Vale S. Cosme
Número 95 - Junho 2015
XVI TAÇA DE BRAGA DE XADREZ
CLUBE DE XADREZ A2D SAGRA-SE TETRACAMPEÃ páginas 12/13
parque da devesa
página 06
página 13
A DIDÁXIS NO PARQUE DOS SONHOS
4x4 IN SCHOOLS
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2º Lugar na FINAL NACIONAL
DIDÁXIS SOLIDÁRIA distinguida em Lisboa
página 21 16
02 Editorial LAIROTIDE fic h a t é cnica
“Que mãos pintaram tão azul este horizonte?! “ Este é o lema que inspira o programa que a Didáxis propõe à comunidade educativa, para celebrar quarenta anos felizes ao serviço da educação e formação. Esta é mais uma oportunidade para partilhar memórias, vivências, realizações, no contexto de um Projeto Educativo que a comunidade acarinhou e, empenhadamente, ajudou a crescer. Tempo para reviver, agradecer, reconhecer, anos de uma vida intensa de trabalho, de muitas vidas que ousaram pintar de azul esse nosso céu tão azul. Tempo para, em comunhão, com novos olhares, refletir e perspetivar o futuro, “horizonte de muitas outras vidas”. Com efeito, os anos, letivos e escolares, têm-se sucedido, sempre diferentes, diferentes como são as estações do ano e como são os nossos filhos, os nossos jovens. Param as aulas, para as antigamente ditas férias grandes, mas uns e outros seguem-se indistintos, devido à dinâmica das atividades escolares. Na verdade, pela frente, ainda temos: os dias do “Diploma”, que apertam os laços entre a família e a Escola, que, com um simples aurum non vulgui, reconhecem o mérito e o trabalho dos jovens finalistas e incentivam os restantes aos bons resultados; a semana para “Descobrir a Minha Escola”, um ritual de iniciação que, entre o lazer e o dever, desenvolve a autonomia e confiança necessária aos alunos do 4º ano, prestes a entrar num novo mundo; as atrativas atividades de enriquecimento curricular do Xadrez e outras de caráter desportivo, de ocupação dos tempos livres; as “Superférias”, um projeto da Didáxis Solidária, que decorrem durante o mês de agosto e que trazem a muitos jovens a oportunidade de sair de casa e a espectativa de vivências marcantes. Param as aulas, para as férias antigamente ditas grandes, mas continuam outras, em formato de revisão das aprendizagens, com vista aos exames. Ritual já habitual, de vigilância sobre as aprendizagens, os exames trazem a satisfação do dever cumprido, para uns e, por vezes, para outros, felizmente uma minoria, mais cedo ou mais tarde, momentos de preocupação e arrependimento. Mas será que ainda temos tempo?
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ANOS FELIZES! Ao longo de cada ano letivo que passa, os professores vão dando o melhor de si, para que “os nossos jovens, agora, cada vez mais bem preparados e cada vez mais ambiciosos”, segundo o atual Ministro da Educação, aprendam a aprender, por si próprios, e ao longo da vida, e sejam cidadãos autónomos, capazes de construir para si, e para a comunidade de que fazem parte, uma vida boa. Por isso, este é um tempo da formação contínua, de docentes e não docentes, uma forma de fazer caminho na direção certa do que é
novo num mundo feito de desafios novos. Este é um tempo de escolhas. A oferta educativa e formativa é numerosa e diversa, mas em contraste, a taxa de natalidade e o número de alunos persiste em baixar, uma realidade que parece rimar com fatalidade. Esta preocupação vai transformando a estética da panorâmica que nos envolve, do mesmo modo que a liberdade de escolha domina os tempos que correm. E a verdade é que, no País, como dentro e fora do Concelho, nenhuma escola pertence a si própria, mas sim àqueles que
Esta é mais uma oportunidade para partilhar memórias, vivências, realizações, no contexto de um Projeto Educativo que a comunidade acarinhou e, empenhadamente, ajudou a crescer. Tempo para reviver, agradecer, reconhecer, anos de uma vida intensa de trabalho, de muitas vidas que ousaram pintar de azul esse nosso céu tão azul. Tempo para, em comunhão, com novos olhares, refletir e perspetivar o futuro, “horizonte de muitas outras vidas”.
Assessor de Imprensa: Pedro Reis Sá Paginação e arranjo gráfico: José Azevedo Impressão: Naveprinter Agradecimento a toda a Comunidade Escolar que colabora com o Jornal O Vale
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a escolhem livremente. É neste contexto que nos queremos situar. Enquanto escola de serviço público, trabalhamos arduamente e, por isso, confiamos no valor de uma organização e orientação autónoma, no valor intrínseco dos nossos projetos, num contexto de um Projeto Educativo, com identidade, diferenciado e com significado para a Comunidade Educativa. Distintas são as vocações e livres as vontades. Por isso, no final de cada ano letivo, muitos alunos saem da Escola, para seguir, noutras paragens, outros cursos ou trabalhar. Com Savater, dir-lhes-ia: “o efeito mais notável da boa educação é despertar o apetite de mais educação, de novas aprendizagens e ensinos. A pessoa bem-educada sabe que nunca o é inteiramente, mas é-o quanto basta, para querer sê-lo mais. (…). Quem crê que a educação em si própria termina, quando acaba a escola ou a universidade, não foi realmente abrasado pelo ardor educativo, mas simplesmente envernizado ou enfeitado por algumas das suas tonalidades menores…”. Este é o tempo de partir de férias, para as antigamente ditas férias grandes, desejadas e certamente merecidas e, por uns tempos esquecer, ou não, este Vale pintado de verde, sob um céu azul e nuvens sorridentes que sempre nos inspiram. Passemos, então, da autoestrada do trabalho, à suavidade dos percursos pitorescos, onde o tempo parece repousar e ser feliz. Há que partir, “como bons viajantes, sem planos fixos nem pressa de chegar (Lao Tsé, século VI a.C.)”. Entretanto, “ Que o Estado se limite a ser justo; nós encarregar-nos-emos de ser felizes”, (Benjamim Constant). Assim, com essa responsabilidade que a cada um de nós cabe, há que perseguir essa imprevisível felicidade, autónomos, mesmo que inquietos, inseguros, porque frágeis e, lançando novos olhares sobre o azul do horizonte, descobrir novas perplexidades. Boas férias!
Propriedade: Escola Cooperativa de Vale S. Cosme, Avenida de Tibães, nº1199, Vale S. Cosme - V.N. de Famalicão, T. 252910100 Direção: Alcino Faria
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Alcino Faria
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Opinião
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Vladimir Nabokov, Lolita por ana patrícia fernandes car a construção de uma narrativa do anti-herói - Humbert Humbert - escrita na primeira pessoa. Pelas mãos de um discurso intenso, somos levados a uma história de amor e paixão que é, simultaneamente, doentia. E não escapamos desse binómio. O percurso de vida que vamos fazendo com o narrador, de um modo ao mesmo tempo frio e apaixonado, leva-nos à perceção de que podemos, por vezes, estar tão centrados nas nossas paixões e na obtenção dos nossos desejos que nos tornamos incapazes de perceber a crueldade que fazemos aos outros. Esse ensimesmamento – o facto de não conseguirmos ver para além das nossas dores ou das nossas paixões – torna-nos menos solidários e, por isso, menos humanos. E por isso, a narrativa de Nabokov é tão forte, porque intervala momentos de alguma lucidez, com o reconhecimento da dor provocada – “se algo dentro dela não tivesse sido quebrado por mim” –,
PEDRO SÁ
Vladimir Nabokov é um dos mais conceituados autores da literatura norte-americana. Apesar de ter nascido em S. Petersburgo em 1899, passa a viver nos Estados Unidos com o início da segunda guerra mundial e é aí que, escrevendo em inglês, se notabiliza como um dos grandes autores do século XX. Tendo beneficiado de uma educação privilegiada, Nabokov falava fluentemente o russo, o inglês e o francês – e esse domínio linguístico encontra-se bem presente nas suas obras. A fineza da linguagem é, aliás, um dos aspetos mais importantes do seu trabalho, que tem sido amplamente estudado. O seu principal livro – Lolita –, publicado em 1955, é considerado uma das grandes obras de ficção da modernidade, tendo sido adaptada para o cinema por duas vezes. Para lá da polémica temática do livro, que motivou a sua proibição em alguns países europeus, importa desta-
Lembro-me de ti Lembro-me de ti em cada regresso a casa. De ti, como se fosses um ser individual. Como se fosses um de nós, aqui ao lado. Como se fosses uma pessoa. Lembro-me de te lembrar nos finais de tarde. Pensar no amanhã, em nós no amanhã. Pensar no depois, nos projetos que temos os dois. Nos projetos em que somos bem mais do que dois. Somos inúmeros e imensos. Nas crianças que já temos em comum. Nas pessoas que sorriem por te conhecerem e que me colocam sempre colada a ti. Lembro-te e levar-te-ei sempre comigo. Para onde caminhar por onde caminhar. Por isso, não te esqueças de vir comigo, seja de férias, seja no final de cada dia. És e também me pertences. Até ao fim dos meus dias. Por isso levo-te sempre comigo Didáxis.
com um centramento excessivo no autossofrimento – “ela, que era tão cruel e manhosa”. Especialmente marcante é a passagem de Humbert pelo barbeiro de Kasbeam, em que este lhe falou, longa e dolorosamente, do filho: “e eu estava de tal maneira distraído que fiquei chocado quando percebi, apontando ele para uma fotografia emoldurada por entre os obsoletos champôs pardos, que o jovem atleta de bigode morrera há trinta anos.” Esta passagem é também particularmente interessante porque faz ressoar a crítica de Ionesco a Beckett: Nabokov controla minuciosamente o que escreve e controlando o que escreve controla o que o leitor pensa e conclui. Porém, se notamos essa pouca liberdade, fica-nos o prazer de sermos presos por um romance que, acima de tudo, nos ensina muito sobre as mais variadas formas de crueldade a que podemos chegar nas nossas vidas privadas.
(Edições Relógio D’Água, 2013, 350 pp.)
Um filme que dá que pensar…! Nas últimas aulas de Filosofia, assisti a um filme denominado “O Nome da Rosa”, baseado no livro homólogo, de Umberto Eco. A história corre no século XIV, dentro de uma abadia beneditina italiana. Por entre as paredes, é de notar a vida rotineira dos frades que cumprem a máxima “Ora et labora” e adotam dogmas fundamentados nos textos sagrados. No contexto exterior à abadia, reina a pobreza e a miséria do povo. Devido à ocorrência de várias mortes, consideradas estranhas, são chamadas várias entidades e ordens religiosas de onde se destacam o frade franciscano William de Baskeville e o noviço Adson, a ‘Santa Inquisição’ e os representantes do Papa. Ao longo do filme, como espectador apercebi-me que as mortes consideradas estranhas e sobrenaturais, não são nada disso. Apenas possuem mão criminosa, ou como um irmão beneditino diria, “tentação do mal”. É importante reparar a tentação presente na relação entre Adson e uma mulher do povo, que aconteceu devido à troca de alimentos pelo prazer carnal. A explicação para a inquietação, passava pela existência de um livro que possuía um tipo de veneno que quando os frades na biblioteca passavam o dedo e o molhavam na boca, ficavam contaminados. Descobre-se, também, que quem estava por detrás dos crimes era um velho monge da abadia. O mestre e o aprendiz acedem, no final do filme, a uma biblioteca anexa ao “scriptorium”: trata-se de uma dependência secreta que aguardava os segredos mais profundos da Igreja, da religião cristã, e também
os livros considerados ‘profanos’ na época. Depois de um julgamento, a pessoas acusadas de heresia, William de Baskeville e o seu ajudante conseguem salvar alguns livros e as suas próprias vidas, após um incêndio iniciado pelo velho monge. No meio de tantas histórias cruzadas, o filme trata a falta de vocação, vontade e de conhecimento presente nos frades, o que causava discriminação para com as pessoas mais miseráveis. Tiago Araújo 10.1
04 Iniciativas
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GUERRA COLONIAL: RECORDAR É APRENDER
No dia 24 de abril, decorreu na nossa Escola uma palestra, como forma de celebrar quarenta e um anos da Revolução dos Cravos. Esta atividade, orientada pelo professor Alcino Faria e seu camarada de combate o Senhor António Marques, deu-nos a conhecer melhor a ação, a bravura, a coragem e o risco, vividos pelos militares portugueses, na Guerra Colonial. No decorrer da atividade, tivemos acesso a várias fotografias que eram comentadas, quer por um, quer por outro, e que
nos mostraram o que era o quotidiano dos militares, na antiga colónia da Guiné. No decorrer deste conflito armado, uma guerra de guerrilha, houve tempo para viver algumas experiências culturais com as populações locais. Pudemos verificar através desta exposição que os momentos muito difíceis e perigosos, a entreajuda e cumplicidade mantida entre os soldados, fizeram surgir entre eles uma forte amizade que ainda perdura nos encontros anuais.
Lembrou que foi a inteligência, o saber e a coragem dos Capitães de Abril que abriram as portas aos 3D, isto é, Descolonização, Democracia e Desenvolvimento do País. Falou-nos da confiança que devemos ter na democracia, porque não há regime político melhor, apesar dos desencantos. Passou-nos a ideia de que é com a educação e formação, trabalhadas no dia-a-dia, que é com inteligência e muita responsabilidade, que podemos contribuir para re-
tificar as falhas da nossa democracia, um regime permanentemente em construção, e ajudar a desenvolver o nosso País. Esta atividade enriqueceu-nos muito, pela forma simples como foi exposta, e foi para nós um orgulho ter como protagonista da guerra colonial o Professor Alcino, que já foi diretor da nossa Escola, a dar o seu testemunho, como tantos outros que aparecem nos nossos manuais escolares. Simão e Miguel Vivas, turma 8.5
AÇÃO DE FORMAÇÃO PET FOR SCHOOLS NA DIDÁXIS VALE DE S. COSME
Nos dias 9 e 10 de abril, a Didáxis Vale de S. Cosme, em cooperação com o IAVE (Instituto de Avaliação Educativa) dinamizou uma acção de formação Pet for Schools para cerca de 20 professoras de Inglês do distrito de Braga. A acção de formação de dois dias consistiu em formar
professores classificadores para o exame de “speaking” , “listening” e “writing” da Universidade de Cambridge. Depois da introdução ao formato de exame, todas as professoras tiveram a oportunidade de conhecer os materiais com os quais vão examinar e praticar com os seus pares os guiões de exame especialmente prepara-
dos para estas formações que estão a decorrer desde março. Para além da visualização de vídeos com instruções de avaliação (de forma a aproximar a avaliação dos professores correctores portugueses à avaliação pretendida pela Universidade de Cambridge), os futuros professores correctores do exame Pet for Schools, praticaram os critérios de avaliação em guiões escritos reais para que o rigor, a equidade e a excelência exigidos pela Universidade de Cambridge sejam conseguidos. No final da formação e, apesar do cansaço, todas as professoras foram unânimes em referir a mais-valia do projecto e a importância que a disciplina de Inglês tem vindo a ganhar na vida académica dos nossos alunos. A certificação será, com certeza, mais um passo à frente rumo à excelência! Marlene Soares da Cunha Coordenadora do Projeto Cambridge na Didáxis
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A ASMA E A ESCOLA No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Asma, a 5 de Maio de 2015, a Didáxis Cooperativa de Ensino de Vale São Cosme em parceria com o Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar do Médio Ave – Unidade de Vila Nova de Famalicão organizaram uma sessão de esclarecimentos sobre a Asma. Esta foi uma de muitas sessões semelhantes que decorreram por todo o país, em diferentes escolas, por iniciativa da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica. Nesse momento de revisão de conhecimentos e discussão, aberto a pais, alunos, funcionários docentes e não docentes foi reforçada a importância da asma como a doença crónica mais frequente na idade pediátrica, altamente prevalente nesta faixa etária e muitas vezes controlável com a adequada utilização de medicação. Foi referido que a asma afecta as vias pulmonares, onde ocorrem alterações que culminam no seu estreitamento (devido a inflamação, broncoconstrição e maior produção de muco). Estas alterações vão ser responsáveis pelos sintomas característicos da asma: a tosse seca e persistente, a pieira, a respiração pesada e a redução da actividade física. Quer os sintomas, quer as situações de crise por Asma são habitualmente desencadeados por agentes incitadores (que causam sintomas temporários, através de broncoconstrição: exercício, fumo do tabaco, alterações da temperatura, riso intenso, cheiros fortes) e/ou por agentes inductores (que agravam a inflamação, actuando a longo prazo: infecções por vírus, alguns químicos, pólen, ácaros, gramíneas e pêlos de animais). No que diz respeito às medidas de controlo da Asma, foram abordados alguns conselhos gerais, nomeadamente a importância da higiene da roupa da cama
–ácaros -, a evicção do contacto com gatos, cães ou cavalos – pêlos de animais –, a limpeza da casa – fungos e baratas - , a evicção de exposição ao fumo do tabaco, poluição ambiental e alguns fármacos. Estas medidas devem ser sempre tidas em consideração no contexto individual de cada doente, pelo que o mais importante é tentar identificar qual é o desencadeante naquela criança e, assim, poder evitá-lo ou reduzir a resposta do seu organismo (tomando a medicação). Perante o facto de o exercício físico poder ser um desencadeante de sintomas ou de uma crise de Asma, foi colocada aos participantes a seguinte questão: “ os asmáticos podem praticar exercício?”, tendo a resposta sido quase unânime: “sim!”. O exercício é, de facto, uma componente essencial do desenvolvimento psico-motor de qualquer criança e deve ser sempre encorajado. Alguns cuidados importantes antes da prática de exercício
nos asmáticos são: utilizar a medicação de SOS 5 minutos antes da aula e realizar um período de aquecimento de intensidade progressivamente maior e com duração de, pelo menos, 15 minutos. Não existem restrições ao tipo de exercício que um asmático pode realizar, o mais importante é encontrar uma actividade de que a criança goste. Na fase final da sessão de esclarecimentos houve oportunidade para rever os vários dispositivos inalatórios utilizados no tratamento da Asma. Estes revestem-se de importância por permitirem que uma maior concentração de fármaco atinja as vias pulmonares, tendo efeito terapêutico superior e mais rápido, com necessidade de uma dose menor e, consequentemente, com menores efeitos secundários indesejáveis. A terminar abordou-se a actuação inicial perante uma crise de Asma, a qual implica a utilização da medicação de SOS (daí a importância de a ter sempre
por perto) com maior frequência e numa dose superior. Houve espaço à colocação de questões e esclarecimento de dúvidas, tendo sido aproveitado para reforçar as ideias-chave: a Asma é passível de ser controlada e não deve ser um impedimento a um estilo de vida normal, desde que a medicação seja efectuada de modo correcto e atempado, em conjunto com controlo ambiental para reduzir contacto com os desencadeantes mais comuns. O Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar do Médio Ave reforça aqui o seu agradecimento à Didáxis Cooperativa de Ensino de Vale São Cosme, pela disponibilidade, amabilidade e simpatia com que receberam esta iniciativa e a engrandeceram. Diana Bordalo IFE de Pediatria 1º ano - Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar do Médio Ave
8ª FORMAÇÃO PARENTAL A DECORRER NA DIDÁXIS S. COSME Continuando a dinamizar o projeto de Parentalidade Positiva promovido pela Câmara Municipal de Famalicão, decorre na DIDÁXIS – Vale S. Cosme, o oitavo curso de Formação Parental, durante os meses de maio e junho. Tendo como suporte o programa «Mais Família, Mais Jovem» da autoria da professora Doutora Filomena Gaspar da Universidade de Coimbra, este curso pretende que os pais de filhos adolescentes se sintam mais confiantes no desempenho da sua função parental, através da partilha de experiências entre os participantes e da apresentação de estratégias muito simples, mas muito eficazes.
Numa época em que os adolescentes colocam novos desafios a uns pais cada vez mais inseguros, é importante que existam estes grupos de suporte que fazem com que não se sintam sozinhos nessa tarefa fundamental que é a de educar os seus filhos. Tendo como dinamizadoras as professoras Dália Liberato e Quitéria Campos, esta formação está a decorrer de forma muito entusiasmada e todos os pais participantes sentem que vale a pena este encontro marcado para as terça feiras, das 19h00 às 22h00, com intervalo para um lanchinho e dois dedos de conversa.
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Alunos do 6º ano de visita a Lisboa
Os alunos do 6º ano também tiveram a sua viagem de finalistas. Depois do 9º ano ter visitado o Sul de Espanha, Ceuta e Londres e o 12º ter viajado pelo Mediterrâneo a bordo de um maravilhoso navio de cruzeiro, foi a vez dos alunos do 6º ano passarem um fim de semana em Lisboa. Instalados na Pousada da Juventude,
o grupo de mais de 150 pessoas visitou o Parque das Nações e o seu extraordinário Oceanário, o Jardim Zoológico e a Zona de Belém, onde tiveram oportunidade de visitar o Mosteiro dos Jerónimos, o Padrão dos Descobrimentos e a obrigatória visita aos Pastéis de Belém. Foi um fim de semana que soube a pou-
co, tal era a vontade de continuar a explorar Lisboa e a alegria que todos sentiam. A viagem terminou com um passeio pelas praias da «Linha» e um almoço em Cascais. Termina, desta forma, a programação de Viagens de Finalistas 2014-2015 organizadas pela LOJA DACADEMIA DIDÁXIS,
em colaboração com a Direção Pedagógica e os Diretores de Turma. Foi mais um projeto de sucesso ao qual os nossos alunos corresponderam com a habitual alegria, responsabilidade e respeito pelas principais regras e limites. Parabéns a todos e já estamos a pensar no próximo ano.
TURMA 9.2 ANGARIA FUNDOS PARA VIAGEM DE FINALISTAS
A turma 9.2, em conjunto com a Diretora de Turma, Professora Carla Neves, empenharam se na angariação de fundos para a viagem de finalistas. Nos passados dias 22 e 29 de dezembro, cantaram os Reis pelas ruas de S. Martinho fazendo grande sucesso entre os populares, a letra e a música foi criada pela professora Carla Neves.
Mas os alunos e a professora não se ficaram só por esta atividade, seguiram se outras, um concerto na nossa escola com a banda Sleeping Forest, uma banda da Trofa composta pelos músicos JPP, Alexandre Ribeiro, Luís Afonso Mota, Ricardo Costa e Jorge Felizardo, com ajuda e participação especial ao piano da professora Carla Neves. O concerto foi um grande
sucesso, de tal forma que teve lotação esgotada na sala de eventos. Perante o sucesso do concerto, a turma falou com a diretora de turma sobre a possibilidade de convidar novamente a banda com o objetivo de a levar a um espaço onde tivesse uma lotação maior, a que esta aceitou prontamente. O espetáculo decorreu no dia 28 de Fevereiro,
representando um grande êxito. Todas estas atividades permitiram que os alunos conseguissem angariar algum dinheiro que lhes serão úteis para a viagem de finalistas. Mariano Carneiro (Turma 9.2)
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DIDÁXIS EM LONDRES
No dia 30 de abril de 2015, nós, um grupo de alunos das turmas 9.5 e 9.8, juntamente com os nossos diretores de turma, partimos para a cidade de Londres. Após um voo tranquilo de, aproximadamente, duas horas, chegamos ao tão ansiado destino. Ficamos alojados no Hotel Hilton Metropole, um hotel muito luxuoso e convidativo, onde o pequeno almoço era muito bem servido e saboroso. Visitamos o famoso e aguardado Museu de Cera, Madame Tussauds. Este foi, sem dúvida, um dos pontos mais altos de toda a viagem. Cremos que todos tenham adorado este local por toda a história e mesmo divertimento que nos foi proporcionado enquanto o visitávamos.
Tivemos também a oportunidade de conhecer uma grande parte da cidade através dos populares autocarros de sightseeing, onde um guia nos contava as histórias de todos os lugares por onde passávamos. Após a parte mais cultural dos nossos primeiros tempos em Londres, aproveitamos para explorar a rua de Oxford, onde fizemos algumas compras no conhecido Harrods, um centro comercial histórico e dos mais luxuosos que alguma vez teremos oportunidade de visitar. Continuando a nossa viagem pelo sightseeing, visitamos a parte icónica de Londres, como a Tower Bridge, o Big Ben e o London Eye, a famosa roda gigante na
margem do Tamisa, rio no qual andamos de barco. Tivemos ainda a oportunidade de assistir a um fantástico espetáculo musical em tributo ao rei da pop, Michael Jackson, onde nos deixamos maravilhar pelo profissionalismo dos dançarinos e cantores que nele participavam. Foi brilhante a maneira como interpretaram as melhores canções de um ídolo eterno. Um dos momentos mais esperados da viagem foi a visita ao mundialmente famoso Hard Rock Café onde observamos fatiotas, fotografias e, até, instrumentos musicais utilizados por ícones do rock de todos os tempos, tais como Guns N’ Roses, Sex Pistols e Elton John. Tivemos, ain-
da, a oportunidade de comprar as típicas t. shirts na Rock Shop. Para além dos monumentos já referidos, assistimos à Troca da Guarda Real no Palácio de Buckingham. Foi um espectáculo esplendoroso e um divertimento enorme poder estar naquelas ruas ocupadas por uma multidão à espera de notícias do mais recente membro da família real, que havia nascido há pouco tempo. Foi uma maravilhosa viagem para recordar e pensamos em regressar à cidade juntos, daqui a alguns tempos. Mariana Silva (9.8), Ana Rita Borges (9.5) e Beatriz Azevedo (9.5)
SERRA DE FREITA – SERRA ÚNICA
SERRA DE FREITA – SERRA ÚNICA No dia 21 de abril, tivemos a nossa primeira aula de campo de geologia. Naquele dia, a ânsia de conhecer novo lugares e de querer aprender mais, falou mais alto do que qualquer "soneira" ou vontade de ficar na cama! Alunos das turmas 10.1, 10.2 e 10.3 partiram para Arouca, na serra da Freita, uma Serra única, com o objetivo de visitar e poder observar marcas geológicas da Era Paleozóica, muito antes dos dinossauros.
No Centro de Investigação e Interpretação Geológica de Canelas, fomos recebidos com muita simpatia e uma sessão informativa. Sempre acompanhados pelo bom ambiente e convívio entre amigos, exploramos a serra, visitámos uma pedreira, participámos numa «caça ao fóssil», visitámos o museu e pudemos aprofundar os nossos conhecimentos, relativamente aos vestígios que ao longo do tempo foram deixados pelas espécies, principalmente os de trilobites. Depois de uma manhã muito ativa, a tarde foi igualmente
instrutiva no Geoparque de Arouca. Com esta visita tivemos a oportunidade de conhecer, na primeira pessoa, uma pequena parcela da riqueza geológica existente em Portugal. Foi interessante e até divertido andar pela aldeia da Castanheira onde não há rede telefónica mas vive-se um encanto paisagístico e geológico único, fascinante e reconhecido internacionalmente. Vimos um filme 3D, observámos a queda de água da Frecha da Mizarela, que é a maior queda de água de Portugal. Observamos ainda as Marmitas de Gi-
gante e tivemos contacto com as Pedras Parideiras (pedras estas que são famosas em todo mundo, pois a sua origem é um fenómeno raro que é fascinante) e até já sabemos o seu nome científico: granito nodular da Castanheira! A visita de estudo a Arouca foi muito interessante, pois aprendemos e consolidamos conteúdos escolares importantes da disciplina de Biologia e Geologia. Sem dúvida, uma experiência a repetir. Adriana Rodrigues, Duarte Oliveira, Sara Oliveira , Sara Pinheiro, Sofia Costa – Turma 10.1
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CURSO PROFISSIONAL DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMPUTADORES VISITAM QUALIFICA
No passado dia 10 de abril, os alunos do 1º e 3º anos do Curso Profissional de Eletrónica, Automação e Computadores deslocaram-se em visita de estudo à Qualifica. A Qualifica é um evento anual dedicado à área de Educação, Formação, Juventude e Emprego de carácter abrangente e que conta com o apoio de diversas insti-
tuições. Este ano, contou, uma vez mais, com a prestigiada presença e cooperação dos diversos organismos e instituições públicas, ligados à área da Educação, Formação, Juventude e do Emprego, entre eles o IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional e o Ministério da Educação, que se empenharam novamente para o sucesso da iniciativa, mobilizando
escolas e desenvolvendo atividades. As Forças Armadas Portuguesas estiveram também em destaque, nomeadamente a Força Aérea, a Marinha e o Exército, assim como, a Academia Militar Portuguesa. Os setores em exposição foram mais uma vez, a Educação, o Ensino Superior, a Formação, Formação Avançada, o Ensino Extra-Curricular, Juventude e o setor do
Emprego. Os alunos aderiram satisfatoriamente à atividade, demonstrando entusiasmo e curiosidade pelos diversos setores expostos na feira, pelo que se considera ser uma atividade a repetir num próximo ano letivo. A visita a exploração foi de particular interesse para ambas as turmas.
a participação de 15 ou mais equipas. Neste evento, os alunos devem realizar 5 provas, com recurso aos conhecimentos que adquiriram ao longo do curso e na “iDrone Academy”, organizada pelo IPCA. As provas são baseadas em aplicações práticas dos drones, como seguimento de pessoas, reconhecimento de cores, largar
cargas em locais de acesso remoto entre outras. Uma vez mais os alunos da Didáxis estiveram à altura dos acontecimentos e conseguiram boas pontuações nas provas que realizaram, mostrando interesse em melhorar a sua prestação na próxima edição da prova.
iDroneCup
Os alunos do segundo ano do curso Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores da Escola Cooperativa de Vale S. Cosme, participaram na iDroneCup em Barcelos nos dias 1,2 e 3 de Maio. A iDroneCup é uma competição de robótica autónoma, organizada pelos cursos de Licenciatura e Mestrado em Engenha-
ria Eletrónica e de Computadores da Escola Superior de Tecnologia do IPCA com o objetivo de incentivar a educação da robótica. A Competição vai na segunda edição e este ano contou com duas ligas, uma para estudantes universitários e outra para alunos do secundário. Cada liga contou com
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PLANO nº 95 JunhoNACIONAL 2015
Departamento deano Matemática DE LEITURA – Matemática 11º
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Matemática 11º ano Como determinar o raio da Terra …
PLANO NACIONAL DEdo PNL LEITURA No âmbito (Plano Nacional de Leitura) da disciplina de Matemática, no dia 23 de abril,
Como determinar o raio da Terra … os alunos da turma 11.1, 12.2 e 10.2 da Escola Cooperativa Vale S. Cosme-Didáxis mediram o
raio da terra, usando o mesmo método que Eratóstenes (Cirene, 276 a.C. — Alexandria, 194
a.C) usara há mais de 2000 anos. Para medir o raio da Terra este bibliotecário, que já possuía
conhecimento próprio de que a Terra era redonda, mediu este raio através dos raios solares e
das sombras que estes produziam. Assim, os alunos colocaram no chão uma vara de um metro de comprimento e, ao meio dia o sol ficava aproximadamente na vertical, mediram o comprimento da sombra que se projetava no chão. Desta forma, puderam construir um triângulo retângulo cujas medidas de dois catetos ficaram conhecidas.
Figura 1: Triângulo retângulo obtido na Didáxis-Vale S. Cosme
PorLEITURA outro lado, no mesmoobtiveram dia, em Cascais oefetuar Colégio Bafureira estava a fazer mesmo restava os da cálculos que EratósteDeste omodo, obteve-se o raio da TerNo âmbito PLANO do PNL (Plano Nacional de DE nossa escola. E estes NACIONAL –também Matemática 11º ano ra, dando um valor aproximado de Leitura) da disciplina de Matemática, no um triângulo retângulo com as suas pró- nes realizou… processo do que o realizado na nossa escola. E estes também obtiveram um triângulo 7444,0892 Km. Este valor não foi totaldia 23 de abril, os alunos da turma 11.1, prias medidas. retângulo com as suas próprias medidas. 12.2 e 10.2 da Escola Cooperativa Vale S. Utilizando o método de Eratóstenes, os mente preciso uma vez que na Didáxis alunos conseguiram calcular o ângulo -Vale S. Cosme e Colégio da Bafureira Cosme-Didáxis mediram o raio da terra, formado entre Didáxis-Vale S. Cosme e Cascais não estão perfeitamente alinhausando o mesmo método que EratósteComo determinar o raio da Terra … nes (Cirene, 276 a.C. — Alexandria, 194 os raios solares paralelos à Terra. Esse dos no mesmo meridiano, dando um vaângulo media aproximadamente 2,4168º lor ligeiramente maior do que o real, que a.C) usara há mais de 2000 anos. Para No âmbito do PNL (Plano Nacional de Leitura) da disciplina de Matemática, no dia 23 de abril, medir o raio da Terra este bibliotecário, e foi calculado a partir da diferença dos é 6371 Km. Os alunos das turmas 11.1, ângulos da Didáxis-Vale S. Cosme e do 12.2 e 10.2 conseguiram, assim, medir queosjáalunos possuíada conhecimento de da Escola Cooperativa Vale S. Cosme-Didáxis turma 11.1, próprio 12.2 e 10.2 mediram o Colégio da Bafureira -Cascais. Seguida- o raio da Terra como Eratóstenes havia que a Terra era redonda, mediu este raio raio da terra, usando o mesmo método que Eratóstenes (Cirene, 276 a.C. — mente, Alexandria, 194 através dos raios solares e das sombras bastava realizar a seguinte “regra determinado e mostraram-se muito satrêsjásimples”: tisfeitos quanto aos resultados obtidos e quea.C) estes produziam. os anos. alunosPara medir o raio da Terra este bibliotecário,deque usara há maisAssim, de 2000 possuía quanto à experiência diferente que lhes colocaram no chão uma vara de um mepróprio de que foi proporcionada. tro conhecimento de comprimento e, ao meio diaaoTerra sol era redonda, mediu este raio através dos raios solares e ficava na produziam. vertical, me-Assim, os alunos colocaram no chão uma vara de um metro dasaproximadamente sombras que estes Afonso Sá, nº 6802 (11.1) diram o comprimento da sombra que se Leandro Farinha, nº 6925 (11.1) de comprimento e, ao meio dia o sol ficava aproximadamente na vertical, mediram o projetava no chão. Desta forma, puderam construir um triângulo retângulo Figura 3: Aplicação comprimento da sombra que cujas se projetava no chão. Desta forma, puderam construir um de uma regra de três Figura 2: Triângulo retângulo no Colégio da determinar Bafureira medidas de dois catetos ficaram conhe- Figura 2: Triângulo para o raio da Terra. retângulo obtido obtido no simples triângulo retângulo cujas medidas de dois catetos ficaram conhecidas. cidas. Colégio da Bafureira E, assim, como a distância de Vale S. Cosme a Cascais já era conhecida, recorrendo ao Google Maps, ambas as escolas já tinham todos os valores necessários para medir o raio da Terra… Agora, apenas
Figura 1: Triângulo retângulo obtido na Didáxis-Vale S. Cosme Figura 1: Triângulo retângulo obtido na Didáxis-Vale S. Cosme
Por outro lado, no mesmo dia, em Casoutro lado, no mesmo em Cascais o Colégio da Bafureira estava a fazer o mesmo caisPor o Colégio da Bafureira estavadia, a fazer o mesmo processo do que o realizadona na nossa escola. E estes também obtiveram um triângulo processo do que o realizado
retângulo com as suas próprias medidas.
10 Departamento de Matemática
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Ano XXVII
nº 95 Junho 2015
Matemática 11º ano
PLANO NACIONAL DE LEITURA
A origem do Xadrez e as progressões geométricas Segundo a lenda, este jogo estratégico, foi criado com o intuito de impressionar o rei da Pérsia, e devido à vontade que este tinha em jogar algo que dependesse unicamente da inteligência e destreza dos jogadores, e não da sorte. Apesar dos poucos registos, pensa-se que o criador do Xadrez foi um inventor, pertencente à corte de Rajá Balhait, cha-
mado Sissa, um homem com imaginação e com muita aptidão para a matemática. Com a invenção deste jogo, e a consequente animação do rei, Sissa foi chamado para que pudesse reclamar o merecido prémio. Após muita insistência por parte de Rajá, Sissa acabou por pedir uma humilde recompensa mas que se tornou impossivel de concretizar…
Sissa, mostrava a sua aptidão para a estratégia, e tal como era o seu jogo, apresentou uma proposta também ela muito “estratégica”. Este sábio disse que queria que lhe pusessem um grão de trigo na primeira casa do tabuleiro, dois grãos na segunda, quatro na terceira, e assim sucessivamente, duplicando sempre o número de grãos que estavam na casa anterior, até serem completadas todas as 64 casas (32 brancas e 32 pretas) do tabuleiro de xadrez. Apresentando a sua proposta, o rei Rajá, ordenou que os responsaveis pelo celeiro satisfizessem o pedido de Sissa. O problema foi que quando os matemáticos do reino começaram a fazer as contas para saberem a quantidade de trigo que teriam de dar a Sissa, chegaram á conclusão que não havia trigo suficiente no mundo inteiro, para satisfazer o seu pedido. A sucessão dos números de grão, sucessão binária, tem propriedades que lhe conferem utilidade para a resolução de vários prolemas. A soma dos primeiros 64 termos (nº de grãos pedidos por Sissa), era de 18446744073709551615, isto é, aproximadamente 18 milhões de milhões de milhões de grãos. A função exponencial que crescia passo a passo, era comum ao crescimento com
Resolução do problema de Sissa (progressões geométricas): Como um tabuleiro de xadrez tem 64 casas, trata-se de obter a soma dos 64 termos de uma progressão geométrica finita, cujo primeiro termo (a1) é igual a 1 e razão (r) igual a 2, representando-se a nossa progressão desta forma: P.G. = (a1, a2, a3, a4, …, a64), onde a1, a2, a3, a4, …, a64, são, respetivamente, o primeiro, segundo, o terceiro, o quarto e assim por diante, até o sexagésimo quarto termo. A razão, que denominamos q, é o quociente entre dois termos vizinhos: a2/a1=a3/a2 = a4/a3 = ... = r . Portanto, eis a nossa progressão: P.G. = (1, 2, 4, 8,...,[aqui, o 64° termo]) ou P.G. = (20, 21, 22, 23, …,263), com r = 2 (neste caso). Sem muito trabalho de demonstração, chegaríamos à fórmula determinante da soma dos termos de uma progressão geométrica finita: Sn = ((an .r - a1))/(r - 1) onde n representa o número de termos, q a razão da progressão e a1 o primeiro termo. E, aplicando-se ao nosso caso do tabuleiro de xadrez, obtemos:
S64 = ((a64 .2 - 1))/(2 - 1)= (263 . 2 - 1) = 264 – 1 = 18446744073709551615.
taxa relativa constante, assim como este era comum às progressões geométricas. As progressões geométricas podem apresentar crescimento ou decrescimento, e depois tornar-se “descomunalmente grandes” ou “incrivelmente pequenas”. Sissa foi mais tarde eleito o principal vizir do reino, como forma de pagamento da grande dívida de trigo, por parte do rei!
David Peliteiro, nº 6759 (11.1) Jessica Oliveira, nº 6768 (11.1)
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Iniciativas
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Canguru Matemático Nacional 2015
Alunos da Didáxis - Vale S. Cosme destacam-se pelo quinto ano consecutivo a nível nacional Alunos da Didáxis - Vale S. Cosme destacaram-se pelo quinto ano consecutivo a nível nacional. 150 alunos da Escola Cooperativa Vale S. Cosme – Didáxis participaram no passado mês de março no Concurso Canguru Matemático Sem Fronteiras que assume um caráter inter-
nacional, na medida em que é uma das atividades da Associação Canguru Sem Fronteiras, que reúne personalidades do Mundo da Matemática de 46 países. Este evento consiste numa única prova de escolha múltipla com cinco categorias, de acordo com as idades dos alunos: Escolar (5º e 6º anos), Benjamim (7º e 8º anos), Cadete (9º ano), Júnior (10º e 11º anos) e Estudante (12º ano). O nível de dificuldade em cada prova aumenta ao longo dos três grupos de questões, mas, em simultâneo, pretende-se que os alunos aumentem também o seu interesse e percebam que conseguir resolver os problemas propostos é uma conquista pessoal muito recompensadora. A organização deste concurso, em Portugal, está a cargo do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra com o apoio da Sociedade Portuguesa de Matemática. Foi com satisfação que o Departamento
de Matemática da Didáxis - Vale S. Cosme tem a honra de tornar público que o aluno Manuel Marques (12º ano da turma 1) classificou-se em 7º lugar na mais alta categoria, Estudante-12º ano em 535 participantes. De realçar, também, que a sua colega de turma, Ana Catarina Martins, alcançou o 17º lugar a nível nacional. No escalão Júnior, que contou com 2752 alunos participantes, o grande destaque foi o 7º lugar nacional obtido por Bruno Rocha (11.1) e, também, das alunas da turma 10.1, Rita Mesquita e Sara Pinheiro que alcançaram de forma brilhante foi brilhante o 19º e 22º lugares, respetivamente, a nível nacional. Na categoria Cadete, é de destacar o 98º lugar nacional (4943 participantes) obtido pelo vencedor na Fase Escola, alcançado por João Azevedo (9.8) e Sofia Morais (7.2) classificou-se em 100º lugar nacional, em 14 064 participantes, no escalão Benjamim. Na categoria mais jovem, Escolar, os alunos da turma 6.3, Beatriz Fer-
reira e Maurício Sousa, posicionaram-se em 52º lugar ex-aqueo em 26 231 participantes. A Associação Canguru sem Fronteiras tem como objetivo promover a divulgação da matemática elementar por todos os meios ao seu alcance e, em particular, pela organização anual do Concurso Canguru Matemático sem Fronteiras, que terá lugar no mesmo dia em todos os países participantes. Pretende-se, deste modo, estimular e motivar o maior número possível de alunos para a matemática e é um complemento a outras atividades, tais como Olimpíadas da Matemática. O Concurso "Canguru Matemático" contribui para a popularização e promoção da matemática nos jovens. Mais informações: http://www.mat.uc.pt/canguru/
Terminou o 1º Workshop de Escrita CORAL DIDÁXIS abrilhantou Criativa «Agora Conto Eu» Concerto de Páscoa na Trofa Correspondendo ao honroso convite formulado pelo prestigiado Orfeão Santhyago, o CORAL DIDÁXIS atuou no Concerto de Páscoa que se realizou na Igreja Matriz de Santiago de Bougado, no passado dia 11 de abril. Abriu o Concerto o Grupo Coral da Paróquia de Santiago de Bougado, depois foi a vez do CORAL DIDÁXIS e o Orfeão Santhyago encerrou a noite. Por ser desconhecido do público que encheu completamente a belíssima Igreja projetada pelo famoso arquiteto italiano Nicolau Nasoni, o CORAL DIDÁXIS foi o grupo que mais gerou expetativa nos presentes e no final da sua brilhante atuação,
Promovido pela ACADEMIA DIDÁXIS, realizou-se, no dia oito de abril, a última sessão do 1º Workshop de Escrita Criativa. Desenvolver o potencial criativo através da escrita, potenciar a disciplina e o rigor e aplicar técnicas para construir uma narrativa breve foram alguns dos objetivos que a formadora, a professora e escritora Anabela Pinto, delineou para todos aqueles que se inscreveram nesta oficina de escrita. O entusiasmo foi muito e os par-
ticipantes perceberam que dentro deles existe um manancial inesgotável de criatividade e capacidade para a criação de histórias interessantes mas que é igualmente necessário muita organização e trabalho. A sessão final terá lugar na Sala de Eventos da DIDÁXIS S. Cosme, no dia 11 de junho, onde se fará a apresentação pública do livro de contos que resultou do trabalho dos formandos.
o público, totalmente rendido à grande qualidade do reportório, das vozes e da mestrina, a soprano Mónica Pais, presenteou o CORAL DIDÁXIS com uma grande ovação e uns «bravos» incontidos de alguns espetadores mais entusiasmados. O Presidente da Câmara Municipal da Trofa e o Presidente da Junta de Freguesia de Bougado (S. Martinho e S. Tiago) presentearam o CORAL DIDÁXIS com a oferta de uma «Trofa». Prestes a completar dez anos de existência, o CORAL DIDÁXIS continua a espalhar a sua qualidade por onde passa e a prestigiar a marca DIDÁXIS.
12 Iniciativas
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2º Lugar na FINAL NACIONAL do 4x4 in Schools Portugal.
A Didáxis de Vale S. Cosme participou na Final Nacional do 4x4 in schools Portugal tendo alcançado o 2º lugar. A equipa com o nome NHSPORTS constituída por Inês Brandão - "Team Leader" turma 10.1, Nuno Araújo - "Production Engineer" turma 3 .TEAC, Vitória Silva "Marketing Enginner" turma 10.2 e Pe-
dro Almeida - "Graphic Designer" turma 3.TEAC, venceram as categorias de melhor apresentação verbal e melhor stand tendo tido uma experiência enriquecedora. O 4x4 Land Rover in schools é um desafio internacional destinado a jovens estudantes dos 11 aos 19 anos envolvendo 4-6
membros da equipa que trabalham em conjunto projetando e contruindo um veículo 4x4 controlado por rádio passando uma série de obstáculos numa pista criada para o efeito, para além de diversos pontos que versam a equipa como marketing, engenharia, apresentação do stand ou apresentação verbal.
Este desafio é uma excelente oportunidade para os jovens trabalhar em equipa e ganhar consciência e compreensão de como gerir projetos utilizando competências-chave.
LOJA DACADEMIA DIDÁXIS
A LOJA DACADEMIA é uma unidade funcional, devidamente identificada e personalizada e que se carateriza por oferecer serviços e procedimentos administrativos, institucionais e promocionais a todos os que desenvolvem ou usufruem da atividade da ACADEMIA DIDÁXIS. É também o local onde cada um poderá encontrar respostas para a sua vontade de crescer enquanto pessoa e cidadão, o local onde cada um encontra espaço e apoio para
desenvolver projetos pessoais ou coletivos, mostrar os seus talentos ou absorver e enriquecer-se com os talentos dos outros. Nesse sentido, a atividade da LOJA DACADEMIA desenvolveu-se de acordo com três grandes eixos: - assessoria administrativa a professores, formadores, alunos e formandos que trabalham ou estão inscritos nos projetos da ACADEMIA DIDÁXIS;
- dinamização, promoção e organização de eventos e projetos culturais, sociais e desportivos: A2D, Formação Parental, DIDÁXIS SOLIDÁRIA, Escola de Artes, Coral DIDÁXIS, Roteiros Culturais, eventos institucionais da Cooperativa … - colaboração com a Direção Pedagógica na organização e promoção de eventos: Ceia de Natal, viagens de finalistas, saraus de finalistas, Dia do Diploma, «Descobrir a minha Escola», «Férias divertidas na Di-
dáxis»… Aberta das 9h00 às 19h30, de 2ª a 6ª feira, a LOJA DACADEMIA é um espaço novo, convidativo, dinâmico, vocacionado para o incremento da marca DIDÁXIS e onde todos são muito bem-vindos. Os professores responsáveis: Maria Emília Cardoso Marco Brandão
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Iniciativas
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Parque da Devesa
A DIDÁXIS NO PARQUE DOS SONHOS
Os Serviços Educativos da Câmara Municipal de Famalicão organizaram, no Parque da Devesa, um maravilhoso dia dedicado às crianças. Na ÁREA DIDÁXIS estiveram representados os grandes projetos da ACADEMIA DIDÁXIS: o Xadrez, o Ténis de Mesa, o Futsal, a Escola de Línguas e a Escola de Música. Tivemos a amenizar o nosso dia a excelente BANDA A2D que a
todos encantou com a sua alegria e arte musical. A DIDÁXIS esteve ainda presente na abertura da atividade com um grupo de alunos a cantar «Ser Criança», com o grupo de bombos «Tocas tu, toco eu» que galvanizou o parque com o seus som vibrante e com o Curso de Hotelaria e Restauração que organizou um Workshop de Culinária muito apreciado pelos meninos
que se inscreveram ao longo de todo o dia. Ao longo de todo o dia de domingo, muitos foram os que visitaram os agradável e fresco espaço da DIDÁXIS e foi muito bonito receber ex alunos que fizeram questão de nos cumprimentar a apresentar os seus filhos, numa verdadeira troca intergeracional. O Parque dos Sonhos vai continuar em
Riba d`Ave, Ribeirão e Joane e em todas as localidade a DIDÁXIS estará presente com o objectivo de fazer com que as crianças passem momentos divertidos e criativos. Parabéns à Câmara Municipal pela excelente iniciativa.
14 Opinião
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EXAMES, A VIA VERDE PARA UM OUTRO
FUTURO?
Passadas quatro décadas de democracia e desenvolvimento, verificamos, com alguma deceção que, apesar do muito que foi feito, muito ainda há por fazer, no País. Por exemplo, o emprego, ou o “trabalho, primeira necessidade do homem”, são uma miragem e um drama, para uma boa parte dos portugueses, nomeadamente, jovens que, paradoxalmente, são o elo mais forte da nossa sociedade. Acresce ainda a precaridade e os baixos salários. A escola veio para humanizar, universalizar, capacitar, mas não o tem conseguido plenamente, porque tudo depende de todos. O futuro ainda está por inventar! Os últimos resultados conhecidos nas provas de leitura, matemática e ciências do P.I.S.A.- Programme for International Student Assessment - evidenciam uma melhoraria do desempenho dos alunos portugueses que, assim, ultrapassaram a média dos países da OCDE. São vários os fatores que explicam o referido progresso: o empenho dos alunos (quanto mais exames realizam, melhor é o seu desempenho nos rankings), a atenção dos pais, os projetos e a organização e funcionamento da escola e o papel dos professores, pelo seu rigor, exigência, dedicação, arte e paciência. “ Um estudo comparativo realizado, em 2013, a nível internacional, o Global Teacher Status Index, revelou que a confiança dos portugueses nos seus professores está muito acima da que atribuem a outras
profissões ou atores sociais... “ Todavia a preparação média que os resultados P.I.S.A. revelam não é bagagem suficiente para quem pretende viajar, com garantias de futuro, numa sociedade moderna, dominada pela tecnociência e pelo “princípio do novo”. É nesta perspetiva que a revisão curricular em curso e a concluir até 2017-18 aparece: por um lado, os valores e concei-
ção aí estão, a marcar sistematicamente, num ritual algo solene, o período final de cada ano letivo. Desempenham a função de regulação do sistema educativo e ajudam a formar os jovens nos valores do trabalho e a melhorar os resultados. O horizonte dos verdes prados, o mar de rosas, só está ao alcance de quem, contornando os prazeres imediatos, é capaz de escalar, com coragem e otimismo, a
tos de uma formação humanista ficam à responsabilidade da lógica, do concreto, do aqui e do agora, das disciplinas, em geral, por outro lado, a nova organização do curriculum reforça das disciplinas estruturantes - português, matemática e inglês -, enquanto as metas curriculares ajudam a clarificar o que é essencial alcançar nas aprendizagens. As provas finais e exames nacionais? Há quem conteste. Mas quer queiramos quer não, elas e outras formas de avalia-
penedia amuralhada da serra, nua, agreste e inóspita. Nesta altura não faltam os redobrados incentivos ao trabalho, à responsabilidade, à confiança, à concentração e à resiliência. Não faltam os apoios à revisão das aprendizagens e, por vezes, aumentam o stress e a pressão, quando a hora se aproxima. A avaliação interna vale, vale muito, e que valha, mas os resultados dos exames tanto podem qualificar, como punir e mais vale prevenir. A força
de vontade, querer é poder, é essencial, para tirar notas excelentes. Não acreditar demasiado nas possibilidades do espírito e não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, faz parte do saber. Numa fase marcante da vida que é a da juventude, em que o quotidiano contribui, com as pequenas coisas, para a construção de si mesmo, há sempre tempo para equilibrar o estudo com o lazer, isto é, com o desporto, a música, a leitura, a escrita, e a incontornável ecrã cultura… A atitude mais prudente, a que mais garantias dá de sucesso, nos exames como na vida, é a que dá prioridade ao trabalho, metódico e sistemático, desenvolvido ao longo do ano letivo. Se reduzirmos o estudo a uns treinos de última hora, até se pode trepar até ao topo do ranking, mas corremos o risco de distorcer as aprendizagens e de resvalar ingloriamente para um vazio. A memória ajuda a desenvolver a inteligência, a compreender melhor, mas não a substitui. Um método de estudo baseado apenas na memorização torna o cérebro rígido e mata a criatividade. Mas a grande competição ignora tudo isto. Esta é a conclusão que se retira do testemunho vivo que Brook Larmer nos transmite, num artigo paradigmático recentemente publicado no jornal “O Publico”, sob o título: “Dentro de uma fábrica de exames chinesa”. Em todo o caso, felicidades! Alcino Faria
EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO NA ESCOLA COOPERATIVA VALE S.COSME Após concluir a licenciatura de Línguas e Literaturas Europeias, ingressei no mestrado em Ensino de Inglês e Espanhol no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário na Universidade do Minho. Esta escolha fundamentou-se, sobretudo, no meu gosto intrínseco pelo ensino, o querer preencher a minha futura vida profissional pelo mundo da escola. O mestrado em Ensino é composto por dois anos, sendo que o segundo inclui estágio numa escola, cujos requisitos são lecionar Inglês e Espanhol e ter uma parceria com a Universidade do Minho. Foi assim que cheguei à Escola Cooperativa Vale S. Cosme. Fiquei sinceramente satisfeita por realizar o meu estágio nesta escola. É uma escola situada no meio rural, longe da confusão citadina, um lugar calmo e aprazível para aprender. Usufrui
de instalações com ótimas condições, destaco, por exemplo, a existência de computadores, projetores multimédia e quadros interativos em todas as salas do estabelecimento escolar. Destaco, ainda, uma comunidade escolar pacífica e acolhedora, que me recebeu a mim e às minhas colegas estagiárias de uma forma simpática e hospitaleira. No âmbito deste Estágio Profissional implementei o projeto Práticas de escrita criativa nas aulas de Inglês e de Espanhol, cujo propósito fulcral é o desenvolvimento da competência escrita, em geral, e da escrita criativa, em particular. O contexto específico onde implementei o projeto foi na disciplina de Espanhol, nível de iniciação da turma 11.2 do Curso Cientifico-Humanístico de Ciências e Tecnologias e na disciplina de Inglês, nível de conti-
nuação, da turma 10.1 do Curso Ciências e Tecnologias. Foi um projeto implementado sob a orientação da Dr.ª Lurdes Alves, professora de Inglês e da Dr.ª Carina Soares, professora de Espanhol, que me orientaram com os seus conhecimentos científicos e a sua experiência no ensino. O foco principal da minha intervenção pedagógica é desenvolver as competências dos alunos ao nível da expressão escrita, uma vez que um dos principais pontos críticos do ensino é, precisamente, o ensino da expressão escrita e o baixo nível de proficiência evidenciado pelos alunos no que respeita a esse domínio. A escrita criativa, tema no qual incide este projeto de investigação-ação, é uma das possíveis abordagens relacionadas com o ensino da escrita e um meio para a sua aprendizagem. Esta proposta de trabalho
incita os alunos a expressarem, de uma forma mais personalizada, os seus pensamentos relativamente a temas mais imaginários ou reais. Além disso, é uma modalidade que indubitavelmente potencia o desenvolvimento crítico dos alunos, o que certamente lhes será útil em outras áreas do saber e na sua postura perante a vida. Chegado ao fim este ano letivo é tempo de refletir no meu percurso, no trabalho desenvolvido, no projeto que implementei, na esperança que este tenha contribuído para o desenvolvimento das competências de escrita, bem como incentivado os alunos a encarar a escrita como uma atividade aprazível. Regina Costa
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Entrevista
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À conversa com...
PEDRO ALMEIDA, piloto de Rallycross
O Pedro Almeida reside em Vila Nova de Famalicão, pratica karting desde os 8 anos e rallycross desde os 16. Começou nos karts, mas sempre teve o gosto pelos Rallys. Confessa que é um desportista bastante exigente consigo próprio, em especial, em termos psicológicos, pois uma boa preparação psicológica conta bastante para um bom desempenho. Atualmente, frequenta o último ano do Curso Profissional Técnico de Eletrónica Automação e Computadores (TEAC). PA: Julgar o patamar até onde penso chegar, seria limitar os meus horizontes… Mas como todos os pilotos da minha idade tenho o sonho de ser piloto profissional, tenho de ir devagar e pensar de corrida a corrida e sempre tentar melhorar o mais possível… O topo dos rallys, que são a minha grande paixão, é o mundial de rallys. Esse será o objectivo de qualquer piloto. JV: Em que provas tens participado?
JV: Como e quando te surgiu o gosto pela modalidade que praticas? PA: O gosto pelos carros não foi algo que surgiu de um momento para o outro. Desde pequeno tive o gosto pelas corridas. O meu pai, desde que me lembro, fazia rallys e o gosto nasceu por aí. JV: O que mais te atraiu nesta modalidade desportiva? PA: Obviamente a adrenalina e o desporto em si atrai facilmente qualquer pessoa, mas acima de tudo o gosto pelos “motores” e a paixão pela velocidade. JV: Quais são as competências inatas que um desportista como tu deve ter para alcançar o sucesso desportivo, como piloto? PA: Penso que, acima de tudo, temos de ter muito autocontrolo, trabalhar bastante bem sobre pressão e saber ouvir aqueles que sabem mais do que nós e que nos podem fazer evoluir. Essa é a única maneira de evoluir num ritmo mais acelerado do que o normal. JV: O que é que mais te motiva para seres cada vez melhor? PA: A minha motivação é, obviamente, mostrar melhores resultado de prova para prova, para poder retribuir aos meus patrocinadores um forte retorno, para que me continuem a apoiar. JV: Até onde julgas que poderás ir, ou seja, tens o sonho de ser piloto profissional?
PA: Em 2014, cheguei ao rallycross e participei na categoria Super Nacional, onde fiz as minhas primeiras 4 corridas com um Toyota Corolla. A meio do ano e apos adquirir alguma experiência, um dos meus patrocinadores adiquiriu um carro mais evoluído (Renault Twingo), a fim de eu poder evoluir. Para 2015 voltamos a apostar no rallycross, pois é o único campeonato que me permite participar pelo facto de ainda ter 17 anos e ainda não poder ingressar nos rallys. JV: Que prémios tens recebido? PA: No último ano, o meu ano de estreia, sagrei-me Campeão Nacional de Rallycross Junior, na Categoria S2000, ou seja, carros com motor 2000 atmosféricos. E Vice-campeão na categoria Super Nacional. Foi um ano fantástico, pois não é fácil, num campeonato tao competitivo como aquele em que participo, chegar e vencer, face à grande competitividade e concorrência de outros pilotos Juniores com muito mais experiência adquirida. JV: Qual a tua categoria atual? PA: Fruto dos resultados obtidos em 2014, foi-me dada a possibilidade de esta época apostar na categoria S1600, com um Peugeot 206 S1600, um carro ex-fábrica da Peugeot sport que já ganhou campeonatos noutros países, sendo esta a categoria mais competitiva do Campeonato. JV: Em que pensas enquanto corres? PA: Desde que acendem as luzes da partida, a única coisa em que consigo pensar é na condução. Tenho de estar concentrado a 100%, para fazer uma condução e uma gestão correta. JV: Que treinos realizas diariamente? PA: Infelizmente, neste desporto, o treino diário é algo impossível, no patamar em que me encontro, o treino é realizado
na semana antes da corrida, apenas para aperfeiçoar os detalhes finais. É também nos dias que antecedem a corrida que, juntamente com o meu Team Manager (Ricardo Costa), revemos todos os detalhes técnicos das pistas para que no dia da corrida tudo saia perfeito. Obviamente, temos que estar fisicamente preparados, nada que uma visita diária ao ginásio não resolva. JV: Que cuidados tens com a alimentação? PA: Tenho especialmente cuidado nos dias que antecedem as provas. É muito importante fazer uma alimentação racional, equilibrada, pois com o calor e todo o desgaste físico, facilmente podem acontecer quebras de tensão ou problemas do género. JV: Que pensas dos fumadores? PA: Não sou fumador. Pessoalmente, não tenho quaisquer problemas com fumadores, mas ainda não entendi a razão pela qual fumam… É a escolha de cada um. No entanto, alguém que pense em praticar um desporto, como o que eu pratico, terá grandes valias a menos se for fumador. JV: Como estudante, tens tido resultados exemplares? PA: Para mim, os meus resultados na escola podem considerar-se bons, para o curso em que estou. Se fosse de outra forma, com certeza que não praticaria esta modalidade. JV: A Escola sempre teve em atenção a tua condição de desportista? PA: Sim, sempre que tive de faltar para treinar ou para comparecer em alguma prova, a escola mostrou-se disponível para articular o meu horário. JV: A tua atual equipa tem-te ajudado na tua prestação desportiva? PA: A equipa onde me encontro atualmente é responsável pela minha evolução nos últimos tempos. Sem ela, não chegaria tao longe. JV: Qual o papel dos patrocinadores, na tua carreira? PA: Sem eles, nada disto seria possível. Se nos kartings tudo era economicamente mais fácil, no patamar em que me encontro, neste momento, já falamos em orça-
mentos de algumas dezenas de milhares de euros. Logo, o papel dos patrocinadores é fundamental. JV: A tua família tem-te apoiado incondicionalmente? PA: É claro que sem o apoio da família, especialmente, do meu pai, nem sequer tinha começado nos karts. É a ele que devo tudo isto. JV: Como pensas superar os teus limites, numa modalidade tão exigente? PA: Com muito empenho e, obviamente, com muito trabalho, espero superar os meus limites, de prova para prova. JV:Que projetos tens para o teu futuro? PA: Embora ainda não estejamos a meio da época de 2015, a minha equipa já esta a trabalhar no projeto de 2016. Como atrás referi, a minha grande paixão são os rallys. Espero que me consigam, como tem acontecido até aqui, proporcionar condições de poder continuar o meu sonho e chegar aos meus objetivos. JV: Para terminar, gostarias de deixar uma mensagem à nossa comunidade educativa? PA: Aos alunos, a mensagem é simples: trabalhar (estudar), a fim de poderem atingir, com êxito, os seus objetivos. Aos doentes: continuarem o trabalho que iniciaram, com dedicação e empenho, há 28 anos, que é formar Homens… Gostaria também de pedir, a todos, em geral, para apoiarem a minha modalidade. Estando esta atualmente a crescer, o apoio do público, em geral, é muitíssimo importante. “O VALE” agradece ao Pedro Almeida todo o carinho revelado na presente entrevista e deseja-lhe o maior sucesso, no desporto e na vida, em geral.
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16 Xadrez
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ADREZ
I FINAL DISTRITAL ESCOLAR INFANTIL DE XADREZ
DIDÁXIS VENCE COLETIVAMENTE CARLOS DANIEL SAMPAIO CAMPEÃO DISTRITAL A Escola Básica Integrada de Pedome foi palco da I FINAL DISTRITAL ESCOLAR INFANTIL DE XADREZ do Centro Local Desporto Escolar de Braga do ano letivo 2014/2015, no passado dia 30 de maio, contando com a participação de 10 Escolas do Distrito de Braga, num total de 31 jovens alunos xadrezistas dos escalões Infantil A (2005 e 2006) e Infantil B (2003 e 2004). Este evento foi organizado pelo Clube de Xadrez da EBI de Pedome e contou com o apoio da Associação de Pais da EBI de Pedome e Centro Local de Desporto Escolar -Braga. A arbitragem e a direção da prova esteve a cargo do professor responsável pelo Clube de Xadrez da EBI de Pedome, António Silva, e os restantes professores responsáveis de cada uma das Escolas foram árbitros auxiliares. De facto, é reconhecido que os alunos que praticam o Xadrez melhoram notavelmente a sua capacidade de raciocínio, refletindo-se num melhor rendimento escolar. O Xadrez contribui, desta forma, para o desenvolvimento intelectual, para a educação social e desportiva, para a aquisição de objetivos culturais e ampliação de conhecimentos, para o desenvolvimento pessoal e formação do carácter.
Sampaio (CX A2D; 6 pontos em 7 possíveis) conquistar o 1º lugar absoluto, nas Provas Individuais, ao sagrar-se, no primeiro Campeão Distrital Escolar de Xadrez 2015! Em 2º lugar classificou-se Pedro Gil Silva (Agrupamento de Escolas Benjamim Salgado-Joane) com os mesmos pontos do 1º classificado, mas pior coeficiente de desempate, e o 3º lugar do pódio foi ocupado por João Emanuel Silva (CX A2D; 5,5 pontos em 7 possíveis).
Carlos Daniel Sampaio vence e convence! Parabéns! Na Final Infantil foi com satisfação que o Clube de Xadrez A2D viu Carlos Daniel
O Clube Escolar de Xadrez AA Didáxis fez-se representar com 6 alunos sendo de destacar a prestação dos cinco melhores classificados na Final Infantil: Carlos Daniel Sampaio (1º lugar; 6 pontos), João Emanuel Silva (3º lugar; 5,5 pontos), Pedro Vieira Carvalho (8º lugar; 4,5 pontos), Hugo Silva (15º lugar; 4 pontos) e Luís
Castro (17º lugar; 3 pontos). Desta forma, o título coletivo foi conquistado de forma incontestável obtendo um total de 23 pontos, deixando a 4 pontos de distância a Escola EBI de Pedome (19 pontos) e a Escola EB 2,3 de Tadim (18 pontos), que se classificaram em 2º e 3º lugares, respetivamente. A Campeã Distrital Infantil foi Mariana Simões (13º lugar, 4 pontos, Escola EBI de Pedome). Ana Lobo (20º lugar, 4 pontos, Escola EB 2,3 de Tadim) e Maria Vale (23º lugar, 3 pontos, Agrupamento de Escolas de Ribeirão) completaram o pódio feminino. O CX A2D fez-se representar ainda por Ana Rita Dias que se classificou em 3º lugar feminino no escalão Infantil B (24º lugar, 3 pontos). A cerimónia de encerramento contou com a presença do Diretor da Escola EBI
de Pedome, Fernando Lopes, bem como, dos professores responsáveis por cada Grupo Equipa e no final, todos foram unânimes ao considerarem que os Torneios Escolares de Xadrez têm rasgado horizontes, fomentado partilha de experiências e sensibilizando a comunidade escolar para a pertinência desta atividade desportiva no livre, harmonioso e integral desenvolvimento da personalidade dos alunos e, consequentemente, no desenvolvimento da sociedade. Para finalizar, o Diretor da Escola EBI de Pedome, Fernando Lopes, enalteceu “o empenho de todos os Professores, Alunos e Encarregados de Educação na consecução deste tipo de atividades”.
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CLUBE A2D XADREZ
XVI TAÇA DE BRAGA DE XADREZ
CLUBE DE XADREZ A2D SAGRA-SE TETRACAMPEÃ EQUIPA B ALCANÇA O 3º LUGAR DO PÓDIO ABSOLUTO
Decorreu na passada sexta-feira, dia 24 de abril, a Final da Taça de Braga de Xadrez 2015 na Sala de Eventos da Didáxis -Vale S. Cosme, com início às 21h00m, numa organização conjunta do Clube de Xadrez A2D e Associação de Xadrez do Distrito de Braga. Este evento constituiu mais um marco histórico na vida do jovem clube famalicense, CX A2D, que revalidou o título conquistado pela 4ª vez consecutiva e, desta forma, alcançou o tetracampeonato na prova coletiva mais marcante a nível distrital. Tendo por adversário, Grupo Desportivo Recreativo Amigos de Urgeses, que disputa
atualmente a II Divisão Nacional, a equipa primodivisonária famalicense mostrou a sua superioridade, após 3 horas e meia de jogo. Depois do sorteio de cores (CX A2D iniciou de peças brancas no 1º e 3º tabuleiros) as duas equipas entraram em ação no "quadrado magico" das 64 casas ... No 1º tabuleiro, o Mestre FIDE Luís Silva superiorizou-se ao experiente atleta José Monteiro com apurado sentido posicional, bastando apenas alcançar mais 1 ponto (2 empates ou 1 vitória) nos restantes três tabuleiros, pois o desempate é sempre favorável, em caso de empate, por
causa da vitória em tabuleiro superior. De seguida, Luís Romano, no 4º tabuleiro de brancas, assegurou a vitória no encontro ao derrotar Eduardo Viana, após uma bela combinação tática. Mesmo com a revalidação do título concretizada, os 2º e 3º tabuleiros fizeram valer o seu favoritismo, com vitórias do Capitão CM Bruno Gomes e CM Ivo Dias perante João Sequeira e Costa e Alexandre Mano. Desta forma, o resultado final fixou-se em 4-0 e esta vitória representa mais um feito notável nos onze anos de história deste clube famalicense que mantém a supremacia escaquística no distrito de Braga
desde a época 2011/2012. Os atletas MF Luís Silva, CM Bruno Gomes, CM Ivo Dias, Luís Romano, Adriano Macedo e João Romano fizeram parte da equipa A do CX A2D nas 4 eliminatórias que foram disputadas. Por terem atingido as Meias-finais da Taça AXDB, a equipa B do CX A2D classificou-se em 3º lugar e repetiu a classificação obtida na época transata. Bruno Ribeiro, Mariana Silva, Inês Silva e José Santos fizeram, também, história ao alcançarem o último lugar do pódio classificativo.
CAMPEONATO NACIONAL DA III DIVISÃO DE XADREZ
EQUIPA B DO CX A2D FECHA O PÓDIO COLETIVO
Decorreram no passado fim-de-semana as duas últimas sessões do 57º Campeonato Nacional da III Divisões por Equipas no formato concentrado em Matosinhos (3ª Divisão - Série A, com 8 equipas). A Equipa B do CX A2D apresentou-se com a mais jovem formação neste Torneio Sénior, com uma média de idades de 14 anos, e portanto o grande objetivo pas-
saria apenas por lutar pela manutenção, fugindo aos lugares de despromoção, 7º e 8º lugares. Graças a uma ponta final duplamente vitoriosa, na 6º e 7ª sessões, perante o AC Alfanense e NX Santo Tirso por 3,5-05 e 3-1, respetivamente, a jovem equipa famalicense alcançou surpreendentemente o 3º lugar do pódio absoluto coletivo!
A Equipa B do CX A2D averbou 5 vitórias e 2 derrotas perante os dois primeiros classificados: AX Barcelos (2º lugar, 5 vitórias, 1 empate e 1 derrota) e o Amanhã da Criança que se sagrou o grande vencedor desta Série e na próxima época desportiva, em 2015/2016, disputará o Campeonato Nacional de Xadrez da II Divisão. Os jovens atletas que escreveram mais
uma bela página na história do Xadrez Famalicense foram Bruno Ribeiro (3 jogos, 3 vitórias), Mariana Silva (4,5 pontos em 7 jogos), Inês Silva (5 pontos em 7 jogos), José Santos (3,5 pontos em 5 jogos), Simão Barroso (3 pontos em 5 jogos) e Andreia Mendes (1 ponto em 1 jogo).
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CLUBE A2D XADREZ
AO ATAQUE
INÊS SILVA RECEBIDA NOS PAÇOS DO CONCELHO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO
MF Luís Silva
Com apenas 13 anos de idade, Ana Inês Silva, do Clube de Xadrez da Associação Académica da Didáxis, é já a mais jovem campeã nacional sénior do palmarés do xadrez nacional, quebrando um recorde absoluto com 16 anos. A atleta, que representa as cores do clube famalicense, saiu vitoriosa do 38.º Campeonato Nacional Indi-
02 BRANCAS
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vidual Feminino, que se realizou em Pedras Salgadas, de 28 de março a 1 de abril. Um feito enaltecido pelo Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, que esta quarta-feira, 8 de abril, recebeu a atleta nos Paços do Concelho. “Mais uma conquista que nos enche de orgulho” disse
a propósito o autarca, que aproveitou o encontro para felicitar pessoalmente a jovem pelo título conquistado. Um título, que para Paulo Cunha “não é obra do acaso”, mas sim fruto do enorme trabalho, empenho e dedicação da atleta e da forte aposta na modalidade por parte da Didáxis. Refira-se ainda que neste
último campeonato, organizado pela Federação Portuguesa de Xadrez, Ana Inês Silva conquistou também o segundo lugar nas provas Semi-Rápidas. Entrar na equipa olímpica feminina é um dos próximos objetivos da atleta, que em 2015 promete não se ficar por aqui.
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TÉNIS DE MESA
Pares masculinos são campeões distritais
Realizaram-se os Campeonatos Distritais de Pares masculinos, femininos e mistos no passado sábado durante a tarde, no pavilhão desportivo da EB 2,3 Abel Varzim, Vila Seca – Barcelos. A A2d – Didáixs conseguiu o feito de, logo
no primeiro ano da modalidade no clube ter dois atletas campeões regionais. Na categoria pares cadetes masculinos, os atletas Mário Silva e Fernando Oliveira, da A2D Didáxis sagraram-se campeões depois de terem passado a fase de grupos
sem derrotas. No último jogo venceram a equipa do Taipas por 3-1 e acabaram por se tornarem campeões regionais de Pares masculinos. Também os atletas seniores da A2D têm bons motivos para sorrir, uma vez que
nos dias 27 e 28 de Junho vão disputar a Fase de Qualificação Nacional- Zona Norte, uma competição vista para um maior ganho de experiência por parte dos atletas da Didáxis.
Didáxis coloca dois jogadores nos três primeiros lugares No passado sábado, a Didáxis de S. Cosme deslocou-se à Escola Básica João de Meira, em Guimarães, para disputar a Fase Final Distrital do Torneio individual de ténis de mesa. Recordo que do grupo em que a Didáxis estava inserido só se qualificavam cinco alunos para esta fase, tendo a Didáxis conseguido qualificar quatro alunos: José Gonçalves, Samuel Ferreira, Bruno Gonçalves e Fer-
nando Oliveira. Os quatro atletas da Didáxis disputaram o acesso à próxima fase contra doze alunos de outras escolas do distrito, onde só três conseguiam estar na próxima fase. Mais uma vez a Didáxis conseguiu bons resultados conseguindo qualificar 2 alunos à próxima fase: José Gonçalves (1º class.) e Fernando Oliveira (3º class.) A data da final da zona norte ainda não é conhe-
cida. Já no próximo sábado realiza-se a Fase Final Distrital do Torneio por equipas de ténis de mesa que será realizada na Escola Básica Arqueólogo Mário Cardoso (Ponte-Guimarães), às 09 horas. A Didáxis de S. Cosme vai disputar a Fase Final Distrital distrital com as escolas EB da Mota (Celorico de Bastos) e EB de Vila Verde e espera conseguir ser campeã distrital por equipas..
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Iniciativas
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DIDÁXIS SOLIDÁRIA distinguida em Lisboa
O projeto DIDÁXIS SOLIDÁRIA obteve um excelente resultado no Concurso Energia com vida, escolas solidárias Fundação EDP, cujo final da 5ª edição decorreu no dia 3 de junho, no Museu da Eletricidade, em Lisboa. Concorrendo pela 2ª vez, a DIDÁXIS SOLIDÁRIA classificou-se, em 2013-2014, nas 10 escolas mais solidárias, num universo de 124 escolas do norte e centro do país. No ano letivo de 2014-2015, a Fundação EDP alargou o projeto a todo o país e concorreram 314 escolas. Mais uma vez, o projeto solidário da DIDÁXIS foi distinguido, colocando-se novamente nas 10
escolas mais solidárias, mas agora num universo muito mais alargado. Ninguém está na DIDÁXIS SOLIDÁRIA com a intenção de ganhar prémios mas é sempre importante saber que a nossa ação é meritória e reconhecida por um júri muito exigente. Estas distinções são importantes porque salientam a importância cada vez maior que o trabalho de voluntariado solidário tem nas escolas, esperando-se que as sementes lançadas contribuam para a formação de cidadãos mais atentos e sensíveis aos problemas sociais e ambientais Uma vasta equipa composta por profes-
sores, alunos, funcionários, famílias, empresas e instituições, colaboram com este projeto de bem fazer que neste ano letivo ajudou alunos com material escolar, roupa e calçado; distribuiu cabazes de Natal, colaborou com a Loja Social da CSIF Vale do Pelhe; colaborou com o Voluntariado Hospitalar do CHMA de Famalicão, efetuou várias vendas solidárias de produtos realizados por professores, alunos e pais, para angariação de fundos próprios que foram aplicados na ajuda a alunos carenciados; promoveu campanhas de sensibilização para o voluntariado; colaborou nas campanhas do Banco Alimentar Con-
tra a Fome, da Cáritas, das Cercis e da Liga Portuguesa Contra o Cancro; promoveu a recolha solidária de tampinhas, garrafas de plástico e de papel para reciclar; colaborou com alunos nas visitas de finalistas e já está a preparar as suas SUPER FÉRIAS 2015, um projeto de ocupação do mês de agosto de alunos e seus familiares, proporcionando-lhes atividades diversificadas e muito enriquecedoras. Termino com a frase inspiradora do projeto: Ninguém está apenas para si no mundo. Está nele também para todos os outros.
Banda A2D nas Jornadas do Voluntariado Hospitalar
Organizadas pelo Voluntariado Hospitalar do CHMA - Hospital de Famalicão, as Jornadas do Voluntariado decorreram no Salão Nobre da Universidade Lusíada de Famalicão e contaram com a presença do Senhor Presidente da Câmara Municipal
de Famalicão, Dr Paulo Cunha, da Magnífica Reitora da Universidade Lusíada de Famalicão, Professora Doutora Rosa Moreira, do administrador do CHMA, para além de representantes de vários grupos de Voluntariado Hospitalar. A DIDÁXIS
SOLIDÁRIA esteve presente e, dando continuidade à colaboração com o Hospital de Famalicão, promoveu a participação da BANDA A2D que animou a abertura das Jornadas cantando «Imagine» do Jonh Lennon, um verdadeiro hino à paz
e à harmonia entre as pessoas. Parabéns ao Presidente do Voluntariado Hospitalar, Senhor Enfermeiro José Luís Carneiro e a toda a equipa do Voluntariado pela qualidade da organização e das intervenções.
22 Letras Fiz uma promessa Raposa eu sou. A promessa cumprir não vou. Nada tenho a provar, Cada um faz o que quer. Irrita-me a hipocrisia, Ser honesto é interessar, Com interesse espalhar O amor em demasia. Francisco Costa (6.3) Feliz eu ia, Andando pela rua. Brincando com folia. Inquieto fiquei, Olhando a lua. Fábio Costa (6.3) Bia e o Zeferino Bia é o meu nome E o teu qual é? António, Manuel, Gonçalo ou José? Talvez não tenha acertado no nome Renato é o teu nome? Isto sim já faz sentido Zé Zeferino, que nome divertido Beatriz Vale (6.3) Divertida e engraçada, A minha imaginação, Nunca me falha! Iiii, está sempre na palma da mão. Estou sempre a usá-la, com Lápis ou caneta Apesar de, às vezes, ser com lápis de cera. Daniela Nobre (6.3) Menina Adorável Romântica Inteligente Amorosa, mas Nunca Aventureira! Mariana Pinheiro (6.3)
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Um encontro com a luz… Um silvo à saída do túnel! A tua voz ecoa no teu pensamento! Segredas-te coisas tão belas! Dás-te ao que sentes e queres. O teu coração acelera e abranda. Os teus olhos fecham-se e procuram-me na luz! A tua memória revive fantasias. Quando eu chego, olhas-me com saudades e corres para mim! Dos teus olhos cai uma lágrima! Do teu peito o último suspiro. Na tua boca desenha-se um sorriso! Da tua voz trémula sai um saúdo brando! Dás-me a tua mão como se de uma âncora se tratasse! Segredas-me algo tão belo! Dize-lo sem reservas ou medo. Num abraço longo e terno, Sinto-te contra o meu peito! No banco do jardim fizemos promessas! No parque andamos num passo único! O dia passou e a noite chegou… tu abraçaste-me e foste! Espera! Um beijo e um abraço mais! Uma promessa e um olhar. Quando eu vejo… já não estás! Chegamos ao fim! Sós, vivemos como uma criança que perdeu! Tristes, recordamos a nossa despedida! Adormecemos com sorriso e com o gosto do último beijo que demos! Adeus…! Espera! Um beijo e um abraço mais! Uma promessa e um olhar Um suspiro meu e tu… já não és! Mais uma vez ADEUS e até sempre!
Jota Janeiro de 2011
ÁLBUM DE RECORDAÇÕES Dou por mim, sentada num banco de rua, a olhar os pássaros, as crianças, as pessoas. Dou por mim deitada na cama a ouvir música, a olhar simplesmente para um teto vazio e infinito pensando em tudo, tudo que me tem acontecido: nos bons e nos maus momentos, nos amigos e nos inimigos, nos amores e nos desamores. Sei que na vida tudo passa, vai e vem com o vento. Mas passa. Tal como uma ferida, cura. Contudo, fica lá a cicatriz, essa tal que nos deixa a olhar para ela e desejar que desapareça, porque só nos torna imperfeitos. Uma cicatriz no coração não passa, mas conseguimos, ao contrário do que num corte exterior, esquecer que ela existe. Podemos deixá-la no passado, guardada num álbum de recordações, pois mais tarde iremos ver esse álbum, assim como vimos
os de fotografias, e apercebemo-nos que crescemos. Ao olhar para o álbum de recordações, vamos refletir que aprendemos com as cicatrizes do passado. Aprendemos a viver, aprendemos a lutar, aprendemos a sobreviver, a ultrapassar obstáculos, aprendemos a curar as feridas. E então penso nisto em qualquer sítio todos os dias, e que tudo o que nos passa na vida é como o vento: passa a correr e nós só temos que aprender a proteger-nos! Ana Catarina Guimarães 9.7
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“Homossexualidade: Desmistificação” Ao longo o 12º ano, na disciplina de Psicologia B, o nosso grupo desenvolveu um projecto no âmbito da sensibilização e activismo acerca da homossexualidade denominado “Homossexualidade: Desmistificação”. Numa primeira fase, o nosso trabalho consistiu em avaliar a opinião dos alunos de secundário, bem como da comunidade que envolve a escola, e o seu nível de aceitação. Este trabalho permitiu-nos situarmo-nos e conhecermos o contexto em que iriamos atuar. Percebemos, então, que a sexualidade ainda é um fator de discriminação e preconceito, os quais são levados a cabo por muitos jovens. Tornou-se, portanto, claro que era de extrema importância intervir. O nosso projeto envolveu também a pesquisa detalhada acerca das questões psicológicas que levam à discriminação e preconceito com base na sexualidade, assim como a averiguação das diferenças nas questões legais e legislação para homossexuais. No decorrer destas fases do trabalho, fomos pondo em prática campanhas de sensibilização, assim como de informação, como forma de chamar a atenção dos alunos e restante comunidade escolar para esta questão. A discriminação (ato de excluir, distinguir, restringir um indivíduo com o propósito ou efeito de anular o seu reconhecimento ou exercício em pé de igualdade direitos humanos e liberdades fundamentais) advém do facto de existirem diferenças de raça, cor, etnia, nacionalidade, sexo,
sexualidade, aparência física, etc. As atitudes discriminatórias advém da categorização dos indivíduos conforme a sua aparência ou outros carateres biológicos, sendo a individualidade de cada um, o seu interior e maneira de ser marginalizados quando toca à atribuição de valor humano. Em relação à discriminação que é feita conforme a sexualidade, significativos progressos no sentido oposto verificar-se-ão da forma que a história nos ensina: através de ativismo, da sensibilização, discussão, educação. Também a opressão sexual, estabelecida fortemente nas culturas ocidentais, atua de forma negativa, na medida em que os indivíduos não se sentem seguros e livres em relação à sua sexualidade individual, resultando na discriminação por insegurança perante alguém com uma sexualidade diferente. Apesar da ligeira aceitação que é feita em relação à homossexualidade, o nosso grupo propõe mais: propõe igualdade e aceitação plenas, debate aberto. Ainda hoje se assiste à perseguição, assassínio, tortura e hostilidade contra homossexuais, sem que ninguém seja levado aos olhos da justiça. Existem legislações que proíbem a expressão da homossexualidade e protegem a homofobia. O valor dos Homens não se encontra na sua sexualidade, mas sim na sua humanidade efetiva. Como tal, apelamos à aceitação. Ana Silva, Carina Oliveira, Catarina Silva e Manuel Marques
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Letras
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Na biblioteca Um dia, cheguei à biblioteca da cidade e entrei na parte onde se encontravam os livros de literatura infanto-juvenil, que estava cheia de crianças! O brilho do sol iluminava a sala e lá dentro sentia-se a magia da leitura. Enquanto procurava um livro para ler nas férias, todas as pessoas saíram da biblioteca, o sol desapareceu e a magia acabou. Apenas peguei num livro sobre as crianças não gostarem de ler. Li a contracapa e esta transformação aconteceu! De repente, ouvi um livro: - Por que é que ias escolher este livro? Ele só incentiva as crianças a deixarem de ler e eu quero que elas nos leiam!disse. - Eu não o ia requisitar, só queria ver se o livro tinha mesmo a ver com as crianças não gostarem de ler, para o retirarem daqui – disse eu. - Pois, mas agora, para voltar tudo ao normal vais ter que cumprir uma missão: ler cem livros até à noite! - Então o farei. Quero que a biblioteca volte ao normal e que aquele livro desapareça! Depois desta conversa, iniciei a leitura dos cem livros e acabei-a a tempo. A biblioteca voltou ao normal, o livro desapareceu e a magia voltou! Joana Veloso – Turma 6.6
Um mistério Tudo se passou na biblioteca da escola, uma biblioteca antiga com muitas prateleiras e um enorme candelabro. Ia lá para fazer os trabalhos de casa. Um dia reparei que um livro estava mais de fora e fui pô-lo direito mas ele voltou para fora. Eu achei estranho, mas fui para casa. No dia seguinte voltei à biblioteca, mas o livro não estava lá. Então perguntei à bibliotecária: - Desculpe, foi requisitado um livro chamado “ Os mistérios”? - Não-respondeu ela. Então pesquisei na internet, mas não encontrei nada. Fui ao sítio onde estava o livro e toquei-lhe com os dedos e abriu-se uma porta mágica. Eu abri-a e vi uma espécie de feiticeiro com o livro. Ele disse-me que eram poções e que há muitos anos atrás um jovem encontrou o livro e pô-lo na prateleira. Então agora ele tem que, de dia, voltar a colocá-lo na prateleira. Ele lançou-me um feitiço para não me lembrar do que aconteceu e de repente estava dois dias atrás. E ouvi a minha mãe a dizer «pequeno-almoço» e acordei. Percebi que não tinha passado de um sonho! Eduardo Silva, turma 6.6
Eu logo vi!
Aquele livro
O meu sonho
Numa biblioteca municipal de Braga existia um livro que eu nunca tinha visto antes. Como estava frio e chuva decidi que era a melhor altura para o ler. Quando o abri senti um cheiro estranho!...Logo de seguida percebi que era o cheiro a pó. O título do livro era “ O menino solitário”. Comecei então a lê-lo. O livro falava sobre um menino e que do outro lado da mesa estavam, digámos, os “populares” da escola e todos estavam a gozar com ele. Ele decidiu procurar um livro. Procurou, procurou, procurou, até que … encontrou o “tal” que se chamava “Como ser popular”. O rapaz foi lendo dia e noite. Numa das semanas seguintes, ele apareceu tão cheio de “style” que todas as raparigas correram até ele. Como viram tudo acabou bem! Esta história era-me muito familiar, parecia a história de um dos meus amigos…. Fui ver a capa do livro e quando vi o nome do autor reparei que era um dos meus amigos e disse: - Eu logo vi! Carolina Melo, turma 6.6
Numa manhã, cheguei cedo à escola! Então decidi ir À biblioteca requisitar um livro. Procurei em todas as estantes, até que vi uma com apenas um livro, e perguntei a mim mesma o que estaria aquele livro ali a fazer. Quando a bibliotecária me viu a ir ao encontro dele, disse-me: - Não sei se vais gostar desse livro! Ele está aí porque todos os alunos que o levaram não gostaram. - Pois é mesmo esse que eu vou levar!- disse eu, muito curiosa! - Como queiras! Coloquei-o dentro da mochila, e ao fim do dia quando cheguei a casa peguei nele. Olhei-o, folheei-o e numa das páginas encontrei um botão e decidi carregar. E não é que, naquele preciso momento, o livro começa a falar?! Eu estranhei, mas adorei! Então, todos os dias quando chegava da escola conversava com ele. E assim se passaram quinze dias, infelizmente tinha de o entregar… Entrei na biblioteca, pousei o livro na estante onde o tinha encontrado, despedi-me e ele piscou-me o olho!
Certo dia, estava eu a passear por um belo jardim e encontrei uma biblioteca que nunca tinha visto antes. Decidi entrar. Ao entrar fiquei deslumbrada com o que vi! Havia imensos livros de banda-desenhada, aventura, ficção, poesia, etc… Não sabia qual havia de escolher, até que quando olhei para o meu lado esquerdo, vi um livro que brilhava como uma estrela. Pequei nele e dirigi-me para a bibliotecária, mas não estava lá ninguém! Procure pela biblioteca inteira sem sinal dela. Então abri o meu livro que, surpreendentemente, me levou para uma dimensão secreta. - Olá, está aí alguém? Fez-se um momento de silêncio até que… -Quem se atreve a entrar na minha gruta?-perguntou um dragão. Tentei fugir, mas já era tarde demais pois todas as portas se tinham fechado. -Socorro, socorro!-gritava eu desesperada, mas era inútil… já não havia mais nada a fazer, e quando o dragão estava prestes a comer-me, acordo eu repentinamente em sobressalto. Afinal era só um sonho sobre um livro que estava a ler sobre dragões. Ana Rita Dias – Tur-
Maria Ribeiro- Turma 6.6
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