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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.696 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2018 CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC

Nova Mobilidade pode destravar velhos gargalos Conceito propõe nova forma de se deslocar Engarrafamentos, calçadas mal conservadas, acessos inexistentes. Ir e vir com segurança e com o mínimo de conforto tem se tornado quase um milagre nas cidades brasileiras. Diante da necessidade de soluções, academia, iniciativa privada, sociedade civil organizada e poder público em todo o mundo buscam trabalhar em conjunto. Os congestionamentos nas cidades brasileiras geram significativos prejuízos econômicos - R$ 98 bilhões apenas nas regiões metropolitanas de São

EDITORIAL

Apesar dos graves problemas, BH é apontada como uma cidade pioneira na discussão

O Brasil voltou a viver há pouco mais de uma semana e por conta do anúncio, pela Petrobras, de nova majoração dos preços dos derivados do petróleo, o pesadelo de uma nova ameaça de greve dos caminhoneiros, com bloqueio de rodovias e todas as consequências já bem conhecidas. Felizmente eram apenas boatos ou, para usar a expressão mais moderna, fake news. Houve tempo e mais disposição e por certo seria interessante, além de extrema utilidade, averiguar de onde partiram conversas tão inoportunas. Se existem recursos técnicos que permitem rápida investigação a respeito, estranha-se que não haja a mesma disposição. “A conta que não é nossa”, pág. 2

Paulo e Rio de Janeiro em 2013. E é nesse contexto que surge o conceito de Nova Mobilidade, que combina tecnologia e dados para criar alternativas de transporte em quatro categorias: mobilidade compartilhada, produtos inovadores, experiência dos consumidores e decisões baseadas em dados. É essencial que as cidades estejam abertas e preparadas para receber inovações disruptivas e criar regulamentações que vão além dos transportes convencionais. Págs. 11, 12 e 13

OPINIÃO A divergência entre os discursos de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes é uma coisa notável. O que Guedes propõe não pode ser chamado de programa de governo, e tampouco caracterizado como ambicioso, pois estabelece metas sem considerar as várias dificuldades para sua execução. Não são críveis suas promessas de amplo programa de privatização e de venda de imóveis da União; eliminação do déficit orçamentário em 2019; e reforma da Previdência com implementação do regime de capitalização. Há mérito em trazer esses temas para o debate. No entanto, o próprio Bolsonaro trata de atenuar e até negar pontos da agenda, por serem politicamente inviáveis. (Zeina Latif), pág. 2

Aumenta o abate de bovinos e suínos e cai o de frango

Petronas investe em centro Atividade da construção de pesquisa e tecnologia se mantém abaixo da média

No segundo trimestre de 2018 Minas Gerais apresentou aumento no abate de bovinos e suínos. Quando comparado com igual período do ano passado, o acréscimo foi de 4,6% no segmento de bovinos e de 1,3% no de suínos. Já o abate de frangos recuou 1,9%, o que, em parte, pode ser justificado pela queda nas exportações e a maior oferta no mercado interno, o que impacta de forma negativa na formação dos preços. A produção mineira de leite industrializado ficou 1,3% maior no período. Pág. 14

A Petronas, por meio da sua subsidiária Petronas Lubricants International (PLI), investiu US$ 8 milhões na construção de um Centro de Excelência em Pesquisa e Tecnologia, com foco no desenvolvimento de fluidos industriais, no seu comple-

xo fabril em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O empreendimento se junta à rede mundial de centros de pesquisa do grupo, que já conta com unidades na Itália, China, Malásia, África do Sul e na América do Norte. Pág. 3

O índice de atividade da indústria da construção de Minas Gerais manteve queda em julho, embora menos acentuada do que a verificada no mês anterior. Abaixo dos 50 pontos desde novembro de 2012, apontando recuo da atividade, o indicador al-

DIVULGAÇÃO

cançou 45,8 pontos em julho, um crescimento de 3,1 pontos frente a junho quando registrou 42,7 pontos. O indicador foi o maior para o mês em quatro anos e, na comparação com os 41,6 pontos de julho de 2017, aumentou 4,2 pontos. Pág. 5 DÊNIO SIMÕES/AGÊNCIA BRASÍLIA/DIVULGAÇÃO

Diminui a insegurança nos supermercados na capital mineira A violência continua sendo um incômodo para os comerciantes de Belo Horizonte, mas, na percepção daqueles que trabalham no ramo supermercadista, a segurança apresentou uma melhora. Nos últimos 12 meses, 32,4% desses estabelecimentos registraram algum tipo de violência. O índice é alto, mas é o menor desde 2013 e se encontra 22 pontos percentuais abaixo do registrado em igual período de 2017, quando chegou a 54,4%. Pág. 7

A Petronas faz negócios em 90 países em todo o mundo

Dólar - dia 12

Euro - dia 12

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 4,1506 Venda: R$ 4,1511

4,7957

Turismo

Ouro - dia 12

Compra: R$ 4,1030 Venda: R$ 4,3000

Nova York (onça-troy):

Ptax (BC) Compra: R$ 4,1253 Venda: R$ 4,1259

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 13): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,7968

Poupança (dia 13): ............ 0,3715%

O indicador de número de empregados voltou a crescer

+0,51

+1,76

+0,63

+0,03

IPCA-IBGE (Agosto):.......... 0,09% R$ 1.210,90

IPCA-Ipead (Agosto):.......... 0,03%

R$ 158,10

IGP-M (Agosto): ....................... 0,70%

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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2018

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OPINIÃO Casamento de conveniência? ZEINA LATIF * É notável a divergência entre os discursos de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. O que Guedes propõe não pode ser chamado de programa de governo, e tampouco caracterizado como ambicioso, pois estabelece metas sem considerar as várias dificuldades para sua execução. Não são críveis suas promessas de amplo programa de privatização e de venda de imóveis da União; eliminação do déficit orçamentário em 2019; e reforma da Previdência com implementação do regime de capitalização. Há mérito em trazer esses temas para o debate. No entanto, o próprio Bolsonaro trata de atenuar e até negar pontos da agenda, por serem politicamente inviáveis. O candidato afirma que as privatizações serão apenas das empresas criadas pelo PT (este não deveria ser o critério) e a reforma da Previdência será gradual e com foco nos servidores públicos. As propostas de Guedes são inviáveis também do ponto de vista econômico. Chegamos a um ponto em que as privatizações se tornaram essenciais para reduzir o risco fiscal e recuperar a capacidade de investimento. A Eletrobras é o caso mais visível. No entanto, as 144 estatais têm realidades muito diferentes. A análise terá que ser caso a caso. Algumas empresas deveriam ser liquidadas, como foi a Indústria Carboquímica Catarinense em 2017; outras não são passíveis de privatização, por

atuarem em áreas que não atraem o investimento privado, como a Embrapa; outras necessitam de engenharia para lá de engenhosa para atrair interessados, como os Correios; outras demandam tratamento anterior das empresas subsidiárias, como a Petrobras (38) e a Eletrobras (37), além de devido cuidado com os marcos regulatórios, o que também vale para Banco do Brasil e Caixa. São várias as partes envolvidas que podem dificultar a agenda do presidente, mesmo no Executivo, como, por exemplo, na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Há processos que dependem do Congresso e há muito espaço para judicialização, por conta de resistências corporativas. Um exemplo são as liminares contra o leilão de distribuidoras da Eletrobras. É preciso também considerar o Tribunal de Contas da União. Não é uma agenda que se resolve rapidamente. E não há como chegar na marca de R$ 1 trilhão estimados. Vale citar que o valor de mercado das principais estatais listadas em bolsa estava em R$ 430 bilhões ao final de junho, sendo a participação da União em torno de R$ 140 bilhões. Dificuldades da mesma natureza esbarram na meta de obter R$ 1 trilhão na venda de imóveis da União. Segundo o relatório da Instituição Fiscal Independente, o estoque de imóveis da União é de pouco mais de R$ 1 trilhão. Mesmo o valor sendo subestimado, monetizá-lo é outra história. Primeiro, a cifra inclui imóveis que não seriam

passíveis de venda, como os essenciais ao funcionamento da máquina pública, os parques, as reservas e as fazendas de uso educacional, para citar alguns. Segundo, há várias etapas e muita burocracia envolvida para chegar ao que é possível vender e como fazê-lo. Terceiro, não é fácil encontrar compradores dispostos a enfrentar as dificuldades para adquirir e reformar imóveis tombados pelo patrimônio histórico. Um exemplo é o antigo edifício da Polícia Federal em São Paulo, que pegou fogo e desabou este ano. O governo federal tentou vendê-lo em 2015 por R$ 21 milhões. Não houve interessados. As contas para zerar o déficit público em 2019 não fecham, e requerem medidas que dependem de aprovação do Congresso, sendo algumas constitucionais. Quando questionado sobre as dificuldades para implementar suas propostas, Guedes defende um meio do caminho entre seu programa e o de Bolsonaro. Muito confuso. Bolsonaro é o primeiro colocado nas pesquisas e, mesmo assim, é o candidato que menos se manifesta sobre política econômica. Quando o faz, expõe as divergências com seu guru e fiador. Será mesmo que Guedes será o ministro da Fazenda de Bolsonaro? * Economista-chefe da XP Investimentos

Historinhas do cotidiano (V) CESAR VANUCCI * “O mundo é um palco, os homens e as mulheres meros artistas...” (Shakespeare) O amigo dá voz ao espanto quando o vê trazendo no prato, da mesa de iguarias, pela terceira vez consecutiva, um pedaço de peito de frango. Eles estão almoçando num restaurante onde são servidas refeições de se comer rezando. “Vai gostar de peito de frango assim, na tonga da mironga do kabuletê!” A reação do amigo estimula-o a uma cândida confissão: - “Possuo, sim, uma verdadeira compulsão por peito de frango. Isso vem lá dos tempos de criança. Nos ajantarados domingueiros, os adultos explicavam pra gente que o peito de frango devia ser deixado, em sinal de respeito, pros de mais idade. Eu ficava com vontade danada de comer, mas me submetia docilmente à regra. Ao chegar na meia idade, família já constituída, o código vigente nos tradicionais ajantarados, como no de tantas outras coisas deste mundo maluco, já era diferente. Estatuiu-se que o peito de frango ficasse reservado para o pessoal miúdo. Então, o jeito encontrado mode que enfrentar o trauma da infância distante é engolir a maior quantidade possível dessa parte do frango, quando almoço ou janto fora. A propósito, com licença, vou catar mais um pedaço, antes que acabe...” No papo telefônico, diz chamar-se Laurinda. Confessa-se leitora constante destas maldatilografadas. Com intrigantes observações, reporta-se a artigos aqui estampados contendo críticas às posturas incoerentes que proliferam nas atividades políticas. Às tantas, dispara: “Não é correta a impressão passada nos comentários de que a incoerência seja marca dominante na ação política.” Arrisco uma contestação: “Pera lá, o que você tá afirmando contraria o que a grande maioria pensa”. A leitora não se abala. “Você já se deu ao trabalho de anotar o que elementos da situação e da oposição costumam afirmar,

na maior cara de pau, em matéria de política econômica, dependendo do lado em que circunstancialmente se acham colocados, numa hora fazendo críticas, noutra hora rebatendo críticas, tudo de conformidade com o posicionamento ocasional na gangorra do poder? Os argumentos são rigorosamente os mesmos. A mudança é de posições, não de opiniões. É isso é que eu chamo de “coerência”. É ou não é?” Sutil, pacas! Não conheço o Gustavo. Nem, tampouco, a Alessandra. Não sei o que fazem, quantos anos têm, nem onde vivem. Desconheço o sobrenome de um e de outro. O que tenho a contar a respeito de ambos foi colhido num inesperado e prosaico flagrante de rua. Acontece que o Gustavo andou espalhando faixas, em logradouros do bairro Santo Antônio, por onde costumo circular, contendo comoventes apelos endereçados à Alessandra. Pelo que entendi, ele conheceu-a num sábado desses. Tomou-se de encantamento pela moça, mas esqueceu-se de anotar seu telefone. Procura agora, ansioso, retomar o contato. Flechado por Cupido, o Gustavo quer saber onde a Alessandra mora, o número de seu celular, se ela tem zap-zap, essas coisas todas. Sugere, nas tiras de pano esticadas entre postes, que a moça retorne ao bar do primeiro encontro para que possam dar continuidade a prosa. Deveras tocado pela mensagem, resolvi dar um adjutório ao Gustavo neste impoluto espaço, para que ele chegue – quem sabe? - até a Alessandra. Tudo indica que lá no barzinho o Gustavo viveu algo parecido com aquela emoção retratada nos versos de Paul Géraldy, onde se murmura que “a gente começa a amar, por simples curiosidade, por ter lido num olhar, certa possibilidade.”. Anote aí, Gustavo: se o reencontro acabar acontecendo, não deixe de avisar, tá? Pode ser com faixa. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Terceirização de atividade-fim BIANCA DIAS DE ANDRADE * O Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão de julgamento do dia 30/08/2018, declarou constitucional a terceirização de atividade-fim. Dessa forma, considerou que a terceirização é lícita, independentemente do objeto social das empresas envolvidas na contratação. Isso significa que, a partir de agora, as empresas tomadoras de serviços podem terceirizar serviços relacionados à sua atividade principal, que serão executados pelas empresas prestadoras de serviços. O julgamento envolveu o questionamento à Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que prevê que é vedada a terceirização de atividade-fim, sob pena de caracterização de vínculo de emprego diretamente com a empresa tomadora de serviços. Entretanto, a maioria dos ministros do Supremo entendeu que a terceirização é direito da empresa, devendo haver liberdade na escolha do modelo de contratação. Tal posicionamento está relacionado aos princípios da livre iniciativa e livre concorrência, garantidos pela própria Constituição da República. Dentre os fundamentos dos votos favoráveis tem-se, por exemplo, que a terceirização é modelo de produção utilizado em todo o mundo, sobretudo no sistema capitalista e em países industrializados. Assim, há estímulo à concorrência e competitividade, podendo interferir no desenvolvimento econômico do País. Isto pelo fato de

que estimula a contratação legal e especializada, permitindo aumento na qualidade produtiva e maior eficiência nas funções realizadas. Esse fator possibilita a flexibilidade nas relações entre as empresas e o trabalhador. Em sessão também foi debatido que a terceirização de atividade-fim por si só não gera automaticamente a precarização dos direitos trabalhistas, uma vez que a própria legislação já prevê mecanismos para fiscalizar e garantir o cumprimento das obrigações, a fim de evitar abuso de direito. A Lei 13.429/2018 e a reforma trabalhista, Lei 13.467/2017, trouxeram a previsão legal de possibilidade de terceirização de atividade-fim. Entretanto, ainda restavam dúvidas em relação aos processos ajuizados antes da vigência das referidas normas. Com esse posicionamento, as dúvidas foram aclaradas, trazendo segurança jurídica. Também foi mantida a responsabilidade subsidiária da empresa tomadora de serviços. Isso implica dizer que, em caso de inadimplência de obrigações trabalhistas, a empresa tomadora de serviços somente será executada quando esgotados os meios passíveis de execução contra a prestadora de serviços. Por isso, é de suma importância que as empresas tomadoras de serviços conheçam a idoneidade e a situação financeira das prestadoras, bem

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A conta que não é nossa Há pouco mais de uma semana e por conta do anúncio, pela Petrobras, de nova majoração dos preços dos derivados do petróleo, o País voltou a viver o pesadelo de uma nova ameaça de greve dos caminhoneiros, com bloqueio de rodovias e todas as consequências já bem conhecidas. Felizmente eram apenas boatos ou, para usar a expressão mais moderna, fake news. Houve tempo e mais disposição e por certo seria interessante, além de extrema utilidade, averiguar de onde partiram conversas tão inoportunas. Se existem recursos técnicos que permitem rápida investigação a respeito, estranha-se que não haja a mesma disposição. Constata-se, dessa forma, e à primeira vista, que o perigo não chegou a existir, embora seja evidente que, nesse particular, continuamos caminhando no fio da navalha, com riscos de enormes proporções, aliás bem evidenciados na corrida aos postos que voltou a acontecer. Uma situação que poderia ser evitada, a partir da adoção de uma política de preços Para o Brasil, para os derivados do petróleo que fosse hoje detentor de ao mesmo tempo reservas medidas e mais racional, mais comprovadas que próxima portanto do já figuram entre as interesse da economia e do interesse maiores do planeta nacional e não e praticamente alinhada, conforme autossuficiente na vem acontecendo produção de óleo cru, desde o ano passado, com a especulação o sonho se realizou, promovida embora ainda não internacionalmente, tenha produzido justamente a partir plenamente os da fixação dos preços do petróleo, ditados efeitos esperados por conveniências que absolutamente não são as nossas. É preciso relembrar para os mais desavisados o quanto a economia brasileira sofreu nos anos 70, no século passado, quando pela primeira vez a Organização dos Países Produtores de Petróleo, a então temida Opep, pela primeira vez mostrou suas garras. A partir daquele momento passou a ser política de Estado, para o Brasil, fazer todo esforço possível para elevar a produção interna de petróleo e, quase como um sonho, alcançar a autossuficiência para escapar da especulação internacional, patrocinada ou consentida pelos países ricos. Para o Brasil, hoje detentor de reservas medidas e comprovadas que já figuram entre as maiores do planeta e praticamente autossuficiente na produção de óleo cru, o sonho se realizou, embora ainda não tenha produzido plenamente os efeitos esperados. No período, e por razões que não encontram explicações, a capacidade de refino encolheu e ao mesmo tempo aumentou o consumo de refinados, que hoje são em parte importados. Nada porém que sustente a tese do alinhamento de preços com o mercado internacional, já que o País exporta óleo e assim se beneficia tanto das altas de preços quanto da valorização do dólar americano. Definitivamente não é este o caminho para recuperar a Petrobras, cujos lucros acabam de bater recorde. Mas pode ser, e com toda certeza, o caminho para levar as dificuldades econômicas do País a um nível insustentável.

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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2018

ECONOMIA LUBRIFICANTES

Petronas investe US$ 8 milhões em tecnologia Centro de excelência, com foco em fluidos industriais, foi inaugurado ontem, em Contagem, na RMBH DIVULGAÇÃO

LEONARDO FRANCIA

A Petronas, por meio da sua subsidiária Petronas Lubricants International (PLI), investiu US$ 8 milhões na construção de um Centro de Excelência em Pesquisa e Tecnologia, com foco no desenvolvimento de fluidos industriais, no seu complexo fabril em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O empreendimento se junta à rede mundial de centros de pesquisa do grupo, que já conta com unidades na Itália, China, Malásia, África do Sul e na América do Norte. “Esta instalação demonstra nosso compromisso com a demanda por novas tecnologias e também vai nos ajudar a diversificar o portfólio de produtos”, afirmou o presidente da empresa nas Américas, Guilherme de Paula, ontem, durante inauguração do empreendimento, em Contagem (RMBH). Segundo o executivo, o ativo coloca o Estado na rota de desenvolvimento de novas tecnologias pelo grupo. Em 2008, através da PLI, o grupo adquiriu a fábrica de lubrificantes da Fiat em Contagem, assumindo as operações da planta em 2012. De lá para cá, foram investidos R$ 350 milhões na expansão da indústria, em logística de distribuição e nas áreas comercial e marketing. O chief technology officer (CTO) da Petronas, Eric Holthusen, acrescentou que 2% da receita do grupo em todo o mundo é direcionada para projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D). E, do total dos projetos desenvolvidos, 67% tem o objetivo de reduzir a emissão de poluentes na atmosfera. O Centro de Pesquisas da Petronas foi erguido dentro do complexo industrial de Contagem. O empreendimento tem 2,4 mil metros quadrados de área e uma

Cerca de 2% da receita do grupo em todo o mundo é direcionada para projetos de P&D, sendo que 67% objetiva reduzir a emissão de poluentes na atmosfera

equipe de 30 funcionários, entre eles 20 técnicos dedicados a pesquisas na área de lubrificantes industriais. De acordo com o presidente da Petronas nas Américas, o mercado nacional de lubrificantes chegou a girar

cerca de 1,5 bilhão de litros, mas, após a crise, hoje este mercado chega próximo a 1 bilhão de litros e 30% deste mercado está concentrado no segmento industrial, onde a companhia tem uma participação em torno de 10%.

Em Minas, especificamente, a mineração e o agronegócio, ambos os setores muito fortes para a economia mineira, estão entre os segmentos que devem receber maior atenção. Atualmente, a Petronas

comercializa cerca de 1 mil itens e 400 produtos em cerca de 90 países ao redor do mundo. A projeção da empresa é de que a produção de lubrificantes chegue próximo a 160 milhões de litros neste ano, o que re-

presentará um aumento de 3% sobre 2017. No Brasil, a Petronas fatura aproximadamente US$ 380 milhões e responde por 20% dos US$ 1,9 bilhão faturados pela área de lubrificantes do grupo em todo o mundo.

CELULOSE

Klabin destina R$ 32 mi para parque piloto São Paulo - A Klabin anunciou investimento de R$ 32 milhões na construção de um Parque de Plantas Piloto, na Unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR). A unidade deve entrar em operação no quarto trimestre de 2019, segundo o diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Negócio Celulose, Francisco Razzolini.

No parque, segundo a companhia, será possível simular uma unidade fabril, onde serão realizados estudos e testes em frentes de pesquisa como a celulose microfibrilada (MFC), que futuramente será incorporada às linhas de produção de papel da companhia. A medida se tornou necessária, diz Razzolini, porque o Centro de Tecnologia da Klabin, inaugura-

do no ano passado, atingiu um nível de maturidade de desenvolvimento que torna necessária a produção de alguns materiais em maior escala, permitindo testes industriais prolongados. Na busca por novos materiais que sejam renováveis e sustentáveis, em 2018 a Klabin também anunciou a aquisição de 12,5% da startup israelense Melodea

Bio Based Solutions, pioneira na tecnologia de extração de celulose nanocristalina (CNC), produzida 100% a partir de fontes renováveis. Inova Klabin - Durante a segunda edição do Inova Klabin, evento que começou ontem e termina hoje, na Oca do Parque do Ibirapuera, a empresa também apresenta o KlaCup-Bio, solução para o mercado de

copos descartáveis sem a utilização de polietileno. Com foco no mercado de copos de papel cartão (cup stock), a Klabin desenvolveu um novo produto, a partir de um mix de fibras de pínus e eucalipto com maior resistência e qualidade de impressão. Aliado a isso, o novo material possui uma barreira biodegradável, eliminando a aplicação de polietileno.

CRÉDITO

Trabalhadores da iniciativa privada terão consignado São Paulo - Trabalhadores da iniciativa privada poderão contar com uma nova opção de crédito até o final do mês. O empréstimo consignado com uso do FGTS como garantia passará a ser oferecido pela Caixa a partir do dia 26 de setembro. A linha de financiamento, que estará à disposição de 36,9 milhões de brasileiros, terá juros de no máximo 3,5% ao mês, com prazo de pagamento de até 48 meses. “Nosso objetivo é disponibilizar aos trabalhadores uma linha de financiamento que seja realmente viável tanto para tomar o dinheiro quanto para pagar depois”, afirmou, em nota, o ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello. Os valores emprestados dependerão do quanto os trabalhadores têm depositado na conta vinculada do FGTS. Pelas regras, eles podem dar como garantia até 10% do saldo da conta e a totalidade da multa em caso de demissão sem justa causa, valores que podem ser retidos pelo banco no momento em que o traba-

lhador perder o vínculo com ao saldo do FGTS do trabaa empresa em que estava lhador no momento em que quando fez o empréstimo ele era demitido da empresa. consignado. Havia ainda casos em que o trabalhador usava os Dinâmica - Em agosto, o recursos do fundo em um governo federal criou uma financiamento imobiliário, nova dinâmica para facilitar o que reduzia os valores a concessão de empréstimos disponíveis para a garantia. consignados com garantia Como não havia a separado FGTS aos trabalhadores ção dos 10% para o crédito da iniciativa privada. Nela, a consignado, mais os 40% Caixa cria uma conta aparta- da multa, os bancos enda no FGTS do trabalhador, xergavam risco maior nas contendo 10% do fundo mais operações. o valor referente aos 40% de Com as mudanças normamulta em eventual demis- tivas promovidas, os bancos são, que serve de garantia têm, em tese, mais segurança para esses empréstimos. para realizar as operações. Desde julho de 2016, uma Segundo o Planejamento, lei permite ao trabalhador os percentuais relativos ao da iniciativa privada fazer crédito consignado ficarão um empréstimo consigna- separados do restante do do, em que as parcelas são FGTS, como garantia. Ao descontadas diretamente na mesmo tempo, esses recurfolha de pagamentos, com sos vão render normalmente, a garantia do FGTS. Essa de acordo com as regras do garantia era formada jus- fundo. O rendimento ficará tamente por 10% do Fundo na conta do FGTS do trabae pelos 40% da multa paga lhador, e não no montante pelas empresas em caso de segregado para garantia. demissão sem justa causa. O problema é que a lei FI-FGTS - O Conselho nunca pegou. Isso porque os Curador do Fundo de Gabancos só eram informados rantia do Tempo de Serviço sobre os valores referentes (FGTS) publicou, na edição

ZMARO SOBRINHO/DIVULGAÇÃO

Empréstimo com uso do FGTS como garantia será oferecido pela Caixa a partir de 26 de setembro

de ontem do Diário Oficial da União, resolução que autoriza o resgate de cotas de recursos do FI-FGTS que foram objeto de desinvestimentos e retorno das aplicações em 2017. Segundo o texto, está autorizado o resgate de cotas, até 31

de dezembro de 2018, no montante de R$ 1,889 bilhão de recursos do FI-FGTS que foram objeto de desinvestimentos. A resolução estabelece ainda que seja discutido no âmbito do Grupo de Apoio de Permanente (GAP) o pos-

sível resgate de cotas pelo FGTS de parte dos recursos disponíveis no FI-FGTS após o resultado da 4ª Chamada Pública. Segundo a resolução, o 4º edital disponibilizou o montante de até R$ 4,85 bilhões. (AE)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2018

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ECONOMIA COMBUSTÍVEIS

Gasolina tem primeiro reajuste após hedge Preço médio será aumentado hoje em 1% nas refinarias da Petrobras, para R$ 2,2294 por litro São Paulo – A Petrobras elevará em 1% o preço médio da gasolina em suas refinarias a partir de hoje, para R$ 2,2294 por litro, no primeiro reajuste desde o anúncio pela companhia da adoção de mecanismos de hedge para tentar conter a volatilidade das cotações do combustível. A alta vem após uma desvalorização do real frente ao dólar nos últimos dias, devolvida em parte na terça-feira, e em meio a uma elevação nos preços do petróleo no mercado internacional. O barril do petróleo Brent, referência internacional, subiu cerca de 3% desde o último reajuste da Petrobras, em 5 de setembro. Já os futuros da gasolina nos EUA, utilizados pela Petrobras em sua política de hedge, saltaram 3,4% no período. Com a nova alta, registrada no site da estatal, os preços da gasolina nas refinarias da Petrobras acumulam agora alta de 61,10% e estão em nível recorde desde que a companhia passou

a adotar sua atual política de reajustes até diários das cotações, em meados do ano passado. Nos postos, o preço médio da gasolina no Brasil atingiu R$ 4,525 por litro na semana encerrada em 8 de setembro, maior valor desde a semana encerrada em 23 de junho, quando o valor atingiu R$ 4,538 por litro. A marca histórica para a gasolina na bomba foi verificada em junho, segundo pesquisa da reguladora ANP, quanto bateu uma média histórica, a R$ 4,614 por litro. A Petrobras anunciou na quinta-feira passada que passou a adotar mecanismos de hedge para a gasolina em busca de reduzir a frequência dos reajustes em momentos de volatilidade, o que poderia permitir manter preços congelados por até 15 dias sem incorrer eventualmente em perdas, segundo executivos da petroleira. Diesel - Já o diesel da Petrobras segue com o preço

RICKEY ROGERS / REUTERS

Petrobras não elevava preço da gasolina desde a adoção de mecanismos de hedge, na tentativa de conter volatilidade

congelado em R$ 2,2964 por litro, em meio a um programa de subvenção do governo federal ao combustível, anunciado após uma histórica greve de

caminhoneiros em maio disparada por protestos contra a alta nas cotações. O programa de subsídio está em vigor até o fim deste ano.

Após o fim do programa, a política de hedge da gasolina poderá eventualmente ser adotada pela Petrobras também para o diesel, segundo o presi-

Usinas do Centro-Sul vendem 22,95% mais etanol Ribeirão Preto (SP) - O volume total de etanol comercializado pelas usinas do Centro-Sul nos mercados interno e externo em agosto somou 2,947 bilhões de litros, em comparação com 2,397 bilhões de litros em igual período de 2017, avanço de 22,95%. O volume acumulado total do combustível vendido às distribuidoras e exportado chegou a 12,186 bilhões de litros em cinco meses da safra 2018/2019, iniciada em 1º abril, alta de 15,73% ante os 10,529 bilhões de litros de igual período de 2017/2018. O volume total de etanol vendido pelas usinas às distribuidoras no mercado doméstico no Centro-Sul atingiu 2,7567 bilhões de litros em agosto e acumula 11,493 bilhões de litros na safra 2018/2019. Os volumes representam altas de 25,6% em relação ao total de 2,203 bilhões de litros vendidos em agosto de 2017 e de 17,68% sobre o volume acumulado

DIVULGAÇÃO

comercializado até igual período da safra 2017/2018 no mercado interno, de 9,766 bilhões de litros, informou a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) As vendas de etanol hidratado combustível avançaram 37,31% em agosto sobre o mesmo período de 2017, de 1,486 bilhão para 2,040 bilhões de litros. Segundo a Unica, na última metade de agosto o mercado interno absorveu 1,05 bilhão de litros de hidratado, um recorde para esse período quinzenal. O recorde anterior, da última quinzena de julho de 2018, era de 932,35 milhões de litros. “Com isso, a venda em agosto, que somou 1,97 bilhão de litros no mercado interno, também é uma mar- Volume vendido às distribuidoras e exportado foi de 12,186 bi de litros em cinco meses ca histórica para um mês”, As vendas totais de anidro de litros. ano passado. No acumulainformou a Unica. A exportação total de eta- do da safra 2018/2019, as recuaram 0,48% se compaHidratado - Com o resul- rados os mesmos meses de nol foi de 180,16 milhões exportações totais de etanol tado, as vendas totais de agosto de 2017 e 2018, para de litros em agosto, queda recuam 9,17%, para 693,22 hidratado na safra têm alta 906,43 milhões de litros e de 7,19% contra os 194,12 milhões de litros, ante 763,21 de 37,92% entre os períodos, caem 13,78% no acumulado milhões de litros enviados milhões de litros em igual para 8,291 bilhões de litros. da safra, para 3,895 bilhões ao exterior em igual mês do período de 2017/2018. (AE)

Importações de diesel caem 42% pós-subsídio Rio de Janeiro - As importações de diesel pelo Brasil caíram 42% desde o início do programa de subsídio ao combustível, em junho, até o mês passado, ante igual período do ano anterior, mostraram dados oficiais do governo, em meio a uma série de problemas na implementação da subvenção, como demora no pagamento. A queda das compras externas ilustra afirmações feitas por importadores, que disseram estar reduzindo suas atividades devido ao programa do governo, criado como uma resposta ao clamor dos caminhoneiros, em uma histórica greve em maio contra os altos preços do diesel. A redução nas compras externas de diesel também mostra como a Petrobras está sendo chamada a participar mais do mercado, seja com produção própria ou importações.

ALISSON J. SILVA

Em junho, julho e agosto, as importações do diesel - combustível mais consumido do Brasil - somaram aproximadamente 2,17 milhões de metros cúbicos, ante cerca de 3,75 milhões nos mesmos três meses do ano passado, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Em agosto, as importações do combustível caíram também 41% ante o mesmo mês de 2017, para 754.773 metros cúbicos. Com o programa, a Petrobras e outras refinarias brasileiras e importadores do diesel que aderiram ao plano reduziram os preços Importadores brasileiros dizem estar reduzindo atividades com o programa do governo do combustível aos distri- tando que o cálculo para o dios devidos até agora pelo das importações, segundo buidores, com a promessa pagamento da subvenção governo está atrasada, in- executivos informaram em de serem ressarcidos em não recompensa adequada- clusive grandes montantes entrevistas recentes. até R$ 0,30 por litro, de- mente as empresas, segundo aguardados pela própria Os volumes de importapendendo de condições do a Associação Brasileira dos Petrobras. ção contrastam com 2017, mercado. Importadores de CombusNeste cenário, a Petrobras quando eles atingiram o tíveis (Abicom). está aumentando a produ- maior nível desde pelo meSubvenção - No entanto, Além disso, grande parte ção em suas refinarias e res- nos 2000, segundo uma série os importadores vêm apon- dos pagamentos de subsí- pondendo por mais de 90% histórica da ANP. (Reuters)

dente da companhia, Ivan Monteiro, que ressaltou nesta semana que ainda não há uma decisão sobre o tema, que será avaliado internamente. (Reuters)

Relação entre preços é de 60,12% São Paulo - A relação entre os preços do etanol e da gasolina subiu na primeira semana de setembro, atingindo 60,12%, após 57,61% na anterior, conforme a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No início do mesmo mês de 2017, equivalência era maior, de 67,81%. Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol. “Os preços do etanol estão começando a voltar ao normal, enquanto a gasolina segue pressionada por causa do dólar. A tendência é que essa relação deixe de ser favorável entre o fim e o começo de novembro”, estima o economista da Fipe Guilherme Moreira. Inflação - No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a taxa de inflação na cidade de São Paulo, os preços do etanol tiveram queda de 4,37% na primeira quadrissemana de setembro (últimos 30 dias terminados no dia 7) após recuo de 6,18% no fim de agosto. A queda da gasolina também perdeu ímpeto, ao ficar com variação negativa de 0,45% no período depois de -1,05%. Com isso, o grupo Transportes no IPC teve declínio de 0,29% na comparação com retração de 0,42%. O IPC, por sua vez, teve alta de 0,40% na primeira quadrissemana do mês, após 0,41% no fim de


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ECONOMIA DIVULGAÇÃO

CONSTRUÇÃO

Nível de atividade no Estado ainda é baixo, mas há sinais de retomada Resultado foi o maior para julho em 4 anos ANA CAROLINA DIAS

O índice de atividade da indústria da construção de Minas Gerais manteve queda em julho, embora menos acentuada do que a verificada no mês anterior. Abaixo dos 50 pontos desde novembro de 2012, apontando recuo da atividade, o indicador alcançou 45,8 pontos em julho, um crescimento de 3,1 pontos frente a junho quando registrou 42,7 pontos. O indicador foi o maior para o mês em quatro anos e, na comparação com os 41,6 pontos de julho de 2017, aumentou 4,2 pontos. A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais, divulgada ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), mostrou recuo também no número de empregados no período. O índice, que alcançou os 40,4 pontos em julho, aumentou 4,4 pontos na comparação com o mês anterior, sinalizando uma queda menos intensa do emprego. O indicador de número de empregados, que até junho acumulava retração de 2,9 pontos, passou a acumular crescimento de 1,5 ponto em 2018. Apesar

disso, o resultado segue abaixo dos 50 pontos há quatro anos e foi 0,3 ponto inferior ao apurado em julho do ano passado. A gerente de estudos econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Daniela Muniz, ressaltou que a melhora gradual do índice de atividade da construção e do número de empregados pode ser atribuída a condições macroeconômicas mais favoráveis. “O quadro macroeconômico está relativamente mais favorável, com inflação e taxa de juros mais baixos, e o nível de atividade e o número de empregados têm apresentado uma melhora gradual ao longo do tempo, com o recuo diluído nos últimos meses”, explicou. Expectativas – De acordo com os dados da sondagem, a expectativa dos empresários é de estabilidade com relação à evolução do nível de atividade e ao número de empregados para os próximos seis meses. Em agosto de 2018 o indicador de expectativa da atividade indústria da construção mineira atingiu 49,9 pontos, o melhor re-

Indicador de número de empregados, que até junho acumulava queda de 2,9 pontos, passou para alta de 1,5 em 2018

sultado para o mês desde 2013 e um aumento de 3,1 pontos frente a julho deste ano. Já o número de empregados alcançou a linha dos 50 pontos em agosto e aumentou 4,5 pontos frente a julho. O resultado foi 3,1 pontos superior ao de agosto de 2017 e o melhor para o mês em cinco anos. Ainda abaixo dos 50 pontos, o índice referente às compras de insumos e matérias-primas também cresceu na comparação com julho, quando registrava 46,9 pontos, e alcançou a marca dos 49,5 pontos em agosto, o maior nível para o mês, desde 2013. Apontando maior pessimismo

dos empresários, o indicador de novos empreendimentos e serviços recuou 0,5 ponto entre julho (47,4 pontos) e agosto (46,9 pontos). No entanto, o índice foi 1 ponto acima do apurado em agosto de 2017 e o mais elevado para o mês nos últimos cinco anos. Investimentos – Com queda acumulada de 8 pontos neste ano, o índice de intenção de investimento aumentou 2,2 pontos em agosto na comparação com julho e alcançou os 26,3 pontos. O indicador varia de 0 a 100 pontos e, quanto maior o valor, maior é a intenção de investir.

Na avaliação da gerente de estudos econômicos da Fiemg, apesar da inflação e taxa de juros estarem em níveis mais baixos, fatores como o elevado nível de desemprego, os desajustes das contas públicas e a indefinição do quadro eleitoral influenciam negativamente a disposição aos investimentos. “O crescimento do setor depende da elevação da taxa de investimentos e da economia. Atualmente não temos condições para que isso aconteça, há um nível de incerteza muito grande na economia e, para o empresário, essa insegurança causa receio de investir”, afirmou Daniela Muniz.

HAROLDO KENNEDY C. NOGUEIRA / DIVULGAÇÃO

CONJUNTURA

Economistas defendem abertura comercial, financeira e bancária do País

Entre os produtos estrangeiros no consumo nacional, destacam-se equipamentos de transporte e brinquedos

COMÉRCIO EXTERIOR

Participação da indústria fica estável Brasília - A valorização do real frente ao dólar nos últimos dois anos levou a uma estabilidade das exportações para a indústria brasileira. A informação é do estudo Coeficientes de Abertura Comercial, divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A participação das vendas externas na produção da indústria ficou estável em 15,7% a preços constantes, no acumulado de julho de 2017 a junho de 2018, na comparação com todo o ano de 2017. No mesmo período, a participação dos importados no consumo brasileiro passou de 17,1% para 17,5%, a preços constantes. Além do coeficiente de exportação e do coeficiente de penetração de importações, o estudo, feito em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), traz ainda o coeficiente de insumos industriais importados e o coeficiente de exportações líquidas. Desde o final de janeiro de 2018, o real iniciou movimento de desvalorização frente ao dólar, o que esti-

mula as exportações e desestimula as importações, mas ainda é cedo para esse efeito se fazer presente nos coeficientes. De acordo com a CNI, as mudanças devem ser sentidas nos próximos meses, com um aumento da competitividade das exportações brasileiras em razão da elevação da cotação da moeda americana. O estudo alerta ainda que o cenário de maior instabilidade - tanto no plano externo, com a pressão sobre economias emergentes, quanto no ambiente doméstico, diante do quadro político - gera incerteza sobre a receita e reduz o efeito positivo sobre as vendas externas. Setores - No acumulado em 12 meses - até junho de 2018 -, o coeficiente de exportação da maioria dos setores da indústria de transformação apresentou redução ou estabilidade. As maiores quedas frente a 2017 foram nos setores de metalurgia, veículos automotores, farmoquímicos e farmacêuticos e alimentos.

No setor de máquinas e equipamentos, o coeficiente de exportação mantém trajetória de crescimento desde 2015. Na comparação com 2013, ano do menor percentual desde o início da série, em 2003, o indicador cresceu de 11,6% para 19,1% no acumulado em 12 meses (terminado em junho de 2018). O coeficiente de penetração das importações, que mede a participação dos produtos estrangeiros no consumo nacional, cresceu na maioria dos setores, especialmente em outros equipamentos de transporte (reboques, aviões, navios), produtos diversos (como brinquedos e jogos, bijuteria e similares), máquinas e equipamentos, vestuário e acessórios, farmoquímicos e farmacêuticos e produtos de metal. De acordo com a CNI, apenas dois dos 23 setores da indústria de transformação (coque, derivados do petróleo e biocombustíveis; e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos) registraram queda do coeficiente de penetração de importações. (ABr)

São Paulo - Ex-presidente do Banco Central e atual diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o economista Carlos Langoni sugeriu ontem que o Brasil recorra a reformas pró-crescimento, como a abertura da economia, por exemplo, uma vez que os efeitos das reformas tão debatidas na atualidade se materializarão de forma gradual e no longo prazo. Ao participar do Brasil Summit 2018, organizado pela Thompson Reuters, ontem, em São Paulo, Langoni destacou a importância de se fazer as reformas previdenciária, tributária e de ajustar as contas públicas, mas ponderou que são todas medidas que dependem da política e autorização do Congresso. “Abertura da economia não precisa de apreciação do Congresso. É um processo que depende apenas de uma nova postura do Brasil em relação ao mundo e à economia internacional”, disse o ex-BC. Paradoxalmente, continuou Langoni, a situação de estresse entre Estados Unidos, União Europeia, Nafta e países asiáticos abre espaço interessante para o Brasil adotar uma agressiva postura de abertura comercial. “Eu sou daqueles que acham que a abertura estimula a competitividade”, disse o economista. Para ele, esta será a saída para este ciclo de relativa estagnação. “Temos que negociar com a União Europeia, com a Inglaterra que agora sai da UE pelo Brexit, com a Costa do Pacífico, com o México, e fazer um acordo estratégico com a China, que é um grande investidor e um

grande parceiro comercial do Brasil”, afirmou. Instituições financeiras - A abertura econômica no Brasil precisa também contemplar a abertura financeira e bancária, disse o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e atual professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Márcio Holland, durante participação evento. “Sempre que se fala em abertura no Brasil se fala em abertura comercial. Eu acho que a abertura econômica no Brasil tem que ser enorme e incluir a abertura financeira e bancária”, afirmou ele, ao comentar proposta do ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni, que no mesmo evento defendeu a abertura como forma de romper o ciclo de estagnação da economia. De acordo com Holland, é um “acinte” quatro grandes bancos dominarem mais de 80% das operações no Brasil. “E o Banco Central e as regras do sistema financeiro no Brasil permitem isso”, criticou Holland, para quem é preciso fazer um programa de atração de grandes bancos estrangeiros para o País. Segundo o ex-secretário, é muito simples fazer isso. “É só permitir a venda de folhas de pagamento para bancos estrangeiros, vender a carteira de crédito rural do Banco do Brasil para bancos estrangeiros. Então, isso tem que compor a abertura da economia brasileira e não só a abertura comercial”, afirmou Holland. (AE)


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ECONOMIA ANDRE BORGES/AGÊNCIA BRASÍLIA

Distrito Federal é a unidade da Federação com o maior IDH e, segundo relatório da IFI, diferenças de arrecadação locais agravam desigualdades

ORÇAMENTO GERAL

União investirá menos em 2019 Previsão da IFI, do Senado, é que queda seja ao menor nível registrado desde 2006 Brasília - Os investimentos federais previstos na proposta de Orçamento Geral da União em 2019 cairão para o menor nível desde 2006, revelou a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado. A proposta enviada pelo Executivo no fim de agosto reserva R$ 27 bilhões para esse tipo de despesa, valor 71% inferior aos R$ 92 bilhões reservados no Orçamento de 2013, ano em que os investimentos bateram recorde. Os investimentos englobam as obras públicas e a compra de equipamentos. Em relação aos valores executados (efetivamente gastos), o Relatório de Acompanhamento Fiscal

divulgado pela IFI estima que, pelos dados realizados até agosto, é possível que os investimentos encerrem 2018 com leve crescimento em relação a 2017. Mesmo assim, destacou a IFI, o valor deve corresponder a cerca de 50% da média alcançada entre 2010 e 2014. A IFI não considerou os investimentos das estatais, apenas os do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Em termos de valores reservados no Orçamento, os investimentos federais (sem as estatais federais) bateram recorde em 2013, com R$ 92 bilhões previstos. Em relação ao montante executado, o recorde correspondeu a 2014, quando

foram gastos R$ 73 bilhões. Todos os valores foram corrigidos para preços de julho de 2018 para descontar a inflação do período. Desigualdades regionais O relatório da Instituição Fiscal Independente também revelou que as diferenças de arrecadação entre os governos locais agravam as desigualdades regionais. No último relatório, o órgão destacou as disparidades na capacidade de os governos regionais financiarem as políticas públicas. De acordo com o documento, o Maranhão, que tem o segundo menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País, dispunha de

R$ 3.357 por habitante em 2016, o montante mais baixo do Brasil. O valor representa um terço dos R$ 9.965,59 que o Distrito Federal, unidade da Federação (UF) com IDH mais alto, tinha à disposição para cada cidadão no mesmo ano. O cálculo somou a arrecadação própria das unidades da Federação, de cada município dentro de um estado e as transferências da União para estados e municípios, divididos pelo total de habitantes em cada UF. De acordo com a IFI, a distribuição das receitas está desigual porque as transferências da União – por meio dos fundos de participação dos estados, dos municípios

e dos fundos constitucionais – são insuficientes para cobrir as desigualdades iniciais da arrecadação própria de cada ente. “A combinação entre elevada desigualdade inicial na arrecadação própria de cada ente e o impacto redistributivo limitado das transferências resulta na persistência de uma distribuição das receitas disponíveis bastante desigual. A correlação positiva entre receitas disponíveis e IDH se mantém mesmo após as transferências redistributivas, assim como a coexistência de unidades de governo com receitas disponíveis per capita bastante distintas entre si”, destacou o relatório. (ABr)

País tem alta ociosidade econômica Brasília - De acordo com o relatório divulgado ontem pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado, a lentidão na recuperação econômica e o alto nível de desemprego continuam a fazer a economia brasileira operar com elevado grau de ociosidade. O hiato do produto – medida de quanto a economia está abaixo do potencial – está em 6,4%. O indicador bateu recorde no fim de 2016, quando a economia brasileira operava 8,5% abaixo da capacidade. Essa ociosidade, destacou o documento, afasta pressões “mais sérias” sobre a inflação. Isso porque a baixa demanda impede as empresas de aumentar os preços como fariam se a economia estivesse aquecida. Nos últimos seis trimestres, o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no País) acumulou crescimento de 2,5%, insuficiente para compensar a queda de 8,3% acumulada entre 2014 e 2016. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que engloba a dívida da União, dos estados e dos municípios, atingiu R$ 5,187 trilhões em julho de 2018, com aumento de R$ 21,1 bilhões em relação ao mês anterior. Mesmo com a alta em valores absolutos, a proporção da dívida em relação ao PIB caiu de 77,16% para 77,02%. Essa foi a primeira queda no percentual desde dezembro de 2017. Ação - Criada em dezembro de 2016 por resolução do Senado Federal, a IFI produz relatórios, notas técnicas, banco de dados e projeções econômicas que são levadas em conta pelos parlamentares na análise de projetos de lei e de medidas do governo. O órgão pode agir tanto por iniciativa própria como quanto por demandas específicas de senadores. (ABr)

DÓLAR

Ministro diz que governo não deve segurar moeda Brasília - O governo não pretende agir para segurar o dólar, afirmou ontem o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Em viagem a Fortaleza, ele falou que a volatilidade da moeda norte-americana nas últimas semanas ainda não motivou nenhuma medida por parte da equipe econômica. De acordo com o ministro, boa parte das altas recentes deve-se a fatores internacionais, sobre os quais o governo não tem controle. “Não há nenhuma medida para ser tomada neste momento. O que existe são movimentos internacionais que têm pressionado moedas de países emergentes, como o Brasil”, declarou o ministro após evento na sede do Banco do Nordeste na capital cearense. O ministro ressaltou que o governo está acompanhando a situação e acrescentou que somente reformas estruturais que reequilibrem as contas públicas conseguirão aumentar a resistência do País a crises “agora e no futuro”. Caso contrário, os governos que virão vão ter de aumentar a carga tributária. “O problema do déficit público

ALTER CAMPANATO/ABr

Eduardo Guardia avalia que alta do dólar está relacionada a interferências internacionais

brasileiro é o crescimento acelerado da despesa. Nós precisamos reverter essa tendência”, apontou.

serviço e de rendas) e elevadas reservas internacionais. A principal dificuldade da economia brasileira, declarou o ministro, está no lado Previdência - Guardia rei- fiscal. terou que o País tem capaciSegundo o ministro da dade de lidar com turbulên- Fazenda, o governo pode cias internacionais, por ter seguir em frente e tentar vobaixo déficit em transações tar a reforma da Previdência correntes (comerciais, de depois das eleições, caso o

futuro governante esteja de acordo. “Qualquer candidato que esteja comprometido com o processo de reformas, de modernização do Brasil, de redução de custo Brasil, de redução de custo tributário, de simplificação, de redução de burocracia e disciplina fiscal tem a minha simpatia”, disse.

Fluxo cambial fica positivo em US$ 23 bi

Brasília - O fluxo cambial do ano até o dia 6 de setembro ficou positivo em US$ 23,320 bilhões, informou ontem o Banco Central. Em igual período do ano passado, o resultado era positivo em US$ 3,097 bilhões. A saída pelo canal financeiro neste ano até 6 de setembro foi de US$ 13,281 bilhões. O resultado é fruto de aportes no valor de US$ 347,513 bilhões e de envios no total de US$ 360,794 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações. No comércio exterior, o saldo anual acumulado até 6 de setembro ficou positivo em US$ 36,601 bilhões, com importações de US$ 119,319 bilhões e exportações de US$ 155,920 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 25,039 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 46,957 bilhões em Pagamento An-

tecipado (PA) e US$ 83,925 bilhões em outras entradas. Setembro - Depois de encerrar agosto com saídas líquidas de US$ 4,250 bilhões, o País registra fluxo cambial negativo de US$ 858 milhões em setembro até o dia 6, informou o Banco Central. O montante representa as operações registradas na primeira semana do mês, que foi mais curta em função do feriado de 7 de setembro O canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 1,012 bilhão no período. Isso é resultado de aportes no valor de US$ 3,924 bilhões e de retiradas no total de US$ 4,936 bilhões. No comércio exterior, o saldo de setembro até o dia 6 é positivo em US$ 154 milhões, com importações de US$ 4,444 bilhões e exportações de US$ 4,598 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 491 milhões em ACC, US$ 2,708 bilhões em PA e US$ 1,399 bilhão em outras entradas. (AE)


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ECONOMIA SUPERMERCADOS

Setor tem menor índice de violência em 5 anos Pesquisa divulgada pela Fecomércio-MG e Sincovaga-BH mostra que a segurança melhorou em 12 meses FILO ALVES

ANA AMÉLIA HAMDAN

A violência continua sendo um incômodo para comerciantes de Belo Horizonte, mas, na percepção daqueles que trabalham no ramo supermercadista, a segurança apresentou uma melhora. Nos últimos 12 meses, 32,4% desses estabelecimentos registraram algum tipo de violência. O índice é alto, mas é o menor desde 2013 e se encontra 22 pontos percentuais abaixo do registrado em igual período de 2017, quando chegou a 54,4%. Os números constam da Pesquisa de Vitimização do Setor Supermercadista, divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) e pelo Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Belo Horizonte (Sincovaga-BH). Analista de pesquisa da Fecomércio-MG, Elisa Castro informa que a redução do registro de crimes nos supermercados é atribuída aos investimentos particulares feitos pelos próprios comerciantes e também a ações da Polícia Militar. O vice-presidente do Sincovaga-BH, José Luiz de Oliveira, afirma que realmente houve uma melhora na segurança, mas que os desafios ainda são grandes e muitas vezes estão ligados à impunidade dos crimes. A instalação de unidades móveis da Polícia Militar nos bairros da Capital, a partir do final de 2017, foi citada pelo Sincovaga-BH como uma medida positiva.

Estudo das entidades mostra que a maioria dos empresários destina até 5% do faturamento do negócio para o investimento na melhoria da segurança

“A gente tem notado uma presença maior da polícia”, disse. Entre os empresários que relataram alguma ocorrência no estabelecimento, a grande maioria - 95,2% - acionou a polícia. Houve melhora em relação ao ano passado, quando esse índice foi de 90,8%. De acordo com a pesquisa, a região do Barreiro (66,0%) e a região Norte (60,4%) foram as que registraram maior número de comércios alvos de criminosos. O menor índice é na Centro-Sul: 19,1%. Oliveira ressalta que os comerciantes continuam investindo fortemente para

evitar os problemas causados pela violência. Cálculos do Sincovaga-BH indicam que as perdas com roubos correspondem a aproximadamente 3% do faturamento. A pesquisa indica que a maioria dos empresários – 71,1% – gasta até 5% do faturamento do negócio com segurança. A maior parte investe em circuito interno de TV (49,5%) e alarmes (24%). Além disso, a insegurança tem feito os comerciantes mudarem suas rotinas. O levantamento aponta que 52,5% dos entrevistados informaram que alteraram algum processo para evi-

tar a violência. A principal medida, tomada por 41% dos ouvidos, foi passar a guardar objetos de valor em outros locais, sendo que 33% mudaram o horário de funcionamento. Além disso, 12,4% reforçaram a segurança do estabelecimento. Desafios - Indicando que a violência ainda é um desafio, a pesquisa mostra que, dos 32,4% estabelecimentos que registraram crimes nos últimos 12 meses, 68,3% foram alvo de assalto à mão armada a comerciários. Em seguida, aparecem os crimes de furtos à loja (15,2%) e assalto à mão

armada a clientes (3,9%). Em 2017, o índice de assalto à mão armada a comerciários era menor, ficando em 54,9%. Outro desafio está em relação aos comerciantes que se sentem seguros em trabalhar até mais tarde: apenas 20,9% dos empresários responderam positivamente a essa pergunta. Capital - A pesquisa mede a percepção da violência dos comerciantes quanto à cidade como um todo, no bairro onde está seu estabelecimento e dentro de sua loja. Assim como aconteceu quanto à violência dentro do comércio, a incidência

de crimes também registrou queda nos bairros, na avaliação dos entrevistados, passando de 53,6% em 2017, para 27,9% este ano. Porém, em relação a Belo Horizonte, o índice apresentou aumento, passando de 60,7% no ano passado, para 61,8% em 2018. Apesar disso, a pesquisa mostrou que houve uma melhora na percepção da qualidade de vida em Belo Horizonte, com 70,3% dos entrevistados tendo avaliado positivamente a Capital. Houve uma alta de 14,4 pontos percentuais em relação ao ano passado, quando o índice ficou em 55,9%.

CONSUMIDOR

Oi, Claro e Vivo são multadas em R$ 9,3 mi Brasília - O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), da estrutura do Ministério da Justiça, multou as empresas Oi, Claro e Vivo no valor de R$ 9,3 milhões por infração ao Código de Defesa do Consumidor. As empresas ainda têm direito de recorrer administrativamente da decisão. De acordo com o departamento, as empresas violaram os direitos dos consumidores nos chamados serviços de valor adicionado, além de oferta de serviços e produtos diferentes dos que foram efetivamente entregues ao consumidor. Segundo a Anatel, os serviços de valor adicionado não são considerados serviços de telecomunicação. Entre os mais comuns, estão os toques de celular diferenciados, notícias por SMS, músicas e antivírus. “É a maior multa já aplicada na história do departamento”, informou ontem a assessoria do órgão, que é ligado à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça. Durante a investigação, também foi verificado que as empresas cobraram por serviços e produtos nunca solicitados pelo consumidor. Para o departamento, as empresas induziram o consumidor a erro “com anúncios que não destacavam aspectos essenciais do serviço e que, assim, não forneciam elementos suficientes à formação de

MARCOS SANTOS / USP IMAGENS CELULAR

Empresas teriam violado direitos dos consumidores em diversos tipos de serviços prestados

adequado entendimento, pelo consumidor, acerca daquilo que efetivamente lhe estaria sendo entregue e pelo que seria cobrado”, disse o órgão. Sem consentimento - Ainda de acordo com o DPDC, as contratações ocorriam sem o consentimento prévio efetivamente informado pelo cliente. Essa medida, de acordo com o departamento, é essencial para caracterizar a vontade legítima por parte do consumidor de contratar um serviço. Segundo o DPDC, as operadoras de telefonia argumentaram que outras empresas foram responsáveis por disponibilizar os

serviços de valores adicionados. “O Código de Defesa do Consumidor estabelece que todos os fornecedores respondem solidariamente pela prestação dos serviços e pelos danos daí advindos para os consumidores”, afirmou a diretora do DPDC, Ana Carolina Caram. Agora as empresas têm 30 dias para o pagamento das multas. O DPDC disse que elas também devem “cessar imediatamente a prática de fornecimento de serviços de valores adicionais sem o prévio e expresso consentimento do consumidor, bem como a cobrança por serviços não solicitados pelo consumidor”, informou a assessoria.

Caso desrespeitem a decisão, o DPDC afirmou que poderá suspender temporariamente a atividade de quem descumprir a determinação. Outro lado - A Vivo informa que ainda não foi notificada e que, tão logo tenha o teor oficial da decisão, tomará as medidas cabíveis. A Oi também disse que ainda não foi notificada da decisão e não fez outro comentário. A Agência Brasil também entrou em contato com a Claro. Segundo a empresa, a sanção se refere a casos isolados, registrados no estado do Tocantins, em 2009, e que avalia recorrer da decisão. (ABr)

Crediário e cartão geram maior negativação São Paulo - Levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) apontou que o crediário e o cartão de crédito foram as modalidades que mais negativaram consumidores que recorreram a alguma contratação de crédito. De acordo com os dados, 58% dos consumidores que recorreram ao crediário, no último ano, atrasaram prestações e 48% dos clientes de cartão de crédito não pagaram a fatura. Já o cheque especial aparece como a modalidade (30%) que menos deixou quem utiliza o serviço com o nome sujo. A pesquisa mostra ainda que os consumidores estão mais atentos para as tarifas e juros praticados. O levantamento aponta que 71% dos entrevistados pesquisa antes de contrair um financiamento e 70% se informa antes de pegar um empréstimo. Três em cada dez entrevistados reconhecem que não avaliam os encargos do cartão de crédito antes de aceitarem uma proposta e 45% afirmam ignorar as taxas do cheque especial. Ao serem questiona-

dos sobre quais gastos controlam, entre as modalidades utilizadas, 85% dos consumidores estão atentos ao cheque pré-datado, enquanto 77% se informam sobre parcelas de financiamento e 75%, de empréstimos. Por outro lado, o crediário (31%) e o cartão de crédito (30%) são as modalidades que despertam menos atenção. Cartões de crédito A pesquisa indica que quatro entre dez entrevistados admite que aceitam ofertas de cartões de crédito de bancos ou lojas, sendo que 15% só concordam com cartões com isenção de anuidade e outros 15% por necessidade. O cartão de crédito lidera o ranking dos instrumentos de crédito mais utilizados no ano passado, com 67% de indicações. Em seguida, aparecem carnês, boletos e cartões de loja (27%) e cheque especial (17%). O levantamento da CNDL entrevistou 910 consumidores, de todas as regiões do País, com idade superior a 18 anos. As perguntas admitem múltiplas respostas, motivo pelo qual a soma de percentuais pode ultrapassar 100%. (ABr)


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INTERNACIONAL TECNOLOGIA

Apple lança iPhones e relĂłgio voltado Ă saĂşde Novos modelos terĂŁo custo inicial que varia de US$ 749 a US$ 1.099, sĂŁo Ă prova d’ågua e contam com o Face ID SĂŁo Paulo - A Apple anunciou ontem, em um evento na sua sede na CalifĂłrnia, dois novos modelos de iPhone. SĂŁo eles o iPhone XS e o iPhone XS Max - com telas de 5,8 polegadas e 6,5 polegadas, respectivamente. Ambos tĂŞm telas de OLED e chegarĂŁo ao mercado em trĂŞs cores diferentes: ouro, prata e cinza espacial. Quanto aos preços nos Estados Unidos (EUA), a empresa informou que o iPhone XS custarĂĄ a partir de US$ 999 e o XS Max, a partir de US$ 1.099. A Apple tambĂŠm anunciou que lançarĂĄ o iPhone XR, que serĂĄ colorido e feito de alumĂ­nio. O produto serĂĄ de mais baixo custo e seu valor serĂĄ de a partir de US$ 749 nos EUA. AlĂŠm disso, os dispositivos sĂŁo Ă prova d’ågua e contam com o Face ID, sistema de reconhecimento facial lançado pela empresa no ano passado, com o iPhone X. Os celulares tambĂŠm contam com um novo chip

de processamento, o A12 Bionic, que conta com núcleos dedicados para processamento computacional, gråfico e de redes neurais - segundo a Apple, ele Ê capaz de processar 5 trilhþes de operaçþes por minuto, enquanto seu antecessor, o A11 Bionic, presente no iPhone X, processava 600 bilhþes de operaçþes por minuto. Câmera - Com ajuda do A12 Bionic, a Apple promete que os novos iPhones sejam capazes de tirar as melhores fotos possíveis. Em termos tÊcnicos, as câmeras não mudaram muito: no lado traseiro, são duas lentes de 12 MP (uma teleobjetiva e uma grande angular). Na frente, uma câmera de 7 MP, que funciona combinada ao sistema de reconhecimento facial do aparelho. No entanto, com auxílio do novo chip, o aparelho terå um sistema capaz de captar diversos frames para reunir os melhores elementos em

STEPHEN LAM/REUTERS

uma Ăşnica fotografia. AlĂŠm disso, serĂĄ possĂ­vel alterar a profundidade de campo de cada imagem - podendo focar ou desfocar o que hĂĄ atrĂĄs de uma pessoa em um retrato - apĂłs a fotografia ser tirada, de forma semelhante ao que jĂĄ era possĂ­vel alterar o fundo de um retrato nos iPhones anteriores.

Apple Watch - A Apple deu início ontem ao evento em que apresenta seus novos produtos ao público optando por começar pelo Apple Watch. De acordo com o diretor de operaçþes (COO) da companhia, Jeff Williams, o Apple Watch Series 4 Ê a primeira atualização real de design do relógio inteligente Apple Watch poderå fazer ligaçþes de emergência se detectar alteraçþes cardíacas no seu portador da empresa, que terå uma tela 30% maior e com novos um sensor elÊtrico adicional que a bateria do dispositivo outros serviços da compaaplicativos específicos para que poderå fazer eletrocar- terå duração de um dia, nhia, como os AirPods. diogramas. AlÊm disso, o custarå US$ 399 nos Estados Na abertura do evento, o dispositivo. Williams destacou que o Apple Watch poderå fazer Unidos e estarå disponível o presidente-executivo da novo relógio terå notifica- ligaçþes de emergência caso a partir de 21 de setembro. Apple, Tim Cook, afirmou çþes sobre batimentos car- detecte movimentos bruscos O conjunto de receitas que que a empresa estå perto inclui o Apple Watch vem de atingir 2 bilhþes de apadíacos, poderå emitir alertas nos dados cardíacos. O diretor de operaçþes crescendo nos últimos tri- relhos com sistema iOS no para batimentos cardíacos baixos ou irregulares e terå da Apple tambÊm informou mestres, embora considere mundo. (AE)

GUERRA COMERCIAL JONATHANERNST/REUTERS

EUA propþe à China nova negociação Washington - A administração Trump buscou a China para uma nova rodada de negociaçþes comerciais, enquanto se prepara para aplicar tarifas punitivas sobre US$ 200 bilhþes em produtos chineses, disseram ontem duas pessoas familiarizadas com o assunto. Autoridades lideradas pelo secretårio do Tesouro, Steven Mnuchin, enviaram recentemente um convite às suas contrapartes chinesas, incluindo o vice-premiê Liu He, para realização de um novo encontro bilateral sobre comÊrcio. A data e o local da reunião proposta não estavam claros, disseram as fontes. Representantes de segundo escalão dos Estados Unidos (EUA) e da China se reuniram dias 22 e 23 de agosto, sem chegarem a um acordo. Um porta-voz do departamento do Tesouro não respondeu imediatamente aos pedidos de comentårios. O convite foi inicialmente divulgado pelo Wall Street

Journal. Um encontro entre funcionårios de alto nível poderia reduzir preocupaçþes do mercado sobre a escalada de guerra tarifåria que ameaça envolver todo o comÊrcio entre as duas maiores economias do mundo e elevar custos para empresas e consumidores. Cenårio - AtÊ o momento, os Estados Unidos e a China impuseram tarifas a US$ 50 bilhþes em produtos um do

outro, em uma disputa sobre as demandas dos EUA para que a China promova grandes mudanças de política econômica, incluindo o fim das políticas de joint venture e transferência de tecnologia, reduzindo os programas de subsídio à industria e protegendo melhor a propriedade intelectual americana. Na semana passada, o presidente Donald Trump afirmou que, alÊm de preparar tarifas sobre outros

US$ 200 bilhĂľes em produtos chineses, ele tinha tarifas sobre outros US$ 267 bilhĂľes em produtos prontas para aplicação em curto espaço de tempo, “se eu quiserâ€?. Grupos empresariais dos Estados Unidos vĂŞm elevando sua luta contra as tarifas de Trump, com mais de 60 grupos setoriais lançando uma coalizĂŁo para pressionar politicamente a administração Trump a buscar alternativas Ă s tarifas. (Reuters) Trump se prepara para aplicar tarifas sobre mais US$ 200 bi

Grupos industriais formam coalizão contra tarifas Washington - Após meses em uma guerra de bastidores contra as tarifas do presidente Donald Trump, que cresceram muito alÊm do que empresårios imaginavam, mais de 60 grupos industriais dos Estados Unidos (EUA) estão lançando uma coalizão para tornar a briga pública. O surgimento do grupo, Americans for Free Trade (Norte-americanos pelo Li-

(GLWDO 'H &LWDomR &RP 3UD]R 'H 7ULQWD 'LDV 2 'U eOLWR %DWLVWD 'H $OPHLGD -XL] 'H 'LUHLWR 'D Â? 9DUD &tYHO 'D &RPDUFD 'H %HOR +RUL]RQWH 0LQDV *HUDLV )D] 6DEHU $ 7RGRV 4XDQWRV 2 &RQKHFLPHQWR 'R 3UHVHQWH 'HYD 3HUWHQFHU 4XH 3RU (VWH -Xt]R ( 6HFUHWDULD 7rP $QGDPHQWR 2V $XWRV 'D $omR 2UGLQiULD 3URFHVVR 1ž 5HTXHULGD 3RU 0UY (QJHQKDULD ( 3DUWLFLSDo}HV 6 $ (P )DFH 'H $QJHOD 0DULD %HUQDUGR 'D 6LOYD 0H 5HUHQWH 6HJXQGR 3HWLomR ,QLFLDO ÂŹ 1RWD )LVFDO 1ž 1R 9DORU 'H 5 7ULQWD ( &LQFR 0LO 6HLVFHQWRV ( 4XDUHQWD 5HDLV ( &LQTXHQWD ( 2LWR &HQWDYRV &RP 9HQFLPHQWR (P (PLWLGRV 6HP /DVWUR &RP 3HGLGRV 'H 'HFODUDomR 'H ,QH[LJLELOLGDGH 'R 7tWXOR ( 2 &DQFHODPHQWR 'HILQLWLYR 'R 3URWHVWR ( (VWDQGR $ 5p $QJHOD 0DULD %HUQDUGR 'D 6LOYD 0H &13- (P /XJDU ,QFHUWR ( 1mR 6DELGR ([SHGLX 6H 2 3UHVHQWH (GLWDO 3DUD &LWi /D 'RV 7HUPRV 'D 3UHVHQWH $omR 3DUD 4XHUHQGR 1R 3UD]R 'H 4XLQ]H 'LDV &RQWHVWDU $ $omR $GYHUWH 6H $ 9 6D 4XH 1mR 6HQGR &RQWHVWDGR 2 3HGLGR 3UHVXPLU 6H ­R $FHLWRV &RPR 9HUGDGHLURV 2V )DWRV $UWLFXODGRV 3HOD $XWRUD 6HUi 2 3UHVHQWH 3XEOLFDGR 1D )RUPD 'D /HL ( $IL[DGR (P /RFDO 'H &RVWXPH %HOR +RUL]RQWH GH $JRVWR GH . H

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - ConcorrĂŞncia 006/2018 - torna pĂşblico que se encontra disponĂ­vel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital de ConcorrĂŞncia 006/2018, cujo objeto consiste na contratação de empresa especializada para execução de obras de implantação de pavimentação em vias pĂşblicas urbanas, no municĂ­pio de RibeirĂŁo das Neves. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 15/10/2018 as 09:00 hrs. Alex de Almeida Ferreira Silva /Presidente da CPL.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - Chamamento Publico 009/2018 - torna pĂşblico que se encontra disponĂ­vel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do Chamamento Publico 009/2018, cujo objeto consiste em credenciamento de pessoas jurĂ­dicas para prestação de serviços mĂŠdicos, incluindo especialidades mĂŠdicas, plantonistas e cirurgiĂŁo para diversas ĂĄreas da secretaria municipal de saĂşde de ribeirĂŁo das neves. A data para entrega dos envelopes e realização de nova sessĂŁo serĂĄ dia 14/09/2018 as 14:00 hrs. Alex de Almeida Ferreira Silva /Presidente da CPL.

PODER JUDICIĂ RIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO COMARCA DE UBERLĂ‚NDIA – MG EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO - PRAZO DE 20 DIAS. Dra. Edinamar Aparecida da Silva Costa, JuĂ­za de Direito da 3ÂŞ Vara CĂ­vel desta Cidade e Comarca de Uberlândia, Estado de Minas Gerais na forma da Lei, etc. faz saber a todos quantos o presente Edital virem ou dele tiverem noticia, que perante a este juĂ­zo e secretaria, tramita os autos de n° 702.150.461.474, ação de Execução requerida por BANCO BRADESCO S/A em desfavor de REGIS PEREIRA LIMA e, por meio deste e nos termos do artigo 257, II e paragrafo Ăšnico do CPC. CITA o executado REGIS PEREIRA LIMA, inscrito no CPF/MF, sob o n° 009.578.446-20, atualmente com endereço ignorado, para os termos e atos da presente ação para efetuar pagamento da quantia de R$ 149.523,25 (cento e quarenta e nove mil, quinhentos e vinte e trĂŞs reais e vinte e cinco centavos), referente ao principal e acessĂłrios, a ser acrescida de honorĂĄrios de advogado do autor e custas iniciais, no prazo de 03 (trĂŞs) dias, sob pena de penhora e avaliação de tantos bens quantos bastem para a garantia da divida. No caso de integral pagamento, no prazo supracitado, a verba honoraria serĂĄ reduzida pela metade: o executado. independentemente de penhora, deposito ou caução, poderĂĄ opor-se-ĂĄ execução por meio de embargos. que deverĂŁo ser oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias ou requerer, no mesmo prazo, caso reconheça o credito do Exequente e comprove o deposito de 30% do valor em execução, inclusive custas e honorĂĄrios de advogado: o executado(a) tem direito de parcelar o debito em ate 06 (seis). na forma do art. 916 e seguintes do CPC. Para que ninguĂŠm possa alegar ignorância mandou D 00D -Xt]D H[SHGLU R SUHVHQWH TXH VHUi DÂż[DGR QR OXJDU GH FRVWXPH QR )yUXP ORFDO H SXEOLFDGR na forma da Lei. Dado e passado nesta cidade de Uberlândia. 07 de maio d 018. Eu, Crisna Arantes /LPD 2ÂżFLDOD GH $SRLR -XGLFLDO R VXEVFUHYL 'UD (GLQDPDU $SDUHFLGD GD 6LOYD &RVWD -Xt]D GH 'LUHLWR da 3ÂŞ Vara CĂ­vel Procurador do Exequente: DR. JOSE LIDIO ALVES DOS SANTOS. OAB/MG. 162.755.

vre ComĂŠrcio), ocorre apĂłs Trump se acostumar ao uso de tarifas, implementando bilhĂľes de dĂłlares no esforço para usĂĄ-las como ameaça para ganhar concessĂľes ou na crença de que elas criarĂŁo empregos nos EUA. “Muitos outros grupos pensaram que isso nĂŁo iria tĂŁo fundo, mas o efeito das tarifas finalmente fez com que todos dissessem: ‘Chega, ĂŠ o suficiente’â€?, disse Nicole Vasilaros, lobista da Associação Nacional de Fabricantes MarĂ­timos, cujos membros avaliam demitir

COOPERCON-MG – COOPERATIVA DA CONSTRUĂ‡ĂƒO CIVIL DO ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ 26.658.405/0001-05 – EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO – 3HOR SUHVHQWH (GLWDO ÂżFDP FRQYRFDGRV RV FRRSHUDGRV GD &223(5&21 0* D VH ID]HUHP SUHVHQWHV j $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD D VHU UHDOL]DGD QR GLD YLQWH H TXDWUR GH VHWHPEUR GH Â? IHLUD jV K PLQ HP SULPHLUD FKDPDGD H QmR VHQGR FXPSULGR R TXyUXP VHUmR UHDOL]DGDV DV VHJXQGD H WHUFHLUD FKDPDGDV UHVSHFWLYDPHQWH jV K PLQ H K PLQ QR DXGLWyULR GR 6LQGXVFRQ 0* j 5XD 0DUtOLD GH 'LUFHX Âą ž DQGDU %DLUUR GH /RXUGHV %HOR +RUL]RQWH 0* WHQGR FRPR RUGHP GR GLD , Âą (OHLomR &RRSHUFRQ 0* SDUD R ELrQLR GRV 0HPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR H GRV 0HPEURV GD 'LUHWRULD H GRV 0HPEURV HIHWLYRV H VXSOHQWHV GR &RQVHOKR )LVFDO ,, Âą 5HIRUPD GR (VWDWXWR ,,, Âą $OWHUDomR GH REMHWR GD VRFLHGDGH ,9 Âą $SURYDomR GR FRQWUDWR HQWUH 6LQGXVFRQ H &RRSHUFRQ 6mR DSWRV D YRWDU QD SUHVHQWH GDWD VHVVHQWD FRRSHUDGRV VHQGR FHUWR TXH VRPHQWH SRGHUmR YRWDU H VHU YRWDGRV RV FRRSHUDGRV QmR LPSHGLGRV FRQIRUPH UHODomR DÂż[DGD QD VHGH GD &RRSHUFRQ 0* 7RGD GRFXPHQWDomR D VHU VXEPHWLGD j DVVHPEOHLD HQFRQWUD VH D GLVSRVLomR GH VHXV FRRSHUDGRV HP VXD VHGH ORFDOL]DGD j 5XD 0DUtOLD GH 'LUFHX Âą ž DQGDU %DLUUR GH /RXUGHV %HOR +RUL]RQWH 0* %HOR +RUL]RQWH GH VHWHPEUR GH -XOLDQR GH 1RURQKD *UDoD Âą 3UHVLGHQWH

trabalhadores apĂłs verem os custos subirem atĂŠ 35%. Trump impĂ´s tarifas de 25% sobre bens chineses no valor de US$ 50 bilhĂľes, principalmente maquinĂĄrio industrial e componentes eletrĂ´nicos intermediĂĄrios, como chips. Uma lista pendente de US$ 200 bilhĂľes pode estender os impostos para bens de consumo, e a ameaça de mais US$ 267 bilhĂľes cobriria basicamente todas as exportaçþes chinesas para os EUA. A China ameaça retaliar, o que pode incluir açþes contra empresas norte-americanas CARTA DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Aos Membros da Diretoria da PREVENIR PROTEĂ‡ĂƒO VEICULAR EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Prezados Senhores: Na qualidade de Presidente da ASSOCIAĂ‡ĂƒO PREVENIR PROTEĂ‡ĂƒO VEICULAR inscrita no CNPJ nÂş.: 28.628.875/0001-51, localizada Ă BR 381, KM 493, LJ 04 – POSTO PAMPAS – Betim Industrial – Betim/MG por meio da presente carta, venho convocar os senhores membros da diretoria a participar da AssemblĂŠia Geral extraordinĂĄria, a realizar-se no endereço supramencionado, no dia 28 de setembro de 2018, Ă s 15h00min, em primeira convocação, se presente a maioria simples dos convocados ou segunda convocação 30 minutos apĂłs a primeira com qualquer numero GH SUHVHQWHV D Ă€P GH GHOLEHUDUPRV VREUH RV VHJXLQWHV DVVXQWRV a) Alteração de endereço; b) Demais assuntos de interesse dos sĂłcios fundadores. Reitero a convocação aos senhores membros GD 'LUHWRULD D Ă€P GH TXH FRPSDUHoDP j $VVHPEOpLD SRGHQGR HP caso de impossibilidade de comparecimento enviar procuradores devidamente constituĂ­dos para representĂĄ-los, ressaltando ainda TXH RV DXVHQWHV H VHP D GHYLGD UHSUHVHQWDomR Ă€FDUmR REULJDGRV a aceitar o que for deliberado. Betim, 10 de Setembro de 2018. Atenciosamente, ANDERSON APARECIDO DE ALMEIDA - Presidente

que operam no paĂ­s. Grandes empresas - A coalizĂŁo de negĂłcios inclui grupos que representam algumas das maiores empresas do paĂ­s. Entre elas, o Instituto Norte-Americano de PetrĂłleo - que representa as maiores refinarias, como a Exxon Mobil e a Chevron - e a Associação de LĂ­deres da IndĂşstria de Varejo, que representa empresas como Target e Autozone. “Tem havido muito trabalho, que vem acontecendo nos Ăşltimos oito meses, para tentar convencer o presidente e a administração de que as tarifas nĂŁo vĂŁo funcionar. Nossa visĂŁo ĂŠ que nĂŁo ĂŠ tarde

COMARCA DE BELO HORIZONTE – EDITAL PARA CONHECIMENTO DE TERCEIROS – 30 DIAS. AUTOS 5065639-38.2018.813.0024. O Dr. AntĂ´nio Leite de PĂĄdua, Juiz de Direito da 1ÂŞ Vara de FamĂ­lia da Comarca de Belo Horizonte, em pleno exercĂ­cio de seu cargo, na forma da lei, etc., FAZ SABER a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem que neste JuĂ­zo e secretaria foi interposta uma ação de alteração de regime de bens por ANA CAROLINA DE CASTRO SALES DUARTE e EDUARDO PINHEIRO DUARTE, casados entre si, sob o regime da comunhĂŁo parcial de bens para o regime da separação total de bens. Para conhecimento de todos H D ÂżP GH UHVJXDUGDU H UHVVDOYDU GLUHLWRV GH terceiros publica-se o presente edital (art. 734 do CPC) em jornal de grande circulação. Belo Horizonte, 11 de setembro de 2018. (Dra. Ana Carolina Brochado Teixeira – OAB/MG 77.771).

demaisâ€?, afirmou Dean Garfield, presidente-executivo do Conselho da IndĂşstria de Tecnologia da Informação, cujos membros incluem Microsoft, Alphabet e Apple. Poucos levaram a sĂŠrio as ameaças de Trump durante a campanha, na qual ele ameaçava impor mais tarifas e acabar com a participação dos Estados Unidos na Parceria TranspacĂ­fico, um grande pacto comercial multinacional. Trump demonstrou, desde entĂŁo, que estava falando sĂŠrio sobre as tarifas, aumentando os ataques Ă China, ameaçando as taxas de importação de carros e pressionando por um Acordo de Livre ComĂŠrcio da AmĂŠrica do Norte (Nafta) mais favorĂĄvel aos EUA, mesmo correndo o risco de acabar com o pacto. (Reuters) PUBLICAĂ‡ĂƒO DE EDITAL EM JORNAL DE GRANDE CIRCULAĂ‡ĂƒO NO MUNICĂ?PIO (Lei Municipal n.Âş 7.277, de 17 de janeiro de 1997, e Deliberaçþes Normativas do COMAM n.Âş 39/02 e n.Âş 42/02) - O Leonardo Rodrigues Ferreira Chaves, responsĂĄvel pelo empreendimento denominado MRCRAB INDĂšSTRIA E COMÉRCIO DE PESCADOS LTDA, com as atividades fabricação de alimentos e pratos prontos, localizada na Rua JosĂŠ Rodrigues Pereira – 798 – Buritis – Belo Horizonte, torna pĂşblico que protocolizou requerimento de Licença de Operação Ă Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS/MG

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS/MG

Aviso de Publicação do Processo LicitatĂłrio n° 174/2018, PregĂŁo n°101/2018. Menor preço por item. Aquisição de carnes e embutidos. Data de Apresentação de Envelopes e Julgamento: 14h00min do dia 27/09/2018. O Edital encontra-se na sede da Prefeitura Municipal, Ă Av. Dr. Sylvio Menicucci, nÂş 1575, Bairro Presidente Kennedy ou pelo site www.lavras.mg.gov.br. Telefax: (35) 3694-4022. Rodrigo Moreti Pedroza – Gerente de Licitaçþes.

Aviso de Publicação do Processo LicitatĂłrio n° 151/2018, PregĂŁo n°89/2018. Menor preço por item. Aquisição de material odontolĂłgico. Data de Apresentação de Envelopes e Julgamento: 09h00min do dia 04/10/2018. O Edital encontra-se na sede da Prefeitura Municipal, Ă Av. Dr. Sylvio Menicucci, nÂş 1575, Bairro Presidente Kennedy ou pelo site www.lavras.mg.gov.br. Telefax: (35) 3694-4022. Rodrigo Moreti Pedroza – Gerente de Licitaçþes.


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POLÍTICA FABIO RODRIGUES POZZEBOM / ABr

PATRIMÔNIO PÚBLICO

MPMG reabre investigação sobre aeroporto de Cláudio Obra custou R$ 13,9 milhões ao Estado O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) reabriu a investigação sobre a construção em 2010 - durante o mandato do hoje senador Aécio Neves (PSDB) como governador de Minas Gerais - de um aeroporto em terreno de parente do parlamentar em Cláudio, na região Centro-Oeste do Estado, a 130 quilômetros de Belo Horizonte. A obra custou R$ 13,9 milhões. O caso foi reaberto pelo promotor Eduardo Nepomuceno, da 17ª Promotoria de Patrimônio Público, após uma interceptação telefônica da Polícia Federal, em abril do ano passado, que captou uma conversa entre o primo de Aécio, Frederico Pacheco, e uma pessoa cuja identidade não foi revelada. Pacheco, e a irmã de Aécio, Andrea Neves, foram presos no mês seguinte em Belo Horizonte durante a Operação Patmos, da Polícia Federal (PF), deflagrada depois de o senador ser gravado pedindo dinheiro para o empresário Joesley Batista. Aécio sustenta que os recursos seriam um empréstimo para pagamento de advogados em ações que já respondia na Justiça. Na conversa sobre o aeroporto gravada pela PF, o interlocutor não identificado pergunta ao primo de Aécio se alguém poderia “abrir o portão” para uma outra pessoa, que tratam como Duda, que estaria chegando de avião. Pacheco responde que uma pessoa em Claudio, que seria segurança do senador, “já deve ter aberto”. Em seguida, o primo do parlamentar diz que a pessoa “deve ter a chave”. A investigação inicial foi encerrada pelo Ministério Público de Minas Gerais em dezembro

de 2015, por falta de provas. Na alegação para arquivamento do caso, a promotora Maria Elmira, então responsável pela apuração, utilizou argumentação encaminhada pelo próprio governo do Estado, que entre 2002 e 2014 foi comando pelo PSDB. Nos dados enviados ao Ministério Público, a Secretaria de Transportes e Obras Públicas afirma que o aeroporto foi construído dentro de programa do governo estadual para “adequação, ampliação, melhoria e revitalização da malha aeroportuária do Estado”, conforme consta no pedido de arquivamento da ação.Claudio é o município em que Aécio tem por hábito passar fins de semana. Defesa - Em nota repassada pela assessoria do senador, o advogado do parlamentar, Alberto Zacharias Toron, afirma ser “completamente despropositada e indevida a determinação de reabertura das investigações envolvendo o aeródromo de Cláudio. “A PGR e, há mais de três anos, o MP Estadual, através de seu órgão máximo (Conselho Superior do Ministério Público), constataram a inexistência de irregularidades e determinaram o arquivamento dos procedimentos”, diz a nota. O texto afirma ainda que “foi expressamente reconhecido pelo MP que ‘a reforma da pista do aeródromo de Cláudio fez parte de diversas outras obras (do Estado), sem qualquer indício de propósito de violação aos princípios que norteiam a administração pública, em especial o da impessoalidade’”. A defesa de Aécio criticou

Aécio Neves, quando era governador em 2010, construiu aeroporto em terreno de um parente em Cláudio

o promotor responsável pela reabertura da investigação. “O atual pedido de reabertura é de autoria do promotor Eduardo Nepomuceno que chegou a ser afastado de seu cargo, por unanimidade, pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A própria instituição reconheceu que o promotor Nepomuceno revela ‘condução de procedimentos de investigação marcada pela ausência de racionalidade e de desrespeito à dignidade das pessoas submetidas a investigações que duraram anos sem que houvesse, desde o início, a presença de justa causa para a instauração’, conforme nota do CNMP”. “Em razão de mais essa arbitrariedade, o senador Aécio Neves tomará as providências necessárias para levar tais fatos ao conhecimento dos órgãos responsáveis do Ministério Público, alertando para o uso político da instituição por parte de um de seus membros”, conclui a nota. O promotor Eduardo Nepomuceno não quis comentar o teor da nota enviada pela assessora do parlamentar. Em relação à Patmos, o advogado de Andrea Neves, Marcelo Leonardo, afirmou que sua cliente é “inocente e acusada por relações sem qualquer prova de confirmação”. Por sua vez, o advogado do primo de Aécio Neves, Ricardo Ferreira de Melo, afirmou estar aguardando o início da instrução processual. (AE)

LAVA JATO

Moro bloqueia R$ 50 mi de braço direito de Richa e outros quatro suspeitos de propina São Paulo - O juiz Sérgio Moro bloqueou R$ 50 milhões do ex-chefe de gabinete do governo do Paraná Deonilson Roldo, braço direito do ex-governador Beto Richa (PSDB). A medida atinge também o empresário Jorge Theodócio Atherino, apontado como elo de propinas da Odebrecht para o tucano, a mulher dele e empresas. O juiz decretou o confisco de R$ 10 milhões de cada um de cinco alvos da Operação Piloto, fase 53 da Lava Jato, deflagrada na última terça-feira. O bloqueio atende ao pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal por sequestro de ativos dos investigados. O ex-governador também é alvo da Operação Piloto. Agentes da Polícia Federal, munidos de ordem de Moro, vasculharam endereços do tucano, inclusive sua residência em Curitiba e também salas que ele ocupou no Palácio Iguaçu e seu comitê de campanha ao Senado Beto Richa foi preso, mas como alvo de uma outra operação, também desencadeada na terça-feira (11) pelo Ministério Público do Estado do Paraná - a Operação Rádiopatrulha investiga supostos desvios de

recursos públicos do Programa Patrulha do Campo - manutenção de estradas rurais. Roldo foi preso como alvo das duas missões, Rádiopatrulha e Piloto da Lava Jato. Na Operação Piloto - referência a Richa na planilha de propinas da empreiteira Odebrecht -, Moro fixou o limite de R$ 50 milhões para bloqueio de valores de cinco investigados, entre eles o braço-direito do tucano, “considerando não só o montante da suposta vantagem indevida, mas igualmente o volume de operações suspeitas de lavagem e que são substancialmente maiores”. Moro assinalou que o artigo 125 do Código de Processo Penal e o artigo 4º da Lei n.º 9.613/1998 (Lei da Lavagem de Dinheiro) autorizam ‘o sequestro do produto do crime’. “Viável o decreto do bloqueio dos ativos financeiros dos investigados em relação aos quais há prova de recebimento de propina”, destacou o juiz. “Não importa se tais valores, nas contas bancárias, foram misturados com valores de procedência lícita”, ressaltou Moro. “O sequestro e confisco podem

atingir tais ativos até o montante dos ganhos ilícitos. Considerando os valores da propina acertada, cinquenta milhões de reais, resolvo decretar o bloqueio das contas dos investigados até esse montante”, decidiu o juiz. Defesas - A defesa do ex-governador Beto Richa afirmou na terça-feira (11) que não sabia a razão das ordens judiciais proferidas. “A defesa ainda não teve acesso à investigação.” A reportagem não localizou os defensores de José Richa Filho, Luis Abi Antoun e dos ex-secretários Edson Casagrande e Ezequias Moreira, também envolvidos na investigação. O advogado Roberto Brzezinski Neto, que defende Deonilson Roldo, afirmou que está analisando os autos e vai se pronunciar. A defesa do empresário Jorge Theodoro Atherino não foi localizada. O governo do Estado informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que «está colaborando com todas as investigações em curso». A governadora Cida Borghetti ressaltou que não aceita nenhum tipo de desvio de conduta dos seus funcionários. (AE)

OPERAÇÃO VOSTOK

Governador do Mato Grosso do Sul é alvo de mandados de busca e apreensão Rio de Janeiro - O governador do Mato Grosso do Sul e candidato à reeleição, Reinaldo Azambuja (PSDB), foi alvo ontem de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal (PF) no âmbito de uma nova operação contra a corrupção, na segunda ação policial em dois dias a atingir tucanos de alto escalão. Agentes da PF estiveram na casa de Azambuja em Campo Grande e na sede do governo estadual para realizar buscas, disse a Subsecretaria de Comunicação do Mato Grosso do Sul. O governador estava viajando n interior do Estado. O filho do governador, Rodrigo, e o deputado estadual José Roberto Teixeira (DEM), o ‘Zé Teixeira’, foram presos. A operação investiga um esquema de pagamento de propina a representantes da cúpula do Poder Executivo Estadual. Dentre os alvos da Operação Vostok estão pecuaristas locais responsáveis pela emissão das notas fiscais “frias”, inclusive, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estadol, Márcio Monteiro – alvo de mandado de prisão -, e o empresário Antonio Celso Cortez, dono da empresa PSG Tecnologia Aplicada. Segundo a Operação Vostok, o conselheiro, que foi secretário estadual de Fazenda, teria emitido nota fiscal de R$ 333 mil em dezembro de 2016. A informação consta de uma planilha da JBS, de acordo com a PF. ‘Zé Teixeira’ é primeiro-secretário da Assembleia Legislativa. Ele foi localizado pelos federais em um hotel de Campo Grande. Os investigadores afirmam que o parlamentar emitiu duas notas no valor total de R$ 1,6 milhão em setembro e em outubro de 2016. A PF fez buscas na Assembleia Legislativa. De acordo com a PF, a chamada Operação Vostok tem por base os termos de colaboração premiada de executivos de uma “grande empresa do ramo frigorífico” que deixou de recolher aos cofres públicos mais de R$ 200 milhões por meio de créditos tributários concedidos através de um esquema fraudulento. Notas frias - O nome da operação está ligado à estação de pesquisa russa localizada na Antártida onde já foi registrada uma das menores temperaturas da Terra. O nome faz referência às notas fiscais frias utilizadas para a dissimulação dos pagamentos. Segundo apurado, do total de créditos tributários auferidos pela empresa dos colaboradores, um percentual de até 30% era revertido em proveito da organização criminosa investigada.

Nos autos do inquérito, foram juntadas cópias das notas fiscais falsas utilizadas para dissimulação desses pagamentos e os respectivos comprovantes de transferências bancárias. De acordo com a TV Globo, as autoridades utilizaram como base para as investigações as delações de executivos da holding J&F, que controla a JBS. “O inquérito foi autorizado e tramita perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, que decretou as medidas em cumprimento”, disse a PF em nota. “Parte da propina acertada teria sido viabilizada antecipadamente na forma de doação eleitoral oficial, ainda durante a campanha para as eleições em 2014; e alguns pagamentos também teriam ocorrido mediante entregas de valores em espécie, realizadas nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, no ano de 2015”, acrescentou. A operação no Mato Grosso do Sul ocorre um dia após o ex-governador do Paraná e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) ter sido preso por suspeita de recebimento de propina para o direcionamento de licitação para um programa implantado para recuperar e modernizar estradas rurais paranaenses por meio da locação de máquinas pesadas pelo governo. O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, reconheceu na última terça-feira que a prisão de Richa fragiliza o partido. Executivos da J&F fecharam acordos no ano passado que envolveram diversos políticos de diferentes partidos e têm servido de base para investigações das autoridades. Procurada pela Reuters, a empresa disse que não vai comentar a operação de ontem. No total cerca de 220 policiais federais foram às ruas para cumprir 41 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária na capital Campo Grande e nos municípios de Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes de Laguna, além de Trairão, no Estado do Pará. São alvos das medidas os endereços residenciais e comerciais dos investigados e os seus locais de trabalho. Segundo a PF, outras empresas do ramo agropecuário e frigorífico também emitiram notas fiscais frias para dissimulação do esquema de pagamento de propina. Pecuaristas locais responsáveis pela emissão das notas fiscais frias também estão entre os alvos da ação, incluindo um deputado estadual e um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. (Reuters/AE)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

VALTER CAMPANATO / ABr

ODEBRECHT

Fachin dá prazo de 15 dias para a PGR denunciar Temer PF aponta indícios de propina de R$ 14 milhões Brasília - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 15 dias para a procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, decidir se apresenta ou não denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia). A decisão de Fachin foi tomada no âmbito de um inquérito no qual delatores da Odebrecht apontam que integrantes do grupo político liderado pelo presidente Temer e pelos ministros Padilha e Moreira teriam

recebido recursos ilícitos da empreiteira como contrapartida ao atendimento de interesses da Odebrecht pela Secretaria de Aviação Civil - pasta que foi comandada pelos dois ministros entre 2013 e 2015. No relatório final do inquérito, que apura propinas de R$ 14 milhões da Odebrecht para a cúpula do MDB, a Polícia Federal (PF) concluiu pela existência de indícios de que o presidente Michel Temer, Padilha e Moreira cometeram crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso está relacionado

com o jantar no Palácio do Jaburu, realizado em 2014, e que foi detalhado nos acordos de colaboração premiada de executivos da Odebrecht. Então vice-presidente, Temer teria participado do encontro em que os valores foram solicitados. No caso de Temer, a PF mapeou a entrega de R$ 1,4 milhão para João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo do emedebista. Para sustentar a tese, a PF ouviu o doleiro Alvaro Novis, responsável pelas entregas, e anexou uma conversa de telefone em que o próprio

O ministro Edson Fachin cobra manifestação de Raquel Dodge sobre relatório da PF

Lima aparece em ligação para a empresa de Novis nos dias das entregas dos valores. “Tendo em vista que foi acostado aos autos o relatório conclusivo da autoridade policial, dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para que se manifeste no prazo de 15 dias”, determinou Fachin, em decisão assinada na

última terça-feira, 11. Planalto - Na semana passada, quando o relatório da PF foi concluído, o Palácio do Planalto afirmou que a conclusão do inquérito “é um atentado à lógica e à cronologia dos fatos.” “A investigação se mostra a mais absoluta perseguição ao presidente, ofendendo aos princípios mais elementares

da conexão entre causa e efeito”, diz a nota enviada pelo Planalto. O ministro Eliseu Padilha comunicou à época que não comentaria o caso. Moreira Franco disse que não solicitou valores à Odebrecht e que “as conclusões da autoridade policial se baseiam em investigação marcada pela inconsistência”. (AE)

ELEIÇÕES

CNMP vai apurar ações contra Haddad e Alckmin São Paulo - O corregedor nacional do Ministério Público (CNMP), Orlando Rochadel, mandou abrir ontem uma reclamação disciplinar contra três promotores do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Wilson Coelho, Marcelo Mendroni e Ricardo Manoel Castro. A decisão do corregedor foi tomada após um memorando do conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, integrante do CNMP pela cota do Senado pedindo investigação contra os promotores. Não há prazo para que a reclamação disciplinar seja concluída. Bandeira de Mello havia pedido na última terça-feira à Corregedoria que apurasse a “regularidade da instrução de feitos que possam ter impacto nas eleições de 2018”. O aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL) fez referência expressa às ações propostas pelo Ministério Público de São Paulo contra os candidatos à Presidência Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) e também às operações Piloto e Radiopatrulha, que levaram à prisão o ex-governador do Paraná Beto Richa, candidato ao Senado pelo PSDB. A reclamação disciplinar não alcança os promotores e procuradores que investigam Beto Richa. “Considerando o tempo decorrido entre a suposta prática dos atos delituosos e a propositura das ações, e particularmente a coincidência de tal propositura com o processo eleitoral, solicito a V.Exa. que a Corregedoria Nacional verifique cada um

desses casos, examinando os atos que foram praticados nos procedimentos preparatórios ou inquéritos nos últimos 24 meses para saber se ocorreram atos tendentes a acelerar ou retardar as investigações a fim de produzir tal coincidência temporal e consequente eventual impacto nas eleições”, requereu o conselheiro. No documento, o aliado de Renan observou ser “evidente que um promotor não pode deixar de ajuizar uma ação cujos procedimentos preparatórios foram concluídos, por acaso, à época da eleição”. Segundo o conselheiro, “também não pode reativar um inquérito que dormiu por meses ou praticar atos em atropelo apenas com o objetivo de ganhar os holofotes durante o período eleitoral”. “Em outras palavras, apertando a síntese: proponho que esta Corregedoria investigue a regular cronologia dos procedimentos preparatórios de tais ações (e se houve coincidência proposital com o calendário das eleições) e não o mérito das acusações contra os candidatos, já que essa análise é de competência exclusiva do Poder Judiciário e encontra-se protegida pelo Enunciado nº 6 deste Conselho Nacional do Ministério Público”, requereu Bandeira de Mello. “Estou seguro, senhor corregedor, que essa verificação da Corregedoria Nacional confirmará minha percepção de que tais procedimentos refletirão a conduta correta, imparcial

e não dirigida ao calendário eleitoral dos membros do Ministério Público. Mas entendo que a ausência de uma apuração mínima permitirá que desconfianças maldosas possam fermentar dúvidas quanto à atuação do Ministério Público brasileiro, cuja imagem é nosso dever defender”, argumentou.

da Operação Lava Jato, em Curitiba, emitiu uma nota ontem na qual repudia “qualquer indevida tentativa de constranger o Ministério Público”. Os procuradores afirmaram que “o representante do Senado no CNMP, talvez desorientado pela prática costumeira do recesso branco do Congresso NacioReação - A força-tarefa nal durante as campanhas

eleitorais, parece querer estender essa nefasta prática para a Justiça, como se ela devesse dormitar e se omitir durante esse período, esquecendo-se de seus deveres constitucionais”. “Não bastasse a prerrogativa de foro de políticos eleitos, o representante do Senado no CNMP pretende também criar a imunidade temporal de candidatos

políticos”, afirmaram os procuradores. “O representante do Senado parece preferir as omissões em investigações que a plena atividade do Ministério Público. Entretanto, a ideia de que é possível se omitir de suas responsabilidades não faz parte do caráter do Ministério Público”, ressaltaram. (AE)

Gilmar Mendes critica “hiperativismo” judicial Brasília - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou ontem o que chamou de “hiperativismo” do Judiciário e Ministério Público em relação a processos movidos contra candidatos no pleito de 2018. Segundo Gilmar, há um notório “abuso de poder de litigar” e um risco de tumulto ao processo eleitoral. Os comentários foram feitos ao ser questionado sobre como avaliava a prisão do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), candidato ao Senado e alvo de duas operações policiais na última terça-feira (11). O ministro também citou os casos envolvendo os candidatos à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT). Richa é suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitações do setor de rodovias no Estado, durante seus dois governos, entre 2011 e abril de 2018. Gilmar, que destacou não ter mais informações sobre o caso do tucano, ressaltou, no entanto, que a prisão preventiva a menos de um mês da eleição “suscita muita dúvida”. “Não tenho dados sobre o caso, mas de fato todo esse hiperativismo que se revela no contexto, na prisão,

neste caso, nos processos contra candidatos, Alckmin, Haddad, com processos antigos. Pelo que estava olhando no caso do Richa, é um episódio de 2011”, destacou o ministro. “Acho que é preciso moderação. Do contrário, daqui a pouco podemos, inclusive, tumultuar o pleito eleitoral. Sabemos lá que tipo de consórcio há entre um grupo de investigação e um dado candidato?”, levantou. Na última semana, o Ministério Público de São Paulo ajuizou ação de improbidade administrativa contra Alckmin, alegando haver indícios de que o ex-governador aceitou recursos da empreiteira Odebrecht, por meio de caixa dois, para financiar sua campanha à reeleição, em 2014. Um dia antes, Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, foi denunciado pelo MP-SP pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Contra Haddad, o MP ainda moveu uma ação de improbidade administrativa. Todos negam qualquer irregularidade. Na terça-feira, os casos de Richa, Alckmin e Haddad foram citados em um memorando do conselheiro do CNMP Luiz Fernando Bandeira de Mello destinado à Corregedoria Nacional do MP. No documento, o

conselheiro propõe que seja investigada a cronologia dos procedimentos preparatórios das ações e se houve coincidência proposital com o calendário das eleições. Gilmar Mendes destacou ontem a necessidade de atuação do CNMP. “É notório um abuso de poder de litigar. É preciso realmente colocar freios. A Procuradoria-Geral da República tem que atuar nisso e também o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Acho que em boa hora o CNMP tomou essa deliberação”, observou o ministro. Delação - Ao tecer os comentários sobre a situação dos candidatos, Gilmar voltou a criticar a atuação do Ministério Público em relação aos acordos de delação. “Ainda estamos sob esse signo dos escândalos, que vinha da gestão passada da PGR, é preciso encerrar esse ciclo, não podemos andar com passos de bêbados”, disse Gilmar, citando a série de inquéritos baseados na delação da Odebrecht arquivados pelos ministros nos últimos meses, por falta de provas e excesso de prazos das investigações. Já são nove engavetados sem que haja pedido da Procuradoria-Geral da República. (AE)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

ESPECIAL MOBILIDADE

Inovação é saída para eliminar gargalos Novo conceito utiliza uma combinação de tecnologia e dados para criar alternativas de transporte DANIELA MACIEL THAÍNE BELISSA

Engarrafamentos, calçadas mal conservadas, acessos inexistentes. Ir e vir em segurança e com o mínimo de conforto tem se tornado quase um milagre nas cidades brasileiras. Diante da necessidade de soluções, academia, iniciativa privada, sociedade civil organizada e poder público em todo o mundo buscam trabalhar em conjunto. Os congestionamentos nas cidades brasileiras geram significativos prejuízos econômicos - R$ 98 bilhões apenas nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro em 2013. E é nesse contexto que surge o conceito de Nova Mobilidade, que combina tecnologia e dados para criar alternativas de transporte em quatro categorias: mobilidade compartilhada, produtos inovadores, experiência dos consumidores e decisões baseadas em dados. De acordo com o especialista em Mobilidade Urbana do WRI Brasil, Guillermo Petzhold, para usufruir de todas as mudanças positivas que a Nova Mobilidade pode trazer, é essencial que as cidades estejam abertas

e preparadas para receber inovações disruptivas e criar regulamentações que vão além dos transportes convencionais. “Quando falamos em Nova Mobilidade as pessoas pensam primeiro em viagens sob demanda, mas é muito mais do que isso. A inovação em mobilidade é uma tendência que muda a forma como nos deslocamos dentro da cidade. Mobilidade e planejamento urbano têm que ser pensados juntos”, explica Petzhold. Apesar dos graves problemas, Belo Horizonte é apontada pelo especialista como uma cidade pioneira na discussão sobre a mobilidade de uma maneira moderna. Já em 2010 a cidade instituiu o seu Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob BH). Segundo a diretora de Planejamento e Informação da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Elizabeth Gomes, todo o trabalho feito em torno da questão da mobilidade na Capital só foi possível porque a cidade buscou apoio e cooperação técnica em diversas organizações internacionais como a WRI. “O grande desafio das cidades é o aumento no número

Opções de locomoção podem reduzir uso do carro A integração entre modais é um dos pilares da nova mobilidade e isso inclui veículos não motorizados. Boas ideias em torno de bicicletas, patins, trenzinhos e até caminhadas têm gerado novos negócios. De acordo com levantamento ainda inédito realizado pela MindMiners, encomendado pelo Instituto PARAR, em 2018, 53% das pessoas abandonariam o carro próprio se tivessem outras opções de transporte para ir e voltar do trabalho; 55% estão insatisfeitos com o transporte público da sua cidade; e 58% têm medo de depender do transporte público da sua cidade. Em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, a Ellos é uma empresa incubada no Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), que tem como foco a mobilidade urbana. A ideia é fornecer alternativas por meio da tecnologia para eventos que demandam o deslocamento de grande fluxo de pessoas de um lugar para outro de uma só vez. De acordo com o aluno de Engenharia de Controle de Automação do Inatel e sócio da Ellos, Roberto Luiz Assad Pinheiro, o objetivo é oferecer diferentes modais de acordo com as características e necessidades de cada evento. O primeiro grande teste da ideia se deu durante a segunda edição do HackTown, que aconteceu na cidade entre os dias 7 e 9 de setembro, e reuniu cerca de 4 mil pessoas. “Um desafio deste novo modelo de negócio foi de encontrar nichos de mercado. Inicialmente era só a ideia do uso da bicicleta, mas conseguimos pensar em outras possibilidades de transporte.

No HackTown utilizamos bicicletas e um trenzinho. Pode ser que em uma outra ocasião a melhor alternativa sejam patinetes elétricos, por exemplo”, explica Pinheiro.

ALISSON J. SILVA

Apesar de graves problemas, BH instituiu o seu Plano de Mobilidade Urbana em 2010 e é uma das cidades pioneiras nessa discussão

taque de Belo Horizonte é o Observatório da Mobilidade Urbana de Belo Horizonte (ObsMob-BH) em 2013, que foi criado com o objetivo de realizar o monitoramento da implementação do PlanMob-BH com base em indicadores de desempenho. Atualmente 63 instituições fazem parte Observatório - Outro des- do grupo.

de veículos particulares. As nossas ações sempre estiveram voltadas para o transporte coletivo, mas com o tempo compreendemos que era preciso integrar outros modais, como as bicicletas e as viagens a pé, por exemplo”, afirma Elizabeth Gomes.

DIVULGAÇÃO

Negócios inovadores já movimentam milhões Se, de um lado, a nova mobilidade exige esforço e planejamento, de outro, ela oferece uma série de novos negócios que podem atuar diretamente sobre o trânsito. Algumas dessas empresas são globais e movimentam pessoas, dados e dólares aos milhões. Os aplicativos de carro sob demanda são os mais óbvios. A 99, que há um ano atua na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), já percorreu mais de 200 milhões de quilômetros no Estado. De acordo com o gerente de operações da 99 em Minas Gerais, Danilo Mansano, mais do que ser uma opção de transporte, o aplicativo precisa se tornar uma opção modal, integrada ao planejamento da cidade e da região como um todo. Para isso é preciso que iniciativa privada e poder público conversem e se apoiem ouvindo com cuidado a opinião e necessidades da população. “Não se faz regulamentação às portas fechadas por isso buscamos ter um diálogo franco com o município. Somos uma empresa que pede licença para não pedir desculpas depois. Entendemos que não existe mobilidade se não existir integração. Um sonho é, por exemplo, a integração total de bilhetes”, explica Mansano. Em Porto Alegre (RS) a empresa já disponibiliza para a prefeitura uma série de dados que ajudam a compreender o fluxo de pessoas na cidade ao longo do dia. Em várias praças já foram celebradas parcerias com as polícias locais para o mapeamento de zonas de risco. “A chegada dos aplicativos mostrou que é preciso antecipar cenários. O tempo todo nosso time de produtos trabalha ouvindo o poder público e parceiros”, afirma o gerente de operações da 99 em Minas Gerais.

uns se propõem a facilitar o transporte particular, outros viabilizam caronas. O Blablacar, se propõe a ser uma comunidade de confiança que conecta quem procura uma viagem com quem tem espaço livre no carro. Atualmente são 60 milhões de membros em 22 países e 18 milhões de viajantes por trimestre. Segundo o country manager da Blablacar no Brasil, Ricardo Leite, pesquisa realizada entre os usuários do aplicativo mostra que para 86% deles a carona é o meio mais barato de se deslocar e 59% passaram a viajar mais depois que conheceram o app. A economia também gira durante o trajeto: 47% dos respondentes foram expostos a pelo menos uma oportunidade de trabalho dentro do carro. A BlaBlaCar chegou ao Brasil em novembro de 2015 e já conta mais de 2 milhões de usuários no País. Só em 2017 foram mais de 4 milhões de lugares em caronas oferecidos. As caronas no Brasil conectam 40 mil pares de cidades (São Paulo/Rio de Janeiro, Belo Horizonte/ Brasília etc.) – 20 mil desses pares não são conectados por nenhuma forma de transporte público. “Em cidades como São Paulo e Belo Horizonte muitas pessoas moram em municípios próximos e trabalham na capital em trajetos de até 100 quilômetros. Essas pessoas chegam a economizar entre R$ 800 e mil reais mensais. Esse é um dinheiro que entra na economia de outras formas. O mercado brasileiro é muito grande e é caro comprar e operacionalizar um carro. Então, o apelo do compartilhar pela questão do preço é muito atrativo. Dois terços dos usos atuais são de cunho pessoal com concentração na sexta-feira e domingo”, destaca Leite. Caronas - Ao passo que (DM/TB)

Pedestres - Muitas vezes despercebidos, os pedestres são peças fundamentais da mobilidade. Diante dessa certeza, a startup paulistana Carona a Pé se propõe a treinar comunidades escolares para que crianças e adolescentes possam fazer o trajeto entre a casa e a escola de maneira segura. A ideia é que um adulto da vizinhança recolha as crianças em casa e as leve a pé até a escola e, depois da aula, faça o caminho de volta, deixando cada uma em casa. Para a idealizadora do Carona a Pé, Carol Padilha, o maior ganho do programa Carona a Pé: crianças vão para a escola caminhando sob supervisão é otimizar o tempo de todos os envolvidos realizando Programa Escola Segura, ocorrência de acidentes de pequenos trajetos de forma que é desenvolvido por uma trânsito. ativa. “Nos últimos 30 anos comissão interinstitucional, “O Carona a Pé chegou para as crianças foram privadas fruto da parceria da Smed, nós por meio da BHTrans e se do convívio com a cidade Secretaria Municipal de Saú- soma às ações de mobilidade com a falsa ideia de que isso de, BHTrans e outros. sustentável do Programa iria protegê-las. No Carona a “Precisávamos de uma Escola Segura, desenvolvido criança ganha em convívio, grande cidade para esse desde 2014. Apresentamos na aprendizagem com o outro piloto e Belo Horizonte se o projeto para o grupo de e com a cidade. Além disso, mostrou muito receptiva escolas participantes e nove é menos carbono no ar, me- à ideia. Como capital, BH fizeram a adesão espontânea. nos carro na porta da escola nos coloca diante de muitos O objetivo é que as criangarantindo um trânsito mais desafios e isso é o que pode ças andem com segurança e fluido e menos gente sedentá- definitivamente nos vali- aprendam que a cidade é um ria, entre outros benefícios”, dar também como negócio”, território que também é delas. destaca Carol Padilha. pontua a idealizadora do A rota é rodiziada entre os pais para que seja formado Até o início de novembro Carona a Pé. o Carona a Pé será pilotado De acordo com a gerente um grupo identitário, em que em nove escolas municipais da Escola Integrada da Smed, pais, alunos, comunidade, coem Belo Horizonte, em uma Lucilene Alencar, o Projeto mércio e escola se conheçam parceria com a Secretaria tem como principal objetivo e criem laços fazendo todos a Municipal de Educação de conscientizar a comunidade proteção dos alunos”, analisa Belo Horizonte (Smed) e a escolar sobre a importância de Lucilene Alencar. (DM/TB) Empresa de Transportes e se adotar um comportamento Trânsito de Belo Horizonte mais seguro no trânsito, torwww.facebook.com/DiariodoComercio (BHTrans). Ele passa a inte- nando os estudantes multipligrar o conjunto de ações do cadores de práticas seguras gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br Projeto Vida no Trânsito/ e procurando minimizar a

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MOBILIDADE

Falta de planejamento nas cidades resulta em prejuízos bilionários Custo do tráfego chegou a R$ 170 bi no País em 2015 DANIELA MACIEL THAÍNE BELISSA

Ela não tem um conceito claro na cabeça de boa parte da população e é, muitas vezes, negligenciada nas estratégias de planejamento dos gestores públicos. Vista por muitos como o “patinho feio” entre as prioridades de um plano de governo, a mobilidade urbana acaba mostrando seu valor por sua ausência. Quando os indivíduos já não conseguem acessar seus destinos, a cidade vira um caos e os prejuízos refletem não apenas no âmbito social, mas também no econômico. O prejuízo aparece no combustível jogado fora, nos negócios que não são fechados e nos custos de saúde com mais gente adoecendo por conta da poluição. Uma pesquisa realizada pelo software de navegação GPS TomTom GO estimou em R$ 170 bilhões o custo do tráfego para o Brasil, em 2015. De acordo com o levantamento, apenas a cidade de São Paulo – a mais afetada do País – teve prejuízo de R$ 80,2 bilhões naquele ano. Diante do cenário, que beira o caos, o poder público se destaca como o protagonista na busca de soluções. De acordo com dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos divulgados em agosto de 2017, entre 2014 e 2016 o nível da queda de passageiros no transporte

público atingiu 18,1%. Só em 2016, o número de passageiros no modal caiu 4,6% em relação a 2015. O cenário não é novidade: o próprio Plano de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte (PlanMob BH) frisa que a substituição do veículo privado pelo transporte público só vai acontecer quando houver “intervenções que garantam conforto e segurança para os usuários”.

Para a diretora de Planejamento e Informação da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Elizabeth Gomes, a saída dos usuários Dados da BH em Ciclo aponta que 60% da população está disposta a usar a bicicleta como transporte do transporte público alerta para a necessidade de um gera prejuízos e leva à dese- as pessoas façam trajetos a feito, aceitou. Em julho do ano passado apresentamos planejamento em parceria conomia. Precisamos levar pé”, afirma. o PlanBici, mas até agora com a iniciativa privada e as estratégias para além do com a sociedade. “A mobili- transporte coletivo, dando Bicicleta - Nessa lógica de pouco aconteceu”, relembra dade é condição básica para condições e incentivando a união de esforços rumo ao Tampieri. Para ele, são exemplos a cidade ser atrativa para diversidade e a integração planejamento, a Associação dos modais, inclusive que dos Ciclistas Urbanos de Belo lugares como Paris e Dinaos negócios. A imobilidade Horizonte (BH em Ciclo) tem marca cujos investimentos uma atuação importante des- para o uso da bicicleta vêm de 2012. A instituição, que é do Ministério da Saúde. No sem fins lucrativos, é formada Brasil, a referência é Rio Branpor cidadãos que optaram co (AC), que tem o maior pela bicicleta como meio índice de ciclovias entre as de transporte e defendem o capitais. O tema também direito desse modal transitar ganha relevância em agendas com segurança pelas vias da internacionais como o Acordo Capital. Além disso, a asso- de Paris e os Objetivos de ciação atua discutindo com Desenvolvimento Sustentável gestores públicos questões (ODS), que associam o uso acerca da mobilidade urbana; das bicicletas à criação de dialogando com ciclistas para cidades sustentáveis ou de ouvir suas demandas e par- baixa emissão de carbono. ticipando do planejamento “As pessoas não querem mais usar o transporte coleurbano da cidade. Segundo o gestor ambien- tivo e, em alguns casos, nem tal e membro do BH em precisariam porque parte desCiclo, Guilherme Tampieri, ses deslocamentos pode ser a associação tem atualmen- feita de bicicleta. Do ponto de te 360 associados, mas ele vista dos negócios, o uso de acredita que esse número bicicleta também é positivo. poderia ser muito maior se a Estudos mostram que ciclistas cidade fosse adequada para a gastam mais no comércio bicicleta. “Nossas pesquisas local do que motoristas jusmostram que apenas 0,4% da tamente por uma questão de população usa a bicicleta e comodidade e oportunidade. que 60% estão dispostos a Isso sem falar de toda uma usar desde que sejam feitas cadeia produtiva em torno melhorias na cidade. Em da bicicleta, que vai desde 2016 levamos nosso plano o próprio veículo até todo para os candidatos à Pre- um estilo de vida que passa feitura e o então candidato, pela moda e alimentação”, que depois se tornou pre- pontua o gestor.

Iniciativa privada se une ao poder público para criar soluções ALISSON J. SILVA

A iniciativa privada parte das cidades. Hoje, o balho. Ao alugar a caçamba, cidadão que deseja alugar a empresa deverá acessar o também aparece como um a caçamba é quem deve ir sistema e cadastrar aquele importante aliado da gestão pública na busca de até a prefeitura, pagar uma equipamento em utilização, soluções para mobilidade taxa para então apresentar o informando a localização urbana. Em Minas Gerais, comprovante de pagamento exata e o tempo de uso. Os empreendedores da nova a uma empresa que aluga fiscais da prefeitura, por economia enxergam no tema o equipamento e solicitar sua vez, poderão acessar uma oportunidade de nea caçamba. A fiscalização esse mesmo sistema para também é manual: o fiscal consultar, em tempo real, gócio e oferecem soluções inovadoras para questões passa pelas ruas fazendo as informações relativas a que afetam o direito de ir as anotações sobre o posi- determinada caçamba em e vir da população. cionamento das caçambas via pública. Com sede em Belo Hoe, em seguida, se dirige à “O sistema ajuda o murizonte, a Raro Labs é uma prefeitura para conferir os nicípio a economizar com empresa de tecnologia que registros daqueles equipa- atendimento manual, além desenvolveu um sistema de mentos. de oferecer um verdadeiro inteligência de semáforos O sistema desenvolvido mapa das caçambas da cidaque promete trazer melhopela TIMob resolve o proble- de, o que resulta em melhor ma de gestão das caçambas gestão e controle dos locais ria para o fluxo de veículos porque reúne as empresas onde estão esses equipamennas vias e economia para a gestão pública. O sistema que alugam o equipamento tos”, explica. Segundo ele, foi criado para concorrer a e o poder público em um a ferramenta acabou de ser um edital de soluções ino- Figueiredo, da startup TIMob, desenvolveu um sistema de rastreamento para caçambas mesmo ambiente. Dessa desenvolvida e os primeiros vadoras da prefeitura de São forma, a própria empresa testes estão sendo feitos em Paulo e está em fase de teste. a plataforma funciona como será a primeira cidade a processo de aluguel e fisca- consegue solicitar e pagar João Monlevade, na região De acordo com o cofundador uma central que comanda usar a solução e o objetivo lização de caçambas ainda é on-line a taxa da prefeitura, Central de Minas Gerais. da empresa, Rodrigo Sol, o remotamente os semáforos. da startup é gerenciar 5 mil totalmente manual em boa poupando o cliente desse tra- (DM/TB) sistema resolve um proble“Além de diminuir o dos 7 mil cruzamentos da ma antigo das cidades que tempo de manutenção dos cidade. RAIO X é a falta de comunicação semáforos, o que gera granentre os controladores de de ganho para o trânsito, Caçambas - Outro exemplo - No Brasil, os transportes são responsáveis por 46% das emissões de CO2 no semáforos. o sistema permite a repro- de empresa que criou uma setor de energia. Essa porcentagem é quase o dobro da média mundial. “É comum que as cidades gramação remota deles, de solução para a mobilidade tenham controladores de acordo com a necessidade urbana é a TIMob, sediada - Até 2019, mais de 3 mil cidades brasileiras precisam desenvolver planos que semáforos de fornecedores ou para responder a even- na Capital. A startup desenpromovam uma mobilidade urbana mais sustentável e voltada para as pessoas, d i f e r e n t e s , q u e n ã o tos inesperados e críticos”, volveu um sistema de gestão com ênfase no transporte coletivo e não motorizado. conversam entre si. Então, afirma. A linguagem única de controle de caçambas, - Quinta maior população do planeta: 207 milhões de pessoas, 86% das quais qualquer problema que criada para comunicação equipamentos que enchem vivem nas áreas urbanas de mais 5.500 cidades. eles apresentem a solução entre os controladores tam- as ruas da cidade e, muitas é analógica: um técnico bém permite que a prefei- vezes, são instalados e uti- Para reduzir as mais de 40 mil mortes anuais no trânsito e atingir a meta precisa se deslocar até o tura fique livre para con- lizados de forma irregular, estabelecida pela Década de Ação pela Segurança no Trânsito da ONU, o Brasil local e fazer alteração no tratar esses equipamentos atrapalhando o fluxo de precisa construir ruas e sistemas de mobilidade mais seguros. próprio semáforo”, explica. de quantos fornecedores veículos e gerando riscos - O BRT (Bus Rapid Transit) nasceu no Brasil e hoje beneficia milhões de pessoas O sistema desenvolvido quiser, aumentando a pos- de acidentes para o pedestre ao redor do mundo. pela Raro Labs criou uma sibilidade de economia nas que passa próximo. linguagem única para esses licitações. De acordo com o De acordo com o CEO da Fonte: WRI Brasil controladores, de forma que empreendedor, São Paulo empresa, Júlio Figueiredo, o


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ESPECIAL MOBILIDADE

Tema é ferramenta para desenvolver negócios Empresas levam em conta os gargalos de locomoção nas grandes cidades em seus planos estratégicos DANIELA MACIEL THAÍNE BELISSA

É só falar em mobilidade urbana que a gestão pública é a primeira a ser lembrada. No imaginário de muita gente, os assuntos relacionados ao trânsito e ao acesso às vias públicas são problemas apenas dos prefeitos ou das secretarias de transportes e infraestrutura. Mas, assim como os prejuízos de uma mobilidade deficiente atinge a todos, a busca pela melhoria dela também precisa passar pelo coletivo. Alguns empresários de segmentos como o comércio e o setor imobiliário já entenderam isso e têm enxergado a mobilidade como ferramenta de desenvolvimento dos negócios. O vice-presidente de educação e tecnologia da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcos Inneco Corrêa, afirma que não dá para pensar no desenvolvimento do comércio de uma cidade sem pensar em mobilidade. “Comércio e mobilidade têm tudo a ver. A mobilidade é uma das ferramentas mais importantes para trazer, ou não, resultado para o comércio”, frisa. Ele afirma que esse é um problema do governo municipal, mas também dos próprios comerciantes e até das empresas transportadoras, responsáveis pelas mercadorias que chegam aos pontos de venda. “A única maneira de resolver o problema da mobilidade é conversando. Há cerca de sete anos a Prefeitura de Belo Horizonte proibiu

o acesso de caminhões na região central da cidade e isso gerou uma confusão. Até que sentamos para conversar, nós do comércio, as empresas de transporte e o poder público e dali saiu um bom plano. Infelizmente depois disso não avançamos, mas não há outro caminho que não seja o diálogo”, reforça. Ele afirma que os próprios empresários podem gerir seus negócios sob a perspectiva da mobilidade. Alguns exemplos são cuidar dos acessos aos seus estabelecimentos, assim como viabilizar serviços de entrega ou retirada rápida de produtos, que diminuam a circulação de veículos das ruas. “O transporte de mercadoria também é muito importante para a mobilidade. O comerciante pode fazer carga e descarga em horário alternativo ou com uma logística de distribuição inteligente. Se todos os bares e restaurantes de uma mesma região vão receber o caminhão da Coca-Cola, por exemplo, por que não definir um trajeto único?”, sugere. Drogaria - Com 205 lojas em Minas Gerais, a rede mineira de drogarias Araujo lançou, há poucos meses, uma nova modalidade de compra que promete ajudar na mobilidade. Trata-se do aplicativo Clique e Retire, que permite ao cliente selecionar e pagar pelo produto que quiser, optando pela retirada rápida em drive thru ou em um guarda-volumes nas lojas, que é aberto por meio de senha pessoal.

ALISSON J. SILVA

Drogaria Araujo lançou recentemente um aplicativo que permite ao cliente comprar pela internet e retirar os produtos na loja

De acordo com o presidente da rede, Modesto Araujo Neto, a solução dá praticidade às compras nas farmácias, o que pode refletir no trânsito, uma vez que o cliente que vai de carro não precisa ficar dando voltas em busca de vaga e nem travando por muito tempo as vagas de estacionamento que as próprias farmácias têm. “Com o aplicativo, o cliente não precisa entrar loja, procurar o produto e esperar na fila: ele compra antes pelo aplicativo e depois só passa na loja para pegar o produto e ir embora”, afirma. No modelo de drive thru o cliente chega de carro à unidade por um caminho

específico para esse serviço e faz a retirada rápida do produto já comprado. O cliente que optar pela retirada na loja em guarda-volume receberá uma senha no ato da compra. Essa senha deverá ser digitada no armário do guarda-volumes para que a porta se abra e o cliente retire o produto que foi depositado ali. Entrega - Já a Logpyx, startup mineira que oferece um sistema para gestão de pátios, é um exemplo de negócio que ajuda a melhorar a mobilidade em um estágio anterior ao comércio: a entrega de mercadorias. O fundador e CEO da Logpyx, Eros Viggiano, explica que

entregar uma carga para ser transportada não é um processo simples: antes de chegar ao caminhão ela passa por várias etapas no centro de distribuição. Se esse processo não for bem gerido ele pode causar problemas para o trânsito da região onde está o pátio da transportadora. “Certa vez fui visitar um cliente que estava com a balança quebrada e ele teve um grande problema no embarque e desembarque, a ponto de gerar congestionamento na rodovia. Então enxergamos que havia uma demanda no mercado e criamos o Revolog, que tem o objetivo de otimizar os fluxos logísticos no pátio,

tornando mais simples a gestão da movimentação dos veículos”, explica. De acordo com Viggiano, os veículos que vão circular no pátio recebem dispositivos com RFID, que é a abreviação do termo em inglês: Radio Frequency Identification (Identificação por Rádio Frequência), de forma que seja possível a identificação da localização deles, como um “GPS local”. “Quando um veículo se aproxima de uma balança, por exemplo, ela é acionada para fazer a pesagem. Quando ele chega perto de um portão, o sistema avalia se era para aquele veículo estar ali e, se sim, abre a cancela”, exemplifica.

Localização ganha ainda mais importância em novos projetos Mobilidade também tem sido uma das palavras que mais aparecem nos planejamentos de empresas do setor imobiliário. Se até há alguns anos assuntos como “trânsito” ou “acesso ao transporte público” pouco pesavam no desenho de um prédio residencial ou comercial, hoje esses temas estão no topo da lista de aspectos a serem considerados. Em um prédio de 26 andares, localizado no bairro Cachoeirinha, na região Noroeste da Capital, a nova sede da Localiza é um exemplo de empreendimento imobiliário construído a partir da lógica da mobilidade. Inaugurado há pouco mais de um ano, o edifício passou a abrigar toda a área administrativa da Localiza, que até então era descentralizada em três prédios diferentes. Ao todo, 1.800 funcionários trabalham no local. A arquiteta responsável pelo projeto, Gisele Borges, afirma que a centralização das operações melhorou a vida dos funcionários, que antes precisavam se deslocar de um prédio para outro para reuniões com departamentos diferentes. Além disso, segundo a arquiteta, a localização da nova sede trouxe um ganho de mobilidade impressionante, tendo em vista que 70% dos funcionários passaram a ter que se deslocar por menos tempo no trajeto de casa ao trabalho. O projeto também considerou a movimentação dos funcionários na região. Segundo Gisele Borges, foi

realizado um estudo no local e verificou-se que ele era pouco abastecido por alguns serviços essenciais, como restaurante. Para evitar grandes deslocamentos, o projeto da sede incorporou serviços como esmalteria, academia e restaurante, além de 18 mil metros quadrados de área verde e espaço de convivência. “O novo urbanismo incentiva que as pessoas tenham o menor deslocamento possível. Para isso, o ideal é que os bairros tenham diversos usos e não fiquem restritos a só uma vocação. Essa mesma tendência existe para os empreendimentos imobiliários, que têm cada vez mais vocações e usos. No caso da Localiza isso beneficia os funcionários e também a cidade, uma vez que há menos carros transitando”, afirma a arquiteta. Construção civil - A mobilidade também tem favorecido o desenvolvimento de novos negócios no setor da construção civil. É o caso da construtora mineira EPO, que está apostando em empreendimentos residenciais como foco no acesso facilitado aos centros de atividades, sejam escolas, centros empresariais, hospitais ou terminais de transporte coletivo. “Mobilidade não tem a ver só com transporte, mas com a possibilidade de se chegar mais rápido e do melhor jeito aos diferentes destinos. E isso tem tudo a ver com a localização da moradia”, afirma o diretor

CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC

Localiza construiu sua nova sede na região Noroeste da Capita e registrou redução no tempo de locomoção dos funcionários

da EPO, Gilmar Dias dos Santos. Segundo ele, a empresa está investindo em empreendimentos que ficam em centralidades da cidade que são amplamente abastecidas por serviços. Além disso, esses prédios incluem apartamentos menores – para concentrar um número maior de pessoas – e com oferta de serviços coletivos, como academia e lavanderia. “Também pensamos em oferecer o serviço de motorista que faça toda a programação relacionada a essas questões de saúde, como buscar exames, levar amostra para laboratório e levar os moradores para as consultas”, adianta. Com sede na Capital, a incorporadora especializada

em street malls, My Mall, é outro exemplo de empresa do setor imobiliário que tem o conceito da mobilidade em seu DNA. Justamente por entender a dificuldade de deslocamento, a empresa apostou na construção de pequenos centros comerciais fora da região central e no caminho de ida ou volta das pessoas. “O hipercentro foi esvaziado e surgiram outras centralidades na cidade. Como incorporadora, nossa missão é criar projetos que reflitam essa descentralização e ajudar as famílias que precisam consumir, mas estão periféricas à área central”, afirma. Segundo ele, até há alguns anos, as pessoas viviam sob o “efeito pêndulo”, saindo de casa logo cedo, se

transportando para longas distâncias para trabalhar, comprar ou se divertir e, ao fim do dia, voltando todo esse caminho até suas casas. Ele afirma que a construção de centralidades e de

empreendimentos como os street shoppings nessas áreas ajudam a combater esse efeito, permitindo que as pessoas se desloquem menos e tenham mais qualidade de vida. (DM/TB)

Semana da mobilidade Nos próximos dias 16 a 23 de setembro, quando se celebra a Semana da Mobilidade, a sociedade se une para fomentar o tema. A Youse, plataforma de venda de seguros on-line da Caixa Seguradora, lançará, nesse período, o movimento #HoradaMobilidade, em parceria com a agência Ana Couto e apoio da Prefeitura de São Paulo. Durante toda a semana, a plataforma vai estimular as empresas a flexibilizarem o horário de chegada e saída dos colaboradores com o propósito de oferecer mais liberdade para que eles testem novos meios de transporte na cidade. Já estão confirmadas no movimento empresas como Dafiti, Tricae, Kanui, Lev e BTN.


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

PECUÁRIA

Abate de bovinos e suínos em alta Segundo o IBGE, no 2º trimestre Minas apurou recuo de 1,9% no segmento de frangos MICHELLE VALVERDE

Ao longo do segundo trimestre de 2018, Minas Gerais apresentou aumento no abate de bovinos e suínos. Quando comparado com igual período do ano passado, o acréscimo foi de 4,6% no segmento de bovinos e de 1,3% no de suínos. Já o abate de frangos recuou 1,9%, o que, em parte, pode ser justificado pela queda nas exportações e a maior oferta no mercado interno, o que impacta de forma negativa na formação dos preços. A produção mineira de leite industrializado ficou 1,3% maior no período. Os dados são da Pesquisa Trimestral de Abate de Animais, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados do IBGE, em Minas Gerais foram abatidas 713,98 mil cabeças de bovinos, volume que ficou 4,6% superior às 682,3 mil cabeças abatidas em igual intervalo de 2017. O peso das carcaças de bovinos alcançou 168,9 mil toneladas, incremento de 3,4%. A variação positiva é justificada pelo maior abate de bovinos machos, cerca de 332,2 mil cabeças, cujo peso de carcaça tende a ser maior do que o das fêmeas. O abate de fêmeas somou 239,2 mil cabeças. Entre abril e junho de 2018, as exportações de carne bovina, feitas por Minas Gerais, somaram 21,44 mil toneladas, volume 7,7% in-

ferior às 29,2 mil toneladas embarcadas em igual período do ano passado. O volume de carne bovina exportado pelo País, no mesmo período, ficou 17,2% menor. Apesar da queda nos embarques, os preços da arroba no mercado interno se mantiveram em alta no intervalo. Segundo os pesquisadores do IBGE, de abril a junho a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 140,76, variando de R$ 136,80 a R$ 145,30 por arroba. O valor médio ficou 5,3% superior ao praticado no mesmo período do ano anterior, quando a média alcançou R$133,73 por arroba. Aumento também foi verificado no abate de suínos. O levantamento do IBGE mostra que foram abatidas 1,36 milhão de cabeças de suínos em Minas Gerais ao longo do segundo trimestre de 2018, variação positiva de 1,3%. Entre abril e junho, o peso das carcaças somou 120,5 mil toneladas, volume que ficou 3,8% superior às 116,1 mil toneladas registradas em igual período de 2017. Durante o segundo trimestre, Minas Gerais destinou ao mercado internacional 1,5 milhão de toneladas de carne suína, volume 41% inferior às 2,6 mil toneladas destinadas ao exterior em igual período do ano anterior. Com a queda dos embarques, a oferta do produto está em alta, enquanto os preços recuaram. Enquanto

De abril a junho, o abate de bovinos cresceu 4,6% e o de suínos aumentou 1,3% no Estado

a média do preço pago pelo suíno vivo, no segundo trimestre de 2017, era de R$ 4, em igual período do ano atual, o valor retraiu para R$ 3,4 por quilo do suíno vivo, 15% inferior. Frango, ovos e leite - De acordo com o levantamento do IBGE, Minas Gerais abateu 1,9% a menos de frango no segundo trimestre. Ao todo, o abate alcançou 101,59 milhões de cabeças. O peso das carcaças, 249,5 mil toneladas, ficou 6,8% superior. Os pesquisadores do

IBGE apontam a greve dos caminhoneiros como uma possível causa da queda nos abates, uma vez que a falta de transporte impediu a circulação normal de produtos e insumos pelo País, prejudicando toda a cadeia produtiva até a destinação do produto final. Durante o segundo trimestre, as exportações mineiras de carne de frango recuaram 44% com o embarque de 24,9 milhões de toneladas. A produção de ovos de galinha cresceu 3,5% e so-

mou 80,94 milhões de dúzias. O efetivo de galinhas poedeiras, 14,5 milhões de cabeças, ficou 2,8% maior. O volume de leite cru adquirido pelas indústrias apresentou alta de 1,3% e encerrou o período em 1,39 bilhão de litros. Minas Gerais seguiu liderando amplamente a aquisição de leite, com 25,6% do volume nacional, sendo o segundo lugar ocupado pelo Rio Grande do Sul (13,5%) e a terceira maior participação foi atribuída ao Paraná (12,3%).

Rio de Janeiro - O abate de bovinos e suínos no País cresceu no segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. No segundo trimestre deste ano, foram abatidos 7,72 milhões de bois – alta de 4%. Já o número de suínos abatidos chegou a 10,82 milhões de animais – aumento de 1,9%. Os dados são das Pesquisas Trimestrais da Pecuária, divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outro indicador que teve alta no período foi a produção de ovos de galinha, que cresceu 6,6% em relação ao segundo trimestre do ano passado. O abate de frangos, no entanto, teve queda de 4% no mesmo período, resultado que pode ser explicado, segundo o IBGE, pela greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio deste ano. A aquisição de leite cru apresentou queda de 3,2% no período, enquanto a de couro manteve-se estável. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, houve aumento apenas no abate de suínos (1%) e na produção de ovos de galinha (2%). Os demais indicadores tiveram queda: abate de bovinos (-0,2%), abate de frangos (-6,9%), aquisição de leite cru (-8,9%) e aquisição de couro (-4,1%). (ABr)

CAFÉ

AÇÚCAR

Indústrias da Austrália e Brasil acionam governos para questionar Índia São Paulo - Grupos que representam as indústrias de açúcar do Brasil e da Austrália estão coordenando estudos junto a seus governos para questionar na Organização Mundial do Comércio (OMC) um possível subsídio à exportação de açúcar na Índia. O diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-açúcar, Eduardo Leão, informou que os dois países alcançaram um consenso sobre a necessidade de agir no nível da OMC se a Índia avançar rumo ao estabelecimento de um subsídio à exportação de açúcar. O movimento pode ser realizado no momento em que a Índia caminha para superar o Brasil como maior produtor global de açúcar na temporada 2018/19. A Unica vê subsídios como uma ameaça à recuperação dos preços globais do adoçante. Analistas e operadores do setor de açúcar esperam que a Índia adote tal movimento em breve, uma vez que o país pretende colocar no mercado um grande excedente de

AGÊNCIA BRASIL

Produção de ovos cresceu 6,6% no País

oferta doméstica resultante de uma safra recorde neste ano. E há previsões de produção elevada novamente na próxima temporada, com o setor ampliando a produção com o apoio do governo. “Nós ouvimos comentários de que a Índia pode anunciar um novo subsídio à exportação”, disse Leão. “Isso não é admissível, nós vamos buscar uma ação do governo brasileiro”, adicionou. O Ministério de Comércio da Índia não comentou de imediato. Autoridades indianas informaram, ontem, que as exportações de açúcar do país não violam as regras da OMC porque o governo não garante qualquer subsídio às vendas externas. Ao invés disso, a Índia concede subsídios para produtores de cana-de-açúcar. O diretor da Unica disse que há conversas em andamento com representantes da indústria de açúcar da Austrália para uma estratégia conjunta na OMC se for necessário. Não houve um comentário imediato da associação da indústria australiana. (Reuters)

Exportações brasileiras avançam 33,4% São Paulo - A exportação de café verde do Brasil em agosto atingiu 3,07 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 33,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, com impulso de uma grande colheita que também registra boa qualidade, afirmou ontem o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé). “Os resultados das exportações do café brasileiro no mês de agosto apresentaram, conforme prevíamos, um crescimento muito significativo, registrando um dos maiores volumes mensais dos últimos dois anos”, declarou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, em comunicado. Segundo ele, com a boa safra e a colheita praticamente encerrada, “os números confirmam o ótimo desempenho do café arábica, bem como a forte recuperação do café conilon”. Os maiores embarques ocorrem também em um ambiente de dólar forte frente ao real, o que tende a impulsionar vendas do Brasil, o maior produtor e exportador global. O País está finalizando uma colheita recorde de 57,4 milhões de sacas, previu na véspera o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado contrasta com meses anteriores deste ano, quando as exportações brasileiras apresentaram volumes mínimos históricos,

DIVULGAÇÃO

Colheita recorde quase encerrada e dólar forte ante o real contribuem para a alta nos embarques

com o mercado lidando com baixos estoques antes da entrada da safra. “Os volumes do mês refletem ainda a excelente qualidade do produto brasileiro para atender ao exigente mercado internacional...”, declarou Carvalhaes, em referência à nova safra. A exportação de café arábica do Brasil em agosto atingiu 2,54 milhões de sacas, alta de 11,6% na comparação anual. Já a exportação de café robusta somou 537,4 mil sacas, aumento de 1693% ante agosto do ano passado, quando os embarques sentiam os efeitos da seca. Considerando a soma de café verde, solúvel e torrado e moído, o Brasil exportou 3,4 milhões de sacas de café,

registrando crescimento de 30,4% em relação a agosto de 2017, quando o País exportou 2,6 milhões de sacas. A receita cambial chegou a US$ 470,65 milhões, representando aumento de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano de janeiro a agosto, o Brasil exportou 20,5 milhões de sacas, crescimento de 4,5% na comparação com igual período do ano passado. A receita cambial no período apresentou uma queda de 7,5%, alcançando US$ 3,1 bilhões. O preço médio do café exportado em agosto teve queda de 15,6%, para US$ 138,24 por saca, enquanto os contratos futuros do arábica em Nova York oscilam perto

de mínimas em 12 anos, na expectativa da grande safra do Brasil e com pressão do câmbio. EUA, Alemanha e Itália se mantiveram, respectivamente, como os três principais destinos do café brasileiro. Os EUA importaram 3,6 milhões de sacas de café de janeiro a agosto, enquanto a Alemanha importou 3,1 milhões e a Itália, 1,9 milhão de sacas. Em relação aos cafés diferenciados, no ano, o Brasil exportou 3,45 milhões sacas, uma participação de 16,9% no volume total do café exportado, e 20,5% da receita cambial, disse o Cecafé, ressaltando crescimento em volume de 15,9% em relação ao mesmo período de 2017. (Reuters)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

DÍVIDA PÚBLICA

Tesouro vai focar em venda de título mais curto Medida seria priorizada até o mês de novembro, com intuito de impedir o aumento do custo do passivo São Paulo - O Tesouro Nacional vai se concentrar em vender títulos públicos mais curtos até novembro para não aumentar o custo da dívida pública, afirmou ontem o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, em meio à volatilidade que vem afetando os mercados com as eleições presidenciais. Na semana passada, o Tesouro já havia anunciado que assumiria mais risco ligado à Selic em 2018, emitindo mais papéis que flutuam com a taxa básica que o inicialmente previsto, em resposta a condições adversas do mercado. Na ocasião, o Tesouro avaliou que o custo dos títulos prefixados havia aumentado sensivelmente, a cerca de 12,5% para um papel de dez anos, razão pela qual o Tesouro estava priorizando a emissão de títulos flutuantes que pagam taxa Selic. Esses papéis pós-fixados são mais demandados por investidores quando há percepção de aumento do risco, sentimento que vem se intensificando diante da imprevisibilidade na corrida presidencial e a temores quanto ao compromisso com

GUSTAVO RANIERE/MF

reformas econômicas por parte do candidato eleito. Durante participação no Brasil Risk Summit, realizado pela Thomson Reuters, em São Paulo, Mansueto também afirmou que o governo do presidente Michel Temer preparou um projeto de simplificação tributária que poderá ser enviado ao Congresso em novembro, após as eleições. Se o próximo governo eleito tiver interesse na investida, ela será encaminhada, afirmou ele. Déficit primário - Segundo Mansueto, o déficit primário do setor público consolidado deve fechar 2018 em R$ 129,8 bilhões, bem abaixo do rombo de R$ 161,3 bilhões estipulado como meta para este ano. Mansueto disse que a cifra será ajudada, do lado das despesas, por bilionários recursos empoçados em ministérios. O secretário do Tesouro já vinha chamando atenção para esse fenômeno, apontando que embora o dinheiro tivesse sido liberado para pagamento, não estava sendo executado pelas pastas

ANBIMA

Fusões e aquisições sobem 54,8% no 1º semestre

Mansueto Almeida reforçou também que o déficit primário do setor público será melhor em 2018

na Esplanada por uma série de amarras e vinculações. Já do lado das receitas, Mansueto destacou que a arrecadação em algumas áreas está vindo melhor do que o esperado. Alimentada por incertezas com as eleições presidenciais e desdobramentos na cena externa, a disparada do dó-

lar aumentou a geração de receitas vindas de royalties e parte dos impostos, que responderam por quase metade da alta na arrecadação geral neste ano, ressaltando a ajuda que o câmbio vem dando aos cofres públicos em um ambiente de lenta recuperação econômica, forte capacidade ociosa das

empresas e alto desemprego no País. No fim de agosto, Mansueto já tinha apontado que o resultado primário neste ano viria cerca de R$ 30 bilhões melhor que a meta, guiado também por melhor performance das empresas estatais e dos governos regionais. (Reuters)

BANCOS

Itaú aponta ambiente mais desafiador para setor São Paulo - O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou que o ambiente regulatório está se tornando mais difícil e mais desafiador no setor bancário. Pesa, sobretudo, conforme o executivo, o aumento da concorrência com fintechs - startups do setor financeiro - e outras empresas que passaram a competir com os bancos, expondo a qualidade de serviços desses players em determinados nichos. “Essas empresas têm atuado em nichos nos quais os bancos são menos eficientes, têm margens maiores e preços mais caros. Isso desperta os reguladores, que passam a ter um apetite de regular maior. Não é um

fenômeno só no Brasil”, explicou Bracher, em reunião com analistas e investidores ontem. Como exemplo, o presidente do Itaú citou medidas no setor de cartões, estabelecendo preços máximos e proibindo cobranças de tarifas, e ainda a atuação da XP Investimentos, da qual o banco tem uma participação minoritária, que recentemente foi aprovada pelo Banco Central. “Isso tem gerado uma competição maior em todos os segmentos”, acrescentou Bracher. O presidente do Itaú afirmou ainda que a tecnologia é uma grande oportunidade e tem de ser aproveitada. Chamou a atenção para

ALISSON J. SILVA

a necessidade de o banco estar permanentemente em mudanças. “É algo cultural. Esse é o banco que estamos tentando construir, um banco que esteja mudando permanentemente. Essa não é uma novidade. Talvez, o ritmo”, disse o executivo. Ele lembrou ainda a mudança de estratégia do Itaú de 2012 para cá, quando passou a focar mais em serviços e reduzir o risco do seu balanço. Citou também o fato de a concessão de crédito ter rendido acima do custo de crédito do banco, de 14,5% ante 14%. Ponderou, contudo, que o custo subiu e que, diante disso, a oferta de empréstimos terá de ser melhor rentabilizada no cenário atual. (AE) Instituição destaca o aumento de concorrência com fintechs

São Paulo - O volume de transações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano somou R$ 84 bilhões, sendo, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o maior desde 2010. O montante é puxado pela operação de fusão da Suzano com a Fibria, que movimentou R$ 47,7 bilhões, a maior transação realizada desde 2008. Em relação ao mesmo período do ano passado, o número representa um crescimento de 54,8% nas fusões e aquisições. O coordenador do Subcomitê de Fusões e Aquisições da Anbima, Dimas Megna, afirmou que o volume de fusões e aquisições previsto para este ano deve ficar em linha ao realizado em anos anteriores, apesar da turbulência pré-eleitoral. “Tivemos um primeiro semestre ativo e, diante das transações já anunciadas no começo deste segundo semestre, posso dizer que o resultado será alinhado com anos anteriores”, comentou. No entanto, ele acredita que pode haver uma redução nas atividades do mercado de fusões e aquisições por conta de incertezas eleitorais. “É claro que, daqui até o final do ano, pode haver uma redução da atividade por conta da incerteza e pluralidade de respostas para temas importantes, em contrapartida ao que vimos no começo do ano, em que o mercado de fusões e aquisições aquecido esteve ancorado na pauta da recuperação econômica”. A Anbima notou ainda que o número de operações acima de R$ 1 bilhão cresceu em participação nos seis primeiros meses de 2018, para 20,9% do total de operações realizadas, contra 17,1% no mesmo intervalo do ano passado. (AE)

TRÉGUA NO MERCADO

Dólar tem queda e Ibovespa recupera parte de perdas São Paulo - O dólar fechou ontem com leve baixa ante o real, sob influência do mercado externo e com algum movimento de correção após nova pesquisa de intenções de votos mostrar que candidatos mais à esquerda não ganharam tanta tração na corrida à Presidência. O dólar recuou 0,21%, a R$ 4,1455 na venda, depois de saltar 1,48% na véspera. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,10% no fim do dia. Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a R$ 4,1107 e, na máxima, marcou R$ 4,1538. Efeito Ibope - “A pesquisa Ibope revelou um quadro mais positivo para os candidatos reformistas do que

a pesquisa Datafolha do dia anterior”, citou a casa de análises Levante Ideias de Investimentos. Pesquisa Ibope divulgada na noite de terça-feira (11) mostrou que Ciro Gomes (PDT) tinha 11% das intenções de voto, sobre 12% antes, Marina Silva (Rede), obteve 9% (12% antes) e Fernando Haddad, substituto de Luiz Inácio Lula da Silva na chapa do PT, ficou com 8%, de 6% antes. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Bolsonaro liderava a disputa pelo Palácio do Planalto com 26% das intenções de voto para o primeiro turno, sobre 22% da pesquisa anterior, poucos dias depois de ter sido esfaqueado duran-

te evento de campanha. A pesquisa mostrou também o presidenciável mais competitivo nas simulações de segundo turno. O levantamento Datafolha, divulgado antes, teve uma leitura mais negativa pelo mercado, já que a oscilação de Bolsonaro foi tímida e os candidatos com perfil mais à esquerda se destacaram. “É intuitivo pensar que a pesquisa Ibope esteja mais inclinada a favorecer Bolsonaro por conta do ataque sofrido pelo candidato na última quinta-feira, mas ainda assim, sua rejeição é alta o suficiente para gerar uma cortina de incertezas quanto ao segundo turno”, comentou a corretora CM Capital

Markets, ao lembrar que o Datafolha foi a campo no dia 10 e divulgou a pesquisa no mesmo dia, enquanto o Ibope colheu as informações entre 8 e 10 de setembro, mais próximo do ataque sofrido por Bolsonaro. No fim da tarde, a queda do dólar perdeu força após notícia no site Poder 360 de que o candidato ao Senado Luiz Carlos Heinze (PP-RS) declarou apoio a Bolsonaro, o que pode significar um racha na base eleitoral da vice de Geraldo Alckmin (PSDB), a senadora Ana Amélia. “Houve uma zeragem de posições vendidas no final da tarde”, comentou um gestor de derivativos de uma corretora nacional ao citar a notícia.

“Isso acaba fragmentando a direita”, acrescentou um operador de derivativos de outra corretora nacional, lembrando que Alckmin reuniu o maior apoio, o que lhe deu também o maior tempo de rádio e televisão, mas, mesmo assim, sua candidatura não consegue decolar. Ele é tido pelo mercado como o candidato mais comprometido com as contas públicas. No mercado externo, o dólar recuava ante uma cesta de moedas e também ante moedas de países emergentes, como o peso chileno, com os investidores de olho na guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros, principalmente a China.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 3,815 bilhões do total de US$ 9,801 bilhões que vence em outubro. Ibovespa - O principal índice acionário da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão de ontem em alta de 0,63%, com 75.124 pontos, também invertendo a baixa no fechamento de terça-feira. As ações de empresas de grande porte puxaram o avanço, com Petrobras valorizada em 2,43%, Vale, 1,64%, e Eletrobras com alta de 4,73%. (Reuters/ABr)




Indicadores EconĂ´micos Inação

DĂłlar

COMERCIAL

COMPRA

PTAX (BC)

TURISMO

PARALELO

R$ 4,1506

R$ 4,1550

R$ 4,0822

,*3 0 )*9

0,47%

TR/Poupança 2XW

1RY

'H]

-DQ

)HY

0DUoR

$EULO

0DLR

-XQKR

-XOKR

0,20%

0,52%

0,89%

0,76%

0,07%

0,64%

0,57%

1,38%

1,87%

0,51%

$JRVWR 1R DQR PHVHV 0,70%

6,66%

8,89%

VENDA

R$ 4,1511

R$ 4,1555

R$ 4,0832

,3& )LSH

0,02%

0,32%

0.29%

0,55%

0,46%

-0,42%

0,00%

-0,03%

0,19%

1,01%

0,23%

0,41%

1,88%

3,08%

COMPRA

R$ 4,1253

R$ 4,1635

R$ 4,1001

,*3 ', )*9

0,62%

0,10%

0,80%

0,74%

0,58%

0,15%

0,56%

0,93%

1,64%

1,48%

0,44%

0,68%

6,63%

9,06%

VENDA

R$ 4,1259

R$ 4,1641

R$ 4,1460

,13& ,%*(

-0,02%

0,37%

0,18%

0,26%

0,23%

0,18%

0,07%

0,21%

0,43%

1,43%

0,25%

0,00%

2,83%

3,64%

COMPRA

R$ 4,1030

R$ 4,1170

R$ 4,0600

,3&$ ,%*(

0,16%

0,42%

0,28%

0,44%

0,29%

0,32%

0,05%

0,22%

0,40%

1,26%

0,33%

0,09%

2,85%

4,19%

VENDA

R$ 4,3000

R$ 4,3070

R$ 4,2500

,&9 ',((6(

0,20%

0,88%

0,15%

0,28%

0,95%

0,05%

0,03%

0,04%

0,07%

1,38%

0,14%

0,09%

2,60%

4,16%

COMPRA

R$ 4,2300

R$ 4,2300

R$ 4,1900

,3&$ ,3($'

0,27%

0,29%

0.13%

0,60%

1,70%

-0,44%

-0,27%

0,19%

0,22%

1,71%

0,67%

0,03%

3,79%

5,14%

VENDA

R$ 4,3300

R$ 4,3300

R$ 4,2900

-XOKR 954,00 0,30 23,54 3,2514 6,56

$JRVWR 954,00 23,54 3,2514 6,56

)RQWH AE

SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro CDB PrĂŠ 30 dias

6,46% - a.a.

Capital de Giro

9,83% - a.a.

Hot Money

1,08% - a.m.

CDI

6,39% - a.a.

Over

6,40% - a.a.

)RQWH: AE

Ouro 1 Nova Iorque (onça-troy)

US$ 1.210,90

US$ 1.202,20

US$ 1.199,80

R$ 158,10

R$ 158,50

R$ 156,43

BM&F-SP (g) )RQWH AE

Taxas Selic Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto

Ă‹QGLFHV 6HW

7ULEXWRV )HGHUDLV 0,57 0,54 0,58 0,47 0,53 0,52 0,52 0,52 0,54 0,57

0HWD GD 7D[D D D

7,00 7,00 6,75 6,75 6,50 6,50 6,50 6,50 6,50 -

Reservas Internacionais 11/09 .......................................................................... US$ 380.817 milhĂľes )RQWH: BC

Imposto de Renda %DVH GH &iOFXOR 5

$OtTXRWD

3DUFHOD D

GHGX]LU 5

Isento

Isento

De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

AtĂŠ 1.903,98

'HGXo}HV a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciåria. d) Pensão alimentícia. 2EV Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir. )RQWH: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendårio 2015

6HW 6DOiULR 937,00 &8% 0* ) 0,15 83& 5

23,51 8)(0* 5

3,2514 7-/3 D D

7,00 )RQWH 6LQGXVFRQ 0*

2XW 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

1RY 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00

'H] 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00

-DQ 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

)HY 954,00 0,14 23,54 3,2514 6,75

0DUoR 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

$EULO 954,00 1,45 23,54 3,2514 6,60

0DLR 954,00 0,17 23,54 3,2514 6,60

-XQKR 954,00 0,49 23,54 3,2514 6,60

07/08 a 07/09 08/08 a 08/09 09/08 a 09/09 10/08 a 10/09 11/08 a 11/09 12/08 a 12/09 13/08 a 13/09 14/08 a 14/09 15/08 a 15/09 16/08 a 16/09 17/08 a 17/09 18/08 a 18/09 19/08 a 19/09 20/08 a 20/09 21/08 a 21/09 22/08 a 22/09 23/08 a 23/09 24/08 a 24/09

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

02('$ 3$Ă‹6 BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO )RQWH %DQFR &HQWUDO

&Ă?',*2 30 35 40 45 55 65 70 75 90 95 100 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 210 220 345 425 450 470 535 540 560 570 640 642 660 665 715 720 725 730 735 741 745 770 775 795 796 800 805 810 815 820 825 828 830 865 870 880 930 975 978

Contribuição ao INSS &2035$ 0,5885 0,8676 0,007076 0,471 0,6429 0,4994 0,4588 0,1874 0,08317 0,03477 13,6059 0,003438 5,8078 0,04045 1,123 2,9537 4,1253 4,1253 3,1714 0,0196 4,9199 3,0031 0,5256 0,604 4,1253 0,01474 4,2507 0,000706 0,03706 0,2297 5,3732 0,002718 5,374 0,1342 0,648 1,2388 0,05675 0,005969 0,001351 4,1253 0,08241 0,07628 0,2162 0,1254 0,5378 0,002628 0,601 0,6025 1,1327 10,7151 0,01649 0,0000982 1,0997 0,001001 0,9948 0,05989 0,0002782 0,2661 1,1527 0,003673 1,1125 4,7957

9(1'$ 0,6014 0,8682 0,007131 0,4716 0,6431 0,4998 0,4591 0,1875 0,08437 0,03502 13,6348 0,003478 5,8128 0,04061 1,1234 2,955 4,1259 4,1259 3,1728 0,01986 5,0011 3,0046 0,5257 0,6204 4,1259 0,01476 4,2518 0,0007074 0,03708 0,231 5,376 0,002736 5,3765 0,1342 0,6487 1,2398 0,05684 0,005974 0,001353 4,1259 0,08247 0,07632 0,2163 0,1256 0,54 0,002662 0,6017 0,6027 1,133 10,7166 0,01651 0,0000982 1,1 0,00101 0,9961 0,05996 0,0002784 0,2676 1,1541 0,00368 1,1131 4,7968

7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 atĂŠ 5.645,80 11,00 &2175,%8,d­2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5

AtĂŠ 954,00 (valor. MĂ­nimo) 11 104,94 De 954,00 atĂŠ 5.645,80 20 190,80 atĂŠ 1.129,16 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR AtĂŠ R$ 877,67 Acima de R$ 877,68 a R$ 1.319,18

9DORU XQLWiULR GD TXRWD R$ 45,00 R$ 31,71

)RQWH: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2018

FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD Maio/2018 Junho/2018

&UpGLWR Julho/2018 Agosto/2108

Seguros

TBF

26/08

0,01311781 2,92791132

27/08

0,01311781 2,92791132

28/08

0,01311781 2,92791132

29/08

0,01311781 2,92791132

30/08

0,01311781 2,92791132

31/08

0,01311781 2,92791132

01/09

0,01311781 2,92791132

02/09

0,01311781 2,92791132

03/09

0,01311781 2,92791132

04/09

0,01311781 2,92791132

05/09

0,01311781 2,92791132

06/09

0,01311781 2,92791132

29/08 a 29/09 30/08 a 30/09 31/08 a 30/09 01/09 a 01/10 02/09 a 02/10 03/09 a 03/10 04/09 a 04/10 05/09 a 05/10 06/09 a 06/10 07/09 a 07/10 08/09 a 08/10 09/09 a 09/10 10/09 a 10/10 11/09 a 11/10 )RQWH $(

07/09

0,01311781 2,92791132

08/09

0,01311781 2,92791132

09/09

0,01311781 2,92791132

10/09

0,01311781 2,92791132

11/09

0,01311781 2,92791132

12/09

0,01311781 2,92791132

13/09 0,01311781 2,92791132 )RQWH )HQDVHJ

0,2466 0,2466

0,4867 0,4867

AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(

Agosto ,*3 ', )*9

Agosto ,*3 0 )*9

Agosto

IOF - Pagamento do IOF apurado no 1Âş decĂŞndio de setembro/2018: Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa JurĂ­dica - CĂłd. Darf 1150. Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa FĂ­sica - CĂłd. Darf 7893. Operaçþes de câmbio Entrada de moeda - CĂłd. Darf 4290. Operaçþes de câmbio - SaĂ­da de moeda - CĂłd. Darf 5220. TĂ­tulos ou Valores MobiliĂĄrios - CĂłd. Darf 6854. Factoring - CĂłd. Darf 6895. Seguros &yG 'DUI 2XUR DWLYR ÂżQDQFHLUR - CĂłd. Darf 4028. Darf Comum (2 vias) IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no perĂ­odo de 1Âş a 10.09.2018, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “bâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005): a) juros sobre capital prĂłprio e aplicaçþes ÂżQDQFHLUDV LQFOXVLYH RV DWULEXtGRV a residentes ou domiciliados no exterior, e tĂ­tulos de capitalização; b) prĂŞmios, inclusive os distribuĂ­dos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espĂŠcie e lucros decorrentes desses prĂŞmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisĂŁo de contratos. Darf Comum (2 vias) Dia 14

0,5108 0,4877 0,4649 0,4418 0,4665 0,4913 0,4930 0,4943 0,4944 0,4696 0,4696 4940 0,5184 0,5165

1,0419 1,0906 1,0889

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

Agenda Federal Dia 13

Taxas de câmbio

25/08 a 25/09 26/08 a 26/09 27/08 a 27/09 28/08 a 28/09 29/08 a 29/09 30/08 a 30/09 31/08 a 30/09 01/09 a 01/10 02/09 a 02/10 03/09 a 03/10 04/09 a 04/10 05/09 a 05/10 06/09 a 06/10 07/09 a 07/10 08/09 a 08/10 09/09 a 09/10 10/09 a 10/10 11/09 a 11/10

Cide - Pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico cujos fatos geradores ocorreram no mês de agosto/2018 (art. 2º, § 5º, da Lei nº 10.168/2000; art. 6º da Lei nº 10.336/2001): Incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a residentes ou domiciliados no exterior, a título de royalties ou remuneração previstos nos respectivos contratos relativos a fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistência tÊcnica, cessão e licença de uso de marcas e cessão e licença de exploração de patentes - Cód. Darf 8741. Incidente na comercialização de petróleo e seus derivados, gås natural e seus derivados e ålcool etílico combustível (Cide-Combustíveis) - Cód. Darf 9331. Darf Comum (2 vias) &R¿QV 3,6 3DVHS Retenção na )RQWH ¹ $XWRSHoDV Recolhimento GD &R¿QV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV na fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurídicas referentes à aquisição de autopeças (art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005), no período de 16 a 31.08.2018. Darf Comum (2 vias)

'HFODUDomR GH 'pELWRV H &UpGLWRV 7ULEXWiULRV )HGHUDLV 3UHYLGHQFLiULRV H GH 2XWUDV (QWLGDGHV H )XQGRV '&7):HE - Entrega da Declaração de DĂŠbitos e CrĂŠditos TributĂĄrios Federais PrevidenciĂĄrios e de Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb), relativa ao mĂŞs de agosto/2018, pelas entidades compreendidas no 1Âş Grupo, com faturamento em 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (Instrução Normativa RFB nÂş 1.787/2018, art. 13, com a redação dada pela Instrução Normativa RFB nÂş 1.819/2018). Quando o prazo recair em dia nĂŁo Ăştil, a entrega da DCTFWeb serĂĄ antecipada para o dia Ăştil imediatamente anterior. DCTFWeb (internet) ()' 5HLQI Entrega da Escrituração Fiscal Digital de Retençþes e Outras Informaçþes Fiscais (EFD-Reinf), relativa ao mĂŞs de agosto/2018, pelas entidades compreendidas no 1Âş Grupo, com faturamento em 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (Instrução Normativa RFB nÂş 1.701/2017, art. 2Âş, § 1Âş inciso I, e art. 3Âş, ambos com a redação dada pela Instrução Normativa RFB nÂş 1.767/2017). Internet Dia 17 ()' Âą &RQWULEXLo}HV (QWUHJD GD EFD - Contribuiçþes relativas aos fatos geradores ocorridos no mĂŞs de julho/2018 (Instrução Normativa RFBnÂş 1.252/2012, art. 7Âş). Internet 3UHYLGrQFLD 6RFLDO ,166 Contribuinte individual, facultativo e segurado especial optante pelo recolhimento como contribuinte individual - Recolhimento das contribuiçþes previdenciĂĄrias relativas Ă competĂŞncia agosto/2018 devidas pelos contribuintes individuais, pelo facultativo e pelo segurado especial que tenha optado pelo recolhimento na condição de contribuinte individual. NĂŁo havendo expediente bancĂĄrio, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia Ăştil imediatamente posterior. GPS (2 vias) Dia 20 IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de agosto/2018, incidente sobre rendimentos de EHQHÂżFLiULRV LGHQWLÂżFDGRV UHVLGHQWHV ou domiciliados no PaĂ­s (art. 70, I, “eâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar nÂş 150/2015). Darf Comum (2 vias)


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LEGISLAÇÃO TRABALHO

MP DA ABRAM

Santander é multado em R$ 5,3 mi

Sebrae entra com mandado Fiscalização efetuada em 53 agências da RMBH resulta em 1.369 autos de infração de segurança no Supremo que o banco não remunera ALISSON J. SILVA

DA REDAÇÃO

O Ministério do Trabalho aplicou 1.369 autos de infração com multa estimada no valor de R$ 5,3 milhões ao Banco Santander em Minas Gerais por desrespeito à legislação trabalhista. A fiscalização inspecionou 51 agências em Belo Horizonte e duas na região metropolitana entre março e agosto. Os fiscais concluíram que o banco cobrava metas abusivas, com a exposição de resultados por meio de rankings, murais nas agências, reuniões, mensagens, prorrogava com frequência a jornada de trabalho de seis horas sem remuneração aos funcionários, o que configura assédio moral e causa adoecimento dos trabalhadores. “Num total de 81 entrevistas realizadas com trabalhadores, 70% deles relataram sofrer ameaça de demissão por não cumprimento de metas, 66% consideram a meta cobrada excessiva e mais de 45% não conseguem atender as metas habitualmente”, disse a auditora fiscal Odete Reis, que participou da operação da equipe do Projeto Intervenções em Bancos e Teleatendimento da Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais. Segundo a auditora, o banco não levava em conta na sua política de produtividade os riscos à saúde dos trabalhadores e não adotava medidas para seu controle, eliminação ou minimização. Com isso, os trabalhadores estavam expostos a situações que poderiam provocar o surgimento de doenças físicas e psicossociais. Afastamentos - Uma das autuações aplicadas ao banco foi por falta de preenchimento da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), documento obrigatório em caso de ocorrência de doenças relacionadas ao trabalho. Segundo a auditora Odete Reis, a fiscalização teve acesso somente aos afastamentos com emissão de CAT – a empresa se negou a apresentar os dados completos de afastamentos. Outra autuação foi por conta da jornada de trabalho estendida sem pagamento de horas extras. “Verificamos

o trabalho excedente às seis horas laboradas como extraordinárias para os ocupantes dos cargos de gerente de relacionamento ou dos ocupantes dos cargos de assistente comercial e coordenador de atendimento”, afirmou. A auditoria verificou que o controle de jornada adotado nas agências fiscalizadas também não obedece aos requisitos legais, uma vez que é utilizado “sistema alternativo eletrônico de jornada de trabalho”, que não tinha a chancela do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Belo Horizonte e Região nem atendia as normas legais estabelecidas de controle de ponto.

Banco de horas - Foram constatadas também falhas no banco de horas. O Santander implantou um sistema que expõe os trabalhadores a jornadas exaustivas de até dez horas diárias, segundo a fiscalização. “A Lei 13.467 e a Constituição Federal, no seu artigo sétimo, inciso XIII, deixa claro que toda compensação de horários e redução de jornada só pode vigorar mediante acordo ou convenção coletiva”, explica a auditora. “Transformar a jornada de trabalho do bancário em oito horas e aumentá-la para dez através de um banco de horas implantado contraria a Constituição Federal. Além de ser uma grave lesão aos direitos dos trabalhadores, representa também um grave risco à sua integridade física e psíquica”, disse Odete Reis. Pela análise das folhas de pagamento de salários foram verificadas diversas irregularidades no pagamento de parcelas salariais que implicaram em pagamento inferior ao legalmente devido aos empregados. Isso ocorre principalmente em razão do não pagamento de reflexos da remuneração variável – horas extras, comissões, SRV - sistema de remuneração variável – nos descansos semanais remunerados e no terço constitucional das férias. (As informações são do Ministério do Trabalho)

Histórico Esta agenda contém as principais obrigações a serem cumpridas nos prazos previstos na legislação em vigor. Apesar de conter, basicamente, obrigações tributárias, de âmbito estadual e municipal, a agenda não esgota outras determinações legais, relacionadas ou não com aquelas, a serem cumpridas em razão de certas atividades econômicas e sociais específicas. Agenda elaborada com base na legislação vigente em 07/08/2018. Recomenda-se vigilância quanto a eventuais alterações posteriores. Acompanhe o dia a dia da legislação no Site do Cliente (www.iob. com.br/sitedocliente). ICMS - prazos de recolhimento - os prazos a seguir são os constantes dos seguintes atos: a) artigos. 85 e 86 da Parte Geral do RICMS-MG/2002; e b) artigo 46 do anexo XV do RICMS-MG/2002 (produtos sujeitos a substituição tributária). O Regulamento de ICMS de Minas Gerais é aprovado pelo Decreto

nº 43.080/2002.

De acordo com fiscais, o Banco Santander cobrava metas abusivas de seus funcionários

JUSTIÇA

Número de escritórios de advocacia fechados tem crescimento no Brasil DA REDAÇÃO

O mercado jurídico no Brasil passou por muitas transformações nos últimos anos. Além das mudanças nos comportamentos dos clientes, mais informados e cientes dos seus direitos e exigentes ao negociar um contrato, escritórios e advogados convivem com a guerra de preços e com o avanço progressivo de novos profissionais no mercado. Segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) atualmente há cerca de 1,1 milhão de advogados no Brasil, 1 210 cursos de direito no País, com cerca de 900 mil estudantes. De acordo com o presidente da seccional da OAB de Santa Catarina, Paulo Brincas, o Brasil é um dos países com mais advogados per capita do mundo e novos advogados são formados em grande escala todos os anos. “O valor médio dos honorários e dos salários tende a cair, o que compromete a sustentabilidade de muitos escritórios”, alerta. Nos últimos dez anos, foram abertos mais de 11 mil escritórios em São Paulo. No mesmo período pouco mais de 30% fecharam as portas. Dentre as causas apontadas pelos advogados estão: a falta de clientes, a competitividade

com outros profissionais do direito e a desvalorização da profissão, o que inclui a prática de honorários aviltantes dentro da própria classe. Segundo a especialista em marketing jurídico, Daniela Mascarenhas, o mercado jurídico, há bem pouco tempo, era um ambiente protegido em que poucos profissionais atuavam e que tinham uma grande demanda de clientes. “Literalmente, quando um escritório era aberto os clientes vinham até ele”, lembra. Para Mascarenhas, este fator contribuiu de forma que profissionais e escritórios estacionassem na zona de conforto e na falta de planejamento e profissionalização das suas carreiras e bancas. “Para se manter neste segmento competitivo, o profissional deve apresentar competências que vão além de sua performance técnica e da qualidade dos serviços prestados, ou seja, o que não é ensinado na faculdade, mas que permeia competências e conhecimentos que vão desde ao empreendedorismo, gestão, marketing, atração e encantamento de clientes, desenvolvimento de pessoas e liderança”, analisa. Para construir uma carreira de destaque e conseguir boas oportunidades, o profissional

ração de Apuração e Informação do ICMS (Dapi 1) - contribuintes Dia 13 sujeitos à entrega: demais indústrias que não possuam prazo ICMS - agosto de 2018 - refi- específico em legislação; extrator naria de petróleo e suas bases, de substâncias minerais ou fósseis. nas operações com combustível Internet, RICMS-MG/2002, anexo derivado, nos casos de repasse V, parte 1, artigo 152, caput, § 1º, V. (imposto retido por refinarias e suas bases) - entrega das inICMS - Sintegra - agosto de formações relativa às operações 2018 - usuário de sistema de prointerestaduais com combustíveis cessamento eletrônico de dados derivados de petróleo ou com - arquivo eletrônico - transmissão, álcool etílico carburante através pela internet, de arquivo eletrôdo Sistema de Captação e Audito- nico, pelo usuário de sistema ria dos Anexos de Combustíveis eletrônico de processamento de (Scanc). Nota: Esta obrigação é dados, com as informações recumprida por meio eletrônico lativas a operações e prestações e pode ser efetuada a qualquer realizadas no mês anterior. Nota: tempo. Portanto recomendamos O contribuinte obrigado à EFD que o envio seja efetuado até a data (ICMS/IPI) fica dispensado da mencionada no ato legal mesmo manutenção e entrega deste arque esta coincida com sábado, quivo, nos termos do artigo 10, § domingo ou feriado. Convênio 8º, do anexo VII do RICMS/MG. ICMS nº 110/2007, cláusula 26ª, Internet, RICMS-MG/2002, anexo § 1º, V, “a”; Ato Cotepe/ICMS VII, parte 1, artigos 10 e 11. nº 51/2017. Dia 17 Dia 15 IPTU - exercício de 2018 - reICMS - agosto de 2018 - Decla- colhimento referente ao exercício

necessita estudar muito e agir de forma estratégica, ter foco no negócio e desenvolver visão empreendedora. “Em tempos de tecnologias e mídias digitais o advogado precisa estar conectado as soluções dos problemas dos seus clientes, ter a presença digital, sem deixar de lado a pessoalidade do serviço jurídico”, avalia. Ética - É essencial também conquistar clientes de forma ética, sem se desvalorizar e seguindo os princípios do Código de Ética da OAB. A melhor maneira de ser feita é através de construção de valor da advocacia, estando perto das pessoas, as conscientizando dos seus direitos, além, claro, de um excelente atendimento capaz de entregar a percepção da qualidade e da diligência nos serviços prestados. Mascarenhas adverte que o advogado não pode compartilhar e expor o seu cliente de qualquer forma e sempre trabalhar com transparência. “Ele não pode expor as demandas dos clientes, divulgar casos concretos ou relevar seus honorários. Existem muitos advogados que perdem a carteira ou são suspensos de atuar em função de denúncias de clientes. A categoria deve ficar atenta a essas condutas”, observa.

de 2018 para os contribuintes que optaram pelo parcelamento em até 11 vezes com vencimento da primeira parcela em 15/02/2018. Nota: Os contribuintes puderam efetuar o pagamento em parcela única em 15.02.2018 ou o pagamento da primeira parcela nesta data com vencimento das demais no dia 15 de cada mês subsequente. Guia de recolhimento/internet, Decreto nº 16.808/2017.

Brasília - O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) ingressou na tarde de ontem com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida provisória que criou a Agência Brasileira de Museus (Abram). O motivo é a retirada de parte dos recursos do Sebrae para destinar ao novo órgão. No documento, os advogados questionam quatro pontos da medida provisória MP editada no início da semana pelo presidente Michel Temer. Os principais são o que classificam como «desvio de finalidade» da contribuição responsável por bancar o Sebrae. Os defensores do mandado de segurança argumentam que a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) foi criada pela Constituição para destinar recursos a assuntos econômicos, diferindo de temas como a gestão de museus. O artigo que destina 6% do orçamento anual do Sebrae para a Abram também é criticado pelo órgão. Segundo o mandado de segurança, há uma “ilegalidade” na obrigação de transferir o dinheiro à agência porque as receitas do Sebrae provêm mensalmente da Receita Federal, que deveria ser a responsável por alterar ou diminuir a destinação dos recursos. Como se trata de uma medida provisória, que tramita no Congresso Nacional, mas já tem força de lei, o critério da urgência também é questionado pelo Sebrae. “A MP não possui urgência para sua aprovação, devendo, caso seu mérito ainda permanecessse válido, ser criada por meio de projeto de lei», explicou o órgão. Na última terça-feira(11), ao anunciar que ingressaria com o mandado, o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, disse não ser contra a busca de soluções para os problemas dos museus, mas que os micro e pequenos empresários não poderiam “pagar sozinhos esta conta”. (ABr)

unidade da Federação cadastrado no Cadastro Simplificado de Contribuintes do ICMS (Difal) ou inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado e que não se enquadre como substituto tributário nas operações com mercadorias destinadas ao Estado de Minas Gerais. Na hipótese de o dia 15 não ter expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. ICMS - agosto de 2018 - con- Ver nota explicativa nº 06. GNRE/ tribuinte/atividade econômica: DAE, RICMS-MG/2002, Parte laticínio, quando preponderar à Geral, artigo 85, XVIII. saída de queijo; requeijão, manteiga, leite em estado natural ou ICMS - 1º a 10 de agosto de pasteurizado, ou leite (UAT) UHT; 2018 - contribuinte/atividade cooperativa de produtores de leite. econômica: venda de café cru Nota: O recolhimento será efetua- em grão realizada em bolsa de do até o dia 15 do mês subsequente mercadorias ou de cereais pelo ao da ocorrência do fato gerador. Ministério da Agricultura, PeInternet, RICMS-MG/2002, Parte cuária e Abastecimento (Mapa) Geral, artigo 85, I, “o”. com intermediação do Banco do Brasil, referente aos fatos geradores ICMS - agosto de 2018 - dife- ocorridos no primeiro decêndio do rencial de alíquotas nas operações próprio mês, ou seja, no período interestaduais para consumidor ou compreendido de 1º a 10 do mês. tomador não contribuinte - con- Internet, RICMS-MG/2002, Parte tribuinte estabelecido em outra Geral, artigo 85, XIV, “a”.


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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

EDERNON MARCOS PEREIRA / GOVERNO DE MINAS GERAES / AGÊNCIA BRASIL

Cooperativismo O Sistema Ocemg promove, no dia 19, mais uma edição da palestra gratuita Orientações Básicas sobre Cooperativismo. A atividade será realizada a partir das 9h, na sede da entidade (Rua Ceará, 771, Funcionários, Belo Horizonte). A palestra busca orientar os participantes a respeito dos fundamentos básicos e da organização de uma cooperativa. No conteúdo programático, informações sobre o cooperativismo e os aspectos jurídicos e contábeis relativos a essa forma de empreendimento. A atividade é aberta ao público e, para participar, os interessados devem fazer download da ficha de inscrição no site www.minasgerais.coop.br e enviá-la preenchida para inscricao@minasgerais.coop.br.

Oficinas gratuitas

BNDES financiará restauro de prédios barrocos em Mariana Rio de Janeiro - As obras de restauração da Igreja de São Francisco de Assis e da Casa do Conde de Assumar, localizadas em Mariana, na região Central de Minas, devem começar em outubro, com recursos não reembolsáveis do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com a instituição, será destinado um total de R$ 14,2 milhões. As construções do período colonial brasileiro encontram-se fechadas atualmente e sob risco de ruir. As duas edificações vão integrar o Museu da Cidade de Mariana e a restauração deve ser concluída em 2021. A Igreja de São Francisco de Assis foi construída em 1794. A fachada e alguns elementos ornamentais, entre os quais o púlpito, o retábulo-mor, o

lavabo e o teto da capela-mor são de autoria de Aleijadinho, com pinturas artísticas de Manuel da Costa Ataíde. A igreja barroca era um dos monumentos mais visitados de Mariana até sua interdição em 2013, diante do risco de arruinamento, informou o BNDES. Já a Casa do Conde de Assumar foi construída, provavelmente em 1715, para ser a moradia do conde, então governador da Capitania de Minas Gerais e São Paulo. A construção foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938. Ações educativas - O banco prevê também a realização de ações educativas sobre a importância do patrimônio histórico, por meio de visitas monitoradas ao canteiro de obras. O projeto prevê, após a conclusão do

restauro, que a gestão das edificações seja compartilhada, ficando a casa do Conde de Assumar, sede do museu, de responsabilidade da Prefeitura de Mariana, enquanto a Igreja de São Francisco de Assis ficará sob a responsabilidade da arquidiocese da cidade. As duas entidades deverão destinar recursos para a manutenção das construções pelo período de 20 anos, a contar da assinatura do contrato com o banco. De acordo com o BNDES, o projeto ajudará a mitigar os impactos decorrentes do desastre ambiental ocorrido em Mariana em 2015, com o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, contribuindo para fortalecer a vocação turística e cultural da cidade, bem como outras atividades econômicas. (ABr)

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e da Secretaria Municipal de Cultura, em comemoração aos 20 anos do Projeto Arena da Cultura, da Escola Livre de Artes (ELA), oferece ao público 70 novas ações entre os meses de setembro e dezembro. São oficinas e encontros totalmente gratuitos, para todas as idades, nas nove regionais de Belo Horizonte, com ampliação da oferta para os públicos infantil e infantojuvenil. As inscrições podem ser feitas até o início de cada oficina. Lista completa das oficinas no site www.bhfazcultura. pbh.gov.br.

Festival Fartura Nos dias 22 e 23, o Festival Fartura – Comidas do Brasil tem sua quinta edição em Belo Horizonte, na rua Tenente Brito Melo (em frente à Sala Minas Gerais), com a presença de mais de 70 atrações gastronômicas de todas as regiões do País. No evento, os visitantes terão a oportunidade de experimentar pratos de chefs, participar de palestras, aulas teóricas e interativas, verificar as cozinhas ao vivo e levar produtos e ingredientes para casa. Além de curtir uma programação artística com shows e performances. No espaço Chefs e Restaurantes, já estão confirmadas as presenças de renomados como Rodolfo Mayer, do Angatu (Tiradentes, MG); Cristóvão Laruça, do Caravela (Belo Horizonte, MG); Flávio Trombino, do Xapuri (Belo Horizonte, MG); e Nati Tussi, do Roister (Porto Alegre, RS).

CULTURA PABLO LOBATO / DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Quando: Dia 19, às 19h30 Quanto: Entrada Gratuita Onde: Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1.466, Lourdes, Belo Horizonte) Concertos

Lacan na Academia Literatura - O segundo encontro do semestre do programa “Lacan na Academia – Conversando com a literatura” aborda o tema “Só um poeta é capaz de ser mulher assim” e será apresentado pelas psicanalistas Fernanda Costa e Cecília Lana Nascimento e pela artista plástica Julia Panadés (Foto), com coordenação da também psicanalista Yolanda Vilela. O evento faz parte do programa Casa da Palavra.

Orquestra - O violinista Vadim Gluzman é o convidado especial dos concertos que a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais faz nesta semana, que têm ainda estreia de Aurora Borealis, obra escrita pelo jovem compositor paulista Marcelo Dino especialmente para o corpo musical. Dino foi o vencedor da edição 2017 do Festival Tinta Fresca. Quando: Hoje e amanhã (14), às 20h30 Quanto: De R$ 44 a R$ 116 Onde: Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto, em Belo Horizonte)

reúne canções com sonoridade indie. As letras falam sobre a vida nas metrópoles e suas urgências e sentimentos como amores efêmeros e solidão. Quando: Sábado (15), às 19h Quanto: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia) Onde: Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil Vallourec (Avenida Amazonas, 315, Centro, Belo Horizonte)

Izza & a Kombi Azul

Pedro Cardoso

Show - A cantora e compositora Izza & a Kombi Azul estreiam de forma intergaláctica no Projeto Música Itinerante. Em sintonia com a grandiosidade do Cosmo, as composições de Izza transitam entre a poesia e o caos. O repertório é autoral e

Monólogo - “O Autofalante”, com Pedro Cardoso (Foto), aborda um surto identitário provocado, não apenas pelo estado de sofrimento em que se encontra o personagem (perdeu seu emprego, sua mulher, a mobília, e seu telefone não funciona),

mas também por determinados tipos contemporâneos de comunicação em que nos encontramos constantemente alijados do convívio humano. Quando: Dia 22, às 21h Quanto: Setor I e II – R$ 80 (Inteira) / R$ 40 (Meia) Setor III - R$ 60 (Inteira) / R$ 30 (Meia) Onde: Cine Theatro Brasil Vallourec (Avenida Amazonas, 315, Centro, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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