24.022

Page 1

diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

1

8

1

0

1

9

3

2

1

6

6

0

DESDE 1932 - EDIÇÃO 24.022 - R$ 2,50

2

BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020 ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

Desembolsos do crédito rural sobem 14% em MG A demanda por crédito rural cresceu 14% nos primeiros seis meses da safra 2019/20 em Minas Gerais. De julho a dezembro, foram desembolsados R$ 15,11 bilhões para o Estado, sendo R$ 10,11 bilhões para a agricultura. A linha de custeio agrícola e pecuário recebeu R$ 8,45 bilhões. As culturas mais beneficiadas foram o café, com R$ 402,60 milhões, seguido pelo milho (R$ 76,76 milhões), alho (R$ 43,70 milhões), soja (R$ 34,57 milhões) e feijão (R$ 33,75 milhões). Pág. 8 CLVERSON BEJE/FAEP

A utilização da capacidade instalada do parque fabril de Minas Gerais avançou para 81,5% em novembro

Indústria mineira dá sinais de recuperação Faturamento cresceu 1,4% em novembro no Estado Estimulado pela demanda do fim do ano, o faturamento da indústria mineira fechou novembro com alta de 1,4% frente a outubro. Entretanto, houve queda de 2,2% em relação ao mesmo mês de 2018. No acumulado de 2019, sob impacto da paralisação parcial da atividade mineradora após o rompimento da

barragem da Vale em Brumadinho, a retração chegou a 4,6%, aponta a pesquisa da Fiemg. Na mesma base de comparação, as horas trabalhadas caíram 1,6%. A utilização da capacidade instalada aumentou para 81,5% em novembro contra 80,6% em outubro. Como indicativo de retomada do mercado

de trabalho, o número de empregos no parque fabril do Estado aumentou 0,5% em novembro sobre outubro e 4,3% no confronto com igual período de 2018. Em 11 meses de 2019, o crescimento foi de 1,7%. A massa salarial foi 0,6% maior em novembro frente a outubro e 4,6% em relação a idêntico mês de 2018. Pág. 5

Uberaba lança PPP para usina fotovoltaica Em uma iniciativa inédita no âmbito municipal, a prefeitura de Uberaba, no Triângulo Mineiro, lançou edital de uma parceria público-privada (PPP) para a implantação de uma usina fotovoltaica de 15 megawatts

(MW) e fornecimento de energia solar para a administração pública direta e indireta da cidade. O valor estimado da concessão é de R$ 218 milhões por 26 anos, sendo um ano para instalação e 25 anos para operação. A modalidade

de concorrência da PPP prevê que o vencedor do certame será a empresa ou consórcio que propor a menor contraprestação mensal abaixo de R$ 728 mil, valor médio que é pago atualmente à Cemig. Pág. 4

Inatel cria produto para a telefonia móvel

DIVULGAÇÃO

Pode entrar no mercado até o fim do ano o primeiro produto desenvolvido pelo Centro de Referência em Radiocomunicações (CRR), responsável pelas pesquisas de comunicações móveis do Inatel, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. O LTE Network-in-a-Box é direcionado para clientes que necessitam de uma rede móvel privativa, com demandas especiais de segurança, desempenho e custo ou frequência de operação especial para aplicações em lugares onde o sinal das operadoras convencionais não alcança. Pág. 9 O LTE Network-in-a-Box é voltado para rede móvel privativa, com demandas especiais Dólar - dia 17

Euro - dia 17

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 4,1641 Venda: R$ 4,1648

4,6399

Venda: R$ 4,6422

Poupança (dia 20): ............ 0,2588%

Turismo

Ouro - dia 17

IPCA-IBGE (Dezembro):.... 1,15%

Compra: R$ 4,1400 Venda: R$ 4,3900

Nova York (onça-troy): US$ 1.557,14

IPCA-Ipead(Dezembro):.... 1,09%

R$ 209,25

IGP-M (Dezembro): ................. 2,09%

Ptax (BC) Compra: R$ 4,1831 Venda: R$ 4,1837

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 20): ............................. 0,0000% +1,58

+0,26

+0,25

+1,52

-1,04 13/01

14/01

15/01

16/01

17/01

A demanda de custeio do milho somou R$ 76,76 mi

MRV investe R$ 220 mi em projeto habitacional O Portal Três Barras, um complexo de 12 condomínios fechados em Contagem, será construído pela MRV, com investimentos de R$ 220 milhões. O Valor Geral de Vendas (VGV) estimado é de R$ 512.160.000. As perspectivas são de que o empreendimento gere mil vagas de empregos diretos e indiretos. As unidades devem custar a partir de R$ 165 mil e se enquadram no programa habitacional “Minha casa, minha vida”. Pág. 6

EDITORIAL Passado o primeiro ano da nova legislatura cabe, ainda que num rápido balanço, reconhecer e apontar que mudanças de conteúdo aconteceram no Legislativo, felizmente para melhor. E com destaque para o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, que, talvez com alguma dose de surpresa para muitos, soube ocupar o espaço deixado vago pela falta de articulação política do Executivo, a ponto de sua atuação chegar a ser comparada a de um primeiro-ministro. Considerando tudo que se passou, inclusive as evidências de que, numa visão mais ampla, as mudanças, inclusive no plano da ética, foram mais uma vez mais retóricas que práticas. “Vem da Câmara sinais positivos”, pág. 2 Págs. 2 e 3

ARTIGOS

Dúvidas sobre taxas de crescimento (José Eloy dos Santos Cardoso)

Terrorismo e petróleo (Cesar Vanucci)

Startup não é receita de bolo (Henrique Mendes)

Construção civil vai liderar retomada econômica em 2020

(Wanderson Leite)

Os avanços das safras brasileiras de grãos (Benjamin Salles Duarte)


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

2

OPINIÃO Dúvidas sobre taxas de crescimento JOSÉ ELOY DOS SANTOS CARDOSO * O professor e economista Paulo Haddad, em excelente artigo publicado recentemente, assinalou que a taxa ideal para a economia brasileira poderia e deveria ser até superior a 5% ao ano, como já ocorreu no passado. Simples idealismo não é porque o Brasil, depois da Segunda Guerra Mundial, já teve longos períodos de expansão econômica, nos chamados “anos JK” e nos anos lembrados como “milagre brasileiro” que, na realidade, nada teve de milagres que pertencem só a Deus. O que o Brasil precisa é ajustar e criar o número de empregos nos próximos anos necessários para atingirmos uma taxa natural e tolerável de empregos que não deve ser só de aproveitamento da força de trabalho, mas do emprego de todos os fatores de produção, inclusive pelo uso real de máquinas e equipamentos já existentes, edifícios que abrigam esses fatores e até o uso intensivo de outros produtos intangíveis. Realmente seria um esforço gigantesco porque, nos últimos cinco anos, a taxa de crescimento ficou próxima de zero. Desde os anos 80 essa taxa foi perdendo aquilo que era positivo, que era a vontade real de criar produtos que gerariam mais renda e milhares de novos empregos.

O Brasil já dispõe de todas as condições socioeconômicas e socioambientais para crescer acima de 5% ao ano, como já aconteceu no passado. Pode acontecer uma coisa simples mas, na verdade, não é tão simples assim. Uma coisa é o Produto Potencial Interno, que é a capacidade total de se produzir o chamado PIB, outra é como fazer funcionar todo nosso potencial. Se a empresa simplesmente contratar mais trabalhadores, nas condições atuais, estaria só aumentando seus custos e não produzindo mais produtos. Um dos problemas apontados pelo economista Paulo Haddad está na métrica das estimativas dos potenciais de crescimento do País, a qual “é determinada por uma expectativa de curto prazo da economia brasileira”. Seria a estimativa do PIB potencial, definido tecnicamente pelo nível máximo de produto que pode ser alcançado pela economia, sem gerar pressões inflacionárias. Entretanto, entre a teoria macroeconômica e a prática, hoje no Brasil existe um “vácuo” entre a teoria e a prática. Para começar, teríamos as pressões externas porque em nenhum país existe uma independência do que está acontecendo hoje no mundo inteiro.

No Brasil, um dos obstáculos ao crescimento é o próprio Banco Central, que, preocupado com razão com pressões inflacionarias, dita suas normas para o controle entre o PIB potencial e as possibilidades inflacionárias que sempre existirão. O que acontece é que o Banco Central, no seu trabalho de reduzir o chamado hiato de produto que, na prática, é o desemprego de fatores de produção, pode também reduzir as possibilidades de crescimento da economia. Aí fica o falado dito popular: “se ficar o bicho come e se correr o bicho pega”. Alguém tem no presente uma feliz solução? Pelo que a história nos revela, um dos maiores obstáculos ao crescimento da economia brasileira foi os governos passados terem dado excessiva importância e até desvios de recursos para países que, praticamente, nada contribuíam para o crescimento brasileiro através de financiamentos, via BNDES, para obras no exterior, que, ou nada existiram, ou foram feitas pelas metades. É bom aqui dizer que o BNDES é capitalizado com recursos brasileiros obtidos por impostos e taxas. *Economista, professor titular de macroeconomia da PUC-Minas e jornalista

Terrorismo e petróleo CESAR VANUCCI * “Esse produto é o sangue da terra.”(...), é a dominação.” (Monteiro Lobato, referindo-se ao petróleo) Incidente terrorista de forte impacto, que estaria, em circunstâncias normais, fadado a monopolizar por largo espaço de tempo as manchetes internacionais, vem sendo maliciosa e clamorosamente ocultado pela mídia. Análise serena da história conduz, infalivelmente, à evidência de que o procedimento detectado atende a escabrosas conveniências geopolítico-econômicas. Seguinte: em dezembro passado, na base naval e aérea de Pensacola, Flórida, Estados Unidos, o militar saudita Mohammed al-Shammrani, 21 anos de idade, integrante de um grupo de estagiários que compreendia outras 20 pessoas, oriundos da Arábia Saudita, executou um desvairado atentado dentro da unidade em que atuava. Matou três pessoas e feriu outras oito, tendo sido abatido no revide das forças de segurança. O noticiário dedicado ao trágico acontecimento foi desnorteantemente parcimonioso. Foi relegado praticamente a canto de página, embora as proporções assumidas pelo fato tenham sido de molde a gerar, potencialmente, consequências seriíssimas nas relações dos países envolvidos. Mas o que pesou mesmo, no duro da batatolina, nos desdobramentos havidos, foram poderosíssimos e embuçados interesses políticos e econômicos, astutamente empenhados, como já sucedeu noutras ocasiões, em esconder o malfeito debaixo do tapete... Pelas informações disponibilizadas, o fanático fardado saudita agiu sob influência de crença religiosa fundamentalista. A mesma dominante na linha do pensamento jihadista que orienta as sinistras operações do Isis, Al-Qaeda e outras falanges. Tendo por base a escassa divulgação produzida em torno da séria ocorrência na base aeronaval, ficou-se sabendo, ainda, que os governantes estadunidenses e do reino árabe negociaram o retorno a Riad dos demais integrantes do grupo de estagiários da força aérea saudita. No acerto, cuidou-se de evitar a utilização do termo “expulsão”. Estipulou-se que os militares “estão sendo chamados de volta” pelas autoridades de seu país, com o retorno do grupo previsto para dentro em breve. Tudo a propósito do incandescente e momentoso assunto – uma ostensiva ação terrorista em solo americano, perpetrada dentro de uma base militar – vem sendo tratado com “excesso de tato e discrição”... Em dialeto roceiro, “mode que” a não causar “melindres”, “desagrados” na realeza saudita, “leais e dedicados” aliados na defesa dos “postulados democráticos”... Não há como olvidar que as tensões causadas pelos perturbadores confrontos – envolvendo, inclusive, perigosamente, ensaios bélicos – entre o arrogante Trump e os raivosos aiatolás iranianos, contribuíram, de certo modo, para distanciar do foco central das atenções o lance terrorista narrado. E, se mal pergunte, qual a razão do silêncio de tumba etrusca

que recobre o incidente? Por que cargas d’água um absurdo dessa proporção é abafado pela grande mídia universal? Sendo reconhecidamente um reino feudal despótico, ancorado em regras jurídicas medievais, a Arábia Saudita recebe das superpotências, mormente dos Estados Unidos da América, tratamento “a pão de ló”, como era de costume dizer-se em tempos de antigamente. E tudo isso, visto está, por conta de suas descomunais e estratégicas jazidas petrolíferas. Pouco ou nada importam os reiterados desatinos diuturnamente praticados no território saudita, com a sistemática e escandalosa violação dos direitos fundamentais. Pouco importa que ali ocorram decapitações em praça pública de seres humanos “condenados” por opção sexual classificada de pecaminosa na visão distorcida de muçulmanos extremados. Fontes qualificadas denunciam que práticas escravagistas prevalecem em muitas porções do país, mas isso também não choca nem comove setores da liderança mundial que enfeixam poderes decisórios nas mãos. Algum tempo atrás, renomado jornalista saudita, exilado nos Estados Unidos, prestando serviços profissionais à imprensa da grande nação do norte, entrou pela porta da frente no consulado da Arábia em Istambul, Turquia. Foi assassinado e esquartejado lá mesmo, ao que se assegura por ordem de algum potentado do reino. Os insuficientes protestos erguidos logo se esvaíram. Da parte de nenhuma das lideranças das grandes potências ninguém ouviu o mais leve murmúrio de censura ao hediondo ato. O jornalista e cineasta estadunidense Michael Moore, perseverante crítico da ação jihadista sediada na Arábia Saudita, não se cansa de denunciar que naquele país é que se acham alojadas as fontes financeiras que subsidiam os movimentos terroristas e a central ideológica responsável pela arregimentação das hordas fanáticas do Isis, Al-Qaeda e outros grupamentos. Enfatiza dois lances emblemáticos: os pilotos que arremessaram aviões contra as torres gêmeas e o Pentágono faziam parte, todos eles, dos quadros da força aérea saudita. Quando da tragédia de 11 de setembro, a comunidade jihadista, predominante no país, compareceu às mesquitas, maciçamente, expressando regozijo “pelos feitos” dos fanáticos terroristas. O que conta mesmo, de verdade, neste tétrico enredo das arábias, é o petróleo. Parceiros incondicionais, magnatas de diferentes nacionalidades e senhores feudais colocam-se acima do bem e do mal, acima das normas que regem a convivência comunitária, acima de quaisquer valores, sejam éticos, morais, cívicos ou sociais, convictos da supremacia absoluta do “deus petróleo” sobre todas as coisas nascidas do engenho humano no acidentado percurso civilizatório. E o resto que se dane... * Jornalista, presidente da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (cantonius1@yahoo.com.br)

Startup não é receita de bolo HENRIQUE MENDES * De acordo com a ABStartups (Associação Brasileira de Startups) e a Startupbase, hoje, no Brasil, existem mais de 12 mil startups, refletindo um conceito que se firmou no País na última década: as startups chegaram para inovar de maneira ágil, tornando a vida da população cada dia mais fácil. Dentro delas, temos as ramificações: fintechs, agrotechs, edtechs, entre outras. Esse conceito está tão arraigado no mundo corporativo que grandes companhias querem incorporar, trazendo essa proposta ágil e jovem, como se essa fosse a receita de um bolo perfeito de sucesso. O que alguns empreendedores e investidores ainda perceberam é que não existe uma ideia pronta que seja garantia de louvor, da forma como o mercado tem encarado as “inovações”. Muitas startups nascem e morrem dentro de um período de três a cinco anos. A lição que fica? Ter uma boa ideia nem sempre é o suficiente para sustentar os negócios, é preciso mostrar o seu diferencial, ter um plano estruturado e, claro, saber lidar com os desafios e dificuldades sem desistir. Quando o Facebook surgiu, já existiam sites de relacionamento que tinham a mesma

função; a Amazon veio depois do eBay. A diferença é que estas empresas se inspiraram a trazer algo novo, elas dedicaram tempo pesquisando e estudando o mercado de seus consumidores para entender o que eles precisavam, as reais necessidades e como podiam fazer isso de maneira que fosse simples para os usuários, sem seguir uma tendência já pronta. Com isso, observando empresas que hoje reinam em seus segmentos e fazem sucesso, fica claro que apenas “nascer” uma startup não é garantia de sucesso. Falando de pontos que merecem atenção, uma das formas mais rápidas de falhar ainda nos primeiros meses é ficar preso à mecânica do produto ao invés de atender à demanda e a explorar as razões para que aquele produto exista. Outro ponto que merece atenção é o tão sonhado feedback positivo que pode enganar muitos empreendedores iniciais. Ouvir elogios é bom, mas alguns cometem o deslize de acharem que não precisam mais inovar nos seus produtos, afinal, em time que está ganhando não se mexe, certo? Porém, o mundo está em constante transformação e aquilo que você oferece precisa acompanhar as necessidades dos consumidores. É como

ouvir de um possível investidor que seu produto é excelente, mas não é instigante o suficiente para ele apostar na sua empresa. Aqui, o contrário também é válido! Muitos investidores terão interesse na sua empresa se você fizer o produto de maneira x ou ampliar para o público y. Nessa hora, é preciso ter muita confiança e conhecimento do seu público para deixar claro a quem se destina e, se for o caso, agradecer o interesse e negar a oportunidade. Investimento é outra questão de suma importância. Geralmente falamos que uma startup busca aportes, investidores, etc, mas antes de tudo, elas precisam começar por si próprias! E não estamos falando em coisas básicas de escritório, mas sim de tecnologia. Elas não são baratas, mas não são em vão! Se limitar estas ferramentas, os problemas que elas poderão causar no futuro custarão muito dinheiro. Como é possível perceber, não basta acordar com uma boa ideia e “fundar” uma startup, é preciso pensar mais à frente, para aquilo que move essas empresas: a inovação. * CEO da Nutrebem

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa

Presidente do Conselho Luiz Carlos Motta Costa conselho@diariodocomercio.com.br Presidente e Diretora Editorial Adriana Muls adrianamuls@diariodocomercio.com.br Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls diretoria@diariodocomercio.com.br Conselho Consultivo Enio Coradi, Tiago Fantini Magalhães e Antonieta Rossi Conselho Editorial Adriana Machado - Claudio de Moura Castro Helena Neiva - Lindolfo Paoliello - Luiz Michalick Mônica Cordeiro - Teodomiro Diniz

Vem da Câmara sinais positivos A deterioração da imagem da classe política chegou a um ponto que, para as eleições de 2018, esperava-se para o Congresso Nacional uma renovação de proporções inéditas, que seria reflexo do desejo, aparentemente majoritário, de mudanças. O que se imaginou, o que pesquisas de opinião chegaram a prever, afinal, não aconteceu, com a dança de cadeiras ficando abaixo do que era previsto. Passado o primeiro ano da nova legislatura cabe, ainda que num rápido balanço, reconhecer e apontar que mudanças de conteúdo aconteceram no Legislativo, felizmente para melhor. E com destaque para o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, que, talvez com alguma dose de surpresa para muitos, soube ocupar o espaço deixado vago pela falta de articulação política do Executivo, a ponto de sua atuação chegar a ser comparada a de um primeiro-ministro. Considerando tudo que se passou, inclusive as evidências de que, numa visão mais ampla, as mudanças, inclusive no plano da ética, foram mais uma vez mais retóricas que práticas, é São bons sinais, forçoso devido chamar atenção para os reconhecer e destacar. aspectos positivos. Sem eles algumas Com espaço também questões cruciais, como a reforma para referência à da Previdência e outras pontuais, bancada mineira, que dificilmente teriam avançado, andava apagada e na ajudando a melhorar o atual legislatura vai aos ambiente e consequentemente poucos recuperando as tendências da economia, seus espaços, numa cujas atenções agora se voltam grata surpresa para os para a reforma tributária e do mineiros. Estado, enquanto o presidente da Câmara anuncia que se a reforma do Estado não avançar conforme o necessário, fará por conta própria grandes mudanças no Legislativo, essencialmente para reduzir seus gastos. São bons sinais, forçoso reconhecer e destacar. Com espaço também para referência à bancada mineira, que andava apagada e na atual legislatura vai aos poucos recuperando seus espaços, numa grata surpresa para os mineiros. Melhor exemplo dessa nova realidade pode ser encontrado nas articulações em andamento visando recuperar espaços e devolver a Minas Gerais o lugar que naturalmente lhe cabe no plano nacional. E melhor sinal nessa direção não poderia haver que o anúncio de que estão progredindo as discussões para que sejam afinal liberados recursos para a expansão do metrô de Belo Horizonte. Conforme noticiado, não prosperou, por questões legais, a ideia de transferir recursos que viriam na renovação da concessão da FCA, mas o Ministério da Infraestrutura cogita, atendendo à bancada mineira, transferir recursos de multas devidas pela mesma FCA à União. Pode ser a solução para uma obra vital, mas emperrada há pelo menos 20 anos. Pode ser também o melhor sinal de que mudanças há tanto reclamadas finalmente começam a acontecer.


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

OPINIÃO

3

Construção civil vai liderar retomada econômica em 2020 WANDERSON LEITE * ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

“Uma das alavancas do crescimento.” Esta é a definição da construção civil para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. De fato, o setor é o principal pilar da economia não só pela importância da moradia e o anseio dos brasileiros por conquistar o imóvel próprio, mas também pela capacidade de geração de empregos. Este segmento, que representa cerca de 10% do PIB brasileiro, emprega hoje 2,3 milhões de pessoas - isso em tempos de crise. Em 2020, a indústria tem potencial para criação de 150 mil a 200 mil postos de trabalho formais. Além disso, é válido ressaltar que apenas 2% do material utilizado na construção civil é importado. Se analisarmos toda a cadeia de produção, as indústrias de materiais envolvidas, veja quanto emprego é gerado, quantas famílias colhem os benefícios de um setor forte e bem estruturado! Quando a construção civil vai bem, as fábricas têm de contratar para atender à demanda. Com isso, há mais pessoas com renda, consumindo mais, fazendo a economia se movimentar e o país crescer. Nos últimos anos, a construção civil vem sendo impulsionada por alguns fatores. Os principais são a queda na inflação e os juros baixos. Isso tem um impacto direto no poder de compra da população. Um imóvel é, geralmente, o maior investimento da vida de uma pessoa. Se ela não tem confiança na economia, dificilmente se sentirá segura para designar um valor tão alto. Por outro lado, se a economia for bem e o cenário político se estabilizar, o setor tem ótimas perspectivas de crescimento. Para que a construção civil continue acelerada, é preciso manter as políticas de incentivo

Em março, a Caixa irá lançar uma linha de crédito imobiliário com taxas de juros prefixadas. Isso significa que antes mesmo de fazer um financiamento, você já sabe quanto vai pagar no final e, assim, pode calcular o tamanho da dívida. Aquele imóvel tende a valorizar? Vai cobrir o valor desembolsado? Todas essas questões ficarão mais claras. Obviamente, também existe a possibilidade de os juros diminuírem, mas a modalidade anima os perfis mais conservadores e cautelosos. ao financiamento, não só de imóveis, mas de materiais também. Em março, a Caixa irá lançar uma linha de crédito imobiliário com taxas de juros prefixadas. Isso significa

que antes mesmo de fazer um financiamento, você já sabe quanto vai pagar no final e, assim, pode calcular o tamanho da dívida. Aquele imóvel tende a valorizar? Vai cobrir o valor

desembolsado? Todas essas questões ficarão mais claras. Obviamente, também existe a possibilidade de os juros diminuírem, mas a modalidade anima os perfis mais conservadores e cautelosos. Por outro lado, o setor precisa se fortalecer diante das especulações, que geram, principalmente, uma queda de emprego muito forte. Todos os dias, somos bombardeados com análises de mercado que provocam receio e impedem que bons negócios sejam feitos. Precisamos acreditar na construção, investir na capacitação de mão de obra e facilitar o acesso à informação. Enquanto o setor não se atualizar às demandas de mercado, continuará perdendo boas oportunidades. A Prospecta Obras age como uma aliada ao desenvolvimento da construção civil. Ao fornecer informações ao comércio, indústrias e construtoras, mostramos como o mercado está aquecido, as regiões em que se encontram as melhores oportunidades e, assim, damos mais agilidade ao setor. É senso comum acreditar que “uma obra é uma caixinha de surpresas”, mas nós não pensamos assim. Construir é cálculo, é prática. Precisamos ter tudo na ponta do lápis: qual será o investimento inicial e o custo total do empreendimento. Tudo isso só é possível com informações e orçamentos à disposição dos clientes. Só assim será possível liderar a retomada da economia em 2020! *Formado em administração de empresas pelo Mackenzie e fundador das empresas ProAtiva, app de treinamentos corporativos digitais, Asas VR, startup que leva realidade virtual para as empresas e escolas

Os avanços das safras brasileiras de grãos BENJAMIN SALLES DUARTE *

Não há como dissociar a oferta de grãos, cereais e oleaginosas, não apenas indispensáveis nos cenários diversos dos sistemas agroalimentares, pois também são matérias-primas de base na formulação de alimentos usados na pecuária de leite e corte, suinocultura, avicultura de corte e postura. Por outro lado, o crescente mercado PET, que atende os animais de estimação como os cachorros, gatos, pássaros, peixes, pequenos roedores, que vivem nos milhares de lares brasileiros, determina elevados gastos com alimentação balanceada, incluindo-se os grãos, e sendo estimado em 140 milhões de exemplares nesse universo PET. Em 2018, o Brasil ocupava o 2º lugar no mercado pet mundial, depois dos EUA (Euromonitor). Por que crescem as safras de grãos? Os mercados interno e externo estimulam a agricultura de grãos; demandam muitos insumos agrícolas, boas práticas, pesquisas e tecnologias; fazem circular múltiplos negócios nas regiões produtoras; e tracionam o crédito rural, indispensável, e como ferramenta à inovação! E as safras brasileiras de grãos? Estão numa curva ascendente e expressiva. Assim, em 1980 ofertou 50,8 milhões de toneladas de grãos, destacando-se que a taxa de urbanização era de 67,6%, e acelerando também a progressiva migração dos mercados de alimentos focados nos cenários rurais para as cidades e regiões metropolitanas, à medida em que esse processo migratório demográfico, irreversível, vem sendo mais intenso desde a década de 1950, e acompanhado pelo IBGE.

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação

E mais, em 1990, 58,2 milhões de toneladas de grãos, e taxa de urbanização de 75,6% (1991); em 2000, 83 milhões toneladas de grãos, e taxa de 81,2%; em 2010, 149 milhões de toneladas de grãos, e taxa de urbanização de 84,3%. Estima-se em 2020: 248 milhões de toneladas de grãos (4º Levantamento/Conab), e sendo ainda previsto 90% dos brasileiros urbanizados em 2030 (IBGE). Esses consumidores concentrados e urbanizados, e as exportações do agronegócio brasileiro num mundo globalizante serão um norte na formulação de políticas agrícolas e conquista de novos mercados! Em 2020, se for confirmada a previsão de 212,1 milhões de brasileiros e comparando-se a população de 1980, que era de 119,0 milhões de habitantes, com a estimada em 2020 haveria um crescimento populacional de 78,2% (IBGE). Em 1980, a oferta de grãos foi de 50,8 milhões de toneladas e presumindo-se 248 milhões em 2020 ou mais 338,1%; suficientes para abastecer e exportar commodities agrícolas, e sendo também 4,32 vezes maior do que o crescimento da população brasileira entre o ano de 1980 e 2020! Os ganhos de produtividade e produção nas culturas e criações, desde a segunda metade da década de 1970, são novamente explicados pela adoção de inovações tecnológicas em níveis de produtores rurais e atendendo regularmente às demandas dos sistemas agroalimentares e agroindustriais, estratégicas, nos caminhos da comercialização, que são muitos! Noutro ângulo, os ganhos de produtividade por unidade de área cultivada e por unidade animal, embora ainda haja muito o que desenvolver na agroecono-

Telefones

Luciana Montes Editores Alexandre Horácio

Rafael Tomaz

Clério Fernandes

Gabriela Pedroso

pauta@diariodocomercio.com.br

Comercial

Geral:

3469-2000

Administração:

3469-2002

nomia agroflorestal continua sendo um braço forte da economia brasileira. Em 2018, segundo Relatório da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá/2019), setor que inclui pisos e painéis de madeira, papel, celulose, madeira serrada e carvão vegetal. Houve um crescimento de 13,1% em relação a 2017, e uma receita total de R$ 86,6 bilhões. As exportações atingiram US$ 12,5 bilhões, aumento de 24,1% em relação a 2017, e um novo saldo recorde US$ 11,4 bilhões, logrando a liderança mundial na exportação de celulose. No Brasil, a área total com árvores plantadas é de 7,83 milhões de hectares, gerando 513 mil empregos diretos, mas impactando direta e indiretamente 3,8 milhões de pessoas em 1.000 municípios de 23 Estados da Federação. Minas Gerais lidera o reflorestamento em nível nacional! Além disso, o mundo precisa de 1,2 trilhão de novas árvores, plantadas em locais subutilizados, que poderiam contribuir à redução das mudanças climáticas, tema polêmico, estimando-se ainda que a Terra, enquanto planeta, abriga três trilhões de árvores (revista Sciense/07/2019), e que a floresta Amazônica reúne 50% da biodiversidade mundial. Em 2019, e numa série histórica de superávits, as exportações do agronegócio brasileiro foram de US$ 96,78 bilhões e um superávit de US$ 83,0 bilhões. Considerando-se o período de janeiro 2015 a dezembro de 2019, superávit foi de US$ 398,02 bilhões (Agrostat/Mapa). Portanto, e sem subestimar outros setores econômicos, um desempenho auspicioso! *Engenheiro agrônomo

Representantes comercial@diariodocomercio.com.br

São Paulo-SP - Alameda dos Maracatins, 508 - 9º andar CEP 04089-001

Redação:

Editora-Executiva

mia, contribuem também à redução das pressões de demandas sobre os recursos naturais. O pesquisador Eliseu Alves, da Embrapa, estima que já 70% dos ganhos de produtividade na agricultura são devidos à adoção de tecnologia! A safra de grãos 2019/2020 está fundamentada, por enquanto, em 64,2 milhões de hectares cultivados ou apenas 7,54% do território nacional (Conab), contra a média de plantios de lavouras de 76,8% na Dinamarca; Irlanda, 74,7%; Países Baixos, 66,2%; Reino Unido, 63,9%; e Alemanha, 56,9% (Embrapa Territorial/2017). No Brasil, contudo, ressalte-se que houve substantivos ganhos na oferta interna de grãos, e nas exportações de milho, complexo soja, carne bovina, carne de frango, suco de laranja, açúcar, café e derivados, bem como aquecendo as vendas de máquinas e equipamentos agrícolas. Recorde-se também que a produtividade por unidade de área cultivada associa-se às sementes de ponta; ao manejo correto do solo; uso de fertilizantes e corretivos, precedidos pelas análises do solo; aos tratos culturais na hora certa; à distribuição das chuvas; relação custo versus benefícios; e às práticas de irrigação, onde houver agricultura irrigada. O potencial brasileiro é de 30 milhões de hectares contra os atuais 6,95 milhões de hectares irrigados. A China e Índia, 70 milhões de hectares cada; EUA, 26,7 milhões; e Paquistão, 20,0 milhões (ANA2017). A agricultura irrigada representa apenas 20% de toda terra cultivada no planeta, e fornece 40% da oferta mundial de alimentos (FAO); não há consenso firmado cerca desses dados! Vale igualmente salientar que a eco-

3469-2040

Comercial:

3469-2060

Circulação:

3469-2071

Industrial: Diretoria:

3469-2085 3469-2092 3469-2097

Fax:

3469-2015

Gerente Industrial Manoel Evandro do Carmo manoel@diariodocomercio.com.br

Rio de Janeiro-RJ - Praça XV de Novembro, 20 - sala 408 CEP 20010-010

Brasília-DF - SCN Ed. Liberty Mall - Torre A - sala 617 CEP 70712-904

Recife - Rua Helena de Lemos, 330 - salas 01/02 CEP 50750-280

Assinatura semestral

Curitiba - Rua Antônio Costa, 529

Belo Horizonte, Região Metropolitana: ............... R$ 296,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento

Porto Alegre - Av. Getúlio Vargas, 774 - Cj. 401

CEP 80820-020 CEP 90150-02

(11) 2178.8700 (21) 3852.1588 (61) 3327.0170 (81) 3446.5832 (41) 3339.6142 (51) 3231.5222

Preço do exemplar avulso Assinatura anual Belo Horizonte, Região Metropolitana: ................. R$ 557,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento

Assinatura: 3469-2001 - assinaturas@diariodocomercio.com.br

Exemplar avulso ................................................................................................... R$ 2,50 Exemplar avulso atrasado .................................................................................... R$ 3,50 Exemplar para outros estados ............................................................................. R$ 3,50* * (+ valor de postagem)

(Os artigos assinados refletem a opinião do autor. O Diário do Comércio não se responsabiliza e nem poderá ser responsabilizado pelas informações e conceitos emitidos e seu uso incorreto)


4

BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

ECONOMIA DIVULGAÇÃO

ENERGIA

Uberaba lança edital para a construção de usina solar Contrato é estimado em R$ 218 milhões em que o estado do Piauí é o que mais se aproxima da proposta, e Em uma iniciativa inédita no que vai permitir uma economia de âmbito municipal, a prefeitura pelo menos 10% nos gastos do exede Uberaba, no Triângulo Mi- cutivo municipal com energia. E neiro, lançou o melhor: sem edital de uma gasto público”, Edital de concorrência visa parceria púdestacou. blico-privada a implantação, operação, De acordo (PPP) para com o edital, o manutenção e gestão das construção valor estimado placas fotovoltaicas que de uma usina da concessão fotovoltaica e é de R$ 218 somarão 15 megawatts (MW) fornecimento milhões pelo de energia soperíodo de 26 lar para a administração pública anos, sendo um ano para imdireta e indireta da cidade. O edital plantação e 25 anos de operação. de concorrência para implantação, “Este valor corresponde à soma de operação, manutenção e gestão das todas as contraprestações mensais placas fotovoltaicas que somarão estimadas ao longo do prazo da 15 megawatts (MW) de potência concessão, excluído o prazo da foi publicado nos diários oficiais implantação, não contemplando municipal, do Estado e da União. eventuais aportes”, completou o De acordo com o assessor de assessor. Assuntos Estratégicos Regionais A modalidade de concorrência da Prefeitura, Glauber Faquineli, da PPP estabelece que o vencedor as empresas interessadas têm até do certame será a empresa ou o dia 21 de fevereiro para apre- consórcio que apresentar a menor sentarem as propostas. Caso não contraprestação mensal abaixo de haja nenhuma intercorrência no R$ 728 mil – valor aproximado ao processo, a empresa vencedora da que a prefeitura paga hoje menconcorrência deverá ser conhecida salmente à Companhia Energética no mês seguinte e terá 12 meses de Minas Gerais (Cemig). para construir a usina. “Acredito que no segundo se- PMI - Faquineli disse ainda que os mestre de 2021 já estaremos com estudos da PPP de energia solar a energia da prefeitura sendo foram produzidos pelo Instituto suprida pela empresa vencedora. de Planejamento e Gestão de CidaUma iniciativa inédita no Brasil, des (IPGC) e pela Innova Energy, MARA BIANCHETTI

Projeto de PPI lançado pela Prefeitura de Uberaba é inédito na esfera municipal, conforme o Executivo

empresa que teve a iniciativa de ofertar ao município o primeiro Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) do País no segmento de energia solar, há cerca de um ano. Conforme o assessor, todas as etapas foram cumpridas, inclusive com prazo de consulta pública aberto à comunidade e ajustes necessários. O projeto estabelece que o concessionário faça todo o investimento que, ao final, será revertido ao município. “É importante destacar a inovação tecnológica a partir do projeto que vai ainda gerar emprego e renda para a cidade, com apelo de sustentabilidade, e também gerar economia para o executivo sem a prefeitura ter que investir”, concluiu.

GASODUTOS

Chamada pública para expansão do Gasbol recebe propostas de 15 empresas Rio - Uma chamada pública que visa à expansão da capacidade de transporte no Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) recebeu 47 formulários de 15 empresas de diferentes áreas de atuação, em sua etapa preliminar, afirmou na sexta-feira (17) a Transportadora Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG). A chamada incremental ocorre em paralelo a um processo já em curso que visa contratar capacidade existente de transporte na infraestrutura, liberada devido ao vencimento de um contrato do Gasbol junto à Petrobras no fim de 2019. A TBG, que é responsável pela operação do gasoduto e tem como principais acionistas Petrobras (51%), BBPP Holdings e a boliviana YPFB, iniciou a chamada pública em 18 de dezembro e concluiu o processo na quarta-feira (15). Ao todo, houve solicitação de 38,7 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) em capacidade de entrada e 29,5 milhões de m³/d em capacidade de saída, afirmou a companhia. Nessa etapa, os carregadores interessados enviaram formulários com solicitações não vinculantes para ampliação de pontos de entrada ou saída no atual Sistema de Transporte ou apresentaram demanda por novos pontos no Gasbol. As informações recebidas pela TBG serão consideradas em uma chamada pública incremental 2020 do Gasbol que será conduzida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e está prevista para julho de 2020.

“Houve demanda por novos pontos de entrada para injeção de gás natural em três zonas diferentes e novos pontos de saída para utilização da molécula em quatro zonas distintas do gasoduto de transporte, além de ampliações de pontos já existentes”, disse a TBG, em um comunicado. Dentre os interessados, há companhias distribuidoras, indústrias, fornecedores de gás, comercializadoras e empreendimentos do setor termelétrico. A TBG pontuou, no entanto, que o somatório das quantidades enviadas através dos formulários de solicitação de capacidade está sujeito a eventuais duplicidades, ou seja, dois agentes podem ter solicitado, simultaneamente, ampliação ou construção do mesmo ponto. Adicionalmente, existe a possibilidade de demanda pontual de capacidade que já pode ser atendida pela infraestrutura existente no Gasbol. “A TBG fará uma análise detalhada através da avaliação/ esclarecimento junto a cada um dos agentes, bem como a avaliação conjunta de todas as demandas recebidas, visando a adequar o(s) projeto(s) e otimizar a infraestrutura necessária à prestação do serviço”, disse a companhia. TAG - A Petrobras informou na sexta-feira que iniciou processo para vender uma fatia remanescente de 10% na Transportadora Associada de Gás (TAG). A companhia vendeu 90% da empresa de gasodutos à francesa Engie e ao fundo canadense

Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) em transação concluída em junho do ano passado, por cerca de R$ 33,5 bilhões. Agora, potenciais compradores receberão um memorando com informações detalhadas sobre a TAG e instruções sobre o desinvestimento, na chamada “fase não vinculante” da operação, incluindo orientações para envio de propostas. A TAG opera infraestrutura de transporte de gás com capacidade de movimentar 74 milhões de m³/dia. A malha de gasodutos da empresa soma cerca de 4.500 km, segundo informações do site da companhia. A Engie e os canadenses da CDPQ possuem direito de preferência na aquisição, uma vez que já são os acionistas majoritários da TAG. O presidente da Engie no Brasil, Maurício Bähr, afirmou no início de dezembro que a empresa tem interesse em comprar a participação restante da Petrobras no ativo e deverá exercer o direito de preferência. A Petrobras, por sua vez, pretende vender “com prêmio” os 10% que ainda detém na companhia de gasodutos, afirmou em dezembro o diretor de relações institucionais da estatal, Roberto Ardenghy. O anúncio do negócio ocorre em meio a um amplo plano de desinvestimentos da Petrobras, que tem buscado reduzir o endividamento e focar esforços na exploração de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas. (Reuters)

Weg anuncia acordo de compra de planta da Tsea em Betim MICHELLE VALVERDE

A Weg S.A anunciou acordo de compra com a Transformadores e Serviços de Energia das Américas S.A (Tsea) para a aquisição da fábrica de transformadores, situada Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A unidade é considerada estratégica para que a Weg atenda os importantes investimentos em infraestrutura que devem ocorrer nas américas nos próximos anos. A transação, cujo valor não foi divulgado, está sujeita ao cumprimento de determinadas condições e à aprovação pelas autoridades de proteção à concorrência (Cade). A unidade de Betim foi construída em 2013 pela Toshiba, que vendeu a indústria em março de 2019 para a Tsea. A fábrica possui 32,5 mil metros quadrados de área construída e conta com equipamentos e instalações de última geração. A equipe é composta por 250 colaboradores. Especializada na fabricação de transformadores de força, reatores shunt e autotransformadores de força com classe de tensão até 800kV e potência até 500MVA, o investimento é considerado estratégico. De acordo com o diretor superintendente da unidade Transmissão & Distribuição da Weg, Carlos Diether Prinz, o aporte será importante para que a empresa possa atender a demanda do mercado nos próximos anos, já que a tendência é de ampliação dos investimentos em infraestrutura. A aquisição da unidade de Betim foi considerada estratégica por três motivos. O primeiro pela fabrica ser bastante moderna, em termos de equipamentos, instalações e tecnologia. “A unidade foi construída em 2013 e reúne o estado da arte em termos de produção de transformadores de grande porte”, explicou Prinz. Ainda segundo Prinz, o segundo motivo é que além da aquisição dos terrenos, máquinas e equipamentos, a equipe de colaboradores é altamente capacitada. “Estamos falando de cerca de 250 colaboradores com vasta experiência e muito conhecimento a nível de produção de transformadores de força.

Então, estamos somando um ativo humano muito importante para a Weg, que sempre foi uma empresa muito voltada para a valorização dos colaboradores”. O terceiro motivo é que a empresa está vislumbrando, em toda a América Latina, uma continuidade de mercado forte em termos de transformadores de grande porte. Os produtos também poderão ser exportados para a África. “O mercado deve se manter forte, não só no Brasil, mas em todos os países, principalmente, da América do Sul”. Em relação à representatividade da unidade nos negócios da Weg, Prinz explica que ainda não é possível mensurar, mas, pelo tipo de produto, que são transformadores de grande porte até 800kV e potência até 500MVA, a unidade terá importância no portfólio da Weg transmissão e distribuição bem significativa. “É uma linha de produtos que, para nós, é bem estratégica e a empresa, nos últimos anos, investiu mais nesta linha de produtos. É também uma linha que a gente acredita que o Brasil tem uma necessidade de demanda muito grande. Nós estamos vendo os últimos leilões de transmissão e de geração de energia. Temos muito o que fazer no Brasil em infraestrutura, todos estes segmentos da economia necessitam da linha de produtos que é, justamente, fabricado e Betim. Então, sem duvida será uma unidade estratégica e relevante para a Weg”. Investimentos - No momento não estão previstos investimentos na unidade de Betim, porém, em função da área total de 145 mil metros quadrados e a área construída de apenas 32,5 mil metros quadrados, futuros investimentos da Weg podem ser direcionados para a planta mineira. “Sem dúvidas, os investimentos futuros da nossa área de transmissão e distribuição vão ter olhos bem atentos para a unidade que tem terrenos disponíveis. Neste momento, não temos nada desenhado, mas pela localização geográfica e pela disponibilidade de área vai ser o parque fabril que, no futuro, vai se desenvolver mais”, disse Prinz.


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

5

ECONOMIA INDÚSTRIA

Faturamento do setor em Minas recua 2,2% Queda foi apurada em novembro, frente a igual mês de 2018; acumulado do ano e 12 meses também tiveram retração MARA BIANCHETTI

O faturamento do parque fabril mineiro cresceu 1,4% em novembro na comparação com outubro do ano passado. Em relação ao mesmo período de 2018, no entanto, houve baixa de 2,2%. Também foram registrados recuos no acumulado do ano e nos últimos 12 meses. O aumento apurado na comparação mensal está relacionado principalmente ao crescimento das demandas em virtude da proximidade do fim do ano. De acordo com a analista de estudos econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Julia Silper, o principal destaque da Pesquisa Indicadores Industriais (Index) de novembro diz respeito aos resultados do acumulado do ano. Segundo ela, tanto o faturamento da indústria quanto as horas trabalhadas caíram nos onze meses de 2019 sobre a mesma época do ano anterior e no acumulado dos últimos 12 meses. Os números foram de -4,6% e -4,5% no caso do faturamento de janeiro a novembro e nos 12 meses, respectivamente, e de -1,6% e -2% nas horas trabalhadas, na mesma ordem. O principal motivo está relacionado à paralisação parcial da indústria extrativa mineral. “A queda vem ocorrendo desde o início do ano com a paralisação das atividades em algumas minas do Estado, por causa do rompimento de uma barragem em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), prestes a completar um ano”, destacou.

Setores - Conforme a economista, quando considerado os setores, a indústria extrativa acumulou perda de 42,2% no faturamento de 2019 até novembro, enquanto a indústria da transformação perdeu 0,6% no mesmo período. Ela ressaltou ainda a representatividade de cada área para a economia mineira. Assim, dificilmente, o parque industrial do Estado conseguirá reverter o cenário com os resultados de dezembro. “Em 2019, a atividade industrial de Minas Gerais foi fortemente impactada pelas paralisações parciais do setor extrativo mineral e pela desaceleração econômica de parceiros comerciais importantes, como a Argentina. Já a liberação de saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), a redução das taxas de juros, o avanço do crédito e a retomada gradual do mercado de trabalho estimularam o consumo nos últimos meses daquele ano e deverão continuar favorecendo a indústria do Estado em 2020”, apostou. Além disso, a pesquisa relatou que as horas trabalhadas na produção subiram 0,9% em novembro ante outubro, em razão do crescimento na indústria de transformação (1,2%). Por outro lado, a indústria extrativa mostrou queda de 0,5%. Em relação a novembro de 2018, houve aumento de 0,7%, e de janeiro a novembro, o índice retraiu 1,6%. Emprego - Já o emprego apresentou números positivos no penúltimo mês de 2019. Em novembro em

DANIEL MANSUR

relação a outubro, houve incremento de 0,5%, e frente a novembro de 2018, a alta foi de 4,3%. Já nos onze meses do ano passado, o crescimento foi de 1,7%, mesmo percentual apresentado nos 12 meses. Segundo Julia Silper, os números estão em linha com outros levantamentos e indicam a retomada do mercado de trabalho no Estado. A massa salarial foi maior em novembro na comparação com outubro (0,6%). Frente a novembro de 2018, o índice avançou 4,6%. Nos onze meses do ano passado, subiu 0,9%. Por fim, a utilização da capacidade instalada aumentou 0,9 ponto percentual em novembro, saindo de 80,6% em outubro para 81,5% no penúltimo mês de 2019. Paralisação parcial da indústria extrativa mineral do Estado tem impactado desempenho do setor

Uso da capacidade instalada chega a 78,2% Brasília - O nível de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira subiu para 78,2% em novembro de 2019, na série dessazonalizada (ajustada para o período). Com o aumento de 0,3 ponto percentual em relação a outubro, o indicador atingiu o maior nível desde agosto de 2018. As informações estão na pesquisa Indicadores Industriais divulgada na sexta-feira (17) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, a utilização da capacidade instalada deve fechar 2019 com resultado positivo, apesar do ritmo de crescimento da indústria “frustrante”,

especialmente no início de 2019. Segundo a CNI, o faturamento, o emprego e as horas trabalhadas na produção devem ter fechado o ano com pequenas quedas na comparação com a média de 2018. A massa salarial e o rendimento médio do trabalhador devem ter retrações mais acentuadas, diz a entidade. A expectativa do setor é de que a indústria inicie 2020 mantendo a tendência de recuperação do segundo semestre. Os Indicadores Industriais mostram que, depois de cinco altas consecutivas, o faturamento real do setor caiu 0,6% em novembro frente a

outubro, nos dados dessazonalizados. De acordo com a CNI, a queda é bem inferior ao crescimento acumulado nos cinco meses anteriores, de 4,3%. Ou seja, o resultado não representa uma reversão da recuperação dos últimos meses, mas, possivelmente, uma acomodação no ritmo de crescimento. No acumulado de janeiro a novembro, o faturamento registra queda de 0,9%. Pelo segundo mês consecutivo, as horas trabalhadas na produção ficaram estáveis em relação ao mês anterior na série dessazonalizada. No acumulado de janeiro a novembro frente ao mesmo período de 2018, recuaram

0,4%. O emprego também permaneceu estável em novembro em relação a outubro e, no acumulado de janeiro a novembro, apresentou queda de 0,3% na comparação como o mesmo período de 2018. A massa real de salários caiu 0,1% e o rendimento médio do trabalhador recuou 0,3% em novembro frente a outubro, na série livre de influências sazonais. Os dois indicadores são os que registram as maiores retrações no acumulado do ano. De janeiro a novembro de 2019, a massa real de salários diminuiu 1,5% e o rendimento médio real do trabalhador teve queda de 1,3%. (ABr)

INTERNACIONAL

China tem crescimento mais fraco em quase 30 anos Pequim - O crescimento econômico da China desacelerou para o nível mais fraco em quase 30 anos em 2019, em meio à guerra comercial com os Estados Unidos, e mais estímulo é esperado este ano conforme Pequim tenta ampliar o investimento e a demanda. Mas dados divulgados na sexta-feira (17) também mos-

traram que a segunda maior economia do mundo terminou o ano um pouco mais firme, depois que a trégua comercial reanimou a confiança empresarial e medidas para o crescimento parecem finalmente ter começado a fazer efeito. Como esperado, o crescimento da China desacelerou a 6,1% no ano passado, de 6,6% em 2018, mostraram

dados da Agência Nacional de Estatísticas. Embora ainda forte segundo padrões globais, e dentro da meta do governo, foi a expansão mais fraca desde 1990. Este ano é crucial para que o Partido Comunista cumpra seu objetivo de dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) e a receita na década até 2020, transformando a China em

uma nação “moderadamente próspera”. O PIB do quarto trimestre subiu 6,0% sobre o ano anterior, estabilizando ante o terceiro trimestre, embora ainda o mais fraco em quase três décadas. E a produção industrial, investimento e vendas no varejo avançaram mais do que o esperado em dezembro.

Na comparação trimestral, o crescimento entre outubro e dezembro foi de 1,5%, mesmo ritmo dos três meses anteriores. Fontes disseram à Reuters que Pequim planeja determinar uma meta de crescimento mais baixa, de cerca de 6% este ano, ante 6% a 6,5% do ano passado, contando com maiores gastos em infraestru-

tura para conter uma desaceleração mais profunda. As metas devem ser anunciadas em março. A produção industrial cresceu 6,9% em dezembro sobre o ano anterior, ritmo mais forte em nove meses, enquanto as vendas no varejo avançaram 8,0%. O investimento em ativos fixos subiu 5,4% no ano todo. (Reuters)

CONSUMO

BH atinge menor nível de endividamento em dezembro O percentual de endividados em Belo Horizonte recuou em dezembro, atingindo 74,2% da população, valor 1,7 ponto percentual (p.p.) inferior ao registrado no mês de novembro (75,9%). Esse foi o menor patamar alcançado pelo índice em 2019. O indicador integra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada pela Fecomércio-MG, com base em dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A queda no endividamento, no último mês do ano, reflete um conjunto de fatores, como explica o economista-chefe da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida. “Essa oscilação é comum em dezembro, uma vez que o consumidor opta por antecipar as compras e aproveitar as ofertas da

Black Friday, realizada em novembro. Além disso, com o incremento do 13º salário e os saques do FGTS, a população tem a opção de efetuar os pagamentos à vista, garantindo bons descontos”, avalia. A pesquisa da federação mensurou também o percentual de inadimplência, que indica a proporção de famílias com contas atrasadas na capital mineira. “Esse é o segundo mês de elevação do indicador, que alcançou 32,3%, valor 1,1 ponto superior ao registrado em novembro. Se compararmos com o mesmo período de 2017, o índice avançou ainda mais: 7,3 pontos”, observa Almeida. Já o percentual de consumidores que afirmaram não ter condições de quitar a dívida apresentou queda de 1 p.p. na avaliação mensal, assumindo o valor de 13,9%

em dezembro. Dentre as formas de pagamento, o cartão de crédito continua como a opção mais utilizada em Belo Horizonte. Em dezembro, 86,6% usaram essa modalidade, índice ainda maior em famílias com mais de dez salários mínimos (91,4%). Outras formas de endividamento que se destacaram foram o financiamento de carro (14,2%), os carnês (12,5%), o cheque especial (10%), o financiamento imobiliário (9%) e o crédito consignado (9,1%). “Observamos um crescimento de 1,4 ponto no uso do cheque especial em relação ao mês anterior. Como essa modalidade passou a contar com novas tarifas de cobrança, é importante que o consumidor fique atento às suas finanças e não a utilize como um complemento da renda, mas apenas em casos de emergência”, destaca o economista-chefe.

MARCOS SANTOS / USP IMAGENS

O cartão de crédito continua sendo a opção de pagamento mais utilizada pelos consumidores

A pesquisa mostrou, ainda, que as famílias de Belo Horizonte comprometem sua renda com dívidas por um

período médio de sete meses. Na capital mineira, o endividamento representa 10% da renda familiar para 68,2%

dos entrevistados, sendo que, para 24,1%, esse percentual atinge 50% do orçamento mensal. (Da Redação)


BELO HORIZONTE, SĂ BADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

6

ECONOMIA DIVULGAĂ‡ĂƒO / MRV

CONSTRUĂ‡ĂƒO

MRV vai investir R$ 220 milhĂľes em complexo em Contagem VGV projetado ĂŠ de R$ 512 milhĂľes JULIANA SIQUEIRA

A MRV farĂĄ um investimento de aproximadamente R$ 220 milhĂľes, em mĂŠdio prazo, na construção do Portal TrĂŞs Barras, um complexo de 12 condomĂ­nios fechados em Contagem, na RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O Valor Geral de Vendas (VGV) estimado ĂŠ de R$ 512.160.000. As perspectivas sĂŁo de que o empreendimento gere mil vagas de empregos diretos e indiretos. As unidades devem custar a partir de R$ 165 mil e se enquadram no programa Minha casa, minha vida. O complexo serĂĄ construĂ­do em uma ĂĄrea de 272.440 m², que vai comportar mais de trĂŞs mil apartamentos. As obras tiveram inĂ­cio neste mĂŞs e o primeiro condomĂ­nio, o Mata Atlântica, com 520 unidades, deve ficar pronto em um prazo de 36 meses. As expectativas sĂŁo de que de 15% a 20% das unidades desse primeiro empreendido sejam comercializadas atĂŠ o fim de janeiro. De acordo com o gestor de vendas da empresa, Rodrigo Maia, alĂŠm da escolha estratĂŠgica pelo bairro, localizado prĂłximo ao centro da cidade mineira, outro diferencial Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro 2ÂżFLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO ZZZ JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD OHLOmR jV KRUDV SDUD DOLHQDomR GH DWLYRV H[FHGHQWHV GD HPSUHVD BCD Alimentos 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO

do complexo estĂĄ ligado Ă estrutura de lazer oferecida – uma preocupação muito presente na companhia atualmente, diz ele. â€œĂ‰ o conceito de condomĂ­nio resort. Houve a preocupação em fazer um projeto diferenciado desde o inĂ­cio. TerĂĄ um clube de lazer centralizado: as pessoas vĂŁo ter um clube ‘dentro de casa’, com total segurança e confortoâ€?, ressalta. Vizinhança - Dos R$ 220 milhĂľes que serĂŁo investidos no complexo, R$ 20 milhĂľes terĂŁo como destino obras que pretendem levar melhorias a toda a vizinhança do novo empreendimento. Segundo Rodrigo Maia, as benfeito-

Primeiro condomínio, de um total de 12 no município da Região Metropolitana de BH, serå o Mata Atlântica, com 520 unidades

rias estĂŁo relacionadas Ă urbanização, abertura de rua, avenida, espaços de lazer, paisagismo, doação de ĂĄreas para equipamentos pĂşblicos, entre outras. AlĂŠm disso, o empreendimento tambĂŠm deve contribuir economicamente com a regiĂŁo, de acordo com o gestor de vendas da MRV. “SerĂŁo cerca de 7.500 moradores nos condomĂ­-

nios. Isso certamente gera renda, consumo�, diz ele, que acrescenta, ainda, que os investimentos no local “geram atratividade para o entorno, para que as pessoas abram estabelecimentos comerciais�, destaca.

entregue com a instalação de placas fotovoltaicas para a geração de energia solar, que vai atender as åreas comuns. AlÊm disso, serão disponibilizados, em dois blocos, o Kit Solar. Por meio dele, serå possível que as pessoas adquiram placas Kit Solar - O Mata Atlânti- solares para o atendimento ca serå construído em um das suas unidades. Assim, terreno de 30.250,00 m². O poderão ter mais economia empreendimento vai ser na conta de energia elÊtrica.

Jå na capital mineira, a MRV deve lançar mais 452 unidades logo no primeiro trimestre deste ano, pertencentes a dois condomínios fechados: um no bairro Planalto e outro no Juliana, no Vetor Norte. Ao todo, vão ser investidos mais de R$ 45 milhþes na construção. Cerca de 300 novos postos de trabalho devem ser gerados.

Obras pĂşblicas podem aquecer setor pesado em 2020 JULIANA SIQUEIRA

Embora os Ăşltimos anos nĂŁo tenham sido os melhores para o setor da construção pesada, as perspectivas para 2020 sĂŁo de mudanças positivas nesse cenĂĄrio. De acordo com o presidente do Sindicato da IndĂşstria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG), Emir Cadar, atualmente, hĂĄ todo um quadro que aponta para dias mais promissores, que abrange desde as expectativas de obras da prefeitura atĂŠ as reformas governamentais. “Houve melhora das condiçþes do mercado. Podemos citar como exemplo a refor-

ma trabalhista, o plano de recuperação fiscal do Estado, pois aĂ­ sobraria verba para investimentos em infraestrutura, entre outrosâ€?, diz ele. Esse maior otimismo chega em um momento importante, depois de o segmento atravessar anos com nĂşmeros nada animadores. Conforme o DIĂ RIO DO COMÉRCIO noticiou em julho do ano passado, nos Ăşltimos cinco anos Ă ĂŠpoca, o faturamento do setor havia retraĂ­do no mĂ­nimo 50%. “De 2014 atĂŠ agora registramos muitas perdas. A construção pesada, em minha opiniĂŁo, ĂŠ o setor mais importante da economia. Isso porque ele gera empre-

CNPJ nÂş 03.223.960/0001-09 NIRE nÂş 31400038477

3VB %PT .PUPSJTUBT OÂĄ -U EB 2E ÂŤ UFSS N¤ 0CT 0DVQBEB %FTPDVQBĂŽĂ?P QPS DPOUB EP BSSFNBUBOUF -BODF .Ă“OJNP 3

23/01/2020 ÀS 16h

Inf: (11) 3845-5599 WWW.MILANLEILOES.COM.BR Ronaldo Milan - Leiloeiro Oficial - Jucesp 266

CIĂŠNCIA MEDICAMENTOS ESPECIAIS LTDA.

mineração. “Os preços do minĂŠrio estĂŁo melhorando, hĂĄ uma expectativa melhor. Houve mudanças nas regulamentaçþes das barragens, o que gerou vĂĄrios contratosâ€?, ressalta. Outro segmento que tem gerado perspectivas mais animadoras, diz Emir Cadar, ĂŠ o de saneamento. Projeção - O ano de 2020 promete ser melhor do que os anteriores. No entanto, o presidente do Sicepot-MG afirma que ainda nĂŁo se deve chegar aos patamares mais altos como os jĂĄ alcançados anteriormente. “SerĂĄ um ano melhor. A gente passou quatro anos praticamente parados, sucateando nossos equipamentosâ€?, salienta.

Edital de Convocação Assembleia Geral Extraordinåria

$"4" $ .¤  $0/453

CNPJ/MF n° 19.936.557/0001-67 - NIRE 3121009269-1 INSTRUMENTO PARTICULAR DE 3ÂŞ ALTERAĂ‡ĂƒO DO CONTRATO SOCIAL Pelo presente instrumento particular, I. Prescrita Medicamentos Ltda., sociedade empresĂĄria limitada, com sede na cidade de JoĂŁo Pessoa, Estado da ParaĂ­ba, na Av. General Edson Ramalho, 975, Loja B, ManaĂ­ra, CEP 58038-102, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 10.515.224/0001-90, com seus atos constitutivos registrados na Junta Comercial do Estado da ParaĂ­ba sob o NIRE 25.200.490.53-3, neste ato representada na forma de seu contrato social, por seus diretores Srs. (i) Sr. Marcelo Falanga Lopes, brasileiro, casado sob regime de separação total de bens, engenheiro, portador da cĂŠdula de identidade RG n° 33.145.751-9 (SSP/SP), inscrito no CPF/MF sob o n° 277.691.038-00, residente e domiciliado na cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, com escritĂłrio na Rua Leopoldo Couto MagalhĂŁes Jr., 758, cj. 172, 17° andar, CEP 04542-000; e (ii) Sr. Luis Renato GuimarĂŁes Liveri, brasileiro, casado, administrador, portador da cĂŠdula de identidade RG n° 27.588.062-X SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o n° 113.323.198-58, residente e domiciliado na cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, com escritĂłrio na Rua Leopoldo Couto de MagalhĂŁes Jr., 758, cj. 172, 17° andar, CEP 04.542ÂŹ000 (“Prescritaâ€? ou “Incorporadoraâ€?); II. Elfa Medicamentos S.A. sociedade por açþes, com sede na Cidade de BrasĂ­lia, Distrito Federal, na ADE, s/n°, Conjunto 28, Lote 11, Ă rea de Desenvolvimento EconĂ´mico (Ă guas Claras), CEP 71.991-360, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 09.053.134/0001-45, com seus atos constitutivos devidamente arquivados perante a Junta Comercial do Distrito Federal (“JCDFâ€?) sob o NIRE 53.300.018.774, representada neste ato por seus Diretores (i) Sr. Marcelo Falanga Lopes, brasileiro, casado, engenheiro, portador da CĂŠdula de Identidade RG n° 33.145.751-9, inscrito no CPF sob o n° 277.691.038-00, residente e domiciliado na cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, com escritĂłrio na Rua Leopoldo Couto de MagalhĂŁes Jr., 758, cj. 172, 17° andar, CEP 04.542-000; e (ii) Sr. Luis Renato GuimarĂŁes Liveri, brasileiro, casado, administrador, portador da cĂŠdula de identidade RG n° 27.588.062-X SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o n° 113.323.198-58, residente e domiciliado na cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, com escritĂłrio na Rua Leopoldo Couto de MagalhĂŁes Jr., 758, cj. 172, 17° andar, CEP 04.542-000 (“Elfa Medicamentosâ€?) Ăşnicas sĂłcias da CiĂŞncia Medicamentos Especiais Ltda., sociedade empresĂĄria limitada, com sede na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua Curitiba, nÂş 1862, Bairro/Distrito Lourdes, CEP 30.170-122, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 19.936.557/0001-67, com seus atos constitutivos registrados na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE 31.210.092.691 (“Sociedadeâ€?); por este instrumento, resolve alterar o contrato social da Sociedade, nos seguintes termos: 1. CessĂŁo e TransferĂŞncia de Quotas e Retirada de SĂłcia: 1.1. A sĂłcia Elfa Medicamentos, acima qualificada, neste ato, retirando-se da Sociedade, cede e transfere, de forma onerosa, Ă sĂłcia Prescrita, acima qualificada, em carĂĄter incondicional, irrevogĂĄvel e irretratĂĄvel, as 6 (seis) quotas representativas do capital social da Sociedade de sua titularidade, no valor nominal de R$ 1,00 (um real) cada, devidamente subscritas e integralizadas, todas livres e desembaraçadas de quaisquer Ă´nus ou gravames, com tudo o que estas representam. 1.2. ApĂłs a cessĂŁo e transferĂŞncia das quotas aprovada nos termos da subclĂĄusula 1.1 acima, a sĂłcia Prescrita, acima qualificada, passa a ser a Ăşnica sĂłcia detentora da totalidade das quotas emitidas pela Sociedade. 1.3. Tendo em vista a transferĂŞncia de quotas deliberada nos termos desta ClĂĄusula 1, a Ăşnica sĂłcia da Sociedade resolve alterar a redação da ClĂĄusula Quinta do Contrato Social da Sociedade, a qual passa a vigorar com a seguinte nova redação: ClĂĄusula Quinta - O capital social ĂŠ de R$ 560.000,00 (quinhentos e sessenta mil reais), dividido em 560.000 (quinhentas e sessenta mil) quotas, no valor nominal de R$ 1,00 (um real), integralizadas em moeda corrente do PaĂ­s, detidas integralmente pela sĂłcia Prescrita Medicamentos Ltda., conforme abaixo: SĂłcios - Quotas - Valor (R$) - %: Prescrita Medicamentos Ltda. - 560.000 - 560.000,00 - 100%; Total - 560.000 - 560.000,00 - 100%. 2. Da Incorporação da Sociedade pela Prescrita Medicamentos Ltda.: 2.1. Ato subsequente, a Ăşnica sĂłcia resolve aprovar, sem quaisquer ressalvas ou restriçþes, o “Instrumento Particular de Protocolo e Justificação de Incorporação da CiĂŞncia Medicamentos Especiais Ltda. pela Prescrita Medicamentos Ltda.â€?, celebrado em 30 de julho de 2018, entre as administraçþes da Sociedade e da Incorporadora, o qual tem por objetivo consubstanciar as justificativas, os termos, clĂĄusulas e condiçþes de incorporação da Sociedade pela Prescrita, e cujo instrumento particular, rubricado pela mesa, fica arquivado na sede da Sociedade e serĂĄ apresentado perante o Registro PĂşblico de Empresas Mercantis competente juntamente com o presente instrumento (“Protocolo e Justificaçãoâ€?). 2.2. Em seguida, resolve a Ăşnica sĂłcia aprovar a incorporação da Sociedade pela Prescrita, nos termos e condiçþes previstos no Protocolo e Justificação (“Incorporaçãoâ€?). 2.2.1. Nos termos do Protocolo e Justificação, a Incorporação serĂĄ realizada sem relação de substituição das quotas de emissĂŁo da Sociedade, tendo em vista que (i) a Prescrita ĂŠ titular da totalidade das quotas de emissĂŁo da Sociedade, inexistindo sĂłcios nĂŁo controladores que devam migrar para a Prescrita; (ii) as quotas de emissĂŁo da Sociedade e de titularidade da Prescrita serĂŁo extintas no ato da Incorporação; (iii) a Incorporação nĂŁo acarretarĂĄ aumento de capital social na Prescrita; e (iv) a Incorporação nĂŁo implicarĂĄ emissĂŁo de novas quotas pela Prescrita. 2.2.2. Uma vez aprovada a Incorporação pelos sĂłcios da Prescrita, a Sociedade serĂĄ extinta de pleno direito e a totalidade do patrimĂ´nio da Sociedade serĂĄ transferido, a tĂ­tulo universal, para a Prescrita, nos termos do artigo 1.116 da Lei nÂş 10.406, de 10 de janeiro de 2002, conforme alterada (“CĂłdigo Civilâ€?). 2.2.3. Consignar que uma vez implementada a Incorporação, a Prescrita sucederĂĄ a Sociedade, a tĂ­tulo universal e sem solução de continuidade, em todos os bens, direitos, pretensĂľes, faculdades, poderes, imunidades, açþes, exceçþes, deveres, obrigaçþes, sujeiçþes, Ă´nus e responsabilidades de titularidade da Sociedade incorporados pela Prescrita. 2.2.4. Visto que a Sociedade ĂŠ integralmente detida pela Prescrita, nĂŁo hĂĄ sĂłcio dissidente da deliberação, nos termos do artigo 1.077 do CĂłdigo Civil. 2.2.5. Consignar que a Prescrita deverĂĄ absorver e assumir as variaçþes patrimoniais que ocorrerem no patrimĂ´nio da Sociedade entre 30 de junho de 2018 e a data da efetiva realização da incorporação, incluindo eventuais insubsistĂŞncias ativas ou superveniĂŞncias passivas. 2.2.6. A Incorporadora sucederĂĄ, sem solução de continuidade, em todos os bens e direitos relativos aos estabelecimentos da Sociedade, de modo que as atividades exercidas pela Sociedade passarĂŁo a ser exploradas, sem solução de continuidade, pela Incorporadora. 2.2.7. A certidĂŁo da Incorporação passada pelo Registro PĂşblico de Empresas Mercantis serĂĄ documento hĂĄbil para o registro e a averbação, nos registros pĂşblicos e privados competentes, da sucessĂŁo universal pela Prescrita em todos os bens, direitos, pretensĂľes, faculdades, poderes, imunidades, açþes, exceçþes, deveres, obrigaçþes, sujeiçþes, Ă´nus e responsabilidades integrantes ou relacionados Ă Incorporação da Sociedade pela Prescrita. 2.2.8. Consignar que, nos termos do artigo 1.122 do CĂłdigo Civil, o credor da Sociedade ou da Prescrita anterior Ă aprovação da Incorporação e prejudicado pela realização da Incorporação poderĂĄ demandar judicialmente a anulação da Incorporação, no prazo de atĂŠ 90 (noventa) dias apĂłs a publicação dos atos societĂĄrios da Sociedade e da Prescrita nos jornais habitualmente utilizados pelas sociedades. ApĂłs referido prazo, ficarĂĄ extinto por decadĂŞncia o direito de impugnar a Incorporação. 3. Autorização da Administração: 3.1. A Ăşnica sĂłcia autoriza os administradores da Sociedade a tomarem todas as medidas necessĂĄrias para efetivar e cumprir as deliberaçþes ora tomadas, inclusive, mas sem limitação, assinar todos e quaisquer documentos e proceder a todos os registros e averbaçþes nos ĂłrgĂŁos pĂşblicos e privados que se façam necessĂĄrios para tal fim. E, por estarem assim justas e contratadas, as partes assinam o presente instrumento em forma digital, utilizando o Certificado Digital (E-CPF) dos Representantes Legais citados abaixo, na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (JUCEMG), no momento do arquivamento. Belo Horizonte, 30 de julho de 2018. SĂłcia Retirante/SĂłcia: Elfa Medicamentos S.A./Prescrita Medicamentos Ltda. Nome: Marcelo Falanga Lopes, Cargo: Diretor de Planejamento EstratĂŠgico; Nome: Luis Renato GuimarĂŁes Liveri, Cargo: Diretor Presidente. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais - Certifico o registro sob o nÂş 6987527 em 04/09/2018 e Protocolo 184597749 - 24/08/2018. Marinely de Paula Bomfim - SecretĂĄria-Geral.

ConcessĂľes - Chegado o ano que prometia um cenĂĄrio mais positivo para o segmento, outro fator que deve colaborar para isso, alĂŠm dos jĂĄ mencionados, sĂŁo as concessĂľes. “Acreditamos que vai ter esse movimento de concessĂŁo, gerando muito trabalho para a construção pesadaâ€?, frisa o presidente do Sicepot-MG. Entretanto, enfatiza Emir Cadar, ĂŠ preciso que o go-

verno tambĂŠm invista em infraestrutura. “Se ficar achando que ĂŠ sĂł concessĂŁo, a população vai sofrer com falta de obraâ€?, destaca. “Fala-se muito em concessĂŁo, mas se nĂŁo tiver junto a isso o investimento pĂşblico, nĂłs nĂŁo vamos longe no que o Brasil precisa para retomar. Se nĂŁo tiver malha rodoviĂĄria, ferroviĂĄria, fluvial para escoar a produção, nĂłs continuaremos um PaĂ­s que nĂŁo serĂĄ competitivoâ€?, completa. Falando especificamente dos setores que devem se mostrar promissores e que jĂĄ vĂŞm se revelando mais positivos, o presidente do Sicepot-MG menciona a

COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO E ATIVIDADES AFINS LTDA. EVANGELICOOP

/07" -*." .( #BMOFĂˆSJP ÂŤHVB -JNQB

CONSULTE CONDIÇÕES DE PARCELAMENTO

gos e move toda a economia do PaĂ­s. Estamos sofrendo muito com essa crise, mas temos esperança de que, a partir de 2020 para frente, haja uma retomadaâ€?, disse Emir Cadar, na ocasiĂŁo.

(P FRQIRUPLGDGH FRP R (VWDWXWR 6RFLDO R 3UHVLGHQWH GD &RRSHUDWLYD GH 7UDEDOKR 0pGLFR H $WLYLGDGHV $ÂżQV Ltda. - Evangelicoop, Dra. Jeissy Conceição Andrade de Paula CRM/MG nÂş 26504, convoca os cooperados para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, no Centro de Estudos do Hospital EvangĂŠlico Ă rua Dr. AlĂ­pio Goulart, 25 – Bairro Serra – Belo Horizonte – MG, no dia 30 ( Trinta) de janeiro de 2020, Ă s 17h em 1a convocação com a presença de no mĂ­nimo 2/3 (dois terços) dos cooperados; Ă s 18h. em 2a convocação, com a presença mĂ­nima de metade mais 1 (um) dos cooperados ou Ă s 19 h. em terceira e Ăşltima convocação, com a presença de no mĂ­nimo 10 (dez) cooperados, para deliberar sobre os seguintes assuntos constantes da: ORDEM DO DIA: 1 – Processos Judiciais Trabalhistas; 2 - Reforma do Estatuto Social. Belo Horizonte, 16 de Janeiro de 2020. Dra. Jeissy Conceição Andrade de Paula - Diretora Presidente NOTA: Para efeitos legais, declara-se que o nĂşmero de cooperados ĂŠ de 292 (Duzentos e noventa e dois)

Gustavo Costa Aguiar Oliveira, /HLORHLUR 2¿FLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO www. JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD jV KRUDV SDUD DOLHQDomR GH YHtFXORV VLQLVWUDGRV H VXFDWDV GD AUTO TRUCK LTDA. E SEUS ASSOCIADOS. 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO

LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA LAS 0 INDUTRAFO INDUCAO E SERVICOS LTDA, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel - SEMMAD, torna pĂşblico que foi concedida atravĂŠs do processo administrativo nÂş 44.102/2019, a LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA CLASSE 0, para as atividades de RÂżFLQD GH UHSDUDomR H FRQVHUYDomR GH PDTXLQDV DSDUHOKRV H HTXLSDPHQWRV elĂŠtricos ou nĂŁo, eletrĂ´nicos e de comunicação de uso agrĂ­cola, industrial, comercial, serviços ou residĂŞncias, cĂłdigo de atividade S-01-07-00, localizada na Rua FABIO BANDEIRA FIGUEIREDO, 132- FILADELFIA – BETIM/MG.

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO CONCORRĂŠNCIA NÂş. 003/2020 O SEST-Serviço Social do Transporte torna pĂşblico aos interessados, a realização de licitação na modalidade CONCORRĂŠNCIA para aquisição de digitalizador de Raio X odontolĂłgico, com VRIWZDUH GH HGLomR H GHPDLV FRPSOHPHQWRV HVSHFLÂżFDGRV QR (GLWDO H VHXV $QH[RV 2 UHFHELPHQWR dos envelopes contendo a documentação e proposta serĂĄ no dia 05/02/2020 jV K PLQ 3DUD UHWLUDGD GR HGLWDO H DFHVVR jV GHPDLV LQIRUPDo}HV RV LQWHUHVVDGRV GHYHUmR GLULJLU VH D $Y 'RULQDWR /LPD ,QFRQÂżGHQWHV &RQWDJHP 0* HP DWp trĂŞs dias antes da data mencionada de K jV K H GH K jV K GH VHJXQGD D VH[WD IHLUD HVWDQGR R EDITAL GLVSRQtYHO WDPEpP SHOR H PDLO OLFLWDFDR D #VHVWVHQDW RUJ EU ,QIRUPDo}HV

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REGIONAL DE MINAS GERAIS AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO–PREGĂƒO ELETRĂ”NICO NÂş003/2020 O SENAR-AR/MG torna pĂşblico que farĂĄ licitação, na modalidade PregĂŁo EletrĂ´nico, tipo MENOR PREÇO POR LOTE, visando a contratação de empresa especializada no transporte eventual de grupos de passageiros, por meio de Ă´nibus executivo ou superior, micro-Ă´nibus ou van, sob demanda, sem exclusividade, com motorista, combustĂ­vel, seguro e outras despesas necessĂĄrios Ă execução dos serviços, com objetivo de atender Ă s necessidades do Curso TĂŠcnico HP $JURQHJyFLR GR 6,67(0$ )$(0* 6(1$5 $5 0* GH DFRUGR FRP DV HVSHFLÂżFDo}HV descritas no Edital e seus Anexos. Abertura dia 31/01/2020, Ă s 9h:15m. O edital bem como mais LQIRUPDo}HV SRGHUmR VHU REWLGRV QD $Y GR &RQWRUQR Qž Âą % )ORUHVWD Âą %HOR +RUL]RQWH 0* Âą 7HO QR KRUiULR GH jV K GH VHJXQGD D VH[WD IHLUD RX DWUDYpV GR H PDLO licita@ senarminas.org.br 3ROO\DQH GH $OPHLGD 6DQWRV Âą 3UHJRHLUD

Gerdau Aços Longos S.A. por determinação do Conselho Estadual de PolĂ­tica Ambiental - COPAM, torna pĂşblico que solicitou, por meio do Processo Administrativo nÂş 03612/2005, Licença de Operação Corretiva, para as atividades de silvicultura (G-01-03-1) e produção de carvĂŁo vegetal oriundo de oresta plantada (G-03-03-4) na fazenda Cercado de Baixo e de Cima, localizada no municĂ­pio de Rio Pardo de Minas/MG. O requerente informa que foram apresentados os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e o RelatĂłrio de Impacto Ambiental (RIMA), e que o RIMA encontra-se Ă disposição dos interessados na SUPRAM Norte de Minas, localizada Ă rua Gabriel Passos, nÂş 50, centro, Montes Claros/MG. O requerente comunica que os interessados na realização da AudiĂŞncia PĂşblica deverĂŁo formalizar a sua solicitação, conforme o previsto na Deliberação Normativa COPAM nÂş 225, de 24 de agosto de 2018, na SUPRAM Norte, dentro do prazo de atĂŠ 45 (quarenta e cinco) dias.

COMISSĂƒO DE LICITAĂ‡ĂƒO

RESULTADO FINAL TELE SENA DE NATAL 2019

TĂ­t ulos premiados Mais Pontos (22 Pontos) 0.143.747 0.446.490 0.832.550 2.228.085 2.266.992 2.285.751 5.725.898

TĂ­t ulos premiados Menos Pontos (7 Pontos) 0.102.449 0.408.714 1.142.617 1.816.993 2.530.062 3.215.194 4.082.965 5.937.676

0.143.791 0.475.800 1.275.085 1.885.707 2.725.986 3.378.451 4.360.740 6.178.502

0.160.756 0.673.679 1.390.643 2.186.113 2.893.296 3.406.606 5.040.753 6.195.806 6.738.551

0.202.986 0.699.210 1.459.621 2.261.935 2.938.409 3.547.620 5.079.161 6.253.526 6.831.654

0.264.945 0.705.325 1.466.657 2.361.442 3.001.329 3.640.156 5.243.474 6.288.695 6.907.328

0.337.425 0.998.521 1.557.361 2.379.798 3.057.640 3.674.153 5.663.364 6.465.117

0.385.789 1.101.321 1.732.134 2.406.422 3.091.619 4.032.658 5.760.048 6.668.345

TĂ­t ulos premiados Tele Sena Completa (20 Pontos)

SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE AVISO DE RESULTADO CONCORRĂŠNCIA NÂş 020/2019 O SEST–Serviço Social do Transporte torna pĂşblico a homologação e adjudicação da ConcorrĂŞncia NÂş 020/2019, cujo objeto ĂŠ contratação de serviços de prĂłteses dentĂĄrias para atender a necessidade da especialidade prĂłteses dentĂĄrias da clĂ­nica odontolĂłgica da Unidade A-021 - Contagem/MG, em favor das empresas PrĂłtese Dental Brasil Ltda – CNPJ: 23.970.916/001-70, no valor de R$ 129.760,00 (cento e vinte e nove mil, setecentos e sessenta reais) e IrmĂŁos Castro Ltda – CNPJ: 04.340.890/0001-31, no valor de R$ 187.378,50 (cento e oitenta e sete mil, trezentos e setenta e oito reais e cinquenta centavos), no dia 14/01/2020.

COMISSĂƒO DE LICITAĂ‡ĂƒO

2.732.649 4.274.715

&RQÂżUD RV Q~PHURV GRV 1.166 WtWXORV SUHPLDGRV FRP 3UrPLR ,QVWDQWkQHR H 41 WtWXORV SUHPLDGRV FRP 3UrPLR 7RGR 'LD QR site GD 7HOH 6HQD www.telesena.com.br Dezenas sorteadas Mais Pontos e Menos Pontos 08 09 12 13 14 15 17 19 20 21 22 23 24 25 26 28 30 31 32 34 37 38 41 42 44

Dezenas sorteadas Tele Sena Completa

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO CONCORRĂŠNCIA NÂş. 001/2020

Mais Pontos (22 Pontos) - CE 03 MG 02 RO 01 SP 01 Menos Pontos (7 Pontos) - AL 01 BA 02 CE 02 DF 01 ES 01 GO 02 MA 02 MG 08 MS 01 MT 01 PA 02 PB 01 PE 02 PI 01 PR 02 RJ 03 RO 03 RS 04 SC 02 SP 18 Tele Sena Completa (20 Pontos) - PR 01 SP 01 PRĂŠMIO CASA

O SENAT-Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte tornam pĂşblico aos interessados, a realização de licitação na modalidade CONCORRĂŠNCIA para aquisição de uma retroescavadeira, nos moldes constantes do Edital e seus Anexos, bem como do Termo de ReferĂŞncia. O recebimento dos envelopes contendo a documentação e proposta serĂĄ no dia 04/02/2020, Ă s 09h00min. Para retirada do edital e acesso Ă s demais informaçþes, os interessados deverĂŁo GLULJLU VH D $Y 'RULQDWR /LPD ,QFRQÂżGHQWHV HP atĂŠ trĂŞs dias antes da data mencionada de 9h Ă s 12h e de 14h Ă s 16h, de segunda a sexta-feira estando o EDITAL disponĂ­vel tambĂŠm pelo e-mail: licitacao.a021@sestsenat.org.br . Informaçþes (31) 3369-2707.

5HVXOWDGR GR VRUWHLR GR GLD UHIHUHQWH j 7HOH 6HQD GH 1DWDO NÂş 6.327.235

COMISSĂƒO DE LICITAĂ‡ĂƒO

50 53 54 55 56 57 58 59 61 62 64 66 67 69 71 72 73 78 79 82 83 84

Estados Premiados


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

7

POLÍTICA NAZISMO

Bolsonaro demite secretário da Cultura Alvim publica vídeo com discurso semelhante ao de Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler VALTER CAMPANATO / AGÊNCIA BRASIL

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro anunciou na sexta-feira (17) a demissão do secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, após polêmica envolvendo discurso no qual o secretário usou frase semelhante a um pronunciamento de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista. Em nota, o presidente classificou de “infeliz” a declaração de Alvim e disse que sua permanência no cargo ficou insustentável. Ao mesmo tempo, reiterou o repúdio a ideologias totalitárias e procurou reforçar sua relação com a comunidade judaica. A fala de Alvim, feita em vídeo publicado no Twitter na noite da última quinta-feira na conta da secretaria, provocou forte reação pública nas redes sociais, incluindo de autoridades. “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então, não será nada”, disse Alvim no vídeo. Segundo o livro “Joseph Goebbels: Uma Biografia”, de Peter Longerich, o mi-

nistro da Propaganda de Adolf Hitler afirmou, em um pronunciamento para diretores de teatro: “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”. Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã da sexta-feira (17), Alvim disse que não sabia a origem da frase e pediu perdão ao povo judeu, mas sustentou que a ideia da frase escrita por ele e utilizada no discurso é “perfeita”. A mesma explicação foi dada, segundo ele, ao presidente Jair Bolsonaro, em conversa também pela manhã. “Eu li para o presidente, falei, expliquei para ele dessa coincidência retórica, li para ele a minha frase. A frase em si, repito, é absolutamente perfeita”, disse, em entrevista à rádio. “Mas, por outro lado, a vinculação dessa ideia acerca da arte e da cultura brasileiras com campos de extermínio, genocídio e eugenia é ou produto de má intencionalidade ou produto de analfabetismo funcional”, afirmou. O secretário disse ter escrito 90% do discurso. Solicitou, no entanto, ajuda de assessores, que teriam feito

Roberto Alvim disse que foi uma “coincidência retórica”

uma pesquisa para elaborar a fala. Ele afirmou repetidas vezes na entrevista não saber que a frase em questão tinha origem em fala do ministro nazista. Questionado se concordava com a frase de Goebbels, ou se era nazista, Alvim negou. “A frase que eu escrevi, que tem essa coincidência retórica com a forma da frase do Goebbels, é absolutamente correta. Até um ditador sanguinário pode ter uma ou outra frase absolutamente correta, embora no caso dessas pessoas eles estejam travestindo com nobres discursos as intenções

PEC EMERGENCIAL

mais espúrias. Mas você vai encontrar belíssimas frases sobre a humanidade na boca de um assassino contumaz como o Che Guevara”, disse. “Goebbels preconizava uma ideia de uma arte nacional, uma arte nacionalista? Sim. Eu também preconizo essa ideia? Eu também preconizo essa ideia. Outros intelectuais absolutamente incríveis também preconizam essa ideia? Também preconizam essa ideia. Daí a estender a associação para extermínio de pessoas em campos de concentração é uma coisa muito forçada”, questionou.

Mais tarde, em publicação numa rede social, depois de reafirmar que não sabia da origem da frase e que não compactua com o nazismo, Alvim disse que colocou seu cargo à disposição do presidente. “Tendo em vista o imenso mal-estar causado por esse lamentável episódio, coloquei imediatamente meu cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de protegê-lo”, disse na publicação. “Dei minha vida por esse projeto de governo, e prossigo leal ao presidente, e disposto a ajudá-lo no futuro na dignificação da Arte e da Cultura brasileiras”, acrescentou. Pouco depois da publicação, Bolsonaro divulgou a nota anunciando a saída do secretário. “Comunico o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência”, afirmou a nota assinada por Bolsonaro. “Reitero nosso repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas. Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e comparti-

lhamos valores em comum”, ressaltou. Limites - O discurso do secretário provocou forte reação. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), usou sua conta no Twitter para afirmar que o secretário “passou de todos os limites” com a publicação. “É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo”, disse Maia. O presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que é judeu, também pediu o afastamento do secretário e disse ser inadmissível que um representante do governo utilize o cargo para “explicitar simpatia pela ideologia nazista” ou repetir ideias de um ministro alemão. “Somente agora tive o desprazer de tomar conhecimento do acintoso, descabido e infeliz pronunciamento de assombrosa inspiração nazista do secretário de Cultura, Roberto Alvim, do governo federal”, disse o presidente do Congresso em nota. “Como primeiro presidente judeu do Congresso Nacional, manifesto veementemente meu total repúdio a essa atitude e peço seu afastamento imediato do cargo”, reforçou. (Reuters)

VERBAS PUBLICITÁRIAS

Mecanismos para reduzir subsídios Ministério Público de Contas pede ao serão criados apenas a partir de 2026 TCU que investigue o chefe da Secom Brasília - Contrariando o discurso pela redução dos subsídios, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deixou para depois do mandato de Jair Bolsonaro a obrigação de reduzi-los. A medida consta na proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera regras fiscais. As regras da chamada PEC Emergencial, formulada por Guedes, criam mecanismo de redução de subsídios apenas a partir de 2026. Outro instrumento previsto no texto é a revisão desses benefícios em, no máximo, a cada quatro anos. Ou seja, a revisão é obrigatória somente em 2024 no caso de a proposta ser aprovada em 2020. A apresentação de um plano de subsídios chegou a ser uma exigência da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que orientou as contas de 2019. Diante das dificuldades fiscais, os congressistas obrigaram por meio da lei que o governo elaborasse um plano de revisão de receitas e despesas para o período de 2019 a 2022. A regra inclui benefícios ou incentivos tributários, creditícios ou financeiros. O documento deveria ser acompanhado ainda de propostas legislativas para atender as revisões de benefícios, com estimativas dos respectivos impactos anuais de cada ação. A LDO em questão foi aprovada pelo Congresso em agosto de 2018, ainda durante o governo Michel Temer (MDB). Às vésperas de 2019 acabar, pouco antes do Natal, um rascunho do plano ainda

era debatido no Ministério da Economia antes de ser enviado à Presidência da República. Quando finalmente entregou o documento ao Congresso, o Executivo apresentou uma compilação de projetos já enviados que reveem receitas e despesas. Na parte sobre a revisão de subsídios, o documento do governo menciona a PEC Emergencial, que contém um trecho que prevê revisão e redução de subsídios. O documento não prevê estimativas anuais de impacto com a PEC para o período especificado pela LDO. Procurado, o governo afirmou que prepara outras medidas para a redução dos subsídios para os próximos anos. A lei exige a apresentação dessas propostas ao Congresso. Porém, o Ministério da Economia disse que apresentou as propostas ao Tribunal de Contas da União (TCU), um órgão auxiliar do Congresso, de forma sigilosa por se tratar de medidas ainda em estudo. A política de subsídios tem provocado disputas entre a pasta da Economia e o Planalto. No discurso, a equipe econômica se mostra contrária a esse tipo de política. Guedes afirmou no começo de 2019 que os que insistem em subsídios “quebraram o Brasil”. “Todo o mundo vem pedir subsídios, dinheiro para isso, dinheiro para aquilo”, disse em evento com empresários. Mesmo assim, a visão interna é que uma redução mais brusca nos benefícios não seria uma tarefa fácil pois, entre outros motivos, encontraria fortes resistências no mundo político e na

sociedade. Enquanto isso, Bolsonaro se mostra flexível às demandas. Recentemente, se posicionou favoravelmente aos benefícios obtidos por empresas ao investir em energia solar. Em outro episódio, o governo passou a estudar uma política para templos religiosos pagarem contas de luz mais baratas. Diante das críticas, porém, o presidente recuou e desistiu do subsídio. Cesta básica - Atualmente, entre as políticas de revisão de subsídios em preparação pelo governo, está a da cesta básica. A mudança será proposta pelo governo ao Congresso. No lugar da política, o Executivo planeja pagar R$ 24,10 mensais extras para os inscritos no Bolsa Família.A medida reduziria a necessidade de recursos públicos para cerca de R$ 4 bilhões. O montante corresponde a 25% do custo da isenção da cesta básica em 2018, de R$ 15,9 bilhões. De forma geral, o Ministério da Economia pretende reduzir os subsídios fiscais concentrando esforços em propostas voltadas ao Programa de Integração Social (PIS) e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que geraram uma renúncia fiscal de R$ 78 bilhões em 2018. A ideia é reonerar os programas que têm renúncia, em especial nos dois tributos, para tentar reduzir os subsídios tributários concedidos pela União já em 2020. O governo vai depender do Congresso para alcançar a meta. (Folhapress)

Brasília - O Ministério Público de Contas, que atua perante o Tribunal de Contas da União (TCU), pediu à Corte que investigue se o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Fabio Wajngarten, favoreceu emissoras de TV, entre elas clientes de sua empresa, ao distribuir verbas publicitárias, ferindo a lei de conflito de interesses e princípios constitucionais. Em representação apresentada na sexta-feira (17), o subprocurador-geral no TCU Lucas Rocha Furtado requer também uma medida cautelar, de cumprimento imediato, para que o rateio dos recursos entre os veículos seja feito com base em critérios de igualdade. Os pedidos foram motivados por reportagem da “Folha de S.Paulo”, publicada na última quarta-feira), mostrando que Wajngarten é sócio majoritário da FW Comunicação, que recebe dinheiro de emissoras, entre elas Record e Band, e de agências de propaganda contratadas pela própria Secom, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro. Na gestão dele, Record, Band e SBT, este último cliente da empresa até o primeiro semestre de 2019, passaram a receber fatias maiores das receitas publicitárias destinadas a TVs abertas. “É necessária a apuração rigorosa dos fatos acima narrados, que, se confirmados, podem, sim, caracterizar conflitos de interesses na atuação do secretário da Secom e infringência direta aos princípios constitucionais da impessoalidade, da

igualdade ou isonomia e da moralidade, merecendo a pronta intervenção dessa corte de contas”, escreveu o subprocurador no documento, enviado ao presidente do TCU, José Múcio Monteiro. Furtado diz haver indicativos de que o secretário implementou na Secom uma política de distribuição de recursos subjetiva, “quer na escolha das empresas contratadas, quer na própria definição do percentual que cabe a cada empresa”, o que deveria ser feito com base em critérios técnicos. Ele alega ser necessário confrontar os atos de Wajngarten com a lei de conflito de interesses. Por isso, solicita a remessa do caso à Comissão de Ética Pública da Presidência. Ela proíbe o agente público de exercer atividade que implique a “prestação de serviços ou a manutenção de relação de negócio” com empresas com interesse nas decisões dele. Também veda que o ocupante de cargo no Executivo pratique “ato em benefício de pessoa jurídica de que participe ele próprio, seu cônjuge, companheiro ou parentes até o terceiro grau”, ou mesmo que “possa ser por ele beneficiada ou influenciar seus atos de gestão”. O subprocurador afirma que, em caso de descumprimento das regras previstas, o gestor público incorre em improbidade administrativa. Ele sugere que o TCU remeta o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) para a adoção de medidas. “Diante do acima exposto e ante a possibilidade de o secretário da Secom, de uma forma ou de outra, ter-se beneficiado, direta ou indire-

tamente, dessa distribuição de recursos, por meio de suas empresas, considero que se faz necessária a atuação do TCU no sentido de apurar os fatos com vistas a adoção de medidas tendentes a proibir a prática ora questionada e de, eventualmente, exigir eventual reparação de dano causado ao erário, mediante o devido ressarcimento”, argumentou o subprocurador. O caso agora será distribuído a um dos ministros do tribunal, que decidirá, com base em parecer da área técnica, se cabe a abertura da investigação. Critérios - Furtado é autor de outra representação, que visa apurar se a Secom repassa verbas às emissoras com base em critérios políticos. Esse processo está sob relatoria do ministro Vital do Rêgo, que pretende discutir o caso em plenário. O chefe da Secom nega conflito de interesses, embora ainda não tenha apresentado justificativas quanto à lei que rege o tema. Ele afirma que cumpriu exigência de outra lei (8.112/1990), que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos da União. Ela determina que ocupantes de cargos públicos devem se afastar da administração de empresas das quais sejam sócios, ou seja, não podem participar de sua gestão. Wajngarten passou a gerência da FW a um empresário, mas manteve-se com 95% de participação na empresa e o direito a receber, nesse mesmo percentual, lucros e dividendos. A mãe dele, Clara Wajngarten, tem os outros 5% das cotas. (Folhapress)


8

BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

CRÉDITO RURAL

Desembolsos têm avanço de 14% no Estado

Na primeira metade da safra 2019/20, quantia emprestada a produtores mineiros atingiu R$ 15,11 bilhões MICHELLE VALVERDE

Nos primeiros seis meses da safra 2019/20, foi verificada alta de 14% na demanda pelos recursos do crédito agrícola em Minas Gerais. De acordo com as informações da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), entre julho e dezembro de 2019, foram desembolsados R$ 15,11 bilhões para o Estado, valor que responde por 14% do volume total liberado para o País, que chegou a R$ 107,8 bilhões. A maior parte do recurso financeiro tem sido destinada à linha de custeio, que já soma R$ 8,45 bilhões. Em Minas Gerais, já foram aprovados 128.833 contratos, crescimento de 1%. Dos R$ 15,11 bilhões, R$ 10,20 bilhões foram destinados para aplicação na agricultura, valor 10% superior ao registrado no mesmo período da safra passada. Para a atividade, foram aprovados 56.487 contratos, número estável frente ao anterior. Já a pecuária apresentou alta de 24% na demanda pelos

DIVULGAÇÃO

recursos do crédito rural, somando R$ 4,91 bilhões. A aprovação de contratos subiu 2% e encerrou o período em 72.346. Dentre as linhas do crédito agrícola e pecuário, o maior volume de desembolsos foi para custeio. Os dados mostram que, nos primeiros meses da safra, foram liberados R$ 8,45 bilhões, alta de 11% no Estado. A aprovação de contratos permaneceu a mesma: 56.643. Para o custeio da agricultura, foram liberados R$ 6,06 bilhões, variação positiva de 12%. A aprovação de contratos cresceu 2% e encerrou o período em 35.313 unidades. Somente em dezembro de 2019, foram liberados para a linha de custeio da agricultura R$ 714,95 milhões. As culturas que apresentaram maior demanda foram o café, com desembolso do R$ 402,60 milhões, seguido pelo milho (R$ 76,76 milhões), alho (R$ 43,70 milhões), soja (R$ 34,57 milhões) e feijão (R$ 33,75 milhões). Ao todo, já foram liberados R$ 2,39 bilhões para o

custeio da pecuária de Minas Gerais, valor 8% maior que os R$ 2,22 bilhões registrados nos primeiros seis meses da safra anterior. Foram aprovados 21.330 contratos, queda de 4%. Em dezembro, dentre os produtos, a maior parte dos recursos foi para bovinos (R$ 425 milhões), suínos (R$ 21,50 milhões) e avicultura (R$ 20,72 milhões). Investimentos - Alta também foi registrada na demanda pelos recursos de investimentos. Entre julho e dezembro, os desembolsos para a modalidade cresceram 34% no Estado, somando R$ 3,57 bilhões. Os contratos aprovados, 70.404, aumentaram 3%. Na pecuária, a busca por crédito para investimento subiu 48%, com a liberação de R$ 1,75 bilhão. Para a agricultura, foram liberados R$ 1,81 bilhão, variação positiva de 22%. Para a linha de investimento na pecuária, a aprovação de contratos cresceu 5% e somou 50.510. Já na agricultura, o número

Em dezembro, a cultura do milho foi a segunda que mais demandou recursos da linha de custeio

permaneceu estável, com a liberação de 19.894 contratos. Os valores de crédito contratados para a linha de comercialização ficaram menores, quando comparados com igual período do ano passado. De acordo com o levantamento, foram desembolsados R$ 2,5 bi-

AVICULTURA

liberados R$ 1,92 bilhão, queda de 18%, com a aprovação de 1.238 contratos, volume 41% menor. Já na pecuária, o crédito de comercialização cresceu 13%, com desembolsos de R$ 580 milhões. A aprovação de contratos chegou a 464, número 13% maior.

AGRICULTURA FAMILIAR

Gavea completa 10 anos de atuação em MG Registro de granjas avícolas, atendimento a suspeitas de doenças de notificação obrigatória, cadastro de estabelecimentos que comercializam aves vivas e de outras explorações avícolas. Estas são algumas das atribuições do Grupo de Atenção Veterinária Especial em Avicultura (Gavea), criado para atender plenamente as normas previstas no Plano Nacional de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e que completa em 2020 uma década de dedicação, empenho e muito trabalho. Nesses dez anos, são várias conquistas, contribuindo para o fortalecimento do setor de avicultura em Minas. Sob o comando da médica veterinária Izabella Hergot, coordenadora estadual do Programa de Sanidade Avícola do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o Gavea melhorou o sistema de atenção veterinária, ou seja, a capacidade de respostas à emergência sanitária, fazendo com que os produtores de aves ganhassem um forte aliado. Hoje o grupo atua especialmente nas regionais do Triângulo, Zona da Mata, Central e Sul de Minas, onde se concentram o maior plantel avícola do Estado. “Sempre focamos em treinamentos e capacitação dos profissionais. É um grupo integrado, com muito engajamento e trabalho de equipe. A maioria dos servidores que fazem parte do Gavea entraram no IMA na mesma época, e, por isso, podemos dizer que aprendemos a trabalhar juntos. Estamos muito felizes com nossas conquistas desses últimos anos”, comemora.

lhões para a modalidade em Minas Gerais, redução de 12% sobre os R$ 2,84 bilhões de igual período de 2018. A aprovação de contratos da linha de comercialização caiu 32%, somando 1.702 liberações, ante 2.513. Para a linha de comercialização da agricultura, foram

JONAS OLIVEIRA

Desde sua criação, grupo vem contribuindo para o fortalecimento da avicultura no Estado

Izabella conta que desde a fundação do Gavea, o grupo é extremamente elogiado não só pela diretoria do IMA, mas também pela Avimig e demais empresas do setor privado pelo seu comprometimento. “Estamos sempre atentos e, por isso, nos destacamos”, constata. De acordo com Carlos Rivelli, produtor de granja de corte do Estado, um dos principais fatores de sucesso em uma granja é a sua sanidade. “A prevenção é muito mais eficaz do que os tratamentos curativos”, destacou. Carlos pontua que o trabalho realizado pelos técnicos do Gavea é de suma importância para a biosseguridade das granjas, contribuindo diretamente para o crescimento da atividade. “São os técnicos do IMA que atestam a qualidade das aves, de nossas instalações e de nossos trabalhos. São eles também que vão a campo levando informações e troca de experiências com a nossa equipe, sempre com o propósito de preservar a saúde das aves e garantir que nossa produção atenda aos requisitos do mercado, além

das atualizações e inovações região que ainda não tinham das legislações vigentes”, sido registradas. “Um oudestaca. tro momento que podemos destacar foi o treinamento Ações - Atualmente, das de Uberlândia - no ano de granjas comerciais avícolas 2012 e em parceria com a registradas no IMA em todo iniciativa privada -, quando o Estado, 1.518 são de corte todos os representantes do e 148 de postura. Dentre as Gavea foram capacitados em atividades de destaque do emergência de avicultura Gavea estão a atuação no com aula prática e teórica. foco de laringotraqueite - O grupo permaneceu reudoença respiratória que aco- nido 15 dias ininterruptos”, mete as aves -, em Itamonte lembra. (MG), no Sul do Estado, e a Para 2020, a médica veteforça-tarefa para registro de rinária Izabella Hergot desgranjas realizada em Pará taca o crescente e essencial de Minas, na região Central. envolvimento dos parceiros Após o escritório de Ita- no setor. “Pretendemos ammonte receber a notificação pliar a vigilância nas granjas, da suspeita de laringotra- aproximando cada vez mais queite infecciosa, em no- dos pequenos produtores, vembro de 2010, o Gávea que, assim como os grandes, foi convocado prontamente são fundamentais para o para atender esta notificação, fortalecimento e evolução permanecendo na região da avicultura mineira. No durante vários meses. Em planejamento das ações do 2016 e 2017, os servidores Gavea para este ano, estamos também foram convocados focados na continuidade de para novos inquéritos na nosso trabalho em todas região, participando ativa- as granjas distribuídas no mente no controle da doença Estado, contando sempre no Estado. com a parceria da iniciativa Em junho de 2017, o grupo privada, da Associação de foi novamente convocado Avicultores de Minas Gerais para atuar em força-tarefa (Avimig) e dos produtores na região de Pará de Minas a mineiros”, conclui. (Com fim de fiscalizar as granjas da informações da Seapa)

Moradores de Lavras criam horta comunitária em área abandonada Áreas abandonadas, que acabam se tornando depósito irregular de lixo, são uma dor de cabeça para a população. Além do mau cheiro e da poluição visual, o espaço serve de esconderijo para animais perigosos. Para lidar com esse problema, em um bairro do município de Lavras, região Sul de Minas Gerais, a Emater-MG sugeriu uma solução prática: implantar no local uma horta comunitária. A ideia foi discutida em reuniões com representantes da prefeitura e da Associação dos Moradores do Conjunto Habitacional Júlio Sidnei Pinto (Cohab), onde ficava a área abandona de 1,2 hectare. A Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), ajudou na elaboração do projeto e presta assistência técnica aos moradores. No início, a prefeitura, além de ceder o local e fornecer sementes, ficou responsável pelo fornecimento da água para irrigar a horta. O sistema de produção segue a linha mais agroecológica. Segundo a extensionista da Emater-MG Carla Alvarenga, a opção se deve à proximidade da horta com casas do bairro e também pela demanda dos consumidores. “Os benefícios são vários. Entre eles, a segurança alimentar das famílias, com o consumo diversificado de hortaliças frescas e a renda extra com a venda do excedente”, diz Carla Alvarenga. Outro ponto destacado pelo técnico da Emater-MG Elter Vieira é a preservação ambiental com a retirada do lixo e a preservação de nascentes ocorrida com a revitalização da horta.

Quarenta e cinco famílias trabalham na horta comunitária. Cada uma produz alimentos para o próprio consumo e o excedente é comercializado. O gerenciamento do espaço é feito pelos próprios moradores, que criaram uma associação. O aposentado Ronan Alves conta que antes a situação era péssima para os moradores. “As pessoas jogavam lixo nessa área e até animal morto. Isso era um transtorno. Além disso, o local servia de casa para pequenos animais como ratos e baratas. Era um problema para o bairro”, conta. Segundo ele, com a implantação da horta, a situação mudou completamente. O morador produz hortaliças como alface, rúcula, salsinha e cebolinha. Os alimentos são vendidos no próprio local e para restaurantes da cidade. “É uma renda extra que ajuda bastante”, diz. Cerca de 30% da produção são destinados ao consumo da família. “Aqui em casa são quatro pessoas, então reduzimos gastos e sempre temos uma diversidade de alimentos frescos na mesa”, afirma Ronan Alves. Revitalização - Em 2017, o projeto de revitalização da horta foi concluído. A iniciativa é uma parceria entre a prefeitura, Emater-MG, Universidade Federal de Lavras (Ufla) e moradores. Foram construídas novas cercas, que melhoram o visual da horta e impediram a entrada de cães. Outra ação foi a proteção e plantio de espécies nativas em 12 nascentes acima da horta. Com isso, a água utilizada para irrigar as hortaliças vem direto dessas nascentes, sem gastos para os moradores. (Com informações da Emater-MG)


9

BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

DIVULGAÇÃO

TELECOMUNICAÇÕES

Solução para internet móvel é desenvolvida pelo Inatel

Produto deve chegar ao mercado DANIELA MACIEL

ainda não podemos revelar o nome da empresa, mas a O primeiro produto de- manufatura do equipamensenvolvido pelo Centro de to será feita no Estado”, Referência em Radiocomu- explica Rodrigues. nicações (CRR), que concentra as pesquisas na área de Demanda específica - O Comunicações Móveis do projeto é um dos resultados Instituto Nacional de Tele- dos quatro anos de pesquisa comunicações (Inatel), em do CRR e o primeiro com esse Santa Rita do Sapucaí (Sul viés comercial. A solução visa de Minas), pode chegar ao atender a diversos setores que mercado até o fim do ano. possuem essas demandas O LTE Network-in-a-Box, específicas de locais remotos desenvolvido pelos pesquisa- pelos quais as operadoras dores do Inatel, é uma solução não se interessam ou por que integra uma estação rádio clientes que precisam operar base com um núcleo de rede em redes privadas. integrado, destinada à criação Para montar uma rede de Redes 4G LTE. É ideal para clientes que necessitam de LTE clássica são necessáuma rede móvel privativa, rios vários equipamentos com demandas especiais de de grande porte e alto valor segurança, desempenho e agregado, o que dificulta a custo ou frequência de ope- criação de redes privativas. ração especial para aplicações O LTE integra as funcionaliem localidades onde o sinal dades desses equipamentos das operadoras convencionais em uma única caixa que é instalada no alto da antena. não chega. De acordo com o coordena- Dessa forma, o equipamento dor de Tecnologia e Inovação torna a operação mais barata, do CRR, Henry Rodrigues, a simples e rápida, exigindo transferência de tecnologia menos investimentos e mão já está em andamento e por de obra. “A principal funcionalienquanto não é possível revelar o nome da indústria que dade é a conectividade. O tem uma de suas unidades LTE permite que cada um produtivas em Minas Gerais. monte a sua própria rede, “Estamos no fim do pro- ser a sua própria operadora. cesso de transferência e Ele é mais barato porque em março terá início a é só um equipamento naprodução do lote piloto. cional, no lugar de vários Acreditamos que até o fim importados, mais simples do ano o aparelho já esteja porque demanda apenas disponível para o mercado. um técnico para a instalação Por questões contratuais e mais fácil manutenção,

Rodrigues explica que a transferência de tecnologia para a empresa que irá produzir o LTE Network-in-a-Box está em andamento

justamente, porque é um só e produzido no Brasil. Por isso acreditamos no grande potencial desse produto”, destaca o coordenador de Tecnologia e Inovação do CRR. Além disso, o equipamento é compatível com o Release 14 do 3GPP, permitindo a comunicação não somente com smartphones, mas também com terminais de internet das coisas (IoT) com as tecnologias LTE-M (LTE for machines) e NB-IoT (NarrowBand IoT). Outro diferencial é uma arquitetura de hardware e software que permitirá a evolução do produto para o padrão 5G nos Releases 15 ou 16. Pioneiro no Brasil, o LTE pode abrir, inclusive, uma janela de exportação se tornando competitivo frente a equipamentos similares produzidos em outras partes do mundo. “O 4G evoluiu para atender o IoT. Esse equipamento permite que com uma só rede eu consiga prover conectividade para os smartphones e também para a indústria 4.0. Hoje o chão de fábrica está automatizado, mas são vários equipamentos para formar a rede. Agora será um só com o LTE”, pontua.

Operações de portabilidade somam 5,8 mi

PIXABAY PIXABAY

Usuários de telefones fixos e móveis, no Brasil, realizaram 56,42 milhões de trocas de operadoras entre setembro de 2008, quando a portabilidade numérica passou a existir, e 31 de dezembro de 2019. Em Minas Gerais, foram 5,88 milhões de operações no período. A informação consta do balanço anual da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom), Entidade Administradora da Portabilidade Numérica. No balanço integral desses 11 anos de existência do serviço, foram registradas 17,05 milhões (30%) de transferências entre operadoras de telefonia fixa, com a manutenção do número do telefone por seus usuários. Os portadores de telefones móveis, no entanto, fizeram 39,36 milhões (70%) de migrações no mesmo período. No Estado, desde que a portabilidade numérica foi implementada, a par-

Desde 2008 foram registradas 56,42 mi de operações no Brasil

tir de setembro de 2008, até o dia 31 de dezembro de 2019, foram realizadas 5,88 milhões transferências entre operadoras. Dessas, 1,52 milhão (26%) para usuários de telefones fixos e 4,36 milhões (74%) de telefones móveis. Quarto trimestre – Durante o quarto trimestre de 2019 - de outubro a dezembro, em todo o território nacional, 2,35 milhões de portabilidades numéricas foram concluídas. As solicitações para transferências

de operadoras de telefones fixos respondem por 331 mil (14%) e as trocas no serviço móvel por 2,02 milhões (86%). Em Minas, entre outubro e dezembro de 2019, foram realizadas 230,89 mil migrações entre operadoras de serviços telefônicos. As solicitações de usuários de telefones fixos, nessas transferências, respondem por 27,95 mil migrações (12%) e as demandas realizadas no serviço móvel por 202,94 mil (88%). (Da Redação)

ENERGIA

Startup mineira cria projeto para gerar energia para a Ambev A Cervejaria Ambev criou a Aceleradora 100+, um projeto global que busca startups com soluções inovadoras para os principais problemas socioambientais da atualidade. Entre as participantes da primeira edição, estava a Pequi Ambiental - uma startup que criou um projeto para gerar energia aproveitando o fluxo de água que sai das cervejarias da Ambev. Projeto já foi implementado em Sete Lagoas, gerando mais de 7,2 kWh/mês. A Pequi recebeu um investimento de quase R$ 1,2 milhão, com planos de expansão para os próximos anos. A Pequi Ambiental é uma startup da Bios Consultoria, uma empresa de Belo Horizonte, que realiza projetos para a Cervejaria Ambev há anos. “Conheço bem como as cervejarias da Ambev funcionam e, como cresci em uma fazenda, estou sempre de olho em um tipo bem específico de oportunidade: geração de energia”, explica Paulo Pra-

PEDRO VILELA - DIVULGAÇÃO

do Costa, sócio-fundador da Bios Consultoria e da Pequi Ambiental. “Quando pequeno, era muito comum ficarmos sem energia, já que nossa fazenda estava bem afastada da cidade. Então, a gente tinha que ser criativo: qualquer queda d’água era uma oportunidade para conseguir eletricidade. Agora, imagina se eu pudesse aproveitar o fluxo de água quando ele sai das cervejarias da Projeto de geração de energia usando as ETEIs foi implantado na planta da companhia em Sete Lagoas, na região Central Ambev?”. implementados até o mo- para o meu negócio: estou há e fluxo de água suficientes -presidente de SustentabiliO projeto da Pequi é mento: um em Sete Lagoas anos no mercado e confesso para abastecer as micro hi- dade e Suprimentos da Cersimples e eficiente: todas (MG), que gera 7,2 kWh/ que já adotava práticas que drelétricas. “Sabemos que vejaria Ambev. “A parceria as cervejarias da Ambev mês, e um em Lages (SC), poderiam ser aprimoradas. sozinhos não vamos con- com a Pequi é um excelente possuem Estações de Trata- que gera 1,4 kWh/mês. A A parceria com a Cerveja- seguir mudar o mundo e exemplo disso: vimos o pomento de Efluentes Indus- energia abastece partes do ria Ambev expandiu meus foi por isso que criamos a tencial de um parceiro que triais (ETEIs), que tratam a processo de produção nas horizontes e meu deu novas Aceleradora100+. Desde acompanha a Ambev há água usada na produção da próprias cervejarias. ferramentas”, comenta Pau- sua primeira edição, ela anos, conhece nosso negócio cerveja e a devolve ao meio “O projeto gera energia de lo Prado. prova que é unindo forças e, dessa forma, foi capaz ambiente – muitas vezes, uma forma mais eficiente e A Ambev estuda expan- que podemos causar cada de enxergar oportunidades mais limpa do que quando a água continua chegando dir os projetos com a Pequi vez mais impacto positivo para tornar nossa operação ela entrou na fábrica. Na limpa aos rios, o que resulta saída das ETEIs, a água apenas em benefícios para o Ambiental para outras cer- no meio ambiente” afirma ainda mais sustentável”, é devolvida com grande meio ambiente. Com isso, eu vejarias que tenham vazão Rodrigo Figueiredo, vice- conclui. (Da Redação) fluxo e vazão, que a Pequi pude exercitar meu lado criaresolveu aproveitar e, para tivo e pôr em prática um prowww.twitter.com/diario_comercio www.facebook.com/DiariodoComercio isso, construiu micro hidre- jeto inovador. Além disso, a Telefone: (31) 3469-2025 létricas nos locais. Simples principal lição que aprendi gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br assim! Foram dois projetos com a Aceleradora100+ foi


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

NEGÓCIOS VAREJO

Consumidor brasileiro está mais consciente, aponta a CNI

Impacto da produção sobre o meio ambiente preocupa os brasileiros PAULO WHITAKER - REUTERS

Os brasileiros se preocupam com os impactos da produção sobre o meio ambiente, costumam boicotar marcas ou empresas por causa de comportamentos com os quais não concordam e estão mais conscientes sobre a necessidade de separar o lixo para reciclagem. As conclusões são da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Consumo Consciente, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “A atenção da população com os impactos da produção e do consumo está crescendo. Além de procurar um produto melhor, que satisfaça às suas necessidades, as pessoas procuram saber o que acontece com o meio ambiente, com os trabalhadores e com os animais no processo de produção”, observa o gerente executivo de Pesquisas e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca. “Isso mostra que, cada vez mais, as empresas precisam estar atentas aos impactos das suas atividades. As empresas que já fazem isso, e há vários casos no Brasil, têm mais facilidade de conquistar mercados”, afirma Fonseca. O levantamento, que ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios, mostra que 38% dos entrevistados sempre verificam ou verificam às vezes se os produtos que comprarão foram produzidos de forma ambientalmente correta. “São consumidores que procuram saber se as empresas adotam procedimentos para prejudicar o mínimo possível o meio ambiente, como reduzir a emissão de poluentes e a quantidade de resíduos descartados”, informa a pesquisa. Entretanto, 41% das pessoas dizem que nunca conferem se a produção é ambientalmente correta.

Estudo aponta que 38% verificam se os produtos foram produzidos de forma ambientalmente correta

produtos com baixa emissão de poluentes e resíduos. Outros 32% optariam pelo produto ambientalmente correto se o preço fosse igual ao dos demais. Até entre os que afirmam que nunca verificam se a produção é ambientalmente correta, 50% escolheriam esses produtos. “Isso indica que o marketing de um produto como ambientalmente responsável pode atingir uma parcela significativa dos consumidores que não buscam ativamente essa informação”, afirma a pesquisa. Além disso, 36% dos entrevistados estão dispostos a pagar mais caro por alimentos orgânicos, produzidos sem agrotóxicos, pesticidas ou defensivos agrícolas. Outros 30% optariam pelo orgânico caso o preço fosse o mesmo do outro produto, e 30% não comprariam o alimento orgânico, independentemente do preço. O levantamento também mostra que 37% dos consumidores pagariam mais caro por ovos, leite, carnes, couro, lã e outros, cujos procedimentos de produção reduzam o sofrimento dos animais. Comparação de custos De acordo com a pesquiMesmo assim, o respeito ao sa, 62% dos brasileiros já meio ambiente pode fazer a boicotaram marcas ou emdiferença na conquista dos presas que violam direitos consumidores. Isso porque trabalhistas, fazem testes ou 31% dos brasileiros estão maltratam animais, cometem dispostos a pagar mais por crimes ambientais ou discri-

minações de qualquer tipo ou posicionamento político. No entanto, o que mais motiva os brasileiros a boicotar empresas ou produtos são as violações trabalhistas: 43% deixaram de consumir um produto ou usar um serviço de uma empresa que desrespeitou os trabalhadores. Separação do lixo - Os brasileiros também têm mais consciência sobre o destino do lixo. O número de pessoas que separa o lixo para a reciclagem cresceu de 47% em 2013 para 55% no ano passado. Esse percentual é maior na região Sul, onde 66% separam o lixo. Em seguida, empatada dentro da margem de erro, aparece o Sudeste, com 64%. No agregado do Norte/Centro-Oeste o número é de 45% e, no Nordeste, de 42%. Os principais materiais separados são os plásticos em geral e garrafas PET, alumínio e papel, papelão e jornal. Mas o óleo de cozinha foi o material que apresentou maior crescimento na separação para reciclagem. O número de famílias que separam o óleo de cozinha subiu de 21% em 2013 para 34% em 2019. A separação de embalagens longa vida (TetraPak) foi a única que diminuiu: passou de 28% em 2013 para 20% em 2019. No entanto, os consumi-

dores ainda têm dificuldade para reciclagem por falta de serviços de coleta na maioria dos municípios. “Se tivesse um serviço de coleta melhor e mais abrangente, as pessoas separariam mais os materiais”, diz Renato da Fonseca. Conforme a pesquisa, 25% dos entrevistados dizem que a maior dificuldade para reciclar produtos é a falta de coleta seletiva. Outros 23% da população afirmam que o principal obstáculo é a falta de costume e o esquecimento na hora de separar o lixo. O levantamento mostra ainda que os consumidores estão buscando um descarte mais adequado ao lixo eletrônico. O número de entrevistados que descartam aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos junto com os demais resíduos caiu de 21% em 2013 para 12% em 2019. No mesmo período, o percentual dos que levam esses materiais a postos de coletas especializados aumentou de 5% para 15%. Mas o principal destino dos eletrônicos e eletrodomésticos velhos é a doação, escolhido por 33% dos entrevistados. A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Consumo Consciente foi feita entre 19 e 22 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o grau de confiança é de 95%. (Agência CNI)

10

EMPREENDEDORISMO

Brechós usam as redes sociais para expandir os negócios O mercado de Brechós é um dos segmentos que mais cresceu no Brasil nos últimos anos. A oferta de peças de vestuário de qualidade a preços mais acessíveis aliada ao conceito de sustentabilidade, fez com que o público consumidor desse tipo de negócio crescesse expressivamente, atraindo a atenção de mais empreendedores. O segmento hoje é um dos mais procurados no canal Ideia de Negócios, no portal do Sebrae, que oferece uma série de dicas e orientações para quem pretende transformar em realidade o sonho de abrir o próprio negócio em 2020. O brechó é um negócio direcionado à compra e venda de artigos usados, principalmente produtos relacionados ao vestuário masculino, feminino e infantil. Essa é uma das mais antigas atividades comerciais, cuja origem vem do chamado “mercado das pulgas” na Europa, onde se podia comprar e vender praticamente tudo. Porém, em alguns países como a China, Índia e Bangladesh esse tipo de comércio é ainda mais antigo. No Brasil, o nome seria uma referência a um mascate chamado Belchior, que vendia produtos de segunda mão no Rio de Janeiro. Antes julgado como sinônimo de peças desgastadas e fora de moda, hoje os brechós estão em alta e são vistos como uma tendência descolada e sustentável. Nos brechós atuais se comercializa artigos limpos, bem conservados, seminovos e com preços acessíveis. Compras nesses locais possibilitam economia que vai até 80% em relação às lojas tradicionais. Populares na Europa e nos Estados Unidos, essas lojas estão conquistando o seu mercado no Brasil, onde é possível encontrar um ambiente democrático e com grande variedade de peças originais a preços tentadores. O brechó

atende a todas as classes sociais, com interesses que variam desde a procura por marcas famosas até a economia na aquisição de produtos. Os clientes dos brechós são encontrados em todas as idades, independente de sexo e de poder aquisitivo. A empresária Michelle Svicero resolveu entrar neste setor há 10 anos, quando criou a Vintage Shop em Bauru, no interior paulista. “Nosso grande desafio foi quebrar o preconceito das pessoas de usar roupa de segunda mão”, conta Michelle, que decidiu abrir seu negócio aos 16 anos, quando cursava moda. O primeiro passo foi vender 40 peças de seu próprio guarda roupa. Depois ela começou a comprar ou trocar roupas com os clientes. “O que era um hobby se transformou em um bom negócio, mas para isso é preciso ter persistência, não desistir no primeiro obstáculo que aparecer”, diz a designer de modas, que abriu a loja em sociedade com o marido Guto Alves. Gestão de marketing Para desenvolver o negócio, Michelle conta que fez vários cursos no Sebrae, como de gestão financeira, de pessoal e de marketing, entre outros. A empresária comenta que é fundamental buscar qualificação para conseguir gerir o brechó de forma eficiente. Além da gestão, Michelle recomenda investimentos em novas mídias, como as redes sociais. Em uma pesquisa divulgada pela PricewaterhouseCoopers (PwC), constatou-se que 77% dos brasileiros tiveram suas recentes decisões de compra influenciadas diretamente por essas plataformas. Nesse sentido, Michelle Svicero diz que - apenas no Instagram - a empresa conta com quase 24 mil seguidores. (Agência Sebrae)

IDEIAS

Tendências e inovações para o mercado de meios de pagamento EDUARDO CAMASMIE*

Talvez um dos mais inovadores do mundo, o mercado financeiro no Brasil destoa positivamente, frente a outros países, quando o assunto é implementação de tecnologias disruptivas. E no setor de meios de pagamento o cenário não é muito diferente. Apesar de alguns percalços culturais na adoção de novos métodos (sim, o brasileiro ainda ama o cartão e o dinheiro físico), o segmento vem registrando crescimento e um nível de amadurecimento nunca antes visto. Para 2020, uma das principais tendências é o pagamento instantâneo, aquela modalidade de transferência de valores entre contas que acontece em tempo real, independentemente do expediente bancário. Isso porque o Banco Central anunciou no fim do ano passado que será o responsável por de-

senvolver a base de dados e por administrar todo o sistema no País. Além de contar com um órgão da magnitude como o BC para sustentar, os pagamentos instantâneos contemplam as três questões primordiais para o consumidor brasileiro: praticidade, comodidade e segurança. Com apenas poucos cliques e em questão de segundos será possível efetuar pagamentos, mesmo aos finais de semana e em horários não comerciais, sendo que o valor cairá na conta do destinatário na hora. Além disso, não haverá a necessidade de inserir informações como número do banco, da agência e da conta e o CPF do recebedor, facilitando (e muito) as transações. Esse sistema também ajudará a popularizar outra tendência para 2020: as compras realizadas por aproximação (NFC) e por leitura de QR Code.

Acompanhando o mercado, vejo algumas iniciativas bastante interessantes por parte de fintechs para aumentar o uso de pagamentos via NFC. Recentemente, houve uma promoção do Nubank, por exemplo, em que as chances de se ganhar um prêmio dobravam em caso de pagamentos realizados por aproximação. Apesar de todas as facilidades, uma pesquisa realizada no mês de setembro pela Panorama Mobile Time/Opinion Box mostrou que apenas 17% dos internautas brasileiros que têm smartphones já experimentaram o recurso. Ou seja, ainda há muito espaço para crescimento e a adoção dessa tecnologia de pagamentos será ainda mais forte em 2020. Outra tendência é o uso de biometria para realizar transações. A tecnologia não é novidade, já é bastante utilizada para desbloquear celulares e até acessar contas

bancárias sem a necessidade do cartão e senhas. A novidade aqui é a sua utilização como meio de pagamento. O objetivo da indústria é registrar a biometria previamente em um cartão e, no ato do pagamento, a compra ser validada apenas com a impressão das digitais do cliente. Uma pesquisa recente da Visa mostrou que os brasileiros têm uma forte percepção de que a biometria é mais rápida (85%) e mais fácil de utilizar (89%) do que senhas. Ou seja, esse segmento também será destaque nesse novo ano que se inicia. O advento da chamada Internet das Coisas, que possibilitou implementar um sistema operacional em diversos equipamentos, me faz incluir o pagamento em dispositivos IoT também como tendência para 2020. Além dos celulares que já são inteligentes há alguns anos, temos visto cada vez

mais relógios, pulseiras, TVs e até geladeiras que permitem realizar transações. Essa tecnologia também me faz acreditar que o ano será positivo para o chamado Voice Commerce. A popularização de assistentes de voz, como Siri, Alexa e Google Assistant, corrobora com a minha afirmação anterior e esse método de pagamento traz muitas vantagens para consumidores e varejistas. Imaginemos uma pessoa presa ao trânsito que lembra que precisa comprar um pacote de fraldas, mas que não pode usar o smartphone, pois está dirigindo. Em um caso como esse, basta acionar o assistente e fazer o pedido por comando de voz. Trata-se de um novo patamar na forma de oferecer simultaneamente conveniência, agilidade e acessibilidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, 35% das pessoas que possuem assistentes de voz já fizeram compras

pelos dispositivos. O que o Brasil está esperando? O ritmo e a aderência a essas novas formas de pagamento podem variar entre as regiões, muito por conta de questões culturais, economia e infraestrutura oferecida. Mesmo o povo brasileiro sendo um dos mais entusiastas do uso de novas tecnologias, em meios de pagamento isso ainda engatinha. Mas, tendo em vista todos os benefícios que as inovações apresentadas aqui trazem, sendo que muitas delas têm o potencial para revolucionar o consumo de produtos e serviços, é questão de tempo para que se consolidem no mercado. Em um cenário onde a experiência do comprador é fator determinante, quem não se atualizar será consumido pela concorrência. *Diretor da iNSeRT Payments, empresa de meios de pagamento do Grupo New Space


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

11

NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

RESTAURANTE CORPORATIVO

Sapore lança horta orgânica para atender usina da Gerdau São produzidas 150 quilos de mudas DANIELA MACIEL

O projeto de horta orgânica desenvolvido pela Sapore - maior empresa latino-americana no segmento de restaurantes corporativos –, no fim de 2019, na unidade da Gerdau em Ouro Branco, região Central, vai ganhar projeção nacional em 2020. Batizado como “da Horta para a Mesa”, o projeto atende 5 mil colaboradores da maior planta da Gerdau. De acordo com a diretora de Operações da Sapore, Vanessa Veloso, a iniciativa da Sapore foi imediatamente abraçada pela unidade produtora de aço. Além de garantir uma

alimentação mais saudável, o objetivo do projeto é também ajudar a diminuir custos relativos à alimentação e ter ganhos ambientais, como, por exemplo, a diminuição de lançamentos de CO2 na atmosfera com a redução do transporte rodoviário. “É uma horta dentro da planta, da usina do cliente. Esse projeto foi criado para reduzir o desperdício e oferecer uma alimentação saudável, com produtos livres de resíduos químicos. Antes comprávamos de um produtor e tínhamos que fazer o transporte. Esse alimento perdia qualidade, tinha desperdício. A partir do momento que eu produzo

Projeto em Ouro Branco conta com 12 canteiros cultivados para abastecer os cinco restaurantes da usina da Gerdau

organicamente ao lado do restaurante, consigo colher a hortaliça quase no momento que vai ser servida, então não tem perda. Utilizo o lixo orgânico pra fazer a compostagem e a chuva para a irrigação. É um processo mais natural e mais barato”, explica Vanessa Veloso. Alface roxa e crespa, salsinha, manjericão, tomilho e alecrim, entre outras va-

riedades, são produzidas no espaço. São doze canteiros, cuidadosamente cultivados, que já produzem 150 quilos de mudas que abastecem os cinco restaurantes da usina da Gerdau uma vez na semana. Essa é a primeira horta orgânica da Sapore, que já trabalhava com a técnica da hidroponia para outros clientes.

1992, a Sapore é a primeira multinacional genuinamente brasileira de restaurantes corporativos. Atualmente, atende mais de 1.300 restaurantes por todo o País, servindo mais de um milhão de refeições por dia. “A Sapore está há quase 30 anos no mercado. Pensamos todo o tempo em como cuidar das pessoas, oferecer um produto mais saudável. Multinacional - Fundada em Vamos expandir esse projeto

para outros contratos. Temos cinco clientes em estudo e a implantação será ainda em 2020. O cliente precisa estar convicto das vantagens do sistema, com foi no caso da Gerdau. No início o projeto é um pouco mais caro, mas logo ganha escala. Serão mais 25 mil refeições alcançadas em diferentes lugares do Brasil, inclusive Minas”, destaca a diretora de Operações da Sapore.

TURISMO

Setor aéreo apresenta propostas para reduzir custos Membros do Ministério do Turismo, Embratur e da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) receberam um documento com 22 medidas, propostas por representantes do setor aéreo, que deverão impactar na redução do custo viagem no Brasil. Entre as ideias apresentadas estão a redução no imposto do QAV, adequações às agendas regulatórias e tributárias no País e a judicialização no setor. O secretário nacional de Integração Interinstitucional, Bob Santos, participou da reunião e destacou que outros temas, como a regionalização dos voos, devem ser tratados nessa pauta. “Para nós, é importante fomentar, não apenas os destinos já consolidados, mas sim outros pontos como o Jalapão e a Serra da Capivara. O turismo precisa de uma aviação mais conectada, com mais voos, mais destinos atendidos e com o menor custo possível. Tudo feito de forma responsável”, reforçou. Presente no encontro, o diretor-presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, destacou que as medidas irão proporcionar uma melhor oferta de serviços ao cidadão e estimular o turismo no País. “Hoje as empresas nos apresentaram a realidade delas aqui no Brasil e como internacionalmente isso é inexistente”, disse. Segundo ele, com esse subsídio, será possível estudar medidas que fomentem o setor, acarretem numa melhor oferta de serviços ao cidadão e estimulem o turismo. De acordo com os representantes das aéreas, a regulação do setor precisa estar alinhada com a de outros países. Medidas como adequações do Código Brasileiro Aeronáutico à Convenção de Montreal, que regula o transporte aéreo internacional, e revisões de tarifas cobradas no País e que não estão no cenário internacional também foram tratadas durante a reunião. Essas medidas seriam o começo para um ambiente com preços mais competitivos para o cidadão.

sidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson. Na pauta do encontro, medidas para melhorar a competitividade do mercado aéreo brasileiro com mais dinheiro na economia nacional, aumentar os destinos regionais atendidos e o número de viajantes no País, bem como a redução do preço das passagens aéreas sem perder na qualidade do serviço ofertado. Durante a reunião, o ministro enfatizou que são prioridades do Turismo o aumento da conectividade entre os modais de transporte, a redução do custo Brasil e a estruturação, de forma ampla e integrada, dos destinos turísticos brasileiros. Para isso, algumas ações vêm sendo adotadas pelo ministério como o Plano de Desenvolvimento Turístico iniciado em 2019 pela Pasta. O objetivo é realizar, por meio de visitas técnicas aos locais, um diagnóstico para detectar os gargalos que têm travado o desenvolvimento nessas regiões. Com isso, será possível estimular a atração de novas empresas aéreas e rotas rodoviárias integradas, aprimorar a oferta e aumentar o fluxo turístico, com geração de emprego e renda. “É uma iniciativa totalmente integrada com diversas áreas do governo federal como meio ambiente, infraestrutura, desenvolvimento regional e segurança. A ideia é pensar no produto turístico como um todo para que ele seja consolidado e promovido em sua integralidade. Já visitamos cinco regiões em 2019 e neste ano vamos ter pelo menos mais 10 já mapeadas”, destacou o ministro. Além disso, Álvaro Antônio citou outros avanços conquistados em 2019 como a Medida Provisória 907/2019 que garante importantes reduções de impostos ao setor aéreo e demais segmentos do turismo, a lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro que permite 100% de participação do capital estrangeiro em empresas aéreas brasileiras, a entrada cada vez mais expressivas de companhias de baixo Mais ações – Na quinta-feira custo e a redução do imposto (16) pela manhã, o ministro sobre o QAV (combustível do Turismo, Marcelo Álvaro para aviação). O presidente da Azul desAntônio, se reuniu com o pre-

DIVULGAÇÃO

tacou a importância do Turismo para alcançar os objetivos pontuados durante o encontro. “Temos um custo ainda muito alto para se viajar dentro do Brasil que acaba fazendo com que o viajante vá para fora do país. Isso precisa mudar. Temos tanta riqueza por aqui. Além disso, precisamos intensificar a promoção do nosso país no mercado internacional. Por isso, a MP 907, que transforma a Embratur em uma agência de promoção mais ágil, independente e com orçamento próprio, é tão importante. Sem falar na redução de 15% para 1,5% do imposto sobre o leasing de aeronaves. Vamos lutar para aprovação da medida no Congresso”, ressaltou Rodgerson. (Com informações do Ministério do Turismo) Entre as ideias apresentadas estão a redução na carga tributária e adequações nas regras do setor

Azul lança voo diário para Nova York O Brasil vai ganhar mais uma conexão com um destino internacional a partir de junho deste ano. A Azul anunciou a nova rota diária Nova York-Campinas. Este é o terceiro destino norte-americano oferecido pela companhia que opera voos a partir de Orlando e Fort Lauderdale, na Flórida. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ressaltou que a nova oferta de voos será importante para aumentar o fluxo de turistas norte-americanos ao país. “Com a isenção de vistos,

houve um aumento de 25% de turistas dos Estados Unidos no País e a procura deles pelo destino Brasil cresceu 32%. Precisamos dar opções atrativas de conexão para poder ampliar ainda mais este número”, comentou. A companhia aérea vai utilizar aeronaves Airbus A330, com capacidade para 242 passageiros, incluindo poltronas-cama na classe executiva e sistema de entretenimento individual com telas sensíveis ao toque em todos os assentos. O anúncio da nova rota

aconteceu logo após a Azul comprar a empresa aérea regional TwoFlex, a fim de ampliar os destinos regionais. Frota - Até março deste ano, o Brasil contará com 84 novos voos internacionais em 28 diferentes rotas, além de outras 23 frequências adicionais em rotas já existentes. Entre os destaques estão as estreias da rota São Paulo-Munique, da Lufthansa, Fortaleza-Madri, da Air Europa, Rio de Janeiro-Nova York, da Delta, e São Paulo-Lima, da Gol.

A chegada das companhias de baixo-custo também ampliou a conectividade internacional. A SKY Airlines trouxe a ligação entre Santiago e as cidades brasileiras de Florianópolis e Salvador; a Flybondi conta com operações entre El Palomar e Galeão (RJ) e entre Buenos Aires e Florianópolis; a chilena JetSMART opera na rota Santiago-Foz do Iguaçu; além da Virgin Atlantic que vai operar Londres-São Paulo. (Com informações do Ministério do Turismo)

FRANQUIAS

Novo marco viabiliza uso de arbitragem A nova lei de franquias (Lei 13.966/2019) foi sancionada no dia 26 de dezembro de 2019. Ela aposta no mesmo formato da lei anterior. São poucos artigos e mais foco na Circular de Oferta de Franquia do que com o contrato em si. No entanto, a nova lei tem pontos importantes – principalmente ao incorporar algumas questões consolidadas na jurisprudência, dadas as lacunas que existiam na lei anterior.

Outro ponto relevante é a possibilidade expressa do uso da arbitragem nesse tipo de contrato. Esse assunto era alvo de grande polêmica nos tribunais nacionais e havia, inclusive, precedente do STJ sobre a matéria. A Corte já reconheceu o contrato de franquia como contrato por adesão e, por isso, decidiu que a instituição da arbitragem nestas contratações deveria ser submetida às condições

do art. 4º, §2º, da Lei de Arbitragem. “Com a nova redação, a cláusula arbitral em contratos de franquia, para que seja válida, ainda deverá ser negritada no contrato ou contar com campo específico para assinatura do franqueado. Afinal, permanece sendo um contrato de adesão. Contudo, a atual redação deve sedimentar, de vez, a possibilidade do

uso da arbitragem nesse mercado”, alerta o advogado José Nantala Bádue Freire do Peixoto & Cury Advogados Outro trecho de destaque é a menção expressa de que empresas públicas e sociedades de economia mista podem se valer do contrato de franquia. Foi vetado pelo presidente o art. 6º, que previa essa mesma possibilidade à própria administração pública direta. (Da Redação)


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

12

FINANÇAS MERCADO FINANCEIRO

Dólar cai, mas fecha semana com valorização Mesmo com maior queda percentual diária na sexta-feira, moeda americana acumulou ganho semanal de 1,73% MARCELLO CASAL JR / AGÊNCIA BRASIL

São Paulo - O dólar teve, na sexta-feira (17), a maior queda percentual diária de 2020, com o bom humor externo após dados melhores da China abrindo espaço para uma correção de baixa apenas um dia depois de a cotação escalar para acima de R$ 4,20. O ajuste de baixa foi potencializado pelo nível “esticado” do dólar, medido pelo índice de força relativa (IFR) de 14 dias, que, na véspera, alcançou 65,9, máxima desde o fim de novembro passado. O indicador vai de zero a 100. Leituras próximas de 70 sugerem que um ativo (no caso, o dólar) está com excesso de valorização, o que aumenta a probabilidade de realização de lucros. O dia já começou positivo com dados da China. A segunda maior economia do mundo teve em 2019 o crescimento anual mais lento em quase três décadas, mas a atividade ganhou ritmo no último trimestre do ano. “Considerando que o resultado é pré-acordo com os EUA, o pior parece ter ficado para trás”, disse a XP em nota. Outras moedas emergentes se valorizavam na sessão, com destaque para as latino-americanas, com peso mexicano, peso chileno e o real liderando os ganhos nos

mercados globais de câmbio. O dólar à vista fechou a sexta em baixa de 0,63%, a R$ 4,1648 na venda. É a mais forte desvalorização desde 30 de dezembro do ano passado (-0,91%). Na véspera, a cotação bateu R$ 4,2020 na venda, pico intradia desde 5 de dezembro de 2019. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez perdia 0,50%, a R$ 4,1680 na sessão. As firmes altas dos últimos dias, porém, garantiram um dólar para cima nesta semana, período em que acumulou ganho de 1,73% - o mais forte desde a semana finda em 8 de novembro passado (+4,34%). É a terceira alta semanal consecutiva para o dólar, que, em 2020, já se aprecia 3,79%, o que impõe ao real o pior desempenho entre 33 rivais. Gabriel Gerzstein, chefe global de estratégia para mercados emergentes do BNP Paribas, até acredita em alguma apreciação para a moeda doméstica até o fim do ano, mas que seria guiada, sobretudo, por fatores externos. Queda na atratividade - Ele cita que a moeda brasileira perdeu atratividade pela redução do carry (retorno baseado na taxa de juros), em um cenário de fluxo cambial negativo, ruídos na

O dólar à vista encerrou a sexta em baixa de 0,63%, cotado a R$ 4,16 na venda, mais forte desvalorização diária desde dezembro

América Latina, estratégia de uso do câmbio como hedge de posições compradas em outros mercados (como bolsa de valores) e pagamento antecipado por empresas

brasileiras de dívidas no exterior. Em revisão de cenário, o Itaú Unibanco manteve estimativa de que o dólar fechará 2020 a R$ 4,15. “No

curto prazo, os movimentos da moeda brasileira devem continuar relacionados à perspectiva de recuperação da economia”, disse o banco no relatório. (Reuters)

Instrução nº 617 trará inovações em segmento A Instrução nº 617 da Comissão de Valores Mobiliários (ICVM 617), que atualiza as normas de conduta dos agentes do mercado de capitais quanto à prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLD/FT), entrará em vigor em 1º de julho de 2020. Coordenador da área de Societário, Mercado de Capitais, Fusões e Aquisições do escritório Andrade Silva Advogados, Lucas Moreira Gonçalves explica que uma das principais inovações trazidas pela ICVM 617 é o aprimoramento das funções do diretor responsável por PLDFT. “A ‘Abordagem Baseada em Risco’ tem como pilares a necessidade de estruturação de uma política interna de PLD/FT, além da realização de uma ava-

liação de risco periódica e a reformulação das regras, procedimentos e controles internos das pessoas obrigadas”, explica. O especialista destaca ainda a definição de etapas específicas ao processo de Conheça Seu Cliente (KYC). “As entidades sujeitas à ICVM 617 deverão adotar procedimentos de KYC que contemplem, no mínimo, as quatro etapas a seguir: identificação; cadastro; due diligence posterior ao cadastro inicial; e identificação do beneficiário final”, esclarece. A instrução exige também o maior detalhamento dos alertas gerados pelos monitoramentos das entidades reguladas e as hipóteses de reporte de informações à Unidade de Inteligência Financeira (UIF).

Norma e beneficiário final - Entre as obrigações trazidas por esta metodologia estão a necessidade de se aplicar procedimentos de verificação que sejam proporcionais ao risco de utilização de seus produtos para a LDFT, bem como a de adotar diligências para a identificação do beneficiário final dos seus clientes. Lucas ressalta que a ICVM 617 estabelece uma definição de beneficiário final. “Trata-se da pessoa natural ou pessoas naturais que, em conjunto, possuam, controlem ou influenciem significativamente, direta ou indiretamente, um cliente em nome do qual uma transação esteja sendo conduzida ou dela se beneficie”, detalha. O mesmo requisito se apli-

ca às pessoas que exerçam influência significativa sobre o cliente. Ou seja, a situação em que uma pessoa natural, seja o controlador ou não, exerça influência de fato nas decisões ou seja titular de mais de 25% do capital social das pessoas jurídicas ou do patrimônio líquido dos fundos de investimento e demais entidades. Exterior - A instrução também listou novas hipóteses para a classificação de pessoas expostas politicamente, incluindo as que ocupam cargos públicos no exterior ou que sejam dirigentes de entidades de direito internacional público ou privado. Além disso, a ICVM 617 dedicou especial atenção a investidores que sejam residentes no exterior, tra-

zendo a possibilidade de as entidades sujeitas adotarem um cadastro simplificado para tais clientes, desde que sejam observados determinados parâmetros. Para Lucas, a instrução ampliou o rol das operações e situações que devem ser monitoradas continuadamente, com a identificação das atipicidades e a possível configuração de indícios de LDFT. “Entre as operações que se encaixam neste rol estão aquelas que envolvem jurisdições que não aplicam ou aplicam insuficientemente as recomendações do Gafi/FATF, que tenham tributação favorecida e sejam submetidas a regimes fiscais privilegiados, conforme as normas da Receita Federal do Brasil”, conclui o advogado. (Da Redação)

IDEIAS

Por que os Digital Banks estão quebrando? RAFAEL PIMENTA*

Um assunto que vem se tornando pauta em diferentes mídias, nos últimos tempos, são os balanços econômicos e grandes investimentos dos Digital Banks, que evidenciam a crescente evolução deste modelo de negócio. No entanto, apesar da positividade econômica, existe um grande risco que muitas instituições financeiras estão sujeitas a enfrentar: a falência por falta de lucratividade. Mesmo com um arsenal de bancos digitais em crescimento, casos como o do Banco Neon, que surpreendeu inúmeros usuários com a notícia de que o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da companhia, podem acontecer. Sendo assim, para uma insti-

tuição evitar sua quebra seria de obra e, consequentemente, são formas de aumentar a movipreciso seguir à risca certos gastos com funcionários. mentação do sistema bancário. critérios que garantam a esOutra forma de gerar renPara um banco se manter tabilidade, receita favorável e lucrativo, ele não pode apenas dimento é através de produtos gastos reduzidos da empresa. depender de uma fonte de re- pertencentes ao banco, mas que Em primeiro lugar, é de ceita. Apesar da maior parte possuem seu próprio sistema de suma importância saber todos da renda depender da abertura vendas integrado, como a proos gastos de manutenção dução de máquinas POS do banco e entender qual e terminais eletrônicos. investimento poderia redu- (...) para uma instituição evitar sua Toda instituição finanzir estes custos. No caso de quebra seria preciso seguir à risca ceira precisa movimentar sistemas digitais financeidinheiro para aumentar certos critérios que garantam a ros, a grande vantagem em sua receita. Porém, para relação aos bancos tradigarantir a estabilidade estabilidade, receita favorável e tanto dos clientes, quanto cionais é o uso estratégico gastos reduzidos da empresa. de tecnologia. Por isso, do próprio banco, é imquanto mais a instituição portante ter um fundo de investir neste setor, menor investimento. Através dele é serão os custos futuros. Por de contas e permanência dos possível manter a constante exemplo, implementar inte- clientes, disponibilizar outros rotatividade do capital do banco, ligência artificial para operar serviços também é uma opção. além de passar maior segurança toda a plataforma e responder Recarga de celular, financia- aos usuários. dúvidas dos clientes poderia mentos, pagamento de boletos Uma das características garantir uma redução de mão e - até mesmo - planos de saúde principais dos bancos digi-

tais, que foi primordial para a sua ascensão popular, é a simplicidade das plataformas. Possuir um campo de acesso limpo, intuitivo e prático para a visualização das contas sempre atrai novos usuários. Com estes cinco pilares, as chances do banco quebrar são reduzidas consideravelmente, podendo gerar uma receita bastante favorável. Além disso, para otimizar o processo de estruturação, é sempre recomendável que a empresa contratada para a construção do sistema tenha expertise em diversos setores de atuação, como, por exemplo, marketing, vendas, manutenção e outros, passando segurança e desenvolvendo um trabalho certeiro para o projeto. * Co-CEO da BTX Digital

Debêntures líquidas batem recorde São Paulo – O número de debêntures consideradas líquidas no mercado secundário alcançou recorde em dezembro de 2019. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as 84 séries registradas no período representam o maior resultado mensal desde 2012. Em relação a novembro, por exemplo, houve alta de 38%. O avanço puxou para cima a média mensal de ativos líquidos em 2019, que totalizou 46 debêntures, ante 25 em 2018. São considerados líquidos os ativos que têm, em média, um negócio por dia, volume de R$ 1 milhão negociado por dia e que passam pelo menos a metade do mês em negociação. Os títulos com remuneração atrelada ao DI e ao DI + spread foram os responsáveis por boa parte desta alta. As debêntures indexadas ao DI consideradas líquidas passaram de sete, em novembro, para 17 séries, em dezembro, enquanto os papéis atrelados ao DI + spread saltaram de três para 13. Esse crescimento está relacionado ao ajuste dos preços dos papéis em novembro, quando o IDA-DI (índice da Anbima que mede o desempenho das debêntures remuneradas pelo DI) registrou queda de 0,07%. O movimento de adaptação nos preços dos papéis promoveu a retomada da demanda por parte dos investidores no mês seguinte, aumento no número de negócios e valorização de 0,43% no IDA-DI. (Da Redação)


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

13

LEGISLAÇÃO REUTERS / PAUL HANNA

FUNDOS DE PENSÃO

Assessor de Guedes e 28 viram réus por prejuízo em gestão

Juiz aceita denúncia do Ministério Público Federal Brasília - O economista Esteves Colnago, assessor do ministro da Economia, Paulo Guedes, e outras 28 pessoas viraram réus e vão responder a processo por serem apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) como responsáveis por um prejuízo na gestão dos fundos de pensão Petros, Funcef, Previ e Valia, conforme decisão do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira. Os procuradores da Força-Tarefa da Operação Greenfield acusam os envolvidos de gestão temerária na aprovação de investimento do Fundo de Investimentos e Participações (FIP) Sondas, veículo de investimentos da empresa Sete Brasil Participações. Eles cobram, além da condenação dos denunciados, uma reparação econômica e moral recorde das vítimas, no valor de R$ 16 bilhões, o triplo do montante causado em prejuízo aos fundos, de cerca de R$ 5,5 bilhões. “O MPF produziu e apresentou a este Juízo peça acusatória formalmente apta, acompanhada de vasto material probatório, contendo a descrição pormenorizada contra todos os denunciados (então dirigentes, conselheiros e responsáveis pelos investimentos no âmbito da Petros, Funcef, Previ e Valia), como incursos no delito de gestão temerária pela constituição e aportes ao FIP Sondas, entre os anos de 2011 e 2016”, afirmou Vallisney, na decisão. “Recebo integralmente a denúncia, dando-se início à presente ação penal”, completou ele. A Sete Brasil é a empresa que seria a responsável pela construção de sondas, unidades de perfuração, que viabilizariam a exploração do pré-sal. Colnago, recém-nomeado chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do ministério e que chegou a ser ministro do Planejamento no governo Michel Temer, era um dos integrantes do Conselho Deliberativo da Funcef, o fundo de pensão da Caixa Econômica Federal. Antes do atual posto, ele era o secretário especial adjunto de Fazenda do governo Jair Bolsonaro.

Segundo a denúncia, acatada pelo juiz, Colnago e outros nove ex-conselheiros da Funcef vão responder a processo por terem avalizado a aquisição supostamente irregular de cotas do FIP pelo fundo de pensão. Riscos - Os ex-gestores dos fundos autorizaram investimentos na Sete Brasil ignorando os riscos dos investimentos, as diretrizes do mercado financeiro, do Conselho Monetário Nacional (CMN) e dos próprios regimentos internos, afirmou o MPF, destacando que também não foram realizados estudos de viabilidade sobre os aportes. Funcef, Petros e Valia continuaram a investir no FIP Sondas, apesar de o cronograma

ter apresentado atrasos já na primeira etapa e do incremento de riscos. Procurado, o Ministério da Economia manteve a nota da semana anterior, quando Colnago foi denunciado, e informou que ele está à disposição da força-tarefa para prestar os esclarecimentos relacionados à gestão dos fundos de pensão. “O assessor esclarece que todas as atividades exercidas como membro do Conselho Deliberativo da Fundação dos Economiários Federais (Funcef) ocorreram em consonância com o regimento interno e demais normas legais”, disse a nota. “Cabe lembrar que encontra-se em tramitação na Superintendência Nacional de

Colnago foi membro do Conselho Deliberativo da Fundação dos Economiários Federais

Previdência Complementar (Previc) processo no âmbito administrativo de semelhante teor, no qual Esteves Conalgo já apresentou sua defesa”, acrescentou. A reportagem tenta contato com os fundos de pensão envolvidos para comentar a decisão da Justiça Federal do DF. Em nota, a Funcef afirmou

que foi o primeiro fundo de pensão a se tornar assistente de acusação nas apurações do MPF e da Polícia Federal acerca dos investimentos que estão sendo investigados pela Operação Greenfield. “Importante enfatizar que a Funcef contribui ativamente na produção de provas para auxiliar o MPF e PF”, disse.

“Como destacado pelo MPF e pela PF, a Petrobras foi a grande beneficiada do Projeto Sondas e dos investimentos dos fundos de pensão, sendo que a denúncia não isenta a Petrobras de sua responsabilidade para com os fundos de pensão, pois tal responsabilidade revela-se inconteste”, completou. (Reuters)

SANEAMENTO BÁSICO

RMBH deve acabar com lixões a céu aberto Os municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) que ainda não tratam adequadamente esses resíduos sólidos terão até 31 de dezembro de 2020 para apresentar seus planos de gestão. Essa também será a data final para o fim dos lixões a céu aberto para as prefeituras que não elaborarem seus planejamentos para a gestão do lixo. O prazo foi estabelecido pelo novo Marco Legal do Saneamento Básico (PL 4.162/2019, do Poder Executivo), aprovado pela Câmara dos Deputados, no fim de 2019. O PL será item prioritário na pauta do Senado Federal neste semestre e precisará ainda da sanção do presidente da República para que os prazos comecem a valer. A partir da publicação no Diário Oficial, estados e municípios devem se ater às especificações previstas no projeto. O texto aumenta os prazos para a implementação de aterros sanitários aos municípios que, até o fim do prazo estipulado, tenham elaborado planos de gestão de resíduos sólidos e disponham de taxas ou tarifas para sua sustentabilidade

Histórico Esta agenda contém as principais obrigações a serem cumpridas nos prazos previstos na legislação em vigor. Apesar de conter, basicamente, obrigações tributárias, de âmbito estadual e municipal, a agenda não esgota outras determinações legais, relacionadas ou não com aquelas, a serem cumpridas em razão de certas atividades econômicas e sociais específicas. Agenda elaborada com base na legislação vigente em 04/12/2019. Recomenda-se vigilância quanto a eventuais alterações posteriores. Acompanhe o dia a dia da legislação no Site do Cliente (www.iob.com.br/ sitedocliente).

econômico-financeira. Minas Gerais enfrenta dificuldades em acabar com os vazadouros a céu aberto. O Estado é o terceiro no País com o maior número de unidades de destinação inadequada de resíduos, com 246 lixões – só perde para Bahia e Maranhão. A informação é de levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). O deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG) acredita que a participação da iniciativa privada pode ser uma solução para melhorar a situação do saneamento básico no estado. Ele explica que isso não significa necessariamente a exclusão do setor público, mas sim uma abertura de mercado. “A gente acredita bastante que nesse modelo de incentivo à participação da iniciativa privada, que vão concorrer com as empresas públicas, vai garantir novas concessões de serviço de saneamento para empresas que possuem maior capacidade de investimento e que dão mais garantias de que poderão universalizar o serviço de saneamento básico”, diz. Além da estipulação de

RICMS-MG/2002 (produtos sujeitos a substituição tributária). O Regulamento de ICMS de Minas Gerais é aprovado pelo Decreto nº 43.080/2002. Dia 20

ISSQN - DES-IF – dezembro Declaração Eletrônica de Serviços de Instituições Financeiras (DES-IF) - módulo mensal - entrega do Módulo de Apuração Mensal do ISSQN, deverá ser gerado mensalmente e entregue ao Fisco até o dia 20 do mês seguinte ao de competência dos dados declarados, contendo: a) o conjunto de informações que demonstram a apuração da receita tributável por subtítulo contábil; ICMS - prazos de recolhimento b) o conjunto de informações os prazos a seguir são os constantes que demonstram a apuração do dos seguintes atos: ISSQN mensal; a) artigos. 85 e 86 da Parte Geral c) a informação, se for o caso, de do RICMS-MG/2002; e ausência de movimento por depenb) artigo 46 do anexo XV do dência ou por instituição. Nota:

prazos para municípios apresentarem planos para resíduos sólidos, PL 4.162/19 também prevê a exigência de licitações para a prestação de saneamento, o que permitirá o aumento da participação privada. Os apoiadores da matéria defendem que tal mudança trará investimentos ao setor e melhorará gestão. Em relação à MP 868/18 – medida provisória que tratava sobre o mesmo tema, que caducou –, o PL 4.162/2019 traz uma novidade: nos casos economicamente inviáveis para fazer aterros sanitários, o texto permite a adoção de outras soluções, contanto que sigam normas técnicas e operacionais para evitar danos à saúde pública e minimizar impactos ambientais. Destino impróprio - De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2017, publicado pela Abrelpe, o montante coletado no Brasil, em 2017, foi de 71,6 milhões de toneladas de lixo, registrando um índice de cobertura de coleta de 91,2% para o país, o que evidencia que 6,9 milhões de toneladas de resíduos não foram objeto de coleta e,

Este arquivo deverá ser entregue por meio do programa validador disponível no site da Prefeitura de Belo Horizonte. Internet, Decreto nº 17.174, artigo 93, § 4º, I. TRFM-D - dezembro - Declaração de apuração da TRFM (TFRM-D) - entrega à SEF/MG pelas pessoas físicas e jurídicas que efetuarem vendas ou transferências entre estabelecimentos pertencentes ao mesmo titular do mineral ou minério, por meio do Sistema Integrado de Administração da Receita Estadual (Siare), disponibilizado no site da SEF. Internet, Decreto nº 45.936/2012, artigo 14; Portaria SRE nº 106/2012, artigo 2º.

consequentemente, tiveram destino impróprio. No tocante à disposição final dos resíduos sólidos urbanos (RSU) coletados, o levantamento não registrou avanços em relação ao cenário do ano anterior, mantendo, praticamente, a mesma proporção entre o que segue para locais adequados e inadequados, com cerca de 42,3 milhões de toneladas de RSU, ou 59,1% do coletado, dispostos em aterros sanitários. O restante – 40,9% dos resíduos coletados – foi despejado em locais inadequados por 3.352 municípios brasileiros, totalizando mais 29 milhões de toneladas de resíduos em lixões ou aterros controlados, que não possuem o conjunto de sistemas e medidas necessários para proteção do meio ambiente contra danos e degradações, com danos diretos à saúde de milhões de pessoas. Os quase 3 mil lixões identificados no Brasil em junho de 2017 afetam a vida de 76,5 milhões de pessoas e trazem um prejuízo anual para os cofres públicos de mais de R$3,6 bilhões, valor gasto para cuidar do meio ambiente e

produtores de leite; produtor rural. Notas: (1) Os prazos para transmissão de documentos fiscais pela Internet são os mesmos atribuídos às demais formas de entrega dos documentos fiscais previstos no RICMS-MG/2002. (2) Tendo em vista ser uma obrigação acessória eletrônica e a inexistência de prazo para prorrogação quando a entrega cair em dia não útil, manteremos o prazo original de entrega (RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 162). Internet, RICMS-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo 152, § 1º, VI.

ISSQN - DES – dezembro - Declaração Eletrônica de Serviços - entrega ICMS - Dapi – dezembro - De- da Declaração Eletrônica de Serviços claração de Apuração e Informação (DES) pelas pessoas jurídicas estabeledo ICMS (Dapi 1) - contribuintes cidas no Município de Belo Horizonte, sujeitos à entrega: frigoríficos e correspondente aos fatos geradores abatedores de aves e de outros ocorridos no mês anterior. Nota: A animais; laticínio; cooperativa de transmissão deste arquivo magnético

para tratar dos problemas de saúde causados pelos impactos negativos dos lixões. Aprovado no dia 11 de dezembro de 2019, o Projeto de Lei 4.162/2019, do Poder Executivo, atualiza o Marco Legal do Saneamento. A norma irá modificar a forma como as empresas que prestam serviços ligados ao saneamento nos municípios são contratadas, além de abrir o mercado para a livre concorrência. Empresas públicas e privadas terão que passar por licitação. Atualmente, estados e municípios assinam “contratos de programa” com empresas estaduais, sem que haja um controle da capacidade econômico-financeira dessas empresas. O texto aprovado na Câmara dos Deputados diz que os atuais contratos poderão ser renovados, por mais 30 anos, até 31 de março de 2022. Os novos contratos deverão apresentar a comprovação da capacidade econômico-financeira da contratada, com recursos próprios ou por contratação de dívida. A metodologia para comprovar essa capacidade será regulamentada por decreto do Poder Executivo. (Agência Rádio Mais)

será através do site da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio do sistema BH ISS Digital. Internet, Decreto nº 17.174, artigo 83, caput. ICMS - dezembro - substituição tributária - saídas de mercadorias nas hipóteses previstas no RICMS-MG/2002, anexo XV, artigos 86, IV, 87, § 1º, e 92, parágrafo único, todos da parte 1 deste anexo. DAE/ internet, RICMS-MG/2002, anexo XV, parte 1, artigo 46, VI. Dia 25 ICMS - dezembro - Escrituração Fiscal Digital (EFD-ICMS/IPI) - entrega do arquivo relativo à Escrituração Fiscal Digital (EFD), contendo as informações dos fatos geradores ocorridos no mês anterior, pelos contribuintes relacionados no anexo XII do Protocolo ICMS nº 77/2008. Internet, RICMS-MG/2002, anexo VII, parte 1, artigo 54.





Indicadores EconĂ´micos Inação

DĂłlar

COMERCIAL*

PTAX (BC)

785,602

Ă‹QGLFHV -DQ ,*3 0 )*9

0,01%

TR/Poupança )HY 0,88%

0DUoR 1,26%

$EULO

0DLR

-XQKR

-XOKR $JRVWR

0,92%

0,45%

0,80%

0,40%

0,67%

6HW

2XW

-0,01%

0,68%

1RY

'H] 1R DQR PHVHV

0,30%

2,09%

7,30%

7,30%

COMPRA

R$ 4,1641

R$ 4,1892

R$ 4,1838

,3& )LSH

0,58%

0,54%

0,51%

0,29%

-0,02%

0,15%

0,14%

0,33%

0,00%

0,16%

0,68%

0,94%

4,40%

4,40%

VENDA

R$ 4,1648

R$ 4,1912

R$ 4,1850

,*3 ', )*9

0,07%

1,25%

1,07%

0,90%

0,40%

0,63%

0,01%

0,51%

0,50%

0,55%

0,85%

1,74%

7,70%

7,70%

COMPRA

R$ 4,1831

R$ 4,1720

R$ 4,1616

,13& ,%*(

0,36%

0,54%

0,77%

0,60%

0,15%

0,01%

0,10%

0,12%

-0,50%

0,04%

0,54%

1,22%

4,48%

4,48%

,3&$ ,%*(

0,32%

0,43%

0,75%

0,57%

0,13%

0,01%

0,19%

0,11%

-0,04%

0,10%

0,51%

1,15%

4,31%

4,31%

VENDA

R$ 4,1837

R$ 4,1726

R$ 4,1622

&2035$

5

5

5

VENDA

R$ 4,3900

R$ 4,3600

R$ 4,3500

)RQWH %& 82/

Ouro 17

,&9 ',((6(

0,43%

0,35%

0,54%

0,32%

0,20%

-0,21%

0,17%

0,07%

-0,11%

-0,04%

0,46%

0,87%

3,09%

3,09%

,3&$ ,3($'

1,87%

-0,24%

0,52%

-0,07%

0,27%

0,16%

0,68%

0,22%

0,01%

0,14%

0,48%

1,09%

5,23%

5,23%

1RY 998,00 0,17 23,54 3,5932 5,57

'H] 998,00 1,47 23,54 3,5932 5,57

SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP -DQ 6DOiULR 998,00 &8% 0* ) 0,53 83& 5

23,54 8)(0* 5

3,5932 7-/3 D D

7,03 )RQWH 6LQGXVFRQ 0*

)HY 998,00 0,13 23,54 3,5932 7,03

0DUoR 998,00 0,10 23,54 3,5932 7,03

$EULO 998,00 0,20 23,54 3,5932 6,26

0DLR 998,00 0,25 23,54 3,5932 6,26

-XQKR 998,00 0,09 23,54 3,5932 6,26

-XOKR 998,00 0,12 23,54 3,5932 5,95

$JRVWR 998,00 0,09 23,54 3,5932 5,95

6HW 998,00 0,15 23,54 3,5932 5,95

2XW 998,00 0,08 23,54 3,5932 5,57

1RYD ,RUTXH RQoD WUR\ 86 86 86 %0 ) 63 J 5 5 5 )RQWH *ROG 3ULFH

Taxas Selic 7ULEXWRV )HGHUDLV

0HWD GD 7D[D D D

Fevereiro

0,49

6,50

Março

0,47

6,50

Abril

0,52

6,50

Maio

0,54

6,50

Junho

0,47

6,50

Julho

0,57

6,00

Agosto

0,50

6,00

6HWHPEUR

Outubro

0,48

5,50

Novembro

0,38

5,00

Dezembro

0,37

-

Reservas Internacionais 86 PLOK}HV )RQWH %&% '67$7

Imposto de Renda $OtTXRWD

3DUFHOD D

GHGX]LU 5

,VHQWR

,VHQWR

'H DWp

'H DWp

'H DWp

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

%DVH GH &iOFXOR 5

$Wp

'HGXo}HV a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. F &RQWULEXLomR SUHYLGHQFLiULD d) PensĂŁo alimentĂ­cia. 2EV Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂ­quota e, em seguida, a parcela a deduzir. )RQWH 6HFUHWDULD GD 5HFHLWD )HGHUDO $ SDUWLU GH $EULO GR DQR FDOHQGiULR

Taxas de câmbio 02('$ 3$Ă‹6 &Ă?',*2 BOLIVIANO/BOLIVIA 30 &2/21 &267$ 5,&$ &2/21 (/ 6$/9$'25 &252$ ',1$0$548(6$ &252$ ,6/1' ,6/$1 &252$ 1258(*8(6$ &252$ 68(&$ COROA TCHECA 75 ',1$5 $5*(/,12 DINAR/KWAIT 95 DINAR/BAHREIN 100 DINAR/IRAQUE 115 DINAR/JORDANIA 125 ',1$5 6(59,2 DIRHAM/EMIR.ARABE 145 '2/$5 $8675$/,$12 '2/$5 %$+$0$6 '2/$5 %(508'$6 '2/$5 &$1$'(16( '2/$5 '$ *8,$1$ DOLAR CAYMAN 190 '2/$5 &,1*$385$ '2/$5 +21* .21* DOLAR CARIBE ORIENTAL 210 '2/$5 '26 (8$ )25,17 +81*5,$ )5$1&2 68,&2 *8$5$1, 3$5$*8$, IENE 470 /,%5$ (*,72 /,%5$ (67(5/,1$ LIBRA/LIBANO 560 /,%5$ 6,5,$ 5(3 NOVO DOLAR/TAIWAN 640 LIRA TURCA 642 1292 62/ 3(58 3(62 $5*(17,12 3(62 &+,/( 3(62 &2/20%,$ 3(62 &8%$ 3(62 5(3 '20,1,& 3(62 ),/,3,1$6 3(62 0(;,&2 3(62 858*8$,2 48(7=(/ *8$7(0$/$ 5$1'( $)5,&$ 68/ RENMIMBI IUAN 779 5(10,1%, +21* .21* RIAL/CATAR 800 RIAL/OMA 805 RIAL/IEMEN 810 RIAL/IRAN, REP 815 5,$/ $5$% 6$8',7$ 5,1**,7 0$/$6,$ 58%/2 5866,$ RUPIA/INDIA 830 583,$ ,1'21(6,$ 583,$ 3$48,67$2 6+(.(/ ,65$(/ :21 &25(,$ 68/ ZLOTY/POLONIA 975 EURO 978 )RQWH Banco Central / Thomson Reuters

9(1'$ 0,6117 0,1846 0,03503 13,803 0,003523 5,9092 1,1391 5,1021 0,6247 0,03798 0,002779 0,1397 0,7092 0,6241 1,1494 10,8668 0,0168 0,0000996 0,06805 1,0942 4,6422

7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( 7DEHOD GH FRQWULEXLomR GRV VHJXUDGRV HPSUHJDGRV LQFOXVLYH R GRPpVWLFR H trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 $Wp De 1.751,82 a 2.919,72 9,00 'H DWp &2175,%8,d­2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5

$Wp YDORU 0tQLPR 'H DWp DWp &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR $Wp 5 Acima de R$ 907,78 a R$ 1.364,43

9DORU XQLWiULR GD TXRWD 5 R$ 32,80

)RQWH 0LQLVWpULR GR 7UDEDOKR H GD 3UHYLGrQFLD 6RFLDO 9LJrQFLD -DQHLUR

FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RHÂżFLHQWHV GH -$0 0HQVDO

&RPSHWrQFLD GR 'HSyVLWR &UpGLWR Junho/2019 Agosto/2019 0,2466 0,4867 -XOKR 6HWHPEUR 7D[D TXH GHYHUi VHU XVDGD SDUD DWXDOL]DU R VDOGR GR )*76 QR VLVWHPD GH )ROKD GH 3DJDPHQWR )RQWH Caixa EconĂ´mica Federal

TBF

Seguros 01/01

0,01311781

2,92791132

02/01

0,01311781

2,92791132

03/01

0,01311781

2,92791132

04/01

0,01311781

2,92791132

05/01

0,01311781

2,92791132

06/01

0,01311781

2,92791132

07/01

0,01311781

2,92791132

08/01

0,01311781

2,92791132

09/01

0,01311781

2,92791132

10/01

0,01311781

2,92791132

11/01

0,01311781

2,92791132

12/01

0,01311781

2,92791132

13/01

0,01311781

2,92791132

14/01

0,01311781

2,92791132

15/01

0,01311781

2,92791132

16/01

0,01311781

2,92791132

17/01

0,01311781

2,92791132

18/01

0,01311781

2,92791132

19/01

0,01311781

2,92791132

20/01 0,01311781 )RQWH Fenaseg

2,92791132

02/01 a 02/02 03/01 a 03/02 04/01 a 04/02 05/01 a 05/02 06/01 a 06/02 07/01 a 07/02 08/01 a 08/02 09/01 a 09/02 10/01 a 10/02 11/01 a 11/02 12/01 a 12/02 13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 15/01 a 15/02 16/01 a 16/02

0,3447 0,3306 0,3306 0,3464 0,3621 0,3613 0,3593 0,3438 0,3271 0,3281 0,3437 0,3594 0,3591 0,3581 0,3406

AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(

Dezembro ,*3 ', )*9

Dezembro ,*3 0 )*9

Dezembro

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588

1,0431 1,0770 1,0730

30/12 a 30/01 31/12 a 31/01 01/01 a 01/02 02/01 a 02/02 03/01 a 03/02 04/01 a 04/02 05/01 a 05/02 06/01 a 06/02 07/01 a 07/02 08/01 a 08/02 09/01 a 09/02 10/01 a 10/02 11/01 a 11/02 12/01 a 12/02 13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 15/01 a 15/02 16/01 a 16/02

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588

Agenda Federal Dia 20

Contribuição ao INSS &2035$ 0,5984 0,1844 0,03492 13,7738 0,003486 5,8917 1,1387 5,0399 0,6128 0,03797 0,002755 0,1397 0,7089 0,6236 1,1486 10,8624 0,01678 0,0000996 0,06803 1,0939 4,6399

12/12 a 12/01 13/12 a 13/01 14/12 a 14/01 15/12 a 15/01 16/12 a 16/01 17/12 a 17/01 18/12 a 18/01 19/12 a 19/01 20/12 a 20/01 21/12 a 21/01 22/12 a 22/01 23/12 a 23/01 24/12 a 24/01 25/12 a 25/01 26/12 a 26/01 27/12 a 27/01 28/12 a 28/01 29/12 a 29/01

IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de dezembro/2019, incidente sobre rendimentos GH EHQHÂżFLiULRV LGHQWLÂżFDGRV UHVLGHQWHV ou domiciliados no PaĂ­s (art. 70, I, “eâ€?, da Lei no 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar no 150/2015). Darf Comum (2 vias). &RÂżQV &6/ 3,6 3DVHS Retenção na )RQWH 5HFROKLPHQWR GD &RÂżQV GD &6/ H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD IRQWH VREUH UHmuneraçþes pagas por pessoas jurĂ­dicas a outras pessoas jurĂ­dicas, correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de dezembro/2019 (Lei nO 10.833/2003, art. 35, com a redação dada pelo art. 24 da Lei nO 13.137/2015). Darf Comum (2 vias). &RÂżQV (QWLGDGHV ÂżQDQFHLUDV 3DJDmento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de dezembro/2019 (art. 18, I, da Medida ProvisĂłria no 2.15835/2001, alterado pelo art. 1O da Lei nO &RÂżQV (QWLGDGHV )LQDQceiras e Equiparadas - CĂłd. Darf 7987. 6H R GLD GR YHQFLPHQWR QmR IRU GLD ~WLO DQWHFLSD VH R SUD]R SDUD R SULPHLUR GLD ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR ~QLFR da Medida ProvisĂłria no 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias). 3,6 3DVHS (QWLGDGHV ÂżQDQFHLUDV 3Dgamento das contribuiçþes cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de dezembro/2019 (art. 18, I, da Medida ProvisĂłria nO 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1O GD /HL Q2 3,6 3DVHS (Qtidades Financeiras e Equiparadas - CĂłd. 'DUI 6H R GLD GR YHQFLPHQWR QmR IRU GLD ~WLO DQWHFLSD VH R SUD]R SDUD R SULPHLUR GLD ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR ~QLFR GD 0HGLGD 3URYLVyULD QR 35/2001). Darf Comum (2 vias). ,QIRUPH GH 5HQGLPHQWRV )LQDQFHLURV Âą PJ - Fornecimento, por instituiçþes ÂżQDQFHLUDV VRFLHGDGHV FRUUHWRUDV H GLVWULEXLGRUDV GH WtWXORV H YDORUHV PRELOLiULRV H demais fontes pagadoras, do Informe de Rendimentos Financeiros relativo ao 4O trimestre/2019, aos seus clientes (pessoas jurĂ­dicas), exceto quando a fonte pagadora fornecer, mensalmente, comprovante com WRGDV DV LQIRUPDo}HV SUHYLVWDV QD ,1 65) no 698/2006, com as alteraçþes da IN RFB no 1.235/2012. Internet. 3UHYLGrQFLD 6RFLDO ,166 Recolhimento GDV FRQWULEXLo}HV SUHYLGHQFLiULDV UHODWLYDV Ă competĂŞncia dezembro/2019, devidas por empresa ou equiparada, inclusive da contribuição retida sobre cessĂŁo de mĂŁo de obra ou empreitada e da descontada do contribuinte individual que lhe tenha prestado serviço, bem como em relação

à cooperativa de trabalho, da contribuição descontada dos seus associados como contribuinte individual. Produção Rural Recolhimento - Veja Lei nO 8.212/1991, arts. 22-A, 22-B, 25, 25-A e 30, incisos III, IV e X a XIII, observadas as alteraçþes posWHULRUHV 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR deve-se antecipar o recolhimento para o dia ~WLO LPHGLDWDPHQWH DQWHULRU 1RWD $V HPSUHsas que optaram pela contribuição previGHQFLiULD SDWURQDO EiVLFD VREUH D UHFHLWD bruta (Lei nO 12.546/2011, observadas as alteraçþes posteriores, em especial as efetuadas pela Lei nO 13.670/2018), devem efetuar o recolhimento correspondente, mediante o Darf, observando o mesmo prazo. Lembrar que para as empresas TXH Mi SDVVDUDP D VXEVWLWXLU D *),3 SHOD '&7):HE SDUD HIHLWRV SUHYLGHQFLiULRV R recolhimento das contribuiçþes previdenFLiULDV SDVVRX D VHU HIHWXDGR SRU PHLR GR '$5) HPLWLGR SHOR SUySULR DSOLFDWLYR *36 (sistema eletrônico). EFD - Distrito Federal - Distrito Federal: O DUTXLYR GLJLWDO GD ()' ,&06 ,3, GHYHUi ser transmitido pelos contribuintes do IPI, H[FHWR RV LQVFULWRV QR 6LPSOHV 1DFLRQDO DR DPELHQWH QDFLRQDO GR 6SHG DWp R 2 dia do mês subsequente ao da apuração do imposto, observada a legislação espeFt¿FD GR 'LVWULWR )HGHUDO ,QVWUXomR 1RUPDtiva RFB nO 1.685/2017, art. 12). Internet. ,53- &6/ 3,6 &R¿QV Incorporaçþes LPRELOLiULDV 5HJLPH (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR 5HFROKLPHQWR XQL¿FDGR GR ,53- &6/ 3,6 &R¿QV UHODWLYDPHQWH jV UHFHLWDV recebidas em dezembro/2019 - Regime (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR 5(7 DSOLFiYHO jV LQFRUSRUDo}HV LPRELOLiULDV ,QVWUXomR Normativa RFB nO 1.435/2013, arts. 5O e 8O, § 2O; e art. 5O da Lei nO 10.931/2004, alterado pela Lei nO 12.024/2009) - Cód. Darf 4095. Darf Comum (2 vias). ,53- &6/ 3,6 &R¿QV Incorporaçþes LPRELOLiULDV 5HJLPH (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR ¹ 30&09 5HFROKLPHQWR XQL¿FDGR GR ,53- &6/ 3,6 &R¿QV UHODWLYDPHQWH jV receitas recebidas em dezembro/2019 Regime Especial de Tributação (RET) apliFiYHO jV LQFRUSRUDo}HV LPRELOLiULDV H jV construçþes no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV (Instrução Normativa RFB nO 1.435/2013, arts. 5O e 8O, § 2O; e Lei nO 10.931/2004, art. 5O, alterado pela Lei nO 12.024/2009) - Cód. Darf 1068. Darf Comum (2 vias). 6LPSOHV 1DFLRQDO Pagamento, pelas microempresas (ME) e pelas empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo 6LPSOHV 1DFLRQDO GR YDORU GHYLGR VREUH a receita bruta do mês de dezembro/2019 5HVROXomR &*61 Q2 DUW 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR SURUURJD VH R UHFROKLPHQWR SDUD R GLD ~WLO imediatamente posterior. Internet.


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 18, A SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

18

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

REUTERS/PIERRE ALBOUY

Cinema Falado

Oficina de cerâmica

O projeto Cinema Falado, que traz mensalmente filmes brasileiros para serem exibidos e comentados por especialistas em cinema no MIS Cine Santa Tereza terá sua primeira edição do ano com o longa “A Marvada Carne”, dirigido por André Klotzel, na próxima terça-feira, às 19 horas, na sala Geraldo Veloso. O cineasta Paulo Augusto Gomes comentará o filme. A promoção é do Centro de Estudos Cinematográficos e do Instituto Humberto Mauro. O projeto conta a partir de 2020 com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. A entrada é gratuita. O endereço é Praça Duque de Caxias, bairro Santa Tereza. Cinema Falado é um projeto do Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais (CEC-MG) e do Instituto Humberto Mauro, em memória do crítico e cineasta Geraldo Veloso, com o apoio do Museu da Imagem e do Som (MIS).

Um dos maiores nomes da cerâmica no Brasil, Megumi Yuasa, vem a Minas Gerais para conduzir o workshop “Diversidade é unidade”, nos próximos dias 24 e 25, das 9h às 17h, em meio à Serra da Moeda (avenida A, 830, Palhano). Para pessoas que buscam uma vivência criativa inspiradora, as inscrições gratuitas com vagas limitadas podem ser feitas pelo link. O encontro contará com exposição teórica, exercícios práticos e contato com paisagens naturais. Seja para aplicação no ambiente empresarial, educacional, científico ou artístico, o artista vai provocar reflexão, questionamento e inquietação sobre o pensar e o fazer criativo individual e coletivo, além de propor discussão sobre os diversos aspectos da imaginação e da matéria.

Virada Cultural A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, publicou edital para a seleção da Organização da Sociedade Civil (OSC) que irá atuar como parceira na realização da 6ª edição da Virada Cultural de Belo Horizonte, em 2020. As propostas devem ser entregues de 31 de janeiro a 20 de fevereiro de 2020, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h, na sede da Fundação Municipal de Cultural (rua da Bahia, 888, Centro). O edital completo, bem como seus anexos, estão disponíveis no Portal das Parcerias (prefeitura. pbh.gov.br/portaldasparcerias). As instituições interessadas devem ter sede fixa na capital mineira, atender aos requisitos de habilitação jurídica, fiscal e trabalhista e demonstrar a qualificação técnica exigida pelo edital.

Davos será palco de protesto climático Lausanne (Suíça) - A ativista sueca Greta Thunberg e uma multidão de cerca de 10.000 manifestantes marcharam na cidade suíça de Lausanne, na sexta-feira (17), antes de muitos deles irem a Davos na próxima semana para desafiar líderes políticos e empresariais a combater a crise climática. A jovem de 17 anos, que lançou o movimento #FridaysforFuture, que provocou protestos globais contra as mudanças climáticas, denunciou a falta de ação dos governos para cortar as emissões de causadores do aquecimento global, antes que seja tarde demais. “Então, estamos agora em um ano novo e entramos em uma nova década e, até agora, durante essa década, não vimos nenhum sinal de que uma ação climática real esteja chegando e que é preciso mudar”, disse Greta Thunberg em discurso em Lausanne. “Para os líderes mundiais e os que estão no poder, gostaria de dizer que vocês ainda não viram nada... E essa é a mensagem que levaremos ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na próxima semana”, avisou a ativista Os manifestantes seguravam cartazes com dizeres como: “Acorde e cheire os incêndios florestais” e “É tarde, mas não é tarde demais.” Centenas de ativistas tomarão trens no

fim de semana e depois marcharão para Klosters, perto de Davos. Greta Thunberg vai participar pelo segundo ano consecutivo do encontro, e participará de dois eventos. Os riscos criados pela mudança climática e pela destruição ambiental estão no topo da agenda dos formuladores de decisões que se preparam para ir à reunião de 2020 da elite mundial em Davos, nas montanhas suíças, segundo uma pesquisa anual feita pelos organizadores do evento. O encontro deste ano acontece no contexto de alguns dos piores incêndios florestais da Austrália. Embora o governo tenha evitado estabelecer um vínculo com a mudança climática, os incêndios reforçaram a preocupação pública sobre o aquecimento do planeta. O ano passado foi o segundo mais quente da Terra desde o início dos registros, e o mundo deveria se preparar para eventos climáticos mais extremos, como os incêndios florestais que assolam grande parte da Austrália, informou nesta semana a Organização Meteorológica Mundial (OMM) das Nações Unidas. “Somos uma aliança que está se organizando na próxima semana em 20 países para dizer: ‘o tempo acabou’ para o Fórum Econômico Mundial em Davos”, disse o ativista queniano Njoki Njoroge Njehu à multidão em Lausanne. (Reuters)

Creche Nosso Lar Há cinco anos, a importadora de vinhos Casa Rio Verde doa parte do valor arrecadado com a venda dos clubes de assinatura para a Creche Nosso Lar, situada no bairro Guanabara, na capital mineira. A instituição abriga em tempo integral portadores de paralisia cerebral, acima de 17 anos, com deficiência motora profunda e oriundos de famílias carentes. A assistência é completa, com cuidadores 24 horas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Além disso, a creche oferece plano de saúde para todos os pacientes, para atendimento médico, exames e internações. No momento 13 moradores vivem na Creche Nosso Lar, todos encaminhados pelo Conselho Tutelar, Juizado da Infância, antiga Febem e por familiares, em casos de violação de direitos.

Gastronomia no Senac A unidade do Senac da rua Tupinambás, 1.038, no Centro, promove duas atividades para começar o ano bem informado sobre dois ícones da gastronomia brasileira. Na próxima quarta-feira, às 18 horas, será realizado o workshop Técnicas de Preparo do Café, com a barista e gerente da Academia do Café, Ana Luiza Reis. Já no dia 5 de fevereiro,, também às 18 horas, os professores da Faculdade Senac Carolina Figueira e Adriano Vilhena irão abordar o tema O Milho e suas Possibilidades – Processo Criativo e Identidade Cultural. Mais informações pelo telefone 0800 741 44 40.

CULTURA DIVULGAÇÃO

Liberdade, 450, Funcionários)

Música Blues - A 7ª edição do “Projeto Blues Verão” tem como atração a banda “Soul Much Blues”, que apresentará clássicos dos dois gêneros da música negra norte-americana que dão nome à banda. No repertório músicas que ficaram famosas nas vozes de Etta James, Koko Taylor, B.B. King, Eric Clapton, Joss Stone, James Brown, Jimi Hendrix, entre outros. O grupo é formado por Laura Lima (lead vocal), Artur Santos (guitarra), Leo Lima (teclado), Rod Vaz (baixo) e Benny Cohen (bateria). Quando: 18 de janeiro (20h) Quanto: R$ 20,00 Onde: Barracão de Antiguidades (rua Canela de Ema, 20, Casa Branca,

Brumadinho - acesso pelo Parque da Serra do Rola Moça no Jardim Canadá) Artes plásticas Popular - A exposição inédita “Poteiro, o Popular e o Público” reúne 30 obras do artista multidisciplinar português Antônio Poteiro. Além das peças que perpassam a vasta produção do autor, o público terá acesso, pela primeira vez, a fotografias do arquivo pessoal do artista junto a personalidades da cena cultural brasileira, como Burle Marx e Jorge Amado. Quando: até 30 de março (quarta a segunda-feira, das 10 às 22 horas) Quanto: entrada gratuita Onde: CCBB BH (Praça da

Surrealismo - Fotógrafo, pintor, escultor, cineasta. São facetas de Man Ray, um dos maiores artistas visuais do início do século XX e expoente do movimento surrealista. E é parte de sua história criativa, um recorte significativo de seu trabalho, que pode ser apreciada na exposição “Man Ray em Paris. Quase 130 anos após seu nascimento, o público brasileiro poderá conferir 255 obras do artista ainda inéditas no País, entre objetos, vídeos, fotografias e serigrafias desenvolvidas durante os anos que viveu em Paris, entre 1921 e 1940, seu período de maior efervescência criativa. Quando: até 17 de fevereiro (quarta a segunda, das 10h às 22h) Quanto: entrada gratuita Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) Teatro Drama - Belo Horizonte foi escolhida para a estreia de “Neblina”, peça idealizada por Leonardo Fernandes e Tatyana Rubim, com texto inédito escrito por Sérgio Roveri. Sob direção de Yara de Novaes, a atriz Fafá Rennó divide o palco com Leonardo Fernandes para

contarem o drama de Diego e Sofia, alteregos de Rafael e Júlia, que se passa em uma noite fria, escura e com muita neblina. Quando: até 17 de fevereiro (sexta a segunda-feira, às 20 horas). Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia entrada) Onde: Teatro I – CCBB BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários)

Musical - Com direção de Sergio Módena e texto de Pedro Brício, “Grandes Encontros da MPB” é um passeio pela história da música nacional, passando por diversos gêneros e enredos, como a Bossa Nova, a era dos festivais, o Clube da Esquina, a música nordestina, o samba e o rock. Quando: 18 de janeiro (18h e 21h) Quanto: ingressos a partir de R$ 20,00 para compras realizadas até 10 de janeiro. A partir do dia 11: de R$ 50,00 a R$ 90,00 (inteira) - vendas: nas bilheterias do teatro ou pelo site https://www. ingressorapido.com.br/ Onde: Grande Teatro do Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro)

Cultura realiza a mostra “Made in Pernambuco”. A seleção de títulos traz 15 longas e 21 curtas e médiasmetragens, totalizando 25 realizadores, e apresenta a força da cinematografia pernambucana, num recorte de duas décadas essenciais para a consolidação e reconhecimento de sua produção, incluindo Baile Perfumado (1996), Árido Movie (2005), e Cartola (2007), de Lírio Ferreira; Madame Satã (2001), O Céu de Suely (2008), e Viajo Porque Preciso Volto Porque Te Amo (2009), de Karim Aïnouz; Amarelo Manga (2002) e Baixio das Bestas (2006), de Cláudio Assis; Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes; e O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas (2000) de Paulo Caldas e Marcelo Luna, dentre outros. Quando: até 31 de janeiro Quanto: entrada gratuita - os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes das sessões Onde: MIS Cine Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89, Praça Duque de Caxias, Santa Tereza) www.facebook.com/DiariodoComercio

Cinema

www.twitter.com/diario_comercio

“Made in Pernambuco” A Fundação Municipal de

dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.