diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIÇÃO 24.028 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2020
Indústria mineira reflete gradual retomada da economia nacional Com queda em relação a novembro, indicadores subiram frente a dezembro de 2018 Mesmo com os indicadores da indústria mineira de dezembro apurados pela sondagem da Fiemg permanecendo abaixo dos 50 pontos, com queda em relação a novembro, os índices de produção, emprego e utilização da capacidade instalada avançaram no último mês de 2019 frente ao mesmo período de 2018. A retomada gradual da economia brasileira se refletiu na evolução do nível produtivo de dezembro, que subiu 3,3 pontos na comparação com igual mês de 2018 e ficou em 42,3 pontos. O número de empregos aumentou 2 pontos sobre dezembro do ano anterior e alcançou 48,4 pontos. A perspectiva é de otimismo para os próximos meses. A expectativa da demanda cresceu 5,6 pontos em janeiro (62,4 pontos) na comparação com dezembro. O indicador foi o maior para o mês desde 2010 (64,9 pontos). Pág. 5
ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC
O nível de produção do parque industrial de Minas Gerais registrou crescimento de 3,3 pontos na comparação com dezembro de 2018
Empresa de BH acerta parceria com sul-coreana A primeira empresa a trazer para o Brasil o K-Beauty, ritual de beleza das sul-coreanas para a pele, é de Belo Horizonte. O diretor da Rainbow, Jun Kwon Park, acertou uma parceria com um empresário mineiro. Sem revelar nome do empreendedor, marca e cifras investidas, ele adiantou que a novidade chegará ao mercado nacional em abril. A Rainbow fabrica produtos para corpo e cabelo nas linhas cosmética, home care e estética. Minas será porta de entrada na América do Sul. Pág. 9 DIVULGAÇÃO
O K-Beauty da Rainbow chegará ao Brasil em abril
ARTIGOS
Págs. 2 e 3
Confiança: a base da economia em 2020 (Maria Luiza Maia Oliveira)
Depois da tempestade (Cesar Vanucci)
Robôs irão guiar os RHs? (Luiz Alexandre Castanha)
Judiciário sob controle (Gaudêncio Torquato)
Saber para desenvolver (Fernando Valente Pimentel)
Uma nova fronteira do agronegócio (Manoel Mário de Souza Barros) Dólar - dia 27
Euro - dia 27
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 4,2088 Venda: R$ 4,2101
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Intensidade de chuvas em MG prejudica setor produtivo Além de deixar pelo menos 100 municípios em situação de emergência e provocar a morte de dezenas de pessoas, as fortes chuvas que caíram em Minas Gerais impactam a economia do Estado. Diversas empresas de vários setores, com a Fiat em Betim, foram obrigadas a suspender ou reduzir as operações de forma preventiva ou após serem atingidas por enxurradas. Pág. 6 e 7
Apesar dos resultados fracos em 2019, a indústria da construção civil do interior de Minas Gerais vislumbra perspectivas mais otimistas para 2020. Sindicatos do segmento de regiões importantes do Estado, como a Sul, apostam em crescimento ao longo do ano diante do aquecimento nos negócios, principalmente junto ao setor industrial, interessado na instalação de centros de distribuição. Pág. 4
Venda: R$ 4,6479
Os parasitas proliferam na pecuária nacional com a negligência dos produtores
EDITORIAL Empresários e altos executivos brasileiros que participaram do Fórum Econômico Mundial voltaram de Davos sentindo-se bem acolhidos e assinalando uma percepção diferente, bem mais positiva, com relação ao País. Um deles, presidente do Bradesco, Octavio Lazari, disse ter percebido que investidores estrangeiros enxergam o Brasil com um pouco mais de confiança e interesse. Outro, André Esteves, do BTG Pactual, vai mais além, trazendo a sensação “de que o Brasil voltou a estar na moda”, com o que parece concordar o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para quem o País “parece estar no caminho”. “As lições que vêm de fora”, pág. 2 BOVESPA
Poupança (dia 28): ............ 0,2588% IPCA-IBGE (Dezembro):.... 1,15%
Compra: R$ 4,0400 Venda: R$ 4,3800
Nova York (onça-troy): US$ 1.582,26
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verminoses, que são negligenciadas pelos produtores, muitas vezes, por não serem enfermidades visuais. A Stephanofilaria spp gera úlcera de lactação, doença que reduz a produtividade, afeta a qualidade do leite e pode ampliar o intervalo entre partos. Pág. 8 STEPHANE KLEIN
TR (dia 28): ............................. 0,0000%
Ouro - dia 27
Compra: R$ 4,2190 Venda: R$ 4,2196
Os pecuaristas brasileiros registram prejuízos enormes provocados por parasitas em bovinos. Os vermes redondos gastrointestinais causam perdas em torno de US$ 7,1 bilhões por ano no País. A produtividade do rebanho, principalmente o leiteiro, é comprometida por
Construção civil do interior do Estado está mais otimista
Turismo Ptax (BC)
Vermes redondos geram perdas de US$ 7,1 bilhões por ano na pecuária
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OPINIÃO Confiança: a base da economia em 2020 MARIA LUIZA MAIA OLIVEIRA * Nos últimos anos, a palavra reforma se tornou frequente nos debates econômicos e noticiários do País. Especificamente em 2019, os esforços pela aprovação da reforma da Previdência, da Lei da Liberdade Econômica e da Lei do Cadastro Positivo a colocaram ainda mais em evidência. Tais medidas visaram simplificar a burocracia, facilitar a abertura de empresas e estimular a geração de novos empregos no País. Mas, qual o impacto dessas ações para 2020? O que o ano reserva aos empresários? Após o risco de recessão no 2º semestre de 2019, o Brasil dá sinais de que terá um crescimento mais consistente neste ano. A União espera que o Produto Interno Bruto (PIB) expanda 2,32%, acima da média de 1,7%, prevista pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), para os países desenvolvidos. A expectativa pelas reformas tributária e administrativa também contribui para essa projeção. Esse cenário positivo deve-se, em parte, à melhora dos indicadores macroeconômicos no ano passado. A taxa Selic atingiu o menor patamar da história (5% ao ano), a inflação se comportou abaixo do centro da meta (4,25%) e o
País registrou, de janeiro a novembro, 948.344 novos empregos formais. O saldo é considerado o maior desde 2013, período anterior à crise. Embora a informalidade tenha contribuído, em parte, para a retomada do emprego, o otimismo do empresário e a recuperação do consumo impulsionam a demanda por mão de obra formal. Não por acaso, o FMI prevê que o desemprego caia de 11,6%, no 3º trimestre de 2019, para 10,8% em 2020. Com o consumo aquecido, a expectativa é que o país expanda as vendas no comércio. Hoje, só os gastos familiares representam 60% do PIB nacional. A lógica é a seguinte: se há demanda crescente por produtos e serviços e a oferta a acompanha, o setor melhora suas vendas, especialmente diante de um cenário de inflação baixa, juros em queda e perspectiva de liberação de mais R$ 12 bilhões em recursos extras do FGTS. Um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) confirma essa tendência. Segundo a entidade, o varejo ampliado deverá expandir 5,5% em 2020, enquanto o varejo restrito – que exclui
o ramo automotivo e de materiais de construção – crescerá 3%. Diante desses dados, é possível vislumbrar um ano mais promissor para o País. Para isso, precisamos avançar mais na implementação de medidas e reformas que desburocratizem nossa economia, como a reforma tributária. A iniciativa é essencial para Minas Gerais, que, assim como o País, vê-se diante de um sistema tributário dispendioso e oneroso. Com essas adequações, teremos um ambiente capaz de reverter o crescimento tímido e os desinvestimentos dos últimos anos. Nesse sentido, a palavra de ordem para 2020 deve ser coragem, para lutarmos por condições mais favoráveis ao empresariado, compromisso que a Fecomércio MG assume com o setor de comércio de bens, serviços e turismo de Minas Gerais. Além disso, é necessário manter o otimismo para se sobressair diante das adversidades e buscar soluções inovadoras capazes de fomentar os negócios. Com determinação, este ano certamente será de resultados positivos para todos. * Presidente interina da Fecomércio MG
Depois da tempestade... CESAR VANUCCI * “Está certo tapar, com cimento e asfalto, todos os cursos d’água e outras dádivas da Natureza existentes numa cidade?” (Domingos Justino Pinto, educador) Diz o ditado popular, inspirado com toda certeza por esse impulso heróico da alma chamado esperança, que depois da tempestade vem a bonança... Oxalá assim sempre “sesse”, como saborosamente enunciado no linguajar roceiro! Acontece, entretanto, que depois de uma tempestade, de uma tormenta, de um chuvaréu como esse que, desapiedadamente, desabou sobre vasta região das Gerais, costuma vir, também, a desditosa tarefa de identificar e contar as vítimas inocentes e contabilizar os pesados danos. A confiança que o ser humano carrega permanentemente, dentro da perspectiva de que situações melhores lhe estejam reservadas mais adiante, em sua trepidante caminhada, não o afasta da dor e sofrimento coletivos produzidos por tragédias próximas ou distantes ao seu olhar. Estamos, todos nós, na hora atual, muito comovidos. Solidários com as famílias e comunidades enlutadas. Imaginamos, em singela maneira de avaliar as coisas do cotidiano, possuídos naturalmente de esperança, que existam recursos financeiros e tecnológicos mais que suficientes para proporcionar salvaguardas a patrícios nossos moradores das assim denominadas áreas de risco. Almejamos por providências derivadas da vontade política, da criatividade técnica e da sensibilidade comunitária que sejam capazes de garantir, a prazo rápido, projetos exequíveis, de sorte a impedir, na eventualidade de novo instante chuvoso fora dos padrões, a reprodução de tragédia como a que acaba de ocorrer. O cidadão comum, obviamente desconhecedor dos critérios técnicos que orientam planejamentos urbanísticos e projetos de engenharia, encontra certa dificuldade em entender muitas ações administrativas governamentais. Entre elas, as que levam ao implacável represamento, em quase todas as cidades, de córregos, cursos d’água, outros referenciais da majestosa natureza, sem qualquer preocupação de avaliação prévia da conveniência de incorporá-los
à paisagem em que são plantadas edificações e por onde circulam pessoas e veículos. Para um mundão de viventes, o problema das frequentes inundações em ruas, praças, bairros inteiros, em tempos chuvosos, é fruto indesejável de um afã equivocadamente modernoso de cobrir implacavelmente com cimento e asfalto quilométricos trechos por onde escoavam naturalmente cursos d’água brotados da dadivosa natureza. A impressão popular é de que as cidades seriam bem mais aprazíveis, caso tivessem sido contempladas, nos planejamentos urbanísticos, em diferentes circunstâncias, as possibilidades de aproveitamento, devidamente saneados, para desfrute, esses fluxos de d’água que hoje jorram nos subterrâneos das movimentadas vias de acesso de nossas metrópoles. As chuvas que chegaram impetuosas, ceifando vidas e devastando patrimônios, suscitam ainda outras observações. Seja louvada a solidariedade popular, sempre exuberante mercê de Deus, que adicionou, em instante aflitivo para as famílias desabrigadas, preciosa ajuda ao socorro prestado pelo governo às vítimas. Seja enfaticamente mencionada a atuação do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Seus integrantes deixam evidenciado, como sempre, alta perícia profissional no trabalho executado em situações críticas. Da lista extensa de dramas pessoais que comoveram a comunidade e que permanecerão gravados na retina de todos nós, permitimo-nos relembrar, como amostras tocantes, dois episódios. O primeiro deles diz respeito àquela família inteira que havia sido convencida a deixar a residência e se alojar num abrigo improvisado. Não se sabe por quais insondáveis motivos, o pessoal resolveu, inopinadamente, retornar ao local que acabara de evacuar. O deslizamento de terra soterrou-os. No outro episódio, o marido eufórico transmitiu à esposa haver encontrado uma nova residência para a família morar. Instantes depois o barraco desabou. Só ele se salvou. Os desígnios superiores são mesmo imperscrutáveis. * Jornalista, presidente da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (cantonius1@yahoo.com.br)
Robôs irão guiar os RHs? LUIZ ALEXANDRE CASTANHA * Quando o assunto é treinamento corporativo, desafio é uma palavra comum. Problemas como falta de alinhamento com a estratégia da empresa, não dar continuidade aos conteúdos aprendidos e falta de interesse dos participantes são bem comuns. Outra questão importante é: será que os colaboradores estão aprendendo o que realmente precisam? No caso de capacitações sob demanda uma regra geral é que as decisões sobre os temas a serem abordados vêm da diretoria da área impactada em conjunto com o RH. O conteúdo é então encapsulado e passado aos interessados. Vamos tomar como exemplo o setor de atendimento. Um dos principais gargalos e motivos para cursos é o aumento da qualidade em cada contato com o cliente ou prospect. As empresas investem muito buscando a excelência. O problema é que, na maioria das vezes, os conteúdos são empíricos e baseados no achismo ou em uma visão míope dos erros cometidos. E quando pesquisas de satisfação são realizadas com o consumidor, o quadro
apurado é diferente da realidade. O resultado é um beco sem saída, com treinamentos engessados que fazem tudo, menos ensinar e motivar quem os assiste. Fico feliz em contar a vocês que novas tecnologias, mais uma vez, chegam para inovar na área de educação corporativa. Uma ferramenta é capaz de olhar redes sociais e sites de reclamação e capturar as opiniões dos clientes sobre uma determinada marca. E como isso é possível? Robôs são programados para procurar reclamações. E quanto mais eles trabalham, melhores são os resultados - é o machine learning atuando a favor do setor de RH. Ações como monitorar ligações para descobrir onde os atendentes erram e perguntar ao cliente se o atendimento foi satisfatório ainda terão o seu valor. Mas o novo recurso vai a fundo e desmascara a realidade nua e crua. A utilização de robôs permite algo inédito até agora: ter uma visão instantânea do que acontece no setor, o que no modelo tradicional poderia levar semanas. O que, com certeza, será fundamental para quem quer oferecer
o melhor no quesito atendimento. Quer opiniões mais sinceras e contundentes do que os textões escritos no Facebook e os desabafos no Reclame Aqui? E quem nunca xingou muito no Twitter ou em qualquer outra rede social que atire a primeira pedra! Imagine o que esse volume absurdo de dados é capaz de fazer. A empresa terá um verdadeiro raio-x não apenas da percepção da marca pelo consumidor, mas também de que maneira o atendimento se comportou, onde errou. E essas falhas vão gerar insights valiosos. São um diamante bruto pronto a ser lapidado e transformado em capacitações que têm o potencial de serem muito mais efetivas do que as usadas atualmente. Os robôs são realmente o futuro no RH… E vão ajudar até a treinar melhor. Afinal de contas, quem não está atrás dos melhores insights? Esta tecnologia é o caminho mais efetivo para chegar até eles! * Especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa
Presidente do Conselho Luiz Carlos Motta Costa conselho@diariodocomercio.com.br Presidente e Diretora Editorial Adriana Muls adrianamuls@diariodocomercio.com.br Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls diretoria@diariodocomercio.com.br Conselho Consultivo Enio Coradi, Tiago Fantini Magalhães e Antonieta Rossi Conselho Editorial Adriana Machado - Claudio de Moura Castro Helena Neiva - Lindolfo Paoliello - Luiz Michalick Mônica Cordeiro - Teodomiro Diniz
As lições que vêm de fora A julgar pelos depoimentos recolhidos pela imprensa, alguns já publicados neste jornal, empresários e altos executivos brasileiros que participaram do Fórum Econômico Mundial voltaram de Davos sentindo-se bem acolhidos e assinalando uma percepção diferente, bem mais positiva, com relação ao País. Um deles, Octavio Lazari, presidente do Bradesco, disse ter percebido que investidores estrangeiros enxergam o Brasil com um pouco mais de confiança e interesse. Outro, André Esteves, do BTG Pactual, vai mais além, trazendo a sensação “de que o Brasil voltou a estar na moda”, com o que parece concordar o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para quem o País “parece estar no caminho”. Não parece haver exagero nessas avaliações, o que não significa dizer que investidores estrangeiros estariam, em massa, arrumando as malas para desembarcar no País. Mudou a percepção, algo que ficou evidente também na acolhida ao ministro Paulo Guedes, chefe da delegação brasileira e, sobretudo, no interesse despertado pelas apresentações da equipe brasileira e do próprio ministro da Economia, Octavio Lazari, todas com salas presidente do Bradesco, ocupadas e, melhor, com disse ter percebido cadeiras ocupadas por nomes da que investidores primeira linha, estrangeiros enxergam num clima perceptivelmente o Brasil com um pouco diferente na mais de confiança comparação com o Fórum do ano e interesse. Outro, passado. André Esteves, do BTG A melhor conclusão, tudo Pactual, vai mais além, faz crer, é que a trazendo a sensação elite da economia “de que o Brasil voltou global, este ano mais sensível a estar na moda” a questões tão delicadas quanto à concentração da renda e dando sinais de que, finalmente, entenderam que o modelo que os sustenta precisa ser reavaliado, parece ter posto de lado as, digamos, extravagâncias do atual governo, ainda com forte repercussão mundo afora, para focar nas mudanças objetivas no plano econômico e nos sinais já perceptíveis de recuperação, mesmo que ainda não na velocidade requerida. Segundo relatos que chegaram à imprensa, ao lado de elogios, as perguntas que os delegados brasileiros mais ouviram diziam respeito ao “clima” político, no sentido de estabilidade e de efetivo encaminhamento do programa de reformas, especialmente a tributária e a administrativa, assuntos que, ao lado do comportamento com relação às questões ambientais, seriam os elementos faltantes para que finalmente se animem a carimbar os passaportes. Para concluir, um saldo que parece positivo e de fato será se o que ouvimos e percebemos em Davos, muito mais do que que falamos, induzir mudanças em que o presidente da República terá um papel fundamental se souber deixar de lado alguns dos temas de sua preferência para concentrar atenção e energia naquilo que mais importa, no plano da gestão pública e de efetiva adesão a um programa transformador. Afinal, e para resumir, foi este o recado que os brasileiros ouviram em Davos.
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2020
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OPINIÃO
Saber para desenvolver
Judiciário sob tiroteio GAUDÊNCIO TORQUATO * SUCCO POR PIXABAY
A arquitetura dos Poderes no Brasil apresenta fissuras, comprometendo os princípios de autonomia, harmonia e independência, conforme reza a letra constitucional. Ora é o Poder Executivo, que costumeiramente invade a seara do Legislativo, por meio de uma grande quantidade de medidas provisórias, sem caráter de urgência, conforme elas exigem; ora é o Poder Legislativo, que deixa imenso vácuo ao não aprovar legislação infraconstitucional para fechar os buracos abertos pela CF de 88. E nesse vácuo entra o Poder Judiciário, ao qual são submetidas questões de natureza constitucional não resolvidas por lei. Uma onda crítica bate nas portas da Suprema Corte, agora acusada de invadir a roça do Poder Legislativo, dando vazão ao conceito de judiocracia, democracia plasmada sob o jugo dos aplicadores da lei. Fosse essa apenas a mancha que suja as vestes de Thêmis, a deusa da Justiça, os danos que têm abalado seriamente a imagem do Judiciário, a partir da mais alta Corte, não seriam tão graves. A artilharia pesada que tem o STF como alvo deve-se, sobretudo, à suspeição sobre o comportamento de alguns ilustres componentes da Corte, identificados como soldados de causas partidárias ou simpatizantes de A, B ou C, figuras que os escolheram quando governavam o País. Ademais, nos Estados, membros de instâncias judiciais, alguns de altas posições, têm sido envolvidos com suspeita de favorecimentos. Nunca se viu o poder dos juízes tão abalado por críticas. A constatação é grave. Afinal de contas, trata-se do Poder mais identificado com a virtude da moral. Representa o altar mais elevado e nobre da verdade e da justiça. Acusações, mesmo isoladas, atingindo um ou outro de seus pares, acabam maculando a imagem da instituição. Até se compreende que parcela da indignação acumulada no País nesses tempos de polarização política se dirige ao Judiciário. Mas devemos reconhecer que sua imagem apequenada constitui um dos maiores danos à alma nacional. Sob esse contexto, é oportuno levantar a ideia, tão debatida, de rever os critérios de nomeação de ministros do Supremo e dos Tribunais de Justiça. Nossa maior Corte não tem juiz de carreira, eis que seus membros são escolhidos pelo presidente da República e, mesmo com seus méritos, são jogados na vala do viés partidário. Urge puxar das gavetas do Congresso projetos que versam sobre a matéria. Alguns já são conhecidos, como aquele que
FERNANDO VALENTE PIMENTEL* Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2018, que acabam de ser divulgados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostraram que o Brasil continua andando de lado nesse ranking, principal parâmetro de avaliação do aprendizado dos alunos de até 15 anos. É verdade que se considerássemos apenas o recorte relativo às escolas de elite, nosso País estaria em quinto lugar no mundo e no conjunto das instituições particulares, em 10º. Em ambos os casos, essas classificações estão atreladas à leitura, ênfase do exame em 2018. Por isso, é importante observarmos as exceções positivas do nosso sistema educacional, incluindo políticas públicas bem-sucedidas no ensino, como em Pernambuco e Ceará, para percebermos que há soluções viáveis. Por enquanto, porém, estamos muito restritos a bolsões de conhecimento, que não serão capazes e suficientes para fazer com que o Brasil cresça numa proporção e em velocidade relevantes, considerando o papel da educação como fator condicionante do desenvolvimento, ainda mais decisivo no contexto do boom tecnológico e dos processos disruptivos da economia, da produção e dos mercados. Cada vez mais, será preciso conhecimento para trabalhar! Não é sem razão, portanto, que haja uma corrida mundial pela atração de talentos. O País, num reflexo do que mostrou o Pisa, produz alunos e alunas de excelência, porém de modo concentrado. Uma parte deles, entretanto, ao longo de sua ascensão educacional, acaba indo para o Exterior. Ou seja, formamos cérebros em quantidade insuficiente e ainda os perdemos, o que amplia o impacto negativo na sociedade da má qualidade do ensino em geral. Há consequências na produção devido à redução da produtividade média das empresas, uma das causas do elevado “custo Brasil”. Estamos na contramão dos países cujo sucesso no desenvolvimento, conforme analisa a própria OCDE, advém da redução das desigualdades por meio do acesso à educação de qualidade. Assim, não há mais como postergar uma política educacional eficaz, sem a qual não teremos uma nação desenvolvida e mais justa. Para vencer o desafio, não é o caso somente de pedir aumento de verbas, pois isso já vem ocorrendo, sem que os resultados reflitam o aporte de recursos. Por isso, é preciso que se conheça melhor os programas dos nossos bolsões de políticas públicas adequadas, para replicá-los. Tais exceções mostram que temos boas soluções próprias, como ocorre no Sistema S, como o Sesi e Senai, que qualificam pessoas de muito bom nível para atender às necessidades da indústria, setor cada vez mais dependente de conhecimento. É importante, também, a educação continuada. Neste século, as pessoas têm de estar com o “modo aprender” permanentemente ligado, à luz das novas tecnologias e rápidas transformações da produção e trabalho. Tudo isso, sem perder a cultura de base, acessível através da leitura e estudo das ciências exatas e humanas. É preciso entender, por meio do conhecimento, como chegamos até aqui para desvendar para onde estamos indo e como chegar a um novo destino na aventura humana! Todo esse cenário de mudanças impacta de modo significativo a indústria têxtil e de confecção, altamente empregadora. No nosso setor, como em todos, há tecnologias que funcionam como poupadoras de mão de obra. Assim, os postos de trabalho que se mantêm e os criados nesse processo transformador são os mais qualificados, ou seja, os que dependem do conhecimento. Portanto, o futuro do nosso País passa, necessariamente, por um mutirão de ensino de qualidade para todos. É preciso que, no espaço de uma geração, consigamos avançar muito, alcançando posições relevantes no Pisa e em outros indicadores e, em consequência, no desempenho da economia e no grau de desenvolvimento. Precisamos do saber para transformar nosso imenso potencial de recursos naturais e de mercado em riqueza humana. O mais eficaz instrumento de inclusão socioeconômica é o emprego, hoje permeado por uma nova lógica de trabalho, cada vez mais se distanciando dos modelos tradicionais. Conhecimento, mentes flexíveis, empatia, simpatia e capacidade de interação e entendimento amplo da produção, mercado e do mundo tornam-se fundamentais. Nosso sistema de ensino precisa proporcionar tais virtudes aos brasileiros, oferecendo-lhes oportunidade de empregos dignos. Somente assim reduziremos o fosso social que nos atrasa e dificulta nossa inserção competitiva na economia global. As indústrias têm investido bastante em qualificação, mas isso não é suficiente. Não podemos nos resignar aos bolsões de excelência indicados pelo Pisa. Afinal, desenvolvimento se conquista com educação, a qual proporcionará a democratização de oportunidades!
Redação
Luciana Montes Editores Alexandre Horácio
Rafael Tomaz
Clério Fernandes
Gabriela Pedroso
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devem ser mais instruídos do que sutis, mais reverendos do que aclamados, mais circunspetos do que audaciosos. Acima de todas as coisas, a integridade é a virtude que na função os caracteriza.” O juiz ainda tem de enfrentar um calvário particular, a via-crúcis da crise no seu espaço profissional, determinada pelos dilemas impostos pelo caráter dual do Estado brasileiro. De um lado, o Estado liberal, fincado nas bases do equilíbrio entre os Poderes, no império do direito e das garantias individuais. De outro, o Estado assistencial, de caráter providencial, voltado para a expansão dos direitos sociais, ajustados e revigorados pela Constituição de 88. Os resultados vão bater em sua mesa: enxurradas de demandas crescentes e repetitivas em questões de toda a ordem. Chegou a hora da verdade para os Tribunais. O juiz deve ser, por excelência, o protótipo das virtudes. *Jornalista, professor titular da USP, consultor político e de comunicação
MANOEL MARIO DE SOUZA BARROS * Numa semente há muito mais tecnologia embarcada do que qualquer equipamento de informática. Como smartphones, tablets e computadores. Quando você come, você mastiga tecnologia. Estamos nos referindo ao marco hoje da agricultura digital que se desenvolveu de tal forma que, desde os primórdios do lançamento do Netscape nos idos de 1994, no Vale do “Silício na Califórnia”, como o primeiro navegador liberado para o público em geral, onde a guerra de popularização da rede fortaleceu a era da informática mundial. Hoje no nosso mercado de tecnologias, a Agtech teve também seu momento Netscape, como referenciou o site norte-americano” Techcrunch”. Tratou-se aí da aquisição pela Climate Corporation pela Monsanto. Há seis anos a multinacional do agronegócio pagou U$ 930 milhões de dólares pela aquisição da startup. A Climate trabalha com tecnologias que coletam e analisam uma série de informações da lavoura em vários países e agora no Brasil, em tempo real, formando um banco de dados extraordinário e de fácil acesso aos produtores rurais. Estamos vivendo a era da tecnologia de
Telefones
ponta ou de precisão na nossa produção agrícola. Estamos aumentando significativamente a área de plantio e a nossa produtividade da lavoura e já começa a mudar rapidamente a produção brasileira. É bem verdade que ainda estamos longe de uma aquisição bilionária como aconteceu nos Estados Unidos, que funcione como um divisor de águas, mas uma série de fatores importantíssimos demonstra que o Brasil vive um nascimento de um promissor ecossistema” Agtech”. Nossa agricultura tem histórico de inovação e genética para sementes como um dos mais importantes do mundo e no seu uso para o desenvolvimento de tecnologias de ponta, como vem acontecendo na Embrapa e em empresas do setor, melhorando cada vez mais a eficiência nas grandes propriedades. O dado novo e a tecnologia digital que agora chega com força também aos pequenos e médios produtores rurais, fortalecendo vigorosamente a agricultura familiar. Por meio de aplicativos de gestão, produtividade, rastreamento e análise de dados em tempo real da situação das lavouras ou cadeias produtivas diversas . Este boom de startups Agtech no Bra-
Comercial
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Administração:
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sil deu-se com a entrada da companhia no Brasil da aceleradora de startups BR Startup. Foram investidos até agora R$ 250 milhões, pelos fundos captados pela Monsanto para, exatamente como estratégia, investir cada vez mais na agricultura digital. O Brasil é um dos primeiros países do mundo a criar o” Fieldview,” um projeto pioneiro que congregará cerca de 100 produtores de soja e de milho, já todos embarcados com tecnologia de ponta que abrangerá outras cadeias produtivas, melhorando não só a qualidade dos produtos como também sua produção, preparando também para os padrões comerciais internacionais. No nosso entendimento, estes procedimentos levarão o Brasil a formatar uma política agrícola atual de amplo espectro, enaltecendo também a legislação regulatória do agronegócio no âmbito comercial, como também no ordenamento jurídico. *Advogado Tributarista do Agro, Presidente da Comissão do Direito do Agronegócio da OAB MG e Diretor Executivo do Agronegócio da Câmara Internacional de Negócios (CNI)
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sugere a nomeação de quadros por instituições como o próprio Poder Judiciário, o Congresso, a OAB, o MP e o presidente da República. É evidente que uma escolha, a partir do envolvimento de entidades sérias e Poderes constituídos, terá caráter plural, ganhando maior legitimidade e respeito da sociedade. Essa visão, que valoriza os eixos de nossa democracia participativa, seria aplicada também nos Estados, fazendo-se a adaptação para as instituições locais. O fato é que nenhuma autoridade, por mais alta, pode se escudar no manto sagrado do cargo. O Judiciário é o mais respeitado dos Poderes, seja pela identidade de seus integrantes, seja pela nobreza de suas funções. É triste constatar que a figura do juiz em nosso País não se cerca mais daquela aura sagrada que tanto reverência impunha no passado. Em tempos idos, cultivava-se admiração por eles. Os juízes assumiam na plenitude os traços nobres, que Bacon tão bem descreveu em seus ensaios: “os juízes
Uma nova fronteira do agronegócio
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Nunca se viu o poder dos juízes tão abalado por críticas. A constatação é grave. Afinal de contas, trata-se do Poder mais identificado com a virtude da moral. Representa o altar mais elevado e nobre da verdade e da justiça. Acusações, mesmo isoladas, atingindo um ou outro de seus pares, acabam maculando a imagem da instituição
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2020
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ECONOMIA CHARLES SILVA DUARTE / ARQUIVO DC
Indústria da cerâmica deve seguir crescimento JULIANA SIQUEIRA
Taxas de juros mais baixas, melhora dos indicadores e linhas de financiamento atrativas devem contribuir para alta da construção
CONSTRUÇÃO CIVIL
Setor mostra otimismo no interior do Estado para 2020 Apesar de retomada tímida em 2019, neste ano é esperado avanço nas vendas JULIANA SIQUEIRA
Embora o ano passado ainda não tenha apresentado números muito robustos para a construção civil, profissionais do ramo têm mostrado um ânimo maior para 2020. Em várias regiões do interior do Estado, conforme apurado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, perspectivas mais otimistas começam a surgir, apesar de elas ainda sofrerem influências de 2019, que não foi dos melhores anos para o segmento. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Poços de Caldas, Rodrigo Batista, por exemplo, o ano passado foi ruim na região e, segundo ele, “não foi notada a recuperação que tanto se fala”. Para se ter uma ideia, segundo Batista, foram perdidos 400 empregos no segmento no ano passado só no município. Além disso, diz ele, houve uma retração de cerca de 15% no setor. Este ano, para Batista,
ainda não deverá apresentar crescimento. Porém, deve ser o período em que as empresas vão se planejar para que a expansão possa vir em 2021. Alguns desafios serão enfrentados nesse processo, segundo Rodrigo Batista. Um deles tem a ver com o fato de o local guardar proximidade com o interior de São Paulo, o que faz com que vários investimentos acabem indo para o Estado vizinho. “A gente nota que muitos deixam de lançar imóveis por aqui para fazer isso por lá”, diz ele. Outro aspecto que deverá ser superado, de acordo com Rodrigo Batista, é a dificuldade maior que as pessoas estão tendo de conseguir crédito, “apesar dos juros mais baixos”, afirma ele. Isso porque a economia enfraquecida nos últimos anos acaba refletindo na análise negativa do crédito. No entanto, a economia está melhorando, conforme pontua o presidente do Sin-
dicato Intermunicipal das Indústrias da Construção Civil da Região dos Lagos Sul Mineiros, Sebastião Teixeira, contribuindo positivamente com o setor da construção. “Deve haver, em 2020, um crescimento no segmento de cerca de 3%”, afirma ele. De acordo com Sebastião Teixeira, a região acaba sendo procurada por empresas que instalam por lá seus centros de distribuição, pelo fácil acesso a outros locais como Rio de Janeiro e São Paulo, fazendo com que se fomente a área da construção civil. As boas perspectivas para o setor também foram apontadas pelo presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Construção Civil do Sul de Minas, Nakle Mohallem. De acordo com ele, as vendas já estão aquecendo. Um dos setores que devem puxar o crescimento, segundo Nakle Mohallem, é o industrial, que tem recebido mais investimentos por parte das empresas. “O
ano passado não foi bom, foi pior do que a expectativa. Agora, porém, os índices econômicos estão melhorando, as taxas de juros estão baixas e há linhas de financiamento imobiliárias mais atrativas”, conclui. Reaquecimento - As perspectivas melhores começaram a ser apontadas ainda no ano passado. De acordo com os dados mais recentes divulgados no balanço de 2019 pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), o terceiro trimestre do ano passado apresentou crescimento de 4,4% no País em comparação com igual período de 2018. A última vez que o segmento havia apresentado expansão foi em 2013. Além disso, segundo a entidade, em Minas Gerais, a área de construção teve um incremento de 2% no primeiro semestre de 2019 na comparação com o primeiro semestre do ano anterior.
Quando a indústria da construção civil começa a enxergar uma luz no fim do túnel, o mesmo ocorre com a da cerâmica. Uma caminha sempre ao lado da outra, conforme ressalta o presidente do Sindicato das Indústrias das Cerâmicas de Minas Gerais (Sindicer-MG), Ralph Perrupato. E se, este ano, tem sido considerado o período “da virada” para a construção, conforme o vice-presidente da área imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Renato Michel, declarou, durante o balanço de 2019 feito em dezembro, pode-se considerar que o segmento de cerâmica também verá um cenário mais promissor. De acordo com Perrupato, as expectativas de um setor e do outro e as projeções de crescimento são os mesmos. E o otimismo em relação a 2020 tem razão de ser. O presidente do Sindicer-MG afirma que os juros mais baixos, por exemplo, devem gerar mais investimentos. Além disso, existe também a expectativa de que as chamadas reformas estruturais façam efeito em longo prazo. “A gente gostaria, porém, que houvesse uma reforma mais rápida, que realmente diminuísse benefícios para sobrar mais recursos para a infraestrutura”, destaca ele. O maior otimismo em relação ao segmento da construção e, por consequência, do setor de cerâmicas, está sendo inclusive expresso em números. O Índice de Confiança do Empresário
da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) apresentou crescimento de 1,8 ponto em novembro na comparação com outubro do ano passado, passando de 57,4 pontos para 59,2 pontos. O dado, o último disponível, mostrou pela sétima vez que os empresários estão confiantes. Capacidade ociosa - Apesar das perspectivas melhores, as empresas do segmento de cerâmicas ainda não estão realizando fortes investimentos ou contratando pessoas. Isso porque, de acordo com Ralph Perrupato, o setor, atualmente, trabalha com uma capacidade ociosa muito grande. “Se houver um crescimento de 30% na área, por exemplo, é possível atender as demandas sem investir”, afirma ele. Segundo o presidente do Sindicer-MG, diversos investimentos foram feitos entre os anos de 2010 e 2012, e hoje há condições de atender bem o mercado. O que deve ser feito, portanto, por enquanto, são somente manutenções, principalmente tendo em vista que alguns equipamentos acabaram ficando ociosos. Além disso, Ralph Perrupato diz que “acha difícil” que volte a haver, por ora, um crescimento tão grande quanto o apresentado no começo da década passada. Ele afirma ainda que, se, naquela época, a maior parte da demanda era governamental, desta vez ela deverá vir de empresas privadas. “O setor privado pode vir a fazer mais investimentos programados, havendo, assim, um crescimento mais sustentável, mais em longo prazo”, diz.
COMPRAS PÚBLICAS
Novas regras devem favorecer estrangeiros a partir de maio Brasília - A equipe econômica prepara mudanças para fomentar o ingresso de fornecedores estrangeiros em licitações para compras públicas do Executivo federal, prevendo que, a partir de maio, os interessados já não precisarão de CPF ou CNPJ para participarem de um mercado que movimenta cerca de R$ 50 bilhões anuais. As mudanças fazem parte de um esforço para dar tratamento isonômico às empresas estrangeiras nessas concorrências e aumentar assim o número de competidores nas compras governamentais, mirando a contratação de serviços mais baratos na ponta. Em outubro, o governo já havia derrubado a exigência de tradução juramentada para as empresas estrangeiras entrarem em licitações. Desde então, é requerida apenas uma tradução livre nessa etapa, diminuindo o custo para as participantes. Agora, o governo quer regulamentar regra que também deixa de exigir dos estrangeiros o credenciamento de um representante no Brasil. “Seja pessoa física ou jurídica, para se cadastrar
no Sicaf (Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores) ela tinha que ter CPF ou CNPJ. A gente está mudando, estamos trabalhando com o Serpro, porque isso envolve tecnologia, mas nossa meta é em maio já lançar”, afirmou o secretário de Gestão do Ministério da Economia, Cristiano Rocha Heckert, em entrevista à Reuters. Ele afirma que, com as iniciativas, o governo espera estimular processos semelhantes nas compras dos demais poderes, dos governos estaduais e municipais e também das estatais - mercado que, no total, movimenta cerca de R$ 700 bilhões ao ano. Ao participar, na semana passada, do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil daria início ao processo de entrada no Acordo de Compras Públicas da Organização Mundial do Comércio (OMC), que permite um tratamento isonômico a empresas estrangeiras interessadas em participar de licitações e concorrências públicas no País. Segundo Guedes, a medi-
da representa um “ataque frontal à corrupção” e é mais um passo na busca pelo País de entrar “na primeira divisão de melhores práticas”. As empresas estrangeiras já podiam participar das licitações para compras governamentais. Mas o governo também tinha liberdade para estabelecer critérios que favoreciam as empresas nacionais. No governo da ex-presidente Dilma Rousseff, por exemplo, foram concedidas margens de preferência a produtos nacionais em determinados setores, habilitando-os a ganhar concorrências mesmo se mais caros. O secretário reconheceu que a entrada efetiva dos estrangeiros poderá levar algum tempo, sendo que a declaração de Guedes foi mais no sentido de despertar esse interesse. “Você não imagina que um ministro deu essa declaração, então amanhã vai ter empresa do mundo inteiro entrando aqui”, disse. “(Quem) tem empresa na Europa, Ásia, onde quer que seja, vê essa fala e fala ‘Poxa, será que então eu tenho uma oportunidade para fornecer
RICARDO MORAES / REUTERS
Mercado de licitações para compras do governo federal movimenta em torno de R$ 50 bilhões anuais
para o governo brasileiro? Deixa eu começar a estudar como é’”. Como contrapartida à adesão ao acordo da OMC, as empresas brasileiras também poderão participar das licitações de compras públicas em outros países.
de interface para o inglês, a expectativa é de que as companhias estrangeiras sejam atraídas a participar de um processo remoto facilitado, com redução nos custos de transação. Heckert afirmou que hoje não é possível sequer analisar a fundo se há demanda Atrativo - Segundo He- vinda de fora. “Como as ckert, com a simplificação empresas credenciavam esse para registro no Sicaf, que representante no Brasil, você envolverá em um passo se- nunca sabe no momento da guinte a tradução das telas licitação, hoje, se a empresa
aqui no Brasil está disputando por si própria ou se está disputando representando uma outra”, explicou. O secretário rebate críticas de que, com essa postura, o governo deixaria de estimular a economia e as empresas locais. “Administração compra porque precisa daquele insumo, bem, serviço. Um efeito secundário da compra é você desenvolver um mercado fornecedor”, disse. (Reuters)
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ECONOMIA DIVULGAÇÃO
Resultados indicam uma reação
Entre os dados positivos apresentados pela Sondagem Industrial da Fiemg está a expectativa do aumento de contratações nos próximos seis meses
INDÚSTRIA
Produção recua, mas sinais são positivos Apesar de retração, ritmo da indústria mineira em dezembro foi o melhor em 10 anos MARA BIANCHETTI
Embora a indústria mineira tenha apresentado índices abaixo do usual no último mês de 2019, o setor produtivo registrou recordes de desempenho quando comparado com o mesmo mês dos anos anteriores. A produção, por exemplo, apresentou o melhor desempenho para o período nos últimos dez anos e a intenção de investimentos está em alta. Os números podem ser atribuídos à retomada gradual da economia brasileira, que justifica também a oscilação observada no decorrer de todo exercício passado. Segundo a economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Daniela Muniz, os resultados apurados pela Sondagem Industrial no mês passado, ficaram abaixo dos 50 pontos, indicando recuo. No entanto, a análise geral é positiva. Isso porque, os últimos meses do ano tradicionalmente são marcados pela desaceleração da indústria. “Os pedidos de fim de ano estão chegando para in-
dústria cada vez mais cedo, principalmente em função da Black Friday, que vem ganhando mais notoriedade no País. Com isso, é normal que os últimos meses do ano sejam marcados por uma desaceleração em relação aos períodos anteriores. De qualquer maneira, foram registrados recordes históricos na produção, na geração de emprego e na utilização da capacidade instalada sobre os mesmos meses dos anos anteriores”, comentou. De acordo com o levantamento, o índice de evolução da produção de dezembro chegou a 42,3 pontos, número abaixo da linha de 50 pontos, sendo 8,5 pontos menor que o verificado em novembro (50,8 pontos). Por outro lado, o índice avançou 3,3 pontos frente a dezembro de 2018 e foi o mais elevado para o mês desde 2010 (45,6pontos). O indicador de evolução do número de empregados caiu 2,6 pontos sobre novembro (51 pontos) e voltou a sinalizar recuo do emprego industrial, marcando 48,4 pontos em dezembro. Mas, da mesma maneira que a
produção, cresceu 2 pontos em relação a dezembro de 2018 (46,4 pontos) e foi o melhor para o mês desde o início da série histórica mensal, em 2011, exceto o de 2017 (48,7 pontos). Já o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação à usual, registrou 43,8 pontos no mês passado, caindo 3,4 pontos em relação a novembro (47,2 pontos). O resultado mostra que a indústria operou com capacidade produtiva abaixo da habitual para o mês. Entretanto, o indicador aumentou 2,5 pontos frente ao verificado em dezembro de 2018 (41,3pontos) e foi o melhor para o mês em nove anos. Com a baixa da produção, os estoques de produtos finais das indústrias apresentaram queda em dezembro, conforme índice de 47,9 pontos. Dessa forma, as empresas encerraram o mês com estoque abaixo do planejado indesejado de estoques e o indicador de estoque efetivo em relação ao planejado marcou 48,7 pontos, mostrando que a demanda ficou além da esperada.
Expectativa - Em relação às expectativas da indústria para os próximos meses, Daniela Muniz ressaltou que os empresários seguem otimistas, confirmando a perspectiva favorável em relação ao aumento da demanda. “Os indicadores estão apontando um ritmo de elevação nos próximos meses. Um dos pontos que estão contribuindo para o otimismo dos empresários é a trajetória de recuperação da economia. No entanto, vale lembrar que ainda são necessários outros fatores para que o crescimento ocorra de forma sustentável, como a aprovação de novas reformas estruturantes”, alertou. A expectativa da demanda avançou 5,6 pontos em janeiro (62,4 pontos), na comparação com dezembro (56,8 pontos). O indicador também cresceu frente a janeiro de 2019 (59,1pontos), em 3,3pontos, e foi o mais elevado para o mês desde 2010 (64,9pontos). Os industriais também esperam elevação das compras de matéria-prima, conforme índice de 59,5 pontos. O in-
dicador ficou praticamente estável frente a dezembro (54,9 pontos). Por outro lado, cresceu 5,3 pontos na comparação com o primeiro mês de 2019 (54,2 pontos) e foi o maior para o mês desde 2010 (60,9pontos). Empregos - O indicador de expectativa do número de empregados sinalizou perspectiva de aumento das contratações nos próximos seis meses pelo 15° mês seguido. O índice marcou 55,8 pontos neste mês, com avanço de 3,1 pontos em relação a dezembro (52,7 pontos). O índice cresceu 2,6 pontos na comparação com janeiro de 2019 (53,2pontos) e foi o maior para o primeiro mês do exercício, desde o início da sua série histórica mensal, em 2011. Já o índice de intenção de investimento marcou 59,1 pontos, queda de 2,5 pontos em relação ao último mês de 2019 (61,6 pontos). Por outro lado, o indicador cresceu 4 pontos na comparação com janeiro do ano passado (55,1pontos) e foi o mais elevado para o mês desde o início da série histórica, em 2014.
VEÍCULOS
Vendas de importados crescem em Minas MICHELLE VALVERDE
Ao longo 2019 foram emplacados, em Minas Gerais, 31.777 veículos importados, número que ficou 5,2% superior às 30.201 unidades licenciadas em 2018. O índice de crescimento superou os dados nacionais. De acordo com o levantamento divulgado pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), no País, foram emplacados 288.103 veículos importados, queda de 5,24% frente a 2018. No Estado, somente nas concessionárias associadas à Abeifa, o número de emplacamentos de veículos importados chegou a 2.617 unidades, representando uma alta de 8,9% em relação
a 2018, quando foram licenciados 2.403 automóveis. Nas demais concessionárias, as vendas cresceram 4,9% em 2019, somando 29.160 veículos, ante os 27.798 emplacamentos de importados feitos em 2018. Em nível nacional, as associadas da Abeifa fecharam 2019 com 34.597 unidades licenciadas, volume que ficou abaixo da projeção que já havia sido reduzida de 50 mil para 40 mil veículos importados. Na comparação com 2018, houve um recuo de 7,9% nos emplacamentos das associadas. No País, para 2020, as expectativas são positivas e é esperado aumento das vendas de importados. De acordo com os dados divulgados pela Abeifa, com os importados, a expectativa
das associadas é atingir 42,5 mil unidades em 2020, 22% a mais em relação ao ano passado, considerando o atual câmbio de R$ 4,00. Mas, se o dólar cair para R$ 3,80, como se espera, a previsão pode chegar a 45 mil unidades. Levando em consideração os resultados das associadas à Abeifa, dentre as marcas importadas mais vendidas em 2019, em Minas Gerais, destaque para a Kia, com a comercialização de 802 unidades, o que representou uma evolução de 29,8%, frente às 618 unidades comercializadas em 2018. Em segundo lugar, ficou a Volvo, com a comercialização de 727 veículos, BMW com 305 automóveis, Porsche, 192, e mini, com 141 veículos.
De acordo com a gerente comercial da KIA Brisa, empresa do Grupo Auto Rede, Adriana Perdigão, as vendas de importados da marca KIA na unidade de Belo Horizonte cresceram 20% em relação a 2018. A expectativa para 2020 é positiva e a tendência é superar os 20% registrados no ano passado. Além de medidas adotadas pela empresa para alavancar as vendas, a melhoria do cenário econômico, as taxas de juros mais baixas e a inflação controlada deixam os consumidores mais otimistas e seguros na hora de comprar um veículo. Para que as vendas da unidade fossem expandidas varias ações foram adotadas como acordos com empresas locadoras de veículos,
sindicatos e entidades financeiras, que passaram a oferecer melhores condições para as compras de veículos. “O início de 2019 foi muito difícil, mas com as ações, conseguimos reverter o resultado e encerrar com um crescimento de 20% nas unidades vendidas. Fizemos acordos com empresas de locação veicular e mudamos a política comercial para tornar o carro mais acessível ao consumidor final. Também fizemos acordos com sindicatos onde oferecemos condições diferenciadas. Não tínhamos um quadro de vendas diretas e passamos a atender os produtores rurais e CNPJ, isso também contribuiu para o aumento das vendas”, explicou Adriana.
Brasília - A produção da indústria brasileira caiu em dezembro na comparação com novembro, divulgou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No entanto, a retração foi menor que em outros anos, e outros dados indicam reação na atividade. De acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, o índice de evolução da produção caiu 7,1 pontos em relação a novembro e fechou dezembro em 43,8 pontos. Indicadores abaixo de 50 pontos mostram queda. Acima de 50 pontos, indicam crescimento. Esse foi o segundo mês seguido de queda. Em novembro, o índice de produção tinha recuado 4,3 pontos em relação a outubro. Apesar da retração em dezembro, o indicador mostrou melhora em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em dezembro de 2018, o índice de evolução da produção estava em 40,7 pontos. O índice de evolução do número de empregados caiu 1,3 ponto em dezembro na comparação com novembro, chegando a 48,7 pontos. Segundo a CNI, é comum a produção industrial cair em dezembro, por causa do fim das encomendas para as festas de fim de ano, mas a queda em 2019 foi inferior à de 2018. Recuperação - Apesar da queda da produção em dezembro, outros indicadores mostram recuperação da indústria. A utilização da capacidade instalada somou 63% em dezembro, alta de dois pontos percentuais em relação ao registrado em dezembro de 2018. Esse foi o maior índice para o mês desde o início da série, em 2010. O nível de estoques em relação ao planejado encerrou em 49 pontos. Quando está abaixo de 50 pontos, o indicador mostra queda nos estoques e possibilidade de aumento da produção. A disposição da indústria para investir nos próximos seis meses aumentou. O índice de intenção de investimento subiu 1,1 ponto em relação a dezembro e fechou janeiro em 59,2 pontos, atingindo o maior nível desde fevereiro de 2014. Esse foi o quarto mês seguido de alta no indicador. A intenção não significa que os investimentos sairão do papel, mas servem de parâmetro para a indústria. Segundo a CNI, é fundamental que os planos de investimento se concretizem, de forma a gerar mais empregos e acelerar a recuperação da economia. A pesquisa foi realizada de 6 a 17 de janeiro com 1.965 indústrias de todo o País. Do total, 744 são pequenas, 711 são médias e 510 são de grande porte. (ABr)
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ECONOMIA CHUVAS EM MINAS
Atividade econômica Ê afetada no Estado Empresas tiveram que suspender as operaçþes de forma preventiva ou por serem atingidas pelo fenômeno natural CRISTIANE MATTOS - REUTERS
MARA BIANCHETTI
As fortes chuvas que atingem Minas Gerais nos Ăşltimos dias, alĂŠm de terem deixado pelo menos 100 cidades em situação de emergĂŞncia e terem matado dezenas de pessoas entre a Ăşltima sexta-feira (24) e o domingo (26), jĂĄ provocam prejuĂzos tambĂŠm na economia do Estado. Com o alto Ăndice pluviomĂŠtrico e a falta de infraestrutura urbana adequada para escoamento da ĂĄgua, empresas de diversos setores precisaram suspender as operaçþes e atividades de forma preventiva ou apĂłs serem atingidas por enxurradas. A Fiat Chrysler AutomĂłveis (FCA), com planta em Betim, na RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), por exemplo, optou por cancelar o segundo turno de produção na Ăşltima sexta-feira, liberando os funcionĂĄrios da fĂĄbrica, assim como todo o corpo de administração. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, a ação ocorreu em função dos alertas de risco emitidos pela Defesa Civil do
Chuvas que atingiram Minas Gerais na semana passada causaram, pelo menos, 47 mortes
municĂpio devido Ă s chuvas na capital mineira. FĂĄbricas de outros setores e empresas de diferentes segmentos, como comĂŠrcio e serviços tambĂŠm adotaram algumas medidas como forma de amenizar os impactos com as chuvas dos Ăşltimos dias. AgĂŞncias, escritĂłrios, galerias, lojas e outros estabelecimentos dispensaram os funcionĂĄrios
ou permitiram que os mesmos trabalhassem de casa de maneira preventiva ou atÊ que se restabeleça a ordem em suas dependências – no caso das unidades atingidas, de alguma maneira, pelas chuvas. Na semana passada, a capital mineira registrou a maior chuva da história, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Considerando o
perĂodo de 9 horas de quinta-feira (25) Ă s 9 horas de sexta, o acumulado de chuva chegou a 171,8 milĂmetros. Foi o maior volume registrado em 110 anos, desde que as medidas meteorolĂłgicas começaram a ser feitas em Belo Horizonte. A reportagem entrou em contato com as principais entidades representativas dos setores de indĂşstria, comĂŠr-
cio e serviços do Estado e de Belo Horizonte para coletar detalhes dos prejuĂzos. Todas informaram ainda nĂŁo ter contabilizado as perdas. No entanto, cada uma tem adotado diferentes medidas para auxiliar os atingidos – sejam eles associados ou nĂŁo. Açþes - A Federação das IndĂşstrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por exemplo, informou que estĂĄ liderando um movimento junto Ă s indĂşstrias mineiras em prol dos atingidos, se juntando ao governo do Estado e Ă Cruz Vermelha para a estruturação de uma sĂŠrie de açþes para minimizar o sofrimento de milhares de mineiros. “Neste primeiro momento, a Federação se reuniu com o Serviço VoluntĂĄrio de AssistĂŞncia Social de Minas Gerais (Servas) para levantar as necessidades prioritĂĄrias para o atendimento Ă s vĂtimas e abriu um canal direto – pelo telefone (31) 3263-4317 – para que as indĂşstrias doadoras possam entrar e contato e enviar os itens mais deman-
dados. Neste momento, sĂŁo: 5 mil colchĂľes, 10 mil conjuntos de lençóis e cobertores, material de limpeza, ĂĄgua e cestas bĂĄsicas sem limite de quantidadeâ€?, informou por meio de nota. JĂĄ a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) estĂĄ fazendo a interlocução entre os comerciantes associados e o poder pĂşblico em casos necessĂĄrios de algum tipo de reparação. A intenção, conforme a entidade, ĂŠ agilizar as soluçþes em casos de quedas de ĂĄrvore, estragos no asfalto, passeio, rede elĂŠtrica, etc. A Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) estĂĄ coletando donativos, em especial roupas e alimentos, destinados Ă população afetada na capital mineira e na RMBH. Os itens podem ser entregues nos dias Ăşteis, na sede da entidade, na regiĂŁo central de Belo Horizonte. Por fim, a Federação do ComĂŠrcio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (FecomĂŠrcio-MG) disse que ainda estĂĄ estruturando suas açþes. DIVULGAĂ‡ĂƒO
Barragens continuam em estado de alerta SĂŁo Paulo - Empresas que possuam barragens de mineração devem continuar em estado de alerta atĂŠ a prĂłxima sexta-feira (31) devido Ă previsĂŁo de fortes chuvas nos prĂłximos dias nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, EspĂrito Santo e GoiĂĄs, informou a AgĂŞncia Nacional de Mineração (ANM) ontem. A agĂŞncia reguladora da indĂşstria de mineração havia pedido monitoramento diĂĄrio Ă s empresas do setor na quinta-feira (23), quando jĂĄ projetava intensas precipitaçþes nos quatro Estados. Em Minas Gerais, as chuvas jĂĄ deixaram 47 mortos, segundo boletim da Defesa Civil. As chuvas tambĂŠm causaram uma erosĂŁo na parte interna do reservatĂłrio da barragem Sul Inferior, da mina Gongo Soco, operada pela Vale em BarĂŁo de Cocais, regiĂŁo Central do Estado. A empresa informou na noite de sĂĄbado que a estrutura “se mantĂŠm estĂĄvelâ€?, e que acionou o chamado “nĂvel 2â€? do Plano de Ação de EmergĂŞncia do empreendimento. Os planos de ação preveem trĂŞs nĂveis, sendo que o terceiro e mais alto ĂŠ acionado quando uma barragem estĂĄ sob risco de ruptura iminente ou com rompimento jĂĄ ocorrendo. Agora, a ANM pediu que as equipes de segurança de barragens mantenham o monitoramento diĂĄrio das condiçþes das estruturas durante a semana, em especial quanto a seu estado de conservação.
A ANM tambĂŠm solicitou atenção especial Ă s tomadas d’ ĂĄgua de vertedouros de barragens, “para garantir a capacidade vertente de acordo com o projetoâ€?. Chuvas de maior intensidade devem ocorrer na regiĂŁo centro norte de GoiĂĄs, regiĂľes litorâneas do EspĂrito Santo, regiĂŁo centro-sul de Minas Gerais e regiĂŁo serrana do Rio de Janeiro, acrescentou a agĂŞncia, citando dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). AlĂŠm do aumento do nĂvel de alerta na barragem da mina Gongo Soco, as precipitaçþes em Minas Gerais levaram ao transbordamento do reservatĂłrio de uma pequena hidrelĂŠtrica da Omega Geração em Monjolos. A tensĂŁo com as chuvas e as preocupaçþes com barragens vĂŞm um ano apĂłs o desastre gerado pelo rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho, em 25 de janeiro do ano passado, que deixou centenas de mortos. O MinistĂŠrio PĂşblico de Minas Gerais apresentou na semana denĂşncia contra a Vale, a certificadora alemĂŁ TĂœV SĂœD e 16 pessoas por crimes relacionados ao rompimento da barragem em Brumadinho, incluindo acusação de homicĂdio doloso duplamente qualificado contra o ex-presidente da mineradora, Fabio Schvartsman. JĂĄ o MinistĂŠrio PĂşblico Federal aguarda a conclusĂŁo de uma perĂcia para avançar em suas investigaçþes e apresentar uma denĂşncia pelo desastre. (Reuters)
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Casa de SaĂşde e Maternidade Santa FĂŠ S.A. CNPJ 17.267.634/0001-08, NIRE 3130002319-2 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Ficam convocados os senhores acionistas da Casa de SaĂşde e Maternidade Santa FĂŠ S.A., CNPJ 17.267.634/0001-08, NIRE 3130002319-2 para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria (AGE), a realizar-se no dia 05 de Fevereiro de 2020 Ă s 19h00min, na Rua Gustavo Pena, nÂş 135, bairro Horto, Belo Horizonte/MG, CEP 31.015-060, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: AGE: a) Deliberar sobre a autorização para venda (alienação) da totalidade do imĂłvel situado entre a Rua Pouso Alegre nÂş 2111, Rua Gustavo Pena, nÂş 128 e Rua Professor Galba Veloso, nÂş 159, inscrito na matrĂcula de nÂş 20.749 do 4Âş Registro de ImĂłveis de Belo Horizonte/ MG, cujas condiçþes de venda (valor, condiçþes de pagamento) serĂŁo deliberadas na assembleia; b) Eleição dos membros efetivos e suplentes do Conselho de Administração; c) outros assuntos de interesse da sociedade. Belo Horizonte, 23 de janeiro de 2020. MARCOS LIMA DE MEDEIROS Presidente do Conselho
Reservatório da central hidrelÊtrica da Omega Geração em Monjolos transbordou com as chuvas
PCH ĂŠ desativada temporariamente SĂŁo Paulo - Uma pequena central hidrelĂŠtrica (PCH) da Omega Geração foi impactada pelas fortes chuvas em Minas Gerais e teve de ser desativada temporariamente para reparos apĂłs um transbordamento do reservatĂłrio e “algumas avariasâ€? na barragem, informou a companhia em comunicado ontem. O incidente ocorre em meio a intensas chuvas nos Ăşltimos dias que deixavam ao menos 48 mortos no Estado, de acordo com informaçþes da Defesa Civil mineira. SPE - PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS IMOBILIĂ RIOS LTDA. CNPJ: 21.143.330/0001-06 - NIRE 31210245111 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DE REUNIĂƒO DE SĂ“CIOS Ficam convocados os sĂłcios da SPE – PARAUAPEBAS EMPREENDIMENTOS IMOBILIĂ RIOS LTDA., (“Sociedadeâ€?) a se reunirem em ReuniĂŁo de SĂłcios, a ser realizada em primeira convocação no dia 05 de fevereiro de 2020, Ă s 14h30min, na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua da Bahia, nÂş 1.900, ƒ DQGDU %DLUUR /RXUGHV &(3 D ÂżP GH deliberar sobre a seguinte ordem do dia: 1. Aumento do capital social da Sociedade; 2. Alteração da administração da Sociedade, com eleição de novos membros; 3. Alteração do endereço da sede da Sociedade; e 4. InclusĂŁo de clĂĄusula no Contrato Social prevendo a possibilidade de exclusĂŁo extrajudicial de sĂłcios. Nova Lima/MG, 16 de janeiro de 2020. Guilherme Augusto Santos Lodi Leonardo LeĂŁo Figueiredo.
PREFEITURA MUNICIPAL DE ITANHOMI DCJ PARTICIPAÇÕES LTDA. CNPJ 27.622.341/0001-55 / NIRE 3121084709-9 ATA DE REUNIĂƒO DE SĂ“CIOS REALIZADA EM 10 DE JANEIRO DE 2020 DATA, HORĂ RIO e LOCAL: 10 de janeiro de 2020, Ă s 9:00 horas, na sede da sociedade, localizada Avenida Ă lvares Cabral, nÂş 381, sala 906, Bairro Lourdes, CEP 30170-001. CONVOCAĂ‡ĂƒO: Dispensada a convocação, nos termos do §2Âş, do artigo 1.072 do CĂłdigo Civil, tendo em vista a presença da totalidade dos sĂłcios. PRESENÇA: JULIANA APARECIDA FORTES LOBO, brasileira, separada judicialmente, psicĂłloga, nascida em 24/11/1969, portadora da Carteira de Identidade nÂş MG-5.017.079, expedida pela PolĂcia Civil/MG, inscrita no CPF sob o nÂş 838.327.346-00, residente e domiciliada em Nova Lima – MG na Rua das Buganvilias, nÂş 1644, CondomĂnio Morro do ChapĂŠu, CEP 34.010-543; CARLA SILVA ARAUJO GRECO, brasileira, solteira, administradora de empresas, nascida em 06/10/1978, portadora da Carteira de Identidade nÂş MG-8.419.770, expedida pela SSP/MG, inscrita no CPF sob o nÂş 030.848.906-33, residente e domiciliada em Belo Horizonte – MG na Rua RepĂşblica Argentina, nÂş 704, apto. 202, Bairro Sion, CEP 30.315- 490; e DANIEL SILVA ARAUJO GRECO, brasileiro, casado sob o regime da separação total de bens, representante comercial, nascido em 06/09/1974, portador da carteira de identidade M-6.057.235, expedida pela SSP/MG e inscrito no CPF sob o nÂş 917.948.466-20, residente e domiciliado em Belo Horizonte – MG na Rua Barbara Heliodora, nÂş 66, apto. 201, Bairro Lourdes, CEP 30.180-130, representando a totalidade do capital social. MESA: Presidente: Daniel Silva Araujo Greco; e SecretĂĄria: Juliana Aparecida Fortes Lobo. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre a redução do capital social da Sociedade, por ser considerado excessivo em relação ao objeto social da Sociedade, nos termos do artigo 1.082, inciso II, do CĂłdigo Civil. DELIBERAÇÕES: Foram adotadas, por unanimidade de votos e sem ressalvas, a seguinte deliberação: Aprovar a redução do capital social da sociedade, por considerĂĄ-lo excessivo em relação ao objeto social, nos termos do artigo 1.082, II, do CĂłdigo Civil, de R$4.450.000,00 (quatro milhĂľes, quatrocentos e cinquenta mil reais) para R$4.230.000,00 (quatro milhĂľes, duzentos e trinta mil reais), mediante restituição em dinheiro das quotas aos seus sĂłcios no valor total de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais), na seguinte proporção: a) JULIANA APARECIDA FORTES LOBO, restituição no valor de R$ 66.000,00 (sessenta e seis mil reais); b) CARLA SILVA ARAUJO GRECO, restituição no valor de R$ 77.000,00 (setenta e sete mil reais); c) DANIEL SILVA ARAUJO GRECO, restituição no valor de R$ 77.000,00 (setenta e sete mil reais). A administração da Sociedade ÂżFD GHVGH Mi DXWRUL]DGD D SURFHGHU FRP WRGRV RV DWRV QHFHVViULRV SDUD TXH VH HIHWLYH D UHGXomR GR FDSLWDO VRFLDO FRP a publicação desta ata, alteração do contrato social e realização dos pagamentos ora aprovados. ENCERRAMENTO: 1DGD PDLV KDYHQGR D WUDWDU IRL ODYUDGD H OLGD D SUHVHQWH DWD TXH DFKDGD FRQIRUPH IRL DVVLQDGD SHORV SUHVHQWHV %HOR Horizonte, 10 de janeiro de 2020. Mesa: Daniel Silva Araujo Greco - Presidente. Juliana Aparecida Fortes Lobo - SecretĂĄria. SĂłcios:Juliana Aparecida Fortes Lobo - SĂłcia; Carla Silva Araujo Greco - SĂłcia; Daniel Silva Araujo Greco - SĂłcio
“Como decorrĂŞncia, a PCH Serra das Agulhas foi desligada no sĂĄbado pela manhĂŁ e passarĂĄ um perĂodo - a ser informado ao mercado no futuro - desativada para reparosâ€?, afirmou a Omega no comunicado. A usina Serra das Agulhas fica em Monjolos, na regiĂŁo Central do Estado, a cerca de 250 quilĂ´metros de Belo Horizonte. Em operação desde abril de 2017, ela tem capacidade instalada de 30 megawatts. A Omega afirmou que o rio Pardo Pequeno, onde a usina estĂĄ localizada, atingiu uma vazĂŁo equivalente a quase 100 vezes a mĂŠdia histĂłrica. “O aumento de vazĂŁo... O DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE Ă GUA E ESGOTO DO MUNICĂ?PIO DE UBERLĂ‚NDIA, no uso de suas atribuiçþes, torna pĂşblico o Resultado dos Recursos contra o Indeferimento das inscriçþes, reserva de vagas destinadas Ă pessoas com GHÂżFLrQFLD QHJURV H SDUGRV H FRQGLomR HVSHFLDO SDUD UHDOL]DomR GDV SURYDV $ Ăntegra do resultado serĂĄ divulgado nos HQGHUHoRV HOHWU{QLFRV ZZZ GPDH PJ JRY EU H ZZZ JHVWDRGHFRQFXUVRV FRP EU
Aviso de Prorrogação de Prazo para abertura de Licitação: A Prefeitura Municipal de Itanhomi, torna pĂşblico, para conhecimento de todos, a PRORROGAĂ‡ĂƒO do prazo de abertura do Processo LicitatĂłrio nÂş 054/2019 - Modalidade: CONCORRĂŠNCIA NÂş 001/2019, referente Ă contratação de empresa para execução de obra remanescente de construção de Unidade BĂĄsica de SaĂşde, publicado no DiĂĄrio do ComĂŠrcio (edição do dia 10/12/2019, pĂĄgina 8, parte inferior da coluna 1). Assim onde se lĂŞ: 1Âş - "que farĂĄ realizar no dia 28/01/2020, Ă s 08:00 h", leia-se: "que farĂĄ realizar no dia 05/02/2020, Ă s 08:00 h". 2Âş - "Os envelopes deverĂŁo ser protocolados na Prefeitura atĂŠ Ă s 08:00 h do dia 27/01/2020", leia-se: "Os envelopes deverĂŁo ser protocolados na Prefeitura atĂŠ Ă s 08:00 h do dia 05/02/2020". Itanhomi, 23 de janeiro de 2020. Dr. Raimundo Francisco Penaforte - Prefeito Municipal.
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A Smart Bakery ComĂŠrcio e Distribuição de Produtos AlimentĂcios EIRELI, por determinação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel – SEMMAD, torna pĂşblico que foi solicitado atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 5451917170, a LicenoD $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD Âą /$6 &$'$6752 Âą &/$66( SDUD D DWLYLGDGH de comĂŠrcio e distribuição de produtos alimentĂcios, localizada na Rua Gracyra Resse de Gouveia, nÂş 135-A galpĂŁo 2, Distrito Industrial Jardim Piemont Norte, &(3 %HWLP 0*
levou a Omega e as autoridades a executarem o Plano de Ação de EmergĂŞncia (PAE) da usina, conforme as normas de segurança. A rĂĄpida resposta da Omega e diligente execução do PAE pela empresa garantiu que o aumento da vazĂŁo ao longo do sĂĄbado nĂŁo gerasse vĂtimas ou consequĂŞncias de maior impacto ao entornoâ€?, afirmou a empresa. De acordo com a elĂŠtrica, a casa de força, subestação e linha de transmissĂŁo da hidrelĂŠtrica nĂŁo sofreram avarias. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia citados pela Omega apontam que houve 57 horas seguidas de chuva na regiĂŁo nos Ăşltimos dias, com os Ăndices de precipitaçþes tendo em apenas 5 dias superado a mĂŠdia histĂłrica para o mĂŞs de janeiro em 132%. (Reuters) EDITAL DE LEILĂƒO FilatĂŠlica MG LeilĂľes – Filatelia e NumismĂĄtica – O Leiloeiro Errol Flynn Lopes Pereira dos Reis JUCEMG 653, torna pĂşblico que levarĂĄ a leilĂŁo, no dia 17/01/2020 Ă s 18:00hs, onde serĂŁo leiloados moedas, selos e outros. Endereço: Rua Alagoas, 1314 Loja 24C - FuncionĂĄrios. A visitação serĂĄ dia 16/01/2020 de 10 Ă s 18hs. Informaçþes : 31 3221-1003.
Gustavo Costa Aguiar Oliveira /HLORHLUR 2¿FLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO www. JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD jV KRUDV SDUD DOLHQDomR GH DWLYRV H[FHGHQWHV GD HPSUHVD CLINICA MAIS BELLA LTDA 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO .
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2020
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POLÍTICA GIL LEONARDI - IMPRENSA MG
ELEIÇÕES
Jair Bolsonaro deve ficar longe dos palanques neste ano
Romeu Zema, Gustavo Canuto e Alexandre Kalil, além de outros prefeitos, sobrevoaram áreas atingidas na RMBH
CHUVAS EM MINAS
Governo estadual declara emergência em 101 cidades Decreto assinado por Romeu Zema foi publicado ontem no Diário Oficial O governo de Minas Gerais declarou situação de emergência em 101 cidades afetadas pelas chuvas que, nos últimos dez dias, se intensificaram em parte da região Sudeste do País. Assinado pelo governador Romeu Zema, o Decreto n° 35, publicado ontem no Diário Oficial de Minas Gerais, amplia em mais de duas vezes a lista de 47 municípios mineiros em situação de emergência divulgada no domingo (26), em edição extra do Diário Oficial. As chuvas já mataram ao menos 48 pessoas em todo o Estado. O maior número de óbitos foi registrado em Belo Horizonte (8); Betim (6) e Ibirité (5). Em três cidades (Catas Altas, Ibirité e Orizânia) a situação motivou as prefeituras a decretarem estado de calamidade pública. O reconhecimento da situação de emergência per-
mite ao governo estadual engajar os demais órgãos e empresas ligadas ao Poder Executivo para priorizarem o atendimento e a reparação dos estragos causados pelas chuvas, sob a coordenação da Defesa Civil mineira. Além disso, prefeituras e o próprio Poder Executivo estadual podem contratar serviços temporários e efetuar compras consideradas essenciais para o enfrentamento da situação sem a obrigatoriedade de realizar processo licitatório. Além disso, a população das cidades afetadas podem acessar benefícios sociais e linhas de financiamento mais facilmente. Na última sexta-feira (24), por exemplo, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social anunciou a antecipação do pagamento das parcelas do Piso Mineiro de Assistência Social Fixo dos meses de ja-
neiro, fevereiro e março para os municípios cujos decretos de situação de emergência forem publicados no Diário Oficial do estado. A iniciativa visa a auxiliar as prefeituras a reforçarem o caixa para atender às demandas socioassistenciais. Ministro – No domingo, após sobrevoar algumas das cidades mais prejudicadas pelos efeitos danosos da chuva, como deslizamentos de terra, desmoronamento de construções, alagamentos e transbordamento de rios, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, se reuniu, em Belo Horizonte, com o governador Romeu Zema, e um grupo de prefeitos. Canuto anunciou que o governo federal disponibilizará aos estados afetados os recursos necessários à reparação dos estragos.
O ministro também sobrevoou cidades afetadas no Espírito Santo e se reuniu com o governador Renato Casagrande. Mais de 10 mil pessoas foram desalojadas ou desabrigadas em 23 cidades capixabas. “Nossa maior prioridade é cuidar dessas famílias. Em segundo lugar, vamos apoiar a reconstrução das áreas danificadas e agir para evitar que novos desastres como esses ocorram”, afirmou o ministro Gustavo Canuto, destacando que R$ 90 milhões já estão disponíveis para as ações da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) voltadas ao socorro e assistência em todo País. A liberação de recursos às localidades afetadas ainda depende do levantamento dos danos, que será realizado pelos municípios. (ABr)
JUSTIÇA
Moro afirma que ficará no ministério São Paulo - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse ontem em entrevista à rádio Jovem Pan, que não há motivo para deixar o governo e que irá apoiar o presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. Em tom bem-humorado, Moro afirmou que “é o segundo Dia do Fico”. A frase é uma alusão ao episódio da história do Brasil no qual Dom Pedro 1º recusou-se a voltar a Portugal, que ficou conhecido como “Dia do Fico”. Indagado se há atrito com o presidente Bolsonaro e se pretende concorrer ao posto de presidente nas próximas eleições, Moro disse que irá apoiar o atual mandatário por “questão de lealdade”. Moro também foi questionado sobre a possível separação do Ministério da Justiça e Segurança Pública
em duas pastas. O ministro afirmou: “Não acho a ideia boa”. Segundo ele, os ministérios juntos são mais fortes. O ex-juiz desconversou quando indagado se estaria “tudo bem” caso a separação ocorra e disse que para ele o assunto está encerrado após Bolsonaro dizer que há “chance zero” de a mudança ocorrer em breve. Conforme o jornal Folha de S.Paulo revelou um dia antes, o pedido de recriação da pasta da Segurança Pública foi articulado com Bolsonaro antes de sua reunião com secretários estaduais da área, o que reacendeu o processo de fritura do ministro da Justiça. Moro foi questionado sobre a possibilidade de ser indicado por Bolsonaro a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e respondeu que essa é uma “perspectiva interessante”.
Em novembro, a aposentadoria compulsória de Celso de Mello abrirá uma vaga no Supremo, que seria de Moro segundo acordo que Bolsonaro depois desmentiu. O presidente também tem afirmado que pretende indicar alguém “terrivelmente evangélico”, dando a entender que pode nomear o atual ministro da Advocacia-Geral da União, André Luiz Mendonça. Moro criticou ainda a proposta de adoção de um rodízio de juízes em comarcas pequenas para viabilizar a implantação do mecanismo do juiz das garantias no sistema judicial brasileiro. O ministro disse que a Justiça não é “rodízio de pizza”. Questionado sobre a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a mudança de orientação do STF sobre a prisão de condenados em segunda
instância, Moro disse que o correto era Lula ter saído após cumprir a pena e a decisão do Supremo foi um retrocesso. Sobre as críticas da imprensa ao governo Bolsonaro, Moro disse que algumas vezes as reações do presidente são exarcebadas, mas “a imprensa podia dar uma folguinha”. Na bancada do programa está a apresentadora Marina Mantega, filha do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que chegou a ter a prisão decretada por Moro na Operação Lava Jato. A filha de Mantega questionou Moro sobre o fato de ele ter determinado a soltura de seu pai após ter ciência de que a esposa de Mantega estava internada em um hospital. O ex-juiz da Lava Jato respondeu que adotou a medida por razões humanitárias. (Folhapress)
Brasília - A nove meses das eleições municipais e cada vez mais convicto de que a Aliança pelo Brasil não sairá do papel a tempo de entrar na disputa, o presidente Jair Bolsonaro tem indicado uma guinada na estratégia que adotará na corrida deste ano. As consequências negativas para uma eventual reeleição em 2022 levaram Bolsonaro a acatar - ao menos oficialmente - a orientação de auxiliares de não subir em palanques de candidatos a prefeitos. “Se meu partido não tiver candidato, não vou me meter em política municipal no corrente ano, ponto final”, disse Bolsonaro na quarta-feira (15). Em conversas reservadas na semana passada, Bolsonaro teria admitido em tom mais enfático que são remotas as chances de conseguir viabilizar a legenda a tempo de participar da disputa deste ano. Para que a Aliança obtenha seu registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e possa entrar na corrida, é preciso reunir 492 mil assinaturas até o início de abril. Embora os entusiastas da agremiação estejam propagando otimismo em relação à coleta de apoio, pessoas que acompanham de perto o processo de fundação admitem que a Aliança só nascerá em meados de junho ou julho. Diante desse cenário, aliados de Bolsonaro dizem que o próprio presidente não estaria tão interessado em tirar a agremiação do papel tão rapidamente. A avaliação que tem sido repetida é a de que, hoje, a presença de Bolsonaro em palanques pelo País traria mais prejuízo do que benefícios ao governo e à imagem do presidente. De acordo com relatos feitos à reportagem, Bolsonaro tem demonstrado especial incômodo com o quadro eleitoral no Rio de Janeiro. Embora tenha feito gestos ao deputado federal Otoni de Paula (PSC), o presidente admite dificuldade de não estar no palanque do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) sobrinho de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus. A saia-justa, dizem pessoas próximas a Bolsonaro, seria a impossibilidade de dizer não ao pastor aliado e, consequentemente, defender uma gestão mal avaliada. Hoje, o diagnóstico do grupo ligado ao presidente é o de que o desempenho de Crivella na capital fluminense pode beneficiar candidatos de esquerda, como Marcelo Freixo (PSOL). Ter o carimbo de uma eventual derrota para um dos principais líderes da oposição ao governo não está nos planos de Bolsonaro, dizem aliados do presidente. A reportagem apurou que tanto Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) como Onyx Lorenzoni (Casa Civil), responsáveis
pela interlocução do Executivo com o Legislativo, sugeriram ao presidente que ele se mantenha isento na eleição deste ano. Além de eventuais derrotas de candidatos alçados pelo bolsonarismo serem consideradas fracasso do presidente como cabo eleitoral, o próprio Bolsonaro já teria ponderado que qualquer deslize na administração de um prefeito apadrinhado por ele pode vir a ser debitada em sua conta na próxima eleição presidencial. “Às vezes você elege um cara em uma capital aí, se o cara fizer besteira, você vai apanhar na campanha de 2022 todinha”, disse Bolsonaro em dezembro, quando recebeu jornalistas no Palácio do Alvorada. Colisão - Outro cenário que tem sido avaliado é o de que, ao abraçar o candidato de um partido que não seja da Aliança, Bolsonaro poderia entrar em rota de colisão com as demais siglas daquela disputa o que prejudicaria ainda mais sua já conturbada relação com o Congresso, onde não tem uma base formal de apoio. Nessa perspectiva, o caso mais emblemático, segundo dirigentes partidários e líderes políticos ouvidos pela reportagem, também seria o do Rio berço político do clã Bolsonaro. O apoio do presidente a outro candidato que não Eduardo Paes (DEM) o colocaria em lado oposto a Rodrigo Maia (DEM-RJ), que comandará a Câmara até janeiro de 2021. “Duvido que ele vá se indispor com outras legendas em função de qualquer candidatura. Dos 53 deputados do PSL, ele não tem mais metade. Dos 4 senadores, tem o Flávio [Bolsonaro, seu filho], que, com todo desgaste que tem, é mais peso do que plataforma”, disse o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP). O temor no Executivo é que os adversários de candidatos do presidente travem a agenda do governo no Congresso como forma de retaliação, comprometendo as reformas administrativa e tributária. A melhoria do ambiente econômico em consequência da aprovação desta agenda é tida como essencial para a tentativa de recondução do presidente. Pessoas próximas a Bolsonaro no Planalto e na Aliança dizem, no entanto, que ele é intempestivo e pode não resistir à tentação de entrar em algumas campanhas. No ano passado, antes de anunciar a intenção de criar uma nova legenda, Bolsonaro dizia que pretendia atuar como cabo eleitoral na campanha municipal em uma tentativa de manter a polarização que o levou à Presidência. O objetivo era o de enfraquecer a esquerda e construir uma rede de apoio municipal que lhe desse condições de viabilizar a reeleição. (Folhapress)
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AGRONEGÓCIO
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VERMES REDONDOS
Parasitas geram perdas bilionárias à pecuária no País Prejuízo por ano é de US$ 7,1 bi MICHELLE VALVERDE
As doenças provocadas por parasitas em bovinos causam prejuízos significativos aos pecuaristas. Dentre os parasitas, os vermes redondos gastrointestinais são responsáveis por perdas próximas a US$ 7,1 bilhões ao ano no Brasil. Muitas vezes, por não serem enfermidades visuais, as verminoses acabam sendo negligenciadas pelos produtores e os efeitos principais são o comprometimento da produtividade do rebanho, principalmente, no leiteiro. Dentre as verminoses que causam prejuízos está a Stephanofilaria spp (causador da úlcera de lactação), doença que leva à queda na produtividade e da qualidade do leite e pode ampliar o intervalo entre partos. De acordo com o médico veterinário e gerente técnico da Ceva Saúde Animal Ltda, Marcos Antonio Malacco, as perdas anuais nos reba-
nhos brasileiros em função de parasitas - incluindo os vermes redondos, carrapatos e moscas - chegam a US$ 15 bilhões, somente os vermes redondos respondem por cerca de 50% do valor. “Como as verminoses não são tão visualizadas, como carrapato e as moscas, por exemplo, às vezes, acaba sendo negligenciada pelos produtores. A maior parte das manifestações são subclínicas, ou seja, o animal não apresenta sintomas”, explica. Mais comum em bovinos leiteiros, a estefanofilariose é reconhecida por lesões, que começam com irritação na pele e surgimento de pápulas e evoluem para nódulos com secreção e perda de pelos. As feridas podem chegar a 25 centímetros de diâmetro. “A úlcera é um problema grande. Além de atrativa para moscas, o que pode causar o desenvolvimento de bicheiras, a úlcera também pode ser contaminada por bactérias,
O comprometimento da produtividade do rebanho leiteiro está entre os principais efeitos das verminoses nos animais
inclusive pelas que causam a mastite. Por coçar muito e por atrair moscas, as vacas ficam irritadas, comprometendo o bem estar e refletindo na redução do apetite, queda da produção e da qualidade do leite”, destaca. Período chuvoso - Transmitida pela picada da mosca-do-chifre, a doença tem maior incidência nos períodos mais chuvosos e quentes do ano, quando há mais vetores biológicos. Uma das formas de reduzir as chances de manifestação da enfermidade nos rebanhos é ter um bom controle das moscas, o que
A ACOMAC MG ACOMAC MG REALIZA ELEIÇÕES PARA O BIÊNIO 2020 / 2021
Presidente Eleito – Empresário Flávio Alves Gomes (Construbet Materiais para Construção) e Diretoria Acomac MG
A ACOMAC – MG - Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais realizou eleições para o Biênio 2020/2021 no dia 24 de setembro em sua sede, à Av. Barão Homem de Melo 3.120, em Belo Horizonte. Nessa oportunidade reuniu empresários tradicionais do comércio de materiais de construção do Estado. As eleições ocorreram durante todo o dia, ininterruptamente, de 09 às 17h quando o Presidente da Comissão, o empresário William Reis França deu por encerrado o processo eleitoral anunciando como eleito Presidente da ACOMAC, também empresário Flávio Alves Gomes, sócio pro-
prietário da tradicional loja Construbet Materiais para Construção e dos Vice-Presidentes João Batista – Cristiano Casa & Construção, Paulo Zica de Castro – Casa Ferreira Gonçalves e Wagner Mattos – Loja Elétrica. A partir da segunda quinzena do mês corrente, a nova Diretoria, bastante representativa no Estado, deu início aos trabalhos com o intuito de fortalecer ainda mais a Entidade. Nesse ano que se inicia, com bons prognósticos econômicos, a nova Diretoria da Acomac estará em contato com vários empresários do segmento de materiais de construção, que serão con-
vidados a compor, também, o quadro de Conselheiros e Diretores da Entidade. A Associação tem como objetivos principais o fortalecimento do associativismo, a excelência na prestação de serviços às empresas associadas e o fortalecimento do relacionamento com os órgãos de governo visando o desenvolvimento do comércio no Estado.
pode ser feito com a limpeza das áreas, cuidados com os dejetos nas propriedades e o uso de esterqueiras tampadas, por exemplo. No Brasil, com chancela do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o produtor pode tratar os animais com o medicamento Eprecis, da Ceva. O indicado é que os produtores tratem os animais em épocas
específicas. No caso dos animais adultos, a indicação é a aplicação logo após o parto, depois do pico de lactação e no dia de secagem das vacas, o que é importante para o preparo da próxima lactação. De acordo com Malacco, o animal com verminose terá menor produtividade e demandará mais tempo para emprenhar novamente. “Com a falta de apetite
e o gasto de energia para produzir o leite, o animal doente terá um pico de produção menor, além disso, por perder o apetite, pode ocorrer anorexia voluntária. O animal enfraquecido vai emprenhar tardiamente, o que eleva o intervalo de parto e causa prejuízos, uma vez que o recomendado é uma prenhez por ano”, afirma.
GERGELIM
Brasil acerta exportação de produto à Índia em troca de compra de sementes de milho O Brasil vai exportar gergelim para a Índia e passará a importar sementes de milho daquele país. O intercâmbio entre os dois países foi anunciado, ontem, pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, no Seminário Business Day Brasil-Índia, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em Nova Delhi. “Levo para o Brasil um ganho, que é a abertura das exportações de gergelim do Brasil para a Índia - grande produtor desta commodity. O Brasil vai poder contribuir suprindo a demanda de gergelim, o que é importante para uma nova cultura que o Brasil vem desenvolvendo”, afirmou a ministra. Em compensação, o Brasil importará sementes de milho da Índia. “Estamos abrindo para a Índia as exportações de semente de milho, levando tecnologia indiana para o Brasil. Isso será muito importante para o começo da cooperação entre os nossos governos”, argumentou. No último dia da missão à Índia, a ministra participou de encontro empresarial em
Nova Delhi, integrando a delegação do presidente Jair Bolsonaro. A ministra destacou as perspectivas de crescimento das relações comerciais entre os dois países, especialmente do setor agropecuário. “Destaco que o potencial de comércio e investimentos entre Brasil e Índia é enorme e precisa ser melhor aproveitado. Tenho plena convicção de que a ampliação dessas trocas resultará, rapidamente, em crescimento socioeconômico para nossos países”, afirmou a ministra, no seminário. Agropecuária sustentável - Segundo Tereza Cristina, o Brasil tem condições de atender o grande mercado doméstico, além do mercado externo, contribuindo para garantir a segurança alimentar e nutricional global. A ministra ressaltou que o País é uma potência agropecuária e que ainda tem espaço para crescer mais e atender à demanda mundial por alimentos de forma sustentável. “Continuarei a divulgar a imagem internacional da agricultura brasileira para apresentá-la exatamente como ela é: inovadora, dinâmica, responsável, lucrativa e sus-
tentável”, disse a ministra. Para ela, o crescimento da atividade agropecuária e a sustentabilidade ambiental não são ideias conflitantes. A ministra afirmou que a agricultura é um dos setores mais afetados pelos efeitos das mudanças climáticas e o Ministério tem incentivado práticas de produção de baixa emissão de carbono. “Buscamos crescer preservando os recursos ambientais. Queremos concretizar nossa vocação e nos tornarmos, efetivamente, uma potência agroambiental global”, destacou. O Brasil é o terceiro maior exportador mundial de produtos agrícolas e o principal produtor e exportador de açúcar, café, soja e suco de laranja, com uma participação de 7% no comércio mundial agrícola. A meta é ampliar a presença da agricultura brasileira no mundo e, para isso, o governo tem atuado para criar no País um ambiente favorável aos negócios. “O governo brasileiro vê com bons olhos todo investimento voltado à diversificação da produção nacional e à ampliação de mercados”, disse. (Com informações do Mapa) SÉRGIO COBEL DA SILVA
As empresas associadas à ACOMAC podem utilizar os serviços e convênios disponibilizados, sempre em condições especiais, em várias áreas, facilitando o dia a dia do empresário e favorecendo sempre o crescimento da competitividade.
ACOMAC - MG - Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais Av. Barão Homem de Melo, 3120 / 3º andar - Estoril - Cep: 30494-080 - Belo Horizonte - MG (31) 3212.7079 / 99613.8712 www.acomacmg.com.br relacionamento@acomacmg.com.br
País conseguiu abrir mercado para o gergelim entre indianos, grandes produtores da commodity
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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br
MR.NUTTAPONG BANGNIMNOI
COSMÉTICOS
BH abrigará 1ª distribuidora de produtos sul-coreanos Por meio de e-commerce, será oferecido extensa gama de itens MARA BIANCHETTI
Famosos por seus componentes naturais, os cosméticos coreanos têm conquistado adeptos mundo afora e no Brasil não seria diferente. Começando a se disseminar também entre as brasileiras, os produtos orientais têm como diferencial a combinação entre tecnologia e tradição, que conferem maior eficácia aos resultados. Mas a experiência vai além, o K-Beauty, ritual de beleza das sul-coreanas para cuidar da pele, também já tem se tornado febre junto a diferentes públicos, por proporcionar novas práticas de cuidados em prol do bem-estar pessoal. E que tal se Belo Horizonte abrigasse a primeira empresa a trazer
para o País não apenas os famosos produtos de coreanos, mas fórmulas elaboradas especialmente para peles, corpos e cabelos tupiniquins? É isso que o diretor da Rainbow, Jun Kwon Park, propôs a um empresário mineiro, que topou o desafio. Sem revelar maiores detalhes, como nome do parceiro, marca e cifras investidas, ele disse que a novidade chegará ao mercado nacional em abril. “Primeiramente tentei um parceiro em São Paulo, mas tive dificuldades, pelas próprias características da cidade e do público. Além da maior variedade de etnias, o mercado mostrou-se bastante fechado à proposta de não apenas revender meus produtos, mas de importar também o K-Beauty e toda a experiên-
cia de beleza praticada na Coreia do Sul”, explicou. Foi na capital mineira que Park encontrou empreendedores interessados em todos os processos de beleza da cultura oriental. E depois de visitas ao “outro lado do mundo” para conhecer de perto os diferenciais dos cosméticos coreanos e os processos produtivos da Rainbow, as negociações avançaram e foi criado um modelo para os mercados brasileiro e mineiro. “Trazer a fábrica e instalar uma linha de produção no Brasil seria mais complexo e arriscado. Por isso, optamos por importar os itens, sem deixar de lado as especificidades do público local. Por meio de um e-commerce ofereceremos uma extensa gama
de produtos já conhecidos e consumidos internacionalmente e cerca de 12 exclusivos para o País”, revelou. Com 11 anos de mercado na Coreia do Sul, a Rainbow fabrica produtos para corpo e cabelo nas linhas cosmética, home care e estética. O país oriental tem mais de 2 mil empresas na área de fabricação de cosméticos, das quais 250 estão aptas a atender grandes projetos com linhas de produção adequadas às exigências internacionais, com controle de qualidade, certificações, etc. A marca está entre as 100 maiores do país e já atendeu mais de 2 mil empresas e conta com mais de 300 produtos diferentes apenas para a pele em seu portfó-
O K-Beauty é um ritual de beleza das sul-coreanas
lio, tendo produzido mais de 3 mil itens para clientes totais tanto naquele país, quanto na China (principal destino dos produtos da marca), Malásia, Vietnã, Indonésia, Tailândia, e outros países como Estados Unidos e México. “O Brasil, mais especificamente Minas Gerais, funcionará como porta de entrada para a América do Sul”, completou dizendo que a empresa já atua no País desde o ano passado, apenas vendendo para importadoras.
Com a criação da nova empresa, em Minas, a Rainbow pretende ir além. Vai oferecer produtos customizados e, em um segundo momento, ferramentas com informações técnicas sobre os itens e o passo a passo do K-Beauty. “Queremos oferecer a experiência completa, visando à melhoria da qualidade de vida das pessoas. Vamos mais que vender nossos produtos, mas entregar experiências positivas de bem-estar e teremos, inclusive, parcerias com ONGs”, finalizou.
EMPREENDEDORISMO
Brasileiros fornecem para melhor restaurante do mundo São Paulo - Considerado o melhor restaurante do mundo na lista World’s 50 Best, o Mirazur, na França, tem agora porcelana feita por uma dupla de brasileiros: Gabi Neves e Alex Hell, do Studioneves. O casal, que durante anos foi responsável pelas peças de cerâmica de algumas das casas mais badaladas do Brasil - com clientes como o D.O.M., de Alex Atala e o Maní, de Helena Rizzo -, surpreendeu ao encerrar a fábrica que tinha em São Paulo no fim de 2017. O maquinário, os funcionários e os mais de 200 clientes foram repassados a uma outra ceramista, enquanto o casal embarcava para recomeçar a vida em Portugal, onde reabriram do zero o estúdio no fim de 2018. “Saímos do Brasil por causa da violência”, resume Alex Hell. “Já estávamos com a circulação bastante limitada, evitávamos fazer muita coisa com medo de que algo pudesse acontecer. A gota d’água foi quando houve um assalto à mão armada e nosso filho estava no carro”, completa. Em terras lusitanas, o casal decidiu retomar o trabalho de cerâmica personalizada para restaurantes. Alugaram um armazém em Alcabideche, na região de Cascais, e esperavam conseguir começar a trabalhar em pouco tempo, o que não aconteceu. “Fomos surpreendidos pela demora das coisas aqui. O forno, algo essencial para o nosso trabalho, acabou
levando muito mais tempo para chegar do que o que era previsto. Como nossa produção era muito menor do que a das grandes fábricas, acabávamos nunca sendo prioridade”, afirma Alex Hell. A diferença de matérias primas, sobretudo a das argilas portuguesas, também foi um desafio. “Tivemos de reaprender as ‘receitas’ e experimentar muito até entender como a argila se comportava. É tudo muito diferente, inclusive na hora de moldar”, afirma Gabi Neves, responsável
pela parte artística da produção. Resolvidas as questões técnicas, o casal foi em busca dos primeiros clientes. As primeiras reuniões foram garantidas através de amigos e de pessoas que conheciam o trabalho do estúdio ainda em São Paulo. “Temos um conceito de peças personalizadas. Trabalhamos em conjunto com os chefs para conseguir peças exclusivas que se adaptem aos menus. Conseguimos uma qualidade industrial, porque temos material de muita qualidade e queimamos em
forno de alta temperatura, mas tudo ainda com personalidade e individualidade”, completa Alex Hell. O primeiro cliente foi o chef João Rodrigues, que comanda o Feitoria, restaurante com uma estrela Michelin em Lisboa. Em poucos meses, outros se seguiram em Portugal, desde restaurantes de alta gastronomia até casas com uma pegada mais casual. Em seis meses de volta à ativa, o Studioneves já tinha clientes de outros países da Europa. Para chegar aos princi-
pais restaurantes do velho continente, porém, eles identificaram que precisavam expandir sua área de atuação para além da cerâmica. Foi aí que decidiram investir também na porcelana. “Também partimos do zero e, no início, ficou tudo uma porcaria”, fala, rindo, Alex Hell. Após muita insistência e um grande volume de produção, o casal conta ter ficado satisfeito com o resultado, que já pode ser conferido em alguns dos principais restaurantes europeus. “Em junho, entregamos
peças para o Asador Etxebarri [no País Vasco, terceiro melhor do mundo pelo 50Best em 2019]. Em agosto, entregamos a primeira produção o Celler de Can Roca [3 estrelas Michelin e duas vezes eleito o melhor restaurante do mundo, em 2013 e 2015]”, enumera Alex Hell. O casal de artistas costuma dividir a rotina de preparação das produções, além de dicas sobre cerâmica (de esmaltes aos testes de qualidade) com seus seguidores nas redes sociais. (Folhapress/Giuliana Miranda)
MERCADO IMOBILIÁRIO
Empresário lança casa autossuficiente São Paulo - Conhecido como o rei da noite paulistana, o empresário Facundo Guerra decidiu empreender no setor imobiliário. Lançou o projeto Altar, uma casa retangular, que lembra um contêiner e promete ser 100% autossuficiente. Sem qualquer conexão com tubulações de água, energia e esgoto, a construção ainda tem a peculiaridade de ser flutuante. O protótipo com dois dormitórios, que estará disponível para locação a partir de fevereiro por cerca de R$ 900 a diária, boia nas águas mansas da represa de Piracaia, interior de São Paulo. Uma estrutura parruda permite que ela flutue como uma balsa, sem que se tenha a sensação de balanço típica de um barco - compartimentos
estanques garantem a flutuabilidade mesmo que um deles seja danificado por acidente. “Criamos a casa flutuante para mostrar que ela é independente. Capta e trata a água, gera energia, transforma lixo orgânico em biogás [usado na cozinha] e ainda soluciona um problema contemporâneo, o excesso de conexão. É um lugar para você se conectar consigo mesmo”, afirma Guerra, mais conhecido pela dezena de bares, baladas, casas de show e cafés que abriu em São Paulo, os mais recentes deles o bar de jazz Blue Note e o Arcos, um bar subterrâneo sob o Theatro Municipal. A construção promete economia de recursos naturais, geração mínima de impacto e rapidez. Sócio de Guerra, o publicitário Rodrigo Martins
afirma que a casa ficou pronta em três meses, sem um pingo de sujeira. “Planejamos construir dezenas de casas semelhantes, várias na água e algumas sobre terra firme, mas inicialmente todas para locação”, diz. No futuro, estão planos de lançar a moradia sustentável em conceito de multipropriedade. O cliente poderá comprar uma cota que dará direito a usar a casa algumas semanas por ano. O método construtivo adotado pela Altar foi lançado em 2019 pela startup brasileira Syshaus. Como um Lego, as casas projetadas pelo arquiteto Arthur Casas dispensam fundações e saem prontas de fábrica. Só precisam ser montadas no terreno - e são entregues com mobiliário incluído, se o cliente quiser.
Não há tijolo nem cimento, muito menos entulho. Paredes de drywall encaixadas em estruturas de aço, sob coberturas metálicas autoportantes, recebem acabamentos de madeira, vidro, laminados e porcelanato ao gosto do freguês. A garantia é de 20 anos. O preço varia bastante. Quem escolhe uma casa “on grid”, conectada normalmente às concessionárias de serviços, implantada em terra firme, paga de R$ 110 mil, preço do modelo de 9,6 m², a R$ 2,9 milhões, cobrados pela casa de 500 m². Já os modelos “off grid”, autônomos, custam mais, porque já vêm dotados de equipamentos para geração de energia e de biogás, captação de águas pluviais e tratamento de resíduos. O mesmo vale
para os flutuantes, que já trazem toda a estrutura de flutuação e motor para deslocamento. A casa-piloto da Altar, com 40 m² de área interna e deque de 50 m², saiu por R$ 500 mil a empresa ainda pagou cerca de R$ 3.500 para obter uma autorização da Marinha, que dá direito a manter a estrutura ancorada na represa. Segundo o diretor da Syshaus, Roberto Cabariti, o principal desafio agora é derrubar preconceitos. “O consumidor ainda está preso a paradigmas do passado. Mas, com a sustentabilidade em alta e se tornando uma questão crucial em nossas vidas, a tendência é que haja uma grande transformação no setor em curto espaço de tempo.” (Folhapress)
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NEGÓCIOS ALESSA SEMIÃO
GASTRONOMIA
Carnaval deve render fôlego ao setor de alimentação fora do lar Empresários de BH já estão revendo os cardápios DANIELA MACIEL
Os quase 5 milhões de foliões esperados para o Carnaval de Belo Horizonte fazem os estabelecimentos de alimentação fora do lar da Capital se preparar para o maior evento da cidade. Reforçar equipes, lançar novos cardápios e fortalecer o treinamento são ações determinantes para gestores de bares e restaurantes de diferentes regiões da cidade. Instalada no hipercentro, a três quarteirões do Mercado Central e ao lado de um hotel executivo importante, a hamburgueria Bullguer se prepara para dias intensos. De acordo com a sócia da franquia, Clara Luciano, o treinamento já começou e o quadro de funcionários cresceu 30% para o período. O objetivo é tentar manter o ritmo de entregas dos sanduíches - estimado em oito minutos em média. O estoque de bebidas também será reforçado. “Ano passado foi nosso primeiro Carnaval e a experiência foi muito boa. Para esse ano, estamos mais experientes e entendendo melhor a dinâmica dos consumidores. Vamos colocar mais mesas, mas muita gente prefere ficar de pé, pegar o
sanduíche e seguir com o bloco. Também tem quem queira apenas a bebida. Vamos estender o horário. O fluxo é diferente porque temos blocos desfilando ao longo de todo o dia, puxando o pico para mais cedo. O hotel aqui do lado também nos permite atender muita gente de outras cidades”, explica Clara Luciano. No bairro de Lourdes, na região Centro-Sul, o restaurante Sargas tem um perfil completamente diferente da hamburgueria. Voltado para um público mais sofisticado, composto, principalmente, pelos executivos que vêm a Belo Horizonte a trabalho e se hospedam no hotel Mercure Lourdes, o restaurante também prevê dias agitados. Segundo o gestor do Sargas, Luiz Veríssimo, houve um tempo em que a cidade ficava tão parada que o hotel chegou a abrigar um retiro de ioga. Mas a realidade mudou e hoje a estratégia é mobilizar toda a equipe e treinar para uma mudança brusca de rotina durante o reinado de Momo. A previsão é de que o hotel tenha lotação completa durante os cinco dias de festa. Apesar disso, não é necessário contratar extras. “Temos nosso atendimen-
to também voltado para o público externo, mas nessa época contamos pouco com os passantes como consumidores. É natural que quem esteja nos blocos busque uma alimentação mais rápida. Nosso ponto central é atender os hóspedes em uma dinâmica totalmente diferente do que estamos acostumados. Serão quase 500 pessoas hospedadas. Os horários mudam, os pedidos de madrugada nos quartos aumentam por causa dos turistas comuns e também porque recebemos algumas bandas que vão se apresentar na cidade. Além disso, incrementamos nosso cardápio, colocando mais opções de sucos e cremes revigorantes no café da manhã. Como a média de idade do nosso público também cai, oferecemos pratos mais rápidos”, enumera Veríssimo. A animação dos empresários parece justificada. O conselheiro da Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), Adelcio Castro Coelho, revela que a expectativa da entidade é um crescimento médio entre 30% e 40% no faturamento do segmento em relação ao Carnaval do ano passado. Estabelecimentos da região
Laura Luciano e Clara Luciano já iniciaram o treinamento do quadro de funcionários
Centro-Sul, especialmente aqueles que ficam no trajeto dos principais blocos, estimam dobrar o faturamento. “É certo que os principais eventos se concentram na Centro-Sul, mas todas as regiões vão lucrar com a festa. A previsão é de um aumento de faturamento entre 30% e 40%. Como já está se tornando tradição, a Abrasel lançou, em parceria com a Belotur (Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte), uma campanha para que os estabelecimentos desenvolvam um prato especial para o Carnaval. Quem aderir, terá a iniciativa divulgada gratuitamente nas plataformas digitais da Prefeitura”, pontua Coelho. Para o conselheiro, que também dirige a Boivindo Steakhouse, no bairro Sagrada Família (região Leste), a ordem é fortalecer o treinamento e preparar as equipes para dias intensos, mas, nem por isso, podem deixar cair a qualidade dos produtos e do serviço. Mesmo quem não está na rota dos prin-
cipais desfiles vai precisar se preparar. No caso da churrascaria a expectativa é pelas famílias que saem para eventos em que participam crianças e adultos. A proximidade com o bairro de Santa Teresa - tradicional reduto carnavalesco e que abriga vários blocos infantis -, na mesma região, é um dos trunfos da casa. É esperado um aumento de público de 30%. O Carnaval é, segundo ele, a primeira grande oportunidade da cidade capitalizar o título de “Cidade Criativa pela Gastronomia” conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em outubro do ano passado. “Belo Horizonte está preparada para esse volume de pessoas. Grandes eventos como o ‘Comida de Boteco’ nos ajudaram a formar mão de obra e empreendimentos capacitados ao longo do tempo. Esse é o momento de levar o nome da cidade ainda mais longe através
dos turistas que vêm aqui também atrás de folia e também de uma gastronomia reconhecida no mundo”, pontua o empresário. No Carlos Prates, tradicional bairro da região Noroeste, diferentemente da maioria dos seus colegas Dome Longe Bar não vai abrir, mas o trabalho não vai parar por isso. O diretor operacional do Dome Lounge Bar, Amaury Simão Sader Junior, é um dos coordenadores da festa Deu Praia BH, que acontece no Buritis. A ideia é juntar diferentes estilos musicais em um espaço ao ar livre e clima de litoral. “Como uma grande festa temos todo o cuidado com a segurança e o conforto dos participantes. Preparamos uma festa muito bonita. Temos a certeza que esse ano Belo Horizonte terá o segundo maior Carnaval do Brasil, perdendo somente para Salvador, tanto em volume de turistas, quanto em qualidade da festa”, aposta Sader Junior.
Burguer Festival BH Projeto Aproxima inaugura espaço no BH Shopping começa na quinta-feira JOÃO DOS SANTOS
DANIELA MACIEL
O que poderia ser apenas mais uma “modinha”, ganhou espaço e se consolidou entre os moradores de Belo Horizonte e os turistas que vêm à Capital atrás da gastronomia que foi já reconhecida até pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Os hambúrgueres artesanais se tornaram tão importantes que ganharam até um festival próprio. Entre os dias 30 de janeiro e 2 de fevereiro e entre 6 e 9 de fevereiro, acontece o “Burguer Festival BH 2020: Festival de Hamburgueria Artesanal”. Com investimento de R$ 1 milhão, o evento espera receber entre 40 mil e 80 mil pessoas no Expominas, na região Oeste. Belo Horizonte está bem inserida no contexto nacional. Segundo dados do Instituto de Gastronomia (IGA), o consumo do prato no Brasil cresceu 575% entre 1994 e 2014. De acordo com o diretor comercial da MR Eventos - empresa organizadora do Festival -, Leandro Ruiz, serão 400 empregos entre diretos e indiretos gerados ao longo das duas semanas de evento. “Essa é a primeira edição em Belo Horizonte e a cidade é um polo gastronômico importante, com muitas hamburguerias artesanais. São 20 casas participantes, além de quatro cervejarias e outros
estandes com produtos como sobremesas e outras bebidas”, explica Ruiz. Além da comida, o festival vai oferecer uma série de atividades como oficinas de capacitação profissional e empreendedorismo, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac); parque de brinquedos infláveis para as crianças, shows de bandas; blocos carnavalescos; área para os fãs de fantasias geeks (de personagens de séries, desenhos, quadrinhos ou filmes); área de games; feira de produtos variados relacionados com segmento e festival de cervejas premium. Algumas das atividades são pagas, assim como os pratos e bebidas. O ingresso para entrar no espaço do evento é R$ 15. Os sanduíches, de diferentes tamanhos, vão seguir o padrão servido nas hamburguerias. O preço inicial é de R$ 15. “Recomendamos aos participantes que sejam cobrados preços bem acessíveis. A nossa ideia é que as pessoas possam degustar diferentes opções, conhecer a riqueza do universo dos hambúrgueres. Teremos produtos com carnes raras, combinações inusitadas. Essa é uma oportunidade para conhecer produtos originais. O valor da entrada é apenas simbólico diante das atividades gratuitas que serão oferecidas”, pontua o diretor comercial da MR Eventos.
Desde sua criação em 2014, taurantes e chefs a valorizar o Projeto Aproxima sempre produtos do nosso estado, vislumbrou a abertura de um além de trazer para as feirinhas produtores de todos os espaço fixo para representar a incrível e diversa cultura gascantos de Minas para unir tronômica de Minas Gerais. todas as pontas do mercado: Agora, o projeto materializa produtores, cozinheiros e este desejo tão especial com a consumidor final. abertura do inédito Empório Hoje, o Projeto tem orgulho Aproxima. Ocupando uma de presenciar vários estabelecimentos divulgando proloja no BH Shopping, na região dutos mineiros e abraçando Centro-Sul de Belo Horizonte, durante o período de férias da a cultura gastronômica miFeirinha Aproxima, o empório neira, algo que não existia oferece e apresenta ao público há poucos anos. São quase diversos produtos típicos da Empório funciona durante o período de férias da Feirinha 100 eventos nesses 6 anos de consagrada feira como queijos, jornada ajudando revitalizar doces, quitandas, cafés, pães, de quem passar para comprar sábado, das 10 horas às 22 mercados - as primeiras edicachaças, cervejas artesanais, um presente ou um delicioso horas e, aos domingos, das ções ocorreram no Mercado charcutaria, além de chefs e co- quitute para comer em casa, 14 horas às 20 horas. Distrital do Cruzeiro e em 2014 zinheiros preparando pratos além de, claro, contar com um e início de 2015 realizaram a na hora. A cada semana um espaço no local com mesas e A ideia - O Projeto Aproxima Feirinha no Mercado Novo, time diferente de produtores cadeiras para degustação dos surgiu em junho de 2014, antes dele estar “na moda”. Foi o primeiro evento de é convidado a ocupar o es- produtos que poderão ser como um movimento de paço, proporcionando que o encontrados no local. divulgação e valorização da gastronomia dentro do Mercapúblico tenha a oportunidade Outra notícia de destaque gastronomia mineira. Desde do Central à noite, circularam de conhecer vários produtos. é que o Restaurante Dona então, fez parte de grandes por várias praças e ruas da Justamente por celebrar as Lucinha, ícone da culinária conquistas sendo a maior cidade, ajudando a ocupar a conexões criadas ao longo dos mineira e parceiro do Projeto delas, o título de Cidade capital, a valorizar o espaço à anos com Projeto Aproxima, Aproxima desde o início, Criativa da Gastronomia pela nossa volta. Foram pioneiros que foi pioneiro em aproximar participa mais uma vez con- Unesco para Belo Horizonte. em feiras de gastronomia deno público dos produtores tribuindo para representar O Projeto acredita na valo- tro de shopping centers, além locais e rurais diretamente, Minas Gerais no maior centro rização da cultura como um de que, em 2016, começaram o novo empório conta com comercial do estado, com o trabalho conjunto. Ainda um trabalho de sustentabiliprodutos desenvolvidos por Empório Dona Lucinha que no ano de 2014, Eduardo dade que, no final de 2019, produtores e expositores que oferece uma variedade de Maya, idealizador do Projeto entregou o selo sustentável já participaram de outras produtos da casa. Aproxima, disse “se todos para vários produtores, que edições da feirinha. Assim, o A realização do Empório dermos as mãos, colocaremos com o auxílio do Aproxima público pode conhecer as tra- Aproxima marca um novo Minas Gerais no lugar que estão se tornando cada vez jetórias construídas a partir do momento para o Projeto, merece: o grande Estado da mais ecológicos. processo de troca, experiência, que com muito orgulho e gastronomia”. O Projeto Aproxima faz aprendizado e de contato felicidade apresenta para a O Projeto Aproxima foi compensação de carbonos, com o público vivenciado nos cidade estes produtores que inovador em muitos aspectos: recicla de maneira correta os eventos. Com o tempo, estes cresceram e se desenvolve- foram os primeiros a fazer lixos dos eventos e do escritórealizadores foram se profis- ram, ainda que também se feira de rua de gastronomia rio, e faz um trabalho sério de sionalizando e construindo renova para realizar outras na cidade, colocando chefs sustentabilidade social, ajuseus próprios caminhos por edições da Feirinha Aproxima cozinhando lado a lado com dando pessoas e instituições. meio de narrativas guiadas que seguem ao longo de 2020 os produtores. Foram os pri- O intuito é terminar o ano de pela gastronomia mineira, com a mesma dedicação e meiros a unir em um só lugar 2020 sem nenhum plástico levando-a com orgulho pelo vontade de ajudar e aproxi- as cervejarias artesanais de nos eventos. A ideia é sempre Estado e Brasil a fora. mar as pessoas por meio da Minas Gerais. Desde sem- ajudar a cadeia produtiva: Ao longo de um mês, o gastronomia. pre, abriram o diálogo para a ajudando os produtores a empório apresentará uma Aberto a partir de 15 de importância de valorizar um ter mercado consumidor, a diferente seleção de exposi- janeiro, o Empório Aproxi- produto para ter um prato melhorar a produção e crescer tores a cada semana, sempre ma funcionará no horário do de excelência. Promoveram de maneira sustentável. (Da renovando as possibilidades BH Shopping: de segunda a circuitos incentivando res- Redação)
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DC INOVAÇÃO SERVIÇOS
Espanhola Jeff abre 4ª unidade em Minas Startup, que oferece serviços para o dia a dia, espera duplicar o número de lojas e chegar a 60 países MARA BIANCHETTI
Com presença no Estado desde julho de 2019, a Jeff, startup espanhola de serviços para o dia a dia, deverá somar quatro unidades em Minas Gerais ainda no primeiro semestre de 2020. Ao todo, a marca conta com 63 unidades no País, sendo três em Minas Gerais: Belo Horizonte, Uberlândia (Triângulo), e Juiz de Fora (Zona da Mata). Nos próximos meses, a Capital deverá receber a quarta unidade da rede em território mineiro. As informações são do CMO da Jeff, Aaron Rodríguez. Apesar de não revelar o montante a ser investido, nem a expectativa de crescimento para este exercício, ele revelou que os planos da startup para este ano giram em torno de se tornar um super aplicativo como plataforma de serviço para o dia a dia das pessoas. Para isso, conforme o executivo, será preciso crescer em número de serviços ofertados e estar presente em mais países, mas também atrair talentos nos diferentes departamentos da empresa, o que permitirá melhorar cada vez mais tanto internamente, quanto com franqueados e o cliente final. “Nossos planos incluem seguirmos obcecados em agregar valor aos clientes finais e poder oferecer a eles mais serviços com maior qualidade em um único aplicativo”, explicou. Isso começou já em 2019, quando a empresa alterou sua marca corporativa e expandiu o leque de serviços disponíveis na plataforma digital: “Jeff - O Super app de serviços”. A estratégia gerou um crescimento médio de 30% ao mês no decorrer do ano passado. Assim, a então Mr Jeff (uma plataforma de lavanderia e limpeza delicada em casa), transformou-se em mais uma das linhas de serviços da marca. Houve uma
reestruturação do aplicativo, processo de rebranding e a inclusão de duas novas linhas de negócios: Beauty Jeff e Fit Jeff - voltadas para cuidados com beleza e condicionamento físico, respectivamente. Neste sentido, franquias já estão sendo vendidas internacionalmente e no mercado brasileiro. Mas, por enquanto, a linha de lavanderias Mr Jeff, que é a mais antiga, responde pela maior fatia dos negócios da Jeff. “As linhas de fitness e beleza foram lançadas no final do ano passado, mas esperamos que logo ocupem uma fatia importante do nosso negócio”, completou o CMO.
DIVULGAÇÃO
Em 2020, a empresa espera duplicar o número de lojas e chegar a 60 países. Atualmente, a Jeff está em mais de 40 países com 1.780 lojas, e já trabalha na expansão comercial em Portugal, bem como em países da Europa Oriental, como a Polônia e Romênia, Hungria, Grécia, República Tcheca e Bulgária. Haverá, ainda, expansão na Ásia, onde já existem franquias abertas nas Filipinas, Vietnã, Hong Kong, Singapura ou a Indonésia. Além disso, a startup também está abrindo o mercado no continente africano, onde já há pontos Jeff no Egito e em breve na África do Sul, Marrocos e Quênia. A marca conta com 63 unidades no País, sendo três em MG: BH, Uberlândia e Juiz de Fora
B2B
Menu vai desembarcar em Belo Horizonte DIVULGAÇÃO
MARA BIANCHETTI
A Menu - startup de tecnologia que simplifica o comércio de alimentos B2B no Brasil - desembarca em Belo Horizonte em breve. A empresa, fundada pelo mineiro Leonardo Almeida em 2016, já atua em grandes mercados como São Paulo (capital e interior) e Rio de Janeiro, e se prepara para atender a capital mineira ainda em 2020, com vistas de chegar também ao interior do Estado nos próximos anos. “Hoje, São Paulo é responsável por 80% do nosso mercado. Além disso, já estamos na capital carioca e, até o fim do primeiro trimestre, expandiremos para o interior do Rio de Janeiro. Já estamos em negociação com possíveis fornecedores para Belo Horizonte, onde deveremos chegar ainda neste exercício. O interior de Minas vai demandar um tempo um pouco maior de planejamento, mas também está no nosso radar”, expli-
Teremos um aporte de um fundo de NY, afirma Almeida
cou Almeida, que é CEO e diretor executivo da marca. O empresário identificou a oportunidade na indústria de bens de consumo quando trabalhava com e-commerce para uma multinacional e percebeu a dificuldade das indústrias em implementar a transformação di-
gital - principalmente em setores tradicionais como o de alimentos e bebidas. Mesmo em um mercado que movimenta mais de R$ 650 bilhões por ano, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), não havia um grande marketplace ou e-commerce do
ramo alimentício no Brasil. Foi então que nasceu a Menu. Hoje, a empresa cresce 50% ao mês e é oferece soluções completas de tecnologia para a indústria alimentícia, com duas unidades de negócio, mais de 100 mil cadastros (dos quais 5 mil ativos) e grandes clientes no setor, como Alelo, Ambev, Unilever, Grupo Pão de Açúcar, entre outros. Os fornecedores somam cerca de 60 empresas com mais de 40 mil produtos diferentes. “No ano passado, melhoramos a maior parte dos nossos indicadores, como taxa de conversão, engajamento de clientes e volume de contratos. Tivemos uma evolução bem significativa nos negócios e crescemos cerca de 10 vezes em 2019 na comparação com 2018. Para este ano, apostamos em um desempenho ainda melhor: alta entre 20 e 30 vezes”, apostou. O otimismo de Almeida se deve a uma série de fatores, entre os quais está a retomada da economia, a
recuperação dos níveis de emprego e renda e o consequente crescimento do setor de bens de consumo em todo o País. Além disso, conforme ele, a abertura de novos mercados também deverá impulsionar os negócios. “Em 2020, teremos um aporte de um fundo de Nova York que vai nos permitir investir ainda mais, principalmente na atração e retenção de clientes”, justificou sem revelar maiores detalhes, e ao dizer que serão “algumas dezenas de milhões de reais”. Entre as soluções que a Menu oferece, está a simplificação do processo de compras de pequenos supermercados, restaurantes e bares nas cidades em que atua. O marketplace da marca conecta fornecedores e comerciantes em São Paulo e no Rio de Janeiro. Pela plataforma, o cliente tem acesso aos fornecedores parceiros e consegue comparar preço, comprar mais barato e receber os produtos em até 48 horas.
ACESSIBILIDADE
Empresa mineira revoluciona educação inclusiva Escolas em diversos estados do País aderem às soluções da startup mineira ‘TiX Tecnologia Assistiva’ como parte de seu currículo escolar em Atendimento Educacional Especializado (AEE). Já são mais de 250 kits com produtos da empresa sendo utilizados no Brasil em prol da educação inclusiva e de qualidade. Recife (PE) é, atualmente, o local em que se concentra a maior quantidade de kits voltados para as Salas de Recursos Multifuncionais - os espaços físicos de AEE. Entre 2017 e 2018, a prefeitura da cidade adquiriu 195 kits TiX que incluem, principalmente, o Teclado Inteligente Multifuncional e o software Simplix. Quase 4 mil alunos já foram beneficiados. O Teclado TiX - o carro-chefe da startup - é um recurso inovador que traz acessibilidade para pessoas com qualquer limitação motora utilizarem computadores, smartphones e tablets de maneira simples e autônoma. Inclusive, com o auxílio de um acionador de piscadelas, é possível controlar esses aparelhos com o piscar dos
olhos. Já o Simplix é um software que permite criar atividades psicomotoras para finalidades pedagógicas ou terapêuticas. Além de Recife, Curitiba (PR), outra capital brasileira, também adquiriu as soluções da startup como forma de revolucionar a comunicação e o aprendizado de estudantes com deficiências que afetam a condição motora. Na cidade foram incorporados 40 conjuntos TiX em suas salas de recursos. Em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), além da entrega de 32 kits com os equipamentos e o software, a TiX realizou, em novembro de 2019, um treinamento com professores e educadores da cidade para ensinar a melhor forma de uso dos produtos, além de um período de acompanhamento nas escolas. A iniciativa dessas escolas de parceria com a empresa de tecnologia assistiva vai ao encontro com o que norma máxima brasileira diz. Tanto o Atendimento Educacional Especializado, quanto o acesso em condições de igualdade à educação
HARIANE ALVES
inclusiva são assegurados a toda criança e adolescente pela Constituição Federal, via Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI - nº 13.146/2015). Essa lei incentiva, ainda, através do artigo 28 - XII, o uso de recursos de tecnologia assistiva para promover um sistema educacional acessível, “de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação”. Letramento - Além dos kits voltados para a educação, a TiX, em parceria com o Grupo Actcon, desenvolveu o Programa Educacional TiX Letramento, uma plataforma para inclusão escolar de alunos com deficiência. Ela oferece soluções integradas em tecnologias assistivas, softwares educacionais, plataformas de colaboração e garantias técnicas e didático-pedagógicas. O programa é voltado, principalmente, para a Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), a alfabetização inicial e o letramento em Língua Portuguesa e Matemática dos estudantes. O TiX Letramento já está
O Teclado TiX permite pessoas com qualquer limitação motora utilizarem computadores
em fase de implantação na rede pública de ensino de cidades como Guarulhos (SP) e São Luís (MA). Reconhecimento - A TiX Tecnologia Assistiva foi fundada em 2009, em Belo Horizonte, operando também nos exterior com a unidade de negócios Key2enable, e já recebeu reconhecimentos no Brasil e no mundo. Em
maio de 2019, passou a integrar (como TiX) o ranking ‘Negócios mais Promissores em Inovação’ do Brasil e, enquanto Key2enable, foi reconhecida com o título de startup mais promissora do mundo pelo programa Gitex Future Stars, dos Emirados Árabes e no Innovation and Entrepreneurship Competition, da China. Além disso, a Key2enable,
atualmente, faz parte do portfólio de três aceleradoras globais: a Singularity University (EUA), a Krypto Labs (Emirados Árabes) e a Startup Chile. A TiX lidera, ainda, o ranking Innovation Awards Latam como uma das startups mais promissoras da América Latina e, em junho de 2019, ficou em segundo lugar do FedEx para Pequenas Empresas no Brasil. (Da Redação)
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FINANÇAS BANCOS
BB traça estratégia de olho em rivais privados Com privatização fora dos planos do governo, instituição avalia série de medidas para ampliar competitividade São Paulo - O Banco do Brasil planeja uma série de iniciativas para competir melhor com rivais privados, depois que o presidente Jair Bolsonaro descartou planos de privatizar a instituição, de acordo com quatro pessoas familiarizadas com o assunto. O plano inclui alterar as regras de emprego para facilitar a contratação e demissão de funcionários do banco e remover algumas restrições salariais, manter dividendos em patamares elevados a partir da venda de ativos e fechar parcerias com fintechs e outras startups, disseram essas pessoas, que se recusaram a ser identificadas porque o plano ainda não é público. As iniciativas foram aprovadas pelo conselho de administração do banco, afirmaram duas das fontes. O jornal Valor Econômico divulgou, na quinta-feira, o plano do banco de formar joint ventures com fintechs, mas os outros detalhes não foram informados anteriormente. Alguns pontos do plano ainda dependem de aprovações do governo para avançar e podem ser de difícil aprovação política, além de enfrentar resistência dos quase 94 mil empregados do Banco do Brasil, como é o caso das mudanças salariais e nas regras de demissão. As fontes disseram que as conversas com o Ministério da Economia sobre regras de emprego começaram no ano passado e que qualquer mudança provavelmente se aplicaria a outras empresas controladas pelo Estado. No entanto, o resultado dessas discussões permanece incerto. O Banco do Brasil se recusou a comentar o assunto. O Ministério da Economia negou que mudan-
CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC
Propostas integram Plano B de estatal
Entre iniciativas estudadas pelo banco estatal está o acerto de parcerias com fintechs e outras startups
ças na forma como as empresas estatais contratam e demitem estejam em discussões. Mas duas fontes do ministério disseram à reportagem que as conversas estão acontecendo na secretaria especial de Desestatização, comandada por Salim Mattar. Uma dessas fontes acrescentou que as discussões são preliminares. Falhas em promessas - O plano do Banco do Brasil para ganhar competitividade ilustra como a realidade da política brasileira torna mais lenta a agenda do presidente Bolsonaro. Ele assumiu como presidente em janeiro de 2019 com a promessa de reduzir o papel do governo na maior economia da América Latina, mas tem falhado em algumas promessas. Logo após assumir o cargo,
seu governo instalou uma nova administração no Banco do Brasil, o segundo maior banco do País em ativos, com um valor de mercado de R$ 146 bilhões, além de iniciar uma série de desinvestimentos. Hélio Magalhães, que anteriormente chefiava o Citigroup e a American Express no Brasil, foi nomeado presidente do conselho. Rubem Novaes, economista formado na Universidade de Chicago e acadêmico a maior parte de sua vida, assumiu a presidência-executiva. A administração do banco defendeu publica e privadamente, e também por meio do Ministério da Economia, que o governo precisava deixar sua posição de controlador no banco para permitir que ele competisse melhor com rivais como o Itaú Unibanco, Bradesco e Banco Santander Brasil.
A avaliação da alta cúpula do Banco do Brasil é de que a instituição poderia rapidamente ficar atrás de tais rivais se não fosse ágil em oferecer aos clientes novos produtos, trazer mais tecnologia e reter e contratar talentos. Bolsonaro, no entanto, rejeitou a ideia, em parte, por acreditar que enfrentaria oposição de membros do Congresso cujos integrantes representam áreas que dependem fortemente da instituição, disse uma das fontes. O Banco do Brasil é o maior banco do País em crédito rural e, muitas vezes, é dono da única agência de cidades pequenas. Bolsonaro não se pronunciou imediatamente sobre o assunto. Em dezembro, o presidente disse a jornalistas que as discussões sobre a privatização do banco eram um assunto encerrado. (Reuters)
TRANSAÇÕES CORRENTES
Déficit em contas externas cresce 22,2% Brasília - O déficit em transações correntes do Brasil fechou 2019 em US$ 50,762 bilhões, alta de 22,2% sobre 2018 e no pior dado em quatro anos, afetado pela queda do superávit comercial do País, divulgou o Banco Central (BC) ontem. O maior rombo das contas externas antes disso havia sido registrado em 2015, quando o déficit foi de US$ 54,472 bilhões. O buraco nas transações correntes em 2019 passou a 2,76% do Produto Interno Bruto (PIB), sobre 2,20% em dezembro do ano anterior. Apesar da piora, ele seguiu coberto com folga pelos investimentos diretos no país (IDP), que alcançaram US$ 78,559 bilhões no ano passado. A expectativa do BC era de um déficit em transações correntes de US$ 51,1 bilhões em 2019, mas com IDP um pouco melhor, de US$ 80 bilhões. Questionado se o aumento no déficit era um motivo de preocupação, já que não foi acompanhado de uma forte retomada da economia, o chefe do departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, ponderou que não. “Esse aumento do déficit em transações correntes, em valores nominais, foi de US$ 9,2 bilhões. E a gente consegue identificar que a redução do superávit comercial respondeu por US$ 13,6 bilhões desse aumento”, disse ele. A autoridade monetária já havia justificado que as transações correntes foram prejudicadas em 2019 pelo pior desempenho da balança comercial, em um ano marcado pela desaceleração da economia na Argentina, peste suína afetando a China e a demanda por soja brasileira, além
da dinâmica envolta em incertezas do comércio mundial em meio às tensões protagonizadas por Estados Unidos e China. O ano passado também foi afetado por ruídos em relação aos números das transações correntes. No início de dezembro, o governo anunciou uma correção para cima no registro das exportações de setembro a novembro, atribuindo a uma falha humana uma subnotificação de US$ 6,488 bilhões que havia ajudado a piorar o resultado da balança comercial brasileira divulgado originalmente. Ao fim, o superávit da balança comercial encerrou 2019 em US$ 39,404 bilhões, recuo de 25,7% sobre 2018, diante de uma queda
de 6,3% nas exportações e diminuição de 0,8% nas importações, apontou o BC. Para 2020, o BC prevê novo aumento do déficit em transações correntes, para US$ 57,7 bilhões, mas desta vez determinado principalmente por um aumento das importações, em meio a uma aceleração da atividade econômica. Em 2019, as remessas de lucros e dividendos de multinacionais instaladas no Brasil caíram 14,8% sobre o ano anterior, a US$ 31,126 bilhões. Esse foi o principal fator a guiar a retração de 4,8% no déficit em renda primária, a US$ 55,989 bilhões. Gastos no exterior - Na conta de serviços, houve redução no
ano tanto nos gastos líquidos de brasileiros no exterior, com recuo de 5,4% frente a 2018, a US$ 11,681 bilhões, quanto nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, que caíram 8,2%, a US$ 14,483 bilhões. Fundamentalmente por conta desses dois movimentos, o déficit em serviços diminuiu em 1,7% em 2019, a US$ 35,141 bilhões, apontou o BC. Em dezembro somente, o déficit em transações correntes foi de US$ 5,691 bilhões, pior que a expectativa de um déficit de US$ 4,5 bilhões, conforme pesquisa Reuters com analistas. A conta de IDP alcançou US$ 9,434 bilhões, abaixo da projeção de US$ 11 bilhões. (Reuters)
Estrangeiros retiram US$ 5,6 bi do País Brasília - Os investidores estrangeiros retiraram US$ 5,666 bilhões de aplicações em ações do Brasil, mostraram dados do Banco Central (BC) divulgados ontem, no pior desempenho registrado para a negociação direta de papéis em bolsa no mercado doméstico desde 2008, quando a saída foi de US$ 10,850 bilhões. Em 2018, o dado havia ficado negativo em US$ 4,265 bilhões. Já por meio de fundos de investimento, houve entrada de US$ 2,053 bilhões em 2019, ante retirada de US$ 850 milhões no ano anterior. O dado foi revisado pelo BC, após divulgar que a saída em 2018 havia sido de US$ 3,417 bilhões. Segundo a autarquia, a revisão refletiu uma atualização rotineira dos dados reportados ao BC.
O chefe do departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, afirmou que, pela ótica do BC, faz sentido analisar esse movimento somando as duas linhas, já que ambas envolvem a compra de ações, embora por vias diferentes. Quando adotado esse parâmetro, o dado em 2019 ainda ficou no vermelho, a US$ 3,613 bilhões, mas inferior à saída de US$ 5,114 bilhões de 2018. Questionado se uma nova performance negativa indicava a resistência dos investidores estrangeiros em entrar na bolsa a despeito das reformas econômicas já realizadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, Rocha ponderou que existe volatilidade nesse movimento. “Se você olhar o ano de 2019 como um todo, especificamente
para o comportamento de ações e fundos de investimento no mercado doméstico, você vai ver que o valor para o ano foi negativo, mas com várias alternâncias de resultados positivos e negativos ao longo do ano”, disse, acrescentando que esse comportamento com foco no curto prazo é característico do investimento em ações. “Em relação à Bovespa como um todo, às ações, o que nós vimos ao longo de 2019 foi um crescimento do seu índice, com esse índice batendo recorde. Supõe-se que uma continuidade desse processo possa atrair os investidores estrangeiros novamente”, completou. Na parcial de janeiro até o dia 23, o BC contabilizou saída líquida de investimentos estrangeiros de US$ 1,7 bilhão em ações e fundos de investimento juntos. (Reuters)
São Paulo - As novas propostas funcionam como uma espécie de plano B do Banco do Brasil. Um dos pilares principais do plano é mudar a maneira como o banco contrata e demite funcionários e também ganhar mais flexibilidade no quanto é capaz de pagar aos funcionários, disseram as quatro fontes. Dependendo da posição estratégica, o banco deseja pagar salários mais altos para atrair e reter talentos sem precisar pedir permissão ao Ministério da Economia, disseram as fontes. As diferenças salariais podem ser substanciais na alta cúpula dos bancos, mostram dados salariais disponíveis na Comissão de Valores Mobiliários. Por exemplo, um diretor estatutário do Santander Brasil recebe mais de quatro vezes o que o Banco do Brasil paga por uma função semelhante, em média. Enquanto defendia a privatização, Novaes afirmou recentemente que o banco perdeu 50 executivos importantes para os concorrentes em 2019 em parte porque eles não podiam pagar essas pessoas tanto quanto o setor privado pagava. Se o governo aprovar a mudança, também permitirá que o Banco do Brasil reduza o número de funcionários mais rapidamente por meio de iniciativas como programas de indenização voluntária. As reformas da força de trabalho, no entanto, provavelmente enfrentarão resistência dos funcionários públicos, que, dependendo do cargo, têm benefícios mais generosos do que na concorrência privada e estabilidade do emprego. Em uma página privada do Facebook para funcionários chamada “BB Funcis Realistas”, vista pela Reuters, alguns funcionários se queixaram dos esforços de privatização de Novaes e pediram sua renúncia por se preocupar com suas implicações disso. Dividendos e Fintechs - O banco também planeja manter o percentual de pagamento de dividendos sobre o lucro no teto, em 40%, já que as vendas de ativos nos próximos meses provavelmente ajudarão a aumentar os lucros, disseram duas fontes. Um terceiro elemento do plano é negociar joint ventures e adquirir participações minoritárias em startups, contaram as quatro fontes. O Banco do Brasil quer oferecer às startups acesso à sua ampla rede no Brasil - 37,3 milhões de clientes e mais de 4.000 agências - em troca de participações nessas empresas, disseram essas fontes. O banco não tem intenção de desembolsar recursos para se tornar sócio das startups. O Banco do Brasil também continuará a fechar acordos com grandes instituições financeiras, como fez no ano passado quando anunciou uma joint venture com o UBS para a área de banco de investimento. Neste momento, o Banco do Brasil procura um parceiro para sua unidade de gestão de recursos. (Reuters)
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LEGISLAÇÃO JONAS PEREIRA / AGÊNCIA SENADO
IMPOSTOS
Reforma tributária terá prioridade no Congresso Comissão mista vai reunir principais propostas em texto único Brasília - Ano novo, reforma nova. Se 2019 foi marcado pela alteração na aposentadoria dos brasileiros, a promessa para 2020 é a mudança na cobrança de impostos. Senado e Câmara dos Deputados instalam em fevereiro uma comissão mista que terá a função de reunir em um só texto as principais matérias sobre o assunto no Congresso Nacional. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já avisou que o Poder Executivo quer sugerir ajustes. O Poder Legislativo analisa mais de 100 propostas de emenda à Constituição (PECs) para reformar o Sistema Tributário Nacional, mas o esforço recente gira em torno de duas matérias. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, apresentada em abril pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP), aguarda parecer na comissão especial da Câmara. A PEC 110/2019, sugerida em julho pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está pronta para votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. A principal convergência entre as duas propostas é a extinção de diversos tributos que incidem sobre bens e serviços. Eles seriam substituídos por um só imposto sobre valor agregado. A PEC 45/2019 extingue cinco tributos: três de competência da União – Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e dois de estados e municípios - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS). Além desses, a PEC 110/2019 acaba com outros quatro impostos federais – Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), salário-educação, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis) e Programa
de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). A mudança traz algumas vantagens: simplicidade na cobrança (com o menor número possível de alíquotas e regimes especiais); incidência apenas sobre o consumo; e uniformidade em todo o país. Mas as semelhanças entre as duas propostas param por aí, e o desafio da comissão mista será harmonizar as divergências, que não são poucas [veja arte]. O presidente e o relator do colegiado já foram definidos: o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Rocha é relator da PEC 110/2019 na CCJ do Senado, enquanto Ribeiro relata a PEC 45/2019 na comissão especial da Câmara. A expectativa dos parlamentares é unificar a discussão e acele-
rar a aprovação da reforma tributária, que hoje tramita de forma fatiada no Congresso. “Temos duas propostas: uma na Câmara e outra no Senado. Elas têm o mesmo chassi, muda apenas a carroceria. Temos um acúmulo grande. Só no Senado são quase 200 emendas apresentadas. Não creio que seja uma tarefa muito difícil”, argumenta Rocha. A expectativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, é ver a reforma tributária aprovada nas duas Casas ainda no primeiro semestre, com a colaboração do Ministério da Economia. “Não adianta termos uma proposta na Câmara e outra no Senado sem ter a participação efetiva do governo. A palavra é conciliação. Uma conciliação da Câmara, do Senado e do Poder Executivo para
entregarmos para a sociedade brasileira uma proposta que faça com que os empreendedores e a população possam se ver contemplados em uma reforma que vai melhorar a vida das pessoas”, avalia. Sugestões - A previsão inicial era de que a comissão mista destinada a analisar a reforma começasse a recolher sugestões dos parlamentares e do Poder Executivo em dezembro passado, durante o recesso. Mas o início dos trabalhos foi adiado porque os líderes partidários ainda não indicaram os 15 senadores e 15 deputados que devem integrar o colegiado. Mesmo após o adiamento, o presidente da Câmara continua confiante na aprovação da reforma em 2020. “A reforma tributária é a
Davi Alcolumbre espera aprovar reforma neste semestre
mais importante para o crescimento econômico e para destravar a economia do país. Defendo a simplificação do sistema tributário brasileiro, que atualmente é confuso e com excessivas leis. Essa reforma, ao simplificar o sistema, vai diminuir o desequilíbrio existente hoje. A sociedade continua pagando muitos impostos, e os serviços públicos continuam piorando. Isso precisa mudar”, escreveu o presidente da Câ-
mara, Rodrigo Maia, em uma rede social. A comissão mista da reforma tributária deve apresentar um parecer em 90 dias. Depois disso, o texto ainda precisa ser votado na Câmara e no Senado. Como se trata de uma mudança na Constituição, a proposta depende da aprovação de 308 deputados e 49 senadores, em dois turnos de votação. (As informações são da Agência Senado)
Alíquota do IBS deve chegar a 27%, diz o Ipea Brasília - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publicou em janeiro uma análise sobre as propostas de emenda à Constituição (PECs) 45/2019 e 110/2019. De acordo com o estudo “Reforma Tributária e Federalismo Fiscal”, a unificação de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS) no futuro Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) resultaria em uma tributação de 26,9% — uma das mais altas do planeta. “A alíquota do IBS deve chegar a níveis próximos de 27%, segundo as nossas estimativas, o que colocaria o Brasil entre os países com as maiores alíquotas-padrão
de IVA (imposto sobre valor agregado) do mundo, ao lado da Hungria, que tributa em 27%, e acima de países como Noruega, Dinamarca e Suécia, com alíquotas de 25%”, afirmam os pesquisadores Rodrigo Orair e Sérgio Gobetti. Os analistas compararam a receita atual de ICMS e ISS de cada unidade da Federação com a estimativa potencial de arrecadação com o futuro IBS. A conclusão é de que 19 estados podem ganhar com as mudanças. Entre eles, os 12 entes considerados de renda baixa (com nível de produto interno bruto per capita até R$ 20 mil por habitante), que devem arrecadar R$ 24,8 bilhões a mais por ano. Os maiores beneficiados são Pará e Maranhão, com ganhos de R$ 5,6 bilhões e R$ 4,2 bilhões. No outro lado da moeda, oito estados de renda média (entre R$ 20 mil e R$ 30 mil
per capita) e alta (acima de R$ 30 mil) perdem com as mudanças. Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo juntos deixam de arrecadar R$ 34,3 bilhões por ano. Paulistas e mineiros pagam a conta mais alta, com prejuízos de R$ 21,2 bilhões e R$ 4 bilhões. O Ipea analisou ainda o impacto das duas PECs no combate às desigualdades sociais. Pela regra atual, a fatia mais pobre da população paga 26,7% da renda em impostos sobre o consumo. Os mais ricos desembolsam apenas 10,1%. A reforma tributária reduz essa diferença, mas de maneira discreta: 24,3% para os mais pobres, e 11,2% para os mais ricos. O Poder Executivo deve enviar em fevereiro sugestões para aperfeiçoar a reforma
tributária. As mudanças serão apresentadas na forma de emendas por senadores e deputados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda não detalhou quais pontos do texto pretende alterar. Mas durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em janeiro na Suíça, disse que o Palácio do Planalto defende uma reforma “mais simples”. Em entrevistas a órgãos de imprensa, Paulo Guedes tem defendido a substituição dos diversos tributos sobre bens e serviços por um só imposto sobre valor agregado (IVA) — como preveem as PECs 45/2019 e 110/2019. Mas, segundo o ministro, o Poder Executivo quer uma alíquota de apenas 11%. Para compensar a perda de arrecadação, seria criado um novo imposto sobre pagamentos digitais. O presidente do Senado é
contrário à ideia. Ele lembra que o Congresso já derrubou tentativas de criação de um novo imposto nos moldes da extinta CPMF. A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira incidiu sobre todas as transações bancárias e vigorou no Brasil por 11 anos, até 2007. “A gente já falou em outras ocasiões, tanto o Senado como a Câmara, que o Brasil não aguenta mais aumentar a carga tributária. As pessoas insistem em falar sobre isso, que é um tema que o Parlamento já decidiu que não vai fazer. Na Câmara, o sentimento do presidente Rodrigo Maia é que não passa a criação de um novo imposto, seja ele qual for. E no Senado também, eu já falei sobre isso”, disse o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. (As informações são da Agência Senado) FABIO RODRIGUES POZZEBOM / AGÊNCIA BRASIL
TRABALHO
PGR ajuíza ação no STF contra MP 905 Brasília - O procurador-geral da República, Augusto Aras, ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6306, com pedido de liminar, contra dois artigos da Medida Provisória (MP) 905/2019, que instituiu o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, que tratam da destinação de valores de multas e penalidades aplicadas em ações e procedimentos da competência do Ministério Público do Trabalho (MPT) e limitam seu campo de atuação para firmar Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) em matéria trabalhista. De acordo com Aras, as normas limitam o uso de instrumentos à disposição do MPT para a defesa de direitos coletivos trabalhistas e ferem a autonomia e a independência do Ministério Público. Para o procurador-geral, as atribuições e as prerrogativas de membros do Ministério Público só podem ser reduzidas por meio de lei complementar. Aras aponta ainda violação aos princípios constitucionais que tratam da
divisão funcional de Poder e da independência funcional do Ministério Público. A medida provisória criou o Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho e vinculou a ele as receitas decorrentes da reparação de danos morais coletivos ou multas por descumprimento de TACs firmados pelo MPT. Segundo o PGR, ao destinar valores a um único programa
com temática limitada, sem relação com a compensação do dano trabalhista coletivo causado, a norma restringe o dever de reparação e atinge a atividade do MPT, reduzindo sua função de órgão resolutivo na proteção de direitos difusos e coletivos e comprometendo sua autonomia funcional. Também é objeto de questionamento na ação o dispositivo da medida provisória que altera o artigo 627-A da
CLT para limitar o prazo máximo de vigência de TAC em matéria trabalhista e estabelecer que as multas por seu descumprimento terão valor igual ao das penalidades administrativas impostas em infrações trabalhistas. A alteração na CLT também impede a assinatura de novo TAC quando a empresa tiver firmado acordo extrajudicial. Segundo Aras, a regra impede a plena atuação do MPT (As informações são do STF) Aras questiona dois artigos do Contrato Verde e Amarelo
Entidade contesta decisões do Carf e das DRFs Brasília - A Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 647 contra decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e das delegacias da Receita Federal (DRFs) que mantêm a competência dos auditores
fiscais da Receita Federal para reconhecer vínculo empregatício de trabalhadores autônomos ou pessoas jurídicas sem a manifestação prévia da Justiça do Trabalho. Segundo a associação, essa posição das DRFs e do Carf vem sendo justificada a partir de interpretação inconstitucional de dispositivos do Código Tributário (Lei 5.172/1966), da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e de outras leis.
De acordo com a Abimo, o reconhecimento da competência dos auditores fiscais da Receita para determinar a existência da relação de emprego nessas situações afeta o desenvolvimento da atividade econômica no país e viola princípios constitucionais como o da separação dos Poderes, da livre iniciativa e da liberdade de empreender. Entre outros argumentos, a entidade sustenta que as decisões desconsideram atos
ou negócios jurídicos legítimos e, com a caracterização de autônomos ou PJs como empregados, possibilitam a cobrança de contribuições sociais e demais tributos, além da imposição de multas. Argumenta ainda que a atuação dos auditores fiscais usurpa a competência da Justiça do Trabalho, que, em seu entendimento, tem competência exclusiva para analisar a existência de vínculo de emprego.
A associação pede a declaração de inconstitucionalidade da interpretação de artigos do Código Tributário Nacional (Lei 5.172/1966), da Lei da Seguridade Social (Lei 8.212/1991) e da CLT e a declaração de inconstitucionalidade do artigo 229, parágrafo 2º, do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999), normas que fundamentam as decisões do Carf e das DRFs. (As informações são do STF)
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2020
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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
Capitania de Minas Em 2020, serão completados os 300 anos da criação da Capitania de Minas, separando-a da Capitania de São Paulo, a que estava integrava desde 1709. Em comemoração a esse fato histórico, a Associação Comercial e Empresarial de Minas convida você, jornalista, para o lançamento da marca da campanha com a qual a entidade destacará, durante todo o ano, o tricentenário do Estado. O encontro acontecerá durante um café, na próxima quinta-feira, às 10 horas, na sede da entidade. A data enseja, além das comemorações, estudos, debates e análises sobre os três séculos da História de Minas, sua evolução política, econômica, social e cultural, as dificuldades que encontra para seu pleno desenvolvimento, assim como a contribuição do Estado para a formação da nacionalidade brasileira. É também um momento extremamente oportuno para estudos e reflexões sobre as dificuldades por que passa o Estado e, principalmente, para projetar o seu futuro
Vítimas das chuvas A Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), manifestando sua solidariedade a todos os desabrigados e desalojados pelas fortes chuvas que recentemente atingiram o Estado, especialmente a Capital, está realizando uma campanha, junto a toda a população de Belo Horizonte e de outros municípios da RMBH, para coletar donativos, em especial roupas e alimentos, destinados à população afetada. Estão sendo arrecadados itens como água, alimentos não perecíveis, roupas, produtos de higiene pessoal e de limpeza, além de roupas de cama, colchões, toalhas travesseiros e também brinquedos. As doações, que devem ser feitas dias úteis na sede da entidade, na avenida Afonso Pena, 374, no Centro, no horário comercial, serão encaminhadas ao Servas, que se encarregará de sua distribuição.
Doações para desabrigados A Fiemg, por meio de seu Conselho Estratégico, se junta ao governo do Estado e à Cruz Vermelha para a estruturação de uma série de ações do setor para minimizar o sofrimento de milhares de mineiros que foram vitimados pelas fortes chuvas dos últimos dias. A entidade se reuniu com o Serviço Voluntário de Assistência Social de Minas Gerais (Servas) para levantar as necessidades prioritárias para o atendimento às vítimas e abriu um canal direto – pelo telefone (31) 3263-4317 – para que as indústrias doadoras possam entrar e contato e enviar os itens mais demandados. Neste momento, são: 5 mil colchões, 10 mil conjuntos de lençóis e cobertores, material de limpeza, água e cestas básicas sem limite de quantidade.
Descoberta de Auschwitz pelos soviéticos faz 75 anos Brasília - A palavra Holocausto tem origem grega (holókaustos) e latina (holocaustum), e na história antiga nomeava o sacrifício religioso de animais pelo fogo. Após a Segunda Guerra Mundial, o termo ganhou um novo significado: “homicídio metódico de grande número de pessoas, especialmente judeus e outras minorias étnicas, executado pelo regime nazista”, como descreve o aplicativo do Dicionário Priberam, editado no Brasil e em Portugal. O genocídio em massa - sistemático e organizado - faz parte da memória de sobreviventes dos campos de concentração. Lá, apenas duas possibilidades existiam para os inimigos do regime: trabalho forçado e extermínio. Mais de 200 estabelecimentos desse tipo foram criados por nazistas, dentro e fora de território alemão, durante as décadas de 1930 e 1940. Os campos serviam para explorar e eliminar principalmente judeus, mas também ciganos, homossexuais, comunistas, testemunhas de Jeová, pessoas com deficiências físicas e mentais, prisioneiros de guerra soviéticos e poloneses. O Holocausto é considerado por muitos historiadores como o maior crime já cometido contra a humanidade. “Víamos a fumaça e um fogo enorme ardendo dia e noite, e a kapo (funcionária também prisioneira da SS alemã] nos dizia ‘vocês vão virar fumaça. Olha aí. Fogo, fumaça, é o que vocês vão virar, se não me obedecerem’, descreve Lulu Landwehr, ex-prisioneira sobrevivente de Auschwitz (Polônia) no livro de memórias “...E Pilatos lavou as mãos”. “Quem abriu o nosso vagão (ao chegar a Auschwitz) foi um jovem detento que estava lá há mais tempo. Ele olhou para mim e falou para eu vestir um casaco grande e, para quando eu chegasse em frente ao oficial alemão, dizer em voz alta que eu tinha 18 anos (tinha 13, na verdade). Assim, me salvei da câmara de gás”, contou à Agência Brasil, Henry Katina. “Selecionavam as pessoas que tinham condições para trabalhar. As que não tinham condições de trabalhar foram imediatamente levados para a câmara de gás”, complementa. Lulu Landwehr e Henry Katina viviam em cidades distantes a 170 quilômetros
AGÊNCIA BRASIL/TOMAZ SILVA
na Hungria (Oradea e Halmeu, respectivamente) ocupadas pacificamente por alemães. As duas cidades hoje pertencem à Romênia. Em períodos próximos, os dois foram forçados com suas famílias judias a morar em guetos, e depois foram levados de trem para o campo de concentração e extermínio em Auschwitz. A viagem dela foi em 1º de maio de 1944 e a viagem dele, 22 dias depois. Apesar de perderem pais e irmãos assassinados pelo regime nazista, os dois tiveram sorte e passaram pouco tempo em Auschwitz. Depois de três meses, ela foi levada com a irmã para um campo de trabalho forçado ainda na Polônia onde fabricava munição. Ele foi trabalhar com pás e picaretas para nivelar terreno que serviria de estação ferroviária no país. As coincidências nas histórias dos dois não terminam aí. Ambos vieram morar no Brasil na década de 1950. Lulu e seu marido, também judeu e foragido de guerra, viveram em São Paulo e depois em Brasília. Henry, após uma passagem no Canadá, veio a Belo Horizonte, onde morava uma irmã. Gostou da cidade e conheceu a mulher com quem é casado até hoje. Lulu morreu em abril do ano passado, aos 93 anos. Henry, hoje com 89 anos, continua em Belo Horizonte e proferiu ontem uma palestra na cidade, promovida pela Fede-
ração Israelita, pela Secretaria de Cultura e Turismo e pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, marcado a passagem do Dia Internacional em Homenagem às Vítimas do Holocausto. Para o rabino Toive Weitman, as vítimas do holocausto, como Lulu e Henry, “são verdadeiros heróis, que enxergaram o inferno na vida deles e muitos deles, sobreviventes, conseguiram ainda reconstruir família”. E a história pessoal que deixaram registrada ou ainda contam é fundamental porque “a memória do passado ensina às novas gerações” e serve como lição positiva: “transformar a maldade e faz o mundo mais humano.” A data foi instituída em 2005 pelas Nações Unidas. No 27 de janeiro de 1945, há 75 anos, as tropas soviéticas descobriram o campo de concentração de Auschwitz. Segundo a Unesco, o local foi o maior complexo de extermínio e “o maior centro de assassinatos em escala industrial, construído para implementar o genocídio dos judeus da Europa”. Conforme a agência da ONU, de 1,1 milhão de indivíduos que foram assassinados em Auschwitz, quase 1 milhão eram judeus. A estimativa é de que no ano de 1944, quando Lulu Landwehr e Henry Katina passaram por Auschwitz, a média de assassinatos tenha sido de seis mil pessoas por dia. (ABr)
Microteatro La Movida
Divertimentos matemáticos
Estão abertas até 17 de fevereiro as inscrições para que artistas e coletivos das artes cênicas, cinema e música apresentem suas propostas de ocupação do Microteatro La Movida, espaço reinaugurado em 2019 e que por onde passaram 55 produções, com mais de 4.600 ingressos vendidos durante o ano passado. Com novo projeto aprovado na Lei Municipal de Incentivo à cultura de Belo Horizonte, o microteatro, que renovou o patrocínio com o Uni BH, realiza homenagem ao primeiro microteatro espanhol. O Microteatro La Movida oferece temporadas com os seguintes temas: Por Dinheiro, Por Elas, Pelo Preconceito, Pelo Território e Pela Verdade. Ao realizar suas inscrições os artistas deverão optar pelo tema que deseja abordar. As produções deverão ser inéditas na programação do La Movida. As inscrições podem ser realizadas por meio das redes sociais do Microteatro La Movida: @lamovidamicroteatro.
O Espaço do Conhecimento UFMG acredita que o aprendizado pode ser leve e divertido. O museu promoverá, nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, a oficina Quebra-cabeças e outros divertimentos matemáticos. As atividades serão executadas pela equipe do Museu da Matemática da UFMG, do PET-MAT-UFMG e do Projeto Visitas do Departamento de Matemática da UFMG. No dia 31 de janeiro, das 13h às 17h, e no dia 01 de fevereiro, das 15h às 19h, os visitantes poderão interagir com quebra-cabeças, jogos matemáticos, labirintos lógicos, dobraduras de papel e outros desafios. O objetivo é instigar a curiosidade e exercitar o raciocínio lógico de crianças e adultos. A participação é gratuita e a classificação é livre. O Espaço do Conhecimento UFMG fica na Praça da Liberdade, 700, Funcionários.
CULTURA DIVULGAÇÃO
Quanto: entrada gratuita, ingressos distribuídos uma hora antes de cada sessão Onde: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro)
Cinema Scorsese – Cineasta, diretor, roteirista, ator e produtor, Martin Scorsese é tema de retrospectiva come 35 filmes, contemplando longas de ficção e documentais, além de curtas-metragens dirigidos
pelo norte-americano, incluindo clássicos como “Taxi Driver.” (1976), “Touro Indomável” (foto), de 1980, “Os Bons Companheiros” (1990), “Os Infiltrados” (2006) e. “O Lobo de Wall Street” (2013). Quando: até 20 de fevereiro
“Made in Pernambuco” A Fundação Municipal de Cultura realiza a mostra “Made in Pernambuco”. A seleção de títulos traz 15 longas e 21 curtas e médiasmetragens, totalizando 25 realizadores, e apresenta a força da cinematografia pernambucana, num recorte de duas décadas essenciais para a consolidação e reconhecimento de sua produção, incluindo Baile Perfumado (1996), Árido Movie (2005), e Cartola (2007), de Lírio Ferreira; Madame Satã (2001), O Céu de Suely (2008), e Viajo Porque Preciso
Volto Porque Te Amo (2009), de Karim Aïnouz; Amarelo Manga (2002) e Baixio das Bestas (2006), de Cláudio Assis; Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes; e O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas (2000) de Paulo Caldas e Marcelo Luna, dentre outros. Quando: até 31 de janeiro Quanto: entrada gratuita - os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes das sessões Onde: MIS Cine Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89, Praça Duque de Caxias, Santa Tereza)
texto inédito escrito por Sérgio Roveri. Sob direção de Yara de Novaes, a atriz Fafá Rennó divide o palco com Leonardo Fernandes para contarem o drama de Diego e Sofia, alteregos de Rafael e Júlia, que se passa em uma noite fria, escura e com muita neblina. Quando: até 17 de fevereiro (sexta a segunda-feira, às 20 horas). Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia entrada) Onde: Teatro I – CCBB BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários)
Teatro Drama - Belo Horizonte foi escolhida para a estreia de “Neblina”, peça idealizada por Leonardo Fernandes e Tatyana Rubim, com
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