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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.714 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 9 DE OUTUBRO DE 2018 JOSÉ CRUZ/ABr
EDITORIAL A primeira conclusão a que se pode chegar em relação à votação de domingo, no que se refere à escolha que mais desperta atenção, a do próximo presidente da República, é que os caminhos se estreitam. A decisão ficou entre extremos, numa situação sem lógica aparente, se não ao evidenciar as proporções da fratura politica que atingiu o País. São condições de alto risco, sobretudo se considerados os desafios a superar no campo da gestão pública, com ênfase na esfera econômica. Nesse campo, cabe registrar, não parece haver compreensão sequer com relação à verdadeira natureza dos problemas a enfrentar, muito menos quanto às suas proporções. “Abismo não é a alternativa”, pág.
OPINIÃO Em Minas, Zema assumiu a dianteira, com 42,73% dos votos, e foi seguido por Anastasia, que conquistou 29,06% do eleitorado
Renovação política agrada o empresariado mineiro
Entidades de classe destacam os ganhos da alternância de poder O resultado do primeiro turno das eleições, no último domingo, deixou claro que o eleitor deseja a renovação dos quadros políticos. Essa foi a principal característica das votações, segundo sinalizaram
ontem representantes de entidades empresariais ouvidas pela reportagem. Boa parte pontuou como positiva para o setor a disputa, em Minas, entre Zema (Novo) e Anastasia (PSDB). A polarização
no cenário nacional e a diferença entre os resultados apontados pelas últimas pesquisas e o que, de fato, apareceu nas urnas, principalmente quanto ao governo do Estado, também foram ressaltadas. “Pode-
mos ver a população querendo o diferente, como se fosse um voto de basta”, disse o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Bruno Falci. Pág. 5
Avança o projeto de inovação do H. Pardini
O projeto Enterprise, que vai dobrar a capacidade produtiva do Grupo Hermes Pardini em cinco anos, está a todo vapor. Somente neste ano, o centro de medicina diagnóstica sediado em Belo Horizonte está investindo R$ 18 milhões naquela que será a maior plataforma de automação laboratorial do mundo e que prevê automatizar 84% dos mais de 90 milhões de exames realizados pela empresa anualmente. a implementação do projeto já foi 30% realizada e a maior parte dos aportes virá dos próprios fornecedores, que desenvolveram em conjunto com a companhia o novo modelo de produção. Pág. 7
LÉO LARA/DIVULGAÇÃO
A Siemens aparece como principal parceira da nova plataforma laboratorial automatizada
Aguinaldo Diniz na presidência da ACMinas
O empresário e atual vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Aguinaldo Diniz Filho, foi indicado pela diretoria executiva como candidato à presidência da entidade para a gestão 2019/2020. As eleições estão marcadas para acontecer em 4 dezembro, sendo que a posse ocorrerá em 6 de janeiro do próximo ano. Diniz Filho foi presidente da Cedro Têxtil e também presidiu seu Conselho de Administração. O empresário esteve à frente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e atuou como vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Pág. 6
FÁBIO ORTOLAN/DIVULGAÇÃO
A escolha do nome de Aguinaldo Diniz Filho foi consensual e por aclamação
Dólar - dia 8
Euro - dia 8
Comercial
Compra: R$
Turismo
Ouro - dia 8
Compra: R$ 3,7625 Venda: R$ 3,7635 Compra: R$ 3,7470 Venda: R$ 3,9130
Ptax (BC)
Compra: R$ 3,7582 Venda: R$ 3,7588
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TR (dia 9): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,3144
Nova York (onça-troy): BM&F (g):
Poupança (dia 9): ............ 0,3715%
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IPCA-IBGE (Setembro):...... 0,48% R$ 1.188,60
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Esta transição que vivemos, de um modelo político distorcido para um novo modelo cujos contornos estão em formação, é um misto de incerteza, medo, receio e otimismo que nos leva a mais incertezas. Comecemos pela eleição de parlamentares em todos os níveis, que representam tudo com exceção de alguma mudança no modelo político que nos trouxe para esta crise ao mesmo tempo política, econômica e sobretudo social. Nada mudou. E ninguém disfarça. As cabeças do desastre, de alianças espúrias, de cargos com porteiras fechadas para benefícios ditos partidários, mas na realidade pessoais. (Stefan Salej), pág. 2
Lei de Proteção de Dados já movimenta o setor de Tecnologia da Informação A Lei de Proteção de Dados (13.709), sancionada pelo presidente Michel Temer no último mês, já movimenta entidades representativas do setor de tecnologia da informação (TI) e empresários do segmento, que têm até início de 2020 para se adaptar às novas regras. A legislação vai mudar a forma como empresas coletam dados, tornando o processo mais transparente e seguro para o usuário. Por outro lado, as diversas imposições exigem adaptações e investimentos dos empresários, principalmente do segmento de TI. Pág. 13
Elevado índice de rejeição de Bolsonaro e Haddad será o principal desafio para o segundo turno Os candidatos mais votados para disputar o segundo turno das eleições presidenciais, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), vão ao segundo turno com altos índices de rejeição. Segundo última pesquisa Ibope/ Estadão/TV Globo divulgada no dia 6 de outubro, o deputado federal contabilizou 43% da rejeição, enquanto o ex-prefeito petista somou 36%. Para analistas, se quiserem conquistar novos votos, os dois terão que suavizar parte das narrativas adotadas na campanha até o momento. Pág. 10
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OPINIÃO Da ressaca democrática STEFAN SALEJ * Quem ganhou, ganhou, quem perdeu, perdeu. As eleições são simples assim. Mas, nas deste ano, todas as análises no dia subsequente não têm a mínima importância. Não é por causa de segundos turnos, mas porque a complexidade criada no cenário político brasileiro após estas eleições só é superada pelo período pré-eleitoral. Esta transição que vivemos, de um modelo político distorcido para um novo modelo cujos contornos estão em formação, é um misto de incerteza, medo, receio e otimismo que nos leva a mais incertezas. Comecemos pela eleição de parlamentares em todos os níveis, que representam tudo com exceção de alguma mudança no modelo político que nos trouxe para esta crise ao mesmo tempo política, econômica e sobretudo social. Nada mudou. E ninguém disfarça. As cabeças do desastre, de alianças espúrias, de cargos com porteiras fechadas para benefícios ditos partidários, mas na realidade pessoais, continuam no cenário parlamentar rindo na nossa
cara, dizendo: o povo nos escolheu. Isso é democracia. O povo brasileiro, do qual 30 milhões não têm emprego ou estão subempregados, e com 11 milhões que ainda não sabem escrever e ler, sem falar nos que não têm água, esgoto, moram em favelas e seus filhos não têm escola, é que elege. E esses políticos, na verdade, de boca cheia, falando de saúde, educação e emprego, trabalharam nos últimos 16 anos para manter esse estado de coisas, para poder manipular e se reeleger de novo. Nós não temos políticos falando de forma clara e honesta, forças políticas que têm nestes anos trabalhado para que diminua a ignorância do eleitor e aumente a sua inserção social. Quanto mais ignorante e dependente de ações sociais do estado permanece o eleitor, mais feliz fica o político no poder. O paradoxo de nossa democracia também é a quantidade de candidatos. É espantoso seu cinismo, vendendo ao eleitor algodão-doce que na hora de comer se transforma em jaca. É es-
tarrecedora a falta de conhecimento dos reais problemas que os eleitores enfrentamos. Nesse mar de ignorância há exemplos de todos os tipos. E a maior delas todas é o deputado Tiririca, que ri na nossa cara dizendo que nos enganou porque, ao contrário do que havia anunciado, é candidato de novo e não vai renunciar a uma boca boa dessas de ser político. Quanto tempo o País aguenta esse modelo e se a divisão, com ódio crescente entre as classes sociais, que esta eleição provocou, vai crescer, só os dias que vêm vão mostrar. Vamos precisar de muita paciência para que o segundo turno, que dizem ser uma nova eleição, talvez traga mais debates, mais projetos, mais discussões e um futuro menos sombrio. Não no final de contas dizem que Deus é brasileiro. Está na hora de acreditar nisso. * Empresário, ex-presidente do Sebrae Minas e da Fiemg - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
A relevância das decisões humanas CESAR VANUCCI * “(...) Quem decide desamedronta a vida.” (Padre Juvenal Arduini, sociólogo e professor) A eleição do último dia sete de outubro, com resultados que vão dar muito que falar por vasto espaço de tempo, abriu nova chance aos leitores para conhecer um pouco mais dos conceitos e ideias do grande sociólogo Juvenal Arduini. Na edição de sábado, recordemo-nos, este escriba estampou neste espaço que frequenta dia sim, dia não, sugestivo texto do saudoso pensador alusivo ao significado da política na vida comunitária. Outra fala do mesmo autor, sobre o significado da decisão nas atitudes comportamentais humanas, pareceu-me igualmente oportuna para ser aqui reproduzida nesta hora em que os eleitores brasileiros são chamados a escolher, numa segunda etapa eleitoral, os futuros dirigentes da administração pública federal e estadual. Escusado anotar a vantagem de que se reveste para o público ledor a substituição de minhas palavras pelas do autor citado. Assim falou Arduini: “Decidir é fenômeno humano a ser cultivado. Há vários tipos de decisão. A decisão esquiva procura adiar o momento da decisão. Há pessoas que temem decidir-se e mantêm-se em suspenso. Permanecem na dúvida e não optam. Muitos esperam que os fatos decidam por eles. Substituem a decisão pessoal pelos acontecimentos.” “Existe a decisão fatalista. É decisão cega, mecânica. Há os que acreditam na fatalidade. O que vai acontecer, acontecerá, dizem.” (...)“Existe a decisão adesista. Há pessoas que decidem em sintonia com os outros. Copiam a opção repetida. Repetem as decisões dos colegas, dos amigos, dos professores, dos artistas, dos políticos, das crenças. Aderem às decisões alheias. São pessoas que reproduzem as decisões do ambiente que as cercam.” (...) “ São máscaras dos procedimentos do meio social.”
“Decisão precipitada é imatura. Não possui fundamento sólido. É escolha leviana que, posteriormente, gera arrependimento. Em vez de decisão ponderada, revela veleidade. E, então, em vez de optar por valor consistente, a decisão caprichosa rola na futilidade.” (...) “Se existe o arremedo da decisão, há também autêntica decisão (...).” “Decisão crítica, refletida e madura. Decisão original que irrompe do interior humano e marca a vida da sociedade.” (...) “Decisão que consolida autonomia pessoal e define o futuro (...).” “A verdadeira decisão amadurece a personalidade. E contribui para que o ser humano selecione valores básicos e defina rumos éticos a serviço da humanidade. Decisão é gênese vital.” “Importa assumir as decisões. Responder pela opção livre. Há que comprometer-se com as consequências das decisões.” (...) “A decisão coerente perpetua a realidade pessoal e social. Decidir sem assumir é farsa.” “Decidir exige audácia. Inclui risco. Em certas situações, a decisão provoca ruptura. Às vezes, optar é escolher um valor e deixar outro, é abraçar um caminho e descartar outro.” (...) “ A decisão personaliza o ser humano. Decidir é ação pensada que leva a pessoa a ser mais consciente, mais livre, mais criativa, mais responsável e mais ousada. A vida humana é um tecido feito de decisões. Quem tem medo de decidir refugia-se na mediocridade. O decidir maturo emancipa a personalidade. Quem vive sem decidir vegeta. E quem tem coragem de decidir tem também coragem de viver. E quem tem medo de decidir tem medo de viver.” (...) “ Quem não decide amedronta a vida. Derrota a vida. Mas quem decide desamedronta a vida. E apruma a existência humana. Sustentar a decisão é assumir a verdade. Por isso, decidir é viver.” * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
Os 30 anos da Constituição Cidadã RICARDO PRADO PIRES DE CAMPOS * Os trinta anos da Constituição trazem algo para comemorar? Sim, a resposta é positiva. O Brasil mudou muito nessas três décadas, e o fez para melhor, embora, por vezes, possa não parecer. A crise econômica aliada a uma crise ética sem precedentes dá a sensação que estamos num dos piores momentos. Não é verdade. Crises econômicas tivemos sem conta: Plano Cruzado, Plano Collor, Plano Verão, e tantos outros de triste memória. Cada novo governo trazia uma nova esquisitice econômica, difícil de digerir. Trinta anos depois temos estabilidade na moeda, comércio exterior sob controle, e taxa de juros mais razoáveis; mas, ainda, há uma dívida interna fenomenal, um descontrole nos gastos públicos que teima em permanecer, e juros que, para o consumidor bancário, continuam exorbitantes. Os desvios do dinheiro público não são novidade, sempre existiram, em maior ou menor volume. A diferença, hoje, é que conseguimos avaliar o tamanho estratosférico dessa roubalheira. A máscara caiu, e a imagem que se apresenta é horrorosa. Difícil viver sem máscaras; ainda há quem as prefira. A sociedade está pronta para o desafio? Vamos conseguir colocar o País definitivamente nos trilhos do terceiro milênio? Ou teimaremos em fazer de conta que o problema não é nosso, mas do alheio. Não há avanço sem a participação da sociedade. Não haverá progresso sem a colaboração da classe política. O Judiciário e o Ministério Público deram
uma contribuição importante para o avanço das instituições. A Lava Jato não é um ato isolado na vida jurídica brasileira, como muitos querem crer. É talvez o ápice, momentâneo, de um movimento que começa na Constituição Federal de 1988, e que redefiniu o papel da Justiça na vida brasileira. A Constituição consolidou valores e elencou muitos objetivos a alcançar: a dignidade da pessoa humana (art.1º, inciso III); a erradicação da pobreza e redução das desigualdades sociais e regionais (art. 3º, III); inúmeros direitos sociais (art. 6º e seguintes); a consagração dos princípios da administração pública (art.37); e a assunção pelo Estado dos deveres de prestar saúde, educação e assistência social à população, dentre outras incontáveis funções. Dificílimo resumir. A Constituição é uma obra grandiosa e grandiloquente. Fala de tudo, fala de todos. Como uma grande construção, fincou os alicerces, ergueu colunas, firmou o telhado. Também, estabeleceu algumas paredes, e aí, por vezes, cometeu alguns equívocos. Vamos lembrar apenas um, já histórico, corrigido em uma das inúmeras emendas constitucionais: os juros máximos de 12% ao ano. Naquele momento histórico, era impossível. Hoje, a taxa Selic está abaixo desse patamar; mas o cheque especial e o cartão de crédito continuam com aquelas taxas estratosféricas. O maior erro da Constituição, talvez, tenha sido imiscuir-se excessivamente em matéria econômica. A economia é dinâmica, avessa a amarras. Já a Constituição é um documento
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feito para durar, exige certa estabilidade; aliás, uma de suas importantes funções é exatamente essa: criar estabilidade. As questões econômicas, no entanto, são as grandes responsáveis pelas inúmeras emendas ao texto original. Os capítulos tradicionais da Constituição: a divisão dos poderes do Estado, os direitos e garantias individuais e sociais, os objetivos da Nação; todos permanecem como concebidos originalmente, com raríssimas alterações. É verdade, nem tudo está pronto. A Constituição possui normas que consolidam valores do passado, princípios que foram forjados na história da humanidade, são os seus alicerces. Depois, trata do presente: o orçamento, os poderes, os tributos e as contribuições; e, por fim, estabelece objetivos presentes e futuros na busca por uma melhor qualidade de vida em todas as áreas. A Constituição Federal é um texto de excelente qualidade, merecia leitura obrigatória nas escolas, nos partidos políticos, e nos diversos espaços públicos. Pode servir até para os momentos de lazer de qualquer cidadão. Claro, como todo texto, como toda obra humana, não é perfeita. Pode ser melhorada, mas, seguramente, está à frente da sociedade brasileira. Ainda, tem muito a produzir, e pode contribuir por muitos anos, com pequenas correções.
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Abismo não é a alternativa Os caminhos se estreitam. Eis a primeira conclusão a que se pode chegar em relação à votação de domingo, no que toca à escolha que mais desperta atenção, a do próximo presidente da República. A decisão ficou entre extremos, numa situação sem lógica aparente, se não ao evidenciar as proporções da fratura politica que atingiu o País. São condições de alto risco, sobretudo se considerados os desafios a superar no campo da gestão pública, com ênfase na esfera econômica. Nesse campo, cabe registrar, não parece haver compreensão sequer com relação à verdadeira natureza dos problemas a enfrentar, muito menos quanto às suas proporções. Para recordar: estudiosos sérios já apontam que, mantidas as condições atuais, em 2020 as finanças públicas tendem ao colapso, com comprometimento possível até mesmo de serviços essenciais. O País pode parar e vai parar se nada for feito, se as atenções O País pode parar e prosseguirem vai parar se nada for concentradas no feito, se as atenções poder, sufocando a possibilidade prosseguirem de construção de concentradas no um projeto de poder, sufocando governo, para um a possibilidade de Estado que possa construção de um afinal enfrentar e vencer suas projeto de governo, mazelas. para um Estado que Assim, falar possa afinal enfrentar em vencedores, e vencer suas mazelas agora, pode se revelar mais uma grande ilusão, constatação que remete a recentes declarações de empresários e lideres classistas igualmente preocupados. Eles defendem mudanças, reclamam protagonismo, recomendam a seus pares que se levantem dos sofás onde, comodamente, julgam estar discutindo – e influindo – o futuro. Este, sim, o foco das atenções, a possibilidade de aproximação da resposta desejada. Trata-se de quebrar a ideia de que o País está desunido, dando por consumado o conflito que divide, e fazer justamente o contrário, começando a tomar de volta os espaços apropriados por maus políticos e pela burocracia à sua volta, levando o Estado brasileiro a distorções que não podem mais ser suportadas, ao mesmo tempo em que vai sendo consumida sua energia vital. Esta, verdadeiramente, deveria ser a questão central, o verdadeiro foco das discussões, dos debates e, sobretudo, dos compromissos que, num processo natural de afunilamento, ocuparão as próximas três semanas, até a votação em segundo turno. Não seria demais, afinal, esperar e desejar que o natural realinhamento propiciado pela segunda etapa do processo eleitoral, tivesse como eixo o reconhecimento de que a possibilidade de devolver rumos ao País passa necessariamente por tal realinhamento. Ou a elementar compreensão de que a divisão remete à ideia do quanto pior melhor e apenas nos aponta o rumo do abismo.
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ECONOMIA ALISSON J. SILVAMAURICIO A.C.
MICRO E PEQUENAS
Empresários estão otimistas, mas aguardam cenário político Disputas eleitorais geram incertezas São Paulo - O índice de confiança dos micro e pequenos empresários ficou em 51,0 pontos em setembro ante os 51,1 pontos registrados em agosto, o que mostra que a proximidade com as eleições não alterou a visão dos empresários. Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o Indicador de Condições Gerais, que avalia a percepção dos últimos meses, ficou em 39,8 pontos e o Indicador de Expectativas, que projeta um horizonte futuro de seis meses, marcou 59,4 pontos. “Os dados mostram que a maioria dos empresários de menor porte está otimista com o futuro, mas ainda em compasso de espera. Alguns indicadores macroeconômicos apresentam sinais de melhora, mas as disputas eleitorais sempre geram incerteza. Isso faz com que a confiança não deslanche, mas também não retroceda aos patamares do auge da crise”, disse o presidente da CNDL, José Cesar da Costa. A pesquisa indica ainda que, para 53% dos micro e pequenos empresários, a economia piorou nos últimos seis meses. Aqueles que notaram melhora nesse
período foram 17%. Quando analisam o desempenho do próprio negócio, 24% avaliaram que sua empresa avançou e 36% disseram que piorou. A queda das vendas foi a principal razão para essa piora entre 77% dos entrevistados. O aumento dos preços da matéria-prima e dos produtos foi citado por 30% e 10% disseram ter sentido as consequências da inadimplência de seus clientes. Já entre os que observaram melhora nos negócios, 61% disseram ter vendido mais no período e 23% atribuem a uma melhora da gestão da empresa. Futuro - Pelo menos 57% dos empresários disse estar confiante com o futuro do próprio negócio, dos quais 29% atribuíram isso a uma boa gestão do negócio e 27% não souberam apontar a razão de seu otimismo. Já no sentido contrário, os pessimistas são 11%. Quando questionados sobre as perspectivas quanto à economia, 36% estão confiantes, mas, destes, 47% não sabem apontar os motivos. Outros 21% apostam no mercado consumidor e 21% esperam um cenário político mais favorável. Os pessimistas chegam a
Enquanto a percepção dos últimos meses ficou em 39,8 pontos, o indicador de expectativas marcou 59,4 pontos, sinalizando confiança
24%, principalmente por das; 31% não têm uma razão causa de incertezas polí- concreta; 24% apostam na ticas (65,6%). diversificação do portfólio de produtos para ampliar a Desempenho - Para 39% receita e 19% pretendem indos micro e pequenos em- vestir na melhoria da gestão. “O segundo semestre presários, o resultado das vendas foi satisfatório em tem datas comemorativas agosto, e 46% acreditam em importantes para o vareaumento do faturamento jo que devem aquecer as nos próximos seis meses. O vendas. É natural perceber levantamento mostrou que esse otimismo com relação 39% consideram ter tido um ao faturamento”, disse o bom desempenho de ven- presidente do SPC Brasil, das. Para 41%, o resultado Roque Pellizzaro Junior. A pesquisa mostrou tamfoi regular e 18% avaliam como ruim ou péssimo. Em bém que 43% conseguiram relação às perspectivas para fazer alguma melhoria no os próximos seis meses, a negócio nos últimos seis maior parte acredita que meses, contra 56% que não o faturamento irá crescer conseguiram. Entre as me(46%) e apenas 4% apos- lhorias destacadas estão a tam em queda na receita, compra de equipamentos enquanto 42% esperam um (34%), a reforma da empresa faturamento igual. (32%), a ampliação do estoEntre os que acreditam em que (28%), a qualificação crescimento do faturamento, da mão de obra (14%) e a 32% atribuem a perspectiva ampliação do portfólio de a novas estratégias de ven- produtos (13%). (ABr) ALISSON J. SILVA
INFRAESTRUTURA
BNDES financiará, por 25 anos, concessão da Rodovia de Integração Sul Rio de Janeiro - O vencedor da licitação para a concessão da Rodovia de Integração do Sul (RIS), composta por trechos das principais estradas do Rio Grande do Sul, marcada para o dia 1º de novembro próximo, na B3, contará com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As condições financeiras aos investimentos efetuados pela concessionária vencedora foram anunciadas ontem e preveem participação máxima do BNDES de até 80% do valor dos investimentos, limitada a 100% dos itens financiáveis. O prazo total de financiamento é de até 25 anos. Os financiamentos iguais ou superiores a R$ 10 milhões, contratados diretamente com o BNDES, terão custo financeiro igual à Taxa de Longo Prazo (TLP), fixada em 7,40% ao ano para este mês de outubro, mais remuneração básica do banco de 1,3% ao ano e taxa de risco de crédito. Já nas operações indiretas, cujo financiamento é efetuado por meio da rede credenciada do BNDES, além do custo financeiro e da remuneração básica do banco, devem ser acrescidas
a taxa de intermediação financeira de 0,15% ao ano e a remuneração da instituição credenciada, negociada entre essa instituição e o cliente. A assessoria de imprensa do BNDES esclareceu que para os empréstimos com valor inferior a R$ 10 milhões valerão as condições do programa BNDES Automático. Perspectivas - A perspectiva do governo federal é de que sejam investidos pela concessionária R$ 13,4 bilhões nos 30 anos de concessão da rodovia, divididos em investimentos de R$ 7,8 bilhões e melhorias, de R$ 5,6 bilhões, em custos operacionais. O edital de licitação foi publicado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em julho passado. As propostas dos investidores interessados deverão ser recebidas no dia 30 de outubro. A homologação do resultado deverá ocorrer no dia 5 de dezembro. A recuperação de toda a rodovia é esperada entre o segundo e o quinto ano de concessão, informou o BNDES. A Rodovia de Integração do Sul tem 473,4 quilômetros de extensão e sete praças de pedágio. (ABr) PILAR OLIVARES/REUTERS
Projeções da Gol para a margem Ebit sinalizam redução de 7 pontos percentuais frente ao terceiro trimestre de 2017
AVIAÇÃO
Gol prevê queda em margem operacional São Paulo - A Gol anuncia projeções (guidance) para o terceiro trimestre deste ano, de forma preliminar e não auditada. Um dos principais indicadores da companhia aérea, a margem Ebit, está prevista para a faixa de 5% a 5,5%, bem abaixo da meta para a margem operacional anteriormente divulgada para o exercício de 2018, de 11%. Já a previsão para a margem Ebitda é de 11,0% a 11,5% no trimestre findo em setembro, ao passo
que a meta para o ano é de 16%. Por sua vez, o fluxo de caixa operacional deve ficar entre R$ 450 milhões a R$ 500 milhões. A projeção para alavancagem financeira, medida pela dívida líquida/Ebitda, é de 3,3 vezes ao final do trimestre encerrado em setembro, acima da meta para o ano, de 2,8 vezes. No informe intitulado “atualização ao investidor”, a Gol explica que o guidance para a margem Ebit representa uma redução de
aproximadamente 7 pontos percentuais em relação ao registrado no terceiro trimestre de 2017, de 12,2%, “afetada pela apreciação do dólar frente ao real e pelo aumento do preço do combustível”, o querosene de aviação (QAV), no período. O preço médio do combustível por litro deve se situar entre R$ 3,05 e R$ 3,10 no trimestre, com uma taxa média de câmbio de R$ 3,95. Ainda sobre combustíveis, os custos unitários
ex-combustíveis (Cask ex-comb.) devem cair 2,5% sobre o terceiro trimestre de 2017. Na mesma comparação, a receita unitária de passageiro (Prask) deve ficar entre 4,5% a 5,0% acima, enquanto a expectativa de receita unitária (Rask) é de aumento de 4,0% a 4,5%. A oferta de voos (ASK) tem previsão de aumento de cerca de 4% sobre o terceiro trimestre de 2017 e a capacidade em assentos, Participação será de até 80% do valor dos investimentos de 5%. (AE)
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ECONOMIA ELEIÇÕES 2018
Empresariado mineiro apoia a renovação Disputa ao governo do Estado, em segundo turno, entre Anastasia (PSDB) e Zema (Novo) é considerada positiva ANA AMÉLIA HAMDAN
O resultado do primeiro turno das eleições, no último domingo, deixou claro que o eleitor deseja a renovação dos quadros políticos. Essa foi a principal característica das votações, segundo sinalizaram ontem representantes de entidades empresariais ouvidas pela reportagem. Boa parte pontuou como positiva para o setor a disputa, em Minas, entre Zema (Novo) e Anastasia (PSDB). A polarização no cenário nacional e a diferença entre os resultados apontados pelas últimas pesquisas e o que, de fato, apareceu nas urnas, principalmente quanto ao governo do Estado, também foram ressaltadas. Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe comentou sobre a virada que o resultado para o governo de Minas trouxe frente as últimas pesquisas. “O lado positivo é que são dois bons candidatos. Minas estará em boas mãos”, disse, referindo-se ao candidato do Novo, Romeu Zema, e o do PSDB, Antonio Anastasia, que disputarão o segundo turno das eleições. As últimas pesquisas antes da votação apontavam que o segundo turno ocorreria entre Anastasia e o atual governador, Fernando Pimentel (PT). Mas Zema assumiu a dianteira, com 42,73% dos votos, e foi seguido por Anastasia, que conquistou 29,06% do eleitorado. Na avaliação de Roscoe, essas diferenças apontam que o sistema de realização de pesquisas tem que ser revisto. Quanto ao quadro nacional, ele ressaltou que a polarização entre os candidatos Jair Bolsonaro (PSC) e Fernando Haddad (PT) minou os concorrentes. Presidente da Associação Comercial de Minas (ACMinas), Lindolfo Paoliello considera positiva a escolha, em Minas, entre Anastasia e Zema. “Em Minas, a derrota profunda do PT tem o efeito de uma realização coletiva e o que dela decorre, a escolha entre Anastasia e Zema no segundo turno soa como a escolha entre dois bons filmes”, disse. “Observando este quadro sob o ponto de vista do papel
das lideranças empresariais, creio que elas prestarão um serviço valioso e mesmo histórico à sociedade e ao mercado, contribuindo para a articulação de Minas como “fiel da balança” do quadro político nacional”, completou. Já quanto aos resultados do primeiro turno para a Presidência da República, ele considera preocupante, pela radicalização. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Bruno Falci, também ponderou que o resultado das pesquisas não retratou a realidade. Além da eleição para governador, ele citou os resultados para o Senado. Pesquisas apontavam a dianteira da candidata Dilma Rousseff (PT), que não foi eleita, ficando atrás de Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS). “A gente percebe o desgaste do PT e do Fernando Pimentel com os problemas financeiros do Estado”, pontuou. Para Falci, essa situação não é boa para o Estado e mostra fragilidade na gestão. Quanto ao quadro nacional, ele considera que também há uma busca de renovação. “Podemos ver a população querendo o diferente, como se fosse um voto de basta”, disse. Desenvolvimento - Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões também ressaltou que a ascensão do candidato Zema surpreendeu a todos, pois as pesquisas não detectaram tal movimento. “Mostra a grande vontade de renovação”, disse. Ele considera positivo o resultado da eleição em Minas e considera que a alternância de dirigentes é importante para a democracia. “Os dois candidatos pensam mais em desenvolvimento”, disse. O resultado nacional, na avaliação de Simões, também revela o desejo de mudança por parte do eleitor. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) divulgou nota informando que “vê com ótimos olhos” a disputa entre Zema e Anastasia. “Ambos os candidatos que concorrem no segundo turno têm competências ímpares”, diz a nota.
BRUNO MAGAHÃES/NITRO/DIVULGAÇÃO
Representantes da indústria, agropecuária e comércio avaliam que são dois bons candidatos, com foco no desenvolvimento
Para Moody’s, polarização aumenta desafios São Paulo - A agência de classificação de risco Moody’s avaliou ontem que o resultado do primeiro turno da eleição presidencial no Brasil sinaliza “polarização política”, o que amplia os desafios do próximo governo em relação à aprovação das reformas. “Independente de quem for eleito, o novo presidente terá que formar alianças no Congresso para aprovar as reformas fiscais, particularmente da Previdência, para lidar com fraqueza fundamental no perfil de crédito do Brasil”, destacou a analista sênior da Moody’s Samar Maziad, em nota. O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, conquistou votação expressiva no domingo, mas não o suficiente para evitar um segundo turno contra o petista Fernando Haddad, salvo pela região Nordeste. De acordo com Samar, a polarização política dificulta a capacidade do próximo presidente de estabelecer
DIVULGAÇÃO
Para a agência, novo presidente terá dificuldade de aprovar reformas como a da Previdência
uma boa relação de trabalho com os parlamentares para aprovar as reformas. As reformas são necessárias “para manter a confiança do investidor, preservar a estabilidade financeira e estabelecer os alicerces para
um crescimento sustentado”, completou Samar. Bolsonaro conseguiu, com o resultado do primeiro turno, transformar seu partido, o até então nanico PSL, em uma potência parlamentar, provocando uma mudança
sísmica. O PSL deve ficar com 51 cadeiras na Câmara dos Deputados, de 513 assentos, de acordo com projeção da XP Investimentos, ficando atrás apenas do PT, de Haddad, que deve ter 57 vagas. (Reuters)
Mercado financeiro reage com otimismo à votação de Bolsonaro São Paulo - O mercado financeiro brasileiro reagiu com otimismo à votação expressiva de Jair Bolsonaro (PSL) no primeiro turno da eleição presidencial no domingo, bem como ao desempenho de seus aliados no Congresso Nacional e em disputas estaduais, e volta suas atenções agora para os próximos eventos eleitorais antes do segundo turno, em 28 de outubro. Bolsonaro recebeu 46,03% dos votos válidos no domingo, enquanto o petista Fernando Haddad, que vai disputar com ele o segundo turno, ficou com 29,28% do total. O PSL elegeu no domingo 52 deputados, segundo a Câmara dos Deputados, em um forte avanço em relação ao pleito passado, quando havia eleito apenas um deputado federal. No Senado, foram quatro eleitos frente a uma participação inexistente antes
dessa eleição. “O forte resultado de Bolsonaro no primeiro turno faz dele o favorito para vencer o segundo turno”, afirmaram em relatório a clientes os estrategistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira, do BTG Pactual. A equipe de estratégia de renda variável para Brasil e América latina do banco JPMorgan, liderada por Emy Shayo, endossou a premissa, afirmando que, dada a diferença de votos entre os candidatos, Bolsonaro parece ter uma vantagem importante para o segundo turno”, conforme relatório a clientes. A corretora Brasil Plural disse que não há como não afirmar que a vantagem é do candidato do PSL, mas ponderou que “é sempre prudente acompanhar o decorrer da campanha”. De olho em potenciais transferências de votos,
agentes financeiros, que veem os próximos dias como uma “nova campanha”, estarão atentos a novas pesquisas, com sondagem Datafolha já prevista para amanhã; seguida por debates, sendo o primeiro esperado para quinta-feira, além dos programas eleitorais em televisão e rádio, que serão retomados na sexta-feira. Também no radar estarão potenciais alianças partidárias, principalmente após a significativa mudança na composição do Congresso Nacional, que a equipe da consultoria MCM considerou como uma das principais surpresas da votação do domingo e que deve ajudar o candidato do PSL no segundo turno. “A direitização e a renovação antiestablishment do Congresso trouxeram boas notícias para Bolsonaro”, afirmou em relatório.
os estrategistas do JPMorgan, a nova composição do Congresso Nacional favorece a governabilidade de um eventual governo do capitão reformado, mas apenas para medidas que demandem maioria simples. Para aprovar projetos de emenda constitucional, contudo, como a reforma da Previdência, o cenário ainda é desafiador. Os estrategistas Daniel Gewehr e João Noronha, do Banco Santander Brasil, elevaram a recomendação das ações brasileiras para ‹overweight’ em seu portfólio para América Latina, com preço-alvo do Ibovespa para o final de 2019 em 105 mil pontos, destacando que o balanço de riscos brasileiro melhorou internamente. O JPMorgan elevou a classificação do real e das taxas de juros locais para ‘overweight’. “Os mercado Governabilidade - Para locais no Brasil têm apre-
sentado um rali nas sessões recentes e nós acreditamos que o desfecho dessa eleição pode continuar a influenciar fortemente os preços, especialmente no contexto onde as posições em real e taxas parecem leves.” Liberalismo - A preferência no mercado financeiro por Bolsonaro é apoiada no seu coordenador econômico, o economista liberal Paulo Guedes, oriundo do mercado, a quem repassa praticamente qualquer questionamento referente a temas econômicos, mas também em um sentimento anti-PT, após deterioração de indicadores econômicos principalmente no governo de Dilma Rousseff. O Bradesco BBI espera que Bolsonaro e Haddad suavizem seus discursos e se movam mais para o centro, “o que provavelmente aumentará a probabilida-
de de ajuste fiscal após as eleições. O time liderado por Andre Carvalho vê 40 % de chance de um ajuste fiscal profundo, 45 % de probabilidade de um ajuste parcial e 15 % de nenhum ajuste. Para o gestor Igor Lima, da Galt Capital, a bolsa é o ativo com maior potencial de valorização nesse cenário após o primeiro turno da eleição. “O Ibovespa está negociando abaixo dos múltiplos históricos, as empresas estão em trajetória ascendente de lucros e a alocação em bolsa brasileira por parte dos estrangeiros está bem baixa”, afirmou. Nesse contexto, a XP Investimentos citou as ações de Cemig, Banco do Brasil, Bradesco Petrobras, Gol, Localiza, B2W, Lojas Americanas e Usiminas entre os papéis que se beneficiam do cenário envolvendo Bolsonaro. (Reuters)
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 9 DE OUTUBRO DE 2018
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ECONOMIA ELEIÇÕES NA ACMINAS
Diretoria indica Diniz Filho para presidência Empresário e atual vice da entidade vai concorrer ao pleito, em dezembro, para a gestão de 2019/2020 FABIO ORTOLAN / DIVULGAÇÃO
ANA AMÉLIA HAMDAN
O empresário e atual vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Aguinaldo Diniz Filho, foi indicado pela diretoria executiva como candidato à presidência da entidade para a gestão 2019/2020. As eleições estão marcadas para acontecer em 4 dezembro, sendo que a posse ocorrerá em 6 de janeiro do próximo ano. Diniz Filho foi presidente da Cedro Têxtil e também presidiu seu Conselho de Administração. O empresário esteve à frente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e atuou como vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), tendo ocupado outros cargos. O empresário ressaltou ontem que é vice-presidente da ACMinas desde 1986 e que recebeu o convite do atual presidente da ACMinas, Lindolfo Paoliello, para encabeçar a chapa oficial, ficando muito honrado. “Aceitei o convite com a grande preocupação de substituir o atual presidente, que fez um trabalho da mais alta envergadura”, disse. “Vamos dar continuidade aos trabalhos da ACMinas no momento de muita incerteza para o nosso País”, completou.
A escolha do nome de Aguinaldo Diniz Filho foi consensual e por aclamação; agora, candidato terá de indicar diretoria executiva, plena e conselho
Diniz Filho considera que as entidades civis têm a responsabilidade e a obrigação de se posicionarem frente aos desafios do País nas mais diversas áreas, como educação, saúde, distribuição de renda, segurança e infraestrutura. “Com trabalho ético e transparente podemos ajudar a fazer o Brasil caminhar”, afirmou.
Processo eleitoral - Presidente da ACMinas, Lindolfo Paoliello explica que as eleições se dão dentro do estatuto e de acordo com os costumes da casa. Assim, seguindo as normas, o cronograma da eleição tem início em setembro e vai até dezembro, garantindo transparência ao processo. O primeiro passo foi a reunião do Conselho
Superior, realizada em 24 de setembro, quando foi escolhida a data de 4 de dezembro para a eleição. Já no último dia 4, ocorreu a reunião da diretoria executiva para indicação do candidato à presidência. A escolha do nome de Aguinaldo Diniz foi consensual e por aclamação. A partir de agora, será constituído o comitê de
chapa. O candidato deve indicar a diretoria executiva, diretoria plena e conselho fiscal até 23 de novembro. Para garantir a transparência do processo, a chapa com todos os seus nomes deve ser publicada em jornal de grande circulação até 26 de novembro. Na avaliação de Paoliello, o fato de a eleição da
ACMinas coincidir com o cenário eleitoral no País é auspicioso. Ele considera que Aguinaldo Diniz Filho é um empresário de peso que está motivado para participar desse momento de transição. Por fim, o atual presidente considerou que Diniz Filho dará continuidade aos trabalhos seguindo os princípios e os valores da entidade.
PAULO WHITAKER / REUTERS
COBRE
Conselho da Vale deve aprovar aportes de US$ 1 bilhão em mina Salobo
Eletrodomésticos está entre as categorias mais desejadas pelos brasileiros para consumo
BLACK FRIDAY
Pesquisa aponta que 62% dos consumidores querem antecipar compras de Natal na data São Paulo - Os consumidores brasileiros devem aproveitar a Black Friday para antecipar compras de fim de ano, apesar de estarem mais cautelosos por conta das incertezas no cenário político e na economia, mostrou uma pesquisa divulgada ontem pelo site comparador de preços Zoom. Segundo o levantamento, 95% dos 9 mil entrevistados planejam aproveitar a Black Friday, que este ano cairá em 23 de novembro, e 62% pretendem antecipar as compras de Natal. Apesar da relevância cada vez maior da Black Friday para o varejo, a pesquisa também indica uma postura mais cautelosa entre os consumidores este ano, com 67% dos entrevistados descartando o uso do 13º salário na data. “Tem impacto das eleições e da própria crise. As pessoas estão mais conscientes em
não criar novas dívidas ou comprometer orçamento”, disse o diretor executivo do Zoom, Thiago Flores. Mesmo assim, o percentual de consumidores que pretendem gastar mais de R$ 1 mil na data subiu para 57% este ano, ante 52% no ano passado. Entre as categorias mais desejadas, está a de produtos eletrônicos (53%), seguida por eletrodomésticos, smartphones, artigos de informática e itens de casa e decoração, afirma a pesquisa. Na semana passada, o presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), Maurício Salvador, disse em entrevista à Reuters que o faturamento com as vendas online na Black Friday deve ser maior este ano em relação a 2017. Os comentários foram feitos poucos dias após a Ebit|Nielsen divulgar projeção de crescimento de 15%
do e-commerce na data, para R$ 2,43 bilhões. Dia das Crianças - Embora menos relevante, outra data que deve movimentar o comércio eletrônico é o Dia das Crianças. A Ebit|Nielsen informou, ontem, que a expectativa é que as vendas online somem R$ 1,9 bilhão, alta de 9% em relação a 2017. O tíquete médio deve ter alta de apenas 1% na mesma comparação, para R$ 432, de acordo com a Ebit|Nielsen. “O faturamento representa cerca de 3,5% do total anual. Para alguns segmentos, como o de brinquedos e videogames, é a principal data do ano”, disse em nota o diretor de inteligência e operações da Ebit|Nielsen, Keine Monteiro, acrescentando que o Dia das Crianças é a quinta data mais importante do calendário anual do varejo. (Reuters)
Rio de Janeiro - O Conselho de Administração da Vale está próximo de aprovar investimentos de US$ 1 bilhão para a expansão da mina de cobre Salobo, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto, na medida em que a maior produtora de minério de ferro do mundo procura diversificar e tirar vantagem da crescente demanda internacional pelo metal. Um e-mail sobre a iminente aprovação foi enviado internamente na semana passada, de acordo com uma das fontes, que não foi autorizada a discutir a questão publicamente.
Uma segunda pessoa disse que a expansão estava no planejamento, devendo ser aprovada em uma reunião do conselho no dia 24 de outubro, data em que também serão divulgados os resultados do terceiro trimestre. A mina Salobo, no estado do Pará, começou suas operações em 2012 e produz cerca de 200 mil toneladas anualmente. A Vale não quis comentar o assunto ontem. A Bloomberg reportou, na semana passada, que a mineradora estava próxima de aprovar a expansão. O crescente mercado de
veículos elétricos e a escassez de projetos de mineração deram gás à demanda pelo metal. A Vale, cujo fluxo de caixa subiu nos últimos trimestres, já que seus preços do minério de ferro tiveram um rali, tem ponderado se deve gastar recursos em diversificação ou remunerar os acionistas com aumentos nos dividendos ou recompras, disseram fontes próximas do assunto. A empresa tem dito publicamente que quer aumentar o seu negócio de metais básicos, especialmente o níquel, cobre e cobalto. (Reuters)
IPC-S
Índice de preços acelera na 1ª semana de outubro puxado por alimentação São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou 0,08 ponto percentual, ficando em 0,53% na primeira quadrissemana de outubro, conforme divulgou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). No fim de setembro, o IPC-S fora de 0,45%. Na primeira leitura deste mês, quatro das oito classes de despesa do IPC-S registraram acréscimo em suas taxas, sendo que a maior influência de alta foi de Alimentação (0,16% para 0,44%). Neste conjunto de preços, houve pressão nos valores de hortaliças e legumes (de -4,09% para alta de 0,17%).
Além disso, o grupo Transportes avançou, ficando em 1,35% na primeira medição, na comparação com 1,08% no encerramento de setembro. Esta classe de preços foi pressionada pelo encarecimento da gasolina (4,08% para 4,76%), conforme a FGV. Também houve aceleração dos conjuntos de preços Saúde e Cuidados Pessoais (0,30% para 0,37%) e Comunicação (0,18% para 0,24%). Nestas categorias, a FGV mostra que as principais contribuições vieram de artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,04% para alta de 0,28%) e mensalidade para TV por assi-
natura (0,31% para 0,82%), respectivamente. Recuo - Na contramão, houve desaceleração dos grupos Habitação (0,36% para 0,23%), Educação, Leitura e Recreação (0,59% para 0,55%), Despesas Diversas (0,18% para 0,10%) e Vestuário (0,63% para 0,54%). Em Habitação, o destaque foi a tarifa de eletricidade residencial (0,64% para 0,30%), enquanto no grupo Educação foi a passagem aérea (14,26% para 9,12%). Já em Despesas Diversas, a influência adveio de alimentos para animais domésticos (1,85% para 1,22%), enquanto em Vestuário foram acessórios (1,18% para 0,75%). (AE)
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 9 DE OUTUBRO DE 2018
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ECONOMIA MEDICINA DIAGNÓSTICA
PLANO DE SAÚDE
Hermes Pardini vai investir R$ 18 mi no ano em automação
Qualicorp tenta melhorar governança para agradar investidores
Plataforma prevê automatizar 84% de mais de 90 milhões de exames
São Paulo - A Qualicorp anunciou algumas medidas de governança tendo em vista a repercussão do contrato de não competição assinado com o diretor presidente José Seripieri Filho, que fez as ações da companhia caírem quase 30% no dia de sua divulgação, segunda-feira passada (1º). As principais queixas de investidores foram quanto ao valor da indenização pago ao executivo, de R$ 150 milhões, considerado bastante alto, e o fato de que a decisão não envolveu acionistas minoritários. Conforme o fato relevante da noite do domingo (7), entre as medidas tomadas, o conselho de administração determinou que quaisquer novas operações com partes relacionadas envolvendo a companhia e acionistas serão obrigatoriamente submetidas à aprovação em assembleia geral de acionistas. Alegando “visão de longo prazo e posição de acionista alinhado com o empreendimento de medidas de criação de valor para a companhia”, Seripieri Filho se comprometeu a adquirir até o final do ano ações da Qualicorp em valor mínimo equivalente à indenização recebida. Foi criado um Comitê de Governança, o qual será liderado por Rogério P. Calderón Peres, nome que teve indicação da XP Gestão de Recursos, que detém aproximadamente 9% das ações ordinárias. O novo membro do conselho entra em substituição a Claudio Bahbout, “que disponibilizou seu cargo para viabilizar essa nomeação”, como explica o fato relevante. Também a XP Gestão solicitou à administração novos estudos e avaliações para que a remuneração do diretor presidente seja mais alinhada com o resultado da companhia no próximo exercício social. Ainda sobre esse tema, a Qualicorp afirma que recebeu uma comunicação de Seripieri Filho de que renunciou à totalidade da remuneração variável à que tinha direito para este exercício social. “As medidas anunciadas nesta data reforçam e elevam a governança corporativa, o processo de profissionalização do Conselho, o alinhamento da Companhia com o Sr. José Seripieri Filho, seu fundador e principal acionista, fortalecendo a implementação e desenvolvimento das metas operacionais e estratégias da companhia”, concluiu o comunicado.
LEO LARA/ARVORE DE COMUNICAÇÃO/DIVULGAÇÃO
MARA BIANCHETTI
O projeto Enterprise, que vai dobrar a capacidade produtiva do Grupo Hermes Pardini em cinco anos, está a todo vapor. Somente neste ano, o centro de medicina diagnóstica sediado em Belo Horizonte está investindo R$ 18 milhões naquela que será a maior plataforma de automação laboratorial do mundo e que prevê automatizar 84% dos mais de 90 milhões de exames realizados pela empresa anualmente. Iniciada em 2018, a implementação do projeto já foi 30% realizada e a maior parte dos aportes virão dos próprios fornecedores, que desenvolveram em conjunto com a companhia o novo modelo de produção. A Siemens aparece como parceira principal da nova plataforma laboratorial automatizada, incluindo o fornecimento dos equipamentos, software, materiais e mão de obra especializada. Há ainda a Abbott e vários outros parceiros complementares. “O projeto Enterprise não é simplesmente uma mudança de plataforma produtiva e tecnológica. Trata-se de um projeto inovador e único, que vai mudar a forma como o mundo entende a produção laboratorial”, ressaltou o vice-presidente comercial e de marketing do grupo Hermes Pardini, Alessandro Ferreira. Já o diretor de Operações do grupo, Guilherme Birchal Collares, foi além. Segundo ele, o projeto vai provocar mudanças não somente na produção, mas no relacionamento com clientes, na gestão dos estoques, na inteligência dos equipamentos e na entrega dos resultados. “O Enterprise vai trazer ganhos para todos os stakeholders do processo. Em termos de tempo, teremos 84% dos resultados de exames liberados em, no
Investimento vai propiciar agilidade na entrega de resultados, entre outros benefícios
máximo, seis horas a partir da chegada ao NTO (Núcleo Técnico Operacional), em Vespasiano (RMBH). Para se ter uma ideia, hoje essa capacidade beira os 60%”, afirmou. Integração - Para isso, o Hermes Pardini está utilizando a mesma área útil do parque produtivo atual, mas alterando todo seu processo produtivo, incluindo sistemas, equipamentos e fluxo de produção. A medida vai permitir também a integração dos dados dos exames analisados em todos os Núcleos Técnicos Avançados (NTAs), espalhados pelo País, em uma plataforma de controle única, possibilitando monitorar tudo, em tempo real, por meio de salas de controle. “O Enterprise vai trazer um novo nível de serviço para nossos clientes e um novo modelo produtivo para os fornecedores. Vai oferecer maior segurança, rastreabilidade e inovação tecnológica”, completou
Collares. A substituição do processo atual pelo novo modelo está ocorrendo simultaneamente com o funcionamento das linhas de produção. A primeira grande mudança ocorreu em julho e a mais recente no início deste mês. A previsão é que todo maquinário esteja substituído ou adaptado até março do ano que vem, quando ocorrerão os primeiros testes com o sistema integrado à primeira esteira. É que a nova plataforma abrigará a primeira esteira high throughput do Brasil para distribuição automática dos tubos de amostras para os equipamentos de acordo com a especificidade dos exames. Essa mudança permitirá a redução do tempo de separação e encaminhamento das amostras. Além disso, novas sorotecas automatizadas possibilitarão que novos exames sejam incluídos ou repetidos a partir de simples interações eletrônicas. “O projeto contará com duas esteiras conectadas
entre si. A segunda está prevista para entrar em testes em maio e em pleno funcionamento em junho. A partir daí, teremos três meses de produção assistida pelos fornecedores”, explicou o diretor da planta. Nova relação - Alessandro Ferreira salientou, por fim, que as mudanças incluem ainda uma inédita relação comercial com fornecedores e clientes espalhados pelo Brasil. De acordo com o novo modelo, os fornecedores serão responsáveis por manter os estoques de materiais nas unidades produtivas e passarão a ser remunerados também de acordo com os níveis de entrega, visando melhorias nos indicadores operacionais de performance. “Para os clientes, asseguramos os níveis de qualidade e confiabilidade, enquanto agregamos rapidez e segurança em um modelo customizado de acordo com suas necessidades e com a expertise do Hermes Pardini”, concluiu.
SulAmérica - A SulAmérica confirmou, em fato relevante, a aquisição de 100% da Prodent Assistência Odontológica pelo preço de R$ 145,7 milhões, conforme adiantado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Segundo a SulAmérica, a Prodent, fundada em 1989, é a oitava maior operadora de planos odontológicos do País e apresentou, em 2017, receita operacional de cerca de R$ 100 milhões, índice de sinistralidade em torno de 30% e margem bruta de 45%. “Com essa aquisição, a SulAmérica irá acrescentar mais de 400 mil beneficiários à sua carteira de planos odontológicos, atingindo a marca de cerca de 1,5 milhão de beneficiários, reforçando sua posição e relevância neste segmento”, afirma a empresa. A conclusão da operação está condicionada ao cumprimento de algumas condições, incluindo a aprovação prévia dos órgãos reguladores. A SulAmérica possui foco estratégico no segmento de planos odontológicos. Atualmente, tem 2,2 milhões de segurados em planos de saúde e mais de 1 milhão de beneficiários em odontológicos. (AE)
COMBUSTÍVEIS
ANP eleva fiscalização em postos, mas diminui autuações Rio de Janeiro - De janeiro a junho deste ano, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) efetuou 9.912 ações de fiscalização no mercado de abastecimento em todo o País, superando as 9.793 ações feitas no mesmo período do ano passado. Apesar do número maior de fiscalização em 2018, neste ano foram lavrados menos autos de infração e interdição do que em 2017. No primeiro semestre deste ano, foram lavrados 2.439 autos de infração (contra 2.836 no ano passado); 324 autos de interdição (contra 399 em 2017) e 106 autos de apreensão (contra 108). Os dados constam do Boletim Fiscalização do Abastecimento em Notícias da agência. Cerca de 130 mil agentes econômicos (que incluem distribuidoras de combustível e gás, postos de revenda etc) compõem o abastecimento nacional.
O boletim informa que, nos primeiros seis meses deste ano, foram realizadas 7.146 ações em revendedores de combustíveis e 1.804 ações em revendedores de gás liquefeito de petróleo (GLP). Foram lavrados 1.776 e 489 autos de infração, respectivamente, nesses dois
segmentos. As principais motivações de autuação foram o não cumprimento da notificação da ANP; equipamentos ausentes ou em desacordo com a legislação; comercialização ou armazenamento de produto não conforme a especificação; não prestação
de informações ao consu- Sul (958) e Norte (838). midor; e não atendimento No período pesquisado, foram recebidas pelo a normas de segurança. Centro de Relações com Denúncias - Por regiões o Consumidor (CRC) da demográficas, o Sudeste ANP 16.807 denúncias de respondeu por 3.298 ações consumidores relacionadas fiscalizadoras da ANP no se- ao abastecimento de commestre, seguida do Nordeste bustíveis. Desse total, 90% (2.545), Centro-Oeste (2.273), se referiram a combustíveis
líquidos automotivos e 10% a GLP. As informações foram utilizadas pela agência como parâmetro para o planejamento das ações de fiscalização. As denúncias ao CRC podem ser feitas pelo telefone gratuito 0800 970 0267. (ABr)
Gasolina fica mais barata hoje nas refinarias Rio de Janeiro - A Petrobras reduzirá o preço médio da gasolina em suas refinarias em 1,2%, para R$ 2,1889 por litro, a partir de hoje (9), após manter o valor do produto estável por 11 dias, de acordo com informação do site da estatal. A redução do valor médio nas refinarias ocorre após pesquisa da reguladora ANP apontar um preço médio recorde nominal nos postos do Brasil na semana passada, de R$ 4,7 por litro, o que representou uma alta de 0,09% ante a semana anterior.
A atual política de preços da companhia busca manter a paridade de preço internacional em busca de rentabilidade. Entretanto, para reduzir a volatilidade no mercado interno de gasolina, adotou recentemente um instrumento de hedge que permite segurar possíveis reajustes por até 15 dias, sem incorrer em perdas. A opção de adotar mecanismo de hedge, calcada em contratos futuros do combustível nos Estados Unidos, completou um mês no sábado e permitiu um recuo importante da volatilidade nos
preços das refinarias. De 6 de setembro, quando a opção pelo hedge foi anunciada, até sexta-feira (5), a volatilidade das cotações do combustível nas refinarias foi de 1,8%, com apenas quatro reajustes realizados. A título de comparação, no mês imediatamente anterior, a oscilação de preço em relação a um ponto médio beirou 10%, em meio a 16 alterações nos valores do derivado de petróleo. Considerando-se todo o período anterior à aplicação do mecanismo, a volatilidade foi superior a
20% desde julho do ano passado, conforme cálculos da Reuters a partir de dados informados pela Petrobras. Diesel - No caso do diesel, a Petrobras mantém os preços congelados em R$ 2,3606 por litro, devido a adesão ao programa de subvenção ao combustível, lançado em junho, pelo governo federal. Por meio dele, as empresas praticam preços estipulados pelo governo, podendo ser ressarcidas em até R$ 0,30 por litro, dependendo do mercado. (Reuters)
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INTERNACIONAL TENSĂƒO COMERCIAL
ReuniĂŁo entre EUA e China ĂŠ marcada por troca de queixas Autoridades dos paĂses se encontraram para tentar minimizar diferenças Pequim - Um encontro de diplomatas de alto escalĂŁo dos Estados Unidos (EUA) e da China começou com frieza ontem, jĂĄ que o secretĂĄrio de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e o ministro de Relaçþes Exteriores chinĂŞs e conselheiro de Estado, Wang Yi, trocaram queixas em um momento de deterioração nas relaçþes bilaterais. Embora o encontro tenha incluĂdo as cortesias diplomĂĄticas de praxe e as duas autoridades tenham enfatizado a necessidade de cooperação, os comentĂĄrios diante dos jornalistas, no inĂcio de seu encontro, na Casa de HĂłspedes Diaoyutai de Pequim, foram anormalmente contundentes. “Recentemente, assim como o lado dos EUA vem escalando constantemente o atrito comercial com a China, tambĂŠm adotou uma sĂŠrie de açþes quanto Ă questĂŁo de Taiwan que fere os direitos da China e fez crĂticas infundadas das polĂticas domĂŠstica e externa da Chinaâ€?, disse Wang, ao falar ao lado de Pompeo. “Acreditamos que este foi um ataque direto contra nossa confiança mĂştua e lançou uma sombra nas relaçþes China-EUAâ€?, acrescentou. “Exigimos que o lado dos EUA pare com este tipo de ação equivocadaâ€?. Mike Pompeo, que co-
ANDY WONG/POOL VIA REUTERS
Mike Pompeo e Wang Yi (dir.) enfatizaram, contudo, necessidade de cooperação entre naçþes
locava Wang a par de sua visita ao lĂder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, disse: “Nas questĂľes que vocĂŞ caracterizou, temos uma discĂłrdia fundamentalâ€?. “Temos grandes preocupaçþes com as açþes que a China adotou, e espero ter a oportunidade de debater cada uma delas hoje, porque este ĂŠ um relacionamento incrivelmente importanteâ€?.
do Departamento de Estado disse que os EUA ainda contam com a cooperação de Pequim nos esforços para desnuclearizar a Coreia do Norte, de quem ĂŠ a principal aliada. “Eu certamente o esperariaâ€?, disse o funcionĂĄrio. “Esta ĂŠ uma questĂŁo muito importante, e eles reconhecem, aceitam e percebem issoâ€?. Pompeo e Wang discordaCoreia do Norte - Uma ram abertamente sobre qual autoridade de alto escalĂŁo lado cancelou uma cĂşpula
de segurança bilateral que deveria ter acontecido em Pequim, neste mĂŞs. Na semana passada, o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, intensificou a pressĂŁo de seu paĂs contra Pequim, indo alĂŠm da guerra comercial ao acusar a China de esforços “malignosâ€? para minar o presidente Donald Trump antes das eleiçþes parlamentares do mĂŞs que vem e de açþes militares irresponsĂĄveis no Mar do Sul da China. (Reuters)
Americanos avançam rumo a acordo nuclear O secretĂĄrio de Estado americano, Mike Pompeo, disse ontem que ele e o lĂder norte-coreano, Kim Jong-un, fizeram “progresso significativoâ€? rumo a um acordo para que a Coreia do Norte abra mĂŁo de suas armas nucleares. Apesar de ainda haver muito trabalho a ser feito, Pompeo afirmou esperar novos resultados apĂłs uma segunda cĂşpula entre o presidente americano, Donald Trump, e Kim. Ainda nĂŁo hĂĄ data para a segunda reuniĂŁo entre os dois lĂderes. â€œĂ‰ um processo longoâ€?, disse Pompeo, em Seul, para onde viajou apĂłs a reuniĂŁo com Kim, em Pyongyang, no domingo. “Alcançamos um progresso significativo. Continuaremos a fazer progresso e estamos mais avançados nesse processo do que qualquer outra administração em muito tempoâ€?, destacou. Pompeo nĂŁo forneceu detalhes, mas disse que ele e Kim haviam concordado em iniciar conversas sobre detalhes da desnuclearização, alĂŠm da colocação de inspetores internacionais em uma das principais instalaçþes nucleares da Coreia do Norte, e chegaram perto de estabelecer uma data e local para a prĂłxima cĂşpula Kim-Trump. Trump se manifestou pelo Twitter, a partir de Washington, pouco depois de Pompeo deixar a Coreia do Norte. Ele citou o progresso que o secretĂĄrio havia alcançado a partir de acordos que combinou com Kim na cĂşpula de Cingapura, em junho, acrescentando que espera ver o presidente Kim “no futuro prĂłximoâ€?. Pompeo disse que ele e Kim haviam chegado “bem pertoâ€? de estabelecer a logĂstica para a prĂłxima cĂşpula, mas ressaltou que, Ă s vezes, ĂŠ difĂcil definir os Ăşltimos detalhes. “Mais importante, ambos os lĂderes acreditam que hĂĄ progresso real a ser feito, progresso substancial que pode ser feito na prĂłxima cĂşpula. Vamos fazĂŞ-lo em um momento que funcione para ambos os lĂderes e em um local que funcione para ambosâ€?, disse. “Ainda nĂŁo chegamos lĂĄ, mas chegaremosâ€?. KCNA - Por sua vez, o canal estatal de notĂcias norte-coreano, KCNA, disse ontem que Kim havia “expressado seu desejo e convicção de que grande progresso serĂĄ alcançado para resolver as questĂľes de maior preocupação do mundo e alcançar o objetivo estabelecido nas Ăşltimas conversasâ€?, com a realização da segunda cĂşpula entre Coreia do Norte e EUA. Em despacho de ontem, a KCNA chamou as conversas de “produtivas e maravilhosasâ€? e disse que as “posiçþes mĂştuas foram completamente compreendidas e as opiniĂľes, trocadasâ€?. (AE)
PETRĂ“LEO
Irã vê exportaçþes recuarem com sançþes de Trump HEINZ-PETER BADER/REUTERS
Zanganeh diz que petrĂłleo iraniano nĂŁo pode ser substituĂdo
Londres/Dubai - As exportaçþes de petrĂłleo do IrĂŁ caĂram ainda mais na primeira semana de outubro, segundo dados de navios-tanque e uma fonte do setor, sofrendo um grande impacto das sançþes dos Estados Unidos (EUA) e desafiando outros produtores da Organização dos PaĂses Exportadores de PetrĂłleo (Opep) a cobrirem o dĂŠficit de oferta. A repĂşblica islâmica exportou 1,1 milhĂŁo de barris por dia (bpd) de petrĂłleo no perĂodo de sete dias, segundo dados do Refinitiv Eikon. Uma fonte da indĂşstria que tambĂŠm acompanha as exportaçþes disse que os embarques de outubro estavam muito abaixo de 1 milhĂŁo de bpd.
Isso representa uma queda de pelo menos 2,5 milhĂľes de bpd em relação a abril, antes de o presidente Donald Trump, em maio, retirar os EUA de um acordo nuclear de 2015 com o IrĂŁ e restabelecer as sançþes. A cifra tambĂŠm marca uma queda adicional de 1,6 milhĂŁo de bpd frente a setembro. Os horĂĄrios dos navios-tanque sĂŁo geralmente ajustados, e as exportaçþes podem variar semana a semana. Os nĂşmeros do inĂcio de outubro levantam sinais, no entanto, de que as exportaçþes iranianas estĂŁo caindo mais do que o esperado, pressionando a capacidade da ArĂĄbia Saudita, da RĂşssia e de outros aliados de preencher a lacuna. “A postura firme do go-
verno americano elevou os riscos de uma perda mais significativa na exportação do IrĂŁ do que o previsto anteriormenteâ€?, disse Norbert Ruecker, chefe de pesquisa de macro e commodities do banco suĂço Julius Baer. Sem substituto - O ministro do PetrĂłleo do IrĂŁ, Bijan Zanganeh, definiu como “absurdasâ€? as alegaçþes do prĂncipe herdeiro saudita de que a ArĂĄbia Saudita pode substituir o petrĂłleo iraniano atingido por sançþes dos Estados Unidos. “As observaçþes de Mohammed bin Salman e tais declaraçþes sĂł podem satisfazer a (Donald) Trump. NinguĂŠm mais acreditarĂĄ nele. O petrĂłleo do IrĂŁ nĂŁo pode ser substituĂdo pela ArĂĄbia Saudita, nem por qualquer outro paĂsâ€?, disse Zanganeh ao site de seu
ministĂŠrio. O prĂncipe Mohammed disse Ă Bloomberg, na sexta-feira (5), que o reino cumpriu sua promessa a Washington de compensar o fornecimento de petrĂłleo iraniano perdido por meio de sançþes dos EUA, reimpostas quando os Estados Unidos saĂram do acordo nuclear de 2015 entre TeerĂŁ e seis potĂŞncias. Washington estĂĄ pressionando os aliados a reduzirem as importaçþes de petrĂłleo iraniano para zero e vai impor uma nova rodada de sançþes Ă s vendas de petrĂłleo do IrĂŁ em novembro. Mas o IrĂŁ, terceiro maior produtor da Opep, disse repetidamente que suas exportaçþes de petrĂłleo nĂŁo podem ser reduzidas a zero devido aos altos nĂveis de demanda no mercado e culpou Trump por uma recuperação do preço do petrĂłleo causada pela imposição das sançþes a TeerĂŁ. (Reuters)
ERRATA de Edital de Convocação para AssemblÊia Geral Ordinåria PG ORTOCOP A Associação de ex alunos de Ortodontia da PUC Minas Gerais, PG ORTOCOP convoca todos os seus associados para a eleição da Diretoria para o biênio 2019/2020, que serå realizada em AssemblÊia Geral Ordinåria,no dia 31 de outubro de 2018, às 19:00 horas, na Sede da ABOR MG, localizada na Rua AymorÊs, 2001 - sala 1014 Lourdes. As inscriçþes das chapas encerram-se dia 30 de setembro de 2018. Para mais informaçþes envie um e-mail para exalunoscop@yahoo.com.br Belo Horizonte, 27 setembro de 2018. Dra Fernanda Aroeira de Almeida – Presidente da PG Ortocop e demais membros da diretoria
ITATIAIA MOVEIS S.A. CNPJ/MF NÂş 25.331.521/0012-05 - NIRE N° 3130004740-7 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Itatiaia MĂłveis S.A. – CNPJ(MF): 25.331.521/0012-05 – Edital de Convocação – Assembleia Geral ExtraordinĂĄria. Ficam os senhores acionistas da Itatiaia MĂłveis S.A., convocados para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada em 18 de outubro de 2018, as 10:00 (dez) horas na sede social a Alameda Oscar Niemeyer, 119, Vila da Serra, Nova Lima (MG), para deliberarem sobre os seguintes assuntos: (i) Resultado do 3Âş trimestre de 2018; (ii) Planejamento estratĂŠgico e (iii) Alteração do quadro da diretoria. Victor Penna Costa – Diretor Presidente
CNPJ N° 11.221.286/0001-51 - NIRE 3130009306-9 ASSEMBLEIA GERALEXTRAORDINĂ RIA EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Ficam os acionistas da Plantar Participaçþes S.A. (“Companhiaâ€?) convocados para se reunirem no dia 18 de outubro de 2018, Ă s 10 horas, em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, na sede social da Companhia, nesta Capital, na Avenida Raja Gabaglia, nÂş 1380, 5Âş andar 3DUWH EDLUUR *XWLHUUH] D Ă€P GH GLVFXWLU H RX GHOLEHUDU VREUH a)Aumentos de capital nas sociedades controladas, mediante a capitalização de AFACs – Adiantamentos para Futuros Aumentos de Capital; b)Aumento de capital da Companhia mediante capitalização dos AFACsAdiantamentos para Futuro Aumento de Capital; c) Reforma do estatuto social (capital social, estrutura e atribuiçþes da Diretoria, resolução de controvĂŠrsias, limites de alçada dos administradores); e d) Extinção da Plantar Timber Participaçþes e Investimentos Florestais S.A. Belo Horizonte, 08 de outubro de 2018. Ricardo Carvalho de Moura - Presidente do Conselho de Administração
PLANTAR PARTICIPAÇÕES S.A.
REAL TENERIFE EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/C LTDA – CNPJ nÂş 00.441.364/0001-07 – EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO – Ficam os sĂłcios da Real Tenerife Empreendimentos e Participaçþes S/C Ltda, sociedade simples limitada inscrita no CNPJ sob o nÂş 00.441.364/0001-07 (“Sociedadeâ€?), devidamente convocados para comparecer Ă reuniĂŁo de sĂłcios a realizar-se no dia 18 de outubro de 2018, Ă s 10 hs, na sede da Sociedade, localizada na Rua dos Pampas, nÂş 568 – tĂŠrreo, sala 110, bairro Prado, na cidade de Belo Horizonte/MG, CEP 30.410-180, com D Ă€QDOLGDGH GH GHOLEHUDU D UHVSHLWR GD VHJXLQWH RUGHP GR GLD D DSURYDU D GLVVROXomR GD 6RFLHGDGH E DSURYDU R EDODQoR GH HQFHUUDPHQWR GD 6RFLHGDGH FXMD GDWD EDVH p GH VHWHPEUR GH F DSURYDU D HOHLomR GR OLTXLGDQWH GD 6RFLHGDGH G DSURYDU D OLTXLGDomR GD 6RFLHGDGH H DSURYDU R HQFHUUDPHQWR GD OLTXLGDomR GD 6RFLHGDGH H DSURYDomR GDV FRQWDV GR OLTXLGDQWH I DSURYDU R HQFHUUDPHQWR GDV DWLYLGDGHV GD 6RFLHGDGH H FRQVHTXHQWHPHQWH D VXD WRWDO H[WLQomR H J DSURYDU D LQGLFDomR GR UHVSRQViYHO SHOD PDQXWHQomR H FRQVHUYDomR GRV OLYURV H GRFXPHQWRV FRQWiEHLV H Ă€VFDLV GD 6RFLHGDGH DSyV D H[WLQomR 7RGRV RV GRFXPHQWRV UHODWLYRV j RUGHP GR GLD HQFRQWUDP VH j disposição dos sĂłcios na sede da Sociedade. Jercineide Pires de Castro – Diretora-Gerente.
O Sr Roberto Gonçalves Rocha torna pĂşblico que protocolizou em 09/10/2018 no Conselho Municipal de PolĂticas Urbanas – COMPUR requerimento para anĂĄlise de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV do Empreendimento Mackenzie Esporte Clube, localizado na Rua Benvinda de Carvalho, s/ nÂş, Bairro Santo AntĂ´nio, nesta cidade, em conformidade com a Lei n° 7.166/96 e com o Decreto n° 14.594/11. O referido EIV estĂĄ disponĂvel na GerĂŞncia Executiva do COMPUR- GCPU, situada na Avenida Augusto de Lima, n° 30, 3° andar, Bairro Centro e pode ser consultado mediante agendamento.
ASSOCIAĂ‡ĂƒO NACIONAL DOS TRANSPORTEDORES ESCOLARES E DE PASSAGEIROS CNPJ:14.391.604/0001-10EDITAL DE 1Âş, 2Âş E 3Âş CONVOCAĂ‡ĂƒO DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINARIA E EXTRAORDINARIA O Presidente da ASSOCIAĂ‡ĂƒO NACIONAL DOS TRANSPORTEDORES ESCOLARES E DE PASSAGEIROS, com sede na Av. Waldir Soeiro Enrich, nÂş 2110, Bairro Santa Helena, Belo Horizonte MG CEP 30644-000, inscrita no CNPJ sob o nÂş 14.391.604/0001-10, no uso das atribuiçþes que lhe confere o art. 33 do Estatuto Social, convoca os Associados, que nesta data somam 41(quarenta e um), em pleno gozo de seus direitos sociais para se reunirem em ASSEMBLÉIA GERAL ORDINARIA E EXTRAORDINĂ RIA (AGOE), que realizar-se-ĂĄ em 31 de outubro de 2018 (trinta e um de outubro de dois mil e dezoito), em sua sede social Ă s 08 horas(oito horas) em primeira convocação – com presença de 2/3 (dois terços) do nĂşmero de associados, em segunda convocação Ă s 09 horas ( nove horas), coma presença de metade mais um dos associados, ou Ă s 10 horas(dez horas), em terceira e Ăşltima convocação, cuja deliberação devem obedecer Ă seguinte: ORDEM DO DIA AGO 1) Prestação de contas dos ĂłrgĂŁos de administração 2) Alteração do endereço para avenida Waldir Soeiro Enrich n° 2980, Santa Helena – Belo Horizonte- MG, CEP 30644-000. PAUTA DA AGE 1) Quaisquer assuntos de interesse dos Associados. Belo Horizonte - MG, 06 de outubro de 2018. Renato Augusto Soares - Presidente
ASSOCIAĂ‡ĂƒO BRASILEIRA DOS USUĂ RIOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIRO E DE ESCOLARES-ABRAPAE CNPJ:27.617.569/0001-57 EDITAL DE 1Âş, 2Âş E 3Âş CONVOCAĂ‡ĂƒO DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINARIA E EXTRAORDINARIA O Presidente da ASSOCIAĂ‡ĂƒO BRASILEIRA DOS USUĂ RIOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS E DE ESCOLARES ABRAPAE, com sede na Rua Raimundo Rodrigues Lopes, nÂş 475, Bairro Jd. Vera Cruz, Contagem MG CEP 32265-200, inscrita no CNPJ sob o nÂş 27.617.569/0001-57, no uso das atribuiçþes que lhe confere o art. 33 do Estatuto Social, convoca os Associados, que nesta data somam 18(dezoito), em pleno gozo de seus direitos sociais para se reunirem em ASSEMBLÉIA GERAL ORDINARIA E EXTRAORDINĂ RIA (AGOE), que realizar-se-ĂĄ em 31de outubro de 2018 (trinta e um de outubro de dois mil e dezoito), em sua sede social Ă s 08 horas(oito horas) em primeira convocação – com presença de 2/3 (dois terços) do nĂşmero de associados, em segunda convocação Ă s 09 horas ( nove horas), coma presença de metade mais um dos associados, ou Ă s 10 horas(dez horas), em terceira e Ăşltima convocação, cuja deliberação devem obedecer Ă seguinte: ORDEM DO DIA AGO 1) Prestação de contas dos ĂłrgĂŁos de administração 2) Alteração do endereço da sede para Ă Av. Presidente Costa e Silva, 100, Bairro das Industrias, Belo Horizonte MG – CEP 30610-000 3) Alteração do nome da Associação para: Associação Brasileira de Passageiros, UsuĂĄrios do Transporte Escolar e LocatĂĄrios de VeĂculos- ABRAPAE 4)Eleição e posse dos componentes dos ĂłrgĂŁos sociais: Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. PAUTA DA AGE 1) Quaisquer assuntos de interesse dos Associados. Contagem - MG, 06 de outubro de 2018. Omar Benjamin Gonçalves Rocha Cangussu– Presidente
FEDERAĂ‡ĂƒO DAS COOPERATIVAS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DO ESTADO DE MINAS GERAIS – FECOMINAS – CNPJ (MF): 08.766.202/0001-50 EDITAL DE 1°, 2° E 3° CONVOCAĂ‡ĂƒO DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINARIA O Diretor Presidente da FEDERAĂ‡ĂƒO DAS COOPERATIVAS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DO ESTADO DE MINAS GERAIS – FECOMINAS, com sede social situada na Av. Waldir Soeiro Emrich, 2980 antigo 2110, bairro Santa Helena, Belo Horizonte/MG, CEP 30644-000, inscrita no CNPJ sob o n° 08.766.202/0001-50, no uso das atribuiçþes que lhe confere o art. 21 do Estatuto Social, convoca as COOPERATIVAS Associadas, que nesta data somam 7 (sete), em pleno gozo de seus direitos sociais para se reunirem em ASSEMBLÉIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINARIA (AGOE), que realizar-se-ĂĄ em 31 de outubro de 2018 (trinta e um de outubro de dois mil e dezoito), em sua sede social Ă s 08:30( oito horas e trinta minutos) em primeira convocação – com presença de 2/3 (dois terços) do numero de associados, em segunda convocação as 09:30 ( nove horas e trinta minutos), com a presença de metade mais um dos associados. Ou as 10:30 ( dez horas e trinta minutos), em terceira e ultima convocação, cuja deliberação devem obedecer Ă seguinte: ORDEM DO DIA AGO 1) Prestação de contas dos ĂłrgĂŁos de administração 2) eleição e posse dos componentes dos ĂłrgĂŁos sociais: Diretoria e do Conselho Fiscal; 3) Quaisquer assuntos de interesse geral. Belo Horizonte –MG, 06 de outubro de 2018. Renato Augusto Soares- Presidente.
O Mateus da Silva Oliveira, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentåvel - SEMMAD, torna público que foi solicitado atravÊs do Processo Administrativo nº 5451809953, D /LFHQoD $PELHQWDO 6LPSOLÀFDGD FODVVH para a atividade de Recuperação de Materiais Plåsticos, localizado na Rua Maria Cândida, nº410, Galpão, CEP:32677-044, Bairro: Imbiruçu, Betim/MG.
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 9 DE OUTUBRO DE 2018
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POLÍTICA ELEIÇÕES
STF propõe pacto com futuro presidente Ministros da Corte esperam chegar a um “caminho do meio” para garantir a governabilidade do País Brasília - Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) querem que seja firmado um “pacto republicano” com o futuro presidente da República - seja ele quem for - para tentar chegar a um “caminho do meio” que garanta a governabilidade do novo chefe do Executivo. A avaliação de integrantes da Corte é de que, em meio à forte polarização que divide o País e opõe Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), o STF não poderá submergir, devendo exercer nos próximos anos um papel ainda maior de protagonismo como árbitro de conflitos, no sentido de conferir maior segurança jurídica e preservar direitos de minorias. Dentro da Corte há o temor de que o candidato que sair vencedor das urnas não consiga reunir condições políticas para comandar a nação em um ambiente de ânimos acirrados nas ruas, crise fiscal e desconfiança de investidores estrangeiros com os rumos do País O objetivo do STF é evitar que o Brasil “capote” e enfrente novamente as turbulências econômicas que marcaram o governo de José Sarney (1985-1990). O assunto, que vem ganhando espaço nos bastidores da Corte, foi discutido em almoço realizado na última quarta-feira (3) entre o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, e mais seis integrantes da Corte. Na reunião, que marca o perfil de diálogo e conciliação da gestão Toffoli, Guardia expôs os problemas e desafios fiscais do Brasil, que terão de ser enfrentados pelo próximo
JOSÉ CRUZ / ABr
O presidente do STF, Dias Toffoli, alerta para insegurança jurídica de discussões infinitas sobre reformas
presidente, como a reforma da Previdência. Ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Toffoli destacou a necessidade de um pacto que envolva os três Poderes, a partir de reformas que levem em conta a responsabilidade fiscal do País. “Uma nova Constituinte hoje seria rediscutir o Estado brasileiro a partir do zero. Se a Constituinte de -88 levou um ano e dez meses, se fôssemos recolocar isso, teríamos mais uma vez o País paralisado. Não temos tempo para isso. Nós precisamos de imediato, assim que eleito o novo presidente da República e o novo Congresso Nacional, pensar-
Câmara terá recorde de 30 partidos representados Brasília - A Câmara dos Deputados começará 2019 com o maior número de partidos representados desde a redemocratização do País. Serão 30 siglas com as quais o próximo presidente da República terá de negociar. Há quatro anos, foram eleitos deputados federais de 28 partidos diferentes. Em 2010, eram 22 legendas. Além do crescimento de bancadas com baixa representatividade como é o caso do PSL (um parlamentar), a eleição deste ano apresentou renovação superior às anteriores e diminuiu o número de grandes bancadas, com mais de 50 parlamentares. Com 12 deputados a menos, o PT terá direito a partir de fevereiro de 2019 a 56 cadeiras. Em 2014, foram 68. Após a última janela partidária, a legenda já havia perdido parlamentares e conta, na legislatura atual, com 61 vagas. Com crescimento de 550% em comparação com a composição atual, o PSL conseguiu o maior feito dessas eleições: impulsionados pela candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro, 52 candidatos do partido foram eleitos. Na última janela partidária, que se encerrou em abril deste ano, a sigla já tinha crescido de dois para oito deputados, sendo um deles o próprio Bolsonaro. O filho dele Eduardo Bolsonaro foi o deputado mais votado do Brasil, com 1,84 milhão de votos. Partido do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o DEM teve um aumento com relação às últimas eleições, mas começará o ano com menos representantes do que tem hoje. Com 21 deputados eleitos em 2014, o partido ganhou quadros nos últimos anos após o impeachment de Dilma Rous-
seff e recebeu novas filiações no início deste ano, chegando a 43 deputados. Nas eleições de domingo, 29 parlamentares foram eleitos pela sigla. Encolhimento - Essa também é a média numérica de partidos que antes eram consideradas grandes bancadas, como o PSDB e o MDB, do presidente da República, Michel Temer. As siglas ficaram com praticamente a metade do tamanho que tinham nas últimas eleições. Enquanto o PSDB tinha 54 deputados e vai manter 29 parlamentares na Câmara a partir do ano que vem, os emedebistas viram a sua bancada encolher cerca de 48%, de 65 para 34 parlamentares. Conhecida pela oposição firme e radical em propostas do governo, a bancada do Psol dobrou o número de representados eleitos. Em 2014, eram cinco. Após as trocas partidárias, o partido terá até o início do ano que vem seis deputados. Já a nova legislatura contará com dez parlamentares. Outras siglas mais à esquerda também vão ocupar mais cadeiras. É o caso do PDT, do presidenciável Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar na disputa. Antes, eram 20 deputados. Já o novo pleito elegeu 28 nomes do partido. Já o PSB e o PCdoB apresentaram baixas, ficando com 32 e nove parlamentares a partir do ano que vem, respectivamente. Legendas de outros candidatos à Presidência também se saíram bem nas eleições. O recém-criado Novo, do candidato João Amoêdo, terá direito a oito cadeiras. Já o Podemos, antigo PTN que lançou o senador Álvaro Dias ao Palácio do Planalto, terá 11 deputados, sete a mais do que em 2014. (ABr)
mos o futuro da nação brasileira naquilo que tem de essencial, que é a responsabilidade fiscal e o combate à dívida pública”, afirmou o presidente da Suprema Corte, que rejeita a convocação de uma nova constituinte. Para Toffoli, o acompanhamento dessas reformas pelo Supremo é essencial para que o que for aprovado pelo Legislativo e Executivo já esteja seguro e “sólido juridicamente”. “Ou seja, para que já se aprove de forma pactuada de que aquilo está sólido juridicamente, que é constitucional. Assim evitamos depois discussões infinitas a respeito das reformas. Esse pacto
é exatamente para que se tenha segurança jurídica do produto final dessas reformas”, refletiu Toffoli, que vê nesta atribuição o fortalecimento da colegialidade do tribunal. Para um ministro ouvido reservadamente pela reportagem, o principal desafio da Suprema Corte é “falar a uma só voz institucionalmente”. Na visão do ministro Marco Aurélio Mello, diante dos extremos que marcam a campanha eleitoral, o STF desempenhará um papel ainda mais importante nos próximos quatro anos. “O protagonismo dele vai ser superior ao atual. Ele vai ser muito mais
cobrado para atuar”, afirmou Marco Aurélio à reportagem. Com 28 anos de atuação na Corte, o ministro avalia que o STF será o poder “definidor”. Para o ex-presidente do STF Nelson Jobim, com as presidências de Toffoli e de Luiz Fux (que assumirá o comando da Corte em setembro de 2020), haverá uma atuação do tribunal “no sentido da moderação, da ponderação”. Mudanças - Ao longo dos últimos anos, o STF passou a ter um protagonismo maior no cenário político brasileiro, ganhando destaque em questões nacionais (como o julgamento do mensalão e de casos da Operação Lava Jato) e enfrentando suas próprias turbulências internas. O novo presidente da República poderá indicar dois novos ministros, que substituirão Celso de Mello e Marco Aurélio Mello - os dois se aposentam compulsoriamente em 2020 e 2021, respectivamente. Celso, no entanto, já sinalizou que pode antecipar a sua saída do tribunal. Além das mudanças na sua composição ao longo dos próximos quatro anos, o Supremo pode definir nesse período questões de grande repercussão nacional, como a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, a permissão do aborto até a 12ª semana de gestação e a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, considerada um dos pilares da Lava Jato. Toffoli já avisou que a análise de mérito das ações que discutem a execução antecipada da pena ficará para o ano que vem. (AE)
Renovação de deputados alcança 52% Brasília - Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) indicou que a taxa de renovação na Câmara Federal superou as expectativas e alcançou 52% nas eleições de domingo. Com isso, 267 novos deputados federais vão assumir o mandato no próximo ano. É o maior índice de renovação dos últimos 20 anos, informa a pesquisa. Desde 1990, este percentual só foi ultrapassado na eleição de 1990, quando o índice foi de 62%, e em 1994, quando a renovação foi de 54%. De acordo com o Diap, os deputados eleitos efetivamente novos – o que exclui os que vieram de outros cargos ou que estavam sem mandato, mas já foram deputados federais - são lideranças evangélicas, policiais “linha dura”, celebridades e parentes de políticos tradicionais. O instituto constatou que, dos
513 deputados federais atualmente em exercício, 79% disputaram a reeleição, sendo que 60% destes conseguiram novo mandato no domingo. Portanto, dos 407 deputados que concorreram à reeleição, 246 foram reconduzidos ao cargo. Em agosto, projeção da entidade previa que 75% deles deveriam se reeleger. A pesquisa de renovação incluiu os que estavam em outros cargos ou que já tiveram mandato na Casa em outra legislatura e retornaram neste pleito. “Na realidade, o que houve foi uma circulação no poder, com o deslocamento de deputados estaduais, ex-deputados federais, ex-ministros, senadores e ex-senadores, ex-prefeitos e ex-governadores, além de secretários estaduais, para a Câmara Federal”, diz o Diap. Neste caso estão dois senadores adversários, ambos envolvidos na Operação Lava Jato, que optaram
por tentar a Câmara, e estão na relação dos que foram bem-sucedidos: Aécio Neves (PSDB-MG), que recebeu mais de 50 milhões de votos para a Presidência em 2014, contabilizou agora modestos 106 mil votos. Já Gleisi Hoffmann (PT-PR) conquistou o dobro de Aécio, cerca de 212 mil ao conquistar uma vaga na Câmara pelo seu estado. Para o analista político do Diap, André Santos, a renovação existe formalmente, mas deve ser relativizada pois não implica efetiva reestruturação política da Casa. “Houve por parte da própria sociedade uma espécie de ansiedade em mudar as características do Congresso. A sociedade quis, em tese, modificar o sistema político no Parlamento. Porém, isso não foi alcançado efetivamente quando a gente vê essa circulação de poder, pois muitos não são estreantes. (ABr)
Velhos caciques são excluídos do Senado Brasília - As urnas mandaram um recado claro da população na votação de domingo e deixaram fora do rol de eleitos políticos tradicionais, alguns deles com uma longa atuação no Senado. O atual presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), que concorria à reeleição, não angariou votos suficientes apesar da tentativa de se descolar do atual governo e de se aproximar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda forte no Nordeste. Mais emblemático ainda, Romero Jucá (MDB-RR), líder dos governos no Senado de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), também não conseguiu a reeleição, ficando meros 426 votos atrás do segundo colocado. Também não conseguiu ficar entre os dois mais votados em
seu Estado, e deve ficar fora do Senado, assim como Roberto Requião, tradicional político do MDB do Paraná. Enquanto Beto Richa (PSDB), que deixou o governo Paraná após dois mandatos para concorrer ao Senado, ficou em sexto lugar na disputa. Edison Lobão (MDB-MA), ligado à poderosa família Sarney, amargou o quarto lugar na disputa pelas duas vagas do Estado. No Rio Grande do Norte, o senador Garibaldi Alves (MDB) também não se reelegeu. Em Minas Gerais, a surpresa foi com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que liderava a disputa, mas acabou em quarto lugar. Mesmo destino teve o atual líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ) não se reelegeu, ficando em quarto mais votado no Rio de Janeiro. No Acre, Jorge
Viana (PT-AC), senador há duas legislaturas, também ficará fora do Congresso. Em outro campo político, o senador Magno Malta (PR-ES), que chegou a ser cotado para vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, também perdeu a reeleição, assim como o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), na quarta colocação de votos. Em compensação, alguns candidatos obtiveram votação expressiva. Esse é o caso de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que obteve mais de 4 milhões de votos, o equivalente a mais de 31% dos votos. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acumulou quase 38% dos votos em seu Estado, enquanto Cid Gomes (PDT) conquistou mais de 41% do eleitorado no Ceará. (Reuters)
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ELEIÇÕES
Bolsonaro e Haddad têm rejeição elevada Para conquistar votos no 2º turno, candidatos precisam suavizar o radicalismo, avaliam especialistas São Paulo - Os candidatos mais votados para disputar o segundo turno das eleições presidenciais, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), vão ao segundo turno com altos índices de rejeição. Segundo última pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo divulgada no dia 6 de outubro, o deputado federal contabilizou 43% da rejeição, enquanto o ex-prefeito petista somou 36%. Para analistas, se quiserem conquistar novos votos, os dois terão que suavizar parte das narrativas adotadas na campanha até o momento. “São duas posições irreconciliáveis entre si”, avalia o cientista político e professor da Faap, José Correa. Enquanto dois espectros da sociedade seguirão convictos a respeito dos seus candidatos, a maior parte dos brasileiros, segundo ele, estaria em um terceiro bloco: “Essa eleição não está aproximando o conjunto da população da política, está afastando. Isso vai marcar o segundo turno”, afirma. Tal parcela da população, tomada por um desencanto, votaria no “mal menor”. “O entusiasmo é estritamente dos partidários dos dois candidatos”, avalia. Os eleitores que mais rejeitam Bolsonaro e Haddad
têm perfis completamente opostos. O candidato do PSL tem maior dificuldade entre as mulheres (49%), entre os jovens (48% de 16 a 24 anos), com baixa escolaridade (46% até a quarta série do ensino fundamental), pobre (53% até um salário mínimo), católica (46%), preta e parda (47%) e do Nordeste (58%). O petista tem rejeição entre os homens (43%), entre os eleitores de 25 a 34 anos (39%), escolarizados (52% com ensino superior), ricos (57% com mais de cinco salários mínimos), evangélicos (45%), brancos (45%) e sulistas (48%). “A razão para a disputa eleitoral ter sido levada ao segundo turno é responsabilidade das mulheres de renda mais baixa, avalia o diretor do Datafolha, Mauro Paulino. “Elas têm peso no eleitorado, seguraram a vitória de Bolsonaro no primeiro turno”. Porém, entre as mulheres de classe média, os votos ao capitão alcançaram 47% segundo pesquisa do instituto. “Ele venceria no primeiro turno se dependesse só delas”, defende Mauro. Apesar da avaliação de analistas, nos primeiros movimentos após o resultado, tanto Bolsonaro quanto Haddad não deram sinais que vão
TOMAZ SILVA / ABr
A rejeição a Bolsanaro chega a 49% das mulheres e a de Haddad a 43% entre os homens
flexibilizar seus discursos. Bolsonaro afirmou ontem que não vai mudar o discurso: “Não posso virar Jairzinho paz e amor e me violentar”. Já Haddad foi a Curitiba visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva, preso e condenado na Lava Jato. Os eleitores que mais rejeitam o candidato do PT são exatamente os com o perfil mais antipetista. Migração - “Uma nova eleição”: Essa é a definição da corrida presidencial a partir de agora, avalia o especia-
lista. “Pode ser que tenha no segundo turno uma taxa maior de brancos e nulos do que em outras eleições. Teremos eleitores que preferem posições menos extremas e estarão diante de dois extremos. As rejeições também podem mudar”, ponderou. O professor Maurício Fronzaglia, do Mackenzie, avalia que a alta rejeição limita o poder de atração dos candidatos. Segundo ele, muitos dos eleitores no segundo turno estarão “desconfiados” em relação às propostas dos
PDT deverá dar um apoio crítico ao petista São Paulo - O PDT deverá dar um apoio crítico ao candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, mas não pretende participar da coordenação da campanha ou negociar cargos, disse o presidente do partido, Carlos Lupi. “Esse é o indicativo que eu e Ciro (Gomes, candidato do partido à Presidência) vamos levar à reunião da Executiva do partido na quarta-feira”, disse Lupi ontem à Reuters. «Vamos apoiar Haddad mais pelo prejuízo que seria uma Presidência de Jair Bolsonaro”, justificou. “Apoio crítico, sem participação em coordenação de campanha ou nada disso, para evitar o mal maior”, explicou Lupi. Na véspera, após a definição do segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, Ciro descartou de pronto um apoio a Bolsonaro. Os parlamentares eleitos pelo PDT no domingo também participarão do encontro, disse Lupi, acrescentando que, apesar de sua proposta de apoio crítico a Haddad, acatará a decisão do colegiado do partido. Ciro teve 12,47% dos votos válidos
na eleição de domingo, o equivalente a 13,3 milhões de votos, ficando com a terceira colocação no pleito, atrás de Bolsonaro, que liderou com 46,03%, e de Haddad, que foi o segundo mais votado com 29,28%. O apoio do pedetista é considerado vital pelo PT na tentativa de formar uma frente democrática contra Bolsonaro. Haddad foi para o segundo turno com cerca de 18 milhões de votos atrás do adversário. Centro-esquerda - Petistas ouvidos pela Reuters confirmam que o partido pretende buscar apoios e está aberto a vários setores, mas centra esforços no campo de centro-esquerda. “Centro-esquerda é nossa prioridade”, garantiu Emídio de Souza, um dos coordenadores da campanha de Haddad. Lupi disse à Reuters que conversou diretamente com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a quem informou da posição que ele e Ciro vão levar à Executiva. Gleisi teve ontem uma reunião em um hotel em São Paulo com o candi-
dato do Psol, Guilherme Boulos, que já na noite de domingo havia usado sua conta no Twitter para declarar apoio a Haddad. Por telefone, Gleisi também falou com Carlos Siqueira, presidente do PSB. O PSB se reúne hoje em Brasília para decidir sua posição no segundo turno. Na convenção nacional em que o PSB optou pela neutralidade no primeiro turno, os socialistas aprovaram também um veto total a qualquer movimento de apoio a Bolsonaro. No entanto, o governador de São Paulo, Márcio França, que conseguiu passar para disputar o segundo turno com o tucano João Doria, já avisou ao partido que não poderá dar apoio ao PT sob o risco de perder a eleição, já que Bolsonaro é muito forte em São Paulo, e Doria já anunciou seu voto no ex-capitão do Exército. O PT escalou o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner para encabeçar as negociações com outros partidos. Wagner chegou na manhã de ontem em São Paulo para iniciar as conversas com potenciais aliados. (Reuters)
Candidato do PSL vai focar na corrupção Brasília - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, vai explorar na segunda etapa da disputa presidencial os escândalos de corrupção que envolveram o PT - como a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - e intensificar a apresentação de propostas para conquistar novos eleitores que não o apoiaram na primeira etapa, colocando-se na posição de o único capaz de unir o país. Bolsonaro já deu o tom da campanha ao partir para o ataque contra o adversário Fernando Haddad na transmissão ao vivo nas redes sociais após a confirmação do segundo turno, no próximo dia 28. O ex-capitão do Exército disse que Haddad se aconselha com Lula na prisão - o presidenciável petista reuniu-se na
manhã de ontem com Lula. “Nosso País é grande e próspero, não uma facção criminosa para ser comandado de dentro da cadeia”, disse na noite de domingo Bolsonaro, no Twitter. Ele encerrou o primeiro turno com 46% dos votos válidos, ante 29% de Haddad. Na mesma linha de atacar as gestões petistas, a campanha do presidenciável do PSL, segundo pessoas ouvidas pela Reuters, vai insistir nos argumentos de que o País só vai piorar e se tornar uma Venezuela, caso o candidato do PT seja eleito. E que, ao contrário do que pregam, Bolsonaro vai buscar a união do país e que é a única candidatura capaz de propor mudanças que vão reaquecer a economia e gerar novos postos de trabalho.
O candidato a presidente do PSL deverá usar as redes sociais e, a partir da próxima sexta-feira, a propaganda eleitoral no rádio e na TV para fazer campanha. Agora ele contará com tempo igual ao do adversário nesses meios de comunicação, longe dos exíguos 8 segundos do primeiro turno. Debates - O presidenciável já disse publicamente que pretende participar dos debates no segundo turno -ele só foi a dois na primeira etapa, porque foi alvo de uma facada que o deixou hospitalizado durante três semanas. Mas essa decisão de enfrentar pessoalmente Haddad vai depender de autorização dos médicos, uma vez que se recupera das perfurações no abdômen.
Embora tenha destacado a expressiva vitória de Bolsonaro no primeiro turno, o presidente licenciado do PSL e deputado federal eleito, Luciano Bivar (PE), afirmou que a disputa final contra Haddad não será fácil. Para Bivar, as três semanas a mais vão servir para que fiquem cristalinas as diferenças entre os projetos. A falta de apresentação de ideias por Bolsonaro foi uma das principais críticas de adversários no primeiro turno. Segundo Bivar, a intenção é explorar dicotomias como o bem contra o mal, a liberdade de agir contra um povo estatizado, os recursos públicos na mão de poucos contra a descentralização de verbas, a economia de mercado aberta e outra fechada. (Reuters)
extremos, o que dificulta a migração de votos. “Os dois terão de fazer acenos para um eleitorado mais amplo do que a base que apresentam. O risco é deixar descontente a militância que os levou ao segundo turno”.
Ele acredita que a campanha de Bolsonaro vai tentar atrair aqueles que são contrários a Lula mas discordam do “radicalismo” em questões sociais proposto pelo capitão reformado. “Sinalizações de cortes em políticas sociais e questões trabalhistas, como feitas por parte dos seus apoiadores na campanha, podem lhe custar esses votos”, afirma. Em relação a Haddad, o professor entende que o candidato deve adotar o discurso mais próximo do mercado. “O candidato deve acalmar o mercado e sinalizar uma aproximação com a agenda da classe média e dos pequenos e médios empresários que veem as propostas do seu partido com extrema desconfiança”, afirma. Na sua avaliação, a tarefa é mais difícil para o PT porque terá que enfrentar o forte sentimento contrário ao partido e fazer a autocrítica aos erros das gestões anteriores. (AE)
PT faz diagnóstico para reverter desvantagem Brasília - Ainda na ressaca de um primeiro turno complicado, o PT tenta achar o rumo e se reúne hoje para fazer um diagnóstico das falhas da campanha até agora para traçar um rumo e unificar o discurso em busca de reverter o difícil resultado que colocou Fernando Haddad quase 18 milhões de votos atrás do candidato do PSL, Jair Bolsonaro. “As urnas falam, nós agora temos que escutar”, disse Paulo Okamoto, um dos coordenadores da campanha de Haddad. “Temos que ver onde perdemos, porque perdemos”, observou. O PT decidiu chamar a São Paulo não apenas os coordenadores da campanha, como outros petistas de alto escalão, como os ex-ministros Franklin Martins e Aloizio Mercadante e o senador Lindbergh Farias - que acabou de perder a reeleição no Rio de Janeiro - para analisar os caminhos que o PT deve tomar. Um dos convidados é o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner, que será um dos nomes a ser integrado à coordenação da campanha. “Vamos ver os caminhos que vamos tomar. A situação é difícil. Mas Deus está conosco. Tem que estar, porque só nós não vai dar”, brincou o ex-ministro Gilberto Carvalho, conhecido por ser bastante religioso. Um dos desafios do partido é conseguir unificar os discursos e os caminhos para esse segundo turno. Há uma disputa entre a versão de que Haddad tem de insistir no que foi feito até agora e tentar uma ainda maior transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e quem ache que, mesmo sem abandonar o líder, é preciso dar mais voz ao candidato Haddad. “O PT tem que falar mais, mas antes de falar mais precisa combinar o que vai dizer”, disse uma fonte. Em seu primeiro compromisso pós-primeiro turno,
Haddad foi a Curitiba para o tradicional encontro de segunda-feira com Lula, para trazer ao partido as avaliações do ex-presidente. O programado era que sua primeira coletiva fosse, mais uma vez, em frente à Superintendência da Polícia Federal, onde Lula está preso desde o início de abril. Na última hora, o PT transferiu a entrevista para um hotel na capital paranaense. Duas questões preocupam o partido: os indícios de que o PT perdeu votos para Bolsonaro em um eleitorado tradicional do partido, entre eleitores até dois salários mínimos, inclusive no Nordeste. “Temos que ver como esse eleitor migrou para o Bolsonaro e trazê-lo de volta”, disse Lindbergh ao chegar para a reunião. Fake news - Outra questão que preocupa o partido é a avalanche de informações falsas distribuídas pelas redes sociais, especialmente nos últimos dias de campanha, fato que, acreditam os petistas, pode ter ajudado a impulsionar o antipetismo. Além das ações judiciais, o partido vai tentar aumentar a quantidade de gente produzindo informações e rebatendo acusações infundadas nas redes. “Se as pessoas recebem fake news também podem receber informações verdadeiras. Agora, com o fim das campanhas nos Estados teremos mais gente liberada para trabalhar nisso”, disse Okamoto. Ggrupos de mensagens de celular ligados ao PT já começaram a distribuir instruções para que os militantes reajam às chamadas fake news. Entre as orientações, estão a de que simpatizantes criem listas e grupos para distribuir material para parentes e amigos, engajar-se em debates nos grupos e apresentar Haddad para as pessoas. “Você pode saber que ele é o mais preparado, mas talvez seu vizinho não saiba”, diz o texto. (Reuters)
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NEGÓCIOS
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DIVULGAÇÃO
ESTÁGIOS Diretoria Institucional do CIEE/MG FERNANDO BEIRAL / SECOM
Diretores da Brasileirinho Delivery informam que modelos de negócios da empresa custam de R$ 100 mil a R$ 130 mil
COMIDA NA CAIXINHA
Brasileirinho Delivery terá mais 5 unidades em Minas Das mais de 100 lojas da empresa pelo País, 11 já estão no Estado DANIELA MACIEL
Após conquistar a 11ª unidade em solo mineiro, na cidade de Uberlândia (Triângulo), a Brasileirinho Delivery – que serve comida brasileira na caixinha – volta seu esforço de expansão para Minas Gerais. Atualmente, a marca tem mais de 100 unidades espalhadas em todas as regiões do País. A meta é alcançar as cidades com mais de 100 mil habitantes. A expectativa é abrir até cinco unidades no Estado até o início do ano que vem. De acordo com o diretor da Brasileirinho Delivery, Adriano Massi, alguns centros urbanos como Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH); Juiz de Fora, na Zona da Mata; Uberlândia e Uberaba, no Triângulo; e Montes Claros, no Norte de Minas; oferecem mais de uma oportunidade. “Ao mesmo tempo, Minas
Gerais apresenta algumas cidades que não têm essa população residente, mas que são centros regionais importantes e, como têm uma grande população flutuante – seja porque concentram uma economia forte ou são centros educacionais –, acabam tendo a mesma capacidade de consumo que as grandes cidades. Ouro Preto é um bom exemplo disso. Também nos dedicamos com ênfase para aumentar nossa presença na Capital”, explica Massi. A rede já está estabelecida em Belo Horizonte, Betim (RMBH), Conselheiro Lafaiete (Central), Governador Valadares (Vale do Rio Doce), Ipatinga (Vale do Aço), Pouso Alegre (Sul de Minas), Teófilo Otoni (Vale do Mucuri) e Viçosa (Zona da Mata). Uma das estrelas do cardápio da Brasileirinho Delivery é o mineiríssimo feijão-tro-
peiro. A rede, porém, além dos pratos tradicionais da culinária brasileira, como arroz de carreteiro e baião de dois, oferece outras linhas: saudável, massas, premium e vegana. Todo o alimento vai dentro da caixinha, que é apresentada de duas formas: box individual (400 gramas) e box grande (700 gramas). “Estamos investindo na linha da saudabilidade. O consumidor tem procurado por esse tipo de alimentação, mas não tem tempo de fazer a própria comida. O delivery é uma opção muito prática e a tendência é que essa linha cresça acima da média das demais”, afirma o diretor da Brasileirinho Delivery. Estratégia - Os números de mercado corroboram com a estratégia da marca. O Brasil ocupa hoje a quinta colocação no mercado mundial de alimentação saudável – e que deverá movimen-
tar, somente neste ano, R$ 63,5 bilhões. Segundo uma pesquisa desenvolvida pela Euromunitor, até 2021, o crescimento do segmento será de 4,4%. São dois modelos de negócios: o Express (sistema delivery), com investimento de R$ 100 mil, e Full (sistema delivery + área de alimentação), com investimento de R$ 130 mil. Cada unidade gera cerca de sete empregos diretos. “Procuramos franqueados-operadores. O nosso negócio é 95% de dedicação e acreditamos no ditado que diz que é o olho do dono que engorda o gado. Alimentação não é um setor fácil. Temos mais identificação com os pontos de rua por causa do delivery, mas um shopping também pode ter um bom resultado. A maior dificuldade do shopping é o preço, sempre muito caro”, pontua o empresário.
E-COMMERCE
O Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais realizou, no dia 4 deste mês, no Ouro Minas Palace Hotel, reunião em Sessão Ordinária de sua Diretoria Institucional. Entre outros assuntos discutidos, a indicação do atual 2º diretor vice-presidente, José Pedro Barbosa, para o cargo de 1º diretor vice-presidente, que se encontrava vago; relatório de atividades do 4º bimestre deste ano e previsão orçamentária para o 4º trimestre. Participaram do encontro no Ouro Minas: Antônio Carlos Dias Athayde (diretor- presidente), José Pedro Barbosa (vice-presidente); Waldir Esmero Campos e Patrícia Augusta Alvarenga (diretores financeiros), Flávio Augusto Barros e Paulo Roberto Banho Bordoni (diretores-secretários), Sebastião Alvino Colomarte (superintendente- executivo); Flávia Dias de Castro (conselheira Fiscal) e Gilda de Castro Colomarte, como convidadas.
Unidade conveniada em Itaúna FERNANDO BEIRAL / SECOM
A Associação Comercial e Empresarial e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Itaúna, presididas pelo empresário Afonso Henrique da Silva Lima, promoveram, em 26 de setembro, Café Empresarial para apresentar a Unidade Conveniada do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais, que funcionará nas dependências da sede que congrega as duas entidades. Com isso, oferecerá ao empresariado local o Programa Estágios, com condições especiais para os seus associados. Representaram o CIEE/MG no evento em Itaúna o supervisor Operacional de Estágio, Kleber de Castro, o supervisor da Unidade Grande BH, Ualisson Perez, o relações-públicas Fernando Beiral, a responsável pela Unidade Oeste de Minas, Thaisa Martins, e o assessor Institucional, Gilson Elesbão de Siqueira.
Palestra na Plenarius em Juiz de Fora CIEEMG-ZONA DA MATA
Dia das Crianças deve gerar R$ 1,9 bi DA REDAÇÃO
O e-commerce deve faturar R$ 1,9 bilhão com o Dia das Crianças deste ano, alta de 9% ante o mesmo período de 2017, quando as vendas foram de R$ 1,73 bilhão, conforme aponta o monitoramento da Ebit/Nielsen, referência em informações sobre o comércio eletrônico brasileiro. O número de pedidos deverá expandir 8%, de 4,1 milhões para 4,4 milhões, enquanto o tíquete médio deve registrar ligeira alta de 1%, passando de R$ 428 para R$ 432. Para esse monitoramento, a Ebit/Nielsen considerou a expectativa de
compras realizadas entre os dias 28 de setembro e 11 de outubro. O head de inteligência e operações da Ebit|Nielsen, Keine Monteiro, lembra que o Dia das Crianças é a quinta data mais importante do calendário anual do varejo. “O faturamento representa cerca de 3,5% do total anual. Para alguns segmentos, como o de brinquedos e games, é a principal data do ano”, explica. De acordo com o levantamento da Ebit/Nielsen, bonecas, bonecos, jogos, blocos de montar, bicicletas, chuteiras, fones de ouvido e livros estão entre os pre-
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sentes mais buscados para uma excelente alternativa de presente. Nesse caso, presentear na data. não me refiro aos didáticos, Livros - Um mercado que mas àqueles voltados à registra forte crescimento educação infantil, como os durante o Dia das Crian- livros-brinquedo e os livros ças é o editorial. Dados da normalmente reconhecidos Nielsen Bookscan apontam como de introdução aos expectativa de cerca de 5% novos leitores. Assim, clásde crescimento para 2018. Já sicos como “Pequeno Prínno ano passado, na semana cipe” seguem em alta, bem que antecedeu a data, a como o sempre atual Harry venda de livros dos gêneros Potter e, confirmando a infantil, juvenil e educacio- última onda, as publicações nal apresentou crescimento dos youtubers”, comenta de 29% em volume e 33% Ismael Borges, gestor de em faturamento em relação Nielsen Bookscan Brasil. A Nielsen Holdings plc à semana anterior. Livros (Nyse: NLSN) é uma emprede youtubers/estrelas mirins sa global de mensuração e e de colorir foram os mais análise de dados, que forneconsumidos. ce a visão mais completa de “Os livros seguirão como consumidores e mercados do mundo. Como uma das 500 maiores empresas de www.twitter.com/diario_comercio S&P, a Nielsen opera em mais de 100 países, cobrindo Telefone: (31) 3469-2025 90% da população mundial.
A convite do coordenador Administrativo da Plenarius Cursos Profissionalizantes, Wallace de Souza Oliveira, a supervisora da Unidade Regional Zona da Mata do CIEE/MG, em Juiz de Fora, Célia Maria de Almeida Tellado, ministrou palestra sobre “Estágio, empregabilidade, mercado de trabalho e suas exigências” para cerca de 90 alunos daquela escola (foto). “Foi possível interagir com os estudantes fazendo esclarecimentos e tirando dúvidas que surgiram durante a apresentação da palestra. É sempre positivo, interagir com esse público, trocar experiências e promover oportunidades de crescimento”, ressaltou Célia Tellado. Coluna produzida pelo Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais – Rua Célio de Castro, 79 – Floresta (Sede própria) – CEP: 31.110-000. Telefones: (031) 3429-8100 (Geral) – Atendimento às empresas: (31) 3429-8144 - Atendimento às escolas: (31) 3429-8106.
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NEGÓCIOS EDUCAÇÃO
Escola Conquer ensina habilidades em BH Instituição de ensino que usa metodologia desenvolvida no Vale do Silício abre 1ª unidade na Capital JULIANA BAÊTA
Com a ideia de acelerar pessoas e com metodologia desenvolvida no Vale do Silício, nos EUA, a Escola Conquer, criada há dois anos em Curitiba, acabou de inaugurar sua primeira unidade em Belo Horizonte, localizada na Savassi. Com capacidade para 150 alunos, a capital mineira já recebeu 120 matrículas para os cursos da escola, focados em desenvolver profissionais das mais variadas áreas de atuação. O investimento para a implantação da unidade foi entre R$ 150 mil a R$ 200 mil e a ideia é passar a franquear no ano que vem para expandir ainda mais o negócio no País. “A Conquer nasceu da nossa insatisfação com as escolas tradicionais, faculdades, pós-graduações, que acabam focando muito na parte técnica e teórica, e não ensinam as habilidades que realmente fazem o profissional se destacar e chegar mais longe. Nós ensinamos as chamadas habilidades de primeira camada, que são aquelas que todo mundo deveria dominar para potencializar a parte teórica”, explica um dos sócio-fundadores da escola, Hendel Favarin. Os cursos têm duração de cerca de seis semanas, com um encontro semanal durante a noite nos dias úteis ou na parte da manhã aos sábados, justamente para atender aos profissionais que estão no mercado. As modalidades já abertas em BH são “Alta Performance”, que ensina as habilidades de Produtividade e Inteligência Financeira, e “Coragem”, com as disciplinas Oratória e Inteligência Emocional. Além desses, a instituição oferece os cursos “Poderes Especiais”, “Visão” e “Leadership Experience”. “Os professores da Conquer nunca deram aula em escolas tradicionais, porque eles já vivem durante o dia o que ensinam à noite, são profissionais do mercado”, pontua Favarin. O público-alvo é amplo e pode ser formado tanto por jovens de 19 anos até pessoas com mais de 50, em várias
áreas de atuação, como engenheiros, advogados, administradores, publicitários, economistas, profissionais da área comercial, arquitetos, médicos, entre outros. “Muitos de nossos alunos estavam em dúvida sobre fazer uma pós ou uma outra faculdade, mas estavam cansados do ensino tradicional, queriam um curso rápido que ensina o que realmente importa, que vai direto ao ponto. A Conquer oferece o que pode ser considerado como cursos livres, com o objetivo de acelerar o crescimento profissional do aluno. Então, não tem provas, por exemplo, mas premiações para os alunos que mais pontuarem e isso torna as aulas mais competitivas, dinâmicas, divertidas”, explica. Os alunos têm que resolver desafios e cases de mercado e os prêmios finais são experiências como salto de bungee jump, voucher para um show, trilha com acompanhante. A instituição conta com unidades em Curitiba, Porto Alegre, duas no Estado de São Paulo e, simultaneamente recém-inauguradas, uma no Rio de Janeiro e outra em BH. Favarin ainda conta como se deu a escolha pela capital mineira. “BH é referência em inovação no Brasil e é uma cidade conhecida por contar com um grande ecossistema de startups, o que tem tudo a ver com o nosso público, que quer sair do tradicional. Além disso, há demanda. Já tínhamos vários seguidores da Conquer aqui, era uma capital que estava sendo bem solicitada”. Boca a boca - A divulgação da escola se dá principalmente pelas redes sociais, mas a famosa propaganda boca a boca também tem trazido bons resultados. Tanto que, inicialmente pensada para atender somente pessoas físicas, os alunos, a instituição passou a ser solicitada também por empresas para ministrar os cursos dentro de sua metodologia. Entre elas estão nomes como o Grupo Boticário, Electrolux, Renault, Ambev e Votorantim.
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Investimento para implantar unidade da Escola Conquer fica entre R$ 150 mil e R$ 200 mil e ideia é franquear em 2019
Ensino básico é meta de aplicação do Santander São Paulo - O Santander Brasil está voltando sua atenção para o mercado de ensino básico, em um esforço que visa dobrar a atual participação de cerca de 15% do banco no segmento e diversificar investimentos da instituição no setor, atualmente concentrados em educação superior. “A ideia é estender a oferta para apoiar escolas e chegar a esse público de alunos antes de entrarem nas universidades”, disse à Reuters o superintendente executivo da área de Negócios e Empresas, Alexandre Teixeira. O movimento vem na esteira de um interesse cada vez maior de investidores no segmento de educação básica, que atrai desde o começo deste ano grandes companhias do setor, incluindo a Kroton Educacional, maior grupo de ensino superior privado do País. Potencial - De acordo com Teixeira, o Santander vê muito potencial no mercado de educação básica, que reúne mais de 40 mil colégios privados no País e emprega mais de 500 mil pessoas, faturando perto de R$ 70 bilhões por ano. Hoje, o segmento compreende entre 6% e 7% da carteira de 1 milhão de empresas
de pequeno e médio portes atendidas pelo Santander. O banco já mapeou 4 mil escolas para serem abordadas na primeira rodada do projeto. Ainda no piloto, foram visitados 24 colégios e a taxa de conversão chegou a 40%, contou Teixeira. Entre os destaques do pacote de serviços financeiros para o setor de educação básica, o Santander desenvolveu em conjunto com a GetNet, seu braço de adquirência, uma solução para pagamento de mensalidades via cartão de crédito, com uma tarifa fixa de R$ 2,85 por cobrança. “Já existe o uso de cartão de crédito para pagamento de boletos de cobrança... Mas, nesse caso, o colégio envia o débito ao cartão dos pais todo mês, assim não compromete todo o limite”, explicou o executivo, ressaltando que a opção ainda garante o acúmulo de pontos em programas de recompensa, além de um prazo mais alongado para pagamento. No caso de boletos, são cobradas tarifas com desconto, que variam de R$ 1,80 a R$ 2,40, dependendo do volume de boletos, disse Teixeira, citando ainda oferta de isenção permanente para convênio de folha de pagamento, consignados com
PILAR OLIVARES/REUTERS
Banco planeja dobrar atual participação de 15% no segmento
taxas diferenciadas para funcionários e professores e opções de investimento para escolas com caixa. “Nesse instante ainda não pensamos em financiar mensalidade de ensino básico”, afirmou ao ser questionado se o Santander pretendia replicar o que vem fazendo com cursos de medicina, pós-graduação e MBA. Em ensino superior, além de milhares de bolsas distribuídas todos os anos para cursos no exterior, nacionais ou estágio, o Santander começou a financiar graduação de medicina, a partir do 2º período. A solução foi testada entre março e outubro de 2017, inicialmente com 33 universidades do Estado de São Paulo, e agora está
disponível para cerca de 154 instituições privadas. Em janeiro deste ano, o banco também trouxe aos correntistas a opção de financiamento total ou parcial de cursos de pós-graduação e MBA (lactu sensu e strictu sensu) em todas as áreas de formação, com prazo de até 60 meses. Mas Teixeira observou que a aposta do Santander em educação não se limita a aspectos financeiros. No caso dos colégios, o banco também dará acesso a ferramentas e cursos gratuitos oferecidos pela Universia, bem como à plataforma de gestão de aprendizagem Canvas, com foco na profissionalização das escolas. (Reuters)
IDEIAS
Transformação digital: abismo entre educação privada e pública MARIO HIME*
Lousa digital, “gamificação”, EAD (Ensino a Distância) e mesa interativa, assim como tablets e celulares, não são exatamente novidades quando pensamos em Educação nos dias de hoje, em plena “Era Digital”. Isso porque, nos últimos anos, instituições de ensino, no Brasil e no mundo, têm se utilizado da tecnologia para buscar novas formas de tornar o conteúdo dos cursos mais interessantes e captar a atenção dos alunos. Em países como a Finlândia e Coreia, a digitalização do ensino – seja pelos novos modelos de negócios, seja por novos modelos de pedagogia e didática de ensino – já é uma realidade madura, se compararmos com o caso brasileiro. Desde 2016, em escolas da Finlândia, deixou de ser compulsório o ensino de escrita à mão em favor da digitação, apesar de estudos indicarem que a escrita à mão ajuda a fixar mais informações. Mesmo em outros setores da economia, a exemplo do setor financeiro, essa nova lógica orientada pelo digital já é a majoritária.
Mas, no Brasil, muito embora, principalmente no nível básico, os principais influenciadores do modelo de ensino – pais e professores – ainda estejam focados em uma dinâmica mais conservadora, onde o objetivo do ensino é preparar para o vestibular, o nascimento de startups como Coursera, Duolingo, EduK, Alura, Veduca, descomplica, Qranio, entre tantas outras, só corrobora que a transformação digital no setor da Educação é um processo irreversível – e apenas uma questão de (pouco) tempo. Dados apontam para um avanço significativo da adoção da tecnologia em sala de aula nos próximos cinco anos. Esse cenário é animador, na medida em que revela não só que a Educação está mudando – e de que é possível envolver o aluno e tornar o conteúdo da sala de aula mais agradável e acessível –, mas de que a tecnologia tem viabilizado algo ainda mais extraordinário: o empoderamento do aluno. Inserido em um novo ambiente, ele é estimulado por uma dinâmica que quebra para-
digmas de um aprendizado secular, em que apenas permanecia sentado e ouvia o professor, que era o único responsável por propor os temas centrais de discussão. Neste novo cenário, o estudante não apenas se torna mais participativo nas aulas, mas também vira protagonista de seu próprio aprendizado, uma vez que o
Em países como Finlândia e Coreia, a digitalização do ensino já é uma realidade madura, se compararmos com o caso brasileiro interesse despertado o faz ir à aula mais motivado e com novas ideias levadas de fora para dentro da escola. Um exemplo poderoso de educação inovadora é a School of One, localizada em Nova York (EUA), que utiliza a tecnologia para ajudar no processo de individualização do ensino. Com o uso constante de computadores e tarefas individualizadas, os profes-
sores conseguem monitorar e colocar os alunos em níveis mais avançados, à medida em que suas habilidades forem consolidadas. A transformação digital aplicada à área de Educação coloca, enfim, o aluno no centro e traz uma nova dinâmica aos meios de aprendizagem, apoiada por recursos e plataformas tecnológicas. O ponto crucial é que, até aqui, o cenário descrito contempla, basicamente, as instituições privadas de ensino. Se pensarmos na realidade das instituições públicas, a transformação digital é tida ainda quase como uma utopia. Não que não haja algumas iniciativas isoladas interessantes e exemplares. Entre vários exemplos, no município de São Gonçalo do Amarante (RN), a secretária de educação inseriu mesas digitais no contexto pedagógico, para o ensino de português, inglês, história, geografia. Mas são “exceções da regra”. Entre os “GAPs” na transformação digital para a educação pública, a disponibilidade de tecnologia é um entrave. Muitas cidades brasileiras, até pouco tempo atrás, não tinham sequer
conectividade. Imaginemos então que essa realidade não seria muito diferente dentro de uma sala de aula. Mas, infelizmente, os investimentos mais urgentes e necessários dizem respeito à própria infraestrutura das escolas, à melhoria das merendas, para citar apenas alguns fatores preponderantes no impedimento dessa “disrupção” pelo digital na educação pública. O fato de a maioria da população estar no ensino público é em grande escala um impeditivo para um avanço mais rápido da transformação digital na Educação. Estima-se que cerca de 86% das crianças e jovens estudem em escolas públicas (pré-escola, ensino fundamental e ensino médio). Pensando em como as instituições privadas têm os meios e as oportunidades para implementação dessa disrupção, o que se pode dizer é que o crescimento da transformação digital é um sinônimo de abismo entre ensino público e privado. Pelo menos por enquanto. *Vice-presidente da Cosin Consulting Linked by Isobar
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NEGÓCIOS MARCELLO CASAL JR/ABr
PROTEÇÃO DE DADOS
Nova lei indica mais transparência e segurança Normas são marco legal do setor THAÍNE BELISSA
A Lei de Proteção de Dados (13.709), sancionada pelo presidente Michel Temer no último mês, já movimenta entidades representativas do setor de tecnologia da informação (TI) e empresários do segmento, que têm até início de 2020 para se adaptar às novas regras. A legislação, que representa o marco legal da proteção de dados pessoais no Brasil, vai mudar a forma como empresas coletam dados, tornando o processo mais transparente e seguro para o usuário. Por outro lado, as diversas imposições exigem adaptações e investimentos dos empresários, principalmente do segmento de TI. O conselheiro da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação de Minas Gerais (Assespro-MG) e porta-voz da entidade no assunto, Frederico Felix, acredita que a legislação é positiva para todos, inclusive para as empresas, uma vez que a regulação traz segurança jurídica no tratamento dos dados. Ele destaca que muitas questões que não eram tratadas na legislação e, por isso, ficavam em uma “região cinzenta”, agora estão descritas de forma mais clara. “No caso de um vazamento de dados pessoais, por exemplo, não era muito claro qual seria a repercussão, qual lei seria aplicada, o que a empresa que sofreu o ataque teria que fazer, como se portar em relação ao usuário. Sem falar no mercado negro que, infelizmente, existe e permite a comercialização de dados pessoais cedidos em um site ou em um estabelecimento físico. Tudo isso agora será regulado”, afirma Felix. A principal mudança que a lei traz é a forma de coletar e tratar os dados das pessoas. As empresas que colhem esses dados, seja na internet ou no mundo físico, terão não apenas que pedir autorização aos usuários, como disponibilizar todas as informações sobre o tratamento deles. Isso quer dizer que qualquer pessoa terá o direito de saber como e por quê as empresas estão coletando aqueles dados, assim como poderão solicitar a revogação ou a retificação deles. Dados considerados “sensíveis”, que são informações como sexo, etnia, convicções religiosas, opiniões políticas e dados sobre saúde, têm ainda mais proteção. O objetivo é evitar ações discriminatórias por meio do uso desses dados, como, por exemplo, em processos seletivos ou contratação de planos de saúde. O conselheiro da Assespro-MG destaca que, se por um lado a lei é positiva para todos, por outro, ela traz custos iniciais de adaptação para as empresas, o que
pode ser considerado um ponto negativo. “Elas terão que adotar medidas de compliance para atender novos padrões, rever contratos, criar códigos de conduta e mecanismos mais eficientes para colher o consentimento de uso de dados dos usuários. De forma geral, as empresas terão que mudar sua cultura interna e olhar Legislação é vista como positiva também para as empresas, por trazer segurança jurídica no tratamento dos dados para a questão de proteção de dados de maneira diferente”, alerta. Agência fiscalizadora - Para Felix, o principal problema na legislação é o fato de ela ter sido sancionada com o veto de Temer em relação à agência fiscalizadora, a Agência Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANPD). O presidente justificou o veto com uma questão técnica, dizendo que o Congresso não pode aprovar um novo órgão, mas garantiu que encaminhará um projeto de lei para a criação da agência. “Esse órgão era um dos pilares da lei, porque garantia a fiscalização, a aplicação de sanções e o estabelecimento de padrões de governança”, pondera. Segundo ele, a Assespro Nacional já se pronunciou em relação a isso, pedindo a criação da agência. A entidade também formou um conselho de inteligência jurídica, que vai estudar questões regulatórias do setor, inclusive a Lei de Proteção de Dados. Já o presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Estado de Minas Gerais (Sindinfor), Wellington Teixeira Santos, pede cautela na criação desse órgão. “Criar uma agência de regulação é sempre um desafio, porque é preciso muito cuidado na sua formatação. Não queremos mais um órgão com ação de efeito burocrático e que só gera mais custos para o Estado”, aponta. Santos também critica a lei por trazer a obrigação por parte das empresas de contratação de um “encarregado de proteção de dados”. Esse funcionário será responsável por receber reclamações, comunicações, orientar funcionários da empresa, entre outras funções, segundo a lei. “Essa função não precisa, necessariamente, ser exercida por uma pessoa. Acreditamos que ela pode ser terceirizada para uma empresa que preste esse serviço com qualidade. Isso geraria, inclusive, novos negócios e fomentaria o mercado”, defende. Apesar das críticas, o presidente também acredita que a legislação é positiva, tendo em vista as trágicas consequências que o compartilhamento desregrado de dados pode trazer para as pessoas. Segundo ele, o Sindinfor já está se organizando para oferecer aos associados um e-book e eventos que ajudem os empresários a se adequarem às novas regras.
Empresas precisam se adaptar e investir
A empresa de Inteligência Artificial (IA) para recrutamento de profissionais Rocketmat teve que fazer mudanças em sua estrutura para se adaptar à Lei de Proteção de Dados. A startup, que foi fundada por sócios mineiros e norte-americanos, tem sede em Dallas, nos Estados Unidos, mas toda a operação técnica funciona em Belo Horizonte. O CTO Paulo Nascimento explica que, há oito meses, a empresa teve que fazer mudanças para cumprir as regras do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR), da Europa, o que facilitou a adequação à lei brasileira. A empresa investiu cerca de R$ 200 mil nesse processo, considerando principalmente as horas de trabalho dos funcionários que foram retirados dos projetos da empresa para trabalharem na adequação. A Rocketmat oferece uma solução de IA para seleção de profissionais como foco na cultura da empresa. Nascimento explica que a proposta é diferenciada porque não limita o processo seletivo apenas a questões de conhecimento técnico ou perfil psicológico. Por meio da coleta de dados dos atuais funcionários da empresa que quer contratar e também dos dados do candidato, a ferramenta faz uma análise para o recrutamento. Segundo o CTO, os dados dos candida-
tos são colhidos na internet, mas também nos testes que ele responde ao participar do processo seletivo. “O que acontece é que, muitas vezes, o candidato parece perfeito para a vaga, mas, quando é contratado, não performa, porque não tem a cultura da empresa. A gente resolve isso usando ciência: colhemos dados dos funcionários atuais das empresas, assim como os dados do candidato, e jogamos isso no nosso algorítimo. A partir disso, ele cria milhares de perfis de sucesso para aquela empresa e o nosso robô consegue encaixar candidatos em um desses perfis”, explica. Nascimento afirma que os dados considerados sensíveis pela Lei de Proteção de Dados, como sexo, etnia e idade, não são levados em conta no cálculo do algorítimo. A plataforma foi desenvolvida assim desde o início, justamente para evitar discriminação e, por isso, atende à nova legislação nesse sentido. O empreendedor afirma, entretanto, que, com a lei, os clientes ficaram muito mais atentos, o que tem dispensado maior esforço de venda por parte da Rocketmat. “Por um lado, dificultou nossa rotina, porque temos que convencer as empresas que o que fazemos está dentro na nova lei. Por outro, acabamos
nos destacando com uma solução em conformidade com a legislação”, afirma. Mesmo com essa vantagem em relação ao tratamento dos dados sensíveis, a empresa teve que fazer adaptações, como rever contratos. “Tivemos que adicionar cláusulas aos contratos para deixar claro que a Rocketmat não mantém os dados dos candidatos. A pessoa que concorre a uma vaga deve autorizar a empresa a compartilhar seus dados conosco e nós nos comprometemos a analisá-los, voltar com eles para a empresa e depois apagá-los. Além disso, durante o momento em que esses dados estão conosco, nós não os identificamos pelo nome ou pelo endereço de e-mail das pessoas, o que garante mais a segurança delas”, frisa. A empresa também teve que criar processos para situações em que o candidato quiser saber mais sobre o tratamento de seus dados ou, ainda, solicitar a destruição deles. “Outra ação que fizemos foi descentralizar os dados dos clientes em diferentes servidores no mundo. Em vez de concentrar tudo nos EUA, nos fizemos essa separação, para que as informações não saiam do seu país de origem”, completa.
legislação também está mudando as estratégias das empresas no marketing digital. O gerente de marketing de performance da Tray - unidade de e-commerce da Locaweb -, Vinícius Guimarães explica que boa parte dessas estratégias é baseada em anúncios que usam justamente dados pessoais dos usuários para garantir sua assertividade. “A questão é: se os usuários desses canais, como Facebook e Google, solicitarem a exclusão de suas informações, dificultando o encontro por segmentação, como ficarão as campanhas? Como a marca alcançará os clientes em potencial, sendo que não está mais apta a localizá-los por meio dessas ferramentas?”, questiona. O gerente destaca que a solução é fazer um trabalho ainda mais criterioso no marketing digital. As empresas terão, cada vez mais, que entender quem é seu cliente por meio de outras estratégias como o e-mail marketing ou, ainda, utilizando dados gerais autorizados pelos usuários, como sexo, idade e localização. “O comerciante tem que ficar ligado com o que está acontecendo para não ser pego de surpresa. Hoje, as fontes de pesquisa são abertas e não é uma questão de escolha: ou se adapta ou coloca em risco Marketing digital - A nova seu negócio”, alerta. (TB) MARCOS SANTOS/USP IMAGENS/DIVULGAÇÃO
Sócios da startup Rocketmat, mineiros e norte-americanos, fizeram mudanças na estrutura da empresa para adaptá-la
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AGRONEGÓCIO
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ARMAZENAGEM
CARNE DE FRANGO
Agrobanco adquire silo e amplia capacidade em 50%
BRF planeja venda de ativos para dezembro e anuncia sucessão de Parente
Unidade, no Sul de Minas, vai atender o mercado de trigo, milho e soja AGROBANCO / DIVULGAÇÃO
MICHELLE VALVERDE
A produção crescente de grãos e as expectativas positivas em relação ao mercado incentivaram os investimentos do Agrobanco, empresa especializada na armazenagem de grãos para atender à produção agrícola do Sul de Minas Gerais. Com sede em Três Corações, na região Sul do Estado, a empresa ampliou a capacidade de armazenamento com a aquisição de um novo silo. Com o investimento, cujo valor não foi divulgado, a capacidade total de estocagem foi ampliada em 50%. De acordo com o gerente de Com maior espaço para armazenagem, expectativa dos produtores é escolher melhor hora para a venda gestão do Agrobanco, Fábio Kinsch, a demanda por espa- As expectativas em relação à armazenados no Agrobanco 2019, a capacidade máxima de ços para o armazenamento de ocupação dos silos são positi- estão o milho, a soja e o trigo, armazenamento”, explicou grãos na região Sul do Estado vas e o volume de 1,5 milhão produções que estão conquis- Iabrudi. é crescente e a empresa já de sacas deve ser alcançado tando espaço nas lavouras da tinha planos de expansão. A já em 2019, com a colheita da região Sul de Minas. Negócios - Outro fator que princípio, a ideia era adquirir safra de grãos. Iabrudi explica que a produ- deve estimular a busca peum espaço e construir mais Até a aquisição do novo ção de grãos no Sul de Minas los serviços prestados pelo unidades de armazenamento. espaço de armazenagem, o vem sendo diversificada ao Agrobanco é a oportunidade Porém, surgiu a oportunidade Agrobanco contava com uma longo dos últimos anos e os de armazenar a safra e buscar de adquirir a unidade pronta área de 11 mil metros quadra- aportes em tecnologia têm o melhor período para negoe próxima à sede da empresa. dos, onde está uma estrutura contribuído para a expansão ciar a produção no mercado. “Estávamos avaliando al- de seis silos: quatro com capa- da produtividade. Esses fatores O pagamento pelos serviços gumas oportunidades, mas cidade para 110 mil sacas cada, devem ampliar a demanda por pode ser feito em dinheiro ou durante o processo foi colocado e outros que armazenam 12 espaços de armazenagem, o com a entrega do produto. um silo à venda na mesma mil e 5 mil, respectivamente. que foi importante para a de- O número de clientes, cerca região. Como estávamos ope- A nova unidade, que tem o cisão de investir na ampliação de 400, deve ser mantido no rando na capacidade máxima dobro do tamanho da primeira, das estruturas de silos. próximo ano. e queríamos expandir a nossa agrega mais um silo para 80 “A oportunidade de arma“A produção de grãos no operação, optamos pela aqui- mil sacas e um silo pulmão Sul de Minas vem crescendo zenar a safra é muito interessição”, explicou Kinsch. (tipo aerado que conserva os na produtividade e na área, sante para o produtor, que terá Segundo o gerente comer- grãos enquanto aguardam a principalmente em espaços como fazer um planejamencial do Agrobanco, Pedro secagem) capaz de estocar 10 antes dedicados às pastagens. to melhor e escolher a hora Iabrudi, com a compra do mil sacas. Nossos clientes que investiam adequada para a venda. No espaço, a capacidade de ar“A aquisição foi importante somente no café e trigo, agora período de entressafra, por mazenamento de grãos da para ampliar a nossa capaci- plantam também soja e milho. exemplo, os preços praticados empresa será ampliada em dade física. Ganhamos dina- Estamos otimistas e acredita- no mercado são bem mais va50% passando de 1 milhão mismo para receber operações mos que, com a colheita da lorizados”, explicou o gerente de sacas de 60 quilos para maiores”, disse Iabrudi. safra que esta prestes a ser de gestão do Agrobanco, Fábio 1,5 milhão de sacas por ano. Entre os produtos que são plantada, vamos alcançar, em Kinsch.
São Paulo - A BRF planeja concluir seu anunciado processo de venda de ativos em dezembro e nomear um sucessor para o atual presidente-executivo, Pedro Parente, afirmaram, ontem, executivos da companhia de alimentos. Parente, que continuará como presidente do conselho da BRF, afirmou que o atual vice-presidente de operações, Lorival Luz, vai sucedê-lo na presidência-executiva, com a transição devendo ser concluída até meados do próximo ano. Parente foi nomeado presidente do conselho e presidente-executivo da BRF em junho, como parte de uma reformulação cobrada por investidores após seguidos resultados trimestrais negativos e alegações de envolvimento da empresa em investigações da Polícia Federal. A BRF enfrenta embargos à exportação brasileira de produtos para a União Europeia, na esteira das investigações. A empresa está aberta a colaborar com as autoridades sobre as investigações da chamada Operação Trapaça, disse Parente durante evento com investidores. A BRF, maior exportadora mundial de carne de frango, pretende se recuperar de uma série de fracos resultados por meio de disciplina financeira, reposicionamento de marcas, aumento de produção no Golfo Pérsico entre outras ações, afirmaram executivos
da companhia no evento. A estratégia ligada à disciplina financeira inclui vendas de ativos na Argentina, Europa e Tailândia, processos que devem ocorrer nos primeiros dias de dezembro, disse Luz. A BRF já havia informado que pretende levantar cerca de R$ 5 bilhões com vendas de ativos para reduzir seu nível de endividamento. Os planos têm como objetivo reverter a queda de margens de lucro até 2019, para retomar níveis históricos até 2020 e crescer a partir de 2021, disseram os executivos. “Uma reversão da queda de margem é fundamental para nós em 2019”, disse Parente. A BRF informou que está reposicionando a marca Sadia no Brasil, de onde obtém cerca de 50% de sua receita, para atingir públicos maiores. Um aumento na produção de produtos halal nos mercados muçulmanos no Golfo Pérsico, como Arábia Saudita, também é parte da estratégia, disse Patricio Rohner, vice-presidente da área. Sobre a retomada de pagamento de dividendos, executivos da BRF afirmaram que a empresa precisa antes elevar o retorno sobre o capital investido acima dos custos de capital, atingir margens maiores e reduzir o endividamento. (Reuters)
SOJA E MILHO
Negócios são suspensos diante da forte queda do dólar São Paulo - Negócios envolvendo soja e milho no Brasil praticamente zeraram nesta ontem diante da forte queda do dólar ante o real, um reflexo do desempenho do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, no primeiro turno das eleições de domingo. O presidenciável do PSL teve 46% dos votos válidos, contra 29% de Fernando Haddad (PT). Ambos disputarão o segundo turno do pleito presidencial em 28 de outubro. A avaliação é de que um eventual governo de Bolsonaro seria mais alinhado ao mercado e por essa razão o dólar recuava cerca de 2 % no início da tarde de ontem, sendo contado abaixo de R$ 3,75 mais cedo. “O reflexo do câmbio sobre os preços e a comercialização (de grãos) é imediato... Estamos vendo um mercado com pouca movimentação. A não ser que haja uma reversão (de sentimento), nesses patamares de preços os negócios não são interessantes”, resumiu o corretor César Ricardo Bombardieri, da Moema Corretora de Grãos. Na avaliação do diretor da Cerealpar, Steve Cachia, “com o dólar desse jeito, o mercado já deu uma recuada hoje (ontem) de manhã”. “A princípio, os vendedo-
res vão dar uma parada para ajustar, aguardar as notícias. Na sexta-feira, as indicações em Paranaguá eram de R$ 95, R$ 95,50 por saca (de soja). Hoje é de R$ 91”, destacou Cachia. Apesar de acentuada neste início de semana, a retração nos negócios vem ocorrendo desde a semana passada, conforme avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com compradores aguardando novas quedas nos preços em função da pressão do câmbio. Oportunidades - De acordo com os corretores ouvidos pela reportagem, os próximos dias serão de produtores no aguardo de uma melhor definição acerca do câmbio no País, embora outros fatores tenham potencial de destravar negócios. “O produtor já fez uma venda bastante significativa dos volumes que ele tinha. Agora só está esperando oportunidades, que podem ser de uma alta em Chicago, outra mudança no câmbio ou qualquer outra alteração internacional”, afirmou o corretor Marco Forcin, da América Corretora. Produtores de soja do Brasil foram beneficiados neste ano pela escalada da guerra
JONAS OLIVEIRA / DIVULGAÇÃO
comercial entre Estados Unidos e China, que resultou em uma taxa de 25% sobre a oleaginosa norte-americana. Com isso, compradores chineses recorreram à commodity brasileira e pagaram prêmios em relação aos preços no mercado internacional. Para Cachia, da Cerealpar, é provável, entretanto, que as mínimas já tenham sido observadas. “Está tendo de excesso de chuvas que está atrapalhando os trabalhos de colheita (nos EUA). Além disso, alguns fatores geopolíticos, como o acordo do Nafta, deram um sentimento bom para o mercado de commodities em geral”, avaliou. (Reuters) A retração ocorre desde a semana passada, com compradores aguardando novas quedas de preços
CAFÉ
JDE fabricará cápsulas para a Illycaffè Milão - A illycaffè se uniu ao frenesi de negociação no mercado global de café, buscando estender seu alcance europeu, ao se associar com a Jacobs Douwe Egberts (JDE), de propriedade da JAB, para produzir e distribuir cápsulas de café da marca illy. O acordo de licenciamento é o mais recente movimento
na batalha para os consumidores dispostos a pagar mais pelo café de alta qualidade, com as novas cápsulas da illycaffè projetadas para serem usadas nas máquinas Nespresso, da Nestlé. As cápsulas existentes da illycaffè funcionam apenas com as máquinas de café da marca italiana, mas a compatibilidade com a Nespresso
daria mais espaço à empresa no mercado europeu, onde o equipamento da Nestlé mantém uma posição de mercado muito forte. O negócio segue-se ao acordo de licenciamento de US$ 7 bilhões da Nestlé com a Starbucks, anunciado em maio, e a aquisição feita pela Coca-Cola em agosto da rede de café Costa para
expansão no setor. A illycaffè, marca premium que produz apenas uma mistura feita com nove variedades de grãos arábica, é a terceira maior fabricante de café da Itália, com vendas de quase 500 milhões de euros (US$ 574 milhões) no ano passado. Não foram revelados dados financeiros. (Reuters)
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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br
MERCADO FINANCEIRO
Retorno de fluxo só deve ocorrer após 2º turno Apesar da força de Bolsonaro, especialistas creem que volta de recursos ao País depende também de reformas São Paulo - A possibilidade de Jair Bolsonaro (PSL) ganhar as eleições presidenciais no segundo turno não deve ser, por si só, motivo suficiente para um retorno forte de fluxo de recursos para o Brasil, avaliaram especialistas ouvidos pela Reuters. Bolsonaro, com 46,03% dos votos no primeiro turno segundo o boletim da Justiça eleitoral, diz que adotará reformas estruturais e cortes de gastos públicos, como desejado pelo mercado, mas investidores ainda mantêm a cautela sobre o quanto dessa agenda liberal defendida pelo economista do candidato, Paulo Guedes, efetivamente sairá do papel. Durante o segundo turno, o Brasil “deve atrair pontualmente recursos”, disse o analista da consultoria Tendências, Silvio Campos Neto. “Um volume mais consistente, mais consolidado, apenas com o término do processo eleitoral e com a indicação de que o vencedor (no caso de Bolsonaro) vai rezar essa cartilha que está sendo apontada”. Com 99,99% das seções eleitorais apuradas, o petista Fernando Haddad aparecia com 29,28% do total de votos válidos, uma distância do primeiro colocado que fez disparar o otimismo nos mercados ontem, não apenas pela distância do petista para o primeiro colocado, como também pela sinalização de uma base de apoio parlamentar com números importantes para Bolsonaro.
O candidato do PSL impulsionou também a bancada de seu partido na Câmara, que chegou a 52 cadeiras, a segunda maior, atrás apenas do PT, com 57 vagas, segundo previsão da XP, um dado importante diante da necessidade de aprovação de leis e mudanças constitucionais, como a reforma da Previdência. Esse resultado animou os negócios ontem, uma vez que investidores “adotaram” Bolsonaro, após o tucano Geraldo Alckmin (PSDB) não decolar na campanha, por entenderem que Paulo Guedes dava respaldo liberalista visto como necessário para fazer a economia crescer, com reformas, enxugamento do tamanho do estado e ajuste fiscal. Cenário para B3 - Ontem, as primeiras reações ao resultado do primeiro turno foram de forte queda do dólar ante o real e dos juros futuros, além de alta firme do Ibovespa, um alívio bem-vindo na visão do economista e sócio da NGO Corretora, Sidnei Nehme. “Podemos ver mais entrada de fluxo, sobretudo para a bolsa, que está muito defasada em dólar. Mas é preciso ir com cuidado. Os problemas do Brasil continuam sem solução e precisamos implementá-las”, destacou. Estrategistas do BTG Pactual, por exemplo, estimam o Ibovespa em 105 mil pontos no caso de vitória de Bolsonaro, sem citar prazos, enquanto o
paulo whitaker / reuters
Santander Brasil considera esse patamar factível de ser atingido no final de 2019, dada a melhora do balanço de riscos do Brasil. Dessa forma, a perspectiva é de que haja um fluxo pontual de recursos, que deve se tornar mais firme se o desfecho do quadro eleitoral se confirmar de acordo com o que deseja o mercado e os problemas do País forem endereçados.
Pregão recorde - O Ibovespa fechou com a maior alta diária desde 2016 e com volume financeiro recorde ontem, impulsionado por ações de companhias Ontem, o volume financeiro no pregão da B3 foi recorde, ao contabilizar R$ 28,9 bilhões de controle estatal, após o resultado da votação do domingo reforçar o favoritismo de Jair Bolsonaro, do PSL, no segundo turno da São Paulo - O dólar terminou em forte da renovação do Congresso. Essa renovação, eleição presidencial, em 28 queda e na casa de R$ 3,76 ontem, com independentemente da sigla partidária, de outubro. os investidores confiantes na vitória de dá esperança ao povo”, disse o diretor Índice de referência do Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno de operações da Mirae, Pablo Syper, para mercado acionário brasidas eleições à Presidência, no próximo quem, no entanto, a volatilidade deve leiro, o Ibovespa chegou dia 28, após o candidato ter tido votação continuar alta até o desfecho das eleições, a subir 6% no começo do expressiva no domingo e ainda garantido com as pesquisas ainda ditando o humor pregão, superando 87 mil a segunda maior bancada na Câmara dos do mercado. pontos, máxima intradia Deputados. A preferência do mercado financeiro por desde março, mas encerrou O dólar recuou 2,35%, a R$ 3,7662 na Bolsonaro é apoiada no seu coordenador com acréscimo de 4,6%, a venda, menor patamar desde os R$ 3,7658 econômico, o economista liberal Paulo 86.083,91 pontos - maior alta de 8 de agosto. Foi a maior queda percen- Guedes. Em entrevista à rádio Jovem Pan percentual diária desde 17 tual desde o recuo de 5,59% de 8 de junho ontem, o candidato disse que a ideia é que de março de 2016. passado. Na mínima, a moeda chegou a ambos andem juntos. O volume financeiro no tocar os R$ 3,7094. O dólar futuro tinha “Se Bolsonaro vencer, a série de surpresas pregão somou R$ 28,9 biqueda de cerca de 2%. de hoje poderia tornar mais fácil do que lhões, recorde para uma “O desempenho de Bolsonaro no pri- o esperado a tarefa de formar maioria no sessão sem vencimento de meiro turno o mantém como favorito na Senado e na Câmara para aprovar reforopções. O recorde anterior disputa, seja pela votação recebida - mui- mas”, escreveram os economistas do UBS tinha sido registrado em 17 to próxima dos 50% -, seja pelo quadro Tony Volpon e Fabio Ramos. de dezembro de 2014, com das disputas nos estados ou ainda pela O Banco Central ofertou e vendeu inteR$ 26 bilhões. Mas essa equiparação de armas na campanha de gralmente na sessão 7,7 mil swaps cambiais sessão contou com exercício segundo turno”, escreveu a corretora XP tradicionais, rolando US$ 2,310 bilhões do de opções, o que elevou o Investimentos. total de US$ 8,027 bilhões que vence em volume na ocasião a R$ 44 “Parte da animação do mercado advém novembro. (Reuters) bilhões. (Reuters)
Dólar inicia semana em queda, a R$ 3,76
FOCUS
IGP-DI
Instituições financeiras elevam pela 4ª vez Indicador supera expectativas e consecutiva projeção para inflação no ano registra avanço de 1,79% em setembro Brasília - A estimativa de instituições financeiras para a inflação este ano subiu pela quarta vez seguida. De acordo com pesquisa do Banco Central (BC), divulgada ontem, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 4,40%. Na semana passada, a projeção estava em 4,30%. Para 2019, a estimativa da inflação permaneceu em 4,20%. Para 2020, a projeção segue em 4% e, para 2021, passou de 3,97% para 3,95%. A previsão do mercado financeiro ficou mais próxima do centro da meta deste ano, que é 4,5%. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Já para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto
percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente). Selic - Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 6,5% ao ano. De acordo com o mercado financeiro, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018. Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano. Para o fim de 2020, a projeção é 8,38% ao ano, ante 8,19% previstos na semana passada, voltando a 8% ao ano no final de 2021. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. A manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado financeiro este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação. Atividade econômica - As instituições financeiras ajustaram a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de 1,35% para 1,34% este ano e mantiveram a estimativa em 2,5% nos próximos três anos. A projeção para a cotação do dólar segue em R$ 3,89 no fim deste ano e em R$ 3,83 ao término de 2019. (ABr)
Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou elevação de 1,79% em setembro, ante um aumento de 0,68% em agosto, divulgou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou acima do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam uma alta desde 1,24% a 1,72%, com mediana positiva de 1,65%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. Com o resultado, o IGP-DI acumulou um crescimento de 8,54% no ano, além de avanço de 10,33% em 12 meses. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve alta de 2,54% em setembro, após a elevação de 0,99% registrada em agosto. O
IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, teve um aumento de 0,45% em setembro, ante um crescimento de 0,07% em agosto. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 0,23% em setembro, depois do aumento de 0,15% em agosto. O período de coleta de preços para o índice de setembro foi do dia 1º ao dia 30 do mês. Núcleo - O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IPC-DI) de setembro subiu 0,37%, após um aumento de 0,31% em agosto. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumulou uma elevação de 2,90% no ano e avanço de 3,72% em 12 meses. IPAs - Os preços dos produtos agropecuários no ataca-
do, mensurados pelo IPA Agrícola, subiram 2,11% em setembro, após a elevação de 1,90% em agosto, dentro do IGP-DI, informou a FGV. Já os produtos industriais, medidos pelo IPA Industrial, aumentaram 2,69% em setembro, depois de uma alta de 0,69% no atacado em agosto. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 1,55% em setembro, ante um recuo de 0,30% em agosto. Os preços dos bens intermediários subiram 2,92% em setembro, após aumentarem 0,80% em agosto. Os valores das matérias-primas brutas registraram alta de 3,25% em setembro, depois da elevação de 2,80% em agosto. (AE)
Indicadores Econรดmicos In๏ฌ aรงรฃo
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Custo do dinheiro
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IGP-M (FGV)
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Fonte 6HFUHWDULD GD 5HFHLWD )HGHUDO $ SDUWLU GH $EULO GR DQR FDOHQGiULR
Out. Salรกrio CUB-MG* (% 83& 5 8)(0* 5 TJLP (&a.a.) *Fonte: Sinduscon-MG
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Contribuiรงรฃo ao INSS &2035$
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Fonte 0LQLVWpULR GR 7UDEDOKR H GD 3UHYLGrQFLD 6RFLDO 9LJrQFLD -DQHLUR
FGTS ร ndices de rendimento Competรชncia 0DLR -XQKR
Crรฉdito -XOKR $JRVWR
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Seguros
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Fonte: Fenaseg
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Aluguรฉis Fator de correรงรฃo anual residencial e comercial IPCA (IBGE) 6HWHPEUR IGP-DI (FGV) 6HWHPEUR IGP-M (FGV) 6HWHPEUR
Agenda Federal Dia 10
Taxas de cรขmbio
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Comprovante de Juros sobre o Capital Prรณprio โ PJ - Fornecimento, j EHQHยฟFLiULD SHVVRD MXUtGLFD GR &RPSURYDQWH GH 3DJDPHQWR RX &UpGLWR GH -XURV VREUH R &DSLWDO 3UySULR QR PrV GH VHWHPEUR DUW ย ,, GD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 65) Qย )RUPXOiULR IPI - 3DJDPHQWR GR ,3, DSXUDGR QR PrV GH VHWHPEUR LQFLGHQWH VREUH SURGXWRV FODVVLยฟFDGRV QR FyGLJR GD 7LSL FLJDUURV TXH FRQWHQKDP WDEDFR &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
Previdรชncia Social (INSS) GPS - Envio ao sindicato - (QYLR DR VLQGLFDWR UHSUHVHQWDWLYR GD FDWHJRULD SURยฟVVLRQDO PDLV QXPHURVD HQWUH RV HPSUHJDGRV GD FySLD GD *XLD GD 3UHYLGrQFLD 6RFLDO *36 UHODWLYD j FRPSHWrQFLD VHWHPEUR +DYHQGR UHFROKLPHQWR GH FRQWULEXLo}HV HP PDLV GH XPD *36 HQFDPLQKDU FySLDV GH WRGDV DV JXLDV 1RWD 6H D GDWD OLPLWH SDUD D UHPHVVD IRU OHJDOPHQWH FRQVLGHUDGD IHULDGR D HPSUHVD GHYHUi DQWHFLSDU R HQYLR GD JXLD *36 FySLD
Dia 15 Declaraรงรฃo de Dรฉbitos e Crรฉditos Tributรกrios Federais Previdenciรกrios e de Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb) - (QWUHJD GD 'HFODUDomR GH 'pELWRV H &UpGLWRV 7ULEXWiULRV )HGHUDLV 3UHYLGHQFLiULRV H GH 2XWUDV (QWLGDGHV H )XQGRV '&7):HE UHODWLYD DR PrV GH VHWHPEUR SHODV HQWLGDGHV FRPSUHHQGLGDV QR ย *UXSR FRP IDWXUDPHQWR HP DFLPD GH 5 ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Qย DUW FRP D UHGDomR GDGD SHOD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Qย 4XDQGR R SUD]R UHFDLU HP GLD QmR ~WLO D HQWUHJD GD '&7):HE VHUi DQWHFLSDGD SDUD R GLD ~WLO LPHGLDWDPHQWH DQWHULRU '&7):HE LQWHUQHW
EFD โ Contribuiรงรตes - Entrega da EFD - &RQWULEXLo}HV UHODWLYDV DRV IDWRV JHUDGRUHV RFRUULGRV QR PrV GH DJRVWR ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Qย DUW ย ,QWHUQHW Cide - 3DJDPHQWR GD &RQWULEXLomR GH ,QWHUYHQomR QR 'RPtQLR (FRQ{PLFR FXMRV IDWRV JHUDGRUHV RFRUUHUDP QR PrV GH VHWHPEUR DUW ย ย ย GD /HL Qย DUW ย GD /HL Qย ,QFLGHQWH VREUH DV LPSRUWkQFLDV SDJDV FUHGLWDGDV HQWUHJXHV HPSUHJDGDV RX UHPHWLGDV D UHVLGHQWHV RX
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Previdรชncia Social (INSS) โ &RQWULEXLQWH LQGLYLGXDO H IDFXOWDWLYR โ 2SomR SHOR UHFROKLPHQWR WULPHVWUDO 5HFROKLPHQWR GDV FRQWULEXLo}HV SUHYLGHQFLiULDV UHODWLYDV jV FRPSHWrQFLDV MXOKR H RX DJRVWR H RX VHWHPEUR ย WULPHVWUH GHYLGDV SHORV VHJXUDGRV FRQWULEXLQWHV LQGLYLGXDLV H IDFXOWDWLYRV TXH WHQKDP RSWDGR SHOR UHFROKLPHQWR WULPHVWUDO H FXMRV VDOiULRV GH FRQWULEXLomR VHMDP LJXDLV DR YDORU GH XP VDOiULR PtQLPR 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR SHUPLWH VH SURUURJDU R UHFROKLPHQWR SDUD R GLD ~WLO LPHGLDWDPHQWH SRVWHULRU *36 YLDV
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 9 DE OUTUBRO DE 2018
19
LEGISLAÇÃO CONGRESSO
Senado discute hoje a MP da dívida rural Ampliada pela Câmara dos Deputados, renegociação poderá ter impacto fiscal de até R$ 17 bilhões Brasília - Passado o período crítico do primeiro turno das eleições para o Legislativo, o Congresso volta a se reunir com uma pauta recheada de matérias de peso, seja por seu impacto fiscal, seja pela necessidade do governo em vê-las aprovadas. A pauta de sessão do Senado agendada para hoje lista dois itens que se encaixam nesse perfil: medida provisória (MP) que amplia a renegociação de dívidas rurais e projeto que trata da privatização das distribuidoras da Eletrobras. Aprovada pela Câmara dos Deputados em um esforço concentrado, a MP das dívidas rurais explicitou, segundo uma fonte que acompanhou as negociações em plenário, a fragilidade do governo do presidente Michel Temer não só frente a chamada bancada ruralista, mas também diante de aliados, preocupados em evitar indisposições com o eleitorado em suas bases. Talvez por isso, o texto da medida tenha sido alterado de forma a resultar num impacto dez vezes maior do que o originalmente previsto. Originalmente, a MP editada pelo governo previa um impacto de R$ 1,5 bilhão. Mas mudanças promovidas no texto levaram a equipe econômica a estimativas de impacto superiores ao patamar estimado pelo relator da matéria, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), que responde pela liderança do governo na Casa. O parlamentar afirma em texto divulgado por sua assessoria que as mudanças promovidas no texto da MP resultam em impacto de R$ 2 bilhões e credita a estimativa a uma consultoria do Senado. O Ministério da Fazenda, no entanto, inicialmente avaliou o impacto em R$ 6 bilhões, segundo uma fonte, mas cálculos posteriores apontam para um rombo de R$ 17 bilhões no pior cenário, segundo outra fonte da pasta. “Depois de ouvirmos par-
lamentares, o setor produtivo e o governo federal, chegamos a um texto equilibrado e que dará fôlego financeiro a milhares de produtores rurais que passam por extremas dificuldades para manterem a produção agrícola no país”, afirma o relator, no texto divulgado pela assessoria. Na mesma linha, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), líder da maioria e do MDB no Senado, afirma que não é o caso de classificar a MP como uma “pauta-bomba”, já que dará fôlego a produtores rurais. “Você está falando do setor produtivo, e não é o setor produtivo que tem crédito fácil, que tem capital de giro. Você está falando de setores que dependem disso, que têm dificuldades”, disse. “Não se pode esquecer o quanto disso vem de retorno tributário ao ser concedido. No caso da agricultura familiar, se você não dá esse rebate para a liquidação de crédito, ele não vai produzir novamente, e então os hortifruti vão ficar mais caros”, argumentou. A MP autoriza até 21 de dezembro de 2019 a concessão de rebates para a liquidação de operações de crédito rural referentes a uma ou mais operações do mesmo mutuário contratadas até 31 de dezembro de 2011, válida para dívidas até R$ 200 mil. Segundo a assessoria do relator, a regra é direcionada a casos localizados na área de abrangência das superintendências de desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Amazônia (Sudam), com descontos que podem chegar a 95%. Ainda segundo a assessoria do senador, o rebate será de 60% nas operações das demais regiões no âmbito do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) até 31 de dezembro de 2006, enquanto o desconto será de 30 por cento nas operações contratadas entre 1º de janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2011.
Histórico Esta agenda contém as principais obrigações a serem cumpridas nos prazos previstos na legislação em vigor. Apesar de conter, basicamente, obrigações tributárias, de âmbito estadual e municipal, a agenda não esgota outras determinações legais, relacionadas ou não com aquelas, a serem cumpridas em razão de certas atividades econômicas e sociais específicas. Agenda elaborada com base na legislação vigente em 05/09/2018. Recomenda-se vigilância quanto a eventuais alterações posteriores. Acompanhe o dia a dia da legislação no Site do Cliente (www. iob.com.br/sitedocliente). ICMS - prazos de recolhimento - os prazos a seguir são os constantes dos seguintes atos: a) artigos. 85 e 86 da Parte Geral do RICMS-MG/2002; e b) artigo 46 do anexo XV do RICMS-MG/2002 (produtos sujeitos a substituição tributária). O Regulamento de ICMS de Minas Gerais é aprovado pelo Decreto nº 43.080/2002. Dia 9 ICMS - setembro de 2018 substituição tributária - saídas
PAULO WHITAKER/REUTERS
Passado o primeiro turno das eleições, os senadores e deputados retomam hoje os trabalhos com projetos polêmicos
Eletrobras - No caso do projeto que autoriza a União a licitar concessões de serviço de distribuição administradas pela Eletrobras, há um acordo entre o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e Bezerra, que também relata a proposta nas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição e Justiça da Casa (CCJ). O acordo, que para ser fechado embutiu o adiamento
da votação da matéria na última semana, prevê, inclusive, que não haverá obstáculos à aprovação da proposta em plenário. Isso só ocorrerá, entretanto, após a análise do texto na CCJ. O projeto é encarado com máxima prioridade pelo governo. O Congresso pode analisar ainda, segundo a senadora Simone Tebet, um veto ao reajuste do piso nacional de agentes comunitários de saúde, que, se derrubado,
pode gerar um impacto de aproximadamente R$ 4 bilhões às contas públicas. Há uma sessão conjunta do Congresso Nacional prevista para amanhã, que pode se debruçar sobre o assunto. “Eu tenho a impressão que vamos ficar em cima disso, no máximo, pelo menos entre o primeiro e o segundo turno das eleições”, avaliou a senadora. Segundo ela, outro projeto tido como polêmico, que
trata da chamada cessão onerosa, ainda requer tempo de discussão e pode depender de quem sair vitorioso da disputa pelo Palácio do Planalto em 28 de outubro. A proposta promete abrir caminho para a realização de um mega leilão de áreas para a produção de petróleo do pré-sal, ainda neste ano, além de viabilizar um acordo entre a Petrobras e a União, necessário para o certame. (Reuters)
IMPOSTO DE RENDA
Dirf deve ser entregue até fevereiro DA REDAÇÃO
Foi publicada ontem no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa RFB nº 1.836, de 2018, que dispõe sobre a Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte referente ao ano-calendário de 2018 – Dirf 2019. O objetivo é possibilitar o correto cumprimento dessa obrigação acessória pelos declarantes previstos na norma. As duas alterações principais relativamente aos anos anteriores são a previsão de
de mercadorias indicadas nos artigos 12; 13; 16, I; 18, III; 47; 58, II, § 2º; 64, caput; 111-A, I; 113, parágrafo único, do anexo XV do RICMS-MG/2002 - relativo ao imposto devido por substituição tributária nas operações internas. DAE/internet, RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, III, “a” e “b”. ICMS - setembro de 2018 - Declaração de Apuração e Informação do ICMS (Dapi 1) - contribuintes sujeitos à entrega: indústria do fumo; demais atacadistas que não possuam prazo específico em legislação; varejistas, inclusive hipermercados, supermercados e lojas de departamento; prestador de serviço de transporte, exceto aéreo; empresas de táxi-aéreo e congêneres. Nota: Os prazos para transmissão de documentos fiscais pela Internet são os mesmos atribuídos às demais formas de entrega dos documentos fiscais previstos no RICMS-MG/2002. Tendo em vista ser uma obrigação acessória eletrônica e a inexistência de prazo para prorrogação quando a entrega cair em dia não útil, manteremos o prazo original de entrega (RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 162). Internet, RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 152, caput, § 1º, III.
obrigatoriedade de declaração das informações referentes aos beneficiários de rendimentos de honorários advocatícios de sucumbência, pagos ou creditados aos ocupantes dos cargos de que trata o caput do art. 27 da Lei nº 13.327, de 2016, das causas em que forem parte a União, as autarquias e as fundações públicas federais; a- exclusão da obrigatoriedade de apresentação da Dirf 2019 pelas pessoas jurídicas de que trata a Lei nº 12.780, de 9 de janeiro de 2013, relacionadas à organização dos Jogos
ICMS - setembro de 2018 - substituição tributária - o distribuidor hospitalar situado no Estado é responsável, na condição de sujeito passivo por substituição, pela retenção e pelo recolhimento do ICMS devido nas operações subsequentes com as mercadorias elencadas no capítulo 13 (medicamentos) da parte 2 do anexo XV. Notas: (1) O recolhimento será efetuado no dia 9 do mês subsequente ao da saída da mercadoria, na hipótese do artigo 59-B da parte 1 do anexo XV do RICMS-MG/2002. (2) Na hipótese de não haver expediente bancário, o pagamento será efetuado no primeiro dia útil após, nos termos do artigo 91 da Parte Geral do RICMS-MG/2002. DAE/internet, RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigos 46, III, “c” e 59-B. Dia 10 ICMS - setembro de 2018 substituição tributária - arquivo eletrônico - GIA-ST - transmissão, pela internet, de arquivo eletrônico com os registros fiscais das operações e prestações efetuadas no mês anterior, pelo contribuinte substituto. Não há previsão de prorrogação de entrega; desta forma, manter o prazo original de envio. Internet, RICMS-MG/2002,
Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. A apresentação da Dirf 2019 é obrigatória para pessoas jurídicas e físicas que pagaram ou creditaram rendimentos sobre os quais tenha incidido retenção do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), ainda que em um único mês do ano-calendário, por si ou como representantes de terceiros. A Dirf 2019 deverá ser apresentada até as 23h59min59s do dia 28 de fevereiro de 2019 através do Programa Gerador de
anexo V, parte 1, artigo 152, § 3º, anexo XV, parte 1, e artigo 36, II, “b”. ICMS - setembro de 2018 - Declaração de Apuração e Informação do ICMS (Dapi 1) - contribuintes sujeitos à entrega: prestador de serviço de transporte aéreo, exceto empresa de táxi-aéreo; Conab/PAA, Conab/PGPM, Conab/EE e Conab/MO. Os prazos para transmissão de documentos fiscais, via internet, são os mesmos atribuídos às demais formas de entrega de documentos fiscais previstos no RICMS/MG (artigo 162 do anexo V do RICMS/ MG). Internet, RICMS-MG/2002, anexo V, oarte 1, artigo 152, caput, § 1º, IV. ICMS - setembro de 2018 substituição tributária - responsabilidade pelo recolhimento for atribuída ao remetente responsável, inscrito no Cadastro de Contribuintes de Minas Gerais, nas saídas de: a) mercadorias relacionadas nos itens 7.0, 8.0 e 16.0 do capítulo 6 (combustíveis e lubrificantes) da parte 2 do anexo XV; e b) nas situações previstas no RICMS-MG/2002, anexo XV, artigos 73, I, II, “a” e “f”, III, V e § 1º, 74 e 83. Exceções: álcool etílico hidra-
Declarações – PGD Dirf 2019 – de uso obrigatório – a ser disponibilizado pela Receita Federal em seu site na internet, a partir do primeiro dia útil de janeiro de 2019. A aprovação do leiaute aplicável aos campos, registros e arquivos da Dirf 2019 para fins de importação de dados ao PGD Dirf 2019 será divulgada por meio de Ato Declaratório Executivo, a ser expedido por esta Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis). (As informações são da Secretaria da Receita Federal)
tado combustível (AEHC), operações interestaduais com gasolina, óleo diesel e GLP quando o responsável pelo recolhimento do imposto em outra Unidade da Federação não for produtor nacional de combustíveis. Nota: O estabelecimento importador ou adquirente de mercadorias sujeitas à substituição tributária, relacionadas no RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 2, será o responsável pelo recolhimento do ICMS devido pelas operações subsequentes, no momento da entrada das mercadorias em seu estabelecimento. DAE/internet, RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, V. ICMS - setembro de2018 - substituição tributária - entrada da mercadoria no estabelecimento, quando o sujeito passivo por substituição for inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS deste Estado; operações interestaduais com desperdícios e resíduos dos metais alumínio, cobre, níquel, chumbo, zinco e estanho e com alumínio em forma bruta. Nota: Sujeito passivo: estabelecimento industrial destinatário localizado nos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. DAE/ internet, RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, V, “d”.
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 9 DE OUTUBRO DE 2018
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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
“Conexão Empresarial” A décima edição do almoço-palestra “Conexão Empresarial” será com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, no próximo dia 15 (segunda-feira), às 12 horas. O evento será realizado no Espaço V, que fica no Shopping Serena Mall (rodovia MG-030, 8.625, Vale do Sereno, Nova Lima). A programação prevê o credenciamento/coquetel, (12 às 13h), almoço-palestra (13 às 13h40), perguntas e respostas (13h40 às 14h15) e encerramento (14h30). A presença deve ser confirmada até hoje por meio dos telefones (31) 3503-8877 e 3503-8888.
“Sempre Um Papo” O projeto “Sempre um Papo” recebe hoje, às 19h30, no auditório da Cemig (rua Alvarenga Peixoto 1.200, Santo Agostinho), com entrada franca, Ignácio de Loyola Brandão para o lançamento do livro “Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela” (Global Editora). Loyola é considerado um dos mais completos escritores da sua geração, com mais de 40 livros publicados. A narrativa transcorre num futuro indeterminado, em que, ao nascer, todos recebem tornozeleiras eletrônicas, são seguidos, vigiados, fiscalizados por câmeras instaladas nas casas, ruas, banheiros.
Memórias afetivas “O que escondo só a mim basta” é a exposição do artista Miro Bampa que a Casa Fiat de Cultura inaugura hoje. Um dos projetos escolhidos no 2º Programa de Seleção da Piccola Galleria, a mostra é composta por uma série de 30 objetos, no formato de 30 x 20 cm, criados a partir da fragmentação de memórias afetivas do artista. O agrupamento dessas lembranças em um ato estético é um processo autobiográfico de resgatar uma história, abrigando os fantasmas acumulados em uma narrativa secreta. A exposição, que tem curadoria de Fabio Cerqueira, fica aberta à visitação até 25 de novembro, com entrada gratuita. A Casa Fiat fica na Praça da Liberdade, 10 – Funcionários.
Efeito do clima na economia rende Nobel a dupla dos EUA NEWS AGENCY / REUTERS
Estocolmo - Os norte-americanos William Nordhaus e Paul Romer, que foram pioneiros ao adaptar a teoria econômica para dimensionar melhor as questões ambientais e o progresso tecnológico, dividiram ontem o Prêmio Nobel de Economia de 2018. Ao conceder um prêmio que destacou o debate global dos riscos associados à mudança climática, a Academia Real Sueca de Ciências disse que o trabalho dos laureados ajudou o responder perguntas fundamentais sobre como promover o crescimento sustentável de longo prazo e enfatizar o bem-estar humano. A premiação pegou Romer, da Escola de Administração Stern da Universidade de Nova York, de surpresa. “Recebi duas ligações hoje (ontem) de manhã, e não respondi nenhuma porque achei que eram telemarketing, então não estava esperando o prêmio”, disse ele, comemorando a chance de expandir sua teoria. “Acho que muitas pessoas acreditam que proteger o meio ambiente será tão caro e difícil que querem ignorá-lo”, disse o vencedor do Nobel, em uma entrevista à imprensa por telefone. “(Mas) com certeza podemos fazer um progresso substancial protegendo o meio ambiente, e fazê-lo sem desistir da chance de sustentar o crescimento”, ressaltou o
especialista. Romer mostrou como as forças econômicas governam a disposição das empresas para produzir novas ideias e inovações e estabeleceu os fundamentos de um novo modelo para o desenvolvimento, conhecido como teoria do crescimento endógeno. Nordhaus, da Universidade Yale, foi a primeira pessoa a criar um modelo quantitativo que descreveu a interação entre a economia e o clima.
Semana de Moda A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), abriu, na sexta-feira (5) chamamento público para receber propostas de eventos de pessoas jurídicas que desenvolvam trabalhos conceituais, artísticos, culturais e sociais relacionados à moda para integrar a programação oficial da Semana de Moda de Belo Horizonte. O chamamento foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) e as inscrições são gratuitas. As propostas inscritas devem tratar de ao menos um dos seguintes temas transversais à moda: cultura, diversidade, educação, inovação, sustentabilidade e turismo.
regiões, além da perda de espécies, sem uma mudança radical na maneira como as sociedades operam. O anúncio ontem do último Prêmio Nobel de 2018 também ocorreu menos de um mês depois do 10º aniversário da quebra do banco de investimento Lehman Brothers. Seu colapso desencadeou uma crise econômica, da qual muitos avaliam que o sistema financeira mundial ainda se recupera. (Reuters)
CULTURA DIVULGAÇÃO
Passeio Niemeyer O artista mineiro Décio Noviello realiza o happening Do Corpo à Terra, que marcou a inauguração do Palácio das Artes na década de 1970 junto a vários novos artistas que emergiam no cenário nacional da época. Desta vez, o artista de 89 anos reviverá a intervenção no Passeio Niemeyer, espaço fronteiriço entre o Parque Municipal Américo Renné Giannetti e o complexo cultural, colorindo o ambiente com granadas de fumaça de cores vibrantes. O evento acontece hoje, às 19 horas, no Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537), com entrada gratuita.
“Suas descobertas ampliaram significativamente o âmbito da análise econômica por meio da construção de modelos que explicam como a economia de mercado interage com a natureza e o conhecimento”, disse a academia em um comunicado. Horas antes do anúncio do prêmio, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática das Nações Unidas (IPCC) alertou para o risco de ondas de calor mais frequentes, enchentes e secas em algumas
Cinema
centro da capital mineira, o Cine Theatro Brasil Vallourec Buñuel no México – Mostra completa cinco anos. Para com 19 longas-metragens, comemorar o aniversário, será incluindo a obra-prima “Os exibido o cinquentenário “2001 Esquecidos” (foto), de 1950, – Uma Odisseia no Espaço”, premiado no Festival de de Stanley Kubrick, com trilha Cannes em 1951, registra o sonora ao vivo, executada pela período em que o diretor Orquestra Opus e o Ars Nova – surrealista esteve exilado no Coral da UFMG. México, fugindo do franquismo Onde: Cine Theatro Brasil na Espanha, entre 1946 e 1964. Vallourec (Praça Sete) Os filmes vão do melodrama Quando: 9 de outubro (20 à comédia, do drama social horas) às pitadas de surrealismo, e Quanto: R$ 10,00 (inteira) e R$ representam o grande encontro 5,00 (meia) da cinematografia do diretor espanhol com a cultura Teatro latina no pós-guerra. Outros destaques da mostra são “A Fábula - A montagem “Chão Ilusão Viaja de Bonde”(1954), de Pequenos”, da Companhia “Nazarin” (1959) e “O Anjo Negra de Teatro, é baseada Exterminador” (1962). em histórias reais e fala sobre Onde: Cine Humberto Mauro - abandono, adoção e a amizade Palácio das Artes (avenida entre dois jovens em situação Afonso Pena, 1.537, Centro) de rua. A fábula dos dois Quando: até 18 de outubro garotos expressa a importância Quanto: entrada gratuita da empatia, do diálogo e (ingressos distribuídos uma do afeto em uma sociedade hora antes de cada sessão) atualmente marcada pela intolerância e pelo preconceito. Ficção científica - Referência Com direção de Tiago cultural e arquitetônica no Gambogi e Zé Walter Albinati,
a dramaturgia foi construída coletivamente, dentro de um intenso processo de pesquisa, no qual foram realizadas entrevistas com várias famílias e pessoas que têm relação com o tema da adoção. A concepção é dos próprios atores, Felipe Soares e Ramon Brant, e a trilha sonora original é assinada por Barulhista. Onde: Teatro Marília (avenida Professor Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia) Quando: 10 a 14 de outubro (20 horas) Quanto: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) ou R$ 15,00 (preço único) no site www.sympla.com. br
seus alunos, tendo como palco o projeto musical intitulado Musicosfera, realizado a partir da Escola de Música da UFMG. O CD “Cru, Cozido e Repartido” é resultado de um longo processo artístico que se iniciou por volta de 2004, entre Mauro Rodrigues (flauta), Rafael Martini (piano), Pedro “Trigo” Santana (contrabaixo) e Antônio Loureiro (bateria/ percussão). Onde: Conservatório UFMG (avenida Afonso Pena, 1.534, Centro) Quando: 9 de outubro de 2018 (19h30) Quanto: entrada franca
Música
Alternativa - Política, amor, “setentismo” e cultura pop Clássica - A Orquestra norteiam o trabalho dos MCs Filarmônica de Minas Gerais Dokttor Bhu e Shabê - os apresenta “Toward the sea”, Paladinos de Plantão. No de Takemitsu, “Quarteto de repertório, as canções do disco cordas em um movimento, de estreia “Conglomano”, op. 89”, de Beach, Sonata com destaque para o tema para flauta, viola e harpa, diversidade com letras de Debussy, Sexteto de cordas em ré menor, op. 70, “Souvenir impactantes e sonoridade fundamentada no que eles de Florença”, de Tchaikovsky. intitulam de “setentismo”: uma Onde: Sala Minas Gerais (rua Tenente Brito Melo, 1.090, mistura de soul, funk, MPB, Barro Preto) rock e a psicodelia dos anos Quando: 9 de outubro (20h30) 1970. Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ Onde: Memorial Minas Gerais 15,00 (meia) Vale - Circuito Liberdade (Praça da Liberdade, Lançamento de CD - Da Funcionários) parceria entre Mauro Quando: 11 de outubro (19h30) Rodrigues e Rafael Martini, Pedro Trigo Santana e Antônio Quanto: entrada gratuita, com Loureiro, nasceu a Musicosfera. retirada de senhas uma hora antes do show. Fruto da síntese de uma carreira de bastante estudo e experimentação, o primeiro www.facebook.com/DiariodoComercio trabalho de Mauro vem para trazer uma amostra www.twitter.com/diario_comercio dos momentos de troca dcmais@diariodocomercio.com.br e aprendizagem coletiva vividos entre o professor e ( ) Telefone: 31 3469-2067