24.023

Page 1

diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

1

8

1

0

1

9

3

2

1

6

6

0

DESDE 1932 - EDIÇÃO 24.023 - R$ 2,50

2

BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

Zema quer aportes de R$ 7 bi da Vale em obras de infraestrutura Governo do Estado cobra indenização pelos efeitos da tragédia de Brumadinho Como forma de indenização pela tragédia do rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho, que está prestes a completar uma ano, o governador Romeu Zema cobra da Vale investimentos de R$ 7 bilhões em obras de infraestrutura em Minas Gerais. O desastre provocou uma crise na mineração no Estado, com paralisação parcial das atividades, que refletiu no crescimento inferior ao do Brasil da economia mineira no segundo e no terceiro trimestres de 2019. Zema garantiu que o governo estadual será duro na exigência de uma compensação da Vale em relação aos efeitos da catástrofe de Brumadinho e, se for necessário, vai acionar a Justiça. Em nota, a mineradora afirmou que “está em negociação com o governo de Minas para discutir os temas referentes às compensações pelo rompimento da barragem”. Pág. 5

REUTERS / WASHINGTON ALVES

Suspensão das vendas da Backer afeta o mercado A retirada das cervejas da Backer das gôndolas após a contaminação da Belorizontina já afeta as vendas dos supermercados e do comércio na capital mineira. Em vários estabelecimentos há prateleiras vazias de cervejas artesanais. Mesmo com o efeito negativo da interdição da Backer, o segmento mantém a projeção de crescimento de 20% nesse ano. A produção de cerveja artesanal no Estado gira em torno de 1,5 milhão de litros por mês. Principal fabricante mineira, a Backer respondia por 800 mil litros mensais. Pág. 6 O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho causou um crescimento menor na economia mineira

Preço do leite sobe na safra com Indústria do vestuário em Minas pressão de produtos industrializados prevê crescimento de 3% em 2020 Em plena safra, os preços do leite mantêm tendência de alta em Minas Gerais, estimulados pela valorização de produtos industrializados, como o leite em pó e a muçarela. Com cotação de R$ 1,31 por litro, o valor do produto entregue neste mês e

pago em fevereiro, deve subir 1,6%, prevê o Conseleite-Minas. Com custos elevados e baixa rentabilidade, a produção de leite no Estado foi de 8,9 milhões de litros em 2019 contra uma expectativa de 10 bilhões de litros. Pág. 8

Após fechar 2019 com crescimento estimado em apenas 1%, a indústria mineira do vestuário espera um avanço de 3% neste ano, como reflexo da redução nas taxas de juros, que diminui custo de produção, e de ações governamentais, com

ALINA SOUZA / ESPECIAL PALÁCIO PIRATINI

Com custo alto, a produção mineira de leite foi de 8,9 milhões de litros em 2019 Págs. 2 e 3

ARTIGOS

O ciclo das lorotas chega ao fim (Gaudêncio Torquato)

Será o DNA um biocomputador? (Cesar Vanucci)

O mito do juiz de garantias (Renato Falchet Guaracho)

Até onde a bolsa pode ir? (Carlos Henrique Chaves Pessoa) Dólar - dia 20

Euro - dia 20

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 4,1875 Venda: R$ 4,1892

4,6344

As chuvas neste ano estão mais intensas, como é próprio dos ciclos da natureza, agravadas possivelmente pelas mudanças climáticas que é o tributo pago pela negligência do ser humano. Com isso, estamos todos, em Belo Horizonte, cidades do interior mineiro e outras espalhadas Brasil afora diante de mais um doloroso salve-se quem puder. Os problemas começam porque hoje a maioria dos brasileiros, entre 70% e 80% da população, segundo o IBGE, vive em áreas urbanas. Uma aceleração desordenada e acelerada, multiplicando erros graves na ocupação dos espaços, a improvisação dando lugar ao planejamento e, perversamente, reservando os piores espaços, de maior risco, à população mais pobre, a mais vulnerável e a mais atingida. “As soluções sem milagres”, pág. 2

Poupança (dia 21): ............ 0,2588%

Ouro - dia 20

IPCA-IBGE (Dezembro):.... 1,15%

Compra: R$ 4,0200 Venda: R$ 4,3600

Nova York (onça-troy): US$ 1.560,56

IPCA-Ipead(Dezembro):.... 1,09%

R$ 209,84

IGP-M (Dezembro): ................. 2,09%

Ptax (BC)

BM&F (g):

A queda nas taxas de juros reduz os custos de produção do setor de vestuário

EDITORIAL

Turismo Compra: R$ 4,1823 Venda: R$ 4,1829

ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

BOVESPA

TR (dia 21): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,6367

o fim da multa adicional de 10% do FGTS nas demissões sem justa causa. Apesar da luz no fim do túnel, o presidente do Sindivest-MG, Luciano José de Araújo, pondera que o setor ainda vai demorar a retomar os patamares pré-crise. Pág. 9

+0,26

+0,25

+1,52 +0,32

16/01

17/01

-1,04 14/01

15/01

20/01

Arrecadação estadual aumenta 2,7% em 2019 A arrecadação de Minas Gerais chegou a R$ 63,593 bilhões em 2019, com aumento real de 2,7% frente ao resultado de 2018. De acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda, o recolhimento cresceu 14,89% em dezembro sobre o mesmo mês do ano anterior, somando R$ 5,407 bilhões. Responsável por 80,9% da receita total mineira em 2019, o ICMS rendeu R$ 51,028 bilhões, uma alta de 5,7% sobre o valor contabilizado em 2018. Pág. 4


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

2

OPINIÃO O ciclo das lorotas chega ao fim GAUDÊNCIO TORQUATO *

As lágrimas do comediante, disse um dia Denis Diderot, filósofo francês e estrela do Iluminismo, escorrem de seu cérebro; as do homem sensível jorram de seu coração. Na política também é assim. Políticos, como atores, vivem de representações. E criam projeções que passam a se confundir com os personagens que representam. Poucos, muito poucos, podem dizer que o “eu” e o “ele” são a mesma coisa. Alguns construíram perfis sobre um conceito negativo, que, de tanto banalizado, passou a ser aceito pelos cidadãos. É o caso, por exemplo, do “rouba, mas faz”. Muitos esticam o ciclo de sua vida política graças à caricatura que moldaram. É o caso de protagonistas com o carimbo de “obreiros, estradeiros, fazedores, pai dos pobres, desenvolvimentistas, heróis da Pátria”. Até hoje, comediantes têm impressionado suas plateias, não por dizerem a verdade, mas por dourarem muito bem a pílula, ou seja, por terem boa performance no teatro da política. Ocorre que o ciclo dos histriões, estes que sobem aos palcos para comover a audiência, está chegando ao fim. A máscara das promessas começa a ser retirada dos atores políticos por grupos, movimentos, núcleos, que clamam por atitudes éticas e morais. A quebra de paradigmas (que apareceu na eleição de outubro passado) sinaliza o enterro de uma era, o declínio do engodo, o combate à mentira, o fim de promessas mirabolantes. As águas do populismo começam a escassear na fonte. O populismo ganhou culminância

na era getulista (anos 30) e prosseguiu em outros ciclos: o desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek; o trabalhismo de João Goulart; o estilo autoritário de Jânio Quadros; o matiz nacionalista de viés esportista de Garrastazu Médici nos anos de chumbo; o olimpismo-modernizante de Fernando Collor; o apartheid social (“Nós e Eles”) de Lula da Silva, para registrar apenas alguns movimentos. Nos Estados, os casos mais emblemáticos vêm de São Paulo, por exemplo, nos governos de Adhemar de Barros e Paulo Maluf. O primeiro deixou a marca do “rouba, mas faz”, refrão que colou, mais adiante, na imagem do segundo. Este plasmou sua identidade com a marca do obreirismo faraônico, uma avalanche de obras sob a sombra de um slogan que marcou suas campanhas: “Maluf fez, Maluf faz”. Ao passar do tempo, a carga negativa das imagens de ambos foi aliviada. O País acabou abrindo os cofres da corrupção e casos antigos foram canibalizados por novas descobertas. O populismo de ontem se banhava nas emoções da plebe e em grandes mobilizações. Hoje, não há mais comícios. E as manifestações de rua ganharam outros focos, principalmente na órbita dos serviços públicos. A massa está desconfiada e a mídia assopra brasa na fogueira de escândalos. O rolo que a Lava Jato começou a desenrolar esfumaça o ambiente. Os espectadores da cena política não querem se entregar mais às ilusões, preferindo exercitar seu espírito crítico, tirar atores do palco e denunciar a encenação dos personagens.

Nos últimos tempos, multiplicou-se a violência; os serviços públicos se deterioraram; o desemprego chegou ao pico (12 milhões de desempregados); a extrema pobreza aumentou para 4 milhões, que vivem com uma renda mensal inferior a R$ 145, R$ 4,80 por dia, valor insuficiente para garantir alimentação e suprir necessidades básicas; a saúde está precária; remédios custam caro e a vida, para milhões de pessoas, se torna insuportável. Por isso, o povo quer ver um novo tipo de ator. Que chore com o coração e não com um cérebro encenando peças. Por isso, a indignação popular atinge altos índices. O sentimento de revolta oxigena as veias da nossa democracia. John Stuart Mill, em Considerações sobre o Governo Representativo, faz a distinção entre duas espécies de cidadãos: os ativos e os passivos. Os governantes preferem os segundos pois é mais fácil dominar súditos dóceis ou indiferentes -, mas a democracia necessita dos primeiros. Numa sociedade passiva, os súditos são transformados em ovelhas dedicadas tão somente a pastar capim uma ao lado da outra e a não reclamar nem mesmo quando o capim está escasso. O povo percebe quando o discurso político não passa de encenação canhestra. Não quer mais pagar tributo por um expressionismo cênico, caricatural, grotesco, mímico, demagógico. * Jornalista, professor titular da USP, consultor político e de comunicação

Será o DNA um biocomputador? CESAR VANUCCI *

“Conhecemos nadica de nada dos prodígios que o ser humano carrega.” (Antônio Luiz da Costa, educador) Amigo fraternal, conceituado profissional na área médica, “sabedor” de meu interesse “por temas desse gênero”, encaminha-me sugestivo texto sobre uma pesquisa de vanguarda. São revelações instigantes acerca de insuspeitadas propriedades atribuídas ao DNA, capazes, em teoria, de alterar conceitos tradicionais vigentes nas metodologias empregadas na assistência à saúde. Considerei oportuno compartilhar com o culto leitorado as informações passadas. Ei-las: “Cientistas revelam: DNA possui funções mediúnicas - telepatia, irradiação e contato interdimensional! “Nosso DNA é um biocomputador”, dizem cientistas russos. Pesquisas científicas tentam explicar fenômenos como a clarividência, a intuição, atos espontâneos de cura e autocura e outros. Quando os cientistas começaram a desvendar o mundo da genética, compreenderam a utilidade de apenas 10% do nosso DNA. O restante (90%) foi considerado “DNA lixo”, ou seja: sem função alguma para o corpo humano. Porém, este fato foi motivo de questionamentos, pois alguns cientistas não acreditaram que o corpo físico traria algum elemento que não tivesse alguma utilidade. E foi assim que o biofísico russo Pjotr Garjajev e colegas promoveram pesquisas “de ponta”, com a finalidade de investigar os 90% do DNA não compreendido. Os resultados são fantásticos, atingindo aspectos antes considerados “esotéricos”. O que as pesquisas estão revelando? O DNA tem capacidade telepática. É receptor e transmissor de informações além do tempo-espaço. Gera padrões que atuam no vácuo, produzindo os chamados “buracos de minhoca” magnetizados. São microscópicos, semelhantes aos “buracos de minhocas” percebidos no Universo. Sabe-se que “buracos de minhoca” são como pontes ou túneis de conexões entre áreas totalmente diferentes no universo, através das quais a informação é transmitida fora do espaço e do tempo. Isto significa que o DNA atrai informação e a passa para as células e para a consciência, função que os cientistas rotulam de “a internet do corpo físico”, mais avançada que a internet dos computadores. A descoberta leva a crer que o DNA possui algo que se pode chamar de telepatia interespacial e interdimensional. Em outras palavras, o DNA está aberto a comunicações e mostra-se suscetível a elas. A recepção e transmissão de informações através do DNA explicam fenômenos como a clarividência, a intuição, atos espontâneos de cura e autocura e outros. Isso conduz à possibilidade da reprogramação do DNA através da mente e das palavras. O grupo descobriu também que o DNA possui uma linguagem própria, uma espécie de sintaxe gramatical, semelhante à gramática da linguagem humana. Seria

assim certo concluir que o DNA é influenciável por palavras emitidas, pela mente e pela voz, confirmando a eficácia das técnicas de hipnose (ou auto hipnose) e de visualizações positivas. Uma descoberta impressionante: adequando-nos às frequências da nossa linguagem verbal e das imagens geradas pelo pensamento, o DNA pode se reprogramar, aceitando uma nova ordem, uma nova regra, a partir da ideia transmitida. O DNA, no caso, recebe a informação das palavras e das imagens do pensamento e as transmite para todas as células e moléculas do corpo, que passam a ser comandadas segundo o novo padrão emitido. Os cientistas confessam-se capazes de reprogramar o DNA em organismos vivos, usando as frequências de ressonância corretas. Estão obtendo resultados positivos, especialmente na regeneração do DNA danificado. Utilizam para isso a Luz Laser codificada como a linguagem humana para transmitir informações saudáveis ao DNA. A técnica já é aplicada em alguns hospitais universitários europeus, com sucesso no tratamento de câncer de pele. O câncer é curado, sem cicatrizes remanescentes. Nessa mesma linha de pesquisas, o cientista russo Vladimir Poponin colocou o DNA em um tubo e enviou feixes de laser através dele. Quando o DNA foi removido do tubo, a Luz Laser continuou a espiralar, formando como que pequenos chacras e um novo campo magnético ao redor, maior e mais iluminado. Agiu como um cristal quando faz a refração da Luz. Conclusão: o DNA irradia a Luz que recebe. A constatação permitiu uma maior compreensão sobre os campos eletromagnéticos ao redor das pessoas (auras), assim como também o entendimento de que as irradiações emitidas por curadores e sensitivos acontecem segundo o mesmo padrão: receber e irradiar, aumentando e preenchendo com Luz o campo eletromagnético ao redor. As pesquisas estão ainda em fases iniciais e os cientistas acreditam que ainda chegarão a muitas outras coisas interessantes. As conclusões estimulam o emprego das técnicas de afirmações positivas, aplicadas a pensamentos e imagens por ele geradas. As transmissões ao DNA e ao corpo alcançarão a saúde, o bem-estar e a harmonia. Segundo os pesquisadores as transmissões verbais e mentais podem ser melhoradas, por meio da comunicação positiva com o corpo e a reprogramação consequente do DNA. As informações contidas neste texto são do livro “Vernetzte Intelligenz” von Grazyna Fosar und Franz Bludorf, ISBN 3930243237, resumidos e comentados por Baerbel. (Fontes: http://animamundhy.com.br; http://marecinza.blogspot.com.br; http://bioterra.blogspot.pt; Mais um post by: Ufos Online)” * Jornalista, presidente da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (cantonius1@yahoo.com.br)

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa

Presidente do Conselho Luiz Carlos Motta Costa conselho@diariodocomercio.com.br Presidente e Diretora Editorial Adriana Muls adrianamuls@diariodocomercio.com.br Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls diretoria@diariodocomercio.com.br Conselho Consultivo Enio Coradi, Tiago Fantini Magalhães e Antonieta Rossi Conselho Editorial Adriana Machado - Claudio de Moura Castro Helena Neiva - Lindolfo Paoliello - Luiz Michalick Mônica Cordeiro - Teodomiro Diniz

As soluções sem milagres As chuvas este ano estão mais intensas, como é próprio dos ciclos da natureza, possivelmente agravadas pelas mudanças climáticas que é o tributo pago pela negligência dos humanos. Vale dizer, estamos todos, em Belo Horizonte, em cidades do interior mineiro e outras espalhadas Brasil afora diante de mais um doloroso salve-se quem puder. Mudar, antes mesmo das promessas que se repetem enfadonhamente, começa por conhecer, por compreender, por saber o que se passa. Os problemas começam porque hoje a maioria dos brasileiros, entre 70% e 80% da população, segundo o IBGE, vive em áreas urbanas. Uma aceleração desordenada e acelerada, multiplicando erros graves na ocupação dos espaços, a improvisação dando lugar ao planejamento e, perversamente, reservando os piores espaços, os de maior risco, à população mais pobre, a mais vulnerável e a mais atingida. De outro lado, crescimento também da frota de veículos em circulação, amplificando as condições desfavoráveis, elevando os níveis de impermeabilização do solo e tornando mais difícil o escoamento. Uma aceleração Assim, os desordenada resultados e acelerada, não poderiam ser diferentes multiplicando erros e enfrentágraves na ocupação los significa dos espaços, a em primeiro lugar mudar a improvisação dando abordagem, mudar lugar ao planejamento a perspectiva e o imediatismo. e, perversamente, Nada de reservando os piores improvisar, nada espaços, os de maior de prometer soluções que risco, à população custam dinheiro mais pobre, a mais e não impedem vulnerável e a mais que, ano a ano, a situação atingida só se agrave. Planejamento é o que nos resta. E começando pelo entendimento óbvio de que é preciso garantir e melhorar as condições de escoamento, o que significa desobstruir o caminho das águas. Significa também menos omissão de cada indivíduo que ajuda a entupir as galerias pluviais, que deixa o lixo se acumular em qualquer lugar e de qualquer forma. Disciplina e educação, nesse caso, talvez seja a única possibilidade real de melhorias, de resultados rápidos, de evitar que as próximas chuvas não signifiquem novas enchentes. Distribuir placas pela cidade, alertando sobre locais mais sujeitos a alagamentos, é a maior evidência de inércia, é o reconhecimento de que nada mais se pode fazer além de escapar das áreas de risco. Fica também a evidência de que parece nos faltar um sentido de coletividade, de cada um fazer o que é possível fazer e não simplesmente esperar que as soluções venham de cima, no raciocínio primário de que eu jogo lixo nas ruas porque a Prefeitura se encarregará de recolhê-lo, assim como de desentupir os sistemas de escoamento que ajudamos a obstruir. Em síntese, continua faltando a elementar compreensão de que o problema é de todos nós, da mesma forma que as soluções, e também no plano político, sempre dependerão de todos nós.


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

OPINIÃO

3

Os mitos do juiz de garantias RENATO FALCHET GUARACHO* WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL

O Congresso Nacional e o presidente da República promulgaram recentemente a Lei Anticrime que inovou na legislação processual penal e estabeleceu a existência do juiz de garantias, que é um magistrado que atuará na fase pré-processual. Para melhor explicar, a função do juiz de garantias será decidir sobre quebra de sigilo fiscal e bancário, prisões cautelares, busca e apreensão e demais decisões judiciais necessárias no procedimento de investigação, antes que exista uma ação penal. Aliás, muito se fala que o juiz de garantias seria uma inovação brasileira, o que não é verdade, uma vez que muitos países desenvolvidos já têm uma figura parecida, como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, França, Portugal e Itália, além de países menos desenvolvidos que também já incluíram o juiz de garantias, como a Argentina. Assim, fica claro que esta figura não é uma inovação do sistema judicial brasileiro, tampouco existe para impedir a Operação Lava Jato, como muito se fala. Isto porque, a figura do juiz de garantias já existia na proposta do novo Código de Processo Penal, que tramita no Congresso Nacional antes da Lava Jato existir. Além disso, a Operação Mãos Limpas, que ocorreu na Itália e é a grande inspiração da Lava Jato, aconteceu com a existência de um juiz de garantias. Ou seja, esta figura nunca impediu o combate à corrupção. No entanto, recente decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou a suspensão do juiz de garantias pelo prazo de seis meses, ou seja, esta figura só passará a vigorar a partir de junho de 2020. Além disso, o ministro Dias Toffoli também regulamentou a inaplicabilidade do juiz de garantias em processos que ocorram nas instâncias superiores, tribunal do júri e crimes de violência doméstica e familiar. De início, importante ressaltar que a implementação do juiz de garantias não traz nenhuma demanda nova ao Poder Judiciário e também não seria necessária à contratação de novos juízes, mas apenas uma divisão das tarefas já exercidas por eles. Prova disso é a existência do Dipo, um departamento do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que já trabalha como uma espécie de juiz de garantias e já vigora na cidade de São Paulo há algumas décadas, inclusive foi ampliado através da Lei Complementar Estadual nº 1.208/13, que prevê a criação do Dipo em todo Estado de São Paulo. Quanto à suposta necessidade de novos juízes, a alegação não prospera. Atualmente, os magistrados já atuam na fase pré-processual e processual, o que mudaria seria apenas a divisão, o juiz que atuou na fase de garantias não atuaria na fase processual. Aliás, com a informatização dos processos, que hoje tramitam de forma eletrônica em todo o território nacional, sequer seria necessária a locomoção de juízes, os pedidos podem ser direcionados a eles sem que precisem sair da comarca que atuam. Aliás, frisa-se que mesmo que a implementação do juiz de garantias fosse algo extremamente difícil, o que não é, fato é que a cada dia mais o ativismo judicial do Supremo Tribunal Federal acaba com a segurança jurídica no Brasil e traz diversos prejuízos, tanto no âmbito nacional quanto internacional, inclusive prejudicando a economia. Isto porque, não cabe aos juízes julgarem ou regulamentarem leis. Ao Supremo Tribunal Federal compete a guarda da Constituição Federal e não a regulamentação de legislações que não tem qualquer relação à Constituição. Esta competência pertence ao Congresso Nacional, em razão da democracia, o poder emana do povo

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação

e, assim, apenas os representantes eleitos podem fazer e regulamentar leis. As recentes decisões do Supremo Tribunal Federal flertam com um Estado Ditatorial, mas a ditadura, neste caso, vem de um Poder Judiciário que tudo pode, que não tem freio, que decide a vida do País como bem entende, afastando o poder do povo e de seus escolhidos e avocando para si. Isto porque, não é apenas no juiz de garantias que o Supremo Tribunal Federal legisla, mas em todas as matérias que entendem necessária a intervenção judicial na esfera cível, criminal, tributária, previdenciária, trabalhista e quaisquer outros ramos. Dessa forma, a população brasileira está se tornando, cada vez mais, refém de um Poder Judiciário e, em especial, de onze ministros que decidem da forma que entendem melhor. Assim, o ativismo judicial torna vigente uma ditadura perpetrada pelo Poder Judiciário, que deve ser combatida, garantindo, assim, a democracia vigente no Brasil. * Coordenador jurídico do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados

Até onde a bolsa pode ir? CARLOS HENRIQUE CHAVES PESSOA *

O Brasil sempre foi conhecido como a terra da renda fixa. Sempre tivemos os juros reais mais altos do planeta, com alta rentabilidade, proteção e liquidez imediata. Basicamente, até três anos atrás, um investidor conseguiria um retorno de 15% ao ano. O País era o paraíso dos rentistas. De lá para cá, parece que muita coisa mudou. Os juros caíram fortemente, a renda fixa perdeu o seu brilho e a bolsa não parou de se valorizar. Deixamos de ter os juros reais mais altos do mundo e os poupadores que quiserem ter mais retorno, necessariamente, precisam abrir mão de liquidez e correr mais riscos. Nesse novo contexto, o pequeno investidor se viu sem muita alternativa e teve que buscar investimentos que remunerassem melhor a sua renda fixa. O velho CDB já não remunerava como antes, o tesouro direto já não oferecia taxas tão gordas e tampouco LCI/LCA entregavam rentabilidades atrativas. Foi nesse cenário que o número de participantes na B3 mais que triplicou, saindo de 500 mil CPFs ativos, em 2016, para bater a marca de mais de 1,5 milhão de CPFs ativos investindo em ações, além de 500 mil pessoas investindo em fundos imobiliários no final de 2019. Os investidores locais foram os responsáveis por esse grande fluxo para a bolsa, já que até agora o dinheiro estrangeiro ainda não veio para cá. Os locais provocaram essa forte valorização do índice. Para se ter uma ideia, nesses últimos quatro anos, a bolsa valorizou 38,93% (2016), 26,86% (2017), 15,03% (2018) e 31,58% (2019). Performando no somatório dos quatro anos robustos 166,77%. Várias iniciativas governamentais possibilitaram a redução dos juros e, consequentemente, a busca da população por alternativas mais ligadas à economia real. Dentre elas, algumas reformas se mostraram essenciais, como a do teto de gastos, trabalhista, a substituição da TJLP pela TLP nos empréstimos públicos e a reforma da previdência. Esse conjunto de reformas provocou um encaminhamento do problema do déficit governamental. A trajetória da dívida pública era explosiva. Por vinte anos seguidos, os gastos do governo

Telefones

Luciana Montes Editores Alexandre Horácio

Rafael Tomaz

Clério Fernandes

Gabriela Pedroso

pauta@diariodocomercio.com.br

cresceram a uma taxa de 6% acima da inflação, nenhum outro país do mundo conseguiu tamanha “façanha”. Saímos de uma relação dívida/PIB de 60%, em 2013, para encostar em 80% ao fim de 2019. Algo tinha que ser feito ou, em um dado momento, o governo não conseguiria mais financiar a taxa de juros condizentes e a inflação poderia voltar forte. Os dois últimos governos, Temer e Bolsonaro, também se mostraram mais liberais, mais alinhados com os interesses da iniciativa privada e dos mercados. Um movimento em oposição ao que aconteceu de 2003 a 2016 e que acabou provocando uma das maiores crises da história do país. Aliado a isso tudo, ainda temos uma melhora na governança das empresas estatais, uma busca por profissionalismo nessas gestões e uma agenda de privatizações, comandada pelo ministro Salim Mattar. Segundo a consultoria Economática, em 2015, as três maiores estatais brasileiras, Banco do Brasil, Eletrobras e Petrobras, amargaram um prejuízo de R$ 35 bilhões, e em 2019 o lucro deve ser algo perto de R$ 53 bilhões. Uma clara mudança de rota na gestão estatal. As perspectivas continuam favoráveis para continuidade da valorização do índice Bovespa. Temos uma agenda repleta de reformas pela frente, como a administrativa e a tributária, tão importante quanto a reforma da previdência. Devemos ver uma redução ainda maior dos juros, devido a inflação baixa e a capacidade ociosa da indústria; temos uma taxa de câmbio favorável, o dólar na casa de R$ 4,15 possibilita maior competitividade da indústria brasileira; a retomada do crédito para pessoas e empresas, com as menores taxas de juros e, por fim, existe uma retomada da confiança dos empresários e pessoas. Em termos de preço da nossa bolsa, não há indício que este item estaria “caro”, um índice que analistas e o mercado gostam de acompanhar, é o preço dividido pelo lucro, o famoso múltiplo P/L. Por exemplo, se tenho uma empresa que custa no mercado R$ 10 a ação e lucra R$ 1 por ano, ela tem um múltiplo P/L de R$ 10/R$ 1 = 10, ou seja, em 10 anos eu receberia de volta o

Comercial

Geral:

3469-2000

Administração:

3469-2002

valor investido, caso a empresa lucrasse a mesma coisa. Quando se estima esse múltiplo do índice Bovespa, somando todo o valor de mercado das empresas e dividindo pelo somatório dos lucros, tem-se uma relação de R$13,00. Bem próxima da média histórica da bolsa de 12 x lucros. Esse múltiplo se torna ainda mais barato, quando se lembra que antes a Selic era bem maior e hoje temos a taxa básica de juros em 4,50%. Resumidamente, um múltiplo de 13,00 com uma Selic de 4,50% é muito mais barato do que um múltiplo de R$12,00 com uma Selic de 14,25%. Outro ponto importante é que hoje, apenas 12% dos ativos financeiros estão alocados em renda variável no Brasil. Esse número já foi de 24%, em 2008, antes da crise do Subprime. Países emergentes, com mesmo perfil de renda que o Brasil, possuem bem mais que isso alocados em ativos de risco. O Chile, por exemplo, supera os 35% e a China os 25%. Dito isso, é bem provável que esse fluxo continue a impulsionar a bolsa e que, no futuro próximo, o percentual dos ativos financeiros alocados em ações se eleve muito. Em outros momentos da história, o mercado esteve muito otimista como agora. Como em 2008, quando obtivemos o grau de investimento pelas agências internacionais e não sabia-se que viria a maior crise dos últimos 50 anos. Como sempre, ainda mais no mercado financeiro, devemos ficar atentos a questões que possam atrapalhar esse momento de otimismo e estar preparados para uma inversão de tendência. Alguns fatores podem mudar essa dinâmica positiva, como escândalos de corrupção do governo, crise internacional, falta de comunicação do governo com o congresso e uma eventual renúncia do ministro da economia Paulo Guedes, que seria muito ruim para o mercado. O momento é de otimismo, de boas perspectivas, mas sempre com muita cautela. Como diria o falecido economista e ex-político Roberto Campos, avô do atual presidente do Banco Central: no “Brasil e Argentina, até o passado é incerto!”. * Gestor de Recursos e CEO da Vêneto Gestão de Recursos

Representantes comercial@diariodocomercio.com.br

São Paulo-SP - Alameda dos Maracatins, 508 - 9º andar CEP 04089-001

Redação:

Editora-Executiva

Ao Supremo Tribunal Federal compete a guarda da Constituição Federal e não a regulamentação de legislações que não tem qualquer relação à Constituição. Esta competência pertence ao Congresso Nacional, em razão da democracia, o poder emana do povo e, assim, apenas os representantes eleitos podem fazer e regulamentar leis.

3469-2040

Comercial:

3469-2060

Circulação:

3469-2071

Industrial: Diretoria:

3469-2085 3469-2092 3469-2097

Fax:

3469-2015

Gerente Industrial Manoel Evandro do Carmo manoel@diariodocomercio.com.br

Rio de Janeiro-RJ - Praça XV de Novembro, 20 - sala 408 CEP 20010-010

Brasília-DF - SCN Ed. Liberty Mall - Torre A - sala 617 CEP 70712-904

Recife - Rua Helena de Lemos, 330 - salas 01/02 CEP 50750-280

Assinatura semestral

Curitiba - Rua Antônio Costa, 529

Belo Horizonte, Região Metropolitana: ............... R$ 296,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento

Porto Alegre - Av. Getúlio Vargas, 774 - Cj. 401

CEP 80820-020 CEP 90150-02

(11) 2178.8700 (21) 3852.1588 (61) 3327.0170 (81) 3446.5832 (41) 3339.6142 (51) 3231.5222

Preço do exemplar avulso Assinatura anual Belo Horizonte, Região Metropolitana: ................. R$ 557,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento

Assinatura: 3469-2001 - assinaturas@diariodocomercio.com.br

Exemplar avulso ................................................................................................... R$ 2,50 Exemplar avulso atrasado .................................................................................... R$ 3,50 Exemplar para outros estados ............................................................................. R$ 3,50* * (+ valor de postagem)

(Os artigos assinados refletem a opinião do autor. O Diário do Comércio não se responsabiliza e nem poderá ser responsabilizado pelas informações e conceitos emitidos e seu uso incorreto)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

4

ECONOMIA RECEITA ESTADUAL

Arrecadação tem crescimento real de 2,7% Foram recolhidos aos cofres do Estado R$ 63,593 bilhões com tributos e taxas no ano passado elétrica somou R$ 6,99 bi- 2019. O valor arrecadado lhões no decorrer do ano com o imposto (R$ 5,54 Minas Gerais arrecadou passado. bilhões), no entanto, foi R$ 63,593 bilhões no ano 1,8% superior do que o passado, 7% a mais que IPVA - Além disso, a arre- montante lançado para o em 2018, quando os co- cadação do Imposto sobre período, segundo informafres estaduais recolheram a Propriedade de Veículos ções do governo. Para o R$ 59,426 bilhões. Se des- Automotores (IPVA) tota- atual exercício, o Executivo contada a inflação oficial lizou R$ 5,548 bilhões em espera que mais de R$ 5,93 do País no decorrer de 2019, com evolução de 9,4% milhões sejam arrecadados 2019 – medida pelo Índice em relação a arrecadação por meio do tributo. de Preços ao Consumidor do imposto um ano antes Amplo (IPCA), do Instituto (R$ 5,069 bilhões). Assim, o Dívida - Por fim, ainda de Brasileiro de Geografia e IPVA respondeu por 7,9% acordo com o balanço da Estatística (IBGE) -, que foi do recolhimento total de SEF, a cobrança de débitos 4,31%, o aumento real foi Minas Gerais ente janeiro e referentes à dívida ativa de 2,7% entre os exercícios. dezembro do último exer- de Minas Gerais gerou a Somente em dezembro, cício, conforme os dados arrecadação de R$ 3,574 o recolhimento somou R$ da SEF. bilhões no ano anterior, o 5,407 bilhões, 14,89% a No começo do ano pas- que representou aumento mais que no mesmo mês sado, o governo de Minas de 18,3% na comparação do ano anterior (R$ 4,706 projetava arrecadar R$ 5,44 com os R$ 3,021 bilhões bilhões). Os dados são da bilhões com o IPVA em recolhidos em 2018. Secretaria de Estado de Fazenda (SEF). Apenas com a receita VAREJO tributária, Minas arrecadou R$ 60,018 bilhões em 2019 em relação aos R$ 56,404 bilhões do ano anterior. Isso significa alta de 6,4% entre das (7,8%) ficou concentrada os períodos. A arrecadação MICHELLE VALVERDE entre as pessoas com mais de tributos respondeu por A retomada gradual da de 65 anos. Nessa faixa de praticamente 95% do total da receita do Estado no ano economia tem contribuído idade encontram-se os apopara a redução da inadim- sentados, que normalmente passado. plência e das dívidas em têm um aumento de gastos Somente o recolhimento do Imposto sobre Cir- atraso das famílias. De acor- com a saúde e a alimentação, culação de Mercadorias do com os dados da Câmara reduzindo a capacidade de e Prestação de Serviços de Dirigentes Lojistas de pagamento dos débitos. En(ICMS) chegou a R$ 51,028 Belo Horizonte (CDL-BH), tre os gêneros, houve queda bilhões em 2019, contra R$ em dezembro de 2019, hou- em ambos, com maior con48,276 bilhões em 2018, ve uma redução de 5,57% centração entre os homens aumento de 5,7%. O ICMS no número de dívidas em (com redução de 7,35%). representou 80,9% da ar- atraso se comparado com Entre as mulheres, a queda recadação total de Minas igual mês de 2018. A queda é no número de dívidas foi para o acumulado do ano considerada importante uma de 5,95%. vez que as famílias estão O levantamento também passado. De acordo com os da- retomando as condições de mostrou que desde 2010, ano início da série históridos disponibilizados pela consumir novamente. O Indicador de Dívidas ca, o consumidor de Belo Secretaria, dos R$ 51 bilhões de ICMS recolhidos da CDL-BH, na comparação Horizonte não apresentava no exercício, o setor de com o mês anterior (dezem- um número tão baixo de combustíveis e lubrifican- bro com novembro), mostra dívidas. Em dezembro de tes respondeu por R$ 10,7 houve queda de 0,7% no nú- 2019, o número médio de bilhões e o aglomerado mero de débitos em atraso. dívidas por consumidor foi comércio – outros, por R$ De acordo com os dados da de 1,914, enquanto em igual 10,2 bilhões. Já a energia CDL-BH, a maioria das dívi- mês de 2018, o índice era

ALISSON J SILVA - ARQUIVO DC

MARA BIANCHETTI

Arrecadação do governo estadual com o ICMS avançou 5,7% no ano passado, alcançando R$ 51,028 bi

Inadimplência recua na capital mineira de 2,008 dívidas para cada consumidor. Comparando dezembro de 2019 com o mesmo mês do primeiro ano da série histórica, 2010, houve uma queda de 21,94% nas dívidas, que somavam uma média de 2,452 por consumidor no período. A economista da CDL-BH, Ana Paula Bastos, explica que fatores como a melhora dos níveis de empregos e a queda das taxas de juros, por exemplo, tem contribuído para que as famílias consigam quitar as dívidas. “Em 2019, contribuiu para a quitação dos débitos os saques do FGTS, a inflação controlada e a queda dos juros, que permite a melhor negociação das dívidas. Além disso, a retomada dos empregos capitaliza as famílias, que priorizam a quitação das dividas. Outro

CONJUNTURA

FMI eleva projeção para o PIB brasileiro Davos - O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou ontem mais uma revisão de suas projeções de crescimento da economia global para este ano e o próximo, reduzindo em 0,1 e 0,2 ponto percentual, respectivamente, a previsão que divulgara em outubro. Com isso, o fundo projeta expansão de 3,3% em 2020 de 3,4% em 2021. A projeção para o Brasil, no entanto, foi uma das raras a ser revisada para cima para este ano, em 0,2 ponto percentual, para 2,2%, acima da média da região (1,6%), impactada pela aprovação da reforma da Previdência e a melhora de expectativas no setor de mineração após um ano marcado pelo desastre envolvendo a ruptura de uma barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O departamento de pesquisa do FMI ainda ressaltou que o Brasil deve continuar com as reformas, sobretudo na folha de pagamento do setor público. No próximo ano, contudo, o fundo espera que a economia brasileira avance 2,3%, em linha com a expansão na América Latina e 0,1 ponto abaixo do que previa em outubro. O avanço médio do bloco dos emergentes, por

sua vez, deve ser de 4,4% e 4,6% em 2020 e 2021. Os números integram a mais recente atualização do relatório World Economic Outlook, avaliação da economia mundial publicada originalmente em abril e revisada ao longo dos 12 meses seguintes, divulgada em Davos, na Suíça, horas antes do início da reunião anual do Fórum Econômico Mundial. No documento, a entidade atribui como causa para a redução de expectativas o avanço abaixo do esperado em parte dos mercados emergentes, notadamente na Índia, que passa por turbulência no setor financeiro que resultou em restrições de crédito. Por isso, o país asiático, uma das maiores economias do mundo, teve sua projeção cortada em 1,2 ponto para 5,8% neste ano e em 0,9, para 6,5%, no ano que vem. A agitação social na América do Sul, Europa e Ásia, com manifestantes nas ruas do Chile, da França e de Hong Kong por semanas, também pesou para a revisão negativa. Apesar da revisão modesta e de o relatório afirmar que “a economia global está menos inclinada a desacelerar” - deve parar de piorar,

o FMI alerta para o impacto econômico de desastres ambientais decorrentes da mudança climática, como os incêndios que assolam a Austrália, furacões no Caribe e enchentes na África, e exorta os países a investirem para mitigar o problema. Mas os principais riscos continuam a emanar dos EUA, que passam por eleições neste ano. As tensões geopolíticas com o Irã, que chegaram perto de eclodir no mês passado para então entrarem em um estado de acomodação latente, estão no topo dos alertas do fundo, com efeito na sensação global de segurança (normalmente, um freio para investimentos) e no preço do petróleo. Fricções decorrentes de atritos comerciais são citadas em seguida, e, apesar do recente acordo com a China para arrefecer a guerra comercial, os efeitos de meses de elevação de tarifas e outros movimentos deixaram suas trincas na cadeia de produção, especialmente no setor de tecnologia, e alimentaram o temor de novos distúrbios. Ondas sísmicas que emanam dessa falta de certeza também afetam o comércio global como um todo, que deve expandir 2,9% neste ano, 0,3 ponto menos do que o esperado antes.

O alívio com o armistício entre EUA e China, porém, levou o fundo a melhorar sua previsão de avanço para o país asiático neste ano em 0,2 ponto, para 6%. No ano que vem, espera-se expansão de 5,8%, 0,1 ponto menos do que antes previsto. No caso dos EUA, o cenário é de um crescimento modesto de 2% neste ano e de 1,7% no próximo, com redução de 0,1 ponto em 2020. Da mesma forma, o FMI ressalta que a protelada solução para o brexit, a saída britânica da União Europeia, teve efeito positivo em relação às expectativas globais, mas ainda não a considera questão liquidada. Em parte, as projeções dependem de que os acordos recentemente fechados sejam levados a cabo sem mais sobressaltos. O documento também destaca que as previsões seriam cerca de 0,5 ponto mais tímidas caso não tivessem sido colocadas em prática políticas de estímulo fiscal em vários países, pede maior cooperação entre os países, exorta governos a agirem em relação ao aquecimento global, e, diante da recente onda de protestos pelo mundo, reforcem redes de amparo social para que elas garantam oportunidades a todos. (Folhapress)

fator foi o pagamento do 13º salário, geralmente, as pessoas utilizam a primeira parcela para a quitação de débitos”. Os fatores citados por Ana Paula também foram fundamentais para a redução da inadimplência dos consumidores de Belo Horizonte. A pesquisa da CDL-BH mostrou que a inadimplência entre os consumidores da Capital apresentou, em dezembro de 2019, na comparação com o mesmo mês de 2018, redução de 0,95% no número de consumidores com o nome inscrito no cadastro de devedores do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Na variação mensal (dezembro e novembro de 2019), a inadimplência retraiu 0,62%. Em dezembro de 2019, frente igual mês de 2018,

entre os gêneros, o número de devedores apresentou redução em ambos, porém a retração foi menor para o público feminino, com queda de 1,42%, enquanto no masculino a redução foi de 2,73%. A diferença é justificada pela taxa de desemprego mais elevada entre as mulheres e pelos rendimentos reais serem menores. Expectativa - Com a retomada da atividade econômica, a expectativa é que a inadimplência na capital mineira continue em queda. “A redução das dívidas em atraso e da inadimplência são importantes porque os consumidores retomam ao mercado. As pessoas estão quitando os débitos e, isso, tem impacto positivo nos comércio fazendo com que as vendas cresçam”.

Indicadores evidenciam retomada, avalia governo Brasília - Os dados do crescimento da atividade econômica no terceiro trimestre de 2019 evidenciam uma retomada econômica puxada pelo setor privado, analisou a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia ontem, destacando que a tendência deve prosseguir neste ano. Entre julho e setembro passados, o PIB teve alta de 1,19% sobre igual período de 2018. A partir de uma decomposição feita com metodologia própria, a SPE calculou que o setor privado cresceu 2,72% na mesma base de comparação, ao passo que o PIB do setor público caiu 2,25%. “Destaca-se que em 2019 há um ritmo de crescimento privado substancial, mesmo sem haver estímulos de gastos do governo ou do setor externo. Logo, trata-se de um crescimento mais sólido e que tende a apresentar aceleração em 2020”, disse. Destrinchando os componentes do PIB, o investimento privado subiu 6,20% sobre o terceiro trimestre de 2018, enquanto o investimento público

caiu 11,53%. “Este movimento é um sinalizador positivo da percepção dos agentes privados sobre a economia, que se reflete no aumento do retorno esperado do capital e, consequentemente, do investimento. Nesse sentido, pode-se afirmar que a retomada da economia está associada ao crescimento dos investimentos privados, influenciado tanto pelas expectativas favoráveis sobre o desempenho da economia, quanto pela redução dos juros”, avaliou a secretaria. O Ministério da Economia e o Banco Central têm martelado em uníssono que, apesar de o crescimento econômico ainda ser lento, está sendo guiado pela primeira vez pelo setor privado enquanto o PIB do governo cai, o que engatilhará uma atividade mais robusta à frente. Para economistas ouvidos pela Reuters, a direção é essa e está correta. Mas, para a mudança se refletir em mais emprego e renda na ponta, os brasileiros ainda vão ter que esperar em meio à alta ociosidade do mercado de trabalho. (Reuters)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

5

ECONOMIA ADRIANO MACHADO/REUTERS

MINERAÇÃO

Governo quer que Vale aporte R$ 7 bilhões em infraestrutura Ação seria uma reparação por desastre JULIANA SIQUEIRA

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que espera da Vale um investimento em torno de R$ 7 bilhões em obras de infraestrutura no Estado, como forma de indenização pelo desastre em Brumadinho, quando houve o rompimento da barragem Córrego do Feijão, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A declaração foi dada ontem, em entrevista coletiva realizada no Palácio Tiradentes, cinco dias antes de a tragédia completar um ano. O governador afirmou que a economia mineira foi a que menos cresceu no Brasil no segundo e terceiro trimestres do ano passado. “Tivemos até recessão”, frisou. “Essa recessão que nós tivemos no segundo e terceiro trimestres está muito conectada à crise que surgiu no setor de mineração devido à tragédia de Brumadinho, tragédia causada pela Vale. Por esse motivo, nós achamos mais do que justo que a empresa repare o Estado pelo o que causou.

Não pagando uma multa diretamente ao Tesouro do Estado, mas sim fazendo grandes obras de infraestrutura”, disse ele, afirmando que tem sido enfrentada uma grande resistência da empresa. Entretanto, o governador destacou que está firme e será duro e que, se for necessário, irá judicializar a questão, embora o objetivo seja de que ela seja resolvida administrativamente. “Não estamos falando nada que é impagável pela empresa. O que nós estamos falando é de algo que realmente a empresa precisaria fazer para, pelo menos, redimir-se parcialmente perante o Estado onde ela surgiu e onde, até hoje, nós sabemos, ela extraiu toda a sua riqueza”, destacou. De acordo com ele, apesar de ainda não adiantar nenhum tipo de obra que poderá ser feita por não se ter chegado a um acordo, dezenas delas já foram elencadas. “Lembrando que, neste ano, o que nós estamos fazendo de investimento no Estado é

Economia mineira, na avaliação do governo, teria sido fortemente impactada pelo rompimento da barragem em Brumadinho

R$ 70 milhões. O que nós estamos pedindo para a Vale é, caso o Estado continuasse investindo esse mesmo volume, seria algo equivalente a mais de 100 anos de investimentos. Isso iria fazer com que muitas obras que estão paralisadas ou que são prioritárias, importantíssimas para o Estado, venham a ser viáveis”, disse. “A própria Vale é quem será encarregada de executar essas obras, sob fiscalização, sob acompanhamento do Estado e do Ministério Público”, afirmou. Procurada para comentar sobre a indenização ao Estado, a Vale, em nota, afirmou que “está em negociação com o governo de Minas para discutir os temas referentes às compensações pelo rompimento da barragem I, em Brumadinho”.

Diversificação - Durante a coletiva, o governador de Minas Gerais também ressaltou que o Estado tem se diversificado economicamente. “Lembrando que boa parte dos investimentos, dos protocolos que nós assinamos no ano passado, vem de setores, de atividades, que não as minerárias. Somente no ano passado, a capacidade do Estado de gerar energia fotovoltaica cresceu 76%. Isso demonstra que nós, que já éramos o maior gerador desse tipo de energia, agora estamos em primeiro lugar, mas muito à frente do segundo. Novos investimentos nessa área ainda serão feitos. Nós temos grandes projetos na área de celulose no Estado, na área de agronegócio, cervejarias, etc”, disse. Romeu Zema também afirmou que o último gover-

Justiça suspende licenciamento de projeto em Minas São Paulo - Uma decisão judicial liminar suspendeu a tramitação de processos de licenciamento ambiental para um projeto de mineração no Brasil da Sul Americana de Metais (SAM), subsidiária da chinesa Honbridge Holdings. O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) afirmou, em nota à imprensa ontem, que a decisão da Justiça Federal de Montes Claros atendeu ação de procuradores contra empreendimento conhecido como Bloco 8, que envolve uma mina e um mineroduto. O MPMG e o Ministério Público Federal questiona-

ram o fracionamento dos procedimentos de licenciamento, atribuídos ao Estado de Minas Gerais, para a mina, e ao órgão federal Ibama, no caso de um mineroduto associado. A SAM, e sua parceira na iniciativa, a Lotus Brasil Comércio e Logística, criada em conjunto com a Lotus Fortune Holding, preveem produção anual de 30 milhões de toneladas de minério de ferro no projeto (com teor de 20%). O empreendimento, no norte de Minas, contará com três reservatórios de rejeitos - o maior deles com capacidade para 1,3 bilhão de

metros cúbicos. Ele também inclui um mineroduto de 480 quilômetros até o porto de Ilhéus (BA). Na decisão judicial, o juiz responsável pelo caso apontou entender que o licenciamento não deveria ser fragmentado, mas ressaltou que não iria analisar o mérito dos processos de análise pelos órgãos ambientais. Ao conceder a liminar, acatando parcialmente os pedidos dos procuradores, ele afirmou que a suspensão é válida até decisão final sobre a ação judicial e determinou que as partes envolvidas sejam intimadas para

uma audiência preliminar de conciliação. Procurada, a SAM disse que ainda não foi notificada oficialmente, mas destacou que “adotará as medidas necessárias para dar continuidade ao licenciamento” e defendeu que “o processo está dentro da legalidade e obedece às normas e legislação vigente”. “Essa decisão está restrita à discussão de competência administrativa do licenciamento, ou seja, a qual órgão vai licenciar o empreendimento. Não discute a viabilidade do projeto”, acrescentou a empresa, em nota. (Reuters)

no, em quatro anos, atraiu para Minas Gerais, quando se consideram os protocolos de intenções, R$ 28 bilhões. “No ano passado, em um ano, nós conseguimos atrair R$ 58 bilhões”, frisou. O governador de Minas Gerais ressaltou ainda que, com a tragédia da Vale, o

setor de mineração passou a representar menos no Estado. “Essa é uma aspiração nossa, que esse setor importante, com o tempo, não que ele diminua, mas que os outros setores cresçam mais e que venham a representar mais da nossa economia”, avaliou.

Balanço do Governo Durante coletiva ontem, foram divulgadas também várias ações realizadas após a tragédia em Brumadinho, como algumas das listadas abaixo: Dívida com municípios - O governo de Minas fez uma antecipação do pagamento das parcelas de Brumadinho, que, ao invés de receber somente a partir de janeiro deste ano, começou a receber em maio do ano passado. Três primeiras parcelas do acordo já foram pagas, alusivas ao débito de janeiro de 2019, totalizando R$ 3,27 milhões. Foi informado também que, dos valores não repassados pelo último governo (R$ 5,21 milhões), foram depositadas seis parcelas, de um total de 30 previstas, de R$ 173 mil. Meio Ambiente - A Lei Estadual nº 23.291, de 25 de fevereiro de 2019, proíbe a instalação de novas barragens que usam o método de alteamento à montante. Foram lavrados 11 autos de infração, gerando cerca de R$ 105 milhões em multas para a Vale. Já foram quitadas cinco, somando R$ 99,38 milhões. Os outros autos estão em processo de defesa ou análise. Agricultura e Pecuária - As ações incluíram o monitoramento de 64 propriedades rurais que ficam ao longo do rio Paraopeba. Ao todo, foram coletadas 4,3 mil amostras de urina, leite, sangue e água para dessedentação de bovinos, entre outras ações. Infraestrutura e Mobilidade - Obras de ligação asfáltica entre o Parque Inhotim e o entroncamento da MG-040 estão orçadas em cerca de R$ 38 milhões. Os serviços terão início depois do período de chuvas. Advocacia-Geral do Estado - Foi feito um bloqueio de R$ 1 bilhão em contas da Vale para que pudesse ser realizada a garantia das medidas emergenciais. (JS)

ENERGIA

CCEE avalia desligar mais duas comercializadoras do mercado São Paulo - A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) começa a avaliar nesta semana processos para desligamento de mais duas comercializadoras de energia do mercado, em movimento que vem na sequência de problemas enfrentados por algumas empresas do segmento no ano passado. A Bio Energias e a Rio Alto Comercializadora serão alvos de processos por descumprimento de obrigações no setor, e relatores para ambos os casos serão nomeados em reunião do conselho de administração da CCEE hoje, informou à Reuters o órgão responsável por gerenciar as operações de compra e venda de eletricidade. O caso vem como consequência de momentos

de turbulência no ramo de comercialização em 2019, quando um movimento inesperado dos preços da energia no mercado levou algumas tradings a enfrentarem problemas para cumprir contratos, o que começou com uma crise na então novata Vega Energy. Desde então, a CCEE desligou outras duas empresas do mercado elétrico - as comercializadoras FDR Energia e Linkx - , enquanto sete estão hoje sob “operação assistida”, incluindo a Vega Energy, as próprias Bio Energias e Rio Alto e outras, como 3G Energia, Lumen, Kyon e Innovat Com, segundo informações da CCEE à Reuters. Nesse regime de operação assistida, as comercializadoras só podem regis-

trar novos contratos caso fique evidenciado junto à CCEE que os negócios não aumentam sua exposição financeira negativa no mercado elétrico. Procuradas, Bio Energias e Rio Alto não responderam de imediato a tentativas de contato. A CCEE não divulga os valores envolvidos nos descumprimentos de obrigações no mercado. Apesar dos agentes já desligados ou sob monitoramento mais próximo da CCEE, o impacto final no mercado tem sido minimizado por autoridades do setor, dado o porte não significativo das empresas envolvidas e diante do número de comercializadoras ativas - em novembro, havia 330 delas em operação. “Vamos aguardar para ver os resultados, mas cer-

tamente o mercado aprendeu com a experiência que tivemos ao longo de 2019. Falava-se em um quadro bastante crítico, que não se configurou”, disse à Reuters o presidente do conselho da CCEE, Rui Altieri. A afirmação do chefe da CCEE faz referência a preocupações de alguns agentes do setor de comercialização, que, em meados do ano passado, chegaram a temer que um grande número de comercializadoras poderia “quebrar”, gerando um efeito cascata. Consequências - Em meio aos desdobramentos da crise desse grupo de comercializadoras, a CCEE, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o governo começaram a discutir em 2019 a possibilidade

de implementar chamadas semanais de margem como garantia junto aos agentes que operam na comercialização, de modo semelhante ao que ocorre no mercado financeiro. O mecanismo de margens envolveria a cobrança junto às comercializadoras de energia de um aporte semanal de recursos como garantia para as operações por elas negociadas antes da liquidação financeira dos negócios pela CCEE. Uma proposta inicial nesse sentido chegou a ser apresentada ao mercado, mas uma discussão mais aprofundada sobre o tema acabou postergada e é esperada para este ano. Os acontecimentos no mercado elétrico, no entanto, não afastaram o interesse de investidores pelo

segmento de comercialização de energia. Segundo Altieri, da CCEE, 80 novas empresas entraram no setor ao longo do ano passado. “Tivemos 80 adesões de comercializadoras em 2019. É um número alto, é um segmento atrativo, mas isso tem que ser olhado com certo cuidado, esse crescimento no número, em função do que tem acontecido no mercado”, ressaltou. Em meio a essa expansão, a área de comercialização de energia tem atraído diferentes perfis de empresas - o banco Itaú BBA anunciou neste ano a criação de uma unidade no setor, enquanto o Banco Indusval e a Cosan fecharam a compra das comercializadoras Crípton e Compass, respectivamente. (Reuters)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

6

ECONOMIA CERVEJAS ARTESANAIS

Setor projeta alta mesmo com crise na Backer Apesar de alguns estabelecimentos apontarem queda nas vendas de produtos, cervejarias mineiras mantĂŞm otimismo MARA BIANCHETTI

A contaminação da cerveja Belorizontina, da Backer, sediada na capital mineira, suspeita de estar associada Ă morte de quatro pessoas e da intoxicação de outras 15, jĂĄ afeta as vendas de alguns estabelecimentos comerciais. Apesar disso, o setor de cervejas artesanais mineiro mantĂŠm a projeção de crescimento da ordem de 20% para este exercĂ­cio e fĂĄbricas instaladas no Estado confirmam as expectativas. Em diferentes supermercados de Belo Horizonte, ĂŠ possĂ­vel observar os corredores das cervejas artesanais vazios e as gĂ´ndolas de outras marcas cheias e com muitas promoçþes. FuncionĂĄrio de uma rede da Capital, que pediu para nĂŁo ser identificado, informou que hĂĄ encalhe dos produtos. Em outra, porĂŠm, a informação foi de que “as vendas nĂŁo caĂ­ram. As pessoas trocaram a marca (da cerveja)â€?. Procurada, a Associação Mineira de Supermercados (Amis) informou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda nĂŁo existem dados sobre o desempenho das vendas da bebida nos estabelecimentos em janeiro. E que um balanço deverĂĄ ser divulgado em março. Em entrevista ao DIĂ RIO DO COMÉRCIO, o vice-presidente do Sindicato das In-

Empresas - Na Krug Bier, localizada em um dos polos cervejeiros de Minas Gerais, no bairro Jardim CanadĂĄ, em Nova Lima, na RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e que produz 300 mil litros mensais de cerveja, as projeçþes para o ano estĂŁo mantidas. De acordo com o diretor da marca, Alexandre Bruzzi, a empresa deverĂĄ crescer cerca de 25% em 2020. “O mercado, de maneira geral, estĂĄ apreensivo, o que ĂŠ normal. Alguns consumidores questionam o processo produtivo e as substâncias

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REGIONAL DE MINAS GERAIS AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO–PREGĂƒO ELETRĂ”NICO NÂş004/2020 O SENAR-AR/MG torna pĂşblico que farĂĄ licitação, na modalidade PregĂŁo EletrĂ´nico, tipo MENOR PREÇO POR LOTE, visando a contratação de empresa para prestação de serviços especializados de LOCAĂ‡ĂƒO CONTĂ?NUA DE VEĂ?CULOS AUTOMOTORES SEM CONDUTORES E SEM COMBUSTĂ?VEL, para atender as ÂżQDOLGDGHV LQVWLWXFLRQDLV GR 6(1$5 $5 0* GH DFRUGR FRP DV HVSHFLÂżFDo}HV GHVFULWDV QR (GLWDO H VHXV $QHxos. Abertura dia 03/02/2020, Ă s 9h:15m 2 HGLWDO EHP FRPR PDLV LQIRUPDo}HV SRGHUmR VHU REWLGRV QD $Y do Contorno, nÂş1.771 – B. Floresta – Belo Horizonte/MG – Tel. (31) 3074-3079, no horĂĄrio de 08 Ă s 11h, de segunda a sexta-feira ou atravĂŠs do e-mail licita@senarminas.org.br. Pollyane de Almeida Santos – Pregoeira.

COOPERATIVA DE ECONOMIA E CREDITO MUTUO DOS CONTABILISTAS E CORRETORES DE SEGUROS DA GRANDE BELO HORIZONTE LTDA - SICOOB CREDITĂ BIL. ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA EDITAL DE CONVOCACĂƒO O Diretor Presidente da Cooperativa de Economia e CrĂŠdito MĂştuo dos Contabilistas e Corretores de Seguros da Grande Belo Horizonte Ltda - SICOOB CREDITĂ BIL, Sr. JoĂŁo Victor Marçal, no uso das atribuiçþes legais e estatutĂĄrias convoca os associados da cooperativa em nĂşmero de 2.694 (dois mil e seiscentos e noventa e quatro), em pleno gozo de seus direitos sociais, para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada no dia 04/02/2020 (quatro de fevereiro de 2020), no auditĂłrio do Sindicato dos Contabilistas de Belo Horizonte, sito Ă Rua dos Goitacazes, 43, 4Âş andar, nesta capital de Minas Gerais, SHOD LQVXÂżFLrQFLD GH HVSDoR ItVLFR HP QRVVD VHGH em primeira convocação Ă s 16h00min horas, com a presença de 2/3 (dois terços) do nĂşmero de associados. &DVR QmR KDMD Q~PHUR OHJDO SDUD D LQVWDODomR GD DVVHPEOHLD ÂżFDP GHVGH Mi FRQYRFDGRV SDUD D VHJXQGD FKDPDGD Ă s 17h00min horas, no mesmo dia e local com a presença de metade mais um (hum) do numero total de associados, persistindo a falta de quorum legal, a assembleia realizar-se-ĂĄ no mesmo dia e local, em terceira e Ăşltima chamada Ă s 18h00min horas com a presença de no mĂ­nimo 10 (dez) associados, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) – Mudança de endereço da sede; b) - Assuntos de interesse geral, sem carĂĄter deliberativo. Belo Horizonte, 20 de janeiro de 2020. JoĂŁo Victor Marçal – Diretor Presidente.

OXFORD COMÉRCIO E PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF NÂş 06.316.597/0001-64 - NIRE N° 3130001975-6 Companhia Fechada ATA DA DÉCIMA SEXTA REUNIĂƒO DA DIRETORIA EXECUTIVA DA OXFORD COMÉRCIO E PARTICIPAÇÕES S.A., REALIZADA NO DIA 14 DE JANEIRO DE 2020, LAVRADA EM FORMA DE SUMĂ RIO. Data, hora e local: 14 de janeiro de 2020, Ă s 14:00 horas, na sede social da Oxford ComĂŠrcio e Participaçþes S.A., localizada na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua AimorĂŠs, nÂş 981 – 12Âş andar, parte, Bairro FuncionĂĄrios. Presença: A totalidade dos membros da Diretoria Executiva da Companhia. Mesa: Presidente, JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, e SecretĂĄrio, Adelmo PĂŠrcope Gonçalves. Ordem do Dia: Autorização para constituição de aval/garantia no Contrato Global de Derivativos – CGD 0005020, perante o Banco Fibra S.A., inscrito no CNPJ/MF sob o nÂş 58.616.418/0001-08. Deliberaçþes: Os membros da Diretoria Executiva presentes decidiram, por unanimidade de votos, autorizar a constituição de aval/ garantia no Contrato Global de Derivativos – CGD 0005020, perante o Banco Fibra S.A., inscrito no CNPJ/MF sob o nÂş 58.616.418/0001-08. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos e lavrada esta ata, em forma de sumĂĄrio, que, depois de lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. Belo Horizonte - MG,14 de janeiro de 2020. Assinaturas: JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, Presidente da Mesa, Adelmo PĂŠrcope Gonçalves, SecretĂĄrio. Diretores: JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, Presidente; Adelmo PĂŠrcope Gonçalves, Vice-Presidente e JoĂŁo Batista da Cunha Bomfim. Declaro que a presente confere com o original lavrado em livro prĂłprio. JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva - Presidente da Mesa. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais – Certifico o registro sob o nÂş 7664789 em 16/01/2020. Protocolo 20/020.135-2. Ass. Marinely de Paula Bomfim SecretĂĄria-Geral.

EDITAL DE NOTIFICAĂ‡ĂƒO DE INADIMPLĂŠNCIA - ART. 13, PAR. ĂšNICO, II, LEI NÂş 9.656/98 A MEDISANITAS BRASIL ASSISTĂŠNCIA INTEGRAL Ă€ SAĂšDE S/A, operadora de plano privado de assistĂŞncia Ă saĂşde, registrada na AgĂŞncia Nacional de SaĂşde Suplementar – ANS sob o nÂş 348520, inscrita no CNPJ sob o n° HVWDEHOHFLGD QD 5XD GRV 2WRQL Qž ž DQGDU %HOR +RUL]RQWH 0* &(3 QRWLÂżFD R RV EHQHÂżFLiULRV DEDL[R UHODFLRQDGRV DSyV IUXVWUDGDV DV WHQWDWLYDV GH QRWLÂżFDomR YLD FRUUHLR DWUDYpV GH VHX HQGHUHoR VREUH D ocorrĂŞncia de inadimplĂŞncia por perĂ­odo superior a 60 dias nos Ăşltimos 12 meses de vigĂŞncia do plano de saĂşde, e convoca-o SDUD UHJXODUL]DU D VLWXDomR QR SUD]R GH GH] GLDV FRQWDGRV GHVWD SXEOLFDomR VRE SHQD GH UHVFLVmR DXWRPiWLFD GR FRQWUDWR DSyV HVVH SUD]R QRV WHUPRV GR LQFLVR ,, GR SDUiJUDIR ~QLFR GR DUW GD /HL TITULAR JFDS-M RLDBB AADC JDOP AAMC JDAS LFDSG MADO MDCDJ JCDAP-ME MLL-M RMLEPLME NLDS CMEPL-EPP JGDS GHRC MMMDCLME VPBJ FRP3 RDSA FBDC STDORDC VLACR CTL-M LCCDO VLBBDA SADS LCDO CADS FFDO LGR LGR GSAG TTE CRDL LSSA TASM MLN EF MCMS NCDCL YID LEFR AVDS JCG MPDS JAGALTDA JCGALTDA JAGALTDA JCGALTDA JCGALTDA

CPF ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;; ;;

VALOR 2830,14 831,12 882,56 1185,3 1003,42 1470,76 684,01 288,68 584,88 827,56 527,7 250,26 532,74 728,82 582,86 606,3 2277,1 1313,55 504,72 575,75 2855,76 378,54 675,3 1578,3 1087 1180,76 600,6 504,72 2185,45 5117,76 18757,57 6053,27 1730,02

ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

dĂşstrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (SindBebidas-MG) e diretor da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), Marco Falcone, disse que a identificação de substâncias tĂłxicas na cerveja Belorizontina trarĂĄ consequĂŞncias negativas para o mercado mineiro pelo fato de a empresa Backer ser a maior do setor. A produção de cerveja artesanal no Estado gira em torno de 1,5 milhĂŁo de litros por mĂŞs, dos quais a marca respondia por 800 mil. “Nas demais cervejarias, creio que nĂŁo houve impacto e que nĂŁo haverĂĄ. Nosso setor desenvolveu um pĂşblico maduro e esclarecido, que aprendeu a gostar da cerveja artesanal e nĂŁo volta atrĂĄsâ€?, disse, na Ăşltima semana.

NUMERO DESCRIĂ‡ĂƒO PLANO REGISTRO INTEGRAL II PRATA COM CO-PARTICIPAĂ‡ĂƒO 472044140 INDIVIDUAL CO-PARTICIPATIVO PRATA 472040147 SANTA CASA SAĂšDE BH - INDIVIDUAL COMPLETO BRONZE IDEAL INDIVIDUAL CO-PARTICIPATIVO BRONZE 472042143 SANTA CASA SAĂšDE BH - INDIVIDUAL COMPLETO PRATA 472021141 SANTA CASA SAĂšDE BH - INDIVIDUAL COMPLETO BRONZE SANTA CASA SAĂšDE BH - INDIVIDUAL COMPLETO BRONZE V7000-AE-RC1001-CE 436831012 V7000-AE-RC1001-CE 436831012 INTEGRAL II PRATA 473276156 INTEGRAL I PRATA 473276156 PRATA 473276156 INTEGRAL II PRATA 473276156 INTEGRAL II VITALLIDADE 47327415 OURO 473277154 PRATA 473276156 PRATA 473276156 INTEGRAL II 6$1,7$6 (;&/86,92 ,1',9,'8$/ , PRATA 473276156 PRATA 473276156 INTEGRAL II 6$1,7$6 (;&/86,92 ,1',9,'8$/ , PRATA 473276156 PRATA 473276156 PRATA 473276156 PRATA 473276156 INTEGRAL II PRATA 473276156 PRATA 473276156 PRATA 473276156 PRATA 473276156 9,7$//,6 3/$7,1$ &( 3$57 ); (1)(50$5,$ VITALLIS GLOBAL CE PART ENFERMARIA 463430106 ,17(*5$/ ;; 478202170 PRATA 473276156 PRATA 473276156 ,17(*5$/ ;9, 477810173 V7000-AE-RC1001-CE 436831012 ,17(*5$/ ;9,,, 477808171 INTEGRAL II INTEGRAL II INTEGRAL II INTEGRAL II INTEGRAL II

FĂĄbricas de cervejas artesanais espalhadas pelo Estado estimam um crescimento mĂŠdio para 2020 em torno de 20%

utilizadas, mas nĂŁo deixaram de comprar. Pelo contrĂĄrio, observamos atĂŠ uma elevação nas consultas com a suspensĂŁo das vendas da Backerâ€?, explicou. É que a AgĂŞncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) proibiu, no Ăşltimo dia 17, a venda de cervejas da marca com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020. A Cervejaria Bruder, de Ipatinga (Vale do Aço), terceira maior cervejaria independente do Estado, com produção mensal em torno de 2 milhĂľes de litros ano, com oito diferentes rĂłtulos e atuação, principalmente, em Minas Gerais e EspĂ­rito Santo, tambĂŠm nĂŁo observou qualquer diferença.

“Nossas vendas estĂŁo dentro da previsĂŁo para essa ĂŠpoca do ano, atĂŠ um pouco acima de nossas expectativas iniciaisâ€?, comentou o diretor da empresa, Rildo Souza. Segundo ele, a marca vem promovendo degustação de seus produtos em supermercados da RMBH e tem notado que os consumidores nĂŁo estĂŁo generalizando o problema. A PrĂşssia Bier, com fĂĄbrica em SĂŁo Gonçalo do Rio Abaixo, na regiĂŁo Central, tambĂŠm estima uma elevação de 20% a 25% nos negĂłcios no decorrer deste exercĂ­cio, conforme o diretor-executivo da cervejaria, Fernando Cota. A empresa fabrica 20 mil litros por mĂŞs, entre cerveja e chope

– sendo que este Ăşltimo ĂŠ o carro-chefe da marca. “Nosso volume de cerveja ĂŠ menor, mas, de qualquer maneira, temos monitorado nossos distribuidores e comerciantes e nĂŁo identificamos qualquer alteração nas vendas. HĂĄ muita informação desencontrada e confusĂŁo entre os consumidores. Por isso, a importância de as cervejarias acompanharem de perto suas equipes de vendas e o setor ser o mais transparente possĂ­vel no repasse de informaçþesâ€?, ressaltou. JĂĄ a Cervejaria Loba, sediada em Santana dos Montes, tambĂŠm na regiĂŁo Central, produz atualmente 40 mil litros de cerveja artesanal mensalmente e volta, neste momento, os

SINDICATO DOS PERMISSIONĂ RIOS AUTĂ”NOMOS DO TRANSPORTE SUPLEMENTAR DE PASSAGEIROS DOS MUNICĂ?PIOS DA REGIĂƒO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE/MG – SINDPAUTRAS ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA – AGE Conforme previsto no art. 18Âş inciso II, art. 21Âş alĂ­nea “aâ€? e art. 22Âş de seu Estatuto Social, o Sr. Jeferson Luiz Gazolla Palhares, Presidente do Sindicato dos PermissionĂĄrios AutĂ´nomos do Transporte Suplementar de Passageiros dos MunicĂ­pios da RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte/MG, inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas JurĂ­dicas sob o nĂşmero 06.113.248/000145, CONVOCA os PermissionĂĄrios do Transporte Suplementar de Passageiros do MunicĂ­pio de Belo Horizonte, participantes do FAPGM - Fundo de Amparo a Perdas de Grande Monta, para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria – AGE - que realizarĂĄ no dia 30 de Janeiro de 2020, no AuditĂłrio da UNOPAR, na Rua Bernardo Ferreira da Cruz, 52 - Bairro SĂŁo Pedro (Venda Nova), nesta capital, com primeira chamada Ă s 09:00, com a presença mĂ­nima de 2/3 dos membros da categoria, Ă s 09:30 em segunda chamada com a presença mĂ­nima de 50% dos membros e, em terceira e Ăşltima chamada Ă s 10:00, com o nĂşmero de membros presentes, na qual serĂĄ apreciada e decidida a seguinte ordem do dia: 1) PRESTAĂ‡ĂƒO DE CONTAS DO FAPGM REFERENTE AO ANO DE 2019 E APRESENTAĂ‡ĂƒO DAS CONTAS DO ANO DE 2020 ATÉ A DATA DESSA ASSEMBLEIA; 2) PRORROGAĂ‡ĂƒO DO PRAZO PARA SOLICITAĂ‡ĂƒO DE RETIRADA DO VALOR EXCEDENTE DA COTA MĂ?NIMA (R$ 5.000,00), PARA QUEM NĂƒO A FEZ ATÉ 31/12/2019; 6) ASSUNTOS GERAIS DE INTERESSE DOS PARTICIPANTES DO FAPGM. A Assembleia se realizarĂĄ, impreterivelmente, Ă s 10:00 horas da citada data, com qualquer nĂşmero de presentes. NOTA Ĺš 3DUD efeito de quĂłrum declara-se que o nĂşmero de permissionĂĄrios participantes ativos do FAPGM nessa data ĂŠ de 245, sendo que todos terĂŁo direito a voto. Belo Horizonte, 21 de janeiro de 2020. Jeferson Luiz Gazolla Palhares - Presidente.

OXFORD COMÉRCIO E PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF NÂş 06.316.597/0001-64 - NIRE N° 3130001975-6 Companhia Fechada ATA DA DÉCIMA SÉTIMA REUNIĂƒO DA DIRETORIA EXECUTIVA DA OXFORD COMÉRCIO E PARTICIPAÇÕES S.A., REALIZADA NO DIA 15 DE JANEIRO DE 2020, LAVRADA EM FORMA DE SUMĂ RIO. Data, hora e local: 15 de janeiro de 2020, Ă s 11:00 horas, na sede social da Oxford ComĂŠrcio e Participaçþes S.A., localizada na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua AimorĂŠs, nÂş 981 – 12Âş andar, parte, Bairro FuncionĂĄrios. Presença: A totalidade dos membros da Diretoria Executiva da Companhia. Mesa: Presidente, JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, e SecretĂĄrio, Adelmo PĂŠrcope Gonçalves. Ordem do Dia: Autorização para constituição de aval/garantia no Contrato Global de Derivativos – CGD 0006420, perante o Banco Fibra S.A., inscrito no CNPJ/MF sob o nÂş 58.616.418/0001-08. Deliberaçþes: Os membros da Diretoria Executiva presentes decidiram, por unanimidade de votos, autorizar a constituição de aval/ garantia no Contrato Global de Derivativos – CGD 0006420, perante o Banco Fibra S.A., inscrito no CNPJ/MF sob o nÂş 58.616.418/0001-08. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos e lavrada esta ata, em forma de sumĂĄrio, que, depois de lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. Belo Horizonte - MG,15 de janeiro de 2020. Assinaturas: JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, Presidente da Mesa, Adelmo PĂŠrcope Gonçalves, SecretĂĄrio. Diretores: JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva, Presidente; Adelmo PĂŠrcope Gonçalves, Vice-Presidente e JoĂŁo Batista da Cunha Bomfim. Declaro que a presente confere com o original lavrado em livro prĂłprio. JosuĂŠ Christiano Gomes da Silva - Presidente da Mesa. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais – Certifico o registro sob o nÂş 7667370 em 17/01/2020. Protocolo 20/021.416-1. Ass. Marinely de Paula Bomfim. SecretĂĄria-Geral.

PETRA PARTICIPAÇÕES S/A EM LIQUIDAĂ‡ĂƒO CNPJ nÂş 19.018.590/0001-08 - NIRE nÂş 3130010555-5 Ata da Assembleia Geral de Liquidação Realizada em 30 de Setembro de 2019 1. Data, hora e local: Aos 30 dias do mĂŞs de setembro do ano de 2019, Ă s 10 horas, na sede da sociedade, na Av. BarĂŁo Homem de Melo, nÂş 4500, conj. 1102, bairro Estoril, Belo Horizonte/MG, CEP: 30.494-270; 2. QuĂłrum de instalação: Presente a totalidade dos acionistas: Pedro Chaves dos Santos Filho, brasileiro, economista, casado, RG nÂş 38.487.487-3 SSP/SP, CPF nÂş 100.908.787-87, e Reni Domingos dos Santos, brasileira, pedagoga, casada, RG nÂş 000.375.956 SSP/MS, CPF nÂş 338.923.77120, ambos residentes e domiciliados Ă Av. Rodolfo JosĂŠ Pinho, nÂş 953, bairro Jardim SĂŁo Bento, Campo Grande/MS, CEP: 79.004-690. 3. Mesa Diretora: Por unanimidade dos presentes, foi eleito como Presidente da Assembleia o Sr. Pedro Chaves dos Santos Filho (diretor presidente e liquidante) e, como secretĂĄria, a Sra. Reni Domingos dos Santos (diretora executiva). 4. Pauta em votação: 4.1. Prestação de contas e votação dos relatĂłrios do liquidante; 4.2. Declaração de extinção da sociedade. 5. Consideraçþes iniciais: &RQVWLWXtGD D 0HVD R 6U 3UHVLGHQWH GHSRLV GH YHULÂżFDU D UHJXODULGDGH GD LQVWDODomR GD $VVHPEOHLD inclusive da convocação de todos os acionistas na forma preconizada pelo artigo 124 da Lei nÂş 6.404/76, deu inĂ­cio aos trabalhos dizendo que os acionistas presentes sĂŁo os Ăşnicos acionistas da Petra Participaçþes S/A em Liquidação. 6. Deliberaçþes: Por unanimidade dos votos, sem quaisquer ressalvas, 6.1. Foram aprovadas as contas apresentadas pelo liquidante, contendo o balanço patrimonial encerrado em 30/09/2019 e o demonstrativo de resultados; 6.2. ApĂłs liquidação dos passivos, os ativos remanescentes foram rateados entre os acionistas na proporção dos haveres sociais; 6.3. Encerrada a liquidação, foi declarada extinta a Sociedade AnĂ´nima PETRA PARTICIPAÇÕES S/A, inscrita no CNPJ sob o nÂş 19.018.590/0001-08, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE nÂş 3130010555-5. 7. Encerramento: Nada mais havendo a tratar e cumpridas as formalidades legais, o Sr. Presidente e Liquidante deu por encerrada a Assembleia, lavrando a presente Ata que, depois de lida, foi aprovada em todos os seus termos, sendo assinada pelos membros da Mesa. (VVD $WD p FySLD ÂżHO GD TXH IRL ODYUDGD QR OLYUR SUySULR GR TXH GDPRV Ip %HOR +RUL]RQWH 0* GH VHWHPEUR GH Pedro Chaves dos Santos Filho - Presidente da Assembleia e Liquidante; Reni Domingos dos Santos - SecretĂĄria da Assembleia.

A CAMPANA MANUTENĂ‡ĂƒO E SERVIÇOS LTDA, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel – SEMMAD, torna pĂşblico que foi solicitado atravĂŠs do Processo Administrativo de FOB nÂş 5451817673, a Licença $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD /$6 SDUD D DWLYLGDGH 6 Âą /XEULÂżFDomR /DYD -DWR H Troca de Ă“leo, localizada Ă Rua Paulo CosWD Qƒ 'LVWULWR ,QGXVWULDO -DUGLP 3LHPRQW Sul, CEP: 32.669-712 em Betim/MG.

Gustavo Costa Aguiar Oliveira, /HLORHLUR 2¿FLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO www. JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD jV KRUDV SDUD DOLHQDomR GH YHtFXORV VLQLVWUDGRV H VXFDWDV GD AUTO TRUCK LTDA. E SEUS ASSOCIADOS. 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO

A LINION ISOLANTES LTDA, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel – SEMMAD, torna pĂşblico que foi requerida atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 61.082/2019, a licença $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD /$6 &DGDVWUR Âą &ODVVH SDUD D DWLYLGDGH GH WHUUDSOHQDgem e supressĂŁo arbĂłrea, localizada na Avenida 3 lote 001 quadra 004B do Distrito Industrial Bandeirinhas, Betim/MG. Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro PĂşblico matriculado na JUEMG sob o nÂş 507, torna pĂşblica a RETIFICAĂ‡ĂƒO; referente Ă s clausulas 14.6.1 e 14.7 do edital do leilĂŁo que ocorrerĂĄ no prĂłximo dia 23/01/2020 Ă partir das 15:00hs, fazendo na descrição a seguinte UHWLÂżFDomR ONDE SE LĂŠ: 14.6.1. SerĂĄ tambĂŠm de responsabilidade do Comprador, a partir da assinatura da escritura, transferĂŞncia para o seu nome do IPTU junto a Prefeitura Municipal e todas as contas de consumo. 14.7. Todos os dĂŠbitos incidentes ou que venham a incidir sobre o imĂłvel atĂŠ a data em que a posse do imĂłvel for disponibilizada ao arrematante, serĂŁo de exclusiva responsabilidade da Vendedora; Leia-se:14.6.1. SerĂĄ tambĂŠm de responsabilidade do Comprador, a partir da assinatura da escritura, transferĂŞncia para o seu nome do IPTU junto a Prefeitura Municipal e todas as contas de consumo. 14.7. Todos os dĂŠbitos incidentes ou que venham a incidir sobre o imĂłvel atĂŠ a data em que a posse do imĂłvel for disponibilizada ao arrematante, serĂŁo de exclusiva responsabilidade da Vendedora.O edital de leilĂŁo permanece inalterado. Informaçþes e edital completo poderĂŁo ser obtidas no site: www.gpleiloes.com.br ou com a equipe do leiloeiro pelo tel.: (31) 3241-4164.

/07" -*." .( #BMOFĂˆSJP ÂŤHVB -JNQB $"4" $ .¤ ÂŤ $0/453 3VB %PT .PUPSJTUBT OÂĄ -U EB 2E ÂŤ UFSS N¤ 0CT 0DVQBEB %FTPDVQBĂŽĂ?P QPS DPOUB EP BSSFNBUBOUF -BODF .Ă“OJNP 3

CONSULTE CONDIÇÕES DE PARCELAMENTO

Inf: (11) 3845-5599 WWW.MILANLEILOES.COM.BR Ronaldo Milan - Leiloeiro Oficial - Jucesp 266

23/01/2020 ÀS 16h

esforços para a qualidade dos 22 rĂłtulos diferentes que comercializa. Segundo o proprietĂĄrio da marca, AloĂ­sio Rodrigues Pereira, as vendas estĂŁo estĂĄveis. “Nossos consumidores estĂŁo comprando normalmente, tanto nos bares, quanto nos supermercados, padarias e restaurantes. SĂł nĂŁo vamos aumentar as vendas neste exercĂ­cio, porque estamos no limite da capacidade e focando no controle de qualidade antes de expandir a produçãoâ€?, justificou. Backer - Procurada pela reportagem, a Backer reafirmou que nunca comprou e nem utilizou o dietilenoglicol em seus processos de fabricação e reforçou que a substância empregada pela cervejaria ĂŠ o monoetilenoglicol, cujas notas fiscais de aquisição jĂĄ foram compartilhadas com a PolĂ­cia Civil e o MinistĂŠrio da Agricultura, PecuĂĄria e Abastecimento (Mapa). A empresa disse ainda que aguarda os resultados das apuraçþes e continua Ă disposição das autoridades. A WS EMBALAGENS com CNPJ 09.191.572/0001-70, por determinação da Secretaria Municipal De Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel -SEMMAD, torna pĂşblico que foi concedida atravĂŠs do Processo Administrativo N° 39.255/2019, a Licença $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD /$6 &ODVVH SDUD a atividade de fabricação de artefatos de tanoaria e de embalagens de madeira, cĂłdigo da atividade ART.13, Localizada na Rua Maria Das MercĂŞs Lima , 256, Bairro Betim Industrial, Betim -MG, CEP 32.670-446.

PETRA PARTICIPAÇÕES S/A EM LIQUIDAĂ‡ĂƒO CNPJ nÂş 19.018.590/0001-08 - NIRE nÂş 3130010555-5 Ata da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria Realizada em 30 de Agosto de 2019 - 1. Data, hora e local: Aos 30 dias do mĂŞs de agosto do ano de 2019, Ă s 10 horas, na sede da sociedade, na Av. BarĂŁo Homem de Melo, nÂş 4500, conj. 1102, bairro Estoril, Belo Horizonte/MG, CEP: 30.494-270; 2. QuĂłrum de instalação: Presente a totalidade dos acionistas: Pedro Chaves dos Santos Filho, brasileiro, economista, casado, RG nÂş 38.487.487-3 SSP/SP, CPF nÂş 100.908.787-87, e Reni Domingos dos Santos, brasileira, pedagoga, casada, RG nÂş 000.375.956 SSP/MS, CPF nÂş 338.923.771-20, ambos residentes e domiciliados Ă Av. Rodolfo JosĂŠ Pinho, nÂş 953, bairro Jardim SĂŁo Bento, Campo Grande/MS, CEP:79.004-690. 3. Mesa Diretora: Por unanimidade dos presentes, foi eleito como Presidente da Assembleia o Sr. Pedro Chaves dos Santos Filho e, como secretĂĄria, a Sra. Reni Domingos dos Santos. 4. Pauta em votação: 4.1. DiscussĂŁo e votação da dissolução da sociedade; 4.2. Determinação do modo de liquidação e nomeação do liquidante. 5. Consideraçþes iniciais: ConstituĂ­da D 0HVD R 6U 3UHVLGHQWH GHSRLV GH YHULÂżFDU D UHJXODULGDGH GD instalação da Assembleia, inclusive da convocação de todos os acionistas na forma preconizada pelo artigo 124 da Lei nÂş 6.404/76, deu inĂ­cio aos trabalhos dizendo que os acionistas presentes sĂŁo os Ăşnicos acionistas da Petra Participaçþes S/A, inscrita no CNPJ sob o nÂş 19.018.590/0001-08 e NIRE nÂş 3130010555-5. 6. Deliberaçþes: Por unanimidade dos votos, sem quaisquer ressalvas, 6.1. Foi aprovada a dissolução da sociedade de pleno direito, na forma dos artigos 136, inciso X, e 206, inciso I, alĂ­nea “câ€?, da Lei 6.404/76; 6.2. Foi aprovado o modo de liquidação da sociedade pela apuração feita dos ativos e passivos da sociedade com base no valor do patrimĂ´nio lĂ­quido, com posterior pagamento dos passivos e distribuição do saldo remanescente entre os acionistas na proporção de suas participaçþes no capital social; 6.3. Foi nomeado liquiGDQWH R 6U 3HGUR &KDYHV GRV 6DQWRV )LOKR Mi TXDOLÂżFDGR 6.3.1. )RL Âż[DGR H DSURYDGR R SDJDPHQWR GH UHPXQHUDomR mensal no valor de R$1.000,00 (um mil reais) ao liquidante; 6.3.2. Ficou estabelecido, ainda, que o liquidante renuncia H[SUHVVDPHQWH R VHX GLUHLWR GH UHFHEHU D UHPXQHUDomR DSURvada no item 6.3.1.; 6.4. Ficou estabelecido o acrĂŠscimo “Em Liquidaçãoâ€? Ă denominação da Companhia. 6.5. Registrada a dispensa da instalação de Conselho Fiscal. 7. Encerramento: Nada mais havendo a tratar e cumpridas as formalidades legais, o Sr. Presidente deu por encerrada a reuniĂŁo, lavrando a presente Ata que, depois de lida, foi aprovada em todos os seus termos, sendo assinada pelos membros da Mesa. Essa Ata p FySLD ÂżHO GD TXH IRL ODYUDGD QR OLYUR SUySULR GR TXH GDPRV fĂŠ. Belo Horizonte/MG, 30 de agosto de 2019. Pedro Chaves dos Santos Filho - Presidente da Assembleia e Liquidante; Reni Domingos dos Santos - SecretĂĄria da Assembleia.


7

BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

POLÍTICA DIVULGAÇÃO

CULTURA

Regina Duarte afirma que vai fazer período de testes Atriz aceita convite de Bolsonaro para assumir secretaria especial São Paulo - Conhecida como atriz do primeiro time da Globo e apelidada nos anos 1970 de “namoradinha do Brasil”, Regina Duarte afirmou ontem que começa um período de testes na Secretaria Especial da Cultura a partir de hoje. Ela afirmou à “Folha de S.Paulo” que vai “noivar” com o governo. “Quero que seja uma gestão para pacificar a relação da classe com o governo. Sou apoiadora deste governo desde sempre e pertenço à classe artística desde os 14 anos”, disse a atriz. Regina Duarte é a quarta pessoa na cadeira e assume após um escândalo: na última sexta-feira. Roberto Alvim foi demitido do mesmo cargo, depois de ter postado um vídeo no qual copia trechos de um discurso de Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda de Hitler na Alemanha nazista. Para convencer a atriz a assumir a pasta da Cultura, Bolsonaro disse que poderia recriar o Ministério da Cultura, o que elevaria a atriz à condição de ministra – seus antecessores foram secretários. O MinC foi extinto por Bolsonaro no início do ano passado e transformado em secretaria, primeiramente vinculada ao Ministério da Cidadania e depois ao do Turismo. A paulista é um nome central na história da televisão do País e ganhou o apelido de “namoradinha do Brasil” após interpretar papéis importantes em novelas da Globo durante os anos 1970 e 1980. A protagonista da série Malu Mulher (19791980), de veia feminista, e a famosa Viúva Porcina, de Roque Santeiro (1985-1986) são dois dos principais. Perfil conservador - Em paralelo ao destaque na TV,

também ganhou holofotes por expressar suas posições políticas - que foram ficando cada vez mais conservadoras com o passar do tempo. A atriz fora alçada à condição de um símbolo da luta feminista, sobretudo por ter vivido uma mulher independente e divorciada na série “Malu Mulher”, numa época em que o tema do divórcio ainda era tabu na sociedade brasileira. No entanto, 40 anos depois, Regina disse que não abraça aquelas causas - ou, melhor, que nunca abraçou completamente, nem mesmo na época. “Nunca fui feminista, mesmo fazendo Malu. Eu achava que não era por aí, que tinham caminhos intermediários, tinha que negociar mais, não podia se afastar do homem, não podia tomar posturas machistas e aconteceu muito isso”, afirmou a atriz, em entrevista a Pedro Bial no ano passado.

Essa declaração se junto a outras revisões da artista, que fez oposição ao governo do PT no período das manifestações pelo impeachtment da presidente Dilma Rousseff e declarou apoio a Bolsonaro ainda durante o período de campanhas. “Quando conheci o Bolsonaro pessoalmente, encontrei um cara doce, um homem dos anos 1950, como meu pai, e que faz brincadeiras homofóbicas, mas é da boca para fora, um jeito masculino que vem desde Monteiro Lobato, que chamava o brasileiro de preguiçoso e que dizia que lugar de negro é na cozinha”, disse a atriz em uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Nascida em Franca, filha de uma dona de casa e de um tenente reformado do Exército, cresceu na cidade de Campinas e conta que teve uma infância pobre. “Sempre que preciso interpretar com emoção, busco

na minha experiência de vida algo parecido que me dê um apoio para eu ser sincera”, diz a atriz num depoimento prestado ao Memória Globo, site que reúne informações sobre a história da emissora. Em 1979, a convite de Daniel Filho, protagonizou “Malu Mulher”, outra obra emblemática, que discutiu temas como aborto, homossexualidade e emancipação feminina e se provou vanguardista num período em que o País ainda vivia sob a ditadura militar. O período também coincidiu com uma atividade engajada da atriz, que participou de atos em prol da anistia e dos atos pelas eleições diretas. Seis anos depois de “Malu Mulher” estrear, quando a Globo pôde enfim exibir “Roque Santeiro”, que na década anterior havia sido censurada pelo governo militar, Regina viveu aquele que é um de seus papéis mais emble-

Regina Duarte pode virar ministra com recriação da pasta

máticos, a cômica Viúva Porcina. Ainda em 1985, ela apoiou a candidatura de Fernando Henrique Cardoso à Prefeitura de São Paulo, que agradava mais à centro-esquerda, e criticou Jânio Quadros, candidato mais à direita, que acabou vencendo o pleito. Medo de Lula - Nas eleições presidenciais de 2002, Regina Duarte participou da campanha de José Serra, do PSDB, e disse que tinha medo de uma eventual vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva. A atriz acabou sendo duramente criticada por seus colegas e sua participação ganhou amplo destaque na imprensa.

Após as críticas, ela passou a se manifestar menos sobre política, mas voltou a manifestar suas opiniões com mais veemência na época da Operação Lava Jato e quando os protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff ganharam as ruas no país. Nas redes sociais, a atriz defendeu enfaticamente a atuação do então juiz Sergio Moro na condução do processo. Também manifestou apoio a Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. Em outubro daquele ano, ela visitou o atual presidente no condomínio dele, na Barra da Tijuca, e tirou fotos com o então candidato, quando ele se recuperava em casa da facada que levou. (Folhapress)

Ministério foi extinto no início da gestão atual São Paulo - Criado em 1985 pelo então presidente José Sarney, o Ministério da Cultura foi transformado na gestão de Jair Bolsonaro na Secretaria Especial da Cultura, subordinada à pasta da Cidadania, sob comando de Osmar Terra. Em novembro do ano passado, passou a fazer parte do Ministério do Turismo. A pasta tem como responsabilidade concentrar as políticas públicas de cultura do governo federal, cuidar dos editais da área e chefiar instituições como a Biblioteca Nacional e a Funarte, por exemplo. Entre as atribuições mais

famosas da Secretaria está a Lei Rouanet (oficialmente, Lei de Incentivo à Cultura). Alvo de críticas de Bolsonaro desde antes da campanha presidencial, a lei permite a empresas deixarem de recolher 4% de seus impostos (6% para pessoas físicas) e os repassarem a iniciativas culturais. Atualmente, o limite de captação é de R$ 1 milhão por proposta. Há algumas exceções, caso dos projetos sobre patrimônio cultural material e imaterial, além dos planos de museus, que podem ultrapassar esse teto. Sob a secretaria está tam-

bém o Fundo Setorial do Audiovisual, que corresponde a R$ 724 milhões. Criado em 2006, o FSA é a principal fonte de financiamento de projetos para o cinema e para a televisão no país. Além de gerir leis de incentivo e fundos, a secretaria conta atualmente com sete entidades vinculadas: a Ancine (Agência Nacional do Cinema), o Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a Funarte (Fundação Nacional das Artes), a Biblioteca Nacional, a Fundação Casa de

Rui Barbosa e a Fundação Cultural Palmares. Há também as subpastas: Secretaria da Economia Criativa, Secretaria do Audiovisual, Decretaria da Diversidade Cultural, Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura, Secretaria de Difusão e Infraestrutura Cultural e Secretaria de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual. Todos os cargos de chefia dessas subpastas e dos órgãos são de nomeação do secretário. Em novembro, após Roberto Alvim assumir a Cultura, o governo iniciou uma ampla troca desses nomes. Muitos dos

novos escolhidos tinham viés conservador, relação com a Cúpula Conservadora das Américas e com Olavo de Carvalho e pregavam uma valorização dos bons costumes, da religião cristã e da arte clássica - temas levantados por Alvim no vídeo que culminou com sua exoneração na sexta-feira (17). Estão sob responsabilidade da secretaria também políticas específicas do setor, como o Plano Nacional de Cultura, o Plano Nacional do Livro e da Leitura e o Programa de Cultura ao Trabalhador, conhecido como vale-cultura. (Folhapress)

BASE PARLAMENTAR

Podemos se afasta do governo mas apoia Moro Curitiba - Partido com apelo ao discurso anticorrupção e pró-reformas, o Podemos tem cada vez mais se afastado da gestão Jair Bolsonaro. A expulsão do deputado Marco Feliciano (SP), aliado do presidente, e recentes ataques da família Bolsonaro nas redes sociais abalaram a relação do governo com a legenda, que, por outro lado, mantém apoio incondicional ao trabalho do ministro da Justiça, Sergio Moro. Apesar de se definir como independente, o Podemos chegou a ter dois vice-líderes do governo: Feliciano, na Câmara, e Elmano Férrer (PI), no Senado, esse último mantido no posto. Na Câmara, foi mais fiel que o próprio PSL, partido pelo qual Bolsonaro foi eleito e que o presidente deixou em novembro: votou favoravelmente em 92% dos projetos enviados pelo governo, segundo levantamento do Congresso em Foco. Representantes do Podemos, porém, não escondem o recente distanciamento gerado por pautas diver-

gentes, principalmente no combate à corrupção, além de atritos com Bolsonaro. No início de dezembro, o partido decidiu pela expulsão de Feliciano sob a acusação de infidelidade partidária e infração ética e moral. A legenda entendeu que ele violou regras por ter feito campanha para Bolsonaro nas eleições de 2018, ignorando o candidato da sigla, o senador Alvaro Dias (PR). Em resposta, o deputado afirmou que o motivo da expulsão era, para ele, razão de orgulho. Contra atos do governo, o Podemos também ingressou recentemente com quatro ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma delas pretende derrubar a figura do juiz das garantias, mantida por Bolsonaro no pacote anticrime, apesar de recomendação contrária de Moro. O partido considerou uma traição do presidente a ausência de veto ao ponto do projeto. Outra ação encabeçada pela sigla no Supremo, contra a taxa para o cheque espe-

cial, foi motivo de ataque de Bolsonaro no Twitter. O presidente escreveu que cancelar a medida pela via judicial, como pretende o partido, seria prejudicial aos endividados. “A quem interessa a ação do Podemos? Aos pobres ou aos banqueiros?” A crítica, para Alvaro Dias, principal líder da legenda, foi “descabida”. “Como descabida é a taxa, que vai servir somente aos banqueiros”, disse o senador. O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, também já investiu contra a legenda: “É impressão minha ou esse tal de Podemos já faz bastante tempo quer tomar o lugar de um partido vermelho? A metamorfose não para um segundo! Façamos sempre as leituras!”, escreveu no Twitter em setembro passado. Independência - Alvaro Dias afirma que o partido mantém a mesma posição de independência, mas admite que a régua com o governo aumentou de distância. O motivo, segundo ele, é o

afastamento de Bolsonaro de compromissos assumidos durante a campanha eleitoral. “O presidente se afastou do combate à corrupção e não só eu digo isso”, afirma, citando uma das pautas mais caras ao partido. O senador acredita, por exemplo, que o ex-presidente Michel Temer (MDB), citado na Lava Jato, deu mais apoio à operação do que o atual governo. A defesa do partido sobre a investigação vem desde a corrida presidencial. Na ocasião, Alvaro Dias prometeu convidar Moro, então juiz responsável pela Lava Jato em Curitiba, para ocupar a pasta da Justiça. Ambos são do mesmo estado, o Paraná. Como terminou o primeiro turno no amargo nono lugar, a ideia do senador acabou encampada por Bolsonaro depois da eleição. O parlamentar cita como outros retrocessos avalizados pelo presidente a migração do Coaf do Ministério da Justiça para o Banco Central, o “sucateamento” da Receita Federal e o enfraquecimento

de instituições de controle, como a Polícia Federal. Neste cenário, Dias avalia que o ministro Moro tem feito o possível. “Ele tem que fazer verdadeiros malabarismos para continuar cumprindo uma missão importante. Foi desautorizado em algumas oportunidades, é visível que há divergências”, aponta. O senador acredita que o ministro tem feito concessões para preservar “credibilidade e popularidade”. “O objetivo dele e nosso é que ele continue lá [no governo] lutando”, afirma a presidente do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), sobre Moro. Porém ela diz que o governo não assumiu o papel decisivo para não “desvirtuar” o pacote anticrime defendido pelo ministro. Abreu e Dias não escondem a disposição do partido em relação a Moro, apesar de não abraçar formalmente uma eventual candidatura presidencial dele em 2022. “Nunca o convidamos (para se filiar ao Podemos), seria deselegante da nossa parte e iria tumultuar o go-

verno. Seria uma honra ter a filiação dele, mas, se ele quiser, ele próprio saberá como fazer”, diz o senador. Apesar das críticas a Bolsonaro, Renata Abreu não confirma se o partido vai mudar de postura no Congresso. Modificações poderiam comprometer o desempenho governista, principalmente no Senado, onde o Podemos ocupa a segunda maior bancada, com 11 cadeiras. A sigla também tem buscado outros nomes, como o do senador Flavio Arns (Rede-PR). “O Podemos não é um partido de direita ou de esquerda, nos definimos como um partido de causa. O posicionamento continua sendo de independência. Se as pautas do governo forem no mesmo sentido que o nosso pensamento, vamos votar com o governo”, ressalta. Dias também entende que a atitude do partido não deve mudar, principalmente em relação às pautas reformistas, mas considera este outro ponto em que o governo patina até então.. (Folhapress)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

8

AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

LEITE

Preços devem subir em Minas mesmo na safra Valorização de produtos como leite em pó e muçarela vem contribuindo para tendência de alta da matéria-prima MICHELLE VALVERDE

Mesmo em período de safra, a tendência do mercado do leite, em Minas Gerais, é de aumento dos preços. A alta vem sendo promovida pela valorização de produtos industrializados, principalmente o leite em pó e a muçarela. De acordo com o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado de Minas Gerais (Conseleite-Minas), está previsto para a produção entregue em janeiro e paga em fevereiro um aumento de 1,6% nos preços do leite padrão no Estado, com cotação por litro de R$ 1,31. Porém, para que a alta seja sustentada ao longo dos próximos meses, será necessária uma reação da economia, o que é essencial para estimular o consumo. Segundo o presidente da Comissão Estadual de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e coordenador do Conseleite Minas, Eduardo Pena, o setor está animado em função da tendência de alta em plena safra, quando, normalmente, é registrada desvalorização dos preços.

O que provocou a reação nos preços, em janeiro, foram os aumentos verificados nos preços do leite em pó e da muçarela, produtos mais fabricados pelo setor lácteo. O quilo do leite em pó subiu de R$ 16,15, em janeiro de 2019, para R$ 16,95 em janeiro de 2020. Também foi verificada valorização dos queijos, principalmente, da muçarela, que subiu de R$ 17,15 em janeiro de 2019, para R$ 18,62 no mês atual, por quilo. No período, somente o leite UHT teve o preço reduzido, caindo de R$ 2,36 para R$ 2,34 por litro. “Nós estamos na safra de leite, então, normalmente, é um período de maior oferta pela disponibilidade ampla de pastagem e, por isso, você tem preços em baixa. O que nos deixou animados é que, no momento de safra, o preço está com tendência de alta. O que precisamos entender é que, para a permanência da alta, a economia precisa reagir para estimular o varejo”, explicou. Ainda conforme Pena, as expectativas são positivas em relação à retomada da economia. “Esperamos que a economia dê uma

Previsão é de incremento de 1,6% no preço do leite no Estado, com cotação de R$ 1,31 por litro

aquecida. Agora, teremos a volta às aulas e o consumo nas escolas aumenta. O mercado está melhorando e a expectativa é de um PIB maior. A economia voltando a crescer tem impacto direto no setor”, disse. De acordo com os dados do Conseleite Minas, a tendência para o pagamento de fevereiro, referente à produção entregue em ja-

neiro, é de um avanço de 1,6%, com o litro de leite padrão calculado em R$ 1,31. O leite padrão tem teor de qualidade e volume definidos. A cotação mais alta, que depende da qualidade e do volume, pode chegar a R$ 1,64 por litro e a menor, a R$ 1,21. Custos elevados - Um dos principais desafios para o

setor continua sendo os custos de produção, principalmente, com a alimentação do rebanho. “Hoje, os nossos custos estão elevados. Nós esperamos que, com a entrada da safra de milho, os custos caiam um pouco. O preço da soja também está mais alto, então, isso impacta diretamente no custo da produção. Além disso, os gastos com energia, salário

mínimo e medicamentos ficaram maiores. Hoje, fala-se de custos entre R$ 1,10 a R$ 1,20. O produtor precisa estar com controle da gestão, porque a margem de lucro é muito pequena e qualquer alteração pode significar prejuízos”, explicou Pena. Com custos elevados e baixa rentabilidade, a produção de leite em Minas Gerais ficou abaixo da expectativa. Em 2019, foram produzidos 8,9 bilhões de litros, mas a expectativa era de produzir cerca de 10 bilhões de litros. De acordo com Pena, o alto custo fez com que muitos produtores abandonassem a atividade. Outro fator que pode impactar na produção do leite, em 2020, são os preços do boi gordo próximos a R$ 200, o que estimulou a venda de animais em 2019. “Muitos produtores, que estavam com prejuízos, aproveitaram o mercado firme do boi gordo e venderam novilhas e vacas. Apesar dos preços não serem os mesmos do boi gordo, os animais estavam valorizados. Não sabemos o impacto ainda, mas vai desfalcar no futuro”, afirmou Pena.

SUCO DE LARANJA

Exportações brasileiras crescem quase 27% na 1ª metade da temporada 2019/20 São Paulo - As exportações de suco de laranja do Brasil avançaram 26,6% no primeiro semestre da temporada 2019/20 (julho a dezembro) em comparação anual, diante de uma das maiores safras dos últimos tempos, informou ontem a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). Segundo a entidade, os embarques do produto (FCOJ Equivalente a 66º Brix) no período somaram 648.751 toneladas, embora o ritmo do crescimento tenha desacelerado em dezembro em relação ao mês anterior, quando o volume teve alta de 54% frente ao registrado no ciclo passado. O faturamento nos seis primeiros meses da safra foi de US$ 1,104 bilhão, alta de 14% versus 2018/19. De acordo com comunicado da CitrusBR, a grande safra de 2019/20 impulsiona a movimentação de estoques no Brasil por motivos comerciais (disponibilização do produto para venda) e técnicos (aber-

tura de espaço nos tanques para o suco produzido nesta temporada). “Como estamos nesse período de movimentação, ainda não é possível saber o que é realmente movimentação de estoques e o que pode ser demanda, portanto, vamos aguardar os próximos meses e ver como as exportações se comportam”, disse em nota o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto. Em dezembro, o Fundecitrus estimou a safra de laranja 2019/20 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/ Sudoeste Mineiro - principal área produtora do maior exportador global de suco de laranja - em 385,31 milhões de caixas de 40,8 kg, salto de 35% em relação à temporada anterior. Destinos - Principal destino do suco de laranja do Brasil, a União Europeia importou 450.051 toneladas do produto entre julho e dezembro, avanço de 36% ante a safra

anterior, informou a CitrusBR. Já os embarques para os Estados Unidos, segundo maior destino, cresceram de forma mais modesta, com alta de 1%, para 112.004 toneladas, uma vez que os estoques norte-americanos estão nos maiores níveis dos últimos cinco anos, limitando as movimentações, completou a entidade. Houve ainda disparada de 82% nas importações de suco de laranja brasileiro para a China no período, que somaram 26.868 toneladas. O faturamento cresceu 29%, segundo a CitrusBR, que destacou ainda que o governo chinês revisou, no final de dezembro, algumas taxas de importação, atendendo parcialmente pedidos da associação e do governo brasileiro. “Vamos estudar os resultados práticos dessa nova tarifa, mas, de qualquer jeito, é uma excelente sinalização do governo chinês, que mostrou sensibilidade”, afirmou a CitrusBR. (Reuters) PAULO WHITAKER/REUTERS

UE, principal destino do suco do País, importou 450 mil toneladas entre julho e dezembro


9

BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

VESTUÁRIO

Setor em Minas deve crescer 3% neste ano Estimativas do Sindivest-MG apontam que em 2019 o incremento no Estado atingiu apenas 1% RAQUEL VERSIEUX - DIVULGAÇÃO

JULIANA SIQUEIRA

Embora 2019 não tenha sido dos melhores períodos para a indústria do vestuário, o ano de 2020 já traz com ele uma série de perspectivas positivas. Quem afirma é o presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Minas Gerais (Sindivest-MG), Luciano José de Araújo. As boas expectativas, segundo ele, têm a ver com as ações governamentais que envolvem as reformas estruturais e a alguns fatores relativos à economia. No entanto, por mais que exista uma luz no fim do túnel, o presidente do Sindivest-MG lembra que ainda vai levar um tempo para que o setor volte a atingir os patamares pré-crise. Portanto, em 2019, o segmento deverá crescer 1%. Já em 2020, as estimativas são de um incremento de 3%. “Estamos saindo de uma crise muito profunda, que acometeu o País nos últimos anos. As perspectivas para o ano que vem são positivas

por causa de uma série de ações do governo. A reforma trabalhista, por exemplo, foi algo muito bom”, destaca ele, ressaltando, ainda, a medida provisória (MP), que elimina a multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Além disso, a redução das taxas de juros também tem impulsionado o setor, de acordo com Araújo. Esse fator tem feito, segundo ele, com que as empresas consigam recursos mais adequados no mercado, financiando a produção a um custo menor. “Quando reduz a taxa de juros, muda o perfil da economia. Não há mais somente especulação, mas passa a haver mais consumo”, diz. Números - A retomada do segmento já vem sendo sentida inclusive no que diz respeito ao emprego. O presidente do Sindivest-MG frisa que, de acordo com Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2018, havia um saldo

negativo de 4284 vagas, que caiu em igual mês deste ano para -275. “Geramos mais de 4 mil postos de trabalho”, pontua. Os investimentos também deverão voltar com tudo com o aquecimento da economia. Araújo ressalta, aliás, que a falta deles foi um dos desafios de 2019, já que as empresas ficaram sem caixa em função da crise acentuada a partir de 2015. “A crise foi algo muito pesado. Quem não estava preparado, não tinha caixa, passou por situações bem difíceis. A falta de caixa fez com que as empresas tivessem dificuldades para investir e melhorar a produtividade”, diz. No entanto, lembra ele, é de fundamental importância que as empresas melhorem a competitividade de seus negócios, investindo em inovação e tecnologia. “Há uma concorrência mundial, principalmente asiática, então é muito importante que a nossa indústria seja competitiva. Esse é o mote que temos trabalhado.

Sindivest-MG aponta que o setor ainda levará um tempo para voltar aos patamares pré-crise

Vamos, inclusive, realizar vários eventos mostrando a importância de realizar investimentos em sistemas de produção, na questão de

equipamentos, entre outros, para que se possa produzir mais com menos”, destaca. Por fim, o presidente do Sindivest-MG ressalta que

é importante que os empresários se façam a seguinte pergunta: “O mercado vai melhorar. Estamos aptos para aproveitar?”. DIVULGAÇÃO

COSMÉTICOS

Exportações devem impulsionar a Mutari MARA BIANCHETTI

A mineira Mutari, fabricante de cosméticos (linha profissional e home care), continua apostando na internacionalização de seus produtos para alavancar os negócios. Associada ao melhor desempenho da economia esperado para este exercício e ao lançamento de novos produtos nos próximos meses, a exportação para diferentes países impulsionará o desempenho das vendas também em 2020. A expectativa é que o faturamento aumente pelo menos 2,5% sobre o ano anterior. As informações são do presidente da Mutari, Olindo Batistelli. Segundo ele, o planejamento anual da empresa considera três diferentes cenários para os negócios: o pessimista, o mediano e o otimista. E, desta vez, caso o primeiro deles seja confirmado, os negócios avançarão 2,5% sobre o ano anterior. “Conseguimos fechar o ano passado com o desempenho estipulado pelo cenário mediano e chegamos a um aumento de cerca de 2% em relação a 2018. Já para este exercício, diante das melhores condições econômicas e dos esforços internos, se crescermos o previsto na pior das hipóteses, já teremos um faturamento 2,5% maior”, reiterou. No cenário mediano é esperado um crescimento de 5% e no otimista de 10% sempre sobre o ano anterior. “Ampliamos nossa área de

exportações e também nosso mercado de atuação, com a entrada no segmento de dermocosméticos também para a rede Farma. Além disso, a ampliação do e-commerce já favoreceu as vendas do ano passado e deve continuar beneficiando neste exercício”, comentou. Neste sentido, a marca lança ainda este mês, um produto que previne danos causados pela luz digital, o Fotoprotetor Absolut 360º FPS 35. A novidade contém na formulação ativos tecnológicos imprescindíveis também para a proteção contra os raios ultravioletas, mas principalmente contra a chamada “Luz Azul”, presente em lâmpadas LED e luz digital (de celulares, computadores e tablets), que contribuem para o envelhecimento precoce, po-

e outros segmentos. O grupo vende mais de 200 produtos, entre itens de produção própria e terceirizados. Eles são divididos em três linhas: capilar, corporal e face, sendo que os produtos de transformação capilar são os mais vendidos. “Chamamos de transformação aqueles produtos que mudam a forma do cabelo, como alisar ou enrolar, e também a cor dele”, explicou. Ao todo, a marca tem 500 distribuidores no Brasil e em mais 20 países. Em termos de negócios, Batistelli contou que Minas Gerais segue como principal mercado da Mutari, representando cerca de 25% das vendas. Em termos de regiões, a ordem de imporLançamentos - Já para o ano tância é Sudeste, Nordeste, que vem, a marca estuda lan- Centro Oeste, Sul e Norte. çar produtos de maquiagem Além disso, de tudo o que dendo causar rugas e manchas de pele, sendo a segunda maior frequência de espectro visível. Atualmente, o segmento capilar representa 93% do faturamento da marca, enquanto os cosméticos chegaram a 7% no ano passado. Conforme o presidente, a diferença se deve, entre outros motivos, pelo tempo de desenvolvimento de cada linha. “São 23 anos trabalhando no capilar profissional e home care e apenas dois com dermocosméticos. Acreditamos que quando atingirmos o tempo de maturação da segunda linha, teremos algo em torno de 25% de representatividade”, afirmou.

Batistelli estima crescimento entre 2,5% e 10% neste ano

é produzido pela fábrica belo-horizontina, 5% é enviado ao exterior, principalmente aos países do Oriente Médio, América do Norte e Europa. A ideia, conforme o empresário, é que haja um crescimento de 30% no volume embarcado em 2020, em virtude, principalmente, do potencial do mercado estrangeiro.

“Da mesma maneira como as mulheres brasileiras têm interesse e hábito de utilizar produtos e cosméticos importados, as estrangeiras também têm. Os Estados Unidos, por exemplo, abrigam o maior mercado do mundo e queremos conquistar uma fatia maior. O produto brasileiro é muito bem aceito lá fora”, comentou.

AVIAÇÃO

Azul amplia voos em BH para o Carnaval As festas de fim de ano passaram e, a partir de agora, todos os olhares se voltam para a festa popular mais tradicional do País: o Carnaval. Para atender a demanda adicional de clientes no período, a Azul disponibilizará 52 voos extras entre 21 e 26 de fevereiro. Em Belo Horizonte, uma das principais bases de operação da companhia, serão 52 operações adicionais, totalizando 2966 assentos a mais. As passagens para o período já estão

disponíveis nos canais oficiais de venda da companhia. Belo Horizonte-Ilhéus, Belo Horizonte-Maceió, Belo Horizonte-Recife, Belo Horizonte-Natal, Belo Horizonte-Salvador, Belo Horizonte-Porto Seguro, Belo Horizonte-Teixeira de Freitas, Belo Horizonte-Governador Valadares, Belo Horizonte-Galeão e Belo Horizonte-Cabo Frio serão os mercados que contarão com mais voos da Azul. Comparada com a

folia do ano passado, a Azul ampliará a oferta de voos em 13%, movimentando frequências extras em 51 aeroportos espalhados pelo país. “Estamos sempre atentos às oportunidades e necessidades de nossos Clientes. Por isso, preparamos uma

operação que atende ao desejo dos mineiros que quiserem viajar neste período. Com a maior malha aérea do país, que atende a 106 cidades brasileiras, a Azul oferecerá diversas opções para os foliões e para quem quer relaxar no feriado prolongado”, destaca o gerente

de planejamento de malha da Azul, Vitor Silva. Os dias 21 de fevereiro, sexta-feira de carnaval, e 26, quarta-feira de cinzas, serão as datas-pico, com o maior volume de decolagens, conforma a companhia aérea. (Da Redação)

www.facebook.com/DiariodoComercio

www.twitter.com/diario_comercio

gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

Telefone: (31) 3469-2025


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

NEGÓCIOS

10

INDÚSTRIA DE BEBIDAS

Ambev planeja eliminar poluição plástica Esforço da companhia tem potencial para gerar aproximadamente R$ 1 bilhão em negócios até 2025 PAULO WHITAKER - REUTERS

São Paulo - A fabricante de bebidas Ambev está empenhada em eliminar a poluição plástica decorrente de suas embalagens até 2025, em um esforço que tem o potencial de gerar aproximadamente R$ 1 bilhão em negócios no período, disse o vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev, Rodrigo Figueiredo. A maior cervejaria da América Latina está se aliando a parceiros, que incluem fornecedores, cooperativas de reciclagem, startups e universidades, para que todos seus produtos tenham embalagens retornáveis ou utilizem material 100% reciclado. “Atualmente 40% das nossas cervejas já são retornáveis, mas à medida que avançamos nesse compromisso, nosso sonho ficou maior e decidimos acabar com a poluição plástica de nossas embalagens”, afirmou Figueiredo. A nova meta, que faz parte de esforços mais amplos da matriz Anheuser Busch InBev, segue uma tendência global de aumentar a reciclagem e eliminar gradualmente as embalagens de plástico, à medida que os consumidores migram para alternativas mais sustentáveis. Em outubro passado, a Ambev anunciou o lançamento de sua primeira água mineral enlatada, a AMA, que, segundo Figueiredo, deve começar a ser vendida a partir de fevereiro. A companhia investiu um total de R$ 17,5 bilhões entre 2014 e 2018 em múltiplas iniciativas para adotar práticas mais ecologicamente corretas, incluindo projetos para ter todas as suas operações alimentadas por fontes de energias renováveis até 2025. Mais recentemente, a empresa assinou acordo de R$ 600 milhões de reais com um grupo de private equity para construir um parque eólico que fornecerá energia renovável a todas as suas fábricas de bebidas no Nordeste do Brasil, bem como às cinco cervejarias Budweiser em todo o País. No ano passado, a Ambev

iniciou um programa de aceleração que já beneficiou 21 startups, das quais 10 fecharam negócios com a empresa que movimentaram total de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões. Para 2020, a companhia já selecionou 18 startups para o programa. Em Minas Gerais, a startup Pequi Ambiental criou um projeto para gerar energia aproveitando o fluxo de água que sai das cervejarias da Ambev. Projeto já foi implementado em Sete Lagoas, gerando mais de 7,2 kWh/ mês. A Pequi recebeu um investimento de quase R$ 1,2 milhão, com planos de expansão para os próximos anos. A companhia estuda expandir os projetos com a Pequi Ambiental para outras cervejarias que tenham vazão e fluxo de água suficientes para abastecer as micro hidrelétricas. (Reuters) Empresa já beneficiou 21 startups, das quais 10 fecharam negócios com a fabricante de bebidas, movimentando R$ 2,5 mi

EDUCAÇÃO

Parceria oferecerá 1,5 mil bolsas nas França

LUÍS FORTES - MEC

Até 2022, estudantes brasileiros poderão contar com 1,5 mil bolsas em universidades francesas. As oportunidades são resultado da parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a França no Programa de Cooperação Brasil-France Ingénieur Technologie (Brafitec). Os investimentos no projeto somarão R$ 178,7 milhões ao longo de três anos. A cooperação entre os países promove o intercâmbio de estudantes de cursos de graduação em engenharia. São 56 universidades brasileiras e 30 instituições francesas envolvidas na troca de conhecimento. O anúncio das novas bolsas foi realizado pelo presidente da Capes, Anderson Correia, durante visita de acompanhamento

ao programa na Universidade de Lille, no norte da França, nesta semana. Na ocasião, Correia reforçou o interesse da Capes na continuidade da parceria internacional entre os dois países. Neste ano, o programa terá 61 projetos ativos e deverá enviar cerca de 500 bolsistas à França. “É um investimento que insere o Brasil na pesquisa de ponta mundial, abre espaço para que os estudantes brasileiros troquem experiência com o que está sendo produzido nas melhores universidades da França e vice-versa”, afirma o presidente da Capes, que reforçou o interesse do Brasil no recebimento de acadêmicos franceses. O Brafitec existe há 18 anos e apoia projetos conjuntos de pesquisa em parcerias universitárias em todas as especialidades de

engenharia. O programa já enviou 6.550 bolsistas brasileiros ao exterior e recebeu cerca de 1.500 bolsistas franceses nas universidades brasileiras. A cooperação estimula o intercâmbio na graduação, em ambos os países, e realiza a aproximação das estruturas curriculares, inclusive a equivalência e o reconhecimento de créditos. Já foram realizadas mais de 2 mil missões de trabalho. Nesta semana, a Capes e três instituições brasileiras integrantes do Programa Institucional de Internacionalização (Capes/PrInt) estiveram em uma missão oficial de trabalho na França. O objetivo é elaborar um plano de trabalho associado às instituições francesas Centrale Supelec e Centrale Lille por meio do Programa Brafitec. (Com informações do MEC) Correia: projeto insere o Brasil na pesquisa de ponta mundial

CAPACITAÇÃO

Estudo aponta falta de profissionais especializados no País

DIVULGAÇÃO

O Brasil passa por um sério fator de risco, faltam profissionais especializados com capacidade para preencher vagas abertas em diversos setores. Um estudo promovido pela empresa de recursos humanos Korn Ferry, no fim de 2019, mostra o problema. A pesquisa feita com empresários brasileiros evidencia que neste ano haverá um déficit de 1,8 milhão de pessoas para vagas mais especializadas – considerando tanto as vagas abertas quanto as que serão preenchidas por empregados sem a qualificação considerada ideal. A análise aponta que o número deve crescer a uma taxa de 12,4% ao ano, até alcançar 5,7 milhões de postos com funcionários sem competência ideal ou vagos até 2030. Aliás, a falta de especialização em áreas estratégicas de um negócio geralmente ligadas ao seu crescimento pode impedir as empresas de faturarem até o fim do ano US$ 43,6 bilhões – o que na moeda

brasileira significa cerca de R$ 183 bilhões; Limitando ainda, o crescimento econômico. “Crise mundial” - A pesquisa que é global e entrevistou mais de 115 empresas do mundo, entre elas 100 localizadas no Brasil, apontou que o problema ocorre a nível mundial, principalmente no que diz respeito ao segmento de tecnologias digitais. Aliás, três setores serão altamente atingidos por isso: tecnologia, mídia e telecomunicações; negócios e serviços bancários e manufaturas. O relatório mostra ainda que empresários ou presidentes de companhias estimam, que, no mundo a falta de pessoal especializado deve alcançar até 2030, 85,2 milhões de vagas de trabalho. Oportunidade de qualificação - Se por um lado faltam profissionais especializados, do outro, o mercado oferece propostas de qua-

lificação. Os cursos profissionalizantes, por exemplo, suprem a necessidade de quem precisa se qualificar, mas não tem tantos recursos e tempo para investir. O diretor executivo da franquia de educação profissional Via Certa, Décio Marchi, explica que, em média, um curso (no caso deles na modalidade livre), dura em torno de seis meses a um ano e meio. “Trata-se de uma alternativa assertiva para quem busca por cargos melhores na empresa e também para quem procura por um emprego em outra área de atuação. O curso capacita o aluno a atuar no mercado a partir de aulas com especialistas e de forma híbrida”, explica. A cada momento que passa o mercado de trabalho fica mais exigente e isso está fazendo com que as pessoas estejam cada vez mais preparadas para essas mudanças que ocorrem quase que diariamente. A qualificação profissional

surge dessa forma como uma ferramenta fundamental para as pessoas que almejam conquistar sucesso em sua carreira profissional. Décio conta que em geral, as empresas valorizam muito os currículos que apresentam constantes atualizações, ou seja, que contam com especializações e cursos. Tanto é que, frequentemente empresas de diversos segmentos os procuram em busca de alunos já “formados” e consequentemente capacitados, para ocuparem vagas abertas. Hoje, tanto a franqueadora, quanto as suas mais de 30 unidades possuem parceiras com muitos negócios e acabam encaminhando os estudantes para o mercado de trabalho. As vagas são diversas, como: administração e vendas, idiomas, informática e tecnologia, entre outras.

Déficit neste ano será de 1,8 milhão de profissionais especializados

cursos mais buscados são: Informática e Tecnologia, Inglês, Auxiliar de Veterinário e Auxiliar de Farmácia. “Mesmo o mercado sendo muito competitivo, as pessoas tem no curso um diferencial, principalmente em áreas como a hospitalar, por exemplo, Em alta - O executivo que vem exigindo muita revela que atualmente os qualidade”, fala Marchi, re-

afirmando ainda que “quem está empregado precisa se capacitar constantemente para manter a colocação ou, quem sabe, buscar melhorias. Já o desempregado luta para conseguir se inserir no mercado de trabalho, essa é uma das melhores maneiras. A educação é um grande investimento”, finaliza. (Da Redação)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

NEGÓCIOS

11 DIVULGAÇÃO

SAÚDE

Grupo RCS Med aposta na telemedicina para crescer Receita deve ter alta de 15% MARA BIANCHETTI

Após faturar R$ 200 milhões em 2019, o grupo mineiro Rede de Cuidados de Saúde (RCS Med), sediado em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), aposta na telemedicina e na expansão do número de unidades para faturar ainda mais em 2020. Para este ano, é esperado um avanço de 15% nos negócios e a perspectiva de investimento gira em torno de R$ 25 milhões. As informações são do diretor da RCS Med, Ricardo Cabral. Segundo ele, o resultado do exercício passado avançou em 25% sobre o registrado um ano antes e está atrelado à consistência de entrega do grupo. “Nascemos com a ambição de transformar o ecossistema de saúde em todas as suas particularidades, visando principalmente à otimização da qualidade com a racionalização do custo e, por contaminação dos pares gestores que trabalhamos nos últimos anos, temos obtido um crescimento orgânico consistente”, destacou. Para ancorar o desempenho previsto para 2020, Cabral citou os investimentos de R$ 25 milhões a serem destinados à aquisição ou construção de unidades. No ano anterior, os aportes nestas frentes foram de R$ 6 milhões. Hoje a empresa está presente em 94 cidades entre Minas, Espírito Santo e

Distrito Federal e atende 43 mil pessoas. O principal mercado é Minas Gerais. No que se refere à telemedicina, esta é a grande aposta da RCS Med para os próximos anos, por meio da Near Telemedicine. Conforme o diretor, o grupo já investe no segmento há algum tempo e espera apenas o amadurecimento do setor e do Conselho Federal de Medicina (CFM) para colocá-lo totalmente em operação. “A telemedicina já é realidade entre pacientes e médicos de forma eficaz em diversos países. No Brasil ainda há algumas restrições. Mas o caminho para racionalização do custo da saúde passa pela oferta dos serviços digitais. Telemedicina não é mais ou menos medicina, não é nova, é só mais um meio”, explicou. Hoje a telemedicina é permitida por lei e pelo CFM em diversos formatos, como por exemplo, quando existe a presença médica nas duas pontas do atendimento. A RCS Med já oferece teleorientação para 43 mil pessoas, com orientações 24 horas por dia, e opera a telemedicina entre médicos para discussões de casos em segunda opinião. Segundo o grupo, a Near é capaz de atender unidades de saúde com tecnologia e atendimento médico para que possam ampliar o número de especialidades a serem atendidas, aumentar o número

Telemedicina já é realidade entre pacientes e médico em diversos países, mas ainda há algumas restrições no Brasil DIVULGAÇÃO

de consultas mensais, captar e reter novos pacientes. Testes - A solução já está em teste em unidades públicas de atenção primária na cidade do Rio de Janeiro onde foram realizados atendimentos de Cardiologia, Neurologia Reumatologia, Ginecologia/ Obstetrícia, Cirurgia Geral e Nefrologia. A meta é atuar nos mercados públicos e privados e também seguir em parceria com o projeto de atenção primária do Eu Saúde, também idealizado pela RCS Med, que visa atender empresas e operadoras de saúde oferecendo atendimento médico de qualidade por menos de R$ 20 por mês. “O nosso planejamento é termos no primeiro trimestre de 2020 um projeto de atenção integral à saúde em telemedicina para empresas e instituições a um valor de até R$ 20 mensais por pessoa, com consultas ilimitadas. Será o grande novo paradigma em saúde privada”, revelou. Vale destacar que o projeto

Cabral explica que o planejamento é atender empresas e instituições já no primeiro semestre

Near Telemedicine está sendo investido pelo BiotechTown, hub de inovação voltado exclusivamente para produtos e

negócios nas áreas de biotecnologia e ciências da vida, localizado também em Nova Lima. O objetivo no hub é aprimorar

o projeto em um ambiente de inovação possibilitando network ou acesso a pessoas-chave que atuam no setor.

TECNOLOGIA

Totvs espera maior competição entre bancos e e-commerce

ALUISIO ALVES - REUTERS

São Paulo - O esforço de instituições financeiras, empresas de comércio eletrônico e produtoras de tecnologia para ofertar mais serviços a empresas médias e pequenas os levará cada vez mais a invadirem os segmentos um do outro, disse o presidente-executivo da Totvs, Dennis Herszkowicz. “Bancos e (empresas de) e-commerce estão cada vez mais perto de se tornarem concorrentes nossos”, disse Herszkowicz, em entrevista na sede da companhia da tecnologia de sistemas de gestão. Segundo o executivo, este cenário já vem ocorrendo no País, à medida que braços dos grandes bancos, como as adquirentes de cartões, têm oferecido uma gama crescente de serviços de gestão para lojistas e uma variedade de negócios, nicho de mercado que era atendido principalmente por empresas de TI como a Totvs e a fornecedora de software para o varejo Linx. Por outro lado, estas vêm avançando, sozinhas ou por meio de parcerias, na seara dos bancos, oferecendo cada vez mais serviços financeiros, incluindo os próprios pagamentos e antecipação de recebíveis. As declarações Herszkowicz, ex-executivo da Linx, mostram como a Totvs, que se apresenta como líder no País em software de gestão, com cerca de 50% do mercado e 40 mil clientes, está redesenhando sua estratégia para seguir expandindo receitas num mercado em que

identificar rivais tem sido cada mais complexo. Para o executivo, a arena concorrencial ficará ainda mais aberta a partir de 2020, com os agentes começando a explorar uma nova oportunidade: medição de performance dos negócios e sistemas preditivos que podem ajudar as pequenos e médias empresas a se anteciparem a situações como de maior necessidade de capital, por exemplo. Assim, com o uso de tecnologias como inteligência artificial, as provedoras de soluções poderiam vender a empreendedores produtos como seguros ou deixar disponíveis linhas de crédito pré-aprovadas. “As barreiras setoriais estão caindo; os bancos perceberam isso... nós, também”, disse o presidente da Totvs. Segundo o executivo, essa percepção faz parte do plano de expansão tanto orgânica quanto de eventuais fusões e aquisições da companhia para os próximos anos. A empresa considera inclusive a possibilidade de pedir ao Banco Central uma licença de instituição de pagamentos. Criada em 1983 como Microsiga, a Totvs rapidamente se expandiu apoiada numa agressiva campanha de aquisições. Foram mais de 30 na última década. Uma das últimas, em outubro, foi a compra de 89% da Supplier, dona de administradora de cartões, por 455,2 milhões de reais. A operação consumiu parte dos pouco mais

de 1 bilhão de reais da oferta de ações de maio passado. Herszkowicz, que assumiu o comando Totvs há pouco mais de um ano, substituindo o fundador do grupo, Laércio Consentino, diz ver “espaços enormes” para ganho de eficiência em serviços financeiros e avaliação de performance do comércio eletrônico. Ao mesmo tempo em que se tornam concorrentes diretos, empresas de TI, bancos e empresas de e-commerce, também tendem a desenvolver parcerias, ao perceberem que em caso específicos é melhor juntar forças. A própria Totvs tem feito aproximações nesta direção. No ano passado, fez um acordo com a Rede, braço de adquirência do Itaú Unibanco, e montou uma joint venture com a plataforma digital de comércio eletrônico Vtex. (Reuters) Totvs fez um acordo com a Rede para criar uma plataforma de comércio eletrônico, a Vtex

FOMENTO

BNB lança edital para projetos inovadores Estão abertas as inscrições do edital Fundeci 02/2019 – Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste, que concede recursos não reembolsáveis para apoio a iniciativas de difusão e transferência de tecnologias em atividades produtivas. São R$ 6 milhões disponibilizados para projetos que beneficiem os territórios atendidos pelo

Plano AgroNordeste do governo federal e pelo Programa Banco do Nordeste de Desenvolvimento Territorial (Prodeter). Podem participar quaisquer instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos, como fundações, institutos, autarquias, outras entidades da Administração Pública Direta ou Indireta e Organiza-

ções da Sociedade Civil, desde que sediadas ou com atuação nos estados nordestinos e no Norte de Minas Gerais e Norte do Espírito Santo. Os projetos elegíveis devem propor a inclusão de inovações adaptadas às realidades locais, considerando pelo menos um dos quatro elos das cadeias produtivas – insumos, produção,

beneficiamento ou comercialização. Os instrumentos de difusão de conhecimento devem ser adequados aos diversos níveis de instrução e de produção dos participantes, como cursos, oficinas, dias de campo, unidades de referência tecnológica, entre outros. As inscrições estão abertas até o dia 7 de fevereiro. (Da Redação)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

12

FINANÇAS GUADALUPE PARDO/REUTERS

RELATÓRIO GLOBAL

GUIABOLSO

Riqueza de bilionários supera a de 60% da população

Novo serviço pode favorecer acesso ao crédito no País

Desigualdade está em níveis recordes Rio de Janeiro - Os 2.153 bilionários do mundo detêm mais riqueza do que 4,6 bilhões de pessoas, que correspondem a cerca de 60% da população mundial. Os dados constam do novo relatório da organização não governamental Oxfam - Tempo de Cuidar: O trabalho de cuidado mal remunerado e não pago e a crise global da desigualdade -, lançado no domingo (19), às vésperas do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O estudo aponta que a desigualdade global está em níveis recordes e o número de bilionários dobrou na última década. Segundo o levantamento, o 1% mais rico do mundo detém mais que o dobro da riqueza de 6,9 bilhões de pessoas. O relatório chama a atenção para o fato de que essa grande desigualdade está baseada em boa medida em um sistema que não valoriza o trabalho de mulheres e meninas, principalmente das que estão na base da pirâmide econômica. De acordo com a organização, no mundo, os homens detêm 50% a mais de riqueza do que as mulheres.

“Além de chamar a atenção para essa desigualdade extrema que não está sendo solucionada, resolvemos dar visibilidade a um tema que não tem visibilidade e que contribuiu para esse acúmulo de riqueza, que é o fato de o cuidado não ser remunerado ou ser mal remunerado”, disse a diretora-executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia. “Milhões de mulheres e meninas passam boa parte de suas vidas fazendo trabalho doméstico e de cuidado, sem remuneração e sem acesso a serviços públicos que possam ajudá-las nessas tarefas tão importantes”, completou. Segundo cálculos da Oxfam, o valor monetário global do trabalho de cuidado não remunerado prestado por mulheres a partir dos 15 anos é de US$ 10,8 trilhões por ano, três vezes maior que o estimado para o setor de tecnologia do mundo. Katia destacou a forte contribuição da questão de gênero na desigualdade mundial. “Se você juntar os 22 homens mais ricos do mundo, eles têm a mesma riqueza que todas as mulheres que vivem na África, que é em torno de 650 milhões”.

Segundo organização, no mundo, os homens detêm 50% a mais de riqueza do que as mulheres

Segundo a Oxfam, as mulheres fazem mais de 75% de todo trabalho de cuidado não remunerado do mundo. Frequentemente, diz a organização, elas trabalham menos horas em seus empregos ou têm que abandoná-los por causa da carga horária com o cuidado de crianças, idosos e pessoas com doenças e deficiências físicas e mentais bem como o trabalho doméstico diário. Alerta - A organização alerta que o problema deve se agravar na próxima década à medida que a população mundial aumenta e envelhece. Estima-se que 2,3 bilhões de pessoas, entre idosos e crianças, vão precisar de cuidado em 2030, um aumento de 200 milhões desde 2015. De acordo com a pesquisa, no Brasil, em 2050, serão cerca de 77 milhões de pessoas que vão depender de cuidado, o que representa pouco mais de um terço da população estimada entre idosos e crianças, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O mundo enfrenta uma crise de prestação de cuidados devido aos impactos do envelhecimento da população, a cortes em serviços públicos e sistemas de proteção social e aos efeitos das mudanças climáticas – ameaçando piorar a situação e aumentar o ônus que recai sobre trabalhadoras de cuidado”, diz o documento. O relatório também aponta que governos vêm cobrando alíquotas fiscais baixas dos mais ricos e de grandes corporações, “abandonando a opção de levantar os recursos necessários para reduzir a pobreza e as desigualdades”. De acordo com o estudo, se o 1% mais rico do mundo pagasse uma taxa extra de 0,5% sobre sua riqueza nos próximos dez anos, seria possível criar 117 milhões de empregos em educação, saúde e de cuidado para idosos. “Em vez de ampliar programas sociais e gastos para investir na prestação de cuidado e combater a desigualdade, os países estão

aumentando a tributação de pessoas em situação de pobreza, reduzindo gastos públicos e privatizando a educação e a saúde, muitas vezes seguindo o conselho de instituições financeiras como o Fundo Monetário Internacional (FMI)”, diz o documento. Recomendações - A Oxfam recomenda que os governos devam investir em sistemas nacionais de prestação de cuidados para solucionar a questão da responsabilidade desproporcional pelo trabalho de cuidado realizado por mulheres e meninas. Outra recomendação é valorizar o cuidado em políticas e práticas empresariais. “As empresas devem reconhecer o valor do trabalho de cuidado e promover o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, devem apoiar a redistribuição do cuidado, oferecendo benefícios e serviços como creches e vales-creche, e garantir salários dignos para prestadores de cuidado”, afirma o documento. (ABr)

INDICADORES ECONÔMICOS

Projeção para alta do IPCA tem 3ª queda seguida UESLEI MARCELINO/REUTERS

São Paulo - O mercado voltou a reduzir a expectativa para a inflação este ano, ao mesmo tempo em que ajustou para cima as contas para o crescimento da economia, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central (BC) ontem. O levantamento semanal mostrou que a expectativa para a alta do IPCA em 2020 caiu pela terceira semana seguida, em 0,02 ponto percentual, a 3,56%. Para 2021, permaneceu em um avanço de 3,75%. O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A revisão ocorre na esteira de uma perspectiva mais fraca para a alta dos preços administrados este ano. Os economistas consultados passaram a ver inflação dos administrados de 3,77%, frente 3,81% antes. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano foi elevada a 2,31%, de 2,30% na semana anterior, enquanto que, para 2021, continuou em 2,5%. Contribuiu para esse aumento a melhora do cenário para a produção industrial, que deve crescer 2,19% em 2020, contra 2,10% previstos anteriormente. Entretanto, para 2021, a perspectiva

de expansão caiu em 0,05 ponto, a 2,45%. Selic - A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros terminará este ano a 4,5% e o próximo a 6,25%, sem alterações. A Selic fechou 2019 a 4,5%, nova mínima histórica, após novo corte de 0,5 ponto percentual em dezembro, quando o BC indicou cautela em relação aos juros daqui para frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a Selic a 4,25% em 2020 e a 6,25% em 2021. (Reuters) Pesquisa Focus, do Banco Central, mostra que o mercado agora estima a inflação deste ano em 3,56%

Juros baixos e dólar mais elevado são “novo normal” Brasília - O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a avaliar que juros baixos e dólar mais alto são um novo normal na economia, em meio ao compromisso do governo com o controle de gastos públicos, conforme entrevista ao site Poder 360 em parceria com o SBT. “É um novo normal. Não quer dizer que o câmbio vai ficar a R$ 4. A nossa ida lá para fora é para dizer para o mundo: olha, ano passado, saímos do abismo fiscal, este ano vamos aprofundar as reformas”, afirmou ele na entrevista, que foi feita na última terça-feira (14), mas publicada pelo site ontem. “O Brasil vai acelerar o crescimento, aumentar o ritmo de cria-

ção de empregos, investimentos, e, naturalmente, os recursos virão de fora. Pode até ser que o dólar desça um pouco novamente”, ponderou Guedes. O ministro avaliou que os últimos 30 anos foram de descontrole de gastos no País, com o Banco Central (BC) agindo sozinho no aperto monetário para controle da inflação. “O Brasil, durante 10, 20 ou 30 anos, teve juros muito altos e câmbio muito baixo. Isso desindustrializou o Brasil, trouxe excesso de importações, prejudicou as exportações e atravancou os investimentos. Essa combinação maldita de juros altos e câmbio baixo foi revertida”, avaliou ele.

“O Brasil, em vez de ser um País que tem fiscal frouxo e apertado só no freio monetário, agora controla os gastos do governo, porque gasta muito e gasta mal. Nós queremos que o dinheiro fique no bolso do povo”, acrescentou. No fim de novembro, o ministro já havia dito que, diante da redução da taxa básica de juros no País e de um fiscal mais forte, o câmbio de equilíbrio “tende a ir para um lugar mais alto”. Hoje, a Selic está em 4,5% ao ano, sua mínima histórica, e há expectativas de que caia ainda mais, para 4,25%, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, em fevereiro. (Reuters)

São Paulo - A plataforma de finanças pessoais Guiabolso criou um serviço que permitirá que empresas acessem dados financeiros previamente autorizados, mostrando como companhias estão se antecipando à implantação do open banking. Batizado de Guiabolso Connect, o serviço permite o acesso a informações como renda, gastos em algumas categorias e saldo da conta corrente, o que pode ser usado por empresas financeiras para melhorar a avaliação de risco para oferta de produtos como crédito, seguros, investimentos e seguro-fiança. Em vez do acesso direto aos dados que o Guiabolso tem dos seus mais de 6 milhões de clientes, como extratos bancários, as instituições interessadas recebem informações quantitativas, sem compartilhar os dados brutos do usuário. “É uma ferramenta um pouco mais profunda do que o serviço oferecido pelos bureaus de crédito”, diz Fátima Rios, chefe do Guiabolso Connect, salientando que o negócio se encaixa no modelo do open banking, sistema que dá às pessoas o poder sobre acesso aos seus dados bancários e que deve entrar em vigor no Brasil no final de 2020, segundo previsões do Banco Central. Vantagens - Segundo ela, vantagens potenciais para o consumidor com o uso do serviço incluem redução de juros de crédito para os que mostrarem que têm melhor nível de risco e agilidade na contratação de serviços, ao poder alugar ou comprar um imóvel sem ter que juntar documentos para comprovar renda. Segundo o presidente do Guiabolso, Thiago Alvarez, o serviço amplia o acesso de pessoas a produtos financeiros antes não oferecidos devido a limitações de se avaliar perfil com o uso só de bureaus de crédito tradicionais ou documentos físicos. Para as empresas, a ferramenta mitiga o risco de fraude de documento falsos, diminui custos com back office e reduz o risco de calote, diz Fátima. “Chegamos a observar que o nível de precisão na análise de risco dos clientes chega a ser 50% maior quando se usa a análise mais completa do score e histórico financeiro”, afirma Fátima. A nova oferta do Guiabolso foi lançada dias após a gigante de cartões Visa ter anunciado, na semana passada, a compra da fintech norte-americana Plaid, que presta esse tipo de serviço, por US$ 5,3 bilhões. (Reuters)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

13

LEGISLAÇÃO SIMPLES NACIONAL

Débitos de R$ 5,2 bilhões são recuperados Receita regularizou a situação de mais de 230 mil micro e pequenas empresas no 2º semestre de 2019 CHARLES SILVA DUARTE / ARQUIVO DC

Brasília - Mais de 230 mil micro e pequenas empresas (MPEs) quitaram débitos com o Simples Nacional no segundo semestre de 2019 e foram mantidas no regime especial de tributação em 2020. A regularização das pendências permitiu ao governo recuperar R$ 5,2 bilhões aos cofres públicos. O balanço da regularização foi divulgado pela Receita Federal. Em setembro do ano passado, o governo tinha notificado 738.605 contribuintes de débitos previdenciários e não previdenciários com a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). No total, as micro e pequenas empresas deviam R$ 21,5 bilhões ao Simples Nacional. Dos R$ 5,2 bilhões recuperados, R$ 3,6 bilhões referem-se a dívidas com a Receita Federal, e R$ 1,6 bilhão a débitos cobrados pela PGFN. Só foram mantidos no Simples Nacional, regime tributário que unifica a cobrança de tributos federais, estaduais e municipais e tem alíquotas especiais, os contribuintes que quitaram os débitos até 30 dias depois da data de ciência da notificação. Em caso de discordância, micro e pequenos empresários poderiam pedir a impugnação do ato de exclusão. Quem não pagou os débitos foi retirado do Simples Nacional em 1º de janeiro deste ano. As empresas excluídas, no entanto, têm até 31 de janeiro para pedir o regresso ao Simples Nacional,

desde que resolvam as pendências até essa data. O processo de regularização deve ser feito por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte da Receita Federal, requerendo certificado digital ou código de acesso. O devedor pode pagar à vista, abater parte da dívida com créditos tributários (recursos que a empresa tem direito a receber do Fisco) ou parcelar os débitos em até cinco anos com o pagamento de juros e multa. O prazo de 31 de janeiro também se aplica aos empresários interessados em aderir ao regime pela primeira vez. Caso contrário, o ingresso acontecerá somente no próximo ano. Ao optar pelo Simples Nacional, o empresário tem a oportunidade de pagar oito tributos, entre municipais, estaduais e federais, de uma única vez, reduzindo os custos tributários. Também fica livre de obrigações acessórias com vencimentos distintos, reduzindo a burocracia para administrar o negócio. “O Simples representa um grande alívio para os empresários de micro e pequenas empresas, que sofrem mais para driblar os encargos da burocracia. Pesquisas do Sebrae apontam que sem o Simples, quase 70% dos pequenos negócios fechariam as portas. Regularizar a situação para permanecer no regime tributário é uma grande oportunidade”, destaca o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e

Com a regularização de pendências com a Receita, as MPEs foram mantidas no regime especial em 2020

Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles. Adesão - Para empresas em início de atividade, o prazo para a solicitação é de 30 dias contados do último deferimento de inscrição (municipal ou estadual, caso exigível), desde que não tenham decorridos 180 dias da data de abertura constante do CNPJ (para empresas abertas até 31/12/2019) ou 60 dias (para empresas abertas a partir de 01/01/2020). Todo o processo de adesão é feito exclusivamente pela internet, por meio do Portal do Simples Nacional. Criado em 2007, o Simples

Nacional é um regime tributário especial que reúne o pagamento de seis tributos federais, além do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), cobrado por estados e pelo Distrito Federal, e do Imposto Sobre Serviços (ISS), arrecadado pelos municípios. Em vez de pagar uma alíquota para cada tributo, o micro e pequeno empresário recolhem, numa única guia, um percentual sobre o faturamento que é repassado para os três níveis de governo. Somente as empresas que faturam até R$ 4,8 milhões por ano podem optar pelo regime. (ABr/ASN)

REFORMA TRIBUTÁRIA

Guedes quer taxar todas as transações REUTERS/DIEGO VARA

Brasília - O imposto sobre transações estudado pela equipe econômica como maneira de promover uma desoneração da folha de pagamento das empresas também abarcaria pagamentos em dinheiro, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao site Poder 360 em parceria com o SBT. Na entrevista, que foi feita na última terça-feira, mas publicada apenas ontem, o ministro voltou a defender que os encargos trabalhistas são excessivos no Brasil e que o governo segue pensando numa nova base tributária, baseada sobre transações, para acabar com as contribuições patronais à Previdência. Ao ser questionado como esse imposto pegaria grandes pagamentos feitos em dinheiro, como a compra de apartamentos e obras de arte, Guedes respondeu que ele incidiria sobre “qualquer coisa”. Ele disse ainda que o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra sugeriu à equipe que essas transações só teriam validade mediante o recolhimento do imposto. “Então, se alguém fez alguma coisa e pagou em dinheiro, e fez tudo escondido, mas não recolheu esse imposto, você pode chegar lá e apreender o material”, afirmou Guedes. Ele frisou que o imposto não existe e que o que estão na mesa são estudos, mas defendeu que um tributo dessa natureza faria sentido numa economia cada vez mais digital, uma vez que inicidiria sobre transações eletrônicas. “A minha obrigação é oferecer uma base tributária ampla o suficiente para que a classe política possa decidir. O que é que você prefere? Um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) de 30%, o Imposto de Renda de 30%, sem esse imposto, ou um imposto com uma base mais ampla e um imposto de renda de 15%, um IVA de 15%?”, acrescentou. Segundo Guedes, a proposta do governo para o IVA leva em conta uma alíquota de 11%, classificada

por ele como baixa. Mas o ministro destacou que, apenas com essa investida, não seria possível desonerar a folha de pagamento das empresas. Perguntado se o time econômico deve então apresentar um desenho em que impostos convencionais terão alíquotas menores caso haja esse novo imposto sobre transações, o ministro disse que sim. Ele frisou que a questão ainda está sob estudo, e que a proposta pronta não inclui esse imposto. Guedes exemplificou ainda que, com um imposto sobre transações, seria possível elevar o limite de isenção no pagamento do IR para pessoas físicas. (Reuters)

Paulo Guedes defende imposto sobre os pagamentos em dinheiro

Grupo no Congresso busca proposta única Brasília - Câmara, Senado e governo devem voltar a se reunir em fevereiro para acertar a tramitação da reforma tributária. A ideia é reunir as propostas que já tramitam nas duas casas legislativas, mais as sugestões do governo, e elaborar um texto único. A proposta da Câmara (PEC 45/19) pretende simplificar o sistema, substituindo cinco tributos que incidem sobre o consumo pelo novo Imposto sobre Bens e Serviços. O deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP) faz parte da comissão especial sobre a reforma e defende o texto que vem sendo analisado pelos deputados: “O mais importante é a simplificação. O objetivo dessa proposta é eliminar tributos, criando um mais simples de apurar e de pagar. A ideia é que não se aumente a carga tributária e nem se diminua. Muitas pessoas questionam se não poderiam pagar menos imposto, mas a verdade é que a carga tributária é do tamanho do Estado”, explicou. Mas um grupo de deputados da oposição apresentou um texto

alternativo (emenda substitutiva global 178) para promover uma reforma mais ampla. É o que explica o deputado Afonso Florence (PT-BA), também da comissão: “A PEC 45 tem uma natureza regressiva, na medida em que institui tributação da cesta básica, por exemplo - hoje ela é isenta. Nós precisamos aprovar a tributação progressiva da renda e do patrimônio dos muito ricos, a cobrança de tributos sobre lucros e dividendos. Assim, poderemos reduzir os tributos hoje incidentes sobre a classe média, trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou. O governo já sinalizou que concorda com mudanças no Imposto de Renda e o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem falado na criação de um tributo sobre operações financeiras. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em sua conta no Facebook que o Congresso precisa avançar com as reformas estruturais no Brasil. Essas reformas, segundo ele,

não são apenas econômicas, mas também sociais e têm o objetivo de tornar o País menos desigual. “A reforma tributária é a mais importante para o crescimento econômico e para destravar a economia do País. Defendo a simplificação do sistema tributário brasileiro, que atualmente é confuso e com excessivas leis. Essa reforma, ao simplificar o sistema, vai diminuir o desequilíbrio existente hoje. A sociedade continua pagando muitos impostos, e os serviços públicos continuam piorando. Isso precisa mudar”, afirmou Maia. A reforma administrativa, por outro lado, não virá para reduzir salários, disse o presidente. “É uma reforma para garantir serviços públicos de qualidade aos brasileiros, principalmente em educação e saúde. Com boas regulações e o controle das contas públicas, o Brasil atrairá investimentos e vai gerar empregos, sem precisar passar pela crise que outros países vivem na América do Sul.”, avaliou. (As informações são da Agência Câmara dos Deputados)

DPVAT

Mais de 4 milhões têm direito à restituição São Paulo - Mais de 4 milhões de proprietários de veículos em todo o Brasil têm direito à restituição da diferença do Dpvat. Esses motoristas pagaram o seguro obrigatório antes de sair a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reduziu a cobrança. O número, o dobro do informado na semana passada, foi atualizado ontem pela Seguradora Líder, administradora do seguro obrigatório, após contabilizar os pagamentos feitos via Detrans ou Secretaria de Estado de Fazenda. De acordo com a Líder, o número ainda pode aumentar, devido aos prazos de compensação bancária de cada banco. Até as 9 horas de ontem, mais de 480 mil restituições já haviam sido processadas no site https://restituicao. dpvatsegurodotransito.com. br/, criado para receber os pedidos dos motoristas. Deste total, foram 284 mil pedidos referentes automóveis, 161 mil de motocicletas e 35 mil de caminhões. No Estado de São Paulo, a seguradora registrou, neste mesmo período, mais de 215 mil restituições. Tem direito à devolução quem pagou o Dpvat neste ano com o valor do ano passado. A medida ocorre porque o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, restabeleceu a redução dos valores do seguro obrigatório Dpvat no dia 9 de janeiro e milhares já haviam feito o pagamento do seguro obrigatório para regularizar seus veículos. Com a medida, proprietários de moto vão pagar R$ 12,30, no lugar dos R$ 84,58 cobrados até 8 de janeiro. O seguro DPVAT deve ser pago, uma única vez ao ano, com cota única ou a primeira parcela do IPVA, acompanhando os calendários de cada estado. Para pedir a diferença paga a mais, o proprietário do veículo deve se cadastrar no site https://restituicao. dpvatsegurodotransito.com. br/ e informar CPF ou CNPJ, Renavam, email e telefone para contato, data em foi feito o pagamento, valor pago, banco e agência da conta-corrente ou poupança. (Folhapress)





BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

INDICADORES ECONĂ”MICOS Inação

DĂłlar 20/01/2020

17/01/2020

16/01/2020

&20(5&,$/

&2035$

5

5

5

9(1'$

5

5

5

37$; %&

&2035$

5

5

5

9(1'$

5

5

5

785,602

&2035$

5

5

5

9(1'$

5

5

5

)RQWH %& 82/

Ouro 20/01/2020

17/01/2020

16/01/2020

TR/Poupança

Ă‹QGLFHV -DQ

)HY

0DUoR

$EULO

0DLR

-XQKR

-XOKR $JRVWR

IGP-M (FGV)

6HW

2XW

1RY

'H] 1R DQR PHVHV

,3& )LSH

IGP-DI (FGV)

,13& ,%*(

,3&$ ,%*(

ICV-DIEESE

,3&$ ,3($'

1RY 23,54 3,5932

'H] 23,54 3,5932

SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP -DQ 6DOiULR CUB-MG* (% UPC (R$) 23,54 UFEMG (R$) 3,5932 7-/3 D D )RQWH Sinduscon-MG

)HY 23,54 3,5932

0DUoR 23,54 3,5932

$EULO 23,54 3,5932

0DLR 23,54 3,5932

-XQKR 23,54 3,5932

-XOKR 23,54 3,5932

$JRVWR 23,54 3,5932

6HW 23,54 3,5932

2XW 23,54 3,5932

1RYD ,RUTXH RQoD WUR\ 86 86 86 %0 ) 63 J 5 5 5 )RQWH *ROG 3ULFH

Taxas Selic 7ULEXWRV )HGHUDLV

0HWD GD 7D[D D D

)HYHUHLUR

0DUoR

$EULO

0DLR

-XQKR

-XOKR

$JRVWR

6HWHPEUR

2XWXEUR

1RYHPEUR

'H]HPEUR

Reservas Internacionais 86 PLOK}HV )RQWH: BCB-DSTAT

Imposto de Renda %DVH GH &iOFXOR 5

$OtTXRWD

3DUFHOD D

GHGX]LU 5

,VHQWR

,VHQWR

'H DWp

'H DWp

'H DWp

$FLPD GH

$Wp

'HGXo}HV D 5 SRU GHSHQGHQWH VHP OLPLWH E )DL[D DGLFLRQDO GH 5 SDUD DSRVHQWDGRV SHQVLRQLVWDV H WUDQVIHULGRV SDUD D UHVHUYD UHPXQHUDGD FRP PDLV GH DQRV c) Contribuição previdenciåria. G 3HQVmR DOLPHQWtFLD 2EV 3DUD FDOFXODU R YDORU D SDJDU DSOLTXH D DOtTXRWD H HP VHJXLGD D parcela a deduzir. )RQWH: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendårio 2015

17

Taxas de câmbio 02('$ 3$Ă‹6 &Ă?',*2 %2/,9,$12 %2/,9,$ &2/21 &267$ 5,&$ &2/21 (/ 6$/9$'25 &252$ ',1$0$548(6$ &252$ ,6/1' ,6/$1 &252$ 1258(*8(6$ &252$ 68(&$ &252$ 7&+(&$ ',1$5 $5*(/,12 ',1$5 .:$,7 ',1$5 %$+5(,1 ',1$5 ,5$48( ',1$5 -25'$1,$ ',1$5 6(59,2 ',5+$0 (0,5 $5$%( '2/$5 $8675$/,$12 '2/$5 %$+$0$6 '2/$5 %(508'$6 '2/$5 &$1$'(16( '2/$5 '$ *8,$1$ '2/$5 &$<0$1 '2/$5 &,1*$385$ '2/$5 +21* .21* '2/$5 &$5,%( 25,(17$/ '2/$5 '26 (8$ )25,17 +81*5,$ )5$1&2 68,&2 *8$5$1, 3$5$*8$, ,(1( /,%5$ (*,72 /,%5$ (67(5/,1$ /,%5$ /,%$12 /,%5$ 6,5,$ 5(3 1292 '2/$5 7$,:$1 /,5$ 785&$ 1292 62/ 3(58 3(62 $5*(17,12 3(62 &+,/( 3(62 &2/20%,$ 3(62 &8%$ 3(62 5(3 '20,1,& 3(62 ),/,3,1$6 3(62 0(;,&2 3(62 858*8$,2 48(7=(/ *8$7(0$/$ 5$1'( $)5,&$ 68/ 5(10,0%, ,8$1 5(10,1%, +21* .21* 5,$/ &$7$5 5,$/ 20$ 5,$/ ,(0(1 5,$/ ,5$1 5(3 5,$/ $5$% 6$8',7$ 5,1**,7 0$/$6,$ 58%/2 5866,$ 583,$ ,1',$ 583,$ ,1'21(6,$ 583,$ 3$48,67$2 6+(.(/ ,65$(/ :21 &25(,$ 68/ =/27< 32/21,$ (852 )RQWH Banco Central / Thomson Reuters

9(1'$

7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD (R$) (%) $Wp 'H D 'H DWp &2175,%8,d­2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5

$Wp YDORU 0tQLPR 'H DWp DWp &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR $Wp 5 $FLPD GH 5 D 5

9DORU XQLWiULR GD TXRWD 5 5

)RQWH 0LQLVWpULR GR 7UDEDOKR H GD 3UHYLGrQFLD 6RFLDO 9LJrQFLD -DQHLUR

FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RHÂżFLHQWHV GH -$0 0HQVDO

&RPSHWrQFLD GR 'HSyVLWR &UpGLWR -XQKR $JRVWR -XOKR 6HWHPEUR 7D[D TXH GHYHUi VHU XVDGD SDUD DWXDOL]DU R VDOGR GR )*76 QR VLVWHPD GH )ROKD GH 3DJDPHQWR )RQWH Caixa EconĂ´mica Federal

TBF

Seguros

)RQWH Fenaseg

D D D D D D D D D D 13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 D D D

0,3594 0,3591

AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(

Dezembro IGP-DI (FGV) 'H]HPEUR IGP-M (FGV) 'H]HPEUR

1,0431

D D D D D D D D D D D D D D D D D D

Agenda Federal ~QLFR GD 0HGLGD 3URYLVyULD QR 35/2001). Darf Comum (2 vias).

Dia 22

Contribuição ao INSS &2035$

D D D D D D D D D D D D D D D D D D

DCTF – Mensal - Entrega da Declaração de DĂŠbitos e CrĂŠditos TributĂĄrios Federais (DCTF), com informaçþes sobre fatos geradores ocorridos no mĂŞs de novembro/2019 (arts. 2O, 3O e 5O da Instrução Normativa RFB no 1.599/2015). Internet. Dia 23 ICMS – 6FDQF 5HÂżQDULD GH 3HWUyOHR H suas bases, nas operaçþes com comEXVWtYHO GHULYDGR GH SHWUyOHR QRV FDVRV de repasse (imposto retido por outros contribuintes) - Entrega das informaçþes relativas Ă s operaçþes interestaduais FRP FRPEXVWtYHLV GHULYDGRV GH SHWUyOHR ou com ĂĄlcool etĂ­lico carburante atravĂŠs do Sistema de Captação e Auditoria dos Anexos de CombustĂ­veis (Scanc). Internet. IOF - 3DJDPHQWR GR ,2) DSXUDGR QR 2 decĂŞndio de janeiro/2020: Operaçþes GH FUpGLWR 3HVVRD -XUtGLFD &yG 'DUI 2SHUDo}HV GH FUpGLWR 3HVVRD )tVLFD &yG 'DUI 2SHUDo}HV GH FkPELR (QWUDGD GH PRHGD &yG 'DUI 4290; Operaçþes de câmbio - SaĂ­da de PRHGD &yG 'DUI 7tWXORV RX 9DORUHV 0RELOLiULRV &yG 'DUI )DFWRULQJ &yG 'DUI 6HJXURV &yG 'DUI 2XUR DWLYR ÂżQDQFHLUR &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 11 a 20.01.2020, incidente sobre renGLPHQWRV GH DUW , OHWUD ³E´ GD /HL Q2 D MXURV VREUH FDSLWDO SUySULR H DSOLFDo}HV ¿QDQFHLUDV LQFOXVLve os atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização; b) prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espÊcie e lucros decorrentes desses prêmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisão de contratos. Darf Comum (2 vias). Dia 24 &R¿QV 3DJDPHQWR GD FRQWULEXLomR cujos fatos geradores ocorreram no mês GH GH]HPEUR DUW ,, GD 0HGLGD 3URYLVyULD QR DOWHUDGR SHOR DUW 2 GD /HL Q2 &R¿QV 'HPDLV (QWLGDGHV &yG 'DUI &R¿QV &RPEXVWtYHLV &yG 'DUI &R¿QV )DEULFDQWHV ,PSRUWDGRUHV de veículos em substituição tributåria &yG 'DUI &R¿QV QmR FXPXODWLYD /HL Q2 &yG 'DUI Se o dia do vencimento não for dia útil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR

3,6 3DVHS 3DJDPHQWR GDV FRQWULEXLçþes cujos fatos geradores ocorreram QR PrV GH GH]HPEUR DUW ,, GD 0HGLGD 3URYLVyULD Q2 DOWHUDGR SHOR DUW GD /HL Q2 3,6 3DVHS )DWXUDPHQWR FXPXODWLYR &yG 'DUI 3,6 &RPEXVWtYHLV &yG 'DUI 3,6 1mR FXPXODWLYR /HL Q2 &yG 'DUI 3,6 3DVHS )ROKD GH 6DOiULRV &yG 'DUI 3,6 3DVHS 3HVVRD -XUtGLFD GH 'LUHLWR 3~EOLFR &yG 'DUI 3,6 Fabricantes/Importadores de veículos em VXEVWLWXLomR WULEXWiULD &yG 'DUI Se o dia do vencimento não for dia útil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR ~QLFR GD 0HGLGD 3URYLVyULD Q2 35/2001). Darf Comum (2 vias). IPI - 3DJDPHQWR GR ,3, DSXUDGR QR PrV de dezembro/2019 incidente sobre todos RV SURGXWRV H[FHWR RV FODVVL¿FDGRV QR &DStWXOR QRV FyGLJRV H QDV SRVLo}HV D H GD 7,3, &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

IPI - 3DJDPHQWR GR ,3, DSXUDGR QR PrV de dezembro/2019 incidente sobre proGXWRV FODVVL¿FDGRV QR &DStWXOR GD 7,3, EHELGDV OtTXLGRV DOFRyOLFRV H YLQDJUHV &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV IPI - 3DJDPHQWR GR ,3, DSXUDGR QR PrV de dezembro/2019 incidente sobre os SURGXWRV GR FyGLJR GD 7,3, RXWURV FLJDUURV &yG 'DUI 'DUI Comum (2 vias). IPI - 3DJDPHQWR GR ,3, DSXUDGR QR PrV de dezembro/2019 incidente sobre os SURGXWRV FODVVL¿FDGRV QDV SRVLo}HV H PiTXLQDV H DSDUHOKRV H QDV SRVLo}HV H WUDWRUHV YHtFXORV DXWRPyYHLV H PRWRFLFOHWDV GD 7,3, &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV IPI - 3DJDPHQWR GR ,3, DSXUDGR QR PrV de dezembro/2019 incidente sobre os SURGXWRV FODVVL¿FDGRV QDV SRVLo}HV H GD 7,3, DXWRPyYHLV H FKDVVLV &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV IPI - 3DJDPHQWR GR ,3, DSXUDGR QR PrV de dezembro/2019 incidente sobre cervejas sob o regime de Tributação de BebiGDV )ULDV &yG 'DUI 'DUI &RPXP (2 vias). IPI - 3DJDPHQWR GR ,3, DSXUDGR QR PrV de dezembro/2019 incidente sobre demais bebidas sob o regime de Tributação GH %HELGDV )ULDV &yG 'DUI 'DUI Comum (2 vias).

EDITAIS DE CASAMENTO

Faz saber que pretendem casar-se

PAULO ROBERTO VIANA, solteiro, tĂŠcnico de refrigeração, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 12 de dezembro de 1976, residente Ă Rua Dario Lins, 276, Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ ANTĂ”NIO VIANA e EVA MARIA DE CĂ SSIA VIANA; e EDILANE CRISTINA VIEIRA, solteira, contadora, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 06 de maio de 1979, residente Ă Rua Dario Lins, 276, Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ ALEIXO VIEIRA e MARIA DO CARMO DA PAIXĂƒO VIEIRA.

MAXILLON TADEU SIMODOCI DE SOUZA, solteiro, operador de pĂĄtio, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 28 de abril de 1990, residente Ă Avenida Redelvin Andrade, 915, Boa Esperança, Santa Luzia - MG, filho de IVONI VALÉRIA DE SOUZA; e FABIANA OBILHEIRO MONTEIRO, solteira, recepcionista, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 21 de junho de 1993, residente Ă Rua Francisco Pidner, 192, Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia - MG, filha de ALĂ?PIO MONTEIRO e MARIA JACINTA OBILHEIRO MONTEIRO.

RICARDO DA SILVA PEREIRA, solteiro, agente de estação, natural de Itabira - MG, nascido em 11 de julho de 1975, residente Ă Rua JosĂŠ Santana, 455, Santa Rita, Santa Luzia - MG, filho de ISNÉRIO PEREIRA DE JESUS e OLEIR MARIA DA SILVA; e PATRĂ?CIA CALIXTO DE LIMA, solteira, camareira, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 19 de março de 1980, residente Ă Rua JosĂŠ Santana, 455, Santa Rita, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ BRAZ DE LIMA e MIRENĂ? CALIXTO DE LIMA.

LUCAS VIN�CIOS DE OLIVEIRA LIMA, solteiro, auxiliar administrativo, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 05 de novembro de 1997, residente à Rua Lírios, 75, Vale das Acåcias, Santa Luzia - MG, filho de RONILTON CARNEIRO LIMA e ALESSANDRA DE OLIVEIRA LIMA; e STÉFANY ADRIELE DOS SANTOS, solteira, auxiliar administrativo, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 02 de abril de 1996, residente à Rua Rosa Púrpura, 32, Vale das Acåcias, Santa Luzia - MG, filha de ANÉSIA DOS SANTOS.

RAFAEL JÚNIO DOS SANTOS SOUZA, solteiro, vendedor, natural de Contagem - MG, nascido em 25 de novembro de 1999, residente à Rua João Clåudio Sales, 218, Frimisa, Santa Luzia - MG, filho de RICARDO GOMES DE SOUZA e MARIA JUDITE PIRES DOS SANTOS; e MARIA GIOVANA OLIVEIRA DE JESUS, solteira, estudante, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 08 de abril de 2001, residente à Rua João Clåudio Sales, 218, Frimisa, Santa Luzia - MG, filha de ANTÔNIO CARLOS DE JESUS e MAURA DE OLIVEIRA SANTOS.

EDIELSON ANTĂ”NIO DA SILVA, divorciado, inspetor de qualidade, natural de SĂŁo JosĂŠ da Laje - AL, nascido em 27 de maio de 1990, residente Ă Rua ColĂ´mbia, 295, Industrial Americano, Santa Luzia - MG, filho de EDVAN ANTĂ”NIO DA SILVA e GESSY MARIA DA CONCEIĂ‡ĂƒO SILVA; e MARIA ANGÉLICA BARBOSA SANTOS, solteira, caixa, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 19 de outubro de 1987, residente Ă Rua B, 46, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filha de GENI BARBOSA DOS SANTOS.

DOUGLAS FURTADO DE SOUSA, solteiro, auxiliar de produção, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 23 de novembro de 1996, residente Ă Rua Presidente Roosevelt, 725, Industrial Americano, Santa Luzia - MG, filho de JEANE FURTADO DE SOUSA; e NAIARA DO CARMO DIAS, solteira, autĂ´noma, natural de Caratinga - MG, nascida em 02 de setembro de 2000, residente Ă Rua Presidente Roosevelt, 725, Industrial Americano, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ DO CARMO DIAS e EDNA DA SILVA PIRES DIAS.

FERNANDO ROBERTO DOS SANTOS, solteiro, auxiliar de produção, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 28 de agosto de 1986, residente Ă Rua Vicente Moreira Carlos,50, SĂŁo Geraldo, Santa Luzia - MG, filho de MĂ RIO Ă‚NGELO ROCHA DOS SANTOS e DENISE APARECIDA PEREIRA SANTOS; e ANA CAROLINA DA SILVA BORGES, divorciada, vendedora, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 13 de julho de 1988, residente Ă Rua SĂŁo Francisco de Assis, 764, Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ MARIA BORGES e NEUSA MARIA DA SILVA BORGES.

JĂ‚NIO DE SOUZA CUNHA JĂšNIOR, solteiro, motorista, natural de JoaĂ­ma - MG, nascido em 03 de abril de 1988, residente Ă Rua Manoel FĂŠlix Homem, 920, PinhĂľes, Santa Luzia - MG, filho de JĂ‚NIO DE SOUZA CUNHA e NĂ DIA MARĂ?LIA CASTRO CUNHA; e CĂ SSIA MARIANA TELES, solteira, auxiliar contĂĄbil, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 11 de dezembro de 1991, residente Ă Rua Manoel FĂŠlix Homem, 920, PinhĂľes, Santa Luzia - MG, filha de EDUARDO DOS SANTOS TELES e MARA REGINA DINIZ TELES.

JOĂƒO DOS REIS GUEDES, divorciado, carreteiro, natural de Diamantina - MG, nascido em 06 de janeiro de 1964, residente Ă Rua Ouro Minas, 97, Padre Miguel, Santa Luzia - MG, filho de MANOEL CIRIACO HILĂ RIO e MARIA IZABEL GUEDES; e ANA ROSA DOS SANTOS, solteira, do lar, natural de Monte Azul - MG, nascida em 23 de novembro de 1973, residente Ă Rua Ouro Minas, 97, Padre Miguel, Santa Luzia - MG, filha de MANOEL PEREIRA DOS SANTOS e ANA MARIA DOS SANTOS.

PEDRO MARCOS SILVA E GONÇALVES, solteiro, mÊdico, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 01 de abril de 1990, residente à Rua Dona Sebastiana Mattos, 110, Idulipê, Santa Luzia - MG, filho de SÉRGIO ANTÔNIO DE ASSIS GONÇALVES e CLAUDETE INà CIA DA SILVA; e DANIELLE KOLANSK, solteira, administradora, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 14 de novembro de 1991, residente à Rua Dona Sebastiana Mattos, 110, Idulipê, Santa Luzia - MG, filha de HONÓRIO DANIEL KOLANSK e NEIDE ROSà RIA MOREIRA KOLANSK.

CARLOS ALBERTO DOS SANTOS, solteiro, lavador de caminhĂŁo, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 03 de fevereiro de 1999, residente Ă Rua Albino JosĂŠ da Silva, 373, Vila Olga, Santa Luzia - MG, filho de CARLOS ZACARIAS MIGUEL DOS SANTOS e FABIANA APARECIDA DE SOUZA; e LARISSA RODRIGUES DA SILVA, solteira, do lar, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 30 de dezembro de 1999, residente Ă Rua dos Bouganviles, 336, Imperial, Santa Luzia - MG, filha de JĂšLIO MARCOS RODRIGUES e LUCIANA FRANCISCA ALVES DA SILVA.

MATHEUS HENRIQUE SANTOS COUTINHO, solteiro, auxiliar de estoque, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 15 de setembro de 1999, residente Ă Rua Belarmina MĂ´nica Ferreira, 56, bl 07, ap 204, IdulipĂŞ, Santa Luzia - MG, filho de JORGE FERNANDES COUTINHO e FABĂ?OLA APARECIDA DOS SANTOS; e STEFANI GOMES PACHECO, solteira, atendente, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 14 de janeiro de 2000, residente Ă Rua TeĂłfilo Otoni, 42 A, Quarenta e Dois, Santa Luzia - MG, filha de CELSO APARECIDO PACHECO e MARIA HELENA GOMES FERREIRA.

CLEITON ITAMAR FERREIRA, divorciado, vigilante, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 12 de março de 1980, residente Ă Rua Doutor Ari Teixeira, 824, Esplanada, Santa Luzia - MG, filho de ANTĂ”NIO FERREIRA e MARIA DA CONSOLAĂ‡ĂƒO FERREIRA; e POLLYANNA SILVA HOMEM, solteira, tĂŠcnica de enfermagem, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 21 de fevereiro de 1983, residente Ă Rua Doutor Ari Teixeira, 824, Esplanada, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ DA CONCEIĂ‡ĂƒO HOMEM e MARLY SILVA HOMEM.

ÂNGELO DOS SANTOS, solteiro, pedreiro, natural de Umburatiba - MG, nascido em 06 de maio de 1979, residente à Rua Nicanor Guimarães, 45, Barreiro do Amaral, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ ÂNGELO DOS SANTOS e ARACI FRANCISCA DE JESUS; e Mà RCIA MARIA PONTES, divorciada, domÊstica, natural de Sem Peixe - MG, nascida em 25 de agosto de 1974, residente à Rua Nicanor Guimarães, 45, Barreiro do Amaral, Santa Luzia - MG, filha de ANTÔNIO AVELINO PONTES e MARIA EVANGELISTA PONTES.

AGNALDO XAVIER DA SILVA, solteiro, pedreiro, natural de Brasilândia - MS, nascido em 11 de agosto de 1983, residente Ă Rua Argentina, 387, Industrial Americano, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ XAVIER DA SILVA e MARILENA DE JESUS SILVA; e GRACIELE FERNANDA BRASĂ?LIO DOS SANTOS, solteira, baby sitter, natural de Taquaraçu de Minas - MG, nascida em 05 de março de 1990, residente Ă Rua Argentina, 387, Industrial Americano, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ BRASĂ?LIO e ZÉLIA MARIA FILHO.

VALTEIR DA SILVA ALVES, solteiro, operador de loja, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 25 de abril de 2001, residente Ă Avenida Carreira Comprida, cx0001, Frimisa, Santa Luzia - MG, filho de VALDEIR ALVES DE MATOS e MARISA DE FĂ TIMA DA SILVA; e ALINE BARBOSA LIMA, solteira, logĂ­stica, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 25 de maio de 1999, residente Ă Avenida Carreira Comprida, cx0001, Frimisa, Santa Luzia - MG, filha de JOVENTILIO BARBOSA DE SOUZA e ANA CLĂ UDIA DE LIMA.

CRISTIAN DE ALMEIDA VIEIRA, solteiro, vigilante, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 20 de julho de 1995, residente Ă Rua Maestro Dudu de Castro, 66, Camelos, Santa Luzia MG, filho de MĂ RIO ALVES VIEIRA e DEVANI DE ALMEIDA VIEIRA; e EDILENE NOVAIS PEREIRA, divorciada, tĂŠcnica quĂ­mica, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 06 de janeiro de 1989, residente Ă Av. das IndĂşstrias, 5288, Santa Rita, Santa Luzia - MG, filha de LOURIVALDO PEREIRA DE DEUS e CONCEIĂ‡ĂƒO INACIA NOVAIS.

RAFAEL DO ESP�RITO SANTO, solteiro, pintor, natural de Duque de Caxias - RJ, nascido em 12 de dezembro de 1988, residente à Rua Palmor Teixeira Viana, 705, Bela Vista, Santa Luzia - MG, filho de MARIA HOSANETE DO ESP�RITO SANTO PALMEIRA; e SABRINA PAULA DE MORAES, solteira, tanatóloga, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 21 de fevereiro de 1990, residente à Rua Palmor Teixeira Viana, 705, Bela Vista, Santa Luzia - MG, filha de CELSO JOSÉ DE MORAES e IVANETE PAULA DOS SANTOS.

LUCAS SIQUEIRA DE SOUZA, solteiro, autĂ´nomo, natural de Cachoeiro de Itapemirim - ES, nascido em 27 de agosto de 1999, residente Ă Rua SĂŁo Bento, 24, Vila Iris, Santa Luzia - MG, filho de SEBASTIĂƒO DE SOUZA e AMARILDA REZENDE SIQUEIRA; e JAQUELINE AKILA SANTIAGO CARDOSO, solteira, estudante, natural de Ipatinga - MG, nascida em 03 de novembro de 2001, residente Ă Rua SĂŁo Bento, 24, Vila Iris, Santa Luzia - MG, filha de ERNANDO DO CARMO CARDOSO e LĂšCIA SANTIAGO FERREIRA CARDOSO.

REGISTRO CIVIL DE SANTA LUZIA Registro Civil de Santa Luzia - LUCIANA RODRIGUES ANTUNES - Oficiala do Registro Civil - Rua Floriano Peixoto, 451 – Tel.: 3642-9344 - Santa Luzia – Minas Gerais

WENDERSON DE SOUZA ROCHA, solteiro, auxiliar de carga e descarga, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 30 de novembro de 1993, residente Ă Rua Rio Negro, 349, Santa Matilde, Santa Luzia - MG, filho de FERNANDO DE SOUZA ROCHA e ELIZABET DE SOUZA ROCHA; e AGDA ISABELA DE OLIVEIRA COELHO DA SILVA, solteira, auxiliar masceira, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 30 de abril de 1995, residente Ă Rua Rio Negro, 349, Santa Matilde, Santa Luzia - MG, filha de VICENTINHO COELHO DA SILVA e MARCIA DE OLIVEIRA CELESTINO. WAGNER DOS SANTOS JĂšNIOR, solteiro, engenheiro de produção, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 03 de fevereiro de 1989, residente Ă Rua das Violetas, 425 A, Imperial, Santa Luzia - MG, filho de WAGNER DO ROSĂ RIO SANTOS e NILZA MARIA DE MAGALHĂƒES SANTOS; e ANA CLARA OLIVEIRA FONSECA, solteira, agente comunitĂĄrio de saĂşde, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 22 de setembro de 1996, residente Ă Rua das Violetas, 425 A, Imperial, Santa Luzia - MG, filha de SIDINEY PEREIRA DA FONSECA e SIMONE FELIX DE OLIVEIRA FONSECA.

RAMON HENRIQUE VIEIRA RODRIGUES, solteiro, operador especializado, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 23 de dezembro de 1994, residente Ă Rua das Seringueiras, 30, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filho de ARQUITECLĂ?NIO SILVA RODRIGUES e SĂ”NIA APARECIDA VIEIRA RODRIGUES; e ESTHER CRISTINA SANTOS MOREIRA, solteira, do lar, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 06 de março de 2000, residente Ă Rua das Seringueiras, 30, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filha de EZEQUIEL SANTOS MOREIRA e SHEILLA CRISTINA MOREIRA. JESUS APARECIDO DE LIMA, solteiro, assistente de saĂşde bucal, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 13 de outubro de 1971, residente Ă Rua Padre JosĂŠ JoĂŁo Nunes Moreira, 121, PinhĂľes, Santa Luzia - MG, filho de EURICO NICOLAU DE LIMA e ILDA ROSA DE LIMA; e CĂ SSIA APARECIDA DE CARVALHO, solteira, atendente de farmĂĄcia, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 13 de janeiro de 1986, residente Ă Rua Manoel FĂŠlix Homem, 543, PinhĂľes, Santa Luzia - MG, filha de ZÉLIO ANTĂ”NIO CARVALHO e ZITA ROSA CARVALHO.

JOSÉ CARLOS DA SILVA, solteiro, carpinteiro, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 21 de novembro de 1980, residente Ă Rua Travessa A, 75, Bonanza, Santa Luzia - MG, filho de BENVINDO MARQUES DA SILVA e MARIA LOURDES DE CASTRO SILVA; e CELMA MARIA ROSA DE PAULA, divorciada, auxiliar de serviços gerais, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 10 de novembro de 1978, residente Ă Rua Travessa A, 75, Bonanza, Santa Luzia - MG, filha de BENISIO DE PAULA e ELVIRA MARIA DE PAULA.

OLICIO DIAS MOREIRA, viĂşvo, AutĂ´nomo, natural de Tarumirim - MG, nascido em 08 de maio de 1961, residente Ă Rua Guatemala, 432, Industrial Americano, Santa Luzia - MG, filho de NORBERTO DIAS MOREIRA e VITALINA SEBASTIANA DE JESUS; e LUCINEIA SANTANA BATISTA DE JESUS, divorciada, AutĂ´noma, natural de BuenĂłpolis - MG, nascida em 22 de julho de 1970, residente Ă Rua Guatemala, 432, Industrial Americano, Santa Luzia - MG, filha de AMADOR CARNEIRO DE SANTANA e NATALINA ROSA SANTANA. CLEBER RAMOS, divorciado, microempresĂĄrio, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 27 de setembro de 1970, residente Ă Rua Francisco Dias Teixeira, 104, Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ GERALDO e BEATRIZ RAMOS; e EDINÉIA FERREIRA VAZ, divorciada, do lar, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 20 de fevereiro de 1977, residente Ă Rua Francisco Dias Teixeira, 104, Nossa Senhora das Graças, Santa Luzia - MG, filha de LEANIR FERREIRA VAZ e LINDAURA PAULINO CAMPOS VAZ.

DIEGO SOARES ALVES, solteiro, comerciante, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 19 de agosto de 1990, residente à Rua Papa João Paulo I, 286, Adeodato, Santa Luzia - MG, filho de ANTÔNIO CARLOS ALVES e MARLENE SOARES ALVES; e CYNTHIA DANIELA VIANA LIMA, solteira, autônoma, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 07 de fevereiro de 1992, residente à Rua João Evangelista Dolabela, 95, Centro, Santa Luzia - MG, filha de GERALDO FERREIRA LIMA e CLEUNICE LÚCIA VIANA FERREIRA LIMA.

MATHEUS HENRIQUE MACHADO XAVIER, solteiro, motorista, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 03 de novembro de 1994, residente Ă Rua Firmino GuimarĂŁes, 223, Kennedy, Santa Luzia - MG, filho de CEUMAR XAVIER DE LIMA e SUELI APARECIDA MACHADO XAVIER; e KELLI CAROLINA MOREIRA BRITO, solteira, conferente, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 03 de abril de 1996, residente Ă Rua Firmino GuimarĂŁes, 223, Kennedy, Santa Luzia - MG, filha de SAINT CLAIR BRITO NETO e CĂ SSIA MARIA MOREIRA.

GUSTAVO HENRIQUE ALVES VOLPI, solteiro, repositor, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 03 de janeiro de 1999, residente à Avenida Geraldo Teixeira da Costa, 2042, Parque Boa Esperança, Santa Luzia - MG, filho de GEOVANE VOLPI e LAUDECI EVANGELISTA ALVES; e AMANDA CRISTINA DAS CHAGAS OLIVEIRA, solteira, estudante, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 15 de junho de 2003, residente à Avenida Geraldo Teixeira da Costa, 2042, Parque Boa Esperança, Santa Luzia - MG, filha de RENATO DE OLIVEIRA e ANA CRISTINA DAS CHAGAS OLIVEIRA.

JOSÉ MARCUS LUIZ PEDROSO, divorciado, vigilante de escolta, natural de Padre Paraíso - MG, nascido em 21 de agosto de 1975, residente à Rua Luiz Gonzaga, 57, Córrego Frio, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ PEDROSO DOS SANTOS e MARIZETE LUIZ PEDROSO; e PATR�CIA GONZAGA DE SOUZA, divorciada, auxiliar administrativo, natural de Vitória - ES, nascida em 22 de maio de 1977, residente à Rua Luiz Gonzaga, 57, Córrego Frio, Santa Luzia - MG, filha de PAULO ROBERTO DE SOUZA e MARIA SELMA GONZAGA DE SOUZA.

LUIZ HENRIQUE VIEGAS MARTINS, solteiro, operador de empilhadeira, natural de GuanhĂŁes - MG, nascido em 01 de outubro de 1988, residente Ă Rua Travessa Gameleira, 40, Vila Olga, Santa Luzia - MG, filho de SEBASTIĂƒO MARTINS e ROSILENE VIEGAS DE SOUZA; e GRAZIELE SENA SILVA, solteira, designer de unhas, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 17 de março de 1990, residente Ă Rua Travessa Gameleira, 40, Vila Olga, Santa Luzia - MG, filha de IVANILDO SENA PEREIRA e SĂ”NIA MARA SENA.

OSÉLIO FERREIRA GOMES, divorciado, motorista, natural de ItanhĂŠm - BA, nascido em 15 de dezembro de 1961, residente Ă Rua Dois, 62, Gameleira, Santa Luzia - MG, filho de VALDUIZ OLĂ?MPIO GOMES e ADALGISA FERREIRA GOMES; e EDNA APARECIDA MOREIRA, divorciada, domĂŠstica, natural de Taquaraçu de Minas - MG, nascida em 09 de fevereiro de 1967, residente Ă Rua Remo Salvo, 257, Santa Rita, Santa Luzia - MG, filha de GERALDO MOREIRA e MARIA VITA MOREIRA.

RĂ”NE CÉSAR MACHADO, solteiro, Ajudante, natural de Martins Soares - MG, nascido em 18 de agosto de 1977, residente Ă Rua AntĂ´nio Novy Filho, 455, Adeodato, Santa Luzia - MG, filho de SEBASTIĂƒO MACHADO DE PAULA e HILDA VIEIRA DE PAULA; e TAMARA PERCILIANA DA SILVA PIMENTEL, solteira, faxineira, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 22 de agosto de 1992, residente Ă Rua Alto do Tanque, 1228, Nossa Senhora do Carmo, Santa Luzia - MG, filha de HELTON LĂšCIO PIMENTEL e SANDE FRANCISCA DA SILVA PIMENTEL.

PEDRO AUGUSTO DE OLIVEIRA INà CIO, solteiro, servidor público, natural de Pedro Leopoldo - MG, nascido em 04 de fevereiro de 1992, residente à Rua Manoel Alves Branco, 104, bl 3, apto 402, Belvedere, Santa Luzia - MG, filho de NELSON INà CIO RODRIGUES e DIVINA ROSA LUIZA OLIVEIRA; e JOYCE DE CASTRO FRAGA, solteira, servidora pública, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 29 de junho de 1990, residente à Rua Francisco Jerônimo da Silva, 10, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filha de CLAUDINEI SALOMÉ FRAGA e ROSEMEIRE APARECIDA DUARTE FRAGA.

MARCOS RODRIGUES DOS SANTOS DURĂƒES, solteiro, operador de mĂĄquina, natural de Francisco SĂĄ - MG, nascido em 07 de junho de 1992, residente Ă Rua Flor de Papel, 44, Vila Iris, Santa Luzia - MG, filho de SEBASTIĂƒO DIMAS SOARES DURĂƒES e MARIA DE LOURDES SOARES DOS SANTOS; e JAIRA ALVES COSTA, solteira, operadora de caixa, natural de Medina - MG, nascida em 26 de março de 2000, residente Ă Rua Flor de Papel, 44, Vila Iris, Santa Luzia - MG, filha de MIGUEL BATISTA COSTA e DALVA ALVES COSTA. LEANDRO PEREIRA DE SOUZA, divorciado, caminhoneiro, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 06 de outubro de 1983, residente Ă Rua dos IpĂŞs Amarelos, 329, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filho de FRUTUOSO DE SOUZA LUZ e DELZE PEREIRA DA LUZ; e LEIDIANE GOMES DA SILVA, solteira, microempreendedora, natural de Tarumirim - MG, nascida em 13 de março de 1989, residente Ă Rua dos IpĂŞs Amarelos, 329, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filha de MANOEL FERREIRA DA SILVA e ILZA GOMES DA SILVA. ISMAEL DA SILVA ALMEIDA, solteiro, secretĂĄrio, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 11 de fevereiro de 1998, residente Ă Rua das Seringueiras, 16, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filho de FRANCISCO RODRIGUES DE ALMEIDA e ROSEMARY DA SILVA ALMEIDA; e STEPHANIE ESTEVES SILVA, solteira, autĂ´noma, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 13 de maio de 1997, residente Ă Rua das Seringueiras, 16, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filha de ROGÉRIO ESTEVES BATISTA e RAQUEL ESTEVES SILVA. VANDERLEI DOS SANTOS, solteiro, operador de ponte rolante, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 25 de julho de 1974, residente Ă Rua JosĂŠ da Silva Vieira, 107, Kennedy, Santa Luzia - MG, filho de SANTO DOS SANTOS e MARIA LĂšCIA DOS SANTOS; e CĂ?NTIA APARECIDA DA SILVA, divorciada, salgadeira, natural de Taquaraçu de Minas - MG, nascida em 01 de agosto de 1978, residente Ă Rua JosĂŠ da Silva Vieira, 107, Kennedy, Santa Luzia - MG, filha de ALOISIO DA SILVA e NADIR ROSALIA DA CONCEIĂ‡ĂƒO. GLEIDENALDO CORDEIRO DE LIMA, divorciado, autĂ´nomo, natural de SirinhaĂŠm - PE, nascido em 24 de agosto de 1968, residente Ă Rua Aventurina, 60, Dona Rosarinha, Santa Luzia - MG, filho de DJALMA CORDEIRO DE LIMA e MARIA VALDECI DE LIMA; e DENIZE CAROLINA DUARTE, divorciada, gerente de operacional, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 01 de maio de 1973, residente Ă Rua Aventurina, 60, Dona Rosarinha, Santa Luzia - MG, filha de JOAQUIM CAROLINO DUARTE e MARLENE AMARO DUARTE. WELLINGTON RAMOS DE JESUS, divorciado, vigilante, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 02 de julho de 1980, residente Ă Rua Rio das Velhas, 1030, SĂŁo JoĂŁo Batista, Santa Luzia - MG, filho de OLINDA MARIA DE JESUS; e JULIANA GOMES DE JESUS, divorciada, do lar, natural de Mantena MG, nascida em 04 de junho de 1990, residente Ă Rua Rio das Velhas, 1030, SĂŁo JoĂŁo Batista, Santa Luzia - MG, filha de PEDRO CIRILO PROCĂ“PIO e MARIA DA PENHA DA CUNHA. MARCOS EDUARDO CARNEIRO DE SANTANA, solteiro, serralheiro, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 28 de maio de 1994, residente Ă Avenida Rio Amazonas, 326, Santa Matilde, Santa Luzia - MG, filho de AGENOR CARNEIRO DE SANTANA e TĂ‚NIA MARTA SANTANA; e ISAMARA CRISTINA DOS SANTOS ROBERTO, solteira, assistente de atendimento, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 30 de julho de 1997, residente Ă Avenida Rio de Janeiro, 321, Padre Miguel, Santa Luzia - MG, filha de MAURO LĂšCIO DOS SANTOS ROBERTO e ANA LĂšCIA PEREIRA DOS SANTOS. SÉRGIO LĂšCIO JANUĂ RIO, solteiro, comerciĂĄrio, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 10 de janeiro de 1974, residente Ă Rua VitĂłria, 26, Padre Miguel, Santa Luzia - MG, filho de MARIA LĂšCIA JANUĂ RIO; e SOLANGE FIGUEIREDO DE SOUZA, solteira, diarista, natural de VirginĂłpolis - MG, nascida em 30 de janeiro de 1972, residente Ă Rua VitĂłria, 26, Padre Miguel, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ GONÇALVES DE SOUZA e MARIA ROSĂ LIA DE FIGUEIREDO. Santa Luzia, 21 de Janeiro de 2020. Luciana Rodrigues Antunes Oficiala do Registro Civil


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020

18

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Vítimas do Holocausto A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e a Federação Israelita do Estado de Minas Gerais (Fisemg) realizam, na próxima segunda-feira, a Cerimônia do Dia Internacional em Homenagem às Vítimas do Holocausto. O evento ocorrerá no auditório do BDMG (rua da Bahia, 1.600, Lourdes), às 19h30, com entrada gratuita. A solenidade vai contar com a presença do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Marcelo Matte, do presidente do BDMG, Sérgio Gusmão Suchodolski, além de um sobrevivente do Holocausto, Henry Katina, que irá ministrar uma palestra aos participantes. O Dia Internacional em Homenagem às Vítimas do Holocausto, celebrado em 27 de janeiro, foi instituído em 2005 pela ONU. A data é uma homenagem aos 6s milhões de judeus e às outras vítimas da exterminação nazista.

Palestra cantada O projeto Múltiplo Ancestral, do CCBB Educativo, traz para o público uma palestra cantada, com a participação do músico, dançarino, educador e agitador cultural Camilo Gan e o Samba de Terreiro. O evento acontece no próximo sábado, às 11 horas, com entrada gratuita e duração de duas horas. Os participantes vão vivenciar uma palestra cadenciada pelo canto e pela dança. A ideia é experimentar corporalmente expressões rítmicas, gestuais e os contos (histórias) conectados à origem do samba, evidenciando a importância das mulheres na preservação cultural das tradições afro-brasileiras. O Samba de Terreiro é um projeto criado por Camilo Gan para compartilhar os elementos essenciais que originaram o samba: reza do corpo, toques de tambores, improvisação vocal e interatividade. O CCBB-BH fica na Praça da Liberdade, 450, Funcionários.

Lugar de Criação Em janeiro, a programação do Lugar de Criação do CCBB Educativo foi estendida, com mais opções de oficinas, em mais dias da semana, permitindo que o recesso escolar seja aproveitado por toda a família. As atrações têm entrada gratuita e acontecem aos domingos, segundas, quintas e sextas, às 11h e às 15h, e sábados às 15h. O programa “Como nasce uma obra de arte?” apresenta “Máscara de Sonhos” e acontece às quintas-feiras. Os educadores convidam o público a conhecer e construir as famosas máscaras de dormir com ervas medicinais para sonhos cheios de imagens e histórias. Cada pessoa terá a oportunidade de decorar sua máscara dos sonhos, inspirada nas obras do artista Man Ray, e eleger as suas ervas preferidas. O CCBB-BH fica na Praça da Liberdade, 450, Funcionários.

Investidores são avaliados por mudanças climáticas Londres - Autoridades estão pressionando investidores a fazer mais para garantir que suas escolhas de portfólio ajudem a cumprir o Acordo de Paris de 2015 para combater as mudanças climáticas, limitando o aquecimento planetário a bem abaixo de 2 graus Celsius e, de preferência, a 1,5° C. Uma vanguarda de seguradoras e fundos de pensão, muitos dos quais estarão em Davos nesta semana para a reunião anual do Fórum Econômico Mundial, diz que parte da resposta é um novo “índice de temperatura” que fornece uma visão geral de como seus investimentos estão contribuindo para as mudanças climáticas. Uma única pontuação, eles dizem, pode ajudá-los a navegar na realocação de capital de setores altamente poluentes da economia global que provavelmente sofrerão um impacto financeiro de empresas mais ecológicas, preparadas para lucrar. Até agora, a métrica de temperatura foi adotada por apenas um punhado das milhares de instituições financeiras em todo o mundo, mas o burburinho que ela gerou mostra como as preocupações dos investidores sobre o risco climático estão finalmente virando “mainstream”. “Ainda há uma quantidade enorme de trabalho a ser feita sobre isso, mas é muito encorajador que nós, como indústria, que sejamos forçados a responder a essa pergunta sobre a pontuação da temperatura”, disse Mark Lewis, chefe de pesquisa em sustentabilidade do BNP Paribas. “Se você pensava que podia ignorar as mudanças climáticas antes, simplesmente não pode mais”, ressaltou. A França está liderando o caminho com 18 empresas, incluindo a seguradora AXA e a resseguradora Scor, divulgando a pontuação de temperatura de todas ou parte de suas carteiras em 2018. As pontuações de temperatura são uma das várias iniciativas lideradas por investidores que surgiram nos últimos anos, à medida que as autoridades de bancos centrais aumentam a pressão

“Espaço Férias” O Boulevard Shopping preparou uma ótima opção para as férias. O estacionamento G3 foi fechado aos automóveis para que o público se aproprie dos mais de 8 mil metros quadrados para o lazer. O estacionamento, que fica no último andar do centro de compras, é um espaço aberto e plano, propício para diversas atividades. O “Espaço Férias” vai funcionar todos os dias, das 10h às 18h, até o dia 2 de fevereiro. O Estacionamento G3 já abrigou diversos eventos, como a Feira Experimente, a Cãominhada, BH Hot Show e Casa Cor. A ideia agora é que o público utilize o local para andar de bicicleta, patins, patinete, passear com seu pet e outras atividades.

sobre o setor financeiro para acelerar as mudanças. Apesar do crescente entusiasmo pelas pontuações de temperatura, a escassez de dados, metodologias e divulgação padronizados torna extremamente difícil o cálculo de um único número significativo. Andrew Howard, chefe de pesquisa sustentável da Schroders, gerente britânica de ativos, disse que sua empresa está buscando ativamente a adoção de índices de temperatura, mas alertou que qualquer abordagem deve ser “robusta e lógica”. Os investidores já estão tendo dificuldades com uma métrica comparativamente mais simples: a quantidade de gases de efeito estufa que uma empresa produz. Cada vez mais, as empresas estão estimando sua “intensidade de carbono” com base na razão entre emissões e receita. Um índice de temperatura do portfólio, no entanto, requer cálculos mais complexos, incluindo como as empresas contribuem para as emissões globais e suas reduções planejadas ao longo do tempo. Esses números são então triturados

com suposições sobre a relação entre emissões e temperaturas. O cálculo se torna ainda mais complicado ao considerar as incertezas sobre como o mundo pode atingir emissões zero líquidas até 2050 - o alvo que os cientistas dizem ser necessário para limitar o aumento da temperatura global a 1,5° C. O desafio se torna mais difícil quando os investidores olham para além das ações e dos títulos corporativos para imóveis e infraestrutura, onde há menos transparência sobre as emissões, ou da dívida soberana, onde os investidores têm menos espaço para se envolver com os mutuários. No entanto, as empresas de consultoria dizem que, à medida que os dados melhoram, as diferenças entre as empresas que se beneficiarão da transição para um mundo de baixo carbono e as que sofrerão se tornarão mais claras. Para David Lunsford, cofundador da Carbon Delta, parte da empresa de análise de dados MSCI: “Você pode ficar exposto a muitos riscos se escolher empresas que não estão alinhadas com um futuro sustentável”, ponderou. (Reuters)

CULTURA GUTO MUNIZ

inédita “Poteiro, o Popular e o Público” reúne 30 obras do artista multidisciplinar português Antônio Poteiro. Além das peças que perpassam a vasta produção do autor, o público terá acesso, pela primeira vez, a fotografias do arquivo pessoal do artista junto a personalidades da cena cultural brasileira, como Burle Marx e Jorge Amado. Quando: até 30 de março (quarta a segunda-feira, das 10 às 22 horas) Quanto: entrada gratuita Onde: CCBB BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários)

“Boulevard Click” Pelo segundo ano consecutivo, o Boulevard Shopping promove o concurso cultural “Boulevard Click”. Os participantes são convidados a lançar um novo olhar sobre o empreendimento e soltar a criatividade. Basta enquadrar a ideia e postar o resultado no instagram com a hashtag #boulevardclick2, além de seguir o perfil do empreendimento na rede social (@ boulevardbh). Para eleger o melhor click, o shopping conta com uma comissão julgadora e o responsável pela foto vencedora vai levar uma câmera Canon Canon 90D com lente 18-135MM, um modelo para quem deseja aprofundar os conhecimentos no ramo da fotografia. Os participantes terão até o dia 9 de fevereiro para publicar as fotos. No dia 10 de fevereiro, as três melhoras fotos, julgadas pela comissão técnica, irão para votação do público no perfil do Boulevard no instagram (@boulevardbh). O resultado será divulgado no dia 17 de fevereiro.

REUTERS/DENIS BALIBOUSE

Teatro Drama - Belo Horizonte foi escolhida para a estreia de “Neblina”, peça idealizada por Leonardo Fernandes e Tatyana Rubim, com texto inédito escrito por Sérgio Roveri. Sob direção de Yara de Novaes, a atriz Fafá Rennó divide o palco com Leonardo Fernandes para contarem o drama de Diego e Sofia, alteregos de Rafael e Júlia, que se passa em uma noite fria, escura e com muita neblina. Quando: até 17 de fevereiro (sexta a segunda-feira, às 20 horas). Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia entrada) Onde: Teatro I – CCBB BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) Artes plásticas Popular - A exposição

Surrealismo - Fotógrafo, pintor, escultor, cineasta. São facetas de Man Ray, um dos maiores artistas visuais do início do século XX e expoente do movimento surrealista. E é parte de sua história criativa, um recorte significativo de seu trabalho, que pode ser apreciada na exposição “Man Ray em Paris. Quase 130 anos após seu nascimento, o público brasileiro poderá conferir 255 obras do artista ainda inéditas no País, entre objetos, vídeos, fotografias e serigrafias desenvolvidas durante os anos que viveu em Paris, entre 1921 e 1940, seu período de maior efervescência criativa. Quando: até 17 de fevereiro (quarta a segunda, das 10h às 22h) Quanto: entrada gratuita Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários)

Cinema “Made in Pernambuco” - A Fundação Municipal de Cultura realiza a mostra “Made in Pernambuco”. A seleção de títulos traz 15 longas e 21 curtas e médias-metragens, totalizando 25 realizadores, e apresenta a força da cinematografia pernambucana, num recorte de duas décadas essenciais para a consolidação e reconhecimento de sua produção, incluindo Baile Perfumado (1996), Árido Movie (2005), e Cartola (2007), de Lírio Ferreira; Madame Satã (2001), O Céu de Suely (2008), e Viajo Porque Preciso Volto Porque Te Amo (2009), de Karim Aïnouz; Amarelo Manga (2002) e Baixio das Bestas (2006), de Cláudio Assis; Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes; e O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas (2000) de Paulo Caldas e Marcelo Luna, dentre outros. Quando: até 31 de janeiro Quanto: entrada gratuita - os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes das sessões Onde: MIS Cine Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89, Praça Duque de Caxias, Santa Tereza) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.