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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 24.034 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2020 DIVULGAÇÃO

Estrella Galicia retoma projeto de produzir cervejas em Minas A implantação da primeira fábrica fora da Espanha da cervejaria Estrella Galicia em Minas Gerais voltou aos planos do grupo, após cancelar um projeto de instalação em Poços de Caldas, no Sul do Estado, “por questões empresariais”. O protocolo de intenções foi assinado com o governo do Estado em 2017. A Estrella Galicia pretende investir R$ 100 milhões para construir a primeira unidade no Brasil, com capacidade para produzir 20 milhões de litros de bebidas por ano e geração de 100 empregos diretos e indiretos. O município de Uberlândia, no Triângulo, já foi sondado pela empresa. Pág. 6

A comercialização de veículos novos nas concessionárias de Belo Horizonte registrou aumento de 18,91% em janeiro

Vendas de veículos novos crescem 10,58% em MG Fenabrave aponta 44.755 emplacamentos em janeiro no Estado Os emplacamentos de veículos em Minas Gerais cresceram 10,58% em janeiro na comparação como o mesmo mês de 2019, com a venda de 44.755 unidades. Entretanto, em relação ao mês anterior,

foi apurada pela Fenabrave uma retração de 22,26%. Em Belo Horizonte, a comercialização de veículos novos cresceu 18,91% em janeiro frente a igual período do ano anterior, com

25.948 emplacamentos, mas caiu 33,89% sobre dezembro do ano passado. A queda nos juros e do Cadastro Positivo animam os consumidores e estimulam as vendas nas concessionárias. Pág. 5

EDITORIAL

Depois de liberar a primeira parcela da dívida do Estado com os municípios, o governador Romeu Zema condicionou ontem o pagamento total dos débitos à aprovação do plano de recuperação fiscal do governo de Minas pela ALMG, durante reunião com cerca de 300 prefeitos e o presidente da AMM, Julvan Lacerda. O projeto que engloba reformas estruturais, como a reforma administrativa, da Previdência e privatizações, deve ser enviado ao Legislativo nos próximos dias. A aprovação é considerada essencial para a recuperação financeira do Estado, requisito para o Executivo honrar os seus compromissos. Pág. 7 Sem aprovar o plano de recuperação fiscal, Zema descarta acerto com prefeituras

ARTIGOS

(Francis Augusto Goes Ricken)

Dólar - dia 4

Euro - dia 4

Comercial

Compra: R$

4,6765

BOVESPA

TR (dia 5): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,6789

Poupança (dia 5): ............ 0,2588%

Turismo

Ouro - dia 4

IPCA-IBGE (Dezembro):.... 1,15%

Compra: R$ 4,0900 Venda: R$ 4,4300

Nova York (onça-troy): US$ 1.554,60

IPCA-Ipead(Dezembro):.... 1,09%

R$ 211,87

IGP-M (Dezembro): ................. 2,09%

BM&F (g):

Págs. 2 e 3

Os novos ares das eleições diretas

As vendas de combustíveis pelas distribuidoras em Minas Gerais aumentaram 3,44% em 2019 frente a 2018. O volume total, de acordo com a ANP, chegou a 15,148 milhões de metros cúbicos no ano passado, puxado pelo diesel, que respondeu por 6,936 milhões de m3, com alta de 2,04% sobre 2018. Em segundo lugar, ficou a gasolina C, com 3,3 milhões de m3. Houve queda de 7,61% na mesma base de comparação. Com preço mais competitivo, o etanol hidratado registrou expansão de 28,2% nas vendas no Estado, atingindo 3,19 As vendas da gasolina C recuaram 7,61% em Minas no ano passado, aponta a ANP milhões de m3. Pág. 4

Compra: R$ 4,2375 Venda: R$ 4,2381

Em Brasília, anuncia-se que as taxas de juros praticadas no País são, historicamente, as mais baixas já registradas, o que seria consequência de mudanças na política monetária e consequente redução da taxa básica de juros (Selic), que em tese regula as taxas do mercado e no ano passado caiu de 6,5% para 4,5%, seguindo orientação do Banco Central. Também no ano passado, e ainda segundo os relatórios oficiais, o volume de crédito em circulação chegou aos R$ 6,5 trilhões, indicando aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. Apesar das mudanças de diretrizes, tendo em conta em primeiro lugar a estabilidade monetária e o ainda fraco processo de recuperação da economia, quem tomou crédito no ano passado o fez por necessidade extrema e sem motivos para repetir as comemorações a nível de governo. “Juros: lenda ou realidade”, pág. 2

DIVULGAÇÃO

Demanda por combustíveis sobe 3,44% no Estado

Ptax (BC)

O Banco do Brasil prorrogou por 30 dias a data de vencimento de contratos de empréstimos dos produtores agrícolas dos 196 municípios mineiros em situação de emergência por causa das chuvas. Todas as operações de crédito com vencimento entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro ganharão o prazo extra sem a cobrança de custos adicionais ao produtor. As estimativas parciais indicam que mais de 28 mil quilômetros de estradas sofreram danos, afetando diretamente propriedades rurais, e 840 pontes foram destruídas ou interditadas. Pág. 8

PEDRO GONTIJO / IMPRENSA MG

Zema condiciona pagamento de dívida com os municípios

Compra: R$ 4,2576 Venda: R$ 4,2583

Financiamento de agricultor afetado por chuva é prorrogado

+0,76 +0,81

+0,12 -0,94 29/01

-1,53 30/01

31/01

03/02

04/02

A urgência da MP do contrato verde e amarelo (Aldemir Pereira Nogueira)

O imbróglio das desestatizações (José Eloy dos Santos Cardoso)

Como visão de futuro pode prevenir o caos nas cidades (Mauro Carrusca)

As consequências do efeito “coronavírus” (João Marcos Andrade)

Os 90 anos de Pedro Simon (Tilden Santiago)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2020

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OPINIÃO Os novos ares das eleições diretas

FRANCIS AUGUSTO GOES RICKEN *

Em 2019, comemoramos 31 anos de Constituição democrática e 30 anos de eleições diretas para todos os cargos eletivos. Um marco de grandes avanços democráticos nas discussões políticas e na maturidade de nossas escolhas. O grande acontecimento para o restabelecimento de eleições diretas foi a disputa eleitoral de 1989, que poderia ser considerada a cena final de um grande espetáculo, e que foi antecedida de atos anteriores tão importantes como a campanha pelas “Diretas já!”, a Assembleia Nacional Constituinte de 1988, e a promulgação da Constituição de 1988. Vivemos longos anos sem a possibilidade de escolher nossos representantes de forma direta e, principalmente, sem poder debater de maneira livre nossos interesses e problemas. As eleições diretas nos possibilitaram reescrever nossa história de forma coerente às nossas escolhas. Talvez o leitor deve estar se perguntando: “Como podemos comemorar diante de tal quadro de deterioração da classe política?” E eu respondo: “Devemos comemorar nossa história, devemos comemorar nossos erros, para assim, de forma consciente, ter o direito ao acerto!”. Possibilitar escolhas é um ponto

elementar em qualquer democracia e, quando falo de escolhas, digo desde o mais básico, como votar, até a possibilidade de se engajar no debate de forma ativa e livre. O restabelecimento das eleições democráticas não somente possibilitou as escolhas, mas também abriu caminho para um ambiente livre para ideias e manifestações. A eleição livre não é apenas um procedimento em si, ela é um estágio inicial para a criação de uma sociedade democrática. O processo eleitoral é fundamental para que possamos depurar ideias, arejar o ambiente e possibilitar que os representantes não se sintam confortáveis e donos do poder. A periodicidade dos processos eleitorais, com discussões amplas, representa o “abrir de janelas”, capaz de refrescar o ambiente, possibilitar ares novos e diferentes. Nem sempre nossos governantes conseguem solucionar questões e, por esse motivo, devem ser colocados à prova, devem se sentir desconfortáveis com o próximo período eleitoral, situação impensável em autocracias ou em governos sem alternância. A democracia se constrói de erros e acertos, tanto é que temos direito de errar na escolha de nossos governantes. Errar é parte do processo democrático,

é com o erro e o acerto que avançamos em nossas compreensões do mundo e construímos nosso aprendizado. O mais maravilhoso de um processo de eleição livre é a certeza que em um curto espaço de tempo teremos uma nova chance para errar menos. Isso coloca a classe política em constante vigilância – afinal, retirar o mandato eletivo de quem vive da política é uma ótima lição e uma eficiente forma de controle social sobre os políticos. Mesmo com os processos eleitorais livres restabelecidos, ainda nossa democracia padece de problemas, como a falta de democracia dentro dos partidos políticos, a necessidade de maior transparência nos financiamentos eleitorais, e a carência de novos mecanismos de consulta popular – todas ferramentas capazes de aprimorar e aprofundar os processos democráticos. Devo afirmar que, mesmo necessitando de avanços, temos que continuar na construção de nossa história democrática, para que quando problemas surgirem, eles possam ser solucionados com experiência e procedimentos democráticos. *Mestre em Ciência Política, advogado e professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo

A urgência da MP do contrato verde e amarelo

ALDEMIR PEREIRA NOGUEIRA *

Por ter sido publicada no Diário Oficial da União em 11 de novembro de 2019, a Medida provisória 905/2019 entrará em regime de urgência na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, caso não seja votada até o dia 6 de fevereiro. A medida criou o contrato de trabalho verde e amarelo, bem como promoveu modificações na legislação trabalhista. Com o recesso parlamentar, do período de 23 de dezembro de 2019 a 1º de fevereiro de 2020, a sessão legislativa retornará suas atividades somente a partir de 2 de fevereiro. Isso significa que haverá apenas cinco dias para que a referida medida entre em regime de urgência. Atualmente, ela encontra-se em trâmite na comissão mista no Congresso Nacional. De acordo com a Constituição Federal, uma medida provisória possui um prazo de 60 dias após a sua publicação para ser votada. Contudo, o prazo pode ser prorrogado por mais 60 dias, caso não seja encerrada a votação nas duas casas do Congresso Nacional. Todavia, a medida provisória que não for aprovada nos primeiros 45 dias após a sua publicação, entrará em regime de urgência. Dessa forma, as demais deliberações legislativas, tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal, são paralisadas até que seja finalizada

a votação da MP em atraso. A aprovação da Medida Provisória 905/2019 é esperada em todo o País, especialmente como instrumento de alavancagem da economia e da geração de empregos. O Contrato Verde e Amarelo deve incentivar a criação de postos de trabalho para as pessoas entre dezoito e vinte e nove anos de idade, para fins de primeiro emprego, além de reduzir os encargos trabalhistas, como isenção de contribuição previdenciária, contribuição social ao sistema “S”, e alíquota de 2% sobre os depósitos de FGTS. A referida MP também autoriza o trabalho aos domingos e feriados, com direito a folga compensatória ou pagamento em dobro aos empregados. Dessa forma, é esperado que, caso seja aprovado, o Contrato Verde e Amarelo possibilite um crescimento do comércio e da economia. Portanto, cabe à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal priorizar a tramitação da MP 905/2019, seja pela necessidade econômica do País, seja por obediência à própria Constituição Federal, a qual impõe análise, discussão e votação urgente. *Coordenador das áreas Cível, Relações do Trabalho e Consumo do escritório Andrade Silva Advogados

O imbróglio das desestatizações

JOSÉ ELOY DOS SANTOS CARDOSO *

Vender empresas que criam importantes infraestruturas é uma temeridade. Pode resolver uma situação de curto prazo, mas e o futuro, como será? É uma pergunta cuja resposta não convence ninguém. Privatizar a Cemig, Copasa e a Codemig podem dar uma folga financeira no presente, mas o governo, que na atualidade, nada investe em novas infraestruturas como fez Juscelino Kubitschek, quando governador de Minas, pode resolver só um problema de curto prazo. JK criou a Cemig para resolver um problema de infraestrutura em termos de energia elétrica. Foi uma acertada aposta no desenvolvimento mineiro. O binômio “energia e transportes” funcionou muito bem. Antes que essas vendas possam ser feitas, o governo mineiro pediu à Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais autorização para receber por antecipação os possíveis recursos futuros das vendas e explorações do nióbio de Araxá, calculada por alguns técnicos em R$ 5 bilhões. Essa proposta do novo governo mineiro já foi contestada pouco tempo atrás pelas procuradoras mineiras Sara Meinberg e Maria Célia Borges, que disseram :

“Podemos até receber dinheiro agora, mas e no ano que vem?”. Vendas de empresas que representam enorme importância no desenvolvimento mineiro não deixa de ser uma operação de risco. A Cemig foi criada pela visão desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek quando governou Minas nos anos 50. Ele estava em permanente aborrecimento quando via a antiga Cia. Força e Luz de Minas Gerais não ter energia elétrica suficiente nem para abastecer a capital mineira. Fornecer a energia que a cidade industrial de Contagem estava precisando, nem pensar. Só para demonstrar essa situação vou citar um exemplo deste apagão mineiro: para dar conta de suas obrigações, a Cia. Força e Luz desligava uma parte da cidade para que, com os apagões de algumas regiões, conseguisse abastecer outras. Lembro que trabalhava no 18º andar do edifício Acaiaca e tinha que subir e descer todos esses andares. Não havia energia e os elevadores estavam parados. Privatizar a Codemig, por sua vez, significa abrir mão de uma obrigação para passar esse trabalho para uma empresa privada que só visa obter

lucros. Sem infraestruturas amplas e confiáveis, o governo renuncia indiretamente sua obrigação de criar uma boa parte de desenvolvimento econômico e social em termos de impostos, rendas e empregos. Tudo isso para a iniciativa privada é, na minha opinião, uma equivocada aposta no futuro mineiro. A Codemig não cumpriu no governo anterior sua obrigação de promover o crescimento e o desenvolvimento, mas renunciar a essas obrigações é uma temeridade. Nos dias de hoje, pouco ou nada vemos de criação de novas estruturas industriais em Minas Gerais. Enquanto isso, outros estados não titubeiam e tratam, ou de criar novas empresas ou da ampliação das empresas que já estão funcionando. O problema é se analisar e responder a seguinte pergunta: ou Minas Gerais está dormindo no ponto, sendo menos ágil do que os outros estados, ou a culpa é da situação do País e mundial? Qualquer que seja a resposta, temos que solucionar esta importante questão. Jogar as culpas nos antecessores é fácil. *Economista, professor titular de Macroeconomia da PUC-Minas e jornalista

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa

Presidente do Conselho Luiz Carlos Motta Costa conselho@diariodocomercio.com.br Presidente e Diretora Editorial Adriana Muls adrianamuls@diariodocomercio.com.br Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls diretoria@diariodocomercio.com.br Conselho Consultivo Enio Coradi, Tiago Fantini Magalhães e Antonieta Rossi Conselho Editorial Adriana Machado - Claudio de Moura Castro Helena Neiva - Lindolfo Paoliello - Luiz Michalick Mônica Cordeiro - Teodomiro Diniz

Juros: lenda ou realidade No mundo oficial, em Brasília, anuncia-se que as taxas de juros praticadas no País são, historicamente, as mais baixas já registradas, o que seria consequência de mudanças na política monetária e consequente redução da taxa básica de juros, que em tese regula as taxas do mercado e no ano passado caiu de 6,5% para 4,5%, seguindo orientação do Banco Central. Também no ano passado, e ainda segundo os relatórios oficiais, o volume de crédito em circulação chegou aos R$ 6,5 trilhões, indicando aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. Apesar das mudanças de diretrizes, tendo em conta em primeiro lugar a estabilidade monetária e o ainda fraco processo de recuperação da economia, sem pressões de demanda, quem tomou crédito no ano passado o fez por necessidade extrema e sem motivos para repetir as comemorações a nível de governo. E não estamos falando de quem recorreu ao cheque especial ou ao cartão de crédito, estes suportando taxas – hoje em torno dos 300% ao ano – que vão muito além dos limites do absurdo, mais próximas que estão da agiotagem legalizada. Mais uma vez o Conforme seu argumento utilizado relatório anual, o Banco Central para justificar a assume que o discrepância foi o sistema bancário, aí incluídos os risco de eventuais bancos oficiais, calotes, tanto de altamente cartelizados, pessoas físicas quanto aumentou o jurídicas, muito embora spread de 17% em dezembro de 2018 os dados relativos ao para 18,4% um ano ano de 2019 indicam mais tarde. Mais uma vez que a inadimplência o argumento permaneceu estável, utilizado para justificar a na média de 2,9% no discrepância período foi o risco de eventuais calotes, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas, muito embora os dados relativos ao ano de 2019 indicam que a inadimplência permaneceu estável, na média de 2,9% no período. Tem sido assim e faz muito tempo, o que se impõe ao País juros que há décadas figuram entre os mais elevados de todo o mundo, reserva aos bancos que operam no País, e também mundialmente, os mais elevados ganhos. Um deles, estrangeiro e com operações globais, divulgou, não faz muito tempo, que suas operações no Brasil correspondiam a 30% do movimento global, mas respondiam pela maior parcela de seus ganhos. Para além do sacrifício imposto, e que evidentemente não ficam restritos aos tomadores, na verdade contaminam toda a economia, ajudando a explicar do desemprego ao baixo nível de investimentos, a situação que, ensinam os manuais de Economia, pode representar um bom remédio se utilizado por curtos espaços de tempo, em casos como o brasileiro há muito se transformaram em veneno, numa escala em que o maior devedor – o próprio governo – acaba sendo a maior vitima. Causa espanto que continuem sendo assim, com a lógica, o bom senso e o próprio discurso oficial confrontados, e nada seja feito, com o próprio Banco Central tratando o assunto como se fosse algo absolutamente natural.


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2020

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OPINIÃO

Como visão de futuro pode prevenir o caos nas cidades MAURO CARRUSCA * DIVULGAÇÃO

As chuvas de janeiro devastaram várias cidades mineiras. Em Belo Horizonte, foi um volume nunca visto em 110 anos. Ruas e avenidas viraram rios com correntezas fortíssimas, fazendo com que encostas, muros de concreto e asfaltos fossem arrancados, casas nas comunidades (construídas em locais de risco) desmoronassem e veículos e objetos de vários tamanhos e portes fossem arrastados. BH se transformou instantaneamente em uma grande maquete, com estruturas de isopor ruindo e sendo levadas em minutos pela força da água. Parecia uma cidade de brinquedo. O saldo de destruição foi arrasador. Só na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) 13 pessoas morreram. Mas um balanço em Minas Gerais acusou 54 vítimas fatais, 45 mil desabrigados e um prejuízo de centenas de milhões de reais. Em poucas palavras, poderíamos resumir essas catástrofes como resposta da natureza à ocupação e manuseio de forma irresponsável do meio ambiente. Não só em BH, mas no mundo, impermeabilizamos as cidades, cobrimos rios para dar lugar a mais ruas e avenidas para tráfego de veículos (que transportam, na maioria das vezes, apenas uma pessoa), ceifamos florestas em prol de crescimento e urbanização. Catástrofes como essas podem não ser previsíveis, mas podem ser minimizadas. Como? Com engenharia, planejamento e visão de futuro. Não temos dúvida de que temos engenharias e tecnologias, as mais diversas, para desenhar projetos e ações que podem minimizar perdas, senão evitá-las. São poucos os governos que incluem em seu time profissionais com competências

Não temos dúvida de que temos engenharias e tecnologias, as mais diversas, para desenhar projetos e ações que podem minimizar perdas, senão evitálas. São poucos os governos que incluem em seu time profissionais com competências em urbanismo e meio ambiente, como já acontece em grandes cidades mundo afora. Infelizmente, as cidades foram (e ainda são) desenhadas para vidas individuais em detrimento do coletivo. em urbanismo e meio ambiente, como já acontece em grandes cidades mundo afora. Infelizmente, as cidades foram (e ainda são) desenhadas para vidas individuais em detrimento do coletivo. Aliás, estamos vivendo, pela primeira vez na história, a coexistência de 4 gerações. O desafio de equacionar essa questão vem levando governos de cidades como Nova York e Londres a repensarem um novo tipo de habitação para a convivência com menos atritos geracionais. Isso é visão de futuro. E o que têm em comum essa recente catástrofe provocada pelas chuvas em Minas e a gestão organizacional? Como nos ensinou sabiamente o poeta português Fernando Pessoa, precisamos olhar

além da nossa aldeia. Desde o fim do século XX, o avanço tecnológico nos propiciou o início do processo de migração de um mundo analógico para um mundo digital. As mudanças sempre foram parte da vida do ser humano, mas agora, nesse novo contexto digital, elas acontecem em uma velocidade alarmante, chocando-se contra leis e regulamentações governamentais, modelos de negócios e estruturas sociais e, por que não dizer, também com o nosso modelo mental linear de perceber, agir e tomar decisões. E é importante entendermos que estamos apenas no início, num ponto de inflexão de uma era analógica para uma era movida a dados. O mundo não será mais

As consequências do efeito “coronavírus” JOÃO MARCOS ANDRADE * Os efeitos do coronavírus já são sentidos em boa parte do mundo. Além das vidas perdidas, o problema se estende também aos aspectos econômicos. As tratativas internacionais de comércio já estão sendo severamente atingidas em um curto espaço de tempo, por conta dos efeitos da globalização no comércio internacional. Um exemplo é o dos transportes internacionais, uma vez que os critérios de inspeção por órgãos sanitários dos países se acentuam e provocam revisões em procedimentos que há pouco eram tratados como rotina operacional e que agora precisam de novas práticas. Qualquer negociação com regiões da China — especialmente na região de Wuhan, onde o surto da epidemia se destacou — já passam por processos de revisão, várias delas inclusive, canceladas, promovendo prejuízos e perdas significantes. No setor dos transportes internacionais de cargas, tanto as companhias aéreas quanto os armadores marítimos já apresentam tarifas mais elevadas para cargas originárias da Ásia, especialmente da China. Além disso, por conta do coronavírus, o feriado do ano novo chinês que acabaria no dia 30 de janeiro foi prorrogado para o dia 3 de fevereiro, aumentando a inflação no momento de reservas de espaços em navios ou aeronaves em decorrência do acúmulo de cargas. Por tudo isso, o momento demanda maior esforço e energia de trabalho em todos os setores envolvidos que dependam de matérias-primas, ou mesmo produtos acabados, de origem do maior país asiático. A cidade do “epicentro” do vírus concentra aproximadamente 230 das 500 maiores indústrias da China, o que naturalmente causa efeitos devastadores no fornecimento de materiais, pois as empresas que dependem de recursos de produção daquela região já estão sendo obrigadas a reformularem seus PCP’s (Planejamento e Controle da Produção),

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justamente pelos atrasos nos embarques. Há incerteza quanto à volta e normalização das práticas logísticas, anteriormente tão comuns e ajustadas. O fato é que as bolsas de valores já sentem impactos muito pesados. A Bovespa, por exemplo, já operava em queda acentuada desde o dia 28 de janeiro. Porém, dois dias depois, segundo o Jornal Valor Econômico, já apresentava recuo de 2,12% em seu índice, descendo a 112.941 pontos e, claro, alavancando desconforto e gerando incertezas no mercado financeiro — fator nada salutar ao mercado em geral. O câmbio também apresenta efeitos temerários com índices que podem alcançar a maior alta de cotação do real frente ao dólar americano na história, pois no dia 30, por volta das 12h50, a moeda americana operava em alta de 1,13%, cotada a R$ 4,2670. Pouco antes, no entanto, já havia alcançado R$ 4,2705 (dados também obtidos na edição on-line do Jornal Valor Econômico de 30/01/20). A Anvisa adotou procedimentos padrões em casos de qualquer suspeita do vírus em tripulação de navios ou aeronaves vindas da China, com rigor bem elevado, inclusive impedindo ou paralisando as operações de navios para evitar qualquer propagação do vírus em casos de confirmação de sua presença em membros da tripulação. As expectativas são de que o vírus seja contido o mais breve possível, tanto para estancar o terrível número de vítimas fatais — que já passam de 170, segundo o Jornal Valor Econômico — quanto para manifestar segurança à população mais afetada e a certeza de que todos os esforços são válidos para que o vírus seja exterminado, ou diminuído ao máximo, no menor tempo possível. *Professor de Comércio Exterior e Global Trading no Centro Universitário Internacional Uninter

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* Estrategista de inovação, CEO e founder da KER Innovation. VP de AgTech da Sucesu Minas. Membro consultivo em conselhos ajudando as organizações em visão de futuro. Escritor e keynote speaker em eventos nacionais e internacionais. Engenheiro eletrônico, especialista em Inovação e Empreendedorismo

Os 90 anos de Pedro Simon TILDEN SANTIAGO * Em 31/01/2020, o ex-senador de nossa República Pedro Simon (MDB) completou 90 anos, muito bem vividos! Nos tempos sombrios que vivem a Pátria, justifica-se divulgar quem foi esse nonagenário, seus gestos, suas posições, suas palavras, sua liderança no MDB, no Senado, no Rio Grande do Sul e, sobretudo, nessa saga nacional da política contemporânea que foi a campanha das Diretas já, que ele viveu, aquecido pela aura de franciscano da Ordem Terceira que ilumina sua espiritualidade. Nascido em Caxias do Sul, ali iniciou sua vida política como vereador (no PTB de Getúlio, Jango e Brizola), prolongando-a como deputado estadual, federal, governador, ministro e senador do MDB, opção natural para quem abraçou a missão de resistir à ditadura 1964. Enquanto a Arena era a expressão política do Movimento Cívico Militar do golpe, o MDB de Ulysses Guimarães era o grande guarda-chuva que abrigava pessoas e grupos de esquerda e da resistência. Pedro foi um dos articuladores dos Autênticos em Brasília, junto com Tarcísio Delgado e outros e se orgulhava de Rubens Paiva, um dos primeiros emedebistas mártires, sacrificador no altar da Pátria! A comemoração dos 90 anos tinha de ser na cidade litorânea gaúcha de Capão da Canoa. Aí ele liderou a passeata das

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Geral:

Diretas Já, em 1984, com mais de 50 mil pessoas em um domingo de verão. Esse escriba conviveu com Pedro Simon durante 12 anos, no Congresso Nacional, como deputado federal por Minas. Além da visão política, dividia com ele as convicções espirituais. Com o senador Darcy Ribeiro, agnóstico, a interação era na política e filosófica embora ele fosse um agnóstico aberto para o “Eterno” e o “Infinito”. Incentivado pela mulher Ivete Fülber Simon, Pedro tem viajado pelo Brasil, realizando palestras gratuitas. “Vá em frente Pedro!” Hoje ele confia que a democracia, mais cedo ou mais tarde, retomará o seu caminho. Mantém o ex-senador, o mesmo realismo que tinha face ao governo Collor. Preocupa-o muito, a postura dos filhos do atual presidente: “Bolsonaro fala demais e fala equivocado. Ele diz algumas coisas que não precisava”... Pedro é um homem honesto e verdadeiro, com uma visão amorosa e esperançosa do Brasil e de seu povo: “A participação política hoje é muito maior e mais significativa... Esses nossos celulares são uma arma do povo. Se o governo fizer algo de violento e radical, o povo vai para a rua”. Parabéns, Pedro, pelo que você foi e continua sendo. *Jornalista, embaixador e sacerdote anglicano

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o mesmo em curtíssimo prazo. As organizações contemporâneas, incluindo empresas e governos, sempre foram movidas por jurássicos planejamentos estratégicos, que procuravam e ainda procuram interpretar dados passados e cenários de curto, médio e longo prazos para prever ações para seu desenvolvimento e crescimento. O problema é que o futuro está chegando rápido demais e dando uma nova configuração a tudo. Por isso, as organizações vêm enfrentando grandes problemas. Futuro de 5 anos é muito distante para um contexto dinâmico e extremamente instável como o que vivemos. Mudanças importantes (e em alguns casos disruptivas) acontecem em meses, senão em dias!

Entre outras atribuições, os conselhos organizacionais são focados no cumprimento desse planejamento estratégico, visando o direcionamento estratégico para proteção do patrimônio e maximização do retorno sobre investimentos, fazendo-se cumprir normas e diretrizes legais e nunca questioná-las. Isso já não é mais suficiente. No contexto atual, também é necessário ter alguém no conselho para pontuar o futuro. Para onde o segmento de negócio está caminhando? Qual o impacto das novas tecnologias no meio ambiente? O que o cliente da era digital espera de nós? E o cliente do futuro? E a sociedade que tem o poder nas pontas dos dedos, como ouvi-la? Que tecnologias podem, de alguma forma, influenciar ou mesmo nos forçar a um novo reposicionamento de mercado? Catástrofes ambientais para o cidadão comum implicam na falência da gestão pública, enquanto a derrocada de uma organização implica em perda de empregos, atraso no desenvolvimento local (ou regional), menor arrecadação, com consequências ruinosas para toda a sociedade e prejuízos para seus investidores. O que tem em comum essas duas situações? Tanto para governos quanto para organizações, falta um componente essencial para a perenidade: visão de futuro.

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2020

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ECONOMIA COMBUSTÍVEIS

Com etanol e diesel em alta, vendas avançam 3,4% em Minas Comércio totalizou 15,148 milhões de metros cúbicos no ano passado

CHARLES SILVA DUARTE - ARQUIVO DC

MARA BIANCHETTI

As vendas de combustíveis derivados de petróleo e de etanol hidratado pelas distribuidoras em Minas Gerais cresceram 3,44% em 2019. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), no ano passado foram comercializados 15,148 milhões de metros cúbicos, contra 14,644 milhões de metros cúbicos em 2018. O óleo diesel puxou o desempenho das vendas no exercício anterior, com 6,936 milhões de metros cúbicos comercializados. Houve aumento de 2,04% sobre o acumulado de 2018 quando foram vendidos 6,797 milhões de metros cúbicos. Logo em seguida veio a gasolina C, com 3,3 milhões de metros cúbicos vendidos. Na comparação com um ano antes houve queda de 7,61%, já que naquele ano as vendas de gasolina C pelas distribuidoras somaram 3,572 milhões de metros cúbicos no Estado. As vendas de etanol hidratado chegaram a 3,19 milhões de metros cúbicos sobre os 2,488 milhões de metros cúbicos sempre nos 12 meses de cada exercício. Assim, houve alta de 28,2%. Já o gás liquefeito de petróleo (GLP) somou 1,306 milhões de metros cúbicos vendidos pelas distribuidoras em Minas em 2019. Um ano antes foram 1,329 milhões de metros cúbicos, indicando recuo de 1,7% na comercialização. No caso do querosene de aviação, foram 286 mil metros cúbicos no exercício passado, contra 292 mil metros cúbicos em 2018. Isso representou baixa de 2,05% entre os períodos. A queda nos níveis de comercialização da gasolina C e o aumento nas vendas do etanol hidratado podem ser justificados pelos preços dos combustíveis observados no decorrer do exercício passado. Conforme já publicado, informações da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig) dão conta que com

Enquanto o consumo de etanol cresceu 28,2%, vendas de gasolina caíram 7,61% no Estado

a demanda elevada pelo biocombustível, o consumo de etanol hidratado em Minas Gerais bateu recorde de participação no ciclo otto (uso de gasolina e etanol) em grande parte do exercício passado.

lhões de toneladas, volume 5,5% maior que as 63 milhões de toneladas processadas na safra anterior. No ano passado, a previsão era de uma safra mais alcooleira, com 64% da cana destinada ao etanol, contra 62% da safra anterior. Safra - Em Minas Gerais, a A produção de etanol previsão é de que na safra total passará de 3,2 bilhões 2019/20 de cana-de-açúcar de litros, para 3,34 bilhões, sejam esmagadas 66,5 mi- variação positiva de 4,37%.

A produção de etanol hidratado está estimada em 2,28 bilhões de litros. A produção de etanol anidro – que é adicionado à gasolina – será de 1 bilhão de litros. Devido aos preços baixos praticados no mercado internacional, a produção de açúcar ficará igual a do ano safra anterior, com a fabricação de 3 milhões de toneladas.

Demanda no Brasil cresce 3%, aponta ANP Rio - As vendas de diesel pelas distribuidoras de combustíveis no Brasil subiram 3% em 2019 ante o ano anterior, para 57,3 bilhões de litros, em seu quarto avanço anual seguido, em meio a um aumento de fluxo de veículos nas estradas, informou a agência reguladora do setor ANP. O fluxo acumulado de veículos nas estradas pedagiadas cresceu 3,6% no acumulado do ano passado, com avanço de 3,5% no caso de veículos leves e de 4,1% no de veículos pesados, disse a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), citando dados do setor. Já em dezembro, as vendas de diesel (combustível mais vendido do Brasil) somaram 4,3 bilhões de litros, uma mínima mensal no ano, com queda de 2,76% ante o mesmo mês de 2018 e um recuo de 10,86% em relação a novembro. No acumulado de 2019, a importação do País somou 13 bilhões de litros do combustível - neste caso, sem a adição de biodiesel, alta de 11,66% em comparação com o mesmo período do ano anterior. As vendas de gasolina C, por sua vez, caíram 0,49% no ano passado, ante o ano anterior, para 38,2 bilhões de litros, enquanto as de etanol hidratado - seu concorrente nas bombas -tiveram expansão de 16,30%, para 22,5 bilhões de litros. “Esse movimento pode ser explicado pela vantagem competitiva do biocombustível em relação ao combustível fóssil, que persistiu de abril de 2018 a janeiro de 2020”, afirmou a ANP. Foi a segunda queda anual consecutiva nas vendas de gasolina C pelas distribuidoras. Já as vendas de gasolina C em dezembro somaram 3,6 bilhões de litros, alta de 3,09% na comparação com o mesmo mês de 2018 e avanço de 10,66% em relação a novembro. As vendas de etanol

hidratado em dezembro registraram 2,14 bilhões de litros, alta de 4% em relação ao mesmo período de 2018 e avanço de 7,86% ante novembro. “É importante ressaltar que a relação de preços médios entre etanol hidratado e gasolina C se manteve abaixo de 70% durante todo o ano de 2019, dando continuidade à vantagem competitiva do etanol hidratado iniciada em abril de 2018.” Considerando todos os combustíveis, o consumo no Brasil em 2019 somou 140,1 bilhões de litros, alta de 2,92% em relação ao ano anterior. A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) destacou em nota, ontem, um recorde histórico de consumo de etanol no Brasil em 2019, da ordem de 32,8 bilhões de litros (considerando hidratado e anidro), registrando alta de 10,5% em relação a 2018. “Esses números colocam o Brasil na dianteira da sustentabilidade, uma vez que o etanol de cana emite 90% menos gases causadores de efeito estufa (GEE) em comparação a gasolina, sendo um dos maiores mercados consumidores de combustíveis renováveis do mundo”, afirmou a Unica. A manutenção de um contexto externo favorável para ampliação das vendas de biocombustível possibilitou ao Brasil consumir 2,74 bilhões de litros de etanol a cada 30 dias durante o último ano - a maior média de vendas mensais já registrada em toda série histórica, disse a Unica. “Por consequência, a participação do etanol (hidratado e anidro) na matriz de combustíveis utilizados pela frota de veículos de passeio e de carga leve (Ciclo Otto – em gasolina equivalente) atingiu 48,3%, a maior desde 2009 no Brasil”, segundo a entidade dos produtores do Centro-Sul. O etanol hidratado é utilizado pelos veículos flex, enquanto o anidro é misturado à gasolina no Brasil. (Reuters) ALISSON J SILVA - ARQUIVO DC

VAREJO

Lojistas de shoppings registram incremento de 7,5% em dezembro São Paulo - A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) informou ontem que as vendas do setor aumentaram 7,5% em dezembro passado na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A pesquisa da Alshop, que reuniu dados de 30 mil pontos de venda em todo o País, considera o período de 1º a 31 de dezembro do ano passado. “Após a divulgação da expectativa em dezembro, chegamos aos números finais, nos quais vale destacar a base de influência da Black Friday, que se intensificou no final de novembro, apresentando resquícios de vendas nos primeiros dias

do mês seguinte”, disse o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun. Segundo a associação, no acumulado dos 12 meses de 2019, as vendas cresceram 7,5% no varejo dos shopping centers, totalizando um faturamento de R$ 168,2 bilhões. “[A Alshop] acredita que o ano de 2020 será um ano muito próspero. Os índices de 2019 foram os maiores dos últimos anos, e acreditamos que 2020 nos trará excelentes números, pois diferentes entidades mostram uma média de crescimento de 7,5% no ano de 2019, corroborando o que estamos divulgando”, acrescentou Sahyoun.

E-commerce - As vendas do comércio eletrônico no Brasil aumentaram 13,5% em 2019, enquanto as vendas totais do setor de varejo subiram 1,5%, de acordo com o indicador SpendingPulse, da Mastercard. Dezembro foi o destaque para o varejo on-line, registrando alta de 25,7% nas vendas ante 2018. No período, as vendas totais do varejo, que incluem o e-commerce, subiram 2%. Já considerando o quarto trimestre, as vendas on-line subiram 20,2% enquanto o varejo total teve crescimento de 2,5% sobre um ano antes. Os dados são baseados em relatórios de pagamen-

Dados da Alshop apontam que o faturamento do setor atingiu R$ 168,2 bi no ano passado

tos na rede conveniada da Mastercad, “combinada com estimativas baseadas em pesquisas para determinadas outras formas de pagamento, como dinheiro e cheque”.

Para diretor de análises avançadas da Mastercard no Brasil, César Fukushima, os saques do FGTS impactaram no crescimento das vendas on-line. “Além disso, a taxa de

desemprego apresentou melhorias, promovendo um aumento na renda real e trazendo um bom resultado para o setor de varejo em 2019”, afirmou. (ABr/ Reuters)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2020

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ECONOMIA SETOR AUTOMOTIVO

Venda de veículos em Minas cresce 10,5% Em janeiro os emplacamentos no Estado somaram 44.755 unidades, de acordo com a Fenabrave CHARLES DUARTE SILVA - ARQUIVO DC

JULIANA SIQUEIRA

O mês de janeiro de 2020 foi melhor para a comercialização de veículos em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas subiram 18,91% em Belo Horizonte em uma comparação entre janeiro deste ano, quando 25.948 vendas foram feitas, e igual mês de 2019, com 21.822 emplacamentos. Em toda Minas Gerais, a alta foi de 10,58%, com 44.755 unidades vendidas no primeiro mês deste ano, contra 40.473 em igual período de 2019. Os dados foram divulgados ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Já na comparação com dezembro do ano passado, houve queda de 33,89% em Belo Horizonte, uma vez que o último mês de 2019 foram registradas 39.252 vendas. Em Minas Gerais, na mesma base de comparação, o recuo foi de 22,26%, sendo que, em todo o Estado, foram vendidos 57.567 veículos em dezembro. A categoria com maior percentual de crescimento na capital mineira em janeiro na comparação com igual período de 2019 foi a de implementos rodoviários, com incremento de quase 19 vezes mais e 94 vendas, contra 5 comercializações registradas em janeiro do ano passado. Em seguida, vem motos, com 47,95% e 1.771 vendas em janeiro deste ano, comercial leve, com 47,55% e 3.227 comercializações, e automóveis com 13,82% e 20.651 vendas. Já os recuos ficaram por conta do caminhão (-38,06%)

Desempenho foi negativo no Brasil

Comércio de veículos em Belo Horizonte cresceu 18,91% em janeiro na comparação com o mesmo intervalo do ano passado

e 83 unidades vendidas, outros (-24,32%) e 56 comercializações e ônibus (-19,51%) e 66 vendas. Em todo o Estado, a alta de janeiro na comparação com igual período de 2019 também foi puxada por implementos rodoviários, que cresceu 61,87% e registrou 450 unidades vendidas. Depois vem comercial leve, com 5.725 vendas e aumento de 27,42%, moto, com 8.418 vendas e incremento de 9,80%, automóveis, com 28.038 comercializações e incremento de 9,25% e outros, com 1.047 unidades vendidas e aumento de 0,96%. Do lado das baixas estão caminhão (-9,24%) e ônibus (-46,54%), cujas unidades

vendidas registradas foram um cenário mais positivo 884 e 193, respectivamente. no local, afirma o gerente comercial, com reduções Cenário - O gerente comer- em torno de 2% a 3%. No cial de vendas da concessio- entanto, quando o assunto nária Nova Catalão, Dione é o Cadastro Positivo, Dione Silva, endossa os números Silva afirma que os efeitos da positivos divulgados e diz iniciativa ainda não foram que, no local, houve um sentidos. Valendo desde o aumento de cerca de 20% dia 10 de janeiro, o recurso nas vendas em janeiro de reúne histórico de clientes, 2020 em comparação a igual revelando se são ou não período do ano passado. bons pagadores para que, De acordo com ele, al- assim, possam conseguir gumas das ações que têm juros menores. sido feitas para atrair os O gerente comercial da consumidores são anúncios Mila Volkswagen, João Carem diferentes tipos de mídia. los Viotti, também destaca Além disso, diz, “são ofere- que o Cadastro Positivo é cidas condições especiais de muito recente, portanto, os pagamento”. efeitos relacionados a ele Os juros mais baixos tam- ainda não foram sentidos. bém têm contribuído para Mas os negócios também

estão em alta no local, que viu um crescimento de cerca de 10% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo período de 2019. “Foi um bom mês, apesar de as chuvas terem atrapalhado um pouco”, menciona João Carlos Viotti, que destaca que, no período, muitas pessoas ficaram receosas de sair de casa. Acerca do incremento nas vendas, mesmo com os desafios, o gerente comercial afirma que “os consumidores estão mais animados, mais confiantes na economia”, salienta ele, que frisa, ainda, que condições atrativas, como taxa zero para quase toda a linha, são mais um atrativo.

INDÚSTRIA

Com efeito Brumadinho, produção industrial recua Rio e São Paulo - Depois de avançar por dois anos consecutivos, a produção industrial brasileira recuou em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem. Enquanto o setor teve crescimento de 2,5% e 1% em 2017 e 2018, respectivamente, no ano passado o desempenho foi de retração de 1,1%. Economistas ouvidos pela agência Bloomberg projetavam uma queda de 0,8% no período. O tombo é reflexo do mau desempenho da indústria extrativa, cujo recuo, no acumulado do ano, chegou a 9,7%. O rompimento da barragem de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), tragédia que resultou em 249 mortos e 21 desaparecidos, contribuiu para a queda. “Tiveram grande peso nesses resultados negativos os efeitos na indústria extrativa, em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho no início de 2019”, disse o gerente da pesquisa, André Macedo. Após a tragédia, as unidades produtoras de minério precisaram paralisar a produção para realizar medidas de segurança e de proteção ao meio ambiente. Mas não foi só a extração de minérios que travou o setor. Ao longo do ano, mais da metade das atividades

pesquisadas pelo IBGE tiveram perdas. Segundo o instituto, 16 das 26 analisadas recuaram, com destaque para metalurgia, celulose e papel e manutenção de máquinas. “A produção industrial pode estar sendo impactada pelas incertezas no ambiente externo e também pela situação do mercado de trabalho no país que, embora tenha tido melhora, ainda afeta a demanda doméstica”, explicou André Macedo. Apesar desse comportamento negativo em 2019, o

ano registrou redução na intensidade das perdas da indústria de um semestre para o outro. Nos primeiros seis meses houve recuo de 1,4%, enquanto na segunda metade da temporada a queda ficou em 0,9% -sempre em comparações com iguais períodos de 2018. A produção de bens de consumo foi o ponto positivo do ano, com alta de 1,1% em 2019, sendo 2% dos bens duráveis e 0,9% dos semiduráveis e não duráveis. O avanço no mercado de trabalho e a liberação de sa-

ques do FGTS contribuíram para a injeção de dinheiro na economia, o que ajudou a impulsionar essa atividade, segundo o IBGE. No recorte de dezembro, o recuo foi de 0,7% ante o mês anterior. O resultado vem depois de novembro ter encerrado com queda de 1,2%, quando interrompeu três meses de expansão acumulada em 2,2% no período entre agosto, setembro e outubro. Três das quatro grandes categorias econômicas, além de 17 dos 26 ramos pesqui-

sados, mostraram redução na produção em dezembro, de acordo com o IBGE. O setor de máquinas e equipamentos teve recuo de 7%, enquanto veículos automotores, reboques e carrocerias registraram queda de 4,7%, no que foram as influências negativas mais importantes do mês. Já o melhor desempenho veio do setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com 4,2%. Na comparação com dezembro de 2018, a indústria caiu 1,2%. (Folhapress)

Ibram aponta crescimento no setor extrativo No mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a indústria extrativa apresentou queda de 9,7% em 2019, sendo determinante para recuo de 1,1% no desempenho da produção industrial brasileira, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) apresentou outros resultados, com base em metodologia diferente da utilizada pelo IBGE. Segundo o Ibram, a produção mineral, excluindo os segmentos óleo e gás, cresceu 11% em 2019 (em dólar). A metodologia do Ibram, conhecida como Produção Mineral Brasileira (PMB), leva em conta uma média do volume de produção dos

bens minerais produzidos no Brasil, preços praticados no mercado nacional e internacional, e também o comércio exterior do setor de mineração. A PMB do Ibram desconsidera os setores de óleo e gás. Assim, pelos cálculos do Ibram, o crescimento de 11% em dólar em 2019, reflete o resultado de US$ 38 bilhões em 2019, ante US$ 34 bilhões no ano anterior. O resultado foi puxado pelo aumento de preço médio do minério de ferro, leve recuperação do setor de agregados da construção, significativo aumento do volume de produção do manganês e variação cambial que favoreceu exportações.

“O preço médio do minério do ferro em 2018 foi de US$ 69/tonelada, e em 2019, foi de US$ 93/tonelada demonstrando como o principal produto mineral do Brasil tem forte influência na composição da PMB”, informou o Ibram, em nota. O minério de ferro corresponde a 65% da PMB. Rompimento - O efeito do rompimento de barragem em Brumadinho provocou redução na produção de minério de ferro em Minas Gerais da ordem de 50 milhões de toneladas. Portanto, em 2018 foram produzidas 450 milhões de toneladas no Brasil e em 2019 cerca de 400 milhões de toneladas estimadas.

Royalties - Mesmo com a defasagem na produção de ferro, a arrecadação de CFEM, o royalty devido pela exploração mineral, foi superior em 2019 ao ano anterior, passando de R$ 3 bilhões para R$ 4,5 bilhões “O Instituto Brasileiro de Mineração reconhece a metodologia do IBGE como significativa para mensurar o mercado interno brasileiro, no entanto, pelo setor de mineração ser considerado insumo para toda cadeia industrial brasileira, e nesta metodologia o produto final só é contado uma única vez, o Ibram optou por desenvolver metodologia própria, mais aderente ao setor mineral que representa”, conclui o Ibram. (Da Redação)

São Paulo - As vendas de veículos no Brasil caíram 1,61% em janeiro em comparação ao mesmo mês de 2019. Segundo o balanço divulgado ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacadas no primeiro mês deste ano 298,4 mil unidades, contra 303,3 mil no ano passado. Em relação a dezembro, quando foram vendidos 370,7 mil veículos, a retração ficou em 19,5%. Os automóveis tiveram a maior queda, com redução de 5,62% nos emplacamentos de janeiro em relação ao primeiro mês do ano passado. De acordo com a Fenabrave, foram vendidos 154,5 mil carros em janeiro. Na comparação com dezembro, o número representa uma retração de 28,1% nas vendas. No último mês de 2019 chegaram a ser comercializados 215,2 mil carros. As motos tiveram um resultado positivo, com crescimento de 1,08% nas vendas em janeiro de 2020 contra o mesmo mês de 2019. Foram emplacadas 91,7 mil unidades no primeiro mês do ano. Os caminhões também registraram alta nas vendas, 3,66%, com a comercialização de 7,1 mil veículos do tipo em janeiro. Já os ônibus apresentaram uma diminuição de 2,27% nos emplacamentos, com a venda de 2,1 mil veículos de transporte coletivo no mesmo período. “Vamos ter um ano de 2020 bastante superior ao de 2019. A disponibilidade de crédito está suficiente para abastecer o mercado, a taxa de juros está extremamente baixa e a inadimplência também”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr. “O que vende carro é juro baixo, o que vende caminhão é PIB e o que vende moto é emprego”, acrescentou. O presidente da Fenabrave afirmou que a cada 10 pedidos de financiamento de compra de automóvel novo, sete estão sendo aceitos pelos bancos, um sinal positivo ante uma situação de três anos atrás, em que apenas três eram aprovados. Em motocicletas, a situação evoluiu de duas para quatro fichas a cada 10 pedidos de crédito. As concessionárias de veículos, que terminaram 2019 com 328 mil funcionários, estimam para este ano crescimento de 9% nas vendas de carros e comerciais leves, para 2,9 milhões de unidades. Para caminhões, a expectativa é de expansão de 24%, para 101,7 mil unidades. A projeção para motocicletas é de avanço de 9%, para 1,08 milhão. (ABr/Reuters)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2020

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ECONOMIA FERNANDA CARVALHO/FOTOS PĂšBLICAS

CERVEJARIA

Uberlândia pode estar nos planos para receber planta da Estrella Galicia Empresa possui protocolo de intençþes com Minas

MARA BIANCHETTI

possíveis, estaria Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Apesar de a empresa não ter confirmado a informação, uma fonte do setor que pediu para não ser identificada disse que a cervejaria chegou a negociar um terreno na cidade. A Estrella Galicia Ê uma das principais marcas de cerveja da Espanha. A companhia chegou ao Brasil em 2008, com as cervejas especiais Estrella Galicia, Estrella Galicia 0,0% (versão sem ålcool), 1906 Reserva especial, 1906 Red Vintage e 1906 Black Coupage.

trĂĄlia, China, RĂşssia, Estados Unidos e Brasil.

A cervejaria Estrella Galicia, que atua no segmento Mercado atrativo - Conforpremium, mantĂŠm os planos me jĂĄ publicado, dados do de instalar sua primeira fĂĄgoverno mineiro indicam brica fora da Espanha em que Minas Gerais consome Minas Gerais. Com protocerca de 14% de toda cerveja colo de intençþes assinado produzida no PaĂ­s e reprecom o governo mineiro em senta um importante mer2017, inicialmente a planta cado para o setor cervejeiro. seria construĂ­da em Poços Paralelamente a isso, Minas de Caldas, no Sul do Estado. oferece diferenciais que tĂŞm No entanto, um ano depois, atraĂ­do uma sĂŠrie de aportes a empresa cancelou o projeto no segmento. “por questĂľes empresariaisâ€? Para se ter uma ideia, hĂĄ e segue em busca de outro rumores de que a cervejaria municĂ­pio para o invesholandesa Heineken tamtimento. bĂŠm deverĂĄ investir em A informação foi conuma planta industrial em Apesar de a empresa nĂŁo ter firmada pela companhia, Minas Gerais, em breve. confirmado a informação, fonte que afirmou que o protoCaso o aporte se confircolo de intençþes com o que pediu para nĂŁo ser identificada me, juntamente com o da Estrella Galicia, o Estado governo do Estado condisse que cervejaria chegou a vai abrigar mais fĂĄbricas tinua vĂĄlido e que a dona negociar um terreno na cidade de grandes marcas com da marca, a cervejaria operaçþes no Brasil, como Hijos de Rivera, procura jĂĄ acontece com Ambev e agora outras cidades para insHĂĄ informaçþes de que a Grupo PetrĂłpolis. talar a fĂĄbrica. A expectativa No ano passado, o Grupo ĂŠ de que a unidade entre em operação de vendas brasileira ĂŠ atualmente a maior da PetrĂłpolis, dono das marcas operação no ano que vem. A Estrella Galicia pretende empresa fora da Espanha e Itaipava, Crystal, Lokal Bier, investir cerca de R$ 100 mi- que as cervejas premium da Black Princess, Petra e WellhĂľes na construção daquela marca respondem por apro- tenburger Kloster, anunciou a que serĂĄ a primeira unidade ximadamente 10% do volume construção de uma planta em no Brasil. A nova planta terĂĄ de cervejas vendidas no PaĂ­s. Uberaba, no Triângulo Mineicapacidade para produzir 20 DaĂ­ o interesse em investir ro, a partir de investimentos de milhĂľes de litros de bebidas em uma fĂĄbrica em territĂłrio R$ 1 bilhĂŁo. A inauguração estĂĄ prevista para julho de 2020. por ano e deve gerar ainda brasileiro. TambĂŠm no exercĂ­cio pasCom uma produção de 100 empregos, entre diretos e indiretos, conforme acor- mais de 250 milhĂľes de litros sado, a Ambev (Skol, Brahma, dado com o governo mineiro de cerveja ao ano, a Estrella Stella Artois e Budweiser) na ĂŠpoca da assinatura do GalĂ­cia estĂĄ consolidada no anunciou a construção de mercado espanhol e agora uma fĂĄbrica de latas em Sete protocolo. Entre os novos destinos avança em paĂ­ses como Aus- Lagoas, na regiĂŁo Central de Minas, ao lado de uma

unidade fabril de cerveja.

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Q WY WZ Z W [ ' <\;* ] # ^ #Q _ ] # ^ ` Os aportes chegam a R$ 700 k;*&>?">; ><&';>\ < H & k < w Y xWZ =%" "<' <\;* &" "y ? '*? ><'";\ " < &*k>! ` =%" \;*y>\* +";*<\" "&\" Q%{| & *%\ & &%+;*y"<'> <*! &` +*;*` =%";"<! ' <\"&\*; < +;*| !" W }=%><|"~ !>*& &"<! ' <\"&\*!* milhĂľes e as obras estĂŁo pre* * ` +;"&%y>; &" *'">\ & ' y ";!*!">; & & €*\ & *;\>'%?*! & +"? *%\ ; ;*\* &" * !" k%&'* " *+;""<& ;"€";"<\" ' <\;*\ !" *k";\%;* !" '; !>\ }' <\;*\ < [‚ [wZWxW‚~` k"y_ \ ] <!*` ‚W H ` *< ‚ w` ' ; vistas para este ano. ;"\*` 'ƒ*&&> w ‚Q [ ‚ w [[w‚‚` }k"y „… "<' <\;* &" *+;""<!>! ~` +"? =%*? ; % &" ' y+; y"\"%` y"<&*?y"<\"` &*?!*; ;"&+"'\> €><*<'>*y"<\ > ><†+ ?>&` [ !" „%<ƒ !" ‚ w

CARTA DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Aos Membros da Diretoria da ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE TRANSPORTADORES DE CARGAS GERAIS EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA (AGO) Prezados Senhores: Na qualidade de Presidente da ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE TRANSPORTADORES DE CARGAS GERAIS, inscrita no CNPJ nÂş: 14.159.575/0001-66, localizada Ă Rua: Coimbra, nÂş: 375; Bairro: SĂŁo JoĂŁo, Betim/MG; CEP: 32.655-508, por meio da presente carta, venho convocar os senhores membros da diretoria a participar da Assembleia Geral OrdinĂĄria, a realizar-se no endereço supramencionado, no dia 11 (onze) de fevereiro de 2020, Ă s 14h00min, em primeira convocação, se presente a maioria simples dos convocados ou segunda convocação 30 minutos apĂłs a primeira com qualquer numero de presentes, a ÂżP GH GHOLEHUDUPRV VREUH RV VHJXLQWHV DVVXQWRV a) Eleição da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal; b) Exame, discussĂŁo e votação do Regimento Interno e Estatuto; c) Demais assuntos de interesse dos sĂłcios fundadores. Reitero a convocação DRV VHQKRUHV PHPEURV GD 'LUHWRULD ([HFXWLYD H GR &RQVHOKR )LVFDO D ÂżP GH TXH FRPSDUHoDP j $VVHPEOHLD SRGHQGR HP caso de impossibilidade de comparecimento, enviar procuradores devidamente constituĂ­dos para representĂĄ-los, ressaltando DLQGD TXH RV DXVHQWHV H VHP D GHYLGD UHSUHVHQWDomR QmR SRGHUmR SRVWHULRUPHQWH VH RSRU jV GHFLV}HV WRPDGDV ÂżFDQGR obrigados a acatar o que for deliberado. Betim, 03 de fevereiro de 2020. Atenciosamente, RogĂŠrio Mitraud Silveira - Presidente

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINà RIA DO CONDOM�NIO DO EDIF�CIO MIRANTE DO LUXEMBURGO A Comissão de Representantes do Condomínio do Edifício Mirante do Luxemburgo, vem convocar todos os condôminos, adquirentes das unidades em construção, permutantes e demais condôminos, a que título for, para comparecerem à Assembleia Geral Extraordinåria a ser realizada no canteiro de obras do empreendimento Edifício Mirante do Luxemburgo, situado na Rua Júlia Nunes Guerra, n.º 27, no bairro Luxemburgo, nesta cidade de Belo Horizonte/MG, no dia 15/02/2020, såbado, às 09h30min (nove horas e trinta minutos) em primeira convocação e às 10h00min (dez horas) em segunda convocação, para deliberarem as seguintes matÊrias constantes desta pauta de convocação: I) Prestação das contas do Condomínio relativo ao período do mandato da Comissão de Representantes atÊ 31/12/2019, e aprovação das mesmas. II) Informaçþes sobre o andamento das obras e apresentação da documentação, dos pareceres tÊcnicos, consultorias, projetos e obras de contenção para a estabilidade do talude existente, contra riscos geológicos. III) Deliberação sobre a venda da unidade 701, de propriedade do Condomínio, GH¿QLQGR VH YDORU PtQLPR H GHPDLV FRQGLo}HV IV) Aprovação da 3ª Etapa das obras; autorização da Comissão de Representantes para contratar empresa de engenharia/construtora para a realização da gestão das mesmas e demais deliberaçþes sobre estas matÊrias. V) Eleger e empossar novos membros para a Comissão de Representantes, podendo haver reeleição. VI) Assuntos geUDLV 2V FRQG{PLQRV ¿FDP FLHQWHV TXH QRV WHUPRV GR DUWLJR GD OHL DV GHFLV}HV WRPDGDV SHOD PDLRULD VLPSOHV GRV presentes, salvo quóruns exigidos em lei, serão vålidas e obrigatórias para todos. Serå admitida a representação de condôminos SRU SURFXUDGRUHV PXQLGRV GH SURFXUDomR HVSHFt¿FD QmR VHQGR QHFHVViULR R UHFRQKHFLPHQWR GH ¿UPD UHVSRQGHQGR R SURFXrador, todavia, civil e criminalmente, pela autenticidade da assinatura do condômino outorgante e da validade de seu mandato.

ArcelorMittal Sistemas S.A. CNPJ/MF nº 25.549.361/0001-12 NIRE 31.300.007.758 Companhia Fechada Certidão - Ata da Assembleia Geral Extraordinåria realizada em 24 de outubro de 2019 1. Data, hora e local. Realizada em 24 de outubro de 2019, às 11 horas, na sede social da Companhia, na Avenida Brasil, nº 1.654, bairro Funcionårios, em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30140-003. 2. Presença. A reunião foi instalada e presidida na forma estatutåria, com a presença dos Acionistas abaixo assinados. 3. Mesa. Alexandre Augusto Silva Barcelos, Presidente da Mesa; Marina Guimarães Soares, Secretåria. 4. Ordem do dia e deliberaçþes. A deliberação a seguir foi tomada por unanimidade de votos e observados os impedimentos legais: 4.1. Renúncia de Conselheiro. Os Acionistas reconhecem, neste ato, a renúncia do Sr. Newton Afonso Lima, datada de 24 de outubro de 2019, ao cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração, a quem os Acionistas da Companhia agradecem pela contribuição no desenvolvimento da Companhia. 4.2. Composição do Conselho de Administração. Em virtude da renúncia acima referida, R &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GD &RPSDQKLD ¿FD DVVLP FRPSRVWR 6U $OH[DQGUH $XJXVWR 6LOYD %DUFHORV FRPR 3UHVLGHQWH do Conselho de Administração; Sr. Ricardo Garcia da Silva Carvalho, como Vice-Presidente do Conselho de Administração; Sr. Paulo Henrique Wanick Mattos, como Conselheiro; e Sr. Paulo Antônio Passeri Salomão, como Conselheiro. 5. Encerramento. Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a reunião, da qual se lavrou a presente ata que, lida e achada conforme, foi por todos assinada. 6. Assinaturas: Alexandre Augusto Silva Barcelos; ArcelorMittal Brasil S.A.; RogÊrio Barbosa, ArcelorMittal Contagem S.A.; e Marina Guimarães Soares, Secretåria. Belo Horizonte/MG, 24 de outubro de 2019. &HUWL¿FR TXH D SUHVHQWH FRQIHUH HP SDUWH FRP D RULJLQDO ODYUDGD HP OLYUR SUySULR 0DULQD *XLPDUmHV 6RDUHV 6HFUHWiULD Registrado na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais em 27/12/2019 sob o nº 7621732, protocolo 195181727.

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITANHOMI Prefeitura Municipal de Itanhomi-MG. Assunto: EXTRATO DE CONTRATO NÂş 024/2020 - Processo LicitatĂłrio nÂş 067/2019 - Modalidade: PREGĂƒO PRESENCIAL NÂş 046/2019. Objeto: Aquisição de (um) VEĂ?CULO tipo hatch, zero km, marca FIAT, modelo MOBI LIKE, ano de fabricação 2019 / modelo 2020, capacidade para 05 (cinco) lugares, motor bi-combustĂ­vel com potĂŞncia de 75 CV, câmbio manual, 04 portas, direção hidrĂĄulica, ar condicionado, trio elĂŠtrico (alarme, vidros e trava). Contratante: MunicĂ­pio de Itanhomi. Contratada: Minasvel Minas VeĂ­culos Ltda. Valor: R$ 42.400,00. Dotação orçamentĂĄria: 02.09.01.08.122.0017.2052.449052-00 (Fonte: 1.00.00, 1.24.00 1.42.00). VigĂŞncia: 20/01/2020 a 19/07/ 2020. Itanhomi, 20 de janeiro de 2020. Dr. RAIMUNDO FRANCISCO PENAFORTE - Prefeito Municipal. Aviso de Licitação:: A Prefeitura Municipal de Itanhomi, torna pĂşblico, para conhecimento de todos, que farĂĄ realizar no dia 19/02/2020, Ă s 08:00 h, a LICITAĂ‡ĂƒO NÂş 004/2020 - modalidade PREGĂƒO PRESENCIAL NÂş 002/2020 (Registro de Preços), tipo MENOR PREÇO POR LOTE, em conformidade com a Lei 10.520/ 02 e 8.666/93. Os envelopes deverĂŁo ser protocolados na Prefeitura atĂŠ Ă s 08:00 h do dia 19/02/2020. O objeto da presente licitação ĂŠ a aquisição de materiais de construção, elĂŠtrico, hidrĂĄulico, piso, blocos de concreto, ferramentas, tinta, EPI, utilidades. O EDITAL se encontra Ă disposição dos interessados, que poderĂŁo adquiri-lo atĂŠ o dia 18/02/2020, das 7:00 Ă s 11:00 e das 12:00 Ă s 16:00 h, junto Ă Equipe de Apoio ao PregĂŁo, em sua sede Ă Av. JK, 91 - Centro - Itanhomi/MG - CEP: 35.120-000 ou atravĂŠs do site: http://transparencia.itanhomi.mg.gov.br. Para maiores esclarecimentos entre em contato com o Pregoeiro Oficial (E-mail: itanhomiprefeitura@gmail.com). Prefeitura Municipal de Itanhomi, 03/02/2020. Joselito Vieira Neves - Pregoeiro Oficial. Aviso de Licitação: A Prefeitura Municipal de Itanhomi, torna pĂşblico, para conhecimento de todos, que farĂĄ realizar no dia 19/02/2020, Ă s 13:00 h, a LICITAĂ‡ĂƒO NÂş 005/2020 - modalidade PREGĂƒO PRESENCIAL NÂş 003/2020, tipo MENOR PREÇO GLOBAL, em conformidade com a Lei 10.520/02 e 8.666/93. Os envelopes deverĂŁo ser protocolados na Prefeitura atĂŠ Ă s 13:00 h do dia 19/02/2020. O objeto da presente licitação ĂŠ a contratação de MÉDICO para atendimento no PSF, com jornada de trabalho de 40:00 h semanais. O EDITAL se encontra Ă disposição dos interessados, que poderĂŁo adquiri-lo atĂŠ o dia 18/02/2020, das 7:00 Ă s 11:00 e das 12:00 Ă s 16:00 h, junto Ă Equipe de Apoio ao PregĂŁo, em sua sede Ă Av. JK, 91 - Centro Itanhomi/MG - CEP: 35.120-000 ou atravĂŠs do site: http://transparencia.itanhomi.mg.gov.br. Para maiores esclarecimentos entre em contato com o Pregoeiro Oficial (E-mail: itanhomiprefeitura@gmail.com). Prefeitura Municipal de Itanhomi, 03/02/2020. Joselito Vieira Neves - Pregoeiro Oficial.

KELLEN ELISA SILVA CAMPOS, responsĂĄvel pelo empreendimento denominado SK CONFECÇÕES LTDA, CNPJ: 32.502.691/0001-18, localizada na Rua Brumadinho, 335, Prado, Belo Horizonte/MG, torna pĂşblico que protocolizou requerimento de Licença de Operação, Ă Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA

Estrella Galicia pretende investir cerca de R$ 100 milhþes na construção de unidade no Brasil

MERCADO FINANCEIRO

DĂłlar encerra sessĂŁo com alta de 0,22% na vĂŠspera de decisĂŁo do Copom SĂŁo Paulo - O dĂłlar nĂŁo sustentou a queda do inĂ­cio do dia e fechou em alta contra o real ontem, com investidores ajustando posiçþes na vĂŠspera de o Banco Central do Brasil provavelmente cortar de novo os juros, o que prejudicaria a atratividade da moeda brasileira como moeda de investimento. O dĂłlar Ă vista encerrou com avanço de 0,22%, a R$ 4,2583 na venda. Mais cedo, a cotação chegou a marcar R$ 4,2242 na venda, em baixa de 0,58% no dia. Na B3, o dĂłlar futuro tinha alta de 0,18%, a R$ 4,2610. O ensaio de queda do dĂłlar durou pouco mais de uma hora apĂłs a abertura, e jĂĄ por volta de 10h15 a moeda começou a ganhar força de forma consistente atĂŠ alcançar as mĂĄximas do pregĂŁo perto do fim da sessĂŁo. Ao mesmo tempo, os juros futuros se mantiveram em EDITAL DE LEILĂƒO Errol Flynn Galeria de Arte – O Leiloeiro Errol Flynn Lopes Pereira dos Reis, JUCEMG 653, torna pĂşblico que levarĂĄ a leilĂŁo, no dia 06/02/2020 Ă s 20:00hs, onde serĂŁo leiloadas gravuras de vĂĄrios artistas. Endereço: Rua Curitiba, 1862 - Lourdes. A visitação serĂĄ dia 05/02/2020 de 10 Ă s 18hs. Informaçþes : 31 3318-3830.

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA O Presidente da Cooperativa de Transporte da Taxi da RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte e Grande BH LtdaCoomotaxi,com sede nesta capital,Ă rua Engenho de Minas,nÂş 31,bairro Engenho Nogueira,convoca com fundamento no capĂ­tulo VI Artigo 20 e CapĂ­tulo VII Artigo 37 do Estatuto Social,os seus associados num total de 176 para assembleia de Geral OrdinĂĄria,que serĂĄ realizada dia 29 de fevereiro de 2020 ,com a 1ÂŞ chamada as 07:00horas com exigĂŞncia de quorum mĂ­nimo de 2/3(dois terços)dos associados,2ÂŞ chamada as 08:00 horas com exigĂŞncia de quorum metade mais de um dos associados e 3ÂŞ e Ăşltima chamada as 09:00 horas com exigĂŞncia de do quorum mĂ­nimo de 10(dez)associados. Assembleia serĂĄ realizada no auditĂłrio do Sincavir localizado na JacuĂ­, 3761 Ipiranga, nesta capital para deliberaçþes das seguintes ordens do dia: 1Âş. Prestação de contas dos ĂłrgĂŁos de Administração acompanhada do parecer do Conselho Fiscal ,compreendendo: A- RelatĂłrio de gestĂŁo; B- Balanço Geral. C- Demonstrativos das sobras apuradas ou das perdas GHFRUUHQWHV GD LQVXÂżFLrQFLD GDV FRQWULEXLo}HV SDUD FREHUWXUD GDV GHVSHVDV GD VRFLHGDGH H R SDUHFHU GR &RQVHOKR )LVFDO D- 'HVWLQDomR GDV VREUDV DSXUDGDV RX UDWHLR GDV SHUGDV GHFRUUHQWHV GD LQVXÂżFLrQFLD GDV FRQWULEXLo}HV SDUD FREHUWXUD GDV despesas da sociedade. E- RelatĂłrio de gestĂŁo CACC&A. F- Parecer do Conselho Fiscal. G-5HODWyULR ÂżQDQFHLUR GR ORWH (PA). ž (OHLomR SDUD &RQVHOKR GH DGPLQLVWUDomR H &RQVHOKR ÂżVFDO ž )L[DomR GR SUy ODERUH SDUD FRQVHOKRV GH DGPLQLVWUDomR ž $VVXQWRV JHUDLV 2EVHUYDo}HV )LQDLV. Registro de chapas concorrentes ao pleito ,mencionada no item nÂş2 , serĂĄ atĂŠ o dia 19/02 Ă s 17 horas. Belo Horizonte , 01 de Fevereiro de 2020. /HRQDUGR 7RUUHV 5LEHLUR 'LUHWRU 3UHVLGHQWH

CARTA DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Aos Membros da Diretoria da ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE TRANSPORTADORES DE CARGAS E AFINS EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA (AGO) Prezados Senhores: Na qualidade de Presidente da ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE TRANSPORTADORES DE CARGAS E AFINS, inscrita no CNPJ nÂş: 21.543.606/0001-43, localizada Ă Rua: Coimbra, nÂş: 375; Bairro: SĂŁo JoĂŁo, Betim/MG; CEP: 32.655-508, por meio da presente carta, venho convocar os senhores membros da diretoria a participar da Assembleia Geral OrdinĂĄria, a realizar-se no endereço supramencionado, no dia 11 (onze) de fevereiro de 2020, Ă s 09h00min, em primeira convocação, se presente a maioria simples dos convocados ou segunda convocação 30 minutos apĂłs a primeira com qualquer numero de presentes, a ÂżP GH GHOLEHUDUPRV VREUH RV VHJXLQWHV DVVXQWRV a) ([DPH GLVFXVVmR H YRWDomR GDV FRQWDV H GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV UHlativas ao exercĂ­cio encerrado em 31/12/2019. b) Demais assuntos de interesse dos sĂłcios fundadores. Reitero a convocação DRV VHQKRUHV PHPEURV GD 'LUHWRULD ([HFXWLYD H GR &RQVHOKR )LVFDO D ÂżP GH TXH FRPSDUHoDP j $VVHPEOHLD SRGHQGR HP caso de impossibilidade de comparecimento, enviar procuradores devidamente constituĂ­dos para representĂĄ-los, ressaltando DLQGD TXH RV DXVHQWHV H VHP D GHYLGD UHSUHVHQWDomR QmR SRGHUmR SRVWHULRUPHQWH VH RSRU jV GHFLV}HV WRPDGDV ÂżFDQGR obrigados a acatar o que for deliberado. Betim, 31 de janeiro de 2020. Atenciosamente, RogĂŠrio Mitraud Silveira - Presidente

CARTA DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Aos Membros da Diretoria da ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE TRANSPORTADORES DE CARGAS E AFINS EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA (AGO) Prezados Senhores: Na qualidade de Presidente da ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE TRANSPORTADORES DE CARGAS E AFINS, inscrita no CNPJ nÂş: 21.543.606/0001-43, localizada Ă Rua: Coimbra, nÂş: 375; Bairro: SĂŁo JoĂŁo, Betim/MG; CEP: 32.655-508, por meio da presente carta, venho convocar os senhores membros da diretoria a participar da Assembleia Geral OrdinĂĄria, a realizar-se no endereço supramencionado, no dia 12 (doze) de fevereiro de 2020, Ă s 09h00min, em primeira convocação, se presente a maioria simples dos convocados ou segunda convocação 30 minutos apĂłs a primeira com qualquer numero de presentes, a ÂżP GH GHOLEHUDUPRV VREUH RV VHJXLQWHV DVVXQWRV a) Eleição da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal; b) Exame, discussĂŁo e votação do Regimento Interno e Estatuto; c) Demais assuntos de interesse dos sĂłcios fundadores. Reitero a convocação DRV VHQKRUHV PHPEURV GD 'LUHWRULD ([HFXWLYD H GR &RQVHOKR )LVFDO D ÂżP GH TXH FRPSDUHoDP j $VVHPEOHLD SRGHQGR HP caso de impossibilidade de comparecimento, enviar procuradores devidamente constituĂ­dos para representĂĄ-los, ressaltando DLQGD TXH RV DXVHQWHV H VHP D GHYLGD UHSUHVHQWDomR QmR SRGHUmR SRVWHULRUPHQWH VH RSRU jV GHFLV}HV WRPDGDV ÂżFDQGR obrigados a acatar o que for deliberado. Betim, 03 de fevereiro de 2020. Atenciosamente, RogĂŠrio Mitraud Silveira - Presidente

HOSPITAL VERA CRUZ S/A CNPJ/MF 17.163.528/0001-84 - NIRE 3130003873-4 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Convidamos os Acionistas do Hospital Vera Cruz S/A (“Companhiaâ€?) a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria (“AGEâ€?) a ser realizada em 14 de fevereiro de 2020, Ă s 10:30 horas, na Av. Barbacena, nÂş 653, 6Âş andar, Bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte/MG, CEP 30.190-130, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (i) aumento do capital social da Companhia no montante de atĂŠ R$ 1.676.717,00, mediante a emissĂŁo de atĂŠ 1.500.000.000 novas açþes ordinĂĄrias, nominativas e sem valor nominal, com preço de emissĂŁo de R$ 0,0011, a serem integralizadas: em moeda corrente nacional, mediante a conversĂŁo de adiantamento para futuro aumento de capital, na data da deliberação, se aprovado o aumento de capital social da Companhia ou cessĂŁo para a Companhia de direitos relacionados ao exercĂ­cio das suas atividades; sendo admitida a homologação do aumento de capital parcialmente subscrito, desde que sejam subscritas, no mĂ­nimo, 1.448.442.071 açþes, correspondendo a um aumento mĂ­nimo de R$ 1.621.000,00; (ii) alteração e consolidação do Estatuto Social para refletir a aprovação das matĂŠrias acima, conforme aplicĂĄvel. Informamos aos acionistas que todos os documentos pertinentes Ă s matĂŠrias da Assembleia ora convocada, inclusive o Estatuto Social a ser alterado, bem como a proposta de aumento do capital social indicando os aspectos econĂ´micos que determinaram o preço de emissĂŁo das açþes, nos termos do art. 170, § 1Âş, da lei nÂş 6 .404/76, estĂŁo Ă disposição dos acionistas na sede da Companhia, desde esta data. Nos termos do art. 126 da lei nÂş 6 .404/76, para participar da AGE, o acionista deverĂĄ comparecer munido de documento que comprove a sua identidade, podendo ser representado por procurador, constituĂ­do hĂĄ menos de 1 ano, que seja acionista, administrador da Companhia ou advogado, conforme instrumento a ser apresentado antes da instalação da AGE. Belo Horizonte/MG, 04 de fevereiro de 2020. Marcelo Ferreira GuimarĂŁes – Presidente do Conselho de Administração

baixa durante todo o dia, após dados fracos de produção industrial abrirem espaço para mais apostas de corte de juros hoje. Pesquisa Reuters divulgada recentemente mostrou que economistas projetam corte de 0,25 ponto percentual, para nova mínima recorde de 4,25%. O UBS estima que o Copom (Comitê de Política Monetåria do Banco Central) não apenas reduzirå a Selic em 0,25 ponto percentual nesta semana como tambÊm na reunião de março. Os sucessivos cortes nos juros que ocorrem hå vårios meses reduziram a diferença entre as taxas pagas pelos títulos brasileiros e os papÊis norte-americanos - considerados os mais seguros do mundo. Assim, o investidor estrangeiro tem tido menos estímulo para aplicar na renda fixa brasileira, o que tem prejudicado o fluxo cambial e jogado contra melhora na oferta de dólar no País. Apesar disso, o UBS ainda projeta queda do dólar

atÊ o fim do ano para R$ 4,00, baseada em expectativa de recuperação econômica, de aprovação de mais reformas e em ajuste à expectativa de elevação do juro em 2021. A última vez que o dólar ficou perto de R$ 4,00 foi em 30 de dezembro de 2019, quando fechou a última sessão do ano passado em R$ 4,0129. Desde então, a moeda acumula alta de 6,1%.

Gustavo Costa Aguiar Oliveira /HLORHLUR 2¿FLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO www. JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD OHLOmR jV KRUDV SDUD DOLHQDomR GH DWLYRV H[FHGHQWHV GD HPSUHVD Xerox ComÊrcio e Indústria Ltda. 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO

Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro 2¿FLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO ZZZ JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD OHLOmR jV KRUDV SDUD DOLHQDomR GH DWLYRV H[FHGHQWHV GD HPSUHVD BCD Alimentos 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO

ALBURY PARTICIPAÇÕES S/A CNPJ 29.026.613/0001-80 Assembleia Geral ExtraordinĂĄria Convocação Nos termos do art. 123 da Lei de Sociedade por Açþes, convida os senhores acionistas, a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a realizar-se excepcionalmente fora do edifĂ­cio da companhia, nos termos do § 2° do art. 124 da Lei de Sociedade por Açþes, na Rua Bandeira Paulista 726 28Âş andar, Bairro Itaim Bibi, SĂŁo Paulo/SP, no dia 07 de fevereiro GH jV KRUDV D ÂżP GH GHOLEHUDUHP VREUH a seguinte ordem do dia: a) Aprovação de aumento de capital para conclusĂŁo das obras das Usinas Fotovoltaicas em andamento; b) Outros assuntos de interesse da sociedade. Belo Horizonte, 30 de janeiro de 2020 Rodrigo Andrade Botelho - Acionista / Diretor

O Sr Alisson João de Melo, responsåvel pelo empreendimento Marv Reti¿FD /7'$ &13- , com a atividade principal de Recondicionamento e recuperação de motores para veículos automotores, localizado na Avenida Arthur Guimaraes ,n° ,bairro Santa Cruz , no município de Belo Horizonte MG, torna publico que protocolizou o requerimento de licença de operação corretiva à Secretaria Municipal de Meio Ambiente-SMMA.

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINĂ RIA COOPERATIVA DE TRABALHO DOS MĂšSICOS PROFISSIONAIS DE MINAS GERAIS CNPJ: 00.959.769/0001-31 - NIRE: 31400009345 O Presidente da MUSICOOP Cooperativa de Trabalho GRV 0~VLFRV 3URÂżVVLRQDLV GH 0LQDV *HUDLV 6U -XVVDQ )HUQDQGHV GRV 6DQWRV QR XVR GH VXDV DWULEXLo}HV TXH OKH FRQIHUH R DUW GD /HL FRQYRFD RV VyFLRV FRRSHUDGRV SDUD UHXQLUHP VH HP $VVHPEOpLD *HUDO 2UGLQiULD D VHU UHDOL]DGD QR GLD GH )HYHUHLUR GH DV K QD VHGH VRFLDO GD 086,&223 ORFDOL]DGD j 5XD *UmR 3DUi Qž 6DOD %DLUUR 6DQWD (ÂżJrQLD HP %HOR +RUL]RQWH 0* QHFHVVLWDQGR GD SUHVHQoD GH GH VHXV DVVRFLDGRV $WXDOPHQWH D &RRSHUDWLYD FRQWD FRP DVVRFLDGRV HIHWLYRV ORDEM DO DIA 1) (OHLomR GRV PHPEURV GR Conselho Fiscal; 2) 7D[D GH PDQXWHQomR GD 0XVLFRRS 3) )DOWD GH FRRSHUDGR DR VHUYLoR %HOR +RUL]RQWH GH IHYHUHLUR GH

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE PROTEĂ‡ĂƒO VEICULAR E BENEFĂ?CIOS GUARDIĂƒO Prezados Senhores(as) Associados(as) O Presidente da guardiĂŁo proteção veicular, no uso de suas atribuiçþes, convoca todos os associados para Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a realizar-se no prĂłximo dia 13 de fevereiro de 2020, na Avenida Presidente Tancredo Neves, 2579 - PaquetĂĄ, Belo Horizonte/ Mg - Cep 30840-535, iniciando-se os trabalhos Ă s 17:00 horas, em primeira convocação, ou na falta de quĂłrum necessĂĄrio Ă s 18:00 horas, em segunda convocação, com qualquer nĂşmero de presentes para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Instituição de novo regulamento a estabelecer as condiçþes existentes para utilização do Plano de AssistĂŞncia RecĂ­proca - PAR em substituição ao contrato ‹Â?‹…‹ƒŽÂ?‡Â?–‡ Ď?‹”Â?ƒ†‘ ’‡Žƒ ƒ••‘…‹ƒ­ Â‘ ‡ •‡—• ƒ••‘…‹ƒ†‘• GuardiĂŁo Proteção Veicular

MINAS METAIS EXP0RTADORA S.A CNPJ/MF 01.721.773/0001-20 NIRE 313000012298 AVISO AOS ACIONISTAS - Encontram-se Ă disposição dos Senhores Acionistas da Minas Metais Exportadora S.A, em sua Sede Social Ă rua Fernandes Tourinho, 147 - Salas 701/702, Bairro FuncionĂĄrios, em Belo Horizonte/MG, os documentos a que se refere o art. 133, da Lei 6.404/76, relaWLYRV DR H[HUFtFLR VRFLDO ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - Convidamos os Senhores Acionistas da Minas Metais Exportadora S.A, a se reunirem HP $VVHPEOHLD *HUDO 2UGLQiULD ([WUDRUGLQiULD D UHDOL]DU-se Ă s 17,00 (dezessete) horas do dia 10 de março de 2020, em sua Sede Social Ă Rua Fernandes Tourinho, 147 - Salas 701/702, Bairro FuncionĂĄrios, em Belo Horizonte/MG, SDUD GHOLEHUDU VREUH RV VHJXLQWHV DVVXQWRV (P $VVHPEOHLD *HUDO 2UGLQiULD ([DPLQDU GLVFXWLU H YRWDU DV 'HPRQVWUDo}HV )LQDQFHLUDV UHODWLYDV DR H[HUFtFLR VRFLDO ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH 'HOLEHUDU VREUH D GHVWLQDomR GR OXFUR OtTXLGR H GLVWULEXLomR GH 'LYLGHQGRV )L[DU RV KRQRUiULRV GD 'LUHWRULD (P $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD 'LVFXWLU H YRWDU VREUH R FDQFHODPHQWR GH Do}HV RUGLQiULDV Âł(P 7HVRXUDULD´ FRP UHGXomR GR FDSLWDO VRFLDO 'LVFXWLU H YRWDU VREUH D GHVWLQDomR GR VDOGR GD FRQWD GH /XFURV $FXPXODGRV $OWHUDU GR caput do art. 5ÂŞ do Estatuto Social. Belo Horizonte/MG, 05 de fevereiro de 2020. a) Bruno Melo Lima - Presidente do Conselho de Administração.

BH ILUMINAĂ‡ĂƒO PĂšBLICA S.A. CNPJ. NÂş 24.915.546/0001-30 NIRE 31300114775 Ă€ BH ILUMINAĂ‡ĂƒO PĂšBLICA S.A. (“Companhiaâ€?) Aos cuidados do Conselho de Administração Ref.: RenĂşncia ao cargo de Membro Efetivo do Conselho de Administração da Companhia Prezados Senhores, Eu, DANILO LUIZ IASI MOURA, brasileiro, casado, engenheiro civil, portador da CĂŠdula de Identidade RG nÂş 26.859.569, expedida pela SSP/SP, inscrito no CPF sob o nÂş 291.367.80847, domiciliado na cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, com endereço comercial na Rua Joaquim Floriano nÂş 1.120, 4Âş andar, sala 42-A, Itaim Bibi, CEP 04534-004, venho, por meio desta, apresentar, a partir desta data, em carĂĄter irrevogĂĄvel, com efeitos a partir de hoje, meu pedido de renĂşncia ao cargo de membro efetivo do Conselho de Administração da Companhia, para o qual fui eleito na Assembleia Geral OrdinĂĄria realizada em 11 de abril de 2018, bem como solicitar o arquivamento desta Carta de RenĂşncia perante o Registro de Empresas. Atenciosamente, DANILO LUIZ IASI MOURA. JUNTA COMERCIAL DO ESTADO '( 0,1$6 *(5$,6 &HUWLÂżFR R UHJLVWUR VRE R Qž 7678828 em 27/01/2020. Protocolo: 20/031.078-0. 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP Âą 6HFUHWiULD *HUDO

B3 - O Ibovespa teve a segunda alta seguida ontem, endossado pelo clima favorĂĄvel em bolsas no exterior, com dĂşvidas ligadas ao surto de coronavĂ­rus ainda presentes, mas medidas de liquidez do banco central chinĂŞs trazendo alĂ­vio. Ă?ndice de referĂŞncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa subiu 0,81%, a 115.556,71 pontos, tendo superado 116 mil pontos no melhor momento da sessĂŁo. O volume financeiro do pregĂŁo somou R$ 23,1 bilhĂľes. (Reuters)

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POLÍTICA GESTÃO ESTADUAL

Zema volta a defender plano de recuperação Em encontro com prefeitos, governador apontou que aprovação é necessária para manter o pagamento de débitos MICHELLE VALVERDE

Após quitar a primeira parcela da dívida estadual com os municípios, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, condicionou o pagamento total dos débitos à aprovação do Plano de Recuperação Fiscal pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O projeto que trata de reformas estruturais - como as reformas administrativa e da Previdência, além das privatizações de empresas estatais - deve ser encaminhado ao Legislativo nos próximos dias. A aprovação é considerada fundamental para a recuperação financeira e para que o Estado tenha condições de honrar pagamentos e compromissos. O assunto foi abordado, ontem, em reunião do governo com cerca de 300 prefeitos dos municípios mineiros e o presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Julvan Rezende Araújo Lacerda. No encontro, o governo do Estado apresentou as ações realizadas em 2019 e planos para 2020. Em 31 de janeiro, o governo de Minas Gerais iniciou o pagamento dos débitos do Estado com os municípios. O valor total da dívida é de R$ 7 bilhões. Para quitar os

débitos, o governo assinou, em abril de 2019, um acordo com as cidades mineiras. A dívida é referente a repasses que não foram feitos, principalmente, pelo governador Fernando Pimentel aos municípios. Com um montante de R$ 6 bilhões herdados do governo anterior e R$ 1 bilhão referente a janeiro de 2019, o pagamento será dividido em 33 parcelas. A primeira parcela, R$ 359 milhões, é referente aos R$ 1 bilhão devido pela atual gestão. As duas parcelas restantes desse valor serão pagas no final de fevereiro e final de marco. A previsão é que as parcelas referentes aos R$ 6 bilhões comecem a ser pagas em abril de 2020. Mesmo com a promessa de quitar os débitos, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, condicionou a manutenção dos pagamentos à aprovação das reformas estruturais do Estado, isso devido ao comprometimento financeiro de Minas Gerais. “Estamos conseguindo fazer os pagamentos com a redução bruta de despesas que fizemos em Minas Gerais. O pagamento das 33 parcelas depende da adesão de Minas Gerais ao regime de recuperação fiscal. Nós conseguimos criar fôlego em 2019 e no início de 2020

para fazer o pagamento das primeiras parcelas. Mas, o pagamento de todas as 33 parcelas, de certa maneira, depende destes ajustes estruturais. O que fizemos até agora foi enxugamento, que tem limite e estamos chegando nele. É uma economia substancial, mas longe de poder arcar com as dívidas e compromisso que o Estado tem”. Zema ressaltou que o pagamento da dívida do Estado com os municípios é fundamental para que os prefeitos possam trabalhar e atender a demanda da população em relação aos serviços básicos de saúde, educação, saúde e infraestrutura. A quitação dos débitos também é essencial para as cidades que registraram perdas com as chuvas e precisam ser reconstruídas. “Estamos repassando aos prefeitos aquilo que sempre foi de direito dos municípios e que o último governo, em um fato inédito e triste da historia de Minas, não cumpriu. Estou tendo o privilégio de retomar os pagamentos, lembrando que desde fevereiro de 2019 o Estado tem honrado com os repasses constitucionais e agora estamos recomeçando a pagar o que foi acumulado em 2016, 2017 e 2018. Vejo que estes recursos vêm em uma hora totalmente

CÂMARA MUNICIPAL

GIL LEONARDI - IMPRENSA MG

Zema afirmou que pagamento é fundamental para que prefeitos mineiros possam trabalhar

adequada porque muitos municípios ainda enfrentam dificuldades e estaremos adiantando as parcelas de fevereiro e março para aqueles afetados pelas chuvas”, explicou Zema. Zema ainda disse que caso as reformas estruturais aconteçam, o governo pode até mesmo antecipar as parcelas. “Dentro do possível, quero honrar o que foi pactuado. E se fizermos as reformas necessárias, quem

sabe, até honrar antes da data prevista”, disse. Vinculação - O presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Julvan Rezende Araújo Lacerda explica que quando foi assinado o acordo entre os municípios e o Estado, não foi feita vinculação entre a aprovação do plano de recuperação fiscal e o pagamento dos débitos. “Não houve uma vinculação, tanto que a primeira

parcela já foi paga e o plano de recuperação fiscal não foi aprovado. Porém, o acordo nos dá direito ao bloqueio das contas do Estado caso haja atrasos nos pagamentos das parcelas e, se houver, nos vamos fazer. Mas, acreditamos que o Estado vai cumprir o acordo. Confiamos na responsabilidade dos deputados e sabemos que eles estão comprometidos com a reconstrução e reestruturação do nosso Estado”.

JUSTIÇA

Projetos buscam mitigar os Judiciário decide manter a quebra efeitos das chuvas na capital mineira de sigilos do senador Flávio Bolsonaro Os belo-horizontinos estão em alerta nos últimos dias em função do grande volume de chuva, que superou índices históricos. Foram registradas inundações em grandes avenidas que margeiam cursos d’água, além de deslizamentos de terra e desabamento de imóveis em áreas de encosta. Projetos de lei em tramitação na Câmara Municipal de Belo Horizonte preveem medidas para minimizar os efeitos decorrentes das chuvas, como a implantação de bueiros inteligentes e a reserva de área permeável para infiltração de água no solo nas vias públicas, e para reparar proprietários de imóveis afetados, com a isenção do IPTU. Em solidariedade às pessoas atingidas pelas chuvas dos últimos dias, a Casa também mantém posto de coleta de donativos. De autoria do vereador Catatau do Povo (PSDC), em 1º turno, o PL 680/18 autoriza a administração municipal a promover a troca e/ou adaptação dos atuais bueiros (bocas de lobo) da Capital para bueiros inteligentes, compostos de tampa gradeada e cesta coletora de lixo grosso com tela específica, como forma de minimizar os eventos decorrentes das chuvas. Segundo o autor, a adaptação das tampas dos bueiros possibilitará que sejam barrados objetos que não podem descer as galerias, permitindo, assim, que somente a água das chuvas siga seu curso natural. Para ele, a proposta contribuirá para que os entupimentos de bocas de lobo cessem, evitando o transbordamento

dos córregos e das águas pluviais. Já o PL 486/18, do mesmo vereador, também em 1º turno, torna isento do pagamento do IPTU imóvel de propriedade e residência do contribuinte, cônjuge e/ou filhos dos mesmos, que mediante laudo pericial produzido pela Defesa Civil Municipal e/ou Corpo de Bombeiros e/ou Polícia Militar de Minas Gerais, tenham sido afetados por chuvas regulares. Segundo o autor, a impermeabilização dos solos das vias de trânsito da Capital acaba por avolumar o número de problemas, a cada ano. Para o parlamentar, as intervenções do poder público dão prioridade à fluidez no tráfego de veículos, esquecendo-se das águas das chuvas, que não encontram vazão adequada, invadindo e derrubando casas e arrancando árvores.

água. Sendo assim, o projeto condiciona a canalização dos mesmos, em qualquer área da cidade, à autorização do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam).

Área permeável - Leis que regulam a ocupação do espaço urbano da cidade, como o Código de Posturas e o Plano Diretor do Município de Belo Horizonte, também estabelecem regras para evitar alagamentos e inundações, provocadas pelo não escoamento das águas em época de chuvas. Tramitando em 1º turno, o PL 705/19, do vereador Arnaldo Godoy, altera a Lei 8616/03, que contém o Código de Posturas do Município, estabelecendo que as vias públicas da capital reservem área permeável para a infiltração de água no solo. Conforme justifica o autor, a impermeabilidade do asfalto comum comPreservação ambiental - De promete o meio ambiente autoria do vereador Arnaldo urbano, pois não permite Godoy (PT), o PL 119/17, em que a água seja absorvida 2º turno, estabelece como pela terra, favorecendo a Zona de Preservação Am- ocorrência de enchentes. biental cursos d’água, nascentes e respectivas áreas Apoio - Em virtude das ende preservação permanente chentes e deslizamentos dos que transcorram pelo mu- últimos dias, solidarizandonicípio. De acordo com o -se com as vítimas, a Câmara autor, “nos últimos anos, Municipal está recebendo temos assistido em Belo donativos, como alimentos Horizonte à canalização de não perecíveis, água mineribeirões e córregos como ral, roupas e produtos de alternativa para solucionar higiene pessoal, na avenida o problema das enchentes dos Andradas, 3.100, bairro na cidade». Contudo, para Santa Efigênia, de 7h às 19h. ele, com a transformação A Mesa Diretora e demais dos cursos d’água em esgoto vereadores estão acompae posterior canalização do nhando de perto as ações mesmo, a Capital perde a de auxílio e resgate por oportunidade de incorporar parte dos órgãos responem sua paisagem urbana os sáveis. (Com informações referidos cursos naturais de da CMBH)

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu ontem manter a decisão que quebrou os sigilos bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). A decisão foi por 2 votos a 1, derrotando o desembargador Antônio Carlos Amado, que havia votado na semana passada em favor do senador. As desembargadoras Mônica Tolledo de Oliveira e Suimei Cavalieri pediram vista do processo. Ontem, as duas votaram contra o relator e mantiveram a decisão de abril do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal. Os integrantes da 3ª Câmara Criminal do TJ-RJ analisam um habeas corpus no qual os advogados de Flávio apontam ilegalidades na decisão do magistrado de primeira instância, como falta de fundamentação. A justificativa do juiz Itabaiana para a quebra de sigilo toma um parágrafo do documento, enquanto adota as razões expostas pelo Ministério Público em 87 páginas. Ao quebrar o sigilo de outras oito pessoas, em junho, Itabaiana refez a decisão, fundamentando as razões para autorizar a medida. No último dia 28, o desembargador Amado negou o habeas corpus pelas razões apresentadas pela defesa, mas apontou outros motivos pelos quais a decisão de primeira instância deveria ser anulada. O magistrado considerou que o senador não teve a oportunidade de se manifestar antes de ter o sigilo quebrado. Ele salientou o fato de o filho do presidente

ter peticionado no procedimento um pedido para falar. Disse ainda que o Ministério Público do Rio afirmou, em seu pedido de quebra de sigilo, que Flávio havia se recusado a falar, o que, para ele, não condiz com a verdade. “O magistrado [Itabaiana] pode ter sido induzido a erro”, disse o desembargador. Uma petição da defesa do senador, contudo, foi usada pelo Ministério Público para rebater a tese do desembargador. Nela, uma advogada do parlamentar pede para que ele seja ouvido ao final da fase de investigação, quando encerrada a coleta de provas. A representação é do dia 19 de março, antes da quebra ocorrer. Flávio é investigado desde janeiro de 2018 sob a suspeita da prática de “rachadinha”, que consiste no recolhimento de parte do salário de seus funcionários, na Assembleia Legislativa do Rio de 2007 a 2018, quando o filho do presidente era deputado estadual. A apuração começou após relatório do antigo Coaf, órgão de inteligência financeira hoje ligado ao Banco Central, indicar movimentação financeira atípica de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor e amigo do presidente Bolsonaro. Além do volume movimentado, de R$ 1,2 milhão em um ano, chamou a atenção a forma com que as operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo em datas próximas do pagamento de servidores da Assembleia. Queiroz afirmou que recebia parte dos valores

dos salários dos colegas de gabinete. Ele diz que usava esse dinheiro para remunerar assessores informais de Flávio, sem conhecimento do então deputado estadual. A sua defesa, contudo, nunca apontou os beneficiários finais dos valores. A Promotoria apura suspeitas de peculato, ocultação de bens, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Conforme a Folha de S.Paulo mostrou na segunda-feira (3), a Polícia Federal descartou suspeitas do Ministério Público fluminense e concluiu não haver indícios de que Flávio tenha cometido os crimes de lavagem de dinheiro e de falsidade ideológica. Em julho de 2019, após pedido de Flávio, as apurações do caso foram de novo suspensas por liminar (decisão provisória) do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli. Depois de decisão do plenário da corte, em dezembro, as investigações foram retomadas. Em dezembro, o juiz Itabaiana autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão em 24 locais, incluindo a franquia de loja de chocolates em que o senador é um dos sócios. A Promotoria suspeita que a empresa é usada para lavar dinheiro obtido na “rachadinha”. Outro meio de lavagem, avaliam promotores, é a compra de venda de imóveis. O senador nega desde o fim de 2018 que tenha praticado “rachadinha” em seu gabinete e afirma que não é responsável pela movimentação financeira de seu ex-assessor. (Folhapress)


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br DIVULGAÇÃO/EMATER-MG

CHUVAS EM MINAS

BB prorroga empréstimos para produtores afetados Medida foi pactuada com a Seapa Produtores rurais de municípios mineiros em situação de emergência por causa das chuvas terão mais tempo para renegociar seus empréstimos junto ao Banco do Brasil. Em diálogo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a instituição financeira acordou a prorrogação por 30 dias da data de vencimento dos contratos firmados com os agricultores. Dessa forma, todas as operações de crédito com vencimento entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro ganharão o prazo extra sem a cobrança de custos adicionais ao produtor. A ideia é garantir mais tempo a quem ainda calcula as perdas causadas pelos temporais. Até o momento, 196 cida-

des já decretaram situação de emergência em Minas, segundo levantamento mais recente da Defesa Civil Estadual. Do total, 182 registraram perdas em infraestrutura rural, de acordo com relatório preliminar feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). As estimativas parciais indicam que mais de 28 mil quilômetros de estradas sofreram danos, afetando diretamente propriedades rurais, e 840 pontes foram destruídas ou interditadas. Além disso, 505 residências foram danificadas parcial ou integralmente. O relatório ainda aponta que lavouras de milho, feijão, soja, mandioca e cana-de-açúcar sofreram os

Até agora, 182 municípios do Estado já registraram perdas referentes a infraestrutura rural, segundo estudo da Emater-MG

impactos das tempestades em todo o Estado. No caso do café, a estimativa é de que pelo menos 25 mil sacas tenham sido perdidas até o momento.

to de grande dificuldade para os produtores, todos os esforços são importantes para reduzir os prejuízos no meio rural. “Nós estamos em campo, levando todo o apoio técnico necessário e Tempo para se organizar também temos preocupação - A secretária Ana Valentini com as dívidas que estão ressalta que, em um momen- vencendo, o que torna mais

importante esse apoio do Banco do Brasil”, destaca. Superintendente do Banco do Brasil em Minas, Ronaldo de Oliveira afirma que a prorrogação do vencimento dos contratos rurais será importante para que o produtor atingido pelas chuvas tenha mais tempo

para se organizar e procurar a instituição. “A partir daí, ele terá todas as possibilidades de encontrar a solução que se adeque melhor às suas necessidades. Seja para prejuízos relacionados à safra ou quaisquer outras demandas”, conclui. (Com informações da Seapa)

CORONAVÍRUS

PRODUTOS ORGÂNICOS

Mapa nega restrição em relações com a China

Faturamento de setor no País sobe 15% e atinge R$ 4,6 bilhões em 2019

A relação comercial entre Brasil e China foi o tema central da reunião entre a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o embaixador chinês Yang Wanming, ontem. “Tratamos das nossas parcerias comerciais, que devem continuar tranquilamente, sem nenhum sobressalto, porque o Brasil é um grande parceiro da China na área de produtos agrícolas”, disse a ministra após a reunião. Tereza Cristina destacou que a China abriu o mercado para o melão brasileiro e está sob análise a exportação de uva brasileira para os chineses. “Com a abertura do mercado para o melão, os nossos empresários estão fazendo os contatos na China para poder fazer as exportações. Nós já começamos a trabalhar o certificado sanitário da uva, que é a próxima fruta que o Brasil quer exportar para China”, ressaltou. Epidemia - O embaixador relatou as medidas adotadas pelo governo chinês em relação ao coronavírus. “Vamos acompanhar de perto. É muito importante essa proximidade do embaixador conosco, para estar sempre nos municiando, mas, por enquanto, tudo normal”, afirmou a ministra, acrescentando que a questão de saúde está sob a coordenação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Segundo a ministra, no que diz respeito ao setor agropecuário, não há restrição ao intercâmbio comercial entre os dois países devido ao surto de coronavírus. O Brasil exporta para a China, principalmente, soja e carnes bovina, suína e de frango.

“Nós temos um procedimento de habilitação de frigoríficos que está andando no seu ritmo. Isso está em processo normal de encaminhamentos lá na China, nos ministérios e na aduana. Não mudou nada. O que pode ter atrapalhado a movimentação foi o feriado do ano novo chinês, que foi prolongado

por causa do coronavírus”, argumentou. O embaixador afirmou que a relação comercial entre os dois países no setor agropecuário é duradoura e será cada dia mais estreita. “O governo chinês se dedica a manter essa relação de longo prazo e estável com o governo brasileiro. Os produtos agrícolas brasi-

leiros são bem-vindos. Não acredito que a relação sino-brasileira será prejudicada (pelo surto)”, disse. Participaram da reunião, além da ministra e do embaixador, secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Ribeiro, o ministro conselheiro Qu Yuhui e o diplomata Zhu Yue. (Com informações do Mapa)

Avicultores sacrificam aves jovens Pequim - Alguns avicultores de uma província no coração do atual surto de coronavírus na China estão tendo que sacrificar aves jovens, pois novas regras para conter a doença paralisam o transporte de ração e de animais vivos para os matadouros. A proibição do movimento de aves vivas, que se acredita que pode gerar riscos de transmissão do vírus, impediu os agricultores de Hubei de levar galinhas e ovos ao mercado. Hubei é a província que abriga a cidade de Wuhan, onde o coronavírus foi identificado pela primeira vez. A epidemia já matou 426 pessoas e infectou mais de 20.000 em todo o país. Com a falta de comida para as aves, alguns agricultores estão reduzindo sua alimentação, enquanto outros estão destruindo parte do rebanho, de acordo com um funcionário da Associação de Avicultura de Hubei, que falou sob a condição de anonimato porque não está autorizado a conversar com a mídia. “Muitas aves jovens foram eliminadas com segurança”, disse a pessoa, que não revelou quantos animais foram mortos ou como. Na semana passada, a associação apelou ao governo por autorização para o suprimento de ração para as aves. “Os produtores não têm como sobreviver”, disse uma pessoa que preferiu ser identificada apenas pelo sobrenome Chen e que produz cerca de 7.000 ovos por dia perto da cidade de Huanggang. “Estou esgotando meus estoques de ração e não sei como vou tirar meus ovos”.

Vídeos que circularam pelas redes sociais chinesas nesta semana parecem mostrar avicultores em locais não especificados enterrando filhotes, patinhos e patos adultos vivos, além de ovos. A Reuters não conseguiu verificar a veracidade dos vídeos ou confirmar quando e onde foram filmados. A China produziu 22 milhões de toneladas de carne de aves em 2019, um aumento de 12% em relação ao ano anterior, em meio à escassez de carne de porco causada pela peste suína africana. Hubei abate cerca de 500 milhões de aves por ano e é um importante produtor de ovos. Segundo analistas, províncias em outros lugares também foram impactadas, com vilas e condados de toda a China erguendo bloqueios nas estradas, em uma tentativa de manter o coronavírus fora. Incubadoras que vendem pintinhos ou patos aos agricultores para criação antes do envio aos matadouros têm sido especialmente atingidas. Com severas restrições ao transporte, os produtores não podem ou não querem comprar filhotes para reabastecer suas fazendas, disse Dong Xiaobo, gerente geral na China da francesa Orvia, a segunda maior fornecedora de patos da China. “Os preços atingiram um piso de 5 centavos por patinho. Ninguém sabe o que fazer com sua produção”, afirmou ele. Muitos matadouros também estão operando com capacidade reduzida, porque não conseguem encontrar mão de obra suficiente, disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank. (Reuters)

São Paulo - O setor de produtos orgânicos faturou R$ 4,6 bilhões no Brasil em 2019, segundo balanço da Organis, entidade setorial dos orgânicos, o que representa aumento de 15% em relação ao faturamento de 2018, quando o valor chegou a R$ 4 bilhões. A entidade avalia que os números de exportação também foram bons para um ano de grande variação cambial: em torno de US$ 190 milhões (26 empresas associadas), alta de 5,5% em relação ao ano anterior (US$ 180 milhões). “Nossa estimativa tem base no aumento de toda cadeia. A principal feira do setor de orgânicos, a BioBrazil, cresceu 33% em número de expositores. Tivemos muitos brasileiros visitando as principais feiras internacionais do setor, mais do que em outros anos, na busca por ideias e conceitos com potencial para serem trabalhados por aqui. Rompemos a barreira das 20 mil unidades produtivas e o varejo entendeu a importância do orgânico no

portfólio dos saudáveis”, disse Clauber Cobi Cruz, diretor da Organis. Para Cruz, o setor tem grande potencial de desenvolvimento e poderia ter crescido ainda mais. “Isso se as condições econômicas tivessem sido favoráveis e se o consumidor já houvesse consolidado seu entendimento sobre o que é um produto orgânico”, avaliou. De acordo com o diretor, a tendência para este ano é positiva e ele estima que o mercado brasileiro de orgânicos deve crescer no mínimo 10%. Uma tendência apontada pela Organis é o aumento da relevância da produção orgânica como parte da solução das questões ambientais. O setor deverá atrair mais iniciativas, tanto públicas como privadas, que intensificarão as ações de fomento. “A experiência bem-sucedida de ver os orgânicos em movimento nos anima a manter o otimismo para 2020, que tende a se firmar como um ano de sistematização de informações da cadeia produtiva, da semente ao cliente”, disse Cruz. (ABr) GUILHERME MARTIMON/MAPA

Ganhos com exportação de orgânicos também avançaram 5,5%


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

IMG_4646 - FOTOGRAFO MARCELO HENSEL

ALIMENTAÇÃO PET

Nutrire amplia vendas externas Meta é chegar a 50 países DANIELA MACIEL

Há 19 anos dedicada à alimentação de cães e gatos, a Nutrire, fundada em 2001, na cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul, e com planta em Poços de Caldas, no Sul de Minas, desde 2013, abre mais quatro mercados internacionais: Haiti, Omã, Líbia e El Salvador. Eles se somam a mais de 30 países nos quais a empresa já está presente através de exportação direta e equipe própria. Os novos mercados fazem parte de uma estratégia de longo prazo que prevê a presença em pelo menos 50 países até 2025. De acordo com a gerente de importação e exportação da Nutrire, Giane Danielli, essa meta pode ser antecipada, já que Honduras, Nicarágua e Costa Rica já estão em negociação e devem fazer parte da lista de compradores da empresa ainda neste ano, projetando a marca de 40 nações até o fim

de 2020. O foco principal de abertura de novos mercados atualmente são os países da América Central. O principal mercado internacional é a Colômbia, com 40% das vendas para o exterior. Os novos mercados não Com planta em Poços de Caldas e no Sul do País, principal mercado internacional é a Colômbia, com 40% das vendas devem impor ampliação ou modificações nas linhas gradativamente”, explica a sua participação nas ex- feito com que a empresa ace- Egito, por exemplo, cerca portações da Nutrire, hoje lere os processos de inovação de 80% das nossas vendas de produção no curto pra- Giane Danielli. Dessa forma, a unidade de concentrada nos portos do desenvolvidos por equipe são de comida para gato nas zo. “Sempre tivemos foco Poços de Caldas, hoje com própria e em parceria com suas diferentes categorias. sul do País. na exportação e há sete “A unidade de Minas diferentes universidades e Isso nos trouxe um grande anos criamos um depar- 88 colaboradores - 33,2% tamento exclusivamente do total -, ganha força na Gerais é estratégica para os outros parceiros estratégi- desenvolvimento e diferendirecionado para essa pros- estratégia da Nutrire. A nossos planos de ampliação cos. A chegada a países da ciais para atender um nicho pecção ativa de mercados fábrica mineira, além de de mercado dentro e fora do África e do Oriente Médio que cresce muito no Brasil. estrangeiros. Em 2012, já responsável pela produção Brasil e a sua importância fez com que os estudos e O pet food brasileiro é muito exportávamos para sete dos produtos da categoria vem crescendo continua- investimentos na produção benquisto no exterior. Além países da América do Sul. high premium, tem um papel mente. Devido aos altos de alimentos para gatos de sermos o segundo merA partir desse departamento determinante na estratégia custos logísticos no Brasil crescessem, já que esse é o cado em consumo mundial, ajustamos nossas estratégias, de abastecimento da região era importante termos uma animal de estimação mais temos um conceito altíssimo passamos a frequentar Sudeste. A localização ge- fábrica nessa região para querido nessas regiões, dife- de qualidade de matériasvárias feiras internacionais ográfica no Sul de Minas atender à demanda do Su- rentemente do que acontece primas. Conseguimos isso trabalhando agrupados com e já alcançamos todos os permite um acesso mais deste e do próprio Estado, no Brasil. Atender aos requisitos algumas associações e por continentes. Tudo isso está rápido e barato aos prin- que é um mercado ainda em contemplado em planeja- cipais mercados dentro do abertura”, pontua a gerente exigidos pelos órgãos regu- meio de acordos bilaterais. mentos de longo e médio Brasil. Além disso, facilita o de importação e exportação ladores de cada um desses São produtos de alto valor países também fez com que agregado que trazem inovaprazos e estamos prontos acesso aos portos da região, da Nutrire. A entrada em países de a empresa desenvolvesse ção e divisas para o Brasil”, para suportar o aumento especialmente o de Santos de demanda que acontece (SP), que deve aumentar culturas tão distintas tem novas capacidades. “No completa a executiva.

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CIEE/MG lança em Contagem Programa Aprendiz Legal FOTOS: FERNANDO BEIRAL

O Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG), em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Contagem (Acic), promoveu, no dia 3 último, encontro para a implantação oficial do Programa Aprendiz Legal no munícipio. Além de diretores da Acic e do CIEE/ MG participaram do evento representantes de entidades da área social, empresas parceiras, imprensa (DIÁRIO DO COMÉRCIO, Diário de Contagem e revista Viva Grande BH) e alguns jovens que deram depoimento sobre a importância do programa para a inserção profissional. O diretor-presidente do CIEE/MG, Sebastião Alvino Colomarte, agradeceu o apoio da Acic e das entidades ligadas à área de assistência social de Contagem para viabilizar o Aprendiz Legal no sentido de beneficiar os jovens da região, possibilitando a oportunidade de qualificação profissional e a consequente inserção dos mesmos no mercado de trabalho. Já o supervisor da Unidade de Atendimento Grande BH, Ualisson Perez, enfatizou que o sucesso dos programas de aprendizagem e de estágios mantidos pelo CIEE/MG depende da adesão, cada vez maior, do empresariado local. O presidente da Acic, Egmar Panta, ressaltou que a entidade tem orgulho de ter o CIEE/MG como parceiro com seus

programas que beneficiam centenas de estudantes da região. “Contagem tem muito a ganhar com esse trabalho de ação social, que colabora na formação cidadã desses jovens e os qualificam para enfrentar o mundo empresarial. De acordo com a pedagoga Sileni Magalhães, responsável pelo Setor de Aprendizagem do CIEE/ MG, o Programa Aprendiz Legal atende em Contagem cerca de 140 jovens e a adesão de novas empresas vem apresentando crescimento em todas as unidades onde foram implantados o programa. Ela agradeceu a participação das empresas parceiras, enfatizando a importância desse engajamento para facilitar o ingresso dos jovens no mercado do trabalho. Durante o evento na sede da Acic, alguns aprendizes em formação pelo CIEE/ MG destacaram a importância de participar do programa Aprendiz Legal. O sonho de todos, é claro, crescimento profissional e serem efetivados após o término do contrato de aprendizagem.

Professor Colomarte na abertura dos trabalhos

Parcial do auditório

Equipe de Contagem com Seleni Magalhães e aprendizes

O ex-presidente da Acic Umberto Nogueira, Professor Colomarte, o presidente da Acic, Egmar Panta, e o diretor vice-presidente do CIEE/MG, José Pedro Barbosa

do programa. Durante o período de aprendizagem, o jovem tem resguardado todos os seus direitos trabalhistas e previdenciários. Em parceria com a FunO programa - Além de um dação Roberto Marinho período de formação teóri- (FRM), o CIEE/MG oferece ca nas salas das unidades o programa Aprendiz Legal do CIEE/MG, concomitan- em sua sede própria em temente, o participante do Belo Horizonte, bem como programa Aprendiz Legal nos polos do Programa tem a oportunidade de Aprendiz Legal nas unidatrabalhar, por período que des de Sete Lagoas, Montes varia entre quatro a seis Claros e Nanuque. No caso horas diárias, nas empre- de Contagem, existe, além sas contratantes, parceiras da Acic, outro polo na Ce-

asa Minas. Varginha será o próximo município que vai receber o programa. Atualmente, cerca de 900 jovens são beneficiados pelo programa e a expectativa, com a parceria com a Fundação Roberto Marinho, é que 10 mil jovens sejam atendidos até 2023. O Aprendiz Legal contribui para oferecer aos jovens a oportunidade do primeiro emprego formal. O programa apoia a implementação da Lei da Aprendizagem (10.097/2000), que

determina que as empresas de médio e grande portes destinem de 5% a 15% de suas vagas à contratação de pessoas com idade entre 14 e 24 anos, na condição de aprendizes.

O contrato de trabalho pode durar até dois anos e, durante esse período, o jovem é capacitado na instituição formadora e na empresa, combinando formação teórica e prática.

Coluna produzida pelo Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais – Rua Célio de Castro, 79 – Floresta (Sede própria) – CEP: 31.110-000. Telefones: (031) 3429-8100 (Geral) – Atendimento às empresas: (31) 3429-8144 - Atendimento às escolas: (31) 3429-8106.


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ESPECIAL INFRAESTRUTURA

Secretário faz aposta em grandes projetos de mobilidade

Em épocas passadas, a secretaria que cuidava das obras no Estado era cobiçadíssima. À frente dela estava quase sempre um político, que dispunha de fartos recursos para investimento. Hoje, a situação mudou. O secretário que cuida das obras no Estado é um técnico que administra um orçamento de praticamente zero para investimentos. Em palestra na SME, o secretário de Infraestrutura e Mobilidade do governo de Minas, Marco Aurélio de Barcelos Silva, fez um balanço do primeiro ano à frente da pasta; falou das dificuldades e, ao mesmo tempo, apresentou os principais projetos à frente dos quais está a secretaria. Abaixo, os principais pontos da palestra do secretário:

Planejamento - Grande parte das ações é de longuíssimo prazo. Mas, se não começarmos agora, a gente tem a certeza de que elas nunca virão. Mas elas acendem um alerta: a necessidade de que nós nutramos a preocupação com as reiteradas sucessões que virão no governo de Minas. Algumas das propostas colocadas vão perdurar por 10, 15 anos. E se nós não tivermos um alinhamento, um engajamento, um compromisso das gestões subsequentes, nós corremos o gravíssimo risco, não é nem de implementar essas ações estruturantes, mas sim de retroceder. Erra quem acredita que infraestrutura se faz em seis meses, se faz em dois anos. É mentiroso. Convênios de obras - Nós temos um passivo em relação a convênios que é a prestação de contas. Nós herdamos um passivo de quase 7 mil processos sem prestação de contas. E eu não tenho mais de 20 pessoas para dar conta de todas essas prestações. De todas essas avaliações. Ano passado, o recorde de processos baixados foi maior que nos últimos quatro anos. Conseguimos 62 baixas contábeis. E, acreditem, isso foi recorde no ano. Foi considerado referência em relação aos anos anteriores. Fizemos a conta de quantos anos nós necessitaríamos para baixar todos esses convênios e chegamos a algo próximo de 170 anos. Estamos buscando uma saída jurídica para o arquivamento de convênios que datam de mais de 10 anos e que tenham um custo menor, por exemplo, a R$ 100 mil. Estamos tentando negociar com o Tribunal de Contas qual seria essa regra. Isso alivia o trabalho das pessoas que estão na subsecretaria e permite que possam dedicar seu esforço, sua energia, para outros projetos que não a análise de papelada. Obras - Hoje nós temos todas as obras do Estado em andamento, mas, infelizmente, não são tantas quanto nós gostaríamos e mereceríamos ter, sendo acompanhadas pelo nosso Escritório de Obras. Mensalmente, fazemos a avaliação do andamento das obras, dos respectivos pagamentos, das razões de ser dos atrasos. Mais adiante, nossa ideia é que esse acompanhamento passe a ser feito por dados abertos.

Eu poderei entrar no site da secretaria e ter acesso, em tempo real, a um painel de controle sobre essas obras. Vamos fazer o mesmo para todas as nossas estradas e para todas as nossas compras. O cidadão poderá selecionar a obra e identificar o andamento, a contratação, o valor da contratação; haverá,também, fotos de cada um desses equipamentos. Temos 33 obras de edificações em andamento. Não temos obras viária iniciadas, porque o recurso para investimento foi zero em 2019, como é zero o recurso para 2020. Dívida com municípios - Temos uma dívida de R$ 110 milhões com os municípios conveniados. O problema é que prefeito recebeu primeira parcela, iniciou o empreendimento, mas não consegue dar sequência, porque nós não temos como irrigar esses convênios. Quando se trata de pavimentação de vias, sim, vá lá, você consegue ter meia funcionalidade. Mas, quando se trata de um equipamento público, como uma praça, um cemitério, um velório, a obra fica pela metade e começa a se depreciar. Mas é a realidade que nós herdamos. Arrudas - O Estado sempre foi o primo rico dos municípios. Mas, hoje, nós pedimos dinheiro para Contagem, que se disponibilizou a oferecer recursos para que pudéssemos concluir a bacia de contenção do Riacho das Pedras, no Arrudas. Contagem entrará com R$ 27 milhões, o Estado entrará com outros R$ 27 milhões para garantir R$ 70 milhões provenientes do Ministério do Desenvolvimento Regional. Com isso, pelo menos às bacias do Riacho das Pedras nós vamos dar conclusão. Originalmente esse projeto contemplava cinco bacias. Eram duas no Riacho das Pedras e três no córrego do Ferrugem: uma em Belo Horizonte, uma na divisa de Contagem com Belo Horizonte e outra em Contagem. Notícia ruim: esses contratos foram descontratados no governo anterior. Nós não temos nem cobertura contratual para viabilizar a conclusão dessas obras. O resultado é o caos que nós estamos testemunhando agora. Era um problema que já poderia ter sido equacionado há alguns anos não fosse a descontinuidade. E infelizmente, não temos perspectivas de ter recursos para avançar com as demais bacias de contenção. MG-050 - A maioria dos projetos de PPPs tem um passivo enorme. A MG-050 é um exemplo disso. Chamamos o presidente da concessionária e dissemos: ou vocês restabelecem a credibilidade desse projeto ou vamos pedir a caducidade. A partir disso, começamos a empreender um monitoramento mensal das obras na MG-050 e descobrimos que o desenho do contrato incentivava os atrasos, porque para realizar a duplicação em determinado trecho era necessário uma série de medidas. A concessionária protocolava o pedido e a coisa parava na burocracia. Passamos a ter reuniões mensais de acompanhamento de cada uma

Apoio institucional da SME

SME / DIVULGAÇÃO

Secretário Marco Aurélio de Barcelos Silva destacou preocupação do Estado com o novo Anel Rodoviário, ferrovias, metrô e aeroporto da Pampulha

das obras, de cada um dos atrasos. Quem transita hoje pela MG-050 consegue ver o resultado. Anel Rodoviário - Nós faremos o novo Anel, resgatando o projeto original, que já foi submetido aos estudos, às audiências públicas, que já foi licitado. Com uma singela diferença: o projeto original era de uma PPP, com aporte de R$ 800 milhões e o pagamento de quase R$ 250 milhões por ano. Ainda bem que o Estado não assinou esse contrato, porque não teríamos recursos para bancar a parcela do Estado hoje. Nossa ideia é revisitar o modelo. Ser for o caso, desidratar algumas premissas de engenharia do projeto, para que caiba na conta. Metrô de BH - Nós nunca estivemos tão perto de tornar o metrô de BH um sonho real. Nunca. O BNDES está mandatado pelo governo federal para realizar os estudos para a dissecção da CBTU em várias empresas, entre elas a CBTU Minas. Na sequência, haverá a estadualização da CBTU e a concessão da linha 1 e da linha 2 do metrô [ramal do Barreiro] com a correspondente privatização da CBTU. Esta é a saída para o metrô de Belo Horizonte. A CBTU é uma empresa inchada, ineficiente, que tem sua diretoria no Rio de Janeiro, onde não há operação da CBTU. Nós vamos passar a gestão desse equipamento para um privado que tem muito mais

expertise e dinâmica para tocar esse empreendimento. O BNDES já concluiu a licitação dos consultores para a parte societária da CBTU e na semana passada foi realizado o pregão para a contratação dos consultores que irão nosauxiliar no desenho do modelo de concessão. E ainda contamos, em 2019, com o anúncio do governo federal dos R$ 1,2 bilhão para investimento na linha 2. Esse anúncio não ficará nas palavras. Recursos ficarão em uma conta em que ninguém colocará a mão, salvo para aplicar na linha 2. Nós estamos a um passo de fazer o anúncio definitivo [das novidades] do metrô de Belo Horizonte. Aeroporto da Pampulha - Vamos celebrar, nas próximas semanas, um convênio com a União para estudar as alternativas para o aeroporto da Pampulha que não compitam com o aeroporto de Confins. Por uma razão simples: nós queremos que o aeroporto de Confins se torne um hub para a aviação nacional. Nós queremos despontar nacionalmente como a terceira porta de entrada de voos internacionais. Esse é o hiato que existe no Brasil e que vem sendo batalhado por Fortaleza, Brasília e Belo Horizonte. Nós não vamos perder essa porta. Pampulha, infelizmente, compete de forma canibalista com Confins. Porque tirar, de Confins para a Pampulha, voos prime, voos para São Paulo, para o Rio de Janeira, para

Brasília de manhã e à noite, é muito benéfico para muitos empresários, mas é péssimo para o equipamento aeroporto de Confins. Porque esses voos retiram possibilidades de conexão. E eles fazem com que nós tenhamos dois aeroportos que fazem ponta a ponta mas que não se tornam um hub que permitiria atrair passageiros de outras cidades do Brasil para serem redistribuídos para o Brasil e para o mundo. Transporte ferroviário - Todos queremos ferrovias. A SME realizou um importante trabalho que inspirou a Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias, da Assembleia Legislativa. O que nós fizemos foi aprofundar esse estudo inspirador da SME, com a identificação de manchas de origem e destino, com a identificação de manchas e análise de prévia dos projetos. Um dos gravíssimos desafios que a gente enfrenta em relação ao modal ferroviário é a capacidade de os projetos pararem de pé apenas com a cobrança de tarifas dos usuários ou dos transportadores que realizam o deslocamento das cargas. Mas o Plano Estratégico Ferroviário [PEF] é hoje uma realidade. Até o final do ano teremos o plano devidamente desenhado, devidamente debatido. A ideia é fazer com que os nossos anseios, nossas expectativas em relação às ferrovias tenham uma narrativa de início, meio e fim. (Conteúdo produzido pela SME)

CBMM abre inscrições para prêmio de ciência e tecnologia Quem tem um projeto de pesquisa em ciência e tecnologia mas não dispõe dos recursos para levar adiante o projeto tem possibilidade de conseguir um aporte de R$ 500 mil. Este é o valor que será pago pelo Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia deste ano ao vencedor de cada uma das duas categorias ciência e tecnologia. As inscrições estão abertas desde o último dia 15 de janeiro e vão até 30 de março. Os

vencedores serão conhecidos no dia 1º de julho. De acordo com a CBMM, objetivo do concurso é reconhecer e estimular a realização de pesquisas científicas e tecnológicas que produzam impacto no desenvolvimento da cultura científica no Brasil e da inovação, reconhecendo os esforços e comprometimento de profissionais de pesquisa em prol de uma sociedade mais equilibrada e sustentável.

ENGENHARIA S.A.

Poderão concorrer profissionais que tenham desenvolvido produtos, processos, metodologias ou serviços inovadores, nas áreas de ciências da computação, ciências da Terra, ciências da vida, engenharias, física, matemática e química. As inscrições, individuais ou em grupos de até três pesquisadores, deverão ser feitas pelo site www.cbmm.com. br/premio. Também no site está o edital completo do prêmio.


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NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

FINTECH

Ulend prevê crescimento de 20% em Minas Gerais

Expansão na região vem na esteira do processo de desbancarização A fintech de empréstimos Ulend, que conecta investidores a empresas, prevê movimentar R$ 40 milhões em 2020. Deste montante, cerca de 20% deve ocorrer no Estado de Minas Gerais, um crescimento de 15% na participação da região no volume de negócios da plataforma, uma das protagonistas do mercado peer to peer lending no Brasil. Resumidamente, a Ulend oferece empréstimos para empresas com taxas de juros mais baixas e, por outro lado, com juros mais atrativos para quem empresta, como forma de diversificação de carteira. Além disso, em boa parte dos casos, a Ulend ainda consegue oferecer garantias ao investidor, o que destrava ainda mais o acesso ao capital. A fórmula da empresa deu certo e vem agradando os empreendedores e investidores de todo o Brasil,

mas com destaque para os mineiros, atualmente o 3º estado com maior participação na empresa, atrás apenas de São Paulo e de Paraná. “Os empresários e investidores de Minas são tradicionalmente mais detalhistas e exigentes em suas negociações. Mas quando ele é atendido de perto, recebem a atenção que procuram e elucidam suas dúvidas de maneira prática e objetiva, se tornam não só clientes fiéis, como também porta vozes da marca. Temos vários casos de indicações de nossa plataforma em Minas Gerais, o que nos enche de orgulho”, afirma o sócio fundador da Ulend, Gabriel Nascimento. Alguns dados de mercado confirmam a afirmação de Nascimento. Na ponta das empresas, o volume médio de empresas mineiras que buscaram empréstimos

via Ulend subiu de 5% no primeiro semestre de 2019 para 10% no segundo. A estimativa é de que esse número cresça 20% em 2020. Na ponta dos investidores também há crescimento: 5% na primeira parte de 2019 frente a 10% nos últimos seis meses do ano. Para 2020, a expectativa é de uma expansão de 20% na base de investidores mineiros. Boom da renda variável - Toda essa expansão no Estado de Minas Gerais vem na esteira manutenção dos juros baixos que vem impactando o mercado financeiro em todo o País. No momento, a Selic marca 4,5%, o menor índice de sua história. “Há um cenário macroeconômico favorável que beneficia o setor como um todo, não só a Ulend. Os investidores estão percebendo o potencial do peer to peer lending como diversificação

de carteira, ao passo que as empresas estão ganhando cada vez mais confiança nesse modelo como forma de se capitalizar”, explica Nascimento. “O que estamos fazendo é nos estruturar para ampliar nosso alcance e potencializar cada vez mais a qualidade e a excelência de nossos serviços. Acredito que esse seja o caminho para nos diferenciarmos das demais plataformas, considerando, é claro, que ainda existe um oceano azul, já que boa parte do capital ainda está nos bancos”, completa. Para 2020, ainda estão previstos o lançamento de um aplicativo, a automação e a otimização dos sistemas, e a contratação de colaboradores e investimento em marketing. Vale destaque também para a ampliação dos fundos de investimentos na plataforma. Toda

Nascimento: sabemos que há muito trabalho pela frente

essa expansão vem sendo financiada não só pela sua receita, mas também por meio do aporte de R$ 1,8 milhão recém-conquistado via plataforma de equity crowdfunding EqSeed, que, inclusive, ocorreu em apenas 72 horas. “Estamos muito otimistas com a perspectiva não só

RELAÇÕES DE TRABALHO

Millenials têm outras prioridades no mercado Ter um emprego estável, casa própria e um bom carro. Esta trinca já foi fundamental, porém, hoje, para os Millenials, nascidos entre 1981 e início dos anos 90, as prioridades são outras. Entenda as diferenças: Diferenças - Jovens adultos, na faixa dos 19 e 35 anos, os Millenials já ocupam o mercado de trabalho e são motivados pelas oportunidades de crescimento, ao mesmo tempo em que buscam equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. São conhecidos pelo trabalho em equipe, aliado à flexibilidade - home office e horários adaptáveis De acordo com a gerente de RH da Luandre Gabriela Mative, uma das maiores consultorias de RH do Brasil, os Millenials, também conhecidos como Geração Y,

estão abrindo o caminho de uma nova era profissional, bem diferente da anterior, ocupada pela Geração X e que vai ganhar novos contornos quando a Geração Z, formada por adolescentes, hoje, estiver no mercado. “Esses jovens, com idades entre 11 e 18 anos, da Geração Z, são ainda mais competitivos e independentes, preferindo ter um ambiente de trabalho exclusivo a ter que dividir um. São indivíduos totalmente por dentro da era digital, diferentemente dos Millenials que, embora pioneiros, tiveram de se adaptar”, detalha Gabriela Mative. O que essas gerações querem? Assim, na Luandre, observa-se essa mudança de comportamento puxada pela Geração Y. Se antes, estabilidade era a pauta do dia, a preocupação hoje

é com a qualidade das relações interpessoais. “Uma das principais buscas é por lideranças qualificadas. A maioria destes profissionais avalia a qualidade do gerente. Para as novas gerações, o trabalho é a vida deles, ou seja, um mau gerenciamento os afasta rapidamente”, diz Gabriela Mative. Outras questões, como oportunidades de crescimento na empresa e aumento de salário influenciam significativamente. “As gerações anteriores também buscavam por reconhecimento financeiro, mas notamos que os jovens precisam deste reforço mais rapidamente, talvez porque a velocidade de tudo hoje em dia seja maior, a começar pela rapidez que a internet proporciona”, explica Gabriela Mative. Ela ainda destaca que esses profissionais buscam

por empresas alinhadas a seus ideais: “Millenials têm a preocupação em estar em companhias que estejam de acordo com seu propósito de vida, por isso, para eles tão importante quanto um bom salário é a transparência da empresa em relação à sua missão e suas práticas”. Futuro - No passado, quando a Geração Y estava chegando ao mercado, havia o mito de que se tratava de gente preguiçosa. Contudo, neste momento, o consenso é que características, antes desprezadas, podem ser positivas. Gabriela nota que a necessidade por flexibilidade de horário, já comentada, possibilita que não se limitem a trabalhar somente de acordo com uma carga horária pré-estabelecida e não se importem em também oferecer essa flexibilidade conforme a demanda.

Ela também observa a capacidade de articulação e iniciativa para propor ideias em razão da vontade por autonomia: “há uma busca por fazer diferença no mundo e isso começa pelo local onde trabalham. Eles querem ser agentes transformadores e não apenas levar adiante o que já está estabelecido”. E, ao que tudo indica, o cenário profissional daqui a alguns anos deve seguir essa tendência ao se considerar que os Millenials já são 50% do público interno das organizações e, em dez anos vão representar, 75% da força de trabalho no mundo, segundo uma pesquisa global liderada pela ferramenta Join.Me. Na Luandre, em 2019, o número de contratados entre 20 e 35 anos representou 73% e o número de currículos recebidos ultrapassa a média de 63%. (Da Redação)

AVIAÇÃO

Gol e American Airlines anunciam acordo

CHARLES SILVA DUARTE / ARQUIVO DC

A Gol e a American Airlines anunciaram ontem um acordo de codeshare (compartilhamento de voos) que irá expandir os voos das empresas entre EUA e América do Sul. O acordo ainda depende do aval de autoridades regulatórias no Brasil e nos EUA. Segundo comunicado da Gol, o novo codeshare irá ligar a empresa a mais de 30 destinos nos EUA, enquanto a companhia americana irá oferecer 20 novos destinos para América do Sul. Ex-sócia da Gol, a Delta fechou a compra de 20% de participação da Latam em setembro de 2019 e saiu do acordo de voos compartilhados com a empresa brasileira. A Gol é a líder de participação de mercado no Brasil, com 38,2% dos passageiros por quilômetro transportado

(RPK), segundo dados da Anac. A Latam vem logo atrás, com 35,9% de participação e é seguida pela Azul, com 25,5%. Os voos irão operar a partir dos aeroportos internacionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Fortaleza. Hoje, a Gol atende 88 destinos no Brasil e 16 internacionais, além de 149 destinos internacionais por meio de codeshare. Segundo a Gol, o acordo irá facilitar a compra de trechos conectados das duas companhias aéreas usando uma única reserva e uma emissão de bilhetes, além de check-in, embarque e verificação de bagagem integrados durante a viagem do passageiro. A empresa americana também anunciou que irá expandir a atuação em Miami, com a inclusão de

Gol é a líder de participação de mercado, com 38,2% dos passageiros por km transportado

um novo voo diário com direção ao Rio de Janeiro. De acordo com comunicado, a American Airlines

pretende adicionar 12 voos partindo das cidades de Nashville, Boston, Orlando, Raleigh-Durham e Tampa

com destino ao Aeroporto de Miami, para facilitar voos para América Latina. (Folhapress)

do nosso negócio, mas do mercado como um todo. Entendo que vamos entrar em 2020 com uma estrutura cada vez mais robusta e eficiente, de modo a atender às expectativas dos nossos clientes. Nosso entusiasmo é grande, mas sabemos que há muito trabalho pela frente”, conclui. (Da Redação)

5G

Anatel discutirá leilões de frequências O conselho diretor da Anatel reúne-se na próxima quinta-feira e entre as matérias da pauta para deliberação estão as propostas de consultas públicas do edital de licitação para a disponibilização de espectro de radiofrequências para a prestação de serviços de telecomunicações, inclusive por 5G. Conforme portaria publicada no Diário Oficial da União na véspera, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações estabeleceu diretrizes para os leilões das faixas de radiofrequências de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. De acordo com a portaria do ministério, caberá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estabelecer as subfaixas a serem licitadas, bem como procedimentos administrativos para a viabilização de certames licitatórios, entre outras ações. O ministério também definiu critérios para a proteção dos usuários que recebem sinais de TV aberta e gratuita por meio de antenas parabólicas na Banda C satelital, adjacente à faixa de 3,5 GHz. Nesse sentido, caberá à Anatel estabelecer medidas de melhor eficiência técnica e econômica para solucionar interferências prejudiciais identificadas sobre serviços fixos por satélite em operação na Banda C, considerando formas de assegurar a recepção do sinal de televisão aberta e gratuita pela população efetivamente afetada, entre outras atribuições. (Reuters)


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FINANÇAS MARCELLO CASAL JR./ AGÊNCIA BRASIL

CONTAS PÚBLICAS

Dívida bruta do País pode voltar a crescer sem fatores atípicos Avaliação é da Instituição Fiscal Independente Brasília - Sem a ajuda de fatores considerados não recorrentes, a tendência é de que a dívida pública brasileira volte a subir em 2020, avalia o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto. Na sexta-feira (31), o Banco Central (BC) divulgou o resultado da dívida bruta do governo geral de 2019, que registrou a primeira redução em seis anos, indo de 76,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim de 2018 para 75,8% do PIB em dezembro. A queda surpreendeu membros da equipe econômica. Avaliação feita um mês antes pelo Tesouro Nacional não estimava uma redução da dívida nem no melhor cenário previsto. A IFI, órgão de análise das contas públicas vinculado ao Senado, fez um exercício de exclusão de fatores considerados atípicos - que não trazem uma

melhora estrutural e permanente para o endividamento do País - e concluiu que, sem eles, a dívida bruta teria encerrado 2019 no patamar recorde de 79%. Pela estimativa, um alívio de 2,1 pontos percentuais em relação ao PIB foi motivado pela venda de reservas internacionais feita ao longo de 2019. No ano passado, o BC levantou R$ 137,7 bilhões com a venda de dólares no mercado à vista, algo que não ocorria desde a crise de 2009. O objetivo foi aumentar a oferta de dólares e conter a alta da moeda americana. O segundo fator a impactar a conta foi a aceleração de pagamentos do BNDES ao Tesouro. Somente no ano passado, o banco antecipou a devolução de R$ 100 bilhões aos cofres do governo. Essa conta, segundo Salto, gerou impacto positivo de aproximadamente 1,1 ponto percentual na dívida bruta.

Para 2020, o diretor da IFI diz que há um cenário de incerteza sobre os dois fatores. Não há indicação sobre eventual continuidade da venda de reservas e o governo não deixou claro qual será o volume exato a ser repassado pelo BNDES ao Tesouro. “Tudo vai depender do BNDES e da venda de reservas. Esses fatores pesam muito. Se não tiver pagamento alto do BNDES nem venda de reservas, o risco hoje é de crescimento da dívida neste ano”. Na avaliação do economista, isso deveria servir de alerta para que os agentes públicos não interpretem a queda na relação da dívida sobre PIB como uma melhora ampla no cenário fiscal. “Esse quadro melhor não pode nos enganar. O fôlego que foi gerado com essas benesses conjunturais tem de ser aproveitado para avançar no que realmente importa, que é

Sem fatores considerados não recorrentes, dívida teria fechado 2019 em nível recorde

o ajuste fiscal”, disse. Na sexta, o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, disse que esses episódios não podem ser considerados exatamente extraordinários. “O impacto na dívida bruta a partir das devoluções do BNDES foi uma medida de política fiscal. Essa é uma decisão tomada e executada pelo governo”. Essa ferramenta, entretanto, é limitada. Rocha afirmou que restam R$ 193 bilhões em pagamentos que podem ser antecipados pelo BNDES ao governo. Em relação às reservas, ele afirmou que as variações são fruto de decisão do BC sobre como atuar na política de câmbio.

Janela de oportunidade - Na avaliação de Salto, o País precisa voltar a gerar superávit primário – quando arrecada mais do que gasta – para vislumbrar uma trajetória sólida de redução da dívida pública. Para ele, o momento atual é uma janela de oportunidade. Como a Selic está em nível baixo, o gasto do governo com juros da dívida fica menor. O gasto nominal com juros caiu de 5,50% do PIB em 2018 para 5,06% em 2019. Preocupados com a continuidade do ajuste fiscal, técnicos da equipe econômica têm insistido na necessidade de medidas que segurem as despesas públicas. Na propor-

ção do PIB, o total de despesas primárias vem crescendo nos últimos anos. A conta, que chegou a cair de 19,9% do PIB para 19,4% entre 2016 e 2017, subiu para 19,6% em 2018 e retornou a 19,9% em 2019. Depois da aprovação da reforma da Previdência, o governo apresentou um conjunto de propostas que flexibilizam a execução do Orçamento e acionam gatilhos de ajuste fiscal em momentos de dificuldade financeira. Entre as medidas estão o corte temporário de jornada e de salários de servidores públicos e a proibição de reajustes e novas contratações. (Bernardo Caram, da Folhapress) LEONARDO BENASSATTO/REUTERS

CORONAVÍRUS

Medidas adotadas pela China devem minimizar efeitos de epidemia na B3 São Paulo - Os efeitos do coronavírus nos preços dos ativos na Bolsa de Valores brasileira devem diminuir, afirmam especialistas. Apesar da queda de 7,88% na Bolsa de Xangai na segunda-feira (3), a injeção de dinheiro na economia por parte do banco central chinês como forma de garantir a liquidez no mercado e apoiar as empresas afetadas pelo novo vírus foi vista com bons olhos pelos investidores. A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre a existência de um vírus desconhecido em Wuhan, província de Hubei, na China, em 31 de dezembro de 2019. Até ontem, 427 mortes foram confirmadas. Pelo menos 27 países confirmaram casos da doença em pessoas que vieram de Wuhan. Também há casos de transmissão dentro dos próprios países. O BC chinês já havia afirmado que usaria ferramentas de política monetária, incluindo operações de mercado aberto (compra e venda de títulos públicos pelo BC) para manter a liquidez do sistema bancário em nível razoavelmente amplo. De acordo com o estrategista-chefe da Genial Investimentos, Filipe Villegas, o fato de o governo chinês ter se mostrado bastante focado em amenizar os efeitos do coronavírus e a postura de que tenta reverter essa situação de contágio passam uma mensagem positiva para o mercado. “Ainda que não tenhamos uma definição envolvendo o vírus, só de ter o governo (chinês) atuante já passa tranquilidade. Além disso, tivemos apenas uma morte fora da China até o momento e o número de recuperações, agora, está em um crescimento muito mais forte do que o de mortes”, afirma. O caso de morte pelo vírus

fora da China confirmado até agora foi nas Filipinas. Segundo o analista da Guide Investimentos, Henrique Esteter, outro fator que ajuda a arrefecer os efeitos do coronavírus é o fato de que as Bolsas da Europa, dos Estados Unidos e do Brasil já estavam abertas na semana passada - diferente da Bolsa da China, que teve o feriado do Ano Novo Lunar prolongado e só voltou a operar na segunda. “O mercado apanhou bastante e, já na semana passada, tinha feito a correção a respeito do coronavírus. O próprio Ibovespa chegou a bater os 112 mil pontos. No Brasil, apesar de as empresas terem sofrido nos últimos dias, temos um cenário bastante positivo para o País ao longo deste ano, com a expectativa de volta do consumo e o impacto positivo nos papéis do setor varejista”, afirma Esteter. Para ele, uma ou outra ação de empresas importadoras ainda pode sofrer, uma vez que a China tem um papel importante na balança comercial brasileira. “Mas é só uma questão de cautela sobre como a economia chinesa pode se comportar”, diz. No pregão de segunda-feira, as ações da Braskem responderam pela maior alta do índice, com avanço de 3,34% - reflexo da notícia que se espalhou no mercado de que a companhia pode migrar para o Novo Mercado da B3, segmento de listagem com o padrão mais elevado de governança corporativa, onde as empresas adotam, voluntariamente, práticas adicionais às exigidas pela legislação brasileira. “Talvez ainda estejamos no início de tudo isso e é difícil precificar até onde o coronavírus deve perdurar. Isso pode trazer alguma volatilidade, mas o que importa é o governo atuante em

buscar uma solução para o problema”, afirma Villegas. Câmbio - Sobre o dólar, os especialistas afirmam que o maior otimismo no cenário internacional colabora para uma realização da moeda. Segundo o analista da Terra Investimentos, Maurício Battaglia, outro fator que também colabora para o movimento de baixa da divisa é a sinalização por parte do Banco Central brasileiro de que fará intervenções na moeda. “Tivemos, mais uma vez, a melhora nas perspectivas para a inflação e podemos ter um novo corte da taxa

Injeção de dinheiro na economia pelo banco central chinês foi bem vista pelos investidores globais

básica de juros nesta quarta-feira (com as reuniões do Copom). É um realinhamento do prêmio de risco”, diz.

“Toda essa sinalização (de interferência por meio de swaps cambiais) passa a mensagem de que o BC

está de olho no que está acontecendo e isso é importante”, afirmou Villegas. (Folhapress)

MEIOS DE PAGAMENTOS

Stone conta com parceiros para elevar atuação São Paulo - A Stone vai se valer de parcerias para ampliar suas áreas de atuação e manter o ritmo de crescimento em 2020 no mercado de meios de pagamentos no Brasil, após volatilidade intensa no ano passado, mas que terminou como um dos destaques de alta da carteira do megainvestidor Warren Buffett. Cerca de quinze meses após ter estreado na Nasdaq em um IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) concorrido por investidores, que viram na empresa uma grande oportunidade de tomar mercado das outrora duopolistas Cielo e Rede, a Stone está começando a deslanchar seus projetos de concessão de crédito e no nicho de microempreendedores, que vê como motores adicionais para expandir receitas. “Ainda há expectativas de crescimento acelerado”, disse ontem à Reuters o diretor de relações com investidores da Stone, Rafael Martins. Em uma mão, após ter desembolsado cerca de R$

185 milhões em operações de crédito a empresas médias e pequenas, em um piloto com um pequeno banco regional, a Stone está começando a acelerar sua oferta de financiamentos, o que pode envolver outras fontes de captação, inclusive fundos de recebíveis. “Vamos buscar alternativas para ampliar os empréstimos, mas sem colocar muito risco no balanço”, afirmou Martins. A oferta de crédito a lojistas e outros empreendedores de pequeno e médio portes tem sido uma das principais frentes das empresas de cartões para ampliar receitas e compensar em parte as pressões sobre margens na operação pura de adquirência, em um mercado cada vez mais disputado. A líder Cielo, que na semana passada divulgou queda de 50% no lucro de 2019, refletindo esse ambiente mais competitivo, está buscando uma licença bancária no Banco Central, o que lhe daria maior flexibilidade para oferecer

mais serviços financeiros a clientes, principalmente crédito. Em outra frente, a Stone deve iniciar em breve uma campanha de mídia por meio do Grupo Globo, sócio em uma joint venture para atuar no mercado de microempreendedores, nicho onde a concorrência tem sido mais acirrada. De acordo com Martins, ao ter a Globo como principal ferramenta para divulgação da marca, que ainda será lançada, o negócio dependerá menos da tática usada por rivais, de conceder generosos subsídios, para formar uma grande base de clientes. Ao entrar no crédito e no segmento de micronegócios sem ter que despender grandes somas de investimentos, a Stone acredita que conseguirá crescer receitas sem comprometer seriamente suas margens, disse o executivo. “A gente acredita que, com isso, teremos um ano menos volátil em 2020”, afirmou o diretor da Stone.

Susto - No ano passado, a ação da companhia chegou a cair mais de 20% em um só dia após a Rede, do Itaú Unibanco, ter zerado as taxas para antecipação de recebíveis, serviço que é uma das principais fontes de receitas de empresas como a Stone. No entanto, a manutenção de elevados níveis de crescimento fez a ação se recuperar e fechar o ano com valorização de 116%. Foi o vice-líder de alta em 2019 da carteira da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, que detém 5% do capital da empresa. No ano passado até setembro, último dado disponível, o volume de transações processadas pela Stone cresceu 56%, enquanto a receita subiu cerca de 70%, com o lucro avançando 150% em relação ao mesmo período de 2018. “As previsões de que seríamos destruídos não se cumpriram”, disse Martins. “O mercado vai seguir competitivo, mas vamos seguir crescendo”. (Reuters)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2020

13

LEGISLAÇÃO COMUNICAÇÃO SOCIAL

PF investiga conduta do chefe da Secom Fabio Wajngarten é suspeito de praticar corrupção passiva, peculato e advocacia administrativa Brasília - A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar suspeitas sobre o chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Fabio Wajngarten. A medida atende a um pedido feito na semana passada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Brasília. O objetivo é apurar supostas práticas de corrupção passiva, peculato (desvio de recursos por agente público) e advocacia administrativa (patrocínio de interesses privados na administração pública). A investigação ficará a cargo da Superintendência da PF em Brasília. O caso correrá em sigilo. A solicitação do MPF foi feita a partir de representações apresentadas por diversos cidadãos, com base em reportagens da “Folha de S.Paulo”. Como noticiou o jornal a partir de 15 de janeiro, Wajngarten é sócio de uma empresa, a FW Comunicação, que recebe dinheiro de emissoras de TV, entre elas Record e Band, e de agências contratadas pela própria Secom, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro. Na gestão dele, as clientes passaram a receber percentuais maiores da verba de propaganda da secretaria. A “Folha de S.Paulo” mostrou ontem que, ao assumir o cargo, o secretário omitiu da Comissão de Ética Pública da Presidência informações sobre as atividades da FW e os negócios mantidos por ela. A nova frente de apuração é a primeira de caráter criminal a ser aberta. Em geral, o prazo inicial de inquéritos é de 30 dias. Em nota divulgada na semana passada, Wajngarten afirmou que o pedido do MPF para a PF investigá-lo é uma “oportunidade” para provar que não cometeu irregularidade. “Não há qualquer relação entre a liberação de verbas publicitárias do governo e os contratos da minha empresa -da qual me afastei conforme a legislação determina-, anteriores à minha nomeação para o cargo, como pode ser atestado em cartório”, sustentou. “Qualquer interpretação afora essa realidade factual é notória perseguição de um

MARCELO CAMARGO / AGÊNCIA BRASIL

veículo de comunicação, que pessoas físicas ou jurídicas não aceita a nova diretriz da que possam ser afetadas Secom”, acrescentou. por suas decisões. Entre as penalidades previstas Direcionamento político - está a demissão do agente O secretário também é alvo público. A prática também de processo no Tribunal pode configurar ato de imde Contas da União (TCU) probidade administrativa, por suposto direcionamento demonstrado o benefício político de verbas de propa- indevido. ganda para TVs consideraO secretário tem visitado das próximas do governo, ministros do TCU, fora de principalmente Record, SBT sua agenda oficial, para antee Band, o que afrontaria prin- cipar a defesa de sua gestão cípios constitucionais, entre e tentar evitar um revés na eles o da impessoalidade na corte. Também enviou o seu administração pública. chefe de gabinete ao presiA Comissão de Ética Pú- dente da Comissão de Ética, blica da Presidência, por Paulo Henrique dos Santos sua vez, avaliará a atuação Lucon, na segunda-feira da dele por possível conflito de semana passada, véspera de interesses público e privado. uma reunião do colegiado. A legislação que trata A comissão transferiu para do tema proíbe integran- 19 de fevereiro a discussão tes da cúpula do governo sobre o caso do secretário. de manter negócios com (Folhapress) Wajngarten é sócio de uma empresa que recebe dinheiro de TVs contratadas pela Secom

AGU afirma que não há conflito de interesses Brasília - Em manifestação entregue à Justiça Federal, a Advocacia-Geral da União (AGU) diz não haver conflito de interesses na atuação do chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Fabio Wajngarten, por ele ser sócio majoritário de empresa que recebe dinheiro de TVs e agências de publicidade fornecedoras da própria secretaria, de ministérios e de estatais do governo Bolsonaro. A AGU tem como atribuição a defesa jurídica dos interesses do governo. Numa peça de 39 páginas, o órgão também sustentou que não houve favorecimento dos clientes da empresa, como a Record, a Band e a agência Artplan, que passaram a ter percentuais maiores da verba da Secom na gestão de Wajngarten. Ainda na defesa, a AGU argumenta que, após assumir o cargo, o secretário apresentou declaração confidencial de informações à Comissão de Ética Pública da Presidência, órgão que fiscaliza eventuais situações de conflito de interesses na

alta administração federal, preenchendo os “requisitos formais” de sua nomeação. Reportagem da “Folha de S.Paulo” de ontem, porém, revelou que Wajngarten omitiu no documento dados sobre as atividades de sua empresa e os contratos mantidos por ela com TVs e agências de propaganda que recebem recursos da Secom e de outros órgãos do governo. Ao longo de um questionário de oito páginas, assinado por ele em 14 de maio e obtido pela “Folha de S.Paulo”, ele não informou o ramo de atuação das companhias dele e de familiares, bem como os negócios mantidos por elas antes e no momento em que ocupou a função pública. A Lei de Conflito de Interesses (12.813/2013) obriga os integrantes do alto escalão do governo a detalharem dados patrimoniais e societários, assim como as empreitadas empresariais e profissionais deles próprios e de seus familiares até o terceiro grau. O objetivo é o de prevenir eventuais irregularidades. É vedado aos agentes

públicos manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões. O documento da AGU em defesa de Wajngarten integra ação popular ajuizada pelo Psol contra o secretário, na qual pede, em caráter liminar, a suspensão das nomeações dele e de seu adjunto, Samy Liberman. Também requer a anulação dos atos praticados por Wajngarten no exercício do cargo. A ação foi apresentada após reportagens da “Folha de S.Paulo”, publicadas a partir de 15 de janeiro, mostrarem que Wajngarten tem 95% das cotas da FW Comunicação, que recebe verbas de TVs e agências pegas pelo próprio governo do presidente Jair Bolsonaro. Três dias depois de assumir a chefia da Secom, ele passou a administração da empresa ao empresário Fabio Liberman, irmão de Samy. Este último foi nomeado mais adiante como número dois da pasta. Incompatibilidade - O Psol sustenta que há conflito do interesse privado com

o público no caso de Wajngarten. O partido alega que há incompatibilidade na situação do secretário, pois ele tem poder sobre a destinação de verbas de publicidade, o que poderia gerar vantagens à FW no mercado. A AGU afirmou à Justiça que a Secom não contrata diretamente a empresa do secretário. Além disso, negou haver vinculação entre os recursos que a pasta libera e os contratos privados da FW. O órgão alega que a empresa de Wajngarten oferece ao mercado uma ferramenta de pesquisa sobre anunciantes e suas campanhas veiculadas nos principais meios de comunicação. Esses dados são usados pelos departamentos comerciais das TVs. Os contratos da FW, segundo a peça de defesa, se prestam “ao monitoramento da concorrência entre anunciantes inseridos em determinado setor da economia e que estejam disputando fatias de mercado”. Esse não é o campo de atuação da secretaria, diz a AGU, pois ela demanda dos veículos apenas publi-

cidade institucional. A AGU negou que a FW faça para seus clientes o chamado checking – ou seja, checar se anúncios comprados por anunciantes públicos e privados foram, de fato, veiculados. No entanto, a empresa é contratada das agências Artplan, Propeg e Nova S/B para prestar esse serviço na conta de publicidade da Caixa Econômica Federal. As ações de publicidade do banco seguem diretrizes da Secom. A Artplan também é contratada pela própria secretaria e, na gestão de Wajngarten, passou a ser líder na destinação de recursos da pasta para campanhas. “Os serviços prestados pela FW Comunicação ao mercado publicitário não possuem correlação com os contratos da União firmados por intermédio da Secom, tratando-se de serviços incompatíveis com a realidade publicitária da administração pública direta”, afirma a AGU. O órgão sustenta que não há favorecimento dos contratantes de Wajngarten na Secom. (Folhapress) SERGIO MORAES / REUTERS

TRABALHO

TST diz que 90% dos funcionários da Petrobras devem manter as atividades Rio de Janeiro - O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Martins Filho determinou ontem que 90% dos funcionários da Petrobras mantenham-se em atividade e no desempenho normal de suas atribuições, conforme decisão vista pela Reuters, em meio a uma greve de petroleiros iniciada no último sábado. No documento, o ministro também determinou que os petroleiros abstenham-se de impedir o livre trânsito de bens e pessoas nas unidades da Petrobras e de suas subsidiárias. Em sua decisão, o ministro afirmou que, “embora garantido pela Constituição, não se pode perder de vista que o direito de greve encontra limites”, e que há “aparente ausência de motivação para tão drástica medida”.

A greve de petroleiros iniciada no sábado não impactou a produção da companhia até o momento e as operações seguem dentro dos critérios de segurança, segundo informou ontem a estatal em nota. A Federação Única dos Petroleiros (FUP), por outro lado, afirmou ontem que a paralisação tem adesão de cerca de 14,75 mil trabalhadores, ou 80% do total nos 12 estados em que acontecem os movimentos. Em comunicado, a Petrobras destacou que o ministro estabeleceu multa de diária de R$ 500 mil, para sindicatos de base territorial com mais de dois mil empregados, em caso de descumprimento da decisão. Outras entidades sindicais podem ser multadas em R$ 250 mil.

obter um comentário imediato da FUP sobre a decisão judicial. Os sindicatos dizem que a greve é contra demissões em uma fábrica de fertilizantes no Paraná, desativada pela Petrobras. A FUP diz ainda que há descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A petroleira, no entanto, afirma que “os motivos alegados não atendem aos critérios legais” para decretação de paralisação. “A Petrobras reitera que o movimento grevista iniciado em algumas de suas unidades é injustificado, uma vez que o acordo coletivo de trabalho foi assinado por todos os sindicatos em novembro de 2019 e as negociações previstas estão seguindo curso normal”, afirmou nota da empresa, mais cedo. Em relação à unidade de Demissões - Não foi possível fertilizantes no Paraná, o mi-

A greve tem adesão de 80% dos petroleiros em 12 estados onde acontece a mobilização

nistro afirmou que as entidades sindicais não devem interferir “no poder diretivo da Petrobras, enquanto controladora da subsidiária, e impedirem a conclusão do processo negocial”. Além disso, escreveu Martins Filho, a pauta apresentada pela FUP sobre a unidade de

fertilizantes “veicula pretensão manifestamente inconstitucional, ao exigir a simples ‘absorção’ dos empregados da subsidiária pela Petrobras, sem a prévia aprovação em concurso público”, o que é vedado pela lei. Uma mobilização anterior, que previa paralisação por uma

semana em novembro, ocorreu mesmo após o mesmo ministro do TST ter atendido pleito da Petrobras e decidido impedir uma greve. Mas o movimento terminou antes do programado devido à decisão judicial, que impunha punições financeiras aos sindicatos em caso de descumprimento. (Reuters)





Indicadores EconĂ´micos Inação

DĂłlar 04/02/2020 COMERCIAL*

PTAX (BC)

31/01/2020

IGP-M (FGV)

TR/Poupança

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Set.

Out.

Nov.

Dez.

0,88%

1,26%

0,92%

0,45%

0,80%

0,40%

0,67%

-0,01%

0,68%

0,30%

2,09%

Jan. No ano -

7,30%

12 meses 7,30%

R$ 4,2576

R$ 4,2483

R$ 4,2851

IPC-Fipe

0,54%

0,51%

0,29%

-0,02%

0,15%

0,14%

0,33%

0,00%

0,16%

0,68%

0,94%

-

4,40%

4,40%

VENDA

R$ 4,2583

R$ 4,2488

R$ 4,2858

IGP-DI (FGV)

1,25%

1,07%

0,90%

0,40%

0,63%

0,01%

0,51%

0,50%

0,55%

0,85%

1,74%

-

7,70%

7,70%

COMPRA

R$ 4,2375

R$ 4,2469

R$ 4,2689

INPC-IBGE

0,54%

0,77%

0,60%

0,15%

0,01%

0,10%

0,12%

-0,50%

0,04%

0,54%

1,22%

-

4,48%

4,48%

IPCA-IBGE

0,43%

0,75%

0,57%

0,13%

0,01%

0,19%

0,11%

-0,04%

0,10%

0,51%

1,15%

-

4,31%

4,31%

ICV-DIEESE

0,35%

0,54%

0,32%

0,20%

-0,21%

0,17%

0,07%

-0,11%

-0,04%

0,46%

0,87%

-

3,09%

3,09%

IPCA-IPEAD

-0,24%

0,52%

-0,07%

0,27%

0,16%

0,68%

0,22%

0,01%

0,14%

0,48%

1,09%

-

5,23%

5,23%

Dez. 998,00 1,47 23,54 3,5932 5,57

Jan. 1.039,00 23,54 3,7116 5,09

R$ 4,2381

R$ 4,2475

R$ 4,2695

COMPRA

R$ 4,0900

R$ 4,0800

R$ 4,1100

VENDA

R$ 4,4300

R$ 4,3200

R$ 4,4600

Fonte: BC - *UOL

Ouro Nova Iorque (onça-troy)

04/02/2020

03/02/2020

31/01/2020

US$ 1.554,60

US$ 1.576,83

US$ 1.586,34

R$ 211,87

R$ 215,03

R$ 217,91

BM&F-SP (g) Fonte: Gold Price

Taxas Selic Tributos Federais (%)

Meta da Taxa a.a. (%)

0,49

6,50

Fevereiro Março

0,47

6,50

Abril

0,52

6,50

Maio

0,54

6,50

Junho

0,47

6,50

Julho

0,57

6,00

Agosto

0,50

6,00

Setembro

0,46

5,50

Outubro

0,48

5,50

Novembro

0,38

5,00

Dezembro

0,37

-

Reservas Internacionais 03/02........................................................................... US$ 359.067 milhĂľes Fonte: BCB-DSTAT

Imposto de Renda AlĂ­quota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Isento

Isento

7,5

142,80

De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Base de CĂĄlculo (R$) AtĂŠ 1.903,98 De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65

Deduçþes: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciåria. d) Pensão alimentícia. Obs:

Ă?ndices

COMPRA

VENDA TURISMO*

03/02/2020

Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂ­quota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendĂĄrio 2015

SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP Fev. SalĂĄrio 998,00 CUB-MG* (%) 0,13 UPC (R$) 23,54 UFEMG (R$) 3,5932 TJLP (&a.a.) 7,03 *Fonte: Sinduscon-MG

Março 998,00 0,10 23,54 3,5932 7,03

Abril 998,00 0,20 23,54 3,5932 6,26

Maio 998,00 0,25 23,54 3,5932 6,26

Junho 998,00 0,09 23,54 3,5932 6,26

Taxas de câmbio MOEDA/PAĂ?S CĂ“DIGO BOLIVIANO/BOLIVIA 30 COLON/COSTA RICA 35 COLON/EL SALVADOR 40 COROA DINAMARQUESA 45 COROA ISLND/ISLAN 55 COROA NORUEGUESA 60 COROA SUECA 70 COROA TCHECA 75 DINAR ARGELINO 90 DINAR/KWAIT 95 DINAR/BAHREIN 100 DINAR/IRAQUE 115 DINAR/JORDANIA 125 DINAR SERVIO 133 DIRHAM/EMIR.ARABE 145 DOLAR AUSTRALIANO 150 DOLAR/BAHAMAS 155 DOLAR/BERMUDAS 160 DOLAR CANADENSE 165 DOLAR DA GUIANA 170 DOLAR CAYMAN 190 DOLAR CINGAPURA 195 DOLAR HONG KONG 205 DOLAR CARIBE ORIENTAL 210 DOLAR DOS EUA 220 FORINT/HUNGRIA 345 FRANCO SUICO 425 GUARANI/PARAGUAI 450 IENE 470 LIBRA/EGITO 535 LIBRA ESTERLINA 540 LIBRA/LIBANO 560 LIBRA/SIRIA, REP 570 NOVO DOLAR/TAIWAN 640 LIRA TURCA 642 NOVO SOL/PERU 660 PESO ARGENTINO 665 PESO CHILE 715 PESO/COLOMBIA 720 PESO/CUBA 725 PESO/REP. DOMINIC 730 PESO/FILIPINAS 735 PESO/MEXICO 741 PESO/URUGUAIO 745 QUETZEL/GUATEMALA 770 RANDE/AFRICA SUL 775 RENMIMBI IUAN 779 RENMINBI HONG KONG 796 RIAL/CATAR 800 RIAL/OMA 805 RIAL/IEMEN 810 RIAL/IRAN, REP 815 RIAL/ARAB SAUDITA 820 RINGGIT/MALASIA 825 RUBLO/RUSSIA 828 RUPIA/INDIA 830 RUPIA/INDONESIA 865 RUPIA/PAQUISTAO 870 SHEKEL/ISRAEL 880 WON COREIA SUL 930 ZLOTY/POLONIA 975 EURO 978 Fonte: Banco Central / Thomson Reuters

Julho 998,00 0,12 23,54 3,5932 5,95

Agosto 998,00 0,09 23,54 3,5932 5,95

Set. 998,00 0,15 23,54 3,5932 5,95

Out. 998,00 0,08 23,54 3,5932 5,57

Nov. 998,00 0,17 23,54 3,5932 5,57

VENDA 0,6196 0,7878 0,007501 0,4844 0,6261 0,03397 0,4414 0,1862 0,08302 0,0354 13,9457 0,003569 5,986 0,03982 1,1539 2,8514 4,2381 4,2381 3,1918 0,0206 5,1371 3,0931 0,5457 0,6337 4,2381 0,01391 4,3705 0,0006545 0,03877 0,2693 5,521 0,002815 5,5214 0,1406 0,7098 1,2625 0,0595 0,005429 0,001258 4,2381 0,07972 0,08356 0,2269 0,113 0,5547 0,002947 0,628 0,6063 1,1643 11,0081 0,01701 0,0001009 1,1297 0,00105 1,0315 0,0673 0,0003092 0,2748 1,2304 0,003579 1,0945 4,6789

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2020 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso SalĂĄrio de contribuição AlĂ­quota (R$) (%) AtĂŠ 1.830,29 8,00 De 1.830,30 a 3.050,52 9,00 De 3.050,53 atĂŠ 6.101,06 11,00 CONTRIBUIĂ‡ĂƒO DOS SEGURADOS AUTĂ”NOMOS, EMPRESĂ RIO E FACULTATIVO SalĂĄrio base (R$) AlĂ­quota % Contribuição (R$) Valor MĂ­nimo 1.039,00 20 207,80 Valor MĂĄximo 6.101,06 20 1.220,21 COTAS DE SALĂ RIO FAMĂ?LIA A Partir de 01/01/2020 (Portaria ME 914/2020)

Remuneração

Valor unitĂĄrio da quota

AtĂŠ R$ 1.425,56

R$ 48,62

Fonte: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2019

FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RHÂżFLHQWHV GH -$0 0HQVDO

CompetĂŞncia do DepĂłsito CrĂŠdito 3% * 6% Outubro/2019 Dezembro/2019 0,2466 0,4867 Novembro/2019 Janeiro/2019 0,2466 0,4867 * Taxa que deverĂĄ ser usada para atualizar o saldo do FGTS no sistema de Folha de Pagamento. Fonte: Caixa EconĂ´mica Federal

TBF

Seguros 17/01

0,01311781

2,92791132

18/01

0,01311781

2,92791132

19/01

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20/01

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21/01

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22/01

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23/01

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24/01

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25/01

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26/01

0,01311781

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27/01

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28/01

0,01311781

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29/01

0,01311781

2,92791132

30/01

0,01311781

2,92791132

31/01

0,01311781

2,92791132

01/02

0,01311781

2,92791132

02/02

0,01311781

2,92791132

03/02

0,01311781

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04/02

0,01311781

2,92791132

05/02 0,01311781 Fonte: Fenaseg

2,92791132

20/01 a 20/02 21/01 a 21/02 22/01 a 22/02 23/01 a 23/02 24/01 a 24/02 25/01 a 25/02 26/01 a 26/02 27/01 a 27/02 28/01 a 28/02 29/01 a 29/02 30/01 a 01/03 31/01 a 01/03 01/02 a 01/03 02/02 a 02/03 03/02 a 03/03

0,3570 0,3575 0,3553 0,3393 0,3238 0,3068 0,3068 0,3221 0,3212 0,3213 0,3056 0,2911 0,2754 0,2754 0,2907

AluguÊis Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Dezembro IGP-DI (FGV) Dezembro IGP-M (FGV) Dezembro

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588

17/01 a 17/02 18/01 a 18/02 19/01 a 19/02 20/01 a 20/02 21/01 a 21/02 22/01 a 22/02 23/01 a 23/02 24/01 a 24/02 25/01 a 25/02 26/01 a 26/02 27/01 a 27/02 28/01 a 28/02 29/01 a 29/02 30/01 a 01/03 31/01 a 01/03 01/02 a 01/03 02/02 a 02/03 03/02 a 03/03

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588 0,2588

Agenda Federal Dia 5

Contribuição ao INSS COMPRA 0,6062 0,7818 0,00746 0,4837 0,6259 0,03388 0,4412 0,1861 0,08228 0,03526 13,9163 0,003531 5,9683 0,0397 1,1535 2,8501 4,2375 4,2375 3,1904 0,0199 5,0749 3,0917 0,5456 0,6208 4,2375 0,0139 4,3681 0,0006531 0,03875 0,2675 5,5185 0,00279 5,5164 0,1405 0,7095 1,2618 0,05945 0,005426 0,001256 4,2375 0,07953 0,08352 0,2269 0,1126 0,5532 0,002929 0,6274 0,6061 1,1635 11,0065 0,01698 0,0001009 1,1294 0,001037 1,0309 0,06728 0,000309 0,2734 1,2286 0,003572 1,094 4,6765

30/12 a 30/01 31/12 a 31/01 01/01 a 01/02 02/01 a 02/02 03/01 a 03/02 04/01 a 04/02 05/01 a 05/02 06/01 a 06/02 07/01 a 07/02 08/01 a 08/02 09/01 a 09/02 10/01 a 10/02 11/01 a 11/02 12/01 a 12/02 13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 15/01 a 15/02 16/01 a 16/02

ICMS - Contribuinte que tiver recebido o combustĂ­vel exclusivamente de contribuinte substituto - Entrega das informaçþes relativas Ă s operaçþes interestaduais com combustĂ­veis derivados de petrĂłleo ou com ĂĄlcool etĂ­lico carburante atravĂŠs do Sistema de Captação e Auditoria dos Anexos de CombustĂ­veis (Scanc).Internet ICMS – Importador - Entrega das informaçþes relativas Ă s operaçþes interestaduais com combustĂ­veis derivados de petrĂłleo ou com ĂĄlcool etĂ­lico carburante atravĂŠs do Sistema de Captação e Auditoria dos Anexos de CombustĂ­veis (Scanc).Internet IOF - Pagamento do IOF apurado no 3Âş decĂŞndio de janeiro/2020: Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa JurĂ­dica - CĂłd. Darf 1150. Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa FĂ­sica - CĂłd. Darf 7893. Operaçþes de câmbio - Entrada de moeda - CĂłd. Darf 4290. Operaçþes de câmbio - SaĂ­da de moeda - CĂłd. Darf 5220. TĂ­tulos ou Valores MobiliĂĄrios - CĂłd. Darf 6854. Factoring - CĂłd. Darf 6895. Seguros &yG 'DUI 2XUR DWLYR ÂżQDQFHLUR - CĂłd. Darf 4028 Darf Comum IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no perĂ­odo de 21 a 31.01.2020, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “bâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005): a) juros sobre FDSLWDO SUySULR H DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV inclusive os atribuĂ­dos a residentes ou domiciliados no exterior, e tĂ­tulos de capitalização; b) prĂŞmios, inclusive os distribuĂ­dos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espĂŠcie e lucros decorrentes desses prĂŞmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisĂŁo de contratos. Darf Comum (2 vias) Dia 6 SalĂĄrio de janeiro/2020 - Pagamento dos salĂĄrios mensais. Nota: O prazo para pagamento dos salĂĄrios mensais ĂŠ atĂŠ o 5Âş dia Ăştil do mĂŞs subsequente ao vencido. Na contagem dos dias, incluir o sĂĄbado e excluir os domingos e os feriados, inclusive os municipais. Consultar o documento coletivo de WUDEDOKR GD FDWHJRULD SURÂżVVLRQDO TXH SRGH HVWDEHOHFHU SUD]R HVSHFtÂżFR SDUD pagamento de salĂĄrios aos empregados. Recibo

bancĂĄrio, deve-se antecipar o depĂłsito. *),3 6HÂżS DSOLFDWLYR &RQHFWLYLGDGH Social - meio eletrĂ´nico) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) - Envio, Ă Secretaria Especial de PrevidĂŞncia e Trabalho, da relação de admissĂľes e desligamentos de empregados ocorridos em janeiro/2020. Notas: 3DUD ÂżQV GH VHJXUR GHVHPSUHJR as informaçþes no Caged relativas a admissĂľes deverĂŁo ser prestadas atĂŠ o dia anterior ao inĂ­cio das atividades do empregado, ou no prazo estipulado HP QRWLÂżFDomR SDUD FRPSURYDomR GR registro do empregado lavrada em DomR ÂżVFDO FRQGX]LGD SRU $XGLWRU Fiscal do Trabalho (Portaria SEPRT nÂş 1.195/2019). (2) A Portaria SEPRT no 1.127/2019, determinou que para as empresas dos grupos 1, 2 e 3 do eSocial, as informaçþes de admissĂľes, transferĂŞncia, desligamentos e reintegraçþes ocorridas a partir de 1Âş.01.2020 e, enviadas corretamente e nos prazos estabelecidos, por meio dos eventos correspondentes ao sistema eSocial, dispensarĂŁo as mencionadas empresas da obrigação do envio do Caged. As empresas do grupo 4 e as que nĂŁo cumprirem as condiçþes estabelecidas na Portaria SEPRT nÂş 1.127/2019 deverĂŁo prestar as informaçþes por meio do sistema Caged. Caged (meio eletrĂ´nico) Simples DomĂŠstico - Recolhimento relativo aos fatos geradores ocorridos em janeiro/2020, da contribuição previdenciĂĄria a cargo do empregador domĂŠstico e de seu empregado; recolhimento da contribuição social para ÂżQDQFLDPHQWR GR VHJXUR FRQWUD DFLGHQWHV do trabalho; recolhimento para o FGTS; depĂłsito destinado ao pagamento da indenização compensatĂłria da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, inclusive por culpa recĂ­proca; e recolhimento do IRRF, se incidente. NĂŁo havendo expediente bancĂĄrio, deve-se antecipar os recolhimentos. Documento de Arrecadação eSocial - DAE (2 vias) SalĂĄrio de janeiro/2020 – DomĂŠsticos - Pagamento dos salĂĄrios mensais dos empregados domĂŠsticos (Lei Complementar nÂş 150/2015, art. 35). Nota: O empregador domĂŠstico ĂŠ obrigado a pagar a remuneração devida ao empregado domĂŠstico, atĂŠ o dia 7 do mĂŞs seguinte ao da competĂŞncia. Recibo Dia 10

Dia 7 1,0431 1,0770 1,0730

FGTS - Depósito, em conta bancåria vinculada, dos valores relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) correspondentes à remuneração paga ou devida em janeiro/2020 aos trabalhadores. Não havendo expediente

Comprovante de Juros sobre o Capital PrĂłprio – PJ - Fornecimento, j EHQHÂżFLiULD SHVVRD MXUtGLFD GR Comprovante de Pagamento ou CrĂŠdito de Juros sobre o Capital PrĂłprio no mĂŞs de janeiro/2020 (art. 2Âş, II, da Instrução Normativa SRF nÂş 41/1998). FormulĂĄrio


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2020

18

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Obra de Pixinguinha O projeto Múltiplo Ancestral, do CCBB Educativo, traz para o público uma verdadeira aula-show sobre o ritmo choro, suas origens e as criações do mestre Pixinguinha. Quem comanda a atração “Pixinguinha e Benedito Lacerda em dueto” é o grupo Choro 21, no próximo sábado, às 11 horas, com entrada gratuita. A apresentação conta com a participação especial do saxofonista Anderson Costa. O choro, desde suas origens, sempre foi uma atividade de músicos criadores. A figura do instrumentista-compositor foi fundamental para a invenção e o desenvolvimento do choro ainda na passagem do séc. XIX para o século XX. O Projeto Choro 21 procura nesta apresentação revisitar as criações do grande mestre Pixinguinha. O CCBB-BH fica na Praça da Liberdade, 450, Funcionários.

Feira Textura A confluência entre livros-objeto, escrita experimental, cultura urbana e poesia visual está no cerne das obras que a editora SQN Biblioteca leva no próximo sábado para a Feira Textura, parte integrante da programação do Verão Arte Contemporânea (VAC). O evento, que acontece nos jardins internos do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro), às 11 horas, vai servir de palco para o lançamento do projeto “Um autor de sucesso”, terceiro livro do escritor, músico e agitador cultural, Miguel Javaral, e do livro “Bichos”, do artista visual André Lage. Os dois trabalhos trazem em seu corpo a ideia da experimentação, seja por meio do conteúdo, da linguagem ou da composição visual. A entrada é gratuita.

Sarau Libertário O Sarau Libertário realiza sua segunda edição em 2020 no próximo domingo, a partir das 14 horas, na Casa Kubitscheck (avenida Otacílio Negrão de Lima, 4.188, Bandeirantes, Pampulha). Desta vez, foram convidados para debater o tema “Culturas Pelo Mundo” o poeta, compositor, artista visual e arte-educador Renato Negrão; a cantora, compositora e percussionista Elisa de Sena; o cantor, compositor e instrumentista Sérgio Pererê; e o grupo de teatro Mulheres Míticas. Gratuito, o evento é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. A entrada é franca.

Futebol e maternidade A maternidade é vista como um ‘milagre’ para muitas pessoas, mas no futebol é encarada como um desafio. Jogadoras e profissionais do esporte vivem as comemorações e, também, o preconceito, o julgamento e a dúvida de ficar em campo. No programa “Mulhere-se” de hoje, a médica do América Futebol Clube Flávia Magalhães, que também passou pela seleção brasileira feminina, fala sobre a experiência de ser mãe e o esporte. Conduzido por Sara Silva Ribeiro, o programa se destacou por dar voz à sociedade feminina e foi ganhador do prêmio internacional no Festival Iberoamericano da Cultura Viva, em 2017, e o prêmio Mineiro de Direitos Humanos, no mesmo ano. O “Mulhere-se” com Flávia Magalhães vai ao ar hoje, às 20h30, pela Rede Minas. O público também pode acompanhar a atração pela internet, no site da emissora: redeminas.tv.

País deve ter 625 mil casos novos de câncer por ano

JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Rio de Janeiro - O Brasil deve registrar cerca de 625 mil novos casos de câncer por ano de 2020 a 2022. A estimativa foi divulgada ontem pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Somente entre a população infantojuvenil são esperados 8.460 novos casos por ano no mesmo período. A publicação Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil mostra que o câncer de pele não melanoma deve permanecer como o mais incidente, com a expectativa de 177 mil novos casos por ano. Em seguida, está com o câncer de mama próstata, com 66 mil casos cada; cólon e reto, com 41 mil casos; traquéia, brônquio e pulmão, com 30 mil; e, estômago, com 21 mil. De acordo com Inca, o Brasil apresenta um declínio dos tipos de câncer associados a condições socioeconômicas desfavoráveis. Em algumas regiões, no entanto, as ocorrências persistem. É o caso do câncer de colo de útero, na Região Norte. Enquanto no Brasil esse tipo de doença está em terceiro lugar, na incidência entre mulheres, desconsiderando o câncer de pele não melanoma, no Norte é o segundo mais incidente, atrás apenas do câncer de mama. Um a cada três casos de câncer poderiam, segundo o Inca, ser evitados pela redução ou eliminação de fatores de risco, como, por exemplo, tabagismo e obesidade. Atividades físicas, cuidados com a exposição ao sol e alimentação saudável com frutas, vegetais e hortaliças frescos, evitando alimentos ultraprocessados, também podem ajudar a evitar o câncer. A estimativa para o próximo triênio aumentou em relação à última projeção,

quando 600 mil novos casos eram esperados por ano em 2018 e 2019. A primeira publicação é feita para o triênio. Antes, a projeção era calculada a cada dois anos.A mudança ocorreu devido à disponibilidade de informações, mais confiáveis. O instituto também calculou a incidência da doença para a população infantojuvenil. Segundo o instituto, ar maior incidência pode ocorrer entre meninos, com 4.310 novos casos por ano. Entre meninas, devem ser registrados 4.150 novos casos. A incidência deverá ser maior na Região Sul, seguida pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. De acordo com o Inca, o recorte para a população mais jovem permite aprimorar as ações de saúde pública e controle da doença neste público. Se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados, 80% das crianças e adolescentes podem ser curados.

realizar atividade física faz diferença na prevenção do câncer. Não é preciso frequentar academia ou procurar um esporte de impacto ou grande esforço físico. Vinte minutos de caminhada por dia, por exemplo, são recomendados pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Ontem foi o Dia Mundial de Combate ao Câncer. A data foi instituída em 2008 pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), para aumentar a conscientização sobre a doença e estimular a preservação. “A prática de atividade física melhora a imunidade do corpo e reduz a produção de mediadores inflamatórios, fenômenos que minimizam as mudanças celulares e, consequentemente, os riscos de desenvolvimento da doença. Estudos mostram que a atividade física regular reduz de fato o risco de desenvolvimento de câncer de mama, cólon e endométrio”, explica o oncologista Duílio Rocha Filho, ligado à SBOC. Segundo nota distribuída Prevenção - O hábito de

pela sociedade médica à imprensa, 30% a 50% dos casos de câncer podem ser prevenidos a partir de mudanças no estilo de vida: além de praticar atividade física, “não fumar, preferir alimentos naturais, manter uma dieta equilibrada, se vacinar e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.” Apesar de recomendações simples, a SBOC encontra dificuldade para que as pessoas mudem suas rotinas e adotem comportamentos mais saudáveis. “Ao contrário do caso do cigarro, em que a relação com o câncer de pulmão é direta, os impactos do estilo de vida na saúde são pouco palpáveis para a maioria das pessoas, pois é muito difícil dizer com precisão o que originou o tumor; se foi o consumo de álcool ou de carnes processadas.” Em pesquisa feita pela SBOC em 2017, com 1.500 pessoas em todo o país, metade declarou que não faz exercício físico. Uma em cada quatro pessoas entrevistadas não vê a obesidade como problema relacionado ao câncer. (ABr)

CULTURA LÍVIA BASTOS

‘Historietas Malucas”

Música

Experiências com a arte podem ser divertidas e educativas, aproximando crianças e adultos do universo artístico. Por isso, o CCBB Educativo traz atividades lúdicas no Lugar de Criação, visando a ocupação, a convivência, a criação e o diálogo com a arte, para todas as idades. As atrações têm entrada gratuita e acontecem aos sábados e domingos, das 11h às 13h e das 15h às 17h. Diversas histórias sem pé nem cabeça ganham vida em Desde Pequeno, com a “Oficina de Historietas Malucas”, nos próximos sábado e domingo. As crianças pequenas e bebês com suas famílias são convidadas a mergulharem em histórias e poemas inspirados em escritores do movimento surrealista e do realismo fantástico latino americano. No sábado, a atividade acontece somente às 15 horas. O CCBB-BH fica na Praça da Liberdade, 450, Funcionários.

Mineira – Beto Guedes, Marcus Viana e 14 Bis se apresentam na mesma noite. O primeiro show fica a cargo do cantor e compositor Beto Guedes (foto), que relembra seus grandes sucessos como “Sol de Primavera”, “Amor de Índio”, “Sal da Terra” e Feira Moderna”. O segundo espetáculo será de Marcus Viana e o Grupo Sagrado Coração da Terra. Considerado um dos maiores nomes do rock progressivo latinoamericano, o Sagrado completa 40 anos e volta com a sua formação clássica: o próprio Marcus Viana na

voz, violino elétrico e teclados, Augusto Rennó (guitarra), Ivan Correa (contrabaixo), Eduardo Campos (bateria e percussão) e os tecladistas Danilo Abreu e João Viana. Participação especial da cantora Mila Amorim. Para encerrar a noite, a banda 14 Bis, formada por Cláudio Venturini (guitarra e voz), Sérgio Magrão (baixo e voz), Vermelho (teclados e voz) e Hely Rodrigues (bateria), faz o show em comemoração aos 40 anos de carreira. Quando: 8 de fevereiro (22h) Quanto: R$ 40,00 a R$ 150,00 Onde: Km de Vantagens Hall (avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro) Rock - Lobão volta a Belo Horizonte, depois de um hiato de quase dois anos, com sua turnê inédita, “Tour Power Trio 2020”. Em formato clássico, Lobão será acompanhado por Armando Cardoso na bateria, e Guto Passos no baixo e backing vocal.

No show, clássicos da carreira do cantor, tocando dezenas de hits de seus 16 CDs gravados, como “Canos Silenciosos”, “Decadence Avec Elegance”, “Essa Noite Não”, “Noite” e Dia” e “Me Chama”. Quando: 7 de fevereiro (21h) Quanto: R$ 50,00 a R$ 200,00 Onde: Grande Teatro do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) Cinema Scorsese - Cineasta, diretor, roteirista, ator e produtor, Martin Scorsese é tema de retrospectiva com 35 filmes, contemplando longas de ficção e documentais, além de curtas-metragens dirigidos pelo norte-americano, incluindo clássicos como “Taxi Driver.” (1976), “Touro Indomável” (1980), “Os Bons Companheiros” (1990), “Os Infiltrados” (2006) e. “O Lobo de Wall Street” (2013). Quando: até 20 de fevereiro Quanto: entrada gratuita, ingressos distribuídos uma hora antes de cada sessão

Onde: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) Teatro Drama - Belo Horizonte foi escolhida para a estreia de “Neblina”, peça idealizada por Leonardo Fernandes e Tatyana Rubim, com texto inédito escrito por Sérgio Roveri. Sob direção de Yara de Novaes, a atriz Fafá Rennó divide o palco com Leonardo Fernandes para contarem o drama de Diego e Sofia, alteregos de Rafael e Júlia, que se passa em uma noite fria, escura e com muita neblina. Quando: até 17 de fevereiro (sexta a segunda-feira, às 20 horas). Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia entrada) Onde: Teatro I – CCBB BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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