Resenha do filme: Os Cavaleiros do Zodíaco – A Lenda do Santuário Diego Nascimento
Sem sombra de dúvidas podemos dizer que a série animada japonesa Saint Seiya, chamada aqui no Brasil de Os Cavaleiros do Zodíaco e exibida pela primeira vez em 1994 pela extinta Rede Manchete, é uma das séries mais assistidas e aclamadas pelos brasileiros nos últimos tempos. Mesclando astrologia e mitologia grega, o anime conquistou fãs ferrenhos que se envolveram com as aventuras de Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki para proteger a deusa Athena das forças do mau. O filme Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário estreou nesta quinta-feira, dia 11 de setembro nos cinemas de todo o país. Produzido em computação gráfica, o longa se trata de uma releitura da “Saga das 12 casas”, como é conhecida pelos fãs da série e foi feito como uma homenagem aos 40 anos de carreira do autor da trama, Masami Kurumada. Por se tratar de uma releitura, os adeptos do anime devem estar preparados para pequenas mudanças na história que, apesar de tudo, não alteram a essência da história original. Um dos motivos dessas mudanças é o desafio de diluir 70 episódios de 20 minutos cada em um filme de pouco mais de 1h30. Obviamente, alguns detalhes e acontecimentos foram cortados e alguns até modificados, porém nada que atrapalhe o entendimento de quem for leigo, por exemplo. O espectador vai encontrar também pequenas diferenças na aparência e personalidade de alguns cavaleiros, como Hyoga que passou a ter um brinco na orelha, Aioria um piercing no lábio inferior e Seiya que está mais piadista que o de costume, por exemplo. Talvez uma tentativa do autor de deixar a história com uma roupagem mais moderna. Lembrando que a “Saga das 12 Casas” foi para as telinhas no Japão em meados de 1986. Outro fato que pode surpreender as pessoas presentes nas salas de cinema é que um dos cavaleiros (não cabe aqui dizer quem é para não estragar a surpresa), originalmente do sexo masculino, passou a ser do sexo feminino neste filme, porém ainda possui o mesmo nome de homem, algo que pode confundir os espectadores mais novos e que não acompanharam a série animada. Já o cavaleiro de ouro Máscara da Morte de Câncer teve sua personalidade ampliada ao máximo, se tornando um personagem altamente caricato. A já conhecida batalha final entre Seiya de Pégaso e Saga de Gêmeos pode causar certo desconforto nos fãs mais antigos. No início, nada de diferente, porém com o decorrer do combate, algo totalmente fora dos padrões de Saint Seiya se desencadeia. Algo que eu não teria outras palavras para descrever a não ser dizer que seria uma espécie de atitude equivalente à liberdade poética na literatura. Não se sinta estranho se de repente você se lembrar das épicas batalhas de Daileon contra os mais diversos monstros na série Jaspion. No mais, é um longa graficamente bem feito. Os efeitos especiais referentes aos golpes dos cavaleiros são bonitos e impressionantes. Os dubladores originais fazem bem o seu papel e acendem ainda mais a chama de nostalgia nos fãs que acompanharam a série desde tenra idade.