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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.695 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

Produção industrial em MG caiu 0,8% em julho Atividade ainda é impactada pela greve dos caminhoneiros A produção industrial em Minas registrou retração de 0,8% em julho na comparação com igual mês do ano passado. A queda de ritmo das fábricas mineiras ocorreu ainda em todas as outras bases comparativas. Em relação ao desempenho nacional, o Estado também não se saiu bem: o Brasil apresentou alta da atividade industrial de 4% na relação julho 2018/ julho 2017. Supervisora de pesquisa econômica do IBGE em Minas, Cláudia Pinelli informou ontem que o setor ainda sofre os impactos da greve dos caminhoneiros e também sente a interferência da proximidade das eleições. “A eleição deixa o cenário instável, sem previsão do que vai acontecer. O mercado está em compasso de espera para definir como reagirá”, disse. Pág. 3 Na base de comparação julho/junho, o segmento de veículos automotores retrocedeu 4,5%

ALISSON J. SILVA

Empreendedores buscam mais informações JAELSON LUCAS/SMCS

Levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Minas (Sebrae Minas) mostra que as informações mais procuradas no primeiro semestre deste ano, no Estado, foram aquelas relacionadas a negócios alimentícios. Essas atividades ocuparam as cinco primeiras colocações dentro das opções do programa Ponto de Partida , que oferece orientações iniciais aos interessados. No primeiro lugar no ranking estão as cafeterias, seguidas de restaurantes, fábricas de pães de queijo, confeitarias e fábricas de alimentos prontos congelados. Pág. 5 O programa Ponto de Partida oferece informações básicas para quem quer começar a empreender

Conab confirma safra de grãos recorde no Estado Apesar de ter apresentado uma variação positiva de apenas 0,7%, frente ao período anterior, a produção estadual de grãos alcançou 14,17 milhões de toneladas. O desempenho positivo pode ser atribuído, principalmente, ao aumento da produção de soja, que também foi recorde. Outro destaque foi a cotonicultura. As expectativas em relação ao novo ciclo de produção são positivas. Além dos bons resultados alcançados na safra 2017/18, a desvalorização do real frente ao dólar deixa o mercado favorável para a exportação. Pág. 14 Dentre os grãos cultivados em Minas Gerais, o destaque foi a soja, com 5,54 milhões de toneladas Dólar - dia 11

Euro - dia 11

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 4,1550 Venda: R$ 4,1555

4,8251

Venda: R$ 4,8274

Turismo

Ouro - dia 11

Compra: R$ 4,1170 Venda: R$ 4,3070

Nova York (onça-troy):

Ptax (BC) Compra: R$ 4,1635 Venda: R$ 4,1641

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 12): ............................. 0,0000% Poupança (dia 12): ............ 0,3715%

+0,51

+1,76

+0,03

IPCA-IBGE (Agosto):.......... 0,09% R$ 1.202,20

IPCA-Ipead (Agosto):.......... 0,03%

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R$ 158,50

IGP-M (Agosto): ....................... 0,70%

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Rede Tauá terá parques aquáticos nas unidades em Minas, Goiás e SP A mineira Rede Tauá fechou parceria com a Polin Waterparks, gigante do mercado de equipamentos para parques aquáticos, para a criação de três parques aquáticos in door do Brasil, nas unidades de Caeté (RMBH), de Atibaia (SP) e de Alexânia (GO), totalizando um investimento de R$ 60 milhões. Caeté receberá o investimento de R$ 20 milhões em 2020. O primeiro espaço será em julho do ano que vem, em Atibaia. Pág. 11

Masterfranqueado é oportunidade para expansão das marcas e fortalecimento Criada para facilitar a expansão das marcas por diferentes países, a figura do masterfranqueado se tornou, no Brasil, uma estratégia para o crescimento das marcas nacionais no próprio território brasileiro. Por meio de um investimento substancialmente maior do que o de um franqueado unitário, o master obtém a autorização para subfranquear a marca em um determinado território. A estratégia pode ser a solução para um dos maiores gargalos do País: a logística. Pág. 12

OPINIÃO O Brasil de hoje é uma república monarquista. Uma pura e jocosa contradição que só pode existir aqui no país da piada pronta (perdoe-me Zé Simão!) e da tragédia anunciada. Um parlamentarismo disfarçado de presidencialismo, com um Poder Legislativo de péssima qualidade (mas que manda) que sustenta presidentes biônicos e falastrões. Trocamos os barões, marqueses e duques por deputados, senadores e, por que não (?), vereadores. Trata-se de castas que há muito estão no poder e trabalham arduamente para lá se manter. Representantes da aristocracia carcomida do Norte/Nordeste e das elites do Sul/ Sudeste que pouco ou nada fazem em prol de colocar as engrenagens deste país em movimento. (Paulo Stucchi), pág. 2

EDITORIAL O setor público no Brasil, há tempos, gasta muito e gasta mal, sem ser preciso contar que nos seus cofres existem ralos em contínua atividade. Uma situação que ajuda a explicar a ineficiência crônica da máquina pública, o aumento contínuo e muito além do razoável dos tributos e a virtual institucionalização do balcão de negócios em que se transformaram os organismos públicos. De tudo isso restam, mais evidentes na atualidade, as ações do Ministério Público e da Polícia Federal, tendo como eixo grandes contratos e, em particular, a Petrobras. A rigor, talvez se não pela escala, nada que efetivamente se possa rotular como novo. “Mudança nem nas aparências”, pág. 2


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

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OPINIÃO O Brasil, o Estado e o dia que não acabou…

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa

PAULO STUCCHI * Convencionamo-nos celebrar nossa independência no dia 7 de setembro. Reza a lenda que nesse mesmo dia (porém, em 1822), D. Pedro I bradara em terras tupiniquins o grito de “Independência ou morte!” Antes tarde do que nunca, vale fazer justiça à figura da Imperatriz Leopoldina (felizmente, bastante lembrada pelos jornais no último feriado). Fora por suas mãos, e diante do cargo interino que ocupava à frente da corte no Brasil (já que D. Pedro I estava viajando), que se assinara o Decreto de Independência - o qual, de fato, dera início à cisão com as terras portuguesas. Contudo, é o grito de rebeldia do jovem monarca português às margens do Ipiranga que tem destaque, até hoje, na história oficial. Divergências históricas e de gênero à parte (com ou sem o berro heroico do dia 7 de setembro), cortamos nosso cordão umbilical com Portugal, para, então, criarmos nossa própria corte, libertando a nobreza brasileira da Coroa Portuguesa. Sim, a nobreza! Mas, e o povo? São outros quinhentos! Passados 196 anos, pouca coisa mudou. Sim, criamos um Estado brasileiro com nossas cores e nosso jeitinho de administrar, mas é inevitável, pelo menos para mim, ao assistir as calamidades diárias de má gestão pública marinar o sentimento de que aquele dia 7 de setembro (o de 1822) ainda não acabou. Não estamos mais às margens do Ipiranga, tampouco elas são plácidas. Pelo contrário, são turvas. Rompemos com Portugal, mas não com a estrutura de corte, de privilégios, com o pensamento mesquinho e corrupto que permeia “o meu, o seu e os nossos”. Os senhores da colônia escondidos sob os títulos de nobreza ainda circulam aqui e ali. O Brasil de hoje é uma república monarquista.

Uma pura e jocosa contradição que só pode existir aqui no país da piada pronta (perdoe-me Zé Simão!) e da tragédia anunciada. Um parlamentarismo disfarçado de presidencialismo, com um Poder Legislativo de péssima qualidade (mas que manda) que sustenta presidentes biônicos e falastrões. Trocamos os barões, marqueses e duques por deputados, senadores e, por que não (?), vereadores. Trata-se de castas que há muito estão no poder e trabalham arduamente para lá se manter. Representantes da aristocracia carcomida do Norte/Nordeste e das elites do Sul/Sudeste que pouco ou nada fazem em prol de colocar as engrenagens deste país em movimento. Pelo contrário, para eles, a política é o fim e o meio para o enriquecimento, uma carreira vitalícia com direito a gordas mais-valias – engordadas com as intermináveis propinas e desperdício de dinheiro público que, por ser público no Brasil, não é de ninguém. Vez ou outra entram novos ares, nomes novos, mas com o mesmo objetivo: enriquecer, fazer o pé de meia (que caberia em um Pé-Grande) e mamar em berço esplêndido. Diante desse cenário, é clara a existência de dois Brasis. Um, pequeno em proporção, mas infinitamente grande nos gastos, privilégios e corrupção, ao qual as leis não chegam (ou que gravita em torno das próprias leis) e diante do qual nosso PIB míngua; e, outro, real, grande em dimensões, mas que gravita à margem do civismo. Nosso povo, por cultura (e por não haver projeto de Educação que rompa os grilhões da herança colonial-imperial) nutre uma perigosa dependência “daquele povo do lado de lá” do poder. Enaltece-se quando ganha migalhas de atenção de um poderoso,

quando aperta a mão de um político famoso, quando recebe, por meio de “bolsa”, cartão ou cesta básica, nacos ínfimos do que é seu por direito: comida na mesa, distribuição saudável de renda, emprego, saúde, segurança e educação. Espera do Estado a solução dos problemas (e são muitos), em uma funesta analogia ao Grande Pai, que tudo pode fazer pelo filho (este, pequeno, impotente e débil). Sonha em um dia estar do “lado de lá”, seja por meio da premiada loteria ou de um cargo público. De fato, nós, brasileiros, somos débeis diante da atual estrutura política (que de atual, nada tem). Grupos partidários ajeitam-se para manter o status quo, vestem-se de esquerda ou direita, vermelho ou azul, mas o produto final das moscas já nos é conhecido (o ditado já nos conta). Entre o populismo “social” e do “Estado livre”, perdemos todos nós. Em uma nação cujo povo ainda está preso, em todas as classes sociais, aos grilhões da ignorância cívica e cuja maioria carece de necessidades básicas, que são superficialmente satisfeitas com esmolas do governo e churrasquinho de final de semana, fica difícil pensar, discutir e se planejar uma reforma no Estado. A única esperança seria essa reforma ser feita pelos próprios poderosos numa espécie de despotismo esclarecido – o que, perdoem-me o pessimismo, está anos-luz de ocorrer. Então, ficamos assim. Esperando algo acontecer, um salvador da pátria com discurso inflamado aparecer que a consciência pese sobre as coroas de nossos nobres políticos e que, ao final, a mudança venha. Até lá, continuamos a lembrar e a comemorar o 7 de setembro, o dia que ainda não terminou. * Psicanalista e jornalista

A cidadania do século 21 ANDRÉ COUTO * Em outubro deste ano, nós iremos às urnas naquele que é reiteradamente apontado como o mais importante processo eleitoral brasileiro desde as eleições de 1989. Estamos preparados para exercer plenamente a nossa cidadania? Antes de tentar apontar alguns caminhos para a reflexão em torno da pergunta feita acima, é importante salientar que este não é um artigo sobre as disputas que cercam a política partidária brasileira, mas sobre educação no século 21. O ato de pressionar o botão de “confirmar” na urna eletrônica é precedido de uma série de processos formativos para os quais o Brasil não tem dado atenção o suficiente. Engana-se quem pensa que são apenas os candidatos que estão se colocando à prova na disputa eleitoral de 2018. O resultado das próximas eleições também nos mostrará com clareza a nossa “proficiência” como cidadãos. O eleitor consciente terá que colocar em ação a sua capacidade de pensamento crítico, uma vez que será necessário analisar diferentes propostas para problemas que nos acompanham há séculos, assim como para desafios que fazem parte do contexto global, como questões ligadas a populações de refugiados, o tema da sustentabilidade e a correta identificação de falsas notícias. O eleitor consciente será chamado a opinar, seja em conversas com familiares ou em discussões em redes sociais. Para que suas ideias possam ser ouvidas e que também tenha condições de ouvir as ideias dos outros, terá de ser capaz de estabelecer uma comunicação efetiva, traduzida em cordialidade, correção, concisão, clareza e coerência. O eleitor consciente precisará olhar para o Brasil pela lente da diversidade e reconhecer o “outro” não como um inimigo, mas como alguém com história,

necessidades e proposições específicas. Compreender que, por razões históricas, a cidadania não é experimentada da mesma forma por todos. Segue daí a necessidade de promovermos uma política aberta a múltiplas vozes. O eleitor consciente precisará olhar para o Brasil com a curiosidade de quem vê algo pela primeira vez. Antigos problemas que se apresentam como indissolúveis podem, com criatividade, se transformar em soluções inovadoras e beneficiar milhões de cidadãos, sobretudo com o investimento em novas tecnologias que privilegiem o impacto social. O eleitor consciente precisará analisar todos os atores envolvidos na resolução de problemas complexos que sabemos não ter apenas uma única e mágica solução. Nesse sentido, será necessário não nos esquecermos que temos alto interesse e relevância para as propostas que definirão o futuro do País. Somos todos parte das soluções possíveis. O eleitor consciente sabe, por fim, que entre o gesto do dedo em direção ao botão de “confirmar” e o aviso sonoro de que o seu voto foi computado existe a mobilização de todos os saberes e experiências adquiridas ao longo de todo uma vida. Ora, estamos falando aqui realmente de educação. A educação mais essencial e estratégica de todas, aquela que nos auxilia a desenvolver competências para que possamos fazer as melhores escolhas para a nossa vida pessoal, profissional e cidadã. Estamos preparados? * Diretor de arquitetura de aprendizagem da Tamboro, startup de educação que oferece soluções on-line de desenvolvimento das habilidades do século 21

Esquecer o Lula? ADELAIDE BAETA E NAIR COSTA MULS * Um artigo recente, intitulado Esqueçam o Lula, causou certa estranheza. Qual seria a razão para alguém pedir que as pessoas sejam seletivas em suas memórias? Buscando identificar uma forte razão para tal pedido, qual não foi a surpresa ao perceber que o autor apenas citava informações que estão diariamente na mídia: político preso, investigado, indiciado, julgado e condenado em ação penal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Considerar Lula um inocente é, portanto, uma afronta à Justiça e tentativa de invalidação da Lava Jato. Além do perigo de uma campanha política em favor de Lula: o falso mito se refletirá nas pesquisas eleitorais e a posição de liderança do político preso influenciará as pesquisas aumentando a sua aceitação como candidato. Vários são os aspectos que merecem reflexão mais consistente: A validade do julgamento pelo TFR-4, e a sua aprovação pelo STJ. Está mais do que provado que o julgamento e a condenação de Lula foram uma farsa. Além do tempo recorde do julgamento, as provas do possível delito não foram apresentadas. Sabe-se que por dificuldades financeiras a Bancob-Cooperativa dos Bancários de São Paulo transferiu a propriedade do edifício Solaris para a OAS, e logo em seguida d. Mariza abdicou da possibilidade de ficar com o apto, que mesmo assim, no processo, foi considerado como um presente da empresa ao presidente Lula. Ora, segundo Pierpaolo Cruz Bottini, advogado e professor livre docente de Direito Penal da USP, a condenação por um crime desses sempre exigiu, além da prova de solicitação ou recebimento de benefício, a demonstração cabal de que a vantagem oferecida era trocada por um ato determinado do servidor público. Não bastava provar a existência do apto, mas que ele foi ofertado em troca de um favor

concreto ─ uma emenda, um despacho, um decreto. No entanto, a sentença condenatória reconheceu não existir um “ato específico” e determinado do ex-presidente que motivasse a corrupção da OAS, mas se satisfez com a demonstração de que a vantagem teria relação com o “exercício do cargo”. E mais, nenhuma das 73 testemunhas chamadas a depor confirmaram a versão apresentada pelo juiz Moro. O desrespeito aos direitos constitucionais de qualquer réu: cumprimento da pena só depois do trânsito em julgado, de todos os recursos e em todas as instâncias. A parcialidade dos fiscais, juízes e desembargadores que, numa ameaça à democracia, violaram as garantias de defesa do culpado e o condenaram sem as provas exigidas por um processo penal, numa atitude claramente parcial para afastá-lo, por via judicial, da possibilidade de concorrer às eleições. “Uma estratégia para sepultar Lula, em 26/01/2028 – “New York Times”, Heronnan Cámiz Bruera, Fragilidade do sistema jurídico brasileiro e diluição do estado democrático de direito. Advogados e juristas, brasileiros e de outros países, competentes e idôneos, foram unânimes em mostrar as falácias e a ilegalidade do processo comandado pelo juiz Moro, num desrespeito total à Constituição brasileira e numa agressão clara à democracia. Também personalidades políticas e intelectuais mundialmente reconhecidas, como Mujica, Boaventura dos Santos, Noan Chonsky denunciaram o arbítrio e manifestaram total apoio e solidariedade a Lula. Inclusive o Comitê de Direitos Humanos da ONU, órgão do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (aceito e assinado livremente pelo Brasil) requisitou ao Estado brasileiro “tomar as medidas necessárias” para assegurar os direitos políticos do

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes Luisana Gontijo

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* Doutora em Administração, professora aposentada da UFMG/Face e doutora em Sociologia professora aposentada da UFMG/Fafich

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ex-presidente na qualidade de candidato “até que seus recursos sejam julgados de forma definitiva em procedimentos judiciais justos”. Essa posição foi totalmente ignorada e, inclusive, objetivo de galhofas por parte dos poderes constituídos... O Brasil desrespeita um acordo internacional assinado por ele, apesar da reiteração constante da advertência da ONU. Também foi ignorada a manifestação de ex-ministros e professores titulares da USP, pessoas de peso como Carlos Bresser Pereira, Celso Amorim, Luiz Felipe Alencastro, Paulo Sergio Pinheiro, Maria Vitoria Benevides, Dalmo Abreu Dalari, Fabio Konder Comparato, Pedro Celestino e outros, em carta aberta ao Ministro do TSE mostrando a necessidade do atendimento da requisição do comitê da ONU. Luiz Gonzaga Belluzo, doutor em Economia e professor da Unicamp, afirma que “Defender Lula não é coisa de petista nem de esquerdista. Defender Lula é direito e dever de quem sabe o que está em jogo não é a corrupção, o triplex, o sítio, o pedalinho..., é o sistema democrático brasileiro, é a falência do sistema Judiciário brasileiro que se tornou partidário e se tornou tão ou mais corrupto que o sistema político”(...) Defender Lula é um dever de qualquer patriota, qualquer democrata, independente de partidarismo. Lula não roubou, não recebeu dinheiro, não teve conta secreta descoberta na Suíça, nem dólares em paraísos fiscais. Não caiu em áudio mandando matar, nem teve malas com milhões de reais com suas digitais”. Defender Lula, que quando deixou o governo tinha 80% de aprovação, “é hoje um dever”, diz Belluzo.

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Mudança nem nas aparências Faz tempo que, no Brasil, o setor público gasta muito e gasta mal, sem ser preciso contar que nos seus cofres existem ralos em contínua atividade. Uma situação que ajuda a explicar a ineficiência crônica da máquina pública, o aumento contínuo e muito além do razoável dos tributos e a virtual institucionalização do balcão de negócios em que se transformaram os organismos públicos. De tudo isso restam, mais evidentes na atualidade, as ações do Ministério Público e da Polícia Federal, tendo como eixo grandes contratos e, em particular, a Petrobras. A rigor, talvez se não pela escala, nada que efetivamente se possa rotular como novo. Até as reações de alguns políticos irados que vestiram camisas amarelas e foram para a rua condenar a corrupção, um deles hoje preso depois que foi encontrado, na Bahia, um apartamento transformado em espécie de cofre para guardar R$ 50 Com o passar milhões em do tempo – e a dinheiro vivo, tudo isso com aproximação das fortes evidências eleições –, parece de participação cada dia mais do hoje evidente que presidiário. Com o passar aqueles movimentos do tempo – e foram impulsionados a aproximação muito mais pela das eleições –, ambição que parece cada dia propriamente por mais evidente que aqueles virtudes movimentos foram impulsionados muito mais pela ambição que propriamente por virtudes. Nada, afinal, parece ter mudado, se não a frustração daqueles que, de boa-fé, se exaltaram para condenar a rapina de que o Estado brasileiro foi vítima e hoje deveriam estar pelo menos constrangidos. Como está se aproximando a hora de votar, é preciso ter tudo isso bem claro. Entendendo-se, inclusive, que aquilo que ganhou os holofotes é apenas parte do todo. Não são apenas os milhões de dólares depositados em paraísos fiscais ou as joias da esposa de um ex-governador e hoje presidiário que definem e medem a corrupção de que tanto se fala. Um pente-fino, para valer e absolutamente independente, revelaria facilmente que a rapina na verdade não foi estancada, talvez tenha se tornado apenas mais discreta. Que ninguém se engane, os drenos continuam abertos, às vezes tomando formas mais sutis, como no caso da repartição pública que consome quase todos os seus recursos com a folha de pagamentos, nada ou quase nada restando para investimentos. Quem, como a grande maioria dos brasileiros, continua acreditando que é preciso mudar, que tudo, absolutamente tudo, na esfera pública precisa ser tratado com mais cuidado. E tão longe quanto possível da ideia de que é preciso mudar sim, desde que seja para deixar tudo como está.

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

ECONOMIA INDÚSTRIA

Atividade recua 0,8% em Minas Resultado é de julho na comparação com igual mês de 2017; frente a junho, queda foi de 1% ALISSON J. SILVA

ANA AMÉLIA HAMDAN

A produção industrial em Minas mostrou retração de 0,8% em julho na comparação com igual mês do ano passado. A queda de ritmo das fábricas mineiras ocorreu ainda em todas as outras bases comparativas. Em relação ao desempenho nacional, o Estado também não se saiu bem: o Brasil apresentou alta da atividade industrial de 4% na relação julho 2018/julho 2017. As informações foram divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Supervisora de pesquisa econômica do IBGE em Minas, Cláudia Pinelli informou ontem que o setor ainda sofre os impactos da greve dos caminhoneiros e também sente a interferência da proximidade das eleições. “A eleição deixa o cenário instável, sem previsão do que vai acontecer. O mercado está em compasso de espera para definir como reagirá”, disse. No comparativo de julho de 2018 com o mês anterior, Minas registrou queda de 1% na atividade industrial, sendo que no Brasil houve retração de 0,2%. Em relação ao acumulado de janeiro a julho, a produção industrial teve queda de 1,6% no Estado, enquanto no País o resultado foi de alta de 2,5%. Já nos últimos 12 meses, o Estado teve recuo de 0,8%, enquanto a produção nacional cresceu 3,2%. “A gente percebe que Minas está com indicadores

O setor de produtos de metal registrou queda de 14,5%, enquanto o de máquinas e equipamentos apurou alta de 24,6%

nem tão favoráveis, com algumas atividades ainda contribuindo negativamente”, diz Cláudia Pinelli. Os setores industriais de Minas que mostraram quedas mais acentuadas na relação julho/junho foram produtos de metal (com exceção de máquinas e equipamentos), com retração de 14,5%; indústria de produtos alimentícios, que caiu 9,3%; e têxtil, com recuo de 7,8%. Além disso, os setores extrativista e de veículos

automotores, que têm grande peso no Estado, ainda não mostraram resultados suficientes para reverter o quadro. O setor extrativista cresceu 3,7% na relação julho/junho. Já o de veículos automotores retrocedeu 4,5%. Os setores de Minas que apresentaram os principais resultados positivos no comparativo julho/ junho foram máquinas e equipamentos, com alta de 24,6%; e bebidas, com aumento de 12%.

Greve dos caminhoneiros Como indicativo de que a greve dos caminhoneiros ainda está impactando os resultados da indústria, o IBGE comparou os resultados do primeiro quadrimestre do ano, com aqueles apresentados nos meses de maio/junho/julho. Segundo o IBGE, de janeiro a abril de 2018, em Minas, a atividade industrial caiu 0,8% em relação a igual período do ano passado. Já de maio a julho, a retração foi de 2,5%. No

País, no primeiro quadrimestre, o setor industrial avançou 4,4%, sendo que no período de maio-julho cresceu somente 0,3%. “Essa redução na intensidade do crescimento guarda relação com o recuo observado em maio, por conta das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, fruto, especialmente, do movimento de greve dos caminhoneiros nos 10 últimos dias daquele mês”, informa o IBGE.

Produção cai em oito de 15 áreas pesquisadas Rio de Janeiro - A produção industrial recuou em oito dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de junho para julho deste ano. As maiores quedas foram observadas em Goiás (2,1%), Paraná (1,3%), São Paulo (1,1%) e Minas Gerais (1%). Também tiveram quedas acima da média nacional (0,2%), os estados do Mato Grosso (0,9%) e do Rio de Janeiro (0,3%). Outros recuos foram observados no Ceará e em Pernambuco, ambos de 0,2%. Por outro lado, tiveram crescimento as produções do Espírito Santo (5,8%), Rio Grande do Sul (4,6%), Pará (2,7%), Amazonas (2,5%), Santa Catarina (1,9%) e Bahia (1%). A região Nordeste, que é avaliada em conjunto, teve uma alta de 0,5%. Outras comparações - Na comparação com julho de 2017, a indústria cresceu em 12 dos 15 locais, com destaque para o Rio Grande do Sul (13,9%) e Pará (13,7%). Nos outros três locais, a maior queda foi registrada em Goiás (4,9%). No acumulado do ano, houve alta em 11 dos 15 locais, sendo a maior delas no Amazonas (14,1%). Dentre os quatro locais em queda, se destacam Goiás (3,8%) e Espírito Santo (3,7%). Já no acumulado de 12 meses, houve taxas positivas em 13 dos 15 locais, com destaque para o Amazonas (11,3%) e o Pará (10%). Dois locais tiveram recuo na produção: Espírito Santo (2,3%) e Minas Gerais (0,8%). (ABr)

CENÁRIO

BNDES prevê investimentos de R$ 1,03 tri no País Rio de Janeiro - Um estudo feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mapeando 20 setores da economia identificou perspectiva de investimentos de R$ 1,03 trilhão no Brasil nos próximos três anos, de 2018 a 2021, sendo 12 na área industrial e oito em infraestrutura. De acordo com o boletim Perspectivas do Investimento, elaborado pelo Comitê de Assuntos Setoriais do banco, a indústria deverá receber uma média anual de R$ 135 bilhões, alta de 5,9% em relação ao ano passado, e a infraestrutura de R$ 112,5 bilhões, queda de 2% contra 2017. O setor que mais receberá recursos será o de petróleo e gás natural, com previsão de uma soma de R$ 291,4 bilhões nos três anos, uma média de R$ 72,8 bilhões a cada ano. O setor de energia elétrica seria o segundo a receber mais recursos, de R$ 160,3 bilhões no total, ou R$ 40,1 bilhões por ano, seguido pelo de telecomunicações, um total de R$ 121 bilhões e média anual de R$ 30,2 bilhões. Entre os 20 setores pesquisados, apenas seis deverão registrar queda no investimento anual em relação a 2017, segundo o BNDES: papel e celulose, automotivo, aeroespacial, energia elétrica e mobili-

DIVULGAÇÃO

dade urbana. Segundo o banco, a última vez em que os valores mapeados superaram essa marca foi no levantamento feito em meados de 2015 para o período de 2015 a 2018. “A perspectiva é de crescimento real de 1,9% ao ano, em média, nos investimentos ao longo de 2018 a 2021, mostrando uma melhora significativa nas expectativas comparadas ao levantamento anterior, feito no segundo semestre de 2017, quando a projeção era de queda de 3,1% ao ano, em média, nos investimento de 2017 a 2020”, informou o banco, ontem, em um comunicado. Fatores - A melhora na perspectiva de investimentos em relação ao mapeamento anterior, feito no segundo semestre do ano passado, decorre de três fatores, segundo o BNDES. São eles: aumento dos preços internacionais das ‘commodities’ (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado externo); recuperação da demanda interna; e políticas públicas e programas de concessão de serviços públicos. De acordo com o estudo, a redução das incertezas referentes à economia e ao cenário político poderá potencializar a retomada do investimento entre 2018 e 2021. (AE e ABr)

O setor que mais receberá os recursos, entre 2018 e 2021, será o de petróleo e gás natural, com previsão de R$ 291,4 bi

BALANÇA COMERCIAL

Brasil tem superávit na 1ª semana do mês Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,106 bilhão na primeira semana de setembro (de 01 a 09). De acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), o valor foi alcançado com exportações de US$ 4,000 bilhões e importações de US$ 2,894 bilhões.

No ano, o superávit comercial acumulado é de US$ 38,783 bilhões, queda de 19,7% em relação ao mesmo período de 2017. A estimativa do governo para este ano é que a balança encerre o ano com superávit acima de US$ 50 bilhões. Em setembro, houve alta de 7,2% na média diária das exportações na comparação com o mesmo mês do ano

passado, com aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (23,3%) e manufaturados (+18,4%). Houve queda, porém, nas exportações de básicos (-4,1%) Já as importações registraram alta superior, de 7,3% na mesma comparação, com crescimento nos gastos, principalmente, com veículos automóveis e par-

tes (+59,2%), siderúrgicos (+50,0%), instrumento de ótica e precisão (+29,2%), equipamentos elétricos e eletrônicos (+14,3%) e equipamentos mecânicos (+10,5%). A balança semanal foi divulgada excepcionalmente na tarde de ontem, e não na segunda, como tradicionalmente ocorre, por problemas técnicos, de acordo com o Mdic. (AE)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

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ECONOMIA ENERGIA

Governo quer fomentar usinas de biomassa Objetivo seria reduzir a necessidade de acionar as termelÊtricas, mais poluentes e de custo alto São Paulo - O governo brasileiro tem estudado uma medida para impulsionar a geração de energia por usinas movidas a biomassa, principalmente de cana-de-açúcar, o que poderia reduzir a necessidade de acionar termelÊtricas mais caras e poluentes, informaram o secretårio de Planejamento do MinistÊrio de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, e o presidente-executivo da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte. As conversas sobre a iniciativa começaram em meio a uma disputa judicial que tem deixado bilhþes de reais em aberto em um acerto de contas mensal do mercado de eletricidade realizado pela Câmara de Comercialização de Energia ElÊtrica (CCEE), o que faz usinas de biomassa ficarem sem receber pelo que geram acima do previsto. A ideia em discussão prevê que as usinas de biomassa possam declarar para 2019 um valor adicional de garantia física, que Ê o montante de eletricidade que elas podem comercializar no mercado. Atualmente, as unidades recebem pelo que geram acima da garantia física por meio de crÊditos nas liquidaçþes financeiras da CCEE, mas a briga judicial que se arrasta desde meados de 2015 deixou as usinas de biomassa movidas a bagaço de cana com um acumulado de mais de R$ 300 milhþes a receber, segundo estimativa da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).

A Ăşltima liquidação financeira realizada pela CCEE, referente a operaçþes de julho, envolveu R$ 11,58 bilhĂľes, mas arrecadou apenas R$ 2,38 bilhĂľes junto aos agentes do mercado para pagar os credores, como as usinas de biomassa. “As usinas tĂŞm biomassa e querem voltar a produzir. Mas o que elas geram acima da garantia fĂ­sica ĂŠ liquidado na CCEE. Elas tĂŞm o crĂŠdito na CCEE, mas nĂŁo recebem... nessa conjuntura, estamos avaliando fazer uma revisĂŁo extraordinĂĄria de garantia fĂ­sicaâ€?, disse o secretĂĄrio de Planejamento do MinistĂŠrio de Minas e Energia, Eduardo Azevedo. Ele explicou que, para ganhar a garantia fĂ­sica adicional, que serĂĄ vĂĄlida para o ano de 2019, as usinas precisarĂŁo apresentar contratos comprovando disponibilidade de biomassa e maquinĂĄrio para a produção da energia extra. “A gente vai ter que fazer uma portaria, estamos avaliando aqui uma sĂŠrie de circunstâncias, de alternativas para fazer isso. A ideia ĂŠ que possa sair antes de dezembroâ€?, adicionou Azevedo. O presidente-executivo da Associação da IndĂşstria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte, estimou que, se confirmada, a medida do governo poderia incentivar uma geração adicional de 500 megawatts mĂŠdios pelas usinas de biomassa, o que significa aproximadamente a produção de uma hidrelĂŠtrica de grande porte, de

MAYKE TOSCANO/GCOM-MT

Modelo de usinas de biomassa estudado pelo governo brasileiro Ê o que Ê movido principalmente pela cana-de-açúcar

1 gigawatt em capacidade. “O governo parece estar atento e sensĂ­vel a essa dificuldade dos geradores, que estĂŁo entregando energia para o sistema e nĂŁo estĂŁo recebendo na liquidação da CCEE... com essa flexibilização, dando uma garantia fĂ­sica adicional, as usinas se veem na possibilidade de gerar mais e vender no mercado livre de energiaâ€?, explicou. Demanda - Ele considerou que a medida poderia possibilitar atĂŠ que geradores de energia com usinas a biomassa se inscrevam em leilĂľes do governo previstos para o fim do ano, que contratarĂŁo energia de em-

preendimentos existentes para atender Ă demanda das distribuidoras - os chamados A-1 e A-2. Segundo Duarte, as conversas com o governo apontam para a possibilidade de os geradores declararem uma garantia fĂ­sica adicional de atĂŠ 30% do valor de suas garantias originais, com validade atĂŠ o fim de 2019. “Com isso, as usinas podem fazer uso de toda a biomassa existenteâ€?, afirmou ele, ressaltando que os geradores nĂŁo tĂŞm aproveitado todo o potencial de produção da fonte nos Ăşltimos anos devido Ă guerra judicial que impacta as operaçþes na CCEE. (Reuters)

Brasil jå tem 271 unidades em operação São Paulo - Existem atualmente 271 usinas a biomassa em operação no Brasil, o que representa 12,7 gigawatts em capacidade, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia ElÊtrica (CCEE). O potencial representa quase uma usina de Itaipu, que soma 14 gigawatts em potência instalada. A medida para ampliar a geração de usinas a biomassa poderia reduzir custos com o acionamento de termelÊtricas mais caras, como usinas a óleo, atualmente ligadas para atender à demanda devido ao baixo nível nos reservatórios das hidrelÊtricas, de acordo com o secretårio de Planejamento do

MinistĂŠrio de Minas e Energia, Eduardo Azevedo O secretĂĄrio afirmou que essa ĂŠ “a maior motivaçãoâ€? para a ideia da pasta de incentivar a fonte. “O pleito deles (usinas) ĂŠ: dado que tenho condição de gerar a minha biomassa ĂŠ mais barata que as tĂŠrmicas, ĂŠ um ganho para todo mundo. Eles como empreendedores e o PaĂ­s como comprador de energia mais barata e mais limpaâ€?, afirmou. EstĂŁo ligadas no PaĂ­s atualmente uma sĂŠrie de tĂŠrmicas de alto custo, acionadas por decisĂŁo do ComitĂŞ de Monitoramento do Setor ElĂŠtrico (CMSE), colegiado de membros do governo e tĂŠcnicos da ĂĄrea de energia.

Cautela - Os programas operacionais que guiam a operação do sistema elĂŠtrico nĂŁo apontavam a necessidade dessa geração tĂŠrmica, mas o CMSE preferiu acionĂĄ-las por cautela, apĂłs recomendação do Operador Nacional do Sistema ElĂŠtrico (ONS), segundo Azevedo. “A situação atual ĂŠ muito conjuntural. NĂŁo se queria permitir deplecionar os reservatĂłrios mais que o recomendado, entĂŁo, o ONS propĂ´s e o colegiado aceitouâ€?, explicou. Segundo ele, a avaliação sobre a continuidade desse despacho tĂŠrmico adicional serĂĄ feita “semana a semanaâ€?. (Reuters)

Dental Cremer Produtos OdontolĂłgicos S.A. CNPJ/MF nÂş 14.190.675/0001-55 Edital de Convocação - Assembleia Geral ExtraordinĂĄria A Diretoria da Dental Cremer Produtos OdontolĂłgicos S.A. convoca os senhores acionistas para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a realizar-se na sede social da Companhia, na Rodovia FernĂŁo Dias BR 381, KM 926, Ponte Zinco, Distrito Industrial, CEP 37655-000, na Cidade de Itapeva, Estado de Minas Gerais, no dia 24 de setembro de 2018, Ă s 09 horas, em primeira convocação, havendo quĂłrum, ou Ă s 10 horas, em segunda convocação, com qualquer nĂşmero de pessoas presentes, para o ďŹ m de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: (i) a aprovação do Protocolo e JustiďŹ cação de Incorporação, pela Companhia, da CMN SOLUTIONS A018 PARTICIPAÇÕES S.A. (“CMN A018â€?); (ii) a ratiďŹ cação da nomeação e contratação da empresa especializada Apsis Consultoria e Avaliaçþes LTDA. para a avaliação, a valor contĂĄbil, do patrimĂ´nio lĂ­quido da CMN A018, assim como para a elaboração do laudo de avaliação; (iii) a aprovação do laudo de avaliação do patrimĂ´nio lĂ­quido da CMN A018; (iv) a aprovação da incorporação da CMN A018, e sua consequente extinção, nos termos do artigo 227, §3Âş da Lei das S.A.; e (v) a aprovação de aumento do capital social da Companhia no valor de R$53.204.444,00, mediante a emissĂŁo de 53.204.444 novas açþes ordinĂĄrias, ao preço de emissĂŁo de R$1,00 por ação, decorrente da incorporação mencionada no item “ivâ€?, com a consequente alteração do artigo 4Âş do Estatuto Social, bem como a reforma integral e a consolidação do Estatuto Social da Companhia. Diretoria. (07, 11 e 12/09/2018)

MINERAĂ‡ĂƒO CEDRENSE LTDA CNPJ 18.791.822/0001-01 BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM 31/12/2017 Ativo NĂŁo circulante Imobilizado - Gastos com Pesquisas............................................................... Total do Ativo .................................................................................................... Passivo ............................................................................................................... NĂŁo circulante Contas a pagar - Parte relacionada ...................................................................... Imposto de renda diferido ................................................................................... PatrimĂ´nio lĂ­quido Capital social....................................................................................................... Reserva correção monetĂĄria capital .................................................................... Total do Passivo .................................................................................................

2017

2016

326.899,72 326.899,72

324.860,26 324.860,26

144.845,57 992,85 145.838,42

142.806,11 992,85 143.798,96

180.000,00 1.061,30 181.061,30 326.899,72

180.000,00 1.061,30 181.061,30 324.860,26

DEMONSTRAĂ‡ĂƒO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO DE 31/12/2017 Capital Social Reserva de Capital Total Saldo em 31 de dezembro de 2016 ...................... 180.000,00 1.061,30 181.061,30 Saldo em 31 de dezembro de 2017 ...................... 180.000,00 1.061,30 181.061,30 DEMONSTRAĂ‡ĂƒO DOS FLUXOS DE CAIXA EM 31/12/2017 Variação no passivo - Fornecedor - Contas a pagar ....................................... Aquisição de bens do imobilizado ................................................................. &DL[D H HTXLYDOHQWHV GH FDL[D QR ÂżQDO GR H[HUFtFLR ......................................

2017 2.039,46 (2.039,46) -

2016 2.574,81 (2.574,81) -

Notas Explicativas as Demonstraçþes Financeiras de 31 de dezembro de 2017 $V GHPRQVWUDo}HV ¿QDQFHLUDV HVWmR DSUHVHQWDGDV FRQIRUPH DV SUiWLFDV FRQWiEHLV DGRWDGDV QR %UDVLO $ HPSUHVD WHP HP VHX REMHWR VRFLDO D SHVTXLVD ODYUD H EHQH¿FLDPHQWR GH PLQHUDLV HP WRGR WHUULWyULR QDFLRQDO HVWDQGR HP fase prÊ-operacional, onde seus gastos são contabilizados no ativo imobilizado, na conta gastos prÊ-operação. Relatório dos Administradores $ $GPLQLVWUDomR VXEPHWH j DSUHFLDomR GDV GHPRQVWUDo}HV ¿QDQFHLUDV UHIHUHQWH DR H[HUFtFLR GH DIRETORIA Marco Antônio Branquinho Júnior - Administrador Fåbio Mascarenhas Alves - Administrador

RESPONSà VEL TÉCNICO Cristina Villela e Silva - Contadora CRC - MG-077420/O-3

GRUPAMENTO DE APOIO DE LAGOA SANTA

MINISTÉRIO DA DEFESA

GOVERNO FEDERAL

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo EletrĂ´nico SRP nÂş: 29/GAPLS/2018 OBJETO: Serviço de manutenção de ar condicionado. ENTREGA DAS PROPOSTAS: a partir de 12/09/2018. ABERTURA DAS PROPOSTAS: dia 24/09/2018 as 09:00, no site: www.comprasnet.gov.br. EDITAL E ESPECIFICAÇÕES: encontra-se no site: www.comprasnet.gov.br e Telefones: (31) 3689-3665 / 3419 MARCELO ANDRADE MARTINELLI Ten Cel Int Ordenador de Despesas

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS/MG Aviso de publicação do Processo LicitatĂłrio nÂş 116/2018 – PregĂŁo 63/2018. Menor Preço por Item. Registro de preços para prestação de serviços de digitalização de documentos da Prefeitura Municipal de Lavras com fornecimento de software Ăşnico de gestĂŁo do conteĂşdo empresarial (ECM), gestĂŁo de processos negĂłcios (Business Process Management – BPM) e mĂŁo de obra para interagir e gerenciar todas as informaçþes chaves em um caminho Ăşnico, alĂŠm de facilitar a recuperação dos documentos digitalizados, indexados, validados, controlados, armazenados da prefeitura. Data de apresentação de envelopes e julgamento: 09h00min do dia 02/10/2018. O Edital encontrase na sede da Prefeitura Municipal, Ă Av. Dr. Sylvio Menicucci, nÂş 1575, Bairro Presidente Kennedy ou pelo site www.lavras. mg.gov.br. Telefax: (35) 3694-4021. Rodrigo Moreti Pedroza – Gerente de Licitaçþes.

PRÉ-SAL

CNPE pede que TCU avalie minutas de contrato e edital da cessão onerosa Rio de Janeiro - O Conselho Nacional de Política EnergÊtica (CNPE) decidiu ontem recomendar ao MinistÊrio de Minas e Energia o envio prÊvio das minutas do edital e do contrato da rodada de licitaçþes dos volumes excedentes da chamada cessão onerosa para anålise do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgou o ministÊrio. A ideia do CNPE Ê dar celeridade ao processo, uma vez que o governo quer realizar o leilão ainda neste ano, mas, para isso, precisa da aprovação de um projeto de lei pelo Senado. O PL, alÊm de autorizar a rodada, abre caminho para resolver impedimentos à oferta das åreas. O contrato da cessão onerosa foi assinado em 2010 entre governo e Petrobras para permitir que a estatal produza atÊ 5 bilhþes de barris de óleo equivalente em uma determinada região do prÊ-sal. A Petrobras pagou R$ 74,8 bilhþes à União na Êpoca por esse direito, mas estima-se que os volumes de petróleo envolvidos no negócio são muito maiores, o que levou o governo a buscar a realização de um leilão desses excedentes. A licitação, no entanto, depende ainda de uma revisão do acordo original com a Petrobras, uma vez que desde a assinatura do contrato jå havia a previsão de que seus termos seriam rediscutidos depois da declaração de comercialidade das åreas, o que jå ocorreu. O PL deve ajudar na conclusão das negociaçþes, que vão definir se a Petrobras serå credora ou devedora da

UniĂŁo no processo que pode envolver bilhĂľes de reais. AlĂŠm do envio das minutas do edital e do contrato da rodada, o CNPE aprovou ainda o envio de minuta de aditivo ao contrato da cessĂŁo onerosa com a Petrobras, para anĂĄlise do TCU. “A medida pretende dar celeridade ao processo de anĂĄlise pelo TCU para a realização da rodada de licitaçþes com os volumes petrolĂ­feros excedentes da CessĂŁo Onerosa e vai permitir a conclusĂŁo da elaboração do aditivo do contrato da cessĂŁo onerosa e a consequente realização da licitação para a contratação dos mencionados volumes excedentesâ€?, informou o ministĂŠrio em nota. Oferta permanente – O CNPE tambĂŠm propĂ´s ontem a inclusĂŁo de ĂĄreas jĂĄ contratadas e devolvidas, ou jĂĄ licitadas e nĂŁo arrematadas, dentro do PolĂ­gono do PrĂŠ-sal, no sistema de Oferta Permanente a ser feita na modalidade de partilha de produção, conforme o qual a Petrobras tem o direito de preferĂŞncia. AlĂŠm disso, decidiu incluir a totalidade das ĂĄreas em bacias terrestres no sistema de Oferta Permanente de blocos. “A medida visa contribuir para a retomada das atividades de exploração e produção, no sentido de acelerar a revitalização da Bacia de Campos e conferir maior agilidade e atratividade para a contratação de ĂĄreas dentro do PolĂ­gono do PrĂŠ-salâ€?, apontou o ministĂŠrio na nota. (Reuters)

(GLWDO 'H &LWDomR &RP 3UD]R 'H 7ULQWD 'LDV 2 'U eOLWR %DWLVWD 'H $OPHLGD -XL] 'H 'LUHLWR 'D Â? 9DUD &tYHO 'D &RPDUFD 'H %HOR +RUL]RQWH 0LQDV *HUDLV )D] 6DEHU $ 7RGRV 4XDQWRV 2 &RQKHFLPHQWR 'R 3UHVHQWH 'HYD 3HUWHQFHU 4XH 3RU (VWH -Xt]R ( 6HFUHWDULD 7rP $QGDPHQWR 2V $XWRV 'D $omR 2UGLQiULD 3URFHVVR 1ž 5HTXHULGD 3RU 0UY (QJHQKDULD ( 3DUWLFLSDo}HV 6 $ (P )DFH 'H $QJHOD 0DULD %HUQDUGR 'D 6LOYD 0H 5HUHQWH 6HJXQGR 3HWLomR ,QLFLDO ÂŹ 1RWD )LVFDO 1ž 1R 9DORU 'H 5 7ULQWD ( &LQFR 0LO 6HLVFHQWRV ( 4XDUHQWD 5HDLV ( &LQTXHQWD ( 2LWR &HQWDYRV &RP 9HQFLPHQWR (P (PLWLGRV 6HP /DVWUR &RP 3HGLGRV 'H 'HFODUDomR 'H ,QH[LJLELOLGDGH 'R 7tWXOR ( 2 &DQFHODPHQWR 'HILQLWLYR 'R 3URWHVWR ( (VWDQGR $ 5p $QJHOD 0DULD %HUQDUGR 'D 6LOYD 0H &13- (P /XJDU ,QFHUWR ( 1mR 6DELGR ([SHGLX 6H 2 3UHVHQWH (GLWDO 3DUD &LWi /D 'RV 7HUPRV 'D 3UHVHQWH $omR 3DUD 4XHUHQGR 1R 3UD]R 'H 4XLQ]H 'LDV &RQWHVWDU $ $omR $GYHUWH 6H $ 9 6D 4XH 1mR 6HQGR &RQWHVWDGR 2 3HGLGR 3UHVXPLU 6H ­R $FHLWRV &RPR 9HUGDGHLURV 2V )DWRV $UWLFXODGRV 3HOD $XWRUD 6HUi 2 3UHVHQWH 3XEOLFDGR 1D )RUPD 'D /HL ( $IL[DGR (P /RFDO 'H &RVWXPH %HOR +RUL]RQWH GH $JRVWR GH . H

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 031/2018 - torna S~EOLFR TXH VH HQFRQWUD GLVSRQtYHO QR VLWH ZZZ ULEHLUDRGDVQHYHV PJ JRY EU R HGLWDO UHWLÂżFDGR do PregĂŁo 031/2018, cujo objeto consiste no registro de preços para aquisição de Placas, por um perĂ­odo de 12 (doze) meses. A nova data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 25/09/2018 ĂĄs 09:00h. Alex de Almeida Ferreira Silva / Presidente da CPL.

EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO COM PRAZO DE TRINTA DIAS. O DR. ÉLITO BATISTA DE ALMEIDA, JUIZ DE DIREITO DA 32ÂŞ VARA CĂ?VEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE. MINAS GERAIS, FAZ SABER A TODOS QUANTOS O CONHECIMENTO DO PRESENTE DEVA PERTENCER QUE, POR ESTE JUĂ?ZO E SECRETARIA. TĂŠM ANDAMENTO OS AUTOS DA AĂ‡ĂƒO MONITĂ“RIA, PROCESSO N] 024.11.174.888-5, REQUERIDA POR ELZA INDĂšSTRIA E COMÉRCIO DE COSMÉTICOS LTDA EM FACE DE CLELYDA CRUZ MOREIRA REFERENTE, SEGUNDO PETIĂ‡ĂƒO INICIAL, AOS CHEQUES DE NÂş 000134 E 000135. NO VALOR DE r$2.133,83 (DOIS MIL, CENTO E TRINTA E TRĂŠS REAIS E OITENTA E TRĂŠS CENTAVOS), DO BANCO BRADESCO, EMITIDOS PELA RÉ EM 19/02/2009 E 09/03/2009, MAIS JUROS E CORREĂ‡ĂƒO MONETĂ RIA TOTALIZANDO O VALOR DE R$6.045,17 ( SEIS MIL E QUARENTA E CINCO REAIS E DEZESSETE CENTAVOS). E, ESTANDO A RÉ CLELY DA CRUZ MOREIRA, CPF 808.300.215-15, EM LUGAR INCERTO E NĂƒO SABIDO, EXPEDIU-SE O PRESENTE EDITAL PARA CITĂ -LA DOS TERMOS DA PRESENTE AĂ‡ĂƒO , PARA , QUERENDO, NO PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS PAGAR A QUANTIA RECLAMADA, CIENTE DE QUE, NO MESMO PRAZO PODERĂ OFERECER EMBARGOS, POR PETIĂ‡ĂƒO NOS PRĂ“PRIOS AUTOS, INDEPENDENTE DE PENHORA. ADVERTE-SE A V.SA QUE NĂƒO SENDO CONTESTADO O PEDIDO, PRESUMIR-SE-ĂƒO ACEITOS COMO VERDADEIROS OS FATOS ARTICULADOS PELA AUTORA. SERĂ O PRESENTE PUBLICADO NA FORMA DA LEI E AFIXADO EM LOCAL DE COSTUME. Belo Horizonte, 16 de Agosto de 2018. Eu, (Bel. Angela Vieira de Figueiredo, EscrivĂŁ em substituição, o subscrevi e assino).


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

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ECONOMIA PREÇOS

EMPREENDEDORISMO

Setor alimentício em alta entre PMEs

Para famílias de renda muito Pesquisa do Sebrae mostra que negócios do ramo lideram o ranking de procura por orientações baixa, deflação foi de 0,12% pas, normalmente têm alta DIVULGAÇÃO

ANA AMÉLIA HAMDAN

A combinação pão de queijo e café é tão irresistível que é campeã até mesmo no momento de empreender. Levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Minas (Sebrae Minas) mostra que as informações mais procuradas no primeiro semestre deste ano, no Estado, foram aquelas relacionadas a negócios alimentícios. Essas atividades ocuparam as cinco primeiras colocações dentro das opções do programa Ponto de Partida, que oferece orientações iniciais aos interessados. No primeiro lugar no ranking estão as cafeterias, seguidas de restaurantes, fábrica de pães de queijo, confeitaria e fábrica de alimentos prontos congelados. Completam a lista dos dez mais procurados: pet shop; loja de roupas; construtora; supermercado/mercearia e fábrica de produtos de chocolate. Segundo a analista do Sebrae Minas, Viviane Soares, negócios tradicionais, como o ramo de alimentação, cabeleireiros e lojas de rou-

demanda de informações. “As pessoas têm a ilusão de que não faltarão clientes para esses segmentos, já que todo mundo come, vai ao salão e se veste”, diz. Entretanto, ela alerta que em num cenário de recessão, as pessoas encontram um substituto para esses produtos e serviços, o que pode frustrar algumas expectativas dos empreendedores. “Só o fato de abrir o negócio nesses ramos não é garantia de sucesso. São necessários planejamento, controle gerencial, capacitação”, diz. O mesmo levantamento do Sebrae Minas indicou que as buscas por informações do programa Ponto de Partida cresceu bastante no primeiro semestre em relação a igual período de 2017. Houve aumento de 68% no número de download das publicações de um ano para o outro: foram 13,4 mil acessos de janeiro a julho de 2018, contra 9,1 mil nos seis primeiros meses do ano passado. Na avaliação de Viviane Soares, esse aumento mostra preocupação das pessoas em se informar antes de

Na preferência estão as cafeterias, restaurantes, fábrica de pão de queijo, confeitaria e congelados

dar início a um negócio. Além disso, indica ainda o cenário de crise, com as pessoas tendo dificuldade de recolocação no mercado de trabalho e buscando o empreendedorismo como alternativa de renda. A analista explica que o programa Ponto de Partida oferece informações básicas para quem quer começar a empreender, trabalhando com cinco passos. O pri-

meiro deles é o perfil do empreendedor. Em seguida vem a busca da oportunidade, verificando alternativas de negócios. O terceiro item trata das exigências legais. O quarto passo é sobre a implantação do negócio. Por fim, o programa trata da gestão. O Ponto de Partida é formado por cerca de 250 cartilhas que estão disponíveis no site do Sebrae Minas. Viviane Soares reforça que

a busca por informações é primordial para quem tem interesse em abrir o próprio negócio. Como exemplo, ela cita que não é indicado uma pessoa empreender no ramo de alimentos, sem nunca ter cozinhado e não tem qualquer afinidade com o preparo das comidas. Por outro lado, também não resolve nada a pessoa ser uma grande cozinheira, mas descuidar da gestão.

CONSUMO

Livros e automóveis são os usados preferidos São Paulo - Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que livros e automóveis foram os produtos usados mais comprados nos últimos 12 meses. De acordo com os dados, nove entre dez consumidores pesquisados indicou preferência pela economia com a compra de produtos usados em sites ou aplicativos especializados. O ranking dos objetos usados mais comercializados foi encabeçado por livros (54%), seguido por automóveis e motos (43%), eletrônicos e móveis (38%), telefones celulares e eletrodomésticos (36%). Os entrevistados também apontaram que eletrônicos (40%), automóveis (39%) e móveis e eletrodomésticos (36%) foram os objetos mais colocados à venda no período. O estudo apontou que a

maioria dos entrevistados acredita que a compra de um objeto usado satisfaz suas necessidades. Entre os itens mais aprovados estão os livros, com 76% de aprovação; seguido pelos automóveis, com 60%; itens esportivos, como bicicletas (59%); e instrumentos musicais (50%). Por outro lado, utensílios para cozinha ou itens de cama, mesa e banho têm reprovação de 81% dos entrevistados, que acreditam ser mais vantajoso comprar um produto novo. O mesmo ocorre com os aparelhos celulares com 66% de reprovação; eletrodomésticos, como geladeira, fogão e TV, também com 66%; e roupas e acessórios (65%). Para a maioria dos entrevistados, a compra e venda de utensílios usados é uma oportunidade de economizar e poupar: do total de entrevistados, 65% deles

JOSÉ CRUZ/ABr

Pesquisa mostra que nove entre dez consumidores optam pela economia com a compra

calcularam suas economias desde que aderiram à prática, sendo 41% no caso de compra e 24% no caso de venda. Entre esses, 92%

acreditam que a economia foi significativa para o bolso. A pesquisa ouviu 824 consumidores acima de 18 anos, de todas as classes so-

ciais, em capitais do País. As perguntas admitiam respostas múltiplas, motivo pelo qual a soma de percentuais ultrapassa 110%. (ABr)

Rio de Janeiro - Os alimentos voltaram a pressionar para baixo a variação de preços medida pelo Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda para as famílias de renda muito baixa, que registraram deflação de 0,12% em agosto. Esse resultado foi duas vezes maior do que a deflação apresentada nas famílias de renda mais alta (-0,06%). Desta vez, a inflação também foi impactada pela queda de 1% no preço do gás de cozinha. “Este alívio mais intenso da inflação das famílias mais pobres foi possibilitado, mais uma vez, pela deflação nos preços dos alimentos no domicílio, em especial de itens importantes na cesta de consumo desse segmento”, explicou o Ipea em um comunicado ontem, citando entre as quedas mais importantes os tubérculos (-9,7%), carnes (-1,5%), leites e derivados (-1,3%) e aves e ovos (-1,3%). O indicador separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os grupos vão desde uma renda familiar de até R$ 900 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 9 mil, no caso da renda mais alta. No mês de agosto o IPCA caiu 0,72%. Já para as famílias de renda mais alta, a deflação no preço dos alimentos teve menor impacto do que para a faixa de baixa renda e a queda de alguns itens como gasolina (-1,5%) e passagens aéreas (-26,1%) foram compensados pelas altas nas tarifas de gás encanado (+1,2%) e do plano de saúde (+0,8%). No ano, a inflação entre as famílias de renda muito baixa acumula alta de 2,64% e nas de renda muito alta sobe 3,08%, enquanto o IPCA acumula alta de 2,85%. Nos 12 meses terminados em agosto, entretanto, as famílias de renda mais baixa acumulam mais inflação do que tinham até julho, passando de uma alta de 3,45% para 3,55%. (AE)

EDUCAÇÃO

Brasil aumenta investimentos no segmento infantil Brasília - Nos últimos anos, o Brasil aumentou os investimentos em educação infantil até os 5 anos de idade, e ficou à frente de países latino-americanos, de acordo com o relatório Education at a Glance 2018 (Um olhar sobre a educação, em tradução livre), publicado ontem pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O montante gasto por criança, no entanto, ainda é pouco e está entre os mais baixos dos países analisados. Segundo o relatório, o Brasil passou de um investimento equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas pelo País, em 2010, para o

equivalente a 0,7% em 2015 em creches e pré-escolas. O nível de investimento está abaixo da média dos 35 países que compõem a OCDE, que é 0,8% do PIB, mas está acima de países da América Latina, como Argentina, Colômbia, Costa Rica e México. Apesar disso, o Brasil investe apenas US$ 3,8 mil por criança por ano nas creches públicas, um dos mais baixos investimentos, tanto entre os países-membros da OCDE, maioria formada por países ricos, quanto entre as economias parceiras. “Há uma consciência crescente do papel fundamental que a educação e os cuidados na primeira infância

desempenham no desenvolvimento, aprendizagem e bem-estar das crianças”, diz o relatório. E acrescenta: “Pesquisas mostram que o desenvolvimento de áreas de grande importância, como controle emocional, habilidades sociais, linguagem e contagem, atinge o auge nos primeiros 3 anos de vida de uma criança”. Inclusão - Em termos de inclusão, o Brasil também está à frente de países latinos. Segundo o estudo, 22% das crianças de até 3 anos estão na escola. Dados mais atualizados, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que essa percentagem chegou a 30,4% em 2015.

O índice brasileiro é maior que outros países como Argentina (5%); Chile (20%); Costa Rica (2%) e México (2%). A única exceção é a Colômbia, que incluiu 49% das crianças nas creches. Na pré-escola, de acordo com o relatório, o acesso no Brasil é maior, chega aos 90% aos 4 anos de idade, 97% aos 5 anos e 100% aos 6 anos. Por lei, pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil tem que ampliar o atendimento para 50% das crianças de até 3 anos de idade até 2024. A estimativa é que 2,4 milhões de crianças precisarão ser incluídas. O País deveria ter universalizado o acesso à pré-escola,

aos 4 e 5 anos de idade, até cial que pode ser associado à queda considerável nas mao ano passado. trículas, particularmente nas Jovens e adultos - Se na idades em que os estudantes infância o Brasil supera pa- deveriam cursar o ensino íses latino- americanos em médio, é a alta incidência de inclusão, o mesmo não ocorre frequência acima da idade na medida em que a idade no Brasil”, diz o texto. Para a OCDE, os alunos avança. O País registrou uma das maiores percenta- são considerados acima gens de adultos sem ensino da idade quando são pelo médio entre todos os países menos 2 anos mais velhos analisados. do que a idade pretendida Após os 14 anos, as taxas para a série, principalmente de educação vão caindo. porque repetem de ano. No Entre 15 e 19 anos, 69% se- Brasil, cerca de 14% dos guem estudando e, entre 20 alunos do último ano do e 24 anos, apenas 29%. Em ensino fundamental está média, essas percentagens acima da idade pretendida chegam, entre os países da de 14 anos. Entre os países OCDE, a 85% e 42%, res- da OCDE, em média apenas pectivamente. 2% dos estudantes estão “Um fator de risco poten- nessa situação. (ABr)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

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ECONOMIA CRÉDITO

Taxa de juro cai para pessoa física e jurídica São Paulo - As taxas de juros médias na ponta caíram em agosto 0,04 ponto porcentual para pessoa física e 0,10 ponto para pessoa jurídica (empresas), apurou a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Para o diretor-executivo da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, o que pode estar por trás da queda do juro na ponta,

uma vez que o Banco Central está mantendo a Selic inalterada, é a redução do depósito compulsório, a melhora do cenário econômico com redução do risco de inadimplência e o próprio patamar de juro e spread que possibilita a redução das taxas mesmo com a manutenção da Selic A queda 0,04 ponto porcentual do juro para pessoa física em agosto equivale

a um recuo de 0,72% em relação a julho. Passou de 6,99% para 6,94%. No ano, a queda chega a 1,26 ponto porcentual, de 124,97% para 123,71%. No segmento pessoa jurídica, o recuo de 0,10 ponto porcentual derrubou a taxa média em 2,62% na passagem de julho para agosto, de 3,82% ao mês para 3,72%.

agosto último, a Selic sofreu uma redução de 0,75 ponto porcentual, ou 10,34%, de 7,25% ao ano para atuais 6,50% ao ano. Neste mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 35,74 pontos porcentuais ou 40,63%, passando de 87,97% ao ano em março de 2013 para 123,71% ao ano em agosto deste ano. Selic - De março de 2013 a Nas operações de crédito

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTER DTVM Ltda. CNPJ 18.945.670-0001-46 Senhores Sócios: Submetemos à apreciação de V. Sas. as Demonstrações Financeiras Av. do Contorno, 7.777 - 1º andar - Lourdes - 30.110-051 da Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda, dos semestres findos em 30 de junho de 2018 e de 2017. Belo Horizonte/MG - (31) 2101-7000 - www.bancointer.com.br Belo Horizonte, 29 de agosto de 2018 twitter: twitter.com/bancointer - Facebook: facebook.com/bancointer Balanços patrimoniais em 30 de junho de 2018 e 2017 - (Em milhares de Reais) Ativo Nota 30/06/2018 30/06/2017 Passivo Nota 30/06/2018 30/06/2017 Circulante Circulante Disponibilidades 4 387 Outras obrigações 8 2.787 351 Aplicações interfinanceiras de liquidez 5 1.182 129 Total do passivo circulante 2.787 351 Títulos e valores mobiliários 6 1.858 166 Patrimônio líquido 9 Outros créditos 7 1.436 155 Capital social 2.000 2.000 Total do ativo circulante 4.863 450 Reserva Legal Não circulante Prejuízos acumulados 115 (1.137) Realizável a longo prazo Total do patrimônio líquido 2.115 863 Outros créditos - Outros 7 743 Total do realizável a longo prazo 743 Permanente Imobilizado de uso 39 21 Total do permanente 39 21 Total do ativo não circulante 39 764 Total do ativo 4.902 1.214 Total do passivo 4.902 1.214 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Notas explicativas às demonstrações financeiras - (Em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma) 1 Contexto operacional Anualmente, sempre na mesma época, a Instituição avalia se há indicativo de A Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. iniciou suas atividades em desvalorização de um ativo. novembro de 2013, tendo como objetivo principal atuar no mercado financeiro na Se houver evidência de perda, o valor recuperável do ativo é estimado e comparado intermediação de colocação de títulos e valores mobiliários. com o valor contábil. O valor recuperável refere-se ao maior entre o valor justo A Instituição foi autorizada a funcionar em 9 de outubro de 2013 de acordo com a menos custos de venda e o seu valor em uso. manifestação do Banco Central do Brasil. i. Tributos 2 Apresentação das demonstrações financeiras As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS/PASEP e COFINS, As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas disposições contidas na constituídas às alíquotas a seguir discriminadas, consideraram as bases de cálculo Lei das Sociedades por Ações, incluindo as alterações introduzidas pela Lei nº 11.638, de previstas na legislação vigente para cada tributo: 28 de dezembro de 2007, e pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, em consonância, Tributos Alíquotas quando aplicável, com os normativos do Banco Central do Brasil (BACEN) e do Conselho Imposto de Renda 15% Monetário Nacional (CMN), consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Adicional de Imposto de Renda 10% Sistema Financeiro Nacional (COSIF) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Contribuição Social sobre o Lucro - a partir de setembro de 2015 20% Em aderência ao processo de convergência com as normas internacionais de PIS/PASEP 0,65% contabilidade, algumas normas e suas interpretações foram emitidas pelo Comitê de COFINS 4% Pronunciamentos Contábeis (CPC), as quais serão aplicáveis às instituições financeiras ISS Até 5% quando aprovadas pelo CMN. Os ativos fiscais diferidos (créditos tributários) e os passivos fiscais diferidos são Nesse sentido, os pronunciamentos contábeis já aprovados pelo Banco Central do constituídos pela aplicação das alíquotas vigentes dos tributos sobre suas respectivas Brasil são: bases. Para constituição, manutenção e baixa dos ativos fiscais diferidos são observados • Resolução nº 3.566/2008 - Redução ao valor recuperável de ativos - CPC 01 (R1). os critérios estabelecidos pela Resolução CMN nº 3.059/2002, alterados pelas Resoluções • Resolução nº 3.604/2008 - Demonstração dos fluxos de caixa - CPC 03 (R2). CMN nº 3.555/2006 e CMN nº 4.192/2013. • Resolução nº 3.750/2009 - Divulgação sobre partes relacionadas - CPC 05 (R1). A contribuição social sobre o lucro foi calculada até agosto de 2015, considerando a • Resolução nº 3.823/2009 - Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes alíquota de 15%. Para o período compreendido entre setembro de 2015 e dezembro - CPC 25. de 2018, a alíquota foi alterada para 20%, conforme Lei nº 13.169/15, retornando à • Resolução nº 3.873/2011 - Eventos subsequentes - CPC 24. alíquota de 15% a partir de janeiro de 2019. • Resolução nº 3.989/2011 - Pagamento baseado em ações - CPC 10 (R1). A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de • Resolução nº 4.007/2011 - Políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação renda e contribuição social correntes e diferidos reconhecidos no resultado. de erro - CPC 23. (ii) Despesas de imposto de renda e contribuição social corrente • Resolução nº 4.144/2012 - Pronunciamento Conceitual Básico - CPC 00 (R1). A despesa de imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber estimado sobre o • Resolução nº 4.424/2012 - Benefícios a empregados - CPC 33 (R1). lucro ou prejuízo tributável do semestre e qualquer ajuste aos impostos a pagar com • Resolução nº 4.524/2016 - Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão relação aos períodos anteriores. O montante dos impostos correntes a pagar ou a de demonstrações contábeis - CPC 02 (R2). receber é reconhecido no balanço patrimonial como ativo ou passivo fiscal pela • Resolução nº 4.534/2016 - Ativo intangível - CPC 04 (R1). melhor estimativa do valor esperado dos impostos a serem pagos ou recebidos que • Resolução nº 4.535/2016 - Ativo imobilizado - CPC 27. reflete as incertezas relacionadas à sua apuração, se houver. Ele é mensurado com Atualmente, não é possível estimar quando o CMN irá aprovar os demais base nas taxas de impostos decretadas na data do balanço. pronunciamentos contábeis do CPC, tampouco se a utilização destes será de maneira Os ativos e os passivos fiscais correntes são compensados somente se certos critérios prospectiva ou retrospectiva. forem atendidos. A emissão das demonstrações financeiras foi autorizada pela Diretoria Executiva (iii) Despesas de imposto de renda e contribuição social diferido em 29 de agosto de 2018. Ativos e passivos fiscais diferidos são reconhecidos com relação às diferenças a. Uso de estimativas e julgamentos temporárias entre os valores contábeis de ativos e passivos para fins de demonstrações Na preparação destas demonstrações financeiras, a Administração utilizou financeiras e os usados para fins de tributação. As mudanças dos ativos e passivos julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação das políticas contábeis fiscais diferidos no semestre são reconhecidas como despesa de imposto de renda e da Instituição e os valores reportados dos ativos, passivos, receitas e despesas. Os contribuição social diferida. O imposto diferido não é reconhecido para: resultados reais podem divergir dessas estimativas. • Diferenças temporárias que não afetem nem o lucro ou prejuízo tributável nem o As estimativas e premissas são revisadas de forma continua. As revisões das resultado contábil. estimativas são reconhecidas prospectivamente. As informações sobre as incertezas • Diferenças temporárias relacionadas a investimentos em controladas, coligadas e relacionadas a premissas e estimativas que possuem um risco significativo de resultar empreendimentos sob controle conjunto, na extensão que a Instituição seja capaz de em um ajuste material nos semestres seguintes a junho de 2018 estão incluídas nas controlar o momento da reversão da diferença temporária e seja provável que a seguintes notas explicativas: diferença temporária não será revertida em futuro previsível. • Nota explicativa 5 e 6 - estimativas do valor justo de determinados instrumentos • Diferenças temporárias tributáveis decorrentes do reconhecimento inicial de ágio. financeiros e de perdas por redução ao valor recuperável (impairment) de títulos e Um ativo fiscal diferido é reconhecido em relação aos prejuízos fiscais e às diferenças valores mobiliários classificados nas categorias de títulos mantidos até o vencimento temporárias dedutíveis não utilizados, na extensão em que seja provável que lucros e ativos não financeiros; e tributáveis futuros estarão disponíveis, contra os quais serão utilizados. Ativos fiscais • Nota explicativa 7 - reconhecimento de ativos fiscais diferidos: disponibilidade de diferidos são revisados a cada data de balanço e são reduzidos na extensão em que lucro tributável futuro contra o qual prejuízos fiscais possam ser utilizados. sua realização não seja mais provável. 3 Principais políticas contábeis Ativos e passivos fiscais diferidos são mensurados com base nas alíquotas que se a. Base de mensuração espera aplicar às diferenças temporárias quando elas forem revertidas, baseandoAs demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto, se nas alíquotas que foram decretadas até a data do balanço. quando aplicável, por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus A mensuração dos ativos e dos passivos fiscais diferidos reflete as consequências valores justos, conforme descrito nas práticas contábeis a seguir. O custo histórico tributárias decorrentes da maneira sob a qual a Instituição espera recuperar ou liquidar geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos. seus ativos e passivos. b. Moeda funcional Ativos e passivos fiscais diferidos são compensados somente se certos critérios forem Essas demonstrações financeiras são apresentadas em Real, que é a moeda funcional atendidos. da Instituição. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram j. Outros ativos e passivos arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma. Demais passivos circulantes e não circulantes - são demonstrados pelos valores c. Apuração de resultado conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, Em conformidade com o regime de competência, as receitas e as despesas são ajustados ao seu valor presente. reconhecidas na apuração do resultado do período a que pertencem e, quando se As férias, vencidas e proporcionais, os abonos e as folgas estão integralmente correlacionam, de forma simultânea, independentemente de recebimento ou provisionados mensalmente, incluindo-se os encargos aplicáveis. pagamento. As operações formalizadas com encargos financeiros pós-fixados são k. Eventos subsequentes atualizadas pelo critério pro rata dia, com base na variação dos respectivos indexadores Evento subsequente ao período a que se referem as demonstrações financeiras é pactuados, e as operações com encargos financeiros pré-fixados estão registradas aquele evento, favorável ou desfavorável, que ocorre entre a data final do período pelo valor de resgate, retificado por conta de rendas a apropriar ou despesas a a que se referem as demonstrações financeiras e a data na qual é autorizada a apropriar correspondentes ao período futuro. As operações indexadas a moedas emissão dessas demonstrações. Dois tipos de eventos podem ser identificados: estrangeiras são atualizadas até a data do balanço pelo critério de taxas correntes. • Os que evidenciam condições que já existiam na data final do período a que se d. Caixa e equivalentes de caixa referem as demonstrações financeiras (evento subsequente ao período contábil a Caixa e equivalentes de caixa, incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários, que se referem as demonstrações que originam ajustes). aplicações no mercado aberto e em depósitos interfinanceiros, investimentos de • Os que são indicadores de condições que surgiram subsequentemente ao período curto prazo de alta liquidez, com risco insignificante de mudança de valor e limites, contábil a que se referem as demonstrações financeiras (evento subsequente ao com prazo de vencimento igual ou inferior a 90 dias, na data de aquisição, que são período contábil a que se referem as demonstrações que não originam ajustes). utilizadas pela Instituição para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo Não houve eventos subsequentes que ocasionaram ajustes ou divulgações para as e estão apresentados na nota nº 4. demonstrações financeiras encerradas em 30 de junho de 2018. e. Aplicações interfinanceiras de liquidez l. Demonstração do Valor Adicionado (DVA) As aplicações interfinanceiras de liquidez são registradas a custo de aquisição, A Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. elaborou, de forma acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão espontânea, a demonstração do valor adicionado (DVA) individual nos termos do para perdas por desvalorização, quando aplicável. pronunciamento técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado, a qual é f. Títulos e valores mobiliários apresentada como parte integrante das demonstrações financeiras. Os títulos e valores mobiliários estão registrados e classificados de acordo com a m. Lucro por quotas Circular BACEN nº 3.068/2001, que estabelece os critérios de avaliação e classificação O lucro por ação da Instituição é calculado dividindo-se o lucro ou prejuízo atribuível contábil para esses papéis. A Instituição possui papéis classificados em: aos acionistas pelo número médio poderado de ações ordinárias e preferenciais totais • Títulos para negociação - Incluem os títulos e valores mobiliários adquiridos com em poder dos acionistas. o objetivo de serem negociados frequentemente e de forma ativa, sendo contabilizados 4 Caixa e equivalentes de caixa pelo valor de mercado. Os ganhos e as perdas realizados e não realizados sobre esses 30/06/2018 30/06/2017 títulos são reconhecidos na demonstração do resultado. Disponibilidades 387 Os títulos e valores mobiliários classificados na categoria disponível para negociação, Aplicações interfinanceiras de liquidez* (90 dias) vide Nota 5 1.182 129 são demonstrados no balanço patrimonial pelo seu valor justo estimado. O valor Total de caixa e equivalentes de caixa 1.569 129 justo, baseia-se geralmente, em cotações de preços de mercado ou cotações de (*) Referem-se a operações cujo vencimento, na data da efetiva aplicação, foi igual preços de mercado para ativos ou passivos com características semelhantes. Se ou inferior a 90 dias e apresente risco insignificante de mudança de valor justo. esses preços de mercado não estiverem disponíveis, os valores justos são baseados 5 Aplicações interfinanceiras em cotações de operadores de mercado, modelos de precificação, fluxo de caixa As aplicações referem-se integralmente a depósitos interfinanceiros CDI, mantidos descontado ou técnicas similares, para as quais a determinação do valor justo possa exigir julgamento ou estimativa significativa por parte da Administração. com o Banco Inter S.A., o qual é parte relacionada. g. Ativo permanente 30/06/2018 30/06/2017 (i) Imobilizado de uso Aplicações em depósitos interfinanceiros Corresponde aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção CDI - Banco Inter S.A. * 1.182 129 das atividades ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações Total - Circulante 1.182 129 que transfiram os riscos, os benefícios e o controle dos bens para a entidade. (*) Referem-se a Aplicações em CDI vencíveis em até 3 meses. Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção, O resultado com as aplicações financeiras em 30 de junho de 2018 é de R$ 72 (2017: deduzido de depreciação acumulada e quaisquer perdas acumuladas por redução ao R$ 13). valor recuperável (impairment). As depreciações são calculadas pelo método linear, 6 Títulos e valores mobiliários observando-se as seguintes taxas anuais: 10% para: móveis e equipamentos de uso São representados, substancialmente, por Certificados de Recebíveis Imobiliários e sistema de comunicação, e 20% para sistema de processamento de dados. (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), conforme demonstrado abaixo: h. Redução do valor recuperável de ativos - Impairment 30/06/2018 30/06/2017 Os ativos financeiros e não financeiros são avaliados para verificar se há evidência Certificados de recebíveis imobiliários 1.075 102 objetiva de que tenha ocorrido uma perda no seu valor contábil. Certificados de recebíveis agricolas 29 53 A evidência objetiva de que os ativos financeiros perderam valor pode incluir o não Letras de crédito imobiliário 709 11 pagamento ou atraso no pagamento por parte do devedor, indicações de processo de Notas do Tesouro Nacional 45 falência ou mesmo um declínio significativo ou prolongado do valor do ativo. Total 1.858 166 Uma perda por redução ao valor recuperável (impairment) de um ativo financeiro ou não financeiro é reconhecida no resultado do período se o valor contábil do ativo Circulante 1.858 166 ou da unidade geradora de caixa exceder o seu valor recuperável. Não circulante 30/06/2018 Valor de Custo de Ganhos Até 3 De 3 a 12 De 1 a 3 De 3 a 5 Acima de mercado/ aquisição (perdas) não meses meses anos anos 5 anos contábil atualizado realizados Disponível para negociação Certificados de recebíveis imobiliários 1.074 1 1.075 1.075 Certificados de recebíveis agrícolas 29 29 29 Letras de crédito imobiliário 709 709 709 Notas do Tesouro Nacional 45 45 45 Total 709 1.103 1 45 1.858 1.858 Total do circulante (*) 1.858 Total do não circulante 30/06/2017 Valor de Custo de Ganhos Até 3 De 3 a 12 De 1 a 3 De 3 a 5 Acima de mercado/ aquisição (perdas) não meses meses anos anos 5 anos contábil atualizado realizados Disponível para negociação Certificados de recebíveis imobiliários 102 102 1.075 Certificados em depósitos bancários 53 53 29 Debêntures 11 11 709 Total 166 166 166 Total do circulante (*) 166 Total do não circulante (*) Conforme instrução Circular 3068, art 7º § único, os títulos mantidos para negociação devem ser registrados em sua totalidade no circulante.

para pessoa jurídica houve uma elevação de 11,43 pontos porcentuais, ou 26,23%, de 43,58% ao ano em março de 2013 para 55,01% ao ano em agosto deste ano. Para os próximos meses, a tendência é de continuidade de queda das taxas de juros, segundo Oliveira, por causa da melhora do cenário econômico com menor risco de crédito e o fato de as atuais taxas de juros das operações de

Demonstrações de resultados Semestres findos em 30 de junho de 2018 e 2017 (Em milhares de Reais) Nota 30/06/2018 30/06/2017 Receitas da intermediação financeira Resultado com aplicações interfinanceiras 5 72 13 Resultado com títulos e valores mobiliários 6 102 9 Despesas da intermediação financeira Operações de captação no mercado (41) Resultado bruto da intermediação financeira 133 22 Outras receitas (despesas) operacionais Rendas de prestação de serviços 10 2.271 759 Despesas de pessoal 11 (777) (688) Outras despesas administrativas 12 (455) (277) Despesas tributárias (193) (78) Outras receitas operacionais liquidas 3 11 Outras despesas operacionais liquidas (1) 848 (273) Resultado antes da tributação sobre o lucro 981 (251) Imposto de renda e contribuição social diferido 13 (133) Imposto de renda e contribuição social corrente 13 (299) 113 Resultado do semestre/exercícios 549 (138) Resultado por quota – R$ 0,27 (0,07) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações do valor adicionado Semestres findos em 30 de junho de 2018 e 2017 (Em milhares de Reais) 30/06/2018 30/06/2017 1. Receitas 2.406 792 1.1 Intermediação financeira 1.669 22 1.2 Prestação de serviços 734 759 1.3 Outras Receitas / despesas operacionais 3 11 2. Despesas da intermediação financeira 3. Materiais e serviços adquiridos de terceiros 455 277 3.1 Materiais, energias e outros 444 276 3.2 Serviços de terceiros 11 1 4. Valor adicionado bruto (1-2-3) 1.951 515 5. Retenções 6. Valor adicionado líquido produzido pela entidade (4+5) 1.951 515 7. Valor adicionado recebido em transferência 8. Valor adicionado a distribuir (6+7) 1.951 515 9. Distribuição do valor adicionado 1.951 515 9.1 Pessoal e encargos 777 689 9.2 Impostos, contribuições e taxas 625 (35) 9.3 Lucros (Prejuízos) retidos no semestre 549 (139) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. As rendas de títulos e valores mobiliários foram: Rendas de títulos de renda fixa Rendas de aplicações em fundos de investimento Total 7 Outros créditos

30/06/2018 30/06/2017 102 4 5 102 9

30/06/2018 30/06/2017 Créditos tributários 365 743 Adiantamentos diversos (a) 912 56 Devedores diversos 11 48 Despesas antecipadas 7 27 Pagamentos ressarcir 14 Impostos e contribuições a compensar 141 10 Total 1.436 898 Circulante 1.436 155 Não circulante 743 (a) Referem-se a comissão de certificados de recebíveis imobiliários no valor de R$ 728 (2017: R$ 0), prestações de serviços de terceiros no valor de R$ 155 (2017: R$ 48) e outros valores R$ 29 (2017: R$ 8). 8 Outras obrigações Correspondem a impostos e contribuições a recolher, bem como provisões para PIS e COFINS a pagar e outras provisões, conforme demonstrado abaixo: 30/06/2018 30/06/2017 Credores diversos (a) 2.173 152 Provisão para despesas de pessoal 106 97 Impostos e contribuições sobre salários 46 35 Provisão para pagamentos a efetuar 62 35 Outros impostos e contribuições a recolher 98 31 Impostos e contribuições sobre serviços de terceiros 3 1 Provisao para Impostos e Contribuições sobre lucros 299 Total 2.787 351 Circulante 2.787 351 Não circulante (a) Referem-se a operações de negociação de títulos de renda fixa no mercado secundário no valor R$ 817 (2017: R$ 0), e contas a pagar no valor de R$ 1.356 (2017: R$ 152). 9 Patrimônio líquido a. Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 2.000.000 quotas no valor de R$1 cada uma. b. Reserva de lucros Reserva legal É constituída à base de 5% sobre o lucro líquido apurado, limitada a 20% do capital social. Reserva de retenção de lucros Nos semestres anteriores, após a constituição da Reserva Legal, a Administração do Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. optou por destinar o saldo remanescente de lucros para constituição de Reserva de Retenção de Lucros. c. Política de distribuição de dividendos Conforme contrato social, o lucro líquido apurado poderá ser distribuído entre os cotistas, na proporção de 25%. d. Resultado por ação 30/06/2018 30/06/2017 Resultado atribuível aos quotistas (R$ mil) 549 (138) Número médio de quotas 2.000.000 2.000.000 Resultado por quota (R$) 0,27 (0,07) 10 Rendas de prestação de serviços 30/06/2018 30/06/2017 Administração de Fundos 610 301 Intermediação de Título e Valores Mobiliários 1.536 347 Corretagens 124 111 Total 2.271 759 11 Despesas de pessoal 30/06/2018 30/06/2017 Salários (252) (212) Remuneração diretoria (191) (210) Encargos sociais e previdenciários (149) (137) Participação nos lucros (9) Despesas de férias e 13º salários (69) (55) Benefícios (84) (65) Outros (23) (9) Total (777) (688) 12 Outras despesas Administrativas 30/06/2018 30/06/2017 Aluguel (5) (1) Comunicação (7) (2) Manutenção e conservação de bens (11) (1) Processamento de dados (179) (72) Outras despesas administrativas (82) (161) Propaganda e publicidade (32) (23) Despesas bancárias (75) Prestação de serviços (10) Serviços técnicos especializados (50) (14) Despesas cartoriais e judiciais (2) (1) Amortização e depreciação (2) (2) Total (455) (277) 13 Imposto de Renda e Contribuição Social Os impostos sobre o lucro são apurados conforme descrito na Nota Explicativa nº 3, item “i”. Segue demonstrativo do cálculo do imposto de renda e da contribuição social, bem como sua taxa efetiva. 2018 2017 Imposto Contribuição Imposto Contribuição de Renda Social de Renda Social Lucro (prejuízo) antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social 981 981 (252) (252) Adições (exclusões) líquidas Prejuízo fiscal (294) (294) Base de Cálculo 687 687 (252) (252) Aliquota efetiva (15% IR e 20% CSLL) (104) (138) Alíquota adicional (10% IR) (57) IRPJ e CSLL diferidos (74) (59) 63 50 Despesa de imposto de renda e contribuição social (235) (197) 63 50 Total Imposto de Renda e Contribuição Social corrente (299) Total Imposto de Renda e Contribuição Social diferido (133) 113 Total Imposto de Renda e Contribuição Social (corrente) diferido (432) 113 14 Transações com partes relacionadas As transações com partes relacionadas (diretas e indiretas) são efetuadas em condições pactuadas entre as partes e vigentes nas datas das operações. As transações estão assim representadas:

crédito estarem elevadas. “Mas, frente às incertezas derivadas do quadro eleitoral que vêm pressionando a cotação do dólar, bem como fatores externos, notadamente o quadro econômico em algumas economias emergentes, existe igualmente o risco de as taxas de juros voltarem a ser elevadas nos próximos meses”, alertou o executivo da Anefac. (AE)

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Semestres findos em 30 de junho de 2018 e 2017 (Em milhares de Reais) Reserva de lucros Reserva de Lucros/ Capital Reserva retenção Prejuízos social legal de lucros acumulados Saldo em 31 de dezembro 2016 2.000 (999) Prejuízo liquido do semestre (138) Absorção do prejuízo do exercício pelas reservas de lucro e legal Saldo em 30 de junho 2017 2.000 (1.137) Movimentação do período (138) Saldo em 31 de dezembro 2017 2.000 (434) Resultado do exercício 549 Destinação propostas Absorção do prejuízo de exercícios anteriores (434) Reserva Legal 6 (6) Reserva Estatutária 109 (109) Saldoem 30 de Junho de 2018 2.000 6 109 Movimentação do período 6 109 434

Total 1.001 (138) 863 (138) 1.566 549 (434) 2.115 549

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações dos fluxos de caixa Semestres findos em 30 de junho de 2018 e 2017 (Em milhares de Reais) 30/06/2018 30/06/2017 Elaborada pelo método indireto Fluxo de caixa das atividades operacionais Resultado líquido 549 (138) Impostos diferidos 133 113 Impostos correntes 299 Depreciações e amortizações 2 Variação de ativos e passivos Redução (Aumento) de títulos e valores mobiliarios (1.337) 302 Redução (Aumento) de outros créditos (717) (271) (Redução) Aumento de outras obrigações 286 (895) Caixa líquido aplicado em atividades operacionais (784) (889) Impostos e Contribuição Social Pagos Fluxo de caixa das atividades de investimento Aquisição de imobilizado de uso (21) 1 Caixa líquido aplicado em atividades de investimentos (21) 1 Fluxo de caixa das atividades de financiamento Caixa líquido proveniente de atividades de financiamento Aumento (redução) das disponibilidades (805) (888) Disponibilidades no início do período 2.374 1.017 Disponibilidades no fim do período 1.569 129 Aumento (redução) das disponibilidades (805) (888) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 2018 2017 Ativos Receitas Ativos Receitas (Passivos) (Despesas) (Passivos) (Despesas) Controlador Disponibilidades 387 Aplicações interfinanceiras 1.182 72 182 16 a. Remuneração do pessoal-chave da Administração A remuneração dos Administradores da Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mo biliário s Ltda. para o semestre find o em 30 de junho de 2018 é d e, aproximadamente, R$191 (2017: R$210). b. Outras informações Conforme legislação em vigor, não é permitida a concessão de empréstimos ou adiantamentos para: • Diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos seus respectivos cônjuges e parentes até o 2º grau. • Pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital com mais de 10%. • Pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10%, a própria instituição financeira, quaisquer diretores ou administradores da própria Instituição, bem como seus cônjuges e respectivos parentes até o 2º grau. Dessa forma, não são efetuadas transações dessa natureza com partes relacionadas. 15 Gerenciamento de risco A gestão de riscos financeiros da Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. é realizada em conjunto pelo conglomerado do Banco Inter S.a. e reflete um esforço integrado de ações, controles e processos, para contemplar risco de crédito, risco de liquidez e risco operacional. A área de gestão de riscos financeiros está subordinada a um Diretor Executivo e é centralizada no seu Controlador Banco Inter S.A. Nesse contexto, destacamos: a. Gestão de riscos de liquidez O risco de liquidez é definido como: • A ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis. A possibilidade da Instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas. O gerenciamento do risco de liquidez busca utilizar as melhores práticas a fim de evitar escassez de caixa e dificuldades em honrar os vencimentos a pagar. • A possibilidade de a Instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado. Uma das medidas adotadas pelo Grupo Inter é a utilização do Liquidity Coverage Ratio (LCR) — Nível de Cobertura de Liquidez — de curto prazo conforme recomendado pelo Comitê de Basileia. O Inter possui estrutura dedicada ao monitoramento, ao controle e à análise do risco de liquidez, utilizando-se de modelos de projeções das variáveis que afetam o fluxo de caixa e o nível de reserva em moeda nacional. Além disso, a Instituição estabelece diretriz e limites cujo cumprimento é analisado periodicamente pelo Comitê de Riscos e que visa a garantir uma margem de segurança adicional às necessidades mínimas projetadas. A política de gestão de liquidez e os limites associados são estabelecidos com base em cenários prospectivos, revistos periodicamente seguindo as definições da Alta Administração. b. Gestão de riscos de mercado O Risco de Mercado é a possibilidade de perdas que podem ser ocasionadas por mudanças no comportamento das taxas de juros, do câmbio, dos preços das ações e dos preços de commodities, em função dos descasamentos de prazos, moedas e indexadores das carteiras ativa e passiva da Instituição. A supervisão dos riscos permite a análise de exposições diante dos limites estabelecidos e a identificação de tendências por meio da utilização de modelos específicos, bem como o controle das exigências de capital. O Inter utiliza metodologia estatística para mensurar e gerenciar o Risco de Mercado das suas posições, condizente com a realidade do mercado e a complexidade das suas operações. A Instituição realiza a supervisão e o monitoramento dos limites e condições estabelecidos pelo Conselho de Administração, sendo efetuados com base nos resultados da avaliação dos valores sujeitos a riscos de mercado com a aplicação da metodologia Value at Risk (VaR), bem como na realização de testes de estresse, buscando antecipar ações para situações adversas. c. Gestão de riscos operacionais Em atendimento à Resolução nº 3.380/2006 do Conselho Monetário Nacional, que dispõe sobre a implementação da estrutura de gerenciamento do risco operacional, a Instituição constituiu o Comitê de Riscos que é composto por titulares das áreas administrativas e que se encontra diretamente vinculado à Diretoria Executiva. Esse comitê tem a responsabilidade pelo acompanhamento da gestão do risco operacional, estabelecendo limites, assegurando a segregação de funções e a atribuição de responsabilidades, bem como garantindo que a política de Riscos Operacionais seja praticada em sua plenitude. Além do Comitê de Riscos, a Instituição conta com uma estrutura de gestão de Riscos Operacionais com atribuições de identificar, avaliar, mitigar e monitorar os riscos de forma constante e efetiva. Este trabalho objetiva suportar principalmente os interesses dos clientes, acionistas e colaboradores, garantindo assim o fluxo normal de suas atividades e operações. d. Gestão de risco de crédito A Instituição também conta com uma estrutura de gerenciamento de Risco de Crédito suportada pelo Comitê de Riscos. Uma das funções deste Comitê é a de implementar políticas e estratégias para o seu gerenciamento, de acordo com o disposto na Resolução nº 3.721/09 do Conselho Monetário Nacional. Dessa forma, o Comitê de Riscos possui a responsabilidade pelo acompanhamento e aderência da política de Risco de Crédito, bem como, no exercício de suas atribuições, da fixação de limites e aprovação de operações (middle market), assim como pelo estabelecimento de alçadas para operações de crédito pessoal e crédito imobiliário. Em atendimento à Circular nº 3.477 do Conselho Monetário Nacional, as informações sobre gestão de riscos e capital encontram-se no endereço <https://www.bancointer.com.br/arquivos/pdf/gerenciamento_riscos_capital.pdf>. 16 Ouvidoria A Ouvidoria do Grupo Inter atua como canal de relacionamento entre os clientes e usuários dos produtos e serviços ofertados e no tratamento e mediação de conflitos. A Ouvidoria tem por escopo buscar soluções ágeis e efetivas, atuando com transparência e imparcialidade e, ainda, possui o compromisso de promover melhorias nos serviços prestados. As ocorrências recebidas pela Ouvidoria são analisadas e atendidas, de modo conclusivo e formal, em até 10 dias úteis, em estrita consonância com a Resolução 4.433/15 do Banco Central do Brasil. Diretoria Executiva Alexandre Riccio de Oliveira João Vitor Nazareth Menin Teixeira de Souza Marco Túlio Guimarães Diretoria Ricardo Couto Gustavo Pires e Albuquerque Drummond Contador responsável Sicomar Benigno De Araújo Soares CRC-MG 67.120-O-3

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos Administradores e aos Acionistas da Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Belo Horizonte - Minas Gerais Opinião Examinamos as demonstrações financeiras da Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (“Instituição”), que compreendem o balanço patrimonial em 30 de junho de 2018 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o semestre findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2018, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o semestre findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil Bacen. Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação a Instituição, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Outros assuntos

Demonstração do valor adicionadoAs demonstrações do valor adicionado (DVA) referentes ao semestre findo em 30 de jun ho de 2018, elab oradas sob a responsabilidade da administração da Instituição, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e sendo apresentada espontaneamente pela instituição, foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da instituição. Para formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essas demon straçõ es do valor adicionado foram adeq uadamente elaboradas em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às demo nstrações financeiras tomadas em conjunto. Responsabilidades da administração pelas demonstrações financeiras A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elabo ração de d em on straçõ es fin an ceiras livres de d isto rção relevan te, independentemente se causada por fraude ou erro.Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Instituição continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Instituição ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser deco rrentes de frau de ou erro e são con sideradas relevantes quan do, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:– Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.– Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Instituição.– Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das

estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.– Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Instituição. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Instituição a não mais se manter em continuidade operacional.– Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.Comunicamo-nos com a administração a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Belo Horizonte, 29 de agosto de 2018 KPMG Auditores Independentes CRC SP-014428/O-6 F-MG Anderson Luiz de Menezes Contador CRC MG-070240/O-3


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

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ECONOMIA CHRISTYAN DE LIMA / FUTURA PRESS

TRANSPORTES

Entidades confirmam cronograma para MG-050 Obras estariam dentro do prazo ANA CAROLINA DIAS

Representantes da Prefeitura Municipal de Passos e da concessionária AB Nascentes das Gerais se reuniram ontem, em Divinópolis, região Centro-Oeste de Minas Gerais, para confirmar o cronograma das obras que estão em andamento no trecho local da rodovia MG-050, além de discutir e planejar perspectivas de futuras intervenções. Iniciadas no segundo semestre de 2017, as obras do trevo da avenida Arlindo Figueiredo, que dá acesso à cidade, com implantação de interseção em dois níveis no entroncamento com a avenida e passagem inferior de veículos e pedestres no km 357, e do complexo de duplicação para acesso ao Distrito Industrial, aeroporto e ao município de Fortaleza de Minas no km 359 estão dentro do prazo previsto pelo cronograma de contrato de concessão. Segundo o prefeito de Passos, Carlos Renato Lima Reis, a audiência assegurou que as intervenções serão concluídas em dezembro de 2018 e junho de 2019, respectivamente. O prefeito ressaltou ainda a importância das melhorias para o acesso ao município e como as obras vão influenciar o deslocamento dos moradores e demais usuários da rodovia. “Essas obras são muito importantes, principalmente a do trevo de acesso à ci-

dade, que já está planejada desde o início da parceria público-privada (PPP) e vai trazer segurança, conforto e facilidade de acesso ao município”, afirmou Reis. Futuras obras – Durante a reunião, os representantes da Prefeitura de Passos reivindicaram a construção de passarelas de pedestres sobre a rodovia MG-050 ligando os bairros na entrada da cidade. Além disso, também foram solicitados estudos do projeto de um viaduto de ligação à Cidade do Saber e da Saúde, que será construído em uma área da Universidade do Estado de Minas Gerais ao lado da Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), acesso que aconteceria por um possível prosseguimento da avenida José Caetano de Andrade, utilizando uma passagem em desnível sob a rodovia MG-050. O contrato de concessão no regime de PPP determina que a AB Nascentes das Gerais é a empresa responsável por administrar o Sistema MG-050/BR-265/ BR-491, principal ligação entre Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e São Sebastião do Paraíso, na divisa de Minas com São Paulo. O trecho sob responsabilidade da concessionária é de 371,4 quilômetros e corta 22 municípios diretamente, influenciando 50 cidades cuja população é de 1,3 milhão de habitantes.

Autoridades aproveitaram reunião de ontem, em Divinópolis, para reivindicar outras intervenções e melhorias na rodovia

SME é contra antecipação de concessão ferroviária LEONARDO FRANCIA

Após o governo de Minas, parlamentares mineiros, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e a Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), entre outras entidades, agora é a vez da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) se manifestar contra a renovação antecipada dos contratos de concessão ferroviária, entre eles o da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e de outras concessões ferroviárias no Estado, proposta pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “A SME vem, veementemente, se manifestar contra qualquer iniciativa de antecipação de concessões ferroviárias, por entender que não há legitimidade de nenhum governo fazer qualquer antecipação de concessões por mais trinta anos faltando somente três meses de mandato”, frisou a entidade, em nota enviada ao DIÁRIO DO COMÉRCIO. “Primeiramente, a SME avalia que é preciso mais tempo para discutir a proposta. Estamos no final de um governo e não podemos concluir esse assunto assoberbadamente. Em segundo lugar, os textos propostos para a renovação (dos contratos) não garantem inúmeros quesitos importantes, como a preservação do

patrimônio ferroviário, o direito de passagem e o resgate do transporte de passageiros”, afirmou o vice-presidente de Relações Institucionais e presidente da Comissão Técnica de Transportes da SME, José Antônio Coutinho. Segundo ele, a SME recomenda a postergação da aplicação da proposta da ANTT para o próximo ano. “É uma forma de ganhar mais tempo para discutir e analisar o assunto criteriosamente. Se fizermos isso, não vamos perder investimentos, vamos ganhar. Além disso, os contratos ainda são vigentes por mais dez anos, e, se houver rigor na fiscalização, muitas coisas podem ser feitas”, alegou Coutinho. O vice-presidente da SME revelou que a entidade está preparando um termo de referência, contendo uma proposta técnica que define a área onde será aplicada parte dos recursos previstos nos contratos. Conforme Coutinho, o documento deve ser apresentado à Justiça. Ainda de acordo com Coutinho, a SME propõe a criação de um fundo ferroviário nacional. Para o representante da SME, o transporte ferroviário ganhou notoriedade especialmente após a greve dos caminhoneiros, na última semana de maio, que, conforme

ele, mostrou como a dependência de apenas um modal de transporte, no caso o rodoviário, pode ser prejudicial ao País. Audiência pública - Na segunda-feira (10), o assunto foi discutido em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e a proposta de renovação foi rechaçada por parlamentares e representantes do governo de Minas. “Se a proposta é essa, o Estado será contra a renovação. Essa forma como foi apresentada não serve”, afirmou, durante a audiência na Casa, o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Murilo Valadares. A ALMG informou que a audiência foi a primeira de quatro que serão realizadas neste mês. As outras serão em Ipatinga, no Vale do Aço, em Vitória (ES) e na sede da ANTT, em Brasília (DF), quando a ANTT apresentará a proposta de renovação de concessões. Segundo a agência, todas as contribuições que serão recebidas durante as reuniões serão registradas, respondidas e irão compor um relatório final, a ser aprovado pela diretoria. As operações, então, serão submetidas à aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU), que dará a palavra final.

COMBUSTÍVEIS

MARCELO CAMARGO / AGÊNCIA BRASIL

Preços do etanol hidratado voltam a aumentar em 17 estados e no DF Ribeirão Preto - Após ciclo generalizado de quedas, os preços do etanol hidratado subiram nos postos de 17 estados brasileiros e no Distrito Federal, na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros oito estados, houve baixa. No Amapá, não foi feita a avaliação na semana anterior à passada e, por isso, não há base para comparação. Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP, houve alta de 2,44% no preço do etanol na semana passada. Em São Paulo, principal estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado avançou 3,32% sobre a semana anterior, de R$ 2,408 para R$ 2,488 o litro. No período de um mês, os preços do combustível caíram 0,32% nos postos paulistas. A maior alta percentual entre todos os avaliados, de 4,22%, foi no Distrito Federal, e a maior baixa no preço do biocombustível na

semana passada, de 1,48%, foi em Alagoas. No período de um mês, os preços do etanol só subiram em Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná; ficaram estáveis no Espírito Santo, e caíram em todas as outras unidades da federação pesquisadas. O destaque é a Bahia, com recuo de 6,73%. Na média brasileira, o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou queda de 0,92% na comparação mensal. O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 1,949 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou em R$ 4,799 o litro, no Rio Grande do Sul. São Paulo tem também o menor preço médio estadual, de R$ 2,488 o litro, e o maior preço médio ocorreu nos postos do Acre, de R$ 3,995 o litro. Competitividade - Mesmo com as altas na semana passada, os preços médios do etanol continuam vantajosos sobre os da gasolina nos cinco estados entre os maiores

produtores do País - São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso. O uso do biocombustível é também favorável no Rio de Janeiro, maior produtor brasileiro de petróleo, e no Distrito Federal. O levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso. Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 54,76% do preço da gasolina, em São Paulo, por 57,91%, em Minas Gerais, a 59,88%, e em Goiás, a 60,09%. No Paraná, a paridade está em 62,22%, no Rio de Janeiro, em 66,51%, e no Distrito Federal, em 68,02%. Na média brasileira, a paridade é de 59,45% entre os preços médios do etanol e da gasolina, também favorável ao biocombustível. A gasolina é mais vantajosa no Amapá, com a paridade de 91,04% para o preço do etanol. (AE)

Na média dos postos pesquisados, incremento no preço do etanol foi de 2,44% na semana passada

Gasolina sobe em quase todo o Brasil Ribeirão Preto/ São Paulo - O valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros subiu em 25 estados brasileiros e no Distrito Federal, na semana passada, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Apenas no Amazonas houve recuo entre as semanas. Na média nacional, os preços avançaram 1,78% entre as semanas, de R$ 4,446 para R$ 4,525. Em São Paulo, maior consumidor do País e com mais postos pesquisados,

o litro da gasolina subiu 1,70%, na semana passada, de R$ 4,224 para R$ 4,296, em média. No Rio de Janeiro, o combustível saiu de R$ 4,881 para R$ 4,960, em média, alta de 1,62%. Em Minas Gerais, houve aumento no preço médio da gasolina de 1,54%, de R$ 4,750 para R$ 4,823 o litro. Preço mantido - A Petrobras anunciou a manutenção do preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias em R$ 2,2069

para hoje. O preço do diesel também permanece em R$ 2,2964, conforme tabela disponível no site da empresa. O preço da gasolina, que está na máxima histórica desde que a estatal passou a divulgar o preço médio diariamente em seu site, em 19 de fevereiro, permanece o mesmo desde 5 de setembro. Na quinta-feira, dia 6, a diretoria da companhia explicou que, além dos reajustes diários da gasolina, terá a opção de utilizar um mecanismo de proteção (hedge) complementar. (AE)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

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INTERNACIONAL INTEGRAÇÃO VIÁRIA

JOSÉ CRUZ/ABr

Paraguai espera construir duas pontes com Brasil em cinco anos As estruturas seriam erguidas sobre os rios Paraná e Paraguai Brasília - O ministro das Relações Exteriores paraguaio, Luis Alberto Castiglioni, disse esperar que, nos próximos cinco anos, sejam construídas duas pontes entre Brasil e Paraguai, uma sobre o rio Paraná e outra sobre o rio Paraguai. Primeiro destino internacional do chanceler paraguaio após a posse, Castiglioni reuniu-se ontem com o ministro Aloysio Nunes Ferreira no Palácio Itamaraty. Um dos temas do encontro foi a integração viária entre os dois países. “Passaram-se 53 anos da construção da última ponte que liga Paraguai e Brasil (Ponte da Amizade). Queremos, com a vontade política dos governos, que não se passe cinco anos para a construção de duas pontes internacionais”, disse Castiglioni. Segundo Nunes Ferreira, os países estão atualmente negociando a construção das pontes binacionais sobre o rio Paraná - ligando a cidade paranaense de Foz de Iguaçu à paraguaia Presidente Franco - e sobre o rio Paraguai, entre as cidades de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, e Carmelo Peralta, do lado paraguaio. “São duas conexões muito

importantes e que poderão acontecer mais de 50 anos depois da inauguração da Ponte da Amizade”, destacou o chanceler brasileiro. Unasul - O ministro brasileiro voltou a defender a reforma da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que reúne 12 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela). “Reafirmamos nosso compromisso com a reforma da Unasul, de modo a torná-la uma organização voltada para questões objetivas, práticas, que dizem respeito a interesses dos povos dessa região, procurando afastá-la das questões que dividem, de natureza político-ideológica”, afirmou. Participação suspensa - Em abril, os governos do Brasil, da Argentina, da Colômbia, do Chile, do Peru e do Paraguai decidiram suspender a participação na Unasul. Foi uma reação à resistência de um grupo de países (Bolívia, Venezuela e Suriname) em nomear o argentino José Octavio

CONSITA TRATAMENTO DE RESÍDUOS S/A CNPJ 16.565.111/0001-85 - NIRE 3130010991-7 ATA DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 04 DE SETEMBRO DE 2018 Data, Hora e Local: Aos 04 de setembro de 2018, às 16:00 horas, na sede da Consita Tratamento de Resíduos S/A (“Companhia”), localizada na Rua Santa Catarina, n° 894, setor 02, Bairro Lourdes, CEP 30.170-084, Belo Horizonte/MG. Presença: Presentes a acionista que representa a totalidade do capital social da Companhia, conforme consta do Livro de Presença de Acionistas. Convocação: Dispensada a convocação e publicação de anúncios em razão da presença da totalidade dos acionistas, conforme dispõe o Art. 124, § 4°, da Lei n° 6.404/76 e o Art. 11, parágrafo único, do Estatuto Social. Mesa: Por indicação do acionista presente, assumiu os trabalhos na qualidade de Presidente da mesa o Sr. Duarte Nuno Viana de Oliveira Braga, que convidou o Sr. João Andrade Rezende para Secretário da Mesa. Ordem do Dia: Deliberar sobre (i) a criação do Conselho de Ética e Compliance da Companhia, incluindo a sua regulamentação estatutária; (ii) a reforma e consolidação do Estatuto Social da Companhia para refletir as alterações decorrentes da presente Assembleia Geral Extraordinária. Leitura de Documentos: Dispensada a leitura dos documentos relacionados às matérias a serem deliberadas nesta Assembleia Geral Extraordinária, uma que vez que são do inteiro conhecimento do acionista da Companhia. Deliberações: Instalada a Assembleia, após discussão e votação das matérias constantes da ordem do dia, os acionistas deliberaram: (i) Aprovar a criação do Conselho de Ética e Compliance da Companhia, incluindo a sua regulamentação estatutária, nos termos da nova redação do Capítulo VI e dos Artigos 27 e 28: Capítulo VI - Conselho de Ética e Compliance - Artigo 27 – O Conselho de Ética e Compliance é o órgão responsável pela gestão do programa de Ética e Compliance da Companhia e elaboração do seu Código de Ética e Compliance. §1º – O Código de Ética e Compliance abrangerá os membros do Conselho de Administração, Diretoria, Conselho Fiscal, ocupantes de funções gerenciais, empregados, estagiários e prestadores de serviço da Companhia. §2º – Caberá ao Conselho de Ética e Compliance a realização de procedimentos internos para investigação e apuração de quaisquer condutas contrárias ao Código de Ética e Compliance da Companhia e a legislação brasileira, especialmente, a Lei n° 12.846/2013 e ao Decreto n° 8.420/2015. Artigo 28 – O Conselho de Ética e Compliance da Companhia será composto por no mínimo 3 (três) e no máximo 7 (sete) membros que serão eleitos pela Diretoria da Companhia e destituíveis a qualquer tempo, residentes no país, com mandato unificado de 2 (dois) anos, permitida a reeleição. Parágrafo Único – Os membros do Conselho de Ética e Compliance não possuem remuneração. (ii) Aprovar a reforma do Estatuto Social para consolidar as alterações decorrentes da nova redação do Capítulo VI e dos Artigos 27 e 28. Publicacações e Arquivamento: O acionista deliberou pela publicação desta ata nos jornais de publicação da Companhia e seu arquivamento perante a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais, na forma sumária, conforme faculdade prevista pelo Art. 130, § 1°, da Lei n° 6.404/76. Encerramento e Assinatura dos Presentes: Nada mais havendo a tratar, o Presidente deu por encerrados os trabalhos, lavrando-se a presente ata que, depois de lida ao acionista e demais presentes, foi aprovada e assinada pela unanimidade dos presentes. Belo Horizonte/MG, 04 de setembro de 2018. MESA: Duarte Nuno Viana de Oliveira Braga – Presidente da Mesa; João Andrade Rezende – Secretário da Mesa. ACIONISTA: Geres Participações S/A (representada por seus Diretores Duarte Nuno Viana de Oliveira Braga e João Andrade Rezende). Certifico que a presente é cópia fiel da ata original, lavrada no Livro de Atas de Assembleias Gerais da Companhia. Duarte Nuno Viana de Oliveira Braga - Presidente da Mesa; João Andrade Rezende - Secretário da Mesa. ESTATUTO SOCIAL CONSOLIDADO Conforme Aprovado em Assembleia Geral Exatrordinaria, realizada em 04 de setembro de 2018. Capítulo I - Denominação Social, Sede, Objeto e Duração - Art. 1º A CONSITA TRATAMENTO DE RESÍDUOS S/A é uma sociedade anônima de capital fechado (“Companhia”), que se rege por este Estatuto e pela legislação que lhe for aplicável. Art. 2º A Companhia tem sede em Belo Horizonte/MG, na Rua Santa Catarina, n° 894, Setor 2, Bairro Lourdes, CEP: 30170-084, podendo, a critério e por deliberação da Diretoria ou do Conselho de Administração, instalar ou suprimir filiais e escritórios em qualquer parte do território nacional. Art. 3º A Companhia tem por objeto social: a) a construção civil em regime de empreitada, administração ou subempreitada; b) a construção industrial em regime de empreitada, administração ou subempreitada; c) a construção hidráulica e sanitária em regime de empreitada, administração ou subempreitada; d) a construção de obras rodoviárias, ferroviárias, portuárias e aeroviárias, em regime de empreitada, administração ou subempreitada; e) a construção e colocação de elementos pré-fabricados em concreto, para venda, em regime de empreitada, administração ou subempreitada; f) produção e comercialização de concreto pré-misturado; g) aluguel de veículos, equipamentos e aeronaves; h) exploração e administração de estradas de rodagem, estações rodoviárias e afins, em regime de concessão, arrendamento, comodato ou outra forma prevista em lei; i) coleta e industrialização de lixo domiciliar, industrial e hospitalar; j) construção e operação de aterros sanitários; k) limpeza pública urbana; l) manutenção e conservação de vias públicas; m) obras e serviços de saneamento; n) limpeza industrial e manutenção corretiva e preventiva de indústrias; o) execução de projetos nas especificações citadas; p) prestação de serviços em todas as áreas afins; q) consultoria e fornecimento de pessoal especializado, em regime de administração, para serviços nas especialidades acima citadas; r) prestação de serviços na área de florestamento e reflorestamento; s) extração de madeira, em regime de empreitada, administração ou subempreitada, bem como a sua industrialização, transporte e outros serviços ligados à exploração florestal; t) comércio atacadista de resíduos de papel e papelão; u) comércio atacadista de resíduos e sucatas não metálicos; v) comércio atacadista de resíduos e sucatas metálicos; x) recuperação de materiais em usinas de reciclagem e compostagem. Art. 4º A Companhia terá prazo de duração indeterminado. Capítulo II - Capital Social e Ações - Art. 5º O Capital Social é de R$43.343.015,75 (quarenta e três milhões, trezentos e quarenta e três mil, quinze reais e setenta e cinco centavos), representado por 39.488.854 (trinta e nove milhões, quatrocentas e oitenta e oito mil e oitocentas e cinquenta e quatro) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, todas de emissão da Companhia, que contarão com os direitos e restrições previstos neste Estatuto Social. §1º. A propriedade das ações será comprovada pela inscrição do nome do acionista no “Livro de Registro de Ações Nominativas” da Companhia e qualquer transferência de ações será realizada mediante assinatura do respectivo termo no “Livro de Transferência de Ações Nominativas”. §2º. Os acionistas terão direito de preferência na subscrição de novas ações ou valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações, a serem emitidos pela Companhia, na mesma proporção, espécie e classes de ações relativas às suas respectivas participações no capital social da Companhia, nos termos do disposto na Lei nº 6.404/76. Art. 6º Cada ação ordinária conferirá direito a 1 (um) voto nas deliberações das Assembleias Gerais. Parágrafo Único. Cada ação ordinária terá idênticos direitos ao recebimento de dividendos, juros sobre o capital próprio, desdobramento de ações, bonificações, bônus de subscrição e outros direitos afins decorrentes da titularidade sobre ações da Companhia, conforme estabelecido por este Estatuto Social. Art. 7º As ações da Companhia não serão negociadas em mercado de valores mobiliários e a negociação pela Companhia com as próprias ações se regerá pelo disposto no art. 30 da Lei nº 6.404/76. Art. 8º Os reembolsos de ações da Companhia serão pagos com base no menor valor entre (i) o valor econômico da Companhia e (ii) o valor de patrimônio líquido constante do último balanço aprovado pela Assembleia Geral, observadas as disposições da Lei nº 6.404/76. O valor econômico da Companhia para efeito de reembolso será apurado por meio de avaliação realizada por três peritos ou empresa especializadas, nos termos do art. 45, §3º, da Lei nº 6.404/76. Art. 9º A aquisição, por qualquer título, de ações de emissão da Companhia, importará na transferência de todos os direitos e obrigações que lhes são inerentes, desde que não prescritos, e na adesão integral e incondicional a este Estatuto Social. Capítulo III - Assembleia Geral - Art. 10 A Assembleia Geral, com as funções e atribuições previstas em lei, reunir-se-á ordinariamente até o fim do 4º (quarto) mês seguinte ao término do exercício social para deliberar sobre as matérias constantes da lei e, extraordinariamente, sempre que os interesses sociais exigirem. Art. 11 A Assembleia Geral será convocada por algum dos Diretores ou pelos órgãos ou pessoas previstas no art. 123, parágrafo único, da Lei nº 6.404/76, sendo os trabalhos instalados e dirigidos por mesa composta por presidente e secretário escolhido entre os acionistas e/ou administradores da Companhia presentes. Parágrafo Único. Será considerada regular a Assembleia Geral na qual compareçam todos os acionistas, dispensando-se assim a convocação prévia, conforme disposto no art. 123, §4º, da Lei nº 6.404/76. Art. 12 Os acionistas poderão ser representados na Assembleia Geral por procurador constituído há menos de 1 (um) ano, que seja acionista, administrador da Companhia ou advogado, mediante outorga de mandato com especificação dos atos autorizados, que deverá ser levada a registro, juntamente com a ata, na forma da lei. Art. 13 As deliberações da Assembleia Geral, salvo aquelas para as quais seja exigido quórum especial por este Estatuto Social ou pela legislação em vigor, estarão sempre condicionadas a prévia aprovação de acionistas que representem a maioria das ações votantes da Companhia. Art. 14 As atas serão lavradas em livro próprio, registrando as ocorrências e deliberações tomadas pela Assembleia Geral. Capítulo IV - Administração da Companhia - Seção I - Normas Gerais - Art. 15 A Companhia é administrada por um Conselho de Administração e por uma Diretoria, com poderes e atribuições conferidos por lei e por este Estatuto, sendo privativo dos membros da Diretoria os poderes de representação da Companhia. Art. 16 Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria serão eleitos e destituíveis a qualquer tempo pela Assembleia Geral, podendo ser acionistas ou não, sendo pessoas naturais e capazes, e devendo os membros da Diretoria ser brasileiro ou estrangeiros com o visto de permanência exigido pela legislação, residente e domiciliados no País. Art. 17 Os membros do Conselho de Administração e Diretores serão investidos nos seus cargos mediante assinatura do termo de posse no livro de Atas do Conselho de Administração ou da Diretoria, conforme o caso, em até 30 (trinta) dias. Considera-se renunciante o membro do Conselho de Administração ou Diretor que não tomar posse dentro de 60 (sessenta) dias, qualquer que seja o motivo. Parágrafo Único. O impedimento temporário do administrador que exceder a 3 (três) meses de prazo deverá ser previamente autorizado pelo Conselho de Administração, devendo a autorização do Conselho de Administração ser dada por um período não superior a 6 (seis) meses, prorrogável uma única vez, face a motivo julgado relevante. Art. 18 O prazo de gestão dos membros do Conselho de Administração ou da Diretoria estender-se-á até a investidura de seus respectivos sucessores. Art. 19 A remuneração global e anual dos administradores será fixada pela Assembleia Geral, nesta incluídos os benefícios de qualquer natureza e verbas de representação, tendo em conta suas responsabilidades, o tempo dedicado às suas funções, sua competência e reputação profissional e o valor dos seus serviços no mercado. Parágrafo Único. O Conselho de Administração distribuirá a remuneração fixada pela Assembleia Geral entre os seus membros e os membros da Diretoria, mediante decisão tomada em reunião do próprio Conselho de Administração. Art. 20 É expressamente vedado e será nulo de pleno direito o ato praticado por qualquer administrador ou procurador da Companhia, que a envolva em obrigações relativas a negócios e operações estranhas aos objetivos sociais, sem prejuízo da responsabilidade civil ou criminal, se for o caso, que estará sujeito o infrator. Parágrafo Único. É vedado ao administrador outorgar em nome da Companhia garantias, sejam reais ou fidejussórias, em favor de terceiros, com exceção apenas de outras sociedades do mesmo grupo econômico da Companhia ou se houver autorização prévia pela Assembleia Geral. Seção II - Conselho de Administração - Art. 21 O Conselho de Administração é órgão de deliberação colegiada da Companhia, composto por no mínimo 03 (três) membros e no máximo 05 (cinco) membros, podendo ser eleito igual número de suplentes, todos eleitos pela Assembleia Geral da Companhia, com mandato unificado de 03 (três) anos, permitida a reeleição. §1º. A Assembleia Geral nomeará dentre os conselheiros o Presidente e o Vice-Presidente do Conselho de Administração. Ocorrendo impedimento ou ausência temporária do Presidente do Conselho de Administração, a presidência será assumida pelo Vice-Presidente do Conselho de Administração, e na ausência deste, por quem os conselheiros indicarem. O Presidente do Conselho de Administração escolherá um dos presentes para secretaria-lo. O Presidente do Conselho de Administração não terá voto de qualidade. §2º. Havendo vacância do cargo ou renúncia de um dos membros do Conselho de Administração, a Assembleia Geral será convocada imediatamente para o preenchimento da posição, sendo permitida a eleição por cooptação, em caráter temporário, prevista no art. 150 da Lei nº 6.404/76. Art. 22 As reuniões do Conselho de Administração devem ser convocadas pelo Presidente do Conselho de Administração, ou por pelo menos 02 (dois) membros do Conselho de Administração, mediante convocação escrita, contendo, além do local, data e hora da reunião, a ordem do dia. As reuniões do Conselho de Administração serão convocadas com, no mínimo, 03 (três) dias de antecedência. Independentemente das formalidades de convocação, será considerada regular a reunião a que comparecerem todos os membros do Conselho de Administração. §1º. A convocação será realizada via entrega pessoal mediante recibo, encaminhadas via cartorial ou através de carta com aviso de recebimento, fax símile, e-mail com confirmação de recebimento ou remetida por correio expresso com aviso de recebimento. §2º. O membro do Conselho de Administração poderá se fazer representar na reunião por outro membro do Conselho de Administração devidamente autorizado por escrito e poderá também enviar antecipadamente seu voto por escrito, ou, ainda, participar da reunião à distância utilizando-se de reunião telefônica, vídeo conferência ou outro meio de comunicação que possa

Bordón para o lugar do colombiano Ernesto Samper, que renunciou à secretaria-geral do bloco. O boicote ao nome do argentino foi liderado pela Venezuela e acompanhado pela Bolívia e pelo Suriname. No fim de agosto, o pre-

sidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou que, em seis meses, o país deixará de ser membro da Unasul. Ele justificou a saída afirmando que o bloco é cúmplice de um governo ditatorial na Venezuela. (ABr) Chanceleres dos dois países concordam com relevância de conexões

EXERCÍCIOS MILITARES

Rússia mostra maior força desde fim da URSS Moscou - A Rússia iniciou ontem os maiores jogos de guerra desde o colapso da União Soviética com exercícios perto da fronteira com a China, mobilizando 300 mil soldados, em uma demonstração de força que incluirá exercícios conjuntos com o Exército chinês. China e Rússia já realizaram exercícios conjuntos, mas não de escala tão grande, e a manobra Vostok-2018 (Leste-2018) sinaliza laços militares mais estreitos e funciona como um lembrete silencioso a Pequim de que Moscou é capaz e está disposta a defender seu extremo leste escassamente povoado. O Vostok-2018 coincide com um aumento na tensão entre o Ocidente e a Rússia, e

a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que monitorará o exercício atentamente, assim como os Estados Unidos, que têm uma presença militar forte na região Ásia-Pacífico. O Ministério da Defesa russo transmitiu ontem imagens de caminhões militares sendo transportados em trens, colunas de tanques, veículos blindados e navios de guerra em trânsito, além de helicópteros de combate e caças decolando. Primeiro estágio - Essa atividade foi parte do primeiro estágio do exercício, que vai até 17 de setembro, disse o ministério em um comunicado. Ele envolve a mobilização de

assegurar a autenticidade da participação. No caso de participação à distância, o membro do Conselho de Administração poderá transmitir via fac-símile (ou outra forma que garanta de maneira segura a autenticidade de transmissões escritas) declarações de voto sobre as matérias tratadas durante a reunião ou a própria ata lavrada quando da conclusão dos trabalhos. Art. 23 Compete ao Conselho de Administração, além das outras atribuições fixadas neste Estatuto Social e na lei: a) fixar a orientação geral dos negócios da Companhia, suas subsidiárias integrais e sociedades controladas; b) acompanhar e avaliar o desempenho econômico-financeiro da Companhia, podendo solicitar à Diretoria, relatórios com indicadores de desempenho específicos; c) manifestar-se sobre operações de fusão, cisão, incorporação em que a Companhia seja parte para submissão de seu parecer à Assembleia Geral; d) manifestar-se sobre as demonstrações contábeis, o relatório da administração e as contas da Diretoria, a cada exercício social, apresentando o relatório respectivo; e e) aprovar a participação em licitações, pregões, concorrências, registro de preços ou quaisquer procedimentos afins cujo valor global e anual da respectiva contratação for superior a R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais) por ano; f) aprovar a contratação de financiamentos, mútuos, empréstimos financeiros e/ou operações similares cujo valor individual seja superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); g) aprovar a contratação de financiamentos, mútuos empréstimos financeiros e/ou operações similares, independentemente do valor individual de cada negócio, quando a Companhia já tiver assumido financiamentos, mútuos, empréstimos financeiros e/ou operações similares, num mesmo exercício social, em valor agregado igual ou superior 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) vezes o EBITDA (ou Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIDA) da Companhia, apurado no último exercício social encerrado; h) aprovar a aquisição, oneração e/ou alienação participação em outras sociedades; i) aprovar a aquisição de ações de emissão da Companhia para fins de cancelamento, permanência em tesouraria ou posterior alienação, bem como o resgate ou amortização de ações de emissão da Companhia; e j) deliberar sobre quaisquer matérias que não são de competência da Diretoria ou da Assembleia Geral, nos termos do presente Estatuto Social e da legislação. § 1º. As deliberações do Conselho de Administração da Companhia serão tomadas pela maioria de seus membros, salvo quando previsto outro quórum neste Estatuto Social ou na lei, sendo cada membro titular de 01 (um) voto em suas deliberações. Não haverá voto de qualidade por parte de nenhum dos membros do Conselho de Administração. § 2º. O quórum de instalação das reuniões do Conselho de Administração será o da totalidade dos seus membros em 1ª (primeira) convocação e qualquer número em 2ª (segunda) convocação. Seção III - Diretoria - Art. 24 A Diretoria é composta por, no mínimo, 02 (dois) membros e, no máximo, 05 (cinco) membros (“Diretores”), sendo designados como Diretor Presidente, Diretor Vice-Presidente, Diretor Administrativo, Diretor de Operações e Diretor sem designação específica, com mandato unificado de 03 (três) anos. §1º. Os Diretores ficarão dispensados de prestar caução como garantia de sua gestão. §2º. Após vencido o mandato, os Diretores permanecerão no exercício de seus cargos até a eleição e posse dos novos Diretores. §3º. A Diretoria não é um órgão colegiado, porém poderá reunir-se sempre que necessário, a critério de, pelo menos, 02 (dois) Diretores que serão responsáveis pela convocação da reunião da Diretoria, com antecedência mínima de 03 (três) dias. A convocação será realizada via entrega pessoal mediante recibo, encaminhadas via cartorial ou através de carta com aviso de recebimento, fax símile, e-mail com confirmação de recebimento ou remetida por correio expresso com aviso de recebimento. §4º. As deliberações serão tomadas por maioria absoluta de seus membros, sendo cada membro titular de 01 (um) voto em suas deliberações. Não haverá voto de qualidade por parte de nenhum dos membros da Diretoria. §5º. A Diretoria é o órgão de representação da Companhia e seus membros são atribuídos com todos os poderes de gestão e representação, bem como são atribuídos com os direitos e obrigações estabelecidos por este Estatuto Social ou pela lei, competindo-lhes praticar os atos necessários ao regular funcionamento da Companhia, condução de suas atividades e desenvolvimento de seu objeto social, observadas as limitações deste Estatuto Social e da lei e a necessidade de aprovações por parte do Conselho de Administração ou da Assembleia Geral. Art. 25 A Companhia será representada e somente será considerada validamente obrigada por ato ou assinatura: (i) conjunta de 2 (dois) Diretores sendo obrigatoriamente um deles o Diretor Presidente ou o Diretor Vice-Presidente; (ii) do Diretor Presidente ou do Diretor Vice-Presidente em conjunto com 1(um) procurador; (iii) por 2 (dois) procuradores em conjunto, de acordo e nos estritos limites dos respectivos instrumentos de mandato; ou (iv) por 1 (um) procurador com poderes especiais, agindo isoladamente e nos estritos limites do respectivo instrumento de mandato. § 1º. As procurações serão sempre outorgadas por 2 (dois) Diretores, sendo obrigatoriamente um deles o Diretor Presidente ou o Diretor Vice-Presidente, e conterão poderes expressos e específicos, com prazo de vigência não superior a 1 (um) ano, com exceção das procurações a serem outorgadas com a cláusula “ad judicia”, que poderão ser firmadas para vigorar por prazo indeterminado. § 2º. No caso de vacância do cargo ou renúncia de um dos Diretores, o Conselho de Administração deverá reunir-se imediatamente para preenchimento da posição, sendo que, em caráter temporário e enquanto o novo Diretor não tomar posse do cargo, a Companhia será validamente representada pela atuação conjunta de quaisquer 2 (dois) Diretores. Capítulo V - Conselho Fiscal - Art. 26 O Conselho Fiscal da Companhia com as atribuições estabelecidas em lei será composto por 3 (três) membros e igual número de suplentes. §1º. O Conselho Fiscal não funcionará em caráter permanente e somente será instalado mediante solicitação dos acionistas, de acordo com as disposições legais. §2º. A remuneração dos membros do Conselho Fiscal, além do reembolso obrigatório das despesas de locomoção e estadia necessárias ao desempenho da função, será fixada pela Assembleia Geral que os eleger. §3º. O Conselho Fiscal terá as atribuições e poderes que a Lei lhe confere. Capítulo VI - Conselho de Ética e Compliance - Art. 27 O Conselho de Ética e Compliance é o órgão responsável pela gestão do programa de Ética e Compliance da Companhia e elaboração do seu Código de Ética e Compliance. §1º. O Código de Ética e Compliance abrangerá os membros do Conselho de Administração, Diretoria, Conselho Fiscal, ocupantes de funções gerenciais, empregados, estagiários e prestadores de serviço da Companhia. §2º. Caberá ao Conselho de Ética e Compliance a realização de procedimentos internos para investigação e apuração de quaisquer condutas contrárias ao Código de Ética e Compliance da Companhia e a legislação brasileira, especialmente, a Lei n° 12.846/2013 e ao Decreto n° 8.420/2015. Art. 28 O Conselho de Ética e Compliance da Companhia será composto por no mínimo 3 (três) e no máximo 7 (sete) membros que serão eleitos pela Diretoria da Companhia e destituíveis a qualquer tempo, residentes no país, com mandato unificado de 2 (dois) anos, permitida a reeleição. Parágrafo Único – Os membros do Conselho de Ética e Compliance não possuem remuneração. Capítulo VII - Exercício Social, Lucros, Reservas e Dividendos - Art. 29 O exercício social coincide com o ano civil, iniciando-se em 1º de janeiro e encerrandose em 31 de dezembro de cada ano. Art. 30 Ao final de cada exercício social, os Diretores farão com que sejam preparadas as demonstrações financeiras previstas na legislação aplicável, bem como aquelas determinadas pela Assembleia Geral, com base nos procedimentos contábeis da Companhia, apresentando quadro fiel e exato de sua situação econômicofinanceira e das mudanças ocorridas durante o exercício ou período, conforme o que determina a legislação societária, contábil e fiscal aplicável. Parágrafo Único. A Companhia poderá apresentar balanços intermediários a qualquer tempo, inclusive para fins de distribuição de dividendos intermediários e/ou intercalares, na forma da Lei nº 6.404/76. Art. 31 O lucro líquido, apurado na forma da lei, será distribuído da seguinte maneira: a) 5% (cinco por cento) do lucro líquido será destinado para constituição da Reserva Legal, até o limite de 20% (vinte por cento) do capital social da Companhia, sendo permitido não destinar valores para a Reserva Legal quando seu saldo, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do art. 182 da Lei nº. 6.404/76, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social; b) 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado com o acréscimo ou redução dos valores mencionados no art. 202, inc. I, da Lei nº 6.404/76, será destinado para pagamento do dividendo obrigatório aos acionistas, salvo nas hipóteses permitidas pela legislação aplicável; e c) o saldo remanescente terá a destinação determinada pela Assembleia Geral, podendo ser distribuído entre as acionistas ou mantido, contabilmente, em conta de reserva de lucros para futuras destinações ou compensações em resultados futuros, na forma permitida em lei. §1º. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, previsto na alínea b) do Art. 31 deste Estatuto Social, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a Assembleia Geral poderá, por proposta da administração da Companhia, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. §2º. A Assembleia Geral poderá criar, se assim julgar conveniente, outras reservas, observadas as disposições legais aplicáveis. Art. 32 A Companhia poderá remunerar os acionistas mediante pagamento de juros sobre capital próprio, na forma e dentro dos limites estabelecidos em lei e de acordo com deliberação da Assembleia Geral. Parágrafo Único. O valor dos juros, pago ou creditado a título de juros sobre o capital próprio, nos termos do Artigo 9º, § 7º, da Lei nº 9.249/1995 e legislação e regulamentação pertinentes, poderá ser considerado como dividendos distribuídos para fins de alcance do percentual relativo ao dividendo obrigatório previsto na alínea b) do Art. 31 deste Estatuto Social, integrando tal valor o montante dos dividendos distribuídos pela Companhia para todos os efeitos legais. Art. 33 Os Diretores poderão determinar, ad referendum da Assembleia Geral, o levantamento de balanços em períodos inferiores ao período anual e declarar dividendos ou juros sobre capital próprio à conta do lucro apurado nesses balanços, bem como declará-los à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou intermediário. Os dividendos distribuídos ou os juros sobre capital próprio pagos com base neste Art. 33 serão imputados ao dividendo obrigatório previsto na alínea b) do Art. 31 deste Estatuto Social. Art. 34 Os acionistas titulares da totalidade das ações da Companhia poderão deliberar pela distribuição de dividendo obrigatório de forma e percentual diverso ao previsto na alínea b) do Art. 31 deste Estatuto Social ou a retenção de todo o lucro líquido. O dividendo obrigatório previsto na alínea b) do Art. 31 deste Estatuto Social não será obrigatório no exercício social em que a administração da Companhia informar à Assembleia Geral ser sua distribuição aos acionistas incompatível com a situação financeira da Companhia. Art. 35 Os dividendos e os juros sobre capital próprio serão pagos aos acionistas no prazo, forma ou modo estabelecidos pela Assembleia Geral. Capítulo VIII - Dissolução e Liquidação - Art. 36 A Companhia será dissolvida nos casos previstos em lei, e a sua liquidação se processará de acordo com o estabelecido nos termos dos artigos 208 e seguintes da Lei nº 6.404/ 76. Capítulo IX - Arbitragem - Art. 37 As divergências que envolvam os acionistas, os administradores e a Companhia, ou qualquer outras que se relacionem com o presente Estatuto Social deverão ser solucionadas mediante arbitragem. §1º. O procedimento arbitral será realizado em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Brasil, em língua portuguesa. §2º. A arbitragem será realizada perante um tribunal de 3 (três) árbitros, dois dos quais serão escolhidos por cada uma das partes nos prazos previstos no Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem Empresarial – Brasil (“CAMARB”) e um terceiro que será escolhido de comum acordo pelos 2 (dois) árbitros escolhidos pelas Partes (“Tribunal Arbitral”). §3º. O Tribunal Arbitral deverá especificar os fundamentos de sua decisão, notadamente as de caráter indenizatório, especificando os respectivos valores da condenação, bem como de qualquer outra decisão. A decisão arbitral será considerada resolução final e vinculativa da controvérsia contra a qual não caberão recursos, devendo ser reconhecida como sentença por qualquer tribunal brasileiro. As partes concordam em se submeterem à jurisdição de tribunal brasileiro para fins de execução de qualquer dessas decisões, laudos, mandados ou sentenças. §4º. Sem prejuízo de sua submissão à arbitragem, os acionistas elegem o foro da Comarca de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, com a exclusão de qualquer outro, por mais privilegiado que seja para os fins dos Artigos 7º e 22 da Lei de Arbitragem (Lei nº. 9.307/96), bem como para toda e qualquer medida judicial relacionada com a arbitragem ora prevista. §5º. Qualquer procedimento arbitral decorrente desse acordo deverá ser conduzido de maneira sigilosa. §6º. Os árbitros deverão aplicar as leis substantivas da República Federativa do Brasil ao interpretar e resolver as controvérsias, sendo vedada a aplicação do princípio da equidade. §7º. A obrigação das Partes de submeterem quaisquer controvérsias à arbitragem, no âmbito desse Capítulo, subsistirá ao término ou rescisão do presente Estatuto Social, independentemente do motivo. §8º. Os acionistas concordam em empregar todos os seus esforços para chegar a uma pronta, econômica e justa resolução de qualquer disputa apresentada para arbitragem. §9º. A responsabilidade pelo pagamento das custas da arbitragem será determinada em conformidade com o Regulamento de Arbitragem da CAMARB ou pelo Tribunal Arbitral. Capítulo X - Acordo de Acionistas - Art. 38 Os acordos de acionistas, devidamente cientificados e arquivados na sede da Companhia, que estabeleçam as condições de compra e venda de suas ações, o direito de preferência na aquisição dessas, o exercício do direito de voto ou do poder de controle, bem como quaisquer outras avenças de interesse dos acionistas, obedecida a legislação, serão sempre observados pela Companhia. §1º. As obrigações e responsabilidades resultantes dos acordos de acionistas serão válidas e oponíveis a terceiros, conforme previsto no art. 118 da Lei nº. 6.404/76. §2º. Os administradores da Companhia zelarão pela observância dos acordos de acionistas e o presidente da Assembleia Geral, quando for o caso, deverá declarar a invalidade do voto proferido pelo acionista em contrariedade aos termos de tais acordos. Capítulo XI - Disposições Gerais - Art. 39 Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos pela Assembleia Geral e regulados de acordo com o que preceitua a Lei nº 6.404/76. Acionista: GERES PARTICIPAÇÕES S/A por Duarte Nuno Viana de Oliveira Braga e João Andrade Rezende. JUCEMG: Certifico registro sob o nº 6990775 em 06/09/2018 e protocolo 184815614 - 05/09/2018. Marinely de Paula Bomfim - Secretária-Geral

forças adicionais no extremo leste russo e um reforço naval abrangendo suas frotas do norte e do Pacífico. O objetivo principal é verificar a prontidão dos militares para movimentar soldados em distâncias longas, testar o quão estreitamente a infantaria e as forças navais cooperam e aperfeiçoar procedimentos de comando e controle. Estágios posteriores envolverão ensaios de situações defensivas e ofensivas. A Rússia também realizou um grande exercício naval no leste do Mediterrâneo neste mês e seu caças voltaram a bombardear a região síria de Idlib, o último grande bastião de rebeldes combatendo o pre-

sidente sírio, Bashar al-Assad, seu aliado. O fato de o principal local de treinamento do Vostok-2018 estar a cinco mil quilômetros ao leste de Moscou significa que o exercício provavelmente será observado com atenção pelo Japão e pelas Coreias do Norte e do Sul, além da China e da Mongólia, cujos Exércitos participarão de manobras no final desta semana. Analistas dizem que Moscou teve que convidar os militares chineses e mongóis por causa da proximidade dos jogos de guerra de suas fronteiras e porque, devido à sua escala, os países vizinhos provavelmente os veriam como uma ameaça se fossem excluídos. (Reuters)

GERDAU AÇOMINAS S.A. CNPJ nº 17.227.422/0001-05 - NIRE nº 31300036677 ATA DE REUNIÃO DA DIRETORIA REALIZADA NA SEDE SOCIAL, NO MUNICÍPIO DE OURO BRANCO, MG, NA RODOVIA MG 443, KM 07, ÀS 10h00min DO DIA 22 DE AGOSTO DE 2018 Junta Comercial do Estado de Minas Gerais: Certifico registro sob o nº 6988809 em 05/09/2018 da Empresa GERDAU AÇOMINAS S.A., NIRE 31300036677 e Protocolo 184789231-04/09/2018. Marinely de Paula Bomfim-Secretária Geral.

GRUPAMENTO DE APOIO DE LAGOA SANTA

MINISTÉRIO DA DEFESA

GOVERNO FEDERAL

AVISO DE REVOGAÇÃO Pregão Eletrônico SRP nº: 28/GAPLS/2018 OBJETO: Aquisição de Material Descartável. MOTIVO DO EVENTO DE REVOGAÇÃO: 9LVDQGR 5HWL¿FDomR GR (GLWDO H readequação do Termo de referência, disponibilizado no dia 11/09/2018, no site: www.comprasnet.gov.br. Telefones: (31) 3689-3665 / 3419 MARCELO ANDRADE MARTINELLI Ten Cel Int Ordenador de Despesas

PBH ATIVOS S.A. CNPJ/MF n. 13.593.766/0001-79 NIRE 31300097081 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 28 DE AGOSTO DE 2018 1. DATA, HORA E LOCAL: Realizada em 28 de agosto de 2018, às 14:30 horas, na sede da PBH ATIVOS S.A., localizada na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, à Avenida Getúlio Vargas, nº 1245, 12º Andar, Bairro Savassi, CEP 30.112-024. 2. CONVOCAÇÃO E PRESENÇA: Dispensada a convocação, nos termos do disposto no Artigo 124, §4°, da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das Sociedades por Ações”), em decorrência da presença de acionistas representando 100% (cem por cento) do capital social total e votante da Companhia, conforme registro no Livro de Presença de Acionistas. Presente, ainda, o membro do Conselho Fiscal da Companhia, Sr. Antônio Marmo Silveira Júnior, em atendimento ao art. 164 da Lei Federal n° 6.404/1976 e o Diretor Presidente da Companhia, Sr. Pedro Meneguetti. 3. MESA: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Tomáz de Aquino Resende e secretariados pelo Sr. Pedro Meneguetti. 4. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre: I. Eleição de membro para compor o Conselho Fiscal da PBH Ativos S/A; II. Pagamento de juros sobre capital próprio aos acionistas; III. Reforma do Estatuto Social da PBH Ativos S/A. 5. DELIBERAÇÕES: Instalada a Assembleia, após exame e discussão das matérias, os acionistas presentes deliberaram por unanimidade de votos e sem quaisquer restrições, o quanto segue: I. Nos termos do artigo 122, inciso II, da Lei Federal nº 6.404/1976, artigo 51 do Estatuto Social da PBH Ativos, respeitado, ainda, a aplicação do Anexo I da Política de Indicação e Avaliação da PBH Ativos (versão 01/2018), deliberou-se pela destituição do Sr. Eduardo Antônio Codo Santos do Conselho Fiscal, a partir de 1º de setembro de 2018, e foram prestados agradecimentos pela colaboração e dedicação durante o tempo em que contribuiu para o desenvolvimento da empresa. Na oportunidade, foi eleito e nomeado para o referido cargo, a partir da presente data: • Nourival de Souza Resende Filho, brasileiro, casado, contador, portador da Carteira de Identidade n. MG 918203, inscrito no CPF n. 104.437.896-49, residente à Rua José Hemetério Andrade, nº 285/402, bairro Buritis, Belo Horizonte/MG, CEP 30.493-180. O exercício do mandato do Conselheiro acima qualificado iniciar-se-á no dia 03 de setembro de 2018, mediante assinatura do Termo de Posse, encerrando-se na primeira Assembleia Geral Ordinária que se realizar após a sua eleição, nos termos do artigo 46 do Estatuto Social. O conselheiro, ora eleito, declara estar desimpedido para a prática de suas funções, em observância ao disposto nos art. 147 e 162 da Lei Federal nº 6.404/1976 e demais leis especiais, nos termos do Anexo I da Política de Indicação e Avaliação da PBH Ativos S/A (versão 001/18). II. Tendo em vista que a situação de caixa atual e os lucros auferidos pela Empresa de acordo com os balancetes levantados até junho do corrente exercício atingiram montante que permite a distribuição de juros sobre capital próprio e que o Conselho Fiscal opinou favoravelmente a esta distribuição, conforme parecer anexo, a Diretoria e o Conselho de Administração da PBH Ativos S/A submeteram a esta Assembleia a proposta de distribuição dos juros sobre capital próprio, nos termos dos artigos 202 e 204 da Lei nº 6.404/1976, do artigo 73 do Estatuto Social e da Política de Distribuição de Dividendos (versão 001/2018), a serem imputados no dividendo a ser distribuído aos acionistas, no valor de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). Os acionistas aprovaram a proposta. III. Nos termos da alínea “n” do artigo 29 do Estatuto Social da PBH Ativos S/A, o Conselho de Administração da Companhia, em reunião realizada no dia 08 de agosto de 2018, pronunciou-se favoravelmente à reforma do Estatuto Social da PBH Ativos S/A em virtude da edição do Decreto Municipal n° 16.950/2018, que dispõe sobre as atividades a que se refere o inciso XII do art. 2º da Lei Municipal nº 10.003/2010. Em atenção ao artigo 122, inciso I da Lei Federal n° 6.404/1976, foi apresentada proposta de reforma do Estatuto Social da PBH Ativos S/A, sendo aprovada por todos os Acionistas. 6. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a ser tratado, foram os trabalhos suspensos pelo tempo necessário à lavratura da presente Ata, em forma de sumário, conforme faculta o artigo 130, §1°, da Lei das Sociedades por Ações, que, lida conferida, e achada conforme, foi por todos assinada. Mesa: Tomáz de Aquino Resende – Presidente; Pedro Meneguetti – Secretário. Acionistas Presentes: (i) Município de Belo Horizonte/MG, representado pelo Procurador Geral do Município, Sr. Tomáz de Aquino Resende; (ii) Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte S/A – PRODABEL, representada pelo Diretor de Administração e Finanças e Compliance, Sr. Márcio Almeida Dutra; (iii) BHTRANS - Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A, representada pela Diretora de Ação Regional e Operação – Deusuite Matos Pereira de Assis. Membro do Conselho Fiscal presente: Sr. Antônio Marmo Silveira Júnior. Diretor Presidente da Sociedade: Pedro Meneguetti. Belo Horizonte, 28 de agosto de 2018. Certifico que a presente é cópia da ata original lavrada em livro próprio. Assina digitalmente o documento, o Diretor Presidente da PBH Ativos S/A, Sr. Pedro Meneguetti. Certifico registro sob o nº 6985719 em 03/09/2018 da Empresa PBH ATIVOS S.A., Nire 31300097081 e protocolo 184734347 30/08/2018. Autenticação: F19B6EC58D8A36ABEA2DC36DB41B0BD5B70. Marinely de Paula Bomfim - Secretária-Geral. Para validar este documento, acesse http://www.jucemg.mg.gov.br e informe nº do protocolo 18/473.434-7 e o código de segurança 6nW2 Esta cópia foi autenticada digitalmente e assinada em 05/09/2018 por Marinely de Paula Bomfim – Secretária-Geral.


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

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POLÍTICA RODOLFO BUHRER / REUTERS

PATRULHA DO CAMPO

Suspeito de propina em licitação, Richa é preso pelo PF Ex-governador do Paraná é alvo de 2 operações Rio de Janeiro - O ex-governador do Paraná e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) foi preso na manhã de ontem pela Polícia Federal (PF) ao lado de mulher Fernanda Richa, de um irmão e de aliados em operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado para investigar suspeita de direcionamento de licitação e pagamento de propina. O político foi preso no âmbito de uma investigação do MP do Paraná sobre irregularidades no programa Patrulha do Campo, implantado para recuperar e modernizar estradas rurais paranaenses por meio da locação de máquinas pesadas pelo governo, informou o Ministério Público em comunicado. Foram expedidos no total 15 mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão em Curitiba e outros municípios paranaenses, tendo como alvos residências, escritórios, empresas e a sede do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná. “As medidas, determinadas pelo Juízo da 13ª Vara Criminal de Curitiba, visam investigar o programa Patrulha do Campo, do Governo do Estado do Paraná, no período 2012 a 2014,

apurando-se indícios de direcionamento de licitação para beneficiar empresários e pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça”, disse o MP. A defesa de Beto Richa afirmou, em nota na manhã de ontem, que não sabia a razão das ordens judiciais proferidas e ainda não tinha obtido acesso à investigação. Odebrecht - Também ontem, Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Richa, foi alvo de mandado de prisão no âmbito da Operação Lava Jato por um outro esquema de corrupção, este envolvendo suspeita de pagamento de propina por parte da empreiteira Odebrecht a agentes públicos e privados do Paraná no ano de 2014, quando Richa era o governador. De acordo com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, a empreiteira fez pagamentos irregulares de ao menos R$ 4 milhões em contrapartida ao possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323. Nessa ação, a Justiça Federal expediu 36 mandados judiciais a serem cumpridos nas cidades de Curitiba,

Lupianópolis (PR), Colombo (PR), Salvador e São Paulo, sendo três mandados de prisão, todos em Curitiba. Beto Richa deixou o governo do Paraná para se candidatar a vaga no Senado pelo PSDB Além do ex-chefe de gabinete de Richa, também foram expedidos mandados de prisão contra um empresário apontado pelas São Paulo - O candidato do PSDB à Lima afirmou que a Operação Lava Jato Presidência, Geraldo Alckmin, defen- é “apartidária” e que foro privilegiado autoridades como operador deu ontem que haja investigação das é obstáculo para responsabilização de financeiro do ex-governador denúncias que levaram à prisão do políticos. e um braço direito desse ex-governador do Paraná, Beto Richa, suposto operador. também tucano, mas admitiu que o Codinome - “Nós não temos essa preo“O objetivo é aprofundar episódio fragiliza o seu partido. cupação (com o partido do alvo), a Lava as investigações sobre a “Nós defendemos primeiro invesJato é uma investigação apartidária. prática de crimes de corruptigação, isso vale para todo mundo, Sempre foi. Nós já tínhamos chegado ção, lavagem de dinheiro e a pessoas de diversos partidos”, disse todos os partidos. Defesa intransigente fraude à licitação referentes da Lava Jato. Vamos aguardar, eu acho Carlos Lima, em entrevista à imprensa à duplicação da PR-323, que o que a população deseja é que haja concedida pela força-tarefa da Lava favorecendo a empresa justiça. Eu não tenho conhecimento Jato, sobre a 53ª fase da operação, baOdebrecht”, disse o MPF desses fatos, mas vamos aguardar, eu tizada de Operação Piloto - referência em comunicado. acho que sempre apoiar o trabalho de ao codinome de Richa nas planilhas da “As evidências mostrainvestigação e confiar na Justiça”, afirmou propina da Odebrecht. ram que, no final de janeio ex-governador, que também é presiO ex-governador que deixou o cargo ro de 2014, executivos da dente nacional do PSDB, a jornalistas no início do ano para concorrer a uma Odebrecht procuraram o após participar de sabatina promovida vaga do Senado pelo Paraná é o alvo então chefe de gabinete do por Folha de S.Paulo, UOL e SBT. central da operação de ontem da Lava Ao ser questionado se isso afeta a Jato, que apura propina de R$ 4 milhões governador e solicitaram sua campanha ao Planalto, Alckmin da Odebrecht paga em 2014 pelo contrato apoio para afastar eventunão respondeu, mas admitiu que pode de concessão da rodovia PR-323. ais concorrentes interessahaver impacto sobre o seu partido. A Piloto foi deflagrada no mesmo dia dos na licitação da parceria em que o Ministério Público Estadual “Claro que isso fragiliza o partido, público-privada (PPP) para aliás eu acho que todos os partidos também deflagrou a Operação Patrulha exploração e duplicação da estão fragilizados, por isso eu tenho Rural e prendeu Richa, sua mulher, FerPR-323”, acrescentou. sempre destacado a questão da reforma nanda Richa, e o irmão do ex-governador A Odebrecht, que fechou política, nós precisamos fazer a reforma José Carlos Richa, o Pepe Richa. acordos de leniência e depolítica”, declarou, acrescentando que Para o procurador, as apurações contra lação premiada em que ado PSDB até poderia apurar os assuntos Richa e as medidas cautelares contra ele mitiu ter cometido diversas paralelamente à Justiça, mas que já há e aliados têm relação com os andamentos irregularidades e aceitou outros órgãos fazendo isto. das investigações na primeira instância, pagar multas milionárias Com o ex-governador Beto Richa após o tucano perder o foro privilegiano âmbito da Lava Jato, não (PSDB) preso sob suspeita de corrupção, do. “Infelizmente, o foro privilegiado respondeu de imediato a alvo de duas operações deflagradas é um obstáculo às investigações é um um pedido de comentário ontem, o procurador regional da Re- obstáculo para punir muitas pessoas de sobre a operação deflagrada pública Carlos Fernando dos Santos outros partidos”, avaliou. (Reuters/AE) ontem. (Reuters)

Alckmin admite efeito em campanha

CPMI DOS CORREIOS

GREENFIELD

PGR arquiva inquérito contra Aécio São Paulo - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, arquivou inquérito no qual o senador Aécio Neves (PSDB) era investigado por supostamente enviar registros bancários falsos à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, em 2005 e 2006. “Considerando que não há, no momento, suporte fático e jurídico para dar continuidade à investigação, ante a falta de elementos mínimos de materialidade e de autoria delitiva, com base no artigo 231-§4º do Regimento Interno do Supremo, promovo o arquivamento deste inquérito, ressalvando a possibilidade de revisão em caso de surgimento de novos elementos”, justifica a procuradora. O inquérito foi aberto para apurar se Aécio e outros políticos teriam praticado crime durante os trabalhos da CPMI dos Correios e se teria havido conivência do então presidente da Comissão, o então senador Delcídio Amaral, “de modo a beneficiar Aécio Neves e Clésio de Andrade, governador e vice-governador de Minas, respectivamente, à época”. A investigação teve base na delação premiada de Delcídio na Operação Lava Jato. Ele afirmou que

o Banco Rural “operaria relações financeiras ilícitas entre Marcos Valério e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais”. Aécio e Clésio, segundo Delcídio, temiam que tais informações fossem repassadas para a CPMI dos Correios. Delcídio afirmou, ainda, que, durante a CPMI dos Correios, “foi procurado por Eduardo Paes, então secretário-geral do PSDB, que, na condição de emissário de Aécio Neves, solicitou-lhe a prorrogação do prazo concedido ao Banco Rural para que este modificasse as informações bancárias encaminhadas à CPMI de modo a impedir a vinculação de empréstimos fraudulentos realizados pelas empresas de Marcos Valério”. Ao arquivar o inquérito, a procuradora-geral enfatizou “ausência de justa causa para ação penal e inexistência de outras diligências úteis”. “O inquérito não coligiu provas da autoria e da materialidade dos crimes investigados. A autoridade policial delineia, no relatório final, suspeitas de ilicitude durante os trabalhos da CPMI dos Correios. Todavia, a autoridade policial não recolheu provas ou elementos de convicção suficientes para corroborar as declarações do colaborador (Delcídio)

e permitir a instauração da adverte Raquel. “Em realiação penal”, pondera. dade, sem que o inquérito tenha comprovado quem é o Emissário - No relatório portador da mensagem com final, a Polícia Federal afirma oferecimento de vantagem que, em meados de 2005, indevida, sequer é possível durante os trabalhos da afirmar, com o nível de seguCPMI dos Correios, Aécio rança exigido para oferecer e Clésio, via “pessoa não denúncia, que tal ofereciplenamente identificada”, mento tenha ocorrido.” ofereceram ou prometeram, “Além disso, ante o temainda que tacitamente, in- po decorrido desde o ano devida e futura vantagem 2005, quando os fatos teriam política para que Delcídio, ocorrido, a autoridade pona condição de presidente licial não vislumbra outras da CPMI, “praticasse ato diligências que lhe permide oficio contrário a seu tam elucidar os fatos e sua dever legal, para evitar que autoria, além das diversas autoridades públicas e a medidas já adotadas, que sociedade civil tivessem eram potencialmente úteis ciência e acesso aos indícios ao avanço da apuração, mas presentes”. não desvendaram os fatos “A autoridade policial em sua inteireza, como asapontou que não há mais sinalado”, segue a procudiligências investigatórias radora possíveis de serem feitas”, “Além das medidas adoassinala Raquel Dodge. tadas pela autoridade po“Apurou fatos que não ca- licial, todas as diligências racterizam crime de corrup- requeridas pela Procuração, mas poderia amoldar-se doria Geral da República e ao delito do artigo 317, §2º, autorizadas pelo Supremo cuja pena máxima cominada Tribunal Federal foram cumé de um ano e, por isso, já pridas, não havendo mais linha investigativa a seguir. está prescrito.” Segundo a procuradora, Nesse contexto, não há elea PF “não conseguiu identi- mentos suficientes para funficar e comprovar a atuação damentar a continuidade do desse ‘emissário’ de Aécio inquérito e, por mais forte e Clésio”. “Por isso, não razão, a propositura da ação se pode, livre de dúvidas, penal. A única providência a afirmar que a promessa de ser tomada na espécie, porvantagem indevida ocor- tanto, é o arquivamento do reu da forma como narrada inquérito”, conclui Raquel pelo colaborador Delcídio”, Dodge. (AE)

Previ rebate acusações de Palocci de práticas irregulares no fundo São Paulo - A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, divulgou nota ontem negando irregularidades relacionadas ao fundo e investigadas na Operação Greenfield, da Polícia Federal. A Previ diz ainda que caso sejam comprovadas ilegalidades, serão adotadas medidas para reparação de danos. A afirmação é uma resposta a notícias publicadas na imprensa nacional relativas a depoimento de Antonio Palocci sobre vantagens ilícitas recebidas pelos presidentes dos fundos de pensão. Em depoimento à força-tarefa da Greenfield, Palocci teria citado nomes como Ricardo Flores e Sérgio Rosa. A entidade afirma que seus investimentos encontram-se de acordo com a resolução CMN 4661, que dispõe sobre os recursos garantidores dos planos administrados pelas entidades fechadas de previdência complementar. “A Previ não coaduna com atos ilegais. Caso fique comprovado que o nome da Previ foi utilizado para vantagens indevidas, serão adotadas todas as medidas para reparação de danos”,

diz em nota O fundo reforça ainda o compromisso com o aprimoramento do sistema de previdência complementar fechada e se coloca à disposição da Justiça e das instituições brasileiras para prestar todo e qualquer esclarecimento necessário, à luz dos preceitos constitucionais e legais. “O modelo de governança da Previ é robusto e transparente, com Políticas de Investimentos criteriosas, desenvolvidas pela Diretoria de Planejamento, executadas pela Diretoria de Investimentos e aprovadas pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Deliberativo”, afirma. Diz ainda que essa segregação de funções traz mais segurança no processo de gestão de investimentos e fortalece o modelo de governança da entidade, que é reconhecidamente um dos mais modernos do segmento de previdência complementar do País. “Os processos e controles internos da Previ, não raro, ultrapassam os requisitos da legislação e as exigências feitas pelo principal órgão supervisor do setor”, afirma. (AE)


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ELEIÇÕES

Haddad é lançado candidato ao Planalto Ao substituir o ex-presidente Lula na cabeça da coligação, o PT volta a atacar os tribunais do País Curitiba - O PT formalizou ontem o nome de Fernando Haddad para substituir na disputa ao Planalto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial, que voltou a atacar os tribunais por impedirem uma eleição livre. A deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB) será a candidata a vice na coligação. “Vocês já devem saber que os tribunais proibiram minha candidatura a presidente da República. Na verdade, proibiram o povo brasileiro de votar livremente para mudar a triste realidade do País”, afirmou Lula em carta lida pelo advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, no terreno da vigília petista, em frente à Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente está preso desde abril. No primeiro pronunciamento como candidato à Presidência pelo PT, o ex-prefeito de São Paulo fez um discurso ressaltando os avanços sociais do governo do ex-presidente Lula e criticou o que chamou de “elites” do País. Em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, Haddad disse que “sente a dor de todos aqueles que saberão hoje que não poderão votar no Lula”. O novo candidato do PT enumerou programas sociais do governo Lula e condenou a postura dos adversários. “Quais pecados cometemos? Será que foi sentar ao lado

RODOLFO BUHRER / REUTERS

Ao lado de Manuela D’Ávila, candidata a vice, Haddad lembrou os avanços sociais conquistados no governo de Lula

de um negro no avião ou na universidade? Incomodou que uma pessoa sem diploma, conseguiu fazer o que nunca fizeram em 500 anos, foi isso?”, afirmou. Em outro momento mais duro, Haddad disse que tudo que “a elite fez desde a reeleição de Dilma Rousseff foi desestabilizar o País”. A ex-presidente estava presente no ato, ao lado da candidata a vice-presidente, Manuela D’Ávila (PCdoB), da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, da esposa de Haddad, Ana Estela Haddad, do senador Lindbergh Farias (RJ), do

governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e da ex-presidente Dilma Rousseff. No pronunciamento, o ex-prefeito de São Paulo frisou que a campanha petista vai fazer “o povo rememorar os bons dias que viveu”. “Nós temos um líder chamado Lula que nos inspira. Não vamos aceitar o Brasil do século 20, desigual”, disse. Haddad também conclamou a militância para ir às ruas até 7 de outubro e para “celebrar a democracia no dia 28 de outubro”. “É hora de sair de casa com cabeça erguida e ganhar esta eleição por Lula e

Bolsonaro sobe para 26%, diz Ibope São Paulo - Depois do atentado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) subiu quatro pontos nas intenções de voto para a Presidência nas eleições 2018, segundo levantamento Ibope divulgado na noite de ontem. Bolsonaro mantém a liderança da disputa, agora com 26% - na pesquisa anterior, do dia 5 de setembro, tinha 22%. Atrás do presidenciável do PSL aparecem Ciro Gomes (PDT), com 11% - oscilação de um ponto para baixo em relação ao último levantamento - e Marina Silva (Rede), que caiu três pontos e aparece com 9%. Geraldo Alckmin (PSDB) segue com 9%, mesmo percentual da pesquisa anterior. Já Fernando Haddad (PT), oficializado ontem como candidato petista no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, oscilou dois pontos para cima e registrou 8% das citações no cenário estimulado - ou seja, quando os nomes dos candidatos são disponibilizados ao eleitor consultado pelo instituto. Bolsonaro foi atacado na última quinta-feira (6), enquanto participava de uma caminhada em Juiz de Fora. Os entrevistadores do Ibope foram a campo entre o sábado (8) e a segunda-feira (10), período que coincidiu com um aumento expressivo da exposição do candidato do PSL nos meios de comunicação. O levantamento também captou os efeitos de pouco mais de uma semana de exibição do horário eleitoral gratuito. Apesar de ser o detentor de quase metade do tempo de propaganda no rádio e na TV, Alckmin não cresceu em comparação com a pesquisa anterior. Considerando a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, Ciro, Marina, Alckmin e Haddad estão tecnicamente empatados na segunda colocação. Atrás deles aparecem empatados, todos com 3%, Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo). Dada a margem de erro, os candidatos Cabo Daciolo (Patriota) e Vera Lucia (PSTU), com 1%, e Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC), que não pontuaram, também estão empatados com Dias, Meirelles e Amoêdo. Na intenção de voto espontânea, em que

os entrevistadores não apresentam a opção de nomes dos candidatos, Bolsonaro aparece com 23%, subindo seis pontos em relação à última pesquisa. Lula foi citado por 15% dos entrevistados, uma queda de sete pontos em comparação ao dia 5 de setembro. Ciro aparece com 5%, Haddad, 4%, Alckmin, 4% e Marina, 3%. Amoêdo tem 2% das intenções de voto; Alvaro Dias e Henrique Meirelles têm 1%. Outros candidatos não pontuaram; 18% dos entrevistados disseram que votariam em branco ou nulo e 21% não souberam responder ou preferiram não opinar. Rejeição - A rejeição de Bolsonaro caiu três pontos percentuais em relação à última pesquisa e está em 41%. Marina oscilou negativamente dois pontos e registra 24% de rejeição (ela tinha 26%). A rejeição a Ciro caiu três pontos, de 20% para 17%. Haddad manteve o mesmo patamar, com 23%. Alckmin teve queda de três pontos porcentuais, de 22% para 19%. Henrique Meirelles, Cabo Daciolo, Eymael, Guilherme Boulos e Vera apresentaram o mesmo porcentual: 11%. Empatados tecnicamente com estes candidatos aparecem João Amoêdo (10%) e Álvaro Dias (9%). João Goulart Filho tem 8% de rejeição. Os eleitores que poderiam votar em todos candidatos somaram 2%; não souberam ou preferiram não opinar, 11%. Segundo turno - Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro teria 37% em uma disputa direta com Ciro, que alcançaria 40% - o que configura empate técnico. Também haveria empate com Alckmin (38% para o tucano, 37% para o militar da reserva) e Marina (38% a 38%). Contra Haddad, o placar pró-Bolsonaro seria de 40% a 36% - um empate no limite da margem de erro, o que significa que são muito maiores as probabilidades de o candidato do PSL estar à frente. A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 10 de setembro. Foram realizadas 2.002 entrevistas com eleitores de 145 cidades. A margem de erro estimada é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral. (AE)

pelo Brasil”, afirmou. Haddad encerrou o pronunciamento em frente à PF em Curitiba aos gritos de “Lula Livre”. Gleisi puxou, posteriormente, o coro “Boa noite, presidente Lula” e “Lula livre”. Prazo rejeitado - O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou ontem pedido da defesa do ex-presidente Lula para ampliar o prazo para que se realizasse a troca do nome da cabeça de chapa da coligação liderada pelo PT, após a candidatura do petista ter sido barrada com base na Lei da

Ficha Limpa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pouco após as 18 horas, depois da decisão de Celso de Mello, a defesa de Lula informou ao STF a substituição da candidatura e diz que o recurso perdeu o objeto. “O ex-presidente é arrancado da disputa eleitoral sem que haja, o que é lamentável, qualquer decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, apesar de o recurso extraordinário ter sido admitido pela ministra Rosa Weber, presidente do TSE, com o reconhecimento da existência de relevantes questões constitucionais”,

afirmou a defesa de Lula. “A democracia brasileira restará para sempre com esta dúvida”, completou. O PT informou ter feito a troca dos candidatos da chapa às 18 horas no TSE. Essa nova composição da coligação terá de ser submetida à aprovação da Corte eleitoral. Mais cedo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou parecer em que dizia ser “desnecessário” e “inútil” dar mais prazo essa substituição. Na mesma ação, os advogados de Lula também queriam que o STF desse uma liminar para suspender os efeitos da decisão do TSE que barrou o registro de candidatura do ex-presidente até que o Supremo avaliasse matérias constitucionais questionadas e também o fato de a corte eleitoral não ter levado em conta recomendação do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) a favor da manutenção de todos os direitos políticos o petista. A defesa do ex-presidente queria estender até 17 de setembro, prazo para a substituição de candidaturas, ocasião em que, alega, o plenário do STF teria tempo para apreciar todas as demandas apresentadas pelo petista. A terça-feira da próxima semana é o prazo final para que a Justiça Eleitoral aprecie todos os registros de candidatura contestados. (AE/ Reuters)

Supremo rejeita denúncia de racismo Brasília - Por 3 votos a 2, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem rejeitar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, por crime de racismo. O julgamento foi concluído ontem àa tarde, com o voto decisivo do presidente do colegiado, ministro Alexandre de Moraes, que desempatou o placar e definiu o resultado pela rejeição. O julgamento começou no dia 28 de agosto, antes do atentado em Juiz de Fora contra o candidato, mas foi interrompido na época por um pedido de vista (mais tempo para análise) de Alexandre de Moraes. Dos cinco ministros da Primeira Turma, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber se posicionaram a favor do recebimento da denúncia e da abertura de uma ação penal contra o parlamentar. Por outro lado, os ministros Marco Aurélio Mello, Luiz Fux e Alexandre de Moraes votaram contra o recebimento da denúncia, formando a maioria contra a abertura de uma ação penal para aprofundar as investigações. “Não tenho dúvida sobre a grosseria, a vulgaridade, o total desconhecimento da realidade nas declarações que foram feitas pelo denunciado (Bolsonaro). Quando se refere de maneira pejorativa, crítica, uma crítica ácida, grosseira, vulgar, desconhece a

realidade dos quilombos”, criticou Moraes. “Apesar da grosseria, do desconhecimento das expressões, não me parece que a conduta do denunciado tenha extrapolado os limites da sua liberdade de expressão”, concluiu o ministro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusava o parlamentar de, em palestra realizada no Clube Hebraica do Rio de Janeiro no ano passado, se manifestar de modo negativo e discriminatório sobre quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBT. Na palestra, Bolsonaro disse: “Alguém já viu um japonês pedindo esmola por aí? Porque é uma raça que tem vergonha na cara. Não é igual essa raça que tá aí embaixo ou como uma minoria tá ruminando aqui do lado.” Na ocasião, o parlamentar também afirmou que visitou um quilombo em Eldorado Paulista, onde “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador eles servem mais. Mais de um bilhão de reais por ano gastado com eles”. Contexto - Na avaliação de Alexandre de Moraes, “por mais grosseiras e desrespeitosas” que tenham sido, as declarações de Bolsonaro “foram dadas num contexto de crítica política a instrumentos governamentais e políticas governamentais realizadas em relação a quilombolas e refugiados”. “As frases grosseiras, vulgares, desrespeitosas,

com desconhecimento de causa, quem deve analisar é o eleitor. Quem deve analisar é o cidadão”, ressaltou Moraes. “Suas declarações, principalmente as mais grosseiras, vulgares, em momento algum tiveram o intuito objetivo de negar o sofrimento ou ser contra o sofrimento causado aos negros e seus descendentes pela escravidão”, pontuou o ministro. No mês passado, o ministro Luís Roberto Barroso alegou que “arrobas e procriador são termos usados para se referir a bichos”. “Portanto, eu penso que equiparar pessoas negras a bichos eu considero, em tese, para fins de recebimento de denúncia, um elemento plausível da violação do artigo 20 (da lei 7.716, que prevê pena de um a três anos e multa por discriminação ou preconceito de raça)”, observou Barroso. Barroso ainda destacou outra fala de Bolsonaro, sobre homossexuais. O parlamentar disse: “Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo. Não vou combater nem discriminar, mas, seu vir dois homens se beijando na rua, vou bater.” Bolsonaro é réu em duas ações penais, pelos crimes de injúria e incitação ao crime de estupro, após ter declarado que não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) “porque ela não mereceria”. (AE)


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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

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Cada um dos três empreendimentos da rede receberá investimento de R$ 20 milhões

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Primeiro parque deve ser inaugurado em meados do próximo ano em Atibaia, no interior de São Paulo

HOTELARIA

Tauá vai investir R$ 60 mi em parques aquáticos Rede mineira fechou parceria com Polin Waterparks para a construção de três complexos in door DANIELA MACIEL

Curtir as delícias de um parque aquático mesmo com chuva ou frio é uma proposta quase irresistível para crianças e adultos que não dispensam uma piscina sempre que podem. De olho nesse público e com o objetivo de aumentar a ocupação no inverno e períodos chuvosos, a mineira Rede Tauá fechou parceria com a Polin Waterparks, gigante do mercado de equipamentos para parques aquáticos, para

a criação de três parques aquáticos in door do Brasil, nas unidades de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), de Atibaia (SP) e de Alexânia (GO), totalizando um investimento de R$ 60 milhões. Caeté receberá o investimento de R$ 20 milhões em 2020, e Alexânia no ano seguinte. O primeiro espaço de 4 mil metros quadrados, porém, deve ser inaugurado em julho do ano que vem em Atibaia. Todo parque será clima-

tizado e dividido em quatro diferentes áreas: baby, até três anos; a principal, que atenderá crianças a partir de quatro anos até adultos; um SPA com piscina a 40 graus; e um bar temático. Serão cinco grandes equipamentos, sendo que o maior deles possuiu oito toboáguas. A fundação do parque começa na próxima semana. Cada parque in door gera cerca de 50 empregos diretos. De acordo com o diretor financeiro da Rede Tauá, Daniel Chequer Ribeiro, os AGÊNCIA VIEWTIFUL - DIVULGAÇÃO

Churrascaria na região Centro-Sul de Belo Horizonte recebeu aporte entre R$ 4 mi e R$ 6 mi

GASTRONOMIA

Baby Beef inaugura hoje a sua segunda unidade na capital mineira JULIANA BAETA

O Baby Beef ganhará a sua segunda unidade em Belo Horizonte. A nova casa, localizada na avenida Raja Gabaglia, no bairro São Bento, estará aberta para o público a partir de hoje com várias novidades, como uma butique de carnes, novos pratos no cardápio e harmonização com cervejas da Backer. O empreendimento demandou um investimento entre R$ 4 milhões a R$ 6 milhões. Segundo o presidente do grupo, Yago Furlan, a nova casa é uma solicitação antiga de clientes por uma unidade na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Até então o Baby Beef estava presente somente na avenida Cristiano Machado, no bairro União, região Nordeste da Capital. Já fora de BH, o grupo tem

uma unidade em São Paulo e outra no Rio de Janeiro, mas a ideia é ampliar a presença até mesmo fora do País. “Temos planos de ter uma unidade também em Juiz de Fora, em Brasília e em Goiânia, e fora do Brasil, estamos analisando a possibilidade de abrir uma casa em Miami”, revela Furlan, que credita a boa safra nos negócios à operação “redonda” da marca. Ainda não há previsão para a instalação destas unidades. Infraestrutura - O novo Baby Beef Steakhouse ocupa uma área construída de 2.100 metros quadrados e tem capacidade para atender quase 400 clientes. As mesas são distribuídas em dois salões, e o espaço conta com uma área para crianças, ilha de frios, antepastos e guarnições

e ainda uma Backer Station, para harmonizar as carnes da casa com as cervejas artesanais da marca. Além disso, o espaço também abriga a Prediletos, uma butique de carnes para que o cliente possa levar para a casa as carnes Baby Beef já porcionadas e também os temperos. O rodízio também traz algumas novidades, como cortes de carnes nobres como ancho, carré de cordeiro e shoulder steak. Em breve, o modelo pode ser replicado também na unidade da avenida Cristiano Machado, que deve passar por uma reforma a partir do próximo mês. Além disso, o grupo tem planos de aplicar o formato da Prediletos em lojas de ruas, para atender um número maior de regiões na cidade.

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novos equipamentos têm como objetivo tornar o Tauá Hotel & Convention Atibaia um destino nacional. “Esse é um mercado novo que estudamos bastante. Como a cidade tem um inverno relativamente rigoroso e um verão bastante chuvoso, um parque aquático in door é um grande diferencial. Atibaia é muito próxima a São Paulo e já trabalhamos com muitos grupos empresariais. Queremos trabalhar mais durante a semana com grupos de escolas. A

estrutura permite que isso aconteça sem que um grupo incomode o outro”, explica Ribeiro. Araxá - Apenas a unidade de Araxá, no Alto Paranaíba, não vai receber a novidade. O imóvel tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) tem restrições quanto a novas construções. A particularidade do empreendimento no interior do Estado, entretanto, não limi-

ta as inovações na unidade que vai receber um sistema de aquecimento das piscinas até o fim do ano no valor de R$ 500 mil. A unidade de Caeté está passando por um retrofit nos quartos, sistema de aquecimento nas piscinas externas e um Aqualegre, um tobogã tematizado dedicado às crianças, como já existe em Atibaia. Esses investimentos somam R$ 3 milhões. Atibaia também está ganhando novos spa e recepção.


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NEGÓCIOS FRANCHISING

Masterfranqueados são estratégicos para redes Modelo pode ser a solução para um dos maiores gargalos do setor no Brasil: a distribuição logística DIVULGA;’AO

DANIELA MACIEL

Criada para facilitar a expansão das marcas por diferentes países, a figura do masterfranqueado se tornou, no Brasil, uma estratégia para o crescimento das marcas nacionais no próprio território brasileiro. Por meio de um investimento substancialmente maior do que o de um franqueado unitário, o master obtém a autorização para subfranquear a marca em um determinado território. De acordo com o consultor de franquias e diretor da Franchise Solutions, Pedro Almeida, em um país de dimensões continentais como o Brasil, a estratégia pode ser a solução para um dos maiores gargalos da nossa economia: a distribuição logística. “Esse modelo é muito comum entre países. Na Europa, onde os países são pequenos faz muito sentido uma marca de Portugal, por exemplo, ter másteres na França ou na Espanha, por exemplo. No Brasil essa estratégia é usada inclusive por marcas nacionais. Ela facilita muito o conhecimento da região e a distribuição. O master pode se responsabilizar por isso regionalmente, diminuindo os custos e as dificuldades da distribuição, já que a nossa malha é tão

Fernando Pacheco vende franquias e presta treinamento aos franqueados da ERA no Brasil

falha”, explica Almeida. A legislação brasileira reconhece o masterfranqueado e regulamenta a sua relação com a franqueadora e com o franqueado unitário. Ele tem o direito de franquear a marca em um determinado território e como remuneração fica com parte de todas as taxas e direitos, como royalties sobre lucro e taxa de franquia. De outro lado tem como obrigação dar todo o treinamento e suporte para o franqueado.

“Nesses casos, mesmo que a franqueadora seja nacional, todo o relacionamento do franqueado unitário com a marca se dá através do master. É importante entender que o masterfranqueado não é um franqueado iniciante, ele é um empreendedor, um empresário experiente e com capital para investir”, pontua o consultor. Sediada na Inglaterra, a ERA - Expense Reduction Analysts, consultoria em

redução de gastos, escolheu o modelo de masterfranqueado para expandir no Brasil. O empresário Fernando Pacheco, country manager da ERA Brasil há sete anos, começou como franqueado unitário. “Minha responsabilidade é a operação no Brasil. Eu vendo as franquias e presto treinamento e todo o suporte aos franqueados aqui. Além disso, presto coaching para outros países na América do Sul”, afirma Pacheco.

Além do Brasil a ERA mantém másteres na Alemanha, Áustria, Suíça e Ucrânia. O valor investido varia de acordo com tamanho da área determinada e o potencial de desenvolvimento da região. No Brasil já são 17 unidades franqueadas. Em Minas Gerais a busca é por um masterfranqueado. Franqueadoras brasileiras – A Aquio, rede paulista de franquias especializada em maquininhas de cartão, trabalha com uma outra categoria de masterfranqueado: o Franqueado Desenvolvedor de Área (FDA). Nesse caso, a relação do franqueado unitário é direto com a franqueadora. O FDA é responsável pela venda da franquia e também pelo treinamento e suporte e tem a remuneração em cima dos resultados dos franqueados desenvolvidos por ele, porém o contrato do franqueado é direto com a franqueadora. Segundo o diretor de expansão da Aquio, Antônio Brizotti Junior, a marca tem atualmente 48 FDAs, sendo sete em Minas Gerais: Belo Horizonte, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Sul de Minas, Vale do Aço, Zona da Mata, Triângulo e Norte de Minas. “Em cada região buscamos primeiro um FDA para

depois começar a venda de unidades. Essa é uma estratégia interessante porque faz com que a gente crie um relacionamento muito mais rápido, fique mais próximo dos nossos futuros clientes. A remuneração vem também da performance dos franqueados”, analisa Brizotti Junior. A rede de imobiliárias Nova Capital, sediada no estado do Mato Grosso também optou pelo master após uma tentativa pouco exitosa de controlar toda da expansão. De acordo com o diretor de Franquias da rede, Richard Deves, para ser um masterfranqueado na região Central de Minas o investimento gira em torno de R$ 1,8 milhão. No Estado cabem três masterfranqueados. “Quando começamos pensamos em um modelo de expansão concêntrica, partindo da nossa região, seguindo pelo interior do Estado até chegar aos nossos vizinhos e assim crescer pelo Brasil todo. Quando entendemos o funcionamento do master percebemos que poderíamos ganhar velocidade na expansão. Apenas em São Paulo e Minas teremos mais de um master. O objetivo é que cada um deles abra dez unidades até o fim de 2019, totalizando 30 unidades em Minas”, pontua Deves. PIXABAY

EDUCAÇÃO

Presença de estudantes brasileiros em universidades no exterior cresce 15% DA REDAÇÃO

A presença de estudantes brasileiros em universidades internacionais aumentou 15% entre 2014 e 2015, apontou o relatório Wissenschaft weltoffen do Ministério da Pesquisa e Educação da Alemanha (BMBF), publicado em julho último. Com a evolução registrada, o crescimento de brasileiros matriculados fora do país, que passou de 37 mil para um pouco mais de 42 mil, foi o nono maior do período analisado. Ao mesmo tempo, o número de estudantes internacionais no Brasil aumentou 30% entre 2014 e 2015. Dessa maneira, o Brasil alcançou o terceiro melhor desenvolvimento mundial neste período, depois de China (55%) e Turquia (33%). Depois de crescer sig-

nificativamente em anos anteriores, a presença de estudantes alemães em instituições brasileiras encolheu 7% entre 2014 e 2015, registrando a segunda maior queda depois da dos chineses (-8%). Quanto ao número de candidatos ao doutorado pelo mundo, a presença de brasileiros cresceu 12,8% no período, apontou o relatório. Na Alemanha, por exemplo, 90 cientistas do Brasil obtiveram o título em 2016, confirmando uma presença importante no ensino superior alemão desde 2011. O relatório financiado pelo BMBF oferece um panorama sobre a internacionalização do estudo e pesquisa. As estatísticas compilam dados anuais do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (Daad), do Centro Alemão de Ensino Supe-

rior e Pesquisa Científica (DZHW) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em 2015, as estimativas apontaram que 4,7 milhões estudantes estavam matriculados fora de seu país de origem, um aumento de 6% em relação ao ano anterior - a maioria vem da China, totalizando 860 mil. Dentre os países com maior número de estudantes internacionais estão Estados Dados da BMBF apontam que até 2015 eram 42 mil estudantes brasileiros no exterior Unidos, Reino Unido, AusA origem desses alunos, Na Alemanha, os estados política de internacionatrália, França e Alemanha. em 29% dos casos, é da mais populares entre os es- lização da ciência e pesInternacionalização – Em Ásia e Pacífico, seguido tudantes internacionais são quisa alemã. O objetivo é 2017, a Alemanha recebeu pelo Leste Europeu (20%). Berlim (15%), Saxônia (14%) aumentar a visibilidade no Brasil da Alemanha como 359 mil estudantes estran- A América Latina corres- e Brandenburgo (13%). O Centro Alemão de Ci- polo científico e tecnológico geiros, um crescimento de ponde a 5,7% do total, sendo 5% em relação ao ano ante- o México o país que mais ência e Inovação São Paulo e favorecer a sinergia e o rior. Atualmente, cerca de enviou estudantes para a (DWIH São Paulo) foi criado intercâmbio entre as insti12,8% de todos os matricula- Alemanha (545). O Brasil em 2009 pelo Ministério tuições científicas alemãs e dos nas instituições alemãs aparece logo depois, com das Relações Externas da brasileiras, bem como destas vêm de outros países. 527 estudantes em 2017. Alemanha, como parte da com empresas.

IDEIAS

Felicidade no trabalho é assunto estratégico BIANCA OGLIARI E GUILHERME KRAUSS *

A vontade de se desenvolver e dar o melhor de si no ambiente de trabalho, além de criar relações mutuamente satisfatórias, pode resultar na perspectiva de felicidade no ambiente profissional. Atitudes positivas perante a vida e o conhecimento dos nossos próprios pontos fracos e fortes nos ajudam a alcançar essa felicidade e a chegar ao nosso bem-estar. A felicidade no trabalho é um assunto que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo das empresas. Além de característica fundamental para o desenvolvimento, a felicidade profissional individual resulta na fe-

licidade coletiva da empresa. Desafios constantes, sentimento de utilidade, reconhecimento e respeito entre os colegas de trabalho, perspectivas e segurança são alguns dos fatores que geram resultados positivos em uma empresa. Esses fatores, porém, não são estanques, uma vez que a carreira do profissional, assim como o mercado de trabalho, está em constante mutação juntamente com a felicidade; esta por sua vez é uma busca diária do ser humano e muitas vezes, vista como inatingível. Entusiasmo, interesse e contentamento fortalecem a segurança do profissional – empresas bem-sucedidas têm colaboradores felizes e mais engajados,

leais e criativos. Assim, a felicidade pode influenciar na produtividade e na qualidade de engajamento no trabalho. Uma pesquisa publicada

Pessoas felizes tendem a ser mais produtivas e permanecer mais tempo na empresa, o que reduz os custos de recrutamento e adaptação no Journal Of Applied Psychology mostra que os colaboradores com altos níveis de satisfação no trabalho são mais propensos a ajudar os outros e

são mais cooperativos e felizes com o resultado de suas atividades. Um outro estudo, realizado pela Net Impact-Rutgers University, mostra que 88% dos funcionários acreditam que, além de importante, é imprescindível ter felicidade no trabalho aliado a uma atmosfera positiva na vida pessoal. A Microsoft e Toyota, por exemplo, introduzem técnicas para gerar o flow no ambiente profissional para o aumento dos níveis de prazer, felicidade e bem-estar. Apesar de todos os fatores já comprovados em estudos sobre o tema, ainda existem muitas empresas que veem a felicidade no trabalho como algo intangível, ou um investimento a ser postergado.

Mas vale lembrar que postergar o bem-estar dos funcionários pode implicar na perda de rendimento para a empresa. Pessoas felizes tendem a ser mais produtivas e permanecer mais tempo na empresa, o que reduz os custos de recrutamento e adaptação. E, se você quer ser feliz na vida e no trabalho, vale lembrar que ações que busquem incentivar a felicidade no trabalho são tão importantes quanto características que visam a felicidade na vida pessoal. O profissional só alcançará a felicidade no trabalho quando ele souber priorizar a qualidade de vida. *Profissionais da Humans at Work, consultoria especializada no ser humano dentro da organização


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NEGÓCIOS TATIANA FONTES - DIVULGAÇÃO

CONSTRUÇÃO CIVIL

INOVAÇÃO

Hauz Construções Personalizadas estima crescimento de 90% neste ano

Programa visa conectar startups a investidores DA REDAÇÃO

Faturamento deve dobrar em 2019 de condomínios residenciais na Bahia. Para suprir a demanda por Além de executar o projeconstruções personalizadas, o to personalizado do cliente, Grupo Katz criou a Hauz Cons- a empresa também atua para truções Personalizadas há cinco reduzir os impactos ambientais anos e, prova do aquecimento e recomenda o uso de energias deste mercado é a projeção de limpas nos empreendimentos. um crescimento da empresa “Utilizamos madeira de reem torno de 90% em relação florestamento, implementamos ao ano passado e de dobrar o tecnologias para reduzir o uso faturamento no ano que vem. de energia e reaproveitar a água “Com a procura cada vez maior da chuva, por exemplo. Durante de pessoas querendo executar as obras, prezamos pela destialgum projeto, comercial ou re- nação correta dos entulhos. Os sidencial, o grupo Katz entendeu próprios consumidores já estão que se tratava de um nicho e criou tendo uma preocupação muito a Hauz para maior quanto atender a esa questão da tas solicitações sustentabi“Os próprios consumidores por construções lidade. Mesjá estão tendo uma personalizamo na parte das”, conta o preocupação muito maior de preparar o sócio-diretor da terreno, na terquanto a questão empresa, Guiraplanagem, da sustentabilidade” lherme Vargas. vários clientes Apesar de acompanham a demanda este processo porque querem continuar em alta, houve uma preservar a natureza existente mudança no tamanho dos em- ali”, conta Vargas. preendimentos encomendados. “Com a crise que a gente está Spa - O último empreendimento vivendo, o nosso cliente, que entregue, por exemplo, o hair tem alto poder aquisitivo, não spa Terraço Laces, aberto para parou de construir, mas reduziu público no último dia 4, foi consos tamanhos dos projetos. Temos truído desta forma. Instalado visto uma pequena melhora no no bairro Lourdes, na região mercado este ano, mas entende- Centro-Sul da capital mineira, mos que muitas pessoas estão toda a infraestrutura do espaço aguardando de fato uma decisão foi pensada para contar com política do nosso País para voltar soluções sustentáveis, como a investir”, comenta. sistema para tratamento de água A maior parte do mercado da para reutilização, tinta orgâniempresa é de Minas Gerais, mas ca aplicada nas paredes, mais há espaço para outras regiões. de 1.000 plantas no ambiente, Atualmente, por exemplo, a criando um bioma que reduz o Hauz está com dois projetos uso do ar-condicionado. JULIANA BAETA

Vargas: pessoas aguardam decisão política no País para retomar investimentos LECA NOVO - DIVULGAÇÃO

Último empreendimento a ser entregue foi o Terraço Laces em BH

Um programa que conecta startups a mentores e investidores acontece de 29 de setembro a 28 de outubro, na capital mineira. Trata-se do V.O.E – Valorizando o empreendedorismo. A proposta do programa é auxiliar quem ainda não tirou sua ideia do papel e a aprimorar a gestão de empreendedores que já tem seus negócios. Durante um mês os participantes terão contato com alguns dos maiores empreendedores do País, além de passar por cursos de planejamento estratégico, marketing, comunicação, captação de recursos, produtos e serviços, e, principalmente, elaboração. Será oferecido todo o suporte para levar uma ideia adiante e estudar a viabilidade do negócio. “É a primeira vez que isso acontece em Belo Horizonte nesse modelo. Existem outros, mas são focados em áreas específicas”, comenta o economista e CEO do Hub Social – incubadora e aceleradora de projetos sociais –, Daniel Gonzalez. De acordo com Gonzalez , um dos realizadores do programa, ao final da programação haverá oportunidade para os participantes apresentarem seu negócio para uma banca investidora, que irá avaliar e premiar as melhores ideias. “Empreendedores terão a oportunidade de visualizar e profissionalizar sua ideia, e os investidores de conhecer esses projetos em processo embrionário. Muitas ideias acabam morrendo por falta de programas como esse”, argumenta. Segundo o CEO do Hub Social, o evento surgiu da consciência de que existem vários jovens com boas ideias, mas sem tempo ou ferramentas para fazer a projeção ou o planejamento. As premiações do V.O.E variam de valor em dinheiro a horas de mentoria. São 20 vagas, e as inscrições estão abertas por meio do link: www. sympla.com.br/hubsocial

E-COMMERCE

Casoca ganha mercado com vendas para a Casacor DIVULGAÇÃO

JULIANA BAETA

Conectar fornecedores a compradores de produtos de casa e decoração em um ambiente on-line, além de oferecer para as lojas e marcas do setor uma nova plataforma de vendas, também permite ampliar o público deste mercado, até então concentrado nas lojas físicas e limitado pelas barreiras geográficas. Com esta proposta, nasceu no final do ano passado, o Casoca, com investimento inicial de R$ 100 mil e a união entre as experiências da administradora Roberta Lolato e do economista Matheus Melo. Hoje, a empresa já colhe os frutos de sua participação na Casacor deste ano. O próximo passo é expandir ainda mais a atuação. Atualmente trabalhando com 55 marcas, a expectativa é somar mais dez até o fim do ano. A projeção é impulsionada principalmente pela procura de fábricas e lojas não só de Minas, mas de outros estados, que também querem expor os seus produtos na plataforma. Depois da exposição na Casacor, a empresa já recebeu, inclusive, contato de outras mostras interessadas neste modelo. “É um shopping de casa e decoração on-line que funciona como um intermediador para lojas, fábricas e designers que querem vender seus produtos on-line e têm pouco tempo para criar e

Roberta Lolato e Matheus Melo investiram R$ 100 mil na plataforma

administrar essa estrutura. Muitas lojas não vendem nada on-line, só fisicamente, o que é impressionante porque isso hoje já faz

parte da vida das pessoas”, afirma Roberta Lolato. Com o registro de um ticket médio de R$ 1.200 por venda, a

plataforma tem se provado eficiente. Além disso, ela permitiu que a Casacor disponibilizasse pela primeira vez a venda e encomenda de produtos expostos durante todo o período de realização e até durar o estoque. “As vendas na Casacor eram abertas sempre nos últimos dias de evento, e as pessoas que visitavam antes, nos outros 40 dias, não tinham a oportunidade de compra. Então, o Casoca apresenta as marcas do evento e dá o canal para o interessado comprar um item que está lá dentro. Porque as vezes a pessoa passou pela mostra, viu ali vários fornecedores, mas não gravou aquilo, e pode chegar em casa e ver pelo site os produtos, escolher com calma. Ou pessoas de fora de BH e mesmo de Minas Gerais que vem visitar a mostra, voltam para a casa, e depois têm a possibilidade de fazer essa compra”, explica Melo. Somente com as lojas físicas, as vendas neste mercado costumavam ficar restritas à respectiva localidade, acarretando em um baixo fluxo de pessoas. Com a loja virtual, este público é ampliado e rende ainda uma clientela extra. “São pessoas, por exemplo, que nem estariam dispostas a sair de casa para olhar, para comprar, mas ao ver na internet, acabam se interessando e comprando o produto. A gente percebe que as vendas mais rápidas são as de decoração, já as de mobiliário, por

exemplo, a pessoa visita o site em média 15 vezes antes de comprar. Porque ela ver direito, saber o tamanho, se vai caber na casa dela, e para isso também abrimos o nosso canal de comunicação. O primeiro contato é pelo chat do site, e depois entramos em contato por telefone ou WhatsApp. Alguns clientes gostam de conversar, mandam fotos de casa pra saber se vai combinar, mede o espaço que tem na sala e compara com o tamanho do produto”, conta, ainda. Negociação - O contato personalizado, inclusive possibilitando negociar formas de pagamento e envio, é um meio de oferecer o acolhimento de uma loja física no ambiente on-line. “A gente também auxilia o cliente a encontrar o que ele está procurando, mesmo que este produto não esteja no site. Mas, por exemplo, ele pode falar que quer um sofá parecido com um que ele encontrou, mas de um tamanho diferente, outra cor. Aí acionamos os nossos fornecedores para ver qual tem um produto mais próximo do que o cliente quer”, conclui. A receita do negócio vem de comissões sobre as vendas. Desta forma, os produtos expostos pelo fornecedor que não são vendidos não geram custos para ele, e os que são vendidos, o Casoca recebe uma comissão sobre o valor.


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

JONAS OLIVEIRA / DIVULGAÇÃO

No Estado, o destaque foi a soja, com volume recorde de 5,54 mi de toneladas, aumento de 9,4% frente às 5 mi de ton da safra anterior

GRÃOS

Safra é recorde em Minas, com boas projeções para novo ciclo Em 2017-2018, produção alcançou 14,17 mi de toneladas, alta de 0,7% MICHELLE VALVERDE

O 12º Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos 2017/18 confirmou a produção recorde em Minas Gerais. Apesar de ter apresentado uma variação positiva de apenas 0,7%, frente ao período anterior, a produção estadual de grãos alcançou 14,17 milhões de toneladas. O desempenho positivo pode ser atribuído, principalmente, ao aumento da produção de soja, que também foi recorde. As expectativas em relação ao novo ciclo de produção são positivas. Além dos bons resultados alcançados na safra 2017/18, a desvalorização do real frente ao dólar deixa o mercado favorável para a exportação. De acordo com os dados da Conab, a variação positiva na produção foi resultado de uma produtividade 1,4% superior, com o rendimento médio por hectare de 4,23 toneladas. No período, houve redução de 0,8% na área de cultivo, que somou 3,34 milhões de hectares. Para a próxima safra, a tendência é, pelo menos, repetir o resultado da safra atual. Em relação ao Brasil, a safra 2017/18 foi encerrada com a produção estimada em 228,3 milhões de toneladas, queda de 3,9% frente a anterior, mas, ainda assim, a segunda maior já colhida no País. Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Araújo, a tendência para o período produtivo que se inicia é de resultados positivos. “Encerramos a safra dentro do que já vínhamos trabalhando. Os sinais que temos é de que no ano safra que se inicia deveremos ter a mesma direção de comportamento de produção. A safra de verão foi bastante forte e tivemos alguns problemas na segunda por adversidades climáticas”, afirmou. No entanto, Araújo observa que “as eventuais perdas ou queda de produção, de todo modo, nos produtos que são exportados, foram

compensadas pelas taxas de câmbio bastante elevadas. Então, se percebe, de modo geral, que continuamos tendo resultados bastante positivos e deveremos trabalhar com essa perspectiva para o período 2018/19. O agronegócio segue dando indicativos e contribuições fortes para a economia como um todo”. Produtos - Dentre os grãos cultivados em Minas Gerais, o destaque foi a soja. A produção estadual alcançou o volume recorde de 5,54 milhões de toneladas, aumento de 9,4% frente às 5 milhões de toneladas colhidas anteriormente, até então o recorde. A área ocupada com a soja foi de 1,5 milhão de hectares, 3,6% superior à safra passada, mantendo a tendência dos últimos anos. A produtividade teve incremento de 5,6% passando de 3,4 toneladas por hectare na safra anterior para 3,67 toneladas por hectare na safra atual. De acordo com os técnicos da Conab, de modo geral, as condições

climáticas favoreceram bastante o desenvolvimento da cultura, assim como a conclusão da colheita. Algodão - Outro destaque positivo foi a produção de algodão. Em Minas Gerais, a safra apresentou incremento de área na ordem de 60% em relação ao ano passado, com o plantio em 25 mil hectares. O crescimento foi motivado pelos bons preços praticados ao longo de 2017 e pelas expectativas promissoras para o mercado do algodão no Estado. A produtividade teve acréscimo de 6,1% e totalizou 3,9 toneladas por hectare, o que, segundo a Conab, é justificado pelo aumento do uso de tecnologias, principalmente a irrigação. O aumento estimado para a produção de algodão em caroço é de 70,2%, podendo somar 99,2 mil toneladas. Deste volume, a produção de pluma soma 39,7 mil toneladas, 74,9% maior. Os técnicos da Conab ressaltam no relatório que a colheita está quase encerrada, restando apenas

algumas lavouras cuja semeadura foi mais tardia, e que tende a se estender até outubro. De modo geral, os cotonicultores mineiros estão bastante satisfeitos com o produto colhido. A produtividade superou as expectativas iniciais, a qualidade da fibra é boa e os preços são remuneradores. Sorgo - Alta também na produção de sorgo. De acordo com a Conab, em Minas Gerais, o crescimento foi de 14,9% na área plantada, motivado pelo fechamento da janela para o plantio do milho safrinha, aumento nos preços da alimentação dos animais, melhor resistência ao clima quente em algumas regiões e o menor custo de produção. Apesar das vantagens, houve redução de 2,9% na produtividade em relação à safra anterior. Mesmo com relativa tolerância ao período seco, a cultura sofreu com o déficit hídrico ocorrido no segundo trimestre do ano. Dessa forma, Minas colheu 732,8 mil toneladas de sorgo, alta de 11,5%.

Volume de milho diminuiu 5,8% A concorrência com a soja na primeira safra e a redução da janela de plantio na segunda safra fizeram com que a produção total de milho em Minas Gerais encerrasse a safra 2017/18 em 7 milhões de toneladas, variação negativa de 5,8%. A área destinada à cultura do cereal ficou 8% menor, com o uso de 1,16 milhão de hectares. A produtividade média das lavouras, 6 toneladas por hectare, aumentou 2,5%. O plantio de milho primeira safra apresentou redução de 9,2% em relação à safra anterior, passando de 909,4 mil hectares para 825,7 mil devido à preferência dos agricultores pela soja, que apresentava preços mais remuneradores no período do plantio. O atraso das chuvas também contribuiu para a redução de área, uma vez que causou estreitamento da janela de plantio. O rendimento teve incremento de 2,5% e somou 6,5 toneladas por hectare. Na segunda safra, a área de milho foi estimada em 339,4 mil hectares, menor em 5,1% quando comparada à safra anterior. Dentre os motivos da queda estão os altos custos de produção e principalmente o atraso da colheita das culturas de verão. As condições climáticas, que estavam boas

na época da semeadura, mostraram-se desfavoráveis no pós-plantio, comprometendo o desenvolvimento das lavouras. Com isso, a produção do milho safrinha caiu 2% e somou 1,69 milhão de toneladas. Outra queda foi verificada na colheita do feijão. Na safra 2017/18, a produção mineira foi de 513,6 mil toneladas, variação negativa de 4%. A área de cultivo foi reduzida em 2,6% e encerrou em 339,2 mil hectares. Queda também na produtividade, 1,5%, com a colheita de 1,5 tonelada por hectare. Em Minas Gerais, a área destinada à produção de trigo apresentou redução de 1,1% em relação à safra anterior, totalizando 83,7 mil hectares. A produtividade do trigo irrigado não sofreu redução significativa em razão do sistema de plantio. Já as lavouras de sequeiro foram prejudicadas por períodos de estiagem ao longo do desenvolvimento da cultura, além de altas temperaturas na fase de germinação. Com isso, a produtividade média do cereal no Estado apresentou queda de 7% quando comparada à safra 2016/17, totalizando 2,47 toneladas por hectare. É esperada retração de 8,6% na produção, que pode somar 207,2 mil toneladas. (MV)

Rendimento brasileiro é o segundo maior da história São Paulo - A produção brasileira de grãos deve encerrar o ciclo 2017/2018 com um total de 228,33 milhões de toneladas, a segunda maior da história do País, representando queda de 3,9% (menos 9,4 milhões de toneladas) em comparação com o período anterior, quando atingiu recorde de 237,67 milhões de toneladas. Isso é o que mostra o 12º e último levantamento sobre a safra 2017/18 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado ontem. O resultado também é 0,1% menor (234 mil toneladas a menos) ante o levantamento anterior, de agosto, quando a Conab estimou a safra 2017/18 em 228,57 milhões de toneladas. A área manteve-se próxima à estabilidade, com ligeira alta de 1,4% (mais 859,8 mil hectares), passando de 60,9 milhões de hectares para recorde de 61,7 milhões de hectares. Segundo a Conab, a área só não foi maior porque houve redução na área de milho primeira e segunda safras. Em relação à safra anterior, a área de milho primeira safra reduziu de 5,48 milhões para 5,08 milhões de hectares e a área de segunda safra reduziu de 12,10 milhões para 11,56 milhões de hectares em razão, principalmente, da expectativa futura de mercado. A soja continua como importante destaque entre as culturas analisadas, apresentando crescimento de área e produtividade. A oleaginosa registrou produção recorde, atingindo colheita de 119,28 milhões de toneladas, aumento de 4,6% em comparação com

a safra anterior (118,99 milhões de toneladas). A safra total de milho deve alcançar 81,36 milhões de toneladas, queda de 16,8% ante a safra anterior (82,18 milhões de toneladas). Do total da produção de milho, 26,8 milhões de toneladas (menos 12%) deverão ser colhidas na primeira safra e 54,5 milhões de toneladas (menos 19,1%) na segunda safra. A Conab destaca, ainda, a estimativa de aumento da produção de algodão em pluma, calculada em 2 milhões de toneladas, representando aumento de 31,1% em relação à safra passada. A área plantada com a fibra deve atingir 1,17 milhão de hectares, o que representa um crescimento de aproximadamente 25%, e uma produtividade (algodão em caroço) de 4.267 quilos por hectare. A safra total de feijão deve alcançar 3,11 milhões de toneladas (queda de 8,3% ante 3,18 milhões de toneladas em 2016/17). A primeira safra de feijão está projetada em 1,28 milhões de toneladas (queda de 5,8%). A segunda safra da leguminosa deve atingir 1,21 milhões de toneladas (mais 1,2%) e a terceira safra do grão está projetada em 619,2 mil toneladas (menos 26,1%). A produção de arroz deve cair 2,1%, de 12,03 milhões de toneladas para 12,07 milhões de toneladas. Já a safra de trigo, cultivado no inverno, deve ser de 5,24 milhões de toneladas, em comparação com 5,14 milhões de toneladas em 2017, representando aumento de 22,9% entre os dois períodos.

IBGE projeta recuo de 6,2% no País em 2018 Rio de Janeiro - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou em 225,8 milhões de toneladas a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deste ano no País. A previsão do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de agosto é 0,4% inferior ao cálculo feito pela edição de julho da pesquisa. Caso a previsão se confirme, a safra será 6,2% inferior (cerca de 14,8 milhões) ao total de 2017, de acordo com o IBGE. A queda da previsão de julho para agosto foi provocada principalmente pela redução da estimativa acerca da safra do milho neste ano. De um mês para o outro, o IBGE reduziu sua previsão em 2,3%. A soja teve uma ligeira alta (0,3%) e o arroz cresceu 2,2%. Entre os outros grãos que respondem a mais de 1% da safra total, também tem previsão de queda de julho para agosto o feijão (-0,7%). Por outro lado, houve melhoras nas estimativas para o trigo (8,2%) e algodão (0,1%). De acordo com o levantamento de agosto, deverão ter alta em relação a 2017 as safras de soja (1,6%), trigo (38,6%) e algodão (24,7%). São esperadas quedas para o milho (-18,6%), arroz (-5,3%) e feijão (-1,3%). O IBGE também faz previsões para outras safras

agrícolas importantes para o País. Para a maior lavoura brasileira, a de cana-de-açúcar, é esperada uma queda de 0,2% em relação a 2017, já que, de julho para agosto, houve um recuo de 0,5% na estimativa. A projeção de agosto para a banana, outra lavoura importante, é 0,9% menor que a de julho. Com isso, espera-se que o ano feche com uma safra 7% inferior ao ano anterior. Também é esperada uma queda (-11,3%) para a batata-inglesa, depois de uma revisão de 0,1% para baixo na previsão de agosto. Para o tomate, a previsão recuou 1,6% de um mês para outro e agora o produto deve fechar o ano com queda de 0,2%. Já para a mandioca, o recuo de 0,4% de julho para agosto reduziu a previsão de safra em 3,5% em relação a 2017. A laranja até aumentou em 0,1% em relação a julho, mas continua sendo esperada uma queda de 8,6% na comparação com o ano anterior. A uva também teve aumento (4,2%) de um mês para outro, mas o produto continuará tendo uma queda em relação a 2017 (-14%). E o café deverá fechar o ano com alta de 24,2% em relação a 2017. A estimativa de agosto é 0,4% maior do que a previsão do mês anterior. (ABr)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

MERCADO FINANCEIRO

Cena eleitoral no País derruba o Ibovespa Principal índice acionário da B3 recuou 2,33%; já o dólar fechou em alta após três pregões em queda SAULO CRUZ/MME

São Paulo - O Ibovespa fechou em queda de mais de 2% ontem, abaixo dos 75 mil pontos, afetado por apreensões ligadas ao cenário eleitoral no País, com as ações de bancos e da Petrobras entre as maiores pressões negativas e dados mostrando nova saída de estrangeiros no mês. O principal índice de ações da B3 caiu 2,33%, a 74.656,51 pontos. O giro financeiro somou R$ 9,2 bilhões. O tom negativo foi ditado por pesquisa Datafolha, na véspera (10), que mostrou o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, com folga na liderança e quatro candidatos embolados na disputa pelo segundo lugar - Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT). Mas o levantamento também apontou que Bolsonaro continua tendo a maior rejeição entre os candidatos. Para o gestor Joaquim Kokudai, sócio na JPP Capital, a queda das ações reflete o temor no mercado quanto à possibilidade de um segundo turno entre Bolsonaro e Haddad ou Ciro, com chance de o candidato do PSL perder em razão da elevada rejeição. “O mercado teme um candidato com perfil mais à esquerda, que adote políticas com menor rigor na área fiscal”, disse. Para um gestor de outra administradora de recursos, no Rio de Janeiro, a pesquisa mostra “fotografia” de indefinição quanto ao segundo lugar nas pesquisas, mas sugere que Haddad continua mostrando a melhor capacidade de angariar apoio na reta final. O ex-prefeito de São Paulo foi aprovado por aclamação ontem, em reunião da Executiva do PT, como candidato à Presidência da República pelo partido em substituição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impedido de concorrer por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Volatilidade - Em relatório a clientes, os economistas Tony Volpon e Fabio Ramos, do banco UBS, avaliam que o pico da volatilidade deve ocorrer entre o primeiro e o segundo turnos. O pregão fechou com agentes financeiros na expectativa de pesquisa

Ibope prevista para sair ainda na noite de ontem, entre outros levantamentos previstos para a semana. Dados disponibilizados pela B3 mostraram saída líquida de estrangeiros do segmento Bovespa de R$ 508 milhões em setembro até o dia 6. No ano, as saídas superam as entradas em quase R$ 3,5 bilhões. Dólar - Depois de três pregões em baixa, a cotação da moeda norte-americana encerrou ontem em alta de 1,48%, valendo R$ 4,1542 para venda, o segundo maior patamar desde janeiro de 2016. Nos três pregões em baixa, o dólar acumulava um recuo de 1,44%. O Banco Central manteve os leilões tradicionais de swaps cambiais, sem efetuar nenhuma oferta extraordinária de venda futura do dólar. (Reuters/ ABr)

IGP-M

Indicador registra alta na 1ª prévia de setembro

Pesquisa Datafolha teve importante influência no comportamento do mercado na sessão

BANCO DO BRASIL

Fundo terá foco em igualdade de gênero ALISSON J. SILVA

São Paulo - O Banco do Brasil (BB) lança hoje um fundo de investimento que vai alocar recursos em empresas que apoiam a equidade de gênero. Focado tanto no segmento de varejo como na alta renda, o veículo mira captar R$ 200 milhões em até três anos, de acordo com o presidente da instituição, Paulo Caffarelli. “Esse fundo foi constituído com o objetivo de direcionar recursos para privilegiar a questão da equidade de gênero. O BB Ações Equidade vai investir em empresas signatárias aos ‘Princípios de Empoderamento das Mulheres’ (WEP, na sigla em inglês), estabelecidos pela ONU Mulheres”, explicou o executivo, em teleconferência com a imprensa ontem. Em um primeiro momento, o novo fundo do BB vai investir apenas em ações de empresas. Na mira, estão 18 companhias brasileiras, que incluem nomes como Ambev, B3, Vale, Bradesco e o próprio BB, e outras cinco estrangeiras: Microsoft, Tiffany, Mondelez, Pepsico e Merk. Um dos critérios utilizados para a seleção desses nomes foi o percentual de mulheres em cargo de gerência e administração nessas empresas, indicador

este que pode ser estendido para outros veículos de investimento, conforme o banco. No BB, a participação do público feminino em cargos de chefia, segundo Caffarelli, subiu de 12% para 16% em sua gestão. A meta, contudo, garantiu, é chegar aos 22% “o mais rápido possível”, considerando o tamanho da instituição. Para permitir que mais mulheres galguem posições de chefia no BB, de acordo com o executivo, o banco faz um esforço de destravar barreiras que travam o encarreiramento feminino no banco como, por exemplo, a mobilidade. Isso porque muitas mulheres deixam de subir a cargos mais altos por não poderem mudar a sua localidade por conta da família e filhos. “Não se muda o desenho de um dia para o outro. Tínhamos muitas mulheres no banco parando sua carreira por questão de mobilidade. Temos tido a preocupação de que não se pode penalizar mulheres por não terem mobilidade”, destacou Caffarelli, acrescentando que o BB acaba de promover uma gerente de São Paulo a superintendente, um fato inédito no banco. Retorno absoluto - O novo fundo do BB não tem uma

Entidade espera captar R$ 200 milhões em 3 anos com projeto

referência (benchmark) de rentabilidade. Seu retorno será absoluto. O banco mira captar R$ 100 milhões junto a pessoas físicas em até três anos, cuja aplicação mínima é de R$ 200,00, e os outros R$ 100 milhões no segmento private, com tíquete inicial de R$ 25 mil. A taxa de administração é de 1,5% a 2,0% para o varejo e de 1,00% a 1,5% para o private. Segundo a gerente-geral da unidade de captação e investimento do BB, Paula Mazanék, o banco avaliou diversos estudos e identificou que empresas com maior diversidade de gênero

em cargos de comando e processo decisório entregam rentabilidade “bastante satisfatória”. “Nossa estratégia, além da questão de buscar resultado ao investidor, vai ao encontro dos anseios crescentes da sociedade da valorização de diversidade no mundo empresarial e corporativo”, acrescentou ela, em conversa com jornalistas. De acordo com o BB, o fundo é o primeiro que vai apoiar a equidade de gênero no Brasil. Além dele, há outro semelhante, conforme Paula, em Londres. (AE)

ANBIMA

Captação com debêntures avança 96% no ano São Paulo – As debêntures lideram as emissões no mercado de capitais em 2018, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A captação com esses papéis teve crescimento de 96% de janeiro a agosto, em relação ao mesmo período do ano passado, acumulando R$ 95 bilhões. Os investidores

institucionais são os que mais fazem aportes nas debêntures, respondendo por 57,2% do total. “Mesmo em um contexto de incertezas na política e na economia, os títulos privados de dívida têm impulsionado o mercado de capitais e atraído os investidores”, afirma o vice-presidente da Anbima, José Eduardo Laloni. As captações totais no

mercado de capitais chegam a R$ 149,4 bilhões até agosto, um aumento de 33% frente aos R$ 112,3 bilhões dos primeiros oito meses de 2017. O destaque é para os instrumentos de renda fixa, que representam 89% do total captado este ano, contra 74% do mesmo período de 2017. Entre as debêntures, as incentivadas (regidas pela

Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,79% na primeira prévia de setembro, após ter aumentado 0,70% na primeira prévia de agosto. A informação foi divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumulou alta de 7,51% no ano e avanço de 9,24% em 12 meses. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M de setembro. O IPA-M, que representa os preços no atacado, aumentou 1,20%, ante um avanço de 1,03% na primeira prévia de agosto. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou queda de 0,04% na prévia de setembro, depois de uma redução de 0,07% em igual leitura de agosto. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve aumento de 0,10% na primeira prévia de setembro, depois da alta de 0,41% na primeira prévia de agosto. O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 a 31 de agosto. No dado fechado do mês de agosto, o IGP-M subiu 0,70%.

Lei 12.431) respondem por R$ 14,3 bilhões do total no ano. Em agosto, as duas principais emissões foram realizadas pela Celpe (Companhia Energética de Pernambuco), que captou R$ 600 milhões, e pela Agro Transmissão de Energia, com R$ 455 milhões. No último mês, as notas promissórias somaram R$ 2,4 bilhões. No acumulado do

ano, elas registram avanço de 60% na comparação com 2017, com volume de R$ 20,7 bilhões, frente aos R$ 12,4 bilhões de janeiro a agosto do ano passado. “Por serem títulos de prazos mais curtos, as notas promissórias costumam ser utilizadas pelas empresas para captações em períodos de incertezas”, explica Laloni. (Com informações da Anbima).

IPAs - Os preços dos produtos agropecuários medidos pelo IPA Agrícola subiram 1,47% no atacado na primeira prévia do IGP-M de setembro Na mesma prévia de agosto, houve elevação de 1,39%. Os produtos industriais no atacado, medidos pelo IPA Industrial, tiveram alta de 1,11% na primeira prévia de setembro, ante aumento de 0,91% na mesma prévia do mês anterior. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os bens finais subiram 0,13% na primeira prévia de setembro, depois do avanço de 0,14% na mesma prévia de agosto. Os preços dos bens intermediários tiveram aumento de 1,12% na prévia de setembro, ante elevação de 1,38% na primeira prévia de agosto. Os preços das matérias-primas brutas cresceram 2,58% na primeira leitura de setembro, após uma alta de 1,66% na mesma prévia de agosto. (AE)




Indicadores EconĂ´micos Inação

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VENDA

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R$ 4,2630

,&9 ',((6(

0,20%

0,88%

COMPRA

R$ 4,2300

R$ 4,1900

R$ 4,1900

,3&$ ,3($'

0,27%

0,29%

VENDA

R$ 4,3300

R$ 4,2900

R$ 4,2900

)RQWH AE

0,47%

$JRVWR 1R DQR PHVHV 0,70%

6,66%

8,89%

SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro CDB PrĂŠ 30 dias

6,45% - a.a.

Capital de Giro

9,83% - a.a.

Hot Money

1,08% - a.m.

CDI

6,39% - a.a.

Over

6,40% - a.a.

)RQWH: AE

Ouro 1 Nova Iorque (onça-troy)

US$ 1.202,20

US$ 1.199,80

US$ 1.204,30

R$ 158,50

R$ 156,43

R$ 159,50

BM&F-SP (g) )RQWH AE

Taxas Selic Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto

Ă‹QGLFHV 6HW

7ULEXWRV )HGHUDLV 0,57 0,54 0,58 0,47 0,53 0,52 0,52 0,52 0,54 0,57

0HWD GD 7D[D D D

7,00 7,00 6,75 6,75 6,50 6,50 6,50 6,50 6,50 -

Reservas Internacionais 10/09 .......................................................................... US$ 381.076 milhĂľes )RQWH: BC

Imposto de Renda %DVH GH &iOFXOR 5

$OtTXRWD

3DUFHOD D

GHGX]LU 5

Isento

Isento

De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

AtĂŠ 1.903,98

'HGXo}HV a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciåria. d) Pensão alimentícia. 2EV Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir. )RQWH: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendårio 2015

6HW 6DOiULR 937,00 &8% 0* ) 0,15 83& 5

23,51 8)(0* 5

3,2514 7-/3 D D

7,00 )RQWH 6LQGXVFRQ 0*

2XW 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

1RY 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00

'H] 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00

-DQ 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

)HY 954,00 0,14 23,54 3,2514 6,75

0DUoR 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

$EULO 954,00 1,45 23,54 3,2514 6,60

0DLR 954,00 0,17 23,54 3,2514 6,60

-XQKR 954,00 0,49 23,54 3,2514 6,60

06/08 a 06/09 07/08 a 07/09 08/08 a 08/09 09/08 a 09/09 10/08 a 10/09 11/08 a 11/09 12/08 a 12/09 13/08 a 13/09 14/08 a 14/09 15/08 a 15/09 16/08 a 16/09 17/08 a 17/09 18/08 a 18/09 19/08 a 19/09 20/08 a 20/09 21/08 a 21/09 22/08 a 22/09 23/08 a 23/09

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

02('$ 3$Ă‹6 BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO )RQWH %DQFR &HQWUDO

&Ă?',*2 30 35 40 45 55 65 70 75 90 95 100 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 210 220 345 425 450 470 535 540 560 570 640 642 660 665 715 720 725 730 735 741 745 770 775 795 796 800 805 810 815 820 825 828 830 865 870 880 930 975 978

Contribuição ao INSS &2035$ 0,5948 0,871 0,007143 0,4753 0,6469 0,499 0,4593 0,1881 0,08416 0,03506 13,7273 0,003468 5,8633 0,04068 1,1334 2,9565 4,1635 4,1635 3,1705 0,01978 5,0163 3,0218 0,5304 0,6105 4,1635 0,01485 4,2746 0,0007132 0,03732 0,2327 5,4175 0,002756 5,4105 0,1351 0,6457 1,2469 0,05726 0,005978 0,001351 4,1635 0,08352 0,07719 0,2167 0,1272 0,5442 0,00266 0,6055 0,6054 1,1432 10,8143 0,01664 0,0000991 1,11 0,001017 1,0041 0,0598 0,0002801 0,2649 1,1623 0,003696 1,12 4,8251

9(1'$ 0,6079 0,873 0,00722 0,4759 0,6471 0,4992 0,4595 0,1881 0,08772 0,0353 13,7565 0,003524 5,8682 0,04084 1,1339 2,959 4,1641 4,1641 3,1719 0,02002 5,0782 3,0234 0,5305 0,6197 4,1641 0,01488 4,277 0,000714 0,03734 0,2341 5,42 0,002766 5,4154 0,1351 0,6465 1,2487 0,05735 0,005984 0,001353 4,1641 0,08378 0,07723 0,2167 0,1274 0,5445 0,002678 0,6061 0,6056 1,1435 10,8158 0,01666 0,0000991 1,1102 0,001023 1,005 0,05982 0,0002804 0,2713 1,1637 0,003698 1,1207 4,8274

7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 atĂŠ 5.645,80 11,00 &2175,%8,d­2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5

AtĂŠ 954,00 (valor. MĂ­nimo) 11 104,94 De 954,00 atĂŠ 5.645,80 20 190,80 atĂŠ 1.129,16 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR AtĂŠ R$ 877,67 Acima de R$ 877,68 a R$ 1.319,18

9DORU XQLWiULR GD TXRWD R$ 45,00 R$ 31,71

)RQWH: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2018

FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD Maio/2018 Junho/2018

&UpGLWR Julho/2018 Agosto/2108

Seguros

TBF

25/08

0,01311781 2,92791132

26/08

0,01311781 2,92791132

27/08

0,01311781 2,92791132

28/08

0,01311781 2,92791132

29/08

0,01311781 2,92791132

30/08

0,01311781 2,92791132

31/08

0,01311781 2,92791132

01/09

0,01311781 2,92791132

02/09

0,01311781 2,92791132

03/09

0,01311781 2,92791132

04/09

0,01311781 2,92791132

05/09

0,01311781 2,92791132

28/08 a 28/09 29/08 a 29/09 30/08 a 30/09 31/08 a 30/09 01/09 a 01/10 02/09 a 02/10 03/09 a 03/10 04/09 a 04/10 05/09 a 05/10 06/09 a 06/10 07/09 a 07/10 08/09 a 08/10 09/09 a 09/10 10/09 a 10/10 )RQWH $(

06/09

0,01311781 2,92791132

07/09

0,01311781 2,92791132

08/09

0,01311781 2,92791132

09/09

0,01311781 2,92791132

10/09

0,01311781 2,92791132

11/09

0,01311781 2,92791132

12/09 0,01311781 2,92791132 )RQWH )HQDVHJ

0,2466 0,2466

0,4867 0,4867

AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(

Agosto ,*3 ', )*9

Agosto ,*3 0 )*9

Agosto

IOF - Pagamento do IOF apurado no 1Âş decĂŞndio de setembro/2018: Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa JurĂ­dica - CĂłd. Darf 1150. Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa FĂ­sica - CĂłd. Darf 7893. Operaçþes de câmbio Entrada de moeda - CĂłd. Darf 4290. Operaçþes de câmbio - SaĂ­da de moeda - CĂłd. Darf 5220. TĂ­tulos ou Valores MobiliĂĄrios - CĂłd. Darf 6854. Factoring - CĂłd. Darf 6895. Seguros &yG 'DUI 2XUR DWLYR ÂżQDQFHLUR - CĂłd. Darf 4028. Darf Comum (2 vias) IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no perĂ­odo de 1Âş a 10.09.2018, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “bâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005): a) juros sobre capital prĂłprio e aplicaçþes ÂżQDQFHLUDV LQFOXVLYH RV DWULEXtGRV a residentes ou domiciliados no exterior, e tĂ­tulos de capitalização; b) prĂŞmios, inclusive os distribuĂ­dos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espĂŠcie e lucros decorrentes desses prĂŞmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisĂŁo de contratos. Darf Comum (2 vias) Dia 14

0,5104 0,5108 0,4877 0,4649 0,4418 0,4665 0,4913 0,4930 0,4943 0,4944 0,4696 0,4696 4940 0,5184

1,0419 1,0906 1,0889

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

Agenda Federal Dia 13

Taxas de câmbio

24/08 a 24/09 25/08 a 25/09 26/08 a 26/09 27/08 a 27/09 28/08 a 28/09 29/08 a 29/09 30/08 a 30/09 31/08 a 30/09 01/09 a 01/10 02/09 a 02/10 03/09 a 03/10 04/09 a 04/10 05/09 a 05/10 06/09 a 06/10 07/09 a 07/10 08/09 a 08/10 09/09 a 09/10 10/09 a 10/10

Cide - Pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico cujos fatos geradores ocorreram no mês de agosto/2018 (art. 2º, § 5º, da Lei nº 10.168/2000; art. 6º da Lei nº 10.336/2001): Incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a residentes ou domiciliados no exterior, a título de royalties ou remuneração previstos nos respectivos contratos relativos a fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistência tÊcnica, cessão e licença de uso de marcas e cessão e licença de exploração de patentes - Cód. Darf 8741. Incidente na comercialização de petróleo e seus derivados, gås natural e seus derivados e ålcool etílico combustível (Cide-Combustíveis) - Cód. Darf 9331. Darf Comum (2 vias) &R¿QV 3,6 3DVHS Retenção na )RQWH ¹ $XWRSHoDV Recolhimento GD &R¿QV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV na fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurídicas referentes à aquisição de autopeças (art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005), no período de 16 a 31.08.2018. Darf Comum (2 vias)

'HFODUDomR GH 'pELWRV H &UpGLWRV 7ULEXWiULRV )HGHUDLV 3UHYLGHQFLiULRV H GH 2XWUDV (QWLGDGHV H )XQGRV '&7):HE - Entrega da Declaração de DĂŠbitos e CrĂŠditos TributĂĄrios Federais PrevidenciĂĄrios e de Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb), relativa ao mĂŞs de agosto/2018, pelas entidades compreendidas no 1Âş Grupo, com faturamento em 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (Instrução Normativa RFB nÂş 1.787/2018, art. 13, com a redação dada pela Instrução Normativa RFB nÂş 1.819/2018). Quando o prazo recair em dia nĂŁo Ăştil, a entrega da DCTFWeb serĂĄ antecipada para o dia Ăştil imediatamente anterior. DCTFWeb (internet) ()' 5HLQI Entrega da Escrituração Fiscal Digital de Retençþes e Outras Informaçþes Fiscais (EFD-Reinf), relativa ao mĂŞs de agosto/2018, pelas entidades compreendidas no 1Âş Grupo, com faturamento em 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (Instrução Normativa RFB nÂş 1.701/2017, art. 2Âş, § 1Âş inciso I, e art. 3Âş, ambos com a redação dada pela Instrução Normativa RFB nÂş 1.767/2017). Internet Dia 17 ()' Âą &RQWULEXLo}HV (QWUHJD GD EFD - Contribuiçþes relativas aos fatos geradores ocorridos no mĂŞs de julho/2018 (Instrução Normativa RFBnÂş 1.252/2012, art. 7Âş). Internet 3UHYLGrQFLD 6RFLDO ,166 Contribuinte individual, facultativo e segurado especial optante pelo recolhimento como contribuinte individual - Recolhimento das contribuiçþes previdenciĂĄrias relativas Ă competĂŞncia agosto/2018 devidas pelos contribuintes individuais, pelo facultativo e pelo segurado especial que tenha optado pelo recolhimento na condição de contribuinte individual. NĂŁo havendo expediente bancĂĄrio, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia Ăştil imediatamente posterior. GPS (2 vias) Dia 20 IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de agosto/2018, incidente sobre rendimentos de EHQHÂżFLiULRV LGHQWLÂżFDGRV UHVLGHQWHV ou domiciliados no PaĂ­s (art. 70, I, “eâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar nÂş 150/2015). Darf Comum (2 vias)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

19

LEGISLAÇÃO SISTEMA S

IMPOSTOS

Sebrae questiona a MP da Abram Entidade recorrerá ao Supremo contra retirada de R$ 200 milhões do seu orçamento Brasília - O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Guilherme Afif Domingos, disse ontem que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida provisória (MP) que retirou R$ 200 milhões do orçamento da entidade para criar a Agência Brasileira de Museus (Abram). Segundo ele, será apresentado um mandado de segurança na tentativa de suspender o remanejamento de 6% dos recursos, antes destinados ao Sebrae, para a Abram. A alegação é que entidade terá prejuízos com a iniciativa. A nova agência, que substituirá o atual Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), será responsável por coordenar a reconstrução do Museu Nacional, destruído em um incêndio no Rio de Janeiro há oito dias. Além disso, a Abram gerenciará os 27 museus que hoje estão sob os cuidados do Ibram. Afif Domingos afirmou também que analisa a possibilidade de ingressar com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF. O assunto será tema de reunião marcada para hoje. Ele buscará apoio de entidades, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Não somos contra a busca de soluções para os problemas dos museus, mas tem que ter mais gente envolvida. Podemos cooperar, mas pagar sozinhos está conta é desvio de finalidade”, disse, informando que o recurso deve ser apresentado até amanhã no Supremo.

De acordo com dados do Sebrae, os 6% vão gerar perda anual de 608 mil atendimentos feitos a projetos de pequenos e médios negócios, o equivalente ao destinado ao Norte do País. Em sua defesa, o órgão lembrou que foram esses pequenos e médios empreendimentos que responderam por mais de 90% dos empregos com carteiras assinadas no país no primeiro semestre de 2018. “Os recursos do Sebrae são oriundos de contribuições de domínio econômico”, afirmou Afif. De acordo com ele, não há definição na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para investimentos em museus. Pela medida provisória assinada na última segunda-feira (10) pelo presidente Michel Temer, R$ 200 milhões do orçamento reservado ao Sebrae serão repassados para a Abram, responsável pela gestão de 27 museus. A Abram também vai assumir a reconstrução do Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído por um incêndio no começo do mês. Afif Domingos afirmou que levará a questão ao Congresso. Porém, Senado e Câmara estão em período eleitoral. Para o governo, a Abram tem o mesmo perfil de serviço social do Sebrae e, por isso, teria a mesma rubrica pagadora. “Os recursos do Sebrae são oriundos de uma contribuição de domínio econômico, cuja finalidade de aplicação está no artigo 170 da Constituição Federal”, afirmou o presidente do Sebrae. “A exploração de museus está fora desta finalidade e não pode-

JUDICIÁRIO

JOSÉ CRUZ/ABr

Afif anuncia mandado de segurança para suspender remanejamento de verba do Sebrae

mos pagar a conta sozinho”, acrescentou Afif, explicando que foi surpreendido com a informação de que a verba seria retirada do Sebrae.

do Sebrae, Heloisa Menezes, os recursos retirados do Sebrae podem causar grave prejuízo à instituição e aos pequenos negócios. “Representa a diminuição de 608,6 mil atendimentos no Sebrae. Seria como excluir o Norte da atuação da instituição. É como se toda a região ficasse sem atendimento de uma hora para outra”, afirmou a diretora, ressaltando que são os pequenos negócios que seguram o emprego no Brasil. “Eles responderam por 93% dos empregos com carteira assinada no primeiro semestre”, ressaltou. “A MP gera uma insegurança institucional e nos preocupa, pois temos acordos e metas a cumprir. O déficit público nunca vai caber no orçamento do Sebrae”, acrescentou o diretor de Administração e Finanças, Vinicius Lages.

juízes brasileiros receberam em dezembro um total de R$ 211 milhões em pagamentos retroativos de benefícios e indenizações - uma média de R$ 30 mil por magistrado. Outra questão recente fez a discussão se voltar aos vencimentos da magistratura. No início do mês passado, o STF incluiu revisão de 16,38% no salário de seus ministros. Na ocasião, Cármen ficou vencida junto de outros três colegas - Edson Fachin, Celso de Mello e Rosa Weber -, que votaram contrários ao reajuste, que ainda precisa passar pela aprovação do Congresso Nacional. Se ganhar o aval, os vencimentos dos ministros do STF irão subir de R$ 33.763,00 para R$ 39.293,32, um aumento de R$ 5,5 mil, gerando um ‘efeito cascata’ em todo o País, já que representam o teto do funcionalismo público. BNPM - Ao término da sessão, conselheiros elogiaram a gestão de Cármen no CNJ, marcada pelo lançamento do Banco Nacional de Monitoramento de Prisão (BNMP 2.0), ferramenta desenvolvida pelo conselho que mapeia a população carcerária brasileira a partir de informações do Poder Judiciário. Ao agradecer os juízes que auxiliaram na alimentação do banco, a ministra lem-

Brasília - O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiram ingressar com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é questionar o regime de substituição tributária na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Em nota, o Sebrae informou que, juntamente com a OAB, se opõe à substituição tributária. A entidade afirmou que “a necessidade do recolhimento prévio do ICMS aumenta o custo das atividades dos pequenos negócios, que representam 98% das empresas brasileiras”. A parceria entre Sebrae e OAB para ingressar com a Adin será assinada hoje, às 16 horas, na sede da ordem, em Brasília. A Adin questionará a constitucionalidade da Lei Complementar nº 123, de 2006, que trata da substituição tributária, entre outros assuntos. Pela substituição tributária, o ICMS é recolhido em apenas uma das etapas da cadeia - o que limita a fiscalização pelo governo a menos empresas. Um fabricante, por exemplo, ao vender um produto recolhe o imposto devido por ele mesmo e também pelo distribuidor varejista. Produtos que estão fora da substituição tributária têm a cobrança de ICMS realizada nas várias etapas da cadeia (na indústria e no varejo).

Afif ressaltou que a recuperação dos museus é uma causa importante, devido à situação atual de alguns deles, mas que os recursos do Sebrae não são para essa Alternativa - Ao ser inforfinalidade. “Todos são solimado sobre a edição da MP, dários com o que aconteceu, na segunda, Afif disse que mas só quem deu o dinheiro ofereceu uma contraproposta foram os pequenos negócios, ao ministro da Casa Civil, únicos a terem a verba cortada”, disse o presidente do Eliseu Padilha, que envolvia ações para cultura e turismo, Sebrae. mas sem repasse direto de Na última segunda-feira, recursos. A ideia, no entanto, o ministro do Planejamento, foi recusada. Esteves Colnago, defendeu o .A entidade chegou a sugeremanejamento de recursos rir como alternativa o invese disse que o governo “optou timento de R$ 100 milhões no por usar recurso público para setor, por meio de projetos que se faça reforma estrutural de economia criativa com nos museus” e “optou por a finalidade de atender às usar recursos de forma mais micro e pequenas empresas eficiente”. “Avaliamos que o e de melhoria da gestão em recurso que resta ao Sistema museus, acordo semelhante S é suficiente”, disse ao ser ao feito, recentemente, com o questionado se o Sebrae per- Cadastro – A Receita FedeMinistério do Turismo. deria com a medida. (ABr/ ral publicou ontem no “Diário Oficial da União (DOU)” Segundo a diretora técnica ASN/AE) a Instrução Normativa 1.828, que estabelece as regras para o Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (CAEPF). O cadastro tem a intenção de registrar a atividade econômica da pessoa física desobrigada da inscrição do G. DETTMAR/AGÊNCIA CNJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Segundo a Receita, o CAEPF entrará em produção de forma facultativa para o contribuinte em 1º de outubro e de forma obrigatória em 2019. Esse cadastro deverá substituir o Cadastro Específico do INSS (CEI) em relação às matrículas emitidas para pessoas físicas, visando o controle de contribuições previdenciárias resultado da atividade econômica. Segundo a instrução normativa, estão obrigadas a se inscrever no CAEPF as pessoas físicas que exercem atividade econômica como: contribuinte individual - que possua segurado que lhe preste serviço; produtor rural cuja atividaCármen Lúcia realizou a última sessão na presidência do Conselho Nacional de Justiça de constitua fato gerador da contribuição previdenciária; “Essas críticas são bem- titular de cartório, caso em brou que o BNMP oferece a construção da democracia “uma contextualização e brasileira. Com respeito a -vindas quando são para que a matrícula será emitida configuração da realidade direitos fundamentais e nos mostrar que há algo a no nome do titular, ainda que penitenciária brasileira, da em assegurar que não haja ser pensado, refletido, e até a respectiva serventia seja recondição dos presos, do abuso no cumprimento de mesmo ser alterado. Mas gistrada no CNPJ; pessoa física cumprimento da Constitui- sentença penal e finalmente muitas vezes nós fomos não produtor rural que adquire ção, dos direitos dos presos, por ter colocado na agenda criticados pelo que nós es- produção rural para venda, no das vítimas ou das famílias nacional a questão da equi- távamos fazendo, não pelo varejo, a consumidor pessoa das vítimas”. dade de gênero”, afirmou a que precisa ser mudado, física -, segurado especial; e A presidente também foi procuradora-geral da Repú- e é isso que preocupa. A equiparado à empresa desoparabenizada pelo trabalho blica, Raquel Dodge. figura do juiz é de sempre, brigado da inscrição no CNPJ. A inscrição no cadastro será Ao responder elogios de porque senão os conflitos envolvendo o enfrentamento à violência doméstica e à de- um representante de uma vão se resolver pela força, e efetuada pela pessoa física no sigualdade na participação das associações de magis- pela força nós não teremos portal do Centro Virtual de feminina dentro do Poder trados, Cármen afirmou nem democracia, nem se- Atendimento (e-CAC) ou nas Judiciário. que “não há democracia quer uma vida civilizada, unidades de atendimento da “Uma atuação dedicada a sem Poder Judiciário forte”, o marco civilizado se perde Receita Federal. Ou de ofício, fazer cumprir a Constituição e que, “muitas vezes”, as e podemos ter o retorno à por decisão administrativa e as leis nos aspectos mais referências à magistratura barbárie”, disse Cármen. ou por determinação judisensíveis e necessários para “não foram agradáveis”. (AE) cial. (AE)

Cármen Lúcia defende salário de magistrado Brasília - Em despedida da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra Cármen Lúcia afirmou ontem que juízes não ganham “em excesso”, o que foi demonstrado, segundo Cármen, a partir da divulgação dos salários da magistratura viabilizada pelo CNJ. “A transparência aumentou até mesmo para que o cidadão soubesse. Dentro disso, se tornou uma constante se afirmar que os juízes ganham em excesso. Não ganham. E está aí a comprovação pela transparência que foi dada às informações sobre remuneração de todos nós magistrados brasileiros», disse a ministra, que será sucedida na presidência do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Dias Toffoli, que toma posse amanhã. Em agosto do ano passado, Cármen determinou que tribunais de todo o País enviassem ao conselho as remunerações dos seus juízes, que foram publicadas no portal do conselho. Nas planilhas, no entanto, certos números chamaram atenção. Pelo menos 14 integrantes do CNJ receberam em 2017 rendimento acima do teto (R$ 33,7 mil), mostrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Outra apuração exibiu que quase 7 mil dos

Substituição tributária no ICMS é alvo de uma Adin


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2018

20

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

ALISSON J. SILVA

World Steel Cerca de 70 líderes e profissionais de todo o mundo participam desde ontem, na Usina de Ipatinga, da Usiminas, da 11ª Reunião Anual de Segurança e Saúde Ocupacional da World Steel Association (Worldsteel), realizada pela primeira vez na América Latina. Durante o encontro, os participantes de 26 siderúrgicas e mineradoras de diversos países estão compartilhando conhecimento e as melhores práticas sobre segurança e saúde dos trabalhadores na área industrial. “A WorldSteel é uma associação que tem realizado eventos como este em vários países. Nosso objetivo é engajar as empresas nas questões de segurança e saúde, refletindo e disseminando boas práticas. É uma forma de reunirmos pessoas de várias culturas ao redor desses temas”, afirmou o diretor de Saúde, Segurança e Desenvolvimento da entidade, Andrew Purvis. O evento será encerrado na sexta-feira, quando a programação se estende para a área operacional da Mineração Usiminas, em Itatiaiuçu.

Abimaq/MG A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq/ MG) promove em Belo Horizonte, no dia 20, workshop sobre Financiamentos, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O evento gratuito acontece, a partir das 13h30, na Avenida do Contorno, 4.520, auditório térreo, bairro Funcionários. Destinado às indústrias fabricantes e empresas que desejam adquirir maquinário ou equipamentos, o workshop apresentará a atualização dos produtos e condições dos programas de financiamentos voltados à fabricação e comercialização nos mais diversos setores. Mais informações: (31) 32819518 ou srmg@abimaq.org.br.

Educação norteará discussões da Primavera dos Museus na Capital DA REDAÇÃO

Mais que espaços de visitação e observação, os museus têm um grande potencial interativo, educativo e social. Para celebrar e ampliar cada vez mais essas características, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) definiu a educação como temática central da 12ª Primavera dos Museus - “Celebrar a Educação em Museus”. Em Belo Horizonte, 12 instituições culturais se uniram para criar a Jornada Mineira de Educação em Museus, que vai oferecer encontros, debates, formação e trocas de experiências, nos dias 19, 20 e 21. Com programação gratuita, a Jornada tem como público-alvo professores, estudantes, profissionais que atuam em museus e espaços culturais, além de público interessado em educação e cultura. Para iniciar a programação, no dia 19 (quarta-feira), às 19h, o Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação, receberá uma mesa de debate, conteúdo lan-

çado em junho pelo Ibram. Na oportunidade, o público poderá assistir ainda a performance dos bailarinos Celson Rafael e Renato Augusto, do Sesi. No dia 20 (quinta-feira), o Espaço do Conhecimento da UFMG recebe público interessado em trocar experiências sobre práticas educativas em museus, com apresentações dinâmicas de dez cases de museus de Belo Horizonte, entre 14h e 18h. As apresentações duram 15 minutos e resgatam ações realizadas pelos Museus de Artes e Ofícios, Museu Brasileiro do Futebol, Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, Museu Casa Kubitschek, Casa Fiat de Cultura, Memorial Minas Gerais Vale, Espaço do Conhecimento UFMG e Instituto Inhotim. A mediação das apresentações será conduzida pela gerente de Educação do Inhotim, Yara Castanheira. No mesmo dia, a partir das 19h30, o MM Gerdau – Museu

das Minas e do Metal recebe a mesa-redonda “Celebrando a educação em museus”, com a participação da professora-adjunta do Departamento de Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Yára Mattos e do professor-adjunto da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Jezulino Lúcio Mendes Braga. Encerrando a programação, no dia 21 (sexta-feira), entre 9h e 12h, o prédio anexo da Biblioteca Pública Estadual e o Memorial Minas Gerais Vale e MM Gerdau recebem rodas de conversa sobre “Relação museus e escola”, com a proposta de estimular a reflexão sobre as ações educativas, promovendo diálogos para a construção de novos e possíveis caminhos dentro do tema. Para participar da atividade é necessário se inscrever usando o formulário https://goo.gl/forms/ em7HmQR0hJJMHHEm2. As vagas são limitadas. Política Nacional - À tarde, a conversa segue no MM Gerdau,

dessa vez para debater alguns eixos temáticos da Política Nacional de Educação Museal (Pnem). Entre 14h30 e 15h30, o professor da UFMG e ex-coordenador de Pesquisa do Museu Abílio Barreto Luiz Henrique Assis Garcia media o bate-papo sobre “Relação com a comunidade, redes e parceiras”. Das 16h às 17h30, o tema “Formação, qualificação e profissionalização” terá mediação da atual coordenadora da Rede de Museus e Espaços de Ciência e Cultura da UFMG, Letícia Julião. A Jornada Mineira de Educação em Museus tem o apoio do Memorial Minas Gerais Vale, MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal e Museu Brasileiro do Futebol - MBF, e integra uma agenda de eventos que compõe a 12ª Primavera dos Museus. Além da programação principal, traz uma programação associada dos museus parceiros, que pode ser conferida na programação da 12ª Primavera dos Museus (http://www.museus. gov.br/) e nos respectivos sites dos parceiros.

CULTURA BRUNA BRAND’AO DIVULGA;’AO

SYLVIO COUTINHO DIVULGA;’AO

Melo, 1.090, Barro Preto, em Belo Horizonte Órgão

Filarmônica Ao ar livre - A Filarmônica de Minas Gerais convida para o Concerto de Primavera, cujo repertório terá Suíte nº 2 em Ré maior, HWV 349 – II. Alla Hornpipe, de Haendel; O rapto do serralho, K. 384: Abertura, de Mozart; a Quinta Sinfonia de Beethoven (primeiro movimento); a Abertura Carnaval Romano, de Berlioz;

Dança Eslava, op. 46, nº 8, de Dvorák; Dança Húngara nº 1, de Brahms; Trovão e Relâmpago, op. 324, de J. Strauss Jr.; e o Bolero de Ravel, além dos brasileiros O Guarani: Protofonia, de Carlos Gomes; e Série Brasileira: IV. Batuque, de Nepomuceno. Quando: Domingo (16), às 11h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Em frente à Sala Minas Gerais, na Rua Tenente Brito

Concerto - O organista Delphim Rezende Porto Junior apresenta concerto especial ao Órgão da Matriz de Santo Antônio. No programa, obras de William Byrd, Stephen Storace, Domenico Scarlatti e Georg Haendel. Organista, cravista e regente, Delphim iniciou seus estudos de piano moderno com a polonesa Donata Lange, na Universidade Livre de Música, em São Paulo. Quando: Sexta-feira (14), às 20h Quanto: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia) Onde: Igreja Matriz de Santo Antônio, em Tiradentes, no Campo das Vertentes, Minas Gerais Celso Moreira Show - Os 40 anos de paixão pela música do compositor, violonista e guitarrista mineiro

Celso Moreira serão celebrados por meio da turnê “Trajetória”, na qual o músico mostrará seu encanto e destreza ao dedilhar as cordas dos fiéis companheiros violão e guitarra. O espetáculo é composto por composições próprias e outras canções que marcaram a trajetória do violonista. Quando: Dia 22, às 20h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Iate Clube (na orla

da Lagoa, Avenida Getulio Vargas, esquina com Avenida Carlos Orleans, em Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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