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diariodocomercio.com.br

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JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.890 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2019

Setor de transportes de cargas prevê queda em MG Mineração em baixa e lentidão nas reformas impactam demanda ALISSON J. SILVA ARQUIVO DC

Após amargar uma queda de 20% nas atividades ligadas à mineração, após a tragédia do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, o setor de transportes de cargas deve fechar 2019 com retração em Minas Gerais. A morosidade no processo de votação no Congresso das reformas estruturantes também contribui para a previsão negativa. A perspectiva no início do ano era de crescimento de 2,3% mas as projeções foram revistas para baixo diante do indicativo de perdas. A lenta recuperação da economia do País compromete o consumo e resulta em baixa demanda no transporte de cargas. O Setcemg e a Fetcemg reivindicam a aceleração da agenda de concessões, de forma a impulsionar obras em rodovias, o que pode estimular a economia como um todo, incluindo os transportes. Pág. 5 O setor de transportes de cargas cobra agilidade nas concessões para alavancar obras em rodovias

ALISSON J. SILVA ARQUIVO DC

OPINIÃO As exportações de produtos manufaturados do País vêm caindo mês a mês, segundo dados levantados pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), o que deixa claro que é preciso que haja de imediato uma reação por parte do governo e do empresariado para que essa tendência seja revertida e o parque fabril não entre numa crise irreversível. Obviamente, a assinatura do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) trouxe boas perspectivas, mas não se pode deixar de levar em conta que a sua efetiva aplicação depende da aprovação do parlamento de cada nação envolvida, o que vai demandar pelo menos de dois a três anos para que o comércio com taxas de importação reduzidas entre em vigor. (Milton Lourenço), pág. 2

O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Comunidade Europeia representa uma oportunidade, mas também uma ameaça. A competição, em princípio, será entre desiguais e, do ponto de vista dos interesses brasileiros, exigirá mudanças consistentes e rápidas, capazes de reduzir o sempre comentado, mas nunca atacado, custo Brasil. Assim avaliam representantes da indústria de material de transporte, que, mantidas as condições atuais, seria inviabilizada pelas novas regras, o mesmo acontecendo com as importações de países não europeus. Consumado o acordo bilateral, entendem os industriais brasileiros que sua efetiva implantação, depois da chancela parlamentar, demandará pelo menos mais dois anos, podendo chegar a três. “Reformas agora são impositivas”, pág. 2 Dólar - dia 8

Euro - dia 8

Comercial

Compra: R$

4,2657

Venda: R$ 4,2667

Poupança (dia

9) ............

0,3715%

IPCA-IBGE (Maio): ............. 0,13%

Compra: R$ 3,6500 Venda: R$ 3,9600

Nova York (onça-troy): US$ 1.395,59

IPCA-Ipead (Maio): ............. 0,27%

R$ 170,66

IGP-M (Maio): ........................... 0,45%

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 9): ............................. 0,0000%

Ouro - dia 8

Ptax (BC)

Acelera MGTI Smart Cities é iniciada com 12 empresas A primeira rodada do Acelera MGTI Smart Cities foi aberta oficialmente pela Fumsoft com 12 empresas selecionadas. O programa vai apoiar projetos com diferentes propostas, mas todas ligadas ao conceito de cidade inteligente. As empresas serão aceleradas por seis meses e, no fim do processo, terão soluções absorvidas pela Prefeitura de Belo Horizonte. Pág. 13

Cadastro Positivo começa a vigorar com perspectiva de ampliar crédito A inclusão automática de todos os brasileiros com mais de 18 anos que já realizaram transações financeiras no Cadastro Positivo entra em vigor hoje. A análise de crédito passará a ser mais abrangente, possibilitando a negociação de melhores prazos e taxas de juros e facilitando a aprovação de empréstimos e financiamentos. A inadimplência poderá ser comparada com o histórico de pagamento, o que proporcionará uma avaliação melhor dos consumidores. Pág. 6

A menor oferta de bovinos no mercado interno tende a presssionar os preços até o fim do ano

Turismo Compra: R$ 3,8059 Venda: R$ 3,8065

Os processos de desinvestimentos da Cemig e da Light poderão ser inviabilizados pelas sucessivas intervenções da Aneel na implantação do complexo eólico Alto Sertão III, da Renova Energia, pertencente às duas empresas, alertam especialistas. A agência rejeitou pedidos para suspender sua decisão de revogar a autorização para a “Fase B” do complexo, que a Renova tenta vender à AES Tietê. Pág. 7

Arroba do boi gordo tem valorização de 12%

EDITORIAL

Compra: R$ 3,8075 Venda: R$ 3,8081

A avaliação dos consumidores passará a ser mais equilibrada com o Cadastro Positivo

Aneel prejudica o processo de desinvetimentos da Cemig e Light

+1,43 +1,56 +0,44 +0,42 -0,72 02/07

03/07

04/07

05/07

08/07

A arroba do boi gordo foi negociada, na média de junho, a R$ 149, valor 12% superior ao registrado no mesmo mês de 2018. A alta nos preços é impulsionada pela menor oferta de bovinos no mercado interno e pelo crescimento das exportações. A tendência é de valorização até o fim do ano, com a entressafra de bovinos, o acordo comercial firmado entre o Mercosul e a União Europeia e o aumento do consumo de carne do segundo semestre. Pág. 12


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