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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 24.021 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2020

Acordo entre EUA e China prejudica o agronegócio O acordo assinado entre Estados Unidos e China deve afetar as exportações mineiras e nacionais, com impacto negativo no agronegócio, principalmente nos embarques de soja, carnes e algodão. Por outro lado, o minério de ferro pode ser favorecido com o fim da guerra comercial, que tende a estimular o crescimento mais acelerado da China. Pag. 6

Vale renova a ajuda para municípios mineradores Por mais dois meses, a Vale renovou o apoio econômico aos municípios mineradores que tiveram as suas atividades paralisadas após o rompimento da barragem em Brumadinho. As cotas são referentes a novembro e dezembro de 2019. Os valores foram acordados individualmente com as prefeituras com base na Cfem. Pág. 4

MRV bate recorde e vendas líquidas chegam a R$ 5,4 bi O número de lançamentos da construtora aumentou no ano passado DIVULGAÇÃO

A MRV Engenharia Participações bateu novos recordes em 2019. Com a aposta na diversificação de funding, as vendas líquidas da construtora chegaram a R$ 5,4 bilhões no último exercício. A prévia operacional da empresa indica que os lançamentos, em termos de VGV, somaram R$ 6,9 bilhões, crescimento de 7,4% em relação a 2018. Em termos de unidades, a alta não foi tão expressiva. Apesar de somente nos últimos três meses do ano passado ter havido expansão de 44,7% no volume de lançamentos no comparativo com o terceiro trimestre, totalizando 14.007 unidades, em 2019 a quantidade atingiu 41.614 contra 41.195 no período anterior. O número de unidades produzidas chegou a 39.660 em 2019 contra 36.977 em 2018, um aumento de 7,3%, outro recorde. Os distratos caíram pela metade. Foram R$ 489 milhões em 2019 e R$ 990 A quantidade de unidades habitacionais produzidas pela MRV em 2019 registrou um crescimento de 7,3% milhões em 2018. Pág. 5 DIVULGAÇÃO

EDITORIAL Consertar o que está errado é com toda certeza bem melhor, e mais fácil, que cometer um erro maior. Vender a Cemig, caso sejam vencidas as resistências políticas, pode ser até fácil, sobretudo com uma avaliação mais interessante para o comprador que para o vendedor. Mineiramente, é preciso desconfiar, lembrando o que já aconteceu. Se o possível investidor, provavelmente estrangeiro, não se der por satisfeito ele primeiro deixa de investir e depois simplesmente fecha as malas e vai embora, não tomando conhecimento dos problemas que deixar para trás. Já aconteceu no setor elétrico e antes nas ferrovias, no transporte urbano, etc. “Um caso para mais reflexão”, pág. 2

ARTIGOS

Págs. 2 e 3

Um partido a mais (Aristoteles Atheniense)

A produtividade da safra 2020 de café no Estado tende a avançar, com a bienalidade positiva

Queda de empregos na construção civil

(José Fortes)

A importância do Marco Legal das Startups

(Pedro Waengertner)

A Embrapa é um valor estratégico para o desenvolvimento do País

(Mauro Carrusca)

Corrupção, poesia e justiça

A 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes vai exibir 113 filmes entre 24 de janeiro e 1º de fevereiro

Dólar - dia 16

Euro - dia 16

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 4,1892 Venda: R$ 4,1912

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Venda: R$ 4,6491

Poupança (dia 17): ............ 0,2588%

Turismo

IPCA-IBGE (Dezembro):.... 1,15%

Compra: R$ 4,0200 Venda: R$ 4,3600

Nova York (onça-troy): US$ 1.554,04

IPCA-Ipead(Dezembro):.... 1,09%

R$ 207,97

IGP-M (Dezembro): ................. 2,09%

Ptax (BC)

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 17): ............................. 0,0000%

Ouro - dia 16

Compra: R$ 4,1720 Venda: R$ 4,1726

A primeira estimativa para a safra 2020 de café da Conab em Minas Gerais prevê crescimento de 25,1% a 39,7% frente ao período anterior, com uma produção entre 30,7 milhões de sacas e 32 milhões de sacas. A expectativa de aumento se baseia no efeito da bienalidade positiva, que eleva a produtividade, e a alta de 5,1% na área cultivada, que pode chegar a mais de 1 milhão de hectares neste ano. A produtividade esperada é de 29,72 a 31,04 sacas por hectare, o que representa um avanço de 19,1% a 24,4%. Pág. 8

Mostra de Tiradentes deve reunir 35 mil pessoas LEO LARA/UNIVERSO PRODUÇÃO

(Ricardo Viveiros)

Safra mineira de café pode subir de 25,1% até 39,7%, diz Conab

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Com pouco menos de 8 mil habitantes, Tiradentes, no Campo das Vertentes, deve receber 35 mil visitantes entre 24 de janeiro e 1º de fevereiro, na 23ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes. Serão exibidos 113 filmes (31 longas, um média e 81 curtas-metragens), divididos em 53 sessões. Haverá ainda 39 mesas de debates, diálogos audiovisuais e a série Encontro com os Filmes, performances artísticas e musicais, oficinas e lançamentos de livros. A cidade histórica abre o calendário oficial do audiovisual brasileiro. Pág. 9


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2020

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OPINIÃO Um partido a mais

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda.

ARISTOTELES ATHENIENSE *

O Brasil conta, presentemente, com 33 partidos, além de 77 em fase de aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral. Entre as legendas em fase embrionária, figura o Partido Nacional Corinthiano (PNC). Este talvez seja comandado, no futuro, pelo ex-presidente Lula, responsável pela construção do estádio da equipe de sua predileção. O presidente Jair Bolsonaro anunciou a criação do Partido “Aliança pelo Brasil”, sob o qual pretende se abrigar no curso de sua pálida trajetória política. O escopo da nova legenda é conferir expressão nacional ao seu credo e não construir um partido que corresponda aos anseios inovadores do povo brasileiro. Tudo faz crer que essa corporação irá primar pelo autoritarismo, impondo aos filiados fiel lealdade ao seu líder,

embora essa exigência, no passado, não constituísse requisito aos que ingressaram no PT. A Aliança pelo Brasil será presidida por Jair Bolsonaro, tendo como vice o senador Flávio Bolsonaro, envolvido em processo criminal instaurado pelo Ministério Público. Dessa vez, até o caçula, Jair Renan, irá integrar a falange como “vogal”. Os filhos Eduardo, deputado pelo PSL, e Carlos, vereador pelo PSC, não serão aquinhoados por se acharem filiados a outros partidos. Basta a sua composição familiar para que a nova sigla não possa constituir um grupo político com um programa de ação definido. Não passa de um ajuntamento caseiro ou de um caudilhismo voltado, exclusivamente, para os interesses de seus integrantes. A linha de conduta será a que for imposta pelo seu chefe,

variando conforme as circunstâncias. Como os bolsonaristas se arrogam à condição de redentores do Brasil, tudo será permitido aos dirigentes. Consta do programa do “Aliança” que “um novo passo deverá ser dado” com a “criação de um partido político que dê voz ao povo brasileiro” e que esteja em consonância com as aspirações populares. Trata-se, pois, de uma nova experiência eleitoral a ser acrescida às agremiações existentes no Congresso Nacional. Como essas se distinguem apenas pelas siglas – e não por programas autênticos –, não é de se estranhar a criação de um partido, a mais, que se proponha a realizar o que não foi cumprido pelas falanges existentes. * Advogado, Conselheiro Nato da OAB e Diretor do IAB

Queda de empregos na construção civil JOSÉ FORTES *

Melhor novembro dos últimos anos! É o que mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), material divulgado mensalmente pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. A retomada está acontecendo, ainda que mais lentamente do que gostaríamos, mas está chegando. Bom, e como fica a Engenharia Civil neste contexto, já que, como indicam os mesmos dados de novembro, houve um volume alto de demissões neste segmento (mais de 7 mil postos a menos)? Vamos aos fatos: sim, houve retração ao longo dos últimos anos. Isso porque comprar um imóvel está longe de figurar na lista de primeira necessidade. Apesar de sê-lo. Investimentos de maior relevância como este tendem, portanto, a ficar descansando em uma gaveta fria até que as coisas voltem para os eixos. Ainda que o momento político não esteja em sua melhor fase, o cenário atual está mais claro. E, com isso, as empresas tendem a liberar investimentos. O que gera empregos. E o dinheiro de quem retomou a vida profissional é o propulsor da roda que faz uma série de negócios voltar a girar. Entre eles, a construção civil. Se olharmos para além do mês de novembro, o setor está voltando a se fortalecer. O próprio Caged mostrou isso ao longo de 2019. A queda de empregos em novembro é considerada previsível, por conta de sazonalidades como as festas de final de ano. Para fazer um bom cruzamento de informações, vejamos o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), indicador produzido pela Caixa Econômica Federal, em parceria com

o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que avalia os custos por metro quadrado para obras habitacionais: 2019 acumula um aumento de 3,8% e uma variação de 4,03% em 12 meses. Ao levarmos em consideração que este indicador nos dá uma pista de que, com maior procura, a oferta fica mais cara, temos certa segurança em concluir o reaquecimento do setor. E há uma série de outros indicadores que também têm demonstrado isso. Mas o que vem pela frente? Há dois pontos muito importantes e que farão grande diferença no que está por vir: pessoas e tecnologia. Nem um grão de areia sai do chão sem que alguém decida contratar uma obra e tenha, do outro lado, empresas com profissionais qualificados para executá-la. Em outra frente, está cada vez mais dentro do dia a dia do segmento o uso de tecnologia em todas as etapas do planejamento ao acompanhamento real time de custos e execução dos projetos. Sem contar softwares e hardwares que aumentam, e muito, a precisão das atividades. A queda de novembro tende a ser uma pequena variação em uma curva de crescimento. O emprego, portanto, está voltando a mostrar “a cara”. O que é ótimo. Agora, se olharmos para um contexto maior, a pergunta que deve ser feita é: qual é o tipo de emprego que a construção civil precisará nos próximos anos? O Brasil está preparado para oferecer esta nova mão de obra? Temos uma boa discussão por aqui. *Diretor de Construção Civil da Engemon, grupo de engenharia e tecnologia

A importância do Marco Legal das Startups PEDRO WAENGERTNER *

Não existe uma fórmula mágica para transformar o Brasil e colocá-lo nas primeiras posições mundiais dos rankings de inovação. Mas se pudesse fazer uma aposta, seria através do empreendedorismo digital. Em um ambiente desafiador, a criatividade é o que prospera - e, se tem algo que o brasileiro sabe contribuir com o mundo dos negócios, é com soluções fora da caixa. Dobrar a taxa de criação de startups e incentivar ainda mais esse tipo de inovação pode ser a maneira ideal de gerar riqueza e tornar o País cada vez mais competitivo. Ainda sem regras e regulamentações específicas, as startups se veem obrigadas a seguir as mesmas burocracias das empresas tradicionais. O que não condiz com o formato, ou mesmo agilidade, que elas necessitam para prosperar. O Marco Legal das Startups que tramita no Congresso irá melhorar o ambiente de negócios para as startups e, entre suas principais propostas, destaca-se, a criação de uma conceituação unificada de startup, e a simplificação de modelos societários, deixando mais fácil e barata a burocracia para se abrir e manter uma empresa. A burocracia é um custo invisível que nem sempre colocamos na con-

ta. Uma startup é uma organização enxuta por natureza e vejo o quanto a complexidade legal e tributária brasileira toma o tempo e energia dos empreendedores. A constituição das startups como Sociedade Anônima (SA), embora seja mais recomendada pela característica do negócio, muitas vezes não é a primeira opção do empreendedor, que acaba optando por alternativas que limitam o seu crescimento. Outro ganho importante para o cenário de investimentos no Brasil, é a proteção ao investidor-anjo, o investidor pessoa física que aposta nas startups logo no início. Os riscos na pessoa física assustam e limitam o potencial de financiamento destes negócios. Com a redução das taxas de juros, o investimento de risco está mais atrativo que nunca no Brasil, e poderá servir de combustível para o crescimento que precisamos no setor. Basta deixarmos claras as regras e garantir minimamente a segurança dos investidores. Existem, claro, pontos de extrema atenção no pacote regulatório, como, por exemplo, deixar bem claro o que, de fato, é uma startup. É importante ter suas características definidas para que outras empresas, que não não se

encaixam no modelo de startup, não tentem se enquadrar nessa categoria por falta de definições claras, se beneficiando indevidamente. Com mais de 12 mil startups de portas abertas no Brasil, e quase R$ 10 bilhões investidos neste tipo de negócio apenas este ano, estamos caminhando para um ecossistema de primeira linha. O governo brasileiro deve ficar atento para conseguir acompanhar o ritmo e criar um ambiente que favoreça o nascimento e crescimento de ainda mais startups. Vivemos uma era em que corremos o risco de ficarmos para trás na competitividade global se não desenvolvermos formas de andar muito mais rápido do que andamos, principalmente no quesito inovação e tecnologia. Mesmo vivendo um momento de amadurecimento do ecossistema nacional das startups - atraindo, inclusive, muitos investimentos internacionais - o País deve fazer um esforço para o fomento desse setor, ainda pouco explorado e que pode contribuir tanto para a geração de renda quanto para o aumento da oferta de empregos qualificados. * Cofundador da ACE, empresa de inovação e investimento em startups

Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa

Presidente do Conselho Luiz Carlos Motta Costa conselho@diariodocomercio.com.br Presidente e Diretora Editorial Adriana Muls adrianamuls@diariodocomercio.com.br Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls diretoria@diariodocomercio.com.br Conselho Consultivo Enio Coradi, Tiago Fantini Magalhães e Antonieta Rossi Conselho Editorial Adriana Machado - Claudio de Moura Castro Helena Neiva - Lindolfo Paoliello - Luiz Michalick Mônica Cordeiro - Teodomiro Diniz

Um caso para mais reflexão Não há como recontar, ou reconstruir, a história recente da economia de Minas Gerais, notadamente a partir da segunda metade do século passado e do ciclo de crescimento e transformações então ocorridas, sem que seja reservado capítulo destacado para a participação decisiva da Cemig neste processo. E começar recapitulando como, entre as duas grandes guerras, as concessionárias estrangeiras, responsáveis pela geração e distribuição, perderam interesse pelo mercado local, deixando consequentemente de investir e de atender, a um ponto que racionamento e cortes de fornecimento se tornaram rotina. Já foi dito, mas nunca será demais repetir. Para escapar dessa situação, para garantir suprimento e, de início, a implantação da Cidade Industrial em Contagem, fora da concessão, que nasceu a Cemig e em seguida Três Marias, a primeira grande usina hidrelétrica brasileira e marca das transformações subsequentes. Tudo dentro dos mais elevados padrões técnicos e de gestão, fazendo da jovem empresa mineira uma espécie de marco e modelo para todo Consertar o que está o sistema elétrico brasileiro. Erros errado é com toda posteriores devem certeza bem melhor, ser debitados à contaminação e mais fácil, que política, à cometer um erro maior. repetição de velhas e bem conhecidas Vender a Cemig, caso práticas. sejam vencidas as Trata-se, portanto, de resistências políticas, corrigir os erros, pode ser até fácil, nunca de condenar sobretudo com uma a empresa, entendendo-se, avaliação mais como querem interessante para o alguns, que privatizar seja comprador que para o a única solução vendedor possível. Na realidade uma confissão de fracasso, que os resultados obtidos no último ano, na gestão, agora intempestivamente encerrada de Cledorvino Belini ajudam a desmentir. É só recordar o passado, recente, para que seja entendido, ao mesmo tempo, as razões da existência da Cemig e os riscos da privatização num setor estratégico e do mais relevante interesse público. Consertar o que está errado é com toda certeza bem melhor, e mais fácil, que cometer um erro maior. Vender a Cemig, caso sejam vencidas as resistências políticas, pode ser até fácil, sobretudo com uma avaliação mais interessante para o comprador que para o vendedor. Mineiramente, é preciso desconfiar, lembrando o que já aconteceu. Se o possível investidor, provavelmente estrangeiro, não se der por satisfeito ele primeiro deixa de investir e depois simplesmente fecha as malas e vai embora, não tomando conhecimento dos problemas que deixar para trás. Já aconteceu no setor elétrico e antes nas ferrovias, no transporte urbano, etc. Quem se lembra da antiga Companhia Força e Luz, quem se lembra que à época o interior do Estado dependia de pequenas e precárias usinas ou, mesmo, de lamparinas, entenderá o sentido dessa advertência.


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OPINIÃO

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A Embrapa é um valor estratégico para o desenvolvimento do Brasil MAURO CARRUSCA *

“O agronegócio brasileiro é o mais sustentável do mundo, chega ao prato de mais de 1 bilhão de pessoas por dia e tem muito espaço para crescer”. Essa é uma afirmação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, que dá a dimensão da importância do Brasil na produção mundial de alimentos. De fato, reunimos muitos pontos favoráveis: temos extensão territorial, somos competentes na pesquisa em ciência e tecnologia no agro, usamos sistemas de produção sustentáveis, temos boas relações comerciais internacionais e o mais importante, temos muitos produtores dispostos, animados e ousados, que enfrentam de peito aberto os grandes desafios, que não são poucos. Historicamente, o agronegócio é responsável por um quinto do PIB brasileiro. Desde 2016, tivemos a oportunidade de, junto com um grupo de parceiros, ajudar a Embrapa a desenvolver o Ideas for Milk, um projeto que nasceu para melhorar a eficiência de toda cadeia produtiva do leite e que conseguiu reunir de forma pioneira um ecossistema composto de produtores, distribuidores, agroindústria, pesquisadores, veterinários, zootecnistas, investidores, empresários e startups. O projeto se revelou uma iniciativa inspiradora e hoje vem servindo de referência - um modelo de inovação aberta - para diversas cadeias produtivas e também para outros segmentos de negócios no Brasil. Sob a liderança e capacidade de execução do Dr. Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, o Ideas for Milk evoluiu, recebendo reconhecimentos institucionais, tanto no Brasil como no Silicon Valley e na Índia. Com a liderança, criatividade e resiliência da Embrapa, fechamos 2019 com o Ideas for Milk sendo composto por 4 grandes frentes: o Desafio de Startups, o Vacathon (misto de bootcamp e maratona de programação), da Caravana 4.0 (que mobiliza jovens para o empreendedorismo no agro) e do Prêmio de Inovação, concedido a expoentes da cadeia do leite e profissionais que com ela se relaciona. Em resumo, a cada dia que convivo com os profissionais que fazem da Embrapa uma referência mundial em pesquisa no agronegócio, afirmo, de forma muito tranquila, como profissional e cidadão brasileiro, que foi muito acertada a decisão do governo de manter a empresa como um patrimônio nacional. Aliás, outras empresas públicas deveriam se espelhar nesse “modelo Embrapa” de empresa pública, que aplica seu capital intelectual e suas expertises em importantes projetos com empresas privadas nacionais e internacionais. Como o próprio presidente da Embrapa, Dr. Celso Moretti, afirmou em entrevista, de 1970 para cá, o trabalho de pesquisa na agropecuária reduziu em 70% o custo da cesta básica. Ou seja, consegue-se produzir muito mais e com mais qualidade na mesma área. Isso é eficiência. Isso é sustentabilidade. Isso é um exemplo para o mundo. Não tenho dúvida de que a Embrapa é a grande protagonista desse feito. E por falar em evolução, hoje temos que investir maciçamente na agricultura digital e acredito que Embrapa tem um papel fundamental nesse processo, com toda a sua capacidade e estrutura de pesquisa e desenvolvimento. Você sabia que na Coreia do Sul entre solicitar um produto on-line e pagar por ele leva-se apenas 5 segundos? Isso mostra para onde o mundo está caminhando e nos dá uma noção do quanto temos que evoluir em conectividade. Um dos gargalos para a agricultura digital, sem

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação

dúvida, será a infraestrutura tecnológica. Hoje em um ranking mundial, estamos no 50º lugar em termos de qualidade de vida digital, que depende fundamentalmente do acesso à internet. O que dizer então do acesso à internet no campo? Estamos atrás da Sérvia, República Dominicana e do Cazaquistão (44º, 45º e 48º, respectivamente). No topo da lista estão Estônia e Finlândia. Interessante que, apesar de estar em 27º lugar nesse ranking, a Coreia do Sul consegue esse feito porque está em primeiro lugar em velocidade de acesso. Esses resultados poderiam nos levar a pensar que isso acontece somente em países de pequena extensão territorial. Mas isso não é verdade. A China vem se mostrando muito eficiente na agricultura digital e, uma das razões, é ter conectividade em mais de 90% de seu território, contra os 60% que temos em nosso país. E precisamos mesmo fortalecer a agricultura digital para tornar realidade a previsão do Ipea que projeta um crescimento do agronegócio em 2020 entre 3,2% e 3,7%, conforme o prognóstico da Safra, e estima-se o crescimento do PIB brasileiro em 2,3%. São muitos anos de estrada. Há 27 anos fundei a KER Innovation com o propósito de pensar futuro e ajudar organizações, empresas e governos a se repensarem nesse novo mundo digital através da inovação colaborativa, mostrar ao mercado que a inovação é muito mais que tecnologia, que a inovação é gente, pois são as pessoas que fazem com que a tecnologia aconteça. Tenho andado muito pelo Brasil e por outros países, o que me possibilitou aprender muito sobre o agronegócio e a entender melhor a nossa posição perante o mundo.

Luciana Montes Editores Alexandre Horácio

Rafael Tomaz

Clério Fernandes

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No Brasil, tenho tido oportunidades ímpares de não só conversar, mas conviver com atores do agronegócio brasileiro como produtores rurais, pesquisadores, profissionais do segmento, startups e investidores. Por isso, tenho a convicção

de que reunimos totais condições de ser o “restaurante do mundo”. *Engenheiro eletrônico, conselheiro, estrategista de inovação e CEO da KER Innovation

Corrupção, poesia e justiça RICARDO VIVEIROS*

No momento em que, no Congresso Nacional, são debatidos temas relacionados à corrupção e a outros crimes, recordo-me que há exatos 26 anos acontecia o que se denominou “CPI do Orçamento”. Nessa comissão especial eram analisados 84 disquetes, então apreendidos na construtora Norberto Odebrecht, quando se encontrou uma crônica dedicada a quem não tem namorado, redigida em um estilo muito peculiar, sem identificação da autoria. Em meio à complexa realidade envolvendo políticos supostamente corruptos, surgiu o texto poético de inquestionável qualidade. O poder paralelo, que já àquela época causava danos ao País, mostrava um lado cultural inesperado. Mesmo sob o risco de ser punido por vazar informações confidenciais, o técnico da Prodasen que descobriu o misterioso e indecifrável texto em meio à apuração dos fatos, emocionado pela beleza e sabedoria contidas na obra, tirou cópias e as distribuiu no Congresso. Entretanto, à luz dos objetivos da CPI, seria alguma mensagem em código cifrado? Revelaria novos envolvidos nos crimes investigados? Como um possível corruptor poderia escrever com tanta sensibilidade e perfeição? Ninguém se interessou em saber as respostas. Todos buscavam os valores das propinas e os nomes dos parlamentares que as teriam recebido. Literatura não era o foco.

Telefones

Até porque, observando o conteúdo, se tratava de um romântico ensinamento. O texto mostrava que não ter namorado era “tirar férias do melhor de si”, e a conclusão final recomendava uma dose de insanidade para evitar a solidão: “Enlou-cresça”. Só não considerava o extremo em apelar para a condição de mal acompanhado, como no caso dos investigados e suas relações com a empresa apontada como corruptora. Entre inúmeros desvios de recursos públicos feitos pelos deputados e senadores que ficaram conhecidos como os “Anões do Orçamento”, surgia algo metafórico e que, por ser atípico, gerou piadas entre os parlamentares. O senador gaúcho José Paulo Bisol (PT) ironizou: “É... Os brutos também amam”. Já o deputado baiano Benito Gama (PFL) arriscou a rima: “A CPI do Orçamento mais parece um tormento. Tem de tudo um pouco, e o pior é ouvir lamento”. O deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), um dos envolvidos nas denúncias, era dos que mais reclamava da acusação junto aos membros da CPI. E isso, no espírito do texto encontrado, gerava mais versos. A ele atribui-se a frase dita a um dos investigadores: “Se você é vidente, verá que sou inocente!”. Pelo visto, não era. Em um apartamento que lhe foi emprestado por um amigo, na cidade de Salvador (BA), 24 anos depois, a Polícia Federal encontrou nove malas e sete caixas de papelão que somavam 51 milhões de

Comercial

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reais e 2,688 milhões de dólares. O que se descobriu, afinal, além de que há quase três décadas já havia corrupção endêmica envolvendo empreiteiras de obras públicas, parlamentares e gestores públicos? Que isso poderia ter sido evitado desde então, sem causar tanto prejuízo ao Brasil? Não, o problema seguiu acontecendo e se agravando. A novidade ficou por conta do texto poético ser apenas trabalho universitário da filha de um dos diretores da Odebrecht que, por acaso, misturou-se com os demais disquetes do que se revelou ser o Setor de Operações Estruturadas (entenda-se “Propinoduto”) da construtora. Outra descoberta foi que a imaginada mensagem codificada que identificaria mais um possível envolvido na roubalheira, era uma crônica de Carlos Drummond de Andrade, “Namorado: ter ou não, é uma questão”. O poeta maior da literatura brasileira, morto em 1987, não viu seu texto arrolado no contexto da CPI. Mas, com certeza, como todos nós, teria ficado sem entender o porquê da demora para que as pessoas envolvidas começassem a ser denunciadas, investigadas, processadas, condenadas e, finalmente, punidas. Resta a máxima popular: “Antes tarde do que nunca”, como lembraria o próprio Drummond, sempre tão sensível ao que vive e sofre a sociedade. *Jornalista e escritor

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Sob a liderança e capacidade de execução do Dr. Paulo Martins, chefegeral da Embrapa Gado de Leite, o Ideas for Milk evoluiu, recebendo reconhecimentos institucionais, tanto no Brasil como no Silicon Valley e na Índia. Com a liderança, criatividade e resiliência da Embrapa, fechamos 2019 com o Ideas for Milk sendo composto por 4 grandes frentes: o Desafio de Startups, o Vacathon (misto de bootcamp e maratona de programação), da Caravana 4.0 (que mobiliza jovens para o empreendedorismo no agro) e do Prêmio de Inovação, concedido a expoentes da cadeia do leite e profissionais que com ela se relaciona.

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ECONOMIA WHASINGTON ALVES - REUTERS

Samarco: MP teria ameaçado retomar ação

Companhia pagará cotas financeiras de novembro e dezembro aos municípios afetados pela tragédia com base na arrecadação da Cfem

MINERAÇÃO

Vale renova acordo com municípios por dois meses Cidades afetadas por tragédia em Brumadinho recebem apoio financeiro JULIANA SIQUEIRA

A Vale renovou ontem, por mais dois meses, o apoio econômico temporário às cidades mineradoras que tiveram as suas atividades paralisadas após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em acordo feito na reunião com a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) Em nota, a empresa informou que “as cotas são referentes aos meses de novembro e dezembro de 2019. Os valores foram acordados, individualmente, com as prefeituras tendo como base a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) recolhida antes da paralisação das atividades da empresa nes-

sas cidades. Os termos do acordo para 2020 ainda estão sendo discutidos”, disse a mineradora. O consultor de Relações Institucionais da Amig, Waldir Salvador, afirmou que “a reunião foi muito boa. Nós temos, realmente, uma abertura e uma relação de clareza e ética com a Vale, especialmente depois do ocorrido em Brumadinho. A Vale atendeu as nossas reivindicações da continuidade da reposição da Cfem para os dois últimos meses de 2019, vai fazer isso nos próximos dez dias. Está no conselho da Vale a análise para reposição durante o ano de 2020, já que ela não retomou as suas operações nas nossas cidades; nós vamos aguardar isso nos próximos 30 dias. Mas deixamos muito claro para a Vale que os municípios não trabalham

com outra hipótese a não ser a continuidade. Nós não sobreviveríamos sem isso ”, disse. Outro assunto debatido durante a reunião de ontem foram as perspectivas em relação à retomada das operações da Samarco em Mariana. “A retomada da Samarco vai acontecer no terceiro trimestre deste ano. Vai retomar com 30% da produção, via seco. Não tem necessidade mais de barragem para descontaminação e limpeza do minério. Então, é uma boa notícia também”, destacou. O compromisso com o não desligamento de funcionários da mineradora nas cidades que tiveram as atividades suspensas também foi algo pontuado. “Em relação à estabilidade dos empregos nas nossas cidades, como o convênio que ela tem com

os sindicatos vai vigorar até maio deste ano, nós vamos retomar o assunto a partir do mês de março ou abril”. O consultor de Relações Institucionais da Amig conclui que estão “saindo da reunião parcialmente atendidos, com uma expectativa de que nos próximos 30 dias, de fato, a Vale vai atender nossa reivindicação e repor toda a perda de Cfem prevista para o ano de 2020”. Histórico - De acordo com a Amig, em abril do ano passado, já havia sido feito um acordo de apoio financeiro com a Vale, que realizou dois investimentos de R$ 100 milhões cada em dez municípios: Barão de Cocais, Brumadinho, Belo Vale, Itabira, Itabirito, Congonhas, São Gonçalo do Rio Abaixo, Mariana, Sarzedo e Nova Lima.

PF espera concluir perícia em barragem até junho A Polícia Federal espera conclusão até junho de uma perícia que deverá apontar a causa da liquefação que levou ao rompimento de barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em um importante passo para determinar se houve homicídio doloso ou culposo no desastre, disse o delegado responsável pela investigação. Devido à alta complexidade da perícia, foi selada uma parceria com universidades em Barcelona e Porto, viabilizada pelo Ministério Público Federal, para identificar as causas, disse o delegado Luiz Nogueira, em coletiva de imprensa sobre o caso em Belo Horizonte. Não há ainda um prazo para a conclusão das investigações e apresentação da denúncia contra funcionários e empresas. A expectativa, segundo Nogueira, é que o Ministério Público

Federal faça apenas uma única denúncia, incluindo todos os crimes apurados. “A perícia mais importante para a gente definir se houve realmente o crime de homicídio, e se foi doloso ou culposo, é aquela que vai me dizer o que provocou a liquefação daqueles rejeitos que estavam depositados naquela barragem”, afirmou Nogueira. A perspectiva, segundo o delegado, é que após a identificação do gatilho do desastre seja possível averiguar com maior precisão se o comportamento de representantes da empresa diante dos riscos pode ser considerado criminoso. Dentre as hipóteses em estudo como causa da liquefação da barragem, o delegado citou fortes chuvas na região, falta de drenagem na barragem e até mesmo um conjunto de cerca de 150 sismos registrados ao longo de 2018 em um raio de até 150 quilômetros da

unidade, incluindo alguns causados por explosões realizadas por empresas e abalos naturais. O desastre, que ocorreu em 25 de janeiro do ano passado e deixou mais de 255 mortos, foi resultado da “liquefação estática” dos rejeitos dentro da estrutura, concluiu um painel de especialistas contratado pela assessoria jurídica externa da Vale para avaliar as causas técnicas do incidente. Inquéritos - As apurações sobre se houve ou não homicídio e sobre a qualificação de eventual crime como culposo ou doloso fazem parte de um segundo inquérito em curso pela Polícia Federal, que visa apurar supostos crimes ambientais e contra a vida no desastre. Esse inquérito é mais amplo que uma investigação anterior e mira também importantes executivos da Vale, segundo o delegado. No primeiro inquérito,

concluído em setembro, a PF indiciou sete funcionários da Vale e seis da TÜV SÜD pelo crime de falsidade ideológica, acusando as empresas de terem trabalhado com documentos falsos para atestar a estabilidade da barragem. Na ocasião, nenhum alto executivo da Vale foi indiciado. O segundo inquérito é uma continuidade do primeiro, inclusive com reaproveitamento de provas, disse o delegado, que explicou que optou pelo desmembramento porque o crime de falsidade ideológica já estava “bem comprovado”. Nogueira pontuou que os trabalhos envolvem mais de 80 milhões de arquivos apreendidos e 80 pessoas ouvidas, incluindo especialistas internacionais. A investigação deverá ainda buscar ouvir novamente executivos da Vale no próximo mês para mais questionamentos. (Reuters)

O Ministério Público Federal ameaçou pedir à Justiça a retomada de ação de R$ 155 bilhões contra a Samarco e suas sócias Vale e BHP, caso as empresas não avancem no cumprimento de acordos que visam auxílio aos atingidos pelo rompimento de uma barragem de mineração em Mariana, na região Central do Estado, disse à Reuters uma fonte próxima às negociações. O aviso, dado em reunião realizada em dezembro, visa principalmente pressionar as companhias a honrar compromissos e concluir a contratação de assessorias técnicas que deverão auxiliar os atingidos pelo desastre, além de acompanhar as medidas de reparação. O colapso de barragem da Samarco, que ocorreu em novembro de 2015, deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e atingiu o importante rio Doce, que passa por diversas cidades até atingir o mar do Espírito Santo, no que foi considerado na ocasião o maior desastre ambiental da história do Brasil. A Samarco e suas sócias Vale e BHP se comprometeram em novembro de 2017 a contratar assessorias técnicas para pessoas impactadas pelo rompimento, como parte de acordos parciais firmados com autoridades que permitiram a suspensão da ação bilionária e de outros processos judiciais que buscavam garantir os direitos dos atingidos. Até agora, entretanto, as empresas contrataram as assessorias prometidas apenas para cinco das cidades atingidas pelo desastre, confirmou a BHP em resposta à Reuters. O prazo para finalização das contratações, que devem contemplar um total de 41 municípios afetados, já foi estendido anteriormente e terminou em novembro de 2019, segundo a fonte. O MPF não descarta também a adoção de outras medidas judiciais, acrescentou a fonte, que falou sob a condição de anonimato. As atividades a serem realizadas pelas assessorias técnicas prometidas no acordo com autoridades incluem tanto o monitoramento da implementação de programas socioeconômicos relacionados ao desastre quanto o fornecimento de amplo e constante suporte técnico e jurídico aos atingidos. Até o momento, foram contratadas assessorias nos municípios de Mariana, Barra Longa, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponte Nova, todos em Minas Gerais, segundo a BHP. Contratação - Procuradas individualmente, as mineradoras reiteraram em respostas à Reuters que estão comprometidas com o atendimento às comunidades e às áreas impactadas pelo rompimento da barragem, e afirmaram que o processo para a contratação das assessorias técnicas está em andamento.

As empresas, no entanto, não deram um prazo para a conclusão das contratações. As companhias também ressaltaram que estão em contato constante com o MPF para tratar das contratações e das ações que seriam executadas pelas assessorias técnicas - seguindo o acordo com autoridades, os próprios atingidos definiram uma lista de 18 empresas que poderiam realizar os serviços. “A Vale não se opõe à contratação de assessoria técnica para os atingidos de Mariana pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, e reforça a sua importância no processo de reparação e compensação dos danos causados pelo acidente”, disse a mineradora brasileira em nota. Segundo a Vale, 16 das 18 assessorias escolhidas pelos atingidos enviaram propostas em outubro e “em razão da complexidade do escopo proposto e dos valores correspondentes, estão sob detida análise”. A BHP afirmou que o valor das propostas apresentadas pelas 16 assessorias supera R$ 630 milhões “e as empresas avaliam se o escopo apresentado... atende os compromissos assumidos e o que deve ser executado”. Nos termos do acordo, as empresas estão obrigadas a contratar todas as 18 assessorias. A anglo-australiana pontuou ainda que as comunidades mais atingidas já possuem assistências técnicas atuando. Em Mariana, a Cáritas desenvolve o trabalho desde 2016; a Aedas está presente em Barra Longa a partir de 2017; e a Rosa Fortini iniciou o trabalho em Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponte Nova em 2018, disse a mineradora. A BHP ainda pontuou que, juntamente com Samarco e Vale, assumiu também o compromisso de custear o trabalho de especialistas que apoiam os procuradores para permitir uma melhor compreensão dos efeitos do rompimento da barragem de Fundão. “As contratações da FGV, Lactec, Ramboll e Fundo Brasil, as quais assessoram o Ministério Público, já foram realizadas pela Samarco, com investimento superior a R$ 400 milhões “, disse. Já a Samarco ressaltou que foram destinados até o momento cerca de R$ 7,42 bilhões para medidas de reparação e compensação que estão sendo conduzidas pela Fundação Renova, instituição independente criada para conduzir os trabalhos. A Fundação Renova, por sua vez, afirmou que “em respeito à autonomia dos atingidos, não participa dos processos que visam a constituição das assessorias técnicas. A Fundação aguarda o desfecho deste processo para que o TAC Governança exerça o seu pleno funcionamento”. (Reuters)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2020

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ECONOMIA DIVULGAĂ‡ĂƒO

CONSTRUTORA

MRV diversiďŹ ca funding e fecha 2019 com novos recordes Vendas lĂ­quidas da empresa somaram R$ 5,4 bilhĂľes MARA BIANCHETTI

A MRV Engenharia Participaçþes S/A, sediada em Belo Horizonte, encerrou 2019 com novos recordes. Para a construtora, o ano passado foi marcado por números inÊditos de lançamentos, produção e distratos. O desempenho Ê atribuído à estratÊgia de atuação da companhia, que, entre outras açþes, desde 2018, aposta na diversificação de funding. As vendas líquidas da empresa totalizaram R$ 5,4 bilhþes no último exercício. As informaçþes constam da prÊvia operacional divulgada pela MRV, e conforme o diretor-executivo de Finanças e Relaçþes com Investidores, Ricardo Paixão, os resultados foram alcançados muito mais em virtude das estratÊgias de atuação do que pelo cenårio conjuntural. Entre as estratÊgias, a diversificação de funding ajudou a incrementar o índice de vendas. Segundo o diretor, a meta Ê, no mÊdio prazo, equilibrar a origem do crÊdito imobiliårio

entre Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e demais fontes, como o Sistema Brasileiro de Poupança e EmprĂŠstimo (SBPE) e investimentos individuais, por meio da Luggo. “Este trabalho de diversificação teve inĂ­cio em 2018, quando identificamos mudanças no mercado imobiliĂĄrio e de crĂŠdito brasileiro, impulsionadas principalmente pela queda da taxa bĂĄsica de juros (Selic). Desde entĂŁo, começamos a buscar outras fontes e, caso o cenĂĄrio seja mantido, a ação deverĂĄ ser mantida por alguns anosâ€?, explicou. Para se ter uma ideia, a companhia apresentou significativo aumento no volume de vendas utilizando o funding do SBPE + Investidores Individuais (Luggo) no Ăşltimo trimestre de 2019, totalizando 16,8% do total vendido no trimestre, saindo de 9,8% no terceiro trimestre do mesmo ano e de 4% no ano anterior. Em relação aos demais nĂşmeros, como melhor ano de lançamentos em termos de

VGV, foram totalizados R$ 6,9 bilhþes, crescimento de 7,4% em relação a 2018. Em termos de unidades, a alta não foi tão expressiva. Apesar de somente nos últimos três meses de 2019 ter havido alta de 44,7% no volume de lançamentos no comparativo com o terceiro trimestre, totalizando 14.007 unidades lançadas, no exercício o número chegou a 41.614. No período anterior, havia sido 41.195. Jå em termos de produção, outro recorde para a companhia no exercício, o número de unidades produzidas chegou a 39.660 em 2019, contra 36.977 em 2018, representando um aumento de 7,3% entre os períodos. Os distratos, por sua vez, caíram pela metade. Ao todo, foram R$ 489 milhþes em 2019 sobre R$ 990 milhþes em 2018, um recuo de 50,6%. Neste caso, Paixão destacou o sucesso do projeto Venda Garantida, que contabiliza as vendas pela companhia apenas depois de o financiamento ser liberado pelo

CASO BACKER

Mapa constata presença de substâncias tĂłxicas em outras seis marcas da cervejaria O MinistĂŠrio da Agricultura, PecuĂĄria e Abastecimento (Mapa) informou ontem que identificou a presença dos contaminantes monoetilenoglicol e dietilenoglicol em oito produtos da Cervejaria Backer. AlĂŠm das marcas Belorizontina e Capixaba divulgadas anteriormente, foram encontradas as substâncias tĂłxicas nas marcas CapitĂŁo Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2. AtĂŠ o momento, as anĂĄlises realizadas pelos LaboratĂłrios Federais de Defesa AgropecuĂĄria constataram 21 lotes contaminados. “O MinistĂŠrio segue atuando nas apuraçþes administrativas para identificar as circunstâncias em que os fatos ocorreram e tomando as medidas necessĂĄrias para mitigar o risco

apresentado pelas cervejas contaminadas. Ressaltamos que a empresa permanecerĂĄ fechada atĂŠ que se tenham condiçþes seguras de operação e os produtos somente serĂŁo liberados para comercialização mediante anĂĄlise e aprovação do Mapaâ€?, informou o ministĂŠrio, em nota. Todos os produtos fabricados pela Cervejaria Backer jĂĄ estavam e continuam sendo retirados do mercado, por recolhimento feito pela prĂłpria empresa e por açþes de fiscalização e apreensĂŁo dos serviços de fiscalização. CRQ-MG – Em comunicado emitido ontem, o Conselho Federal de QuĂ­mica (CFQ), por meio do Conselho Regional de QuĂ­mica da 2ÂŞ RegiĂŁo – Estado

de Minas Gerais (CRQ-MG), anunciou a abertura de Processo Administrativo para anĂĄlise dos fatos atinentes Ă suspeita de contaminação de bebidas envolvendo a Cervejaria TrĂŞs Lobos (Cervejas Backer). “O CRQ-MG, no mesmo sentido, enviou oficio Ă PolĂ­cia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG) solicitando cĂłpia do InquĂŠrito Policial, bem como enviou ofĂ­cio ao MinistĂŠrio da Agricultura, PecuĂĄria e Abastecimento (Mapa) e Ă AgĂŞncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa), solicitando remessa dos laudos laboratoriais que compĂľem o processo investigativo relativo ao tema, para fins de instrução do Processo Administrativo instauradoâ€?, concluiu. (Da Redação)

MERCADO FINANCEIRO

DĂłlar acelera a R$ 4,19 e alcança nĂ­vel mais alto desde dezembro SĂŁo Paulo - A tentativa de alĂ­vio no mercado de câmbio nĂŁo se sustentou, e o dĂłlar voltou a fechar em alta ontem, depois de superar os R$ 4,20 pela primeira vez desde o começo de dezembro, com operadores ainda Ă espera de sinais mais concretos de melhora da economia e de retorno de ingressos de recursos. No mercado Ă vista, o dĂłlar subiu 0,15%, a R$ 4,1912 na venda. É o nĂ­vel mais alto para um encerramento de sessĂŁo desde 4 de dezembro de 2019 (R$ 4,2023 na venda). Na mĂĄxima, a cotação foi a R$ 4,2020 na venda (+0,41%), depois de, mais cedo, cair a R$ 4,1604 na venda (-0,59%). “O real estĂĄ tendo uma piora significativa em relação aos pares, indo para o pior momento em muito tempo. Como posição em prĂŠ (prefixado) ĂŠ mais difĂ­cil de zerar, as pessoas

acabam comprando dĂłlarâ€?, disse Renato Botto, gestor sĂŞnior na Absolute Investimentos. Os juros futuros de um dia negociados na B3 subiram forte na sessĂŁo. Luis Laudisio, operador da Renascença, citou expectativa de que o Tesouro Nacional faça ampla oferta de prefixados, especialmente com vencimento em 2031, o que acabou colaborando para aumento de prĂŞmios na curva a termo. O dĂłlar sobe 4,44% ante o real neste ano, o que coloca a divisa brasileira na lanterna entre 33 rivais. Analistas tĂŞm repetido que a taxa de câmbio tem sido pressionada neste começo de ano por sinais em sĂŠrie de perda de vigor da atividade econĂ´mica. O IBC-Br de novembro, divulgado ontem, atĂŠ veio melhor que o esperado, mas o dado de outubro foi revisado para

baixo, o que frustrou parte da leitura positiva do indicador. Quanto menos Ă­mpeto para a atividade, menor chance de retorno de fluxos de investimento estrangeiro, o que pega o PaĂ­s em um quadro de carĂŞncia de fluxo cambial. No ano passado, mais de US$ 44 bilhĂľes deixaram o Brasil, em termos lĂ­quidos, considerando o movimento de câmbio contratado. Foi o pior desempenho anual da histĂłria. “Estou zeradoâ€?, disse o profissional de uma grande gestora em SĂŁo Paulo, explicando posição mais defensiva de um começo de ano mais fraco para os mercados domĂŠsticos. A recuperação do dĂłlar ante o real na sessĂŁo tambĂŠm foi alavancada pelo exterior, onde a moeda dos EUA tambĂŠm ganhava terreno depois de firmes dados da economia norte-americana. (Reuters)

NĂşmero de distratos da MRV registraram, no Ăşltimo ano, uma queda de 50,6%, segundo prĂŠvia

banco, eliminando o risco de rescisĂŁo. Em relação Ă s vendas lĂ­quidas de R$ 5,4 bilhĂľes, ressalta-se o incremento de 3,4% em relação a 2018, quando R$ 5,2 bilhĂľes foram comercializados pela construtora. “Este ano tende a ser ainda melhor, com a ajuda da economia, jĂĄ que, no ano anterior, tivemos bons nĂşmeros, apesar da conjunturaâ€?, comentou.

xa, o forte ritmo de produção atual da companhia, aliado ao momento de expansĂŁo, resultou na queima de R$ 34,1 milhĂľes somente no Ăşltimo trimestre de 2019. Conforme o diretor, o desembolso ocorreu para a compra de terrenos, com o intuito de levar a construtora a operar no patamar de 50 mil unidades ao ano. Isso ĂŠ necessĂĄrio para que se possa seguir com as prĂłximas etapas: lançamentos, vendas, Geração de caixa - Ainda repasses e produção. “Neste de acordo com o balanço da momento, estamos pagando MRV, sobre a geração de cai- pelas 50 mil unidades, mas

as vendas ainda nĂŁo estĂŁo no mesmo ritmo. Quando todas as etapas atingirem o patamar, o ciclo estarĂĄ completo, resultando na geração de caixa correspondente ao volumeâ€?, disse. Em 2019, foram gastos R$ 685,5 milhĂľes com terrenos, 41,5% acima do registrado em 2018, quando foram gastos R$ 484,4 milhĂľes. O landbank do ano passado foi de R$ 52,5 bilhĂľes, 5,6% maior que os R$ 49,7 bilhĂľes do exercĂ­cio anterior. As unidades passaram de 321.839 para 326.774 entre os perĂ­odos.

ALGAR TELECOM S/A Companhia Aberta de Capital Autorizado CNPJ/MF: 71.208.516/0001-74 - NIRE: 313.000.117-98 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 02 DE DEZEMBRO DE 2019 01. Data, Hora e Local: No dia 02 de dezembro de 2019, Ă s 9:00 horas, na sede social da Algar Telecom S.A. (“Companhiaâ€?), localizada na Rua JosĂŠ Alves Garcia, nÂş 415, Bairro Brasil, CEP 38400-668, na Cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais. 02. Publicaçþes Legais: O edital de convocação foi publicado na forma do artigo 124 da Lei nÂş 6.404, GH GH GH]HPEUR GH FRQIRUPH DOWHUDGD Âł/HL GDV 6 $ ´ QR D 'LiULR 2ÂżFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV QDV HGLo}HV GRV GLDV H GH QRYHPEUR GH jV SiJLQDV H UHVSHFWLYDPHQWH H E -RUQDO 'LiULR GH 8EHUOkQGLD QDV HGLo}HV GRV GLDV H GH QRYHPEUR GH jV SiJLQDV $ $ $ UHVSHFWLYDPHQWH 2 (GLWDO GH &RQYRFDção foi colocado Ă disposição dos acionistas na pĂĄgina da ComissĂŁo de Valores MobiliĂĄrios (“CVMâ€?) (www.cvm.com.br) e da B3 S.A. Brasil, Bolsa, BalcĂŁo (“B3â€?) (www.b3.com. br), na sede social da Companhia e no seu website, juntamente com a Proposta da Administração e demais documentos pertinentes Ă ordem do dia, conforme legislação aplicĂĄvel. 03. Presença: Acionistas representando o quĂłrum legal de instalação e deliberação das matĂŠrias colocadas na ordem do dia. 04. Mesa: Presidente: Luiz Alexandre Garcia; SecretĂĄrio: Luciano Roberto Pereira. 05. Ordem do Dia: Deliberar sobre: a) ([DPLQDU GLVFXWLU H YRWDU R 3URWRFROR ÂżUPDGR SHOD DGPLQLVWUDomR GD &RPSDQKLD H DSUHFLDU D -XVWLÂżFDomR da cisĂŁo parcial desta Companhia; b) 5DWLÂżFDU D HVFROKD H QRPHDU RV SHULWRV TXH HIHWXDUDP D DYDOLDomR GR $FHUYR /tTXLGR D VHU &LQGLGR GD &RPSDQKLD SUHYLDPHQWH LQGLFDGRV SHOD administração; c) Examinar e deliberar sobre o respectivo Laudo de Avaliação; d) Deliberar sobre a cisĂŁo parcial desta Companhia, com incorporação da parcela cindida na ALGAR TI CONSULTORIA S/A sociedade anĂ´nima de capital fechado, inscrita no CNPJ/MF sob o nÂş 05.510.654/0001-89, registrada na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob R 1,5( Qž FRP VHGH QD &LGDGH GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV QD 5XD 'HVHPEDUJDGRU -RUJH )RQWDQD Qž (GLItFLR 2UDQJH Âą ž ž H ž $QGDUHV Belvedere, CEP: 30.320-670 (“ALGAR TIâ€?), nos termos do instrumento de PROTOCOLO E JUSTIFICAĂ‡ĂƒO; e) Autorizar os administradores da Companhia a praticarem todos os atos necessĂĄrios Ă formalização da cisĂŁo parcial da Companhia e f) Deliberar sobre a redução do capital social da Companhia em decorrĂŞncia da cisĂŁo parcial e, em consequĂŞncia, a alteração do art. 6Âş do Estatuto Social da Companhia. 06. Deliberaçþes: Os acionistas examinaram e discutiram as matĂŠrias constantes da ordem do dia e deliberaram, por maioria DEVROXWD GRV SUHVHQWHV VHP TXDLVTXHU UHVWULo}HV RX UHVVDOYDV R TXDQWR VHJXH a) 2V DFLRQLVWDV DSyV DQDOLVDUHP DV FRQVLGHUDo}HV FRQWLGDV QR 3URWRFROR H -XVWLÂżFDomR GD FLVmR SDUFLDO GHVWD &RPSDQKLD FRP LQFRUSRUDomR GD SDUFHOD FLQGLGD SHOD $/*$5 7, $QH[R , FRQIRUPH GLVS}HP RV $UWLJRV D GD /HL GHOLEHUDUDP DSURYDU R 3URWRFROR H -XVWLÂżFDomR H D SURSRVWD GH FLVmR SDUFLDO GHVWD &RPSDQKLD H LQFRUSRUDomR GR DFHUYR FLQGLGR SHOD $/*$5 7, b) )RL UDWLÂżFDGD VHP UHVVDOYDV D QRPHDomR GD $36,6 &21SULTORIA E AVALIAÇÕES LTDA, sociedade estabelecida Ă rua Do Passeio, nÂş. 62, 6Âş andar, cidade e estado do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ sob o nÂş. 08.681.365/000130, registrada no Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro sob o n° 005112/O-9 como responsĂĄvel pela elaboração do Laudo de Avaliação da parcela a ser cindida do patrimĂ´nio da Companhia; c) Foi aprovado o Laudo de Avaliação Patrimonial (Anexo II), elaborado para avaliar a parcela cindida, com base no balanço patrimonial em 30 GH VHWHPEUR GH HVSHFLDOPHQWH SDUD HVWH ÂżP GH DFRUGR FRP RV SULQFtSLRV GD /HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV SHORV TXDLV FRQFOXtUDP WHU D &RPSDQKLD XP SDWULP{QLR OtTXLGR LQYHVWLGR QD $/*$5 7, GH 5 GX]HQWRV H VHWHQWD H FLQFR PLOK}HV TXDWURFHQWRV H RLWHQWD H FLQFR PLO VHVVHQWD UHDLV H VHVVHQWD H QRYH FHQWDYRV TXH HQFRQWUD VH GLYLGLGR HP TXDWURFHQWRV H QRYHQWD H GRLV PLOK}HV VHWHQWD H TXDWUR PLO TXDWURFHQWDV H RLWHQWD H VHWH Do}HV RUGLQiULDV WRGDV QRPLQDWLYDV H VHP YDORU QRPLQDO VHQGR TXH D SDUcela cindida serĂĄ a totalidade deste investimento; d) )RL DSURYDGD D LQFRUSRUDomR SHOD $/*$5 7, GD SDUFHOD FLQGLGD GD &RPSDQKLD FRPSRVWD SHOR DFHUYR OtTXLGR LQYHVWLGR GH 5 GX]HQWRV H VHWHQWD H FLQFR PLOK}HV TXDWURFHQWRV H RLWHQWD H FLQFR PLO VHVVHQWD UHDLV H VHVVHQWD H QRYH FHQWDYRV QRV WHUPRV GR 3URWRFROR H -XVWLÂżFDomR e) Foi aprovada a delegação de poderes Ă Diretoria da Companhia, para direta ou indiretamente por meio de procuradores, tomar todas as providĂŞncias e assinar todos os documentos necesViULRV j IRUPDOL]DomR GDV GHOLEHUDo}HV DSURYDGDV QD SUHVHQWH $VVHPEOHLD LQFOXVLYH PDV QmR VH OLPLWDQGR D i.) SURFHGHU H RX IRUPDOL]DU UHJLVWURV WUDQVFULo}HV H DYHUEDo}HV ii.) realizar a contratação de prestadores de serviços; formalizar e/ou assinar todos e quaisquer documentos perante os Acionistas da Companhia relacionado Ă s matĂŠrias aprovadas e iii.) assinar todos os demais documentos, alĂŠm da prĂĄtica de todos os atos necessĂĄrios Ă efetivação das matĂŠrias aprovadas na presente Assembleia. e f) Aprovada, em decorrĂŞncia GD RSHUDomR GH FLVmR D UHGXomR GR FDSLWDO VRFLDO GD &RPSDQKLD SDVVDQGR GH 5 XP ELOKmR QRYHQWD PLOK}HV TXLQKHQWRV H VHWH PLO GX]HQWRV H GH]HVVHWH UHDLV H WULQWD H QRYH FHQWDYRV SDUD 5 RLWRFHQWRV H YLQWH H VHLV PLOK}HV RLWRFHQWRV H WULQWD H XP PLO FHQWR H RLWHQWD H FLQFR UHDLV H GH]RLWR FHQWDYRV RX VHMD XPD UHGXomR GH 5 GX]HQWRV H VHVVHQWD H WUrV PLOK}HV VHLVFHQWRV H VHWHQWD H VHLV PLO WULQWD H GRLV UHDLV H YLQWH H XP FHQWDYRV PHGLDQWH FLVmR SDUFLDO GD &RPSDQKLD FRP LQFRUSRUDomR SHOD $/*$5 7, VHP R FDQFHODPHQWR GH Do}HV (P YLUWXGH GD SUHVHQWH GHOLEHUDomR SDVVD R FDSXW GR $UW ž GR (VWDWXWR 6RFLDO GD &RPSDQKLD D YLJRUDU FRP D VHJXLQWH UHGDomR Âł$UWLJR ž 2 FDSLWDO VRFLDO GD &RPSDQKLD p GH 5 RLWRFHQWRV H YLQWH H VHLV PLOK}HV RLWRFHQWRV H WULQWD H XP PLO FHQWR H RLWHQWD H FLQFR UHDLV H GH]RLWR FHQWDYRV WRWDOPHQWH VXEVFULWR H LQWHJUDOL]DGR GLYLGLGR HP GX]HQWRV H QRYHQWD H FLQFR PLOK}HV GH]HQRYH PLO H RLWRFHQWDV H VHLV Do}HV RUGLQiULDV WRGDV QRPLQDWLYDV HVFULWXUDLV H VHP valor nominalâ€?. 07. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, e como nenhum dos presentes quisesse fazer uso da palavra, foram encerrados os trabalhos, lavrando-se a SUHVHQWH DWD QD IRUPD GH VXPiULR D TXDO IRL OLGD H DVVLQDGD SRU WRGRV RV SUHVHQWHV $VVLQDP D YLD GR OLYUR GHVWD DWD SDUD ÂżQV GH DUTXLYR QR OLYUR GH UHJLVWUR GH DWDV R 3UHVLGHQWH GD Mesa Sr. Luiz Alexandre Garcia, o SecretĂĄrio “ad hocâ€? Sr. Luciano Roberto Pereira, e os acionistas ALGAR S/A EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES (p.p George JĂşnior 3HUHLUD H 3DWUtFLD &RUUHD GH /LPD /8,= $/(;$1'5( *$5&,$ S S *HRUJH -~QLRU 3HUHLUD H 3DWUtFLD &RUUHD GH /LPD H Ăˆ5925( 6 $ (035((1',0(1726 ( 3$57,&,3$dÂŽ(6 S S *HRUJH -~QLRU 3HUHLUD H 3DWUtFLD &RUUHD GH /LPD $VVLQDP SRU PHLR GH FHUWLÂżFDGR GLJLWDO D YLD HOHWU{QLFD GHVWD DWD GHVWLQDGD DR UHJLVWUR QD -XQWD &RPHUFLDO R 6U /XFLDQR 5REHUWR 3HUHLUD QD TXDOLGDGH GH 6HFUHWiULR ÂłDG KRF´ FHUWLÂżFDQGR TXH D PHVPD p FySLD ÂżHO GD DWD WUDQVFULWD HP OLYUR SUySULR H D 'UD /tEHUD 6RX]D 5LEHLUR LQVFULWD QD 2$% 0* QD TXDOLGDGH GH DGYRJDGD 8EHUOkQGLD 0* GH GH]HPEUR GH 2 ODXGR FRQWiELO HVWi GLVSRQtYHO QD VHGH GD 6RFLHGDGH H DUTXLYDGR MXQWDPHQWH FRP WRGRV os demais documentos conforme registrado pela Junta Comercial do Estado de Minas Gerais, registro sob o nÂş 7658588 em 13/01/2020 da Empresa ALGAR TELECOM S/A, Nire H SURWRFROR $XWHQWLFDomR '$(' &) ) $ $&($ ) ' '( 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO 3DUD YDOLGDU HVWH GRFXPHQWR DFHVVH KWWS ZZZ MXFHPJ PJ JRY EU H LQIRUPH Qž GR SURWRFROR H R FyGLJR GH VHJXUDQoD 16-= (VWD FySLD IRL DXWHQWLFDGD GLJLWDOPHQWH H DVVLQDGD HP SRU 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO ALGAR TI CONSULTORIA S/A CNPJ/ME: 05.510.654/0001-89 - NIRE: 313.001.098-95 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 02 DE DEZEMBRO DE 2019 01. Local, Data e HorĂĄrio: 6HGH GD 6RFLHGDGH ORFDOL]DGD HP %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV QD 5XD 'HVHPEDUJDGRU -RUJH )RQWDQD Q ž (GLItFLR 2UDQJH Âą ƒ ƒ H 7° Andares, Belvedere, CEP: 30.320-670, no dia 02 de dezembro de 2019, Ă s 14:00 (quatorze) horas. 02. Convocação: Por meio da Diretora Presidente Ă acionista.03. Presença: Acionista representando a totalidade do capital social. 04. Mesa: Presidente da Mesa, Tatiane de Souza Lemes Panato. SecretĂĄrio “ad hocâ€?, George JĂşnior Pereira. 05. Ordem do Dia: Deliberar sobre: a) ([DPLQDU GLVFXWLU H YRWDU R 35272&2/2 ÂżUPDGR SHOD DGPLQLVWUDomR GD 6RFLHGDGH H GD $/*$5 7(/(&20 6 $ &RPSDQKLD $EHUWD GH &DSLWDO Autorizado, com sede Ă Rua JosĂŠ Alves Garcia, nÂş 415, Bairro Brasil, CEP 38400-668, na Cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, inscrita no CNPJ nÂş. 71.208.516/0001-74 e NIRE: 313.000.117-98 (“ALGAR TELECOMâ€?) e apreciar a JUSTIFICAĂ‡ĂƒO da cisĂŁo parcial da ALGAR TELECOM com incorporação da parcela cindida nesta Sociedade; b) 5DWLÂżFDU D HVFROKD H QRPHDU RV SHULWRV TXH HIHWXDUDP D DYDOLDomR GR $FHUYR /tTXLGR D VHU FLQGLGR GD $/*$5 7(/(&20 SUHYLDPHQWH LQGLFDGRV SHOD DGPLQLVWUDomR c) Examinar e deliberar sobre o respectivo Laudo de Avaliação; d) Deliberar sobre a cisĂŁo parcial da ALGAR TELECOM com incorporação da parcela cindida nesta Sociedade, nos termos do PROTOCOLO E JUSTIFICAĂ‡ĂƒO; e) Deliberar sobre a nĂŁo abertura do capital da Sociedade; f) (P GHFRUUrQFLD GD SDXWD FRQVWDQWH QDV DOtQHDV ÂłG´ H ÂłH´ GD SUHVHQWH RUGHP GR GLD deliberar sobre o direito de recesso dos acionistas na Sociedade; e g) Autorizar os administradores da Sociedade a praticarem todos os atos necessĂĄrios Ă incorporação do acervo cindido da ALGAR TELECOM. 06. Deliberaçþes: As acionistas examinaram e discutiram as matĂŠrias constantes da ordem do dia e deliberaram, por unanimidade, sem quaisquer UHVWULo}HV RX UHVVDOYDV R TXDQWR VHJXH a) 2V DFLRQLVWDV DSyV DQDOLVDUHP DV FRQVLGHUDo}HV FRQWLGDV QR 3URWRFROR GH FLVmR SDUFLDO GD $/*$5 7(/(&20 FRP LQFRUSRUDomR GD SDUFHOD FLQGLGD QHVWD 6RFLHGDGH $QH[R , FRQIRUPH GLVS}HP RV $UWLJRV D GD /HL GHOLEHUDUDP DSURYDU R 3URWRFROR H -XVWLÂżFDomR H D SURSRVWD GH LQFRUSRUDomR do acervo cindido da ALGAR TELECOM por esta Sociedade; b) )RL UDWLÂżFDGD VHP UHVVDOYDV D QRPHDomR GD $36,6 &2168/725,$ ( $9$/,$dÂŽ(6 /7'$ VRFLHGDGH HVWDEHOHFLGD j rua Do Passeio, nÂş. 62, 6Âş andar, cidade e estado do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ sob o nÂş. 08.681.365/0001-30, registrada no Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro sob o n° 005112/O-9 como responsĂĄvel pela elaboração do Laudo de Avaliação da parcela a ser cindida do patrimĂ´nio da ALGAR TELECOM; c) Foi aprovado tambĂŠm o Laudo de $YDOLDomR 3DWULPRQLDO $QH[R ,, HODERUDGR SDUD DYDOLDU D SDUFHOD FLQGLGD GD $/*$5 7(/(&20 FRP EDVH QR %DODQoR OHYDQWDGR HP GH VHWHPEUR GH HVSHFLDOPHQWH SDUD HVWH ÂżP GH DFRUGR FRP RV SULQFtSLRV GD /HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV SHORV TXDLV FRQFOXtUDP WHU D $/*$5 7(/(&20 XP SDWULP{QLR OtTXLGR LQYHVWLGR QHVWD 6RFLHGDGH GH 5 GX]HQWRV H VHWHQWD H FLQFR PLOK}HV TXDWURFHQWRV H RLWHQWD H FLQFR PLO VHVVHQWD UHDLV H VHVVHQWD H QRYH FHQWDYRV TXH HQFRQWUD VH GLYLGLGR HP TXDWURFHQWRV H QRYHQWD H GRLV PLOK}HV VHWHQWD H TXDWUR PLO TXDWURFHQWDV H RLWHQWD H VHWH Do}HV RUGLQiULDV WRGDV QRPLQDWLYDV H VHP YDORU QRPLQDO VHQGR TXH D SDUFHOD FLQGLGD VHUi D WRWDOLGDGH GHVWH LQYHVWLmento; d) )RL DSURYDGD D LQFRUSRUDomR SHOD 6RFLHGDGH GD SDUFHOD FLQGLGD GD $/*$5 7(/(&20 FRPSRVWD SHOR DFHUYR OtTXLGR LQYHVWLGR GH 5 GX]HQWRV H VHWHQWD H FLQFR PLOK}HV TXDWURFHQWRV H RLWHQWD H FLQFR PLO VHVVHQWD UHDLV H VHVVHQWD H QRYH FHQWDYRV QRV WHUPRV GR 35272&2/2 ( -867,),&$d­2 $QH[RV , H ,, Considerando que WDQWR RV DFLRQLVWDV GD 6RFLHGDGH TXDQWR RV DFLRQLVWDV GD $/*$5 7(/(&20 VmR IDYRUiYHLV jV RSHUDo}HV ÂżFRX GHÂżQLWLYDPHQWH DSURYDGD D LQFRUSRUDomR GD SDUFHOD FLQGLGD GD $/*$5 7(/(&20 SHOD 6RFLHGDGH 2 YDORU GD SDUFHOD FLQGLGD GD $/*$5 7(/(&20 p GH 5 GX]HQWRV H VHWHQWD H FLQFR PLOK}HV TXDWURFHQWRV H RLWHQWD H FLQFR PLO VHVVHQWD UHDLV H VHVVHQWD H QRYH FHQWDYRV 2 FDSLWDO VRFLDO GD 6RFLHGDGH p GH 5 GX]HQWRV H TXDUHQWD H FLQFR PLOK}HV TXLQKHQWRV H WULQWD H FLQFR PLO H VHLVFHQWRV H QRYHQWD H XP UHDLV H YLQWH H FLQFR FHQWDYRV H HQFRQWUD VH GLYLGLGR HP TXLQKHQWRV H YLQWH H FLQFR PLOK}HV QRYHFHQWRV H VHWHQWD H RLWR PLO H TXDWURFHQWRV H VHWH Do}HV RUGLQiULDV WRGDV QRPLQDWLYDV H VHP YDORU QRPLQDO VHQGR TXH WULQWD H WUrV PLOK}HV QRYHFHQWDV H WUrV PLO QRYHFHQWDV H YLQWH Do}HV HVWmR HP WHVRXUDULD &RQVLGHUDQGR TXH D $/*$5 7(/(&20 GHWpP TXDWURFHQWRV H QRYHQWD H GRLV PLOK}HV VHWHQWD H TXDWUR PLO TXDWURFHQWDV H RLWHQWD H VHWH Do}HV RUGLQiULDV UHSUHVHQWDQGR D WRWDOLGDGH GD SDUFHOD FLQGLGD ora incorporada pela Sociedade, em razĂŁo da deliberação de incorporação, serĂĄ eliminado o investimento na ALGAR TELECOM, com utilização da totalidade da parcela cindida pela 6RFLHGDGH QR PRQWDQWH GH 5 GX]HQWRV H VHWHQWD H FLQFR PLOK}HV TXDWURFHQWRV H RLWHQWD H FLQFR PLO VHVVHQWD UHDLV H VHVVHQWD H QRYH FHQWDYRV H HP GHFRUUrQFLD GD 2SHUDomR QmR KDYHUi DXPHQWR RX UHGXomR GR FDSLWDO VRFLDO GD 6RFLHGDGH VHQGR DV Do}HV GH HPLVVmR GD 6RFLHGDGH H GH SURSULHGDGH GD $/*$5 7(/(&20 DWULEXtGDV DRV DFLRQLVWDV GD ALGAR TELECOM na proporção de sua atual participação no capital social da ALGAR TELECOM; e) Aprovar a nĂŁo abertura do capital social da Sociedade; f) Considerando a deliberação de nĂŁo abertura do capital social da Sociedade, concede-se o prazo de 30 (trinta) dias ao acionista para manifestar formalmente, sua intenção em permanecer na Sociedade, conforme D SURSRUFLRQDOLGDGH GH VXD SDUWLFLSDomR QD SDUFHOD FLQGLGD QHVWD 6RFLHGDGH VHQGR TXH RV DFLRQLVWDV WLWXODUHV GH Do}HV TXH QmR PDQLIHVWDUHP R LQWHUHVVH HP SHUPDQHFHU QD 6RFLHGDGH QHVVH SUD]R WHUmR RV YDORUHV GDV Do}HV GLVSRQtYHLV SDUD UHHPEROVR SHOR YDORU SDWULPRQLDO GH VXDV UHVSHFWLYDV Do}HV H g) Aprovar a delegação de poderes Ă Diretoria da Sociedade, diUHWD RX LQGLUHWDPHQWH SRU PHLR GH SURFXUDGRUHV SDUD WRPDU WRGDV DV SURYLGrQFLDV H DVVLQDU WRGRV RV GRFXPHQWRV QHFHVViULRV j IRUPDOL]DomR GDV GHOLEHUDo}HV DSURYDGDV QD SUHVHQte Assembleia, inclusive, mas nĂŁo se limitando, a: i.) SURFHGHU H RX IRUPDOL]DU UHJLVWURV WUDQVFULo}HV H DYHUEDo}HV ii.) contratação de prestadores de serviço; formalizar e/ou assinar todos e quaisquer documentos perante os Acionistas da Sociedade relacionado Ă s matĂŠrias aprovadas; e iii.) todos os demais documentos, alĂŠm da prĂĄtica de todos os atos necessĂĄrios Ă efetivação das matĂŠrias aprovadas na presente Assembleia. 07. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a Assembleia, lavrando-se a presente ata. $VVLQDP D YLD GR OLYUR GHVWD DWD SDUD ÂżQV GH DUTXLYR QR OLYUR GH UHJLVWUR GH DWDV D 3UHVLGHQWH GD 0HVD 6UD 7DWLDQH GH 6RX]D /HPHV 3DQDWR R 6HFUHWiULR ÂłDG KRF´ 6U *HRUJH -~QLRU Pereira e a acionista ALGAR TELECOM S/A, representada na forma de seu estatuto social pelos diretores, Sra. Ana Paula Rodrigues Marques de Oliveira e Sr. Osvaldo CĂŠsar CarULMR $VVLQDP SRU PHLR GH FHUWLÂżFDGR GLJLWDO D YLD HOHWU{QLFD GHVWD DWD GHVWLQDGD DR UHJLVWUR QD -XQWD &RPHUFLDO R 6U *HRUJH -~QLRU 3HUHLUD QD TXDOLGDGH GH 6HFUHWiULR ÂłDG KRF´ H 6UD /tEHUD 6RX]D 5LEHLUR 2$% 0* QD TXDOLGDGH DGYRJDGD FHUWLÂżFDQGR TXH D PHVPD p FySLD ÂżHO GD DWD WUDQVFULWD HP OLYUR SUySULR 8EHUOkQGLD GH GH]HPEUR GH 2 ODXGR FRQWiELO HVWi GLVSRQtYHO QD VHGH GD 6RFLHGDGH H DUTXLYDGR MXQWDPHQWH FRP WRGRV RV GHPDLV GRFXPHQWRV FRQIRUPH UHJLVWUDGR SHOD -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R Qž HP GD (PSUHVD $/*$5 7, &2168/725,$ 6 $ 1LUH H SURWRFROR $XWHQWLFDomR '% $) ) ' && ' %( & $ ) 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO 3DUD YDOLGDU HVWH GRFXPHQWR DFHVVH KWWS ZZZ MXFHPJ PJ JRY EU H LQIRUPH Qž GR SURWRFROR H R FyGLJR GH VHJXUDQoD FU (VWD FySLD IRL DXWHQWLFDGD GLJLWDOPHQWH H DVVLQDGD HP SRU 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO $1(;2 , 3URWRFROR H MXVWLÂżFDomR GD RSHUDomR GH FLVmR SDUFLDO GD DOJDU WHOHFRP V D FRP LQFRUSRUDomR GD SDUFHOD FLQGLGD SHOD $/*$5 7, &2168/725,$ 6 $ 6mR SDUWHV QHVWH SURWRFROR , $/*$5 7(/(&20 6 $, sociedade anĂ´nima de capital aberto, inscrita no CNPJ/ME sob o nÂş 71.208.516/0001-74, registrada na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE nÂş 313.000.117-98, com sede na Cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, na Rua JosĂŠ Alves Garcia, nÂş 415, Bairro Brasil, CEP 38.400-668, representada neste ato na forma de seu estatuto social, doravante designada simplesmente ALGAR TELECOM. II. ALGAR TI CONSULTORIA S/A, sociedade anĂ´nima de capital fechado, inscrita no CNPJ/ME sob o nÂş 05.510.654/0001-89, registrada na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE nÂş 313.001.098-95, com sede na CidaGH GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV QD 5XD 'HVHPEDUJDGRU -RUJH )RQWDQD Qž (GLItFLR 2UDQJH Âą ž ž H ž $QGDUHV %HOYHGHUH &(3 UHSUHVHQWDGD QHVWH DWR na forma de seu estatuto social, doravante designada simplesmente ALGAR TI. As partes, nos termos dos artigos 224 e 225 da Lei nÂş. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme DOWHUDGD Âł/HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV´ GDQGR FXPSULPHQWR jV GLVSRVLo}HV OHJDLV TXH GLVFLSOLQDP R DVVXQWR H WHQGR HP YLVWD D QHFHVVLGDGH GH IRUPDOL]DomR GH HQWHQGLPHQWRV SDUD FLVmR SDUFLDO GD $/*$5 7(/(&20 H LQFRUSRUDomR GD SDUFHOD D VHU FLQGLGD SHOD $/*$5 7, Âł2SHUDomR´ UHVROYHP ÂżUPDU R SUHVHQWH LQVWUXPHQWR HVWDEHOHFHQGR DV FRQGLo}HV para a referida operação, da seguinte forma: 1. Acervo Cindido 2 DFHUYR OtTXLGR D VHU FLQGLGR GD $/*$5 7(/(&20 H LQFRUSRUDGR SHOD $/*$5 7, VHUi DYDOLDGR FRP EDVH QR VHX valor contĂĄbil, na data de 30 de setembro de 2019 (“Data-Baseâ€?), correspondente ao seguinte ativo (“Acervo Cindidoâ€?): a) Totalidade da participação societĂĄria detida pela ALGAR 7(/(&20 QD $/*$5 7, FRUUHVSRQGHQWH D TXDWURFHQWRV H QRYHQWD H GRLV PLOK}HV VHWHQWD H TXDWUR PLO TXDWURFHQWDV H RLWHQWD H VHWH Do}HV RUGLQiULDV QRPLQDWLvas e sem valor nominal, de emissĂŁo da ALGAR TI. 1.1 Peritos $ $/*$5 7(/(&20 FRQWUDWRX QRV WHUPRV GR DUWLJR GD /HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV D $36,6 &2168/TORIA E AVALIAÇÕES LTDA, sociedade estabelecida Ă rua do Passeio, nÂş. 62, 6Âş andar, cidade e estado do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ/ME sob o nÂş. 08.681.365/0001-30, registrada no Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro sob o n° 005112/O-9, para a elaboração do laudo de avaliação com o objetivo de determinação do valor contĂĄbil do Acervo Cindido a ser vertido para a ALGAR TI (“Laudo de Avaliaçãoâ€?). A escolha da empresa avaliadora para a avaliação do valor contĂĄbil do Acervo Cindido deYHUi VHU UDWLÂżFDGD SHORV DFLRQLVWDV GD $/*$5 7(/(&20 H GD $/*$5 7, Valor do Acervo Cindido. De acordo com o Laudo de Avaliação do Acervo Cindido, o valor na Data %DVH HUD GH 5 GX]HQWRV H VHWHQWD H FLQFR PLOK}HV TXDWURFHQWRV H RLWHQWD H FLQFR PLO VHVVHQWD UHDLV H VHVVHQWD H QRYH FHQWDYRV 2. Variaçþes Patrimoniais. As YDULDo}HV SDWULPRQLDLV UHODFLRQDGDV DR $FHUYR &LQGLGR SRVLWLYDV RX QHJDWLYDV RFRUULGDV HQWUH D 'DWD %DVH H D GDWD GD HIHWLYD FRQFOXVmR GD 2SHUDomR VHUmR DEVRUYLGDV SHOD $/*$5 7, VHP TXH KDMD PRGLÂżFDomR QRV YDORUHV DGRWDGRV SDUD D UHDOL]DomR GD 2SHUDomR &DSLWDO 6RFLDO $WXDO 3.1. ALGAR TELECOM. Atualmente o capital social subscriWR H LQWHJUDOL]DGR GD $/*$5 7(/(&20 QR YDORU GH 5 XP ELOKmR QRYHQWD PLOK}HV TXLQKHQWRV H VHWH PLO GX]HQWRV H GH]HVVHWH UHDLV H WULQWD H QRYH FHQWDYRV HQFRQWUD VH GLYLGLGR HP GX]HQWRV H QRYHQWD H FLQFR PLOK}HV GH]HQRYH PLO H RLWRFHQWDV H VHLV Do}HV RUGLQiULDV WRGDV QRPLQDWLYDV HVFULWXUDLV H VHP YDORU QRPLQDO 3.2 ALGAR TI $WXDOPHQWH R FDSLWDO VRFLDO VXEVFULWR H LQWHJUDOL]DGR GD $/*$5 7, QR YDORU GH 5 GX]HQWRV H TXDUHQWD H FLQFR PLOK}HV TXLQKHQWRV H WULQWD H FLQFR PLO VHLVFHQWRV H QRYHQWD H XP UHDLV H YLQWH H FLQFR FHQWDYRV HQFRQWUD VH GLYLGLGR HP TXLQKHQWRV H YLQWH H FLQFR PLOK}HV QRYHFHQWRV H VHWHQWD H RLWR PLO H TXDWURFHQWRV H VHWH Do}HV RUGLQiULDV QRPLQDWLYDV H VHP YDORU QRPLQDO VHQGR TXH WULQWD H WUrV PLOK}HV QRYHFHQWDV H WUrV PLO QRYHFHQWDV H YLQWH Do}HV RUGLQiULDV HVWmR HP WHVRXUDULD H DV GHPDLV TXDWURFHQWRV H QRYHQWD H GRLV PLOK}HV VHWHQWD H TXDWUR PLO TXDWURFHQWDV H RLWHQWD H VHWH Do}HV RUGLQiULDV VmR GHWLGDV SHOD $/*$5 7(/(COM. $OWHUDomR GR &DSLWDO 6RFLDO H 3DWULP{QLR /tTXLGR 4.1. ALGAR TELECOM. A parcela a ser cindida da ALGAR TELECOM ĂŠ de R$ 275.485.060,69 (duzentos H VHWHQWD H FLQFR PLOK}HV TXDWURFHQWRV H RLWHQWD H FLQFR PLO VHVVHQWD UHDLV H VHVVHQWD H QRYH FHQWDYRV VHQGR FRPSRVWD SRU 5 GX]HQWRV H VHVVHQWD H WUrV PLOK}HV VHLVFHQWRV H VHWHQWD H VHLV PLO WULQWD H GRLV UHDLV H YLQWH H XP FHQWDYRV UHIHUHQWHV j SDUFHOD FLQGLGD GR FDSLWDO VRFLDO H SRU 5 RQ]H PLOK}HV RLWRFHQWRV H QRYH PLO YLQWH H RLWR UHDLV H TXDUHQWD H RLWR FHQWDYRV UHIHUHQWHV j UHVHUYD GH DMXVWH GH DYDOLDomR SDWULPRQLDO FXVWR DWULEXtGR &RQVLGHUDQGR D SDUFHOD FLQGLGD PHQFLRQDGD HVWLPD VH TXH R FDSLWDO VRFLDO VHUi UHGX]LGR QR YDORU GH 5 GX]HQWRV H VHVVHQWD H WUrV PLOK}HV VHLVFHQWRV H VHWHQWD H VHLV PLO WULQWD H GRLV UHDLV H YLQWH H XP FHQWDYRV SDVVDQGR GRV DWXDLV 5 XP ELOKmR QRYHQWD PLOK}HV TXLQKHQWRV H VHWH PLO GX]HQWRV H GH]HVVHWH UHDLV H WULQWD H QRYH FHQWDYRV SDUD 5 RLWRFHQWRV H YLQWH H VHLV PLOK}HV RLWRFHQWRV H WULQWD H XP PLO FHQWR H RLWHQWD H FLQFR UHDLV H GH]RLWR FHQWDYRV $ 2SHUDomR QmR LPSOLFDUi QD H[WLQomR GDV DWXDLV Do}HV HPLWLGDV SHOD $/*$5 TELECOM e detidas por seus atuais acionistas, de tal forma que, apĂłs a Operação, o capital social da Companhia se manterĂĄ dividido em 295.019.806 (duzentos e noventa e FLQFR PLOK}HV GH]HQRYH PLO H RLWRFHQWDV H VHLV Do}HV RUGLQiULDV WRGDV QRPLQDWLYDV HVFULWXUDLV H VHP YDORU QRPLQDO WRGDV VXEVFULWDV H LQWHJUDOL]DGDV H GLVWULEXtGDV HQWUH RV DWXDLV DFLRQLVWDV GD $/*$5 7(/(&20 2 DFHUYR OtTXLGR FLQGLGR GD $/*$5 7(/(&20 VHUi LQFRUSRUDGR SHOD $/*$5 7, (VWLPD VH TXH R DFHUYR OtTXLGR FLQGLGR GD $/*$5 7(/(&20 VHMD GH 5 GX]HQWRV H VHWHQWD H FLQFR PLOK}HV TXDWURFHQWRV H RLWHQWD H FLQFR PLO VHVVHQWD UHDLV H VHVVHQWD H QRYH FHQWDYRV FRP EDVH QR /DXGR GH $YDOLDomR 2 FDSLWDO VRFLDO GD $/*$5 7, p GH 5 GX]HQWRV H TXDUHQWD H FLQFR PLOK}HV TXLQKHQWRV H WULQWD H FLQFR PLO VHLVFHQWRV H QRYHQWD H XP UHDLV H YLQWH H FLQFR FHQWDYRV TXH VH HQFRQWUD GLYLGLGR HP TXLQKHQWRV H YLQWH H FLQFR PLOK}HV QRYHFHQWRV H VHWHQWD H RLWR PLO H TXDWURFHQWRV H VHWH Do}HV RUGLQiULDV QRPLQDWLYDV H VHP YDORU QRPLQDO VHQGR TXH WULQWD H WUrV PLOK}HV QRYHFHQWDV H WUrV PLO QRYHFHQWDV H YLQWH Do}HV RUGLQiULDV HVWmR HP WHVRXUDULD &RQVLGHUDQGR TXH D $/*$5 7(/(&20 GHWpP TXDWURFHQWRV H QRYHQWD H GRLV PLOK}HV VHWHQWD H TXDWUR PLO TXDWURFHQWDV H RLWHQWD H VHWH Do}HV RUGLQiULDV UHSUHVHQWDQGR D WRWDOLGDGH GDV Do}HV GH HPLVVmR GD $/*$5 7, H[FOXtGDV DV Do}HV HP WHVRXUDULD R $FHUYR &LQGLGR VHUi HOLPLQDGR GR VHX LQYHVWLPHQWR &RQVLGHUDQGR TXH R $FHUYR &LQGLGR VHUi IRUPDGR SRU Do}HV RUGLQiULDV GH HPLVVmR GD SUySULD LQFRUSRUDGRUD $/*$5 7, QmR KDYHUi DXPHQWR RX UHGXomR GR FDSLWDO VRFLDO GD $/*$5 7, VHQGR DV Do}HV GH HPLVVmR GD $/*$5 7, H[FOXtGDV DV Do}HV HP WHVRXUDULD H GH SURSULHGDGH GD $/*$5 7(/(&20 DWULEXtGDV DRV DWXDLV DFLRQLVWDV GD $/*$5 7(/(&20 QD SURSRUomR GH VXDV SDUWLFLSDo}HV QR FDSLWDO VRFLDO GD ALGAR TELECOM. 5. Das atividades da ALGAR TELECOM: 5.1. A Operação nĂŁo resultarĂĄ na extinção da ALGAR TELECOM, que continuarĂĄ prestando os serviços de WHOHFRPXQLFDo}HV H VHUYLoRV GH YDORU DJUHJDGR LQFOXLQGR 6HUYLoR 7HOHI{QLFR )L[R &RPXWDGR 6HUYLoR GH &RPXQLFDomR 0XOWLPtGLD 6HUYLoR 0yYHO 3HVVRDO 6HUYLoR GH $FHVVR Condicionado e SeAc. -XVWLÂżFDomR 1DV GLVFXVV}HV LQWHUQDV VREUH D FLVmR IRUDP DQDOLVDGDV DV FRQGLo}HV TXH PHOKRU VH DGHTXDP jV DWLYLGDGHV H SROtWLFDV JHUHQFLDLV GDV 6RFLHGDGHV OHYDQGR VH HP FRQWD D LQWHQomR GH VHJUHJDU GLIHUHQWHV RSHUDo}HV H DWLYRV DFUHGLWDQGR TXH RFRUUHUi XPD PDLRU UDFLRQDOL]DomR GH FXVWRV H PHOKRU DSURYHLWDPHQWR GRV DWLYRV da ALGAR TELECOM, sendo a cisĂŁo um mecanismo de reorganização da Companhia. Assim, de modo a possibilitar a realização da Operação aqui proposta, o s D i r e t o r e s d a s S o c i e d a d e s a c r e d i t a m ser do melhor interesse das Sociedades e de seus Acionistas que determinados ativos e atividades sejam segregados do patrimĂ´nio da ALGAR TELECOM e sejam incorporados pela ALGAR TI. &RQGLomR $SOLFiYHO j 2SHUDomR 7.1. SucessĂŁo em Direitos e Obrigaç}es. A ALGAR TI sucederĂĄ a ALGAR TELECOM H[FOXVLYDPHQWH QRV GLUHLWRV H REULJDo}HV UHODFLRQDGRV DR $FHUYR &LQGLGR QRV WHUPRV GHVWH LQVWUXPHQWR GR DUWLJR † ž H GR DUWLJR SDUiJUDIR ~QLFR GD /HL Qž VHP VROLGDULHGDGH GD $/*$5 7(/(&20 'HVVD IRUPD TXDLVTXHU RXWURV SDVVLYRV FRQWLQJrQFLDV H REULJDo}HV GH TXDOTXHU QDWXUH]D H FRQWUDtGRV D TXDOTXHU WtWXOR SHOD ALGAR TELECOM, que nĂŁo sejam expressamente transferidos Ă ALGAR TI em decorrĂŞncia da Operação, serĂŁo de integral e exclusiva responsabilidade da ALGAR TELECOM, sem solidariedade com a ALGAR TI. 7.2 Direito de Recesso: Considerando ser a ALGAR TELECOM uma companhia de capital aberto, e que a ALGAR TI nĂŁo vai requerer seu UHJLVWUR FRPR FRPSDQKLD GH FDSLWDO DEHUWR QRV WHUPRV GRV †† ž H ž GR $UW H $UW GD /HL VHUi JDUDQWLGR R SUD]R GH WULQWD GLDV DR DFLRQLVWD SDUD PDQLIHVWDU formalmente, sua intenção em permanecer na ALGAR TI, conforme a proporcionalidade de sua participação na parcela cindida da ALGAR TELECOM, sendo que os acionistas WLWXODUHV GH Do}HV TXH QmR PDQLIHVWDUHP R LQWHUHVVH HP SHUPDQHFHU QD $/*$5 7, QHVVH SUD]R WHUmR RV YDORUHV GDV Do}HV GLVSRQtYHLV SDUD UHHPEROVR SHOR YDORU SDWULPRQLDO GH VXDV UHVSHFWLYDV Do}HV GR PrV HP TXH IRU GHOLEHUDGD D 2SHUDomR 8. DISPOSIÇÕES FINAIS 8.1. Em face dos elementos acima expostos, as diretorias das Sociedades entendem que a 2SHUDomR DWHQGH DRV LQWHUHVVHV GDV 3DUWHV SHOR TXH UHFRPHQGD D VXD LPSOHPHQWDomR (VWH LQVWUXPHQWR GH 3URWRFROR H -XVWLÂżFDomR FRQWpP DV FRQGLo}HV H[LJLGDV SHOD /HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV SDUD D SURSRVWD GH FLVmR SDUFLDO GD $/*$5 7(/(&20 FRP D FRQVHTXHQWH LQFRUSRUDomR GD SDUFHOD SDWULPRQLDO FLQGLGD SHOD $/*$5 7, H GHYHUi VHU VXEmetido Ă apreciação e aprovação dos acionistas das Partes. 8.3. Fica eleito o foro da Comarca da Cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais para dirimir todas as TXHVW}HV RULXQGDV GR SUHVHQWH LQVWUXPHQWR FRP D UHQ~QFLD GH TXDOTXHU RXWUR SRU PDLV SULYLOHJLDGR TXH VHMD RX YHQKD D VHU ( SRU HVWDUHP MXVWRV H FRQWUDWDGRV DVVLQDP GLJLWDOPHQWH D YLD GR OLYUR GHVWH 3URWRFROR SDUD ÂżQV GH DUTXLYR QR OLYUR GH UHJLVWUR GH DWDV D DGPLQLVWUDomR GDV VRFLHGDGHV HQYROYLGDV QD 2SHUDomR D VDEHU $/*$5 7(/(&20 6 $ UHSUHsentada pela Sra. Ana Paula Rodrigues Marques de Oliveira e Sr. Osvaldo CĂŠsar Carrijo; e ALGAR TI, representada pelo Sr. Carlos Henrique Vilarinho e Sr. Julio CĂŠsar Emmert GH 2OLYHLUD $VVLQDP SRU PHLR GH FHUWLÂżFDGR GLJLWDO D YLD HOHWU{QLFD GHVWLQDGD DR UHJLVWUR QD -XQWD &RPHUFLDO R 6U /XFLDQR 5REHUWR 3HUHLUD QD TXDOLGDGH GH VHFUHWiULR ÂłDG KRF´ H D 'UD /tEHUD 6RX]D 5LEHLUR LQVFULWD QD 2$% 0* QD TXDOLGDGH GH DGYRJDGD 8EHUOkQGLD 0* GH QRYHPEUR GH


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2020

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ECONOMIA IVANBUENO / AG. PARANĂ

ESTADOS UNIDOS-CHINA

Acordo deve prejudicar exportaçþes do agro de Minas e do Brasil Soja, algodão e carnes seriam produtos mais afetados MICHELLE VALVERDE

O acordo firmado entre Estados Unidos e China deve afetar as exportaçþes do Brasil e de Minas Gerais. Dentre os impactos negativos, o setor que pode sofrer consequências Ê o agropecuårio, principalmente nos embarques de soja, carnes e algodão. Por outro lado, o setor de minÊrio de ferro talvez seja favorecido, uma vez que o fim da guerra comercial pode estimular a economia mundial e promover o crescimento mais acelerado da China, o que favoreceria a demanda por metais. O acordo assinado prevê que a China compre mais US$ 200 bilhþes em produtos dos EUA ao longo de dois anos para reduzir o dÊficit comercial bilateral com os norte-americanos, que chegou a US$ 420 bilhþes em 2018. A China deve comprar US$ 12,5 bilhþes em produtos agrícolas dos EUA no primeiro ano e US$ 19,5 bilhþes no segundo ano. O governo chinês tambÊm se comprometeu a comprar US$ 18,5 bilhþes em produtos de energia no primeiro ano e US$ 33,9 bilhþes no segundo ano. A China tambÊm terå de comprar US$ 32,9 bilhþes em manufaturados dos EUA no primeiro ano e US$ 44,8 bilhþes no seguinte. O coordenador do curso de Relaçþes Internacionais do

Ibmec, Adriano Gianturco, explica que ĂŠ difĂ­cil quantificar e definir, a princĂ­pio, se o acordo serĂĄ positivo ou negativo para o Brasil. “Desde que a guerra comercial começou, a China passou a importar mais do Brasil e, com o acordo, poderĂĄ comprar mais dos EUA e menos do Brasil. Outro impacto poderĂĄ acontecer na moeda brasileira. Como todas as transaçþes internacionais sĂŁo em dĂłlar, vai entrar menos dĂłlares e pode ocorrer desvalorização do realâ€?, disse. Por outro lado, segundo Gianturco, o acordo pode ser positivo para o Brasil e para o mundo inteiro. “Isso porque a previsĂŁo, com o acordo, ĂŠ que o comĂŠrcio internacional aumente e, tratando-se das duas maiores potĂŞncias mundiais, pode fazer com que o PIB mundial volte a crescer, o que ĂŠ positivo para todo o mundo, por mais negĂłcios, oportunidades e capitalâ€?. Ainda conforme Gianturco, para Minas Gerais, que tem representatividade nas exportaçþes de minĂŠrio de ferro e de produtos do agronegĂłcio, as exportaçþes de soja e carne podem ser afetadas de forma negativa. “A China, com a guerra, nos Ăşltimos anos, passou a comprar mais soja e carne. MinĂŠrio jĂĄ comprava. Quem pode ser mais afetado

de forma negativa ĂŠ o agronegĂłcio, jĂĄ que a China precisarĂĄ comprar maiores volumes dos Estados Unidos. Todo esse movimento ĂŠ importante para que se invista na diversificação de mercadosâ€?, destacou. O professor da ĂĄrea de gestĂŁo pĂşblica e estratĂŠgia da Fundação Dom Cabral, Paulo Vicente, explica que, no primeiro momento, serĂĄ negativo para o agronegĂłcio, porque a demanda pode retrair. “A guerra comercial estava travando muito os negĂłcios, que serĂŁo destravados agora. A princĂ­pio, serĂĄ negativo para os produtos do agronegĂłcio, porque vai recuar a demanda

A China Ê hoje o principal mercado da soja brasileira, responsåvel pela aquisição de 80% da exportação

da China e os preços vĂŁo cair. Mas, para metais, por exemplo, a tendĂŞncia ĂŠ positiva. A China vai precisar de metal, nĂŁo sĂł de minĂŠrio de ferro, para exportar produtos acabados para os EUA e o preço deve subir, o que serĂĄ bom para Minas Geraisâ€?, avaliou. Ganho mundial - Para Vicente, de forma geral, o acordo ĂŠ positivo para a economia global. “O acordo alivia a pressĂŁo da economia global e aumenta o otimismo. Com isso, o mercado serĂĄ estimulado. De forma

geral, serĂĄ bom para todos os setores. Vejo o acordo mais como positivo do que negativo, mas, quando se trabalha com commodities, pode ser um problema, pelo menos, no começoâ€?. O consultor de negĂłcios internacionais da Federação das IndĂşstrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Alexandre Brito Santos, explica que a base do acordo assinado pelos Estados Unidos e a China estĂĄ nos produtos agrĂ­colas e pecuĂĄrios, especialmente a soja, as carnes e o algodĂŁo.

“Com o acordo, os EUA vĂŁo vender mais destes produtos para a China, ĂŠ onde seremos mais afetados. Os principais problemas para nĂłs seriam na soja, porque ĂŠ um produto em que a logĂ­stica ĂŠ um peso importante e a nossa ĂŠ menos eficiente que a dos norte-americanos. AlgodĂŁo e milho tambĂŠm serĂŁo impactados, mas Minas nĂŁo exporta valores significativos para a China. JĂĄ nas carnes, os EUA serĂŁo nossos concorrentes em suĂ­nos e frangoâ€?, disse Brito.

Chineses amenizam impacto para fornecedores Pequim - Outros fornecedores de commodities agrĂ­colas para a China nĂŁo serĂŁo impactados pelo acordo comercial com os Estados Unidos (EUA) jĂĄ que as compras serĂŁo baseadas em princĂ­pios de mercado, afirmou o vice-premiĂŞ Liu He, de acordo com reportagem da estatal CCTV ontem. Liu falou na quarta-feira, em entrevista Ă imprensa, apĂłs assinar a Fase 1 do acordo comercial com o presidente dos EUA, Donald Trump. O

acordo inclui promessa da China de comprar ao menos US$ 12,5 bilhĂľes adicionais em produtos agrĂ­colas em 2020 e ao menos mais US$ 19,5 bilhĂľes a mais do que o nĂ­vel de 2017 de US$ 24 bilhĂľes em 2021. As empresas chinesas importarĂŁo produtos agrĂ­colas dos EUA de acordo com as necessidades dos consumidores e a demanda e oferta no mercado, disse Liu a repĂłrteres, de acordo com a CCTV.

“O mercado da China ĂŠ uma parte muito importante do mercado internacional agora. NĂŁo ĂŠ como se qualquer paĂ­s pudesse exportar (para a China) tantos produtos quanto quiser. É preciso mostrar a competitividade do produtoâ€?, disse ele. As declaraçþes de Liu destacam as incertezas que ainda persistem sobre o acordo e como a China vai implementar o aumento nas importaçþes dos EUA apĂłs 18 meses de

disputa que levaram os compradores agrícolas chineses a mudarem suas cadeias de oferta. A competição entre fornecedores de soja dos EUA e do Brasil serå um foco jå que existem preocupaçþes de que a China possa cancelar algumas importaçþes brasileiras para aumentar as compras dos EUA. A China compra cerca de 80% das exportaçþes de soja do Brasil. (Reuters)

OCDE

PaĂ­s terĂĄ secretaria para acelerar entrada em organização BrasĂ­lia - O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse ontem que o governo vai criar uma nova secretaria para acelerar o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento EconĂ´mico (OCDE) e afirmou que o apoio norte-americano Ă entrada brasileira no grupo foi um reconhecimento do esforço feito pelo PaĂ­s. Segundo Onyx, a Casa Civil vai alterar sua estrutura atĂŠ segunda-feira para criar “uma diretoria especĂ­fica, uma secretariaâ€? que vai lidar diretamente com a questĂŁo da OCDE. “A função dela (nova estrutura) ĂŠ poder melhorar nossa relação com o organismo internacional, com os paĂ­ses-membros que sejam mais fortes na OCDE, buscar cada

um dos passos de acreditação para que o Brasil possa, no mais curto espaço de tempo, ser membro desse time, que ĂŠ o time que vence no mundoâ€?, afirmou Onyx, apĂłs se reunir com o encarregado de negĂłcios da embaixada dos EUA em BrasĂ­lia, William Popp. O ministro disse que o encontro com o diplomata teve como objetivo agradecer o apoio norte-americano Ă ascensĂŁo do Brasil Ă OCDE. “Isso ĂŠ algo muito valioso e importanteâ€?, disse. O Departamento de Estado norte-americano confirmou nesta semana que os EUA planejam apoiar a proposta do Brasil de entrar na OCDE no lugar da Argentina, que anteriormente era a favorita do presidente Donald Trump

Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro 2¿FLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO ZZZ JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD OHLOmR jV KRUDV SDUD DOLHQDomR GH DWLYRV H[FHGHQWHV GD HPSUHVD BCD Alimentos 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO

O DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE Ă GUA E ESGOTO DO MUNICĂ?PIO DE UBERLĂ‚NDIA, no uso de suas atribuiçþes, torna pĂşblico o resultado das inscriçþes deferidas, a solicitação de condição especial e vagas reservadas j SHVVRDV FRP GHÂżFLrQFLD $ tQWHJUD GR resultado serĂĄ divulgado nos endereços HOHWU{QLFRV ZZZ GPDH PJ JRY EU H ZZZ JHVWDRGHFRQFXUVRV FRP EU

Infosys Tecnologia do Brasil Ltda. CNPJ/MF nÂş 11.030.364/0001-30 - NIRE 31.208.539.005 Extrato da 12ÂŞAlteração do Contrato Social (Distrato) firmado em 01/10/2019 Infosys Limited., sociedade estrangeira com sede em Electronics City, Hosur Road, Bangalore-560 100, Ă?ndia, inscrita no CNPJ sob o nÂş 10.990.100/0001-66, representada pelo Sr. Claudio Henrique Elsas, na qualidade de sĂłcia representando 99% do capital social da Infosys Tecnologia do Brasil Ltda. (“Sociedadeâ€?) decidiu (i) aprovar integralmente o Protocolo e Justificação de Incorporação da Sociedade pela Infosys Consulting Ltda., com sede na Av. Engenheiro Luiz Carlos Berrini, 105, Cidade Monçþes, 10Âş andar, conj. 102, CEP 04.571-010, SP/SP, inscrita no CNPJ sob o nÂş 13.875.971/0001-27; (ii) ratificar a nomeação da PricewaterhouseCoopers Auditores Independetes, inscrita no CNPJ sob o n° 61.562.112/0001-29, para a elaboração do Laudo de Avaliação do patrimĂ´nio lĂ­quido da Sociedade; (iii) aprovar o referido Laudo de Avaliação que foi elaborado com base no balanço patrimonial da Sociedade de 31/07/2019; e (iv) aprovar a incorporação Sociedade pela Infosys Consulting Ltda., declarando extinta a Sociedade. Nada mais. Minas Gerais, 01/10/2019. JUCEMG nÂş 7589548 em 03/12/2019 - Marinely de Paula Bomfim-SecretĂĄria Geral.

Clube Mineiro de Caçadores

CNPJ -17.433.210.0001-76 Edital de Convocação - Assembleia Geral OrdinĂĄria O Presidente do Clube Mineiro de Caçadores, usando das atribuiçþes conferida pelo Estatuto Social, convoca os senhores SĂ“CIOS PROPRIETĂ RIOS DO CLUBE MINEIRO DE CAÇADORES, para a Assembleia Geral OrdinĂĄria, nos termos do artigo 29 alĂ­nea “aâ€? do Estatuto Social, a ser realizada no dia 17 de Fevereiro de 2020 Ă s 19:00, em primeira convocação, com a presença mĂ­nima de dois terços dos sĂłcios, ou Ă s 19:30, em segunda convocação, com qualquer nĂşmero de presentes. A reuniĂŁo serĂĄ realizada na rua Alvarenga Peixoto, 854, salĂŁo de festas, bairro de Lourdes, Belo Horizonte, MG. Pauta da Assembleia Geral OrdinĂĄria: 1. Examinar e deliberar sobre as contas da Diretoria do perĂ­odo 2019/2020; 2. Eleição da Diretoria para o perĂ­odo 2020/2021 Santa Luzia, 14 de janeiro de 2020. Ivan Mascarenhas Ribeiro Presidente do Clube Mineiro de Caçadores

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REGIONAL DE MINAS GERAIS AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO–PREGĂƒO ELETRĂ”NICO NÂş002/2020 O SENAR-AR/MG torna pĂşblico que farĂĄ licitação, na modalidade PregĂŁo EletrĂ´nico, tipo MENOR PREÇO POR LOTE, visando a aquisição de Recursos Instrucionais (coletes, lĂĄpis, camisas, sacola TNT), GH DFRUGR FRP DV HVSHFLÂżFDo}HV GHVFULWDV no Edital e seus Anexos. Abertura dia 29/01/2020, Ă s 9h:15m. O edital bem como PDLV LQIRUPDo}HV SRGHUmR VHU REWLGRV QD $Y GR &RQWRUQR Qž Âą % )ORUHVWD Âą %HOR +RUL]RQWH 0* Âą 7HO QR KRUiULR GH jV K GH VHJXQGD D VH[WD IHLUD ou atravĂŠs do e-mail licita@senarminas.org.br 3ROO\DQH GH $OPHLGD 6DQWRV Âą 3UHJRHLUD

para ser o prĂłximo paĂ­s a entrar no grupo. Segundo o titular da Casa Civil, o trabalho feito pelo ministĂŠrio que comanda, juntamente com as pastas das Relaçþes Exteriores e da Economia, tem por objetivo incluir o PaĂ­s o mais rapidamente possĂ­vel no “primeiro time do mundoâ€?. Onyx

afirmou que um representante do Tribunal de Contas da UniĂŁo (TCU) vai liderar uma equipe para acelerar o processo. O ministro nĂŁo quis dar um prazo para que o Brasil seja admitido formalmente no organismo, mas afirmou que o processo de adesĂŁo de um paĂ­s Ă OCDE leva em mĂŠdia trĂŞs anos.

Conforme a Casa Civil, um paĂ­s tem que aderir a 254 instrumentos legais para fazer parte da OCDE - sendo que dois deles nĂŁo se aplicam ao Brasil. AtĂŠ o momento, o Brasil jĂĄ aderiu a 81 e outros 65 estĂŁo em anĂĄlise do organismo. O ministro disse ter ouvido do representante da embai-

xada dos EUA que o Brasil voltou a ser um paĂ­s confiĂĄvel, o que ĂŠ “uma coisa extraordinĂĄriaâ€?. Popp responde interinamente pela embaixada dos EUA, uma vez que Todd Chapman, indicado pelo governo norte-americano para o cargo, ainda nĂŁo assumiu o posto. (Reuters)

COMÉRCIO

Intenção de consumo avança na Capital JULIANA SIQUEIRA

O Ă­ndice de Intenção de Consumo das FamĂ­lias (ICF) atingiu 91,1 pontos em dezembro, em Belo Horizonte, o que representa alta de 3,7 pontos percentuais (p.p.) em comparação a novembro. Dezembro foi o quinto mĂŞs de expansĂŁo, uma vez que tem sido apontado um crescimento desde agosto do ano passado. JĂĄ na comparação com deA REALFORM INDUSTRIA MECANICA EIRELI, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel – SEMMAD, torna pĂşblico que foi concedida atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 20.251/2019, a /LFHQoD $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD Âą /$6 &ODVVH para a atividade de Serviços de usinagem, tornearia e solda; manutenção e reparação de mĂĄquinas e ferramentas, Fabricação de esquadrias de metal, prestação de serviços relacionado ao ramo de serralheria, localizada Ă Rua JosĂŠ Gomes do Amaral , 'HFDPmR %HWLP 0* &(3

zembro de 2018, o incremento foi de 7,1 pontos. O Ă­ndice ĂŠ elaborado pela Federação do ComĂŠrcio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (FecomĂŠrcio-MG), com dados da Confederação Nacional do ComĂŠrcio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O resultado do mĂŞs passado foi o melhor para o Ăşltimo semestre. De acordo com a analista de pesquisa da FecomĂŠrcio-MG, LetĂ­cia Marrara, o aumento do nĂşmero em dezembro estĂĄ ligado a uma confiança maior do consumidor. “Principalmente em função da renda, injeção do dĂŠcimo terceiro, incremento na geração de empregos,

Metform S.A CNPJ nÂş 26.248.666/0001-57 Metform S.A., por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e desenvolvimento SustentĂĄvel – SEMMAD, torna pĂşblico que foi concedida atravĂŠs do processo administrativo Qž $ OLFHQoD $PELHQWDO /$6 &DGDVWUR &ODVVH SDUD D DWLYLGDGH GH SHUÂżODomR GH chapas, produção e comercialização de produtos de aço, localizada na Rua Engenheiro Gerhard Ett, 1100, Distrito Industrial Paulo Camilo, Betim/MG.

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUIDOVAL – Processo licitatĂłrio nÂş 015/2020 –TOMADA DE PREÇO NÂş 001/2020, OBJETO: Execução De Infraestrutura Urbana no MunicĂ­pio de Guidoval, em vias dentro do perĂ­metro urbano municipal, construção de uma ponte, sendo que a via urbana ĂŠ provida da rede de saneamento com fornecimento de mĂŁo de obra e materiais conforme projeto- data: 04/02/2020, Ă s 09:00 horas. O Edital disponĂ­vel no sitio www.guidoval.mg.gov.br e informaçþes atravĂŠs do e-mail: licitaguido@ yahoo..com.br ou na sede da Prefeitura, sita ĂĄ Pça do Santo AntĂ´nio s/n centro, Guidoval - MG 14/01/2010 – Ana Gabriela dos Santos - Presidente da ComissĂŁo

abertura de postos de trabalho, liberação dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e festas de fim de anoâ€?, diz ela. No entanto, a maior confiança do consumidor tem se mostrado alĂŠm de alguns desses fatores pontuais do Ăşltimo semestre, como tem sido revelado pelo Ă­ndice no decorrer do tempo. “Ao longo dos anos, estĂĄ havendo a retomada da economia, melhora na taxa de juros, o que contribui com o aumento da confiançaâ€?, afirma. Mas por mais que o ICF tenha apresentado crescimento no geral, ainda nĂŁo rompeu a fronteira dos 100 pontos, que separa a insatisfação da satisfação. O limite sĂł foi ultrapassado pelas famĂ­lias que tĂŞm uma renda maior do que dez salĂĄrios mĂ­nimos, chegando aos 108,4 pontos. Mais incrementos - A pesquisa ainda mostra que diversos subindicadores apresentaram crescimento, como emprego atual (118,3 pontos e alta de 0,1 ponto); renda atual (106,3 e avanço de 1,6 ponto); acesso ao crĂŠdito (93,5 e aumento de

3,3 pontos); nĂ­vel de consumo (69,1 e alta de 3,5 pontos); expectativa de consumo (94,8 e alta de 8,8 pontos); e consumo de bens durĂĄveis (60,6 e alta de 10,7 pontos). LetĂ­cia Marrara afirma que o acesso ao crĂŠdito teve um destaque maior entre esses, pois, alĂŠm da alta de 3,3 p.p. apresentada em relação a novembro, o indicador revela um incremento de 16 pontos na comparação com dezembro de 2018. “Podemos ressaltar a retomada da economia, embora ainda lenta, e a expectativa relacionada Ă s novas medidas adotadas pelo poder pĂşblicoâ€?, destaca. JĂĄ do lado da queda, ficou a perspectiva profissional, que caiu de 97,6 pontos para 95 pontos no Ăşltimo mĂŞs. “Apesar da redução do desemprego e do aumento das pessoas ocupadas, hĂĄ ainda um mercado informal, o que diminui as perspectivas profissionaisâ€?, diz LetĂ­cia. Por fim, a analista da FecomĂŠrcio-MG conclui que “a melhora ĂŠ lenta, mas estĂĄ acontecendo. Essa confiança do consumidor sĂł tende a aumentarâ€?, afirma.


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POLÍTICA CONTAS PÚBLICAS

PEC

Orçamento de MG é promulgado Receita total do Estado para 2020 é estimada em R$ 97, 18 bilhões pela Lei 23.539 SARAH TORRES

O governador Romeu Zema promulgou ontem, no Diário Oficial de Minas Gerais, a Lei 23.579, que contém o orçamento do Estado para 2020. A receita total do Estado estimada para 2020 é de R$ 97,18 bilhões, e a despesa é de R$ 110,47 bilhões, resultando num déficit de R$ 13,29 bilhões. A matéria tramitou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na forma do Projeto de Lei 1.167/19, do próprio governador, e foi aprovada em 18 de dezembro do ano passado. A principal fonte de arrecadação do Tesouro Estadual é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que corresponde a 77,10% das receitas com impostos e taxas. Por outro lado, os gastos com pessoal representam 46,57% das despesas correntes, utilizadas para a manutenção e o funcionamento dos serviços públicos. As transferências constitucionais aos municípios e os juros e encargos da dívida são responsáveis, respectivamente, por 14,28% e 7,12% das despesas correntes. A lei prevê R$ 4,01 bilhões em investimentos diretos do Estado e R$ 5,67 bilhões em investimentos das empresas controladas. Prevê, ainda, a aplicação de 25% da receita resultante de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino e de 12% nas ações e nos serviços públicos de saúde, em conformidade com a Constituição Federal. O orçamento de 2020 traz as emendas apresentadas por parlamentares e blocos, que agora têm que ser executadas, conforme prevê

O plenário da Assembleia aprovou em 18 de dezembro a proposta do governador Zema

as Emendas à Constituição 96, de 2018, e 100, de 2019. As chamadas emendas impositivas são destinadas, prioritariamente, às áreas de saúde e educação e a ações estratégicas constantes do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG). Venda de imóveis - A partir de reforma na gestão de ativos imobiliários, ação prevista no plano estratégico da administração atual, o governo de Minas Gerais espera arrecadar R$ 30 milhões com as vendas de imóveis previstas para 2020. O subsecretário do Tesouro Estadual, Fábio Amaral, revela que a previsão é de que dezenas de imóveis entre lotes, terrenos, casas, apartamentos, salas comerciais, prédios e outros bens -, em Minas e em outros

estados, sejam arrematados em licitações e leilões abertos ao público. “Empresas e/ou pessoas físicas podem dar lances para a compra dos bens”, ressalta. Amaral explica que a nova gestão sobre o patrimônio imobiliário está em andamento com a organização de documentos e avaliação dos imóveis que não são usados pela administração pública. A intenção é disponibilizar uma carteira atrativa para o investidor. “No ano passado, três certames licitatórios foram realizados. Ao todo, 14 imóveis foram vendidos e o valor de R$ 8.939,300 milhões, em pagamento à vista, arrecadado”, destaca o subsecretário. Amaral frisa ainda que, além do montante que entra com o objetivo de reduzir o déficit e possibilitar a implantação de políticas

públicas, a ação desonera o Estado, pois há redução considerável em gastos de manutenção, regularização e outros custos que seriam de responsabilidade da administração pública. Crescimento - Em comparação aos quatro anos anteriores, o resultado de vendas de 2019 representou um aumento percentual médio de 367%, considerado excelente pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEF). Neste ano, a expectativa é um crescimento ainda mais expressivo. “A SEF, por meio da Subsecretaria do Tesouro (STE), está construindo a carteira de ativos alienáveis do Estado. A Companhia Minas Gerais Participações (MGI) é a principal parceira na seleção, comercialização e alienação (transferência) dos

imóveis”,observa o subsecretário. Fábio Amaral afirma que outro ponto importante na parceria com a MGI é a divulgação da oferta imobiliária e respectivas licitações de venda via redes sociais. “Para o sucesso desse trabalho, a STE tem focado na seleção de imóveis com potencial econômico, além da regularização de vários bens historicamente sem destinação por ausência de documentação regular, a exemplo de imóveis localizados na cidade do Rio de Janeiro e o imóvel da extinta Febem, em Lagoa Santa, na RMBH”, cita. Para o ano de 2020, a STE prevê a realização pelo menos quatro licitações, com estimativa de R$ 30 milhões de arrecadação. O primeiro edital será publicado já nos próximos dias e o certame em 20 de março. Histórico - Segundo o subsecretário do Tesouro, os imóveis alienáveis têm origem no patrimônio estadual. “São bens históricos e/ou recentes, que sediam ou já sediaram órgãos da administração pública, doados e recebidos em pagamento de dívidas, entre outros”. O especialista destaca, ainda, em 2018, último ano da gestão anterior, a arrecadação total com a venda de imóveis do governo foi de R$ 1,7 milhão. De acordo com o levantamento realizado até agora, Amaral estima que o Estado seja proprietário de 11 mil imóveis, em média. Entre os destaques da carteira que será comercializada em 2020 há um grande terreno na MG10”. adianta. (As informações são da ALMG e da Agência Minas)

PAGAMENTOS

Bolsonaro apoia secretário de Comunicação

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro defendeu ontem o secretário de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wajngarten, e disse que vai mantê-lo no cargo, após reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” acusá-lo de supostamente receber, por meio de uma empresa da qual é sócio, pagamentos de emissoras de TV e agências de publicidade contratadas pelo governo. “O que eu vi até agora está tudo legal com o Fábio, vai continuar, é um excelente profissional. Se fosse um porcaria, igual alguns que têm por aí, ninguém estaria criticando ele”, disse Bolsonaro em entrevista na saída do Palácio da Alvorada. Perguntado se Wajngarten deveria se afastar da empresa da qual é sócio, Bolsonaro disse que não responderia, mas afirmou: “Se for ilegal, a gente vê lá na frente.” Em pronunciamento no Planalto na última quarta-feira, após a divulgação da reportagem, o secretário disse que não estava à frente do órgão “para fazer negócios”, defendeu-se da acusação e disse que permaneceria no cargo. “É realmente absurdo esse tipo de matéria. Eu não estou (aqui) para fazer negócios. Eu estou aqui para

ANDERSON RIEDEL / PR

fora. Você não aprende que a Folha está fora? A Folha é um lixo. A Folha é um lixo. Eu quero saber, a Folha de S.Paulo, o Datafolha, eu perderia para todo mundo no segundo turno. Você não tem vergonha na cara, vem aqui fazer plantão? Eu sei que você não é dona da Folha, desculpa, você, como pessoa, não tenho nada contra você, mas você está cumprindo aqui o seu papel para tentar infernizar o governo”, afirmou.

O secretáriio Fábio Wajngarten desmentiu que utiliza o seu cargo “para fazer negócios”

transformar a comunicação da Presidência da República com a maior ética possível, com a maior transparência possível e com a maior modernidade possível”, afirmou. Em nota um pouco antes da declaração de Wajngarten, a Secom classificou como “mentira absurda, ilação leviana” a tentativa de imputar ao secretário “procedimento ilegal por suposto ‘recebimento’ de dinheiro de emissoras de televisão e de agências de

publicidade contratadas pela própria Secom, por uma empresa em que ele é sócio”. Durante a entrevista na saída do Alvorada na manhã de ontem, Bolsonaro inicialmente não respondeu sobre o caso envolvendo o secretário e preferiu atacar duramente a Folha e uma repórter do jornal que fez questionamentos sobre o caso. Populares que estavam no local apoiaram as manifestações do presidente. Bolsonaro disse que o jornal não tem credibilida-

de para acusar ninguém. “Lamentavelmente, uma péssima imprensa que faz a Folha de S.Paulo. Outra pergunta, aqui acabou. Folha de S.Paulo está fora. Sai fora, Folha de S.Paulo, vocês não têm moral para perguntar nada”, disse. Questionado pela repórter do jornal sobre a sanção do fundo eleitoral, que prevê 2 bilhões de reais para partidos usarem nas campanhas este ano, Bolsonaro rebateu novamente. “Já falei que a Folha está

Reação - Poucas horas depois de o presidente defender o secretário, o Psol, que faz oposição ao governo, entrou com uma ação popular na Justiça do Distrito Federal em que pede a revogação imediata da nomeação de Fabio Wanjgarten. A legenda pede também a anulação de todos os atos assinados por ele desde que assumiu a Secom. “O caso é uma evidente afronta à Lei de Conflito de Interesses. A lei diz que integrantes da cúpula do governo são proibidos de manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões. A prática implica conflito de interesses e configura ato de improbidade administrativa”, disse o partido em nota. (Reuters)

Reforma administrativa será feita em etapas Brasília - A reforma administrativa será apresentada em fevereiro e trará mudanças estruturais apenas para os novos servidores, afirmou ontem o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, pontuando que outras alterações serão propostas num segundo momento. A ideia é que a proposta de emenda à Constituição (PEC) em questão seja um pontapé inicial de uma reforma administrativa mais ampla e faseada, destacou ele. “Não vai mudar estabilidade, remuneração ou número de postos de trabalho dos atuais servidores (na PEC), eles vão ser mantidos. Mudanças mais estruturais vão ser apenas para os novos servidores”, afirmou Uebel, em conversa com jornalistas. Ele adiantou que a PEC não abordará alterações em salários, mas frisou que o governo encaminhará outras mudanças referentes ao quadro administrativo depois. O tema dos salários, por exemplo, pode ser tratado em projeto de lei. “A ideia é que até 2022 esteja tudo aprovado”, afirmou Uebel, reforçando que os detalhes da PEC serão divulgados apenas no próximo mês. A equipe econômica chegou a ensaiar o envio da PEC em novembro, mas recuou sob determinação do presidente Jair Bolsonaro em meio a turbulências e protestos sociais na América Latina, notadamente no Chile. O temor do Planalto era de que a proposta acabasse sendo rechaçada pela sociedade e pelos parlamentares. “Era uma questão de timing político, era final do ano também, Congresso estava praticamente fechando suas atividades, não fazia sentido iniciar debate que não poderia ser apreciado”, afirmou Uebel. Ele afirmou que o prazo de aprovação da PEC dependerá do Congresso, mas avaliou que seria “excelente” se o texto recebesse sinal verde ainda neste ano. A reforma administrativa terá entre suas premissas a redução e unificação das carreiras existentes e a mobilidade e flexibilidade na movimentação de pessoal. Uebel avaliou que as mudanças são necessárias conforme a tecnologia passa a ter peso paulatinamente maior na prestação de serviços, demandando mecanismos de mais flexibilidade na gestão pública. Entre outras metas para 2020 da secretaria sob seu comando, Uebel citou a revisão de mais de 10 mil atos normativos, com perspectiva de revogação de 82% deste total. Em 2019, foram 3,3 mil atos revogados de 3,7 mil revisados, disse. (Reuters)


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

CAFÉ

Minas pode ter safra até 30% maior Projeção faz parte da 1ª estimativa da Conab para a produção deste ano, divulgada ontem PAULO WHITAKER/REUTERS

MICHELLE VALVERDE

A primeira estimativa para a safra 2020 de café, em Minas Gerais, apontou uma produção variando entre 30,7 milhões de sacas e 32 milhões de sacas. Os números representam incremento entre 25,1% e 30,7%, respectivamente, em relação à temporada anterior. O aumento da produtividade média impactado pelo efeito da bienalidade positiva, assim como o acréscimo de área em produção, influenciaram diretamente na ampliação da safra. Os dados foram divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em Minas Gerais, de acordo com o levantamento, a produção estimada para 2020 está muito próxima à de 2018, ano em que a bienalidade da Para 2020, é esperada para o Estado uma produção de café variando entre 30,7 milhões de sacas e 32 milhões de sacas cultura também foi positiva e trato do início da nova safra 17,8 milhões de sacas, sinali- frutos retomaram o cresci- expectativa de crescimento o Estado colheu 31,8 milhões de café. Em maio, quando zando crescimento de 21,9% mento normal. se deve à bienalidade poside sacas de café. Na região do Cerrado Mi- tiva das lavouras e às duas se inicia a colheita, teremos até 27,3% em comparação à Os dados da Conab mos- informações do que realmen- safra 2019. A produtividade neiro, a produção esperada excelentes floradas ocorridas tram que a área em produção te aconteceu em relação à estimada está variando entre está entre 5,8 milhões e 6 na região, com condições no Estado cresceu 5,1% na produtividade. Em Minas 31,6 e 33,11 sacas por hectare, milhões de sacas de café, o climáticas favoráveis dusafra 2020, passando de 983,7 Gerais, foram verificados o que representa um avanço que representa um aumen- rante o período. No local, a mil hectares em 2019 para volumes de chuvas infe- de 12,6% a 17,6% frente à to de 26,6% até 32,3% em produtividade esperada é de, um pouco mais de 1 milhão riores à média dos últimos safra anterior. Em relação à relação a 2019. Ao longo do no máximo, 27,14 sacas por de hectares neste ano. A dois anos. O Estado, que área em produção, houve um desenvolvimento das lavou- hectare, aumento de 40,2%. produtividade esperada é responde por cerca de 50% aumento de 8,2%, somando ras, o clima oscilou bastante A área em produção, 277,3 de 29,72 a 31,04 sacas por da produção nacional, teve 537,4 mil hectares. na região. A produtivida- mil hectares, ficou praticahectare, o que pode significar chuvas abaixo da média em De acordo com os técnicos de média pode alcançar o mente estável, com variação um aumento entre 19,1% e setembro, período de florada. da Conab, no Sul de Minas, máximo de 31,4 sacas por positiva de apenas 0,3%. 24,4%. A bienalidade posi- Depois, as chuvas norma- as condições climáticas estão hectare, o que representaria Nas regiões Norte de Mitiva justifica a variação. lizaram e favoreceram o adequadas no momento, um avanço de 27%. A área nas, Jequitinhonha e Mucuri, De acordo com o supe- desenvolvimento. Porém, em com ocorrência de chuvas em produção ficou 4,2% estima-se uma produção rintendente de Informações 2020, estamos com chuvas regulares desde novembro superior, passando de 185,6 entre 655,7 mil e 684,9 mil do Agronegócio da Conab, irregulares e temperaturas de 2019. Porém, o desenvol- mil hectares em 2019 para sacas, apresentando variação Cleverton Santana, este é o elevadas, e isso impacta de vimento dos chumbinhos 193,4 mil hectares em 2020. positiva entre 4,3% e 8,9%, primeiro levantamento da forma negativa na produti- é considerado um pouco Na região da Zona da respectivamente, quando safra de café 2020, com os vidade”, explicou Santana. atrasado devido, principal- Mata, a expectativa é de comparadas à safra anterior. dados coletados entre nomente, ao estresse hídrico uma produção entre 7,2 mi- A área em produção é de vembro e dezembro de 2019. Regiões - Na região Sul do verificado em outubro de lhões e 7,5 milhões de sacas, 25,1 mil hectares e está 1% Por ser o primeiro, poderão Estado, que responde por 2019, com os baixos índices representando incremento maior que a de 2019. A proocorrer modificações com o 25% da produção nacional pluviométricos registrados de 34,6% a 40,6% em compa- dutividade média máxima avanço da safra. de café, a estimativa é de no período. Com a volta das ração à temporada passada. foi estimada em 27,24 sacas “Este levantamento é o re- uma safra entre 17 milhões e chuvas, em novembro, os De acordo com a Conab, a por hectare, alta de 7,9%.

PESCADOS

Governo quer aquecer vendas dentro e fora do País

Ampliar as vendas para o mercado externo e expandir o consumo de pescados pelo brasileiro foram os principais temas da reunião entre representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entidades e empresas do setor privado de várias regiões do País. O foco, em relação ao comércio internacional, concentrou-se nos mercados da China e União Europeia. No caso do parceiro asiático, foram discutidos entraves que dificultam a intensificação do comércio do produto. Atualmente, há 174 estabelecimentos de pescado chinês habilitados a exportar para o Brasil. Por outro lado, são 97 empresas brasileiras habilitadas para vender seus produtos para a China. De

acordo com levantamento da Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP), há entraves como demora na atualização cadastral e de inclusão de empresas, bem como ampliação na lista de novas espécies por parte dos chineses. O governo brasileiro, por intermédio do Mapa, tem agido com rapidez na devolução de todas as exigências apresentadas pela China, afirmou Ana Lúcia Viana, diretora da Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério, que participou das discussões. A reunião ocorreu na quarta-feira (15) pela Secretaria de Aquicultura e Pesca, com mais de 70 representantes do setor da aquicultura e pesca, incluindo indústria e produtores, de várias regiões do País.

A China é o segundo maior comprador do pescado nacional, com 29 toneladas. Um volume pouco significativo se comparado ao total importado pelo Brasil, que chega a nove mil toneladas do produto chinês. Na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias de Pesca dos estados do Pará e Amapá, Apoliano Nascimento, é preciso intensificar as conversações sobre as restrições com o governo chinês, pois é um mercado significativo para o setor. Na mesma linha segue Roberto Imai, do departamento de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para ele, a demanda por proteína animal por parte dos chineses,

em virtude do tamanho da população e a redução de oferta devido à peste suína que assolou os rebanhos, é uma oportunidade para intensificar as vendas do produto brasileiro. Já em relação à União Europeia, empresas armadoras (barcos) podem solicitar a habilitação à SAP para comercializar com aquele mercado, desde que estejam adequadas às instruções normativas já definidas para exportação de pescado.

ministério, Jorge Seif Júnior, serão desenvolvidas várias ações para alterar esse patamar, no momento em que a piscicultura nacional está se firmando como indústria, com boas possibilidades de crescimento. Enquanto o consumo doméstico fica abaixo de dez quilos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mercado mundial a demanda per capita dobra. A meta inicial é ampliar em 10% a demanda pelo proIncentivo ao consumo - duto, com o lançamento de Com mais de 7,3 mil quilô- uma campanha no primeiro metros de litoral, o consumo trimestre deste ano. “Há de peixe pelo brasileiro fica muitos mitos em relação à abaixo da média internacio- compra, consumo e o prepanal, chegando a 9,5 quilos ro do peixe. E nós queremos desmistificar isso”, avaliou de peixe por ano. De acordo com o secretá- o secretário. (Com informario de Aquicultura e Pesca do ções do Mapa)

Bienalidade também deve favorecer o País São Paulo - A safra total de café do Brasil em 2020 deve somar de 57,15 milhões a 62,02 milhões de sacas, alta de até 25,8% frente 2019, em ano de bienalidade positiva para a cultura no País e com aumento na área cultivada, disse a estatal Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no primeiro levantamento para a temporada. A produção de café arábica foi estimada entre 43,20 milhões e 45,98 milhões de sacas, alta de 26% a 34% na comparação com o ano anterior, quando foi impactada por ano negativo de seu ciclo de produção. Já a safra de robusta deve ficar entre 13,95 milhões e 16,04 milhões de sacas, o que pode representar queda de 7,1% a alta de 6,8% ante 2019. “O acréscimo de área em produção, bem como o indicativo de produtividade média superior a 2019, são fatores importantes para esta expectativa otimista”, acrescentou a Conab em boletim divulgado ontem. A área total cultivada no País com café foi estimada em 2,16 milhões de hectares, alta de 1,4% frente ao ano anterior. “Nos últimos anos, a área de café no País vem apresentando redução. Na safra de 2020, é possível, no entanto, perceber leve retomada no crescimento da área total nos principais estados produtores de café, como Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Bahia”, afirmou a Conab. Tanto as áreas de arábica quanto de robusta deverão avançar 1,4% no ano, segundo a estatal, para 1,75 milhão de hectares e 404,3 mil hectares, respectivamente. Com a bienalidade positiva, a produtividade do café arábica foi projetada entre 30,31 e 32,89 sacas por hectare, o que representaria aumento de 11,4% a 20,9% em relação à temporada passada. “O aumento deve ocorrer em quase todas as principais regiões produtoras. Onde predomina o cultivo de conilon, a expectativa é de produtividades próximas à da safra passada em virtude das boas condições climáticas”, explicou a Conab. (Reuters)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

LEO LARA- DIVULGAÇÃO

CINEMA

Mostra movimenta a economia de Tiradentes Cidade deve receber 35 mil visitantes DANIELA MACIEL

Os números da 23ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes são realmente impressionantes. A cidade do Campo das Vertentes, com pouco menos de 8 mil habitantes – segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para 2019 -, deve receber 35 mil visitantes entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro, para a exibição de 113 filmes (31 longas, 1 média e 81 curtas-metragens), divididos em 53 sessões de cinema, e ainda, 39 mesas de debates, diálogos audiovisuais e a série Encontro com os Filmes, performances artísticas e musicais, oficinas e lançamentos de livros. A cidade histórica abre o calendário oficial do audiovisual brasileiro e, mesmo sem ter, sequer, uma sala de exibição, será transformada na capital do cinema brasileiro. Para isso é montada toda infraestrutura com instalação de quatro espaços principais para sediar a programação e receber a população local e milhares de turistas: Cine Copasa na Praça, Cine-

-Tenda, Sesc Cine-Lounge e Centro Cultural Sesiminas Yves Alves. Tudo isso, claro, exige investimento financeiro e um alto grau de organização e planejamento. O evento, consolidado em mais de duas décadas de realização ininterrupta, já passou por fases mais tranquilas no que diz respeito aos patrocínios. De acordo com a coordenadora-geral da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes, Raquel Hallak, o valor total do evento é de R$ 3 milhões e até agora apenas 65% do volume foi captado. “É incrível que depois de tanto tempo um evento como este ainda precise batalhar tanto para conseguir patrocínio. E olha que estamos falando de apoio incentivado, não é investimento direto das empresas. Este ano as estatais federais não vão conceder nenhum apoio à cultura. Isso é um baque para todo o setor”, lamenta Raquel Hallak. Para fazer a Mostra acontecer, a Universo Produção, empresa responsável pela organização, contrata serviços e produtos de 250 diferentes empresas mineiras, boa parte delas do próprio

Entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro a cidade histórica no Campo das Vertentes se tornará a capital do cinema brasileiro LEO LARA- DIVULGAÇÃO

Campo das Vertentes. Cerca de 2,5 mil empregos diretos e indiretos são gerados desde novembro, quando a produção acelera o ritmo e o evento começa a aparecer na mídia. Em 2019, segundo dados da Prefeitura de Tiradentes, durante o evento a cidade movimentou cerca de R$ 18 milhões. Preparação - Os trabalhos na antiga São José Del Rei já começaram. Toda a estrutura – um complexo de tendas de 1,4 mil metros quadrados – tem que ser erguido. Ao mesmo tempo, trabalhadores de diferentes serviços são capacitados para trabalhar na linha de frente, como atendimento, limpeza e segurança, entre outros. “Como evento que abre o calendário, a Mostra de

Tiradentes, de certa forma, dita o ritmo dos festivais de audiovisual no Brasil. As pessoas esperam o que vai acontecer aqui para marcar suas agendas. Temos a presença de curadores internacionais que vêm conhecer a produção brasileira para levar para as suas mostras e que discutem possibilidades de cooperação e coprodução. Tudo isso exige um grande esforço logístico. E fazemos tudo isso numa época de baixíssima temporada no Estado. No verão todo mundo quer ir para a praia e nós fazemos com que as atenções se voltem para Minas. Isso é muito importante do ponto de vista artístico e econômico”, explica a coordenadora geral da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Raquel Hallak: Mostra, de certa forma, dita o ritmo dos festivais

GASTRONOMIA

Conceição do Mato Dentro receberá festival LUCAS CHAGAS - DIVULGAÇÃO

DANIELA MACIEL

Pronta para receber mais de 2 mil pessoas por dia, em média, a 2ª edição do Festival Cultura e Gastronomia Conceição do Mato Dentro, na região Central, acontece entre os dias 18 e 20 de janeiro. O evento, realizado pela plataforma Fartura, faz parte de uma série de festivais que acontecem de Norte a Sul do Brasil e também em Portugal. De acordo com o diretor de produção da plataforma, Guilherme Sanzio, essa segunda edição na cidade vai levar as atrações para a rua, convidando moradores e turistas a participarem da festa que vai reunir estrelas da gastronomia nacional e talentos locais. Da região Sul, Antônio Costaguta, do projeto El Topador (Porto Alegre, RS), leva para o Festival o legítimo churrasco gaúcho. A chef Mari Sciotti, do restaurante Quincho (São Paulo, SP), chega para mostrar o quanto a comida vegetariana pode ser gostosa, enquanto Saulo Jennings, da Casa do Saulo (Santarém, PA), ressalta as receitas tapajônicas. Além disso, o gostinho do Nordeste será transportado pelo chef João Lima (Fortaleza, CE). Diego Brada, do Conca Cozinha Original (Brasí-

manipulação de alimentos e integrantes dessa cadeia. A partir disso foram criade o Festival contribuir para o crescimento gastronômico dos outros festivais que já da cidade. O festival deve aconteceram em Belém, gerar 150 empregos diretos Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Tiradentes, Belo e outros 200 indiretos. “Nosso objetivo é demo- Horizonte, Conceição do cratizar o conhecimento. No Mato Dentro, Fortaleza e domingo serão 12 horas de Lisboa. Até 2019, os eventos programação, e podemos re- receberam mais de 850 mil ceber até quatro mil pessoas. pessoas, que se deliciaram Estão sendo investindo R$ com os mais de 2 milhões 500 mil e acreditamos em de pratos servidos. Além um retorno de até quatro disso, foram 3.300 atividavezes o investimento. Em des gastronômicas e 1.265 Conceição do Mato Dentro apresentações culturais. “Ainda não temos as datas encontramos uma grande fechadas e é possível que parte dos produtos e serviços que precisávamos para novas cidades se juntem produzir o festival com qua- à lista. Nosso objetivo é lidade e preço acessível. sempre ativar as cadeias Isso demonstra a força da produtivas locais. A gasEvento é realizado pela plataforma Fartura e faz parte de uma série de festivais no País economia local”, pontua tronomia nos resume e nos une. O feijão-tropeiro é um lia, DF), ressalta texturas e pontos em comum como o tro da festa. São várias opções o diretor de produção da ótimo exemplo disso. Ele é plataforma Fartura. sabores marcantes em sua passado colonial, as rique- de cervejas de produção arteuma comida colaborativa, cozinha. De Belo Horizonte: zas cultural, patrimonial e sanal para harmonizar com Mapeamento - A platafor- que surge quando pessoas, Bar do Zezé, Pizza Sur, Maria natural. Conceição do Mato as receitas dos chefs. ma Fartura – Comidas do muitas vezes desconhecidas, das Tranças, La Palma e, Dentro tem muitos atrativos Na segunda-feira o des- Brasil, surgiu há 23 anos, se uniam na hora da refeição, de Nova Lima, na Região e é uma cidade símbolo da taque é o curso de boas à beira da estrada, e cada Metropolitana de Belo Ho- região com uma identidade práticas gratuito voltado junto com o Festival Cultura uma levava alguma coisa rizonte (RMBH), Omilia. muito forte. Tudo isso faz para profissionais da região. e Gastronomia Tiradentes. para que todos pudessem “Esse ano estamos indo com que apostemos em um É uma oportunidade para O objetivo da plataforma é se alimentar. Hoje ele contipra rua, cumprindo com grande festival, capaz de cozinheiros, assistentes de mapear a cadeia produtiva nua sendo uma comida que um dos pilares do Festival atrair pessoas e movimentar cozinha e demais interes- da gastronomia, a fim de une as pessoas e é um dos disponibilizar conhecimento de quando ele começou a economia”, explica Sanzio. sados se atualizarem de ao público – em forma de símbolos do nosso Estado. em Tiradentes (Campo das Mas não são apenas os acordo com as exigências conteúdo e experiência – Esse é o nosso princípio”, Vertentes). A ideia é que “chefs” as estrelas do evento. completa. na cidade a gente consiga As famosas quitandeiras da da segurança alimentar e e criar conexões entre os replicar e desenvolver o cidade também integram a projeto, impactando toda programação com os seus www.twitter.com/diario_comercio www.facebook.com/DiariodoComercio a cadeia produtiva da gas- famosos pastéis de angu. O Telefone: (31) 3469-2025 tronomia e do turismo. As chamado “Festival Artesanal” gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br duas cidades têm muitos terá participação especial den-


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NEGÓCIOS

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EDUCAÇÃO

Alicerce planeja expandir a atuação em Minas neste ano Três unidades serão inauguradas MARA BIANCHETTI

Presente na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) há pouco mais de cinco meses, o Alicerce, startup de educação voltada para alunos de baixa renda, promete expandir os negócios em Minas Gerais no decorrer deste exercício. Já nos primeiros meses de 2020 serão inauguradas mais três unidades – duas na Capital e uma em Santa Luzia, totalizando oito escolas em Minas Gerais. As demais de Belo Horizonte já estão em funcionamento nos bairros Serrano, Barreiro e Venda Nova e as de Contagem no Eldorado e no Colorado. As informações são do diretor regional de Minas Gerais, Frederico Melo. Segundo ele, outras localidades da Grande BH estão em prospecção para abertura de outras escolas ainda neste exercício. “Vamos continuar nosso plano de expansão pelo Brasil no decorrer de 2020. Em Minas, deveremos expandir para alguma outra cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, como Betim ou Ribeirão das Neves”, citou. Hoje a startup conta com 37 unidades no País – Belo Horizonte, Contagem, São Paulo (capital, ABC paulista, litoral e interior) e Curitiba – e a meta para julho deste ano, quando completa um ano de operação, é chegar a 70 unidades e 70 mil alunos. Já para o longo prazo, em 2025, o objetivo é alcançar 4 milhões de alunos com novas unidades. “Nossos números se baseiam no déficit educacional brasileiro. A meta é audaciosa, mas fundamental para mudar o Brasil. Temos home 40 milhões de jovens em situação de vulnerabilidade, e 11 milhões que não estão na faculdade e nem conseguem o primeiro emprego, sendo a falta de qualificação uma das causas desse cenário. Queremos então, ajudar 10% destes

40 milhões e proporcionar oportunidades para uma parte desta geração”, Startup da área de educação conta com aproximadamente mil alunos no País, deste total 350 estão em Minas Gerais explicou. Atualmente o Alicerce VÂNIA COIMBRA - DIVULGAÇÃO tem cerca de mil alunos no País. Em Minas, eles chegam próximo de 350 e contam com aulas de reforço escolar em Matemática, Português, Inglês e Programação, além de atividades socioemocionais. Voltada para alunos de baixa renda, na avaliação de Melo, a startup é um negócio de alto impacto social nas periferias brasileiras. Os alunos de 6 a 17 anos ficam cinco horas e meia por dia nas unidades, podendo frequentá-las por três ou cinco dias da semana, conforme a necessidade. As unidades abrem nas férias e o preço depende da frequência e chega até R$ 199 na RMBH. Estrutura - Com salões de 70 a 80 metros quadrados de área, as unidades recebem turmas de 40 alunos que são atendidos por aproximadamente dez professores em grupos de até oito estudantes. “No Alicerce colocamos o aluno como centro do processo de aprendizado, trabalhando de forma individualmente as potencialidades e dificuldades de cada um”, destacou o diretor. O modelo de aprendizagem foi desenvolvido pela equipe de Mônica Weinstein, referência nas áreas de aprendizagem e cognição. A pesquisadora desenvolveu métodos aplicados em escolas públicas e particulares do Brasil e do exterior. Além disso, não há material didático. Os conteúdos são dados por líderes - universitários ou recém-formados, de 18 a 28 anos, que passam por seleção, formação inicial e continuada. Os jovens têm remuneração acima do mercado e autonomia para definir os conteúdos de acordo com a necessidade de cada aluno.

Alunos de mestrado da Skema devem movimentar cerca de R$ 2 milhões mensalmente na economia da Capital

BH recebe 439 estudantes estrangeiros Na manhã de 13 de janeiro, 439 estudantes internacionais, a maioria alunos de mestrado com idades entre 22 e 25 anos, se reuniram em Belo Horizonte para um “Dia de Orientação”. Essas centenas de jovens recém-chegados de outros países escolheram a capital mineira para estudar, por pelo menos um semestre, na unidade brasileira da escola de negócios global Skema Business School, uma organização sem fins lucrativos de origem francesa, presente em cinco continentes, que conta com sete unidades próprias ao redor do mundo, sendo uma delas aqui em BH. Como alguns dos alunos têm dupla cidadania, o grupo representa de um total de 14 países diferentes: Argélia, Bélgica, China, Costa do Marfim, Egito, França, Guiné, Itália, Líbano, Marrocos, Mauritânia, Portugal, Serra Leoa, Tunísia. No total, a Skema já trouxe 2 mil estudantes estrangeiros para Belo Horizonte desde 2015, quando iniciou sua atuação no Brasil. “Todos os campi da Skema estão localizados em reconhecidos centros de negócios e próximos a polos tecnológicos e industriais, para que ofereçam aos estudantes boas oportunidades e perspectivas de carreira”, explica a

reitora da instituição no Brasil, Geneviève Poulingue, sobre a escolha de Belo Horizonte para a instalação do primeiro campus da escola na América Latina. Além disso, ela completa que o Brasil continua exercendo uma atratividade muito grande sobre os jovens. As alunas francesas Carla Maritaud (23) e Wendy Razafindraibe (24) confirmam a percepção da reitora. Elas queriam conhecer melhor sobre o mercado da América Latina e escolheram Belo Horizonte para completar seus cursos de mestrado por se sentirem atraídas pela cultura brasileira. Ambas já estudaram no campus da cidade de Raleigh, nos EUA, e aproveitaram a mobilidade internacional que a Skema oferece para ampliar ainda mais as suas experiências. Outro aluno, Sanjith Prasad (24), nascido na Índia, diz que já se sente “em casa” após pouco mais de uma semana em BH: “escolhi vir para o Brasil, pois acredito que o país tem muitas coisas em comum com a Índia”. Já o francês Arthur Peureau escolheu a Skema por estar alinhada a seus valores humanistas e afirma que veio para o Brasil a fim de conhecer um povo e uma cultura diferente da sua.

Economia – A reitora Geneviève Poulingue explica que esses 439 estudantes irão estudar e viver em BH durante cinco meses, no mínimo. A instituição estima que cada um deles tenha um gasto de aproximadamente mil euros por mês com habitação, hospedagem, alimentação, transporte e entretenimento, além do turismo e dos estudos. Convertendo para a moeda brasileira, isso representa um impacto de aproximadamente R$ 2 milhões por mês na economia local. A Skema Business School possui sete campi em cinco países: Brasil, França, EUA, China e África do Sul, além de outras centenas de instituições parceiras em todo o mundo. Considerada uma das escolas de negócios mais inovadoras do mundo, a Skema é parceira da Fundação Dom Cabral no Brasil e conta com certificações internacionais que comprovam a qualidade de seus cursos. Traz em seu DNA valores que fortalecem a formação de competências fundamentais para enfrentar os desafios atuais e futuros dos negócios globais, tais como multiculturalismo, diversidade, espírito empreendedor e excelência. (Da Redação)

IDEIAS

O que a tecnologia pode fazer pela educação hoje? SAMIR IÁSBECK *

Recentemente foram divulgados dados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Aluno), que apontam que o Brasil está na 57ª colocação em leitura. E, apesar de ter melhorado em relação a última avaliação em 2015 em que o País ficou em 59º lugar, ainda está longe de ser um bom resultado. Isso porque, eles mostram o quanto a educação no nosso País precisa de uma melhora urgente. Além dos índices sobre leitura, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2018 trouxe outro dado preocupante, 52,% dos brasileiros de 25 anos ou mais não concluíram o ensino básico. Entre eles, a maioria (33,1%) não terminou nem o ensino fundamental, 6,9% não têm nenhuma instrução, 8,1% têm o fundamental completo e 4,5% têm o ensino médio incompleto. Acredito que muitos brasileiros não

conseguem terminar os estudos, pois precisam começar a trabalhar cedo para contribuir com a renda da casa. Isso é alarmante porque isso se torna um ciclo, o aluno precisa abandonar a escola para ajudar a família e, em consequência disto nem sempre consegue um bom trabalho, dessa maneira, o seu filho precisará largar também e assim repetidamente. Em contrapartida notamos que muitos brasileiros têm recorrido ao ensino à distância para continuar em constante evolução. Pelo menos é que aponta o Censo EAD 2018/2019 - Relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil, onde notamos que a maior procura por esse tipo de ferramenta está em pessoas entre 26 e 30 anos, sendo que a maioria (39,3%) busca por um ensino totalmente à distância. Desta forma, a evolução da tecnologia pode ser de grande ajuda para a educação. A internet tornou tudo mais fácil, já

que torna possível encontrar tudo o que é preciso buscando por materiais confiáveis. Além disso, o Youtube tem facilitado muito a vida das pessoas. A Geração Z, por exemplo, que é altamente conectada, utiliza essa rede social para aprender

Notamos que a tecnologia tem sido fundamental para engajar os estudantes e logo se tornará indispensável quando falamos em conhecimento real sobre os mais variados assuntos. Prova disto, é que de 2017 para 2018, o tema empreendedorismo cresceu 200% nas buscas de conteúdo do Youtube. Além disso, vários métodos podem ser explorados como vídeo, PPT, Realidade Aumentada (RA), Realidade Virtual

(RV), Chatbot, entre outros. Há também a possibilidade de recursos alternativos sem a necessidade de um diploma, só o aprendizado real. Como exemplo, podemos citar o microlearning, que é um formato on-line e de curta duração. Ou seja, são aulas mais objetivas e que tem um grau de comprometimento e atenção de tempo mais reduzido. E isso não quer dizer que ele tem menos conteúdo, muito pelo contrário. Na verdade, ele é dividido em pílulas, facilitando o engajamento. Tal técnica é muito encontrada em aplicativos, que podem ser uma boa opção para quem deseja aprender de verdade. Outra estratégia interessante e que vale destacar é a gamificação. O conceito consiste em usar padrões de jogos para motivar e reforçar o aprendizado. Nessa técnica, o intuito é aumentar o engajamento despertando a curiosidade dos usuários por meio dos desafios propostos. Para o

sucesso desse modelo, as recompensas também são itens imprescindíveis. É importante ressaltar que todos os métodos podem e, normalmente são aplicados para o mobile o que facilita e muito a vida das pessoas. Segundo o estudo KPCB, Internet Trends 2015 - Code Conference, 91% das pessoas consultam seu smartphone na busca por ideias enquanto concluem uma tarefa. Esse dado nos mostra que o uso de celulares tem sido fundamental para otimizar rotina dos seus usuários. Em linhas gerais, notamos que a tecnologia tem sido fundamental para engajar os estudantes e logo se tornará indispensável quando falamos em conhecimento real. O mais importante é entender o que funciona para cada pessoa para aplicá-la da melhor forma, afinal, a forma com absorvemos informações é única. *CEO e fundador do Qranio


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DC AUTO MOTOCICLETAS

Yamaha PW50 chega ao mercado brasileiro Modelo da fabricante asiática, voltado para o público infantil, conta com motor 2 tempos e 50cc FOTOS: DIVULGAÇÃO

Qualquer criança sonha explorar o mundo por si só. Com a PW50 pilotos mirins podem desbravar o mundo das duas rodas e estimular a disciplina, concentração e capacidade motora. São vários os motivos que tornam a nova Yamaha PW50 a melhor opção para crianças, com destaques para a qualidade, durabilidade e baixo custo de manutenção, de acordo com a fabricante. A nova minimoto da Yamaha é dotada de um motor de 50cc de dois tempos com arrefecimento a ar, alimentação por carburador e válvula de indução junto ao coletor de admissão. Resistente, com manutenção fácil de baixo custo, ela é capaz de garantir emoção em qualquer situação de uso. Para dosar suas respostas e adequar a PW50 aos pequenos que estão aprendendo a conduzir, o modelo é equipado com acelerador regulável, que permite aos pais limitarem a velocidade máxima de acordo com as aptidões do piloto mirim. Para isso, o sistema restringe seu curso no giro da manopla direita. Pensando na praticidade, e principalmente na segurança da garotada, a Yamaha equipou a PW50 com sistema de transmissão secundária do tipo cardã. Além de abolir a necessidade de ajuste e lubrificação da corrente, este sistema minimiza os riscos de ferimento, pois todas as engrenagens que o compõem não são expostas. A ponteira de escapamento é outro exemplo de como os engenheiros buscaram melhorar a segurança e o conforto na PW50. Ela conta com proteção contra o calor, e seu posicionamento visa ficar mais resguardado, impedindo queimaduras.

- A PW50 traz facilidade de condução e comodidade, fundamentais em uma minimoto, já que o público ao qual se destina é de crianças com pouca idade e sem prática na condução de motocicletas. Um bom exemplo está em seu câmbio, que dispensa troca de marchas por ser totalmente automático. Com ele, basta os pilotos mirins acelerarem para se deslocarem, tornando a PW50 bastante “amigável” para os iniciantes. Outros destaques neste quesito são a baixa altura do banco (485 mm) e o peso (39 kg). Para facilitar a frenagem tornando-a mais familiar ao de uma bicicleta infantil – em que geralmente acontece a iniciação das crianças às duas rodas –, o acionamento dos freios dianteiro e traseiro é feito através dos manetes juntos ao guidão, já que nas motos para adultos, o acionamento do freio traseiro é feito pelo pedal direito. A PW50 conta, ainda, com carenagens plásticas bonitas, leves e resistentes, e também rodas de três raios estampadas em aço, conferindo altíssima durabilidade. Elas são calçadas por pneus off-road com 2,5 polegadas de largura, capazes de garantir

grande aderência e, por consequência, maior segurança e controle na pilotagem. A motocicleta conta com a assistência técnica da Rede de Concessionários Racing Blue. O modelo estará disponível desde já para compra, no valor de R$ 13,99 mil, sem incluir o frete, com entrega prevista para seis meses após o pedido. Sua garantia é de 3 meses. A única opção de cor é o azul Competition Blue. Yamaha Riding Academy A Yamaha Motor do Brasil também se preparou para contribuir na formação de pilotos mirins. Os instrutores José Roberto Favaro e Helio Mazzarella receberam um exclusivo e intenso treinamento de qualificação para ministrarem cursos para crianças a partir dos 5 anos de idade. Para que isso fosse possível, o Sr. Tomoyuki Suzuki, um dos mais experientes e renomados Instrutores do YRA, veio diretamente do Japão para conceder a certificação aos dois Instrutores do YRA Brasil. O calendário de cursos de pilotagem do Yamaha Riding Academy para crianças em 2020 será informado através dos concessionários da marca. (Da Redação)

TECNOLOGIA

FCA e McDonald’s fecham parceria

Facilidade na pilotagem

RECALL

BMW faz campanha de chamamento para o X6

DIVULGAÇÃO

A BMW do Brasil está convocando os proprietários do modelo BMW X6, nas versões X6 xDrive50i, X6 xDrive35i, X6 xDrive30d e X6M, fabricados entre maio de 2014 e março de 2019, a entrarem em contato com uma concessionária autorizada da marca para agendar, gratuitamente, a correção da peça de fixação Isofix dos veículos afetados. A fabricante verificou que, ao se usar cadeiras de criança com fixação Isofix e apoio adicional na parte inferior do veículo, o aro de fixação deste sistema de proteção pode sofrer fraturas por vibração. Ocorrendo a falha, em caso de o aro de fixação ser partido, a fixação da cadeira de criança não é mais possível, na medida em que o suporte Isofix pode se desprender do banco. Neste caso, a BMW não descarta a possibilidade de acidentes fatais ou de acidentes que resultem em danos físicos, ou materiais, aos ocupantes e terceiros. A BMW do Brasil está orientando os proprietários dos veículos afetados para

que não utilizem as cadeiras de criança até que seja efetuado o reparo da peça de fixação. A fabricante informou que

um total de 1.564 veículos estão envolvidos neste recall, conforme tabela abaixo. Para verificar se o seu veículo está dentro do se-

quenciamento de chassis, ou para outras informações, o cliente deve acessar o seguinte site: www.bmw. com.br.

Os chassis, não seqüenciais, envolvidos são: MODELO DE ATÉ X6 xDrive50i WBAKU6100F0G57713 WBAKU610XG0N49548 X6 xDrive35i WBAKU2100G0N29477 WBAKU210XKLN98734 X6 xDrive30d WBAKV2100G0R26619 X6M WBSKW8100G0P67807 WBSKW810XKLE85152

O proprietário também pode fazer contato através do Serviço de Atendimento ao Cliente BMW, exclusivo para recall, pelo telefone 0800 019 7097, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18 horas. Os serviços poderão ser agendados de imediato, com início de atendimento a partir do dia 15 de fevereiro de 2020 e levam cerca de 2 horas. (Da Redação)

A Fiat Chrysler Automóveis (FCA) e o McDonald’s no Brasil anunciaram parceria para tornar a experiência na rede de alimentação cada vez mais simples e ágil. Diretamente pelo carro, será possível acessar o cardápio do McDonald’s, escolher o que deseja pedir, pagar e decidir qual restaurante melhor se encaixa em sua rota. A expectativa é de que os testes com os consumidores comecem no primeiro semestre de 2020. A iniciativa faz parte da plataforma de inovação aberta da FCA, que busca entender os diversos momentos do consumidor e seu relacionamento com outras marcas e, assim, identificar oportunidades de desenvolvimento de soluções colaborativas. De acordo com o diretor de Portfólio, Pesquisa e Inteligência Competitiva da FCA para a América Latina, Breno Kamei, o propósito da parceria é a criação de soluções para maior conforto e conveniência das pessoas. “Ao longo de sua jornada com o carro, o consumidor demanda relacionamento com outras marcas, além da FCA. Por isso, a necessidade da FCA identificar esses momentos e se conectar com as marcas preferidas do consumidor. O desafio é, juntos, desenvolvermos soluções nas quais a complexidade deixa de ser visível ao usuário, dando visibilidade aos benefícios”, completou o diretor. Para Paulo Camargo, presidente da Divisão Brasil da Arcos Dorados, empresa responsável por operar a marca McDonald’s na América Latina, esta parceria reforça os investimentos da rede para gerar mais conveniência. “Estamos, a cada dia, empoderando mais e mais o nosso cliente ao disponibilizar novas opções para que ele escolha o que comer, onde comer e como pagar”, disse Camargo. Além do McDonald’s, também faz parte dessa rede de inovação a Visa do Brasil, que tem como objetivo buscar uma nova opção de pagamento durante sua jornada de mobilidade com o carro. (Da Redação)


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FINANÇAS LUZ / BM&FBOVESPA

MERCADO DE CAPITAIS

Ofertas de ações podem atingir R$ 200 bi neste ano Projeção de executivos do setor São Paulo - O volume de ofertas de ações pode dobrar no Brasil este ano em relação a um 2019 de forte atividade no mercado de capitais, com as taxas de juros mais baixas da história estimulando otimismo e levando mais companhias a testar o apetite dos investidores, segundo executivos de bancos de investimento. Apesar da volatilidade da última década, muitos acreditam que o governo menos intervencionista na economia do presidente Jair Bolsonaro pode dar longevidade ao boom do mercado de capitais. “O mercado de capitais entrou em um ciclo de crescimento de longo prazo que poderá durar anos”, disse Fabio Nazari, chefe de renda variável do Banco BTG Pactual. Depois de mais que triplicar no ano passado, as ofertas de ações devem continuar acelerando, com alguns executivos prevendo que o volume de ofertas possa alcançar até R$ 200 bilhões. As emissões de ações de empresas brasileiras equivaleram a 82% do total emitido na América Latina em 2019, bem acima da participação do PIB do Brasil na região, de cerca de 33%. As privatizações ou venda

de participações detidas pelo governo, particularmente de ativos da Petrobras, ajudaram a aumentar o volume de operações. A maior oferta de ações do ano foi a privatização da distribuidora de combustíveis BR Distribuidora, que arrecadou US$ 2,5 bilhões. A maior aquisição do ano também envolveu a Petrobras, que vendeu sua empresa de gasodutos TAG para a francesa Engie por US$ 8,6 bilhões. A venda de ativos estatais novamente dominará os mercados neste ano, com a esperada negociação da carteira de R$ 120 bilhões em ações detida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que inclui participações em empresas como JBS, Petrobras e Banco do Brasil. A maior parte das ofertas de ações, no ano passado, foi de ofertas subsequentes, com apenas sete ofertas iniciais, conhecidas como IPOs. O cenário pode mudar com até 20 IPOs neste ano, segundo Roderick Greenlees, diretor global de banco de investimentos do Itaú BBA. Alguns setores que estavam fora das bolsas há anos, como as construtoras, estão voltando ao mercado para financiar sua expansão,

Privatizações ou vendas de participações detidas pelo governo contribuíram para elevar o volume de operações no último ano

segundo Eddy Allegaert, chefe de renda variável para a América Latina do JPMorgan & Chase. Duas construtoras, Mitre e Moura Dubeux, pediram registro para IPOs na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Eduardo Mendez, diretor de mercado de capitais e renda variável do Morgan Stanley na América Latina, espera que haja mais candidatos a IPOs entre fintechs, indústrias de produtos de consumo e varejistas. O Brasil deve continuar sendo a maior fonte de emissões de ações na região, mas Allegaert, do JPMorgan, também espera algumas emissões no México. A perspectiva é mais difícil para a Argentina, onde a guinada à esquerda e esperada reestruturação da dívida assustam os investidores. Fusões e aquisições - Os bancos de investimento esperam um crescimento mais moderado nas operações de fusões e aquisições, incluindo vendas multibilionárias de refinarias pela Petrobras, a aguardada privatização

IPO da Locaweb deve movimentar R$ 1 bi São Paulo - A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa de serviços digitais Locaweb pode movimentar até R$ 1 bilhão, de acordo com documentos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A companhia definiu a faixa indicativa de preço para a oferta entre R$ 14,25 e R$ 17,25 por ação. A Locaweb planeja venda Eletrobras e vendas de ativos pelo Banco do Brasil. Empresas regionais de água e esgoto que precisam de recursos para investir, como a Sabesp, que o estado de São Paulo promete privatizar, também podem ajudar a elevar o volume de negócios. “Saneamento vai exigir um enorme volume de investimentos e deve representar o que foi o setor elétrico nos últimos 20 anos, desde as primeiras privatizações”, disse Edu-

der 33,3 milhões de novas ações e usar os recursos para aquisições e redução de dívida. Acionistas, incluindo a empresa de private equity Silver Laker e a família fundadora Gora, negociarão outras 26,6 milhões de ações. A oferta ainda pode ser elevada com lotes extras e, se bem-sucedida, deixará Locaweb com capital pulverizado após o IPO, sem

um acionista controlador definido. A Locaweb, que possui 305.500 clientes, registrou receita de R$ 315 milhões e lucro líquido de R$ 11 milhões nos primeiros nove meses de 2019. As unidades de banco de investimento do Itaú Unibanco, Goldman Sachs, Morgan Stanley e XP Inc estão coordenando a operação. (Reuters)

ardo Miras, chefe de banco de investimento do Citi no Brasil. Chefe de fusões e aquisições para a América do Sul no Morgan Stanley, Andres Sommer espera os maiores negócios do ano no setor de energia elétrica e infraestrutura, e Ricardo Lacerda, fundador e presidente-executivo da BR Partners, também espera mais atividade em varejo e produtos de consumo. Com as empresas abaste-

cidas de capital e a economia brasileira se recuperando, também se espera o crescimento de fusões e aquisições no setor privado, com investidores estrangeiros participando de mais negócios. “Há a percepção de que a recuperação econômica brasileira é sólida e isso está fortalecendo o interesse dos investidores estrangeiros”, diz o chefe de fusões e aquisições do Santander Brasil, Renato Boranga. (Reuters)

IBC-BR

Atividade acelera, mas revisão reforça incerteza econômica

ARQUIVO / ABR

São Paulo - A atividade econômica brasileira manteve o ritmo positivo em novembro pelo quarto mês seguido, com um resultado acima do esperado, mas o ganho visto em outubro foi revisado para baixo e reforça os sinais de hesitação da economia no final de 2019. Considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou alta de 0,18% em relação a outubro, em dados ajustados sazonalmente informados pelo BC ontem. O número ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,10% e ainda mostrou aceleração na comparação com o ritmo do mês anterior. Entretanto, a expansão de outubro foi reduzida com força para 0,09%, após o BC divulgar anteriormente alta de 0,17%. Sobre novembro de 2018, o IBC-Br apresentou ganho de 1,10% e, no acumulado em 12 meses, houve avanço de 0,90%, segundo números observados. “Há sinais de que a atividade econômica está acelerando, mas não parece ser um movimento muito forte. Reforça esse cenário de que a atividade vai continuar acelerando, mas ainda assim em ritmo gradual”, avaliou a economista-chefe da consultoria Rosenberg & Associados, Thais Marzola Zara.

Ela calcula um crescimento do PIB de 0,6% no quarto trimestre, fechando o ano de 2019 com expansão de 1,2%. Os dados de novembro sobre a atividade levantaram sinais de alerta ao renovarem indícios de fraqueza na economia, provocando dúvidas sobre o desempenho no quarto trimestre. Atividades - Em novembro, a única atividade a apresentar ganhos foi a de vendas no varejo, mas abaixo do esperado, ao subirem 0,6% em relação a outubro. Já a produção industrial brasileira recuou 1,2% em novembro, voltando a cair depois de três meses, en-

quanto o setor de serviços do Brasil interrompeu dois meses de ganhos, com queda de 0,1% no volume. A expectativa era de que o quarto trimestre refletisse com mais força a queda da taxa de juros básica Selic para a mínima histórica de 4,5%, alcançada em dezembro. Também é um período marcado pela liberação do FGTS e melhora da confiança. Mas, agora, o mercado já lida com a possibilidade de reduzir mais as projeções de inflação, abrindo espaço para mais cortes da taxa básica de juros Selic, além de prejudicar as expectativas de fluxo cambial ao País. (Reuters) Em novembro, a produção industrial brasileira retraiu 1,2%, interrompendo sequência de altas

GOVERNO CENTRAL

Mercado prevê déficit menor para 2020 e 2021

Brasília - Economistas melhoraram as perspectivas para os resultados primários do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) em 2020 e 2021, prevendo uma folga ainda maior para o cumprimento das metas fiscais, conforme relatório Prisma Fiscal divulgado ontem pelo Ministério da Economia. No relatório, eles também passaram a ver a dívida bruta em níveis mais baixos. De acordo com a mediana

dos dados coletados até o quinto dia útil deste mês, a estimativa passou a ser de déficit primário de R$ 82,335 bilhões em 2020, sobre saldo negativo de R$ 83,992 bilhões calculado antes. A meta para o ano é de um rombo bem maior, de R$ 124,1 bilhões. Para 2021, a projeção, segundo o relatório Prisma, passou a ser de déficit primário de R$ 47,151 bilhões, ligeiramente abaixo do patamar de R$ 47,613 bilhões

no levantamento do mês Bruto (PIB), melhor que passado. A meta indicada o nível de 79% apontado para o próximo ano é de um anteriormente. Já para 2021, a expectadéficit de R$ 68,5 bilhões. tiva é de que a dívida irá Dívida pública - Apesar da ficar praticamente estável a melhoria apontada nas esti- 78,07% do PIB, sobre 79,45% mativas, o País fechará 2020 no levantamento divulgado no vermelho pelo sétimo ano em dezembro. consecutivo, sem conseguir Nesta semana, o secreeconomizar para pagar os tário especial de Fazenda, juros da dívida pública. Waldery Rodrigues, reforPara 2020, os economistas çou que a dívida bruta do consultados pelo Prisma Brasil não mais ultrapassará agora veem a dívida batendo o patamar de 80% do PIB, em 78% do Produto Interno nos cálculos do governo,

ajudada pela redução na conta de juros na esteira da redução da Selic a seu menor patamar histórico. Atualmente, a taxa está em 4,5% ao ano. Também contribuíram para tanto, em 2019, a devolução antecipada de empréstimos pelo BNDES ao Tesouro e um primário melhor que o inicialmente esperado, auxiliado por receitas extraordinárias, especialmente as ligadas a leilões de petróleo. (Reuters)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2020

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LEGISLAÇÃO SEGURO-DESEMPREGO

INSS

Saque no FGTS atrasa benefícios

Digitalização parcial agrava Governo promete resolver problema dos demitidos sem justa causa até quarta-feira aumento da fila de espera São Paulo - O saque ime- Trabalho recebe 520 mil VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

diato de até R$ 500 - ou, em alguns casos, de até R$ 998 - das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) atrasou a liberação do seguro-desemprego de trabalhadores em todo o País. Agora, o governo promete resolver o problema até quarta-feira (22). A Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia ainda não sabe quantos trabalhadores tiveram o pedido negado por esse motivo. A falha afetou todos os demitidos sem justa causa pois, durante o cruzamento de dados realizado para a liberação do seguro, a movimentação da conta do FGTS faz com que o sistema barre o pagamento. É possível consultar o andamento da solicitação do seguro-desemprego no site www.gov.br ou no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O governo diz que os relatos de falhas começaram na segunda quinzena de dezembro. A negativa do pedido resultava na necessidade de apresentação de um recurso administrativo. Quem não apresentou essa medida, não precisa mais pedir, pois, segundo o governo, a liberação será automática. Em média, a Secretaria de

pedidos do benefício mensalmente. A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia informou ontem que todos os trabalhadores que tiveram o acesso ao benefício dificultado terão os pedidos reprocessados e liberado até a próxima quarta. Novos pedidos realizados a partir da próxima segunda-feira passarão a ser liberados automaticamente, segundo o governo. Quando o trabalhador pede o seguro-desemprego, o sistema deveria informar que o registro mais recente em seu extrato foi o da demissão sem justa causa, que dá o direito ao benefício temporário. Com o saque do FGTS, em muitos casos a informação que aparecia era a de retirada, o que o sistema entendia como pendência, barrando a liberação. Como a “Folha de S.Paulo” mostrou em novembro, a Caixa Econômica Federal fazia o saque de maneira automática, mesmo que o trabalhador não pedisse a retirada do dinheiro PIS/Pasep - O pagamento do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) do

Trabalhadores de todo o País enfrentam dificuldades para receber o seguro-desemprego

calendário 2019/2020, para os trabalhadores nascidos no mês janeiro e fevereiro, começou ontem. De acordo com a Caixa, os valores variam de R$ 87 a R$ 1.039, conforme a quantidade de dias trabalhados durante o ano base 2018. Os titulares com conta individual na Caixa e cadastro atualizado receberam o crédito automático antecipado na última terça-feira (14). Segundo a instituição, são mais de 3,6 milhões de

trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro, totalizando R$ 2,6 bilhões em recursos injetados na economia. Já os servidores públicos, cadastrados no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), com o dígito final de inscrição 5 e 6 começaram a recebem também ontem. O pagamento é feito pelo Banco do Brasil No caso do PIS, os pagamentos são escalonados con-

forme o mês de nascimento do trabalhador e tiveram início em julho de 2019, com os nascidos naquele mês. O prazo final para o saque do abono salarial do calendário de pagamentos 2019/2020 é 30 de junho deste ano. O valor do abono salarial do PIS pode ser consultado no Aplicativo Caixa Trabalhador, no site da Caixa ou pelo Atendimento Caixa ao Cidadão: 0800 726 0207. (Folhapress/ABr)

TRIBUTOS

Se for criado, o IBS terá alíquota de 27%

Brasília - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calcula que se o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) vier a ser criado, como previsto em duas propostas de emenda à Constituição (PECs) em tramitação no Congresso Nacional, terá alíquota de 27%. Se aprovado, o novo imposto deve simplificar tributações sobre produtos e serviços. “(A alíquota de 27%) colocaria o Brasil entre os países com as maiores alíquotas-padrão de IVA (Imposto de Valor Adicionado) do mundo, ao lado da Hungria, que tributa em 27%, e acima de países como Noruega, Dinamarca e Suécia, com alíquotas de 25%”, como descreve estudo do instituto, disponível na internet. De acordo com o instituto, uma maneira de reduzir o impacto da alíquota seria aumentar o Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF) dos contribuintes mais ricos. “As PECs poderiam prever medidas de ampliação da base de incidência do imposto de renda, medidas que também podem ser sobre o patrimônio. Há aí grande potencial arrecadatório”, indica Rodrigo Octávio Orair - um dos autores do estudo, e técnico de planejamento e pesquisa na Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea. Ele calcula que “a alíquota efetiva de imposto de renda de um milionário brasileiro é de 2%”, isso porque no Brasil “a renda auferida do trabalho paga mais imposto do que a renda advinda do capital e dividendos.” O pesquisador ressalta que mudanças no Imposto de Renda não exigem emenda constitucional e podem ser

estabelecidas por meio de lei complementar, com trâmite mais célere no Congresso Nacional. Em sua opinião, a medida pode viabilizar compensações por eventuais perdas de arrecadação com o IBS. “Vai compensar a perda de arrecadação dos impostos que estou eliminando, deduzido os ganhos de arrecadação que se possa ter com aumento de impostos de renda”, argumentou.

Racionalização - Conforme previsto na PEC 45/2019, da Câmara dos Deputados, e na PEC 110/2019, do Senado Federal, os principais tributos de produtos e serviços - o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), o Imposto sobre Serviços (ISS), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)] e o Programa de Integração Social/[Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) – serão substituídos pelo IBS. Conforme especialistas ouvidos pela Agência Brasil, as medidas em discussão no Congresso racionalizam o sistema tributário, simplificam a arrecadação de impostos, taxas e contribuições, evitam incidência em cascata, estabelecem qual ente da Federação cabe cobrar o tributo e, assim, acabam com a guerra fiscal entre estados e municípios. O estudo do Ipea prevê que as propostas de reforma tributária em discussão no Legislativo terão efeito distributivo entre unidades da Federação (UFs) mais ricas e mais pobres. Dezenove estados vão receber mais recursos e mais de 4.500 municípios (de um total 5.570) também serão beneficiados.

“Nossas simulações indicam que a mudança origem-destino na forma como o novo IBS (em substituição ao ICMS e ao ISS) será apropriado por estados e municípios tem o potencial de promover uma redistribuição da ordem de R$ 25 bilhões das UFs mais ricas para as mais pobres, cujo consumo é maior que a produção. Ademais, a proposta da Câmara teria um efeito distributivo

adicional ao prever que a cota-parte municipal sobre o IBS estadual seja distribuída com base na população em vez de no consumo, como na proposta do Senado”, detalha o estudo. Apesar de considerar que as duas PECs que correm em paralelo nas duas casas do Congresso Nacional têm “mais similaridades que diferenças, tanto nos seus possíveis efeitos sobre a

economia e a vida dos contribuintes como sobre a partilha federativa”, a avaliação do Ipea assinala que, de modo geral, “a proposta da Câmara apresenta maiores impactos redistributivos que a do Senado na esfera municipal. Em compensação, tem prazos mais longos de transição para o novo modelo de arrecadação e partilha, o que suaviza as trajetórias das receitas”. (ABr)

Operação combate sonegação em MG Uma força-tarefa formada pela Receita Estadual, Ministério Público Estadual e Polícia Militar cumpriu ontem dez mandados de busca e apreensão em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. As ordens expedidas pela Justiça estão sendo executadas durante a Operação Mandarim, que tem como alvo três empresários chineses que atuam no município. Segundo investigações do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), há fortes indícios de que os suspeitos estejam comercializando mercadorias dos mais variados tipos (eletrodomésticos, eletrônicos, brinquedos, ferramentas, entre outras) sem a documentação fiscal exigida. Os produtos – recebidos de outros estados – são vendidos em shoppings populares e em uma rede de pequenas lojas espalhadas pela cidade. De acordo com os primeiros levantamentos, apesar de possuir empresas cadastradas e autorizadas a funcionar, o trio mantém a maior parte das mercadorias estocada em depósitos clandestinos. A estratégia adotada tem sido transferir os produtos para as lojas em lotes, sempre usando a mesma nota fiscal, de modo a criar uma aparência de legalidade, em caso de eventual fiscalização. As investigações também revelam que os três empresários usam transportes alternativos para enviar produtos para outras cidades da região. A suspeita é que, num período de três anos, o trio

tenha comercializado cerca de 56 milhões de mercadorias sem nota fiscal, o que representa uma sonegação que já gerou um prejuízo de R$ 10 milhões aos cofres públicos do Estado. Além de configurar crime contra a ordem tributária, a atividade irregular causa outro prejuízo: a concorrência desleal, que interfere diretamente no faturamento das empresas cumpridoras de seus deveres. “Sem dúvida, esse tipo de atividade ilegal precisa ser combatido pois põe em risco a sobrevivência das empresas sérias que geram recursos para o município e emprego e renda para os cidadãos”, analisa Gilmar Barbosa, delegado fiscal da Receita Estadual. Ainda segundo o delegado fiscal, há outros riscos a serem levados em consideração. As mercadorias não apresentam certificação do Inmetro nem os clientes têm seus direitos de consumidor garantidos em caso de defeito do produto. Os dez mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas residências dos suspeitos, em três lojas e em quatro depósitos clandestinos descobertos pela força-tarefa. Na casa de um dos empresários, foram encontrados, dentro de um cofre, R$ 500 mil em espécie. A origem do dinheiro será investigada. A Operação Mandarim é formada por 16 servidores da Receita Estadual, três técnicos do Ministério Público e 30 policiais militares. (As informações são da Agência Minas)

Brasília - Uma digitalização parcial dos serviços do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está entre as causas do aumento da fila de espera pela liberação de benefícios, afirmou ontem o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel. De acordo com o secretário, o governo digitalizou em 2019 os serviços realizados pelo cidadão, como a abertura de pedidos de benefícios. Hoje, 93% das requisições de beneficiários são feitas pela internet. “O canal digital antecipou a demanda”, disse. Por outro lado, os processos internos do órgão não foram totalmente adaptados. “A digitalização alcançou as etapas iniciais, mas tem todo um trabalho ainda, que são os processos internos de análise onde a digitalização ainda não conseguiu avançar. Se nós já estivéssemos nessa etapa, possivelmente teríamos um reflexo menor”, disse o secretário especial adjunto, Gleisson Rubin. Segundo o secretário, entre 2010 e 2019, o INSS foi o órgão do governo que mais recebeu autorização de concursos, com 8.900 vagas. Ele não informou se esse número foi suficiente para repor as vagas desocupadas por servidores que se aposentaram no período. Nesta semana, o governo anunciou uma força-tarefa com 7.000 militares para tentar reduzir o tempo de espera para a liberação de aposentadorias e benefícios como auxílio-doença e BPC (benefício pago a idosos carentes e deficientes). A fila no INSS é de 1,3 milhão de pedidos. Esse é o estoque de requerimentos que não foram respondidos dentro do prazo legal de 45 dias. A expectativa do governo é que até setembro ou outubro o INSS tenha capacidade de analisar o fluxo mensal de pedidos de benefícios. A força-tarefa vem na esteira de duas tentativas frustradas de resolver a fila de espera. Em 2018, foi criada a Central de Análise nas Gerências-Executivas. Servidores trabalharam de forma remota, mas com dedicação exclusiva para analisar pedidos. Em 2019, o presidente do INSS, Renato Vieira, apresentou uma ampla estratégia e uma promessa: zerar a fila até dezembro. A meta, portanto, não foi atingida. Foi instituído o programa de dispensa de horário dos servidores, que passariam a ser cobrados pela quantidade de análises no mês em vez da jornada tradicional de trabalho. Os funcionários que ultrapassassem a meta receberiam uma bonificação. Para quem optasse pelo teletrabalho (trabalho remoto), também foi estabelecida uma meta. O plano também previa maior rigidez para gratificação por desempenho e um reforço no número de servidores. Outro desafio do governo é a adequação do sistema para que aposentadorias, pensões e outros benefícios sejam concedidos segundo as regras da reforma da Previdência, em vigor desde novembro. (Folhapress)





Indicadores EconĂ´micos Inação

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VENDA

R$ 4,1912

R$ 4,1850

R$ 4,1313

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2XW 998,00 0,08 23,54 3,5932 5,57

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Março

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Abril

0,52

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Maio

0,54

6,50

Junho

0,47

6,50

Julho

0,57

6,00

Agosto

0,50

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Outubro

0,48

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Novembro

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Dezembro

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9(1'$ 0,61 0,1848 0,03501 13,771 0,003513 5,8935 1,1361 5,0577 0,623 0,0379 0,002772 0,1395 0,713 0,625 1,1463 10,8379 0,01675 0,0000993 0,0677 1,0985 4,6491

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FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RHÂżFLHQWHV GH -$0 0HQVDO

&RPSHWrQFLD GR 'HSyVLWR &UpGLWR Junho/2019 Agosto/2019 0,2466 0,4867 -XOKR 6HWHPEUR 7D[D TXH GHYHUi VHU XVDGD SDUD DWXDOL]DU R VDOGR GR )*76 QR VLVWHPD GH )ROKD GH 3DJDPHQWR )RQWH Caixa EconĂ´mica Federal

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Seguros 29/12

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2,92791132

30/12

0,01311781

2,92791132

31/12

0,01311781

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01/01

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09/01

0,01311781

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10/01

0,01311781

2,92791132

11/01

0,01311781

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2,92791132

16/01

0,01311781

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0,2871 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588

1,0431 1,0770 1,0730

29/12 a 29/01 30/12 a 30/01 31/12 a 31/01 01/01 a 01/02 02/01 a 02/02 03/01 a 03/02 04/01 a 04/02 05/01 a 05/02 06/01 a 06/02 07/01 a 07/02 08/01 a 08/02 09/01 a 09/02 10/01 a 10/02 11/01 a 11/02 12/01 a 12/02 13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 15/01 a 15/02

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588

Agenda Federal Dia 20

Contribuição ao INSS &2035$ 0,5969 0,1847 0,03484 13,7418 0,003477 5,8761 1,1357 4,9964 0,6112 0,03788 0,002747 0,1393 0,7128 0,6244 1,1455 10,8335 0,01672 0,0000993 0,06767 1,0982 4,6472

11/12 a 11/01 12/12 a 12/01 13/12 a 13/01 14/12 a 14/01 15/12 a 15/01 16/12 a 16/01 17/12 a 17/01 18/12 a 18/01 19/12 a 19/01 20/12 a 20/01 21/12 a 21/01 22/12 a 22/01 23/12 a 23/01 24/12 a 24/01 25/12 a 25/01 26/12 a 26/01 27/12 a 27/01 28/12 a 28/01

IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de dezembro/2019, incidente sobre rendimentos GH EHQHÂżFLiULRV LGHQWLÂżFDGRV UHVLGHQWHV ou domiciliados no PaĂ­s (art. 70, I, “eâ€?, da Lei no 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar no 150/2015). Darf Comum (2 vias). &RÂżQV &6/ 3,6 3DVHS Retenção na )RQWH 5HFROKLPHQWR GD &RÂżQV GD &6/ H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD IRQWH VREUH UHmuneraçþes pagas por pessoas jurĂ­dicas a outras pessoas jurĂ­dicas, correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de dezembro/2019 (Lei nO 10.833/2003, art. 35, com a redação dada pelo art. 24 da Lei nO 13.137/2015). Darf Comum (2 vias). &RÂżQV (QWLGDGHV ÂżQDQFHLUDV 3DJDmento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de dezembro/2019 (art. 18, I, da Medida ProvisĂłria no 2.15835/2001, alterado pelo art. 1O da Lei nO &RÂżQV (QWLGDGHV )LQDQceiras e Equiparadas - CĂłd. Darf 7987. 6H R GLD GR YHQFLPHQWR QmR IRU GLD ~WLO DQWHFLSD VH R SUD]R SDUD R SULPHLUR GLD ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR ~QLFR da Medida ProvisĂłria no 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias). 3,6 3DVHS (QWLGDGHV ÂżQDQFHLUDV 3Dgamento das contribuiçþes cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de dezembro/2019 (art. 18, I, da Medida ProvisĂłria nO 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1O GD /HL Q2 3,6 3DVHS (Qtidades Financeiras e Equiparadas - CĂłd. 'DUI 6H R GLD GR YHQFLPHQWR QmR IRU GLD ~WLO DQWHFLSD VH R SUD]R SDUD R SULPHLUR GLD ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR ~QLFR GD 0HGLGD 3URYLVyULD QR 35/2001). Darf Comum (2 vias). ,QIRUPH GH 5HQGLPHQWRV )LQDQFHLURV Âą PJ - Fornecimento, por instituiçþes ÂżQDQFHLUDV VRFLHGDGHV FRUUHWRUDV H GLVWULEXLGRUDV GH WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV H demais fontes pagadoras, do Informe de Rendimentos Financeiros relativo ao 4O trimestre/2019, aos seus clientes (pessoas jurĂ­dicas), exceto quando a fonte pagadora fornecer, mensalmente, comprovante com WRGDV DV LQIRUPDo}HV SUHYLVWDV QD ,1 65) no 698/2006, com as alteraçþes da IN RFB no 1.235/2012. Internet. 3UHYLGrQFLD 6RFLDO ,166 Recolhimento GDV FRQWULEXLo}HV SUHYLGHQFLiULDV UHODWLYDV Ă competĂŞncia dezembro/2019, devidas por empresa ou equiparada, inclusive da contribuição retida sobre cessĂŁo de mĂŁo de obra ou empreitada e da descontada do contribuinte individual que lhe tenha prestado serviço, bem como em relação

à cooperativa de trabalho, da contribuição descontada dos seus associados como contribuinte individual. Produção Rural Recolhimento - Veja Lei nO 8.212/1991, arts. 22-A, 22-B, 25, 25-A e 30, incisos III, IV e X a XIII, observadas as alteraçþes posWHULRUHV 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR deve-se antecipar o recolhimento para o dia ~WLO LPHGLDWDPHQWH DQWHULRU 1RWD $V HPSUHsas que optaram pela contribuição previGHQFLiULD SDWURQDO EiVLFD VREUH D UHFHLWD bruta (Lei nO 12.546/2011, observadas as alteraçþes posteriores, em especial as efetuadas pela Lei nO 13.670/2018), devem efetuar o recolhimento correspondente, mediante o Darf, observando o mesmo prazo. Lembrar que para as empresas TXH Mi SDVVDUDP D VXEVWLWXLU D *),3 SHOD '&7):HE SDUD HIHLWRV SUHYLGHQFLiULRV R recolhimento das contribuiçþes previdenFLiULDV SDVVRX D VHU HIHWXDGR SRU PHLR GR '$5) HPLWLGR SHOR SUySULR DSOLFDWLYR *36 (sistema eletrônico). EFD - Distrito Federal - Distrito Federal: O DUTXLYR GLJLWDO GD ()' ,&06 ,3, GHYHUi ser transmitido pelos contribuintes do IPI, H[FHWR RV LQVFULWRV QR 6LPSOHV 1DFLRQDO DR DPELHQWH QDFLRQDO GR 6SHG DWp R 2 dia do mês subsequente ao da apuração do imposto, observada a legislação espeFt¿FD GR 'LVWULWR )HGHUDO ,QVWUXomR 1RUPDtiva RFB nO 1.685/2017, art. 12). Internet. ,53- &6/ 3,6 &R¿QV Incorporaçþes LPRELOLiULDV 5HJLPH (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR 5HFROKLPHQWR XQL¿FDGR GR ,53- &6/ 3,6 &R¿QV UHODWLYDPHQWH jV UHFHLWDV recebidas em dezembro/2019 - Regime (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR 5(7 DSOLFiYHO jV LQFRUSRUDo}HV LPRELOLiULDV ,QVWUXomR Normativa RFB nO 1.435/2013, arts. 5O e 8O, § 2O; e art. 5O da Lei nO 10.931/2004, alterado pela Lei nO 12.024/2009) - Cód. Darf 4095. Darf Comum (2 vias). ,53- &6/ 3,6 &R¿QV Incorporaçþes LPRELOLiULDV 5HJLPH (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR ¹ 30&09 5HFROKLPHQWR XQL¿FDGR GR ,53- &6/ 3,6 &R¿QV UHODWLYDPHQWH jV receitas recebidas em dezembro/2019 Regime Especial de Tributação (RET) apliFiYHO jV LQFRUSRUDo}HV LPRELOLiULDV H jV construçþes no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV (Instrução Normativa RFB nO 1.435/2013, arts. 5O e 8O, § 2O; e Lei nO 10.931/2004, art. 5O, alterado pela Lei nO 12.024/2009) - Cód. Darf 1068. Darf Comum (2 vias). 6LPSOHV 1DFLRQDO Pagamento, pelas microempresas (ME) e pelas empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo 6LPSOHV 1DFLRQDO GR YDORU GHYLGR VREUH a receita bruta do mês de dezembro/2019 5HVROXomR &*61 Q2 DUW 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR SURUURJD VH R UHFROKLPHQWR SDUD R GLD ~WLO imediatamente posterior. Internet.


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2020

18

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Empório itinerante Celebrar a gastronomia no melhor estilo mineiro: com espaço para uma boa prosa, degustação de produtos ou quem sabe uma paradinha para comprar um presente. O BH Shopping, primeiro e mais completo de BH, foi o endereço escolhido para receber o Empório Itinerante do Projeto Aproxima. O espaço, que será inaugurado hoje, oferece ao público diversos produtos típicos da consagrada Feirinha: queijos, doces, quitandas, cafés, pães, cachaças, cervejas artesanais, charcutaria, além de chefs e cozinheiros preparando pratos na hora. Até o fim do mês, o Empório apresentará uma diferente seleção de expositores. A cada semana os visitantes terão novos produtos disponíveis, que poderão ser levados para casa ou serem degustados no próprio espaço. O Empório Aproxima funcionará no horário do BH Shopping: de segunda a sábado, das 10 horas às 22 horas e, aos domingos, das 14 horas às 20 horas.

Festival de Verão Começaram ontem as inscrições para as nove oficinas do Festival de Verão UFMG. Neste ano, toda a programação do evento, que inclui apresentações, exposições, performances, feira, entre outras, será gratuita e realizada no Centro Cultural UFMG (avenida Santos Dumont, 174, Centro) e no Centro de Referência da Juventude (rua Guaicurus, 50, Centro). Os interessados nas oficinas devem ser inscrever até o dia 2 de fevereiro, por meio da plataforma Sympla, pelo endereço. Todos os horários e ementas das oficinas estão disponíveis no site do festival e em www.sympla.com.br/festivaldeveraoufmg. O Festival de Verão UFMG chega a sua 14ª edição, entre os dias 3 e 6 de fevereiro. Ao longo de quatro dias, o público da capital e região metropolitana poderá aproveitar dezenas de atividades.

Teatro de Bonecos Para encantar adultos e crianças, o Boulevard Shopping traz o Festival de Teatro de Bonecos. A atração acontece nos dois próximos domingos, nos dias 19 e 26 de janeiro. Os espetáculos têm produção e direção do Grupo Girino – conceituada companhia no universo do teatro de bonecos e animação – e prometem arrebatar pessoas de todas as idades. A programação acontece no Piso 2 do Boulevard em frente à Riachuelo, a partir das 16h, e tem entrada gratuita. No próximo domingo, o grupo traz a montagem “Meu Ambiente”. Na narrativa, os personagens terão que encontrar estratégias para reverter a destruição de uma floresta e seu habitat. Para fechar a programação, no dia 26 a companhia apresenta o espetáculo “As Aventuras de Matias”, uma história divertida e musical, com personagens que num passe de mágica constroem um mundo cheio de fantasias.

VIVER EM VOZ ALTA

Para Miriam Almeida Brito de Castro ROGÉRIO FARIA TAVARES*

Filho e sobrinho de mulheres e de homens que entregaram décadas de sua existência à causa da educação, tenho plena convicção de que não há desenvolvimento – de nenhuma espécie – sem o investimento decidido na melhoria do ensino e das condições de trabalho dos professores. Não há nação próspera e civilizada sem escolas fortes, capazes de formar gerações de cidadãos que sejam senhores de suas mentalidades e de seus destinos. A educação muda para sempre a vida de uma pessoa, ampliando os seus horizontes, livrando-a de preconceitos e superstições, apresentando a ela o mundo da cultura, da ciência e da razão. Uma boa escola e bons professores são o caminho mais seguro para uma vida autônoma, livre e saudável. Algumas escolas são mais que meros estabelecimentos comerciais, em que se pode contratar a prestação de serviços de educação. São verdadeiras instituições, motores da vida social, dinamizadoras das relações entre as pessoas. Imprimem de tal modo a força de seus valores e de sua atuação que se tornam referências fundamentais para a comunidade em que se inserem e para a compreensão da sua história. Acabam fazendo parte do seu patrimônio cultural e, sobretudo, afetivo. Esses são os casos, em Belo Horizonte, entre outros, do Colégio Loyola, dos Jesuítas, onde estudei por sete anos, e também do Sagrado Coração

de Maria, onde fiz do pré à quarta séria primária, no tempo em que a sua diretora era a Irmã Maria da Glória, famosa por sua erudição e por sua competência como gestora, qualidades raramente coincidentes. Referida por Tavito na inesquecível canção ‘Rua Ramalhete’, a sede do Sacre-Couer (foto), à rua Professor Estêvão Pinto (antiga rua Chumbo), no bairro da Serra, foi o cenário em que fiz queridos amigos e em que tive o privilégio de conviver com educadores de alto valor. Fui alfabetizado por uma prima, Flávia Guerra Pinto Coelho, profissional dedicada e comprometida, herdeira das mesmas qualidades do pai, meu tio José Guerra Pinto Coelho.

Na quarta série, aos dez anos, tive uma das melhores professoras da minha vida. Miriam Almeida Brito de Castro era uma mulher de pouco mais de um metro e meio. Sua postura em sala de aula, porém, era altiva, e impunha respeito. A alguns, até temor. Severa, não nos tratava como crianças. Dirigia-se à turma com voz serena, mas firme, como quem fala com futuros adultos. Não fazia concessões. Sabia o que era educar. Queria o melhor de nós. Exigia o melhor de nós. Celebrava o pacto da excelência. Contra a mediania, sabia cobrar. Sem crueldade, mas com rigor. Se, nas primeiras semanas, minha sensação era de amedrontamento, depois ela se alterou completa-

DIVULGAÇÃO

mente, dando lugar a uma admiração que permanece até hoje, tanto tempo depois. Passados trinta e oito anos, não consigo esquecer a marca que a mestra deixou em minha formação, sobretudo a afeição pela língua portuguesa. Outra semente que Miriam lançou fez germinar o gosto pelo universo da Comunicação. Em uma das atividades por ela propostas, os alunos organizavam uma espécie de telejornal em que apresentavam notícias variadas, por eles prospectadas na imprensa local. Esse talvez tenha sido o meu primeiro trabalho como jornalista. *Jornalista. Presidente da Academia Mineira de Letras

CULTURA DIVULGAÇÃO

Artes plásticas

“Praia” na Praça Tiradentes O sonho de todo belo-horizontino é que aqui tivesse uma praia para harmonizar com nossos maravilhosos bares e restaurantes. Pois esse sonho vai se tornar realidade na Praça Tiradentes, no Funcionários. Os bares se uniram para criar um projeto divertido para animar os fins de tarde. A praça vai ganhar cadeiras de praia para o público se sentar e montar o cenário praiano. Os melhores petiscos unidos a ótimas cervejas artesanais e a drinks especiais completam a vibe, onde todos poderão curtir uma “praia à lá BH”. Durante todo mês de janeiro, um carrinho de drinks vai ficar na Praça Tiradentes às sextas-feiras. A proposta é oferecer bebidas refrescantes que combinam com o verão, e trazer um pouco do charme das tradicionais barracas de praia pra BH. O mixologista Thiago Mehl da Adega BH vai elaborar as receitas.

Afrofuturismo nas telas Em 2018 foi lançado o filme “Pantera Negra”. Campeão de bilheterias, recebeu diversas indicações ao Oscar, sendo premiado em três categorias. A construção do filme traz mais que uma ficção: o afrofuturismo. Ligado a diversos segmentos artísticos, esse movimento ganhou destaque no cinema e está na tela há cerca de 50 anos. Esse é o tema do programa Cinematógrafo, da Rede Minas, de hoje. Para falar sobre o afrofuturismo, a equipe do Cinematógrafo conversou com a multiartista e pesquisadora Zaika dos Santos. No programa, ela revela esse universo que traz o negro como protoganista em enredos ricos de abordagens tecnológicas, científicas, sem deixar de lado a herança africana. O Cinematógrafo vai ao hoje, às 20h30, pela Rede Minas. O programa também pode ser acompanhado pela Internet, no site da emissora: redeminas.tv.

Música Rock - Blaze Bayley está de volta ao Brasil para uma série de shows. Após ter divulgado seu mais recente álbum em sua última passagem por aqui, Bayley retorna com a turnê “Iron Maiden XXV Celebration”, que marca os 25 anos de sua entrada para a lendária banda britânica de heavy metal. E pela primeira vez executará um set-list com repertório exclusivo dos dois álbuns gravados com o “Donzela de Ferro”: X-Factor e Virtual XI. Quando: 17 de janeiro (23h) Quanto: Vendas promocionais pelo Sympla a partir de R$ 35,00 (https:// bit.ly/2qXh1T5) Onde: Underground Black Pub (avenida Itaú, 540, Dom Cabral)

Blues - A 7ª edição do “Projeto Blues Verão” tem como atração a banda “Soul Much Blues”, que apresentará clássicos dos dois gêneros da música negra norte-americana que dão nome à banda. No repertório músicas que ficaram famosas nas vozes de Etta James, Koko Taylor, B.B. King, Eric Clapton, Joss Stone, James Brown, Jimi Hendrix, entre outros. O grupo é formado por Laura Lima (lead vocal), Artur Santos (guitarra), Leo Lima (teclado), Rod Vaz (baixo) e Benny Cohen (bateria). Quando: 18 de janeiro (20h) Quanto: R$ 20,00 Onde: Barracão de Antiguidades (rua Canela de Ema, 20, Casa Branca, Brumadinho - acesso pelo Parque da Serra do Rola Moça no Jardim Canadá)

Popular - A exposição inédita “Poteiro, o Popular e o Público” reúne 30 obras do artista multidisciplinar português Antônio Poteiro. Além das peças que perpassam a vasta produção do autor, o público terá acesso, pela primeira vez, a fotografias do arquivo pessoal do artista junto a personalidades da cena cultural brasileira, como Burle Marx e Jorge Amado. Quando: 15 de janeiro a 30 de março (quarta a segunda-feira, das 10 às 22 horas) Quanto: entrada gratuita Onde: CCBB BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) Surrealismo - Fotógrafo, pintor, escultor, cineasta. São facetas de Man Ray, um dos maiores artistas visuais do início do século XX e expoente do movimento surrealista. E é parte de sua história criativa, um recorte significativo de seu trabalho, que pode ser apreciada na exposição “Man Ray em Paris. Quase 130 anos após seu nascimento, o público brasileiro poderá conferir 255 obras do artista ainda inéditas no País, entre objetos, vídeos, fotografias e serigrafias desenvolvidas durante os anos que viveu em Paris, entre 1921 e 1940, seu

período de maior efervescência criativa. Quando: até 17 de fevereiro (quarta a segunda, das 10h às 22h) Quanto: entrada gratuita Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) Teatro Drama - Belo Horizonte foi escolhida para a estreia de “Neblina”, peça idealizada por Leonardo Fernandes e Tatyana Rubim, com texto inédito escrito por Sérgio Roveri. Sob direção de Yara de Novaes, a atriz Fafá Rennó divide o palco com Leonardo Fernandes para contarem o drama de Diego e Sofia, alteregos de Rafael e Júlia, que se passa em uma noite fria, escura e com muita neblina. Quando: até 17 de fevereiro (sexta a segunda-feira, às 20 horas). Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia entrada) Onde: Teatro I – CCBB BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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