Edição 9

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Diebold Brasil Magazine Ano 2 | Número 9 | Novembro de 2012 Uma publicação

João Abud Junior, presidente da Diebold Brasil e Leonardo Soares da Silva, diretor de negócios da GAS Tecnologia

Diebold adquire GAS Tecnologia “Com essa aquisição, passamos a atuar em todos os principais canais bancários, desde a automação dos caixas na agência, passando pelo autoatendimento e agora atuando fortemente em Internet e Mobile Banking”, disse João Abud.

ATM Seguro marca edição 2012 do Ciab Recortar e colar, a brincadeira que virou hobby Dr. Herbert Lancha fala sobre alimentação e os segredos para uma vida longa


INVESTIR NO FUTURO DA TECNOLOGIA SEM IGNORAR O FUTURO DO PLANETA. A DIEBOLD ACEITA ESTE DESAFIO.

A Diebold mudou o cenário da automação bancária e eleitoral no Brasil, implementando projetos inovadores também nas áreas da saúde, em tribunais, grandes indústrias e cooperativas de crédito. Mas o trabalho voltado para o futuro não termina aí: a Diebold também tem tradição em promover atitudes sustentáveis.

• Mais de 100 mil equipamentos reciclados. • Mais de 700 árvores plantadas este ano. • Produção atende às normas que restringem o uso de substâncias nocivas ao meio ambiente. • Coleta seletiva de lixo e coleta interna de pilhas e baterias. Acesse www.diebold.com.br e saiba mais.


EDITORIAL

Com a palavra, o chefe! Raul Zito

“Entre os meses de julho e agosto, a atenção de milhares de milhões de expectadores do mundo todo esteve voltada para Londres, cidade que sediou as Olimpíadas. Esses jogos nos fascinam, em parte, por causa do drama humano que está na base das competições mais emocionantes. Um deles foi o esforço de recordistas como Michael Phelps e Usain Bolt em se superar e levar mais uma medalha de ouro para casa. Mas poderia Phelps, em sua quarta e última competição olímpica, novamente subir ao pódio? Será que o ser humano mais rápido do mundo, conseguiria adicionar mais ouro em sua coleção? E é fascinante perceber que eles conseguiram se superar.

N

esta segunda edição do ano de 2012 de nossa revista tenho o prazer de compartilhar com vocês uma das mensagens mais estimulantes que recebemos ao longo de nossa trajetória corporativa, e ela veio de nosso presidente mundial e meu chefe, Thomas Swidarski. Além de ser um executivo brilhante e um administrador disciplinado, Tom é um homem admirável porque, mais do que qualquer executivo estrangeiro que conheci, ele realmente tem se esforçado para compreender o Brasil e suas idiossincrasias, e tem estimulado e vibrado com cada uma de nossas iniciativas. Nas colunas ao lado, você conhecerá um pouco da visão desse homem sobre o mercado brasileiro e sua fé na forte equipe Diebold aqui presente. Com a palavra, o chefe!

Boa leitura! João Abud Junior Presidente Diebold Brasil

Nos negócios, como no atletismo, manter o primeiro lugar, muitas vezes, é mais difícil do que alcançá-lo. Quando você é o número 1, os concorrentes estão sempre motivados para tirálo de seu pedestal. Todos os dias, os competidores estão trabalhando para desenvolver novas estratégias e novas abordagens para superar sua vantagem. Para combater esses desafios, os atletas medalha de ouro trabalham continuamente para elevar sua performance a novos patamares. A Diebold Brasil, onde recentemente me reuni com colegas e clientes, é um grande exemplo de um atleta número 1 que vem intensificando seu treino para correr ainda mais rápido. A comparação é especialmente relevante, já que o Rio de Janeiro servirá como cidade-sede das Olimpíadas de 2016. De fato, o lema desses jogos, ‘Viva Sua Paixão’, descreve bem o espírito competitivo que define muitos dos nossos colegas no Brasil. O Brasil é o terceiro maior mercado de autoatendimento bancário no mundo. É um mercado maduro e crescente, com uma grande rede de terminais e intenso uso por parte dos clientes para executar uma ampla variedade de transações. Todos os bancos neste País enorme, que é a sexta maior economia do mundo, têm uma presença nacional

- não há bancos regionais. Por esse motivo, o serviço de suporte técnico de sucesso requer um alcance continental. Ainda mais crítica é a capacidade de fornecer soluções totalmente personalizadas. Muitas exigências governamentais e do próprio setor bancário para o canal ATM são exclusivas do Brasil. Como líder de mercado, muito do sucesso da Diebold pode ser atribuído aos investimentos que fizemos durante muitos anos para projetar soluções sob medida para as necessidades dos clientes brasileiros. Em junho, tive o prazer de mais uma vez participar do Ciab Febraban, um dos mais importantes eventos de tecnologia do mundo voltado para o setor financeiro. Além de servir como palestrante, passei muitas horas no estande da Diebold, em reuniões com clientes discutindo as mais recentes inovações e como atender às necessidades de mercados emergentes. Um desafio crescente são os ataques a caixas eletrônicos com explosivos. Para esse problema, não é nenhuma surpresa que a Diebold Brasil tenha desenvolvido um cofre seguro e antiexplosivos, o que gerou enorme interesse entre os participantes do Ciab. Esta solução engenhosa emprega um cofre com dois compartimentos. Quando uma explosão ocorre, o compartimento mais exterior absorve o impacto, enquanto que a parte mais interna preserva o dinheiro, frustrando os criminosos. Minhas longas conversas com membros de nossa equipe no Brasil me ajudaram a ter certeza de que esses colegas não se concentram em realizações do passado, mas sim naquilo que é necessário para manter a nossa liderança no mercado. Seja uma ATM mais segura, a conquista de um novo e grande cliente ou criar a tecnologia que permite a expansão de serviços bancários a milhões de novos consumidores, nossos colegas do Brasil estão provando que eles têm a paixão e o fogo competitivo para continuar vencendo pelos próximos anos”. Atenciosamente, Tom Swidarski CEO Global da Diebold


Sumário Especial

peopleware

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Na mosca!

Recorte, cole e divirta-se!

CAPA ATM com cofre resistente à dinamite foi uma das maiores atrações do Ciab Febraban 2012, que aconteceu de 20 a 22 de junho, em São Paulo inovação

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A transformação das agências bancárias e o aumento do volume de negócios

especial II

14

Após quase 50 anos da sua fundação, Zona Franca continua atraindo empresas

20 Diebold adquire GAS Tecnologia e passa a

atuar nos canais Internet e Mobile Banking


Ano 2 | Número 9 | Novembro de 2012

chefs, Sommeliers, baristas e cia.

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Nutrição e longevidade Nesta edição, a coluna não traz receitas, nem dicas de bebidas, mas o esclarecedor artigo do médico nutricionista, Dr. Antonio Herbert Lancha Júnior. Recheado de informações sobre as mais recentes descobertas da ciência sobre os alimentos e o cérebro humano, por exemplo, o artigo ajudará os leitores a selecionarem os alimentos e a transformar seus hábitos alimentares para viverem mais e melhor

negócioS

notas

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A revista Diebold Brasil Magazine é uma publicação da Diebold Brasil.

voz do cliente Companhia conquista o mercado de cooperativas de crédito no País

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Expediente

AUTOCOM 2012 Intel Developers Forum 2012

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Pesquisa mundial de satisfação revela crescimento da lealdade dos clientes brasileiros aos ATMs Diebold

socioambiental

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Assédios moral e sexual no ambiente de trabalho

Coordenação Geral Carlo Benedetto, Diretor-geral de Marketing e Vendas Revisão Elaine Dellaflora, Analista de Marketing e Gabrielle Rosemberg, Assistente de Marketing Produção de Conteúdo e Edição Gad Comunicação www.gadcom.com.br (11) 3846-9981 Jornalista Responsável Mônica Vendrame – MTB 24.632 Textos Mônica Vendrame e Diná Simas Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica DPTO. www.dpto.com.br Capa Carlos Humberto/ASICS/TSE Tiragem 5.500 exemplares Atendimento ao Leitor marketing.brasil@diebold.com Acesse www.diebold.com.br

OPINIÃO

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“Coach”, o personal trainer dos negócios


especial

Na mosca! ATM com cofre resistente à dinamite foi uma das maiores atrações do Ciab Febraban 2012, que aconteceu de 20 a 22 de junho, em São Paulo

M

ais uma vez, a Diebold Brasil acertou em cheio quando decidiu levar ao Ciab 2012 uma resposta tecnológica e comercialmente viável para os ataques com dinamite aos caixas eletrônicos. A notícia sobre a nova solução ocupou páginas

dos mais importantes jornais do País, impressos e eletrônicos, e chamou a atenção do ecossistema financeiro. “A reação do mercado e a grande repercussão dos meios de comunicação demonstraram que a expectativa em torno da tecnologia é que ela resolva nossos problemas aqui e agora”, refletiu Carlos Alberto Pádua, vice-presidente de tecnologia da Diebold Brasil. A nova ATM, Opteva 610AE, também chamada ATM Segura, desenvolvida em parceria com a TecBan, empresa que administra a Rede Banco24Horas, é dotada de um cofre especial que é capaz de proteger o dinheiro em caso de explosões com dinamite. A solução encontrada pela companhia valeu-se da teoria da dissipação da energia produzida no momento da explosão. “Graças a essa nova solução, as cédulas estão protegidas e ninguém terá acesso ao dinheiro. Além disso, o nível de impacto poderá disparar o entintamento das notas com uma substância que penetra nas fibras do papel e não sai, nem com água e nem com solventes. Todos os testes comprovaram que encontramos uma solução eficiente e com o melhor custo-benefício do mercado”, enfatizou Pádua.

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Raul Zito

Estande da Diebold no Ciab 2012


especial

Últimas novidades em tecnologia bancária (tour pelo estande da Diebold no Ciab 2012)

Arnaldo Pereira

Raul Zito

• Cloud ATM – Trata-se de um caixa eletrônico-conceito bastante simplificado. O hardware é formado por um tablet acoplado ao cofre onde ficam acondicionados os cassetes com as cédulas; e o aplicativo para o funcionamento da máquina fica na nuvem. Para realizar um saque, o correntista fará quase toda a transação através do seu celular que enviará uma ordem para o caixa eletrônico dispensar o dinheiro. Toda a operação é finalizada mediante autenticação biométrica e de um código que é enviado exclusivamente para o celular. Além dessa operação, o Cloud ATM também é ideal para a realização de ordens de pagamento em dinheiro. Por exemplo, para efetuar o pagamento de uma empregada doméstica, basta que o empregador informe um código que deverá ser digitado em qualquer Cloud ATM e a pessoa poderá sacar o dinheiro tendo a biometria como garantia de segurança.

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• ATM Opteva 620 com tecnologia NFC – Nesse mo-

delo de caixa eletrônico, o usuário não precisa inserir o cartão na leitora, basta aproximar o cartão ou o próprio celular (que possua a tecnologia NFC) da máquina e ela reconhecerá o correntista. Essa tecnologia praticamente inviabiliza a clonagem, já que o correntista não terá que inserir seu cartão na máquina e, assim, dispositivos fraudulentos como o chupa-cabras não terão sucesso. A autenticação, isto é, a garantia de que se trata mesmo do correntista, é feita através de biometria. Essa mesma máquina possui também a capacidade de ler código de barras em duas dimensões e possui uma impressora que imprime nos dois lados do formulário, economizando papel.

• ATM Opteva 630 com biometria dupla, reciclador de

notas e módulo de depósito que aceita maço de cédulas e de cheques – Esse caixa ele-

trônico oferece dispositivos biométricos duplos que reforçam a segurança, como reconhecimento de face e das digitais. Aceita depósitos em dinheiro e cheques em maço, e fora do envelope. Esse equipamento foi desenvolvido pensando na automação dos depósitos, pois é capaz de reconhecer cédulas verdadeiras ou falsas, captura a imagem dos cheques e já credita o valor em dinheiro instantaneamente na conta do depositante. As cédulas que recebe nos depósitos podem ser reutilizadas para novos saques.

• TPG 4500 com módulo de expansão – Caixa eletrônico

que possui um módulo adicional que dispensa cartões pré-pagos e aceita depósito em cheques fora do envelope.


• TCS 600 – Terminal web para consultas e também terminal “cashless”.

reconhecer o número de série das cédulas depositadas.

• Tesoureiro Reciclador

• TA 5000 – Novo terminal com-

– Especialmente desenvolvido para equipar as agências bancárias, esse terminal é utilizado para receber o dinheiro das sangrias das gavetas dos caixas e também pode dispensar as quantias necessárias aos saques efetuados na boca do caixa, garantindo de maneira segura a movimentação diária da agência. A novidade é que o reciclador das notas é capaz de

pacto para realizar operações financeiras em locais com pouca infraestrutura para informática. Ideal para uso como correspondente não bancário. Aspectos como robustez, versatilidade, confiabilidade e simplicidade de operação tornam o TA 5000 uma ferramenta importante na automação do atendimento ao público e sua operação por pessoal com pouca qualificação técnica.

• Truncagem e processamento de documentos – Sistema completo de digitalização de documentos, totalmente compatível com os padrões Febraban. Além de solução para o back office, a Diebold já conta com um terminal que aceita depósito de cheques fora do envelope, onde as imagens dos cheques são capturadas, processadas e transmitidas para a central através de um workflow previamente configurado.

Raul Zito

Tom Swidarski, CEO mundial da Diebold, foi um dos principais palestrantes do Ciab 2012

Thomas W. Swidarski, presidente mundial da Diebold, apresentou a palestra “Delivering Convenience, Security and Innovation”, quando mostrou o resultado de uma pesquisa realizada com cerca de 25 mil consumidores de mais de 20 países sobre as expectativas e preocupações dos correntistas quanto ao uso dos canais de atendimen-

to. Outra pesquisa igualmente abrangente revelou as principais demandas dos bancos, tendências e desejos sobre a gestão dos canais de atendimento, em especial do autoatendimento, e como a indústria de automação está se preparando para atender às expectativas dos bancos e de seus clientes com novas tecnologias e novas funcionalidades.

Nesse sentido, Swidarski elencou quatro inovações que considera essenciais para a evolução dos canais bancários: a virtualização, 4G, tecnologias multicanal e multivendor. E para encerrar questionou: “Será que vamos chegar a uma sociedade sem dinheiro e sem agências?”. A Diebold não acredita que isso acontecerá tão cedo.


istockphoto

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inovação

A transformação das agências bancárias e o aumento do volume de negócios Por Jarbas Cruz Raul Zito

A transformação das agências bancárias gera, inicialmente, um aumento de 20% nos custos, no entanto, provoca um incremento de 35% no volume de negócios

M

udanças no ambiente financeiro global têm levado os bancos de varejo a discutirem a eficiência do modelo de atendimento das agências, abrindo frentes internas de avaliação do desempenho comercial, operacional e financeiro de suas redes. Esta reflexão também foi estendida aos clientes visando captar opiniões e críticas sobre as deficiências no atendimento atual e como eles gostariam de ser atendidos.


inovação

f

Estes estudos revelaram alguns aspectos interessantes:

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1

Há uma enorme divergência en-

Os clientes estão cada vez mais sensíveis a preços, tarifas e taxas, não hesitando em mudar de banco quando se sentem insatisfeitos.

6

tre a expectativa dos clientes e

Os clientes consideram a agência

o tipo de atendimento oferecido

como principal ponto de contato

pelos bancos. Os clientes espe-

com os bancos, tanto para a aqui-

ram um atendimento proativo e

sição ou contratação de produtos

que seja realizado por pessoas

e serviços (atendimento geren-

com conhecimento especializado

cial) como para a realização de

e os bancos oferecem um aten-

transações (ATMs e caixas).

dimento simpático, por pessoas com conhecimento genérico.

2

Antes de decidir pela contratação de um produto ou serviço, os clien-

Os clientes estão igualmente dis-

tes usualmente fazem duas ou três

postos a estabelecer uma relação

consultas ao banco via Internet

duradoura com bancos que enten-

Banking, call center ou agência,

dam suas necessidades e inovem

por telefone ou pessoalmente.

seus modelos de atendimento.

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bancárias está fechada nos ho-

ço de migrar 90% das transações

rários em que os clientes têm

para canais eletrônicos, os 10%

maior disponibilidade de tem-

remanescentes nos caixas corres-

po para visitá-las.

pondem a 40% dos custos opera-

A maior parte das agências

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7

Apesar do êxito obtido no esfor-

cionais de uma agência e a 10% dos custos globais de um banco. A eficiência comercial dos ban-

Cerca de 90% dos vínculos com

cos de varejo está diretamente

clientes são construídos e rompi-

ligada à dimensão de sua rede de

dos dentro das agências.

pontos de venda (agências).


Em função desses estudos, alguns bancos decidiram desenvolver planos para transformar suas agências, combinando arquitetura, processos e tecnologia para criar um modelo de atendimento com forte simplificação operacional, permitindo a alocação integral dos recursos humanos em atividades de pré-vendas e negócios. Inspirados em modelos de redes de lojas de varejo inovadoras, tais como Sony e Apple, os arquitetos incorporaram a ideia de levar aos clientes uma nova experiência multissensorial ao usarem uma agência com cores, iluminação, texturas, aromas, sons e mobiliário especiais. Um elemento-chave neste processo foi a adoção de terminais de autoatendimento com funcionalidades avançadas, tais como recicladores de numerário, dispensadores de troco e depositário de cheques com scanner. Com capacidade para atender clientes, não clientes e até pessoas jurídicas que transacionam grande volume de cédulas e cheques, as novas ATMs puderam absorver quase 100% das transações anteriormente atendidas nos caixas. Adicionalmente, foram introduzidos nas salas de autoatendimento novos terminais interativos de consultas, transações sem numerário e de atendimento comercial apoiados por videoconferência 24 horas por dia, sete dias por semana. A adoção destes elementos foi fundamental para que a agência transformada tenha nascido com o seu fluxo transacional e informativo já implementado em canais eletrônicos.

E para completar, a otimização dos processos de atendimento nas plataformas de negócio foi obtida com o apoio de sistemas de CRM, workflow, gestão eletrônica de documentos e gestão de rentabilidade da carteira de clientes administrada pelo executivo de contas, permitindo seu acompanhamento como uma unidade de negócios virtualmente autônoma. Mas o principal elemento de transformação foi, no entanto, o recrutamento e treinamento de funcionários especializados e proativos, com perfis adequados para trabalhar nas novas agências. A preocupação com a gestão da experiência de atendimento é um requisito essencial para o sucesso do projeto. Gerir a experiência é buscar constantemente manter o nível do atendimento dentro dos patamares de qualidade e satisfação previamente definidos. Para garantir que a experiência seja homogênea em todas as agências transformadas, ela deve ser monitorada de forma centralizada ou regional. Os elementos da transformação foram provados exaustivamente em agências piloto, antes de sua incorporação ao modelo definitivo. Segundo alguns estudos, a transformação gera inicialmente um aumento de 20% nos custos das agências, no entanto, provoca um aumento de 35% no volume de negócios. Vários bancos já aprovaram os seus modelos transformados e partiram para a implantação massiva em toda a rede, tais como o Umpqua Bank (USA), Jyske Bank (Dinamarca), Belfius Bank (Bél-

gica) e Helm Bank (Colômbia). Outros seguem operando o novo modelo em pequenas redes, tais como o Barclays (UK), Citibank (USA), BNP Paribas (França) e Deutsche Bank (Alemanha). No Brasil, podemos citar o Espaço Banco do Brasil, instalado no Shopping Iguatemi, em Brasília (DF); a agência-conceito Bradesco Next, além de algumas agências do Banco Itaú que estão proporcionando aos clientes uma nova experiência no atendimento. As agências transformadas serão fundamentais para a conquista de corações e mentes das novas e exigentes gerações de clientes.

“Não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes e sim aquelas que melhor se adaptam às mudanças” Charles Darwin Jarbas Cruz é consultor da Diebold Brasil para novas tecnologias.


ESPECIAL II

Diebold completa 20 anos de produção em Manaus Logística é o grande desafio de quem produz na região Norte

A

Zona Franca de Manaus (ZFM) surgiu no final da década de 60 como estratégia de desenvolvimento regional dos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima e as cidades de Macapá (AP) e Santarém (PA). A ideia era, entre outras, garantir a soberania nacional sobre as fronteiras ao norte do País, além da proteção ambiental e melhor qualidade de vida para a população. Com essa estratégia, o governo brasileiro conseguiu que todo o País prestasse atenção àquela enorme faixa verde de terra, e o pulo do gato foi oferecer incentivos fiscais tais que valessem a pena para qualquer empresa instalar-se ali, apesar da distância. Hoje, com suas 600 indústrias de alta tecnologia e que geram mais 14 | 15

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de meio milhão de empregos, diretos e indiretos, a Zona Franca ainda é uma boa opção para as empresas, em termos fiscais e para a população, em função do mercado de trabalho; e Manaus ficou mais perto de todo o País. No caso da Diebold, a cidade ocupa um lugar especial em sua história. Segundo Antonio Galvão, vice-presidente de operações da Diebold, a Zona Franca foi uma excelente opção e ajudou a trazer competitividade para o negócio na época, além de uma grande experiência em termos logísticos. Tudo começou em 1992, quando iniciou suas atividades com uma operação ainda pequena para produção de terminais de caixa e servidores. Dois anos mais tarde, após um estudo detalhado, a companhia Procomp, na época, decidiu transferir também a fábrica de

ATMs que, até então, funcionava em São Paulo. Assim, a nova unidade começou a operar com força total e já com as áreas de engenharia industrial e controle de qualidade estruturadas. Em 1999, a fábrica ganhou um novo endereço em Manaus e é onde permanece até hoje. Mas a evolução da empresa na cidade não para nunca. Em 2001, foi inaugurada a fábrica de cofres; em 2007, aconteceu a transferência da produção dos mecanismos de impressão de mecânica fina (linha Mecaf); e, em 2011, se deu a consolidação de todas as unidades em um modelo de lean manufacturing, reunindo a fabricação de diversos produtos em 18 mil metros quadrados de modernas instalações e com o auxílio de 400 colaboradores.


Arquivo pessoal

Divulgação

Polo industrial de Manaus, onde está localizada a fábrica da Diebold e o Rio Negro ao fundo

Modernidade e desafio logístico

conta Fernando Cúrcio, diretor industrial da Diebold.

A unidade de cofres da Diebold instalada em Manaus é, sem dúvida, uma das mais avançadas do País. Possui células robotizadas de solda, corte de aços de alta precisão, além de realizar usinagem com as ferramentas mais modernas do mercado. Todos os colaboradores recebem treinamento especializado para comandar máquinas a laser, CNC (Controle Numérico Computadorizado), operar robôs, pintura a pó, entre outros. “A criação da fábrica de cofres foi um desafio incrível. Por se tratar de uma unidade mecânica, foi uma ação completamente diferente de tudo que a empresa já havia feito”,

Mas, o principal desafio para quem produz na ZFM é mesmo a logística de transporte para recebimento de mercadorias e escoamento da produção. O sistema rodoviário é precário, a estrutura aeroportuária se ressente da falta de aviões cargueiros e de terminais adequados e, por fim, no caso das hidrovias, faltam entrepostos multimodais, os portos não conseguem atender à demanda e o tempo de percurso é sempre muito longo. Fernando Cúrcio conta que, no caso da Diebold, os equipamentos são despachados para o resto do País por via fluvial, aérea e rodoviária.

“Produzir em Manaus é vantajoso por conta das isenções de impostos, mas exige um trabalho minucioso da logística para que todos os prazos sejam cumpridos”, afirma. Ele explica que, normalmente, os pedidos saem de Manaus de avião ou de balsa até Belém (PA), de onde seguem até seu destino via rodoviária. “A operação na ZFM trouxe, para toda a empresa, um conhecimento incrível em termos de logística e que nos ajudou em todos os outros negócios, inclusive no caso da distribuição das urnas eletrônicas pelo Brasil, e para nossa área de assistência técnica, que hoje chega em qualquer parte do País sem grandes dificuldades”, completa.


Peopleware

Recorte,

COLE e divirta-se!

Na década de 60, com a primeira viagem dos astronautas americanos à lua, o mundo todo mergulhou em um clima de fantasia sobre o espaço sideral. Isso influenciou toda uma geração e alimentou a imaginação de milhares de crianças mundo afora como Marco Lallo – hoje gerente de projetos de automação eleitoral da Diebold – seu irmão mais novo e seu primo que, na casa dos avós, brincavam de desenhar e montar miniaturas de papel com temas aeroespaciais. Os garotos, após essa motivação inicial inspirada pela Apollo 11, ainda passaram boa parte da infância recortando, colando e montando modelos de uma infinidade de objetos, de carros a casas, animais etc. Já na pré-adolescência, os modelos ficaram mais elaborados e os três amigos, além de régua, cola e canetinha hidrocor, tiveram que apelar para o uso de compasso, esquadro, transferidor e seus conhecimentos incipientes de geometria. Esse era o hobby preferido dos meninos que se destacavam na escola por conta do talento com trabalhos manuais. 16 | 17

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RĂŠgis Filho

Marco Lallo e seus modelos de papel em miniatura


Peopleware

O tempo passou e, quase trinta anos depois, já formado em engenharia elétrica, computação e pós-graduado em marketing, Marco Lallo, um entusiasta da internet e o seu alcance globalizado, começou a pensar em alguma ideia para entreter pessoas pela grande rede. Foi assim que decidiu resgatar o talento esquecido no passado e voltar a criar modelos em papel e postá-los para que qualquer um pudesse fazer suas próprias montagens em miniaturas. Então, em 2000, Lallo criou o site www.recortecole.com.br. Nessa retomada, agora com mais habilidade e experiência, Lallo montou um modelo de carro de combate, um caminhão de bombeiros e, em seguida, uma réplica aproximada do avião do lendário Barão Vermelho, o aviador alemão da Primeira Guerra Mundial. E assim foram surgindo os mais variados modelos que hoje podem ser encontrados no site com dicas de como montá-los, quais materiais usar, instruções e orientações detalhadas sobre os papéis mais resistentes, a gramatura ideal etc.

Passo a passo O hobby de Marco Lallo é trabalhoso e exige dedicação. São horas e dias de pesquisas, desenhos e cálculos geométricos. “Primeiro, faço um protótipo em papel, sem pintura, só para dar forma à futura miniatura; depois aplico o desenho técnico com medidas e informações descritivas, pinto e finalizo os detalhes”, ensina. Após essa primeira etapa, Lallo monta a miniatura final, tira fotos e as publica no site.

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Ele reconhece que a satisfação na montagem das peças ainda é a mesma de quando era criança, mas o fato de poder compartilhá-las publicamente deu um novo impulso ao hobby. “Apesar de dar trabalho, ajuda a aliviar o estresse do dia a dia e os resultados são gratificantes. Respondo e-mails constantemente e interajo com os internautas interessados nessa mesma atividade”, descreve ele.

Coisas do Brasil

Em 2008, após descobrir que no mundo todo há artistas de papel-modelismo que desenvolvem miniaturas, origamis e kirigamis (uma variação dos origamis) – hobbies muito populares na Europa, Ásia e nos Estados Unidos – achou melhor dar um toque brasileiro aos modelos e passou a construir miniaturas típicas: a estátua do Cristo Redentor, a caravela de Cristovão Colombo, o Museu de Artes de São Paulo (Masp), o 14-Bis, carros de combate do Brasil usados no Haiti e viaturas da Polícia Militar de São Paulo. Na esteira das brasilidades, não por acaso Lallo incluiu o modelo da urna eletrônica. É que o gerente acabou se tornando um dos especialistas da Diebold em automação eleitoral; ele participou do processo de desenvolvimento do protótipo da urna eletrônica desde 1996, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou a primeira licitação para a produção das urnas e não saiu mais da área. Após tantos anos de dedicação às urnas reais, Lallo achou que era hora de fazer uma miniatura do equipamento. “Foi um sucesso!”, recorda.


e livro didático

Com um hobby como esse e um site na internet que lhe confere ainda mais visibilidade, Marco Lallo sempre recebe pedidos inusitados. Um dos casos mais interessantes, lembra ele, foi o pedido de um de seus amigos. Ele queria que Lallo construísse uma réplica do navio Lavoisier, onde os pais se conheceram na década de 50. Lallo atendeu o desejo do amigo e o impecável modelo foi usado como destaque na decoração da festa das bodas de ouro do casal. Lallo também conta que uma professora da rede municipal de ensino, em São Paulo, incluiu em sua aula de educação artística o site recortecole.com.br para entreter seus alunos e motivá-los a se aventurar pelo mundo da

montagem de miniaturas em papel. Mais motivador ainda para Lallo foi ter sido incluído no livro “A Arte de Fazer Arte – 4º ano”, dos autores Denise Akel Hadad, Dulce Gonçalves Morbin e Priscila Okino, pela Editora Saraiva. O modelo do Masp em miniatura encontra-se na página 49.

Para quem quer se arriscar

Os modelos podem parecer coisa de criança, mas necessitam de uma boa dose de vontade e habilidade. De acordo com o gerente, quem nunca recortou, dobrou e colou pode ter alguma dificuldade no início, mas pode aprender montando os modelos mais simples. “O tempo de montagem depende da desenvoltura de cada um. A urna, por exemplo, não é muito difícil, mas pode dar trabalho. Talvez uma hora”, admite Lallo.

Nem sempre o gerente tem o tempo que gostaria para se dedicar a seu hobby, mas continua recebendo dezenas de e-mails com comentários, pedidos de novos desenhos e troca de informações por conta do site que mantém nos idiomas português e inglês. O público interage o tempo todo e a página conta hoje com 42 mil page views mensais. O executivo chegou a recusar alguns pedidos por falta de tempo em atendê-los, mas já está enxergando uma saída para esse problema. Seus dois filhos também nasceram com a mesma habilidade, principalmente sua filha de oito anos que desenha e pinta. “Quem sabe, ao me aposentar, farei uma parceria com minha filha que herdou o meu talento para atendermos a toda a demanda”, diverte-se.

Régis Filho

Casos pitorescos


CAPA

Diebold adquire GAS Tecnologia e passa a atuar nos canais Internet e Mobile Banking Soluções da GAS estão instaladas em mais de 30 milhões de computadores no País

Depois de alguns anos em busca de uma empresa para aquisição, com dinheiro em caixa e desejo de atuar mais fortemente em outros canais bancários, a Diebold, finalmente, encontrou o que procurava. A companhia anunciou no dia 5 de setembro a aquisição da GAS Tecnologia, empresa brasileira especializada em soluções de segurança da informação e que protege, com seus sistemas, quase 70% das transações de Internet Banking no Brasil. 20 | 21

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Régis Filho

João Abud Junior, presidente da Diebold Brasil e Leonardo Soares da Silva, diretor de negócios da GAS Tecnologia


Raul Zito

CAPA

“Esta aquisição representa um novo tempo de crescimento para nossa companhia no mercado brasileiro”, disse Thomas W. Swidarski, presidente e CEO da Diebold. “Durante os últimos anos, experimentamos grande sucesso na região e estamos confiantes de que a GAS será uma adição significativa para Diebold à medida que expandimos a nossa experiência e conhecimento no setor de segurança no Brasil. Nossa intenção é ampliar o menu de soluções da GAS e levar essa oferta para América Latina e outros mercados internacionais”, garantiu o CEO. 22 | 23 DBM | Novembro 2012

Satisfeito com a complementação da oferta Diebold no País, o presidente João Abud Junior comemora: “Com essa aquisição, passamos a atuar em todos os principais canais bancários, desde a automação dos caixas na agência, passando pelo autoatendimento e agora atuando fortemente nos canais virtuais”. Ele lembra que depois de 25 anos de liderança nos canais autoatendimento e agência, a empresa buscava essa diversificação. O negócio envolveu 100% das ações da GAS, que permanecerá como unidade de negócios independente; seus executivos se reportarão a Carlos Alberto Pádua, vice-presidente de tecnologia da Diebold Brasil. Estudo da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) aponta, entre outros dados, que nos últimos cinco anos, o Internet Banking firmou-se como o canal preferido dos brasileiros para transações bancárias. Hoje, o País tem cerca de 42 milhões de contas correntes com acesso via internet, o que representa 46% do total de contas ativas. Além disso, esse número vem crescendo a uma taxa de 18% ao ano desde 2002. O estudo mostra ainda que o crescimento do uso do Internet Banking

tem sido alavancado pelo maior acesso à banda larga associado aos investimentos em segurança feitos pelos bancos. “O volume de transações através do Internet Banking dobra a cada três anos e as transações com plataformas móveis, apesar de ainda incipientes, têm mostrado um tremendo potencial de crescimento para se tornar um canal dominante em futuro próximo”, ratificou Carlos Pádua. Os executivos concordam que o grande desafio para esses canais é a segurança das transações e a GAS é hoje a líder no fornecimento de sistemas de segurança lógica para esse mercado. “É crucial ter soluções que garantam a integridade das transações contra fraudes por meio de software. O sistema desenvolvido pela GAS é estado da arte no Brasil e no mundo e a Diebold pretende transformar essa linha de soluções em um negócio de amplitude global”, comentou Pádua.

São 32 milhões de computadores protegidos Com um faturamento anual de R$ 30 milhões e 125 funcionários – sendo quase 60 especialistas na área de segurança cibernética ­– a GAS (sigla que quer di-


zer Gerador Automático de Sistemas) foi fundada em 1992 e tornou-se líder no Brasil na área de gestão de risco e prevenção à fraude em ambientes digitais no mercado financeiro. Entre seus principais produtos para segurança lógica estão os conhecidos módulos de proteção dos bancos que os correntistas devem instalar quando iniciam o uso do Internet Banking. De acordo com estimativas da própria GAS, cerca de 32 milhões de computadores no Brasil utilizam suas tecnologias através do sistema bancário e têm suas transações protegidas. Para Hilton Silva, diretor executivo da GAS, o negócio com a Diebold é uma excelente oportunidade para alavancar a tecnologia local. “O foco de nossas soluções está direcionado para

a identificação e prevenção das técnicas de ataques utilizadas para explorar vulnerabilidades do ambiente operacional dos usuários dos sistemas bancários. Trata-se de um desafio mundial para o qual nós temos a solução”, afirma. Silva explica que a grande inovação que a GAS trouxe para o mercado não foi só em termos tecnológicos, mas trata-se de um conceito no qual o banco estende sua política de segurança até o ponto mais vulnerável, o computador do correntista, e no exato momento em que ele está utilizando os serviços. Isto é, o banco fornece uma ferramenta que atua do lado do usuário, monitorando, acompanhando as tendências de fraudes e atividades maliciosas e é capaz de agir

antes que o ataque aconteça. “Trata-se do conceito de blindagem digital que impede a ação maliciosa enquanto o correntista está usando o site do banco”. Segundo o diretor da GAS, o Brasil é o segundo país mais atacado do mundo por hackers e um dos que mais realiza transações bancárias pela internet. “Nossos bancos só permitem mais transações porque temos tecnologia capaz de proteger nossos correntistas. Se não tivéssemos essa tecnologia não poderíamos avançar no Internet Banking no País desse modo”, avalia. Ele informa que o Return of Investment (ROI) da ferramenta é de 30 dias e sua implementação é rápida. “Requer o mínimo de alteração em termos de programação”.

Régis Filho

Da esq. para a dir.: Maurício de Nazar Abreu (Diebold), Mike Tharp (Diebold), Leonardo Silva (GAS), João Abud Junior (Diebold), Fernando Carvalho (Diebold), Rafael Homem Del Rei (GAS) e Evandro Silva (GAS)


Chefs, SOMMELIERS, baristas e cia.

Nutrição e longevidade Divulgação

Por Antonio Herbert Lancha Jr.

Antonio Herbert Lancha Jr. é professor titular de nutrição da Escola de Educação Física e Esporte de São Paulo e coordenador da equipe de nutrição do Vita (SP).

nutricao@revistao2.com.br

A alimentação é um fator que está diretamente relacionado à qualidade de vida e longevidade; nesse quesito, a massa muscular é muito importante para essa qualidade de vida. E para preservá-la, indica-se atividade física de elevada intensidade e ingestão calórica de proteína entre 1 e 2 g por kg de peso/dia. Entretanto, a elevação da ingestão proteica acima dessa referência determina perda de massa muscular por ação de hormônios catabólicos como o cortisol. A participação da ingestão de carboidratos deve representar a maior parcela do total calórico na prevenção da degradação proteica típica do processo de envelhecimento. 24 | 25 DBM | Novembro 2012


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Chefs, sommeliers, baristas e cia.

Alimentação para o cérebro

Neurônios em dia

A presença do gene que codifica o Alzheimer (ApoE 4) foi uma grande descoberta dos anos de 1990 por Allen Roses. Entretanto, a presença apenas do gene não garante a manifestação da doença e fatores ambientais como estresse, qualidade e número de horas de sono, processos inflamatórios crônicos, concussões cerebrais ao longo da vida, depressão do sistema imune, fumo e alcoolismo estão intimamente associados com a manifestação da doença. Além disso, o declínio da atividade cerebral identificada em aposentados que reduzem o input de informação após os 60 anos de idade também podem contribuir com o aparecimento dessa terrível doença.

Com o envelhecimento, várias alterações ocorrem no sistema nervoso central levando à perda de memória, redução da capacidade cognitiva e Alzheimer. Já foi demonstrado que o processo inicial que desencadeia essas alterações é o acúmulo de uma substância chamada amiloide. Essa substância é normalmente produzida pelas células do sistema nervoso central, mas não se acumula, isto é, ela é produzida e removida constantemente. No envelhecimento, no entanto, a remoção dessa substância fica prejudicada e ela se acumula nos neurônios, dificultando a funcionalidade destes, ocasionando morte de neurônios

Além de manter a atividade intelectual e física, é importante o consumo adequado da relação entre ômega 6 (gordura dos queijos, manteiga e derivados) e ômega 3 (gordura do peixe). A desproporção com alta ingestão de alimentos fontes de ômega 6 está associada às doenças neurológicas com ênfase no Alzheimer. O problema é que normalmente consome-se mais queijo, proporcionalmente, do que peixe. Sendo assim, a recomendação é elevar o consumo de ômega 3, ingerindo peixe de duas a três vezes por semana. Essas conclusões podem ser encontradas no estudo Short-term long chain omega3 diet protects from neuroinflammatory processes and memory impairment in aged mice. VF Labrousse, A Nadjar, C Joffre, L Costes, A Aubert, S Gregoire, L Bretillon, and S Laye PLoS One, Jan 2012; 7(5): e36861.

Baixo consumo de caloria = maior longevidade

26 | 27 DBM | Novembro 2012

e redução do tamanho cerebral. Esse fenômeno ocorre fundamentalmente após os 60 anos com o aumento do AAMI — Aging Associated with Memory Impairment ou envelhecimento associado à deficiência de memória. A homotaurina, substância encontrada em pequena quantidade nas algas marinhas, reduz a atividade da enzima responsável pela síntese de amiloide. Assim, a homotaurina previne o “encolhimento” (shrink) do hipocampo cerebral, principal região afetada no Alzheimer, minimizando os efeitos do envelhecimento no sistema nervoso central. Nesse caso, recomenda-se suplementação de 100 mg/ dia de homotaurina, uma vez que, para atingir essa quantidade, seria necessário o consumo de 5 kg de algas marinhas.

O mesmo estudo apresentou que reduções nas concentrações de IGF1 (fator de crescimento semelhante à insulina) estão associadas com maior degeneração neurológica e redução da função cognitiva em idosos. A associação entre o consumo de carboidratos, secreção de IGF1 e função neurológica atua prevenindo a perda da função cognitiva. Dessa forma, os pesquisadores condenam a retirada de carboidratos da dieta, sob o risco de acelerar a degeneração neurológica.

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De acordo com pesquisas, populações com discreto déficit energético, como o Japão e a Itália, apresentam maior longevidade quando comparadas a países que apresentam consumo calórico com superávit, caso dos Estados Unidos. Experimentalmente, esses resultados se confirmam quando ratos com déficit calórico de 30% sobrevivem mais que os ratos superalimentados. Sendo assim, sugere-se manter sempre um ligeiro déficit calórico, com consumo calórico maior do que a ingestão.


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Evidências nutricionais para reduzir as doenças do envelhecimento A ação da vitamina D tem sido evidenciada para o incremento do metabolismo do cálcio. A vitamina D não só está relacionada à prevenção de osteopenia, mas principalmente de sarcopenia. Por isso, recomenda-se suplementação da ingestão de vitamina D. O ácido fólico, bem como a vitamina B12, são apontados como elementos essenciais na prevenção imunitária e na manutenção das células vermelhas. O consumo de luteína e de óleo de peixe foi apontado como importante na prevenção da perda de memória e da demência senil.

Suplementos & cérebro O consumo de polifenóis reduz a atividade oxidativa nos neurônios, privilegiando a memória. Essas substâncias agem reduzindo a morte de neurônios saudáveis, da mesma forma que curcumina e quercitina. O consumo de sucos “berries” (framboesa, amora, mirtilo) apresentou melhoras significativas da memória. Sendo assim, recomenda-se o consumo diário desse tipo de frutas (a quercitina é encontrada em pequena quantidade na maçã) e de curcumina (que está no curry, tempero muito usado na culinária indiana). O suco de uva, que contém resveratrol, outro polifenol, elevou o tempo de vida de animais mesmo com dietas ricas em lipídios. Parece que essa substância age como potente anti-inflamatória, porém mais estudos ainda são necessários para esclarecer suas reais funções.


negócioS

Companhia conquista o mercado de cooperativas de crédito no País O cooperativismo de crédito no Brasil pode até ser um mundo desconhecido para muitos que se acostumaram com a gigantesca malha de atendimento dos grandes bancos, mas essa realidade está com os dias contados. É que as cooperativas estão investindo, cada vez mais, em redes de autoatendimento e já pensam até mesmo em compartilhá-las para atender seus clientes de norte a sul do País. 28 | 29 DBM | Novembro 2012


Em termos de redes de atendimento e número de clientes, as cooperativas também aparecem entre as dez maiores instituições. Das mais de 24,5 mil agências, 18,4% são de cooperativas de crédito. No ranking geral, encabeçado pelo Banco do Brasil, o Sicoob aparece na 6ª posição com 1.909 pontos de atendimento seguido pelo Sicredi com 1.130 pontos; a Unicred aparece na 10ª posição com 423 pontos. Quando o assunto é número de clientes, as cooperativas voltam a constar de um ranking que traz gigantes como BB, Caixa, Bradesco e Itaú Unibanco. Nesse quesito, o Sistema Sicoob ficou em 8o lugar com seus mais de 2 milhões de associados (exatos 2.023.000 associados) e, novamente, com o Sicredi logo atrás, na 9ª posição, com mais de 1,8 milhão de associados (exatos 1.870.000 associados).

Mercado promissor A Diebold Brasil vem atendendo a esse segmento há quase uma década, mas agora consolidou sua presença como principal fornecedor de produtos e serviços para autoatendimento das cooperativas de crédito. Segundo

João Abud Jr, presidente da Diebold no País, o volume de vendas de ATMs da companhia para as cooperativas dobrou nos últimos três anos; ele acredita que isso foi possível graças à flexibilidade e capacidade da empresa em atender a um mercado pulverizado, além de sua presença em todas as regiões do País. Raul Zito

Para se ter uma ideia do potencial do cooperativismo, de acordo com a edição de Maiores e Melhores 2011 da Revista Exame, o volume de ativos administrado por esse segmento ocupa a 9ª posição no Brasil, sendo que em volume de depósitos as cooperativas ocupam a 7ª posição (R$ 50 bilhões). Em dezembro de 2010, o total de ativos do mercado financeiro brasileiro era de R$ 4,8 trilhões, sendo representado por 139 bancos, 1.340 cooperativas de crédito e 294 outras instituições.

“Acreditamos que

essa rede, hoje um piloto, em futuro próximo, poderá

interligar também todas as ATMs dos

vários sistemas de

cooperativismo de crédito do País”,

prevê Kuhlmann.

A companhia fornece, atualmente, caixas eletrônicos para algumas das maiores cooperativas de crédito, como Sicoob (1.156 máquinas), Sicredi (665), Cecred (238) e Unicred (250), totalizando um parque de 2.309 equipamentos Diebold. As principais cooperativas juntas possuem hoje em operação pouco mais de 4 mil ATMs. Recentemente, a Diebold desenvolveu uma solução que permite interligar a rede nacional de autoatendimento de sistemas cooperativos. A solução está sendo homologada, inicialmente, para os mais de 258 mil cooperados da Unicred, instituição financeira cooperativa composta por 108 Unicreds Singulares em 24 estados da federação. Trata-se de um serviço inédito no Sistema Unicred por permitir que o cooperado realize transações de saques, depósitos e consultas de saldos fora de sua região, em quaisquer ATMs instaladas nas Unidades de Atendimento (UAs), como são conhecidas as agências do sistema. As centrais da Unicred têm suas estruturas totalmente independentes; as três redes de ATMs dessas centrais já são atendidas pela Diebold há mais de oito anos e somam 241 pontos de atendimento. De acordo com Augusto Kuhlmann, diretor comercial corporativo da Diebold Brasil, este projeto está entre as várias ações para incrementar a oferta de serviços para os cooperados. “Acreditamos que essa rede, hoje um piloto, em futuro próximo, poderá interligar também todas as ATMs dos vários sistemas de cooperativismo de crédito do País”, prevê Kuhlmann.


Voz do Cliente

Raul Zito

Pesquisa mundial de satisfação revela crescimento da lealdade dos clientes brasileiros às ATMs Diebold “Acreditamos que essa

satisfação reflete nosso

investimento constante no aperfeiçoamento das nossas relações comerciais e de um

time de representantes

de primeira linha que é

totalmente aderente aos

Carlo Benedetto, diretor-geral de marketing e vendas da Diebold Brasil

A

Diebold Inc., acaba de divulgar os resultados de sua pesquisa de satisfação global chamada Voice of Customer, e a subsidiária brasileira, novamente, obteve um dos mais altos índices de lealdade em todos os itens pesquisados. De acordo com os dados apurados, mais de 90% dos clientes da companhia no País não só estão satisfeitos como vão aumentar suas compras com a marca Diebold em 2012.

30 | 31

DBM | Novembro 2012

desafios dos clientes” A pesquisa revelou um crescimento de satisfação entre 2011 e 2012, especialmente nos segmentos de segurança de ATM, hardware de ATM, serviços técnicos e representantes de vendas. O assunto hardware de ATM alcançou 18 pontos percentuais de incremento, atingindo 92% de confiança entre os clientes. Outro fato que chamou a atenção na tabulação dos números foi a satisfação com o time de representantes de vendas da empresa no Brasil. O crescimento entre um ano e outro foi de 19% chegando a 82% de lealdade. “Acreditamos que essa satisfação reflete nosso investimento constante no aperfeiçoamento das nossas relações comerciais e de um time de representantes de primeira

linha que é totalmente aderente aos desafios dos clientes”, avaliou Carlo Benedetto, diretor-geral de marketing e vendas da Diebold Brasil. Diferentemente dos modelos tradicionais de pesquisa de satisfação, o modelo criado pela Diebold possui duas categorias de fidelização: ativa e inativa. Isso ajuda a diferenciar entre o percentual de clientes que estão em um ciclo constante de compras durante o ano versus os que não estão comprando com a mesma frequência no período. Além disso, os diferentes níveis de perguntas resultam em cálculos que permitem estabelecer métricas para efetivar melhorias quando necessárias.


notas

AUTOCOM 2012

Raul Zito

Lançamentos para o varejo e a participação de software houses parceiras foram os destaques do evento A AUTOCOM 2012 – Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio, que aconteceu em junho passado, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), foi o palco perfeito para a mostra de toda linha de soluções Diebold para o varejo. Em seu estande, que contou com novo layout - mais atraente e receptivo ao público - a empresa demonstrou sua linha de impressoras, PCs e servidores, além de soluções de software houses parceiras. “A nossa participação foi um sucesso porque conseguimos apresentar novidades e abrimos espaço para parceiros que criaram aplicações dos nossos produtos para diversos segmentos”, analisou Milton Ifuki, gerente de negócios e produtos da Diebold.

Os destaques do estande foram o mini PC Verus Box, um tablet corporativo robusto e ainda as impressoras portáteis Star Micronics com certificação Anatel. “Essa nova impressora atende muito bem à questão da mobilidade, que está em alta, com muitas soluções em desenvolvimento ligadas a tablets ou smartphones”, reforçou o gerente. Cerca de oito mil profissionais da área participaram do congresso e da mostra, além de 80 expositores.

Intel Developers Forum 2012 Novos servidores destinados aos data centers Há quase 20 anos, a Diebold investe na fabricação de servidores, seja para projetos de inclusão social do governo, seja para bancos, varejo ou mercado corporativo. Sua fabricação própria, em parceria com a Intel, obedece às mais importantes normas do mercado, como a RoHS – que restringe o uso de substâncias nocivas ao meio ambiente. Agora, após o sucesso de venda da linha Verus Server TW 9850, a Diebold Brasil lançou, durante o Intel

Delevoper Forum Brasil (IDF 2012), o servidor TW 9100, baseado no processador Intel® Xeon® E5-2600. Destinado a aplicações de altíssimo desempenho, como servidor de agências bancárias, servidor de impressão, de e-mails e de armazenamento de arquivos, a configuração do novo produto se dá por meio de quatro servidores em rack de 2U. Seu desempenho é até 2,25 vezes superior aos modelos anteriores, apre-

senta consumo reduzido de energia e alta performance por watt e/ou real investido, com certificação 80 Plus de eficiência. É compatível com os sistemas operacionais MS Windows® Server e Linux, o que facilita a migração de aplicações. O gerenciamento pode ser local ou remoto, por meio de porta de rede dedicada. A Diebold assume a instalação, oferece garantia on-site e presta suporte de atendimento e gerenciamento.


socioambiental

Assédios moral e sexual no ambiente de trabalho Régis Filho

Por Sergio Vieira

Sergio Vieira, advogado do escritório LOBO & IBEAS ADVOGADOS

D

iscussões sobre assédio moral no mundo corporativo têm sido cada vez mais frequentes. Contribui para esse cenário, entre outros, o atual clima de insegurança financeira mundial e o fato de estarem os mercados cada vez mais competitivos, resultando tudo isso, não raras vezes, em uma demanda irracional por resultados e disputas entre colegas de trabalho, que em situações extremas podem acabar configurando o chamado “assédio moral”. Resumidamente, o assédio moral caracteriza-se como uma conduta abusiva, frequente e intencional, praticada mediante atitudes, gestos ou palavras, e que gere constrangimento físico ou psicológico a uma pessoa, vindo a pôr em risco o 32 | 33 DBM | Novembro 2012

seu emprego ou degradando o seu ambiente de trabalho. A conduta abusiva no ambiente de trabalho é aquela que extrapola os limites impostos pela lei. O empregador tem sobre seus empregados o chamado “poder diretivo”, que é a faculdade de determinar o modo como a atividade deve ser exercida, sob o ponto de vista econômico e técnico, podendo controlar e fiscalizar a execução dos serviços, impondo sanções, se necessário. Mas, para cada uma dessas faculdades, há limites a serem respeitados, que são balizados justamente pela preservação da segurança física e psicológica dos trabalhadores. Não se pode, por exemplo, exigir que o empregado pratique um ato que coloque sua vida ou sua saúde em risco, sem as adequadas medidas de proteção e segurança que o caso

requer, nem se deve expô-lo ao ridículo no exercício de suas funções. Para a caracterização do assédio moral, a conduta deve ser, além de abusiva (ou seja, que extrapole o “poder diretivo” do empregador), frequente e intencional. É a reiteração de atitudes, gestos ou palavras, trazendo em si um objetivo, geralmente o de desestabilizar a vítima, que gera o assédio moral. Um caso típico, por exemplo, é colocar o empregado “na geladeira”, ou seja, deixá-lo sem nenhum trabalho, ou isolá-lo dos demais colegas por semanas ou até mesmo meses a fio, de modo a fazê-lo sentir-se diminuído e inútil para a empresa, muitas vezes levando a um pedido de demissão. Em uma situação como essa estariam presentes todos os elementos do assédio moral de que acima se falou: atitude abusiva, reiterada, intencional, objetivando fragilizar o empregado, que acaba por “jogar a toalha” e desligar-se da empresa. Apesar de o assédio moral ocorrer mais frequentemente na linha vertical, isto é, entre chefes e subordinados, também pode ocorrer horizontalmente, ou seja, entre pessoas de uma mesma hierarquia. Geralmente, o assédio nessa última modalidade se dá em função de disputas por promoções e melhores cargos dentro da organização. Apesar dessa distinção, ambas as formas de assédio (vertical ou ho-


rizontal) têm as mesmas implicações e são igualmente reprováveis, devendo ser combatidas pelo empregador. Afinal de contas, quem perde com essa situação não é só a vítima, mas também a empresa. Não há nada pior para a produtividade do que um clima de tensão no ar, ou pessoas desmotivadas em função de situações geradas dentro da própria organização.

entre homens e mulheres ou vice- situações que possam ser caracte-versa, ou até mesmo entre pessoas rizadas como assédios moral ou sedo mesmo sexo. xual, como é o caso da Diebold, que dispõe do Ethics Point. Vale também mencionar que o assédio sexual, quando praticado Mas não é só o empregador que por superior hierárquico, também deve fazer a sua parte. A construtraz consequências na esfera pe- ção de um ambiente de trabalho nal, já que é considerado crime sadio é dever de todos os empre(art. 216-A do Código Penal), com gados. Não por outro motivo é que pena ao infrator que varia de um está incluído na Política de Ética a dois anos de detenção. Profissional da Diebold o princíAs empresas têm um papel fun- pio de que “todos são responsádamental na prevenção dos assé- veis pela inexistência de casos de dios moral e sexual e mitigação de discriminação, assédio ou outras seus efeitos. Costuma-se dizer que formas de condutas não apropriadevem ser seguidos os seguintes das entre os funcionários no ampassos: diagnosticar, investigar, biente de trabalho”. A soma de esidentificar, reeducar ou, caso não forços empregador-empregados é seja possível, aplicar sanções ao que, portanto, fará a diferença na ofensor. Empresas responsáveis prevenção e combate às condutas possuem canais institucionais reprováveis que se caracterizem bem definidos para o reporte de como assédios moral e sexual.

Outra forma de assédio que também tem implicações negativas no ambiente de trabalho é o chamado assédio sexual, que pode ocorrer de duas formas: a mais comum delas é o superior exigir favores sexuais de seu subordinado, utilizando-se do poder inerente à hierarquia como forma de amedrontar – a conhecida chantagem; além disso, independentemente da posição hierárquica dos envolvidos, toda e qualquer manifestação agressiva e reiterada de índole sexual que prejudique o ambiente de trabalho da vítima pode também ser interpretada como O EthicsPoint é um canal online de denúncias de atividades ilegais e não éticas assédio sexual.

Ethics Point: uma discreta ferramenta com importantes resultados

Está claro que um inofensivo galanteio entre colegas de trabalho, ou uma paquera correspondida, não caracterizará o assédio sexual. O que importa verificar é se, na conduta analisada, está sendo ameaçada a condição de trabalho da vítima ou criado um ambiente hostil. O assédio sexual, ao contrário do que muitos pensam, independe do sexo dos envolvidos. Pode estar configurado

que garante anonimato e a confidencialidade aos denunciantes. É certificado pelo Safe Harbor através do Departamento de Comércio dos Estados Unidos. A Diebold contratou o serviço e mantém a ferramenta desde 2004 em todas as suas unidades ao redor do mundo e as denúncias são recebidas por uma empresa independente, o que lhe confere total transparência. O EthicsPoint funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, e pode ser acessado por qualquer colaborador através de linha 0800 (08008911667) ou do website www.ethicspoint.com/pt.


opinião

Arquivo pessoal

Por Villela da Matta

O

“Coach”, o personal trainer dos negócios

que há em comum entre nomes como Ber-

nardinho, Felipão ou Nuno Cobra, além do fato de serem treinadores esportivos e lide-

rarem vitoriosos? A resposta é que nenhum

deles ensinou o esporte propriamente dito

aos atletas. Esses treinadores fizeram bem mais que isso! Fo-

ram peças fundamentais para potencializar competências e

despertar o desempenho máximo de cada um desses profissionais até que atingissem o topo em suas modalidades.

Analisando esses importantes resultados positivos, o mercado resolveu absorver essa figura do “Coach” do mundo es-

portivo e aplicá-la à realidade corporativa. Foi então criado o contemporâneo processo de Coaching com objetivo único

de elevar o nível dos resultados e produtividade, focalizando

o desenvolvimento de habilidades do executivo, líder ou homem de negócios. Dessa forma, tal como um “personal trai-

ner”, o Coach vai estabelecendo junto ao “atleta corporativo” circuitos de atuação específicos, trabalhando aptidões, qualidades e desempenho.

As necessidades do mundo corporativo justificam o cres-

cimento contínuo do processo de Coaching. São diferentes

“modalidades” (Executive, Career, Business, Team ou Leadership) que respeitam e obedecem a regras específicas de atua-

ção, mas todas com um único objetivo: resultado. O processo de Executive Coaching, por exemplo, não objetiva ensinar o indivíduo a ser um executivo, mas elevar o nível de habili-

dades empreendedoras desse profissional e permitir que ele atue de forma mais pragmática e efetiva. 34 | 35 DBM | Novembro 2012

Esse indivíduo que está à frente de um empreendimento, de uma área, precisa possuir uma enorme capacidade de realizar metas, competência de liderança e gestão e ainda se tornar um mestre em gerar resultados para o negócio. São prazos a serem cumpridos e indicadores a serem atingidos, e ele ainda tem que saber administrar desde as vaidades humanas, políticas internas da organização até a situação atual do mercado, acionistas, clientes, a própria família e vida pessoal. Para isso, o “Coach” pode funcionar como um excelente maestro nessa grande orquestra corporativa, organizando e harmonizando todos os setores. O processo de Coaching promove mudanças positivas e introduz de maneira efetiva, e em qualquer setor empresarial, uma verdadeira cultura de resultados recorrentes. O Coaching não é um treinamento motivacional ou de liderança, onde se absorve apenas 22% das informações adquiridas. Coaching é um novo processo que gera e estimula uma decisão ou ação contínua, validando mudanças e os novos aprendizados de forma mais eficaz. Villela da Matta é fundador e presidente da Sociedade Brasileira de Coaching® e é o único profissional com mais de 5 mil horas comprovadas de Coaching, formando pessoalmente mais de 5 mil coaches no Brasil. É Certified Master Coach pelo Behavioral Coaching Institute e Graduate School of Master Coaches.


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