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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 24.038 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2020

Polo calçadista de Nova Serrana espera crescimento de 6% a 8% Produção anual das 1.200 fábricas do conglomerado chega a 105 milhões de pares DIVULGAÇÃO

As compras de matérias-primas de fornecedores do polo calçadista de Nova Serrana devem ultrapassar a casa de R$ 1 bilhão em 2020

EDITORIAL

DIVULGAÇÃO

O preço dos combustíveis continua sendo objeto de preocupação e, para piorar, ditado por políticas equivocadas. Algo que ficou ainda mais claro na semana passada, quando o presidente Jair Bolsonaro, desafiando governadores de Estado, declarou que se os impostos estaduais sobre combustíveis fossem zerados, faria o mesmo com os tributos federais. Uma proposta insustentável, mas de forte apelo popular, posto que, se executada, poderia significar – segundo cálculos preliminares – redução de até 40% nos preços da gasolina, cujo litro já esbarra na casa dos cinco reais. “Uma receita mais simples”, pág. 2

Estado amplia cobrança do uso da água para 36 bacias

Construtora Canopus faz pedido oficial de IPO na CVM

A cobrança pelo uso dos recursos hídricos será estendida para todas as 36 bacias hidrográficas de Minas Gerais, de acordo o Decreto 47.860. A taxação dos recursos hídricos era feita em apenas 12 bacias. Com a ampliação do pagamento, a estimativa é de arrecadação de R$ 90 milhões por ano. O Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) definirá em um ano as diretrizes gerais da cobrança. Pág. 4

A construtora Canopus, sediada em Belo Horizonte, registrou pedido oficial de oferta pública inicial de ações (IPO) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A operação, que envolve ofertas primárias e secundárias, será coordenada pelos bancos Itaú BBA, BTG Pactual e Bradesco BBI. A empresa apurou lucro líquido de R$ 36,9 milhões, com receita bruta de R$ 284 milhões, em 2019. Pág. 6 Pág. 2

ARTIGOS

A indústria puxará o crescimento (João Marchesan)

A difícil missão de Regina Duarte (Cesar Vanucci)

DIVULGAÇÃO

Comercial

Compra: R$

4,7171

Venda: R$ 4,7195

Poupança (dia 11): ............ 0,2446%

Ouro - dia 10

IPCA-IBGE (Dezembro):.... 1,15%

Compra: R$ 4,1500 Venda: R$ 4,5000

Nova York (onça-troy): US$ 1.573,03

IPCA-Ipead (Janeiro):.......... 1,25%

R$ 218,56

IGP-M (Janeiro): ....................... 0,48%

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 11): ............................. 0,0000%

Turismo Ptax (BC)

Grupo Cordeiro, de Curvelo, abre duas unidades de atacarejo

Diante da necessidade de adequar os negócios à mudança de hábitos do consumidor, o grupo supermercadista Cordeiro, sediado em Curvelo, na região Central de Minas, abriu suas duas primeiras unidades de atacarejo em 2019, uma em Curvelo e outra em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, com investimentos de R$ 30 milhões. O próximo ponto de venda do formato deve ser inaugurado nos próximos meses em Salinas, A rede supermercadista Cordeiro investiu R$ 30 milhões em lojas de atacarejo no Norte de Minas. Pág. 9 Euro - dia 10

Compra: R$ 4,3189 Venda: R$ 4,3195

Obras industriais devem registrar alta de 15% em Minas neste ano

O segmento de obras industriais em Minas iniciou uma recuperação em 2019, após o impacto da crise econômica no País. O setor registrou crescimento de 15% no ano passado em relação a 2018 e espera avanço de mais 15% em 2020, afirma o presidente da recém-criada Câmara de Obras Industriais da Fiemg, Ilso José de Oliveira, baseado na melhoria do ambiente de negócios e no nível de confiança e na perspectiva de uma Impactado pela crise, o segmento de obras industriais iniciou recuperação retomada mais firme. Pág. 5

Dólar - dia 10 Compra: R$ 4,3194 Venda: R$ 4,3206

Formado por 1.200 fábricas, o polo calçadista de Nova Serrana, no Centro-Oeste do Estado, estima crescimento de 6% a 8% no faturamento neste ano frente a 2019, que registrou alta de 3% sobre 2018. Com produção anual em torno de 105 milhões de pares, o polo aposta na retomada do consumo, com a melhoria no cenário econômico nacional e a geração de empregos, nos preços acessíveis e na qualidade e variedade dos modelos femininos, masculinos, esportivos, infantis e de moda para atingir a expectativa de vendas em 2020. O presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova), Ronaldo Lacerda, afirma que o polo produtivo busca a atração de fornecedores de matéria-prima e destaca o potencial de compras do segmento no conglomerado, que devem superar R$ 1 bilhão neste ano. Em 2019, o valor ficou em R$ 922 milhões, segundo a Secretaria de Estado de Fazenda. Pág. 3

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2020

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OPINIÃO A indústria puxará o crescimento

JOÃO MARCHESAN*

“A política industrial que nos convém se reduz a umas poucas regras de bom senso. A primeira é que o mais importante incentivo ao progresso é assegurar-se liberdade empresarial, pela abolição de monopólios estatais e reservas de mercado. A segunda é aumentar a previsibilidade econômica, pela estabilização de preços. A terceira é que, antes da concessão de incentivos, é necessário remover obstáculos, pois que, isso feito, na maioria das vezes o mercado cuidará de si mesmo.” Essa frase, atribuída a Roberto Campos, economista, professor, escritor, diplomata e político brasileiro reflete bem o momento que estamos vivendo e o clima de otimismo que começamos a perceber. Já começamos a sentir os primeiros sinais de que as medidas adotadas pelo governo brasileiro para evitar o colapso das contas públicas, iniciando com a reforma no sistema previdenciário e sancionando uma medida provisória para desburocratizar e simplificar processos para empresas e empreendedores, começam a surtir efeito. O governo tem acenado positivamente não só com as medidas acima citadas, mas também permitindo e mantendo uma interlocução com o setor produtivo nunca antes experimentada. Soma-se a esses fatos uma redução dos juros aos menores patamares da história, mantendo a inflação controlada, e estabelecendo um contexto adequado para o Brasil voltar a crescer. São dados animadores e consistentes, o que nos permite afirmar que, em 2020, vamos continuar trabalhando para o crescimento do setor, buscando crédito suficiente, redução do custo

Brasil e condições adequadas que garantam isonomia em relação aos nossos concorrentes internacionais Vamos continuar defendendo a iniciativa privada, e precisamos de um empurrão gigantesco na indústria nacional, o que parece estar se configurando nesse início de 2020. O ano de 2019 termina com sinais evidentes da reação do mercado brasileiro às ações do governo e do Congresso Nacional. O crescimento do PIB acima do esperado; a criação de mais de 800 mil empregos formais; o aumento nos últimos cinco meses de 2019 do faturamento industrial; e os sucessivos recordes da Bolsa de Valores de São Paulo, que, pela primeira vez, ultrapassou os 110 mil pontos, são provas de que os agentes de mercado estão respondendo positivamente aos estímulos. De acordo com os índices oficiais, ou seja, os Indicadores econômicos indicam que o Brasil começa a se reerguer, resgatando aos poucos a confiança dos setores envolvidos e responsáveis por alavancar o crescimento e reencontrando o caminho do desenvolvimento. A atenção aos índices e alertas apresentados pelo setor produtivo ao governo federal indicam que começamos a ser ouvidos. O próprio envolvimento do governo com relação às medidas para entender, apurar e diminuir o custo Brasil indicam que estamos no caminho certo. Finalmente encontramos ressonância em um trabalho que temos desenvolvido na Abimaq há anos para apurar o diferencial de custo em se produzir o mesmo produto no Brasil ou no Exterior e estamos conseguindo demonstrar que esse diferencial é causado

principalmente por deficiências em fatores sistêmicos. E essa sensação que externamos hoje é compartilhada por outros segmentos industriais como demonstra a sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a respeito do Índice de Confiança do Empresário Industrial que atingiu 62,5 pontos em novembro, 7,9 pontos acima da média histórica. Para 75% dos quase 2.000 empresários ouvidos em pesquisa realizada entre 2 e 10 de dezembro, as ações e políticas do atual governo contribuíram para a melhoria dos índices econômicos. Temos certeza que 2020 será melhor que 2019, os nossos números demonstram isso. E se eles não bastassem, baseando-se na pesquisa da CNI, 57% dos empresários brasileiros já consideram que o ambiente de hoje (2020) é muito mais seguro para tomar decisões de negócios e investimentos que em dezembro de 2018. Mas o mais significativo da pesquisa é que 84% dos empresários industriais pretendem investir nos seus negócios em 2020 e esse é o maior índice dos últimos cinco anos. A pesquisa ainda demonstra que é a indústria que será responsável por puxar o crescimento do Brasil em 2020. O Produto Interno Bruto (PIB) do País deve crescer 2,5%, mais que o dobro do aumento estimado para 2019. Enquanto os setores industriais cresceram apenas 0,7% nos últimos 12 meses, a projeção para 2020 é um avanço de 2,8%. Que venha o crescimento. *Administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da Abimaq

A difícil missão de Regina Duarte

CESAR VANUCCI *

“A cultura é a soma de todas as formas de arte, de amor e de pensamento.” (André Malraux) O exercício efetivo da função de titular na Secretaria (ou Ministério) da Cultura vai exigir da simpática Regina Duarte, no escorregadio e efervescente palco político-administrativo, uma atuação que nada fique a dever aos desempenhos que a consagraram como atriz no plano ficcional encantado da dramaturgia televisiva e teatral. O enredo que lhe está sendo proposto requer da protagonista, para que a interpretação saia a contento geral, talento, tirocínio, bom senso, serenidade, sensibilidade, domínio pleno dos gestos e palavras. E “jogo de cintura”, muito “jogo de cintura”, como se costuma dizer no papear das ruas... Na opinião de um bocado de gente familiarizada com as tricas e futricas do ambiente político e com a esfuziante lida cultural, a “namoradinha do Brasil” pegou uma parada torta. Vai ter que demonstrar enorme habilidade pra descascar o ananás que lhe foi colocado nas mãos. Terá, de um lado, a vigiar-lhe os passos com zelo sufocante, as falanges talibanistas que mantêm, permanentemente, com propósitos revisionistas, olhares de suspeita e desconfiança focados em tudo aquilo que não se enquadre nas rígidas normas de sua ortodoxia ideológica. Essa postura fundamentalista, como público e notório, entra em rota de colisão constante com a liberdade de criação artística e com a livre manifestação das ideias, comprometendo o bom diálogo democrático. Existe, de outra parte, em círculos humanísticos ligados às letras e artes, uma expectativa muito grande quanto ao que será executado, à frente da pasta, por alguém do ramo, provida das credenciais ostentadas pela famosa artista. O mundo cultural, em todas suas variadas modalidades de expressão, é marcado pelas diversidades no campo das ideias. Essas diversidades remetem, compreensivelmente, a divergências e antagonismos ocasionais, passageiros, que acabam sendo absorvidos, no mais das vezes, no dia a dia das realizações. Não há como desconhecer, entretanto, que, neste preciso instante, no meio cultural, nada obstante essa multiplicidade de tendências, subsiste apreensão generalizada quanto ao que será promovido, pela nova gestão, em favor de uma desejável conciliação de interesses que venha a favorecer a execução de uma política cultural realmente representativa do sentimento nacional. De um algum tempo para cá, os setores que respondem pelas políticas culturais na esfera oficial têm se

primado por ignorar - e até mesmo hostilizar abertamente - conquistas culturais relevantes. São oferecidas, nas entrelinhas, alegações nada convincentes para esse comportamento equivocado. Comportamento esse de visível conotação político-partidária. Algo que molesta o ideal democrático e os postulados republicanos. Os elementos que atuam nesses setores fingem desconhecer fatos e iniciativas culturais da maior significação e retumbância. Alinhamos abaixo, entre muitos outros, alguns frisantes exemplos. Autor e compositor brasileiro consagrado, Chico Buarque de Holanda arrebatou o cobiçado Prêmio Camões de Literatura. O talento de numerosos cineastas patrícios vem sendo cantado em verso e prosa nas mais importantes mostras fílmicas realizadas no mundo. Artistas da televisão foram agraciados, recentemente, com lauréis do mais alto valor, em competições internacionais. Dos registros oficiais nada consta, todavia, a respeito desses feitos triunfantes, que engrandecem a cultura brasileira e enchem de júbilo a alma popular. Forçoso e penoso admitir que se trata de uma mesquinha desconsideração para com brasileiros que enaltecem sua pátria. A cultura é uma projeção luminosa dos saberes, sentimentos, costumes que os seres humanos conduzem em sua caminhada existencial. É um elemento imprescindível no processo da evolução civilizatória. Desdenhar a cultura é típico de gente com inclinação autoritária. Herman Goehring, segundo em graduação na sinistra cúpula nazista, deixou uma frase tristemente célebre sobre como a cultura é encarada em ambientes onde são rejeitados os preceitos democráticos e humanísticos: “Quando ouço alguém falar em cultura, puxo do meu revólver.” A imbecilidade proferida provocou magistral réplica do pensador Louis Pauwels: “Quando me falam em revólver, puxo a minha cultura.” Os desejos mais ardentes da sociedade brasileira é de que não falte apoio a Regina Duarte para levar a bom termo sua missão. Mas não deixa de ser sintomática a circunstância de ela ver-se obrigada, já no primeiro ato de gestão, a abrir mão do concurso de uma colaboradora, de sua própria indicação, pessoa ao que tudo indica vinculada à aguerrida turma fundamentalista e que, já na primeira hora, revelou-se inabilitada para o cargo. Esse pessoal não brinca em serviço. É só lembrar das aprontações, indoutrodia, dos “quase titulares” da Secretaria da Cultura e da Fundação Palmares, ambos os dois militantes de carteirinha do grupo... * Jornalista, Presidente da Academia Municipalista de Letras (cantonius1@yahoo.com.br)

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa

Presidente do Conselho Luiz Carlos Motta Costa conselho@diariodocomercio.com.br Presidente e Diretora Editorial Adriana Muls adrianamuls@diariodocomercio.com.br Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls diretoria@diariodocomercio.com.br Conselho Consultivo Enio Coradi, Tiago Fantini Magalhães e Antonieta Rossi Conselho Editorial Adriana Machado - Claudio de Moura Castro Helena Neiva - Lindolfo Paoliello - Luiz Michalick Mônica Cordeiro - Teodomiro Diniz

Uma receita mais simples O preço dos combustíveis, cuja elevação entre outros estragos pode tocar fogo no rastilho de pólvora do transporte rodoviário, continua sendo objeto de preocupação e, para piorar, ditado por políticas equivocadas. Algo que ficou ainda mais claro na semana passada, quando o presidente Jair Bolsonaro, desafiando governadores de Estado, declarou que se os impostos estaduais sobre combustíveis fossem zerados, faria o mesmo com os tributos federais. Uma proposta insustentável, deve saber o presidente da República, mas de forte apelo popular, posto que, se executada, poderia significar – segundo cálculos preliminares – redução de até 40% nos preços da gasolina, cujo litro já esbarra na casa dos cinco reais. Muito simpático, numa avaliação superficial, mas absolutamente inexequível, tanto no plano estadual quanto no federal, por conta principalmente da deterioração das finanças públicas, cujos gestores buscam o milagre de elevar a arrecadação sem mexer na carga tributária e não ao contrário, conforme a sugestão já repudiada veementemente Interessante observar pelos governadores que as discussões estaduais. Afinal, sobre os preços dos somente em Minas Gerais combustíveis tomem a liberalidade esse rumo, sem que proposta poderia se leve em conta custar alguma coisa próxima de que a incidência R$ 10 bilhões ao de tributos ano, receita que não há como abrir federais sobre a mão. gasolina mais que Interessante dobraram em quatro observar que as discussões sobre anos enquanto os preços dos os estaduais combustíveis tomem esse permaneceram rumo, sem que estáveis se leve em conta que a incidência de tributos federais sobre a gasolina mais que dobraram em quatro anos enquanto os estaduais permaneceram estáveis. Nenhuma palavra também sobre a política de preços praticada pela Petrobras, que impõe paridade com os preços internacionais e, na realidade, o grande fator responsável pela alta verificada e que vai aos poucos se transformando num abacaxi que não se sabe, pelo menos no governo federal, como descascar. Mais uma vez é preciso pontuar: o preço internacional do petróleo e derivados é cartelizado e altamente especulativo, muito distante das regras de mercado. Este é o ponto. Nenhum brasileiro deveria pagar, na bomba, o preço imposto pela Opep, à qual por sinal o País promete aderir. A questão é saber quanto custa à Petrobras a extração, refino e distribuição de cada barril, embutindo nessa conta as margens que assegurem sua sustentabilidade. Feitas estas contas que, repetimos, são as que de fato interessam ao Brasil e aos brasileiros – mas não, é claro, aos especuladores, estejam eles onde estiverem – os resultados fatalmente seriam muito diferentes. E melhores também na perspectiva daquilo que diz o presidente da República. A aventura inconsequente da paridade deu no que deu e aponta claramente na direção a ser seguida.


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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2020

ECONOMIA DIVULGAÇÃO

INDÚSTRIA

Polo calçadista de Nova Serrana estima crescimento de até 8%

Em 2019, incremento atingiu 3%, aponta Sindinova MICHELLE VALVERDE

A qualidade dos produtos e os preços acessíveis são pontos importantes para o crescimento do polo calçadista de Nova Serrana, na região Centro-Oeste do Estado. Para 2020, a expectativa é que o faturamento do setor cresça entre 6% e 8% sobre 2019. A retomada do consumo, com a maior geração de empregos no País e em Minas Gerais, também vai contribuir para um desempenho positivo do setor. De acordo com o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova), Ronaldo Lacerda, o polo calçadista é formado por 1.200 fábricas de calçados, com grande variedade de produção. O polo produz cerca de 105 milhões de pares anualmente. “Estamos trabalhando com o redirecionamento do polo calçadista de Nova Serrana. Somos muitas empresas e fabricamos calçados de qualidade e a preços acessíveis, o que vem a atender a demanda do consumidor. A variedade também é grande, são empresas que produzem calçados femininos, masculino, infantis, esportivos e de moda”. Ainda segundo Lacerda,

em 2019, o polo calçadista registrou um crescimento de 3% frente a 2018. A expectativa é que a melhora do cenário econômico nacional, a inflação controlada e a maior geração de empregos, o crescimento em 2020 fique entre 6% e 8%. “No ano passado o crescimento foi pequeno, o consumo ainda estava retraído. Estamos mais otimistas e acreditando em crescimento melhor este ano”. Fomento - Na última semana, com o objetivo de fomentar a cadeia produtiva da indústria, atraindo novos fornecedores e aumentando, assim, a competitividade, o polo de Nova Serrana recebeu uma edição do programa #VemPraMinas. De acordo com Lacerda, durante o encontro foram apresentados dados do setor para fornecedores, com o objetivo de mostrar o potencial de compras das indústrias calçadistas e atrair as empresas para o Estado. “Nossas compras de matéria-prima somaram, em 2019, R$ 922 milhões, segundo a Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF). Em 2020, as nossas compras vão superar R$ 1 bilhão. É um

polo muito importante, com expectativas de crescimento”. Durante o evento ainda foi apresentado pelo Estado as facilidade oferecidas para a abertura de empresas em Minas Gerais. De acordo com Lacerda, foram mostrados os tipos de tributação para as empresas de componentes de calçados montarem filiais ou unidades Polo de calçados conta com 1.200 fábricas e produz cerca de de distribuição em Minas. Também foram apresentadas as linhas de crédito COMÉRCIO trabalhadas pelos BDMG e debatidos assuntos que são de interesse dos empreendedores, como oportunidades de negócios, tratamento tributário e financiamento. “Nós apresentamos o perfil São Paulo - O Carrefour os valores citados pela imdo polo para os empresários, Brasil confirmou ontem que prensa sobre a eventual tranque é um perfil de indústrias está negociando a compra sação são “substancialmente diversificadas, robusto e com de certos ativos da rede ata- maiores” que na realidade. estimativa de crescimento. Um cadista Makro, mas refutou Em 6 de fevereiro, o jornal dos pontos que vem permiinformações publicadas na o Estado de S. Paulo publicou tindo esse desenvolvimento imprensa de que o valor que o Carrefour Brasil tinha é o perfil do empresário e da da transação pode chegar a negociação avançada para mão de obra local, que são comprar o Makro, controcerca de R$ 5 bilhões. jovens. Fazendo uma análise lado pela holandesa SHV A rede de varejo de orido número de empresas, da gem francesa afi rmou que as Holdings. média de idade e todo o connegociações com os controNo comunicado desta setexto forte da nossa cadeia ladores do Makro envolvem gunda, o Carrefour Brasil calçadista a tendência é que “possível aquisição de deter- afirma que as tratativas com a cadeia vá se fortalecendo minados ativos imobiliários os controladores do Makro cada vez mais. Estas empresas e acessórios do Macro” e que se intensificaram nos últimos fabricam em torno de 10 mil pares ao mês”.

105 milhões de pares por ano

Carrefour Brasil anuncia negociação para a compra de ativos do Makro dias, “mas não há garantia” de que a operação poderá ser acertada. “Tendo em vista a incerteza sobre o desfecho das tratativas, o fato de a possível operação ser substancialmente diferente da noticiada e a ausência de oscilação atípica na cotação, preço ou quantidade negociada das ações, a companhia entendeu que a divulgação de fato relevante poderia pôr em risco seus interesses legítimos”, afirmou o Carrefour Brasil. (Reuters)

Prestação de contas - Recuperação ambiental

A Vale vem prestar contas à sociedade. O que a Vale está fazendo para recuperar o meio ambiente atingido pelos rejeitos?

Projeto Piloto Marco Zero Na primeira etapa do Projeto Piloto

Curso original restaurado e recuperação das plantas nativas

Marco Zero, a Vale retirou 130 mil m³

O curso original do Ribeirão está sendo

de rejeitos do Ribeirão Ferro-Carvão,

recuperado, assim como toda a vegetação,

localizado na região do rompimento

que será replantada com espécies nativas.

da barragem.

Recuperação do Ribeirão Ferro-Carvão e da vegetação O objetivo do projeto é recuperar o Ribeirão e a vegetação na região, usando técnicas e tecnologias inovadoras para a recuperação do solo e plantio em toda a área.

Nosso compromisso continua: reparar os danos e prestar contas à sociedade. Conheça outras ações em vale.com/prestacaodecontas


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2020

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ECONOMIA EVANDRO RODNEY - IMPRENSA MG

RECURSOS HÍDRICOS

Uso da água será cobrado em todas as bacias em MG Medida é prevista em política estadual As 36 bacias hidrográficas de Minas Gerais deverão implementar a cobrança pelo uso dos recursos hídricos. A medida, que até então era realizada apenas em 12 bacias do Estado, foi estendida ao restante com a publicação do Decreto 47.860, na edição do Diário Oficial do Estado do último sábado (8). A mudança representada no decreto visa ao cumprimento da lei que estabelece a Política Estadual de Recursos Hídricos. De acordo com o governo estadual, a cobrança pelo uso da água é um instrumento que pode proporcionar importantes ações de melhorias na gestão das bacias, como o financiamento de projetos hidroambientais, de planos municipais de saneamento básico, contratação de serviços em con-

sultoria especializada para realizar biomonitoramento e de laboratório especializado para realização de análises de parâmetros físicos, químicos e biológicos de qualidade das águas. Além disso, a cobrança também pode resultar na realização de intervenções de proteção das águas contra ações que podem comprometer o seu uso. Somente em 2018, nas 12 bacias em que a cobrança era autorizada no Estado, a arrecadação foi de cerca de R$ 39 milhões. Com a extensão às 36 bacias, a estimativa é de que esse montante chegue a R$ 90 milhões, informa o governo do Estado. O decreto prevê, ainda, que o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) estabelecerá, no prazo de um ano, as diretrizes gerais para

Atualmente apenas 12 de 36 bacias hidrográficas em Minas Gerais já têm a cobrança pelo uso dos recursos implementada

a realização da cobrança. A partir daí, os Comitês de Bacias Hidrográficas terão até dois anos para definir a proposta de mecanismos e preços referentes à cobrança pelo uso da água. As entidades também deverão indicar ao CERH a criação da agência de bacia hidrográfica ou entidade a ela equiparada na sua área de atuação. Os comitês que não se manifestarem dentro do período estipulado terão de adotar a metodologia geral e o preço estabelecido pelo CERH. Ficou acertado, no decreto, que os valores anuais de cobrança inferiores a

R$ 500,00 serão taxados em parcela única. Além disso, os preços definidos nos comitês deverão ser atualizados conforme os parâmetros do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A diretora-geral do Igam, Marília Melo, explica que a publicação do decreto busca um alinhamento com os princípios da administração pública de legalidade, eficiência e isonomia, para promover o tratamento igualitário em todo o Estado. Além disso, acrescenta Marília, o decreto tem por objetivo o investimento em projetos que promovam qualidade e quantidade de

água satisfatórios em todas as bacias do Estado. “É possível aproveitar as lições aprendidas nesses últimos anos, uma vez que o CERH já apresenta um grupo de trabalho estudando o aprimoramento da cobrança, sem, no entanto, limitar a autonomia dos comitês, que podem propor metodologias que considerem as especificidades locais”, detalha a diretora-geral. O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, avalia como positiva a implantação da cobrança nas 36 bacias hidrográficas. “O decreto é um

marco no avanço da gestão de recursos hídricos, uma vez que a cobrança é um instrumento que ainda não havia sido implementado em todo o Estado. Com o decreto, o Igam efetiva a implantação conforme preconizado na Lei 13.199/1999)”, destaca o secretário. Estabelecida por lei (13.199/1999), a Política Estadual de Recursos Hídricos prevê que a cobrança pelo uso da água possa tornar o uso da água mais racional. Além disso, há um interesse em reconhecer a água como bem natural de valor ecológico, social e econômico. (Agência Minas)

ENERGIA SOLAR

Faro emite a primeira debênture sustentável do País São Paulo - A geradora de energia londrina Faro Energy emitiu a primeira chamada “debênture sustentável” do Brasil, com o objetivo de captar R$ 15 milhões para investir em projetos de geração distribuída de energia solar e iniciativas sociais no País. Debêntures sustentáveis são aquelas cujos recursos são investidos tanto em projetos com benefícios ambientais quanto sociais. A estreia desse tipo de papel no Brasil chega em um momento em que as emissões de bônus verdes, sociais e sustentáveis devem crescer 24% no mundo neste ano, para US$ 400 bilhões, de acordo com relatório publicado pela Moody’s em fevereiro. A emissão também vem em meio a forte aquecimento no Brasil do mercado de geração distribuída, que geralmente envolve a instalação de sistemas solares

em residências ou terrenos para atender diretamente a demanda de consumidores. No caso das debêntures da Faro, R$ 14,9 milhões de reais serão usados para quitar dívidas em moeda estrangeira, enquanto R$ 100 mil serão destinados a aulas de desenvolvimento de habilidades socioemocionais para 600 alunos de uma escola da cidade de Pirapora, no Norte de Minas. Os papéis foram certificados pela Bureau Veritas. “A Faro poderia ter feito uma emissão de debênture tradicional, mas queríamos que nosso projeto tivesse diferentes tipos de impacto na região onde está”, disse o presidente da Faro no Brasil, Pedro Mateus. A empresa tem hoje uma capacidade de geração bruta de 222 mil megawatts-hora por ano. A remuneração das debêntures será equivalente à inflação medida pelo IPCA mais 5,45% ao ano, com

prazo de dez anos. Os papéis têm como garantia o fluxo de pagamento pela energia solar gerada pela Faro e consumida por dois clientes, o Aquário do Rio e uma rede de supermercados em Pirapora.

O título foi estruturado pela securitizadora GaiaSec. “Acreditamos que a simples equação de risco e retorno para investimentos vai acabar. A questão do impacto social e ambiental terá que entrar nessa conta,”

disse o presidente da Gaia, João Pacífico. O Banco BTG Pactual SA, que em geral atua em transações de centenas milhões de reais, atuou como distribuidor das debêntures da Faro.

“Sentimos nos últimos três anos que a demanda por investimentos de impacto tem crescido e queríamos testar como seria a demanda”, disse Mariana Oiticia, sócia do BTG Pactual. (Reuters)

Canadian obtém crédito de R$ 225,2 mi do BNB São Paulo - A fabricante de equipamentos e investidora em energia solar Canadian Solar anunciou que obteve um empréstimo de R$ 225,2 milhões do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para financiar um empreendimento de geração no País. Os recursos serão utilizados no complexo solar de Lavras, com 152,4 megawatts em capacidade, informou a companhia em comunicado divulgado ontem.

A companhia obteve contratos de 20 anos para venda da produção do complexo de Lavras, no Ceará, em um leilão para novos projetos de geração realizado pelo governo brasileiro em abril de 2018. “O projeto deve ter a construção iniciada no segundo trimestre de 2020 e entrar em operação comercial em 2021”, disse a Canadian Solar em nota. A empresa canadense disse que o empréstimo do BNB terá prazo de 21

anos, com dívida atrelada ao IPCA, e que a usina será equipada com módulos solares da própria Canadian Solar. A companhia já assegurou desde o início de 2019 um total de R$ 1 bilhão em financiamentos junto ao BNB para seus empreendimentos solares no Brasil. O projeto de Lavras faz parte de um portfólio de ativos cujo controle foi vendido pela Canadian Solar ao grupo Nebras Power, do Catar.

A Nebras, uma joint venture entre Qatar Electricity and Water Company (QEWC) e Qatar Holding, investe nos setores de eletricidade e água e ficou com 80% desses projetos da Canadian Solar no Brasil após o negócio, concluído em agosto de 2019. A operação entre Canadian Solar e Nebras envolveu projetos com capacidade instalada total de 482,6 megawatts-pico (MWp). (Reuters)

COMÉRCIO EXTERIOR

Efeitos do coronavírus devem ser sentidos em breve São Paulo - As exportações de commodities do Brasil, que têm na China o principal cliente, ainda não deram na primeira semana de fevereiro indicações claras de efeitos negativos do coronavírus, mas isso deverá ocorrer em breve, avaliou ontem a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Os dados gerais sobre preços de produtos exportados e dos volumes embarcados foram mistos, segundo as médias diárias dos embarques divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) ontem. No caso da soja e minério de ferro, os preços até subiram alguns dólares por tonelada na comparação com janeiro, o que indica embarques de negócios fechados

antes de as notícias sobre o coronavírus ganharem força, disse o presidente da AEB, José Augusto. “Nada de impacto do coronavírus ainda, é muito cedo, são praticamente duas semanas de coronavírus... mas a expectativa é de que vai ter uma queda (na exportação)... Acho que o impacto começa a partir da segunda quinzena de fevereiro”, acrescentou Castro. “Este ano vai ser comprometido, pode até ter uma recuperação lá na frente, mas como um todo vai ser afetado”, acrescentou, ressaltando que é difícil estimar qual será o impacto. “Pode ser que venha a ter queda de preço, mas não na quantidade, mas pode vir os dois (queda no preço

e quantidade)”, comentou, explicando que há ainda incertezas sobre quanto tempo os problemas gerados pelo coronavírus vão durar. Em volumes, as exportações de soja e minério de ferro do Brasil começaram fevereiro mais fracas na comparação com a média diária de embarques no mesmo mês do ano passado, mas subiram ante janeiro. Já os embarques de carnes e petróleo, que também têm os chineses como principais compradores, registraram aumentos na média diária, ante dados completos de fevereiro de 2019 e também na comparação com janeiro. As informações da Secex, do Ministério da Economia, foram publicadas em um momento em que há temores

sobre o impacto das compras da China para a economia devido ao alastramento de casos de coronavírus no país asiático, maior comprador de commodities do Brasil. Os dados da tabela não trazem separação sobre o destino dos embarques. No caso da soja, as exportações do Brasil somaram 198,6 mil toneladas/dia nos primeiros cinco dias úteis de fevereiro, versus 67,6 mil toneladas/dia em janeiro e 263,4 mil toneladas no mesmo mês do ano passado. As exportações de soja do Brasil este ano, contudo, começaram a ganhar força tardiamente, uma vez que a colheita teve um atraso ante 2019, o que explica a queda, ante fevereiro do ano passado neste início do mês.

Analistas especializados em soja consultados pela Reuters têm dito que há incertezas sobre o impacto do coronavírus nos embarques brasileiros, e que a demanda chinesa esteve forte na semana passada, com a soja brasileira mais competitiva em período de início de colheita. A programação de navios com a oleaginosa em fevereiro, considerando todo o mês, está mais forte, segundo a agência marítima Cargonave. No caso do minério de ferro, os embarques atingiram 1,27 milhão de toneladas ao dia na primeira semana útil de fevereiro, versus 1,2 milhão de toneladas em janeiro e 1,4 milhão em fevereiro de 2019, quando o impacto do desastre de Brumadinho

ainda não havia sido sentido. Os embarques de minério de ferro do Brasil têm sido pressionados por chuvas neste início de ano, apontaram analistas do UBS na semana passada. O tempo chuvoso também costuma atrapalhar embarques de grãos, como a soja. Já as exportações de petróleo do Brasil somaram 444 mil toneladas ao dia na primeira semana de fevereiro, ante 195 mil em janeiro e 191 mil em fevereiro do ano passado. Ainda que os preços do petróleo estejam em queda livre, a Petrobras afirmou na semana passada que não sentiu nos embarques o impacto do coronavírus sobre suas vendas à China. (Reuters)


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ECONOMIA CONSTRUÇÃO

Setor de obras industriais está otimista em Minas Melhora no ambiente de negócios deve resultar em um incremento de 15% nos negócios neste ano JULIANA SIQUEIRA

Após sofrer os efeitos da crise econômica que se estendeu pelo País, o segmento de obras industriais começou a ganhar novas perspectivas desde o ano passado. De acordo com o presidente da Câmara de Obras Industriais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Ilso José de Oliveira, o setor registrou um crescimento de 15% em 2019 na comparação com 2018. Para este ano, as perspectivas são de mais 15% de incremento. “É importante ressaltar que a base de 2018 estava deprimida. A projeção de crescimento para 2020 em relação a 2019 já tem a base mais ampliada, mas também ainda um pouco deprimida. Estamos longe de chegarmos aos níveis de produção de 2012, 2013, por exemplo”, destaca Oliveira. “Nós paramos de piorar e começamos a melhorar”, salienta. Em relação a essas perspectivas mais positivas que percorrem a área, o presidente da Câmara de Obras Industriais da Fiemg afirma que houve uma melhora no ambiente de negócios, no nível de confiança e “principalmente na crença da possibilidade de uma retomada mais firme no sentido de termos as reformas institucionais avançando”, afirma ele. De acordo com Oliveira, as expectativas pelas refor-

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mas fizeram com que o mercado se movimentasse mais. Ele salienta “a expectativa de uma reforma previdenciária que aconteceu, talvez não na amplitude que se esperava, e a perspectiva favorável de uma reforma tributária”. Além disso, o presidente da Câmara de Obras Industriais da Fiemg destaca ainda que a alteração na legislação trabalhista também contribuiu e muito para gerar um ânimo aos investidores do segmento. Outro fator positivo, afirma ele, tem a ver com a possibilidade de uma melhoria no setor de infraestrutura. O aumento do número de empregos deve, ainda, colaborar para uma melhora de cenário, segundo Oliveira. Desafios - Apesar dos avanços que têm sido vistos no segmento, também existem os desafios que precisam ser superados. De acordo com o profissional, um deles é a recuperação da rentabilidade e da capacidade produtiva. “É preciso, ainda, aprimorar o processo construtivo e investir em inovação, em novas metodologias que possibilitem o custo de implantação dos empreendimentos”, afirma. “A qualificação de mão de obra é outro desafio”, salienta. Diante desse quadro, a Câmara de Obras Industriais pode ajudar e muito na busca por soluções, de acordo com Oliveira. O grupo foi lançado recentemente pela Fiemg e

teve a sua primeira reunião no último dia 7. “A ideia com a Câmara é criar um fórum de debates, de discussão, trazendo para esse debate diversas empre-

sas de vários segmentos e, assim, construir uma agenda em busca de soluções”, frisa o presidente do grupo. A Câmara de Obras Industriais é composta por re-

presentantes de instituições de classe, como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), o Sindicato da Indústria da Construção

Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), empresas relacionadas à educação como a Fundação Dom Cabral, entre outras organizações.

ESTATAL

Petrobras busca temporários em meio à greve Rio - A greve dos petroleiros completou dez dias ontem com adesões em 13 estados e leva a Petrobras a buscar temporários para manter as operações em refinarias e plataformas. Para sindicatos, é a greve mais forte desde 1995, quando a paralisação durou 32 dias. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), cerca de 20 mil trabalhadores estão mobilizados em 40 plataformas, 11 refinarias e outras 20 unidades operacionais da estatal. Quatro sindicalistas ocupam uma sala na sede da empresa desde o dia 31 de janeiro. A greve foi iniciada em protesto contra demissões no Paraná e mudanças feitas pela área de recursos humanos da companhia em relação ao sistema de turnos e o pagamento de horas extras, entre outros. Mas trata-se também de um manifesto contra a privatização de unidades da empresa, principalmente as refinarias. Na semana passada, em

decisão que considerou o movimento abusivo, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra autorizou a Petrobras a contratar temporários para manter a operação das unidades. No pedido, a empresa disse que a refinaria de Paulínia (SP), a maior do País, tinha apenas 23% do pessoal necessário. Na sexta (7), a empresa anunciou o início do processo de contratação emergencial. A companhia não informou ainda quantos serão chamados e qual será o custo. De acordo com os petroleiros, a Petrobras vem procurando aposentados para as vagas temporárias. Ontem, a federação foi à Justiça contra a autorização para a contratação de temporários. Pede ainda que Gandra suspenda bloqueio nas contas dos sindicatos estabelecido na semana passada por descumprimento de ordem para manter em atividade 90% do pessoal de cada unidade. A FUP alega que vem

questionando a Petrobras sobre como proceder para manter o contingente de 90%, mas que não tem resposta da empresa e que não há riscos de deterioração de bens e máquinas durante a paralisação, já que há equipes de empregados cuidando dos ativos. Diz ainda que as multas aplicadas pelo TST são desproporcionais. Gandra determinou pagamento diário de R$ 250 mil a R$ 500 mil por sindicato em caso de descumprimento da decisão. “Os valores determinados por Gandra são considerados abusivos pela FUP e seus sindicatos», diz a entidade. O advogado que assessora os sindicatos, Adilson Siqueira, do escritório Normando Rodrigues & Associados, argumenta que a decisão monocrática de Gandra viola o direito à livre associação, já que suspende os repasses da mensalidade do sindicalizados, eliminando a fonte de renda das entidades. Eles tentam reverter o

bloqueio em plenário na Seção de Dissídios Coletivos, como ocorreu em dezembro, quando Gandra também impôs bloqueios financeiros aos sindicatos em razão de uma greve. Siqueira rebate o ministro, dizendo que a greve não é abusiva por ter como motivo o descumprimento de acordo coletivo de trabalho pela Petrobras. Segundo os sindicatos, a empresa deveria negociar soluções para os empregados da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados antes de anunciar demissão coletiva. A estatal decidiu fechar a unidade, alegando que as operações são deficitárias. De acordo com os sindicatos, cerca de mil pessoas serão demitidas. Na nota divulgada na sexta, a Petrobras diz que, até o momento, a greve não afetou sua produção de petróleo e derivados. Nesta segunda, a companhia ainda não se manifestou sobre o tema. (Folhapress)


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ECONOMIA CONSTRUTORA

DIVULGAĂ‡ĂƒO

Mineira Canopus registra pedido para realização de IPO Operação deve contar com ofertas primårias e secundårias de açþes MARA BIANCHETTI

A construtora mineira Canopus, sediada em Belo Horizonte, registrou pedido oficial de oferta pública inicial de açþes (IPO, na sigla em inglês) na Comissão de Valores Mobiliårios (CVM). A operação, que envolve ofertas primårias (açþes novas, cujos recursos vão para o caixa da companhia) e secundårias (papÊis detidos por atuais sócios da empresa), serå coordenada por Itaú BBA, BTG Pactual e Bradesco BBI. As informaçþes foram disponibilizadas pela própria CVM, por meio do prospecto preliminar de oferta de açþes. O órgão alertou, porÊm, que se trata de uma minuta inicial sujeita a alteraçþes e complementaçþes e não se caracteriza como o prospecto preliminar da oferta e não constitui uma oferta de venda ou uma solicitação para oferta de compra de títulos e valores mobiliårios. Não foram revelados detalhes sobre a quantidade de açþes, nem prazos para a operação. Apenas que Lucas Botelho Mattos e Túlio Botelho Mattos serão acionistas vendedores e que os recursos da oferta

primåria serão usados para compra e lançamento de empreendimentos e para capital de giro, incluindo manutenção de seus níveis de liquidez de acordo com as suas orientaçþes estratÊgicas e de negócios. Procurada pela reportagem, a construtora disse que se encontra em período de silêncio e que o mesmo se encerrarå quando houver a finalização do processo de IPO. TambÊm no prospecto, a empresa informou que apurou lucro líquido de R$ 36,9 milhþes, com receita bruta de R$ 284 milhþes no ano passado. A construtora declarou ainda que seu banco de terrenos Ê composto atualmente por R$ 2,422 bilhþes em valor geral de vendas (VGV), dentre os quais 36% estão localizados em São Paulo, 35% em Minas Gerais e 28% no Rio de Janeiro. Fundada em 1971, a Canopus atua no setor de incorporação e construção de imóveis residenciais e comerciais, com foco em empreendimentos residenciais destinados a consumidores de mÊdia e alta rendas. Nos últimos 48 anos, a empresa entregou mais de 2,9 mil uni-

SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE AVISO DE RESULTADO CONCORRĂŠNCIA NÂş 021/2019 O SEST–Serviço Social do Transporte e o SENAT-Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte tornam pĂşblico a homologação e adjudicação da ConcorrĂŞncia NÂş 021/2019, cujo objeto ĂŠ contratação de serviços contĂ­nuos de locação de impressoras multifuncionais da Unidade A-021 - Contagem/MG, em favor das empresas PAPELARIA E COPIADORA COPYSUL LTDA – CNPJ: 68.533.967/0001-72, no valor de R$ 7.956,00 (sete mil, novecentos e cinquenta e seis reais) e R$ 9.360,00 (nove mil, trezentos e sessenta reais), respectivamente, no dia 22/01/2020.

dades de mĂŠdia e alta rendas e mais de 18 mil unidades de baixa renda, unidades de parcerias pĂşblico-privadas (PPP) – 1.443 entregues –, alĂŠm de lajes comerciais, esse total de unidades perfaz mais de R$ 7 bilhĂľes de VGV em dez estados e Distrito Federal. Mercado - Em relação aos mercados de atuação, vale ressaltar que a construtora opera no setor de incorporação, construção e venda de imĂłveis residenciais e comerciais. No segmento de alta, mĂŠdia renda e comercial estĂĄ presente nos mercados das cidades de SĂŁo Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. JĂĄ nos segmentos de baixa renda (programa habitacional Minha casa,

minha vida), atuou em oito estados: Minas Gerais, Parå, Sergipe, Bahia, Rio Grande do Sul, Paranå, Tocantins e Espírito Santo. AlÊm disso, a construtora destacou a participação, em 2014, da concorrência internacional da primeira parceria público-privada habitacional do País, saindo como vencedora do Lote 1 para a construção de 2.260 apartamentos de habitação de interesse social, 1.423 apartamentos de mercado popular, construção de åreas comerciais, construção de åreas institucionais, construção de infraestrutura e prestação de uma ampla gama de serviços. O prazo do contrato, assinado em 2015, Ê de 20 anos. Por fim, com o reaqueci-

CNPJ: 29.702.692/0001-00 - Sede Ă Rua dos Otoni, 712 Conj.204- Belo Horizonte/MG EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA 2ÂŞ ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA O Presidente desta Cooperativa, no uso de suas atribuiçþes, convoca os cooperados da COLOCOOP para reunirem-se em Assembleia Geral OrdinĂĄria que deverĂĄ se realizar no dia 12 de março de 2020, Ă s 17h30min (dezessete horas e trinta minutos) em primeira convocação,em sua sede, localizada na Rua dos Otoni, 712 sala 204, bairro 6DQWD (ÂżJrQLD HP %HOR +RUL]RQWH 0* 1mR KDYHQGR Q~PHUR VXÂżFLHQWH GH SUHVHQoD TXH FRPSOHWH R TXRUXP PtQLPR GH GRV FRRSHUDGRV D $VVHPEOHLD VHUi UHDOL]DGD HP VHJXQGD FRQYRFDomR jV K PLQ GH]RLWR KRUDV H WULQWD PLQXWRV FRP D SUHVHQoD GH PHWDGH PDLV XP GRV FRRSHUDGRV H FDVR HVWH TXRUXP DLQGD QmR VHMD DWLQJLGR D $VVHPEOHLD VHUi UHDOL]DGD jV K PLQ GH]HQRYH KRUDV H WULQWD PLQXWRV HP WHUFHLUD H ~OWLPD FRQYRFDomR FRP a presença de, no mĂ­nimo, 10 (dez) cooperados. ORDEM DO DIA - AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria: 1- Prestação de contas do exercĂ­cio de 2019. • RelatĂłrio de GestĂŁo, Balanço Geral, Demonstrativo das Sobras ou Perdas Apuradas. 2- Apresentação do Parecer do Conselho Fiscal. 3- Destinação das Sobras/Perdas apuradas no exercĂ­cio de 2019. 4 - Eleição e posse dos membros do Conselho Fiscal. 5- Fixação da remuneração da diretoria e da cĂŠdula de SUHVHQoD GRV FRQVHOKHLURV ÂżVFDLV 6- Apresentação dos planos de trabalho. NOTAS: 2 Q~PHUR GH FRRSHUDGRV FRP GLUHLWR DR H[HUFtFLR GR YRWR p GH YLQWH H WUrV FRQIRUPH UHODomR HPLWLGD QHVWD GDWD %HOR +RUL]RQWH GH IHYHUHLUR GH Giusti Werneck Cortes - Presidente

FELICOOP COOPERATIVA MÉDICA DE ESPECIALIDADES ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA A Diretoria da Felicoop - Cooperativa MĂŠdica de Especialidades Ltda., no uso das atribuiçþes que lhe sĂŁo conferidas pelo CapĂ­tulo VI, Artigo 17, do Estatuto Social, convoca seus cooperados para a AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria, conforme abaixo: DATA: 12/03/2020 (Quinta-Feira). LOCAL: NĂşcleo de CiĂŞncias da SaĂşde FelĂ­cio Rocho. HORĂ RIOS: 1a CONVOCAĂ‡ĂƒO - 06:00 HORAS - 2/3 DOS COOPERADOS; 2 a CONVOCAĂ‡ĂƒO; 07:00 HORAS - ½ + 1 DOS COOPERADOS; 3 a CONVOCAĂ‡ĂƒO - 08:00 HORAS - MĂ?NIMO DE 10 COOPERADOS. ORDEM DO DIA: 1. Eleição da Diretoria e Conselho Fiscal no horĂĄrio de 8:00 Ă s 18:00 horas, no NĂşcleo de CiĂŞncias da SaĂşde FelĂ­cio Rocho. As normas que regulamentam a eleição dos membros da Diretoria e Conselho Fiscal encontram-se disponĂ­veis na Cooperativa. 2. Prestação de contas pela Diretoria referente ao exercĂ­cio de 2019, acompanhada de parecer do Conselho Fiscal e da Auditoria externa, compreendendo: a) RelatĂłrio da GestĂŁo; b) Balanço; c) Demonstrativo das Sobras ou Perdas; 3. Destinação das Sobras ou Rateio das Perdas; 4. Fixação dos HonorĂĄrios da Diretoria e da CĂŠdula de presença do Conselho Fiscal; 5. Assuntos Gerais. Nota: Para efeitos legais, declara-se que o nĂşmero de cooperados com direito a voto ĂŠ de 1090. As inscriçþes dos candidatos ao cargo de Diretoria e de Conselho Fiscal deverĂŁo ser feitas com o gerente Anselmo Ribeiro Assis, na sede da Felicoop, atĂŠ o dia 27/02/2020, Ă s 18:00 horas. O processo da eleição serĂĄ coordenado pelos cooperados: Dr. HilĂĄrio AntĂ´nio de Castro Junior, Dr. Lourenço Gonçalves Ferreira e Dr. Leonardo de Andrade Moreira. A eleição serĂĄ realizada no NĂşcleo de CiĂŞncias da SaĂşde FelĂ­cio Rocho e terĂĄ inĂ­cio logo apĂłs a abertura dos trabalhos da AssemblĂŠia, encerrando-se Ă s 18:00 horas. A divulgação do resultado, bem como a apresentação, anĂĄlise, discussĂŁo e deliberação sobre os demais assuntos constantes na ORDEM DO DIA (itens 2 a 5 deste edital) terĂŁo inĂ­cio Ă s 19:00 horas. Belo Horizonte, 10 de fevereiro de 2020. Dr. Rodrigo Silveira Santos Dr. Denilson Santos CustĂłdio Dr. Emerson Rodrigo Santos Diretor Presidente Diretor Financeiro Diretor Administrativo

Barra do BraĂşna EnergĂŠtica S.A. CNPJ/MF nÂş 04.987.866/0001-99 Balanços Patrimoniais levantados em 31/12/2019 e 2018 (Em milhares de Reais) 2019 2018 Passivo 2019 2018 Ativo 11.399 10.516 Circulante 18.214 14.261 Circulante Contas a pagar 7.665 3.674 Caixa e equivalentes de caixa 369 4.082 1.294 663 Contas a receber 5.991 7.349 Impostos e contribuiçþes a recolher Uso do Bem PĂşblico – UBP – Direitos de outorga 2.440 2.440 Despesas antecipadas 767 1.079 Dividendos a pagar – 3.739 Estoques 986 983 NĂŁo circulante 23.287 25.616 EmprĂŠstimos a receber 9.440 – Uso do Bem PĂşblico – UBP – Direitos de outorga 23.246 25.580 Impostos a recuperar 3 71 ProvisĂľes para contingĂŞncias 41 36 198.021 152.294 Outras contas a receber 658 697 PatrimĂ´nio lĂ­quido Capital social 135.267 109.167 NĂŁo circulante 214.493 221.265 35.652 15.347 Despesas antecipadas – 454 Reservas de lucros Ajustes de avaliação patrimonial 27.102 27.780 Uso do Bem PĂşblico – UBP – Direitos de outorga 19.113 20.289 Recursos destinados a aumento de capital – 47.100 Imobilizado 195.340 200.479 Total do patrimĂ´nio lĂ­quido e dos recurDepĂłsitos judiciais 40 43 sos destinados a aumento de capital 198.021 199.394 Total do ativo 232.707 235.526 Total do passivo e do patrimĂ´nio lĂ­quido 232.707 235.526 Demonstraçþes do Resultado dos exercĂ­cios ďŹ ndos em 31/12/2019 e 2018 (Em milhares de Reais) 2019 2018 2019 2018 Receita operacional lĂ­quida 72.629 48.131 Resultado financeiro Custo de geração de energia (22.651) (20.821) Receitas financeiras 141 904 Lucro bruto 49.978 27.310 Despesas financeiras (1.007) (5.348) Despesas operacionais (866) (4.444) Gerais e administrativas (2.962) (2.644) Lucro antes do IRPJ e da contribuição social 45.877 17.516 Outras despesas operacionais (273) (2.706) Imposto de renda e contribuição social (3.235) (5.350) Corrente (2.344) (1.775) Lucro antes do resultado financeiro 46.743 21.960 Lucro lĂ­quido do exercĂ­cio 43.533 15.741 Demonstraçþes das Mutaçþes do PatrimĂ´nio LĂ­quido ďŹ ndos em 31/12/2019 e 2018 (Em milhares de Reais) Total do Recursos Reserva de lucros Ajuste de Lucros patri- destinados a Total do Capital Retenção avaliação acumumĂ´nio aumento de patrimĂ´nio social Legal de lucros patrimonial lados lĂ­quido lĂ­quido capital Saldos em 31/12/2017 119.167 1.731 10.810 29.394 – 161.102 – 161.102 Realização da avaliação patrimonial – – – (1.614) 1.614 – – – Adiantamento para futuro aumento de capital – – – – – – 47.100 47.100 Declaração de dividendos ocorridas no exercĂ­cio – – (10.810) – – (10.810) – (10.810) Redução de capital ocorrida no exercĂ­cio (10.000) – – – – (10.000) – (10.000) Lucro lĂ­quido do exercĂ­cio – – – – 15.741 15.741 – 15.741 Reserva legal – 787 – – (787) – – – Dividendos mĂ­nimos obrigatĂłrios – – – – (3.739) (3.739) – (3.739) Constituição de reserva de retenção de lucros – – 12.829 – (12.829) – – – Saldos em 31/12/2018 109.167 2.518 12.829 27.780 – 152.294 47.100 199.394 Realização da avaliação patrimonial – – – (678) 678 – – – Aumento de capital ocorrida no exercĂ­cio 47.100 – – – – 47.100 (47.100) – Redução de capital ocorrida no exercĂ­cio (21.000) – – – – (21.000) – (21.000) Declaração de dividendos ocorridas no exercĂ­cio – – (12.829) – – (12.829) – (12.829) Declaração de dividendos intermediĂĄrios – – – – (11.077) (11.077) – (11.077) Lucro lĂ­quido do exercĂ­cio – – – – 43.533 43.533 43.533 Reserva legal – 2.177 – – (2.177) – – – Constituição de reserva de retenção de lucros – – 30.957 – (30.957) – – – Saldos em 31/12/2019 135.267 4.695 30.957 27.102 – 198.021 – 198.021 Érica Moraes da Costa Lisboa Ferreira – Contador CRC RJ-119.036-O Carlos Gustavo Nogari Andrioli – Diretor CPF: 861.403.379-68 Hamilton Ferreira da Silva – Controller CRC 1SP-217225/O-5 Nilton Leonardo Fernandes de Oliveira – Diretor CPF: 071.000.747-70

mento do mercado imobiliårio, diante de vårios fatores como a queda da taxa de juros, da taxa de financiamento para imóveis, da inflação e aumento da confiança dos

consumidores, a empresa informou que retomou os investimentos e acelerou a prospecção e aquisição de terrenos principalmente em São Paulo.

MERCADO FINANCEIRO

Ibovespa cai e atinge menor nível em 2020 São Paulo - O Ibovespa fechou em queda ontem, marcada pelo tombo da resseguradora IRB Brasil, enquanto Itaú Unibanco avançou antes do balanço previsto para após o pregão. �ndice de referência do mercado acionårio brasileiro, o Ibovespa caiu 1,05%, a 112.570,30 pontos, no menor nível desde 16 de dezembro. O volume financeiro da sessão somou R$ 29,1 bilhþes. A bolsa brasileira descolou de Wall Street, que encontrou suporte para ganhos

em nĂşmeros da economia norte-americana e balanços corporativos, embora desdobramentos em relação ao surto de coronavĂ­rus na China tenham ditado volatilidade aos negĂłcios. Em Nova York, o S&P 500 fechou em alta de 0,73%. O nĂşmero de mortes em razĂŁo do vĂ­rus subiu para 908 e o total de infecçþes jĂĄ supera 40 mil pessoas. O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, classificou o surto de coronavĂ­rus como mais um “cisne

FRIGORĂ?FICO MATA BEM COMÉRCIO E ABATE DE SUĂ?NOS E BOVINOS LTDA, por determinação da SuperintendĂŞncia Regional de Meio Ambiente Central Metropolitana, torna pĂşblico que solicitou, por meio do Processo Administrativo nÂş 19005/2005, Licença de Operação Corretiva, para as atividades de abate de animais de mĂŠdio porte (suĂ­nos) e abate de animais de grande porte (bovinos), em Sete Lagoas/MG.

O MARCONI DE SOUZA SCHIARA - ME, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentåvel - SEMMAD, torna público que foi concedida atravÊs do Processo Administrativo nº 49.302/2019, a Revalidação de Licença Ambiental 6LPSOL¿FDGD ¹ &ODVVH SDUD D DWLYLGDGH GH 6HUYLoRV GH manutenção e reparação mecânica de veículos automoWRUHV VHUYLoRV GH OXEUL¿FDomR GH YHtFXORV DXWRPRWRUHV comÊrcio e varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores, alinhamento e balanceamento de veículos automotores, código de atividade S-01-04-00, localizada na Avenida Juiz Marco Tulio Isaac, 5.275, Jardim das Alterosas - 1ª Seção, Betim/MG.

COMISSĂƒO DE LICITAĂ‡ĂƒO

COLOCOOP– COOPERATIVA DE TRABALHO DOS PROCTOLOGISTAS DE MG

Belo Horizonte estå entre principais åreas de atuação da Canopus

SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE AVISO DE RESULTADO CONCORRĂŠNCIA NÂş 002/2020 O SEST–Serviço Social do Transporte torna pĂşblico a homologação e adjudicação da ConcorrĂŞncia NÂş 002/2020, cujo objeto ĂŠ contratação de serviços contĂ­nuos de coleta, transporte, tratamento e destinação final de resĂ­duos de serviço de saĂşde classes A, B e E para a clĂ­nica da Unidade A-021 - Contagem/MG, em favor da empresa VT AMBIENTAL LTDA – CNPJ: 23.377.905/0001-80, no valor de R$ 5.880,00 (cinco mil, oitocentos e oitenta reais), respectivamente, no dia 07/02/2020. COMISSĂƒO DE LICITAĂ‡ĂƒO

SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE AVISO DE RESULTADO CONCORRĂŠNCIA NÂş 003/2020 O SEST–Serviço Social do Transporte torna pĂşblico a homologação e adjudicação da ConcorrĂŞncia NÂş 003/2020, cujo objeto ĂŠ a aquisição de digitalizador de Raio X odontolĂłgico, com software de edição e demais complementos para a ClĂ­nica da Unidade A-021 - Contagem/ MG, em favor da empresa DENTAL ALTA DA MOGIANA COM. DE PROD. ODONT. LTDA – CNPJ: 05.375.249/0001-03, no valor de R$ 27.000,00 (vinte e sete mil reais), no dia 05/02/2020.

negroâ€? a atacar a economia mundial e gerar preocupaçþes em razĂŁo da imponderabilidade dos eventos. De acordo com o gestor Guilherme Foureaux, sĂłcio na Paineiras Investimentos, as alocaçþes para renda variĂĄvel continuam acontecendo, mas a saĂ­da contĂ­nua de capital externo da bolsa brasileira, combinada Ă incerteza global potencializada pelo coronavĂ­rus tĂŞm endossado ajustes em carteiras locais. “Agentes locais estĂŁo vendendo smalls caps e comprando bancosâ€?, observou. Em 2020, as saĂ­das de capital externo no segmento Bovespa superam as entradas em R$ 23,4 bilhĂľes, conforme dados atĂŠ o dia 6 de fevereiro.

DĂłlar – A moeda norte-americana ficou perto da estabilidade ante o real ontem, colada em mĂĄximas recordes depois de ensaiar queda na sessĂŁo, em um dia sem grandes catalisadores nos mercados financeiros globais e na vĂŠspera da divulgação de documento no qual o Banco Central pode dar mais sinalizaçþes sobre o juro bĂĄsico, variĂĄvel que tem tido influĂŞncia sobre a taxa de câmbio. O dĂłlar Ă vista fechou a R$ 4,3209 na venda, ante taxa de R$ 4,3210, a mĂĄxima recorde para um encerramento de sessĂŁo. Na B3, o dĂłlar futuro tinha variação positiva de 0,08%, a R$ 4,3295. (Reuters)

CERĂ‚MICA SAFFRAN LTDA. CNPJ 18.751.354/0001-33 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Ficam os sĂłcios convocados para reunirem-se em Assembleia Geral, a realizar-se Ă s 10:00 horas do dia 20 de fevereiro de 2020, na Rua Gustaf Dalen, nÂş 100, Distrito Industrial Paulo Camilo Sul, Betim/MG, CEP 32.669-174, para deliberarem VREUH D DOWHUDomR GH HQGHUHoR GH ÂżOLDLV H PRGLÂżFDomR GR &RQWUDWR 6RFLDO FRP D IRUPDOL]DomR da competente alteração contratual. Betim, 05 de fevereiro de 2020. (Ass.) a Administração

Gustavo Costa Aguiar Oliveira, /HLORHLUR 2¿FLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO ZZZ JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD jV KRUDV SDUD DOLHQDomR GH YHtFXORV VLQLVWUDGRV H VXFDWDV GD AUTO TRUCK LTDA. E SEUS ASSOCIADOS. 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO

FRIGOBET FRIGORIFICO INDUSTRIAL BETIM LTDA CNPJ 19.397.579/0001-04 Pela presente publicação e nos termos do artigo 1.152, § 3Âş, da Lei nÂş 10.406, de 10 de janeiro de 2002, FRIGOBET FRIGORIFICO INDUSTRIAL BETIM LTDA, Sociedade EmpresĂĄria Limitada, inscrita no CNPJ sob o nÂş 19.397.579/0001-04 e NIRE JUCEMG nÂş 31201554751 de 06/01/1984, com sede na Rua AntĂ´nio JosĂŠ Diniz, nÂş 184, bairro Imbiruçu, Betim/MG, CEP: 32.667-210, atravĂŠs de seu administrador SILVIO DA SILVEIRA, convoca todos os sĂłcios para participar da Assembleia Geral da referida Sociedade, a realizar na sede social, localizada Ă Rua AntĂ´nio JosĂŠ Diniz, nÂş 184, bairro Imbiruçu, Betim/MG, CEP: 32.667-210, no dia 19 de Fevereiro de 2020, Ă s 11h00, com a seguinte ordem do dia: 1 - Deliberação sobre atualização do endereço da Sociedade, conforme requerido pela Prefeitura Municipal de Betim; 2 – Outros assuntos porventura existentes. Caso no horĂĄrio indicado nĂŁo tenham comparecido o nĂşmero legal de associados, a Assembleia ocorrerĂĄ Ă s 11h30min, com o nĂşmero de presentes. Belo Horizonte, 07 de fevereiro de 2020. Silvio da Silveira – Administrador.

COMISSĂƒO DE LICITAĂ‡ĂƒO

BrookďŹ eld Energia RenovĂĄvel Minas Gerais S.A. CNPJ/MF nÂş 02.260.955/0001-03 Balanços Patrimoniais levantados em 31/12/2019 e 2018 (Em Milhares de Reais) Ativo 2019 2018 Passivo 2019 2018 Circulante 3.870 2.494 Circulante 1.409 2.686 Caixa e equivalentes de caixa 418 644 Contas a pagar 722 814 Contas a receber 1.541 1.100 Impostos e contribuiçþes a recolher 206 179 Despesas antecipadas 134 192 Dividendos a pagar 386 – Estoques 493 450 Outras contas a pagar 95 1.693 EmprĂŠstimos a receber 301 – NĂŁo circulante 1.025 1.090 Impostos a recuperar 981 106 ProvisĂľes para contingĂŞncias 1.025 1.090 Outras contas a receber 2 2 PatrimĂ´nio lĂ­quido 31.544 30.304 NĂŁo circulante 30.108 31.586 Capital social 14.429 14.429 Contas a receber – 78 Reservas de lucros 9.624 7.639 DepĂłsitos judiciais 24 27 Ajuste de avaliação patrimonial 7.491 8.236 33.978 34.080 Impostos a recuperar 375 375 Total do passivo e do patrimĂ´nio lĂ­quido Investimentos – 1 2019 2018 Imobilizado 29.630 31.105 2.040 (897) Arrendamento Mercantil 79 – Outras despesas operacionais 111 (2.806) Total do ativo 33.978 34.080 PrejuĂ­zo operacional antes do resultado financeiro 1.637 (1.995) Demonstraçþes do Resultado dos ExercĂ­cios ďŹ ndos em Resultado financeiro 31/12/2019 e 2018 (Em Milhares de Reais) Receitas financeiras 786 52 2019 2018 Despesas financeiras (126) (145) Receita operacional lĂ­quida 9.451 7.808 660 (93) Custo de geração de energia (7.925) (6.997) PrejuĂ­zo antes do IRPJ e da contribuição social 2.297 (2.088) Lucro bruto 1.526 811 Imposto de renda e contribuição social Despesas operacionais Corrente (671) (274) Gerais e administrativas (1.929) (1.909) Lucro (PrejuĂ­zo) lĂ­quido do exercĂ­cio 1.626 (2.362) Demonstraçþes das Mutaçþes do PatrimĂ´nio LĂ­quido em 31/12/2019 e 2018 (Em Milhares de Reais) Reservas de lucros Capital Reserva Dividendo Ajuste de avaliação PrejuĂ­zos Total do social legal complementar patrimonial acumulados patrimĂ´nio lĂ­quido Saldos em 31/12/2017 14.429 1.218 8.038 8.981 – 32.666 Realização da avaliação patrimonial – – – (745) 745 – PrejuĂ­zo do exercĂ­cio – – – – (2.362) (2.362) Absorção das reservas pelo prejuĂ­zo – – (1.617) – 1.617 – Saldos em 31/12/2018 14.429 1.218 6.421 8.236 – 30.304 Realização da avaliação patrimonial – – – (745) 745 – Lucro do exercĂ­cio – – – – 1.626 1.626 Constituição de reserva legal – 82 – – (82) – Dividendos mĂ­nimos obrigatĂłrios – – – – (386) (386) Reserva de dividendos complementares – – 1.903 – (1.903) – Saldos em 31/12/2019 14.429 1.300 8.324 7.491 – 31.544 Érica Moraes da Costa Lisboa Ferreira – Contador CRC RJ-119.036-O Carlos Gustavo Nogari Andrioli – Diretor CPF: 861.403.379-68 Hamilton Ferreira da Silva – Controller CRC 1SP-217225/O-5 Nilton Leonardo Fernandes de Oliveira – Diretor CPF: 071.000.747-70

SECRETARIA DA 10ª VARA C�VEL, DA COMARCA DE BELO HORIZONTE - Edital de Citação de DROGARIA BRASILEIRA LTDA-EPP, CNPJ nº 17.156.803/0001-32, sediada e estabelecida na Avenida Afonso Pena, nº 388, centro, Belo Horizonte; Maria Carolina Abrahão Fernandes, brasileira, CPF 031.034.706-81, nascida em 06 de julho de 1976, residente e domiciliada na Rua Comendador Viana, nº 503, Mangabeiras, Belo Horizonte, MG, e Jamila Machado Abrahão Fernandes, brasileira, CPF 486.094.476-34, nascida em 12 de agosto de 1947, residente e domiciliada na Rua Comendador Viana, nº 503, Bairro Mangabeiras, Belo Horizonte. Prazo 20 dias. O Dr. Luiz Gonzaga Silveira Soares, MM. Juiz de Direito da DÊcima Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, Capital do Estado de Minas Gerais, em pleno exercício de seu cargo, na forma da lei, etc. Faz saber a todos quantos o presente virem, ou dele conhecimento tiverem, que perante esta Secretaria, tramita ação de Cumprimento de Sentença aforada por Itaú Unibanco S/A., processo nº 024.13.232.464-1, visando a execução da quantia de R$ 401.145,40 atualizada atÊ 05 de junho de 2013. E estando a parte executada em lugar incerto e não sabido, serve o presente para citå-la, para pagar o dÊbito atualizado em 03 dias, acrescidos de 10% de honorårios, sob pena de lhe ser penhorado tantos bens quantos bastem para garantir a execução. Prazo para embargos 15 dias. Em caso de revelia, serå nomeado um curador especial. Assim vai R SUHVHQWH GHYLGDPHQWH SXEOLFDGR H D¿[DGR QR iWULR GR Fórum. Belo Horizonte, 15 de janeiro de 2020. a) Sueli A. F. Santos - Escrivã Judicial, por ordem do MM. Juiz. a Luiz Gonzaga Silveira Soares - Juiz de Direito.

Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro 2ÂżFLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO ZZZ JSOHLORHV FRP EU OHLOmR QR GLD jV KRUDV S DOLHQDomR GH DWLYRV H[FHGHQWHV GH FUMEC – Fundação Mineira de Educação e Cultura e outros 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ Qž ,QIR H HGLWDO QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX S WHO

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO O Presidente do SINDIBEL – Sindicato dos Servidores PĂşblicos Municipais de Belo Horizonte, Israel Arimar de Moura, conforme parĂĄgrafo Ăşnico do Art. 52 c/c Art.9Âş do Estatuto do Sindibel convoca reuniĂŁo extraordinĂĄria da diretoria para tratar das seguintes pautas: Deliberação sobre a convocação do V Congresso do Sindibel; 1- deliberação sobre datas, regras e critĂŠrios do processo de eleição da diretoria do Sindibel, conforme caput do Art.52. 2- Deliberação sobre a convocação do V Congresso do Sindibel; 3- deliberação sobre o Regimento Interno do Congresso. A reuniĂŁo realizar-se-ĂĄ no dia 14/02/2020 (Sexta-feira), Ă s 17:30 horas, no auditĂłrio do Sindicato - sito na Avenida Afonso Pena, 726, 18Âş andar, Centro BH/MG. Belo Horizonte, 10 de fevereiro de 2020.

BANCO SEMEAR S. A. CNPJ 00.795.423/0001-45 – NIRE 31.3.0001122-4 ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA PRIMEIRA CONVOCAĂ‡ĂƒO Ficam convocados os senhores acionistas do Banco Semear, S. A. para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 21 (vinte e um) de fevereiro de 2.020 (dois mil e vinte), Ă s 10:00 (dez) horas, na sede social, na Av. Afonso Pena, 3.577 – 2Âş. e 3Âş. andares, bairro Serra, CEP 30.130-008, em Belo Horizonte – Minas Gerais, a ÂżP GH GLVFXWLU H GHOLEHUDU VREUH RV VHJXLQWHV DVVXQWRV - Eleição de membros do Conselho de Administração e - Reforma do Estatuto Social. DeverĂŁo os acionistas, para participar da Assembleia, exibirem documentos de LGHQWLÂżFDomR SHVVRDO H SDUD RV TXH VH Âż]HUHP UHSUHVHQWDU por procuradores, o(s) mandatĂĄrio(s) deverĂĄ(ĂŁo) depositar o(s) respectivo(s) Instrumento(s) de Procuração(Ăľes), contra Recibo, na sede da Instituição, atĂŠ 05 (cinco) dias antes da data da Assembleia. Belo Horizonte, 11 de Fevereiro de 2.020. BANCO SEMEAR, S. A. CONSELHO DE ADMINISTRAĂ‡ĂƒO - MĂĄrcio JosĂŠ Siqueira de Azevedo – Vice-Presidente e Ilvio Braz de Azevedo – Conselheiro.

ALGAR TI CONSULTORIA S/A CNPJ/ME: 05.510.654/0001-89 - NIRE: 313.001.098-95 Edital de Convocação Ficam os Senhores Acionistas convocados, nos termos do disposto no artigo 124 da Lei 6.404/76, para comparecerem Ă Assembleia Geral ExtraordinĂĄria da Companhia a ser realizada Ă s 09 (nove) horas do dia 17 de fevereiro de 2020, em sua sede social, localizada em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua Desembargador Jorge Fontana, n.Âş 600, EdifĂ­cio Orange – 5°, 6° e 7° Andares, Belvedere, CEP: 30.320-670, para tratarem da seguinte ordem do dia: 1. 5DWLÂżFDU DV GHOLEHUDo}HV WRPDGDV QD $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD GD 6RFLHGDGH UHDOL]DGD HP GH GH]HPEUR GH UHJLVWUDGD QD -XQWD &RPHUFLDO GH 0LQDV *HUDLV VRE R Qž TXH GHOLEHURX HVSHFLDOPHQWH SHOD DSURYDomR GD RSHUDomR GH FLVmR GD $/*$5 7(/(&20 6 $ &13- VRE R Qž FRP LQFRUSRUDomR GD SDUFHOD FLQGLGD SHOD 6RFLHGDGH VHP DEHUWXUD GR FDSLWDO VRFLDO EHP FRPR WRGDV DV GHPDLV GHOLEHUDo}HV DSURYDGDV QDTXHOD DVVHPEOHLD 5DWLÂżFDU D FRPSRVLomR DFLRQiULD GD 6RFLHGDGH YLVWR WHU GHFRUULGR R SUD]R GH WULQWD GLDV FRQFHGLGR DRV DFLRQLVWDV SDUD PDQLIHVWDomR GR LQWHUHVVH GH SHUPDQHFHU QD 6RFLHGDGH SRGHQGR HP UD]mR GH UHIHULGD UDWLÂżFDomR UHDOL]DU RV DMXVWHV QHFHVViULRV QR FDSLWDO VRFLDO H QD FRPSRVLomR GH Do}HV GD 6RFLHGDGH H Instruçþes Adicionais: 1. Os documentos H SURSRVWDV UHODFLRQDGRV jV PDWpULDV GD DVVHPEOHLD RUD FRQYRFDGD HVWmR GLVSRQtYHLV DRV 6HQKRUHV $FLRQLVWDV QD VHGH GD 6RFLHGDGH 2V DFLRQLVWDV SRGHUmR VHU UHSUHVHQWDGRV QD DVVHPEOHLD PHGLDQWH D DSUHVHQWDomR GR PDQGDWR GH UHSUHVHQWDomR RXWRUJDGR QD IRUPD GR SDUiJUDIR ž GR DUW GD /HL Uberlândia - MG, 07 de fevereiro de 2020. 7DWLDQH GH 6RX]D /HPHV 3DQDWR 'LUHWRUD 3UHVLGHQWH


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2020

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POLÍTICA TRIBUTOS

Estados querem incluir o ICMS na reforma Comitê de secretários de Fazenda se reunirão com o ministro Paulo Guedes para discutir o assunto Brasília - Os secretários da Fazenda dos Estados se reunirão com o ministro da Economia, Paulo Guedes, amanhã, e vão reforçar no encontro o desejo de inclusão do ICMS na reforma tributária, afirmou o presidente do Comitê dos Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz), Rafael Fonteles. Falando a jornalistas após reunião do Comsefaz ontem, Fonteles, que também é secretário da Fazenda do Piauí, afirmou que a mudança no ICMS é imprescindível para desatar o nó dos impostos sobre o consumo. O governo, que não enviou uma proposta formal de reforma tributária ao Congresso, tem defendido que haja primeiro uma unificação de PIS e Cofins num Imposto sobre Valor Agregado (IVA) federal, cabendo aos entes regionais a oportunidade de colocarem depois os tributos sobre consumo de sua competência sob a aba do modelo. “A posição que a gente tem ouvido deles (governo federal) é que eles querem mandar uma proposta que na visão deles é mais factível, só mexe com os impostos federais, mas o que o Congresso quer é fazer uma reforma que realmente impacte o setor produtivo. E você não vai impactar o setor produtivo se você não envolver o ICMS”, disse. “Tem que aproveitar esse protagonismo que o Congresso está tendo, essa vontade que o Congresso está tendo de fazer a reforma tributária pra envolver o imposto que realmente pode modificar a dinâmica do investimento em relação à tributação, que é o ICMS, que é o imposto mais complexo, mais complicado.” Além da reforma tributária, o encontro com Guedes tratará das propostas de emenda à Constituição (PECs) que compõem o Plano Mais Brasil: a PEC do Pacto Federativo, PEC Emergencial e PEC dos Fundos Públicos, que têm como princípio a prometida desvinculação, desindexação e desobrigação do Orçamento. “Primeiro a gente queria ter uma proposta para cada emenda que foi apresentada

pela União. Agora é o momento de conversar para compor”, afirmou. Nesta terça-feira, os governadores vão analisar as alterações propostas pelos secretários da Fazenda dos Estados às PECs. Em relação à PEC do Pacto Federativo, a mais ampla das iniciativas, Fonteles disse, por exemplo, que a sugestão será de que medidas de controle de despesas obrigatórias no Orçamento sejam acionadas em duas fases. Na PEC, o governo do presidente Jair Bolsonaro propôs que sempre que a despesa corrente superar 95% da receita corrente os gestores de estados e municípios passem a ter uma série de medidas à mão. Segundo Fonteles, o Comsefaz defende que as medidas mais brandas sejam automaticamente adotadas quando o percentual de 90% for atingido, com o restante das medidas valendo, também de maneira obrigatória, a partir do patamar de 95%. Entre as medidas que estão previstas na PEC, estão a proibição para promoção de funcionários e para concessão de reajustes, a suspensão da criação de despesas obrigatórias e benefícios tributários e a redução de até 25% da jornada de trabalho dos servidores com adequação dos salários. A exemplo do que já tinha dito da PEC Emergencial, que também conta com essas mesmas medidas, Fonteles afirmou que os governadores querem que a redução da jornada dos servidores com proporcional diminuição no salário seja a única medida de adoção facultativa. Entre outras alterações para a PEC do Pacto Federativo, os secretários da Fazenda querem maior participação dos estados e municípios na composição do Conselho Fiscal da República. Também são contra o fim da concessão de garantias da União para empréstimos feitos pelos entes. Em outra frente, os secretários da Fazenda querem que fique consignado já no texto da PEC que os Estados e municípios fiquem com 70% das receitas com

DIEGO VARA - REUTERS

exploração de petróleo. “Se vai ser escalonado, se vai ser de uma vez, é uma discussão em aberto”, afirmou Fonteles.

Fundeb - Em relação ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), Fonteles afirmou que o consenso no Comsefaz é de que a suplementação da União saia de 10% e vá para 30%, em etapas. Ele afirmou que “talvez” os recursos oriundos de uma divisão mais generosa dos royalties do petróleo possam financiar esse aumento de participação da União no direcionamento de recursos, mas frisou que isso tem que ser discutido com o governo federal. (Reuters) Encontro entre secretários e o ministro Paulo Guedes terá também na pauta o Pacto Federativo

Rodrigo Maia defende imposto sobre os dividendos Rio - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu ontem a tributação de dividendos distribuídos a acionistas de empresas, em modelo que inclua uma compensação às pessoas jurídicas de forma a garantir que a carga tributária do País não aumente. “O que está na minha agenda é a possibilidade de tributar lucros e dividendos reduzindo alíquota das pessoas jurídicas, não há aumento de carga tributária nessa operação”, afirmou Maia a jornalistas em evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro. O presidente da Câmara não deixou claro que alíquota estava se referindo especificamente quando falou em redução para pessoas jurídicas. Maia, que tem discutido o tema em reuniões com deputados e senadores, negou que façam parte das conversas a criação de uma tributação específica para grandes fortunas no Brasil. “Quando você tributar parte de lucros e dividendos e aliviar a alíquota de pessoa jurídica você vai estimular que o empresário tenha uma parte maior de recursos reinvestidos, o que o Brasil não faz“, disse Maia. “Quando você tributa a pessoa jurídica e não tributa dividendos, se a pessoa for reinvestir acaba tributando novamente. Ele acaba passando para pessoa física e vai

criando fundos. O sistema beneficia hoje esse movimento. Mas nunca tratei de tributar grandes fortunas”, acrescentou. PEC - Maia disse ontem que pretende que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária elaborada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) seja aprovada na Casa em quatro ou cinco meses. Em palestra na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Maia também disse estar confiante na aprovação de um imposto sobre valor agregado (IVA) nacional na reforma tributária. O presidente da Câmara considera que a aprovação da mudança tributária será mais complicada que a da reforma administrativa, mas acredita que, se ela passar pelo Congresso, haverá um movimento de antecipação de investimentos que será importante para uma retomada mais forte da economia brasileira. “Temos que nos comunicar com a sociedade, até porque já começaram algumas campanhas com informações falsas sobre a PEC 45, do deputado Baleia, que é a base do nosso trabalho”, disse. “Esperamos vê-la aprovada nos primeiros quatro, cinco meses do ano na Câmara. Ela será decisiva. Tenho me esforçado pessoalmente... estou confiante que vamos conseguir criar um IVA nacional

com transição de 10 anos e isso vai antecipar a decisão de investimentos de forma muito rápida.” Maia criticou de forma velada a declaração feita na sexta-feira (7) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que comparou funcionários públicos a parasitas. Embora tenha adotado um discurso na linha de Guedes, ao afirmar que os servidores se tornaram uma classe com muitos privilégios, o presidente da Câmara acrescentou que a afirmação do chefe da área econômica não contribui e gera conflitos. “Todos devem ser tratados com muito respeito, porque o enfrentamento feito com termos pejorativos, que geram conflito, nos atrapalham no nosso debate”, avaliou. Maia defendeu ainda que uma abertura comercial do País seja feita somente após a aprovação da reforma tributária. De acordo com o presidente da Câmara, é preciso primeiro reduzir as distorções que existem no Brasil, que acabam por afetar a competitividade da indústria nacional, e só depois abrir mais a economia. “Temos que aumentar nossa concorrência, cobrar do setor produtivo mais qualidade, mais eficiência e melhores preços. Com economia fechada, temos um ciclo vicioso… acho que abertura precisa acontecer depois que os demais temas estejam resolvidos”, declarou. (Reuters)

UNIÃO

Governo federal quer vender R$ 3 bilhões em imóveis RICARDO MORAES - REUTERS

Brasília - O governo federal quer vender R$ 3 bilhões em imóveis neste ano, afirmou o secretário de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, Fernando Bispo, após conseguir alienar R$ 180 milhões em 2019 de uma meta originalmente estipulada em R$ 1 bilhão. Falando com jornalistas, ontem, Bispo pontuou que entraves ligados ao registro cartorial dos imóveis dificultaram a realização do plano do governo no ano passado. Agora, a expectativa é que uma Medida Provisória (MP) enviada ao Congresso no fim de dezembro pavimente o caminho para um processo de venda mais ágil, inclusive com participação do BNDES na realização de estudos e na execução

bilhões (em vendas até o fim do mandato presidencial)”, disse Bispo. Mais cedo, o secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, disse que existem hoje quase 50 mil imóveis da União não regularizados, sendo que a Secretaria de Patrimônio da União tem como objetivo primeiro regularizá-los. Em seguida, o objetivo é vendê-los, e os recursos advindos dessas operações serão utilizados para redução da dívida pública. Para este ano, a meta do governo envolve a venda de 465 imóveis. Meta foi estipulada após o governo federal conseguir alienar R$ 180 milhões no ano passado

de plano de desestatização de ativos. A MP busca aprimorar a gestão dos imóveis da União

e instituir mecanismos para “Se a gente conseguir ausimplificação e racionaliza- mentar a velocidade de reção dos procedimentos de gularização desses imóveis, o potencial é de até R$ 36 alienação.

diária em áreas urbanas da União. A medida abriu a porta para que interessados na regularização possam procurar o governo para ir adiante com o processo mediante o pagamento por essas áreas. Antes, cabia apenas à União a iniciativa, por exemplo, de regularizar um condomínio. Questionado sobre o potencial de arrecadação com a mudança, Bispo afirmou não ter os números de pronto, mas avaliou que o governo está “abrindo uma represa”, em referência à potencial demanda. “Apesar de ter havido regularização fundiária de Regularização fundiária lá para cá, a falta dessa re- Em decreto publicado gulamentação que a gente ontem, o governo também publicou hoje dificultava a regulamentou lei de 2017 orientação para a execução sobre a regularização fun- da lei”, disse. (Reuters)


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

AGRICULTURA FAMILIAR

Projeto beneficia duas mil famílias em Minas Convênio firmado entre a Anater e a Emater-MG tem o objetivo de desenvolver unidades produtivas no Estado

MICHELLE VALVERDE

Com investimentos em torno de R$ 7,2 milhões, está sendo desenvolvido em 100 municípios de Minas Gerais um projeto-piloto que beneficia 2 mil famílias de produtores rurais. O convênio, firmado entre a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), tem o objetivo de levar assistência técnica às famílias e criar unidades de referência nos municípios, para que sejam feitos treinamentos e capacitação de produtores após a conclusão do projeto. Segundo o coordenador estadual em Metodologia de Extensão Rural da Emater-MG e gestor do projeto-piloto Anater e Emater-MG, Ademar Pires, o convênio entre as entidades foi assinado em 2017 e as ações iniciadas em 2018. A conclusão do projeto está prevista para este ano. O programa leva a 2 mil famílias de agricultores familiares a assistência técnica e extensão rural com o intuito de desenvolver e estruturar as unidades

produtivas. As ações são implementadas com os recursos provenientes da Anater, R$ 6,1 milhões, e da Emater-MG, R$ 1,1 milhão. Ao longo de três anos, as famílias recebem, em média, seis assistências técnicas e participam de três cursos por município. Além disso, há eventos coletivos, como palestras, dias de campo, excursões, cursos e reuniões. A unidade produtora que participa do projeto passa por avaliações no início, no meio e no final do programa. São feitos diagnósticos e elaborados planos de trabalho para cada família, chamada projeto produtivo. As ações de trabalho estão agrupadas em sete atividades: horticultura, agroindústria, bovinocultura de corte e de leite, pequenos animais, culturas (feijão, milho, mandioca), fruticultura e olericultura. “O diagnóstico avalia quatro indicadores: social, econômico, ambiental e de inovação. Nas unidades onde estamos atuando, o retorno tem sido positivo. O grande diferencial do projeto é a assistência e o atendimento continuado à família. São trabalhados objetivos e estipuladas metas, e isso favorece a visualização de resultados

DIVULGAÇÃO / EMATER-MG

pela família atendida”, explicou Pires. Unidades de Referência - Um avanço que ocorreu no projeto é a agregação de parceiros, como as entidades de pesquisas e de ensino que estão em torno dos municípios atendidos. O trabalho em conjunto vem sendo desenvolvido nas Unidades de Referência (UR), que foram criadas em cada município beneficiado, sendo uma em cada cidade. A expectativa é de que esse espaço sirva de referência para pelo menos 20 produtores de cada município. “O objetivo é desenvolver um trabalho em conjunto entre o produtor, a extensão rural e a pesquisa e o ensino, para identificar a melhor atuação na propriedade, para que ela sirva de referência para outros agricultores na comunidade, no município e no Estado. Isto é um embrião para que possamos criar uma rede de unidades referências em Minas Gerais a partir destas selecionadas pelo projeto”, destacou. Ainda segundo Pires, mesmo concluindo o projeto este ano, estima-se que a criação de novas unidades de referência continue, unindo produtores,

Os recursos destinados às propriedades de 100 municípios mineiros são da ordem de R$ 7,2 milhões

academia e extensão. “Nestas unidades de referência, a ideia é que se use para visitas técnicas, dias de campos e excursões, fazendo com que os agricultores amadureçam na atividade e busquem o aprimoramento da atividade agrícola e pecuária”, disse. Dentre os resultados alcançados com a assistência contínua estão a melhoria na gestão, o melhor uso dos recursos, a agregação de valor, ganhos em produtividade e aumento da renda.

USINAS DE AÇÚCAR

Mercado vê espaço para consolidação Dubai - Usinas brasileiras de açúcar têm sido beneficiadas por uma alta nos preços do adoçante, baixas taxas de juros e pela forte demanda pelo etanol derivado de cana, mas ainda há espaço para consolidação no segmento, já que algumas delas continuarão com dificuldades, disseram especialistas em uma conferência anual do setor em Dubai ontem. Cerca de um terço das usinas brasileiras estão em um “círculo vicioso”, com restrições de crédito e sendo obrigadas a vender seu etanol assim que ele é produzido, afirmou o estrategista global de açúcar do Rabobank, Andy Duff. “Elas acabam tendo custos maiores e receitas menores. Estão em uma espiral descendente. Elas acabam perdendo fornecedores independentes de cana-de-açúcar, que se sentem mais seguros com outras usinas vizinhas que estão em posições melhores”, disse Duff. “É por isso que há uma consolidação silenciosa, em que você tem a migração da

NIELS ANDREAS

Preços globais do açúcar avançaram em torno de 12% neste ano

cana de agentes mais fracos para aqueles em melhor situação”. Em contraste, cerca de um terço das usinas brasileiras estão em um “círculo virtuoso”, disse ele. “Por terem grande liquidez, elas podem tirar proveito da sazonalidade de preços do etanol e aumentar receitas e margens. Elas têm espaço para investir em tecnologia e em expansões e também atraem ofertas de cana de quem vem lidando com empresas que estão em situação oposta”.

Duff disse que um outro terço das usinas brasileiras tem apenas lutado para não se afogar. O presidente da consultoria Datagro, Plinio Nastari, afirmou que, nos últimos 12 meses, o uso da cana para fabricação de etanol foi mais lucrativo do que para produção de açúcar, embora a diferença tenha diminuído após um recente aumento nos preços do adoçante. Os preços globais do açúcar subiram cerca de 12% neste ano e atingiram má-

xima de mais de dois anos de 15,13 centavos de dólar por libra-peso na semana passada. Oferta mundial- Participantes da conferência afirmaram que a proporção de cana utilizada para produção de açúcar no Brasil poderá aumentar neste ano, com um aperto na oferta global após colheitas ruins na Tailândia e na Índia. O Brasil é um fornecedor chave de açúcar devido à sua flexibilidade, com capacidade de alternar a produção entre açúcar e etanol. Se o mercado global precisa de açúcar, então deve manter os preços em um nível competitivo com o etanol, afirmaram os participantes da conferência. “Nós não sabemos (qual é) o número final da produção (de açúcar) do Brasil de que o mercado precisa. Se (a oferta do Brasil) pode preencher essa lacuna, é justo dizer que não há razão para o açúcar divergir significativamente da paridade com o etanol”, disse o diretor da LMC International, Martin Todd. (Reuters)

CAFÉ SOLÚVEL

Vendas brasileiras de produto ao exterior atingem recorde em 2019 As exportações brasileiras de café solúvel bateram recorde em 2019, chegando a 91,96 mil toneladas, cerca de 4 milhões de sacas de 60 kg. Esse volume representa um aumento de 7% em relação a 2018, quando as vendas externas atingiram 85,97 mil toneladas, equivalente a 3,72 milhões de sacas. Dos 106 países que receberam o produto brasileiro, os Estados Unidos lideram o ranking, com 17% do total. Em 2019, foram adquiridas 15,3 mil toneladas ante 14,8 mil toneladas em 2018, um aumento de 3,1%, segundo dados do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. O relatório foi elaborado pela Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS). Na sequência, estão Rússia, Indonésia e Japão. No entanto, quando se considera a soma das importações dos países que integram a União Europeia (UE), o bloco assume o segundo lugar, com crescimento significativo de 22,9% no ano passado. Expansão - Outros países registraram um aumento expressivo na compra do solúvel brasileiro, o maior produtor mundial. A Indonésia – o quarto maior produtor de café do mundo – ampliou em 2,9% as importações, tornando-se o terceiro maior destino das exportações brasileiras. Myanmar aumentou em 61,4% suas compras. O destaque ficou para o México – o segundo maior

produtor mundial de café solúvel, perdendo apenas para o Brasil –, que aumentou em cerca de 315% a compra do produto nacional. De acordo com o relatório, a expansão nas exportações pode ser atribuída, em parte, à reconquista de alguns mercados compradores do produto brasileiro, prejudicados no atendimento às suas demandas entre 2016 e 2017. A redução verificada nesse período foi decorrente da queda acentuada na produção de café conilon (utilizado na produção do café solúvel) no Espírito Santo, em função de problemas climáticos. Queda - O recorde verificado nas exportações físicas do solúvel, em 2019, no entanto, não refletiu no aumento de receita cambial, que registrou ligeira queda. O montante apurado de US$ 581,7 milhões representa um recuo de 3% na comparação com os US$ 599,8 milhões do ano anterior, consequência direta dos preços baixos do café registrados nos mercados internacionais, no período analisado pela Embrapa Café. Em relação ao consumo doméstico, conforme o relatório, houve um crescimento médio de 4,22% ao ano, nos últimos três anos, índice superior ao do café torrado. Nesse contexto, vale destacar que, em 2019, teve um crescimento de 5,6% se comparado com 2018. (Com informações do Mapa)


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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2020

NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

DIVULGAÇÃO

SUPERMERCADOS

Grupo Cordeiro, de Curvelo, aposta no atacarejo

Empresa abriu duas lojas nesse formato em 2019 MARA BIANCHETTI

Com a mudança dos hábitos do consumidor brasileiro nos últimos anos, em virtude da corrosão da renda pelo aumento dos preços e o aumento do desemprego, supermercadistas também precisaram adequar seus negócios à nova realidade de consumo no País. Desde o ano passado, o grupo Cordeiro, sediado em Curvelo, na região Central de Minas, vem apostando no segmento que disponibiliza vendas em atacado e varejo e abriu duas lojas nesse formato no ano passado, em Minas Gerais.

As informações são do diretor de gestão do grupo, Carlos Eduardo Silva. Segundo ele, novos pontos de vendas serão inaugurados também neste exercício. “Temos 26 anos de atuação no varejo e, nos últimos anos, observando a mudança nos hábitos de consumo das pessoas, percebemos a necessidade de acompanhar o movimento e oferecer produtos e serviços especiais”, explicou. Foi então que, em junho do ano passado, o grupo inaugurou a primeira loja de atacarejo na própria cidade de Curvelo. Em dezembro, foi aberta a unidade em Araçuaí, no Vale

do Jequitinhonha. E, para os próximos meses, está previsto um ponto de vendas no mesmo formato em Salinas, no Norte de Minas. Conforme o diretor, cada unidade do tipo consome aportes da ordem de R$ 15 milhões e possui características muito semelhantes, como área de vendas de 3,5 mil a 3,8 mil de metros quadrados, cerca de 15 checkouts, centenas de vagas de estacionamento e amplo mix de produtos. “A diversificação do mix é bastante elevada, com itens de alimentos, panificação, hortifrúti, higiene e limpeza”, ressaltou.

Grupo encerrou 2019 com nove lojas, das quais sete de varejo tradicional e dois atacarejos

Dessa forma, o grupo encerrou 2019 com nove lojas, das quais sete unidades de varejo tradicional e dois atacarejos. Para este exercício, além do ponto de venda de atacarejo em Salinas há previsão de outras unidades de varejo no Estado. A meta, conforme Silva, é elevar a participação do grupo na venda combinada de atacado e varejo, mas também avançar no projeto de lojas tradicionais. Em termos de desempenho, o diretor explicou que

foi registrado crescimento de 6,5% nos negócios em 2019 sobre 2018. O resultado superou as expectativas e pode ser atribuído tanto à melhora da economia no decorrer do exercício quanto aos esforços internos da empresa. “Sempre procuramos fortalecer o mix, melhorar o atendimento e compreender a demanda do cliente. Isso é o que nos faz ser realmente ser uma opção de compras em cada região. Além disso, houve contribuição dos fornecedores,

maior fluxo de dinheiro no mercado a partir do saque do FGTS e aumento do emprego no País”, comentou. Para 2020, a intenção é manter a curva de crescimento e ampliar os negócios em cerca de quatro pontos percentuais acima da inflação. Além disso, o grupo espera iniciar obras para uma unidade na cidade de Taiobeiras, também no Norte do Estado, e começar a operar o Centro de Distribuição (CD) em Curvelo.

GASTRONOMIA

Chef cria restaurantes a partir de malas de recordações

São Paulo - Dono de oito restaurantes na capital paulista, o italiano Rodolfo de Santis, 33, não tem computador. Duas malas armazenam anotações, documentos e referências que usa para gerenciar suas casas, por onde passam 35 mil pessoas por mês - a última, a Forno da Pino, abriu em janeiro. Santis é natural de uma pequena cidade no sul da Itália e, apesar de ter trabalhado em restaurantes estrelados em três países antes de chegar ao Brasil, não guarda no discurso as cozinhas sofisticadas que deixou para trás. Diz que os gurus para seu o negócio são figuras como Danny Meyer, presidente do grupo Union Square Hospitality e fundador do Shake Shack - que serve hambúrgueres feitos com carne livre de antibióticos e hormônios, presente em mais de 275 pontos nos EUA. “Ele tem restaurantes estruturados, em que a gestão conta.

É como se fosse a Microsoft ou a Apple”, diz. No ano passado, quando lançou cinco casas, Santis teve de “matar” ou “gerenciar de uma forma diferente” seu lado cozinheiro para dar conta de administrar cerca de 300 funcionários no seu “modelo de gestão meio centralizada”. Como tudo passa por ele - de problemas no banheiro ao custo da matéria-prima -, Santis fala sem preocupação sobre não ficar todo o tempo na cozinha dos restaurantes - todos ficam no Itaim Bibi, exceto o Nonna Rosa, nos Jardins. O tema é polêmico na gastronomia. Foi discutido no livro “Para Onde Foram os Chefs”, do temido François Simon, ex-crítico do jornal Le Figaro. “Ainda existe um piloto a bordo?”, pergunta Simon, antes de discorrer sobre o estrelado francês Alain Ducasse, dono de 34 restaurantes em sete países. Em maio de 2018, quando

abriu o Giulietta Fogo & Vino, dedicado a carnes, a meta de Santis era passar 15 dias acompanhando funcionários na rotina da cozinha. Cinco meses depois, quando chegou a vez do Nonna Rosa, de receitas italianas familiares, ficou só um dia - “a equipe já trabalhava sozinha para servir 360 clientes em um sábado”. “É um desafio tremendo de organização”, diz. A decisão de ser um “chef gestor” começou a ser moldada enquanto ainda era funcionário. “Entendi que o negócio não pode ter mais cozinheiro brigando com garçom. O mercado mudou totalmente, precisa ter profissionalismo”, diz. Santis chegou ao Brasil há oito anos e, antes de abrir seu primogênito, o Nino Cucina, em 2015, trabalhou como chef nos restaurantes Biondi, Domenico (ambos extintos) e Tappo, na Consolação. Começou a registrar os “problemas que tinha zero

potencial para resolver como funcionário” e criou o hábito de conversar com o cliente para entender onde estava errando e o que poderia ser ajustado. Fez um estudo dos principais restaurantes de São Paulo para levantar o que deu certo e o que não deu em receitas, serviço e decoração e começou a coletar os documentos que hoje guarda nas duas pastas. “Tive de sair da escola de gastronomia na Itália com 17 anos porque minha mãe não tinha grana. Aprendi tudo na raça, olhando, perguntando, estudando”, diz. Em sua pesquisa, algumas coisas foram ficando para trás no cenário gastronômico, como toalhas de linho. “É um hábito que impacta custos finais. Com 35 mil pessoas [nos restaurantes], se eu errar na escolha de uma louça ou um prato, perco R$ 60 mil por mês.” A margem de lucro em seus restaurantes varia de 20% a 28%. O faturamento é de cerca

de R$ 5 milhões ao mês. Ter uma visão de perto sobre a totalidade de um restaurante - custos, organização da cozinha, atendimento e decoração - também ajuda na criação das receitas. “Nunca penso só no prato. Ele é um pequeno braço que precisa fazer sentido dentro do cardápio, que precisa fazer sentido dentro do restaurante. O primeiro passo é: como os cozinheiros vão produzir isso? Faz sentido ter dois pratos pratos semelhantes?”, diz. Os pratos são pensados de acordo com disponibilidade e preços dos ingredientes, monitorados pela equipe de compras. “Se algo ficou mais caro, será negociado. Somos uma empresa saudável, pagamos à vista, então temos a preferência de fornecedores”, diz. A minoria dos empregados do restaurante tem ensino superior, mas encontra mobilidade na empresa - há quem ganhe hoje 10 vezes mais do

que o seu salário inicial. Quem se destaca pode se tornar líder - há sempre dois no salão e dois na cozinha e, quando há algum problema, avaliam a gravidade entre os níveis A, B e C. “Eles resolvem sozinhos as situações nos dois últimos níveis e me consultam para o resto”, diz o chef. Por ora, Santis cuida pessoalmente de diferentes áreas do restaurante, mas pretende fortalecer alguns núcleos, como RH e marketing. Afinal, ainda pensa em abrir novas casas - quem sabe uma francesa ou outra mais autoral. “Não tem nada no papel, mas penso em um lugar em que possa criar, com menos obrigação com cardápio fixo. Quero tentar estruturar.” Certamente, vai recorrer às suas malas de referências - e deve seguir sem computador. Até chegou a comprar um, mas deu o eletrônico para a namorada antes de sua primeira reunião. (Folhapress)

TRADIÇÃO

Escola celebra 20 anos de artes digitais e dos quadrinhos

Quem aprecia e deseja aprender na prática sobre o vasto universo das artes digitais e dos quadrinhos, com a possibilidade de atuar nesse mercado, encontra na Casa dos Quadrinhos - Escola Técnica de Artes Visuais uma metodologia avançada de ensino, equiparada às melhores escolas do mundo no seu segmento, e muitas fontes de inspiração: professores premiados que trabalham para as maiores editoras de HQs do mundo, como Marvel e DC Comics, Mauricio de Sousa Produções, filmes de Hollywood e outras. Completando 20 anos de atuação, fundada pela visionária Doroti Seixas e pelo multifacetado diretor de arte e animação, quadrinista e roteirista, Cristiano Seixas, a Casa dos Quadrinhos mantém o frescor de quando iniciou o desafio de oferecer cursos focados em artes aplicadas para entretenimento em uma época escassa de instituições da área certificadas na capital mineira. É a única escola técnica em Minas Gerais com

diploma aprovado pela Secretaria Estadual de Educação. “Em nosso primeiro ano contávamos com três professores. Hoje são 15 especialistas e mestres que atuam dentro e fora do País, nos Estados Unidos e na China, só para citar. Temos orgulho de todos os alunos que passaram por aqui. Muitos vieram do interior de Minas Gerais e de mais longe ainda, do Norte, Sul e Centro-Oeste, em busca de qualificação, e atualmente desenvolvem trabalhos para grandes empresas nas mais diversas frentes, seja na elaboração de vinhetas, desenhos animados e ilustrações para TV, cinema, internet e publicidade, além de HQs. O ex-alunos Ig Guara Barros e Mariamma Fonseca são alguns desses exemplos; ele trabalha para os mercados brasileiro, americano e europeu, em editoras como a DC Comics, Marvel e Big Jack Studios, e a Mariamma fez ilustrações personalizadas para as sandálias Grendha Raízes – Ivete Sangalo e para o projeto “Olga Explica”, da

Think Olga (ONG feminista de SP)”, descreve Cristiano Seixas. Ao longo dessas duas décadas, a Casa dos Quadrinhos formou mais de 3 mil alunos e alguns hoje são professores lá, como Wesley Soares, que entre seus inúmeros trabalhos com Ilustração e pós-produção fez a web série animada Ag. Cousteau, vinhetas animadas da Casa Online e do Ghost Jack Studio, e Bella Santana, autora do livro Francisco, uma mistura de quadrinho, com livro infantil e ilustrado. “Nossa filosofia de ensino não se limita aos conhecimentos técnicos, buscamos desenvolver novos sensos artísticos, capacidades e habilidades para formar, além de artistas, verdadeiros observadores do mundo”, destaca Doroti Seixas. Considerada uma escola de vanguarda, sua infraestrutura completa conta com os mais modernos equipamentos e ferramentas para construir uma grade curricular de cursos alinhada às necessidades do mercado nacional e internacio-

nal e aos interesses dos alunos, tendo adquirido recentemente a impressora 3D Lab. “É o que há de mais inovador, reduz os custos de produção e traz um nível de realismo fantástico. Usamos a impressora 3D no curso intensivo de escultura digital para imprimir protótipos de peças de design, como personagens, criaturas, objetos e cenários, com o software Zbrush, a ferramenta mais utilizada no mercado”, ilustra Cristiano Seixas. Há ainda cursos de computação gráfica 3D, desenho básico, pintura, ilustração publicitária e artística, técnicas diversas de animação, histórias em quadrinhos, mangá (quadrinho japonês), voltados para crianças, jovens e adultos. Constante criação - Fonte inesgotável de criatividade e talentos, a Casa dos Quadrinhos engaja e envolve professores e alunos em projetos feitos com o setor público e privado. O mais recente é o piloto de uma série de animação 3D feito em parceria com a produtora

de conteúdo Content Blue: “Divino Presente”, lançada no Youtube no fim do ano passado. O time se uniu à Content Blue, através da produtora Ghost Jack, para contar as aventuras de um menino sonhador de 11 anos, Divino, que viaja no tempo com a cápsula luminosa e ultramoderna, Esfera do Tempo, criada pelo professor Pachecão, um cientista bem-humorado e trapalhão. O projeto será apresentado no principal evento dos Estados Unidos focado em animação infantil: o Kidscreen Miami, que ocorrerá até o dia 13 de fevereiro. Outro trabalho é a exposição gratuita “Marvel Comics - Homenagem aos 80 anos da Casa das Ideias”, a convite da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, em exibição até o dia 28 de fevereiro, com mais de 40 peças, entre revistas, pôsteres, esculturas e originais, criados pelos professores da Casa: Márcio Fiorito, que atualmente desenha os Vingadores para a revista Marvel Action: Avengers; Eduardo

Pansica, que participou do título Monte Cook’s Ptolus, publicado pela Marvel em 2007 e desde 2009 desenha para a editora DC Comics; Guilherme Balbi, que desenhou para editoras americanas como IDW, Dark Horse, DC Comics, criou design para filmes de Hollywood e fez cards para a Marvel; Rodney Buchemi, que já trabalhou em projeto assinado por Stan Lee, e teve suas produções publicadas nas editoras Marvel Comics, DC Comics, Dabel Brothers. A Casa na Casa - Para celebrar os 20 anos de fundação, a Casa dos Quadrinhos realiza em sua sede a “Miniexposição 20 Anos da Casa na Casa”, na qual apresenta a evolução, o antes e depois, de diversas produções feitas por alunos e professores. A entrada é gratuita. A Casa dos Quadrinhos está localizada no bairro Funcionários, em um prédio tombado pelo Iepha/MG, e integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade. (Da Redação)


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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2020

DC FRANQUIA DIVULGAÇÃO

ESTÉTICA

Meta da Mais Top é triplicar de tamanho e somar 120 clínicas Das 79 previstas, 15 serão abertas em Minas

DANIELA MACIEL

Triplicar o número de unidades em um ano é a meta da Mais Top Estética. A clínica, que entrou para o franchising em dezembro de 2017, e no ano passado entrou para o grupo 300 Franquias, chegou ao fim de 2019 com 41 unidades. Para 2020, o objetivo é ter 120 clínicas espalhadas pelo Brasil. Entre elas, 15 em Minas Gerais. O Estado, importante na estratégia de expansão, terá sua primeira inauguração da marca em meados de fevereiro, na cidade de Araxá, no Alto Paranaíba. Já estão contratadas lojas também para Uberlândia, no Triângulo; Juiz de Fora, na Zona da Mata; e Pará de Minas, no Centro-Oeste; além da Capital. Segundo o gerente de operações da Mais Top Estética, Juan Carlos Agostinho Júnior, em janeiro já foram fechados quatro novos contratos. “O segredo está no modelo de negócios. Ele atende muito bem quem já teve um empreendimento e também para quem não teve. Estamos inseridos em um dos mercados que mais cresce, mesmo durante a crise. A projeção é de que isso se torne uma curva ainda mais íngreme este ano. Trabalhamos com um modelo simplificado, investimento moderado e custo mensal baixo. É um negócio escalável para franqueadores e franqueados. Em média, 1.200 pessoas se cadastram por mês para passar pelo processo de escolha de novos franqueados”, explica Agostinho Júnior. Os serviços oferecidos incluem emagrecimento personalizado, tratamento de celulite, flacidez, estrias, remoção de manchas, tratamento de acne, rugas, fotodepilação, drenagem detox e também conta com procedimentos injetáveis como botox e preenchimento facial. São dois formatos de negócios: o smart, como modelo de entrada, que oferece fotodepilação e protocolos faciais; e o premium, com todos os protocolos, destacando-se os corporais. O investimento total médio é de R$ 160 mil. Ambos os formatos são dedicados para lojas de rua. No caso dos centros comerciais

eles podem receber uma unidade, desde que ela tenha a porta virada para a rua. Um modelo para shopping center ainda está sendo desenvolvido. O foco do atual plano de expansão está nas cidades que são polos regionais e nas que tem mais de 70 mil habitantes.

Entre os franqueados, a marca já conta com uma boa parcela de multifranqueados. Em Minas Gerais, por exemplo, a mesma empreendedora que vai inaugurar em Araxá será a responsável pela unidade de Uberlândia. “Os multifranqueados

são uma tendência no franchising brasileiro. Essa prática funciona bem para a franqueadora e para os franqueados. Na Mais Top

Estética, além disso, temos um grande contingente de mulheres entre os nossos parceiros, cerca de 70%. Elas se identificam com o serviço

e são empreendedoras muito dedicadas, seja em voos solo ou em sociedade”, completa o gerente de operações da Mais Top Estética.

ENERGIA

Blue Sol planeja fechar o ano com 116 unidades Pioneira e referência no setor de energia solar fotovoltaica, a Blue Sol Energia Solar - que há mais de 10 anos desenvolve projetos, instala sistemas fotovoltaicos e capacita empreendedores para área, comemora o crescimento da sua rede de franquias e traça planos ambiciosos para o futuro. Com 29 unidades, entre abertas e contratadas, em 17 estados brasileiros até o momento, a marca planeja fechar 2020 com 116 unidades entre abertas e contratadas. De acordo com o gestor de franquias da Blue Sol Energia Solar, Rafael Cafolla, essa meta faz parte

de um plano mais amplo, que prevê 150 franquias da rede de energia solar em todo o País até 2025, com pelo menos uma unidade em cada estado da federação, além de 50 unidades em países da América Latina. “Nosso modelo de negócios é muito assertivo. Levando em conta o potencial do mercado, os frequentes aumentos das tarifas de energia elétrica no Brasil, o avanço da tecnologia, as possibilidades de financiamento dos sistemas e a conscientização das pessoas quanto à necessidade de preservação do meio ambiente, tenho certeza de

que podemos ampliar nossa atuação de maneira considerável”, avalia Cafolla. O executivo revela que o investimento para abertura de uma franquia Blue Sol Energia Solar varia entre R$ 100 mil e R$ 239 mil e o retorno do investimento ocorre em até 24 meses. Segundo Cafolla, a franqueadora elabora os projetos, fornece os equipamentos, executa a logística e a conexão com as distribuidoras de energia elétrica enquanto as unidades franqueadas cuidam da frente comercial e a instalação dos sistemas. “Existe um consenso entre especialistas de que

a utilização de recursos renováveis e de soluções alternativas e sustentáveis são o caminho para evitar um colapso energético no País. Nós também acreditamos que o futuro do setor elétrico, em todo o mundo, caminhe justamente para a geração distribuída. Isso significa que investir em negócios como o nosso realmente pode ser um divisor de águas na vida do franqueado”, finaliza o executivo. Atualmente, a Blue Sol Energia Solar está presente em Alphaville (SP), Campinas (SP), Araraquara (SP), Bauru (SP), Sorocaba (SP),

São José dos Campos (SP), Americana (SP), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ), Macaé (RJ), Campos dos Goytacazes (RJ), Juiz de Fora (Zona da Mata mineira), Fortaleza (CE), Recife (PE), Caruaru (PE), Belém (PA), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Brasília (DF), Manaus (AM), Curitiba (PR), Bento Gonçalves (RS) e Ponta Grossa (PR). A marca, que é uma das pioneiras no segmento de energia solar no Brasil e a primeira a expandir por meio de franquias, contabiliza quase 3 mil sistemas instalados e conectados à rede de energia. (Da Redação)

CALÇADOS

Expansão internacional da Bibi avança A Calçados Bibi, pioneira na fabricação de calçados infantis no Brasil, fechou o ano de 2019 com 123 lojas, sendo oito unidades internacionais e 21 lojas próprias, incluindo o e-commerce. A marca registrou um aumento de 14% no faturamento da rede de franquias, além de implantar 18 novas operações, sendo 10 lojas e oito quiosques. O ano de 2019 também marcou o início da expansão internacional na Romênia e no Equador. Confirmando o sucesso das franquias no Peru, a Bibi implantou novas lojas em diferentes shopping centers do País. Para 2020, a marca planeja abrir 51 novas unidades, sendo 10 delas fora do Brasil. Segundo informações da Associação Brasileira de Franchising (ABF), um movi-

mento que continua em alta é o de internacionalização das marcas brasileiras. Um estudo já consolidado de 2019 mostra que há 163 redes nacionais com operações em 107 países diferentes. Além disso, o segmento de Moda é o mais representativo, com 35 marcas, sendo a Bibi uma delas. “Com as variações positivas de 2018 em relação a 2019 quanto à questão da internacionalização, daremos sequência ao plano de expansão da marca fora do Brasil. Após abrir unidades no Peru, Bolívia, Equador e Romênia, iremos fortificar a presença da Bibi nestes países e também ingressar em outros, com foco grande na América Latina”, ressalta a presidente da Calçados Bibi, Andrea Kohlrausch. A rede visa implantação de novas lojas nas cinco

SAÚDE BUCAL

regiões do País, com uma visão focada em cidades localizadas no interior do Brasil. Das 51 novas operações esperadas para o ano de 2020, 41 estão previstas para abertura em território nacional. Assim, o principal objetivo da empresa é levar o propósito da Bibi aos consumidores, por meio de produtos, comunicação, experiência e inovação. Vale ressaltar que a Calçados Bibi exporta desde 1970, com marca e design próprio, para mais de 70 países, como Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Hong Kong, China, Índia, Emirados Árabes, Argentina, Peru, entre outros, via exportação direta a lojistas multimarcas, virtuais ou distribuidores, dependendo do País. “Em 2019 completamos 70 anos de história e vamos

continuar investindo constantemente em inovação, que é uma premissa básica e que está no DNA da empresa. Neste mesmo ano, registramos um crescimento de 8% na indústria. Estamos otimistas para o ano de 2020 tanto no mercado nacional quanto no internacional. Dessa forma, a expectativa de crescimento na rede de franquias é de 25%, e na indústria superior a 10%. Ainda para 2020, a produção fabril deve acompanhar o crescimento da indústria, sendo em torno de 10%, o equivalente a 2,2 milhões pares de calçados fabricados por ano”, revela Kohlrausch. Ao final de 2019, a Bibi finalizou um importante projeto em parceria com a PUC-RS para avaliar os calçados fisiológicos da marca. Após dois anos de

levantamento e a avaliação do caminhar em mais de 50 crianças, a pesquisa evidencia que andar com um calçado da Bibi é como se as crianças andassem descalças. Entre os diferenciais dos exclusivos modelos fisiológicos, a marca sempre preza pelo conforto, durabilidade e proteção não tóxica, já que a empresa atua apenas com fornecedores homologados que trabalham com matérias-primas que atendem este padrão. Os produtos, em grande parte produzida em couro, deixam o pé transpirar, são leves e resistentes, além de serem fáceis de calçar. Para crescerem saudáveis, os pezinhos precisam se desenvolver livremente e, graças a este estudo, isso foi testado e comprovado cientificamente. (Da Redação)

ORGÂNICOS

Odontoclinic anuncia investimentos de R$ 28 milhões em 2020 A Odontoclinic, rede de franquias com mais de 200 unidades em 16 estados, anuncia investimentos de R$ 28 milhões em 2020 para continuar o seu plano de expansão e inovação. A empresa encerrou 2019 com um faturamento de R$ 202 milhões, alta de 12% em relação ao anterior, e projeta alcançar R$ 230 milhões neste ano. Do total de recursos previstos, aproximadamente R$ 22 milhões serão investidos em novas unidades em diversas regiões do Brasil. Em 2019, a empresa registrou a

Os multifranqueados são uma tendência no franchising, afirma Agostinho Júnior

abertura de 30 novas unidades, aumento de 76,5% em inaugurações em relação ao ano anterior, fechando o exercício com um total de 201 clínicas em 16 estados. Outros R$ 6 milhões serão destinados à inovação tecnológica, especialmente em software de gestão e tecnologias de automação na fábrica de alinhadores transparentes para ortodontia (impressão 3D, software de planejamento e scanners). A modernização dos equipamentos permite a realização de serviços de alta qualidade, em menos

tempo e um atendimento com maior conforto. Com a expansão planejada em 2020, a rede de franquias deve proporcionar mais de 1.100 vagas diretas e indiretas de emprego. “O segmento de franquias odontológicas vai continuar crescendo graças a fatores como a oferta de serviços mais modernos e menos invasivos, o aumento da longevidade do brasileiro e a crescente preocupação com estética, saúde e bem-estar”, aposta o CEO da Odontoclinic, Carlos Leão. (Da Redação)

Terra Madre prevê faturamento, pelo menos, 300% maior Os planos de crescimento da Terra Madre - Orgânicos e Saudáveis, primeira rede de franquias especializada em produtos orgânicos 100% certificados, já estão traçados! A rede encerrou 2019 com 15 lojas em operação e planeja, em 2020, chegar à marca de 52 unidades entre abertas e contratadas. De acordo com o diretor de expansão e marketing da marca goiana, Ronie Pires, a meta é ampliar a atuação da rede em Goiás, para onde já estão programadas as inaugurações de pelo menos três lojas, além de expandir por

todo o território nacional. “Estamos confiantes quanto ao crescimento da Terra Madre em 2020. Estimamos ampliar a rede em mais de 80% e alcançar faturamento pelo menos 300% maior neste ano, na comparação com 2019. Além disso, já iniciamos o ano apresentando nosso novo modelo de negócios ao mercado. Agora vamos operar também com quiosques, que poderão ser instalados em diversos tipos de centros de compras, como shopping centers, aeroportos, rodoviárias, entre outros lugares”, avalia o executivo.

Pires também está otimista quanto às novidades da Terra Madre - Orgânicos e Saudáveis prevista para o ano. Segundo o executivo, há investimentos expressivos para entrada da marca no mundo digital bem como na criação de novas modalidades de negócios. “As novidades devem ser anunciadas ainda no primeiro semestre deste ano e avaliamos um impacto positivo de até 30% no faturamento da rede como consequência desses lançamentos”, finaliza. (Da Redação)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2020

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NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

EMPREENDEDORISMO

Petshop aposta na diversificação dos serviços

Sócios oferecem day care e hotelzinho DANIELA MACIEL

Dar oportunidade aos bichinhos de estimação de viver um dia divertido junto à natureza sem ter que sair de uma das regiões mais agitadas de Belo Horizonte é a proposta do petshop Risos e Latidos. Inaugurado em dezembro, o empreendimento ocupa uma casa de 500 metros quadrados no bairro Carmo, na região Centro-Sul. O lugar já ofereceu o mesmo tipo de serviço, porém com outros donos e um conceito totalmente diferente. A engenheira civil Raíssa Muller topou o desafio de empreender pela primeira vez há um ano, quando começou a desenhar o projeto do Risos e Latidos junto com o irmão. “Éramos clientes e víamos uma série de demandas que não eram atendidas pelos petshops tradicionais. Resolvemos reformular o

conceito. Aqui criamos espaços amplos, em que os cachorrinhos podem ficar soltos, brincar no quintal e se socializar. Recebemos os bichinhos para o day care e também no hotelzinho”, explica Raíssa Muller. Para atender a demanda ela conta com uma equipe de sete funcionários, além dela e do irmão, Leonardo Muller, sócio na empreitada. Os bichinhos nunca ficam sozinhos. O investimento para colocar o planejamento de um ano de pé foi de cerca de R$ 500 mil. A área de banho e tosa também recebe gatos. Os felinos, em breve, terão um espaço livre como o dos cachorros dedicado só a eles. Esse já é o primeiro plano de expansão dos empresários. A ideia de expansão é baseada em números expressivos. De acordo com o Instituto Brasileiro de

Aqui criamos espaços amplos, em que os cachorrinhos podem brincar no quintal, diz Raíssa Muller e o sócio Leonardo Muller

Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 132 milhões de animais de estimação no País. Seus donos parecem dispostos a gastar bastante com cuidados e mimos de todos os tipos e preços. Estudo desenvolvido em 2019 pelo Grupo GS&Gouvêa de Souza, especialista em mercado de varejo e consumo brasileiro, o setor deve atingir um faturamento de R$ 20 bilhões em 2020. “Nosso interesse aqui é que os animais se sintam bem, eles são os nossos clientes.

Assim seus donos também se sentirão felizes. Fizemos as divisórias dos espaços de vidro para que todos saibam o que está acontecendo. A Risos e Latidos é uma oportunidade de colocar meu conhecimento técnico - a minha atuação como engenheira foi sempre voltada para a gestão –, aliado à nossa paixão pelos animais. O empreendedorismo nos exige uma inteligência emocional para lidar com os obstáculos, mas é compensador”, analisa a empreendedora.

COMÉRCIO

Carnaval aquece mercado de fantasias Enquanto alguns esperam ansiosamente pelo Carnaval para se divertir ou até mesmo descansar, outros estão focados em aproveitar a época para faturar. A folia antecipada está cada vez mais consolidada em várias partes do País como uma espécie de “esquenta”. Alguns segmentos já estão preparados para lucrar mais, agregar valor à marca e ter ideias criativas para atender ao aumento da demanda por produtos e serviços relacionados ao período. É o caso do segmento de fantasias e acessórios que nesta época do ano investe pesado para alavancar as vendas e, em muitos casos, até inicia suas operações nesta época Os donos de pequenos negócios tradicionalmente mais relacionados ao Carnaval, como por exemplo, alimentação e bebidas, turismo e transportes também não podem perder a chance de incrementar as vendas. Para isso, o Sebrae indica que o empreendedor esteja preparado para aproveitar o momento

que aquece a economia de todo o País. “Gostando ou não da festa, é hora de aproveitar a data para chamar atenção, de uma forma que atraia novos clientes, além de fidelizar os atuais consumidores. Esteja presente nas redes sociais, seja criativo, alegre, tenha o seu perfil sempre atualizado e principalmente, interaja com seus clientes. Além disso, faça promoções de produtos específicos ou agregue serviços que tenham a ver com esse período, pensando em fidelizar a clientela, seja oferecendo algum bônus/cupons promocionais para compras futuras ou até estabelecendo parcerias com empresas complementares à sua”, recomenda a analista do Sebrae Hannah Salmen. “Também é importante dar destaque aos produtos ou serviços relacionados à festa. Perceba se há algum item que poderia ser comercializado apenas nessa época do ano e coloque-o em evidência. Saiba se diferenciar e aposte em embalagens personalizadas com alguma utilidade para a folia”, acrescenta.

Mercado aquecido - Há menos de um mês da folia começar, a proprietária da loja de fantasias Bem Lindinha, em Brasília, Iolanda Martins, está bastante otimista para o período, que segundo ela, é o melhor do ano. “Meu estoque está tão cheio, que estou tendo que trazer parte da mercadoria para casa. Esperamos um aumento nas vendas em torno de 70%, mas trabalhamos para ultrapassar essa marca”, disse. O novo estoque já chegou, repleto de glitter, brincos coloridos, tiaras e ombreiras bem chamativas. Além de fantasias, a loja oferece acessórios variados e artigos para festas de outras datas comemorativas. Com mais de 15 anos de experiência no ramo, a empresária investe nas novidades e faz divulgação, principalmente, para clientes mais antigos. “Eu entro em contato com o pessoal dos bloquinhos de rua, dou brindes e faço questão de oferecer produtos com preços mais atrativos do que o segmento de aluguel”, contou. Desde o ano passado, a loja teve a ideia de realizar

uma parceria para oferecer serviço de maquiagem, especialmente para o feriado, e com isso atrair mais foliões. Para atender à demanda que cada vez mais aumenta na cidade, ela pretende realizar novas contratações e antecipar férias de outros funcionários. “Como uma funcionária saiu, a ideia é contratar uma para o lugar dela e mais uma somente para o período do Carnaval”, adiantou. Apesar de trabalhar com figurinos e fantasias especiais para eventos, festas e teatro, a dona da loja Dreamland Ateliê, Mônica Dantas, também quer aproveitar o período para lucrar. “Vejo uma melhora no comércio com um todo, reflexo de uma economia que voltou a crescer. Somente no Carnaval, a expectativa é de aumentar os ganhos em 50%”, avaliou. Para a folia, a loja investe na produção de fantasias mais clássicas, como palhaço, bailarina, baiana e de Carmen Miranda. A divulgação é focada nas redes sociais, de onde vem a maioria das vendas. (ASN) DIVULGAÇÃO

Segmento de fantasias e acessórios se prepara para lucrar mais e atender à demanda dos foliões neste Carnaval

CAPACITAÇÃO

Universidade e indústria se unem para resolver gap de mão de obra Empresas, educadores e jovens concordam que há um gap entre a formação educacional e as necessidades do mercado. Para o reitor do Centro Universitário Una, Rafael Ciccarini, uma das chaves para aumentar a produtividade brasileira está na aproximação entre universidades e o setor produtivo. “Ouvimos dos industriais e do mercado que existem posições abertas, que necessitam de profissionais diversos para resolver questões contemporâneas e que os alunos que eles recebem das universidades não trazem as competências tanto de soft skills (habilidades comportamentais) quanto de hard skills (habilidades técnicas), para lidar com a complexidade do mercado de hoje”, diz Ciccarini. Pensando nisso, a Una, da Ânima Educação, e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), firmaram uma parceria inédita para ampliar a empregabilidade, a competitividade e a inovação no Estado. Com o programa Indústria Jovem as entidades esperam promover novas soluções para produtos e serviços, estágio avançado em todos os segmentos industriais, formação de mão de obra especializada para atender a indústria, e o maior aproveitamento das estruturas de educacionais das entidades. O acordo foi anunciado durante o Simpósio dos professores da Ânima em Belo Horizonte, na primeira semana de fevereiro. O foco da parceria está na experiência profissional na prática. Entre as novidades estão a criação de Hub de Soluções para a indústria, o Programa de Trainee que vai aproximar melhores alunos de grandes indústrias, estágios avançados em todas as áreas de atuação da Fiemg e um espaço para docentes da Una nas Câmaras e Conselhos de áreas técnicas como jurídico, econômico e trabalhista. O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, ressalta que a indústria espera e precisa de profissionais conectados com os desafios da indústria. “O que falta no Brasil é a junção do conhecimento com aqueles que produ-

zem. O primeiro objetivo da parceria é fazer com que isso se torne mais palpável, tornar o profissional mais qualificado para trabalhar nas empresas”, diz. Com o projeto, os estudantes do Centro Universitário Una terão acesso aos laboratórios da rede Sesi e Senai de Ensino, e também às empresas parceiras da Federação, alinhando assim, o saber teórico à prática de mercado, formando profissionais mais capacitados para as demandas da indústria. “Um dos espaços que os alunos poderão utilizar é o do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT Senai Fiemg). É um moderno complexo de laboratórios que tem em seu quadro de funcionários mestres e doutores prontos para solucionar os problemas do setor produtivo”, finalizou Roscoe. O reitor Ciccarini concorda com a desarticulação entre os conteúdos ministrados em aulas e os problemas da vida real. “Muitas vezes a indústria traz um aluno com a teoria, porém na prática tem que treiná-lo de novo. A Una, dentro do nosso posicionamento estratégico, é a marca que mais deseja estar mais perto do mercado de trabalho. O aluno da Una quer qualidade e condições de transformação para o País e para a vida dele. É um aluno que trabalha de dia e estuda à noite, é inquieto e que não se conforma com o status quo dele e das coisas. Tudo o que ele quer é de fato uma proximidade com quem pode emprega-lo”, explica. O presidente da Ânima Educação, Marcelo Battistella Bueno, comemorou a parceria e destacou que o País precisa dessa aproximação para voltar a crescer. “Essa história de que o jovem se forma primeiro para aprender a trabalhar depois é um absurdo nos dias de hoje. Precisamos oferecer essa aprendizagem ao longo da formação. Nosso currículo é o que há de mais moderno no mundo, no que se trata de competências voltadas para o trabalho. Nossa missão vai ao encontro da missão da própria Fiemg”, assinalou. (Da Redação)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2020

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FINANÇAS ADRIANO MACHADO/REUTERS

Antecipação do BNDES e venda de reservas puxaram queda

De acordo com cálculos do próprio governo federal, o Brasil deve ter déficits primários pelo menos até 2022

CONTAS PÚBLICAS

Trava efetiva em avanço da dívida bruta do País depende de equilíbrio fiscal

Para mercado, fatores extraordinários apenas amenizam quadro atual Brasília - Com o Brasil no caminho para fechar 2020 com despesas superando receitas pelo sétimo ano consecutivo, fatores extraordinários seguem sobre a mesa para a equipe econômica frear o avanço da dívida bruta a exemplo do que fez no ano passado. Economistas preveem que, mais uma vez, a venda de reservas internacionais e o pagamento de empréstimos pelo BNDES vão contribuir para reduzir a liquidez da economia, permitindo que o Banco Central (BC) reduza novamente o estoque das suas operações compromissadas, um componente importante da dívida. Em paralelo, o projeto de autonomia formal do Banco Central que tramita no Congresso abre a possibilidade do uso de depósitos voluntários remunerados pelo BC em alternativa às operações compromissadas, o que também ajudaria a diminuir a relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB). Mas especialistas argumentam que esses movimentos apenas amenizam um quadro que só se tornará sustentável com o equilíbrio fiscal.

Para Josué Pellegrini, diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, uma queda estatística na dívida bruta, por exemplo, não garante que isso seria encarado pelos agentes econômicos e pelas agências de classificação de risco como um sinal inequívoco de maior capacidade de solvência do País. “Eu não avalio que uma eventual redução das compromissadas em favor dos (depósitos) voluntários teria um impacto sobre o mercado, sobre a avaliação da situação da economia, equivalente a uma que decorreria de uma melhor evolução do resultado primário. Essa sim, corresponderia a efetivo esforço fiscal”, disse. O economista Bráulio Borges, pesquisador associado do FGV/ Ibre, avaliou que o uso dos depósitos remunerados é positivo para deixar de misturar autoridade monetária com Tesouro, mas ponderou que isso pode maquiar o desajuste fiscal. “Se você aprova o depósito remunerado, bem ou mal você pode reduzir a dívida bruta em cerca de 20 pontos percentuais, no limite”, afirmou.

“Óbvio, as agências de risco são mais inteligentes que isso, mas, perante o grande público e os políticos, você pode estar criando uma ilusão de que o problema fiscal está resolvido e na verdade não está”, pontuou ele, acrescentando que o mesmo raciocínio vale para o papel da venda de reservas internacionais na queda da dívida bruta. Em 2019, o saldo de operações compromissadas do BC recuou R$ 176,2 bilhões, mas a um patamar ainda expressivo de R$ 932 bilhões, equivalente a cerca de 17% da dívida bruta. Ainda que a queda dos juros básicos tenha tirado importante pressão sobre o crescimento na conta de juros da dívida - economia calculada pela Secretaria de Política Econômica em R$ 400 bilhões em quatro anos -, no lado do resultado primário o desequilíbrio entre receitas e despesas persiste, fazendo com que o governo siga tendo que emitir dívida para financiar seus gastos. Nos cálculos oficiais da equipe econômica, o Brasil ainda terá déficits primários até 2022. (Reuters)

Brasília - Com ajuda da venda de reservas internacionais pelo Banco Central (BC) e pagamento antecipado de empréstimos pelo BNDES ao Tesouro, a dívida bruta como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) caiu pela primeira vez em seis anos em 2019, a 75,8%, ante 76,5% em 2018. Ainda em outubro de 2018, o então indicado ao comando do Ministério da Economia, Paulo Guedes, disse que, em caso de crise especulativa e com o dólar “a mais de R$ 4 e perto de R$ 5”, o governo venderia reservas e assim reduziria sua dívida. Na data das declarações (30 de outubro), o dólar fechou em R$ 3,69. Quando o BC anunciou que iria se desfazer de parte das reservas, em 14 de agosto de 2019, ele já estava na casa de R$ 4,04. Atualmente, tem orbitado acima de R$ 4,20, tendo, inclusive, ultrapassado o patamar de R$ 4,30 na última sexta-feira (7). Embora o BC ainda não tenha voltado à carga neste ano, o economista Bráulio Borges, pesquisador associado do FGV/ Ibre, prevê que as reservas continuem caindo “um pouco”. “É difícil saber quanto dessa política foi simplesmente uma adaptação às circunstâncias de mercado e quanto foi a vontade de usar isso para reduzir o endividamento, dadas todas essas declarações do ministro Guedes antes mesmo de assumir”, afirmou. O BC vendeu em 2019 um total de US$ 36,9 bilhões, ou R$ 137,7 bilhões, em reservas, levando o estoque a US$ 356,9 bilhões. Quando o estoque estava perto de US$ 390 bilhões, estudos do Fundo Monetário Internacional sobre um nível adequado para as reservas brasileiras já apontavam um excesso da ordem de US$ 100 bilhões a US$ 150 bilhões, afirmou Borges. Por esse parâmetro, ainda haveria espaço para venda de moeda estrangeira sem comprometer o colchão de proteção do País ante choques internacionais. “Talvez haja 1% do PIB de margem para

redução de reserva”, opinou Josué Pellegrini, diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, frisando que isso pode ser feito de maneira mais espaçada daqui para frente. Quando o BC anunciou que iria ofertar dólares à vista sem compromisso de recompra, também justificou que a nova conjuntura doméstica - com juros básicos mais baixos e menor participação de crédito direcionado e subsidiado - vinha fazendo muitas empresas anteciparem pagamentos de dívida externa. A demanda por dólares para esses pré-pagamentos diminuiu a liquidez do fluxo financeiro e o próprio BC admitiu que isso poderia perdurar por um tempo mais prolongado, uma vez que esses fatores não deveriam ser revertidos no curto prazo. Em janeiro, inclusive, houve saída de US$ 384 milhões do País, puxada pelo fluxo negativo no lado financeiro, no primeiro dado no vermelho para o mês em sete anos, após retirada recorde de US$ 44,8 bilhões em 2019. BNDES - Se a venda de reservas é envolta em variáveis mais intrincadas, a continuidade da política de devolução de recursos pelo BNDES é dada como certa. Em 2019, foram R$ 121,7 bilhões devolvidos ao Tesouro por empréstimos concedidos no passado, dos quais R$ 100 bilhões de maneira extraordinária, fora do cronograma pactuado de pagamentos, conforme dados do BC. Restam agora R$ 193,8 bilhões de quase meio trilhão de reais que chegaram a ser repassados ao banco em governos petistas para concessão de financiamentos a juros subsidiados. Guedes já reforçou em diversas ocasiões que o governo quer todos os recursos de volta e fontes ligadas ao BNDES disseram à Reuters que, em 2020, o pagamento antecipado pode ficar por volta de R$ 70 bilhões. (Reuters)

ADRIANO MACHADO/REUTERS

BALANÇO

Lucro líquido da BB Seguridade sobe quase 35% e atinge R$ 1,13 bi no 4º trimestre São Paulo - A BB Seguridade reportou ontem lucro líquido ajustado de R$ 1,13 bilhão no quarto trimestre de 2019, uma alta de quase 35% em relação ao mesmo período do ano anterior, desempenho atribuído pela empresa, entre outros fatores, à dinâmica favorável dos índices de inflação que atualizam os ativos e passivos dos planos de benefício definido. A empresa de seguros e previdência do Banco do Brasil também citou efeito base de comparação resultante do desinvestimento do segmento de seguros patrimoniais e automóvel, concluído em novembro de 2018. De outubro a dezembro do ano passado, os prêmios, contribuições e arrecadação, contudo, totalizaram R$ 14,66 bilhões, abaixo dos R$ 15,12 bilhões do último trimestre de 2018. O resultado financeiro consolidado da BB Seguridade e de suas controladas e coligadas apresentou expansão de 20,7% na comparação ano a ano, na base ajustada, a R$ 52 milhões. “O resultado financeiro mais

forte que o esperado no quarto trimestre foi um dos principais fatores que levaram a companhia a superar seu guidance 2019 de crescimento do lucro líquido ajustado (+13,0% a +17,0%)”, afirmou a BB Seguridade no material de divulgação do balanço à imprensa. Em 2019, a BB Seguridade teve lucro líquido ajustado de R$ 4,3 bilhões, contra R$ 3,5 bilhões em 2018. Os prêmios no ano subiram a R$ 56,4 bilhões, contra R$ 54,9 bilhões no ano anterior. O resultado financeiro totalizou R$ 185,8 milhões, alta de 14,2% ante 2018, em base ajustada. A companhia disse que espera um crescimento de 7% a 13% no somatório, ponderado pela sua participação societária, do resultado operacional antes de impostos de suas empresas, exceto as holdings. Para os prêmios emitidos pela Brasilseg, excluindo o DPVAT, a previsão é de alta de 5% a 10%. A BB Seguridade também espera que as reservas de planos de previdência PGBL e VGBL da Brasilprev mostrem elevação de 10% a 13%. (Reuters)

Dinâmica dos índices de inflação que atualizam ativos e passivos da entidade contribuiu para resultado positivo

PESQUISA FOCUS

Projeção para IPCA tem 6º corte seguido São Paulo - A expectativa para a inflação neste ano foi reduzida pela sexta semana seguida na pesquisa Focus que o Banco Central (BC) divulgou ontem, com os economistas mantendo o cenário para a política monetária. O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA passou a 3,25% em 2020, de 3,40% antes. Para o ano que vem, permanece a projeção de alta dos preços de 3,75%. O centro da meta oficial de 2020

é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve terminar este ano em 4,25% e o próximo a 6,0%, sem alterações ante o levantamento anterior. Na semana passada, o BC reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, para a nova mínima histórica de 4,25% ao ano. No comunicado, a autoridade

monetária indicou expressamente o fim do atual ciclo de cortes na taxa básica de juros, em meio à leitura de que os ajustes já feitos ainda vão surtir efeito na economia. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também vê a Selic a 4,25% este ano, mas manteve a expectativa de que a taxa básica terminará 2021 a 6,25%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento de 2,30% em 2020 e de 2,50% em 2021 foram mantidas. (Reuters)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2020

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LEGISLAÇÃO INTERNET

Moro defende acesso direto de juiz a dados de suspeitos Assespro quer uso exclusivo do acordo de cooperação com EUA

Brasília - O ministro da Justiça, Sergio Moro, defendeu que juízes brasileiros possam solicitar diretamente a empresas estrangeiras que operam no Brasil, como o Facebook, dados e conteúdos produzidos por usuários suspeitos de terem cometido crimes, sem passar por acordo de cooperação internacional. A Federação das Associações das Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional) quer que os pedidos de informações protegidas, como conversas privadas, sejam feitos somente por meio do acordo de cooperação internacional, executado no Brasil pelo Ministério da Justiça. Nessa modalidade, a pasta se dirige à autoridade correspondente nos Estados Unidos e esta solicita os conteúdos à empresa-mãe lá instalada. No centro do debate está o Acordo de Assistência Judiciária em Matéria Penal (MLAT, na sigla em inglês) firmado entre o Brasil e os EUA. A entidade pediu para o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar a constitucionalidade do decreto. Na ação ajuizada, a Assespro sustenta que vários tribunais brasileiros têm solicitado às filiais das empresas estrangeiras o repasse de conteúdo produzido pelos usuários, como mensagens e imagens. Moro participou de uma audiência pública realizada na manhã de ontem no STF. A audiência foi convocada pelo ministro Gilmar Mendes, relator da ação que discute o tema. No argumento da Assespro, as filiais brasileiras não possuem as informações, porque o banco de dados não fica no

NELSON JR. / STF

Sergio Moro é favorável à solicitação dos conteúdos diretamente às filiais brasileiras

Brasil, e, se fornecerem diretamente conteúdos protegidos, poderão infringir a legislação americana. Na prática, o que a entidade e as empresas esperam é que o Supremo tome uma decisão que proíba juízes de requerer diretamente às filiais brasileiras os conteúdos dos seus clientes. A audiência pública serve para o tribunal coletar informações das partes interessadas antes de decidir. Não há prazo para o julgamento. Do outro lado, um levantamento do Ministério da Justiça mostra que, de 2016 a 2019, apenas 26% dos pedidos de cooperação (ou 27 de 102 casos) foram cumpridos total ou parcialmente. O tempo médio de cumprimento foi de dez meses - prazo considerado longo demais por representantes da Polícia Federal e do Ministério Público. “O MLAT tem sido realmente importante, mas está longe de ser um instrumento perfeito de cooperação”, disse

Moro. “A avaliação do Ministério da Justiça é de que o artigo 11 da lei. 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) deixa clara a viabilidade de que uma corte brasileira tem a competência, a jurisdição para emitir uma ordem de produção de conteúdo da internet a uma empresa que tenha filial no Brasil, ainda que sua sede seja no estrangeiro”, defendeu. “Resistências pontuais” Moro disse que a solicitação dos conteúdos diretamente às filiais brasileiras, em paralelo ao MLAT, é um mecanismo que tem funcionado bem, “com resistências pontuais”. O ministro afirmou que, quando era juiz federal, fazia pedidos assim ser nunca ter tido problemas. O delegado Isalino Giacomet Júnior, que falou pela Polícia Federal, disse que a legislação dos EUA tem dificultado o repasse de informações para fins de investigação criminal por meio dos acordos de cooperação. “Ao contrário do

que se alega, pelo MLAT não há uma resposta em nível satisfatório e em tempo razoável. Os pedidos baseados no MLAT são cumpridos de acordo com a lei do país requerido. Isso faz com que a lei americana, que é mais restritiva, prevaleça”, afirmou. “O que se espera é que as companhias que venham (ao Brasil), além de exercer sua atividade comercial, intensifiquem sua colaboração com as autoridades nacionais. Poderiam, talvez, vir ao Brasil trazendo seus bancos de dados dos usuários localizados em território brasileiro”, sugeriu. A Assespro Nacional foi representada na audiência pública pelos ministros aposentados do STF Carlos Ayres Britto e Francisco Resek, que defenderam o uso exclusivo do acordo de cooperação. Para Resek, juízes têm solicitado os conteúdos diretamente às filiais brasileiras como uma espécie de chantagem para forçar as matrizes a repassar os dados. (Folhapress)

RESTITUIÇÃO DO IRPF

Lote residual liberará R$ 297 milhões Brasília - A Receita Federal abriu ontem a consulta ao lote residual de restituição multiexercício do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF), referentes aos exercícios de 2008 a 2019. O crédito bancário para 116.188 contribuintes será realizado no próximo dia 17, totalizando mais de R$ 297 milhões. Desse total, R$ 133,467 milhões serão liberados para os contribuintes com preferência no recebimento: 2.851 idosos acima de 80 anos, 14.541 entre 60 e 79 anos, 1.838 com alguma deficiência física ou mental ou doença grave e 6.052 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na Internet, ou ligar para o Receitafone 146. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, com entrega de declaração retificadora. A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral

no CPF. Com o aplicativo, é possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo,

deverá fazer requerimento por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do

Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. (ABr)

AVIAÇÃO

MPMG pede à Anac norma para impedir cobrança de bagagem de mão Tendo em vista que algumas companhias aéreas estão cobrando taxa para bagagens de mão, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Defesa do Cidadão de Uberlândia, e o Ministério Público Federal oficiaram a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) solicitando a publicação, em até cinco dias, de norma que permita embarque, sem cobrança de taxa, de bagagem de mão de até 10 quilos e limite de 55cm de comprimento, 35 cm de largura e 25 cm de profundidade. O objetivo é que o passageiro de voos nacionais e internacionais possa embarcar com a mala de mão

e acomodá-la no bagageiro interno do avião. O MPMG e o MPF também oficiaram as empresas aéreas que operam no Brasil, recomendando que deixem de cobrar passageiros pelo uso de bagagem de mão que obedeça limites de peso e medidas indicados. Despacho elaborado pelo MPMG e MPF informa que a cobrança pela taxa de bagagem de mão é considerada um “dolo de aproveitamento” das empresas, visto que a Resolução nº 400 da Anac não delimita o tipo de volume ou o local onde deve ser acomodada dentro da cabine. Os dois órgãos consideram que o acondicionamento de

pertences de passageiros debaixo das poltronas à frente, como tem sido permitido pelas operadoras para eliminar cobrança de taxa, gera desconforto, além de risco à integridade física de passageiros, em caso de acidente. O MPMG e MPF também afirmam que essa acomodação de bagagem debaixo de poltrona é ato “manifestamente abusivo e desarrazoado”, já que as aeronaves que operam no País têm tamanhos distintos e não há garantia de que as malas de 10 quilos se encaixem abaixo da poltrona dos aviões. Além de oficiar a Anac e as empresas aéreas, o MPMG e o MPF irão investigar o caso. (Da Redação)

Resultados são vistos como insatisfatórios Brasília - Representantes do governo federal e do Ministério Público Federal (MPF) afirmaram ontem, na audiência pública, que discute o controle de dados de usuários por provedores de internet no exterior, ontem no Supremo Tribunal Federal (STF), que o acordo entre o Brasil e os EUA nessa área é insuficiente para o combate ao crime. O tema é o objeto da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 51. Marconi Costa Melo, do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça e Segurança Púbica (MJSP), relatou que, nos últimos quatro anos, somente 20,8% dos pedidos do governo brasileiro ao EUA nessa área foram integralmente cumpridos e que o prazo para sua execução é de dez meses. Por isso, ponderou que o acordo não tem apresentado resultados satisfatórios. O Ministério Público Federal foi representado por três expositores. Neide Mara Cavalcanti Cardoso de Oliveira argumentou que, caso o STF decida que as informações dos provedores somente podem ser obtidas por meio do acordo, todas as investigações criminais que dependam desses dados ficarão prejudicadas, entre elas as que apuram crimes de ódio e incitação ao terrorismo. Fernanda Teixeira Souza Domingos acrescentou que também seriam afetadas investigações sobre crimes eleitorais, como a disseminação de notícias falsas (fake news). “Para isso, dados de provedores de serviços, inclusive conteúdo, podem ser essenciais e devem ser entregues em tempo rápido”, disse. Marco Civil - O terceiro representante do MPF, Bruno Calabrich, destacou que há no Brasil uma lei clara e objetiva - o Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) - que obriga empresas que operam ou oferecem serviço no país a cumprirem a legislação brasileira. No mesmo sentido, Lucas Borges de Carvalho, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações, assinalou que o Marco Civil adotou critérios que seguem e aperfeiçoam parâmetros definidos pela jurisprudência dos tribunais brasileiros ao longo da última década. Falando em nome da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Flávio Pereira, destacou que o acordo Brasil-EUA prevê respeito às leis de cada país e lembrou que empresas americanas têm sido punidas por entregar informações no Brasil, devido à legislação americana. “A noção de privacidade

pode variar de país para país”, observou. Professores universitários, pesquisadores e representantes de entidades da sociedade civil participaram da audiência pública sobre controle de dados por provedores de internet localizados no exterior. A audiência foi convocada pelo ministro Gilmar Mendes, relator da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 51, sobre acordo de cooperação firmado entre Brasil e Estados Unidos quanto ao controle de dados de usuários de internet por provedores sediados no exterior. Representando o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio), os professores Carlos Affonso de Souza e Christian Perrone defenderam que o Marco Civil da Internet (12.965/2014) é a legislação adequada para tratar do controle de dados de usuários pelos provedores de internet. Entretanto, explicaram que a lei não alcança os procedimentos que devem ser adotados para que se proceda o acesso a esses dados. Segundo Affonso e Perrone, a cooperação jurídica internacional é necessária em tempos em que os países buscam solucionar conflitos entre leis nacionais e internacionais. Na sua avaliação, é preciso regular o acesso a dados transfronteiriços, a remoção de conteúdo extrafronteira e outras medidas de quebra de privacidade dos usuários de uma rede mundialmente interligada. Limites - A pesquisadora Jaqueline de Souza Abreu afirmou que os documentos digitais possuem natureza intangível e podem ser acessados de qualquer lugar a partir da existência da internet. Isso faz com seja necessário repensar os limites para se buscar informações em outros países. “É preciso recolocar a pergunta sobre quando e em quais circunstâncias um país está autorizado a buscar dados em outros países além do limite de seus poderes e sem criar incidentes diplomáticos”, observou. “O Brasil não pode se autocredenciar em um sistema que autorize o Estado a fazer requisições diretas a outros estados”, advertiu. Representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o advogado Walter Faiad afirmou que a entidade tem interesse no combate aos crimes cibernéticos, pois recebe grande número de reclamações de consumidores lesados ao buscar a prestação de serviços e compras na internet. Segundo ele, as pessoas querem consumir produtos e serviços de internet de forma segura, tendo seus dados preservados. (As informações são do STF)





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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2020

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

FLÁVIA BERNARDO / ALMG

Política fiscal para Minas Na próxima sexta-feira, das 8h30 às 11h30, o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-MG) inicia o seu ciclo de eventos, com o primeiro Encontro de Finanças de 2020. O convidado é o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo de Oliveira Barbosa, que vai falar sobre “Política Fiscal para o Estado de Minas Gerais”. O evento será realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que fica na avenida do Contorno, 4.456, 4º andar, no Funcionários. O Ibef-MG promove mensalmente atividades direcionadas aos profissionais de finanças com o objetivo de intensificar o networking entre empresários e executivos das principais empresas brasileiras.

Educação e cultura

Padrão de vida cai com envelhecimento

São Paulo - Os fatores que permitiram que a renda per capita do Brasil crescesse acima da produtividade por hora trabalhada desde o início da década de 1980, entre eles o bônus demográfico que se esgotou a partir de 2018, deixarão de contribuir para a melhoria do padrão de vida do brasileiro nas próximas décadas. A conclusão é parte de um estudo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), que traz um histórico de quase quatro décadas elaborado pelos pesquisadores Fernando Veloso, Silvia Matos e Paulo Peruchetti. De 1981 a 2018, a renda per capita - indicador usualmente utilizado como medida do padrão de vida da população - cresceu 0,9% ao ano, enquanto a produtividade, medida pelo valor gerado por hora trabalhada, avançou 0,4%. O que explica essa diferença é o bônus demográfico, de 0,5% ao ano no período. Considera-se como bônus o crescimento da população em idade ativa (de 15 a 64 anos) em ritmo superior ao aumento da população total. Desde 2018, no entanto, o Brasil passou a ter um ônus demográfico, que vai se aprofundar nos próximos 30 anos, em razão

de fatores como a queda na taxa de natalidade. Ou seja, por razões puramente demográficas, haverá proporcionalmente uma quantidade menor de pessoas com idade para trabalhar, o que deve afetar a população economicamente ativa. Fernando Veloso, pesquisador sênior da área de Economia Aplicada do FGV Ibre, afirma que as reformas tributária e do mercado de crédito, além da consolidação de mudanças na legislação trabalhista, devem ser prioridade. “O padrão de vida da população brasileira conseguiu crescer acima da produtividade por causa de fatores que agora se esgotarão. A produtividade agora vai ser decisiva”, afirma. “Não existe uma reforma única que vá resolver. A produtividade cresce pouco há décadas, inclusive em períodos de reformas, que foram claramente insuficientes. A gente precisa de uma agenda mais profunda e abrangente”, diz Veloso ao comentar o trabalho. Ele defende ainda uma nova agenda para a educação, que permita ao trabalhador se preparar para mudanças no mercado de trabalho e que proporcione a redução da informalidade e a geração de empregos de melhor qualidade.

A geração de empregos informais, segundo o pesquisador, é um dos fatores que explicam a queda da produtividade no período mais recente. “São pessoas que trabalham em empresas com menos capital, menos acesso a crédito. Há também a questão dos aplicativos de transporte. A pessoa está em uma ocupação muitas vezes incompatível com a habilidade dela”, diz o pesquisador. O trabalho mostra também que a queda na produtividade é um dos fatores que explicam a lenta recuperação da economia desde o fim da recessão de 2014/2016. O valor da produção por hora trabalhada recuou de 2014 a 2018, ficou estagnado naquele ano e caiu nos três primeiros trimestres de 2019. Segundo Veloso, a piora na produtividade durante a recessão não foi uma surpresa. A estagnação em 2018 e a piora em 2019, no entanto, não eram esperadas. Nesses anos, houve aumento das horas trabalhadas, mas o valor adicionado caiu, por causa da mudança na composição do mercado de trabalho, com participação maior da informalidade. (Folhapress)

O Educativo do Memorial Vale realiza o primeiro Encontro entre Educadores de 2020. Trata-se de um encontro mensal voltado para os profissionais das instituições que visitam o espaço do museu com seus alunos, guias de turismo, ou pessoas que tenham interesse em conhecer o trabalho e a educação museal. A proposta é ampliar a relação entre educação e cultura, escola e museu, e propor novos diálogos. Um dos assuntos levantados nesses encontros é a possibilidade de escolha - por parte da escola/educador visitante - do percurso temático a ser explorado durante a visita. Neste mês, o evento será realizado hoje e amanhã, das 9h15 às 11 horas no dia 11, e de 14h às 16h no dia 12. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone: (31) 3343-7317. O interessado deverá optar por uma das datas. O Memorial Vale fica na Praça da Liberdade, 640, Funcionários.

ACMinas Jovem Amanhã, às 19h, o Conselho Empresarial de Jovens da ACMinas, entidade que representa os jovens empresários de Belo Horizonte, realiza o Beer’n’Talk, um bate-papo mais leve e descontraído para falar sobre finanças. O evento, que acontece no Albanos (rua Pium-Í, 611, Sion), abre a programação de atividades do ano do conselho. Nesse primeiro encontro a conversa será sobre “Como investir em 2020”. Na ocasião, o sócio da Toro Investimentos, Rafael Panonko, e o sócio da Vêneto Consultoria e Gestão de Recursos, Carlos Henrique Pessoa, vão compartilhar suas experiências como investidores e darão dicas sobre o assunto. O bate-papo será mediado pelo o vice-presidente de desenvolvimento de negócios do Conselho Empresarial de Jovens da ACMinas, Marco Túlio Campolina.

Arte, ciência e tecnologia O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, na Praça da Liberdade, se consolidou como importante espaço cultural e artístico graças a uma curadoria que propõe uma sinergia contínua entre os campos das artes, ciência e tecnologia, por meio de atividades culturais e educativas que reflitam temas atuais. Reafirmando este propósito na programação de fevereiro, o museu recebe o artista e pesquisador Jack Holmer para duas atividades inéditas: a Oficina de Robótica Ecológica, voltada para o público infantojuvenil, e a palestra “Consciências Artificiais”, aberta a qualquer interessado. Ambas as ações serão realizadas na próxima quinta-feira. A oficina começa às 15 horas. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo link: https://bit.ly/38ympfH. Às 19h30, Holmer apresentará a palestra “Consciências Artificiais”.

Luta contra câncer infantil O Dia Internacional de Luta Contra o Câncer Infantil é lembrado no calendário em 15 de fevereiro. Para celebrar a vida e fortalecimento da luta contra a doença que acomete milhares de crianças e adolescentes brasileiros anualmente, o Programa CCBB Educativo, em parceria com a Casa Aura e arteterapeuta Cláudia Cristina Andrade, propõe ações especiais para a próxima quinta-feira, às 14 horas. As crianças acolhidas pela Casa Aura serão recebidas pelo CCBB Educativo para uma experiência prática em arte no CCBB BH. A arteterapeuta, pedagoga e artista plástica, coordenadora da Abrigo - Escola do Cuidar e do Autocuidar, Claudia Cristina Andrade, será responsável por conduzir a atividade lúdica. O CCBB-BH fica na Praça da Liberdade, 450, Funcionários.

CULTURA PAULO LACERDA

Música Clássica - A Fundação Clóvis Salgado realiza edição especial da série “Sinfônica ao Meio-Dia”, com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, iniciando as comemorações dos 250 anos de nascimento de Ludwig van Beethoven. Sob regência de Silvio Viegas, o corpo artístico da FCS sobe ao palco com um programa dedicado a grandes nomes da música erudita: além de Beethoven, apresentação

conta com obras de Wolfgang Amadeus Mozart e Georges Bizet. Quando: 11 e 12 de fevereiro (12h) Quanto: entrada gratuita Onde: Grande Teatro Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) Concerto - A abertura da temporada da Filarmônica de Minas Gerais marca os cinco anos da Sala Minas Gerais, com a Sinfonia nº 2 em dó menor, “Ressurreição”, de Gustav

Mahler, com regência do maestro Fabio Mechetti, junto com a soprano Camila Titinger, a mezzo-soprano Luisa Francesconi, o Coro da Osesp, sob regência de William Coelho, e o Coral Lírico de Minas Gerais, sob regência de Hernán Sánchez. Quando: 13 e 14 de fevereiro (20h30) Quanto: R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 55 (Balcão Palco), R$ 75 (Balcão Lateral), R$ 100 (Plateia Central), R$ 130 (Balcão Principal) e R$ 150 (Camarote Par); meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência Onde: Sala Minas Gerais (rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto) Cinema Scorsese - Cineasta, diretor, roteirista, ator e produtor, Martin Scorsese é tema de retrospectiva com 35 filmes, contemplando longas de ficção e documentais, além de curtas-metragens dirigidos pelo norte-americano, incluindo clássicos como “Taxi Driver.” (1976), “Touro Indomável” (1980), “Os Bons Companheiros” (1990), “Os

Infiltrados” (2006) e “O Lobo de Wall Street” (2013). Quando: até 20 de fevereiro; hoje, às 15h, “Contos de Nova York” (1989); às 17h15, “Depois de Horas” (1985); às 19h15, “A Cor do Dinheiro” (1986) e, às 21h15, ‘Quem Bate à Minha Porta?” (1967) Quanto: entrada gratuita, ingressos distribuídos uma hora antes de cada sessão Onde: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) Teatro Drama - Belo Horizonte foi escolhida para a estreia de “Neblina”, peça idealizada por Leonardo Fernandes e Tatyana Rubim, com texto inédito escrito por Sérgio Roveri. Sob direção de Yara de Novaes, a atriz Fafá Rennó divide o palco com Leonardo Fernandes para contarem o drama de Diego e Sofia, alteregos de Rafael e Júlia, que se passa em uma noite fria, escura e com muita neblina. Quando: até 17 de fevereiro (sexta a segunda-feira, às 20 horas).

Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia entrada) Onde: Teatro I – CCBB BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) Artes plásticas Popular - A exposição inédita “Poteiro, o Popular e o Público” reúne 30 obras do artista multidisciplinar português Antônio Poteiro. Além das peças que perpassam a vasta produção do autor, o público terá acesso, pela primeira vez, a fotografias do arquivo pessoal do artista junto a personalidades da cena cultural brasileira, como Burle Marx e Jorge Amado. Quando: até 30 de março (quarta a segunda-feira, das 10 às 22 horas) Quanto: entrada gratuita Onde: CCBB BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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