diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIÇÃO 24.018 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2020 PREFEITURA DE EXTREMA/DIVULGAÇÃO
Faturamento de agências de intercâmbio sobe 12% Os intercâmbios culturais eram um sonho distante para a maioria da população há 30 anos mas se tornaram mais acessíveis e ganharam novos destinos e categorias, mesmo com a desvalorização do real frente ao dólar, com a cotação em torno de R$ 4. Dados preliminares da Associação das Agências de Intercâmbio (Belta) apontam aumento no faturamento de 12% em 2019 frente a 2018, que foi de US$ 1,2 bilhão com o embarque de 365 mil estudantes brasileiros. Canadá (32%) e Estados Unidos (18%) são os principais destinos. Pág. 9
Lojistas de materiais escolares estão otimistas As lojas especializadas em materiais escolares instaladas em Belo Horizonte esperam um crescimento de até 20% nas vendas neste início de ano. Com a recuperação da economia ainda lenta, os lojistas investem na diversificação de produtos e de marcas e oferecem condições diferenciadas de pagamentos para atrair os consumidores, incluindo negociação de descontos e parcelamentos. Tradicional rede de livraria e material escolar do Estado, a Leitura vai investir mais de R$ 7 milhões na abertura de mais sete lojas no País. Pág. 6
EDITORIAL
A Tok Stok está construindo um centro de distribuição em área de 66 mil metros quadrados em Extrema
Extrema deve atrair aportes de R$ 1 bilhão
Município recebeu investimentos de R$ 1,7 bi em 2019 Após atrair investimentos privados de R$ 1,7 bilhão em 2019, Extrema, no Sul de Minas Gerais, já projeta aportes de pelo menos R$ 1 bilhão neste ano em instalação ou expansão de negócios no município. Para atender à crescente demanda do comércio eletrônico no País, a im-
plantação de centros de distribuição (CDs) aumenta em Extrema. No fim do ano passado, a Tok Stok anunciou a implementação de uma unidade, que já está em fase adiantada, dentro de um espaço de 66 mil metros quadrados. Em outra frente, a Fulwood e Log C iniciaram a construção do
maior parque logístico do Sul de Minas, com investimento de R$ 515 milhões, que permitirá a atração de mais empreendimentos em 2020. Com PIB de R$ 7,5 bilhões em 2017, Extrema superou Pouso Alegre e tornou-se a maior economia do Sul do Estado. Pág. 3
Há apenas quatro anos, ou menos, afirmava-se aos quatro ventos que o Brasil estava quebrado, carregando um déficit fiscal que não poderia ser sustentado por muito tempo mais. Falava-se em ajuste “duro”, prometia-se que desta vez o setor público finalmente “cortaria na própria carne”. É forçoso reconhecer que alguma coisa foi feita, mas não devemos nos iludir quanto ao fato de que, verdadeiramente, tenham acontecido mudanças verdadeiramente transformadoras. Ou, mais propriamente, saneadoras. Como regra, aquilo que realmente importa e remete à afirmação de que o Estado brasileiro foi sequestrado por corporações, permanece, com mudanças que sequer mereceriam ser classificadas como saneadoras. “A regra é o desperdício”, pág. 2
ARTIGOS A luta entre a razão e a emoção
(Galdêncio Torquato)
Um genial romancista
(Cesar Vanucci)
Economia circular é urgente
Exportações do agronegócio têm queda de 3,5% em Minas Gerais Com valor de US$ 7,85 bilhões, o faturamento das exportações mineiras do agronegócio caiu 3,5% em 2019 na comparação com 2018. O volume foi de 10,33 milhões de toneladas, com queda de 5,1%. Responsável por 44,5% dos embarques,
Pág. 2
(Leo Cesar Melo) DIVULGAÇÃO
o café movimentou US$ 3,5 bilhões, um crescimento de 8,6%. As vendas externas do grupo de carnes atingiram US$ 1 bilhão, com expansão de 25,6%. Já o complexo soja rendeu US$ 1,44 bilhão, uma retração de 27,7% frente a 2018. Pág. 8 EDU GARCIA/AE
O mercado livre já responde por 30% da energia elétrica consumida no Brasil
Operações do mercado livre de energia registram avanço de 6% O faturamento das vendas externas de café do Estado aumentou 8,6% em 2019 Dólar - dia 13
Euro - dia 13
Comercial
Compra: R$
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Ouro - dia 13
IPCA-IBGE (Novembro):...... 0,51%
Nova York (onça-troy): US$ 1.549,27
IPCA-Ipead (Novembro): ..... 0,48%
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IGP-M(Novembro):................. 0,30%
Compra: R$ 4,1402 Venda: R$ 4,1423 Compra: R$ 3,9700 Venda: R$ 4,3100
Ptax (BC)
Compra: R$ 4,1303 Venda: R$ 4,1309
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O volume de operações no mercado livre de energia cresceu 6% em 2019 em relação a 2019, chegando a R$ 134 bilhões, de acordo com a Abraceel. O segmento foi responsável por 30% da energia elétrica consumida no País e por uma economia BOVESPA
TR (dia 14): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,5989
Poupança (dia 14): ............ 0,2588%
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média de 34% na conta de luz no ano passado e inicia 2020 com perspectivas positivas. Em outro movimento no setor, Cledorvino Belini deixa a presidência da Cemig e será substituído pelo economista Reynaldo Passanezi Filho. Pág. 4
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2020
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OPINIÃO A luta entre razão e emoção GAUDÊNCIO TORQUATO * O mote da década de 50 acompanhou por muitos anos a vida dos consumidores: “vale quanto pesa”. O símbolo da balança, estampado na embalagem, não apenas garantia a legitimidade do “sabonete das famílias”, mas reforçava o conceito de verdade. O consumidor constataria não haver um grama de peso a mais ou a menos. Era a época da “verdade verdadeira”. De lá para cá, a verdade passou a perder substantivos e a ganhar superlativos, dando vazão ao bordão desses tempos virtuais: “vale muito mais do que pesa”. Essa versão embala anúncios de propaganda, expressões sobre pessoas, políticos, jogadores de futebol, entre outros. A observação cai bem no momento em que a política no Brasil começa a rejeitar os velhos paradigmas. Nesse ano eleitoral, o superlativo dominará a expressão política, a verdade se cobrirá com as cores da ficção, sob a capa de fake news, e o mundo real dividirá suas cores com o mundo virtual. A passarela entre esses dois universos será pavimentada por três tipos de argamassa: a razão, a emoção e a polarização. O cenário da razão deixa ver, na linha de frente, eleitores conscientes, autônomos, exigentes, que já não agem ao estilo que o vulgo costumava recitar em ditos politicamente incorretos: “Maria vai com as outras”. O campo da razão disputará o processo decisório com o espaço da emoção. Basta medir a temperatura do meio ambiente ou ver o desfile de adjetivos nas redes sociais, onde o palavrório bolsonarista é confrontado pelo verbo oposicionista, expandindo a polarização. Indignação, revolta, ódio se amalgamam
nas bandas que dividem a sociedade: os adeptos, eleitores e simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro; os oposicionistas de partidos de oposição e contingentes que não leem pela cartilha da direita-radical-conservadora; e os centristas, que olham para os lados e para cima, à procura de novos protagonistas. Bolsonaro, de um lado, e Lula, de outro, são os dois líderes do cabo de guerra. A linguagem de ambos é embalada por camadas de celofane emotivo. O presidente usa a saída do Palácio da Alvorada para puxar a corrente; o ex-presidente usa palcos de eventos do PT ou de organizações. Ambos se esforçam para antecipar a campanha, com desfecho em outubro, usando metralhadoras expressivas para agregar parceiros das bandas, tentando encantar as turbas. O perfil populista de ambos emerge na exposição de uma semântica desarrumada e uma estética destemperada. Ora, quando falta água na fonte da razão, os dois correm para beber na fonte da emoção. O ritual é conhecido. Com uma linguagem coloquial, os dois transmitem mensagem subliminar, querendo dizer: “somos gente como vocês”. Metáforas aparecem aos montes. E assim a liturgia emotiva acaba construindo um suporte de simpatia. Mas a movimentação social no Brasil, nos últimos tempos, mostra que a razão, como mecanismo para a tomada de decisões, amplia laços, inclusive nos setores populares, tradicionalmente conhecidos por agir sob emoção. Os comportamentos racionais estão relacionados a um cenário de modernidade, que aponta para um reordenamento de valores, princípios e visões dos grupamentos sociais.
Dito isto, é o caso de perguntar: que vetor terá mais influência em campanhas? Atente-se para o ethos nacional, cuja composição agrega valores como cordialidade, improvisação, exagero, paixão, solidariedade. O resultado aparece na “alma caliente” dos trópicos, em contraposição à frieza anglo-saxã. Em nossas plagas, a emoção ganha da razão. Mas se expande a cada ciclo político. Por quê? Por causa de mudanças no campo individual. A pessoa, escondida no anonimato na massa, descobre que pode se transformar em cidadã. A cidadania deixa de ser bandeira de instituições e ingressa no repertório mental do indivíduo, passando a ser meta desejada. Ou seja, amplia-se a “consciência do EU” em contraponto ao conceito do “NÓS”, esteira da propaganda política. Maior autonomia fortalece o desenvolvimento de uma autogestão técnica, pela qual os indivíduos passam a traçar rumos e a selecionar os meios, recursos e formas para atingir seu intento. Rejeitam ou aceitam, com restrições, pressões do poder normativo. Equivale a dizer que fogem dos “currais” psicológicos que enclausuram pensamentos. Em suma, o campo social alarga o universo do discurso, a rebeldia das formas e provoca a rejeição a tudo que se assemelhe a totalizações. Classes sociais e categorias profissionais, usando suas tubas de ressonância, desfraldam bandeiras de defesa. Se muitos segmentos ainda votam com a emoção, outros buscam apoio nos pilares da razão: o voto sai do coração para subir à cabeça. * Jornalista, professor titular da USP, consultor político e de comunicação
Um genial romancista CESAR VANUCCI * “Testemunhar o seu tempo – respondi a um jovem que me perguntou qual é a função do escritor.” (Lygia Fagundes Telles) Uma neta “fissurada” em leitura, indaga-me quantos livros são necessários a um escritor para alcançar a glória. Antes de falar da resposta dada, devo explicar, aos meus 25 assíduos e benevolentes leitores, que sou, sim, avô, aliás, falar verdade, bisavô, com muita honra. Mas, enquadrando-me em conceito expendido pelo saudoso Tancredo Neves, exerço essa condição por absoluto mérito e não por antiguidade. Dito o que, torno conhecida a resposta dada à netinha. Para um escritor de talento uma obra-prima basta como garantia de acesso à imortalidade literária. No caso de Mário Palmério, “Vila dos Confins” teria bastado. Mas ele, exagerando na dose, testemunha ocular qualificado das coisas de seu tempo, resolveu dar-nos de quebra, ainda, “Chapadão do Bugre”. Um livro que, em meu modesto palpite, transmitido certa vez ao próprio autor, presenteia-nos com construção literária ainda mais bem elaborada (se isso fosse algo possível de desejar). Um livro com um toque poético que só pode mesmo ser encontrado nos melhores textos do romance. O processo de criação literária costuma receber influências da vida real. Figuras e situações emergem do universo pessoal das recordações do escritor para tomarem corpo nos personagens e cenas trabalhados. Palmério usou abundantemente, em seus escritos, do recurso de trazer para a ficção, revestindo-os de esfuziante coloração e aplicando-lhes saboroso lirismo, episódios vivenciados em épocas passadas, conservados na memória popular e em arquivos públicos. Num trabalho de investigação jornalística da melhor qualidade, o renomado jornalista Jorge Faria, do antigo “Diário da Tarde”, desentranhou do cartório de uma cidade do sul de Minas os detalhes do incidente da chacina dos coronéis, contado no “Chapadão do Bugre”, que marcou, pela força da narrativa, um momento épico no romance brasileiro. Tive a alegria de chamar a atenção de Mário Palmério para o excelente texto jornalístico publicado e de aproximar, há mais de 30 anos atrás, o escritor do repórter. Em suas histórias, Palmério se valeu sempre do artifício de inventar para vários personagens nomes que lembravam, numa
espécie de sinonímia, os das criaturas de carne e osso em cujas ações buscou inspiração. Em outras situações, os nomes são mesmo de verdade. Minha avó Carlota e minhas tias Luzia e Nené, de saudosa memória, são retratadas, nas páginas do “Chapadão”, em suas idas diárias matinais, Uberaba, à Igreja de São Domingos, um lindíssimo templo revestido de pedra tapiocanga, erguido pela Congregação Dominicana, no início de sua ação apostólica em terras brasileiras. Com duas obras-primas, Palmério chegou, em feito sem paralelo, à Academia Brasileira de Letras. Foi de tal ordem o clima de entusiasmo provocado pelo aparecimento na cena literária de um novo gênio do romance que, na véspera da escolha, personagens, com peso na média das opiniões acadêmicas, impossibilitadas de comparecer, fizeram questão fechada de tornar público o voto favorável ao escritor uberabense-carmelitano. Caso de Assis Chateaubriand. Confie-se a um instituto de pesquisas de opinião qualquer a tarefa de colher, junto aos estudiosos, os títulos de romance que mais forte impressão deixaram no espírito popular. Duvido muito que, numa pesquisa desse gênero, os dois livros de Palmério deixem de ser mencionados com realce. “As memórias do assassino perfeito”, ainda inédito, seria, infalivelmente, uma terceira obra-prima. Tive em mãos, há muitos anos, originais dos primeiros capítulos. Identifiquei, de pronto, o padrão literário inconfundível presente tanto em “Vila dos Confins”, como em “Chapadão do Bugre”. O romancista costumava se embrenhar pelos ermos dos chapadões sem fim, gravador ligado, recolhendo ao vivo, à volta de uma fogueira sob o céu estrelado da madrugada, depoimentos da gente curtida do sertão, com seus “causos”, suas crendices, suas lendas, seu típico palavreado. Fez o mesmo em suas andanças pela fascinante Amazônia, sem todavia passar pra letra de forma suas por certo eletrizantes experiências. Isso ajudou Palmério a compor enredos ricos em autenticidade roceira. E, ao mesmo tempo, como fruto do imenso talento que o romancista carregava, tão melodiosos em sonoridade poética. * Jornalista, presidente da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (cantonius1@yahoo.com.br)
Economia circular é urgente LEO CESAR MELO * Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a utilização global de materiais triplicou nos últimos 50 anos. E, se nada for feito, esses números podem dobrar até 2050. Os impactos ambientais são óbvios e amplamente reverberados, mas muitas companhias não parecem se atentar para outra consequência do atual modelo de consumo, que consiste em extrair, produzir e descartar: as perdas financeiras que a economia linear causa diariamente. De acordo com um estudo recente da Accenture, empresa multinacional de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing, a transição para uma economia circular poderia gerar até 4,5 trilhões de dólares para a economia mundial nos próximos 10 anos. E, além de um alto potencial para gerar novas oportunidades de negócio, as organizações também se reenquadrariam dentro de um novo aspecto de impacto ambiental e social.
Neste novo modelo, o foco está em gerar cada vez menos resíduos, implantando soluções de reaproveitamento do que antes era considerado lixo ou descartável. Ou seja, na economia circular todos os elementos da cadeia produtiva são reutilizados, seja voltando à mesma linha de produção, seja na fabricação de novos produtos, tornando-se nutriente para um novo ciclo. A consequência financeira passa a ser imediata, com menor consumo de matéria-prima, redução nos gastos com descarte de efluentes e resíduos sólidos e até mesmo uma nova fonte de renda a partir da venda desses insumos. Há ainda, dependendo do caso, como adotar soluções de reúso de água e transformação de efluentes tratados em energia elétrica. Porém, pelo que se vê até o momento, ainda temos uma longa caminhada pela frente. Prova disso são os números que foram apresentados no início de 2019, durante
o Fórum Econômico Mundial em Davos, de um relatório sobre economia circular da Circle Economy (grupo apoiado pela ONU). Eles indicavam que apenas 9% da economia global é circular. Ou seja, menos de 10% das 92,8 bilhões de toneladas dos materiais usados em processos produtivos são reutilizadas. Adotar a economia circular exige das organizações um redesenho no modelo de negócio atual, e é importante que esse processo se inicie o quanto antes. Caso resistam por muito mais tempo pela adoção da economia circular e insistam no modelo linear em vigência atualmente, além de colocarem em risco a própria sobrevivência, as organizações também estarão pondo em risco o futuro das próximas gerações. * CEO da Allonda Ambiental, empresa de engenharia com foco em soluções ambientais sustentáveis
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa
Presidente do Conselho Luiz Carlos Motta Costa conselho@diariodocomercio.com.br Presidente e Diretora Editorial Adriana Muls adrianamuls@diariodocomercio.com.br Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls diretoria@diariodocomercio.com.br Conselho Consultivo Enio Coradi, Tiago Fantini Magalhães e Antonieta Rossi Conselho Editorial Adriana Machado - Claudio de Moura Castro Helena Neiva - Lindolfo Paoliello - Luiz Michalick Mônica Cordeiro - Teodomiro Diniz
A regra é o desperdício Nossa memória que é quase sempre curta, ou seletiva, mas cabe perguntar a quem ainda se lembra que, há apenas quatro anos, ou menos, se afirmava aos quatro ventos que o Brasil estava quebrado, carregando um déficit fiscal que não poderia ser sustentado por muito tempo mais. Falava-se em ajuste “duro”, prometia-se que desta vez o setor público finalmente “cortaria na própria carne”. É forçoso reconhecer que alguma coisa foi feita, mas não devemos nos iludir quanto ao fato de que, verdadeiramente, tenham acontecido mudanças verdadeiramente transformadoras. Ou, mais propriamente, saneadoras. Como regra, aquilo que realmente importa e remete à afirmação de que o Estado brasileiro foi sequestrado por corporações, permanece, com mudanças que sequer mereceriam ser classificadas como saneadoras. Resultado objetivo, continuam existindo motivos para preocupação. Muita preocupação. Como afinal escapar à observação que passou pela Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, a terra do exgovernador Sérgio Cabral, preso e condenado a mais de 200 anos, projeto estabelecendo Como regra, aquilo pagamento vitalício, hoje de que realmente aproximadamente R$ 15 mil por mês, importa e remete a todo vereador à afirmação de que que passe pela Casa? o Estado brasileiro Estamos foi sequestrado falando do Rio de Janeiro e por corporações, nos dirigimos a leitores permanece, esclarecidos e com mudanças não nos parece necessário que sequer maiores mereceriam ser considerações a respeito desse classificadas como inqualificável absurdo. Mas, saneadoras para construir nosso raciocínio, apontar um outro, que também vem do Rio de Janeiro. Estamos falando da inauguração, semana passada, de um novo prédio, anexo da Assembleia Legislativa local, a um custo declarado de R$ 156 milhões. Não há como, definitivamente, encontrar argumentos em defesa da empreitada quando é sabido que no Estado o sistema de saúde está em situação de colapso, o mesmo acontecendo em outras áreas de atendimento essencial à população. São exemplos que produzem indignação na medida em que ilustram até que ponto ainda nos encontramos distanciados de padrões mínimos de respeito aos cidadãos, ao contribuinte e aos recursos que vêm de seu bolso. Triste conclusão que nos remete de volta à abertura desse comentário, mostrando que velhos hábitos continuam persistentes e, pior, fazendo ver que sem dar um fim a tantos abusos será impossível restaurar o equilíbrio, devolvendo ao Estado a capacidade de cumprir com suas obrigações, devolvendo aos investidores a confiança que é inerente às suas iniciativas. Tudo isso talvez nos faça compreender o sentido da advertência de um empresário de sucesso, hoje servindo na alta administração federal, ao afirmar que o Estado brasileiro ficou maior que o PIB do País.
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ECONOMIA APORTES PRIVADOS
Investimentos atingem R$ 1,7 bi em Extrema Após expressiva captação de negócios em 2019, município mineiro já prevê pelo menos outros R$ 1 bi para este ano MARA BIANCHETTI
Agenda 21 - Com a atração de investimentos nos últimos anos, conforme o secretário, Extrema chegou ao posto de maior economia do Sul do Estado. Segundo ele, o município alcançou o posto seguindo um planejamento que se iniciou em 2003, quando 30 entidades civis criaram a Agenda 21 de Extrema, que encerra seu ciclo em 2020. O documento planejava o desenvolvimento da
PREFEITURA DE EXTREMA/DIVULGAÇÃO
No fim do ano passado, a Tok Stok anunciou a instalação de um CD de 66 mil metros quadrados em Extrema
cidade em várias esferas e tinha o objetivo de tornar a cidade um polo de desenvolvimento econômico e social. Desta maneira, em 2010, Extrema era a sexta economia da região com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 1,8 bilhão. Em 2015, saltou para terceira posição, com R$ 5 bilhões, e em 2017, o PIB atingiu R$ 7,5 bilhões, passando a frente o município de Pouso Alegre, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo Carvalho, os números mostram um cresci-
mento sustentável, orgânico e sólido obtido por meio da combinação dos diferenciais internos (localização privilegiada, agilidade nos processos públicos, infraestrutura de qualidade, investimento em qualificação profissional) com os externos (incentivos tributários estaduais, facilidade no diálogo com governo estadual) para criar um ambiente acolhedor. Indi - Para o diretor de Atração de Investimentos da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais
Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG
Extrema, no Sul de Minas Gerais, somou R$ 1,7 bilhão em aportes privados no decorrer do ano passado. Para este exercício, estão previstos pelo menos outros R$ 1 bilhão, a partir da instalação ou expansão de negócios na cidade. Entre os destaques, centros de distribuição (CDs) de diferentes segmentos, demandados a partir do crescimento do comércio eletrônico no Brasil. Para 2020, a aposta permanece no setor. As informações são do secretário de Desenvolvimento Econômico e Empreendedorismo do município, Adriano Carvalho. Segundo ele, em 2019, a retomada da economia ficou evidente e resultou em projetos de expansão industrial ou novos projetos para a cidade. “Ao todo, foram 96 empreendimentos, como a Bauducco, que inaugurou sua terceira fábrica na cidade, desta vez, voltada para a produção de pão de forma. Este número superou bastante os últimos dois anos, já quem, em 2017, tivemos 26 operações, e em 2018, 68”, destacou. Ainda segundo o secretário, no ano passado, a cidade observou duas linhas importantes de investimentos. Por um lado, grandes grupos empresariais, como Fulwood e Log C, iniciaram a construção do maior parque
logístico do Sul de Minas, a partir de um investimento de cerca de R$ 515 milhões, que permitirá a continuidade da atração de empreendimentos também em 2020. Por outro, os aportes diretos também foram vultosos, como a expansão do CD da Ambev – o maior da empresa na América Latina – e a instalação da gigante do comércio eletrônico Mobly. “Tivemos também o anúncio da Tok Stok no fim do ano passado, cujo espaço de 66 mil metros quadrados está em fase adiantada de construção para receber o empreendimento. Além da distribuição para as lojas, o espaço acomodará a operação de e-commerce. Há ainda um estudo para atender um pedido da administração municipal para que a empresa também tenha em Extrema a primeira loja do Sul de Minas”, revelou.
(Indi), João Paulo Braga, o grande diferencial de Extrema está justamente na visão empreendedora do poder público local, com planejamento de longo prazo, boa gestão e continuidade dos trabalhos. Entre os diferenciais do município, ele citou o desenvolvimento econômico no centro do planejamento, as ações governamentais, a credibilidade da prefeitura, a eficiência dos processos, a parceria entre as empresas e o governo e o desenho de políticas públicas em padrão de qualidade internacional.
Além disso, o diretor lembrou que o Indi atua em estreita parceria com a administração municipal no trabalho de prospecção de empresas, nas negociações e no apoio à implantação dos empreendimentos. “Esta parceria resultou em diversas empresas se instalando na região ao longo dos últimos anos, como Netshoes, Bauducco, Tok Stok e Panasonic. Nossa intenção é intensificar esta parceria e atuar para transbordar o desenvolvimento de Extrema para outras cidades da região”, revelou.
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ECONOMIA CAIO CORONEL - DIVULGAÇÃO
SETOR ELÉTRICO
Operações no mercado livre crescem 6% no Brasil Segmento movimentou R$ 134 bi JULIANA SIQUEIRA
O mercado livre de energia apresentou um crescimento de 6% no volume de operações em 2019 na comparação com 2018, atingindo um movimento de R$ 134 bilhões, contra R$ 127 bilhões do ano anterior. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Ainda de acordo com a entidade, o mercado livre corresponde a 30% da energia elétrica consumida no País e foi responsável por uma economia média de 34% na conta de luz entre os seus consumidores em 2019. Diante desses números e desse cenário, as perspectivas para 2020 são positivas De acordo com o sóciodiretor da Enecel Energia, Raimundo Neto, o ano já começou com preços muito voláteis, com grandes flutuações de valores, algo semelhante ao que ocorreu no primeiro semestre de 2019. Os preços têm sido impactados pelo nível mais baixo dos reservatórios e por causa das chuvas, que não têm caído em grande quantidade nos reservatórios. No entanto, diz ele, daqui a pouco já se pode ter uma redução, partindo para valores estabilizados e razoáveis. Acerca do potencial do segmento, Raimundo Neto ressalta que “o mercado livre terá cada vez mais uma
maior participação na matriz energética do Brasil. Os preços do mercado livre no médio e no longo prazo tendem a ser a solução para as principais indústrias e empresas, para reduzir o custo da energia elétrica”, diz. O vice-presidente de estratégica e comunicação da Abraceel, Frederico Rodrigues, por sua vez, destaca que existe atualmente uma oscilação de preços normal, que depende muito da quantidade de chuva que está caindo nas diversas regiões do País. Há uma menor expectativa de chuva, mas nada alarmante, diz ele. Já quando o assunto são as perspectivas para 2020, Frederico Rodrigues destaca as expectativas em relação a um retorno da atividade econômica de forma mais intensa, o que faz também aumentar as boas perspectivas em relação ao crescimento do número de empresas que irão para o mercado livre. “Existe uma diferença significativa entre os preços praticados no mercado livre e entre os cativos”, afirma ele. O vice-presidente de estratégica e comunicação da Abraceel cita, ainda, a publicação, por parte do Ministério de Minas e Energia, da Portaria 465, de 2019, que reduz os limites de acesso irrestrito ao mercado livre de energia no País. “Com isso, a expectativa é a de que esse mercado possa
Preços da energia no mercado livre iniciaram o ano com volatilidade por conta de poucas chuvas nos reservatórios
ocupar um espaço maior ainda, dependendo de como vai reagir a economia”, diz ele. Frederico Rodrigues conclui que se espera um mercado brasileiro mais livre e mais competitivo, com grande estímulo à economia e à eficiência. Cautela - Quando se trata de partir para esse mercado, contudo, o consultor de energia Rafael Herberg destaca que é preciso fazer tudo com bastante comedimento, pensando em transações cuidadosas e planejadas. “É preciso ter cautela, não fazer nada por impulso. A minha sugestão é sempre acompanhar os preços, as ofertas do mercado e analisar em relação à competitividade do seu negócio”, afirma ele, ressaltando que, dessa forma, é possível fazer bons negócios. Números -. De acordo com a Abraceel, o mercado livre de energia no País tem, atualmente, 324 comercializadores registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), tendo fechado o ano passado com
6.870 consumidores. Ainda de acordo com a entidade, o setor é o responsável por 34% de toda a expansão do parque gerador em construção, com investimentos que giram em torno de R$ 34 bilhões, sobretudo em energia renovável. Hoje, 42% da geração de energia renovável tem o mercado livre como destino. Em nota, a Abraceel afirmou que “os resultados de geração de energia, comercialização e economia poderiam ser muito maiores com a abertura total do mercado de energia no País”. De acordo com o presidente da entidade, Reginaldo Medeiros, o mercado livre de energia poderia entregar, anualmente, uma economia de R$ 12 bilhões na conta de luz de 80 milhões de consumidores do Brasil. “Mesmo que a abertura atingisse hoje somente a parcela do setor produtivo que ainda está fora desse mercado, já teríamos uma redução de R$ 7 bilhões nessas contas corporativas e poderíamos gerar no Brasil algo em torno de 420 mil postos de trabalho”, disse ele, em nota.
COMBUSTÍVEIS
Petrobras reduz o preço da gasolina em 3% Rio - A Petrobras reduzirá o preço médio da gasolina e do diesel nas refinarias em 3% a partir desta terça-feira (14), informou a companhia à Reuters, após ter mantido os valores de ambos os combustíveis estáveis por semanas. A gasolina não sofria um reajuste desde 1º de dezembro, enquanto o diesel - combustível mais comercializado do País - tinha a cotação estável desde 21 de dezembro. A petroleira tem evitado repassar a volatilidade dos preços globais do petróleo ao mercado doméstico - no início deste ano, ela optou por não aplicar de imediato reajustes em suas refinarias na sequência de um ataque norte-americano que matou um importante general iraniano no Iraque e gerou tensão geopolítica que preocupou o mercado de petróleo. Após um salto inicial e uma nova alta após um contra-ataque do Irã que mirou bases dos EUA no Iraque, os valores do Brent, referência internacional do petróleo, fecharam em queda de 5,3% na semana passada, em patamares inferiores aos registrados antes do início das tensões no Oriente Médio. Ontem, os preços de referência da commodity caíam cerca de 1% no início da tarde. “Os reajustes estão bem em consonância com o que aconteceu no mercado internacional. As cotações de-
DIEGO VARA - REUTERS
Petrobras tem evitado repassar a volatilidade dos preços globais para o mercado doméstico
volveram bastante depois do pico da crise no Oriente Médio, e eles (o mercado) já tiraram praticamente todo o risco do preço do petróleo”, afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva. “Na semana passada, a Petrobras já poderia ter reduzido o preço, mas eu acredito que eles esperaram a situação se acalmar, passar o fim de semana, para ver se não haveria nenhum repique na crise lá fora.” Em meio a preocupações com os possíveis efeitos de tensões no Oriente Médio sobre os preços dos combustíveis, o governo federal tem estudado alternativas para
aliviar repasses de altas do petróleo aos combustíveis. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse durante na semana passada que o governo avalia utilizar recursos de royalties e participações especiais cobradas sobre a produção de petróleo para compensar eventuais impactos dos preços internacionais nas bombas. O presidente Jair Bolsonaro tem reiterado que seu governo não irá intervir na política de preços da Petrobras. Em anos passados, o governo federal obrigou a Petrobras a praticar preços domésticos inferiores aos cobrados no mercado internacional, o que causou pre-
juízos de bilhões de dólares à petroleira e restringiu a atuação de novos produtores ou de importadores de combustíveis no País. Segundo a Petrobras, sua política de preços para a gasolina e o diesel segue o princípio da paridade de importação, formada pela cotação internacional dos produtos mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio. O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos depende de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis. (Reuters)
Passanezi assume a presidência da Cemig MARA BIANCHETTI
O executivo Cledorvino Belini deixou a presidência da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) após estar à frente da estatal por quase um ano. O economista Reynaldo Passanezi Filho assume como novo diretor-presidente da companhia, e a privatização segue nos planos do governador Romeu Zema (Novo). A informação foi confirmada pela energética, que enalteceu o currículo do novo diretor indicado pelo governo do Estado, que tem experiência na área e já foi presidente da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep). Ainda conforme a Cemig, Belini permanecerá como membro do Conselho de Administração da empresa. O anúncio foi feito na manhã de ontem, em reunião na sede da companhia. O encontro contou com a presença de lideranças da empresa e foi transmitido ao vivo para representantes do interior do Estado. Conforme informações de uma fonte da energética, o combinado entre Belini e Zema era que o executivo que também já presidiu a Fiat ficasse à frente da estatal por apenas um ano. “Minha saída, como já foi informado, atende a uma necessidade de caráter pessoal. De qualquer forma, a convite do governador, continuarei acompanhando a Cemig em seus desafios, como membro do seu Conselho de Administração”, enfatizou ao se despedir dos funcionários. “O nosso compromisso é tornar a Cemig a maior empresa do setor elétrico do Brasil. Tenho certeza de que vocês vão conseguir fazer esse trabalho, com a disposição e a garra que vocês têm. Queria agradecer esse período todo. Foi muito bom. Mas vamos continuar juntos, e agora com o Reynaldo”, completou. Passanezi Filho, por sua vez, destacou o desafio de liderar a companhia e enalteceu as mudanças feitas na estatal no último ano. “Tenho um respeito imenso às conquistas já alcançadas. Vamos seguir na linha mestra do planejamento estratégico. Meu compromisso é engrandecer ainda mais a Cemig e prestar serviço à sociedade com qualidade e preços competitivos”, ressaltou. O novo presidente possui graduação e doutorado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado em Economia pela Universidade de Campinas (Unicamp), graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), além de especialização em Gestão, Liderança e Inovação pela Universidade de Stanford (EUA). Possui carreira sólida em posições executivas no setor elétrico, no setor financeiro e passagens pelo setor público. Possui, ainda, ampla experiência em reestruturações empresariais, fusões e aquisições, com conhecimento profundo de América Latina e de infraestrutura. Em comunicado ao mercado, a companhia agradeceu formalmente a Belini pela atuação como presidente/CEO, destacando seu mandato pela revisão do planejamento estratégico do grupo e efetividade na implementação de programas em vistas de acelerar a otimização da alocação de capital e a recuperação econômico-financeira do grupo, com ênfase em ganho de eficiência operacional e melhoria no atendimento aos clientes. No mesmo documento, a estatal elogiou o ingresso de Passanezi Filho destacando a experiência acadêmica e profissional do executivo que “representa a certeza de sucesso da Cemig na criação de valor para seus stakeholders”. No discurso de despedida, Belini destacou os feitos de sua gestão. Segundo ele, em 2019, a Cemig se aprumou e está novamente lucrativa, dispondo de uma estrutura mais enxuta e eficiente. Ele destacou ainda que praticamente foram zeradas as obras em atraso, que eram 39.000 no início do ano passado, e que a dívida foi reperfilada e seu custo reduzido. Além disso, a redução administrativa permitiu redução de 25% dos cargos de liderança. “A Cemig conseguiu equacionar um plano de investimento para o atual ciclo (até 2022), de R$ 8,2 bilhões. Lançamos, ainda, a Cemig SIM, empresa de geração distribuída e soluções de energia – segmento que será uma peça determinante do novo mercado de energia”, finalizou.
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2020
Prestação de contas - Balanço
Um ano após a tragédia de Brumadinho, a Vale segue reparando os danos causados. E prestando contas à sociedade. Desde o rompimento da barragem, a Vale agiu de imediato para dar suporte às pessoas e comunidades. Para isso, atua em diversas frentes, como a indenização às pessoas atingidas, a recuperação do meio ambiente em torno do Rio Paraopeba e a aplicação de novas medidas de segurança.
Cuidados com as pessoas A Vale entende que há danos causados que são irreparáveis e se empenha para cuidar de cada pessoa atingida. Por isso, mais de 18 mil atendimentos médicos e psicossociais foram realizados, e até o momento mais de 3.900 pessoas estão sendo indenizadas em 1.500 acordos individuais e trabalhistas já assinados. Já foi pago R$ 1,5 bilhão às pessoas.
Recuperação do Rio Paraopeba Para recuperar o Rio Paraopeba, a Vale construiu duas estações de tratamento que devolvem água limpa ao rio. O monitoramento, em mais de 90 pontos, e análises diárias indicam que o rio poderá voltar à sua condição original.
Medidas de segurança Como medida de segurança, a Vale está eliminando oito barragens como a de Brumadinho e criou um centro de monitoramento geotécnico que acompanha 94 estruturas 24 horas por dia.
Nosso compromisso continua: reparar os danos e prestar contas à sociedade. Veja o que está sendo feito em: vale.com/prestacaodecontas
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2020
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ECONOMIA ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC
VOLTA ÀS AULAS
Vendas de material escolar devem subir atĂŠ 20% Lojistas estĂŁo otimistas na Capital
MICHELLE VALVERDE
As vendas de materiais escolares devem crescer em 2020. Mesmo com a recuperação da economia ainda lenta, lojistas estĂŁo investindo na diversificação de produtos e de marcas e oferecendo condiçþes diferenciadas de pagamento para atrair os clientes e efetuar as vendas. Lojas especializadas no ramo esperam vendas atĂŠ 20% maiores no perĂodo. A economista da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Ana Paula Bastos, explica que a demanda pelos itens escolares ĂŠ maior entre janeiro e abril e as expectativas sĂŁo positivas para este ano. “Com a retomada da economia e da geração de empregos, as pessoas come-
çam a voltar para o mercado de consumo. A melhoria do otimismo tambĂŠm contribui para que as compras sejam feitas a prazoâ€?, explicou Ana Paula. A economista da CDL-BH explica que os lojistas devem investir na variação dos estoques, oferecer boas condiçþes de pagamentos, descontos, divulgação dos produtos e bom atendimento, o que ĂŠ considerado essencial para efetuar as vendas e tambĂŠm para fidelizar os clientes. DiversiďŹ cação de marcas - O gerente de marketing da Port InformĂĄtica, Geraldo Melo, espera um acrĂŠscimo de 10% nas vendas de materiais escolares neste ano. Para alcançar o objetivo, a empresa - que tem quatro lojas em Belo Horizonte,
Entre estratÊgias de lojistas para atrair consumidores estão condiçþes diferenciadas de pagamento e produtos diversos
uma em Betim e duas em BrasĂlia - investiu na diversificação das marcas dos produtos, oferecendo itens em variadas faixas de preços. Dentre os itens mais procurados na Port estĂŁo os materiais de escrita e os cadernos de personagens. “Nossa expectativa ĂŠ positiva, esperamos uma alta de 10% nas vendas de materiais para a volta Ă s aulas, frente igual perĂodo do ano passado. AlĂŠm das
mudanças que ocorreram na economia, estamos parcelando o material escolar em dez vezes e oferecendo desconto de 5% no pagamento Ă vista, o que facilita muito as compras, uma vez que o inĂcio do ano concentra gastos com fĂŠrias e pagamento de impostosâ€?, explicou Melo. Na Conhecer Livraria e Papelaria, as vendas para a volta Ă s aulas deste ano devem ficar cerca de 20% maiores que as registradas
Leitura vai investir R$ 7 mi em novas lojas Na Leitura, uma das mais tradicionais redes de livraria e material escolar do Estado, as expectativas tambĂŠm sĂŁo favorĂĄveis. Para o perĂodo de volta Ă s aulas, ĂŠ esperado um incremento de 7% a 8% na comercialização de produtos. A retomada da economia e o melhor ambiente de negĂłcios tĂŞm estimulado os investimentos da rede, que, somente este ano, investirĂĄ mais de R$ 7 milhĂľes na abertura de, pelo menos, mais sete lojas no PaĂs. De acordo com o sĂłcio-proprietĂĄrio da Leitura, Marcus Teles, a movimentação nas lojas da rede jĂĄ estĂĄ maior que a observada no inĂcio de 2019. Entre os dias 2 e 8 de janeiro, houve um avanço de 7% na comercialização, o que deve ser mantido atĂŠ o final da temporada da volta Ă s aulas. Para atender o consumidor, a empresa oferece produtos de diversas marcas e preços, procurando abranger todos os tipos de clientes.
TambĂŠm sĂŁo oferecidos produtos exclusivos, lançamentos e itens diferenciados. Os produtos que devem puxar a comercialização sĂŁo os cadernos – principalmente de personagens -, as mochilas e itens de escrita. “HĂĄ uma vontade maior dos estudantes em escolher o material escolar, querem lançamentos e itens diferentes. A procura por novidades ĂŠ muito grande. Nas lojas da rede, temos de 500 a 800 tipos de cadernos e canetas diferentes e com preços para todos os bolsos. Temos cadernos universitĂĄrios que começam em uma faixa mĂŠdia de preços de R$ 7 atĂŠ bem mais caros, que passam de R$ 30, temos lĂĄpis de R$ 0,50 a R$ 1,50â€?. Outra estratĂŠgia ĂŠ a opção do consumidor parcelar o material escolar em atĂŠ dez vezes no cartĂŁo de crĂŠdito. “Nesta ĂŠpoca do ano, a renda dos consumidores fica mais apertada pelas contas de inĂcio de
Gaustec IndĂşstria e Manutenção em EletromagnĂŠticos Ltda. CNPJ: 07.435.569/0001-29. Edital de Convocação para ReuniĂŁo de SĂłcios da Sociedade JosĂŠ PancrĂĄcio Ribeiro, portador do CPF nÂş. 199.017.986-04, ClĂĄudio Henrique Teixeira Ribeiro, portador do CPF nÂş. 035.381.496-23, MĂĄrcio Augusto Teixeira Ribeiro, portador do CPF nÂş. 038.088.46-61 e Claudianne MĂĄrcia Teixeira Ribeiro Caetano, portadora do CPF nÂş. 051.203.386-23, sĂłcios administradores da Sociedade EmpresĂĄria Limitada Gaustec IndĂşstria e Manutenção em EletromagnĂŠticos Ltda, no uso de suas atribuiçþes, de acordo com os artigos 1.071, V e 1.072, ambos do CĂłdigo Civil de 2002, Lei n.Âş 10.406 de 10.01.2002, convocam o sĂłcio Leonardo Lage D’azevedo Carneiro, portador do CPF nÂş. 030.207.726-05, para se reunirem em ReuniĂŁo de SĂłcios, a ser realizada no dia 05 de fevereiro de 2020, na Rua Kerban, 35, Bairro Jardim CanadĂĄ, em Nova Lima/MG, CEP 34007-676, sede da Gaustec IndĂşstria e Manutenção em EletromagnĂŠticos Ltda, em primeira chamada Ă s 14 horas, necessitando a presença dos titulares de, no mĂnimo, 3/4 do capital social, e em segunda chamada Ă s 14h30min, com qualquer nĂşmero, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Alteração da ClĂĄusula SĂŠtima do contrato social; b) Alteração da ClĂĄusula Nona do contrato social; c) Alteração da ClĂĄusula DĂŠcima Terceira GR FRQWUDWR VRFLDO SDUD D GHÂżQLomR H Âż[DomR GH UHWLUDGD PHQVDO D WtWXOR GH SUy ODERUH G $OWHUDomR GD ClĂĄusula DĂŠcima Quarta do contrato social para a inclusĂŁo da SUHYLVmR GDV KLSyWHVHV GH DGPLVVmR H[FOXVmR GH VyFLRV H HVWDEHOHFLPHQWR GD IRUPD SDUD D DSXUDomR GH KDYHUHV G 0RGLÂżFDomR do contrato social em razĂŁo das eventuais deliberaçþes que vierem a ser tomadas; e) Outros assuntos de interesse da sociedade;
COMARCA DE NOVA SERRANA - 2ÂŞ VARA CĂ?VEL - EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO - PRAZO DE 20 (VINTE) DIAS. O Dr. Rodrigo PĂŠres Pereira, MM. Juiz de Direito desta Comarca de Nova Serrana, Estado de Minas Gerais, no exercĂcio do seu cargo, na forma da Lei, etc. FAZ SABER aos que virem o presente edital ou dele conhecimento tiverem, que por este JuĂzo e respectiva Secretaria, processam-se os termos e atos de uma AĂ‡ĂƒO DE BUSCA E APREENSĂƒO COM BASE NO DECRETO-LEI 911/69, que BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A. - CNPJ 07.207.996/0001-850, move em face de RAIMUNDO ARAUJO DA SILVA - CPF 009.148.263-10, atualmente em local incerto e nĂŁo sabido, nos autos de nÂş 0452.14.0046767, e por este CITA a parte rĂŠ RAIMUNDO ARAUJO DA SILVA - CPF 009.148.263-10 para, no prazo GH TXLQ]H GLDV TXHUHQGR FRQWHVWDU D DomR ÂżFDQGR DGYHUWLGD GH TXH FDVR FRQWUiULR VHUi FRQVLGHUDGD revel e presumir-se-ĂŁo verdadeiras as alegaçþes de fato formuladas pelo autor (art. 344, CPC/15), bem DVVLP VHUi QRPHDGR FXUDGRU HVSHFLDO DUW ,9 &3& )LFD R FLWDQGR LQWLPDGR RXWURVVLP TXDQWR DR inteiro teor da decisĂŁo liminar de f. 28, a qual deferiu a busca e apreensĂŁo do bem descrito na exordial, bem assim determinou sua intimação para, no prazo de 05 (cinco) dias, apĂłs a efetivação da liminar: a) pagar a integralidade de dĂvida pendente (art. 3Âş, § 2Âş, do Decreto-lei 911/69); b) purgar a mora, observados os HQFDUJRV SUHYLVWRV FRQWUDWXDOPHQWH QD IRUPD GD 'HFLVmR -XGLFLDO 3RU ÂżP ÂżFD D SDUWH LQWLPDGD TXDQWR DR teor de f. 62/64,que informam a ocorrĂŞncia da busca e apreensĂŁo do bem e seu depĂłsito em poder da parte DXWRUD SDUD WRGRV RV ÂżQV SUHYLVWRV HP /HL ( SDUD TXH FKHJXH DR FRQKHFLPHQWR GH WRGRV H QLQJXpP SRVVD DOHJDU LJQRUkQFLD PDQGRX R 00 -XL] H[SHGLU R SUHVHQWH HGLWDO TXH VHUi DÂż[DGR QR VDJXmR GR )yUXP ORFDO H publicado na forma da Lei. Dado e passado nesta cidade de Nova Serrana, aos 11 de dezembro de 2019. Eu, Tamires Muniz Costa, escrivĂŁ da 2ÂŞ Vara CĂvel, o subscrevi por ordem do MM. Juiz de Direito Dr. Rodrigo PĂŠres Pereira. Advogado(a)(s): Dr(a).CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES - OAB/MG 111.753
FEDERAĂ‡ĂƒO MINEIRA DE LEVANTAMENTO DE PESOS
EDITAL CONVOCAĂ‡ĂƒO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA - AGO De ordem do Vice-Presidente da Federação Mineira de Levantamento de Pesos, FMLP, e de conformidade com o ParĂĄgrafo Ăšnico), Art.59o, ParĂĄgrafo Ăšnico), Art.60o e Item d), Art. 61o do Estatuto da FMLP, convoco ao Presidente ou seu representante, dos Clubes filiados e a ComissĂŁo de Oficiais TĂŠcnicos para a Assembleia Geral OrdinĂĄria da FMLP. A Assembleia Geral OrdinĂĄria atenderĂĄ as exigĂŞncias dos Art. 52o ao Art.57Âş, do Estatuto atual da FMLP. A Assembleia OrdinĂĄria a ser realizada na Sala de Levantamento de Pesos, da Associação dos Servidores Administrativos da Universidade Federal de Viçosa (ASAV), localizada na Rua do Pintinho, 355, Bairro Bela Vista, na cidade de Viçosa, Estado de Minas Gerais, no dia 03 de fevereiro de 2020, Ă s 09:00 (nove horas), em primeira convocação com “quorumâ€?, e em segunda convocação, Ă s 09:30 (nove horas e trinta minutos), com qualquer nĂşmero de delegados que compareçam, terĂĄ a seguinte Ordem do Dia: a- conhecer os RelatĂłrios da PresidĂŞncia e Diretoria das atividades do ano 2019; b- apreciar, discutir e julgar o Balanço do ano 2019, com o Parecer do Conselho Fiscal; c- aprovar ou nĂŁo, alterando se necessario, o Projeto de Orcamento anual, apresentado pela Diretoria; d- eleger o Presidente, o Vice-Presidente e os Membros do Conselho Fiscal (3 Efetivos e 2 Suplentes), da FMLP, para o quadrienio de 2020 a 2024 ; e- dar Posse aos Membros eleitos; e f- decidir a respeito de qualquer outro assunto, no incluido neste Edital de Convocação. De acordo ao exigido no Art. 45o do Estatuto da FMLP, os filiados que estĂŁo em pleno gozo dos seus direitos e atendem Ă s exigĂŞncias legais estatutĂĄrias sĂŁo: o Viçosa AtlĂŠtico Clube, o Viçosa Força e SaĂşde e a ComissĂŁo de Oficiais TĂŠcnicos. Belo Horizonte, 02 de janeiro de 2020. FRANCISCO ASSIS DE SOUZA CASTRO - Vice-Presidente da FMLP
ano, por isso, parcelamos os itens escolares. TambĂŠm fazemos parcerias com escolas, temos vĂĄrias listas de colĂŠgios para que o cliente chegue na loja e tenha todo o material disponĂvelâ€?, explicou Teles. Com expectativas positivas em relação ao cenĂĄrio econĂ´mico, serĂŁo investidos pelos menos R$ 7 milhĂľes na abertura de seis a sete lojas em 2020. AtĂŠ o momento, jĂĄ foram fechados quatro contratos e outros dois estĂŁo em negociação. Ainda em janeiro, serĂĄ aberta uma unidade em SĂŁo Paulo, cidade que, atĂŠ o final do ano, vai receber mais uma loja. Para Minas Gerais, jĂĄ estĂĄ confirmada a inauguração de uma unidade em Juiz de Fora. A unidade em Serra, no EspĂrito Santo, tambĂŠm serĂĄ aberta em 2020. EstĂŁo em negociaçþes lojas no Centro-Oeste e Nordeste do PaĂs. “Estamos otimistas e acreditando na recuperação da economia nacionalâ€?, disse Teles. (MV)
Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro MAT. JUCEMG nÂş 507 torna pĂşblico que realizarĂĄ leilĂŁo online no Portal: www. gpleiloes.com.br e presencial na Av. N Sra. do Carmo, 1650, lj 41, Carmo-BH/MG, LeilĂŁo: 05/02/2020 Ă s 10:00hs, para venda de imĂłvel. Comitente: Banco Inter S/A. Normas p/ participação registradas no CartĂłrio do 1Âş OfĂcio de Reg. de TĂtulos e Docs. de BH, nÂş 01419286. Info. e edital no site: www. gpleiloes.com.br ou pelo tel.: 31 3241-4164.
Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro MAT. JUCEMG nÂş 507 torna pĂşblico que realizarĂĄ leilĂŁo online no Portal: www.gpleiloes.com.br e presencial na Av. N Sra. do Carmo, 1650, lj 42, Carmo-BH/MG, LeilĂŁo: 23/01/20 Ă s 15:00hs, para venda de imĂłveis. Comitente: Embracon Administradora e ConsĂłrcio Ltda. e outros. Normas p/ participação registradas no CartĂłrio do 1Âş OfĂcio de Reg. de TĂtulos e Docs. de BH, nÂş 01419286. Info. e edital no site: www.gpleiloes.com.br ou pelo tel.: 31 3241-4164.
Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais – OCEMG Tabela de Contribuição Sindical Patronal – ExercĂcio 2020 O Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais – OCEMG, cumprindo o que estabelece o art. 605 da CLT, comunica Ă s cooperativas do Estado de Minas Gerais, exceto Ă s cooperativas de trabalho mĂŠdico, sobre o recolhimento da Contribuição Sindical 2020, em nome desta entidade, atĂŠ o dia 31/01/2020. As cooperativas poderĂŁo obter a Guia de Contribuição Sindical atravĂŠs do site da Caixa EconĂ´mica Federal. Informaçþes pelo telefone (31)3025-7071 ou atravĂŠs do e-mail arrecadacao@minasgerais.coop.br. CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SINDICAL PATRONAL - ANO 2020 Valor-base: R$176,31 Linha
Classe de capital social (R$)
1
de
2 3 4 5
de de de de
6
de
R$ 0,01 R$ 13.223,40 R$ 26.446,79 R$ 264.467,76 R$ 26.446.775,10 R$ 141.049.467,16
a
R$ 13.223,39
a R$ 26.446,78 a R$ 264.467,75 a R$ 26.446.775,09 a R$ 141.049.467,15 a
"em diante"
Parcela a adicionar
AlĂquotas Contribuição mĂnima 0,8 0,2 0,1 0,02 Contribuição mĂĄxima
R$ 105,79 R$
R$ 158,68 R$ 423,15 R$ 21.580,57 R$ 49.790,46
Belo Horizonte, 07 de janeiro de 2020. Ronaldo Scucato - Presidente
COMARCA DE VĂ RZEA DA PALMA/MG - JUĂ?ZO DA 2ÂŞ VARA MISTA - PROCESSO NÂş 000468254.2012.8.13.0708 - CLASSE: BUSCA E APREENSĂƒO DL 911/69 - EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO - PRAZO: 15 (QUINZE) DIAS. Pedro GuimarĂŁes Pereira, MMÂş Juiz de Direito da 2a Vara desta Comarca de VĂĄrzea da Palma/MG, no exercĂcio do cargo, na forma da Lei, etc... FAZ SABER a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que por este JuĂzo e respectiva secretaria tramita a ação de Procedimento OrdinĂĄrio/Guarda, processo nÂş 0004682-54.2012.8.13.0708, que BV Financeira CrĂŠdito Financiamento e Investimento move em face de CĂntia Franciele RosĂĄrio dos Santos para busca e apreensĂŁo do veĂculo Honda CG 150 FAN-ESI MIX, descrito Ă f. 02 da inicial, e constando dos autos que a requerida se encontra em local incerto e nĂŁo sabido, pelo presente edital CITA a rĂŠ CĂ?NTIA FRANCIELE ROSĂ RIO DOS SANTOS, brasileira, casada, auxiliar de escritĂłrio, portadora do RG MG 17.706.877, inscrita no CPF sob o nÂş 094.221.526-58, com Ăşltimo endereço declarado na R. dos JesuĂtas, nÂş 09 - B. Nossa Senhora de FĂĄtima - VĂĄrzea da Palma/MG, para tomar ciĂŞncia do inteiro teor da presente ação e, para querendo, pagar a integralidade da dĂvida pendente que monta R$ 8.998,95 (oito mil, novecentos e noventa e oito reais e noventa e cinco centavos), valor sem os devidos acrĂŠscimos legais, no prazo de 05 (cinco) dias, hipĂłtese na qual lhe serĂĄ restituĂdo o bem livre de Ă´nus, ou, se assim preferir, para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar resposta a esta ação, nos termos do artigo Âş, do Decreto-Lei nÂş 911/69, alterado pela Lei 10.931/04. Este edital foi expedido por ordem do magistrado Pedro Fernandes Alonso Alves Pereira. E, para que chegue ao conhecimento de todos, especialmente da requerida, e ninguĂŠm possa alegar ignorância, expediu-se o presente edital, que serĂĄ publicado uma vez no DiĂĄrio do JudiciĂĄrio EletrĂ´nico (www.dje.tjmg.jus.br) e cuja FySLD VHUi Âż[DGD QR iWULR GR )yUXP GHVWD FRPDUFD QR OXJDU GH FRVWXPH (VWH -Xt]R IXQFLRQD QR HGLItFLR GR FĂłrum “JoĂŁo Monteiro de Moraisâ€?, localizado na R. ClĂĄudio Manoel da Costa, nÂş 1.065 - B. Pinlar, VĂĄrzea da Palma/MG, CEP 39.260-000, Telefone: (38) 3731-1517, endereço de e-mail: vzp2secretaria@tjmg.jus.br, com expediente externo de 2ÂŞ a 6ÂŞ feiras de 12 horas Ă s 18 horas. Dado e passado nesta cidade e Comarca de 9iU]HD GD 3DOPD DRV GLDV GR PrV GH GH]HPEUR GR DQR (X 'XOFLOHQH % 6 2]yULR 2ÂżFLDO GH $SRLR Judicial, digitei. Eu, Adahir Maria Gribel Castro Machado, Gerente de Secretaria, conferi e subscrevo por ordem do MM. Juiz de Direito Pedro Fernandes Alonso Alves Pereira.
no mesmo intervalo do ano anterior. Segundo o gerente, Leonardo Alves Fantauzzi, alĂŠm da recuperação da economia, o investimento na diversificação dos itens e das marcas tĂŞm sido fundamental para atender os consumidores e ampliar a comercialização. “Estamos sentindo o consumidor mais otimista. Este ano, aumentamos o nĂşmero de marcas, o que foi importante para diversificar os preços. Muitas famĂlias
tĂŞm mudado o perfil de consumo, optando por itens com preços mais acessĂveis, e estamos atendendo essa demandaâ€?, disse. Outra estratĂŠgia que tem ajudado a acelerar as vendas ĂŠ a negociação de descontos e parcelamentos com cada cliente. “NĂŁo temos uma fĂłrmula pronta, atendemos cada cliente conforme a necessidade dele e isso vem trazendo bons resultadosâ€?, explicou Fantauzzi.
BRASĂ?LIA-JUIZ DE FORA
Conselho do PPI sugere ao governo relicitação de trecho da BR-040 BrasĂlia - O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro que faça uma nova licitação de um trecho da rodovia federal BR-040, conforme publicação no DiĂĄrio Oficial da UniĂŁo de ontem. Essa rodovia a ser relicitada - um trecho de 776 quilĂ´metros - liga a capital BrasĂlia a Juiz de Fora, em Minas Gerais. A Invepar venceu o leilĂŁo desta rodovia no final de 2013, ainda no governo Dilma Rousseff, mas, quatro anos depois, chegou a anunciar em comunicado o inĂcio
A $XWR 9HVWH 8QLIRUPHV 3UR¿Vsionais Ltda, por determinação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentåvel – SEMMAD, torna público que foi solicitado atravÊs do Processo Administrativo nº 5451916335, a LiFHQoD $PELHQWDO 6LPSOL¿FDGD ¹ /$6 CADASTRO – CLASSE 0, para a atividade de fabricação de uniformes SUR¿VVLRQDLV ORFDOL]DGD QD $YHQLGD Joana Peres, nº 363, Bairro Jardim 7HUHVySROLV %HWLP 0*
PARAIBUNA PAPÉIS S.A. CNPJ/MF N.Âş 21.550.447/0001-04 CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Ficam convocados os senhores acionistas da Paraibuna PapĂŠis S.A. para participarem da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a realizar-se no escritĂłrio de sua sede, na Av. AntĂ´nio SimĂŁo Firjan, 1265 – Distrito Industrial, na cidade de Juiz de Fora - MG, no dia 22 de janeiro de 2020, Ă s 14:00 horas, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: 1) Eleição do Conselho de Administração e da Diretoria; 2) Alteração da atividade principal da Empresa; 3) Outros assuntos de interesse da Sociedade. Juiz de Fora - MG, 09 de janeiro de 2020. Heitor Luiz Villela – Presidente do Conselho de Administração.
do processo de devolução para relicitação. O conselho do PPI cita a “necessidade de expandir a qualidade da infraestrutura pĂşblica e de conferir aos projetos de relevo o tratamento prioritĂĄrio previsto na legislaçãoâ€? e a “necessidade de assegurar a continuidade dos serviços que nĂŁo estejam sendo atendidos ou cujos atuais contratados demonstrem incapacidade de cumprir as obrigaçþes assumidas originalmenteâ€? como alegaçþes para relicitar a BR-040. O governo federal publicou, em agosto, decreto que define regras para relicitação de concessĂľes nos setores rodoviĂĄrio, ferroviĂĄrio e aeroportuĂĄrio, o que permite a operadores rescindirem contratos antecipadamente. (Reuters) EDITAL DE LEILĂƒO FilatĂŠlica MG LeilĂľes – Filatelia e NumismĂĄtica – O Leiloeiro Errol Flynn Lopes Pereira dos Reis JUCEMG 653, torna pĂşblico que levarĂĄ a leilĂŁo, no dia 17/01/2020 Ă s 18:00hs, onde serĂŁo leiloados moedas, selos e outros. Endereço: Rua Alagoas, 1314 Loja 24C - FuncionĂĄrios. A visitação serĂĄ dia 16/01/2020 de 10 Ă s 18hs. Informaçþes : 31 3221-1003.
00259 - 2029626-72.2010.8.13.0024 Exequente: Santander Leasing S.A. Arrendamento Mercantil; ([HFXWDGR $OH[DQGUH 0DJQR GH &DUYDOKR 'H¿UR D FLtação por edital, conforme requerido. Expeça-se edital para citação do executado, com prazo de dilação de 20 (vinte) dias, constando advertência do artigo 257, IV do CPC.O credor deverå ser intimado para o ato de citação, vez que caberå ao mesmo comprovar a publicação do edital. Adv - Guilherme Veloso Teixeira, Ivan Mercedo de Andrade Moreira, William Batista Nesio, Mariana Vieira Machado Verissimo, Sarah Goncalves Lima de Oliveira, Julia Melo Camargos, Raissa Bianca Duarte Rajao, Rodrigo Gago Freitas Vale Barbosa, Gustavo Rodrigo Goes Nicoladeli, Rodrigo Frassetto Goes, Gustavo Rodrigo Goes Nicoladeli.
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POLÍTICA LEGISLATURA
Governo editou 48 MPs em apenas 1 ano Metade das medidas teve a análise concluída pelo Congresso, com a perda de prazo e rejeição de 11 Brasília - No primeiro ano do governo do presidente Jair Bolsonaro foram editadas 48 medidas provisórias, das quais 24 já tiveram a análise encerrada pelo Congresso. Dessas, 11 medidas não viraram leis porque perderam o prazo para a votação ou foram rejeitadas pelos deputados e senadores. Para 2020, 24 delas ainda estão com análise pendente pelos parlamentares. Entre as medidas aprovadas em 2019 está a MP 881/2019, conhecida como MP da Liberdade Econômica, transformada na Lei 13.874, de 2019. O texto traz medidas de desburocratização e simplificação de processos para empresas e empreendedores. A medida provisória alterou regras de direito civil, administrativo, empresarial e trabalhista, para, segundo o governo, reduzir a burocracia e trazer mais segurança jurídica. “Desde a eleição do presidente e as mudanças na relação entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional, com diálogo, realizamos ao longo do ano um cuidadoso trabalho de articulação. Estamos conseguindo superar obstáculos e convergir em torno da agenda que está tirando o Brasil do atoleiro econômico”, disse o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), ao fazer um balanço da relação entre o Palácio do Planalto e o Legislativo. Ele também citou como avanço para a agenda econômica a MP 871/2019, que criou regras para coibir fraudes nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Transformada na Lei 13.846, de 2019, a MP cria um programa de revisão de benefícios do INSS, com bônus para os peritos que realizarem mais perícias médicas; exigência de cadastro do trabalhador rural feito pelo governo, e não mais pelos sindicatos; e pagamento de auxílio-reclusão apenas em casos de pena em regime fechado, proibindo o pagamento aos
RODRIGUES POZZEBOM / AGÊNCIA BRASIL
presos em regime semiaberto. Já a MP 889/2019, transformada na Lei 13.932 de 2019, criou novas modalidades de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O texto instituiu o saque-aniversário, que pode ser feito a cada ano, independentemente de eventos como demissão ou financiamento da casa própria. A norma também liberou o saque imediato de até R$ 998 (um salário mínimo) do FGTS. Inicialmente, o valor estabelecido pela medida provisória (MP) era de R$ 500. O aumento no valor foi feito pelos parlamentares durante a análise do texto pelo Congresso. Outro texto editado em 2019 e já aprovado pelo Senado foi a Medida Provisória 885/2019, que facilitou o repasse de recursos decorrentes da venda de bens apreendidos do tráfico de drogas aos estados e ao Distrito Federal. De acordo com o texto, transformado na Lei 13.886, de 2019, o repasse aos entes federados não dependerá mais de convênio e poderá ser feito de forma direta, com transferência voluntária.
Vigência - As MPs são normas com força de lei editadas pelo presidente da República em situações de relevância e urgência. Apesar de produzir efeitos jurídicos imediatos, elas precisam da apreciação das duas Casas do Congresso Nacional — Câmara e Senado — para se converter definitivamente em lei ordinária. Quando isso não ocorre dentro do prazo de vigência (até 120 dias), a MP perde a validade. Em 2019, 11 medidas perderam a vigência. Foi o que aconteceu com a MP 882/2019, que ampliava a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos processos de desestatização e alterava o Programa de Parcerias de Investimento (PPI). Também perdeu eficácia a MP 879/2019, que autorizava a União a pagar até R$ 3,5 bilhões à Eletrobras por despesas da empresa com compra de combustíveis. A medida chegou a ser aprovada pela comissão mista, mas foi rejeitada pela Câmara. Outra MP que não foi votada no prazo e perdeu a vigência foi a MP 891/2019, que incluía
O Congresso começará os trabalhos de 2020 com 24 medidas provisórias pendentes
em lei a antecipação de pagamento de metade do 13º salário de benefícios do INSS juntamente com o pagamento de agosto de cada ano. Essa antecipação vinha sendo feita até então por meio de decreto do Poder Executivo. A MP 892/2019, que dispensava empresas de publicar demonstrações financeiras em jornais impressos, perdeu a validade após ser rejeitada na comissão mista que a analisou.
Quando uma medida perde a vigência, o Congresso precisa fazer um projeto de decreto legislativo para disciplinar os efeitos que a MP produziu enquanto vigorou, mas isso nem sempre acontece. Algumas medidas que não chegaram a ser votadas produziram todos os efeitos assim que foram editadas porque tratavam da liberação de recursos. Se enquadram nesse caso a MP 880/2019, que abriu
crédito extraordinário de R$ 223,85 milhões para a assistência emergencial e acolhimento humanitário de imigrantes venezuelanos, e as MPs 874/2019 e 875/2019, que trataram do auxílio emergencial para famílias de baixa renda vítimas da ruptura da barragem de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). (As informações são da Agência Senado)
Mudança em tramitação pode ser aprovada
Brasília - Para 2020, a expectativa dos parlamentares, especialmente dos senadores, é a promulgação da chamada PEC das MPs (PEC 91/2019), que altera as regras para a tramitação das medidas provisórias (MPs) e garante um prazo mínimo para que cada Casa possa analisar os textos. Atualmente, muitas MPs chegam ao Senado com prazo escasso para votação. Na prática, isso acaba impedindo que sejam feitas alterações, já que não há tempo para que o texto volte para a Câmara analisar possíveis mudanças feitas pelo Senado. A proposta de emenda à Constituição (PEC) foi aprovada pelo Senado em 2011 e enviada à Câmara, que concluiu
a votação em junho de 2019. Também em junho, o Senado recebeu o texto, fez alterações e aprovou a PEC, que ainda aguarda promulgação. “Enquanto não se promulga a nova regra, novas MPs continuarão sendo editadas alterando a legislação ou criando novas regras instituindo direitos e obrigações a todo o povo brasileiro. MP editada é lei no mesmo dia, mas cuja apreciação se dará em desacordo com as normas já aprovadas pelo próprio Congresso e cuja vigência não pode estar condicionada a juízo de conveniência ou de oportunidade”, argumentou o senador Paulo Paim (PT-RS), ao defender a promulgação da PEC.
O problema que atrasa a promulgação segundo o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, é uma divergência da parte da assessoria técnica da Câmara e do Senado com relação ao texto. Ele prometeu discutir a questão com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para dar uma resposta sobre a promulgação. A PEC 91/2019 altera as regras e prazos de tramitação das medidas provisórias. As novas normas asseguram ao Senado pelo menos 30 dias para analisar as medidas provisórias editadas pelo Poder Executivo. Pela regra atualmente em vigor, uma MP perde a eficácia se não for convertida em lei em até
120 dias, sem definir prazos para a comissão mista ou para cada uma das Casas do Congresso. A PEC define prazos específicos para cada fase de tramitação das MPs. A comissão mista de deputados e senadores terá 40 dias para votar a proposta. Em seguida, a Câmara dos Deputados terá mais 40 dias. Depois disso, é a vez do Senado, que terá 30 dias para analisar a MP. Se os senadores apresentarem emendas, os deputados terão mais dez dias para apreciá-las. Nenhum desses prazos poderá ser prorrogado. Além disso, fica estabelecido que uma MP entrará em regime de urgência, ganhando prioridade na pauta de vo-
tação, a partir do 30º dia de tramitação na Câmara, do 20º dia de tramitação no Senado e durante todo o período de tramitação para revisão na Câmara (se houver). Outra medida da PEC é proibir a inclusão nas medidas provisórias dos chamados “jabutis” -dispositivos que não têm relação com o texto original, mas pegam “carona” na tramitação acelerada das MPs para virarem lei rapidamente. Com as novas regras, passa a ser vedado o acréscimo de matérias estranhas ao objeto original da MP, que não sejam vinculadas a ele “por afinidade, pertinência ou conexão”. (As informações são da Agência Senado)
PLANALTO
Bolsonaro antecipa volta de descanso em São Paulo
Brasília - O presidente Jair Bolsonaro decidiu antecipar ontem o retorno a Brasília depois de um período de descanso no litoral de São Paulo. O plano inicial era que ele voltasse para a capital federal apenas na manhã de hoje. O retorno antecipado, de acordo com aliados do presidente, deve-se ao mau tempo e ao cancelamento da visita que ele faria ontem ao porto de Santos. Em live na última quinta-feira (9), Bolsonaro disse que visitaria a região portuária e poderia anunciar novidades. O cancelamento ocorre após o presidente ter protagonizado uma disputa pública com o governador de São Paulo, João Doria. Na transmissão online, ele acusou o tucano de estar “completamente desinformado” sobre a privatização do porto de Santos. Doria havia dito que os portos de Santos e de São Sebastião serão desestatizados neste ano. O Ministério da In-
fraestrutura já havia negado a informação. A pasta ressaltou que as privatizações seguem previstas para 2021 e não há como fazer as concessões antes desse prazo. Desde que Doria sinalizou interesse em disputar o Palácio do Planalto em 2022, o presidente, que avalia disputar uma reeleição, tem feito críticas públicas ao tucano. “O senhor (Doria) está completamente desinformado. O ministro desmentiu essa informação e, afinal de contas, com todo respeito, quem pode falar pelos ministros sou eu”, disse Bolsonaro. “Quando o senhor for presidente da República, daí é fácil.” O porto de Santos é administrado pela Santos Port Authority (SPA), novo nome da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que é vinculada ao Ministério da Infraestrutura. Diferentemente de outros portos do Brasil como Paranaguá (PR), Rio Grande (RS)
e São Sebastião (SP), que são controlados pelo estado, o porto de Santos é administrado pelo governo federal em quase todas as suas atividades. O governo estadual é responsável pelos acessos rodoviários -na prática, possui menos influência. A SPA está entre as nove estatais que foram incluídas no programa de privatizações do governo Bolsonaro. Na área de portos, além da Codesp e da Codesa (Companha das Docas do Espírito Santo), o governo estuda as privatizações dos portos de São Sebastião e Suape (PE). O Ministério da Infraestrutura planeja realizar a privatização do porto de Santos até 2022. Para isso, uma das iniciativas será a desestatização da autoridade portuária. Bolsonaro foi aguardado desde o início da manhã desta segunda na sede da Santos Port Authority por um grupo de trabalhadores portuários. Embora a visita não cons-
tasse em sua agenda oficial, o entorno foi preparado desde a madrugada para recebê-lo para um encontro fechado, sem a presença da imprensa. O principal sindicato da categoria convocou trabalhadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão para uma manifestação pacífica com o objetivo de entregar reivindicações trabalhistas ao presidente. “Para nós era importante essa vinda do presidente, temos reivindicações dos trabalhadores, principalmente com relação ao trabalho avulso. Ele disse na campanha que daria atenção a essa categoria. Queríamos essa garantia, via documento”, disse à reportagem o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, Rodnei Oliveira da Silva. Durante a campanha, Bolsonaro gravou um vídeo elogiando e prometendo ajuda, “uma mão amiga”, para o mercado de trabalho portuário. O presidenteco permaneceu recluso no Forte dos Andradas,
em Guarujá, durante todo o domingo (12), sem agendas ou saída para contatos com a população e apoiadores. Por três vezes, mobilizou a sua segurança para saídas, mas desistiu devido a chuva. Não recebeu autoridades ou políticos. A deputada estadual Adriana Borgo (Pros-SP) tentou, sem sucesso, entrar na fortificação para entregar uma carta escrita de integrantes do movimento Coração Cinza Bandeirante, formado por ex-policiais militares que sofreram processos administrativos e pleiteiam julgamento pela Justiça comum. O presidente permaneceu afastado da imprensa durante todo o período em que esteve no litoral paulista. No evento de inauguração do novo pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia de Santos, na última sexta-feira (10), Bolsonaro discursou por cerca de dez minutos, conheceu as novas instalações do hospital, mas deixou o local
sem falar com jornalistas. No evento, ele esteve ao lado de desafetos políticos do governador Doria: os prefeitos de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), e de São Vicente, Pedro Gouvêa (MDB), além do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (MDB). Principal alvo dos elogios de Bolsonaro, Skaf foi adversário de Doria na campanha eleitoral de 2018 e trocaram seguidas farpas públicas. Durante a eleição em 2018, Paulo Alexandre dirigiu críticas a Doria, a quem acusou de ter traído Geraldo Alckmin (PSDB), enquanto Gouvêa, cunhado do ex-governador Márcio França (PSB), travou um embate público em torno das obras de recuperação da ponte dos Barreiros, principal ligação entre a área insular e continental de São Vicente, interditada desde 30 de novembro. (Folhapress)
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AGRONEGÓCIO
agronegocio@diariodocomercio.com.br
COMÉRCIO INTERNACIONAL
Minas fecha 2019 com queda nas exportações Faturamento do agronegócio do Estado recuou 3,5% puxado pela retração dos preços de produtos no exterior MICHELLE VALVERDE
As exportações do agronegócio de Minas Gerais encerraram 2019 com queda de 3,5% em faturamento frente ao ano anterior. A movimentação financeira fechou os 12 meses em US$ 7,85 bilhões. Ao todo, foram destinados ao mercado internacional 10,33 milhões de toneladas de produtos do agronegócio, volume 5,1% inferior ao registrado em 2018. Os principais produtos exportados foram o café, soja e carnes. Os dados são da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O resultado negativo verificado no faturamento dos embarques ao longo de 2019, segundo a assessora técnica da Seapa, Manoela Teixeira de Oliveira, teve como uma das influências a queda dos preços da tonelada de importantes produtos. “Essa conjuntura de redução da receita das exportações é corroborada pela queda dos preços médios praticados no mercado internacional dos principais produtos da pauta mineira, como o café, soja e açúcar”, explica Manoela de Oliveira. Os principais destinos dos produtos do agronegócio mineiro foram China, com movimentação de US$ 1,94 bilhão, seguida pelos Estados Unidos (US$ 903,9 milhões), Alemanha (US$ 780,83 milhões), Itália (US$ 441,89 milhões) e Japão (US$ 412,31 milhões). De acordo com os dados
Na soja em grão, o setor mineiro apurou redução de 35,2% no faturamento e de 26,9% no volume vendido ao mercado externo
da Seapa, em 2019, os embarques do agronegócio responderam por 31,6% do faturamento gerado com as exportações totais de Minas Gerais, que encerraram o período em US$ 24,8 bilhões. O superávit na balança comercial do setor alcançou um saldo, em 2019, de US$ 7,2 bilhões, valor 3,73% menor quando comparado aos US$ 7,48 bilhões gerados em 2018. Mantendo a mesma base de comparação, as importações do agronegócio somaram US$ 652,36 milhões, frente ao valor de US$ 662,1 milhões movimentados anteriormente, retração de 1,49%. Ao todo, Minas
PESTICIDA
Comissão Europeia proíbe produto da Bayer ligado a danos em abelhas Bruxelas - A Comissão Europeia decidiu ontem não renovar a aprovação concedida a um pesticida associado a danos em abelhas, o que, na prática, proíbe o inseticida da Bayer conhecido como tiaclopride. A decisão pelo banimento segue-se a uma aprovação pela maioria dos governos da União Europeia, em outubro do ano passado, e é baseada em uma proposta da Comissão, o Poder Executivo do bloco. “Há preocupações ambientais relacionadas ao uso desse pesticida, principalmente quanto a seu impacto sobre os lençóis freáticos, mas também em relação à saúde humana”, disse em comunicado a comissária de Saúde, Stella Kyriakides, apontando possíveis danos à fertilidade.
Agricultores não poderão utilizar o inseticida, vendido sob as marcas Calypso e Biscaya, após 30 de abril deste ano, quando a atual aprovação expira. A Comissão baseou sua avaliação em descobertas feitas pela Agência de Segurança Alimentar da Europa, publicadas em janeiro do ano passado. Elas ressaltavam preocupações com a possibilidade de a substância ativa ser tóxica para seres humanos e sobre sua concentração elevada nos lençóis freáticos, disse um porta-voz da agência via e-mail. O pesticida não apenas mata insetos, como também afeta abelhas, enfraquecendo seus sistemas imunológicos e prejudicando sua reprodução, apontaram os estudos do órgão. (Reuters)
Gerais importou 695,5 mil toneladas de produtos agropecuários, alta de 3,33%, frente as 673,1 mil toneladas importadas entre janeiro e dezembro de 2018. Produtos - De acordo com os dados da Seapa, o café, responsável por 44,5% das exportações do agronegócio mineiro, movimentou US$ 3,5 bilhões, alta de 8,6%. Em volume, foi verificado avanço de 23,2%, com o embarque de 1,6 milhão de toneladas. O valor pago pela tonelada do grão recuou 11,8% em 2019, caindo de uma média de US$ 2,45 mil por tonelada em 2018 para US$ 2,16 mil em 2019.
“O café mineiro foi enviado para 90 países, sendo dez estreantes: Belize, Guiana Francesa, Uzbequistão, Irã, Tailândia, Iraque, Malta, Guiana, Moçambique e Maldivas”, conta Manoela. No complexo soja, as exportações movimentaram US$ 1,44 bilhão, o que representou uma queda de 27,7% frente a 2018. Em volumes, foram embarcadas 3,8 milhões de toneladas de produtos de soja, retração de 21,5%. O preço médio pago pela tonelada, US$ 378,54, ficou 7,8% inferior. Na soja em grão, a queda no faturamento (US$ 1,14 bilhão) foi de 35,2% e em volume (3,2 milhões
de toneladas) de 26,9%. Já os embarques de farelo de soja subiram 29,4% em faturamento (US$ 275 milhões) e 33,7% em volume, encerrando 2019 com o embarque de 547 mil toneladas. De acordo com a assessora técnica da Seapa, a peste suína africana que afetou o rebanho chinês foi o principal motivo da redução dos embarques do grão. “O impacto só não foi maior devido ao aumento das aquisições de outros países, como Tailândia, Holanda, Espanha e Vietnã”, afirma. Carnes - As exportações do grupo de carnes ficaram
maiores em 2019. Segundo os dados da Seapa, ao longo do ano, o grupo foi responsável por um faturamento de US$ 1 bilhão, aumento de 25,8% quando comparado com os US$ 833 milhões movimentados em 2018. Em volume, a expansão chegou a 4,2%, com a exportação de 294,7 mil toneladas de carnes. O valor médio pago pela tonelada em 2019, US$ 3,55 mil, ficou 20,7% superior. De acordo com Manoela, neste grupo, destacaram-se as exportações de carne bovina, que chegaram a US$ 804,82 milhões, acréscimo de 33% ante o ano anterior (US$ 605,27 milhões). Ao todo, foram exportadas 180 mil toneladas de carne bovina, variação positiva de 22,4%. As carnes de frango também obtiveram bom desempenho, com US$ 201,51 milhões, acréscimo de 11,2%. As exportações de carne suína somaram US$ 25,4 milhões, alta de 26,7%. “A peste suína africana, que dizimou mais da metade do rebanho chinês, também foi o motivo atrelado ao desempenho histórico das carnes brasileiras e mineiras. A alta demanda por proteína animal aumentou o seu preço nos mercados internacional e nacional”, destaca. Os embarques do complexo sucroalcooleiro ficaram menores em 2019. Os dados mostram um recuo de 8,9% em faturamento (US$ 710,3 milhões) e de 2,8% em volume, com a exportação de 2,4 milhões de toneladas.
MATERIAL GENÉTICO
Brasil vai enviar sementes a Banco Mundial
O presidente da Embrapa, Celso Moretti, acompanhou, na última sexta-feira (10), a preparação da nova remessa de sementes que serão enviadas para o Banco Mundial de Sementes de Svalbard, na Noruega. São, ao todo, 3.037 acessos de arroz, 87 de milho, 119 de cebola, 132 de pimentas e 68 de cucurbitáceas conservados pela Embrapa, que agora farão parte do maior banco genético do mundo. “O envio desse material representa a contribuição que o Brasil está dando para a humanidade”, disse o presidente. “A Embrapa, graças aos bancos ativos de 31 unidades descentralizadas e ao acervo preservado aqui em Brasília, no Banco Genético da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, está ajudando a proteger a biodiversidade”, destacou.
Segundo ele, o Banco Genético, de onde foram retiradas as sementes, é o “verdadeiro banco central do Brasil”, onde a agricultura pode vir buscar a variabilidade genética para enfrentar pragas e doenças, daí a importância estratégica e de segurança nacional serem muito grandes. “Para isso, contamos com 8.500 colaboradores da Embrapa e 2.300 pesquisadores, que, diuturnamente, trabalham para contribuir com a alimentação mais saudável, com a redução do preço da cesta básica do brasileiro”, completou. O envio das sementes, na opinião do presidente, dá visibilidade ao Brasil no cenário internacional e é um esforço adicional de conservação.
de segurança para conservação a longo prazo das sementes de bancos de germoplasma de todo o planeta, o Banco Mundial de Sementes está situado no interior de uma montanha e foi planejado para resistir a catástrofes climáticas e explosões nucleares. As sementes enviadas pela Embrapa seguem acondicionadas em embalagens aluminizadas hermeticamente fechadas, identificadas com código de barras e organizadas em caixas plásticas. As caixas serão enviadas pelos Correios até Oslo, na Noruega. De Oslo, seguirão até o arquipélago de Svalbard, no Círculo Polar Ártico. A cerimônia de depósito das sementes terá a presença da Primeira Ministra da Noruega, Erna Solberg, Instituição - Criado para delegados de vários pafuncionar como uma cópia íses e representantes de
bancos de germoplasma e da supervisora de Curadorias de Germoplasma Vegetal da Embrapa, Rosa Lía Barbieri. O material enviado foi recolhido em bancos de germoplasma mantidos pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás-GO), Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), Embrapa Clima Temperado (Pelotas-RS) e Embrapa Hortaliças (Brasília-DF). Em 2014, foram enviados pela Embrapa 514 acessos de feijão e, em 2012, 264 de milho e 541 de arroz. A iniciativa é decorrente do acordo assinado entre a Embrapa e o Real Ministério de Agricultura e Alimentação da Noruega em 2008. (Com informações da Embrapa)
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EDUCAÇÃO
Demanda por intercâmbio deve crescer neste ano Expansão em 2019 atingiu 12% DANIELA MACIEL
Ter uma experiência no exterior e aprender um novo idioma enriquece não só o currículo de alguém, mas abre novas perspectivas de vida, ampliando a compreensão de mundo. Os intercâmbios, que até nos anos de 1990 eram um sonho distante para a maioria da população, se tornaram mais populares e ganharam novos destinos e categorias ao longo do tempo. A desvalorização do real, porém – que tem mantido a cotação em torno de R$ 4 nos últimos meses -, anda assustando turistas de todas as categorias. Ainda que não deixem de viajar, eles estão pesquisando mais. Mesmo assim o cenário é positivo e a expectativa é que a categoria continue crescendo em 2020. Dados preliminares da Associação das Agências de Intercâmbio (Belta) mostram que o aumento no faturamento em 2019, em relação ao ano anterior, foi de 12%. No ano de 2018 foi movimentado US$ 1,2 bilhão. Naquele ano, 365 mil estudantes embarcaram para fazer curso de idiomas, cursos de idiomas combinado com trabalho, graduações, entre outras modalidades de intercâmbio. A projeção no aumento da procura é de 27%, podendo a chegar a 460 mil intercambistas em 2019. Os números finais serão divulgados em abril. Canadá e Estados Unidos continuam liderando como destinos mais procurados, com 32% e 18% do total de intercambistas, respectivamente. Países como Austrália, Nova Zelândia, Irlanda e Malta atraem fatia pequena entre os interessados em aprender inglês. Fora o idioma de sir Willian Shakespeare, francês, alemão e espanhol também aparecem na lista. A novidade é o interesse pela Coreia do Sul, bastante influenciado pelo desenvolvimento tecnológico do país asiático e pela cultura pop, especialmente os grupos de K-pop, que
fascina muitos adolescentes brasileiros. De acordo com o representante da Belta, Fernando Passos, entre a decisão de fazer um intercâmbio e o em- Estados Unidos e Canadá estão entre os destinos mais procurados pelos intercambistas brasileiros no exercício passado barque costumam se passar, em média, seis meses. Em janeiro a maioria das pessoas está fazendo a programação para o segundo semestre. “Existem os chamados Para o diretor da World Study BH, acomodação no campus universitário temer mandar os jovens para lugares produtos de intercâmbio de Paulo Silva, o dólar caro faz com que e todos os benefícios que a instituição do outro lado do mundo e preferem férias, especialmente para as pessoas pesquisem mais, mas o de ensino oferece, além de poder a América do Norte. adolescentes, entre 13 e 17 maior susto foi no primeiro semestre trabalhar 20 horas semanais. Na Ásia, além do fenômeno Coreia anos, que vão aprender ouNo caso do programa Work and do Sul, a demanda cresce pelo Japão. do ano passado. Como essa é uma tro idioma durante esse perícompra que não se faz no impulso, Travel (True USA), o intercambista No Oriente Médio começa a despontar odo. Isso funciona nas férias muita gente conseguiu se reprogramar tem a oportunidade de trabalhar e Dubai, com programas a partir de seis de janeiro e principalmente e manter o plano de viajar. ainda colocar em prática o idioma meses e onde é possível trabalhar já a em julho, que é o verão no “O início de 2019 foi muito bom, mas no dia a dia nas férias universitárias partir de três meses de permanência. hemisfério Norte, quando quando o dólar começou a aumentar do Brasil. Apesar de o árabe ser o idioma oficial, existem mais opções de no segundo trimestre as pessoas se “Outros países também oferecem o inglês é considerado a língua franca programas”, explica Passos. assustaram. Naquela época tivemos, possibilidade de trabalho para pessoas da cidade e o intercâmbio é realizado mesmo, uma queda na procura. Já que fazem programas com duração no idioma. Custo menor - Para os “Temos grupos saindo para Seul no final do semestre as pessoas per- superior a seis meses ou até tempos adultos as opções são mais ceberam que se elas queriam fazer o menores, dependendo do caso. Uma em janeiro e julho. Esse é um dos desdiversificadas e a dica é viaintercâmbio, seria naquele cenário. novidade são cidades do interior do tinos que mais crescem, influenciado, jar fora da alta temporada O que mudou foi o financiamento, Canadá que estão fazendo recruta- especialmente, pelo sucesso do k-pop. para garantir mais conforto o número de parcelas aumentou”, mento de pessoas com conhecimentos Adolescentes de todo o mundo vão e preços mais baixos. Um relembra Silva. específicos. As prefeituras vão indicar para lá e os brasileiros não ficam de público que descobriu o Para ele, aliar estudo e trabalho é os candidatos selecionados para o fora. Na Ásia quem corre por fora é intercâmbio nos últimos uma grande vantagem para o inter- processo de migração junto ao go- o Japão e praticamente não temos anos e tem apresentado um cambista que consegue diminuir os verno federal daquele país. Estamos demanda para a China. Do outro crescimento constante é o custos da viagem e fazer uma verda- formatando um produto para atender lado, um destino muito interessante chamado “maduro”, ou seja, deira imersão no modo de vida local. essa demanda”, pontua o diretor da e ainda pouco procurado é Dubai. Lá, O Higher Education e o Work and World Study BH. além do inglês, a pessoa pode estudar as pessoas com mais de 50 Travel são algumas das categorias Destinos como África do Sul, Aus- e trabalhar na área de hospitalidade. anos. em destaque nesse caso. Na primeira trália e Nova Zelândia são bastante Dubai oferece uma das melhores Como as remessas ao exmodalidade para cursar a faculdade no procurados pelos jovens adultos. Já formações do mundo nessa área”, terior destinadas para fins exterior, o aluno tem acesso às aulas, os pais dos adolescentes costumam completa o executivo. (DM) educativos, como o intercâmbio, estão isentas da ADRIANA SANTOS - DIVULGAÇÃO cobrança da alíquota de 25% de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre remessas de valores ao exterior para o pagamento de serviços turísticos, esse tipo de viagem sai cerca de 6% mais barata que o turismo convencional. “As pessoas estão descobrindo, de certa forma, que o intercâmbio é uma forma mais barata de viajar. Além da questão do imposto, o intercâmbio oferece uma modalidade de hospedagem que sai muito mais em conta, que é a ‘casa de família’. Além disso, esse é um turismo não tão comercial, em que mais do que visitar os pontos turísticos a pessoa vai passar por uma imersão na cultura local. Isso tem atraído de modo especial as pessoas mais velhas”, destaca o representante da Paulo Silva explica que 2019 começou bem para o segmento, mas a alta da cotação do dólar assustou os clientes Belta.
Dólar em alta leva clientes a pesquisar mais
AVIAÇÃO
Companhias aéreas registraram 91,6% de pontualidade As companhias aéreas nacionais registraram pontualidade de 91,6% em voos domésticos durante a alta temporada de Natal e Ano Novo, compreendida entre 18 de dezembro de 2019 a 7 de janeiro de 2020. Esse desempenho superou os dois períodos anteriores: 2018/2019 e 2017/2018. Mesmo com as tradicionais dificuldades meteorológicas que são comuns nesta época
do ano, contribuiu para o bom resultado o trabalho colaborativo entre o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e as companhias aéreas. Ao todo, foram realizados 97.797 voos, com 18,3 mil novas operações, crescimento de 23%. As informações foram divulgadas ontem pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Os dados são do Centro
de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), órgão do Dece, e seguem o padrão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que considera pontuais as partidas e chegadas realizadas em até 30 minutos em relação ao horário programado. Houve uma melhora de 3,2 pontos percentuais em comparação com a alta temporada 2018/2019, quando 88,4% dos voos foram
pontuais. Já em relação ao período entre o Natal e o Ano Novo de 2017/2018, a pontualidade foi de 89%, desempenho 2,6 pontos percentuais superior. “Com um aumento na oferta e, ao mesmo tempo, queda no índice de atrasos,
mostramos que as empresas nacionais estão oferecendo aos passageiros cada vez mais excelência no atendimento”, afirma o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. No levantamento foram analisados os aeropotos: Guarulhos (SP); Congonhas
(SP); Viracopos-Campinas (SP); Brasília (DF); Santos Dumont (RJ); Galeão (RJ); Belo Horizonte; Salvador (BA); Recife (PE); Porto Alegre (RS); Fortaleza (CE); Curitiba (PR); Florianópolis (SC); Belém (PA) e Goiânia (GO). (Da Redação)
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NEGÓCIOS
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ALINE BORGES
RECURSOS HUMANOS
Mercado mineiro de executive search é promissor em 2020 Melhora do cenário econômico resulta em otimismo DANIELA MACIEL
mais de 200% na abertura de novos projetos para contratação de profissionais entre os seus clientes nos dois últimos meses de 2019, em relação ao mesmo período do ano anterior, a consultoria também se movimentou. A expectativa é aumentar em 30% o quadro de funcionário para atender a demanda em 2020. “A compra da catarinense Fricasa pela Pif Paf, que acaba de ser completada, é um dos exemplos. Eles vão ter quer trabalhar a cultura da empresa, deslocar equipes, contratar. Não é simplesmente comprar e deixar como está. Temos muitos clientes expandindo geograficamente e em processo de internacionalização”, pontua o especialista.
Este ano promete ser de muita movimentação no mercado de executive search mineiro. A estabilização da economia nacional aliada à alta dos preços das commodities no mercado internacional trouxe um otimismo há muito tempo não experimentado pelos empresários do Estado. Segundo pesquisa realizada pela consultoria em recursos humanos Tailor, em dezembro de 2019, com 65 executivos mineiros, em níveis de gerência sênior e diretoria, de 50 empresas em sete segmentos (mineração, alimentício, varejo, serviços, finanças, agro e tecnologia), 83% projetam crescimento significativo da empresa em 2020; 61% planejam aumentar significativamente seu quadro de funcionários em Interesse estrangeiro - O 2020; 89% acreditam que setor de mineração é um dos 2020 será um ano melhor que 2019 para os negócios; 66% planejam aumentar investimentos em capacitação e desenvolvimento de seus funcionários. Para o diretor-executivo As empresas de base tecda Tailor, Bruno da Matta nológica, chamadas de “a Machado, além dos aspectos nova economia”, também macroeconômicos, o otimisse juntam ao movimento, mo mineiro tem como causa fortalecendo sua governanoutros fatores: “Nunca vi ça corporativa e entrando tamanho otimismo coletiem uma fase de seniorizavo em diferentes setores e ção da gestão. Os polos de portes de empresas. Nossas startups de Belo Horizonte, empresas têm um caráter Uberlândia (Triângulo) familiar muito forte e vão e Santa Rita do Sapucaí continuar assim, porém (Sul de Minas) lideram estão buscando a máxima essa tendência. Em abril de profissionalização, buscando 2019 o Instituto Brasileiro executivos profissionais no de Governança Corporamercado. Estamos com muitiva (IBGC) lançou o guia tos projetos que envolvem “Governança Corporativa sucessão familiar, profispara Startups e Scale-ups”. sionalização e aumento do A aquisição da nortequadro de trabalho esse ano. -americana ScribbleLive, Nos últimos anos os projetos pela belo-horizontina Rock eram em sentido contrário, Content, em dezembro do com retração das equipes e ano passado, é tida como executivos seniores sendo um forte sinal do amatrocados por jovens com durecimento do mercado salários menores”, explica mineiro de inovação pelo Machado. especialista. Outro ponto importante é “As startups estão ena tendência de aumento no tendendo as vantagens ao número de fusões e aquiinvestir na seniorização da sições protagonizadas por gestão, estão cada vez mais empresas mineiras. Depois interessadas em governande registrar um aumento de
mais movimentados nesse início de ano. O preço do ouro e do minério de ferro vem tendo seu melhor desempenho dos últimos cinco anos, o que fomenta grande parte da cadeia industrial e de serviços no Estado. Nos últimos meses 65% da carteira de clientes atendidos pela consultoria para busca e seleção de profissionais, foram indústrias ligadas direta ou indiretamente à mineração. O sabido interesse de investidores estrangeiros sobre a atividade no Brasil, aliado ao projeto de flexibilização de regras encampado pelo governo federal em diferentes setores, tem feito com que as empresas mineradoras busquem fortalecer sua gestão. Tudo isso acontece, simbolicamente, quando o rompimento da barragem do Córrego Feijão, em Brumadinho, na
Machado: “Temos muitos clientes expandindo geograficamente e em processo de internacionalização”
Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), da mineradora Vale, completa um ano. “Os investidores estrangeiros não toleram episódios como os de Mariana (rompimento da Barragem
de Fundão, em 2015) e de Brumadinho. Para atrair esse capital as mineradoras precisam mostrar que trabalham as melhores práticas e não estão suscetíveis a novos desastres. A partir do acontecido em Bruma-
dinho, elas estão buscando não apenas profissionais ligados à segurança, como aconteceu em 2015, como também à gestão de riscos e estrutura. Novas áreas estão sendo criadas nesse setor”, analisa.
Startups fortalecem a governança corporativa
PIXABAY
ça. Como elas nasceram em um período de grande desenvolvimento econômico, não tinham experiência em cenários de crise e tudo o que aconteceu nos últimos anos foi um grande susto. Hoje já existe a percepção que um time que mescle juventude e experiência é o ideal”, afirma o diretor-executivo da Tailor, Bruno da Matta Machado. A dúvida, agora, é se o mercado terá profissionais suficientes para atender essa demanda por executivos. A falta de qualificação continua sendo uma barreira para o preenchimento de boa parte dos cargos em aberto. Apesar de ser considerado um polo educacional de excelência, Minas Gerais exportou e segue exportando talentos. Atração e retenção de profissionais altamente qualificados é um dos grandes desafios dessa etapa de amadurecimento do mercado mineiro.
Startups mineiras estão entendendo as vantagens de investir na seniorização da gestão
A favor, qualidade de vida, segurança e a própria qualidade da educação contam pontos para quem não tem apenas no salário o fator que define a decisão. “Ainda temos o problema da qualificação. Duran-
te a crise muita gente se qualificou, mas o problema continua. Minas forma excelentes profissionais, mas poucos ficam aqui, até mesmo pela imaturidade do nosso mercado no que diz respeito à alta gestão. O que
deve acontecer agora é um movimento de repatriação, com a volta de gente que estava em outros estados, principalmente São Paulo, e até outros países”, afirma o diretor-executivo da Tailor. (DM)
IDEIAS
O papel de Recursos Humanos no mindset de inovação BRENDA DONATO *
Estamos vivendo um momento de grandes mudanças, incertezas e oportunidades em todo o mercado de trabalho. Com o advento da 4ª Revolução Industrial, o trabalho ganha um novo formato, outras competências passam a ser requeridas e surgem novos desafios e cargos. Se olharmos para a história de recursos humanos, no contexto de cada revolução vivenciada, podemos dividir a área em três grandes momentos, sem ponderar os detalhes históricos de cada uma dessas fases. Sendo bem simplista e pontual, podemos considerar: o RH dentro do contexto da Era Industrial; o RH dentro de um contexto estratégico; e o RH dentro de um contexto de mindset de inovação e era digital.
Partindo desses três contextos históricos, ao observarmos o RH na Era Industrial, percebemos o mindset do RH e do profissional desta área muito mais processual e focado na execução de folha de pagamento e legislação. Não havia um olhar para as pessoas e o poder de realização e entrega de cada indivíduo. Uma Era na qual o termo “recurso” sempre foi sinônimo de pessoa. Portanto, operar processos era o que de fato importava para as organizações. Com o boom da internet no Brasil, em 1996, iniciou-se uma nova forma de se comunicar, ter acesso a informações e, consequentemente, uma percepção diferente do mundo e das relações. Diante desta grande revolução, por volta dos anos 2000, todos os congressos relacionados à gestão de pessoas e
RH começaram a se posicionar considerando o ser humano como o centro das organizações. Sendo assim, a área começou a ganhar relevância em um contexto mais estratégico. É importante reforçar que, muitas empresas em nosso país, infelizmente, ainda não conseguiram caminhar para um novo nível de consciência no seu papel em relação às pessoas. Ainda encontramos muitos RHs com o foco exclusivo no processo, com políticas e práticas de gestão de pessoas que não são de fato “alavancas” de resultados para o negócio. Em geral, ainda existe uma preocupação reducionista das capacidades e potencialidades do ser humano. Por isso, muitas empresas atuam em um modelo de gestão baseado no controle e execução a curto prazo, deixando de olhar as possibilidades e
o potencial humano de quem executa, o que realmente impactaria numa visão estratégica para seus negócios. Tratando-se de RH, nesse novo mindset de inovação, assumir apenas uma postura estratégica não será mais suficiente. A atuação de recursos humanos passará por grandes mudanças e cada profissional da área precisará estar ainda mais atento às sutilezas e necessidades de cada indivíduo na organização. Afinal, as pessoas desejam além do que é básico e formatado por blocos. O RH terá que reinventar políticas de compensação que reconheçam o individual e que sejam estímulos para impulsionar o crescimento de fato. Os processos ganharão novos aliados, que são os famosos robôs, e, com isso, definitivamente, cada profissional da área não
precisará mais “se esconder” atrás de largos, longos e críticos processos, podendo ir ao front do relacionamento com pessoas. O pensamento linear, constante e processual, será muito útil para programar os robôs para a construção estratégica e atender pessoas, mantendo-as engajadas no propósito da organização. Irá requerer, também, um pensamento de RH mais profundo, analítico, cirúrgico e, principalmente, especializado em necessidades humanas e comportamento humano. Estamos entrando em uma Era em que problemas complexos farão parte do nosso dia a dia, seja na empresa ou no mundo de forma geral. Para isso, é necessário o olhar atento a trabalhos em times com um conhecimento multidisciplinar, pois a formação tradicional e especializada, em termos de
carreira, não será suficiente para oferecermos inovação, competitividade e crescimento financeiro aos negócios. Novos cargos, áreas e processos surgirão em cada segmento das empresas, e o RH enfrentará uma forte escassez de pessoas prontas para assumir esses novos cargos. Para o Brasil, a previsão é termos um alto déficit de empregabilidade. Isso porque, como aponta Rainer Strack, especialista em Recursos Humanos, no TED Talk “A surpreendente crise na força de trabalho de 2030 e como começar a resolvê-la agora”, atualmente, temos cerca de 10% de vagas no mercado que não podem ser ocupadas, já que não existem pessoas qualificadas para assumir esses postos de trabalho. *Diretora de Pessoas e Resultados da Embracon
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MÓVEIS
Miúda Mobília inaugura primeira loja física Unidade instalada na região Centro-Sul da Capital deve dobrar o faturamento do empreendimento MARA BIANCHETTI
Fundada em 2015, a Miúda Mobília, sediada em Belo Horizonte, acaba de ganhar uma loja física, também na capital mineira. Com investimentos da ordem de R$ 7 mil para adaptação ao imóvel de dois pavimentos de 35 metros quadrados, no bairro Funcionários, região Centro-Sul da cidade, as empreendedoras e sócias Andrea Dutra e Joana Dourado apostam nas vendas físicas para dobrar o faturamento da marca em 2020. As informações são de Joana Dourado. Segundo ela, já em 2019, por meio das vendas efetuadas no e-commerce da própria empresa, marketplaces e revendas no Rio de Janeiro, a Miúda apurou crescimento de 150% no faturamento. O melhor cenário econômico, conforme a empresária, também foi fundamental para o desempenho. “O ano passado foi um período de crescimento. Fizemos alguns investimentos, tanto na loja física quanto em mostras e exposições em outros estados e países, de maneira a apresentar nossos produtos em diferentes mercados. Atribuímos a performance tanto às ações implementadas e ao percurso que a empresa vem traçando nos últimos anos quanto à melhora da economia”, explicou. Para este ano, a expectativa em dobrar o faturamento continua ancorada na estruturação da empresa e na maturidade do negócio, bem como no crescimento ainda mais consistente da economia brasileira. “Vamos colher os frutos do que plantamos em 2019 e nos anos anteriores”, sugeriu.
Empresa mineira pretende ampliar sua presença física não apenas na Capital, mas em todo o Estado, por meio de revendas de mobiliário
Para além do desempenho das receitas, outro objetivo da Miúda Mobília em 2020, conforme a empresária, diz respeito à consolidação da marca como referência de design e decoração infantil em Belo Horizonte. Para isso, deverá ampliar sua presença física não apenas na Capital, mas em todo o Estado, por meio da revenda dos produtos por outras lojas de mobiliário. Já a loja própria conta não ape-
nas com os projetos chancelados pela marca, mas também roupas e acessórios que fazem toda a diferença na hora de decorar ambientes infantis. O espaço foi criado justamente para ampliar a representatividade do mercado mineiro nos negócios da empresa. Conforme Joana Dourado, São Paulo representa hoje o maior mercado da marca. Logo em seguida vem Minas Gerais.
VAREJO
Atemporal - A Miúda Mobília desenvolve produtos atemporais, pensados para acompanhar o crescimento da criança e permanecer por mais tempo na casa, fazendo parte da história da família. Os produtos são projetados e desenhados pelas sócias e a fabricação é terceirizada por fornecedores de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e entregues para todo o Brasil.
“Criamos produtos que precisam atender uma função prática, além do cuidado em si com as crianças. Quando a minha filha Helena nasceu, em 2014, desenhei uma cômoda para o seu quarto. Como o móvel ‘fez sucesso’ e havia uma carência no mercado por móveis infantis que saíssem um pouco do padrão, tive a ideia de criar a Miúda e convidei a Andrea”, contou Joana.
MEIO AMBIENTE
Consumidores apontam que qualidade do produto é Brasil é o país que mais produz lixo item mais importante para manter fidelidade a marca eletrônico na América Latina e gera 1,5 mi de toneladas por ano
De acordo com a pesquisa “A verdade sobre a lealdade do cliente”, em inglês, “The truth about customer loyalty”, realizada pela KPMG, entre setembro e outubro de 2019, em mais de vinte países, 84% dos entrevistados no Brasil afirmaram que a qualidade do produto é o item mais importante para manter a fidelidade a uma marca. Outro ponto está agregado ao valor sobre o produto, considerado primordial para 76%. O levantamento ouviu 836 consumidores no País. Segundo a pesquisa, os principais motivos para ganhar e manter a lealdade ao varejista estão relacionados aos seguintes fatores: custo-benefício (75%); atendimento ao cliente e experiência de compra (72%); segurança e privacidade dos dados (67%). Ainda segundo o levantamento, quando falamos de significado de lealdade, 80% dos entrevistados acreditam que a fidelidade à marca está relacionada, também, a um tratamento especial ou personalizado. Vale ressaltar que 40% dos brasileiros comprariam da sua marca de preferência mesmo que seu produto fosse menos conveniente do que o do seu concorrente. Apesar de alto, esse número ainda fica abaixo da média global, que é de 52%. “O tratamento diferencial pode, de fato, conquistar lealdade maior do usuário. Quem não gosta de receber um e-mail personalizado com os produtos prediletos? Mas, esta estratégia precisa ser executada com muita precisão, pois se o consumidor passa a receber mensagens que não estão de acordo com seus hábitos de consumo, a ação tem efeito negativo e não estimula a fidelidade. Além disto, vemos que a qualidade das entregas ainda é o ponto primordial para o consumidor brasileiro. Ao observarmos as respostas da pesquisa, enquanto para 84% um determinado produto
ou artigo é fundamental, na média global essa exigência cai para 74%. A soma “produto de qualidade mais ações de relacionamento” desperta o interesse do cliente, explica o sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e América do Sul, Fernando Gambôa. De acordo com o estudo, ter um usuário leal à sua marca pode proporcionar inúmeros benefícios ao negócio. Prova disso é que 95% dos brasileiros entrevistados afirmaram que provavelmente recomendariam aos seus amigos e familiares a marca de preferência. Outros 74% escreveriam comentários positivos de produtos e marcas na internet, o que gera engajamento e estimula a fidelização.
Segmentos - Outro resultado apresentado na pesquisa é relacionado à categoria na qual as pessoas são mais fiéis. Mais da metade (59%) mantém, ao menos, fidelidade a uma marca relacionada a vestuário, calçados ou acessórios. Outro setor no qual existe uma lealdade com a marca é o de alimentos, bebidas e mantimentos: 58% são leais ao produto. Em ambos os segmentos no Brasil, esses números ficam acima da média global, que é de 55% e 51%, respectivamente. A categoria com menos lealdade relaciona-se aos bens luxuosos, com 14%. Na pesquisa global este segmento está acima, com 23%. Lojas físicas x compras on-line - Segundo a pesquisa, no Brasil, mesmo com o enorme sucesso dos eventos online, como Black Friday e Cyber Monday, ainda há muita procura por compras em lojas físicas. Na categoria vestuário, calçado e acessório, 51% dos respondentes compram apenas ou na maioria das vezes em lojas físicas. No comércio eletrônico, a maior procura está nos bens duráveis e eletrônicos. Nestes, 18% compram somente
ou principalmente em lojas online. “Mesmo com esse cenário de diversas promoções no comércio eletrônico, existe uma resistência das pessoas para esse tipo de negócio, principalmente por insegurança de compartilhar seus dados na internet e com dúvidas sobre como será feita a entrega. Além disso, muitos consumidores preferem fazer uma primeira compra na loja física e a partir da segunda, usar outros canais. A primeira compra na loja física está muito relacionada com a necessidade de tocar e sentir o produto, além da comodidade de levar a mercadoria imediatamente”, ressalta o sócio da KPMG.
Geração Millennials - De acordo com a pesquisa global, 96% dos Millennials desejam que as empresas encontrem novas maneiras de recompensar sua lealdade. No total, 75% de todos os consumidores afirmaram que trocariam de marca por um programa de fidelidade melhor. Tratando-se do âmbito nacional, 86% deixariam a sua lealdade por uma marca. “O cliente, na maioria das vezes, busca sua fidelidade por uma marca ou produto. Cabe ao varejista criar fórmulas para gerar essa parceria. Uma das maneiras de levar o foco do cliente a sério é repensar os tradicionais programas de fidelidade, baseados em pontos. No Brasil já existe uma evolução, que consiste em varejistas unirem-se para criar uma plataforma para o acúmulo de recompensas, aumentando as possibilidades de troca, melhorando a experiência dos usuários e os fidelizando”, explica o sócio da KPMG. A pesquisa contou com a participação de mais de 18 mil pessoas, das quais 836 são brasileiras, 50,2% mulheres e 49,8%, homens, distribuídos entre Geração Z, Millennials, Geração X, Baby Boomers e Geração Silenciosa. (Da Redação)
Estima-se que, até 2050, o mundo produzirá cerca de 120 milhões de toneladas de lixo eletrônico. Ao calcular, anualmente, o valor da produção de lixo eletrônico global o resultado já supera a casa dos US$ 62,5 bilhões, o que corresponde mais que o PIB de vários países, conforme relatório divulgado pela Plataforma para Aceleração da Economia Circular (Pace) e pela Coalizão das Nações Unidas sobre Lixo Eletrônico. O Brasil é quem lidera a posição de produtor de lixo eletrônico na América Latina, ocupa o 7º lugar nesse ranking, ficando atrás de China, Estados Unidos, Japão, Índia, Alemanha e Reino Unido. O País gera, em média, 1,5 milhão toneladas, por ano. Apesar do acúmulo de rejeitos ser expressivo, o que mais assusta é a forma como esses resíduos são tratados: apenas 3% do lixo eletrônico brasileiro é coletado para ser reciclado ou descartado de maneira adequada. Preocupada com esse contexto e com os problemas ambientais acarretados pelos rejeitos, a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação de Minas Gerais (Assespro-MG) atua, desde 2012, para conscientizar as empresas de TI e toda a comunidade mineira sobre a necessidade do descarte correto de eletrônicos. “Acreditamos que a Assespro-MG tem um papel fundamental em relação a sustentabilidade, e através de sua representatividade, buscamos trabalhar a conscientização não somente das empresas de TI, mas de toda a sociedade. Caso a devida atenção não seja dada para esse assunto, em um futuro breve, teremos um dano ambiental enorme”, enfatiza o vice-presidente de comunicação e marketing da Assespro-MG, Fernando Santos.
Um dos problemas críticos está relacionado à falta de locais reservados exclusivamente para o descarte apropriado de lixo eletrônico. Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que menos de 20% desse lixo é reciclado de maneira formal no mundo. Já os outros 80% são depositados em aterros ou reciclados informalmente, causando a exposição direta de trabalhadores a metais pesados, boa parte deles com substâncias cancerígenas. “A Assespro-MG ciente dessa grande dificuldade e procurando, cada vez mais trabalhar de forma eficiente em relação à sustentabilidade, estabeleceu uma parceria com a empresa BH Recicla, pois entende que pode contribuir ao ser um ponto focal de descarte de lixo eletrônico na capital mineira”, ressalta Fernando Santos. Acordo - Cumprindo com sua capilaridade em nível nacional, a Federação Assespro, juntamente com outras entidades representativas do setor e o Ministério do Meio Ambiente, assinou o Acordo Setorial de Logística Reversa de Eletroeletrônicos que responsabiliza as empresas pelo recolhimento de lixo eletrônico. A obrigatoriedade passa a valer a partir de 2021. “Esta participação é fundamental não só para fortalecer ainda mais nossa representatividade, mas demonstra nossa preocupação com um assunto tão relevante. Nós, da Assespro, estamos atentos a pautas que são cruciais para os cidadão e que podem causar impacto de maneira geral para a sociedade”, destaca Santos. Onde descartar seu lixo: Ponto de coleta da Assespro-MG: Rua Alfenas, número 33, bairro Cruzeiro, de 9h às 17h. (Da Redação)
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FINANÇAS UESLEI MARCELINO / REUTERS
COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA
Bancos ampliam presença no mercado elétrico do País Queda dos juros impulsiona tendência São Paulo - O Itaú Unibanco e o Banco Indusval decidiram entrar na área de comercialização de energia elétrica, um mercado que tem crescido em ritmo acelerado no Brasil, em meio a bons resultados das empresas que operam com trading de eletricidade ao longo dos últimos anos. O maior banco privado da América Latina anunciou ontem a criação de uma diretoria de comercialização de energia em sua unidade de investimento Itaú BBA, enquanto o Indusval teve aval do órgão antitruste brasileiro para comprar uma comercializadora do Grupo Matrix, da DXT Commodities. Com o movimento, as instituições financeiras somam-se ao banco BTG Pactual, que opera no mercado elétrico desde 2010, quando comprou a Coomex, e ao Santander Brasil, que abriu uma unidade de comercialização no final de 2018. A aposta dos bancos no setor acontece em meio a planos do governo brasileiro de levar adiante uma reforma regulatória que ampliaria o
mercado livre de eletricidade, segmento em que grandes consumidores, como indústrias e centros comerciais, podem negociar o suprimento diretamente junto a geradores ou comercializadoras. O número de comercializadoras de energia em operação no Brasil saltou 19% entre janeiro e outubro do ano passado, para 324 empresas, segundo dados mais recentes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). “De uma forma geral, é uma tendência global você ter o setor financeiro entrando na comercialização de energia”, disse à Reuters o presidente-executivo da consultoria Pontoon-e, Marcos Severine. Ex-chefe de análise de companhias de serviços públicos do JP Morgan e do Itaú BBA na América Latina, Severine afirmou que o movimento de empresas financeiras rumo ao mercado elétrico no Brasil já vinha acontecendo, mas ganhou um recente impulso extra com a queda das taxas de juros no País a mínimas históricas. “Você tinha uma massa de recursos aplicada em
Mercado de energia tem avançado em ritmo acelerado no Brasil e chamado a atenção de investidores como oportunidade de negócios
títulos públicos que agora está buscando investimentos mais atraentes. E você tem investidores aceitando riscos mais elevados em busca de um retorno maior. É uma tendência de médio e longo prazos não só bancos, mas também assets (gestoras de recursos) e fundos entrando e operando no mercado de energia”. Operam atualmente no mercado livre de eletricidade 5,9 mil empresas de menor demanda, os chamados consumidores especiais, além de 919 consumidores livres, com carga maior, segundo a CCEE. Esse universo de clientes responde por cerca de 30% da demanda por energia do Brasil e inclui grandes empresas como BRF, JBS, Sabesp, Ambev, CSN e Bunge, entre
outras, que buscam reduzir custos com eletricidade em relação às tarifas cobradas pelas distribuidoras no mercado regulado. O Ministério de Minas e Energia ainda determinou, em dezembro, que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a CCEE devem apresentar, até 2022, estudos sobre a abertura do mercado livre a todos os consumidores, incluindo residenciais. Projetos - O negócio de comercialização de energia do Itaú será vinculado à diretoria executiva de tesouraria e mercados globais, liderada por Christian Egan, segundo comunicado do banco divulgado ontem. A diretoria de comercialização ficará a cargo de Oderval Duarte, que chefiou por
anos a área de compra e venda de energia do BTG Pactual. “O objetivo da nova área é atender demandas de clientes no mercado de energia por meio da oferta de novos produtos e também contribuir ativamente para o desenvolvimento e sofisticação desse mercado no Brasil”, afirmou o Itaú em nota. Já o Indusval recebeu autorização sem restrições do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a compra da Crípton Comercializadora de Energia junto ao Grupo Matrix, segundo despacho do órgão estatal no Diário Oficial da União de ontem. A transação “faz parte da estratégia do Banco Indusval de expandir seus negócios no Brasil, passando a atuar
no setor de comercialização de energia elétrica”, de acordo com parecer do Cade. Procurado, o Indusval não comentou de imediato o aval do órgão antitruste para o negócio com o Grupo Matrix. A Crípton ainda não possui operações no mercado elétrico, mas o negócio não é incomum - com o aquecimento no setor de comercialização, alguns empresários do ramo têm apostado na criação de companhias “de prateleira” para posterior venda a terceiros interessados, segundo especialistas. Esse apetite pelo mercado de energia também tem atraído empresas de outros setores, como a Cosan, que, em dezembro, acertou a compra da comercializadora Compass por R$ 95 milhões. (Reuters)
MERCADO DE AÇÕES
Investidores reforçam garantias após caso “WeWork”
BRENDAN MCDERMID / REUTERS
Bengaluru/San Francisco - Desde o fracasso da oferta pública inicial da WeWork, investidores de fases intermediárias e finais de grandes startups têm pressionado por mais garantias caso as empresas em que investem falhem em abrir seu capital ou vendam suas ações a preços menores do que nas rodadas de investimento pré-IPO. Os termos de captação de recursos raramente são divulgados ao público, mas mais de uma dúzia de advogados, empreendedores e investidores de capital de risco do Vale do Silício disseram à Reuters que, desde a oferta pública cancelada pela WeWork e outros IPOs fracassados, os investidores têm garantido proteções de seus investimentos em “unicórnios” - empresas privadas avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais. Termos mais duros são o preço a pagar para garantir investimento em estágio avançado e sustentar o fluxo de ofertas públicas iniciais, mas também podem ser prejudicial para os fundadores, funcionários e investidores de estágio inicial, o que, por sua vez, pode tornar as fusões e aquisições mais desafiadoras. Uma pesquisa trimestral realizada pelo escritório de advocacia Fenwick & West, que monitora os termos de negociação de startups, mostrou um aumento acentuado naqueles com preferências de liquidação sênior para rodadas de investimento de estágio avançado no terceiro trimestre de 2019, época
em que o plano de IPO da WeWork foi suspenso. As proteções incluem um preço mínimo mais alto para as ações em um IPO, mecanismos que dão aos investidores mais ações se o preço delas for inferior ao que pagaram, garantias de um certo retorno sobre os investimentos e direitos para bloquear o IPO. A alta avaliação da WeWork, de US$ 47 bilhões, caiu para menos de US$ 8 bilhões, depois que a empresa suspendeu seu IPO em setembro, em meio a uma disputa pública entre acionistas e fundadores que levou à deposição do presidente-executivo e fundador e um resgate financeiro do SoftBank. O conglomerado japonês de tecnologia, que investiu em várias startups de alto nível, incluindo a Uber Technologies, está entre os investidores de estágio avançado, especialmente exigentes em demandar mais proteções em
caso de um fracasso no IPO. Nos últimos quatro meses, todas as discussões de financiamento conduzidas pelo SoftBank para startups da internet envolveram termos mais rígidos para fundadores e funcionários, especialmente para investimentos de US$ 200 milhões a US$ 300 milhões ou mais, de acordo com uma pessoa familiarizada com as discussões. WeWork - Certamente, alguns especialistas observam que o impulso por maiores proteções precedeu o desastre da WeWork, mas a maioria dos advogados e investidores que a Reuters entrevistou afirmou que isso se intensificou após o episódio. Sandy Miller, sócia da IVP, uma empresa de capital de risco que investe na Uber, disse que muitas empresas, incluindo a IVP, ainda preferem termos mais limpos que colocam os fundadores
Proteções financeiras, porém, podem tornar mais difícil a realização de negócios envolvendo startups
e todos os investidores em pé de igualdade. No entanto, um investidor pode querer proteção extra se os fundadores buscarem avaliações mais altas em um momento em que o mercado está se estabilizando.
“Você pode dizer, bem, podemos concordar com uma avaliação um pouco mais alta, mas precisaremos de alguns termos”. No entanto, as proteções financeiras, em particular, podem dificultar a realização
de negócios, principalmente quando a empresa é vendida, e não listada, porque, uma vez que os investidores de estágio avançado obtêm sua parte garantida, pode não haver muito para mais ninguém. (Reuters)
BANCO CENTRAL
Economistas cortam previsão para inflação São Paulo - O mercado reduziu suas expectativas para a inflação e a produção industrial neste ano, de acordo com a pesquisa Focus que o Banco Central (BC) divulgou ontem. A expectativa para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2020 passou a 3,58%, 0,02 ponto percentual a menos do que na semana anterior,
enquanto permaneceu em 3,75% para o próximo ano. O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Em 2019, o choque da alta nos preços das carnes pressionou a inflação oficial do Brasil, terminando o ano acima do centro da meta oficial, porém dentro do limite pelo
quarto ano seguido - avanço neste ano foi piorada para de 4,31%, quando o centro uma expansão de 2,10%, da meta do governo era de contra 2,19% antes. A pesquisa com uma cen4,25%. tena de economistas mostrou Indústria - Para o Produto ainda que não houve mudanInterno Bruto (PIB), a estima- ças nas estimativas para a tiva de crescimento manteve taxa básica de juros em 2020, o cenário de 2,30% em 2020 e com a Selic sendo vista em 2,50% em 2021, de acordo com 4,5%. Para 2021, entretanto, a o levantamento semanal do conta caiu a 6,25%, de 6,5%. BC. Entretanto, a perspectiva A Selic terminou 2019 a para a produção industrial 4,5%, nova mínima histórica,
após novo corte de 0,5 ponto percentual em dezembro, quando o BC indicou cautela em relação aos juros daqui para frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a taxa básica em 4,25% este ano, mas passou a vê-la em 6,25% no próximo ano, de 6,5%. (Reuters)
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2020
13
LEGISLAÇÃO JUDICIÁRIO
Adoção do juiz de garantia pode ser adiada Tribunais estaduais de todo o País aumentam a pressão sobre o CNJ para postergar implantação G. DETTMAR / CNJ
São Paulo - Tribunais de Justiça de todo o País têm reforçado a pressão ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para adiar a implantação do juiz das garantias no prazo de até um ano. As cortes querem tempo para ajustes que vão de inclusão de novas despesas em previsões orçamentárias a mudanças legislativas estaduais. Em memorando enviado na última quinta-feira (9) ao conselho, a Procuradoria-Geral da República já solicitou o adiamento. Algumas cortes formaram grupos de trabalho para encaminhar ao CNJ sugestões para a instalação do modelo, instituído em lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em dezembro. Outros grupos estão mais concentrados em como se dará a implementação das medidas em seus estados após a decisão do CNJ. A lei prevê que a mudança passe a valer a partir de 23 de janeiro, mas o CNJ montou uma equipe para regulamentar como ela será aplicada. O juiz das garantias será responsável por acompanhar os inquéritos, analisando pedidos de quebra de sigilo e de prisão provisória, por exemplo, até o recebimento da denúncia. Ele não atuará na fase posterior da ação penal, da análise das provas até a sentença, que caberá a outro magistrado, chamado juiz da instrução e julgamento. Presidentes dos TJs consultados pela reportagem se dividem a respeito da necessidade de implementação do juiz das garantias - alguns acham desnecessário, outros apoiam incontestavelmente - e da possibilidade de a medida acarretar novos custos. Há os que dizem que não será gasto um centavo a mais, outros falam que a
mudança custará caro. A principal dúvida é como o modelo vai funcionar sem novos custos nas comarcas com um único juiz, que correspondem, segundo o CNJ, a aproximadamente 20% da Justiça estadual no País. É a queixa, por exemplo, do maior tribunal do Brasil, o de São Paulo. Entre as 320 comarcas paulistas, 40 têm apenas um magistrado, o que deve implicar o deslocamento dos processos que não são digitalizados e dos juízes. O conselho estuda a implantação de varas regionais em que atuem somente juízes das garantias e digitalização dos processos criminais para sanar os problemas. Estado mais extenso do Brasil, o Amazonas já tem unidades em Manaus e no interior que fazem um trabalho similar ao do juiz das garantias. Ainda assim, com regiões de difícil acesso, há entraves em mudar o sistema em outras comarcas. “(A lei), tal como aprovada, é de difícil aplicação, em especial nas regiões mais isoladas e de grandes dimensões territoriais, como a região amazônica”, pondera o presidente do TJ-AM, Yedo Simões. Estados vizinhos também pedem mais prazo. Roraima afirma que a data prevista em lei é inviável. O presidente do TJ de Rondônia, Paulo Kiyochi Mori, diz que “haverá sérias dificuldades para o cumprimento da lei, em face do impacto financeiro não previsto em 2020”. Mori diz que aguarda “com preocupação” os estudos do CNJ. “Algumas comarcas de primeira entrância no estado de Rondônia são distantes entre si, o que obrigatoriamente exigirá deslocamentos de pessoas”, completa. Assim como Rondônia, Alagoas acredita que será
necessário que projetos passem pelas Assembleias Legislativas para mudar a competência de varas locais e transformá-las em varas relacionadas ao novo modelo. O presidente do tribunal alagoano, Tutmés Airan, diz que pretende transformar uma vara da capital destinada ao combate de organizações criminosas na “vara alagoana das garantias”, com mais juízes. “Demandaria, a meu sentir, um esforço relativamente pequeno, se considerado o benefício da medida”, argumenta. No Nordeste, Bahia, Paraíba e Sergipe também querem mais prazo para O CNJ instituiu um grupo para regulamentar a implementação dos juízes de garantia se adaptar à mudança. O Piauí diz ter em 70% das suas comarcas apenas um juiz titular.
País tem déficit de 4.400 magistrados
Custos - O presidente do TJ paraibano, Márcio Murilo da Cunha Ramos, avalia que a mudança “será cruel” devido aos custos. Ele teme aumento da burocracia e da prescrição de processos. “Se quisermos ter um sistema realmente operante, com poucos vícios, teremos de usar a imaginação. Qualquer despacho de um juiz em um processo o impedirá de instruir (participar da fase de análise das provas e julgamento) no futuro”, alerta. “Haverá muitos casos de impedimento de juízes do interior, por terem atuado no plantão, fazendo com que se nomeie outro magistrado de comarca com 100 km de distância. É aumento de custos e perda de tempo”, afirma. Na Bahia, o presidente eleito do tribunal, Lourival Almeida, diz que viu o tempo proposto com “muita perplexidade, titubeio e muita preocupação”. Apesar do prazo curto, ele é favorável à medida.
São Paulo - Um a cada cinco cargos de juiz no Brasil está vago, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De acordo com o órgão, em 2018 havia cerca de 18 mil magistrados em atividade e cerca de 4.400 postos desocupados. A maioria (69%) está lotada na Justiça estadual, ramo que tem 22% de vacância. Na Justiça Federal, que reúne pouco mais de 1.900 juízes, o índice é de 24%. A falta de magistrados é um dos entraves para a implementação da figura do juiz das garantias pelo País. Em 20% das comarcas, há apenas um magistrado trabalhando. Apesar dos postos vagos, o número de juízes no Brasil cresceu 14% desde 2009. As despesas do Judiciário, por outro lado, tiveram queda. Foram gastos cerca de R$ 109,1 bilhões (valor corrigido pela inflação) em 2009. Em 2018, a despesa caiu para R$ 93,7 bilhões. Naquele ano, chegaram à Justiça estadual, em média, 1.668 novos processos O Rio Grande do Norte estuda a possibilidade de pedir um prazo de seis meses para a criação de atos normativos e regulamentação da medida. Já o Espírito Santo diz que o tempo é insuficiente e ainda não definiu como a norma será aplicada. Os TJ de Goiás, Paraná,
para cada magistrado. Na Justiça Federal, onde a maior parte dos casos da Lava Jato são processados, o acúmulo de trabalho é maior: foram 2.090. Nos dois ramos do Judiciário, acumulavam-se mais de 70 milhões de processos sem solução em 2018. Na Federal, a taxa de congestionamento, que mede o percentual de casos que permaneceram pendentes em relação ao que tramitou, era de 86%. O índice cresce desde 2012, quando registrou 78%. Na Justiça estadual, a situação é mais grave no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, com taxa de 82,1%. O de Roraima, por sua vez, teve a menor do país: 53,5%. Em média, um processo criminal leva três anos e dez meses para chegar à primeira sentença na Justiça estadual. No Rio Grande do Sul, o tempo chega a oito anos. No Distrito Federal, por sua vez, a média é de 11 meses. (Folhapress)
Amapá e Rio Grande do Sul não veem dificuldades para a implementação em seus estados. O Paraná afirma que tem 100% dos seus processos digitalizados e não precisaria aumentar custos - nos locais com apenas um juiz criminal, haveria um um rodízio: o magistrado
de uma comarca atuaria como juiz das garantias da comarca vizinha. Alguns estados esperam que vagas de juízes de garantias sejam preenchidas por concursos que estão em andamento ou que terão que ser abertos durante o ano. (Folhapress)
TRABALHO
Implementação do eSocial é estendida até 2023
Brasília - Sistema informatizado de prestação de informações de empresas e trabalhadores, o eSocial só terminará de ser implementado em 2023. No fim do ano passado, o cronograma de migração foi novamente adiado. Segundo a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, a mudança no calendário de obrigatoriedade se dá para a simplificação do eSocial, que será publicada em breve. Entre as mudanças, a obrigação de registro de eventos de saúde e segurança do trabalhador foi adiada para todos os empregadores. As micro e pequenas empresas passarão a registrar os eventos ligados à folha de pagamento de forma escalonada. Além disso, a adesão dos órgãos públicos ao novo sistema ocorrerá gradualmente, com a criação de dois grupos adicionais que seguirão novos cronogramas. Administrado pela Receita Federal, o eSocial elimina 15 informações periódicas que os empregadores eram obrigados a fornecer ao governo. Adotado para empregadores domésticos em
2015, o eSocial está sendo expandido gradualmente para todas as empresas e organizações dos setores público e privado. A inclusão dos dados de saúde e de segurança do trabalhador, que valeria a partir de 8 de janeiro para as grandes empresas, que faturam mais de R$ 78 milhões por ano, passou para 8 de setembro deste ano. Para as médias empresas, que faturam até R$ 78 milhões, a obrigação passou de 8 de julho deste ano para 8 de janeiro de 2021. Para o grupo 3, composto pelas micro e pequenas empresas optantes do Simples Nacional, os produtores rurais, os empregadores pessoas físicas (exceto os domésticos) e as entidades sem fins lucrativos, a inserção dos dados de saúde e segurança foi prorrogada em seis meses e passou para 8 de julho de 2021. Os empregadores do grupo 3 também migrarão os registro dos eventos relativos à folha de pagamento (salários e demais remunerações) em etapas, conforme o dígito final do CNPJ. De acordo com a Secretaria de
Trabalho, o grande número de contribuintes desse grupo justificou o desmembramento do cronograma. O registro dos eventos da folha de pagamento no eSocial se tornaria obrigatório para esse grupo em 8 de janeiro. O prazo foi transferido para 8 de setem-
bro para os empregadores com CNPJ com final de 0 a 3; 8 de outubro para CNPJ com final de 4 a 7; e 9 de novembro para empresas de CNPJ com final 8 ou 9 e para as pessoas físicas. Originalmente composto por órgãos públicos e organismos internacionais, o
grupo 4 foi desmembrado em três, com a criação dos grupos 5 e 6. O grupo 4 será composto pelos entes públicos federais e os organismos internacionais. O grupo 5, por entes estaduais e do Distrito Federal; e o grupo 6, por entes municipais, comissões polinacionais e
consórcios públicos. Para o grupo 4, a adesão ao eSocial só começará em 8 de setembro, com o cadastro dos empregadores e a introdução das tabelas de dados, e terminará em 10 de janeiro de 2022, com os dados de segurança e de saúde do trabalhador. (ABr)
BENEFÍCIOS DO INSS
Fila de pedidos já chega a 1,3 milhão
Brasília - O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pôs em prática uma força-tarefa para colocar em dia os pedidos de benefícios. Atualmente, 1,3 milhão de pedidos aguardam, por mais de 45 dias, uma conclusão no requerimento. Esse é o prazo máximo de análise definido por lei. De acordo com Márcia Elisa de Souza, diretora de Benefícios do instituto, medidas estão sendo tomadas para acelerar as análises dos requerimentos. “Criamos as centrais de análises, servidores dedicados à análise de benefício e por especialização. Estamos especializando a análise dos benefícios para ganhar em
produção e qualidade. Temos o programa especial, onde os servidores analisam, fora da jornada de trabalho, com pagamento do bônus, os processos que estão há mais de 45 dias, após atender os requisitos necessários definidos no programa de gestão”, disse a diretora em entrevista à Rádio Nacional. Além da realização de hora-extra por servidores para analisar os pedidos em atraso, o órgão trocou o sistema de marcação de ponto por outro, que mede a produtividade. Com isso, explicou Márcia, o INSS tem um maior número de benefícios analisados pelo mesmo servidor. Vários tipos de requeri-
mentos aguardam conclusão de análise do INSS. São, por exemplo, pedidos de aposentadoria por invalidez, por idade – tanto urbana quanto rural – e aposentadoria por tempo de contribuição. A legislação prevê que nenhum segurado deve esperar mais que 45 dias para ter o pedido de benefício analisado. Caso ultrapasse esse prazo, o instituto pode ter prejuízo, porque terá de pagar os valores retroativamente, com a devida correção monetária. Márcia esclareceu, contudo, que apesar do grande número de requerimentos atrasados, cerca de 500 mil estão aguardando documen-
tação adicional, necessária quando não é possível concluir o requerimento no ato da análise. A diretora nega que o atraso seja por causa da mudança nas regras da reforma da Previdência, aprovada pelo Congresso e promulgada em novembro. Segundo ela, os sistemas do instituto já estavam sendo preparados para as mudanças antes mesmo da aprovação das novas regras. “Assim que sai uma nova regra, é necessário adequar os sistemas, é uma coisa normal. Acontece que a gente já tem, dentro das novas regras, mais de 70% da demanda sendo atendida”, explica. (ABr)
Indicadores Econômicos Inação
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Ouro Nova Iorque (onça-troy)
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US$ 1.560,97
US$ 1.550,61
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Taxas Selic 7ULEXWRV )HGHUDLV
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Fevereiro
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Março
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Junho
0,47
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0,57
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Agosto
0,50
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0,46
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5,50
Novembro
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5,00
Dezembro
0,37
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Reservas Internacionais 10/01........................................................................... US$ 357.058 milhĂľes )RQWH: BCB-DSTAT
Imposto de Renda $OtTXRWD
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De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68
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Acima de 4.664,68
27,5
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AtĂŠ 1.903,98
'HGXo}HV a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciĂĄria. d) PensĂŁo alimentĂcia. 2EV Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂquota e, em seguida, a parcela a deduzir. )RQWH: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendĂĄrio 2015
SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP -DQ 6DOiULR 998,00 &8% 0* ) 0,53 83& 5
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Taxas de câmbio 02('$ 3$Ë6 &�',*2 BOLIVIANO/BOLIVIA 30 COLON/COSTA RICA 35 COLON/EL SALVADOR 40 COROA DINAMARQUESA 45 COROA ISLND/ISLAN 55 COROA NORUEGUESA 60 COROA SUECA 70 COROA TCHECA 75 DINAR ARGELINO 90 DINAR/KWAIT 95 DINAR/BAHREIN 100 DINAR/IRAQUE 115 DINAR/JORDANIA 125 DINAR SERVIO 133 DIRHAM/EMIR.ARABE 145 DOLAR AUSTRALIANO 150 DOLAR/BAHAMAS 155 DOLAR/BERMUDAS 160 DOLAR CANADENSE 165 DOLAR DA GUIANA 170 DOLAR CAYMAN 190 DOLAR CINGAPURA 195 DOLAR HONG KONG 205 DOLAR CARIBE ORIENTAL 210 DOLAR DOS EUA 220 FORINT/HUNGRIA 345 FRANCO SUICO 425 GUARANI/PARAGUAI 450 IENE 470 LIBRA/EGITO 535 LIBRA ESTERLINA 540 LIBRA/LIBANO 560 LIBRA/SIRIA, REP 570 NOVO DOLAR/TAIWAN 640 LIRA TURCA 642 NOVO SOL/PERU 660 PESO ARGENTINO 665 PESO CHILE 715 PESO/COLOMBIA 720 PESO/CUBA 725 PESO/REP. DOMINIC 730 PESO/FILIPINAS 735 PESO/MEXICO 741 PESO/URUGUAIO 745 QUETZEL/GUATEMALA 770 RANDE/AFRICA SUL 775 RENMIMBI IUAN 779 RENMINBI HONG KONG 796 RIAL/CATAR 800 RIAL/OMA 805 RIAL/IEMEN 810 RIAL/IRAN, REP 815 RIAL/ARAB SAUDITA 820 RINGGIT/MALASIA 825 RUBLO/RUSSIA 828 RUPIA/INDIA 830 RUPIA/INDONESIA 865 RUPIA/PAQUISTAO 870 SHEKEL/ISRAEL 880 WON COREIA SUL 930 ZLOTY/POLONIA 975 EURO 978 )RQWH Banco Central / Thomson Reuters
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2XW 998,00 0,08 23,54 3,5932 5,57
9(1'$ 0,6039 0,7279 0,007273 0,4721 0,6154 0,03349 0,436 0,1823 0,081 0,03465 13,6198 0,003478 5,8346 0,03918 1,1247 2,8528 4,1309 4,1309 3,1652 0,01986 5,0072 3,0679 0,5317 0,6177 4,1309 0,01376 4,2556 0,0006355 0,03758 0,2603 5,3623 0,002744 5,3685 0,1382 0,7042 1,2383 0,05831 0,005324 0,001256 4,1309 0,07807 0,08188 0,2193 0,1109 0,5365 0,002793 0,6177 0,5998 1,1349 10,7296 0,01658 0,0000984 1,1012 0,00102 1,0172 0,06741 0,0003023 0,2679 1,1925 0,003573 1,0858 4,5989
7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.751,81 8,00 De 1.751,82 a 2.919,72 9,00 De 2.919,73 atĂŠ 5.839,45 11,00 &2175,%8,dÂ2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5
AtĂŠ 998,00 (valor. MĂnimo) 11 109,78 De 998,00 atĂŠ 5.839,45 20 199,60 atĂŠ 1.167,89 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR AtĂŠ R$ 907,77 Acima de R$ 907,78 a R$ 1.364,43
9DORU XQLWiULR GD TXRWD R$ 46,54 R$ 32,80
)RQWH: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2019
FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RHÂżFLHQWHV GH -$0 0HQVDO
&RPSHWrQFLD GR 'HSyVLWR &UpGLWR Junho/2019 Agosto/2019 0,2466 0,4867 Julho/2019 Setembro/2019 0,2466 0,4867 * Taxa que deverĂĄ ser usada para atualizar o saldo do FGTS no sistema de Folha de Pagamento. )RQWH Caixa EconĂ´mica Federal
TBF
Seguros 26/12
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14/01 0,01311781 )RQWH Fenaseg
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27/12 a 27/01 28/12 a 28/01 29/12 a 29/01 30/12 a 30/01 31/12 a 31/01 01/01 a 01/02 02/01 a 02/02 03/01 a 03/02 04/01 a 04/02 05/01 a 05/02 06/01 a 06/02 07/01 a 07/02 08/01 a 08/02 09/01 a 09/02 10/01 a 10/02
0,3165 0,3161 0,3318 0,3476 0,3476 0,3447 0,3447 0,3306 0,3306 0,3464 0,3621 0,3613 0,3593 0,3438 0,3271
AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(
Novembro ,*3 ', )*9
Novembro ,*3 0 )*9
Novembro
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1,0327 1,0538 1,0397
24/12 a 24/01 25/12 a 25/01 26/12 a 26/01 27/12 a 27/01 28/12 a 28/01 29/12 a 29/01 30/12 a 30/01 31/12 a 31/01 01/01 a 01/02 02/01 a 02/02 03/01 a 03/02 04/01 a 04/02 05/01 a 05/02 06/01 a 06/02 07/01 a 07/02 08/01 a 08/02 09/01 a 09/02 10/01 a 10/02
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0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588
Agenda Federal Dia 15
Contribuição ao INSS &2035$ 0,5909 0,7253 0,007141 0,4715 0,6152 0,03344 0,4358 0,1822 0,0802 0,03449 13,6089 0,003442 5,8173 0,03902 1,1244 2,8516 4,1303 4,1303 3,1638 0,01963 4,9465 3,0661 0,5316 0,6051 4,1303 0,01375 4,2532 0,000634 0,03757 0,2586 5,3599 0,00272 5,3636 0,1381 0,7035 1,2374 0,0583 0,005321 0,001255 4,1303 0,07789 0,08184 0,2193 0,1108 0,5343 0,002778 0,6171 0,5996 1,1341 10,7253 0,01655 0,0000983 1,1009 0,001011 1,0163 0,06739 0,0003021 0,2665 1,1902 0,003567 1,0853 4,5978
06/12 a 06/01 07/12 a 07/01 08/12 a 08/01 09/12 a 09/01 10/12 a 10/01 11/12 a 11/01 12/12 a 12/01 13/12 a 13/01 14/12 a 14/01 15/12 a 15/01 16/12 a 16/01 17/12 a 17/01 18/12 a 18/01 19/12 a 19/01 20/12 a 20/01 21/12 a 21/01 22/12 a 22/01 23/12 a 23/01
IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no perĂodo de 1O a 10.01.2020, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “bâ€?, da Lei nO 11.196/2005): a) juros VREUH FDSLWDO SUySULR H DSOLFDo}HV Âżnanceiras, inclusive os atribuĂdos a residentes ou domiciliados no exterior, e tĂtulos de capitalização; b) prĂŞmios, inclusive os distribuĂdos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espĂŠcie e lucros decorrentes desses prĂŞmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisĂŁo de contratos.. Darf Comum (2 vias). IOF - Pagamento do IOF apurado no 1O decĂŞndio de janeiro/2020: Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa JurĂdica CĂłd. Darf 1150; Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa FĂsica - CĂłd. Darf 7893; Operaçþes de câmbio - Entrada de moeda - CĂłd. Darf 4290; Operaçþes de câmbio - SaĂda de moeda - CĂłd. Darf 5220; TĂtulos ou Valores MobiliĂĄrios CĂłd. Darf 6854; Factoring - CĂłd. Darf 6895; Seguros - CĂłd. Darf 3467; Ouro, DWLYR ÂżQDQFHLUR &yG 'DUI 'DUI Comum (2 vias). EFD – Contribuiçþes - Entrega da EFD - Contribuiçþes relativas aos fatos geradores ocorridos no mĂŞs de novembro/2019 (Instrução Normativa RFB no 1.252/2012, art. 7O). Internet. Cide - Pagamento da Contribuição de Intervenção no DomĂnio EconĂ´mico cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de dezembro/2019 (art. 2O, § 5O, da Lei no 10.168/2000; art. 6O da Lei nO 10.336/2001): Incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a residentes ou domiciliados no exterior, a tĂtulo de royalties ou remuneração previstos nos respectivos contratos relativos a fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistĂŞncia tĂŠcnica, cessĂŁo e licença de uso de marcas e cessĂŁo e licença de exploração de patentes - CĂłd. Darf 8741. Incidente na comercialização de petrĂłleo e seus derivados, gĂĄs natural e seus derivados e ĂĄlcool etĂlico combustĂvel (Cide-CombustĂveis) - CĂłd. Darf 9331. Darf Comum (2 vias). &RÂżQV 3,6 3DVHS Retenção na Fonte – Autopeças - Recolhimento GD &RÂżQV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurĂdicas referentes Ă aquisição de autopeças (art. 3O, § 5O, da Lei nO 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nO
11.196/2005), no perĂodo de 16 a 31.12.2019. Darf Comum (2 vias). ()' 5HLQI Entrega da Escrituração Fiscal Digital de Retençþes e Outras Informaçþes Fiscais (EFD-Reinf), relativa ao mĂŞs de dezembro/2019, pelas entidades compreendidas no: a) 1O grupo, que compreende as entidades integrantes do “Grupo 2 - Entidades Empresariaisâ€?, do anexo V da Instrução Normativa RFB nO 1.634/2016; e b) 2O grupo, que compreende as demais entidades integrantes do “Grupo 2 - Entidades Empresariaisâ€?, do anexo V da Instrução Normativa RFB nO 1.634/2016; exceto as optantes pelo Simples Nacional. (Instrução Normativa RFB nO 1.701/2017, art. 2O, § 1O, incisos I e II, e art. 3O, ambos com as redaçþes dadas pelas Instruçþes Normativas RFB no 1.767/2017, 1.842/2017 e 1.900/2019). Nota: NĂŁo obstante a Instrução Normativa RFB nO 1.701/2017, art. 2O, § 1O, incisos I, II e IV, ainda mencione a Instrução Normativa RFB nO 1.634/2016, esta foi revogada pela Instrução Normativa RFB no 1.863/2018, a qual traz em seu Anexo V a nova relação com a natureza jurĂdica das atividades. Internet. 'HFODUDomR GH 'pELWRV H &UpGLWRV 7ULEXWiULRV )HGHUDLV 3UHYLGHQFLiULRV H GH 2XWUDV (QWLGDGHV H )XQGRV (DCTFWeb) - Entrega da Declaração de DĂŠbitos e CrĂŠditos TributĂĄrios Federais PrevidenciĂĄrios e de Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb), relativa ao mĂŞs de dezembro/2019, pelas entidades compreendidas no 1O Grupo (com faturamento em 2016 acima de R$ 78.000.000,00), bem como aquelas compreendidas no 2O grupo (entidades empresariais com faturamento no ano de 2017 acima de R$ 4.800.000,00). Quando o prazo recair em dia nĂŁo Ăştil, a entrega da DCTFWeb serĂĄ antecipada para o dia Ăştil imediatamente anterior. (Instrução Normativa RFB nO 1.787/2018, art. 13, §§ 1O a 4O, na redação da Instrução Normativa RFB nO 1.884/2019). DCTFWeb (internet). 3UHYLGrQFLD 6RFLDO ,166 Contribuinte individual, facultativo e segurado especial optante pelo recolhimento como contribuinte individual - Recolhimento das contribuiçþes previdenciĂĄrias relativas Ă competĂŞncia dezembro/2019 devidas pelos contribuintes individuais, pelo facultativo e pelo segurado especial que tenha optado pelo recolhimento na condição de contribuinte individual. NĂŁo havendo expediente bancĂĄrio, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia Ăştil imediatamente posterior. GPS (2 vias).
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2020
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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
“Economia de Francisco” A conselheira do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG) e vice-presidente do Instituto Corecon, Pâmela Sobrinho, está entre os 100 brasileiros selecionados para o encontro mundial denominado “Economia de Francisco”. O evento acontece entre os dias 26 e 28 de março, em Assis, na Itália. Este encontro foi chamado pelo Papa Francisco em 1º de maio de 2019, convocando jovens empreendedores, pesquisadores, ativistas de diversas causas e, sobretudo, a juventude engajada na transformação social da realidade, inserida em trabalhos sociais em suas comunidades e territórios variados de todo o mundo. Foram selecionados cerca de dois mil jovens em mais de 120 países. O evento contará com a presença dos prêmios Nobel da Paz Amartya Sen e Muhammad Yunus.
Visitas mediadas O Programa CCBB Educativoproporciona ao público uma experiência diferenciada com imersão educativa, artística e cultural na programação do CCBB BH. Entre as atividades, estão visitas mediadas que dialogam com a exposição “Man Ray em Paris”, que fica em cartaz no Centro Cultural até dia 17 de fevereiro. A mostra abrange a imensa e multiforme obra de Man Ray, por meio de cerca de 250 obras. Às segundas, quartas, quintas e sextas, o CCBB Educativo promove as Visitas Educativas Agendadas, com grupos escolares e não escolares. Os encontros, com agendamento prévio pelo e-mail agendamentobh@ccbbeducativo.com, buscam criar diálogo aliado às práticas artísticas, culturais e sociais abordadas pela mostra. As visitações são oferecidas em três turnos (manhã, tarde e noite), acolhendo os grupos em sua diversidade de realidades e contextos educacionais.
“Pequenos Grandes Chefes” A criançada poderá usar e abusar da criatividade na cozinha durante as férias no Diamond Mall. Em um ambiente todo colorido montado para elas no shopping, com bancadas pias e, claro, fogão (cenográfico), os pequenos chefs terão aulas com profissionais do “Espaço Corre Cutia”, especializados em recreação infantil. O evento “Pequenos Grandes Chefes” terá início na próxima quinta-feira e prossegue até dia 2 de fevereiro. Apesar de gratuitas, as inscrições são limitadas. A ideia é que os participantes se sintam verdadeiros chefs de cozinha. Tudo de maneira lúdica, educativa e divertida. Eles poderão preparar pratos deliciosos e com requinte de chef. As inscrições podem ser realizadas por meio do telefone: (31) 3330-8633.
“Democracia em Vertigem” é indicado ao Oscar 2020 Rio de Janeiro - O filme brasileiro “Democracia em Vertigem” (foto) foi indicado ao Oscar deste ano na categoria de melhor documentário, de acordo com a lista divulgada ontem pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Produzido e dirigido pela cineasta Petra Costa, o documentário acompanha o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, e as repercussões políticas que sucederam seu afastamento do poder. Concorrendo na mesma categoria estão “American Factory”, “The Cave”, “For Sama” e “Honeyland”. Lançado em junho de 2019 na plataforma de streaming Netflix, o documentário brasileiro foi exibido no Festival Sundance de Cinema. Se sair vitorioso da cerimônia de 9 de fevereiro, “Democracia em Vertigem” garantirá o primeiro Oscar a um filme brasileiro em toda a história da premiação. O drama sombrio “Coringa” lidera a corrida do Oscar, com 11 indicações, incluindo a melhor filme. O filme disputará o prêmio principal com “Ford vs Ferrari”, “1917”, “História de um Casamento”, “Era uma Vez em... Hollywood”, “O Irlandês”, “Jojo Rabbit”, “Adoráveis Mulheres” e o sul-coreano “Parasita”. Para melhor ator, foram indicados Joaquin Phoenix (“Coringa”), Adam Driver (“História de um Casamento”), Leonardo DiCaprio (“Era uma Vez em... Hollywood”), Antonio Banderas (“Dor e Glória”) e, Jonathan Pryce (“Dois Papas”) Na categoria de melhor atriz, as candidatas são Renée Zellweger (“Judy”), Charlize Theron (“O Escândalo”), Scarlett Johansson (“História de um Casamento”), Saoirse Ronan (“Adoráveis Mulheres”), e Cynthia Erivo (“Harriet”). Foram indicados ao Oscar de melhor
Som Solidário No próximo domingo, a partir das 14 horas, o Mr. Hoppy Prado: (avenida Francisco Sá, 430 – Prado) vai ser palco de um encontro de músicos com duas propostas principais; atingir o ouvido e o coração do público. É o Som Solidário – Mr Hoppy Prado, que vai reunir seis músicos em torno de uma causa. O projeto nasceu com a ideia de reunir os amigos para curtir um domingão agradável e arrecadar fundos para uma boa ação. O valor arrecadado com o evento vai ser doado a família de Lara Emanuelly, de apenas três aninhos, que em agosto de 2019 sofreu um acidente de carro gravíssimo. O evento é idealizado por Luiz Pessah, e vai contar com os artistas que vão se apresentar no formato voz e violão, com o melhor do blues, rock e pop rock nacional e internacional durante seis horas.
diretor Martin Scorsese (“O Irlandês”), Quentin Tarantino (“Era uma Vez em... Hollywood”), Bong Joon Ho (“Parasita”), Sam Mendes (“1917”) e Todd Phillips (“Coringa”) Os candidatos a melhor ator coadjuvante são Brad Pitt (“Era uma Vez em... Hollywood”), Al Pacino (“O Irlandês”), Joe Pesci (“O Irlandês”), Tom Hanks (“Um Lindo Dia na Vizinhança”) e Anthony Hopkins (“Dois Papas”) Na categoria de melhor atriz coadjuvante, concorrem Laura Dern (“História de um Casamento”), Margot Robbie (“O Escândalo”), Florence Pugh (“Adoráveis Mulheres”), Scarlett Johansson (“Jojo Rabbit”) e Kathy Bates (“O Caso Richard Jewell”). Disputam o Oscar de melhor roteiro original “História de um Casamento”, “Era uma Vez em... Hollywood”, “Parasita”, “Entre Facas e Segredos” e “1971”. Já para melhor roteiro adapta-
do, os concorrentes são “O Irlandês”, “Jojo Rabbit”, “Coringa”, “Adoráveis Mulheres” e “Dois Papas”. A melhor filme de animação, os candidatos são “Como Treinar o Seu Dragão 3”, “J’Ai Perdu Mon Corps”, “Klaus”, “Link Perdido” e “Toy Story 4. Na disputa do melhor documentário estão “American Factory”, “The Cave”, “Democracia em Vertigem”, “For Sama” e “Honeyland”. Os candidatos a melhor filme em língua estrangeira são “Corpus Christi” (Polônia), “Honeyland” (Macedônia do Norte), “Os Miseráveis” (França), “Dor e Glória” (Espanha) e “Parasita” (Coreia do Norte). Já para melhor canção original, os indicados são “I Can’t Let You Throw Yourself Away” (“Toy Story 4”), “(I’m Gonna) Love Me Again” (“Rocketman”), “Into The Unknown” (“Frozen 2”), “Stand Up” (“Harri”). (Reuters)
CULTURA DIVULGAÇÃO
“Quiz na trilha” O que sabemos sobre os indígenas? O Espaço do Conhecimento UFMG (Praça da Liberdade, 700, Funcionários) está com uma exposição em cartaz que revela curiosidades de cinco povos do Brasil. No próximo sábado, às 10 horas, os visitantes podem descobrir muito mais sobre essas aldeias na programação de férias no museu. O “Quiz na trilha” revela curiosidades sobre as culturas Ye’kwana, Yanomami, Xakriabá, Pataxoop e Tikmũ’ũn, abordadas na exposição Mundos Indígenas. A atividade faz parte do projeto Sábado com Libras e é conduzida pela intérprete de Língua Brasileira de Sinais Dinalva Andrade. A atividade é gratuita e tem classificação livre.
REUTERS/PAULO WHITAKER
Artes plásticas Surrealismo - Fotógrafo, pintor, escultor, cineasta. São facetas de Man Ray, um dos maiores artistas visuais do início do século XX e expoente do movimento surrealista. E é parte de sua história criativa, um recorte significativo de seu trabalho, que pode ser apreciada na exposição “Man Ray em Paris. Quase 130 anos após seu nascimento, o público brasileiro poderá conferir 255 obras do artista ainda inéditas no País, entre objetos, vídeos, fotografias e serigrafias desenvolvidas durante os anos que viveu em Paris, entre 1921 e 1940, seu período de maior efervescência criativa. Quando: até 17 de fevereiro (quarta a segunda, das 10h às 22h) Quanto: entrada gratuita Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) Música Blues - A 7ª edição do “Projeto Blues Verão” tem como atração a banda “Soul Much Blues”, que apresentará clássicos dos dois gêneros da música negra norte-americana que dão nome à banda. No repertório músicas que ficaram famosas nas vozes de Etta
James, Koko Taylor, B.B. King, Eric Clapton, Joss Stone, James Brown, Jimi Hendrix, entre outros. O grupo é formado por Laura Lima (lead vocal), Artur Santos (guitarra), Leo Lima (teclado), Rod Vaz (baixo) e Benny Cohen (bateria). Quando: 18 de janeiro (20h) Quanto: R$ 20,00 Onde: Barracão de Antiguidades (rua Canela de Ema, 20, Casa Branca, Brumadinho - acesso pelo Parque da Serra do Rola Moça no Jardim Canadá) Teatro Drama - Belo Horizonte foi escolhida para a estreia de “Neblina”, peça idealizada por Leonardo Fernandes e Tatyana Rubim, com texto inédito escrito por Sérgio Roveri. Sob direção de Yara de Novaes, a atriz Fafá Rennó divide o palco com Leonardo Fernandes para contarem o drama de Diego e Sofia, alteregos de Rafael e Júlia, que se passa em uma noite fria, escura e com muita neblina. Quando: 10 de janeiro a 17 de fevereiro (sexta a segunda-feira, às 20 horas). Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia entrada) Onde: Teatro I – CCBB BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) Musical - Com direção de Sergio Módena e texto de Pedro Brício, “Grandes Encontros da MPB” é um passeio pela história da música nacional, passando por diversos gêneros e enredos, como a Bossa Nova, a era dos festivais, o Clube da Esquina, a música nordestina, o samba e o rock. Quando: 17 e 18 de janeiro (sextafeira, às 21h, sábado às 18h e 21h) Quanto: ingressos a partir de R$
20,00 para compras realizadas até 10 de janeiro. A partir do dia 11: de R$ 50,00 a R$ 90,00 (inteira) - vendas: nas bilheterias do teatro ou pelo site https://www.ingressorapido.com.br/ Onde: Grande Teatro do Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro) Cinema “Made in Pernambuco” - A Fundação Municipal de Cultura realiza a mostra “Made in Pernambuco”. A seleção de títulos traz 15 longas e 21 curtas e médias-metragens, totalizando 25 realizadores, e apresenta a força da cinematografia pernambucana, num recorte de duas décadas essenciais para a consolidação e reconhecimento de sua produção, incluindo Baile Perfumado (1996), Árido Movie (2005), e Cartola (2007), de Lírio Ferreira; Madame Satã (2001), O Céu de Suely (2008), e Viajo Porque Preciso Volto Porque Te Amo (2009), de Karim Aïnouz; Amarelo Manga (2002) e Baixio das Bestas (2006), de Cláudio Assis; Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes; e O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas (2000) de Paulo Caldas e Marcelo Luna, dentre outros. Quando: até 31 de janeiro Quanto: entrada gratuita - os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes das sessões Onde: MIS Cine Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89, Praça Duque de Caxias, Santa Tereza) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067