC-S foi de 0,17%. O movimento de alívio no IPC-S está em linha com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA - 15), que ficou em 0,13% na comparação com 0,64% em julho. Segundo analistas, o IPCA fechado deste mês também pode ter deflação, já que o grupo de alimentos no IPCA-15 teve desaceleração importante para 0,03% após 0,61% em julho. “O grande responsável pela desaceleração do IPC-S foi energia de 2,55% para 0,94%. Além disso, os preços do leite longa vida passaram a cair 0,85% após subirem 1,72% na segunda quadris-

MYSZKA/DIVULGAÇÃO

Retrações menos expressivas ocorreram nos preços do mamão, de 5,48% ante recuo de 11,29% na segunda leitura

semana. Na ponta, pesquisas recentes mostram que a queda já é mais de 3%. Da mesma forma, os combustíveis indicam recuo forte, com destaque para etanol, que já está cedendo cerca de 3% na ponta”, explica. Segundo Picchetti, a redução no ritmo de declínio do grupo Alimentação no perí-

odo, de -0,07% para -0,09% na terceira leitura do mês é explicada pela pressão em frutas (de -3,60% para -1,37%) e hortaliças e legumes (de -10,19% para -8,89%). Frutas - No caso das frutas, mencionou como exemplo as retrações menos expressivas nos preços do mamão, de

5,48% ante recuo de 11,29% na segunda leitura, e a alta de 17,57% nos preços da tangerina (ante 7,07%). Esta última influenciada pelo fim da safra. Além disso, acrescenta, o tomate sofreu queda de 5,03% na terceira quadrissemana na comparação com queda de 8,62% na segunda.

E a cebola cedeu 30,73% após recuo de 35,73%. “Em contrapartida, a alface caiu 1,21% depois do aumento de 3,10%”, cita. “Outro produto que ajudou a conter a pressão em Alimentação foi a carne bovina, cujos preços cederam 0,79% depois do declínio de 0,44% na segunda leitura”, afirma. (AE)

Consumidor espera média de 5,7% para 12 meses Rio de Janeiro - A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 5,7% em agosto, ante 5,4% em julho, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve recuo de 0,6 ponto porcentual no indicador. “O aumento da inflação esperada para os próximos meses reflete em grande medida a percepção de ace-

leração dos preços durante a greve dos caminhoneiros, captada pelos indicadores de preços de maio e junho”, avaliou a economista Viviane Seda Bittencourt, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial. Na distribuição por faixas de inflação, 56,3% dos consumidores projetaram uma taxa dentro dos limites de tolerância da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano, ou seja, entre 3% e 6%.

A proporção de consumidores indicando inflação abaixo do limite inferior de 3% recuou de 14% em julho para 8,2% em agosto. A fatia de entrevistados com previsões acima do limite superior de 6% aumentou de 34,0% em julho para 35,5% em agosto. A expectativa de inflação avançou em todas as faixas de renda em agosto, com destaque para as famílias que recebem até R$ 2.100,00 mensais (com aumento de 0,5 ponto porcentual na inflação esperada).

Para as famílias com renda mais elevada, acima de R$ 9.600,00 mensais, a expectativa avançou para 5%, o maior nível desde setembro de 2017 (5,1%). Sensibilidade - “A alta (no indicador) ocorre de forma disseminada entre as classes de renda e regiões pesquisadas, sugerindo haver no momento uma grande sensibilidade do consumidor ao tema, o que pode levar a novas altas enquanto a conjuntura continuar sendo de grande incerteza política

e sujeita a fatores adicionais de pressão como a recente desvalorização do real frente ao dólar”, completou Viviane. O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação (AE)

Prévia do País desacelera São Paulo - A prévia da inflação oficial do Brasil desacelerou em agosto diante da menor pressão dos preços de alimentos e transportes e registrou o menor nível para o mês em oito anos, mantendo aberto o caminho para que o Banco Central sustente os juros na mínima histórica mesmo diante da pressão do dólar. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA15) subiu 0,13% em agosto após alta de 0,64% no mês anterior, enfraquecendo à medida em que os efeitos provocados pela greve dos caminhoneiros se dispersam. O dado divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o mais baixo para agosto desde a queda de 0,05% vista em 2010, e também o patamar mais fraco desde março (0,10%), antes de os caminhoneiros bloquearem estradas em todo o País no fim de maio, prejudicando o fluxo de alimentos e combustíveis. Com isso, o indicador acumulou nos 12 meses até agosto avanço de 4,30%, voltando a ficar abaixo do centro da meta, de 4,5% pelo IPCA com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, após ter chegado a 4,53% no mês anterior. Em pesquisa da Reuters, as expectativas eram de uma alta de 0,11% no mês, chegando a 4,27% em 12 meses. Os dados do IBGE mostram que o principal impacto negativo foi exercido pela queda de 0,87% nos preços de Transportes, após alta de 0,79% em julho. Isso porque os preços das passagens aéreas caíram 26,01% e os combustíveis recuaram 1,32%, segundo mês seguido de queda. Alimentação - Já a alta de Alimentação e bebidas desacelerou a 0,03% em agosto de 0,61% no mês anterior, com queda de 0,43% da alimentação no domicílio devido à redução nos preços de itens como cebola, tomate e batatainglesa. Na outra ponta, a energia elétrica subiu 3,59% no mês e levou o grupo Habitação à alta de 1,10%, enquanto os planos de saúde avançaram 0,81% e pressionaram Saúde e cuidados pessoais a subir 0,55%. Com a atividade econômica ainda fraca, desemprego alto e expectativas de inflação ancoradas, o BC deve continuar mantendo a taxa básica de juros Selic na mínima histórica de 6,50% por um bom tempo, mesmo diante do salto recente do dólar para o patamar de R$ 4. (Reuters)


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ECONOMIA RODRIGO ZEFERINO

SIDERURGIA

Livro celebra parceria com o Japão no projeto Usiminas “Memórias” foi lançado em Ipatinga MARA BIANCHETTI , de Ipatinga

Um livro que celebra a relação entre japoneses e brasileiros, especialmente os mineiros, na construção da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) e da cidade de Ipatinga, no Vale do Aço. Este é o “Memórias - uma história feita de encontros”, lançado ontem no município pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, em parceria com a Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation (NSSMC). Com fotos e depoimentos inéditos, a publicação faz parte das comemorações dos 110 anos da chegada do navio Kasato Maru com os primeiros imigrantes japoneses às terras brasileiras e dos 60 anos do Acordo Lanari-Horikoshi, documento que oficializou a parceria industrial entre Japão e Brasil na área de siderurgia e a participação da Nippon naquela que veio a se tornar a maior produtora de aços planos da América Latina: a Usiminas. Ao todo, 17 personagens resgatam histórias de encontros entre as culturas, aprendizados que perduraram mesmo com o passar dos anos e legados transmitidos de geração para geração. Entre os entrevistados, ex-funcionários e funcionárias, dois dos chamados “Sete Samurais” (que foram até o Japão, na época da construção da Usiminas, para aprender o ofício), moradoras antigas da cidade, filhos de operários que cresceram em meio à cultura nipônica, a esposa do ex-presidente da companhia Rinaldo Campos Soares, Maria da Conceição Soares, o ex-presidente da siderúrgica Rômel Erwin de Souza e o prefeito Nardyello Rocha. Na carta ao leitor, o diretor para as Américas da

NSSMC, Kazuhiro Egawa, destaca a chegada dos japoneses ao Brasil, especialmente os enviados pela Nippon para construírem a primeira usina siderúrgica de Minas Gerais. Para o executivo, a publicação é mais do que um registro de algumas das centenas de histórias de descobertas, adaptação, trabalho e vida que formaram a trajetória da Usiminas e de Ipatinga. “Este livro é um testemunho real de que, quando trabalham em busca de um objetivo em comum, povos de culturas e hábitos distintos podem conviver e desenvolver laços de amizade duradouros”, destacou. Egawa lembra que os personagens do livro representam todos aqueles que de alguma maneira se relacionaram ou se relacionam com a companhia e que a publicação é uma forma de agradecer a todos que fizeram parte da história da Usiminas. “Por meio dos relatos percebemos que todos possuem orgulho da empresa e da cidade”, diz. Crença no impossível - O diretor-presidente do DIÁRIO DO COMÉRCIO, Luiz Carlos Motta Costa, por sua vez, define a chegada dos japoneses ao Brasil e, especialmente, a Minas Gerais, como marco incontestável para a expansão e modernização da indústria do Estado. Ele conta como o jornal contribuiu para a construção dessa história. “O DIÁRIO DO COMÉRCIO foi, ao mesmo tempo, personagem e narrador dessa história. Isso nos faz ver, com orgulho, que o jornal cumpriu seu papel, reforçando a certeza de que este caso de sucesso contém a melhor receita para a construção do futuro. E, em momentos difíceis como o que vive o Brasil, é

Egawa destaca a chegada dos japoneses, especialmente da Nippon, para a construção da primeira siderúrgica de Minas

Empresa confirma contratação da BTG Pactual São Paulo - A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) confirmou ontem a contratação do banco BTG Pactual para assessorá-la em alternativas sobre o futuro de sua joint venture de mineração em Minas Gerais, a Mineração Usiminas (Musa), informou o grupo siderúrgico em comunicado ao mercado. A companhia, porém, afirmou que “não há, até o momento, nenhuma decisão tomada quanto a qualquer eventual operação envolvendo a sua participação societária na Musa”. A Usiminas detém 70% da Musa e o grupo japonês Sumitomo detém o restante. Em comunicado divulgado em seu site, a Usiminas informou que “tendo em vista a matéria jornalística publicada hoje (ontem) pelo Valor Pro, intitulada “Usiminas coloca à venda participação na Musa, dizem fontes”, esclarecer que a sua administração, no exercício de suas atribuições, está avaliando alternativas para a sua participação societária na Mineração Usiminas S.A. (“Musa”), inclusive a eventual alienação total ou parcial de tal participação, tendo contratado o Banco BTG Pactual S.A. para assessorar a companhia neste sentido. A companhia explica, ainda no comunicado, que, “neste sentido, a Usiminas ressalta que não há, até o momento, nenhuma decisão tomada quanto a qualquer eventual operaimportante que divulguemos parcerias equilibradas e saudáveis. Se lá atrás não tivesse havido a crença no impossível, não estaríamos aqui hoje”, ressaltou. Costa lembra que a relação agregou para ambos os povos. Para os que

ção envolvendo a sua participação societária na Musa”. A companhia informou, ainda, que “manterá seus acionistas e o mercado em geral devidamente informados em relação a qualquer eventual decisão que venha a ser tomada envolvendo a sua participação na Musa, e procederá com as divulgações de informações na forma estabelecida na Lei das S.A. e nas normas expedidas pela CVM”. Em matéria divulgada ontem pela agência de notícias Reuters, a Usiminas teria contratado o BTG Pactual para vender sua participação de 70% na mineradora Musa, segundo uma fonte com conhecimento do assunto. O jornal Valor Econômico informou, citando fontes, que a Mineração Usiminas pode ser avaliada em R$ 1 bilhão e que a japonesa Sumitomo, que já detém 30% do capital da Musa, poderia ampliar sua fatia da empresa. Mas a fonte da Reuters disse que é “muito cedo” para determinar o valor de mercado da empresa ou um potencial comprador. Ainda segundo a Reuters, no final de julho, o presidente-executivo da Usiminas, Sergio Leite, afirmou que a unidade de produção de minério de ferro é menos estratégica para a empresa atualmente em função do atual nível de preço da commodity. Decisões estratégicas - Em matéria publicada pelo DIÁRIO DO

atravessaram o mundo até chegarem a Ipatinga, diz, a aventura da construção da usina marcou o acolhimento por parte brasileiros no pós-guerra, abrindo as portas para a internacionalização de sua economia e investimentos que se espalharam

COMÉRCIO em 24 de julho, o novo diretor-presidente da Mineração Usiminas (Musa), Carlos Hector Rezzonico, afirmou que, diante da proximidade do esgotamento do minério friável na região de Serra Azul, a subsidiária da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) precisaria de decisões imediatas e estratégicas como novos investimentos ou até mesmo a venda total ou parcial dos ativos. Ainda segundo a reportagem, este cenário já era especulado tanto internamente quanto pelo mercado, principalmente após a Musa sofrer mudanças na administração com saída do então diretor, Wilfred Theodoor Bruijn, em junho, e ter seu caixa reduzido em R$ 1 bilhão no ano passado, em prol do aumento de capital da Usiminas para negociação com credores. O Projeto Friáveis, que elevou a capacidade das usinas de beneficiamento da Musa em quatro milhões de toneladas, se esgota em 2025. Até lá, Rezzonico e sua equipe precisam tomar uma série de decisões em relação ao futuro da empresa. “Ou se tira o projeto Compactos do papel ou se inicia um processo de venda dos ativos”, alertou uma fonte de mercado que preferiu não se identificar. (Com informações da Usiminas, da Reuters e do Diário do Comércio)

pelo mundo. Segundo o jornalista, a diversidade da experiência de cada um dos depoimentos traduz algo comum entre os 17 personagens, convergindo na descoberta do outro e na empatia que respeita e aproxima as diferenças.

“Desses relatos brota um senso coletivo de que a relação com os japoneses, mesmo quando não havia intimidade ou contato direto, foi capaz de influenciar o modo de vida, de pensar e de agir de uma comunidade”, avaliou.

ENERGIA

BNDES nega pedidos de impugnação Aneel insiste em créditos de risco hidrológico de leilões de privatização da Eletrobras São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) negou três pedidos de impugnação de leilões de privatização de distribuidoras de energia da Eletrobras, apresentados por uma associação de empregados da estatal, por sindicatos e pela Cigás, estatal de gás do Amazonas, segundo mostram documentos do banco datados ontem. A Cigás tentou bloquear especificamente a licitação da Eletrobras Amazonas, enquanto a Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL) e o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Urbanas do Amazonas (Stiu/AM) buscaram cancelar o leilão da Cepisa, do Piauí, negociada com a Equatorial Energia, além de

travar o certame das demais empresas da estatal. A Eletrobras marcou para 30 de agosto um leilão para vender suas distribuidoras no Acre, Roraima e Rondônia. Já o leilão da subsidiária do Amazonas está agendado para 26 de setembro. Só não há data até o momento para a venda da Ceal, do Alagoas, cuja privatização foi suspensa por decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ação movida pelo governo do Alagoas. A Cigás, controlada pelo governo do Amazonas, alegou indefinição sobre “a responsabilidade pelo pagamento de obrigações tributárias” da Amazonas Energia e descumprimento de uma decisão de Lewandowski,

do STF, que exige prévia autorização legislativa para privatizações, entre outros fatores, para suspender o leilão. Os argumentos da estatal, no entanto, não foram acatados pelo BNDES. A AEEL também alegou haver descumprimento da decisão do STF e de exigências do Tribunal de Contas da União, enquanto o Stiu/ AM baseou seus argumentos em uma decisão do órgão especial do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1) que suspendia os leilões até estudos de impacto sobre os empregados, já derrubada pela Advocacia-Geral da União (AGU). A Comissão de Licitação do BNDES entendeu não haver “qualquer ilegalidade” nos processos de leilão. (Reuters)

São Paulo - O governo federal e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) lançaram uma nova ofensiva nos tribunais para tentar derrubar até o final deste mês uma ação judicial que tem isentado empresas de geração de mais de R$ 7 bilhões em custos com o risco hidrológico, disseram à reportagem a Aneel e duas fontes próximas do assunto. As elétricas foram à Justiça ainda em 2015 para evitar essas despesas, geradas por uma menor produção das usinas hídricas nos últimos anos devido a fatores como o baixo nível dos reservatórios, que obrigam os operadores de hidrelétricas a comprar energia mais cara no mercado para cumprir seus contratos. A disputa tem levado desde então a elevados valores em aberto em um acerto de contas entre empresas do

mercado de eletricidade realizado mensalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A liquidação financeira das operações de junho, realizada neste mês, arrecadou apenas R$ 1,99 bilhão, de R$ 10,2 bilhões em cobranças. No alvo do governo e do regulador está uma liminar que beneficia membros da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), que representa grandes geradores, responsáveis pela maior parte dos débitos. “A Aneel ajuizou medida judicial visando suspender a liminar da Apine”, disse a agência em nota, ressaltando que “ainda não houve decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a respeito”. A estratégia do governo e da Aneel é buscar uma decisão favorável junto à ministra Laurita Vaz, presi-

dente do STJ, cujo mandato termina no final deste mês. A ministra já concedeu uma decisão favorável à União e ao regulador em ação também contra custos com o risco hidrológico movida por uma outra associação, a Abragel. “O raciocínio é que, como ela concedeu a decisão no caso da Abragel, concederia nessa da Apine. Estão tentando até o final do mês, estão tentando reverter a liminar”, disse uma das fontes, que falou sob a condição de anonimato. Em caso de sucesso na empreitada, os geradores da Apine perderiam a proteção com que contam há anos e teriam que quitar de uma vez os valores bilionários de risco hidrológico acumulados na próxima liquidação da CCEE, em setembro, ou negociar um acordo de parcelamento, adicionou a fonte. (Reuters)


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ECONOMIA URBANIZAÇÃO E INFRAESTRUTURA

CARTÕES

MRV investe R$ 100 mi no 1º semestre

BC autoriza novos arranjos Construtora chega ao emprego de meio bilhão nas mais de 150 cidades nas quais atua de contas pré e pós-pagas MRV/DIVULGAÇÃO

ANA CAROLINA DIAS

Com foco na sustentabilidade e na qualidade de vida dos clientes, a MRV Engenharia encerrou o primeiro semestre de 2018 com investimentos da ordem de R$ 100 milhões em obras de urbanização e infraestrutura em todas as cidades que recebem empreendimentos da companhia. Com esse valor, a construtora alcançou a marca de meio bilhão de capital empregado nas mais de 150 cidades em que atua, somente nos últimos três anos. Do total investido, R$ 27 milhões foram destinados a reformas e construções de infraestrutura viária e R$ 38 milhões a obras de saneamento, drenagem, abastecimento de água e instalação de redes elétricas. Além disso, R$ 11 milhões foram aplicados na implantação e reparo de praças, parques e paisagismo e R$ 9 milhões empregados na reforma e ampliação de escolas e creches. O restante do recurso foi aplicado em outras obras de urbanização, que incluem a construção de postos de saúde, rede pluvial, meios-fios e ciclovias. Em Minas Gerais, foram investidos cerca de R$ 18 milhões em obras executadas em Belo Horizonte, Contagem, Betim, Vespasiano, Santa Luzia, Lagoa Santa, Nova Lima, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Uberlândia e Uberaba. Entre os empreendimentos de destaque, o diretor de Comunicação, Marketing e

Montante foi investido pela MRV nos últimos três anos, beneficiando população do entorno dos seus empreendimentos

Vendas da MRV Engenharia, Rodrigo Resende, ressaltou a urbanização do bairro Cabral, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com obras viárias e de saneamento, o investimento e a requalificação do parque do Confisco, com o intuito de estimular o lazer ativo da população do bairro e a transformação da infraestrutura na região do Gávea Sul, em Uberlândia,

no Triângulo Mineiro. Particularidades - Para Resende, ao investir em urbanização, a empresa busca respeitar as particularidades das cidades e atender às necessidades da população para avançar de forma sustentável. “Temos consciência dos impactos da nossa presença nas cidades e, como empresa responsável, procuramos

compensar e trazer novas possibilidades de melhoria de qualidade de vida para a população. Acreditamos que esse papel tem sido desempenhado de forma consistente, com obras concluídas e investimentos certeiros”, ponderou. Rodrigo Resende pontuou que as obras de urbanização são realizadas juntamente com a construção dos empreendimentos, com

o intuito de alcançar não só seus clientes, como todos os moradores das regiões em que a MRV Engenharia está presente. “Dessa forma, cada novo residencial lançado recebe obras com o intuito de transformar o entorno do empreendimento em uma ilha de excelência quando o assunto é urbanização e qualidade de vida para a população”, explicou.

E-COMMERCE

Boleto é opção em 75% dos sites de compra São Paulo - Pelo menos 75% dos sites de compras brasileiros já emitem boletos para pagamento, possibilitando que pessoas que não têm contas bancárias possam aproveitar a comodidade do e-commerce, de acordo com dados do Sebrae. Dados da Febraban mostram ainda que no País são pagos mais de 10 milhões de boletos por dia, ou 3,7 bilhões por ano. Mesmo assim, o documento ainda não se adaptou à tela dos smarthphones, que respondem por 41% das compras on-line. Segundo o diretor do Comitê de Facilitadores da Associação de Gestão de Pagamentos Eletrônicos (Pagos), Carlos Ogata, o boleto democratiza o acesso ao comércio eletrônico, porque permite que consumidores que não têm cartão de crédito paguem por suas compras. “O boleto tem um grande apelo junto aos consumidores, pois permite comprar on-line mesmo sem ter uma conta bancária e ainda ter descontos especiais oferecidos pelos lojistas para quem escolhe essa forma de pagamento”, disse. De acordo com a Pagos, em uma versão responsiva dos boletos, é possível copiar os dados para pagamento no aplicativo do banco do comprador e depois pagar em qualquer caixa eletrônico. Se os terminais de autoatendimento usados tiverem o leitor de código de barras com a tecnologia para a leitura da

tela do celular, basta girar o telefone para visualizar e escanear o código. O cliente também pode imprimi-lo no formato convencional. Ainda segundo a Pagos, a melhora na experiência de pagamento do boleto em smartphones e tablets é fundamental para converter mais vendas, independentemente do tipo de comprador que escolha esse método. Por isso, segundo o diretor, é essencial que os lojistas on-line se preparem para esse cenário e adaptem suas lojas para oferecer a seus consumidores não só uma excelente experiência de navegação, mas também a melhor experiência de pagamento, independentemente do método de pagamento escolhido. “Apesar de o boleto bancário ser antigo, ele foi muito bem-feito, porque é um instrumento aceito universalmente em todos os bancos. Então, o boleto se tornou acessível àqueles que não têm conta bancária, e, portanto, ainda hoje é indispensável em qualquer transação eletrônica para aqueles que não têm cartão de débito ou crédito como opção para fazer compra no e-commerce. Por mais que se use a tecnologia on-line, em tempo real, o boleto continua sendo compensado no dia seguinte. É estranho, mas é a única forma que a gente vê ainda para incluir essas pessoas que não estão bancarizadas”, disse Ogata.

BRUNO DE LOS SANTOS/FOTOS PÚBLICAS/DIVULGAÇÃO

Ao permitir o pagamento via boleto, e-commerce abre porta a mais consumidores

Vantagens - Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o boleto acaba sendo uma nova forma de pagamento, sendo uma das vantagens que o consumidor vê nas compras pela internet e sendo também interessante tanto para quem compra quanto para quem vende. “Do lado de quem recebe, é bom porque cai na conta naquele mesmo dia. Se a empresa aceita cartão de crédito, tem que pagar uma tarifa e, às vezes, demora para aquele valor cair na conta”. Para Marcela, quem paga tem mais motivos para aderir

a essa vantagem. “O primeiro é que muitas empresas dão descontos para pagamentos com boleto, justamente porque recebem o dinheiro antes. A segunda questão é porque no boleto eu preciso me forçar a pensar se vou conseguir pagar esse boleto, se tenho dinheiro na conta. Forçar o consumidor a ter essa consciência é muito importante, porque evita que ele fique com o cartão atrasado e tenha algum tipo de problema”, ponderou Marcela. A terceira questão, segundo a economista, é que quando se coloca a compra

no cartão de crédito, passa-se o valor e já fornece o número do cartão e a compra é feita naquele momento. Com o boleto é diferente, porque depois da emissão há um prazo maior para pagar. “Isso pode ser importante para o consumidor ter um tempo para pensar também. Quando estamos em um site de compras ativamos uma parte do cérebro que é a mais impulsiva, portanto decidimos comprar muito mais por impulso do que por necessidade. Tendo um tempo para pensar pode-se racionalizar a compra e até desistir dela”. (ABr)

Brasília - O Banco Central informou ontem, por meio de nota, a autorização do primeiro lote de arranjos de pagamento fechados com conta de pagamento pré-paga e pós-paga. Foram autorizados os arranjos de pagamento de Banese Card (cartão pós-pago), Credi-Shop (pós-pago), Repom (pré-pago), Senff (pós-pago) e Tipcard (pré-pago) e Wex (pré-pago). Na prática, essas empresas, que atuam em ramos diversos, já trabalhavam com cartões pós-pagos e pré-pagos, mas a autorização de ontem do Banco Central funciona como uma regulamentação para a área, harmonizando as regras para os emissores de cartões Como cita o BC na nota, um arranjo de pagamento “é considerado fechado quando as atividades inerentes à prestação dos serviços de pagamento, a exemplo da emissão e do credenciamento, são executadas pelo próprio instituidor, por instituição de pagamento ou instituição financeira controladora do instituidor do arranjo ou por este controlada, ou por instituição de pagamento ou por instituição financeira que possuir o mesmo controlador do instituidor do arranjo”. De acordo com o BC, os arranjos de pagamento que já solicitaram autorização, mas que não foram incluídos neste primeiro lote, continuarão funcionando normalmente até que a autarquia se manifeste. “Os lotes estão sendo definidos de acordo com a cronologia do recebimento dos respectivos pedidos, bem como da simplicidade necessária na análise, da semelhança de características e da natureza dos arranjos”, informou o BC. A instituição pontuou ainda que, ao autorizar os arranjos, “harmoniza as respectivas regras internas, para garantir que todos sigam os mesmos padrões, permitindo a segurança e a eficiência, e estimulando a competição no setor”. As próximas autorizações, conforme o BC, “serão concedidas sequencialmente e tendo em conta a ordem cronológica de submissão da solicitação a: (i) outros arranjos fechados com conta de pagamento pré-paga e pós-paga; (ii) arranjos abertos com conta de pagamento de depósito à vista e pré-paga; e, finalmente, (iii) arranjos abertos com conta de pagamento pós paga”. Segurança - A instituição afirmou ainda que “esse ciclo de autorizações representa um importante marco de evolução e aderência dos diversos arranjos de pagamento aos princípios e às normas vigentes, especialmente para a garantia da segurança e da solidez, a promoção da competição, o acesso não discriminatório, o atendimento às necessidades dos usuários finais, como liberdade de escolha e proteção, e, sobretudo, a transparência e clareza nas regras apresentadas”. “Essas condições têm o mérito de incentivar um melhor ambiente de negócios, com expectativa, em especial, de que o aumento da competição conduza à redução de custos para o estabelecimento comercial e, deste, para o consumidor”, acrescentou o BC. (AE)


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ECONOMIA ATACADISTA

Bartofil leva prêmio de melhor do setor do País Trabalho da empresa de 70 anos, com sede em Ponte Nova, foi reconhecido pela Revista Valor 1000 ANA AMÉLIA HAMDAN

Um minucioso e persistente trabalho de logística, que pode ser comparado à tarefa de formigas, levou a empresa BCR Bartofil Distribuidora, com sede em Ponte Nova, na Zona da Mata, a ganhar reconhecimento nacional. O grupo recebeu o prêmio de Melhor Empresa Atacadista do Brasil pela Revista Valor 1000, concedido na última segunda-feira (20). O diretor comercial da empresa, Rafael Bartolomeu, informou que o faturamento bruto da BCR Bartofil em 2017 foi de R$ 935 milhões, com alta de 10% em relação ao exercício anterior. Ele ressalta que a empresa alcançou tal resultado em um período em que o setor, no País, avançou 3,7% e o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1%. Rafael Bartolomeu atribui o resultado a muitos anos de trabalho e investimentos e explica que a empresa vem atuando para se sobressair em um setor de alta concorrência. Ampliação em centros de distribuição (CDs), investimento em pessoal e treinamento, além de aposta nas novas tecnologias são medidas que ajudaram a alavancar a capacidade de venda e os resultados. “Estamos sempre revisando processos com a preocupação constante de prestar o melhor atendimento ao cliente”, diz. Ele ressalta que a empresa busca sempre reinvestir os resultados. Mesmo em um cenário de recuperação lenta da economia, a empresa investiu, no ano passado, R$ 60 milhões na criação de um centro de distribuição (CD) em Feira de Santana, na Bahia. O local, com 23 mil metros quadrados de área de armazenagem, entrou em funcionamento neste mês. Até então, a distribuidora contava com o CD de Ponte Nova. O centro foi construído em 2004, com 15 mil metros quadrados. Em 2010, passou por sua primeira expansão, chegando a 23 mil metros quadrados. Não foi suficiente: entre 2014 e 2015, uma nova obra ampliou o espaço para 41 mil metros quadrados de área de armazenagem. Além dessas estruturas, a empresa conta com filiais logísticas de apoio. Em alguns casos, quando o volume de encomendas é grande, as cargas são redistribuídas nesses pontos para caminhões menores.

planejamento para entregar mercadorias, a BCR Bartofil acaba fazendo um verdadeiro trabalho social, pois leva produtos diversos em áreas remotas do interior do País. Para tal, conta com 1,4 mil funcionários com carteira assinada, além de 1,2 mil vendedores autônomos e 350 transportadores autônomos. Essa rede consegue atender a cerca de 100 mil varejistas espalhados em quase todo o Brasil: estão situados em 4.500 cidades, em 22 Estados. A empresa atende principalmente os pequenos comerciantes do interior do País, mas também presta o serviço a médias e grandes empresas, inclusive nas capitais. A empresa só não atende os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Acre. Na outra ponta, os CDs da BCR Bartofil são abastecidos por 500 fornecedores do Brasil e do exterior. No total, a empresa oferece cerca de 10 mil itens diversificados

DIVULGAÇÃO

de segmentos como agroveterinário, automotivo, construção, esporte e lazer, utilidades domésticas, ferramentas e papelaria. Os vendedores autônomos atuam na linha de frente, visitando os varejistas. E, mesmo estando em comunidades isoladas, carregam seus tablets e/ ou smartphones. Com esses equipamentos, fazem as encomendas e encaminham via internet para a Bartofil. A empresa está atenta às novas tecnologias. Problemas na cobertura on-line pode gerar atraso na hora de fazer encomenda. “Temos casos de vendedor que chega de barco a alguma localidade isolada e acaba ficando dias sem sinal de internet”, diz. Outra característica im- A BCR Bartofil oferece, em quase todo o Brasil, cerca de 10 mil itens diversificados portante que garante o sucesso do negócio é con- Bartofil tem raízes em Ponte os dois filhos mais velhos em atividade na empresa. seguir atender a pequenas Nova, onde foi criada há dele, Antônio e Darci. Ra- Ele ressalta que o fato de a encomendas. A agilidade na cerca de 70 anos. Rafael fael – neto de Francisco – é distribuidora ser familiar entrega tem atenção especial. Bartolomeu conta que os da terceira geração. E ele não diminui a preocupação negócios foram iniciados diz que já tem um repre- com a governança corpoEmpresa familiar - A BCR por seu avô Francisco e sentante da quarta geração rativa.

FERROVIAS

Investimentos no segmento têm potencial para dobrar

São Paulo - O volume anual de investimentos no setor ferroviário tem potencial para saltar do patamar atual de R$ 9 bilhões para R$ 19 bilhões no médio prazo, se for adotada no Brasil uma agenda ampla de desenvolvimento do setor, de acordo com cálculo do gerente setorial de Transportes e Logística do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dalmo Marchetti. Segundo ele, os principais eixos para elevação dos investimentos passam pelo planejamento logístico para deslocamentos ferroviários regionais (adoção das linhas de extensão curta ou menor volume de transporte, as chamadas ‘short lines’), devolução ao governo de trechos pouco utilizados para que sejam relicitados, desenvolvimento de novas parcerias público-privadas (PPPs), ajustes na regulamentação, incentivo a novos atores e negócios e precificação do direito de passagem. “O País tem muitas oportunidades nesse setor”, salientou ontem Marchetti, durante seminário organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O gerente regional lembrou que o BNDES realizou, neste ano, Atendimento amplo - No um planejamento amplo de

ALISSON J. SILVA

investimentos em setores considerados estratégicos para o desenvolvimento nacional, entre os quais o segmento ferroviário tem um peso importante. “A agenda ferroviária é uma muito cara ao BNDES”, disse, sinalizando disposição do banco estatal para realizar investimentos no ramo. Marchetti observou que as ferrovias no Brasil estão concentradas em corredores de exportação, que vêm atendendo quase exclusivamente o escoamento das commodities agrícolas e minerais. Na sua avaliação, um dos principais desafios do setor está em diversificar esse modelo para atender também passageiros e outros tipos de cargas. Além disso, Para BNDES, no médio prazo, volume de aportes poderia passar de R$ 9 bilhões para R$ 19 bilhões defendeu que é preciso haver maior integração das ferro- do tráfego em horários em ções das concessões. A sua nista, visando tornar os vias com os demais modais que não há transporte de proposta é que, para cada empreendimentos viáveis logísticos. “O modelo atual passageiros, como as noites trecho devolvido, seja feita para o setor privado. Em é excessivamente concen- ou madrugadas. uma análise de viabilidade seguida, realização de um trado. Precisamos ter uma ampla para se entender qual novo edital de concessão agenda de enfrentamento Oportunidades - No semi- seria o melhor reúso para ou PPP para repassar os mais forte para a diversifi- nário, o gerente de Planos e a linha. trechos ao setor privado. cação”, alertou. Projetos da Valec, Francisco Uma vez constatada a O gerente da Valec disse Ele criticou também que Luiz da Costa, acrescentou viabilidade, segundo Cos- ainda que o modelo regulaa participação do modal que o desenvolvimento do ta, há a possibilidade de a tório brasileiro precisa ser ferroviário no transporte setor ferroviário passa pela Valec realizar a execução revisto, pois impõe barreiras de cargas dentro das ci- discussão de como gerar de obras de melhorias e à implantação das short dades é pequeno. Na sua novos negócios com trechos readequação, bem como lines. Segundo ele, é preciso avaliação, é preciso estudar subutilizados e que, possi- operar as fases iniciais do que o marco regulatório tealternativas para intensificar velmente, serão devolvidos projeto. Ele sugeriu ainda nha mais flexibilidade para o uso dos trilhos nas regi- pelas empresas privadas a criação de Sociedades de permitir a readequação das ões metropolitanas, como, ao governo no processo Propósito Específico (SPEs) linhas e a atração do capital por exemplo, a liberação de antecipação das renova- tendo a Valec como acio- privado. (AE)

RODOVIAS

BNDES confirma apoio a interessados em leilões Rio de Janeiro - O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai apoiar os interessados nos leilões da Rodovia de Integração do Sul (RIS), marcado para novembro, e das BRs 364 e 365, que ainda dependem de parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), disse o presidente do banco de fomento ontem. O BNDES, contudo, não pretende apresentar novas condições de financiamento aos interessados. “Vamos dar apoio e as condições serão as de sempre e que fazem parte

da nossa política operacional”, declarou Dyogo Oliveira a jornalistas, após participar do Fórum Nacional promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE), sem dar mais detalhes. Embora tenha criticado o nível de exigência e detalhamento dos órgãos reguladores para a concessão de rodovias no País, que ele chamou de “nanométricas”, Dyogo Oliveira disse que vem sendo procurado por muitos grupos interessados nas concessões das rodovias e que tem certeza de que os leilões serão

um grande sucesso. “Ter obras tão detalhadas cria dificuldades de cumprir o plano original e contestações lá na frente”, disse ele a jornalistas. “O contato que temos tido com investidores nos deixa muito confiantes de que vai haver demanda forte nos leilões da RIS e da 364 e 365”, completou. Para Oliveira, o setor de rodovias deveria usar como parâmetro o segmento de energia que tem leilões simples, disputados e que dão garantia de retorno aos investidores. “O marco legal

da infraestrutura tem que ser desenvolvido. O marco legal do setor elétrico tem uma grande eficiência. O oposto disso é o saneamento, no qual nossos indicadores são deploráveis e o marco regulatório uma confusão infernal“, declarou o presidente do BNDES. “No setor de rodovias, temos um modelo que caminha no sentido contrário: em vez de ir na direção do elétrico que é mais flexível, menos detalhado e com menos regulação, caminhamos para o detalhamento ao nível

nanométrico e isso não tem condição de dar certo e menor hipótese de funcionar”, disse Oliveira. Desembolsos - O BNDES desembolsou, neste ano até julho, cerca de R$ 33 bilhões, uma queda de 18% ante o mesmo período de 2017, enquanto as consultas cresceram 4% e os enquadramentos subiram 18% na mesma comparação, segundo o presidente da instituição. Apesar da queda, Oliveira está confiante que o banco vá cumprir a meta de emprésti-

mos do ano de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões, por conta dos pedidos feitos no passado e que já estão próximos de serem liberados. “Acho que é tranquilo fechar com mais uns R$ 40 bilhões até o fim do ano (em empréstimos)”, afirmou. Oliveira minimizou os efeitos da alta do dólar sobre a demanda por recursos do banco. “Isso é volatilidade de curtíssimo prazo, e decisões de investimento observam uma trajetória mais longa. Não acho que o dólar vai afetar”. (Reuters)


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INTERNACIONAL CRISE NA VENEZUELA

COMÉRCIO

Tarifas mĂştuas de EUA e Objetivo seria desafogar os paĂ­ses de fronteira, sobrecarregados com fluxo de refugiados China entram em vigor Genebra - As principais fim de semana em Roraima. para atender aos pedidos

ONU pede ajuda a potĂŞncias mundiais

MARCELO CAMARGO/ABr

agĂŞncias da Organização das Naçþes Unidas (ONU) apelam para que paĂ­ses de fora da AmĂŠrica do Sul passem a ajudar na crise de refugiados venezuelanos, em uma clara indicação que os paĂ­ses da regiĂŁo jĂĄ nĂŁo estĂŁo dando conta do fluxo. O ĂŞxodo, segundo a entidade, ĂŠ um dos maiores da histĂłria da AmĂŠrica Latina e chegaria a 2,3 milhĂľes de venezuelanos. O que as entidades querem ĂŠ que paĂ­ses de fora da AmĂŠrica do Sul se apresentem como possĂ­veis locais para relocalização desses refugiados, o que permitiria desafogar parte dos paĂ­ses de fronteira com a Venezuela. Negociaçþes estĂŁo ocorrendo nos bastidores com governos europeus e norte-americanos para buscar locais para esses venezuelanos, da mesma forma que foi feito com os refugiados sĂ­rios que se acumulavam no LĂ­bano, Jordânia e Turquia. AlĂŠm disso, as entidades solicitam um socorro financeiro, diante da pressĂŁo que o fluxo estĂĄ causando para os paĂ­ses sul-americanos em termos de gastos pĂşblicos. Em um comunicado emitido em Genebra, ontem, o Alto Comissariado da ONU para Refugiados e a Organização Internacional de Migraçþes solicitaram um “maior apoio por parte da comunidade internacional aos paĂ­ses e comunidades na regiĂŁo recebendo um nĂşmero cada vez maior de refugiados e migrantes da Venezuelaâ€?. A estimativa das entidades ĂŠ ainda de que esse fluxo pode ganhar força nos prĂłximos meses, colocando locais de fronteira e cidades inteiras sob intensa pressĂŁo social, como jĂĄ ocorreu no Ăşltimo

Apenas desde 2015, 1,6 milhĂŁo de venezuelanos deixaram o paĂ­s, com 90% deles indo para os demais paĂ­ses sul-americanos.

Esforço reconhecido - No comunicado assinado pelos chefes dos dois ĂłrgĂŁos da ONU, Filippo Grandi e William Lacy Swing, as entidades reconhecem os esforços feitos por Brasil, ColĂ´mbia, Peru, Equador e outros no recebimento dos refugiados. Mas admitem que estĂŁo “preocupadosâ€? com recentes polĂ­ticas adotadas na regiĂŁo “afetando refugiados e migrantes da Venezuelaâ€?. “Isso inclui novos passaportes e exigĂŞncias para cruzar a fronteira no Equador e no Peru, assim como mudanças nas autorizaçþes de estadia temporĂĄria para venezuelanos no Peruâ€?, declararam as entidades. “Reconhecemos os crescentes desafios associados com a chegada de grande escala de venezuelanosâ€?, disse Grandi. â€œĂ‰ crĂ­tico que qualquer nova medida continue a permitir que aqueles em busca de proteção possam ter acesso Ă segurança e ao pedido de asiloâ€?, insistiu. Swing, por sua vez, apelou para que os paĂ­ses da regiĂŁo continuem a manter suas fronteiras abertas. “Confiamos que essas demonstraçþes de solidariedade continuem no futuroâ€?, destacou. De acordo com eles, uma preocupação especial se refere Ă s populaçþes mais vulnerĂĄveis, como adolescentes, mulheres e crianças que cruzam as fronteiras sozinhas ou pessoas que estejam tentando encontrar suas famĂ­lias. Muitos deles podem nĂŁo ter os documentos necessĂĄrios

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA 2 6LQGLFDWR GRV 2Ă€FLDLV GH -XVWLoD $YDOLDGRUHV GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV SINDOJUS/MG DWUDYpV GD VXD 'LUHWRULD ([HFXWLYD QR XVR GH VXDV DWULEXLo}HV OHJDLV H HVWDWXWiULDV FRQYRFD RV 2Ă€FLDLV GH -XVWLoD $YDOLDGRUHV GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV SDUD $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD D VHU UHDOL]DGD QR GLD ViEDGR jV KRUDV HP SULPHLUD FKDPDGD H KRUDV HP VHJXQGD FKDPDGD QR +27(/ 52<$/ &(17(5 VLWXDGR QD 5XD 5LR *UDQGH GR 6XO /RXUGHV %HOR +RUL]RQWH 0* FRP WUDQVPLVVmR 21 /,1( SHOD LQWHUQHW SDUD GHOLEHUDUHP VREUH D JUHYH E RXWURV DVVXQWRV GH LQWHUHVVH GD FDWHJRULD GRV 2Ă€FLDLV GH -XVWLoD $YDOLDGRUHV %HOR +RUL]RQWH 0* GH DJRVWR GH Emerson Mendes de Figueiredo 'LUHWRU *HUDO Valdir Batista da Silva 'LUHWRU *HUDO

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAĂ‡ĂƒO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PRODEMGE

das autoridades e acabam em situaçþes de risco, exploração, trĂĄfico e violĂŞncia. “A atual situação reforça a necessidade urgente para aumentar o engajamento internacional e solidariedade em apoio aos planos de governosâ€?, apontaram as entidades. De acordo com a ONU, a comunidade internacional se comprometeu, no ano passado, em dar um apoio “previsĂ­vel e rĂĄpidoâ€? a regiĂľes que estejam sob pressĂŁo por um fluxo de refugiados. (AE) ĂŠxodo no paĂ­s jĂĄ chegaria a 2,3 milhĂľes de venezuelanos

Moradores fazem fila por carne estragada Em Maracaibo, cidade que jĂĄ foi considerada a ArĂĄbia Saudita da Venezuela por sua ampla reserva de petrĂłleo e pela riqueza proporcionada pela commodity, os moradores fazem fila para comprar carne estragada, jĂĄ que nĂŁo ĂŠ mais possĂ­vel refrigerar alimentos em razĂŁo da falta de energia constante - realidade da regiĂŁo hĂĄ mais de 9 meses e que tem piorado recentemente. Algumas pessoas ficam doentes depois de comer carne podre, mas como elas sĂŁo vendidas a preços baixos, em muitos casos essa tem sido a Ăşnica maneira que muitos venezuelanos encontraram para ingerir proteĂ­na, em um paĂ­s cada vez mais afetado por uma severa crise econĂ´mica. “(A carne) tem um cheiro forte, mas ĂŠ sĂł enxaguar com um pouco de vinagre e limĂŁoâ€?, explica Yeudis Luna, pai de trĂŞs garotos, enquanto compra cortes de carne jĂĄ escurecida em um açougue nesta que ĂŠ a segunda maior cidade da Venezuela. O presidente socialista NicolĂĄs Maduro culpa uma “guerra econĂ´micaâ€? trava-

da pelos Estados Unidos e outras potências capitalistas pela situação do país. O governador do Zulia, estado onde fica Maracaibo, Omar Prieto, disse recentemente que a administração trabalha para acabar com os blecautes constantes, mas que ainda não Ê possível dizer quando a situação serå normalizada.

DORALICE PEREIRA SOARES MACHADO 04690721645, por determinação da Secretaria Adjunta de Meio Ambiente de Betim, torna pĂşblico que solicitou atravĂŠs do Processo nÂş /LFHQoD $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD para atividade de BAR E RESTAURANTE COM MĂšSICA E SALĂƒO DE FESTAS, localizada na Rua SĂŁo SebastiĂŁo, nÂş 186, Bairro SĂŁo SebastiĂŁo, Betim/MG.

HDSAT COMERCIO E SERVIÇOS LTDA – EPP, CNPJ 15.089.894/0001-05, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel e o Conselho Municipal de Meio Ambiente torna pĂşblico que solicitou atravĂŠs do processo NÂş 1523/01-18 (FCE 15447/2018-03A autorização de terraplanagem, no endereço: Rua Continental, Lotes 01 e 02, Quadra 03, Bairro Perobas/CincĂŁo. CONTAGEM – MG.

Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro MAT. JUCEMG nº 507 torna público que realizarå leilão online no Portal: www.gpleiloes.com.br e presencial na Av. N Sra. do Carmo, 1650, lj 41, Carmo-BH/MG, Leilão: 18/09/18 às 09:00hs, para venda de 01 imóvel em Curitiba/PR e 01 imóvel em São Paulo/SP. Comitente: Banco Inter S/A. Normas p/ participação registradas no Cartório do 1º Ofício de Reg. de Títulos e Docs. de BH, nº 01419286. Info. e edital no site: www. gpleiloes.com.br ou pelo tel.: 31 3241-4164.

A STRATURA ASFALTOS S/A, por determinação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental do MunicĂ­pio de Betim – CODEMA, torna pĂşblico que foi solicitado atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 5451808391, a Revalidação da Licença Ambiental – LAC1 – Classe 4, para a atividade de fabricação de RXWURV SURGXWRV TXtPLFRV QmR HVSHFLĂ€FDGRV RX QmR FODVVLĂ€FDGRV ORFDOL]DGD QD $YHQLGD &DPSR Florido, nÂş 705, Bairro Jardim Teresopolis, CEP 32.663-110, Betim/MG.

Apagþes constantes - Nos últimos nove meses, moradores de Maracaibo têm sofrido com apagþes constantes. E as coisas ficaram ainda piores após, no dia 10, um incêndio destruir a principal linha de energia que abastecia a cidade de 1,5 milhão de pessoas. As geladeiras se tornaram peças de decoração na maioria das casas e as carnes passaram a estragar rapidamente. Pelo menos quatro açougues vendem carne apodrecida em Las Pulgas, o mercado central de Maracaibo. O açougueiro Johel Prieto conta que a falta de refrigeração fez com que um lado inteiro de uma grande peça de carne apodrecesse. Ele admite que triturou gran-

CNPJ - 16.636.540/0001-04 AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO A PRODEMGE comunica que estĂĄ realizando o PregĂŁo EletrĂ´nico nÂş 059/2018, Planejamento n° 284/2018, Registro de Preços para licenças do software microstrategy, incluindo suporte tĂŠcnico e atualização de versĂľes, pelo perĂ­odo de 12 (doze) meses. Especificaçþes e demais condiçþes de participação constam no Edital a disposição dos interessados nos sites: www.compras.mg.gov.br HÂŹ www.prodemge.gov.br ou na GerĂŞncia de Aquisiçþes da Prodemge, PrĂŠdio Gerais, 4Âş Andar, Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves – CAMG, BH/MG. Data da sessĂŁo: 05 de setembro de 2018 Ă s 09:00 horas. Belo Horizonte, 22 de agosto de 2018. Gilberto RosĂĄrio de Lacerda – Diretor Diretoria de GestĂŁo Empresarial. Pedro Ernesto Diniz – Diretor – Diretoria de Infraestrutura e Produção. Paulo de Moura Ramos – Diretor Presidente – PresidĂŞncia.

ORLY VEĂ?CULOS E PEÇAS S/A CNPJ: 21.483.615/0001-96 - NIRE: 3130010212-2 ATA DE REUNIĂƒO DA DIRETORIA DE 20/07/18. Hora e local: Sede social, na cidade de MuriaĂŠ/MG, Ă Av. Cristiano Ferreira Varella, 55, CEP 36888-233, Ă s 08h.. Presença: Dos diretores: Eric Braz Tambasco (CPF 898.721.186-04); e Wiliam Tanus Xaia (CPF 114.375.536-72), em conformidade com o estabelecido no § Ăšnico, do Art. 2Âş, do Estatuto da Companhia. Ordem do dia: Constituição de Filial (depĂłsito fechado). Deliberação Unânime: De acordo com o § Ăšnico, do Art. 2Âş, do Estatuto Social, a Diretoria deliberou constituir, a partir desta data, depĂłsito fechado na Rod. BR 482 KM 95, nÂş 3.454, Lote 01, Qd. 05, Bairro Bela Vista, GuaçuĂ­/ES, CEP 29560-000. Encerramento: Sem mais assuntos a tratar, os Diretores da Companhia assinam esta ata. MuriaĂŠ/MG, 20/07/18. Eric Braz Tambasco; Wiliam Tanus Xaia. JUCEMG nÂş 6935142 em 23/07/2018. Marinely de Paula Bonfim - SecretĂĄria Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - LeilĂŁo 001/2017 - torna pĂşblico TXH VH HQFRQWUD GLVSRQtYHO QR VLWH ZZZ ULEHLUDRGDVQHYHV PJ JRY EU R HGLWDO UHWLÂżFDGR GR /HLOmR FXMR REMHWR FRQVLVWH QD 5HDOL]DomR GH OHLOmR YLVDQGR j DOLHQDomR GH YHtFXORV H PiTXLQDV LQVHUYtYHLV H FRQVLGHUDGRV GHVQHFHVViULRV DR PXQLFtSLR HP UD]mR GR DOWR FXVWR SDUD UHFXSHUDomR H RX PDQXWHQomR D HOHV GLVSHQVDGRV $ GDWD SDUD HQWUHJD GRV HQYHORSHV H UHDOL]DomR GD VHVVmR VHUi dia 11/09/2018 as 09:00 hrs. Alex de Almeida Ferreira Silva/Presidente da CPL.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 049/2018 - torna pĂşblico que se encontra disponĂ­vel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 049/2017, cujo objeto consiste na contratação de empresa especializada na prestação de serviços realização de exames laboratoriais, tendo referĂŞncia a tabela sus podendo ser acrescido no mĂĄximo 20%, por um perĂ­odo de 12 (doze) meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 12/09/2018 ĂĄs 09:00h. Alex de Almeida Ferreira Silva/Presidente da CPL.

EMPRESA NACIONAL DE COMÉRCIO, RÉDITO E PARTICIPAÇÕES S. A.- ENCORPAR CNPJ/MF NÂş 01.971.614/0001-83 - NIRE n° 3130001252-2 COMPANHIA ABERTA ATA DA OCTOGÉSIMA QUINTA REUNIĂƒO EXTRAORDINĂ RIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAĂ‡ĂƒO DA EMPRESA NACIONAL DE COMÉRCIO, RÉDITO E PARTICIPAÇÕES S. A. - ENCORPAR, REALIZADA NO DIA 14 (CATORZE) DE AGOSTO DE 2018, LAVRADA EM FORMA DE SUMĂ RIO. Data, Local e Hora: Aos 14 (catorze) dias do mĂŞs de agosto de 2018, na Rua AimorĂŠs,981 – 12o andar, parte, Bairro FuncionĂĄrios, em Belo Horizonte-MG, Ă s 18:00 (dezoito) horas. Presença: Totalidade dos membros do Conselho de Administração. Mesa: Presidente, JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, e SecretĂĄria, Mariza Campos Gomes da Silva. Ordem do Dia: - DiscussĂŁo e aprovação GDV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV LQWHUPHGLiULDV GD &RPSDQKLD UHODWLYDV DR VHJXQGR WULPHVWUH ÂżQGR em 30/06/2018. Deliberaçþes: A totalidade dos membros do Conselho de Administração presentes decidiu, por unanimidade de votos e sem quaisquer reservas, aprovar as demonstraçþes contĂĄbeis LQWHUPHGLiULDV GD &RPSDQKLD UHODWLYDV DR VHJXQGR WULPHVWUH ÂżQGR HP Encerramento: NĂŁo havendo nenhum outro assunto a ser tratado, foram suspensos os trabalhos pelo espaço de tempo necessĂĄrio Ă lavratura desta ata, a qual, reiniciada a sessĂŁo, foi lida e aprovada por unanimidade e sem restriçþes. Belo Horizonte-MG, 14 de agosto de 2018. Assinaturas: JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, Presidente da ReuniĂŁo, e Mariza Campos Gomes da Silva, SecretĂĄria. Membros do Conselho: JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, Presidente; Mariza Campos Gomes da 6LOYD 9LFH 3UHVLGHQWH H -RmR *XVWDYR 5HEHOOR GH 3DXOD &HUWLÂżFR TXH D SUHVHQWH FRQIHUH FRP R original lavrado em livro prĂłprio: JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva - Presidente ReuniĂŁo. -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV Âą &HUWLÂżFR R UHJLVWUR VRE R Qž HP 3URWRFROR $VV 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO

de parte e misturou com uma peça de carne fresca, na tentativa de mascarar a deterioração. Uma bandeja de carne moĂ­da e de outros cortes acinzentados expostos em seu balcĂŁo a cĂŠu aberto ĂŠ alvo das moscas - e de um fluxo constante de clientes. Alguns usam essa carne para alimentar seus cĂŁes, mas muitos cozinham para suas famĂ­lias, explica Prieto. â€œĂ‰ claro que eles comem a carne - graças a Maduroâ€?, diz o açougueiro. “A comida dos pobres ĂŠ comida estragadaâ€?. Do outro lado da rua, em outro comĂŠrcio, um açougueiro - sem camisa e fumando um cigarro - oferece bandejas de cortes escurecidos. “As pessoas estĂŁo comprandoâ€?, afirma JosĂŠ Aguirre, enquanto descarrega um lote de frango estragado. Luna, um vigia de estacionamento de 55 anos de idade, levou um quilo de cortes bovinos para casa sabendo que estavam em condiçþes inadequadas para consumo. No ano passado, sua mulher foi para a ColĂ´mbia e o deixou com os trĂŞs filhos, de 6, 9 e 10 anos. Segundo Luna, ela nĂŁo aguentava mais passar fome e, desde entĂŁo, ele nĂŁo tem notĂ­cias da companheira. Atualmente, Luna e seus filhos sĂł conseguem comer carne apodrecida. “Estava preocupado que ficariam doentes por causa do mau cheiroâ€?, diz o vigia. “Mas sĂł o mais novo teve diarreia e vomitouâ€?. (AE) ATG PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF 10.307.495/0001-50 - NIRE 3130002780-5 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA - Ficam os senhores acionistas da ATG PARTICIPAÇÕES S.A. (“Companhiaâ€?) convocados para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 31 de agosto de 2018, Ă s 10:00h (dez horas) em primeira convocação, e Ă s 10:30h (dez horas e trinta minutos) do mesmo dia em segunda convocação, a ser realizada na Rua dos Guajajaras, nÂş 977, Sala 1102, Bairro de Lourdes, CEP 30180-105, no municĂ­pio de Belo Horizonte/ MG, quando os senhores acionistas serĂŁo chamados a deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (i) Alteração da sede social da Companhia e respectiva alteração do estatuto social; (ii) Alteração do Estatuto Social para realizar a extinção do Conselho de Administração da &RPSDQKLD GHÂżQLU DV FRPSHWrQFLDV H DWULEXLo}HV da Assembleia Geral e da Diretoria; (iii) Alteração do Estatuto Social para exclusĂŁo da clĂĄusula de arbitragem e inserção do foro da justiça comum de Belo Horizonte/MG; (iv) Consolidação do Estatuto Social da Companhia; (v) Eleição dos Membros da Diretoria; Informaçþes Relevantes: 1. Nos termos do §2Âş, do Art. 124 da Lei 6.404/76, a Companhia informa que a referida assembleia serĂĄ realizada em local diverso da atual sede, sendo que ela realizarse-ĂĄ no seguinte endereço: Rua dos Guajajaras, nÂş 977, Sala 1102, Bairro de Lourdes, CEP 30180105, no municĂ­pio de Belo Horizonte/MG. 2. Os GRFXPHQWRV H LQIRUPDo}HV UHIHUHQWHV jV PDWpULDV previstas na Ordem do Dia, jĂĄ estĂŁo disponĂ­veis na sede Companhia, para eventual consulta pelos Srs. acionistas. Roberto MĂĄrio Gonçalves Soares Filho Presidente do Conselho de Administração.

Pequim/Washington - Os Estados Unidos (EUA) e a China intensificaram sua guerra comercial ontem com a adoção de tarifas de 25% sobre US$ 16 bilhĂľes em mercadorias um do outro, mesmo que autoridades de ambos os lados tenham retomado negociaçþes em Washington. As duas maiores economias do mundo adotaram agora tarifas sobre um total combinado de US$ 100 bilhĂľes em produtos, desde o inĂ­cio de julho, com mais por vir, ampliando os riscos ao crescimento econĂ´mico global. O MinistĂŠrio do ComĂŠrcio da China disse que Washington “permanece obstinadoâ€? em implementar as mais recentes tarifas, que entraram em vigor por ambos os lados, como previsto, Ă 01h01 (horĂĄrio de BrasĂ­lia) de ontem. OMC - “A China se opĂľe firmemente a isso e continuarĂĄ a adotar contramedidas necessĂĄriasâ€?, disse o ministĂŠrio, em comunicado, acrescentando que Pequim entrarĂĄ com uma reclamação junto Ă Organização Mundial do ComĂŠrcio (OMC). O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou colocar tarifas sobre quase todos os mais de US$ 500 bilhĂľes em bens chineses exportados aos EUA anualmente a menos que Pequim concorde com mudanças a suas prĂĄticas de propriedade intelectual, programas de subsĂ­dio Ă indĂşstria e estruturas tarifĂĄrias, e compre mais produtos norte-americanos. Esse nĂşmero representaria bem mais do que a China importa dos EUA, levantando preocupaçþes de que Pequim poderia avaliar outras formas de retaliação. As tarifas entraram em vigor em meio a dois dias de negociaçþes em Washington entre autoridades de ambos os lados, as primeiras discussĂľes formais desde que o SecretĂĄrio de ComĂŠrcio dos EUA, Wilbur Ross, reuniu-se com o assessor econĂ´mico chinĂŞs, Liu He, em junho, em Pequim. Grupos empresariais demonstraram expectativas de que a reuniĂŁo marcaria o inĂ­cio de negociaçþes sĂŠrias sobre o comĂŠrcio chinĂŞs e mudanças na polĂ­tica econĂ´mica exigidas por Trump. Entretanto, na segunda-feira (20), Trump disse Ă Reuters, em entrevista, que ele nĂŁo “esperava muitoâ€? das negociaçþes. (Reuters) SINDICATO DOS AUDITORES FISCAIS E AUDITORES TÉCNICOS DE TRIBUTOS MUNICIPAIS DE BELO HORIZONTE – SINFISCO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA A Diretoria Executiva do SINDICATO DOS AUDITORES FISCAIS E AUDITORES TÉCNICOS DE TRIBUTOS MUNICIPAIS DE BELO HORIZONTE – SINFISCO convoca os Auditores Fiscais e Auditores TĂŠcnicos de Tributos Municipais de Belo Horizonte, ativos e inativos, para Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, nos termos do Estatuto, a realizar-se no dia 30/08/2018 (quinta-feira), em primeira chamada Ă s 9:00 horas, na sede do SINFISCO, Av. Afonso Pena, 726 sala 1111, para avaliar, discutir e deliberar sobre os seguintes assuntos: 1. Reajuste salarial proposto pelo governo e Alteração na Forma de Reajuste das GraWLÂżFDo}HV 3UHYLVWD QR 3/ 5HLYLQGLFDo}HV das Categorias TributĂĄria e FazendĂĄria. Belo Horizonte 23 de agosto de 2018. CĂŠlio Fernando de Souza Silva Presidente do SINFISCO

GERDAU AÇOMINAS S.A. CNPJ no 17.227.422/0001-05 - NIRE nÂş 31300036677 ATA DE REUNIĂƒO DA DIRETORIA REALIZADA NA SEDE SOCIAL, NO MUNICĂ?PIO DE OURO BRANCO, MG, NA RODOVIA MG 443, KM 07, Ă€S 10h00min DO DIA 15 DE AGOSTO DE 2018 1. A reuniĂŁo contou com a presença da totalidade dos membros da Diretoria, tendo sido presidida por Gustavo Werneck Da Cunha, e secretariada por Harley Lorentz Scardoelli. 2. A Diretoria, na forma do Estatuto Social, deliberou, por unanimidade, autorizar a extinção das ďŹ liais da Sociedade localizadas nos seguintes endereços: (i) Rua Ministro Orozimbo Nonato,102, sala 603-605-607 e 609, Torre B, Vila Da Serra, Nova Lima, MG, CEP 34.006-053, inscrita no CNPJ nÂş 17.227.422/015633 e na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE nÂş 31902527008, em 19/04/2017; e (ii) Rua Ministro Orozimbo Nonato, 442, sala 813 e 814, Vila Da Serra, Nova Lima, MG, CEP 34.000-000, inscrita no CNPJ nÂş 17.227.422/0002-88 e na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE nÂş 31900068642, em 20/05/1997. 3. Nada mais foi tratado. Ouro Branco, MG, 15 de agosto de 2018. Mesa: Gustavo Werneck Da Cunha (Diretor Presidente). Harley Lorentz Scardoelli (Diretor Vice-Presidente). Fladimir Batista Lopes Gauto; Marcos Eduardo Faraco Wahrhaftig; Cesar Obino Da Rosa Peres; Mauro De Paula; AndrĂŠ Brickmann Areno (Diretores). Declaração: Declaro que a presente ĂŠ cĂłpia ďŹ el da ata transcrita em livro prĂłprio e que as assinaturas supramencionadas sĂŁo autĂŞnticas. Harley Lorentz Scardoelli - Diretor Vice-Presidente. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais: CertiďŹ co registro sob o nÂş 6969952 em 21/08/2018 da Empresa GERDAU AÇOMINAS S.A., Nire 31300036677 e Protocolo 184555311 - 21/08/2018. Marinely de Paula BomďŹ m - SecretĂĄria Geral.


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POLÍTICA AGENDA ECONÔMICA

Temer abre mão de prioridades Governo já trabalha apenas com iniciativas que não dependem do Congresso Brasília - Apenas uma dentre as 15 medidas estabelecidas pelo governo do presidente Michel Temer como prioritárias para a economia neste ano foram aprovadas até agora pelo Congresso Nacional e, com o início da campanha eleitoral, a tendência é que as demais sigam estacionadas, o que tem levado a equipe econômica a trabalhar em iniciativas que não precisam do aval dos parlamentares. Da lista original apresentada após o naufrágio da reforma da Previdência, em fevereiro deste ano, só a reoneração da folha de pagamento virou lei. E com ajuda da paralisação dos caminhoneiros, já que o governo estipulou que só subsidiaria o preço do diesel, atendendo a uma demanda da greve, se a reoneração ganhasse sinal verde dos parlamentares. Com isso, ficaram pelo caminho projetos importantes do ponto de vista fiscal, como o da privatização da Eletrobras, que poderia render arrecadação de R$ 12,2 bilhões aos cofres públicos, e o da regulamentação do teto remuneratório no funcionalismo. Também não foram apreciados projetos que o governo defendeu que melhorariam o ambiente de negócios no Brasil, ligados à melhoria regulatória e concessão de crédito. Entram no pacote, por exemplo, a criação do cadastro positivo, da duplicata eletrônica e o que regulamenta o distrato, rompimento do contrato imobiliário por desistência. As iniciativas ligadas ao Banco Central (BC), incluindo autonomia formal da autarquia e criação de depósitos voluntários, tampouco foram votadas pelos parlamentares. “O grande problema, como vejo, nem é a sensibilidade dos temas, mas a dificuldade de quórum em ambas as Casas e o surgimento de pautas mais palatáveis do ponto de vista eleitoral”, afirmou uma fonte do BC, em condição de anonimato. O próprio presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), descartou a tramitação de projetos polêmicos como o da cessão onerosa

WALDEMIR BARRETO / AGENCIA SENADO

Com a campanha eleitoral a pleno vapor, os senadores não devem votar projetos que provocam polêmica

e o da privatização de distribuidoras da Eletrobras. Dadas as condições, o Senado deve se concentrar em projetos das áreas de educação e segurança que contem com acordo. Desgaste - “Para este ano a Câmara e o Senado vão cumprir expediente burocrático e não vão tomar nenhuma medida que seja contra setores organizados da sociedade, nem servidores públicos, nem empresas, nem qualquer segmento com o qual possam ter algum desgaste no período das eleições”, afirmou o especialista em contas públicas Gil Castelo Branco, do Contas Abertas. “Então eu acho que essas expectativas todas vão ficar para o ano que vem”, acrescentou. Diante do cenário, a equipe econômica já vem apostando em iniciativas que não precisam do Congresso. Vai antecipar para este ano o novo teto de R$ 1,5 milhão para financiamento de imóveis com uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Trabalho (FGTS), algo que começaria a valer apenas em 2019. Segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto, Temer já deu aval à investida, que deverá ser

chancelada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A mesma fonte informou que o governo deve liberar cerca de R$ 1,2 bilhão à Caixa Econômica Federal, o que deverá dar fôlego às operações do banco neste segundo semestre, o que também já foi decidido pela Junta de Execução Orçamentária. Os recursos para a Caixa serão direcionados da sobra de R$ 1,845 bilhão calculada em relação à meta de déficit primário deste ano, de R$ 159 bilhões para o governo central.

As cifras foram informadas no último relatório bimestral de receitas e despesas. Procurado, o ministério da Fazenda limitou-se a dizer que trabalha com prioridade os projetos para privatização das distribuidoras da Eletrobras, cessão onerosa, tributação de fundos exclusivos, cadastro positivo, duplicata eletrônica, distrato de imóveis, lei de falências, relação entre Banco Central (BC) e o Tesouro Nacional e a autonomia do BC. (Reuters)

Projetos ficam apenas na intenção 1) Simplificação tributária: Reforma do PIS/Cofins 2) Autonomia do Banco Central 3) Marco legal de licitações e contratos (PL 6814) 4) Nova lei de finanças públicas (PL 295) 5) Regulamentação do teto remuneratório (PL 6726) 6) Desestatização da Eletrobras (PL 9463) 7) Reforço das Agências Reguladoras (PL 6621) 8) Depósitos voluntários do Banco Central (PL 9248) 9) Programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais (PL 9215) 10) Cadastro positivo (PLP 441) 11) Duplicata eletrônica (PL 9327) 12) Distrato (PLS 774) 13) Atualização da Lei Geral de Telecomunicações 14) Extinção do Fundo Soberano (MP 830/2018)

Maílson prevê “grande crise” no próximo ano Rio de Janeiro - O próximo presidente que vier a ser eleito em outubro corre o risco de presidir o País durante um período de “grande crise”, alertou ontem o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega. Para ele, o pleito de outubro será o mais importante da história desde as eleições de 1989, por conta dos desafios colocados diante do próximo presidente. “Os desafios podem ser divididos em dois. O primeiro é evitar a insolvência fiscal. O segundo é voltar a aumentar a produtividade”, afirmou Maílson, em palestra durante a Sessão Especial do Fórum Nacional, organizado pelo economista Raul Velloso, no Rio de Janeiro. O ex-ministro lembrou que, em 1989, o risco de insolvência não existia. O primeiro passo para evitá-la é fazer a reforma da Previdência, que, embora não seja capaz de resolver a crise fiscal no curto prazo, dá um sinal de que a insolvência pode ser evitada no longo prazo. Segundo Maílson, a insolvência fiscal seria catastrófica, resultando em “processo violento” de inflação, por causa de uma situação de dominância fiscal. A dominância fiscal, conceito sobre o qual não há consenso completo entre os economistas, descreve a situação em que a política monetária perde seu efeito diante do quadro de desequilíbrio das contas públicas, na medida em que elevações de juros levam a mais gastos e, portanto, mais inflação. “Se fracassar no primeiro ano a reforma da Previdência, a impressão é de que o colapso vai vir”, afirmou Maílson, citando um movimento de fuga de capitais como consequência do adiamento da reforma. Para enfrentar o segundo desafio (retomar os ganhos de produtividade), o ex-ministro recomenda dar prioridade à reforma tributária, aos investimentos em infraestrutura e à melhoria da qualidade da educação. (AE)

OPERAÇÃO LAVA JATO

Investigações deverão ser prorrogadas até 2019 São Paulo - A Operação Lava Jato em Curitiba foi prorrogada pela Procuradoria-Geral da República. A partir de 9 de setembro, os procuradores que integram a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) terão mais um ano para prosseguir com as investigações sobre o esquema de corrupção instalado na Petrobras. A extensão do prazo, por ato da procuradora Raquel Dodge, ainda precisa ser referendada pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF). Iniciada em março de 2014, a Lava Jato é a maior ofensiva de combate à corrupção e lavagem de dinheiro no País. Em quatro anos, a Lava Jato bateu marcas históricas. Foram condenados 160 acusados, entre políticos, doleiros, empresários e lobistas. O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva é o alvo maior da Lava Jato. Condenado a 12 anos e um mês de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá, o ex-presidente cumpre a pena desde 7 de abril em uma sala especial da Polícia Federal em Curitiba. Na semana passada, os procuradores da força-tarefa anunciaram a devolução de R$ 1 bilhão aos cofres da estatal petrolífera, recuperados por meio de acordos de delação premiada e de leniência. Ao todo, já foram devolvidos à Petrobras R$ 2,5 bilhões. Richa - O contador da Concessionária Econorte, Hugo Ono, revelou em delação premiada, supostos

pagamentos da empresa a Carlos Nasser, ex-assessor da Casa Civil do ex-governador Beto Richa (PSDB). Ele teve seu acordo homologado pela Justiça Federal do Paraná, no âmbito da Operação Lava Jato. Ele prestou depoimentos em ação penal aberta contra 18 pessoas na Operação Integração, 48ª fase da Lava Jato, que apura desvios e fraudes em licitações no Departamento de Estradas e Rodagens do Paraná. Os denunciados respondem por lavagem de dinheiro de R$ 91 milhões. Por não citar investigados com foro privilegiado, Ono, que não é um dos denunciados, teve seu acordo homologado pelo juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara do Paraná. Ele se comprometeu ao pagamento de multa de R$ 50 mil, além da confissão de supostos crimes. Entre os denunciados, estão administradores e funcionários da concessionária de pedágios Econorte, que integra o grupo Triunfo, operadores financeiros envolvidos com a concessionária e servidores públicos. Ele afirmou que o empresário Leonardo Guerra entregou a ele “valores em espécie” para pagamento de propinas entre 2012 até 2015, usualmente no valor de R$20 mil mensais. Um dos destinatários, segundo o colaborador, era Carlos Nasser, ex-assessor da Casa Civil. “Tive um contato com ele telefônico, que na época me avisaram que ia me ligar. Eu atendi uma vez, e uma segunda vez, ele me cobrou atraso de pagamento. Ele cobrou só uma vez. Eu falei para

o Leonardo. olha, ligou cobrando atrasado”, afirmou. Os pagamentos teriam ocorrido em meados de 2012, segundo o delator. Segundo a força-tarefa Lava Jato em Curitiba, os denunciados

“implantaram um esquema de contratações fraudulentas e desvios no âmbito da Econorte, com o objetivo de fraudar o equilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão com o Paraná, além

de gerar dinheiro em espécie para pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos e também para enriquecimento dos próprios administradores e funcionários da concessionária”. (AE)

Delator revela esquema de ônibus no Rio Rio de Janeiro - O doleiro Álvaro Novis, colaborador em um acordo com o Ministério Público Federal, declarou ontem ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que o esquema de pagamentos ilícitos a partir de dinheiro recolhido de empresas de ônibus, que teria beneficiado, entre outras pessoas, os deputados estaduais Paulo Melo e Jorge Picciani, funcionava desde a década de 1990. Segundo ele, o total de pagamentos a todos os beneficiados pode chegar a R$ 1 bilhão até meados dos anos 2010, “em uma conta aproximada”. Novis depôs como testemunha no processo e revelou que fez pagamentos ilícitos aos deputados estaduais do MDB em nome da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) e da construtora Odebrecht. Segundo ele, os parlamentares chegaram a receber mais de uma vez por mês por meio do esquema. O doleiro explicou que o esquema era abastecido pelo recolhimento de dinheiro na garagem de empresas de ônibus, por meio de empresas transportadoras de valores. Esse dinheiro era trocado para notas maiores e, segundo Novis, os pagamentos se

davam conforme orientação do empresário José Carlos Lavouras, ex-presidente do conselho de administração da federação. A partir das indicações do empresário, Novis pedia que os funcionários de sua corretora, a Hoya, disponibilizassem os pagamentos, que podiam ser feitos por eles mesmos ou pela transportadora de valores. A Agência Brasil entrou em contato com a defesa de Picciani, que afirmou que se manifesta apenas através dos autos do processo. Já a defesa de Paulo Melo reafirmou que “se trata de uma mentira de um delator sem qualquer prova de corroboração”. Os dois deputados foram presos na Operação Cadeia Velha, que apura o pagamento de propinas aos parlamentares para o favorecimento de interesses privados. Motivo - O doleiro afirmou em seu depoimento de ontem que não tinha conhecimento do motivo dos pagamentos e que os parlamentares recebiam o dinheiro através de representantes, em endereços no centro do Rio de Janeiro e na zona sul. “Se o motivo (dos pagamentos) fosse legal, não precisariam de mim”, disse o doleiro. A operação do esquema da Fe-

transpor permitiu que o doleiro identificasse os pagamentos feitos aos parlamentares no esquema da Odebrecht, em que, segundo Novis, eram usados codinomes e senhas para impedir a identificação dos beneficiados. Esse sistema, alega ele, fez com que desconhecesse 95% das pessoas que recebiam o dinheiro da construtora no Rio de Janeiro e em São Paulo. As planilhas com os pagamentos, chamadas de Carioquinha e Paulistinha, foram entregues à Justiça. Outra pessoa ouvida ontem foi o réu e colaborador Edimar Dantas, que trabalhava na corretora de Novis. Dantas disse que Paulo Mello chegou a solicitar mais de R$ 1 milhão em um mês, e que o pagamento de valores desse patamar se dava em parcelas. Edimar Dantas detalhou parte das informações prestadas por Novis e disse que os pagamentos eram sempre efetuados em espécie, e que foi preciso estabelecer um limite de R$ 500 mil para cada pagamento por motivo de segurança. Dantas disse que o dinheiro que havia sido disponibilizado para os parlamentares pela Fetranspor e pela Odebrecht era entregue conforme eles solicitavam, e que os pedidos não eram feitos todos os meses. (ABr)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

ELEIÇÕES

Adalclever vai disputar o governo de MG Coligação que era encabeçada por Marcio Lacerda terá o presidente da ALMG na frente da chapa O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Adalclever Lopes (MDB), foi anunciado ontem como candidato ao governo do Estado na coligação anteriormente encabeçada pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, que abandonou a disputa após pressão da Executiva Nacional do PSB, partido do qual anunciou sua saída. Os demais cargos da chapa majoritária serão confirmados até a próxima segunda-feira. “Vamos dar a Minas Gerais a terceira via, uma nova opção que não esteja polarizada entre o PT e o PSDB”, afirmou Adalclever ao lado dos presidentes dos seis partidos que compõem a coligação: MDB, PDT, Pros, PV, PRB e Podemos. Lacerda também esteve presente no anúncio. Adalclever afirmou que continuará com o mesmo programa de governo do ex-prefeito de Belo Horizonte. O candidato emedebista disse que espera atrair os eleitores que votariam em Lacerda. “Espero herdar não só o plano de governo, como eu conto com ele para que possamos governar o Estado”, disse, comentando a possibilidade da transferência de votos. Adalclever afirmou que poderá convidar Lacerda

para integrar o governo, caso seja eleito. Outro nome cotado para assumir a vaga era do deputado Jaime Martins (Pros), que era o candidato ao Senado na configuração anterior da coligação. O parlamentar afirmou, porém, que decidiu não disputar nenhum cargo nessas eleições. “Houve uma mudança nos rumos, tínhamos um projeto. A velha política venceu novamente”, disse o deputado, que está em seu sexto mandato. Apesar de apoio à candidatura de Adalclever, o Pros não está na coligação proporcional com os partidos da aliança. Após um acordo nacional entre PSB e PT, Lacerda teve que retirar a candidatura ao governo de Minas Gerais, para que os pessebistas não estabelecessem coligação na eleição presidencial O ex-prefeito de Belo Horizonte ainda tentou manter a candidatura na Justiça, mas decidiu abandonar a disputa na última terça-feira. Para a vaga de vice de Adalclever, os partidos procuram uma mulher. Laura Medioli, casada com o prefeito de Betim, Vittorio Medioli, chegou a ser convidada, mas declinou do convite. O ex-secretário da Prefeitura de Belo Horizon-

Brasília - O registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi alvo de 16 pedidos de impugnação, só deve ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após o início da campanha eleitoral no rádio e na televisão, afirmaram fontes com conhecimento do caso. O ministro Luís Roberto Barroso, relator do registro de Lula no TSE, determinou ontem a intimação da defesa do ex-presidente e deu sete dias de prazo para os advogados dele rebaterem os pedidos apresentados para barrar a candidatura do ex-presidente com base na Lei da Ficha Limpa. Passado esse prazo, o relator pode abrir prazo para as partes envolvidas apresentarem alegações finais ou ainda ouvir o Ministério Público Eleitoral (MPE). Esse prazo não é obrigatório de ser cumprido, mas a avaliação é que o TSE vai cumprir à risca o rito para não se questionar futuramente alguma nulidade processual. No cenário mais otimista, o registro do ex-presidente será julgado pelo plenário do TSE no dia 4 de setembro, uma terça-feira, exceto se antes ocorrer uma sessão extraordinária para a análise do caso. A campanha no rádio e na TV dos candidatos a presidente começa no sábado, dia 1º de setembro. O advogado de Lula no TSE, Luiz Fernando Casagrande Pereira, afirmou à Reuters que deve apresentar as defesas a todas as impugnações no prazo previsto. Ele descartou pedir mais prazo para apresentar as contestações, o que, a seu

juízo, haveria previsão legal diante dos vários pedidos apresentados. Também afirmou que não vai pedir produção de provas. O defensor do petista disse que quer o respeito ao procedimento e defende que não haja nenhum ato para procrastinar ou também para atropelar o rito de instrução do registro. “Não queremos esticar a corda”, disse. “Se o sistema (de registro de candidatura) é ruim, não é culpa”, completou.

RICARDO BARBOSA/ALMG

Aécio inicia campanha em fazenda

Adalclever Lopes disse que manterá o programa de governo do ex-prefeito da Capital

te Daniel Nepomuceno (PV) o papel dele na campanha. é cotado para concorrer ao Lacerda afirmou que “não é Senado na chapa. importante neste momento” a decisão sobre qual partido Indefinições - Ao lado ele se filiará. de Adalclever durante o Reunindo MDB e PDT, anúncio da candidatura a coligação de Adalclever do emedebista, Lacerda poderia dar palanque tannão se pronunciou sobre a to para o presidenciável escolha nem sobre qual será Henrique Meirelles (MDB)

quanto para Ciro Gomes (PDT). No entanto, o apoio para a disputa presidencial não foi confirmado ainda. “Nós estamos discutindo a candidatura ao governo de Minas. As candidaturas nacionais serão discutidas no âmbito nacional”, disse Adalclever. (AE)

Registro de Lula tem 16 pedidos de impugnação Comitê da ONU - Pereira afirmou que a defesa ainda avalia se vai usar a recomendação do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) - que defendeu a presença do ex-presidente em atos de campanha. Questionado se vê chances de vitória no julgamento no TSE, o advogado procurou mostrar otimismo. “Acho que a matéria de mérito em si ela não vai ser tão singela quanto está sen-

do até aqui tratada, vamos ver. Acredito na defesa”, disse o advogado. O ex-presidente está preso desde abril cumprindo pena em razão de condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no processo do triplex do Guarujá (SP) por corrupção e lavagem de dinheiro. O petista, que alega inocência, lidera com folga as pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto. A defesa do petista também avalia entrar com re-

cursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de garantir a possibilidade de o ex-presidente concorrer em outubro. Ainda não está definido em que momento esses recursos serão apresentados. Caso o ex-presidente seja efetivamente impedido de concorrer, a coligação encabeçada pelo PT deve substituí-lo pelo vice na chapa, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. (Reuters)

Marina abrirá bloco no rádio e na televisão Brasília - A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, vai abrir o bloco do horário eleitoral reservado aos candidatos ao Palácio do Planalto, definiu ontem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O horário eleitoral começa no dia 31 de agosto (uma sexta-feira), mas a propaganda partidária dos presidenciáveis no rádio e na televisão se inicia no sábado, 1º de setembro, esclareceu a Corte Eleitoral. Em audiência pública realizada nesta quinta-feira, foi sorteada a ordem do primeiro dia do programa eleitoral dos presidenciáveis. A definição da sequência de aparição dos candidatos no rádio e na televisão foi feita à moda antiga, como se fosse bingo, com o número de urna de cada candidato representando uma bolinha correspondente no sorteio. Conforme o TSE, a ordem do horário eleitoral de 1º de setembro será essa: Marina Silva (Rede); Cabo Daciolo

(Patriota); José Maria Eymael (DC); Henrique Meirelles (MDB); Ciro Gomes (PDT); Guilherme Boulos (PSOL); Geraldo Alckmin (PSDB); Vera Lúcia Pereira da Silva Salgado (PSTU); Luiz Inácio Lula da Silva (PT); João Amoêdo (Novo); Alvaro Dias (Podemos); Jair Bolsonaro (PSL); João Goulart Filho (PPL). As propagandas dos presidenciáveis serão veiculadas às terças, quintas e sábados. No mesmo dia, são veiculadas as peças dos deputados federais. A ordem de aparição dos candidatos a presidente da República nos blocos de propaganda vai se alterando ao longo desses três dias: por exemplo, o primeiro candidato do bloco dos presidenciáveis na terça-feira será o último da próxima vez (ou seja, quinta-feira), e assim por diante. Cada bloco do horário eleitoral veiculado na tevê tem 25 minutos - o horário de exibição na televisão é

das 13h às 13h25 e das 20h30 às 20h55. Às terças, quintas e sábados, metade do tempo fica com os deputados federais; a outra metade, com os presidenciáveis. Nos outros dias, são veiculadas as propagandas dos candidatos que concorrem a outros cargos, como governador, senador e deputado estadual. “Sobras” - A divisão dos tempos de cada candidato a Presidente da República no bloco do horário eleitoral fará com que sobrem nove segundos a cada bloco, informou o TSE. De acordo com a assessoria do tribunal, essa “sobra” de nove segundos diz respeito às diferenças de centésimos de segundos distribuídas entre todos os 13 candidatos na corrida ao Palácio do Planalto. De acordo com o TSE, essa sobra de nove segundos vai ser destinada sempre ao último candidato que aparecer no bloco de propaganda. Como a ordem de aparição

dos candidatos na televisão vai sempre variar, todos deverão ser beneficiados com o tempo extra. Registros - Por unanimidade, o plenário do TSE aprovou ontem os pedidos de registro de candidatura de Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriota) e João Amoêdo (Novo). Ao todo, dos 13 candidatos à Presidência da República, cinco já tiveram o registro confirmado pelo TSE. Na última terça-feira (21), a Corte Eleitoral aprovou o pedido de registro da chapa encabeçada por Vera Lúcia Pereira da Silva Salgado, candidata do PSTU na corrida ao Palácio do Planalto. Atualmente, segundo o TSE, o pedido de registro de candidato a presidente da República com o maior número de contestações é o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato. (AE)

Em seu primeiro evento de campanha nas eleições 2018 na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados por Minas Gerais, o senador Aécio Neves (PSDB) participará de um encontro com apoiadores em uma fazenda próxima a Teófilo Otoni, no Vale do Jequitinhonha, a 446 quilômetros de Belo Horizonte, amanhã, a partir das 9 horas. A cidade é terra natal do pai de Aécio, Aécio Cunha, que tinha como base eleitoral os vales do Jequitinhonha e do Mucuri. O evento será restrito a convidados. O senador até agora não esteve em nenhum ato político em Belo Horizonte e também não subiu nos palanques do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que disputa o governo estadual, e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que está em campanha pelo Palácio do Planalto. Para chegar ao local do encontro, promovido por um ex-prefeito de Teófilo Otoni, é preciso percorrer dois quilômetros por uma estrada de terra. A assessoria de imprensa de Aécio informou, por meio de nota, que o evento não será uma agenda pública nem um compromisso de campanha. “Trata-se de encontro em residência particular, para convidados do organizador”, explicou. O convite do encontro contém orientações para chegar na Fazenda Téo Barbosa, local da reunião. “A fazenda fica a 5 km de Teófilo Otoni, em frente ao motel Dallas, na BR-116 (depois do Posto Teófilo Otoni). Depois de chegar na entrada, basta seguir por 2 km em estrada de terra até a fazenda”, diz o texto acima de uma foto de Aécio e seu número de candidato. Na primeira semana do período de campanha eleitoral, Aécio não promoveu nenhuma agenda pública de campanha e tem feito pequenos encontros com prefeitos em seu comitê. Acusado pela Procuradoria-Geral da República de receber ilicitamente R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista, oriundos do grupo J&F, e atrapalhar as investigações em torno da Operação Lava Jato, Aécio não compareceu nem mesmo à convenção estadual da legenda, organizada em 28 de julho. Na ocasião, o senador alegou que precisava se reunir com lideranças partidárias para definir os rumos de sua candidatura. (AE)


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CENTRO DE COMPRAS

Strip malls despontam como boa alternativa Investimentos e custos operacionais menores em relação aos grandes shoppings estão entre as vantagens DIVULGAÇÃO

JULIANA BAETA

Ter um centro de compras como caminho, e não como destino, é um dos diferenciais dos strip malls, centros comerciais de conveniência para atender ao público local. Diferente de um shopping center, que implica no deslocamento para este fim e em um maior tempo gasto dentro dele, o conceito de um strip mall é trazer um mix de lojas próximo ao consumidor, fazendo com que ele gaste menos tempo nas compras e no trajeto. Segundo as definições da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) em seu Estudo de Mercado Strip malls 2016/2017, este tipo de centro comercial costuma ter no máximo 5 mil metros quadrados, fileira de lojas voltadas ao comércio varejista, geralmente, com um estabelecimento de cada segmento, administração centralizada, estacionamento gratuito, cerca de 16 lojas e horário de funcionamento semelhante ao de shoppings tradicionais. 90% dos strip malls da região Sudeste abrem aos domingos. Prioritariamente, a receita deste tipo de negócio vem do aluguel das lojas. O engenheiro civil Luiz Franco, diretor de Projetos e Desenvolvimento da Ibipauá Empreendimentos e Soluções Imobiliárias, ressalta que os strip malls são um bom investimento para pequenos empreendedores. “Trata-se de um conceito americano de descentralização dos comércios nos grandes centros e que veio para o Brasil com muita força. Além do deslocamento e do custo de estacionamento que você tem

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Franco: um bom investimento para pequenos empreendedores

em grandes centros comerciais, geralmente, eles são muito cheios, você não tem tanta comodidade, o que acaba dando força a esta tendência de investir em pequenos centros comerciais. É um negócio que faz o empreendedor fugir dos altos custos que teriam com grandes centros, por exemplo”, analisa. Ele também conta que por se tratar de um negócio de baixo investimento em comparação a grandes shoppings, o tempo de construção também é menor, assim como os impactos sociais e ambientais. “Os terrenos são mais baratos por serem menores. Considerando que o metro quadrado é cerca de R$ 3 mil e

o tamanho do centro comercial é em torno de 3 mil a 4 mil metros quadrados, o investidor gasta muito menos do que para administrar um shopping, que tem uma área de pelo menos 50 mil metros quadrados. E o tempo de construção também é menor, de três a oito meses apenas, o que gera menos impacto no cotidiano das pessoas da região e também menos impacto ambiental, diferente dos empreendimentos de grande porte”, detalha. Em geral, os strip malls são ancorados por pelo menos um grande varejista, como no caso do Gutierrez Mall, que conta com o supermercado Super Nosso e a lanchonete Burguer King, e totaliza apenas seis

lojas. Mesmo assim, o gerentegeral do centro comercial, Elias de Souza, conta que entre 1.500 e 2.000 pessoas passam pelo local diariamente. “Além do supermercado e da lanchonete temos também uma Droga Raia, um salão de beleza, uma barbearia e uma loja de artigos para o lar. O que mantém o empreendimento é o aluguel das lojas. Nosso principal público são as pessoas do próprio bairro e da região, e isso é uma prática comum aqui, de o morador vir no centro comercial e des-

pender pouco do tempo dele, resolver o que ela precisa e ir embora, às vezes um lanche no Burguer King, comprar um pão na padaria do Super Nosso, fazer uma pequena compra”, conta. Já o Center São Bento, apesar de concentrar 100 lojas, também é considerado um strip mall. No bairro já há 26 anos, ele visa atender a demanda principalmente de um condomínio residencial próximo que tem 288 apartamentos. Segundo seu administrador, Júlio Santana, é ali

que a maioria dos moradores faz suas compras e contratam alguns serviços. “Temos um movimento muito grande em horário de almoço, por causa dos três restaurantes. Há uma queda no movimento nos meses de julho e janeiro porque muita gente viaja, mas a variedade de estabelecimentos que temos dão a estabilidade no negócio durante todo o ano. Não temos somente lojas de produtos, mas também de serviços como advocacia, corretor de seguros, tatuador, dentista”, lembra.

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My Mall já finalizou nove strip malls em Belo Horizonte e na região metropolitana em um período de três anos e está próximo de inaugurar um empreendimento no bairro Serrano

Lojas demonstram interesse em participar dos empreendimentos O crescimento dos strip malls também pode ser percebido pelo interesse das lojas em serem incorporadas aos centros comerciais de bairros. O My Mall, construtora e incorporada focada neste segmento, já finalizou nove strip malls no período de três anos em Belo Horizonte e região metropolitana, e tem quatro projetos em andamento, previstos para serem entregues no final do ano que vem. O supervisor comercial da empresa, Leonardo Gomes, conta que um deles, um centro comercial a ser inaugurado na avenida Fleming, no bairro Serrano, já está 67% ocupado. “O custo é muito menor para o lojista do que no shopping. E para o cliente também é mais prático, ele vai ao centro, para no estacionamento, compra o que precisa e vai embora”,

explica. A localização dos strip malls também é um fator levado em consideração. “Focamos nos bairros de classe B e C porque também pensamos em ter uma valorização do terreno no futuro. Outro critério de localização é que o centro comercial esteja no caminho

de volta para a casa”, conclui Gomes. O custo médio para se construir um centro comercial é de R$ 5 milhões a R$ 20 milhões e o retorno é praticamente certo. Para se ter uma ideia, no catálogo de empreendimentos do My Mall, 96% de todas as lojas estão locadas.

Futuro - Ainda segundo o engenheiro Luiz Franco, a chegada de grandes marcas neste tipo de negócio é uma tendência. “Temos grandes redes, principalmente do ramo de alimentação, cosméticos e vestuário, que têm saído dos shoppings e buscando este tipo de empreendimento. A pro-

cura é grande e isso estimula pequenos empreendedores a investirem nisso. Outra tendência é o conceito drive thru, onde a pessoa nem precisa sair do seu carro e pode ser atendida ali mesmo para maior comodidade. Não há uma região específica para este tipo de negócio, vai de

acordo com a demanda, mas geralmente os centros comerciais são instalados em regiões que têm uma população consolidada, geralmente de classes B e C, em bairros com vias de acesso que concentram um grande fluxo de veículos e de pessoas, e de fácil localização”, conclui. (JB)


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NEGÓCIOS DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Minas terá Observatório das Desigualdades Corecon-MG e Fundação João Pinheiro firmaram parceria para levar iniciativa adiante no Estado

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DANIELA MACIEL

O Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG) e a Fundação João Pinheiro (FJP) firmaram parceria para lançar o Observatório das Desigualdades de Minas Gerais. A iniciativa tem como público cidadãos não especialistas interessados em compreender o desafio das desigualdades no Brasil e em Minas Gerais. Serão produzidos mensalmente boletins com análises sintéticas sobre o tema. O informativo terá como pauta desde as definições básicas, a relevância e determinantes das desigualdades e a trajetória recente do Brasil e de Minas Gerais, até as alternativas e possibilidades de políticas de enfrentamento às desigualdades. De acordo com o pesquisador e professor da FJP, Bruno Lazzarotti Diniz Costa, a ideia surgiu de um incômodo dentro da fundação a respeito do nível de desigualdade existente no Brasil. “O Brasil apresenta um dos maiores níveis de desigualdades do mundo não só de renda, mas de outras diversas formas, como nas questões de gê-

nero, raciais, educacionais, acesso ao serviço público e outras e que alcança diferentes grupos. Entendemos que precisamos combater a naturalização que existe sobre a desigualdade no Brasil. Levamos a ideia ao Corecon-MG e fomos prontamente recebidos. Isso indica que existe muita gente com a mesma preocupação”, explica Costa. Os boletins serão, em princípio, divulgados nos sites e redes sociais das instituições que trabalharão em conjunto na análise dos dados. A época, pouco antes das eleições de outubro, foi avaliada como propícia para a primeira edição do boletim, que deve ser disponibilizado em 15 dias. “Temos que falar de desigualdade e, nesse período, isso é ainda mais importante, porque estamos às vésperas de uma eleição que pode determinar a continuidade ou não de políticas públicas que visavam mitigar esse drama vivido pelo Brasil. Políticas, essas, que têm sido enfraquecidas nos últimos anos. Apesar de muito grave e bastante mensurado e debatido no meio acadêmico, esse tema saiu da agenda pública e queremos dar a nossa contribuição para que as pessoas interessadas consigam ter dados e análises que as ajudem a tirar conclusões autônomas”, argumenta o professor da FJP. Estratégia - A estratégia é tratar poucos temas por boletim, em linguagem clara, fugindo do academicismo e do “economês” comum

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Costa afirma que a ideia surgiu de um incômodo dentro da fundação a respeito do nível de desigualdade existente no País

a esse tipo de estudo. Seria uma forma de relacionar e traduzir para o público amplo dados que são divulgados por instituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). “As informações existem, mas precisam ser traduzidas. Temos no Corecon um grande

parceiro, que tem uma comunidade qualificada e expertise para trabalhar o tema. Nossa vontade é criar um blog e levar essa discussão para as entidades da sociedade civil. Nosso dever é compartilhar o conhecimento sob pena dele se transformar em mais uma forma de discriminação e desigualdade”, afirma o pesquisador.

Varejo não está preparado para os deficientes DA REDAÇÃO

Um estudo inédito sobre os impactos da longevidade e diversidade nas relações de compra e consumo aponta que varejo não está preparado para lidar com pessoas com deficiência. O Oldiversity, elaborado pela Croma, se estabelece como parâmetro avaliativo e inovador a partir da opinião de 1.814 pessoas entrevistadas no Brasil. Com cotas para LGBT+, negros e PcDs, o estudo apresenta comparações de diferentes pontos de vista. Dos setores avaliados, 44% associam Oldiversity ao setor de cosméticos e beleza e 12% a alimentos e bebidas. Apenas 4% associam os setores de infraestrutura e serviços públicos aos temas Oldiversity. O brasileiro parece consciente, já que 53% afirmam não consumir marcas com comportamentos preconceituosos. É alto o índice dos que declaram que aceitam a diversidade (78%), mas apenas 47% se identificam com as propagandas que abordam o tema. O estudo realizado pela Croma mostra que 88% dos entrevistados concordam que as lojas físicas e on-line no Brasil não oferecem estruturas preparadas para atender pessoas com deficiências e 70% concordam que o atendimento de vendedores e call centers ainda está muito aquém da necessidade desse grupo. Mesmo com a existência de leis que orientam como lidar com a questão no País, as pessoas com deficiência enfrentam ainda muito preconceito. No Brasil, a intolerância política, o machismo em discursos de ódio às mulheres, o deboche contra pessoas com deficiência, ataques racistas

e discursos homofóbicos, de classes e de aparência, infelizmente, são ainda comuns. E eles surgem, de forma registrada, na internet e nas redes sociais. Ranking - O ranking dos temas mais prioritários apresenta padrão avaliativo de concordância linear para todos os públicos. Desse modo, todos assumem que lojas planejadas para pessoas com deficiências deveriam ser a maior preocupação dos varejistas, tanto no ambiente digital quanto no físico. Apesar disso, o resultado revela que qualquer tipo de assistencialismo é um tema com pouca prioridade ou baixa aderência para os entrevistados, já que apenas 21% gostariam que houvesse descontos especiais para compradores que representem a diversidade, quando comparado à composição básica do que uma marca deveria ofer-

tar: produtos, serviços e lojas adequadas. “Isso significa que a diversidade de consumidores brasileiros quer ver sua heterogeneidade também representada no quadro de funcionários, vendedores e atendentes. Esse tipo de ação poderia, a partir dos dados do estudo, ser mais eficaz na comprovação da diversidade genuinamente assumida pelas empresas do que as próprias propagandas”, explica o CEO da Croma, Edmar Bulla. Na contrapartida, marcas que se posicionam claramente sobre diversidade e longevidade tendem a aumentar significativamente os índices de consideração, preferência, frequência e recomendação de seus produtos e serviços. O brasileiro avalia que a oferta de produtos e serviços não é adequada e, para completar, que a propaganda não representa a realidade. Mais de 12,7 milhões de

brasileiros têm o que o IBGE classifica como deficiência severa, ou seja, enquadram-se nas opções “tem grande dificuldade” e “não consegue de modo algum” das deficiências visual, auditiva, motora e mental. 78% da amostra não creem que as lojas estejam preparadas para atender pessoas com deficiência, 72% pensam que as lojas estão despreparadas para a diversidade e 75% não acreditam que shopping centers estejam se preparando para lidar com a diversidade. “O varejo brasileiro, por exemplo, não é visto como preparado para lidar com a diversidade e tampouco parece estar implantando ações para o futuro, na opinião dos entrevistados. 53% acreditam que as marcas deveriam ter propagandas específicas para pessoas com deficiência e 59% que produtos e serviços deveriam ser desenvolvidos para esse público”, explica Bulla. REPRODUÇÃO

Mulheres são minoria em cargos de liderança DA REDAÇÃO

Apenas 19% das empresas participantes do estudo Panorama Mulher 2018 possuem uma mulher como vice-presidente e 25% possuem uma mulher na diretoria. O estudo também mostra que a probabilidade de o cargo de presidente ser ocupado por uma pessoa do sexo feminino diminui à medida em que o número de funcionários aumenta e é menor para empresas com administração profissional quando comparadas com empresas de administração familiar. Os dados apontam o já conhecido desequilíbrio entre homens e mulheres nas mais altas posições dentro das companhias. No total, a pesquisa levou em conta um universo de 920 respondentes, número 171% maior que o da primeira edição, realizada em 2017. As empresas respondentes têm sede no Brasil, na América do Norte e na Europa, e são de setores de atividade como serviços, indústria e comércio, entre outros. Entre os números trazidos pelo estudo conclui-se que a probabilidade de ter uma diretora é maior na América do Norte, menor na indústria e em empresas de capital fechado e maior em empresas com administração profissional. “O estudo também apontou que apenas 32% das empresas entrevistadas possuem políticas que visam igualar o número de funcionários homens e mulheres nas lideranças e foi curioso notar que entre as que possuem e as que não possuem, a diferença de mulheres ocupando cargos de liderança é muito sutil”, analisa o CEO da Talenses, Luiz Valente. No cargo de presidente, por exemplo, as empresas da amostra revelam um percentual muito próximo de mulheres nessa posição (17% para empresas que têm políticas de diversidade e 18% para as que não têm). “Ainda é muito baixo o percentual de empresas que promovem a igualdade de gênero de maneira organizada, com processos formais. Notamos que quem hoje está mais avançado em relação a este tema iniciou esse trabalho estruturando suas políticas”, afirma o diretor da Talenses e membro da Aliança para Empoderamento da Mulher, Rodrigo Vianna. Outro aspecto alarmante é o número de presidentes negros. Eles representam apenas 6% do total e este número cai ainda mais quando falamos de mulheres negras na presidência, apontando pouquíssima representatividade. “A pesquisa sugere com clareza uma maior dificuldade para pessoas negras avançarem aos cargos de liderança, dificuldade essa que é ainda maior para as mulheres negras do que para os homens negros”, analisa a coordenadora do Núcleo de Estudos de Gênero do Insper e cocoordenadora da pesquisa, Regina Madalozzo. Esta é a segunda edição do projeto que pretende contribuir e estimular as lideranças para uma discussão saudável e legítima das condições do sexo feminino no ambiente corporativo. Dessa vez, o estudo também contou com a parceria da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) – Regional SP, que auxilia com a divulgação da pesquisa para todo o mercado.


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AGRONEGÓCIO BOVINOS

PECUÁRIA

Raça Nelore tem avaliação genômica

Exportações de frango e suínos em Parceria entre ABCZ e Embrapa gerou sumário com informações das raças zebuínas queda no País reduzindo também os custos. dando condições de identi- de Zebuínos (PMGZ), que é utilização da genômica no

MICHELLE VALVERDE

Os pecuaristas de Minas Gerais já podem ter acesso aos primeiros dados de avaliação genômica dos bovinos da raça Nelore. Nesta semana, foi lançado o Sumário de Touros onde estão reunidas as avaliações genômicas da raça Nelore e a avaliação genética das demais raças zebuínas. A introdução da matéria no sumário é resultado da parceria firmada, em abril, entre a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), unidade Gado de Corte. A avaliação genômica é considera fundamental para o avanço da pecuária no País, por ter maior grau de acurácia e acelerar o processo de avaliação dos touros jovens,

A seleção genômica é considerada uma das mais modernas e seguras ferramentas para aprimorar a seleção de touros, reduzindo o tempo de avaliação dos animais e contribuindo para ampliar o potencial genético dos rebanhos com maior rapidez e segurança, o que gera custos menores para os pecuaristas. Atualmente, a avaliação genética dos bovinos é feita através da análise genealógica e de desempenho dos animais, processo que é já utilizado há muitos anos e é altamente seguro. Porém, a partir do uso dos marcadores moleculares será possível acelerar o processo de seleção. O genoma é uma assinatura de cada bovino e, por meio dele, é possível saber as características de cada animal,

ficar aqueles que têm maior potencial para produção, não só de carne e leite, mas que também reúnem as características importantes, como, por exemplo, reprodutivas. De acordo com o superintendente técnico adjunto de melhoramento genético da ABCZ, Henrique Torres Ventura, além dos dados da genômica de bovinos, o catálogo também traz as informações genéticas das demais raças zebuínas registradas na ABCZ. “A divulgação dos primeiros resultados da avaliação genômica é um avanço muito grande para a pecuária. Com a parceria firmada entre a ABCZ e a Embrapa produzimos um sumário unificado com os dados do Programa de Melhoramento Genético

desenvolvido pela ABCZ, e do Geneplus, da Embrapa. A avaliação genômica permite a identificação mais rápida do potencial dos touros, acelerando os trabalhos na melhoria genética”. O sumário considerou a avaliação genética de cerca de 14 milhões de animais, incluindo 12.277 genótipos da raça Nelore. O número de avaliações genômicas é considerado alto, uma vez que a parceria para a pesquisa foi firmada entre as entidades em abril. Do total, cerca de 2.510 touros tiveram as avaliações divulgadas na edição impressa do sumário. Já na versão on-line estão os dados de aproximadamente 50 mil animais.

processo de melhoramento genético das raças zebuínas prevê que, até o final de 2019, a quantidade de avaliações genômicas no banco de dados do PMGZ aumente dos atuais 12.277 animais para cerca de 100 mil. “O projeto tem apoio financeiro do governo federal. Nossa expectativa é genotipar, até o final do ano que vem, cerca de 100 mil bovinos em todo o País. Não vamos atingir todos os animais, mas é um avanço muito significativo. É importante ressaltar que, além dos animais da raça Nelore, as demais raças que são registradas na ABCZ (Brahman, Gir, Guzerá, Indubrasil, Sindi e Tabapuã) também passarão pelo processo”, explicou Projeções - O projeto de Ventura. KADIJAH SULEIMAN/EMBRAPA/DIVULGAÇÃO

PECTINA

Cargill planeja fábrica de R$ 550 milhões no Brasil

Sumário reuniu 12.277 genótipos da raça Nelore e, até o fim de 2019, expectativa é reunir informações de 100 mil bovinos

GLIFOSATO

Bayer assume indenizações da Monsanto Frankfurt - A Bayer informou que o número de ações judiciais nos Estados Unidos contra a recém-adquirida Monsanto subiu para cerca de 8 mil, depois que a Monsanto foi condenada a pagar indenização relacionada ao uso de um herbicida que contém glifosato. A Bayer havia informado anteriormente sobre 5.200 casos semelhantes contra a Monsanto, que foi adquirida pela companhia alemã por US$ 63 bilhões, em aquisição finalizada em junho. “O número de casos tanto estaduais quanto federais era de aproximadamente 8 mil no final de julho. Esses números podem aumentar ou diminuir com o tempo, mas nossa opinião é que isso não é indicativo dos méritos dos casos”, disse o presidente-executivo da Bayer, Werner Baumann, em teleconferência com analistas. As ações da Bayer recuaram mais de 10% desde que a Monsanto foi condenada, em 10 de agosto, a pagar US$ 289 milhões em indenização, na primeira de possivelmente milhares de ações judiciais norte-americanas contra os herbicidas de glifosato, como

o Roundup e o Ranger Pro. Baumann reiterou que o veredito do júri era inconsistente com as conclusões científicas dos reguladores e acrescentou que a demanda por produtos à base de glifosato permanece forte.

Quando perguntado se a Bayer consideraria resolver casos fora do tribunal, ele disse: “Nós defenderemos vigorosamente este caso e todas as ações futuras”. Os resultados do segundo trimestre, previstos para

serem apresentados em 5 de setembro, devem incluir custos com defesas judiciais, mas nenhum montante será separado para possíveis danos futuros, disse o vice-presidente financeiro, Wolfgang Nickl. (Reuters)

Justiça retira proibição ao uso, diz Maggi São Paulo - A Justiça cassou uma decisão judicial do início do mês que havia determinado a suspensão de registros de produtos que contenham glifosato, ingrediente de herbicidas usados em larga escala no Brasil, informou ontem o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Notícia boa!!! Acaba de ser cassada a liminar que proibia o uso do glifosato no Brasil”, escreveu o ministro em sua conta oficial no Twitter. A decisão foi cassada após recurso movido na quarta-feira pela Advocacia-Geral da União (AGU). No recurso ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1), a AGU defendeu a revogação imediata da proibição, destacando que o impedimento, se mantido, geraria “grave risco de lesão à ordem econômica” e impacto de bilhões de reais para a balança comercial. O glifosato é um herbicida utilizado em importantes lavouras brasileiras, especialmente na soja, o principal produto de exportação do Brasil, o maior exportador global da oleaginosa.

A liminar foi cassada em momento em que produtores se preparam para o plantio da nova safra nas próximas semanas, o que deve trazer mais tranquilidade para um setor que planeja semear uma área recorde de mais de 36 milhões de hectares de soja na temporada 2018/19. A AGU destacou que, se a decisão não fosse cassada, o Brasil seria o primeiro país a restringir totalmente o uso de glifosato, o que levaria muito provavelmente a maior parte dos produtores a deixar de utilizar a modalidade de plantio direto e voltar a preparar, em alguma medida, o solo, com evidentes perdas para o meio ambiente (erosão, diminuição do teor de matéria orgânica do solo, aumento do consumo de combustível etc.). O caso envolve companhias como a Monsanto, comprada pela Bayer, que comercializa, por exemplo, a soja transgênica resistente ao herbicida glifosato, plantada em larga escala no Brasil. (Reuters)

São Paulo - A Cargill anunciou ontem que planeja investir R$ 550 milhões na construção de uma fábrica de pectina HM em 2019 no Brasil, segundo comunicado da empresa. O investimento faz parte de um plano da companhia para fortalecer e diversificar seu portfólio de pectina, agente texturizante “versátil”, à base de frutas cítricas, usado na produção de compotas, sucos e bebidas lácteas. O Brasil foi escolhido para abrigar a fábrica, entre outros fatores, porque tem um suprimento abundante de frutas cítricas, em momento em que a Cargill - uma gigante global de trading e processamento de grãos - tem focado também na diversificação de produtos de maior valor agregado, como ingredientes alimentícios. O plano da empresa, que inclui também melhorias em suas três fábricas existentes na Europa (Alemanha, França e Itália), visa a atender o mercado do ingrediente que tem tido “forte crescimento há vários anos, impulsionado principalmente pelo setor de bebidas lácteas, bem como pela crescente demanda global por ingredientes de origem natural”, segundo a companhia. “A pectina HM é um importante ingrediente utilizado em produtos que atendem ambas as tendências, pois é um agente texturizante à base de plantas utilizado em bebidas, geleias e produtos de confeitaria”, disse Bruce McGoogan, líder de estratégia e inovação dos negócios de Amidos, Adoçantes e Texturizantes da Cargill, em comunicado. A nova fábrica, cuja localização não foi divulgada no comunicado, contribuirá para que a Cargill amplie sua produção, aumentando a oferta de pectina premium para os clientes em todo o mundo. “Vamos impulsionar nossa atuação no Brasil e seguir investindo na modernização e ampliação de nosso portfólio de negócios na região”, afirmou o diretor de negócios de Amidos, Adoçantes e Texturizantes da Cargill na América do Sul, Laerte Moraes. (Reuters)

São Paulo - As exportações do frango brasileiro alcançaram 2,3 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a julho, queda de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Em receita, o País faturou US$ 3,68 bilhões, queda de 12,4%. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa 144 empresas. O setor espera absorver as perdas ao longo do ano, com projeção para produção até o final de 2018 de queda entre 1% e 2%, o equivalente a 13 milhões de toneladas. As exportações devem ter retração de 2% a 3%, uma redução de 4,25 milhões de toneladas. O presidente da ABPA, Francisco Turra, citou a suspensão de 16 plantas exportadoras para a União Europeia, que antes era algo visto como “impensável”. A proibição, em maio deste ano, foi consequência da terceira fase da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal, em março do ano passado. A investigação apontou fraude em resultados de análises laboratoriais sobre contaminação por salmonela. O diretor de Relações Institucionais da entidade, Ariel Antônio Mendes, disse que o critério usado para a proibição foi equivocado e que a ABPA pretende questioná-lo na Organização Mundial do Comércio (OMC). O objetivo é saber se há “outras motivações, que não a sanidade, para nos manter no processo de restrição de mercado”. Suínos - O volume de carne suína exportada de janeiro a julho deste ano foi de 346,5 mil toneladas, queda de 14% em relação ao mesmo período de 2017. A redução de receita no mesmo período foi de 28%, atingindo US$ 686,5 milhões. O embargo russo à carne suína, país que responde por 38% do volume exportado pelo Brasil, influencia o resultado negativo. O argumento usado foi a presença de substâncias como estimulantes. O bloqueio prejudica o setor desde o final do ano passado. A projeção para suínos é de aumento de 1% no acumulado até o final do ano, equivalente a 3,8 milhões toneladas. As exportações, entretanto, devem sofrer queda de 10% a 12%, próximo de 620 mil toneladas. Tabelamento do frete - A entidade é contrária ao tabelamento do frete, pois implicará em aumento do custo logístico em 35%, na média. Algumas modalidades, como transporte de ração, sofrerão maiores impactos, chegando a aumento de 80%. Para o consumidor interno, a alta estimada é de 15%. A previsão de elevação nos custos de produção inclui os insumos. Algumas alternativas encontradas pelas empresas, de acordo com a entidade, foram a compra de caminhões para uso dos produtores rurais e a compra de milho de países como México, Paraguai e América Central. “O tabelamento do frete veio para matar. Num regime de liberdade [de concorrência], poderia haver entendimento maior”, defendeu o presidente da associação. (ABr)


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DC AUTO veiculos@diariodocomercio.com.br

TRANSPORTE

Caminhões 100% elétricos para coleta Modelo da chinesa BYD já está no Brasil e possui autonomia estimada de 8 horas de operação CORPUS - DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

Já estão, no Brasil, os primeiros seis caminhões BYD 100% elétricos, de um total de 200 unidades encomendadas pela Corpus Saneamento e Obras, para serem utilizados no serviço de coleta e transporte de resíduos. Os veículos foram embarcados no início de junho, na cidade de Changsha, na China, e fazem parte do primeiro lote de 21 unidades com entrega programa para este ano. Os caminhões 100% elétricos BYD, do modelo eT8A, adquiridos pela Corpus, foram desenvolvidos para a aplicação de coleta e transporte de resíduos. Não emitem gases de escapamento ou qualquer fumaça na atmosfera, possuem manutenção simplificada e são bem mais silenciosos do que os veículos tradicionais utilizados na limpeza urbana. Os veículos utilizam como fonte de energia uma bateria especialmente desenvolvida para a eletrificação veicular, com tecnologia exclusiva de Fosfato de Ferro Lítio (reciclável e com vida útil de até 30 anos). Têm PBT técnico de 21 toneladas na versão 4x2 e autonomia estimada de oito horas de operação por recarga (cerca de 200 quilômetros). “Antes de entrar em operação, os novos caminhões passarão por uma revisão de entrega e receberão o compactador de resíduos com

Os caminhões 100% elétricos BYD, do modelo eT8A, foram desenvolvidos para a aplicação de coleta e transporte de resíduos

sistema eletro-hidráulico, desenvolvido em parceria com a Danfoss. Esse sistema substitui as tradicionais alavancas e garante maior eficiência energética e redução do nível de ruído no funcionamento do equipamento”, explicou Charles Fioravante, gerente de manutenção de frota da Corpus. Essa inovação também dá maior eficiência às operações de coleta e compactação de resíduos e contribui para o conforto dos profissionais, por substituir o esforço natural para a movimentação das alavancas por uma simples pressão no botão de acionamento, com redução do nível de ruídos e vibrações do sistema e do consumo de energia elétrica.

dernos sistemas one pedal drive e KERS, de recuperação de energia elétrica pela energia cinética obtida no uso dos freios. Sem o pedal de embreagem e com transmissão de quatro marchas, o sistema permite ao motorista conduzir o veículo utilizando apenas o acelerador. Nas frequentes reduções de velocidade para a coleta de resíduos, o freio motor provocado nas desacelerações contribui para o acúmulo de energia do conjunto de baterias, ampliando a autonomia do veículo. De acordo com a Corpus o uso do one pedal drive pode ser feito em 90% do percurso. “O eT8a é o caminhão de lixo mais silencioso e confortável do mercado, garantindo o bem-estar e a satisfação da Energia - Os caminhões BYD população. Diferente dos contam, também, com mo- caminhões movidos a diesel,

sua transmissão está diretamente ligada ao motor, sem embreagem. Para facilitar as partidas nas mais íngremes rampas, possui torque máximo de 1.500 Nm a partir de zero rpm, o maior da categoria, uma revolução em relação aos convencionais, que possuem menos torque e somente a rotações bem mais elevadas”, disse Carlos Roma, diretor de vendas da BYD do Brasil. “Com a emissão zero, deixamos de emitir aproximadamente 14 toneladas de CO2/mês/veículo (Combustão de 1 l de diesel produz aproximadamente 4 kg de CO2, o consumo de um caminhão é de aproximadamente 10 l/h, o mesmo trabalha aproximadamente 360 h/mês), que é o maior responsável pelo efeito estufa. Passamos a gerar maior

conforto aos colaboradores e à comunidade, pela melhor dirigibilidade, segurança e baixo nível de ruídos (menor estresse).O desempenho é bem superior em todas as condições de operação, chegando a ser sete vezes mais eficiente”, enfatizou Fioravante. Vantagens e diferenciais do caminhão BYD eT8A: - Emissão zero: Bateria de Fosfato de Ferro Lítio não contém metais pesados e o eletrólito é atóxico, com nenhuma emissão de poluentes da produção ao uso final; - Eficiência energética incomparável (significativa economia em custo de combustível); - Menor Custo Total de Propriedade (TCO): custo de manutenção reduzido por conter menos partes móveis;

- Transmissão automatizada de quatro marchas: reduz a fadiga e o stress do condutor devido à ausência do pedal de embreagem e alavanca de câmbio; - Segurança: com a transmissão automatizada, o motorista pode manter as duas mãos ao volante e atenção total na operação do veículo; - O caminhão de coleta de resíduos mais silencioso do mercado; - Maior disponibilidade do caminhão; - Frenagem regenerativa A Corpus Saneamento e Obras foi fundada em 1987. No início, a empresa atendia apenas ao segmento de limpeza urbana e, com o decorrer dos anos, investiu também na ampliação do seu campo de atuação. Hoje, a empresa é especialista em coleta, transporte e destinação final de resíduos (de origem domiciliar a perigoso), gerenciamento total de resíduos, implantação e gerenciamento de aterros sanitários, limpeza de prédios públicos e privados, compostagem e produção de fertilizante orgânico, manutenção de áreas verdes, entre outros. A Corpus conta com mais de 9 mil colaboradores e sua sede está localizada em Indaiatuba (SP). Além de diversas cidades do interior de São Paulo (como Campinas, Salto e Tietê), a empresa presta serviços em várias regiões do País, como no estado do Espírito Santo, onde atua na cidade de Vitória. TOYOTA - DIVULGAÇÃO

NOVIDADE

Toyota Hilux 2019 chega com design alterado para grade e para-choque DA REDAÇÃO

A Toyota apresentou a Hilux 2019. A dianteira foi reformulada e a picape ganhou nova grade para o radiador. O novo design frontal está presente nas versões SRX, SRV e SR. Ele incorpora desenho de grade hexagonal, traçada por três sólidas barras horizontais contornadas por um acabamento cromado. As alterações implicaram na remodelação do para-choque dianteiro, onde foram incorporados faróis de neblina, equipamento presente desde a versão SR. Com as mudanças, a Hilux ficou um pouco menor no comprimento: agora são 5,32 metros, 15 mm a menos em relação ao modelo 2018. Na altura, permanecem os 1,82 metro e os mesmos 1,86 metro de largura. A distância entre eixos, também inalterada, é de 3,09 metros. SRX - Considerada pela montadora como carro-chefe da linha, a versão SRX trará badge alusivo ao 50º aniversário da picape. As modificações externas são complementadas pela introdução de novas rodas 18

polegadas. Outra novidade, de série na versão SRX 50th anniversary, é a inclusão de capota marítima. No acabamento interno, as principais mudanças são para essa versão. Entre elas está a tonalidade escura, a fim de contrastar com os detalhes cromados. Os assentos trazem material sintético perfurado que imita o couro e, o painel de instrumentos, iluminação na cor branca. A SRX ainda inclui espelho retrovisor interno eletrocrômico e luz de condução diurna em LED. A intermediária SRV adota rodas 18 polegadas e maçanetas externas cromadas. Já as versões focadas para o trabalho (Cabine Simples e Cabine Chassi) mantêm o design externo da linha 2018. A Hilux SRV conta, entre outros, com: estepe em liga leve, airbags laterais e de cortina (totalizando sete), Smart Entry e Push Start, assistente eletrônico de subida (DAC), apenas nas versões a diesel, módulo para subida automática dos quatro vidros, luz de condução diurna e retrovisor eletrocrômico. A versão SR, focada no produtor rural, também

elevou a oferta de equipamentos, ao ganhar, de série, ar-condicionado digital e luz de condução diurna. Motor e transmissão - A picape segue equipada com motores diesel e flex. O motor diesel é o 2.8 16V turbo de 177cv que conta, também, com tração integral. A transmissão para os

modelos diesel é automática sequencial de 6 marchas, nas versões SRX, SRV e SR, e manual de 6 marchas para as demais. O motor flex é o 2.7 16V de 159/163 cv de potência (gasolina/etanol). Com ele, são três versões dotadas de transmissão automática de seis velocidades sequencial: SRV 4x4 Cabine Dupla, SRV

4x2 e SR 4x2. Há, ainda, a opção da SR 4x2 com transmissão manual de cinco velocidades. Preços - Diesel 4x4: SRX 50th Anniversary (automática) – R$ 196,99 mil; SRV (automática) – R$ 179,99 mil; SR (automática) – R$ 160,49 mil; STD Power Pack (manual) – R$ 140,49 mil;

STD Narrow (manual) – R$ 138,01 mil; Cabine Simples (manual) – R$ 125,56 mil e Chassi e Cabine – R$ 121,53 mil. Bicombustível: SRV 4x4 (automática) - R$140,99 mil; SRV 4X2 (automática) - R$129,99 mil; SR 4X2 (automática) R$117,99 mil e SR 4X2 (manual) - R$111,99 mil.


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br BETO NOCITI / BCB

BANCO CENTRAL

MERCADO

Regulamentação de open banking deve sair até o fim deste ano

Dólar tem novo salto e ultrapassa R$ 4,10; Ibovespa volta a ter queda

Ideia é ampliar disputa no setor bancário São Paulo - O Banco Central (BC) deve regulamentar até dezembro o funcionamento do chamado open banking e a abertura de contas correntes de empresas por canal digital, como parte dos esforços para incentivar a concorrência no sistema bancário brasileiro. Após a entrada em vigor do open banking na Europa, em janeiro, o BC deu por finalizada a fase de monitorar a evolução internacional do sistema, que também tem avançado em mercados como Japão, Estados Unidos e México. “Estávamos no modo ‘wait and see’”, disse à Reuters o diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso. “Agora queremos publicar a regulamentação do open banking até o fim do ano”. O open banking dá o poder de acesso e manipulação de dados bancários aos clientes, em vez de ser posse dos bancos como é hoje. Na prática, isso abre espaço para que rivais ou fintechs ofereçam serviços como financiamento e cartão de crédito, por exemplo, desde que tenham tecnologia para se conectarem ao banco no qual

o cliente tem conta. Algumas iniciativas nesse sentido, já funcionam. O Banco do Brasil fez em 2017 parceria com a plataforma de gestão de contas de pequenas empresas ContaAzul. A plataforma de finanças pessoais GuiaBolso também acessa dados de clientes de alguns bancos. Em ambos os casos, porém, o acesso é restrito. O BC também pretende regulamentar até dezembro a abertura de contas correntes de empresas pela internet. Assim, o regulador quer reproduzir no meio corporativo o que já existe para pessoas físicas desde 2016, o que ajudou a popularizar instituições de menor porte como Banco Inter e AgiBank. Hoje já há clientes com contas digitais em mais de 5 mil municípios do País. As medidas fazem parte da ofensiva da autoridade monetária para induzir maior competição no Brasil, dono de um dos sistemas financeiros mais concentrados do mundo, com os cinco maiores bancos (BB, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil e Caixa

Segundo Damaso, diversas outras medidas estão previstas para 2018

Econômica Federal) juntos detendo 82% dos ativos. Para Damaso, embora a concentração bancária do País não seja muito maior do que na maioria dos mercados desenvolvidos, o aumento da competição aqui tem o potencial de reduzir custos do sistema, que podem ser repassados a clientes na forma de tarifas e taxas de juros mais baixas. “Queremos contestar as margens”, disse o diretor. Ações pela frente - Nesse sentido, além de regulamentar o open banking e a conta digital PJ, o BC pode liberar “o mais rápido possível” autorizações para que várias fintechs se tornem instituições financeiras, dentro da regulação do setor implementada em abril. O conjunto de regras criou

as Sociedades de Crédito Direto (SCDs), para operações com recursos próprios, e as Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP), que conectam investidores a tomadores de recursos. Em outra frente, o órgão planeja regulamentar em 2019 o chamado “fast payment”, sistema que permite transferências de valores financeiros sem restrições de dia ou horário. Para Damaso, a ofensiva do BC acompanha o movimento internacional de regulação pró-competição após a crise de 2008 e o avanço de tecnologias como computação em nuvem e big data, que barateou o processamento e armazenamento de dados e tem motivado a multiplicação de novos prestadores de serviços financeiros. (Reuters)

São Paulo - O dólar tentou corrigir parte da alta acumulada nos seis pregões anteriores, mas, depois de ir à mínima de R$ 4,0403, voltou a ganhar tração até fechar acima de R$ 4,10, com os investidores reforçando posições defensivas diante do quadro externo de maior aversão ao risco e temores com o cenário eleitoral doméstico. Ontem, o dólar avançou 1,65%, a R$ 4,1230 na venda, depois de ter tocado a máxima de R$ 4,1289 no pregão. Foi o maior patamar de fechamento do dólar desde 21 de janeiro de 2016, quando foi a R$ 4,1655 - recorde do Plano Real. Foi o sétimo pregão consecutivo de valorização, período no qual ficou 6,44% mais caro. O dólar futuro subia cerca de 2%. “É o conjunto da obra. Problemas lá fora, China e Estados Unidos, eleição no Brasil, a decisão do TSE e ainda o fator especulação”, afirmou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello. Já o Ibovespa encerrou em baixa ontem. O principal índice de ações da B3 caiu 1,65%, a 75.633,77 pontos. O giro financeiro do pregão somou R$ 9,9 bilhões. Na quarta-feira (22), o Ibovespa havia subido 2,29%. “Esse cenário de incerteza (sobre a disputa presidencial) traz muita volatilidade à bolsa e não deve arrefecer até uma definição mais clara do cenário eleitoral”, afirmou o gestor Igor Lima, sócio da Galt Capital. (Reuters)

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3,6 3DVHS Pagamento das contribuiçþes cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de julho/2018 (art. 18, II, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1Âş GD /HL Qž 3,6 3DVHS )DWXUDPHQWR FXPXODWLYR &yG 'DUI 3,6 &RPEXVWtYHLV &yG 'DUI 3,6 1mR FXPXODWLYR /HL Qž &yG 'DUI 3,6 3DVHS )ROKD GH 6DOiULRV &yG 'DUI 3,6 3DVHS 3HVVRD -XUtGLFD GH 'LUHLWR 3~EOLFR &yG 'DUI 3,6 Fabricantes/Importadores de veĂ­culos HP VXEVWLWXLomR WULEXWiULD &yG 'DUI 6H R GLD GR YHQFLPHQWR QmR for dia Ăştil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia Ăştil que o anteceder (art. 18, parĂĄgrafo Ăşnico, da Medida 3URYLVyULD Qž 'DUI Comum (2 vias) ,3, Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de julho/2018 incidente sobre todos os SURGXWRV H[FHWR RV FODVVLÂżFDGRV QR &DStWXOR QRV FyGLJRV H QDV SRVLo}HV D H GD 7LSL &yG 'DUI 'DUI &RPXP vias) ,3, Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de julho/2018 incidente sobre SURGXWRV FODVVLÂżFDGRV QR &DStWXOR da Tipi (bebidas, lĂ­quidos alcoĂłlicos H YLQDJUHV &yG 'DUI 'DUI Comum (2 vias)

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Agenda Federal Dia 24

Taxas de câmbio

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,3, Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de julho/2018 incidente sobre os SURGXWRV FODVVLÂżFDGRV QDV SRVLo}HV H GD 7LSL DXWRPyYHLV H FKDVVLV &yG 'DUI 'DUI &RPXP (2 vias) ,3, Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de julho/2018 incidente sobre cervejas sob o regime de Tributação de Bebidas )ULDV &yG 'DUI 'DUI &RPXP (2 vias) ,3, Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de julho/2018 incidente sobre demais bebidas sob o regime de Tributação de %HELGDV )ULDV &yG 'DUI 'DUI Comum (2 vias) Dia 31 ,2) Pagamento do IOF apurado no mĂŞs de julho/2018 relativo a operaçþes com contratos de derivativos ÂżQDQFHLURV &yG 'DUI 'DUI Comum (2 vias) ,3, ',) 3DSHO ,PXQH Apresentação HP PHLR GLJLWDO GD 'HFODUDomR Especial de Informaçþes Relativas ao &RQWUROH GH 3DSHO ,PXQH ',) 3DSHO Imune) relativa ao 1Âş semestre/2018, mediante utilização de aplicativo disponibilizado pela RFB, pelas pessoas jurĂ­dicas inscritas no Registro Especial instituĂ­do pelo art. 1Âş da Lei no ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% QR DUWV H ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Qž ,QWHUQHW &RÂżQV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH Âą $XWRSHoDV Recolhimento GD &RÂżQV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV na fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurĂ­dicas referentes Ă aquisição de autopeças (art. 3Âş, § 5Âş, GD /HL Qž FRP D QRYD UHGDomR GDGD SHOR DUW GD /HL Qž QR SHUtRGR GH ž D 'DUI &RPXP YLDV

,53- $SXUDomR PHQVDO Pagamento do Imposto de Renda devido no mĂŞs de julho/2018 pelas pessoas jurĂ­dicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 5Âş da Lei nÂş 'DUI &RPXP YLDV

,53- $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 2ÂŞ quota do Imposto de Renda devido no 2Âş trimestre de 2018, pelas pessoas jurĂ­dicas submetidas Ă apuração trimestral com base no lucro real, presumido ou arbitrado, acrescida GH DUW ž GD /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

EDITAIS DE CASAMENTO REGISTRO CIVIL DE SANTA LUZIA REGISTRO CIVIL DE SANTA LUZIA - LUCIANA RODRIGUES ANTUNES - OFICIALA DO REGISTRO CIVIL - RUA FLORIANO PEIXOTO, 451 - TEL.: 36429344 - SANTA LUZIA - MINAS GERAIS Faz saber que pretendem casar-se: RONIVAN SOARES PEREIRA, solteiro, servente, natural de JequitaĂ­ - MG, nascido em 05 de agosto de 1996, residente Ă Rua Rio Tocantins, 11, Quarenta e Dois, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ ALBERTO SOARES PEREIRA e SĂ”NIA PEREIRA PAULISTA; e ANA CÉLIA DOS SANTOS TOMAZ, solteira, advogada, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 09 de agosto de 1993, residente Ă Rua Manoel JoĂŁo Batista, 384, CĂłrrego Frio, Santa Luzia - MG, filha de MĂ RCIO GREGĂ“RIO TOMAZ e MARIA APARECIDA DOS SANTOS TOMAZ. ÉRICK LIMA FERREIRA, solteiro, estudante, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 22 de junho de 1998, residente Ă Rua Silva Jardim, 592, SĂŁo Geraldo, Santa Luzia - MG, filho de LUIZ FERNANDO FERREIRA e ELISĂ‚NGELA CONCEIĂ‡ĂƒO LIMA; e DÉBORA CRISTINA CORRĂŠA, solteira, estudante, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 14 de outubro de 1999, residente Ă Rua Silva Jardim, 592, SĂŁo Geraldo, Santa Luzia - MG, filha de CLEBER CORREA e SHIRLEI CRISTINA HONORATO CORREA. DĂ RIO DE ALMEIDA SANTOS, solteiro, metalĂşrgico aposentado, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 20 de julho de 1966, residente Ă Avenida Cinco, nÂş804, Carreira Cumprida, Santa Luzia - MG, filho de AUGUSTO GONÇALVES DOS SANTOS e VASTY DE ALMEIDA SANTOS; e Ă‚NGELA ALMEIDA SANTOS, solteira, educadora social, natural de Almenara - MG, nascida em 31 de dezembro de 1968, residente Ă Rua das OrquĂ­deas, nÂş183, Imperial, Santa Luzia - MG, filha de JONAS FRANCISCO DOS SANTOS e ALVINA FRANCISCA ALMEIDA. RAUL CARLOS VIEIRA ALVES, solteiro, supervisor de almoxarifado, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 01 de novembro de 1989, residente Ă Avenida JosĂŠ Gonçalves da Silva, 163/104, bl 4, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filho de CĂ SSIO VANDEIR ALVES e VILMA VIEIRA DOS SANTOS ALVES; e LETĂ?CIA DE PAULA NOVY, solteira, psicĂłloga, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 15 de setembro de 1992, residente Ă venida JosĂŠ Gonçalves da Silva, 163/104, bl 4, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filha de MĂ RCIO NOVY e ELISABETE DE PAULA PINTO NOVY. FRANCISCO ARLINDO DOS SANTOS, solteiro, vigia, natural de Jequeri - MG, nascido em 05 de agosto de 1971, residente Ă Rua BelĂŠm, nÂş40, Padre Miguel, Santa Luzia - MG, filho de FRANCISCO DOS SANTOS e ZENIRA FILOMENA DOS SANTOS; e ANÉSIA DOS SANTOS SOUZA, solteira, lider de vendas, natural de SĂŁo Paulo - SP, nascida em 15 de abril de 1974, residente Ă Rua BelĂŠm, nÂş40, Padre Miguel, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ INĂ CIO DE SOUZA e EUNICE RITA DOS SANTOS SOUZA.

MARCELO FILIPE LIMA COSTA, solteiro, marketing, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 24 de agosto de 1988, residente à Rua Totó Marcelino, 188, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filho de MARCOS AURÉLIO COSTA e VILMA LÚCIA DE LIMA COSTA; e JOICE PAULA GOMES MOREIRA, solteira, vendedora, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 07 de outubro de 1995, residente à Rua Totó Marcelino, 188, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filha de JOEL DE PAULA MOREIRA e MARIA VANY GOMES.

LUIZ CLĂ UDIO JORGE, divorciado, servidor pĂşblico, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 25 de agosto de 1975, residente Ă Rua Costa Rica, 75, Industrial Americano, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ JORGE e MARIA DA CONCEIĂ‡ĂƒO MOTA JORGE; e ANDREZA FELISBERTA EUGĂŠNIA DE MELO, divorciada, autĂ´noma, natural de Contagem - MG, nascida em 09 de maio de 1986, residente Ă Rua Costa Rica, 75, Industrial Americano, Santa Luzia MG, filha de ANTĂ”NIO EUGĂŠNIO FELISBERTO DE MELO e ANA LĂšCIA PEREIRA DE MELO.

RICARDO ADALBERTO DE CARVALHO, solteiro, engenheiro, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 10 de março de 1988, residente Ă Rua Belarmina MĂ´nica Ferreira, 163, IdulipĂŞ, Santa Luzia - MG, filho de RICARDO FIGUEIRA DE CARVALHO e ANA MARIA ADALBERTO DE CARVALHO; e DANIELLE SOARES DE OLIVEIRA, solteira, turismĂłloga, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 31 de janeiro de 1985, residente Ă Rua Maestro BenĂ­cio Moreira, 74, Bela Vista, Santa Luzia - MG, filha de EUGĂŠNIO PASCHELLE DE OLIVEIRA e MARIA APARECIDA SOARES DE OLIVEIRA.

DIEGO DE JESUS ARAĂšJO, solteiro, gerente de loja, natural de Contagem - MG, nascido em 27 de maio de 1988, residente Ă Rua Rio TapajĂłs, 239, Santa Matilde, Santa Luzia - MG, filho de PEDRO DUARTE ARAĂšJO e AVANI DE JESUS ARAĂšJO; e KĂ TIA SOUSA OLIVEIRA, solteira, vendedora, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 05 de janeiro de 1983, residente Ă Rua Rio TapajĂłs, 239, Santa Matilde, Santa Luzia - MG, filha de JOĂƒO SOARES DE OLIVEIRA e MARILDA DE SOUSA SOARES.

VANDERLEI CORREIA VITOR, solteiro, pintor, natural de Pocrane - MG, nascido em 09 de junho de 1968, residente à Rua Dr. Cassiano Augusto de Oliveira Lima, nº 37, Vila Iris, Santa Luzia - MG, filho de RAIMUNDO JOSÉ VITOR e MARIA ANUNCIATA CORREIA; e SUELI CÂNDIDA DE OLIVEIRA, solteira, cabeleireira, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 07 de dezembro de 1978, residente à Rua Dr. Cassiano Augusto de Oliveira Lima, nº 37, Vila Iris, Santa Luzia - MG, filha de AURELIANO EUZÉBIO DE OLIVEIRA e VERA CÂNDIDA NOGUEIRA.

THIAGO HENRIQUE RAMOS, solteiro, guarda municipal, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 01 de fevereiro de 1986, residente à Avenida Doutor Angelo Teixeira da Costa, 765, Frimisa, Santa Luzia - MG, filho de ANTÔNIO IZABEL RAMOS e ANTÔNIA COELHO DOS SANTOS RAMOS; e AMANDA REGINA TRINDADE NONATO, solteira, farmacêutica, natural de Três Marias - MG, nascida em 27 de janeiro de 1983, residente à Avenida Doutor Angelo Teixeira da Costa, 765, Frimisa, Santa Luzia - MG, filha de GERALDO MAGELA NONATO e ILDA TRINDADE NONATO.

ADLEI STANLEI PEREIRA, solteiro, Planejador de Manutenção, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 14 de março de 1990, residente Ă Rua JosĂŠ Pedro de Carvalho, 572, Ponte Pequena, Santa Luzia - MG, filho de ADIRLEI PEREIRA e SILVANA DOS SANTOS PEREIRA; e RAĂ?SY DAL´ COL DE SOUZA, solteira, AutĂ´noma, natural de Belo Horizonte MG, nascida em 06 de fevereiro de 1992, residente Ă Rua JoĂŁo JosĂŠ Pedro, 165, CĂłrrego Frio, Santa Luzia - MG, filha de ADAIR JOĂƒO DE SOUZA e GISLENE DAL´ COL DE SOUZA.

GUILHERME HENRIQUE MOREIRA, solteiro, operador de måquinas, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 19 de julho de 1989, residente à Rua Francisco Lucindo da Fonseca, 75, Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia - MG, filho de ORLANDO FAUSTINO MOREIRA e MARIA DA PIEDADE FERREIRA MOREIRA; e FABIANA MARIA MARQUES, solteira, assistente financeiro, natural de Curvelo MG, nascida em 04 de março de 1989, residente à Rua Francisco Lucindo da Fonseca, 75, Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia - MG, filha de ALZEMAR MARQUES DA SILVA LEITE e DILCEIA MARIA DE OLIVEIRA MARQUES.

HENRIQUE AUGUSTO CORRĂŠA DO CARMO, solteiro, eletricista automotivo, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 18 de maio de 1984, residente Ă Rua Floriano Peixoto, 97, Centro, Santa Luzia - MG, filho de MANUEL AUGUSTO DO CARMO e JOYCE CORRĂŠA DO CARMO; e CARINE BARBOSA MICHEL, divorciada, tĂŠcnica em enfermagem, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 18 de janeiro de 1982, residente Ă Rua Floriano Peixoto, 97, Centro, Santa Luzia - MG, filha de CARLOS MENDANHA MICHEL FILHO e MARIA DE FĂ TIMA BARBOSA MICHEL.

EDUARDO QUINTĂƒO VIEIRA JĂšNIOR, solteiro, mĂşsico, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 24 de janeiro de 1990, residente Ă Rua Manoel FĂŠlix Homem, 1398, PinhĂľes, Santa Luzia - MG, filho de EDUARDO QUINTĂƒO VIEIRA e MARLI MARIA APOLINĂ RIO QUINTĂƒO VIEIRA; e LAĂ?S DE CARVALHO NASCIMENTO, solteira, auxiliar administrativo, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 25 de maio de 1993, residente Ă Rua Manoel FĂŠlix Homem, 1955, PinhĂľes, Santa Luzia - MG, filha de HELDER MOREIRA DO NASCIMENTO e MARIA DE LOURDES DE CARVALHO.

EDVANDO QUEIROZ DA SILVA, solteiro, motorista, natural de Alvarenga - MG, nascido em 24 de abril de 1970, residente Ă Rua JosĂŠ Gonçalves da Silva, 163, Kennedy, Santa Luzia - MG, filho de JOAQUIM QUEIROZ DA SILVA e LUZIA PAULINA DA SILVA; e SOLANGE MARIA SANTOS, divorciada, do lar, natural de Almenara - MG, nascida em 09 de setembro de 1972, residente Ă Rua JosĂŠ Gonçalves da Silva, 163, Kennedy, Santa Luzia - MG, filha de ALCIDES SANTOS e NOEME MARIA SANTOS. WARLEY EUSTĂ QUIO DOS SANTOS, solteiro, analista de laboratĂłrio, natural de Contagem - MG, nascido em 18 de julho de 1986, residente Ă Rua Ravena, 21, Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia - MG, filho de GILSON EUSTĂ QUIO DOS SANTOS e CLEUSA APARECIDA DOS SANTOS; e MAILLA FRANCISCA RIBEIRO FERREIRA, solteira, nutricionista, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 03 de novembro de 1988, residente Ă Rua Ravena, 21, Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia - MG, filha de ADILSON FRANCISCO FERREIRA e ERNESTINA PEREIRA RIBEIRO FERREIRA. CLAUDINEI ELISEU DE SIQUEIRA, divorciado, pedreiro, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 21 de outubro de 1973, residente Ă Rua Lauro Gentil Gomes, 350, Esplanada, Santa Luzia - MG, filho de AFONSO DO ROSĂ RIO DE SIQUEIRA e CONCEIĂ‡ĂƒO DE OLIVEIRA SIQUEIRA; e MARILDA DOS SANTOS, solteira, do lar, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 09 de junho de 1973, residente Ă Rua Lauro Gentil Gomes, 350, Esplanada, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ DOS SANTOS e DJANIRA ABREU DOS SANTOS. DIOGO SANTOS COSTA LĂ?RIO, solteiro, conservador de piscina, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 10 de março de 1991, residente Ă Rua Presidente Costa e Silva, 145/A, Boa Esperança, Santa Luzia - MG, filho de JORGE LĂ?RIO e ROSĂ‚NGELA SANTOS COSTA LĂ?RIO; e TAINĂ COSTA ABADE DE JESUS, solteira, do lar, natural de Salvador - BA, nascida em 25 de junho de 1999, residente Ă Rua Presidente CafĂŠ Filho, 657, Boa Esperança, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ ABADE DE JESUS e MAURINA VIEIRA COSTA. MARLON ANDREI LUIZ TEODORO PINTO, solteiro, recepcionista, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 19 de dezembro de 1996, residente Ă Av. JoĂŁo ClĂĄudio Sales, 329, Frimisa, Santa Luzia - MG, filho de CLAUDINEI APARECIDO PINTO e KELI CRISTINA TEODORO; e DEIZIANE JESUS DA SILVA LOPES, solteira, recepcionista, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 05 de junho de 1997, residente Ă Rua Padre AntĂ´nio Tomaz de Castro, 220, Bela Vista, Santa Luzia - MG, filha de ADEIR GARCIA LOPES e ELENIR MARIA DA SILVA LOPES. PLĂ?NIO WENCESLAU DIĂ“GENES CĂ‚NDIDO DE SOUZA, solteiro, tĂŠcnico mecânico, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 11 de julho de 1992, residente Ă Rua Vinte e Seis, 417, Bela Vista, Santa Luzia - MG, filho de WAGNER DE SOUZA e DULCINÉIA CĂ‚NDIDA DE OLIVEIRA SOUZA; e BRUNA SILVA DAVI, solteira, advogada, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 30 de abril de 1990, residente Ă Rua Vinte e Seis, 417, Bela Vista, Santa Luzia - MG, filha de DILSON DAVI e ADELAIDE APARECIDA DA SILVA.

AMARILDO SOARES FERREIRA, viĂşvo, vendedor, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 14 de fevereiro de 1966, residente Ă Rua AurĂŠlio Dolabela, 101, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ BENTO FERREIRA e CARMEM SOARES FERREIRA; e EDNA MARIA DA PAIXĂƒO, solteira, tĂŠcnica em enfermagem, natural de Coroaci - MG, nascida em 30 de junho de 1969, residente Ă Rua JosĂŠ Martins da Conceição, 22, Camelos, Santa Luzia - MG, filha de ANEDINO FELIPE DA PAIXĂƒO e GERALDA FERNANDES MACIEL. ANDRÉ DOS SANTOS VENĂ‚NCIO, solteiro, eletricista, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 12 de dezembro de 1992, residente Ă Rua Pedro leopoldo, 143, Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia - MG, filho de DANIEL JOSÉ VENĂ‚NCIO e MARIA FERREIRA DOS SANTOS VENĂ‚NCIO; e JOICE DAISE DA SILVA, solteira, fisioterapeuta, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 26 de julho de 1988, residente Ă Rua Geraldo Ferreira Rabelo, 340, casa 04, Santa Matilde, Santa Luzia - MG, filha de ANTĂ”NIO ALBINO DA SILVA e ELISETE DOS SANTOS SILVA. LEANDRO MOREIRA, solteiro, microempresĂĄrio, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 10 de setembro de 1984, residente Ă Rua Boa Vista, 391, Camelos, Santa Luzia - MG, filho de ANTĂ”NIA DA ASSUNĂ‡ĂƒO MOREIRA; e BEATRIZ DOS SANTOS FARIAS, solteira, autĂ´noma, natural de AraçuaĂ­ - MG, nascida em 23 de dezembro de 1993, residente Ă Rua Boa Vista, 391, Camelos, Santa Luzia MG, filha de SANTOS FARIAS DE SOUZA e MARIA JOSÉ DOS SANTOS FARIAS. MARCO ANTĂ”NIO SILVESTRE, solteiro, operador de mĂĄquinas, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 16 de setembro de 1974, residente Ă Rua Doutor Ary Teixeira da Costa, 164, Santa MĂ´nica, Santa Luzia - MG, filho de GERALDO LOURENÇO SILVESTRE e CINÉSIA MARIA DE PAULA SILVESTRE; e MĂ RCIA DE CASTRO SILVEIRA, solteira, do lar, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 09 de junho de 1969, residente Ă Avenida X, 11, Frimisa, Santa Luzia - MG, filha de GERALDO ROSA DA SILVEIRA e SANDRA DE CASTRO SILVEIRA. FELIPE HENRIQUE URIAS, solteiro, separador, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 13 de setembro de 1995, residente Ă Rua Aristides Ferreira, 36, Vila Olga, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ AFONSO URIAS e ROSILENE DE SOUZA PIO; e KAREN MARIA CASTELO, solteira, autĂ´noma, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 15 de abril de 1997, residente Ă Rua Aristides Ferreira, 36, Vila Olga, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ GERALDO CASTELO e ROZINEI LĂšCIA DOS SANTOS CASTELO. Santa Luzia, 24 de agosto de 2018. Luciana Rodrigues Antunes Oficiala do Registro Civil 26 editais.

FALĂŠNCIAS E CONCORDATAS PRIMEIRA VARA DE REGISTROS PĂšBLICOS, FALĂŠNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 10/08/2018 01149 - NĂşmero TJMG: 002483061427-7 Numeração Ăşnica: 0614277.59.1983.8.13.0024 Autor: Posto Lisboa Ltda; RĂŠu: Empresa de Transportes Novo Mundo S/A Intimação. Prazo de 0005 dia(s). Mandado judicial expedido e Ă disposição da parte interessada, EspĂłlio de JosĂŠ Gonçalves Correa. **AVERBADO** SEGUNDA VARA DE REGISTROS PĂšBLICOS, FALĂŠNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 10/08/2018 01165 - 0509164.95.2015.8.13.0024 Autor: Admedico Administracao de Servicos Medicos A Empresas Ltda; RĂŠu: Admedico - Administracao de Servicos Medicos A Empresas Ltda (...)1.8- Assim sendo, DEIXO DE

ACOLHER OS EMBARGOS DE DECLARAĂ‡ĂƒO em face da perda do objeto. DEMAIS REQUERIMENTOS. 2- Autorizo a retirada dos CD#s que estĂŁo no cofre da Secretaria pelo Administrador Judicial, conforme certidĂľes de fls. 3613-v e 3677-v, para que possa ser encaminhado para a perita complementar o laudo pericial. 3- Expeça-se novo ofĂ­cio Ă CEF, nos termos requeridos Ă fl. 3689, item #b#. 4- Oficie-se ao JuĂ­zo da 11ÂŞ Vara CĂ­vel, relativo ao processo nÂş 0024.13.419.899-3, para informar a composição do crĂŠdito ao Instituto Hermes Pardini, de acordo com planilha de fl. 3685. 5- FICA a sĂłcia Sra. Leyla Horta Vieira INTIMADA, atravĂŠs de seu procurador, o advogado: LUIZ RICARDO GOMES ARANHA # OAB/MG 6755, para que apresente o nĂşmero correto da ação de inventĂĄrio do Sr. LucĂ­lio Oscar Dias Vieira. 6- Considerando que as questĂľes trazidas pela sĂłcia Sra. ClĂĄudia Horta Vieira Ă s fls.

3640/3641 se referem Ă s contas do ex-liquidante, determino o desentranhamento da referida petição e a sua juntada aos autos da prestação de contas nÂş 120509945.2017.8.13.0024. 7- Defiro o prazo de 30 (trinta) dias para que a perita possa complementar o laudo pericial. 8- Cumpra-se o item 4 de fl. 3673. 9- Determino que o processo permaneça na Secretaria do JuĂ­zo pelo prazo mĂ­nimo de 10 (dez) dias, para que as sĂłcias falidas possam analisar o processo, todavia, apenas no balcĂŁo (DECISĂƒO PUBLICADA NA Ă?NTEGRA NO PORTAL DO TJMG - www.tjmg.jus.br). 01166 - 1143134.66.2017.8.13.0024 Autor: Empresa Brasileira de Tecnologia Digital Ltda; RĂŠu: Connection Celulares Ltda e outros 1- Defiro a emenda Ă inicial. 2- Conforme determinado Ă fl.146, FICA a RĂŠ INTIMADA, para, querendo, ofertar contestação, no prazo de dez dias.

01167 - NĂşmero TJMG: 002407552106-2 Numeração Ăşnica: 5521062.98.2007.8.13.0024 Autor: Flavio Roberto Pires de Oliveira; RĂŠu: Massa Falida de Ronda Serviços Especiais de Vigilancia Ltda (...)1.7Pelo exposto, ACOLHO PARCIALMENTE OS EMBARGOS DECLARATĂ“RIOS, aplicando-lhes efeitos infringentes, apenas para corrigir o erro material, da seguinte maneira: #Quanto Ă manifestação da empresa BRANCO NEGĂ“CIOS IMOBILIĂ RIOS LTDA. Ă s fls. 12.227/12.228, reitere-se o ofĂ­cio, esclarecendo que a empresa CONCRETA ASSESSORIA EMPRESARIAL teve a sua falĂŞncia decretada por extensĂŁo Ă falĂŞncia de RONDA SERVIÇOS ESPECIAIS DE VIGILĂ‚NCIA LTDA., motivo pelo qual o imĂłvel e os frutos decorrentes pertencem ao JuĂ­zo Universal da falĂŞncia. AlĂŠm do mais, o E.TJMG indeferiu o pedido

liminar no Agravo de Instrumento nÂş 1.0024.07.5521062/011, mantendo-se a decisĂŁo que determinou a transferĂŞncia dos alugueis para este JuĂ­zo.# 1.8Mantenho os demais termos da decisĂŁo. DEMAIS DILIGĂŠNCIAS E REQUERIMENTOS. 2- Preste as informaçþes solicitadas pela Fazenda Nacional Ă fl. 12.336. 3- FICA a Administradora Judicial INTIMADA, para ter ciĂŞncia dos diversos ofĂ­cios juntados aos autos, em especial apĂłs a de- cisĂŁo de fls. 12.326/12.327. 4- ApĂłs, dĂŞ-se vista ao MinistĂŠrio PĂşblico, devendo, ainda, se manifestar sobre pedido de designação de audiĂŞncia de conciliação formulada pela Concreta, Ă s fls. 12.342/12.344 (DECISĂƒO PUBLICADA NA Ă?NTEGRA NO PORTAL DO TJMG # www.tjmg.jus.br).


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2018

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LEGISLAÇÃO VALTER CAMPANATO / ABr

TRIBUTOS

Arrecadação federal tem aumento real de 12,83% em julho Resultado foi o melhor para o mês desde 2011 Brasília - A União arrecadou R$ 129,615 bilhões em julho, um crescimento real (descontada a inflação) de 12,83% comparado a igual mês do ano passado. É o maior valor para o mês desde 2011, que foi de R$ 137,375 bilhões. No ano, a arrecadação chega a R$ 843,870 bilhões, com expansão de 7,74% em relação a igual período de 2017. Os números foram divulgados ontem pela Receita Federal. As receitas administradas pela Receita Federal chegaram a R$ 118,723 bilhões, com crescimento real de 8,38%, em julho. É o maior valor para o mês desde 2013. De janeiro a julho deste ano, o valor ficou em R$ 808,032 bilhões, com alta de 6,38% (aumento real). Segundo a Receita, o resultado pode ser explicado, principalmente, pela melhora do resultado das empresas e na redução de suas compensações de débitos, levando ao crescimento na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de empresas não financeiras, de 28%. Em julho deste ano, o IRPJ/CSLL chegou a R$ 24,220 bilhões, contra R$ R$ 18,922 bilhões em julho de 2017. No mês passado, houve recuperação da produção industrial, que havia caído em junho, influenciada pela paralisação dos caminhoneiros. A produção industrial em julho cresceu 3,51% em comparação com o julho de 2017. No mês de junho, a queda chegou a 6,67%, em comparação com o mesmo mês de 2017. O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, explicou que “os efeitos do movimento de maio vão se dispersar, mas ainda não se consegue prever o quanto vai ser possível se recuperar ao longo do ano”. A arrecadação de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) registrou alta de 12,38% em julho na comparação com igual mês de 2017. Foram arrecadados R$ 3,243 bilhões.

O desempenho foi influenciado ainda pelas receitas não administradas pelo Fisco, incluindo royalties do petróleo, que cresceram 103,95% na mesma comparação, saltando de R$ 5,111 bilhões em julho de 2017 para R$ 10,891 bilhões no mesmo mês desse ano. Houve também crescimento de 38,57% na arrecadação sobre o Imposto de Renda Pessoa Física (IRRF) de residentes no exterior, em comparação com julho do ano passado. Em julho deste ano, o montante chegou a R$ 2,987 bilhões. Além disso, a recuperação da atividade e o aumento da arrecadação com programas de regularização tributária influenciaram o resultado. Com esses programas, a Receita arrecadou R$ 14,590 bilhões até julho. No mesmo período de 2017, o valor foi de R$ 4,347 bilhões. Também houve impacto do aumento das alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre combustíveis, em vigor desde o fim de julho do ano passado. De janeiro a julho, a arrecadação chegou a R$ 17,848 bilhões, contra R$ 8,426 bilhões no mesmo período de 2017. Cobranças - As ações de cobrança de contribuições previdenciárias em atraso e depósitos judiciais também contribuíram para o aumento da arrecadação. No período de janeiro a julho de 2018, foram R$ 60,8 bilhões. Esse resultado é 12,9% superior ao mesmo período de 2017. Por outro lado, houve redução na arrecadação sobre o Imposto de Renda Pessoa Física (IRRF) sobre rendimentos de capital. Em julho, a arrecadação do IRRF sobre rendimentos de capital foi de R$ 3,169 bilhões, com queda de 13,85%. No sete primeiros meses, a arrecadação chegou a R$ 29,487 bilhões, com queda de 16,11%. Segundo a Receita, a massa salarial (soma dos salários na economia) caiu 0,46% em julho

(fato gerador para o mês de junho), atualizado pela inflação oficial, houve queda real de 4,64% dos salários. “A massa salarial apresenta valor negativo, apesar do crescimento positivo do emprego. Acreditamos que o bolo (valor) dos salários esteja em patamar inferior do que era no ano passado, independente do número de empregos”, explicou Malaquias. A arrecadação das contribuições para a Previdência Social cresceu 3,76% em julho na comparação com o mesmo mês de 2017, chegando a R$ 32,962 bilhões. (ABr) Malaquias destacou a atuação mais firme do Fisco em relação aos direitos creditórios

Renúncia fiscal ultrapassa R$ 30 bi no ano Brasília - As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 30,346 bilhões entre janeiro e julho deste ano, valor maior do que em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 30,344 bilhões. Apenas no mês de julho, as desonerações totalizaram R$ 6,964 bilhões, abaixo das de julho do ano passado (R$ 7,035 bilhões). Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 1,025 bilhão em julho e R$ 6,941 bilhões no acumulado do ano. O Congresso aprovou em junho a reoneração da folha de 39 setores da economia, como contrapartida exigida pelo governo para dar o desconto tributário no diesel prometido aos caminhoneiros. Outros 17 setores manterão o benefício até 2020. O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, explicou ontem que a arrecadação de julho foi impactada pelo desempenho da indústria no mês passado, em recuperação após a greve dos caminhoneiros. “O aumento nas vendas de bens também ajudou na arrecadação de julho, bem como as vendas nos serviços”, afirmou. “Chamamos a atenção também para alta no valor em dólar nas importações”, completou. A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 129,615 bilhões em julho, um aumento real (já descontada a inflação) de 12,83% na

comparação com o mesmo mês de 2017. Dólar - Malaquias destacou também a alta de 103,95% nas receitas administradas por outros órgãos - sobretudo royalties - em relação a julho do ano passado “Também houve uma alta expressiva na arrecadação de royalties de petróleo, devido ao aumento do preço internacional do barril e à variação do dólar”, acrescentou. Segundo o representante da Receita, o desempenho favorável de julho também foi puxado pelo melhor resultado das empresas. A arrecadação do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) subiu 28% no mês passado. Também contribuiu para isso a maior fiscalização da Receita em relação à compensação de créditos. De acordo com Malaquias, as empresas estavam pedindo compensações a que não tinham direito. “Houve uma atuação mais firme do Fisco em verificar os direitos creditórios, o que levou a uma redução grande nos volumes compensados pelas companhias”, completou. Malaquias avaliou que o início do processo eleitoral, com os registros das candidaturas, retirou parte da incerteza política sobre a economia. “O clima dos investidores e dos consumidores afeta o ambiente econômico. Com exceção do mercado financeiro, que é mais sensível ao movimento eleitoral, a economia

parece estar mais descolada da política”, afirmou. Segundo Malaquias, a abertura de 47 mil postos de trabalho em julho mostra que a economia está reagindo bem. Para o representante da Receita, já houve retomada da indústria em julho, se recuperando da greve dos caminhoneiros. “Alguns efeitos da greve foram pontuais e afetaram o faturamento das empresas. Mas não dá para dizer ainda o quanto ainda falta compensar sobre a greve”, completou. Orçamento - O coordenador de previsão e análise da Receita Federal, Marcelo Gomide de Loures, adiantou que a equipe econômica deve incorporar a melhora da arrecadação em julho nas projeções orçamentárias deste ano. “A arrecadação no mês de julho veio um pouco acima do que estava previsto no orçamento, por isso devemos incorporar o resultado na próxima revisão orçamentária”, afirmou Malaquias. O próximo Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas será divulgado pelo governo até o dia 22 de setembro. Segundo Malaquias, a Receita não tem mecanismos para avaliar efeito da volatilidade diária do mercado financeiro sobre a arrecadação de tributos. “É difícil mensurar os efeitos da bolsa na arrecadação sem olhar períodos maiores, superiores a um ano”, completou. (AE)

PREVIDÊNCIA SOCIAL

INSS recorrerá contra adicional na aposentadoria Brasília - O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de conceder acréscimo de 25% no benefício mensal pago pela Previdência Social a todos os aposentados que precisam de auxílio permanente de terceiros. O órgão informou que aguarda a publicação da decisão para análise do julgamento e, principalmente, para interposição dos recursos cabíveis. A decisão foi tomada na última quarta-feira por 5 votos a 4 pela Primeira Seção da Corte. Antes da decisão, o acréscimo era garantido somente para aposentados por invalidez que precisavam pagar um cuidador, conforme está previsto na Lei de Benefícios Previdenciários, norma que específica

OSÉ ALBERTO / STJ

aposentadorias por invalidez e se destina a auxiliar as pessoas que precisam da ajuda permanente de terceiros. Ao julgar recurso repetitivo (Tema 982) sobre o assunto, a seção fixou a seguinte tese: “Comprovada a necessidade de assistência permanente de terceiro, é devido o acréscimo de 25%, previsto no artigo 45 da Lei 8.213/1991, a todas as modalidades de aposentadoria”.

Vulnerabilidade - Durante o julgamento, a ministra Regina Helena Costa destacou que a situação de vulnerabilidade e necessidade de auxílio permanente pode A ministra Regina Helena Costa defende o acréscimo de 25% para auxílio de terceiros acontecer com qualquer segurado do INSS. “Não os benefícios aos quais os mesmo nos casos em que o R$ 5.645,80 para 2018. podemos deixar essas pessegurados têm direito. aposentado recebe o teto do A assistência é previs- soas sem amparo”, afirmou. Conforme o entendimento Instituto Nacional do Seguro ta no artigo 45 da Lei De acordo com o site do do STJ, o adicional será pago Social (INSS), definido em 8.213/1991 apenas para as STJ, a ministra ressaltou

ainda que o pagamento do adicional cessará com a morte do aposentado, o que confirma o caráter assistencial do acréscimo. O acréscimo de 25% sobre o valor da aposentadoria deve ser pago ainda que a pessoa receba o limite máximo legal fixado pelo INSS (teto), conforme previsto em lei. Para Regina Helena Costa, a fixação do entendimento pelo STJ atende a um pedido da segunda instância, para uniformização da interpretação da lei federal. A tese fixada em recurso repetitivo terá aplicação em todas as instâncias da Justiça. Em todo o Brasil, 769 processos estavam suspensos aguardando a decisão do STJ. A decisão da Primeira Seção deve servir de base para os processos que estão em tramitação na Justiça Federal em todo o País. (ABr)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2018

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Fotografia A Igreja da Boa Viagem foi reerguida sobre as ruínas da antiga Matriz da Boa Viagem do Arraial Del Rei, em 1922, como um monumento símbolo do centenário da Independência do Brasil. Hoje, atual Catedral, encontra-se rumo à comemoração do bicentenário da nossa Independência. Para celebrar, a Arquidiocese de Belo Horizonte está com inscrições abertas, até 10 de setembro, para o Concurso de Fotografia Descobrindo Histórias da Boa Viagem. Mais informações, inscrições e regulamento do concurso podem ser acessados pelo telefone (31) 3222-2361 ou pelo site WWW.concursofotonsraboaviagem.arquidiocesebh.org. br. Os inscritos vão concorrer a prêmios nas categorias Júri Popular e Júri Técnico.

Prêmio CDL/BH Estão abertas até 14 de setembro as inscrições para a 7ª edição do Prêmio CDL/BH de Jornalismo. Cada jornalista pode inscrever até cinco reportagens nas categorias impresso, rádio, televisão e internet. São válidas reportagens que tenham como pautas políticas urbanas e públicas, legislação, representatividade do comércio na economia, competitividade empresarial, empreendedorismo, mobilidade urbana, segurança, revitalização e infraestrutura, tecnologia e o desenvolvimento sustentável em comércio e serviços. Serão três premiados em cada categoria. O primeiro lugar em cada uma das categorias receberá R$ 7 mil em forma de vale-viagem. O segundo e o terceiro lugares receberão, também com vale-viagem, R$ 4 mil e R$ 2 mil, respectivamente. As reportagens devem ter sido publicadas e/ou veiculadas de 1º de janeiro a 7 de setembro de 2018. Informações e inscrições pelo hotsite http://premiodejornalismo.cdlbh.com.br.

28 de agosto e 2 de setembro como temática central “Pontes Latino-americanas” e prestará homenagem à produtora argentina El Pampero Cine. Em seis dias de programação gratuita, a mostra exibirá 75 filmes nacionais e internacionais, em pré-estreias e retrospectivas. Poderão ser vistos títulos de 13 estados brasileiros (BA, CE, DF, ES, GO, MG, RJ, SP, PB, PE, PR, RS e SC) e 13 países – Alemanha, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, EUA, México, Portugal, Qatar, República Dominicana e Uruguai. A programação terá diversas outras atividades artísticas e ocupará seis espaços culturais da Capital. A abertura, dia 28, será às 20h, no Cine Theatro Brasil Vallourec, com a pré-estreia nacional de Sol Alegria, segundo longa-metragem do paraibano Tavinho Teixeira e participação do cantor e ator Ney Matogrosso. Toda a programação está disponível no site www.cinebh.com.br.

Di Pietro

Referência nacional em Direito Administrativo, Maria Sylvia Zanella Di Pietro estará na Faculdade de Direito da UFMG, em 30 de agosto (quinta-feira), às 16h, integrando uma banca examinadora de mestrado. Autora de vários clássicos da literatura jurídica, Di Pietro aceitou convite da professora Cristiana Maria Fortini Pinto e Silva para avaliar o trabalho de pesquisa “Contratualização da atividade sancionadora: Acordo de Leniência no contexto das licitações e contratos”, desenvolvido pela aluna Mariana Magalhães Avelar, que, por mais de dois anos, analisou como esse instituto ganhou espaço no direito administrativo brasileiro. Mariana fez um recorte, analisando os acordos de leniência celebrados no contexto das licitações e contratos da administração pública, considerando a possibilidade de isenção ou redução das penas aplicáveis aos licitantes e contratados CineBH que se dispõem a colaborar na investigação de infrações A 12ª Mostra Internacional graves, tais como a formação de Cinema de Belo Horizonte de cartéis e o oferecimento de (CineBH) será realizada entre vantagens indevidas.

VIVER EM VOZ ALTA

AML lembrará hoje legado de Hilton Rocha ALISSON J. SILVA

ROGÉRIO FARIA TAVARES *

Na noite de hoje, às 19h30, a Academia Mineira de Letras fará sessão especial no auditório de sua sede (rua da Bahia, 1.466, Lourdes), em Belo Horizonte, sobre o legado deixado pelo terceiro ocupante da cadeira de número 21, o professor Hilton Rocha, falecido há 25 anos. Com entrada franca e aberta ao público, a solenidade contará com oradores do Conselho Regional de Medicina, da Associação Médica de Minas Gerais, da Academia Mineira de Medicina, do Centro de Memória da Medicina da UFMG (que preserva parte do acervo do acadêmico) e da Unimed-BH (uma das benfeitoras da Academia). Seus numerosos ex-alunos serão representados pelo dr. Astênio César Fernandes, da Academia Paraibana de Letras, que virá de João Pessoa, onde reside, especialmente para o evento. Em nome dos filhos (que eram nove), falará o dr. Ricardo Rocha. Tendo como patrono Fernando de Alencar, a referida cadeira foi fundada por seu filho, Gilberto de Alencar, que teve como sucessores Nelson de Faria e Oscar Negrão de Lima, a quem Hilton Rocha sucedeu. Eleito em 71, o médico tomou posse no ano seguinte, sendo recebido por Vivaldi Moreira. Na Casa de Alphonsus de Guimaraens, ele permaneceu até 93, sendo sucedido pelo jurista Caio Mário da Silva Pereira e, depois, por Elizabeth Rennó, atual presidente da Academia (a primeira mulher a ocupar o posto desde a fundação da entidade, em 1909). Autor de “Acertos e Desacertos da Reforma Universitária”, de 1979, de “Ensaio sobre a Problemática da Cegueira”, de “Páginas esparsas”, publicado em três volumes, e de numerosos trabalhos científicos, em seu discurso de posse, entre outras coisas, Hilton

Rocha relembrou os nomes dos vários médicos que amaram as Letras e a elas se dedicaram: Joaquim Manuel de Macedo (autor de “A moreninha”), Manuel Antônio de Almeida (autor de “Memórias de um sargento de milícias”), Miguel Couto, Oscar Freire, Miguel Pereira, Antonio Austregésilo, Peregrino Junior, Afrânio Peixoto, e os mineiros Guimarães Rosa, Mário Mendes Campos (pai do genial cronista Paulo Mendes Campos), Paulo Pinheiro Chagas e Agripa Vasconcellos, os três últimos igualmente membros da Academia, assim como Juscelino Kubitschek de Oliveira, médico e político, derrotado pelo escritor goiano Bernardo Elis em eleição para a Academia Brasileira de Letras, mas consagrado na Mineira, onde tomou posse em 1975. Nascido em Cambuquira, no Sul do Estado, em 1911, Hilton Rocha estudou inicialmente em colégio do Rio de Janeiro. Mudando-se para Belo Horizonte

com a família, em 1921, formou-se em Medicina em 1933, pela antiga Universidade de Minas Gerais, hoje a UFMG, onde seria, mais tarde, professor catedrático. Especializando-se em Oftalmologia, atuou no Hospital São Geraldo, antes de criar seu próprio instituto, onde trabalhou até o fim da vida. Presidente da Associação Médica Brasileira e Membro da Academia Nacional de Medicina, também ergueu a Fundação Hilton Rocha, onde atendeu milhares de pessoas que não podiam custear o seu tratamento. Como jornalista, não posso omitir uma das iniciativas mais importantes do acadêmico: a instalação, em Minas, da “Imprensa em Braille”, a terceira do Brasil, projeto responsável por democratizar a informação para as pessoas com necessidades especiais. * Jornalista. Da Academia Mineira de Letras

CULTURA JOANA DEL’PAPA/DIVULGAÇÃO

LINCON ZARBIETT/DIVULGAÇÃO

em acordo de reparação de US$ 2,95 bilhões, valor mais alto já pago a título indenizatório por uma empresa brasileira. Quando: Dia 3 de setembro, às 19h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Livraria Leitura | Shopping Pátio Savassi (Avenida do Contorno, 6.061, Savassi, Belo Horizonte) Mulher

Mamutte Show - O artista Mamutte e sua banda fazem o encerramento da série de cinco shows com repertório de canções do novo álbum, “Epidérmico”, e do EP “Quase-disco”, lançado em 2014, com espetáculo em clima irreverente e romântico, ao som dos violões de aço e nylon, teclado, guitarra elétrica, baixo e bateria, sonoridades que remetem à MPB e ao rock oitentista, com baladas pop e também referências regionais. Quando: Dia 1º de setembro,

às 17h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Teatro de Arena do Edifício Rainha da Sucata – Hub Minas Digital, na Praça da Liberdade ClassAction Livro - O advogado André de Almeida lança o livro “A Maior Ação do Mundo” - a história da ClassAction contra a Petrobras, no qual narra sua atuação na ação de 38 páginas movida por acionistas contra a Petrobras até que o processo resultasse

Teatro - O espetáculo Júlia e a Memória do Futuro, que tem a atriz Juçara Costa no palco, conta, de forma lúdica e emocionante, a história de uma mulher que se (re)descobre com muito mais maturidade ao se deparar com seu poder de reconstruir sua própria história, memórias e cotidiano tecendo em seus retalhos o novo roteiro de sua vida com humor e emoção. Quando: Dias 31 de agosto, 1º e 2 de setembro. Sexta e sábado, às 20h30. Domingo, às 19h Quanto: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia) Onde: Teatro da Cidade (Rua da Bahia, 1.341, Centro, Belo

Horizonte) Encontro de Palhaços Circovolante - Muito riso, muita alegria e mais de cem palhaços estarão nas praças e ruas de Mariana, na Região Central de Minas, para a décima edição do Circovolante – Encontro Internacional de Palhaços. A paisagem barroca da cidade histórica ganha o colorido da arte circense que recebe de braços abertos palhaços brasileiros e estrangeiros, com variados

formatos de espetáculos, shows musicais e rodas de conversa. Quando: De 6 a 9 de setembro Quanto: Programação Gratuita Onde: Eventos concentrados na Praça Gomes Freire, Praça da Sé e Rua Frei Durão (em frente à Casa de Cultura), em Mariana, região Central de Minas www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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