EDIÇÃO Nº 14

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pra você

• ano III • edição 14 • FEV MAR 2019 •

mulheres

Elas têm a força

SO M M EL I E R

Vinhos que combinam com o verão

G AS T R O T OU R

A diversidade de sabores da culinária mexicana

carnavais BRASIL dos

Um pouco da história dessa festa que não nasceu por aqui, mas é considerada por muitos a “cara do nosso país”


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Sumário 16

Na casa do chef

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Os segredos de cozinha do casal Cairo e Célia

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Especial mulheres A trajetória de mulheres vencedoras que inspiram e são referência para a sociedade

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Capa Os muitos carnavais pelo Brasil

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Cultura no prato A história do carpaccio


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Entradas

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Elas brilham nas melhores mesas

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Mixologia Gim: a bebida do momento

Sommelier

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Vinhos para o verão

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Saúde à mesa Os benefícios do kefir

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Gastro Tour A condimentada culinária mexicana

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Moda Óculos: ícones de estilo


Editorial

Chegou o carnaval

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pesar de ser considerado por muitos a “cara do Brasil”, o Carnaval, a festa mais popular do país, não nasceu por aqui. Nesta edição, na nossa matéria de capa, contaremos um pouco da história dessa festa que nasceu na antiguidade, ganhou o mundo, mas no Brasil encontrou seu verdadeiro lar. Também apresentamos curiosidades sobre algumas cidades brasileiras para te ajudar a escolher o melhor destino para curtir a folia. E, já que estamos falando de história, a edição também destaca a do Carpaccio, esse antepasto de origem italiana que faz sucesso pelo sabor refrescante e está entre os pratos mais clássicos que podem ser servidos como entrada. Com a proposta de manter a informalidade, mas sem perder o requinte, as entradinhas, conhecidas como “finger foods”, são uma tendência crescente em grandes ou pequenos eventos. Elas podem ser comidas com as mãos ou em apenas uma ou duas bocadas e estão indo muito além dos clássicos minissalgados. Houve um tempo em que o tradicional gim tônica reinava soberano no topo da carta de drinks, mas após perder espaço para outras bebidas, o gim, um dos mais antigos destilados que se tem registro, caiu nas graças dos brasileiros novamente e está entre os prediletos dos frequentadores de bares e restaurantes por todo o Brasil. Dos clássicos às misturas mais inusitadas, o gim é novamente uma mania nacional. Com a chegada do verão, apresentamos uma seleção especial de vinhos que também podem ser apreciados na estação mais quente do ano, provando que bem escolhido e bem servido, o vinho pode ser uma opção refrescante para aliviar o calor. Entre outros assuntos, ainda destacamos: o kefir, uma bebida que tem chamado a atenção do público que busca um estilo de vida mais saudável; um passeio pela apimentada gastronomia mexicana; o protagonismo dos óculos e muito mais. Boa leitura e um forte abraço da

Família BigLar

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A revista “≠ pra você” está disponível gratuitamente para tablets e smartphones na App Store e Google Play

Coordenação Geral Genius Publicidade CEO Junior Brasa Atendimento Amanda Rodrigues Produção Gráfica Tassia Nagazawa

Conteúdo, edição e arte Direção Editorial Glauco Piccirillo Redação Adriana Panzini Andressa Boa Sorte Elen Valereto Kátia Carminatto Lidiane Barros Marcelo Xavier Michelle Monte Mor Priscila Vanti Protásio Morais

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Direção de Arte Eduardo Silva

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Revisão Bárbara Spigolon Loureiro Impressão e Acabamento Gráfica Print

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Tiragem 10 mil exemplares Para Anunciar

A Revista BigLar não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, bem como pelas informações ou conteúdo dos anúncios publicados. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. A Revista BigLar é produzida pela Goya Conteúdo Editorial.

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marketing@biglar.com.br (65) 99920-5900 (65) 3317-5900


carta do leitor

Somos clientes do BigLar desde a inauguração da loja de Várzea Grande “Eu e minha família somos clientes do BigLar desde a inauguração da loja matriz, localizada na Avenida Filinto Müller, em Várzea Grande, pois meus avós moraram por muitos anos próximos à loja. São vários diferenciais que o BigLar possui, mas o principal é a qualidade dos produtos e do atendimento. Registro ainda outro que considero importante: o respeito com que a empresa trata seus colaboradores. Eu já tive familiares que trabalharam na empresa e eles ressaltaram a responsabilidade dessa com os direitos trabalhistas e a humanidade com que tratam seus funcionários. Além da loja da Filinto Müller, ainda frequento a Miguel Sutil. O que eu mais gosto no BigLar? Qualidade, variedade ímpar e ambiente seguro.”

Rosemary Menezes, cliente BigLar há mais de 30 anos

O BigLar tem tudo que eu preciso “Eu frequento o BigLar tem muitos anos, uns dez mais ou menos, desde quando ainda era do outro lado. Eu vou pelo menos uma vez por semana na loja da Miguel Sutil. Eu gosto de comprar lá porque tem tudo que preciso, as frutas são de qualidade, o ambiente é agradável e os funcionários são superatenciosos. Há produtos que eu só encontro lá, por exemplo, eu gosto de comprar whey [protein] da Campo Verde e vou toda semana ao BigLar só por causa disso.”

Ana Beatriz Ribeiro, cliente BigLar há mais de 10 anos

O diferencial do BigLar é o atendimento “Frutas e verduras selecionadas, de excelente qualidade. É isso que eu mais gosto no BigLar e me faz ser cliente há mais de 20 anos. Atualmente, eu frequento a loja do Jardim das Américas. O que faz o BigLar ser diferente dos outros supermercados é o atendimento e a organização que eu encontro nas lojas. Além disso, meu filho especial é muito bem atendido nesse mercado, e isso me deixa muito feliz em ir lá.”

Daiane Holetz, cliente BigLar há mais de 20 anos

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P r at e l e i r a — p o r Pri s c i l a V a n ti —

Sabor inigualável

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o falar da culinária da Argentina não se pode deixar de mencionar um elemento que está sempre presente na maioria das sobremesas, guloseimas e pratos doces: o tentador doce de leite. E o argentino San Ignacio é um dos mais famosos do mundo. Cremoso, macio, suave e de textura firme, seu sabor é inigualável, feito com receita especial com menos açúcar e mais sabor de leite. Mas não espere visitar o país vizinho para degustar esta delícia e surpreenda-se quando quiser, combinando-o com biscoitos, pão, torradas para o café da manhã e lanche da tarde ou simplesmente sozinho. Deixe-se conquistar por esse sabor apaixonante.

Massa nutritiva Sempre que se pensa em uma bela macarronada, lembramo-nos de comida boa e, ao mesmo tempo vem aquele peso na consciência. Mas agora comer macarrão está diferente e bem melhor. Feitas à base de farinha de arroz e milho, as massas Scotti são só nutrição com a junção desses dois cereais, ótimas fontes de carboidratos, vitaminas e minerais. Seus produtos são os melhores, levando somente grãos de arroz de alta qualidade para a mesa da sua família. Não deixe de experimentar esta que é uma excelente escolha para quem aprecia uma massa saborosa, mas não dispensa nunca os cuidados com a alimentação.

tinto ou

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branco

ma marinada para um prato especial ou o tempero de uma salada inesquecível não podem deixar de conter um ingrediente presente em toda casa: o vinagre. Seja ele tinto ou branco, um vinagre de vinho de boa qualidade, como o Canpez, tem o poder de elevar uma refeição do dia a dia a uma experiência gustativa. Mas os benefícios desse ingrediente, que já teve status de remédio, não param por aí: além de incrementar receitas com seu inconfundível toque ácido, o vinagre aparece em estudos como um saboroso parceiro contra o diabetes e outros males. Mantenha sua despensa sempre munida deste poderoso aliado.

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Um clássico alemão A Jacobinus representa o classicismo alemão em matéria de cerveja e está entre as mais premiadas no próprio país. No BigLar você encontra uma variedade de produtos da marca. A Classic é comparada a uma sinfonia de sentidos, que surpreende com um frescor na boca, garantindo um paladar suave levemente amargo. Já a Hefe Weizen, feita com trigo, tem aroma equilibrado e ameno, fazendo desta uma cerveja particularmente leve. A Schwarzbier, por sua vez, é uma cerveja preta ardente, exótica e encorpada, cujo malte torrado libera um toque de caramelo e chocolate.

Terroir do

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Abruzzo

bruzzo, região italiana conhecida como “Região Verde da Europa” e habitat da uva tinta Montepulciano e da uva branca Trebbiano, é local onde Masciarelli, um produtor de vinhos moderno e revolucionário, vem se destacando como um dos principais produtores não só da região, mas de toda a Itália. Seus vinhos são alvos de grandes elogios por parte da imprensa especializada e merecedores de sequentes “Tre Bicchieri” pelo prestigiado guia de vinhos italianos Gambero Rosso. A Linha Clássica do Masciarelli, que você encontra no BigLar, é composta por três rótulos que trazem em si a essência do terroir do Abruzzo e a qualidade das suas vinhas.

Al i m e n t a ç ã o e q u i l i b r a d a

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Riso Scotti está há mais de 150 anos trabalhando para desenvolver os mais diversos produtos e novidades com um conhecido cereal provido pela natureza, o arroz. A bebida Veg Scotti é uma opção sem lactose e sem glúten para substituir o leite animal. Ideal para quem busca uma alimentação equilibrada, pode ser consumido em alguns casos de alergia alimentar, assim como por quem controla a ingestão de proteínas, sódio e fósforo. Além de acompanhar café, chá e achocolatados, sendo de fácil digestão, este produto inovador também pode ser usado em molhos, pudins e bolos.

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vitrine

Já Nas

gôndolas — I NS T A G R A M @ s u p e rm e r c a d o s b ig l a r —

os produtos mais curt id os na s nossa s rede s so ciais R e f e i ç ã o a j at o

T r a d i ç ã o I ta l i a n a

Puro Prazer A receita é tradicional, mas fica pronta em poucos minutos: assim é a linha de risotos Buona Idea, da Scotti, leva comodidade para o seu dia a dia. Os produtos são feitos com ingredientes naturais para dar aos risotos um sabor real.

Com sabor suave e muita crocância, as batatas Naturals da Lorenz são especiais, pois são assadas com óleo de girassol de alta qualidade e não contêm conservantes. Pode provar sem culpa.

O BigLar traz o melhor da tradição italiana para você com os grissinis Amor di Pane nos sabores rosmarinho, sésamo, clássico e gusto pizza. Não deixe de experimentar este clássico da panificação napolitana.

Coringa na cozinha

E x p r e ss o p o r t u g u ê s

A Bicafé é uma multinacional portuguesa especializada na arte do intenso café expresso português. Você pode encontrar no BigLar suas deliciosas cápsulas, sempre com a mesma atenção com a qualidade e respeito pela tradição.

frescor incrível No BigLar você encontra o vinagre de maçã Canpez, um dos melhores do mercado. Ele possui uma série de benefícios para a saúde, além disso é um delicioso coringa na cozinha, ressaltando o sabor dos alimentos.

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Vinho de origem francesa, o Domaine de Tamary Côtes de Provence Rosé possui um encantador aroma de frutas cítricas e notas florais que deixam um frescor incrível na boca. Harmonize com frutos do mar, carne de porco e aves.


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cuiabá 300 anos — Por PROTÁSIO MORAIS —

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Cuiabá uma cidade de todos Assim, cuiabanos de “chapa e cruz”, ou seja, os nascidos aqui, em perfeita harmonia com os “paus-rodados”, transformam não apenas a cultura da nossa gente, mas também edificam uma cidade tão bela quanto rica. Os casarios históricos, vielas e travessas do centro registram como é preciosa essa história. Na mais antiga capital do Centro Oeste brasileiro, o primeiro grande sonho de modernidade se consolidou com as reformas urbanas da capital. A Residência dos Governadores, o Cine Teatro e alguns prédios da administração estadual surgiram entre os anos de 1930 e 1940. Um novo tempo de renovação da cidade, com novas obras que somaram como intervenção urbana, veio entre os anos de 1937 e 1945, com a edificação, a exemplo, do Liceu Cuiabano e a Ponte Cuiabá – Várzea Grande. Altos prédios e grandes avenidas começaram a surgir entre os anos de 1960 e 1970. Até 1980, foi intensificado o processo de verticalização da cidade, época em que surge a Rodoviária Cássio Veiga. O mundo passou a enxergar a cidade do siriri e do cururu, da viola de cocho e da culinária à base do peixe, como um mosaico especial de formas, cores, sabores e ritmos com a chegada da Copa do Mundo. Cuiabá é sim um lugar sem igual, especialmente, graças a seu povo que nunca deixa de acreditar, que acolhe, que se orgulha de suas raízes e reconhece que a união das tradições de várias regiões do Brasil, que se concentram aqui, tornam-na ainda mais especial. Feliz aniversário, Cuiabá! Que os próximos 300 anos sejam tão desafiadores quanto os primeiros.

Foto: Drone Cuiabá

esteira, Cuiabá não é mais nenhuma menina. Prestes a completar seu tricentenário, dia 8 de abril, a metrópole, carinhosamente chamada de Cidade Verde, revela-se uma das mais acolhedoras capitais do país. Localizada no Centro Geodésico da América Latina, muitos de seus moradores chegam todos os dias de todas as regiões do Brasil. São nordestinos, nortistas, sulistas e mato-grossenses que fazem deste lugar, um dos mais plurais do país. E é justamente essa multiplicidade de povos e culturas, uma de suas mais charmosas características. Ao longo da história, a Capital de Mato Grosso teve seu crescimento marcado por uma forte miscigenação provocada por diferentes fases econômicas pelas quais passou. Primeiro foi o ciclo da borracha, que para cá trouxe irmãos nordestinos, principalmente. Depois veio a fase dos garimpos, que igualmente atraiu famílias do Sudeste e Norte do Brasil. Depois, a mais forte e rica fase, a abertura da fronteira agrícola. O sonho do eldorado, em todas essas fases, trouxe para Cuiabá os chamados “paus-rodados”, alcunha dada aos forasteiros que aqui procuram fixar residência. Por aqui o chimarrão, o baião de dois e a farofa de banana se misturam nos lares dos cuiabanos, do bairro da Baú ao Goiabeiras e dele ao Coxipó do Ouro, passando pelo grande CPA. Assim, Cuiabá acolhe não só pessoas, como também absorve tradições e ganha status de cidade plural, marcada por histórias de desafio, coragem e amor por todos que aqui aportam.

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na casa do chef — P o r a d ri a n a p a n z i n i —

Fotos: Wander Lima

Cairo e Célia

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artura, sabor e amor. Esses são os ingredientes que fizeram com que, desde cedo, a culinária fizesse parte da história de vida do empresário do ramo de turismo de pesca e ecoturismo no Pantanal Mato-grossense, Cairo Bernardino Filho. Nos festivos almoços de domingo em família, em Goiânia, a inspiração sempre esteve presente pelas mãos de “cozinheiros” muito especiais. “Minha mãe e minha avó materna faziam aquelas deliciosas comidas caseiras e eu adorava ajudar, mas sabe aquela pessoa que faz tudo com tanto carinho que faz as coisas parecem fáceis? Esse é meu pai”, conta. “Ele gosta de cozinhar para muita gente, sempre exagerado, meus amigos se deliciavam com os preparos dele, tanto que ganhou o apelido

de Toque de Midas, pois tudo que toca vira ouro”, diz. “E foi vendo a paixão dele em cozinhar para agradar e reunir as pessoas que eu me apaixonei pela culinária.” Misturando panelas e afeto, Cairo faz questão de valorizar o melhor da cozinha brasileira para sua família e seus convidados, aproveitando as iguarias regionais com um toque de gostosas recordações ao reproduzir receitas como a carne moída ao molho vermelho com angu - que sua mãe fazia nos dias mais frios ou a carne picadinha com açafrão com pequi, combinação deliciosa que sua avó preparava com frequência. O pequi, inclusive, está entre suas predileções, incrementando um bom frango caipira. O prato escolhido para nossos leitores, o

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Ragu de ossobuco com angu, segundo ele, representa seu estilo de comer bem: delícias fáceis de fazer, baratas, mas cheias de especiarias e técnicas para criar sabores irresistíveis. “Não é uma receita difícil de fazer, mas é trabalhosa, porque truques como


e encontros familiares na casa dos meus pais sempre foram ao redor de uma mesa farta, e ai de quem fizesse a desfeita de não comer”, relata. As receitas da mãe de Célia sempre fizeram muito sucesso entre os sortudos convidados nestas ocasiões festivas, mas uma em especial é unanimidade. “Nossos almoços de domingos são sagrados, e a hora da sobremesa é o ponto alto: quando tem bolo de banana pode ter certeza que não vai sobrar nenhum pedaço, é o melhor do mundo”, elogia. “Claro que não existe uma receita que agrade a todos os paladares, mas seja um simples arroz branco, ou um prato mais requintado, se ele for preparado com carinho, pode ter certeza de que vai fazer alguém feliz”, conclui.

tas Receivas em i s u l c ex página do nossa

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— w w w . f a c e b o o k . c o m / s u p e r b ig l a r —

Risoto no ponto certo deixar o ossobuco pelo menos duas horas marinando no tempero, dar preferência a especiarias frescas e selar bem as proteínas antes de começar a preparar o ragu fazem uma grande diferença no sabor final”, ensina. Outro xodó do empresário é um bom churrasco, não só pelo prazer de degustar uma boa carne, mas também pela confraternização que proporciona, junto com uma cervejinha bem gelada. Mas em casa Cairo não reina sozinho nos domínios da cozinha não, pelo contrário, está muito bem acompanhado pela esposa, Célia, responsável por outras delícias, como o risoto de maracujá com camarão que gentilmente divide com nossa audiência na internet. “É uma receita que costuma surpreender bastante, em que o azedinho do suco de maracujá e a crocância das sementes se sobrepõem à cremosidade do arroz e do queijo, resultando em uma mistura bastante inusitada e saborosa”, destaca Célia. “Só é preciso ter atenção para não exagerar na quantidade de polpa da fruta para que não domine o prato e escolher um bom vinho branco.” Publicitária, Célia também teve contato com o mundo da gastronomia desde muito cedo. “Sempre acompanhei meus pais cozinhando, em casa,

Se deixar o ossobuco marinando é um dos segredos do ragu, o preparo do risoto também tem seus truques para garantir o melhor resultado final. A primeira dica é utilizar um arroz próprio para risoto, como o arbóreo, que tem o interior mais firme e não se desmancha durante o cozimento. Coloque o caldo sempre quente e aos poucos, mantendo o fogo médio. Despeje uma concha por vez, mexendo até incorporar e deixe cozinhar mais um pouco. Se possível, utilize uma panela funda e com espessura maior para que o cozimento não aconteça muito rápido e o risoto chegue no ponto certo. Bom apetite!

e no restaurante que eles tiveram por mais de 20 anos”, aponta. “Aprendi a cozinhar com a minha mãe e hoje continuo aprimorando meus dotes culinários com meu marido, que também é apaixonado pela culinária, mas sou fã da cozinha italiana, as massas em geral fazem meu coração bater mais forte”, brinca. “Comida e família são praticamente sinônimos para mim, pois todas as comemorações

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assista

na casa do chef

Confira as receitas completas no Canal BigLar, no YouTube, e na nossa página no Facebook. A cada edição, você vai encontrar uma receita especialmente preparada por nossos clientes apaixonados pela boa gastronomia.


i nstag o u r m e t — I NS T A G R A M @ s u p e rm e r c a d o s b ig l a r —

mini Kafta de cordeiro

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com geleia de alecrim

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ingredientes • 2 kg de filé mignon de cordeiro processado • 2 cebolas picadas • Zattar a gosto • 2 dentes de alho picados • Pimenta-síria a gosto • Azeite • ½ maço de hortelã picada • Sal a gosto • Geleia de alecrim

Modo de preparo: 1. Em um recipiente, coloque todos os ingredientes – menos a geleia – e misture bem. Deixe o recipiente na geladeira por 2 horas; 2. Com a mistura, faça bolinhos (em formato cilíndrico) e em uma frigideira, frite em pouco azeite; 3. Durante a fritura, vire os bolinhos até atingir o ponto. Coloque espetinhos de madeira nos bolinhos; 4. Despeje a geleia de alecrim nos bolinhos e sirva.

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MULHERES — P o r L I D I ANE BA R R OS —

elas têm a força A t ra je tória de mulheres que inspiram o s u r g i m e n t o d e n o va s l i d e r a n ç a s f e m i n i n a s

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a atual conjuntura econômica, empreender não é tarefa fácil. Nem para homens, nem para mulheres. Mas é certo – podemos ver no cotidiano, nas pesquisas – que quando são as mulheres que se lançam no mercado, os obstáculos se multiplicam. A renúncia, por vezes, configura-se como uma das mais admiráveis virtudes de mulheres que apostaram todas as fichas para viver integralmente o sonho de empreender e por consequência, tiveram que abdicar de sua vida pessoal. De outro modo, muitas tiveram que aprender a administrar o tempo, conci-

liando casa, família, filhos e trabalho. Mas tanto a batalha diária de uma, quanto da outra, servem de modelo ao impulsionar mulheres não só a sonharem com o próprio negócio, como também liderarem equipes, atraindo os holofotes no mundo empresarial, mesmo sendo esse tradicionalmente, associado aos homens. Condições, por vezes hostis, não são exclusividade das brasileiras, é por isso que anualmente, somos levados a refletir sobre a presença delas, seus direitos e suas conquistas. Oficializado pela Organização das Nações Unidas em 1975, o Dia In-

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ternacional da Mulher era celebrado há muito mais tempo, com manifestações feministas que começaram no início do século 20, sempre marcadas por protestos ao redor do mundo, especialmente, de viés trabalhista. Hoje, o 8 de março tornou-se notoriamente, uma data na qual se luta pela igualdade de gênero, com reivindicações, por exemplo, por equidade salarial e contra os altos índices de violência sofridos pelas mulheres. É um dia de empoderamento e um clamor pela idealização e pelo cumprimento efetivo de políticas públicas que atendam às mulheres.


MULHERES

ês das tr Uma res mais e mulh rosas do e d o p l Brasi

Vinícius Magalhães/Divulgação

017 Forbes 2

as maiores varejistas do Brasil. O Magazine Luiza possui 900 lojas e nove centros de distribuição em 16 estados brasileiros. Colocar as pessoas em primeiro lugar, atitudes empreendedoras, inovação e criatividade são alguns dos conceitos que sempre adotou e incentivou em sua equipe. É característica de várias mulheres empreendedoras se preocupar em formar outras lideranças, trazendo para perto gente que sonha junto. Entre os retornos destas crenças e práticas, está a presença do Magazine Luiza no ranking, há 21 anos consecutivos, das “Melhores empresas para se trabalhar”. Nascida e criada em Franca, interior de São Paulo, Luiza Helena Trajano

Em reverência ao Dia Internacional da Mulher, optamos por trazer à luz, a trajetória de três mulheres que são protagonistas no mundo dos negócios e conduziram empresas a alçarem voos mais altos. Caso da presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano, que é presença fácil em diversas listas nacionais e internacionais de mulheres empreendedoras. Em 2017, foi eleita pela Forbes uma das três mulheres mais poderosas do Brasil. Também coleciona premiações como empreendedora, mulher e líder. Já em 2018 ela figurou em 1º lugar entre líderes de negócios com melhor reputação no Brasil, segundo a consultoria espanhola, Merco, e também neste ano como a única executiva brasileira na lista global do WRC – World Retail Congress. Ela é considerada a rainha do varejo brasileiro, por que quando assumiu a superintendência da empresa, foi responsável pelo salto de inovação e crescimento que colocou o Magazine Luiza, nas décadas seguintes, entre

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Mulheres poderosas

Luiza Trajano

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deu início a sua vida profissional bem cedo, com apenas 12 anos. Por conta do desejo de comprar presentes para a família, no Natal, ela abriu mão das férias escolares para trabalhar como balconista na loja de seus tios, Luiza Trajano Donato e Pelegrino José Donato. Ela começou como balconista e tomou gosto, logo, aos 18 anos estava efetivada na equipe e, ao concluir a faculdade de Direito e Administração de Empresas, passou a ocupar outros cargos. Trabalhou no crediário, foi encarregada, gerente de loja e logo, quando se tornou presidente, ajudou a automatizar a companhia, consolidando a Magazine Luiza como uma das maiores empresas do Brasil. A marca se alicerçou como uma das principais lojas de departamento on-line.

Cristina Junqueira

Startup de sucesso Outra personalidade que engrossa o elenco do protagonismo feminino – especialmente por ser uma visionária – é a cofundadora do Nubank. O banco digital vem inovando o mercado, em sintonia com a era tecnológica, ao

oferecer cartões de crédito sem taxas, com juros até cinco vezes mais baixos da média do mercado e com comunicação simples e direta com o cliente – tudo feito a partir de um aplicativo que fornece informações

Prêmdioia Clrápuremiação

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maio inina da fem érica Am na Lati

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detalhadas sobre os gastos, como destacou a revista Vogue Business. Em 2017, Cristina figurou em uma lista da Forbes, como uma das 40 mulheres mais poderosas do Brasil segundo a revista e também já recebeu o Prêmio Cláudia, maior premiação feminina da América Latina, na categoria Negócios. Mulher de fibra, chegou a contar em entrevistas, que prestes a lançar o projeto da emissora de cartões Nubank, entrou em trabalho de parto no meio de uma reunião. Mesmo na maternidade, deu continuidade a alguns negócios, respondeu e-mails entre uma contratação e outra e voltou a trabalhar uma semana depois do nascimento da filha, em 2013. Hoje, ela lidera os esforços de Branding e Business Development. Assim como outras lideranças, sua vida é marcada pela dedicação aos estudos e aprimoramento. Ela se formou engenheira e fez mestrado na Escola Politécnica da USP e concluiu seu MBA na Northwestern University (Kellogg School of Management).


MULHERES

Vice- sênior dente -presi América da na da Lati

Sephora

Flavia Bittencourt A executiva começou sua carreira em consultoria estratégica, trabalhando no BCG (Boston Consulting Group) e antes de fundar o Nubank trabalhou por diversos anos no Itaú Unibanco com produtos e marketing na área de crédito a consumo e cartões.

Mercado feminino Tendo mais de 20 anos de experiência em negócios mais masculinos - ao atuar no marketing de grandes empresas como Banco Nacional, Unibanco, Oi/ Telemar e LBR – Lácteos Brasil S.A, na qual ocupou a posição de diretora de Marketing e Negócios -, Flavia Bittencourt parece estar realizada no mercado feminino. Desde dezembro de 2013, ela é diretora-geral no Brasil da maior e mais visionária rede de produtos de beleza do mundo, a Sephora, marca do grupo LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton. Em novembro de 2016, assu-

“Acordar na segunda-feira feliz, tendo prazer em realizar o seu trabalho, animada para conquistar mais é o que me motiva. É gostar do que se faz, trabalhar em uma empresa bacana, que gera empregos.” Flavia Bittencourt miu também o cargo de vice-presidente sênior da América Latina, passando a comandar os negócios da rede no Brasil e no México. Desde o começo, seu objetivo de carreira era

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poder participar das decisões da empresa e discutir estratégias. Com a ideia de ampliar o acesso de consumidoras, que se sentiam intimidadas pelo glamour das lojas premium e simplificar o contato com produtos e marcas, a executiva estabeleceu no Brasil, a estratégia de quiosques como modelo de negócio focado em incrementar as vendas e atrair um novo público. No ano passado, a rede passou a contar com marcas mais acessíveis em seu portfólio, indo também, ao encontro desse propósito e se tornando o maior e mais completo destino de compras de beleza no país. Ao mesmo tempo em que estimulava o surgimento das pop-up stores para explorar novos mercados, Flavia apostou no aprimoramento do comércio on-line. Vídeos, tutoriais e imagens ampliadas permitem visualizar a textura dos produtos e outros detalhes que traduzem o foco na experiência do consumidor.


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post do chef — p o r AD R I ANA PANZ I N I —

tas Receivas em si exclu página do nossa

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Polvo com Purê de Cenoura F r e s c o r e s a b o r d o m a r d i r e t o pa r a a s u a m e s a , m a s sem complicação

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pra pravocê você


sobre o chef

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uito apreciado especialmente na cozinha japonesa e espanhola, o polvo ganha a cada dia mais adeptos também por aqui, consolidando-se como

uma opção de receita leve e saborosa para todas as estações. Com aparência sofisticada e compondo em geral pratos bastante refinados, o polvo é um ingrediente que muita gente tem receio de tentar preparar em casa e não obter os melhores resultados, mas nessa receita - que reservou especialmente para os nossos leitores - o chef Marcelo Cotrim mostra que oferecer essa iguaria para os familiares e amigos naquele almoço ou jantar mais caprichado é mais fácil do que se imagina.

Garantir o ponto certo é o segredo O único cuidado que é preciso ter, conforme explica o chef, é na hora de cozinhar, para ficar no ponto e na textura certa, bem macia. “Se for na panela de pressão, pode colocar bem pouca água e também uma cebola, que soltará água, daí é só deixar 7 ou 8 minutos cozinhando depois que pegar pressão”, destaca. “Depois de desligar, é importante deixar a pressão sair naturalmente ou, se quiser

agilizar, deixar sair a pressão bem devagarzinho, senão causa muito atrito dentro da panela e a pele do polvo não fica com a aparência mais apetitosa que a gente quer”, diz. “Pode fazer na panela comum também, mas aí são cerca de 30 a 35 minutos de cozimento, e é bom ir espetando um garfo ou palito para checar se já está no ponto desejado.” Quando ficar pronto, outra dica é manter o polvo na mesma água do cozimento até atingir a temperatura ambiente e deixar assim até o momento de finalizar o prato para servir. Isso evita que resseque e fique duro. “Na finalização, pode passar também rapidamente os tentáculos em uma frigideira com um pouco de azeite só para grelhar e ficar dourado, como fizemos na nossa receita.”

Acompanhamento versátil e delicioso Tão simples de fazer quanto o polvo é o acompanhamento sugerido por Cotrim, mas que surpreende pelo delicado paladar. “O purê de cenoura é um verdadeiro coringa na culinária, pois fica bom como guarnição com quase todos os tipos de carne”, revela.

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Cuiabano, formado em Gastronomia, Pós-Graduado em Chef de Cozinha Brasileira, vencedor da 2ª edição do concurso gastronômico Lufada de Peixes , indicado ao Prêmio Nacional Dólmã como um dos três melhores Chefs de MT no ano de 2015. Estagiou nos Restaurantes Epice, do Chef Alberto Landgraf, e nos premiadíssimos Mocotó, do Chef Rodrigo Oliveira, Dalva & Dito e D.O.M. Restaurante, do Chef Alex Atala , todos em São Paulo - SP. Foi colunista gastronômico da Folha do Estado, luta pela valorização dos ingredientes e preparações regionais. É o Chef por trás da Cotrim Gastronomia, empresa que trabalha com eventos gastronômicos personalizados. Atualmente é consultor gastronômico responsável pelas receitas do Supermercado BigLar e realiza consultorias no Estado de Mato Grosso.

“E não tem segredo, é só utilizar a caramelização do açúcar da própria cenoura, que pode ser refogada em um pouco de manteiga enquanto pingamos um pouquinho de água por vez, apenas para ir soltando do fundo da panela mesmo, e depois poder processar”, indica. “Essa combinação de dulçor com cremosidade fica bem bacana para acompanhar vários tipos de prato, não somente o polvo”, completa.


CA P A — P o r Káti a C a rmi n a tt o —

O país

dos Carnavais A

pesar de ser a “cara do Brasil”, a festa mais popular do país teve origem na Antiguidade. Conta a história que entre os povos gregos e romanos, as comemorações dos bons resultados das colheitas eram realizadas em festas que duravam vários dias, sempre regadas a muita bebida e comida para honrar as divindades. Remontam à época o uso de fantasias e a inversão de papéis entre escravos e nobres ou homens e mulheres. Embora não haja consenso entre os pesquisadores sobre a origem do carnaval, a questão do culto sempre esteve presente ao longo da história e das celebrações. “O carnaval não deixa de ser um tipo de culto. Tanto que as fantasias e os carros alegóricos dos

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Olinda

Pernambuco O carnaval de Olinda, em Pernambuco, é o que mais preserva as raízes históricas dos festejos. Além dos desfiles dos clubes de frevo, maracatu, afoxé, caboclinho e troças – danças que remetem à influência africana –, na terça-feira do carnaval, os bonecos gigantes – herança da cultura europeia – reúnem-se para alegrar os foliões com sátiras e homenagens às personalidades públicas.

A tradição das máscaras no carnaval de Veneza desfiles de carnaval nada mais são do que referências a pessoas, lugares ou episódios históricos”, observa o historiador Carlos Gilberto Viter Amendoeira. Os registros históricos também dão conta de que a igreja católica, que obviamente não via com bons olhos as celebrações pagãs, resolveu incluir o carnaval no calendário religioso cristão como a festividade que antecede a quaresma – período de jejum e abstinência sugerido aos cristãos como preparação para a Páscoa.

Florianópolis S ANTA CATARINA

A diversão do carnaval de Florianópolis (SC) é garantida pelos desfiles de dezenas de blocos de rua que se juntam no entorno da Praça XV. Além disso, a cidade recebe trios elétricos e conta com shows que acontecem no palcos instalados em vários pontos durante todo o carnaval.

Além de estabelecer uma data fixa para a festa, a iniciativa da igreja ajudou a difundir o carnaval entre os países cristãos da Europa.

Novos contornos Nem precisa dizer que as formas de comemoração adquiriram novos contornos e incorporaram diferentes tradições à medida em que os festejos caíram no gosto popular. Em outras palavras, cada país foi agregando sua cultura e criando maneiras muito próprias de brincar o carnaval. Durante o Renascimento, por exemplo, as cidades da Itália comemoravam o carnaval com teatros e desfiles de carros decorados ao som de músicas especialmente compostas para animar as festividades. Era o auge dos movimentos culturais e artísticos. Em Veneza, um dos carnavais mais antigos de que se tem registro, as célebres máscaras eram um disfarce para que os nobres pudessem desfilar sem serem reconhecidos.

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CA P A

Belo Horizonte Minas Gerais

Antes de os blocos de rua tomarem conta da cidade no começo do século 20, o carnaval da capital de Minas Gerais era marcado por desfiles luxuosos. Na década de 70, no entanto, Belo Horizonte deu início ao que hoje já é tradição: os blocos populares de rua que esbanjam alegria e irreverência.

Cinco séculos depois, a tradição dos mascarados continua em bailes e desfiles ricos de adereços. Também é veneziana a herança das fantasias como pierrô, colombina e arlequim. Nice, na França, também segue uma tradição de longa data. Lá, o destaque fica por conta dos desfiles de carros alegóricos ricamente decorados e a Batalha das Flores – momento em que o público é surpreendido por uma chuva de pétalas de flores produzidas na região.

Olodum, bloco afro tradicional de Salvador

Ouro Preto Minas Gerais

Organizado pelas repúblicas estudantis da cidade, o carnaval de Ouro Preto, em Minas Gerais, é conhecido como o “carnaval dos universitários”. Nesse período, os foliões tomam as ladeiras da cidade para acompanhar os blocos populares e os shows de diferentes artistas.

No Brasil Por aqui, o carnaval chegou no século 17 trazido, é claro, pelas mãos dos portugueses. O entrudo, como era chamada a festa portuguesa, era marcado por brincadeiras como guerras de água, lama, ovos e farinha. Também eram realizados desfiles em que homens se vestiam de mulheres

e mulheres de homens, sempre com os rostos disfarçados. Também é desse período os desfiles com bonecos gigantes. Por influência dos africanos, que eram quem mais brincavam o carnaval, os sons dos batuques começaram a fazer parte da festa.

São Luiz do Paraitinga S ã o Pau l o

Se a ideia é dar um passeio pelo carnaval das marchinhas, o destino obrigatório é São Luiz do Paraitinga, no interior de São Paulo. A cidade, cujo centro histórico é tombado pelo Patrimônio Cultural Nacional, oferece um carnaval diferenciado, embalado por marchinhas que remetem à cultura local. As roupas usadas pelos foliões, confeccionadas em chita, são outro diferencial da festa.

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Outros ritmos como maracatu, afoxé, frevo, e samba foram gradativamente somados ao repertório do carnaval brasileiro, inspirados também pelos movimentos migratórios e expressões rítmicas como polca, maxixe e tango. Nessa época, os nobres europeus que viviam no Brasil brincavam os carnavais em salões, embalados por músicas clássicas. Havia também os cortejos carnavalescos realizados por clubes e grêmios cuja temática era a sátira ao governo. “A cultura carnavalesca nacional é praticamente uma ‘colcha de retalhos’. Isso explica porque até hoje o carnaval é festejado de diferentes maneiras no Brasil”, diz Amendoeira.

Identidade Em que pese a diversidade, o Brasil passou por momentos marcantes de unanimidade. Um deles, já no século 20, foram as populares marchinhas, gênero musical que ficou consagrado nas vozes de Carmen Miranda, Sílvio Caldas, Emilinha Borba, Mário Reis e Dalva de Oliveira. Daí para a criação das escolas de samba, não demorou muito. As duas primeiras, Deixa Falar – hoje conhecida como Estácio de Sá – e a Estação Primeira de Mangueira, surgiram no final da década de 20, no Rio de Janeiro, onde ficava a capital do país.


Porto Seguro B AHIA

Carnaval depois do carnaval. Essa é a proposta do Carnaporto para os amantes das micaretas. Realizado na cidade de Porto Seguro, na Bahia, a partir da quarta-feira de cinzas, o carnaval prolongado conta com a apresentação dos trios elétricos, bandas e blocos de Salvador. Nas últimas edições, o Carnaporto chegou a reunir 15 mil foliões.

Escola de Samba desfilando no carnaval do Rio de Janeiro

Não por acaso, os desfiles e competições das agremiações foram incentivados pelo governo. Começava aí a construção da imagem de “maior carnaval do mundo”, registrada no Guinness World Record em vista dos dois milhões de foliões que anualmente participam dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.

Os brasis Longe do circuito Rio-São Paulo, onde predominam os desfiles das escolas de samba, há um Brasil cheio de tradições carnavalescas. Algumas remetem às

Votuporanga S ÃO PAU L O

Cinco dias de folia e mais de dez festas. É assim o carnaval na cidade de Votuporanga, interior de São Paulo, que está na 13ª edição. Os organizadores prometem mais de 40 horas de música e estilos musicais variados, tendo por âncora o Bloco Oba, agremiação que reúne todos os blocos carnavalescos da cidade.

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origens africanas, outras são o reflexo da mais pura miscigenação. Há ainda tradições em plena construção, como os blocos de rua que vêm tomando conta da capital paulista nos últimos anos. Ou formatos já consolidados como os trios elétricos de Salvador. Existem também os carnavais que conservam a tradição, os high tech e os carnashows realizados Brasil afora. “As diferentes manifestações na maneira de festejar o carnaval é característica da história do país e das influências que recebeu e continua recebendo. Essa diversidade cultural é que torna a comemoração tão rica”, afirma Amendoeira. A verdade é que todos esses formatos são a expressão da identidade nacional. Cada um com suas peculiaridades, cada um com seus valores. Isso é o Brasil dos carnavais, ou melhor dizendo, os brasis do carnaval.


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icamos muito felizes em receber os clientes que visitam nossas lojas, cada um deles tem uma história, um motivo que os trouxeram ao BigLar. Para nós, é muito importante conhecer um pouco mais da história de cada um desses amigos, e foi pensando nisso que nasceu o “Meu Momento BigLar”, um espaço em que vamos registrar com carinho algumas dessas visitas.

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CULTURA NO P RATO

História

do Carpaccio — Por Elen Valereto —

D e o r i g e m i t a l i a n a , a s c l á s s i c a s f i n a s fat i a s d e c a r n e s ã o i d e a i s pa r a c l i m a s q u e n t e s e vá r i a s o c a s i õ e s bigl ar

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bem saborosas, a grande dificuldade está, na verdade, no preparo prévio da carne, pois não é tão fácil conseguir fatias tão finas. A técnica para transformar uma boa peça de carne em carpaccio está no congelamento antes do corte. E é até possível conseguir fazer isso com uma faca bem afinada, mas exige muita paciência e atenção, demandando um pouco mais de trabalho. Por isso, o ideal é usar uma fatiadora de frios e embutidos para essa tarefa. Um outro segredo importante para um bom carpaccio está na carne escolhida. O corte mais indicado é o lagarto bovino, já que é uma carne seca, com pouquíssima gordura. No entanto, o filé mignon também é uma boa opção por ter características semelhantes. Além de carne vermelha, o carpaccio pode ser feito ainda de carne branca de peixes e frutos do mar. Atum, salmão, tilápia, vieiras, polvo e camarão estão entre os preferidos para as receitas, pois também são mais sequinhos e combinam delicadamente com molhos refrescantes.

gLar No Bi contra n você eaccio da p r ca qualidade r melhorontinho p

carpaccio com

molho d e mosta rda e mel

Ingredientes / Carpaccio: • 1 peça de 1kg de lagarto bovino bem limpo e fresco ou o carpaccio já pronto, disponível no BigLar Ingredientes / Molho: •3 colheres (sopa) de mostarda dijon •3 colheres (sopa) de azeite •1 colher (sopa) de mel •2 colheres (sopa) de água filtrada •2 colheres (sopa) de alcaparras bem picadas •Q ueijo parmesão ou peccorino ralado a gosto • Sal e pimenta-do-reino a gosto •F olhas de manjericão Modo de preparo / Carpaccio: Embrulhe a peça de lagarto em filme plástico, apertando bem a carne e leve ao congelador por três horas. Após esse período, desembrulhe a carne do filme plástico e com uma faca bem afiada corte fatias bem finas – o mais fina que conseguir – e reserve. Posicione todas as fatias em um prato grande, regue com o molho, finalize com o queijo ralado e sirva com folhas verdes e torradas. Se for preparar com antecedência reserve o molho para o momento de servir, cubra as fatias de carpaccio com filme plástico e mantenha em geladeira. O ideal é servir o carpaccio geladinho e bem fresco. Modo de preparo / Molho: Coloque todos os ingredientes – exceto o queijo parmesão – em um pote de vidro com tampa, feche e agite muito bem. Regue o carpaccio com o molho e finalize com o queijo parmesão e as folhinhas de manjericão.

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Site Receiteria / Blog Figos e Funghis

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ntre os pratos mais clássicos que podem ser servidos em uma mesa de entradas está o carpaccio. De origem italiana, esse antepasto feito a partir de finas fatias de carne faz sucesso pelo sabor refrescante e é ideal para servir em épocas do ano mais quentes. O grande inusitado dessa entradinha está na falta de cozimento. Isso mesmo. A carne do carpaccio é servida crua, sem nenhum tipo de exposição a altas temperaturas, mas nem por isso o gosto deixa a desejar. Pelo contrário, o sabor em nada lembra a carne crua, pois o segredo está exatamente na forma como a carne é preparada. Acompanhando molhos ou outras combinações, o carpaccio é normalmente encontrado com molho de mostarda e/ou alcaparras, mas também é comum degustá-lo sendo base de uma salada de rúcula e queijo parmesão ralado. Para canapés, o carpaccio pode ainda ser transformado em recheio de torradinhas crocantes. A variedade de receitas de carpaccio é grande e chamam atenção pela simplicidade na combinação de ingredientes. Embora sejam simples e


CULTURA NO P RATO

carpaccio

de pupunha com agrião

Blog Figos e Funghis

Ingredientes: • 200g de palmito-pupunha em finas fatias • 200g de folhas de agrião sem os talos • 20 minitomates (cereja ou sweet grape) • 1/2 cebola • 1 porção generosa de noz-pecã picada grosseiramente • 1/2 xícara (chá) de azeite • Suco de 1 limão • Pimenta-do-reino a gosto • Sal a gosto • Lâminas de queijo parmesão (opcional) Modo de preparo: Coloque o azeite, o suco do limão, a pimenta e o sal em um pote com tampa e agite bem até que esteja bem misturado. Esse é o molho.

Os molhos mais convencionais podem ter como base o limão, com destaque para o siciliano, que possui sabor mais suave e não tão agressivo ao paladar. O molho pesto ou feito com alcaparras também chama a atenção pela combinação perfeita com a carne vermelha, assim como o molho de maracujá, seguido pelo tradicional molho de mostarda.

Reserve. Em seguida, coloque as fatias de pupunha num prato ou travessa funda e cubra com o molho. Tampe com plástico filme e leve para a geladeira por uma hora. Enquanto isso, fatie a cebola em meias luas finíssimas e coloque em água gelada até o momento da montagem da salada. Depois do tempo da marinada do pupunha, distribua as lâminas em uma travessa grande, forrando todo seu fundo. Misture o agrião, os minitomates e a cebola fatiada em um bowl à parte e coloque uma pequena porção no centro do prato. Regue toda a salada com o molho da marinada e por fim salpique as nozes picadas por toda a travessa. Se quiser, adicione lâminas de queijo parmesão para finalizar.

Origem do carpaccio clássico O carpaccio “clássico”, como é conhecida a versão com carne vermelha, não é considerada uma receita antiga, pois foi criada em Veneza, na Itália, na década de 50. No Brasil, onde as temperaturas

Harmonizações Um vinho branco leve e ácido, como das uvas Sauvignon Blanc e Riesling Itálico são as recomendações mais clássicas para acompanhar um prato leve como o carpaccio e o steak tartare, ambos feitos com carne vermelha crua. Se a escolha for por vinhos tintos, deixe de lado os rótulos muito encorpados, que tenham taninos demais e sejam bem amadeirados. Apesar dessa observação relativa aos tintos, vale a pena optar por vinhos tintos mais frutados e aromáticos, como das uvas Sangiovese e Canaiolo.

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são sempre muito altas, não demorou para o carpaccio cair no paladar do brasileiro e já conseguiu ser introduzido em 1970. O inventor desse famoso e refrescante antepasto teria sido o chef de cozinha Giuseppe Cipriani, responsável pelo Harry’s Bar, para atender a um pedido da condessa Amália Nani Mocenigo. O pedido consistia em uma receita suave, sem nenhum tipo de cocção, ou seja, não deveria ser carne cozida ou assada. Giuseppe teve então a ideia de apresentar a ela finas fatias de carne bovina com um molho cítrico e cheio de frescor. A condessa, claro, gostou. Ao chegar à mesa, o prato original foi chamado de “carpaccio” em homenagem ao pintor renascentista Vittore Carpaccio, que tinha como marca registrada o uso da cor vermelha em suas obras.

Além das carnes Devido à grande versatilidade, as receitas de carpaccio não ficam restritas apenas a opções com carnes. Para quem é vegetariano e vegano ou prefere uma versão ainda mais leve, as finas fatias podem ser feitas com legumes e frutas, como palmito, abobrinha, tomate, beterraba, pera, melão, abacaxi, maçã, entre outros sabores. Para acompanhá-las, as sugestões mais apreciadas são molho pesto – para os legumes – e molho de hortelã ou mel com nozes para as frutas.


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ENTRADAS — Por Elen Valereto —

Abrindo os cardápios E n t r a d i n h a s s ã o i d e a i s pa r a a b r i r o ape t it e e deix ar eventos mais informais e não m e n os r eq u i ntad os

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omer com a família e amigos é sempre muito agradável e fica melhor ainda quando o cardápio, além de saboroso, é bonito aos olhos e bem versátil na hora de servir. Conhecidas como “finger foods”, as entradinhas para comer com as mãos ou com apenas uma a duas bocadas, estão indo muito além dos clássicos minissalgados. Embora também muito bem-vindas, as bolinhas de queijo, empadinhas, coxinhas, esfiras e os quibes abrem espaço para uma tendência cada vez mais crescente em grandes ou pequenos eventos. A proposta é manter a informalidade, mas sem perder o requinte.

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Segundo Alex Moulaz, chef de cozinha responsável pelo Felici Buffet, de Cuiabá (MT), é preciso que a mesa de entradas chame a atenção dos convidados, destacando suas cores, formas e aromas. O famoso “comer com os olhos” faz todo o sentido ao tomar os cuidados com a estética, pois impõe um aspecto mais convidativo e tentador a quem vai comer. “A mesa deve sempre estar equilibrada entre proteínas, fibras, leguminosas e até carboidratos, e não repetir os ingredientes em um mesmo momento. Também é importante nos perguntar qual nossa proposta: se será apenas um ‘abre bocas’, que necessita ser degustado em apenas uma mordida ou duas, tomando cuidado com o tamanho para que não fique desproporcional ou deselegante”, diz o chef de cozinha. A forma de servir essas “tapas” – expressão espanhola para petiscos – pode variar. Partindo da definição do cardápio, planejar a apresentação e quais louças serão usadas é fundamental para garantir conforto e comodidade aos convidados. “Se utilizarmos alguma minilouças para servir algo que requeira talher, devemos montar o conjunto para facilitar o entendimento dos convidados, estando o prato harmônico em estética e tamanho para saborear até a última garfada”, Moulaz.

Formas de serviço No palito é garantida a opção de comer em apenas uma mordida, a exemplo da clássica e refrescante combinação de tomate-cereja, muçarela de búfala e manjericão. Outras apostas no palito incluem minihambúrgueres, embutidos com frutas, como melão e presunto de Parma, dadinhos de tapioca, rolinhos de abobrinha com ricota, rolinhos de tender com queijo e damasco, queijo coalho com mel e pimenta, entre outros. Em minilouças, como os ramequins ou as tacinhas de vidro, as opções são ainda maiores. Escondidinhos, casquinha de siri, cuscuz, macarrão com queijo, risoto, polenta, ceviche, saladas e guacamole estão entre as opções mais pedidas, podendo ainda trazer molhos ou crispes. Integram ainda esse requisito as colheres de louça, que já servem o convidado de uma só vez. Como opção de servir também estão os legumes e as massas secas, que funcionam como base para acomodar os recheios, mas completando o sabor da receita. Fatias de abobrinha, palpito-pupunha, pepino, rabanete, torradas, massas folhadas e amanteigadas são as mais usuais.

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doces

ta m b é m t ê m v e z Muitas vezes os doces são servidos em porções únicas e generosas, mas também é possível e bem moderno servir as sobremesas com a mesma proposta de uma mesa de entradas. A variedade da confeitaria consegue agradar a mais convidados e fazer com que todos provem pelo menos um docinho. Entre as ideias está o trio de doce, como brigadeiro, doce de leite e beijinho, em um palitinho, acompanhado ou não de uma base com chocolate derretido ou geleia cítrica. A panna cota e o pudim de leite com calda são outras boas opções, assim como os minichurros com doce de leite e as compotas com cremes brancos em copinhos.


ENTRADAS

Sugestões regionais

Escondidinho de aipim com carne e shimeji

Ingredientes: •5 00g de aipim •1 /4 de xícara (chá) de leite •1 /4 de xícara (chá) de requeijão •3 00g de alcatra em cubos •1 cebola grande picada •1 dente de alho picado •A lecrim (algumas folhinhas) •M olho de tomate a gosto •3 0ml de vinho branco seco •A zeite de oliva •S al e pimenta a gosto • 200g de cogumelos shimeji •Q ueijo parmesão •1 colher (sopa) de manteiga •M olho shoyu •S alsinha Modo de preparo do Escondidinho: Cozinhe o aipim com sal até ficar macio. Escorra a água, amasse e misture com o requeijão, leite e ajuste o sal. Reserve. Em uma frigideira aquecida, coloque um pouco de azeite de oliva, adicione a alcatra e refogue ligeiramente até selar. Acrescente a cebola, o alho, o alecrim, o sal e continue refogando até secar

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os líquidos liberados. Regue com o vinho branco e adicione o molho de tomate, integrando aos demais ingredientes até ficar um molho consistente. Reserve. Em pequenos refratários (ramequins) untados, faça camadas: uma de carne ao molho e outra com o purê de aipim. Espalhe queijo parmesão e leve ao forno para gratinar. Site Receitaria / Blog Mel e Pimenta

Entre opções clássicas e modernas, as sugestões do Felici Buffet são: lichias recheadas com creme de roquefor e farofinha de pistache, carpaccio de polvo com pesto de rúcula e croutons e blinis de pão torrado com involtini de rosbeef. Para períodos do ano mais quentes, fica agradável servir ceviche de vieiras com tortillas de trigo e creme de iogurte com coentro. Para épocas com temperaturas mais amenas, as opções do chef Alex Moulaz incluem sopa de cebola com cerveja preta servida no pão italiano e involtini de queijo brie com redução de vinho do Porto e frutas vermelhas. No buffet Tereza Bouret, uma das entradas é uma “torre” de legumes gratinados. Intercaladas, as fatias de tomate, abobrinha e berinjela recebem ainda queijo no topo, acompanhado de pesto de manjericão. No Alphaville Buffet, destacam-se entre as entradinhas: roll de filé com molho mostarda, bobozinho de camarão, quibe assado com pitanga e coalhada e espetinho de queijo coalho com geleia de pimenta. As pequenas porções também são degustadas no Buffet Leila Malouf, chamando a atenção a trouxinha de pato confit e chutney de manga, miniquibe assado com cebolas caramelizadas e coalhada seca, túnel de filé com molho de salsa verde e tortilha de mandioquinha com cupim confitado desfiado.

Modo de preparo do Shimeji: Em uma frigideira, adicione uma colher de manteiga, os cogumelos e mexa até ficarem dourados. Quando os líquidos secarem, acrescente o shoyu aos poucos para liberar o sabor dos ingredientes. O shimeji estará pronto quando estiverem macios e levemente dourados. Finalize com salsinha picada. Finalização: Retire os ramequins do forno e coloque os cogumelos em cima do escondidinho.


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m i x o lo g i a — P o r Pr o tá s i o M o r a i s —

Gim: a nova mania

nacional, de novo Como uma da s mais p opul ares b e b i d a s d a I n g l at e r r a c a i u na s graç a s d os bra sileiros? D os cl á ssicos à s mist ura s mais i nusitada s, sua or i g e m e tam bé m su g e stõe s bigl ar

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ucesso da década de oitenta, o gim, um dos mais antigos destilados que se tem registro, caiu nas graças dos brasileiros novamente. Drinks preparados à base de gim estão entre os prediletos de frequentadores de bares e restaurantes por todo o Brasil e não há limites para a criatividade de mixologistas e bartenders quando a proposta é ser inventivo. Houve um tempo em que o tradicional gim tônica reinava soberano no topo da carta de drinks, mas trazemos boas novas. Dos clássicos às misturas mais inusitadas, o gim é novamente uma mania nacional.

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“De uns seis ou oito meses para cá, o gim virou a sensação dos apreciadores de um bom drink, realmente roubando a cena. Com a chegada do verão então, já é o queridinho, tem saído feito água”, brinca Maicon Anschau, mixologista de uma famosa casa de shows da capital mato-grossense. Entre os mais pedidos no Brasil, servido em pelo menos três diferentes bares da capital, está o Tropical Gim, uma receita popular que mistura suco e fatias de laranja, Red Bull de frutas tropicais (o amarelinho) e gim. É um dos preferidos de Maicon, que usa o Gin Tanqueray, uma marca britânica com fabricação na Escócia também, reconhecida mundialmente. E é claro que o famoso gim tônica ganharia seus upgrades. Uma das receitas elaboradas por Maicon Anschau presta reverência à famosa mistura que se tornou um verdadeiro coquetel nacional, com adição de suco e fatias de limão, basicamente. “É uma mistura muito refrescante e menos calórica do que a caipirinha, por exemplo. O gim está de volta, definitivamente. E pensar que tudo começou com o gim tônica”, comemora.

Holanda criou, Inglaterra aperfeiçoou Mesmo sendo fabricado na Holanda, o gim só se tornou popular quando chegou ao Reino Unido e ganhou mais qualidade na sua fabricação. Os ingleses, portanto, foram os responsáveis por criar as melhores fórmulas da bebida que conhecemos hoje, com aromas e sabores muito particulares. Engarrafada e distribuída mundialmente, a bebida leva, além do zimbro - um fruto obrigatório -, algumas ervas e temperos como o coentro, a canela, o centeio, o milho e a cevada. Em pubs e bares no Soho, em Londres, bairro das noites efervescentes britânicas, o gim é uma das bebidas mais pedidas, de acordo com o cineasta Luiz Marchetti, que viveu e trabalhou por anos na Europa. “Se você gosta de um coquetel de qualidade, bebidas artesanais ou um lugar para badalar até o dia raiar, os bares no Soho vão agradar. E o gim é praticamente uma obrigatoriedade na região. E tem para todos os gostos e estilos”, relata Marchetti. Segundo Marchetti, de todo tipo - do mais simples ao mais sofisticado -, o gim é uma unanimidade na terra da Rainha. “Lá a bebida é trabalhada de diferentes maneiras em clubs, pubs, bares, boates e é servida de todas as maneiras, tan-

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to para saborear quanto para curtir uma noitada com copo alto”, explica. Criado no século 17, - veja só - o gim foi pensado para ser uma fórmula alternativa aos medicamentos diuréticos, utilizado no tratamento de doenças renais. E há quem diga hoje em dia que ainda é um santo remédio para o tédio e para a tristeza. Seu ingrediente principal, o zimbro, é uma fruta conhecida por seus benefícios ao sistema renal, mas que, na forma de medicamento, não resultou em grandes vantagens para os pacientes. Entretanto, o sabor aromático da bebida arrebatou os paladares mais sofisticados, ocasionando assim sua popularização como uma bebida recreativa.

Gim brazuca O sucesso do gim em todo o mundo, a mania por Gim Tônica e a glamourização da bebida, instigou a produção de gins artesanais em diversos países. E é claro que não demoraria muito para o brasileiro criar sua própria fórmula. O Brasil embarcou firme na história desse destilado produzido a partir da infusão de zimbro e vários botânicos aromáticos. Em pouco mais de um ano a produção nacional de gim foi de uma a dez novas marcas nacionais. Por algum tempo o único rótulo nacional, antes dessa nova tendência, digamos, o Seager’s, da Stock, reinou


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sozinho no mercado tupiniquim. O cenário começou a mudar com o lançamento do Draco, em julho de 2016. Duas ou três semanas depois surgiram o Virga e o Arapuru e vieram outras em seguida. Mas a virada mesmo ocorreu em definitivo no ano de 2017, com a chegada de seis novas marcas: Vitória Régia, Ammazoni, Torquay, Minnie Marie, Beg e Jungle. E tudo indica que essa indústria não vai parar por aí. A pioneira Stock, com a nova onda do gim, deixou de lado o rótulo de bebida sem muito prestígio e apresentou logo um gim Premium, o Seager’s Silver. “O gim nacional adquiriu muita personalidade, como não poderia deixar de ser. A impressão que tenho é que a maior parte dos produtores se comprometeu tanto em dar personalidade à sua bebida, com adição de imbiriba, pacová, caju e receitas de cachaça que o gim brazuca se parece pouco com o gim inglês”, compara o cineasta Luiz Marchetti. Além da moda internacional, um outro motivo explica o florescimento de uma indústria nacional: a bebida pode ser produzida a partir de qualquer destilado alcoólico de origem agrícola (como cereais e cana-de-açúcar) e muitos estão sendo produzidos em alambiques de cachaça e em destilarias já famosas, aproveitando o tempo ocioso entre as safras. O único ingrediente obrigatório na produção do gim são as bagas de zimbro, isso permite que se aproveite

o que há ao redor para criar novos aromas e sabores, com a adição dos botânicos, como são chamadas as misturas de especiarias, ervas, flores e frutas.

O gim é fitness? Reza a lenda que o gim é uma bebida que não engorda. Mas há controvérsias. A verdade é que não existe drink light se houver álcool. O que pode existir é uma maneira leve de se tomar um bom drink. O álcool desidrata o corpo e sobrecarrega o fígado, além de fornecer calorias vazias, ou seja, sem nutrientes. O fato é que, em excesso, toda bebida alcoólica engorda e o gim não escapa à essa regra. O que determina o número de calorias de um drink é o seu teor alcoólico e se há carboidratos,

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gorduras e ou proteínas em sua fórmula. Sendo assim, o gim não tem valor significativo de carboidratos, mas conta com um teor alcoólico em torno de 45%, o que supera grande parte das bebidas. Para se ter ideia, o teor de álcool da cerveja fica ali entre 5% e 10%. No que se refere a bebidas magras, o que pode contar a favor do gim e fazer com que você ingira menos calorias é o tamanho da dose, além de quantos copos você é capaz de beber numa noite, que pode ser o diferencial. Ah, e se for diluído com Água Tônica (extremamente calórica), suas chances de perder peso na balada se anulam. Aliás, é preciso saber um pouco mais sobre água tônica, célebre coadjuvante dos drinks à base de gim. A presença de quinino em sua composição requer a adição de açúcar e outros sabores para diminuir o amargo característico. Algumas marcas contêm tanto ou mais açúcar que o refrigerante. No entanto há versões de água tônica diet que contêm menos calorias, ou nenhuma caloria. Em geral, uma lata de 300ml de tônica contém 128 calorias, 0 de gordura, 32 gramas de carboidratos e 0 de proteína. E não adianta dizer que é saudável por ser um drink colorido, ornamentado com pepino, alecrim, manjericão ou frutas. Geralmente, a quantidade de ingredientes saudáveis em bebidas é tão insignificante que não traz quase nenhum benefício ao corpo. De qualquer forma, são escolhas menos calóricas do que coquetéis com leite condensado ou frutas como a manga. Em todo caso, para manter a dieta em dia sem se privar de brindar com amigos e familiares, o melhor mesmo é optar por bebidas pouco calóricas e, de preferência, com ingredientes saudáveis, como os chás e sucos naturais. Outra sugestão valiosa é diluir a bebida com água gaseificada ou água de coco. Ou então, intercalar a bebida alcoólica, seja lá qual for, com água gelada. Ah, por fim, a mais importante das dicas: se beber, não dirija.


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SOMMELIER — Por Michelle Monte Mor —

sabor do verão V i n h os tam bé m com bi nam com a e staç ão

mais quent e do ano; saiba como escolher

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ssociado aos dias frios e ao inverno, o vinho também deve ser apreciado durante o verão. Mas para se refrescar durante a estação mais quente do ano, é preciso saber escolher os rótulos. Bem escolhido e bem servido, o vinho é uma opção refrescante para aliviar o calor. Os vinhos brancos, os rosés e os espumantes são as escolhas perfeitas para a época. Mas, é possível inovar com rótulos de tintos mais leves e jovens e também com drinks feitos com vinho.

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No calor, as castas mais clássicas são a Chardonnay, a Sauvignon Blanc e a Riesling. Elas tanto dão origem a vinhos com menor teor alcoólico, meio secos, leves, frescos, jovens, sem madeira e menos complexos, características que pedem comidas leves típicas da estação como sashimi, peixes e frutos do mar, como também podem entregar vinhos mais alcoólicos, secos, opulentos, minerais, com a passagem por madeira, proporcionando notas amanteigadas, tostadas, e complexidade de aromas e sabores, estes pedem pratos mais elaborados como bacalhau e peixes mais intensos. Os vinhos brancos mais leves e jovens devem ser consumidos a uma temperatura entre 8° e 10°C, enquanto os mais encorpados e alcoólicos entre 10°C e 12°C. Essa regrinha proporciona ótimo aproveitamento gustativo do vinho. Essas uvas são também muito usadas na elaboração de vinhos espumantes naturais, principalmente a Chardonnay. Vinhos espumantes são fantásticos quando abertos ao sol em beira de piscina, e sempre devemos manter a garrafa mergulhada em balde apropriado cheio de uma solução de água, gelo e álcool, o que

manterá o vinho sempre na temperatura ideal de consumo que é de 6°C para os charmat mais leves e, 8°C a 10°C para os champenoises mais estruturados. De acordo com Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), nos primeiros quatro meses de 2018, as vendas de vinhos cresceram 18,5%, em relação ao mesmo período de 2017. A preferência nacional ainda é pelos tintos (86% do total de unidades vendidas). Em segundo lugar estão os vinhos brancos (13%) e, por último, os rosés (1%).

Tintos têm vez no calor Alguns tintos com menor tempo de maturação têm paladar mais leve e podem até ser servidos gelados. Um tinto jovem é uma boa pedida para eventos ao ar livre. Mas lembre-se na hora de escolher: esses rótulos devem ter no máximo dois anos de maturação, menor amadeiramento e devem ser produzidos com uvas menos estruturadas, como a Gamay ou a Pinot Noir. Aliado à baixa temperatura, o sabor mais ácido dá sensação de frescor. Por isso, é importante resfriar esse vinho tinto jovem entre 12°C e 14°C.

Clericot Esse coquetel é parecido com a sangria, mas em uma versão com vinho branco. Ingredientes: • 1 garrafa de vinho branco seco • 1 dose de licor de laranja ou cereja (opcional) • suco de ½ limão • 1 xícara de frutas vermelhas (framboesa, uvas sem caroço ou mirtilos, por exemplo) • 1 maçã verde cortada em fatias • 1 limão-siciliano cortado em rodelas • cerca de 10 morangos grandes cortados ao meio • 3 colheres de sopa de açúcar Modo de preparo: Misture delicadamente as frutas com o suco de limão e o açúcar em uma jarra e leve à geladeira por pelo menos 30 minutos. Deixe a garrafa de vinho gelando enquanto isso. Na hora de servir, misture o vinho com as frutas, mexendo bem de leve, e acrescente o licor.

Rosés ganham espaço Além dos brancos e espumantes, os vinhos rosés são os mais requisitados durante os dias ensolarados. Os rosés são saborosos, delicados, leves, refrescantes e versáteis.

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SOMMELIER

sommelier S UGE S TÕE S DO

Muito consumidos na França, Portugal e nos Estados Unidos, sua procura e consumo vêm aumentando no Brasil. Os rosés caem muito bem com diversos pratos, desde saladas, pizzas, frutos do mar, peixes, queijos, carne branca e até comidas picantes. São uma boa pedida para eventos e atividades ao ar livre. As cores dos vinhos rosé variam do rosa-salmão ao rosa- -cereja. As uvas mais comumente usadas na preparação desses vinhos são as clássicas Pinot Noir, Merlot, Cabernet Sauvignon, Carignan, Cinsault, Grenache, Malbec e Mouverdre. A temperatura ideal para servi-lo varia de acordo com o corpo do vinho. Os mais leves, entre 6°C e 8°C, enquanto os estruturados entre 10°C a 12°C.

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1. Domaine de Paris Rosé 2017 AOP Côtes de Provence 2. Maria Papoila Alvarinho & Loureiro 2017 3. C redencial Rose 2017 4. C hâteau Moulinat tinto 2016 5. E spumante Orgânico Domaine Bousquet Brut rosé 6. Espumante Brut Dargent Ice Demi-sec Chardonnay 2016 7. La Nina Malbec 2018 Mendoza 8. Loma Negra Reserva Chardonnay 2017 9. Algazarra tinto 2016 10. Mensa Chenin Blanc & Pinot Grigio 2018 11. M iguel Torres Mas Rabel tinto 2016 12. Vidal Fleury GSM Rosé 2015 13. Luigi Leonardo Nero D’Ávola & Merlot Doc Sicília Safra 2016

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Os mais consumidos no verão Durante os dias mais quentes, os vinhos brancos e os espumantes são os escolhidos com maior frequência. Na verdade, eles são os queridinhos da estação. De acordo com o Ibravin, no primeiro quadrimestre de 2018, durante a estação mais quente do ano, as vendas de espumante aumentaram 14,77%, em relação ao mesmo período de 2017. Com uma grande diversidades de estilos, rótulos nacionais e importados, os vinhos brancos e os espumantes são os mais procurados graças à sua acidez equilibrada, seu aroma de frutas cítricas e seu baixo teor alcoólico. Além disso, são refrescantes, versáteis e fáceis de beber. Os espumantes são outra boa pedida para a estação. Trazem frescor, sabor diferenciado e perlage, as famosas bolinhas originárias da presença do gás carbônico da bebida. Ao servir, é preciso atentar para a temperatura, que deve ficar na casa dos 8ºC, para entregar a refrescância esperada e manter as características principais do seu bouquet.

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Vinhos verdes

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O nome pode levar a pensar que este vinho tem coloração verde. Mas não é isso. A nomenclatura está relacionada ao local onde a bebida é produzida. Este vinho é feito exclusivamente em uma região localizada no noroeste de Portugal, em uma área conhecida como a Região Demarcada dos Vinhos Verdes. O vinho verde pode ser branco, rosado, tinto e até espumante. Elaborado a partir de castas produzidas na região, são vinhos jovens, leves, muito frescos e com notas frutadas e florais. Mais ácidos, costumam harmonizar bem com frutos do mar e peixes de água salgada. Devem ser servidos em temperaturas mais baixas para que sua acidez seja refrescante.

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SA Ú DE à MESA — P o r A n d r e s s a B o a S o rt e —

conheça os benefícios

do Kefir

A bebida milenar é usada como um poderoso regul ador int est inal e a juda na prevenç ão de doenç as c ardíac as e c âncer

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uma época em que o ditado popular “você é o que você come” é levado cada vez mais a sério, uma bebida tem chamado atenção do público que busca um estilo de vida mais saudável: o kefir, que numa tradução literal, quer dizer justamente “bem-estar”. Para quem nunca ouviu falar, o grão de kefir, derivado da fermentação do leite, é muito parecido com um pequeno florete de couve-flor e pode ser do tamanho de uma ervilha ou crescer até o tamanho de uma noz.

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Original da Ásia, sua história tem um toque de misticismo – acredita-se que, na cultura árabe, a primeira colônia do kefir tenha sido um presente de Alá para um pastor nas montanhas de Cáucaso. O kefir era conhecido na antiguidade como a “bebida do profeta” e o fermento usado para prepará-lo como “grãos do profeta Maomé”. Segundo relatos históricos, os caucasianos teriam descoberto que o leite fresco carregado em bolsas de couro poderia ocasionalmente fermentar, resultando em uma bebida efervescente e com efeitos medicinais.

Do que é feito o Kefir? A composição química e os valores nutricionais do kefir podem variar dependendo da sua origem e do seu modo de preparo. Mas, de forma geral, entende-se por kefir o leite fermentado a partir do cultivo dos lactobacilos, leveduras e bifidobactérias. Durante séculos, o kefir tem sido utilizado na medicina popular europeia e asiática devido as suas propriedades nutritivas. É um produto de leite fermentado (leite de vaca, cabra ou ovelha) que tem gosto de iogurte natural. A bebida contém ainda altos níveis de vitamina B12, cálcio, magnésio, vitamina K2, biotina, folato, enzimas e probióticos.

Kefir de Leite C o m o fa z e r

1. Separe um recipiente de vidro com boca larga. 2. Coloque 1 colher de sopa de grãos de Kefir de leite nesse recipiente (Não leve à geladeira pois, isto pode matar os grãos de kefir). 3. Adicione 1 litro de leite (use leite fresco, não deve ser quente, nem frio ou fervido. Pode ser leite integral, semidesnatado, desnatado, de vaca ou de cabra). 4. Cubra o recipiente com uma telinha protetora de tule. Deixe fermentar em temperatura ambiente de 18h à 24h. 5. Coe o líquido metabolizado pelos grãos de Kefir: o probiótico. 6. O líquido coado é o que você deve tomar. (Este pode ir à geladeira por 1 ou 2 dias, no máximo). 7. Logo após coar, reserve os grãos de Kefir novamente em vidro higienizado e reinicie o processo.

Embora o kefir seja um tipo de bebida fermentada derivada do leite, também pode ser cultivado na água com açúcar mascavo. A fermentação desse tipo de bebida faz com que algumas bactérias se proliferem, formando o que conhecemos por probióticos vivos, que são os mesmos encontrados nos Yakults, por exemplo. O processo de fermentação dura, em média, 48 horas e pode ser repetido inúmeras vezes, o que torna o kefir um alimento sempre disponível desde que haja a devida higiene do local e dos utensílios usados no seu cultivo. Com uma colher de sopa de uma colônia, é possível garanti-lo por anos e inclusive doá-lo para vizinhos e amigos.

Bom para a saúde Sabe-se hoje que o sistema digestivo é composto por cerca de dezenas de trilhões de bactérias e por centenas de diferentes espécies, constituindo-se em um ecossistema de altíssima complexidade, que abriga e trabalha para manter tudo em perfeita harmonia. Esse equilíbrio é o que garante saúde e longevidade ao corpo, e de acordo

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SA Ú DE à MESA

Kefir de Água

Kefir de Leite com especialistas, o kefir atua diretamente nesse ecossistema, equilibrando e controlando os radicais livres que adoecem e envelhecem o corpo.

Para quem tem intolerância à lactose Um estudo publicado pela American Dietetic Association mostrou que a bebida fermentada melhora a digestão da lactose e a tolerância em adultos com má absorção. Isso porque as bactérias boas do kefir se alimentam

da lactose do leite, ou seja, elas o transformam em um alimento adequado para quem tem algum tipo de intolerância, pois faz com que seus benefícios sejam aproveitados ao máximo diminuindo as chances de causar efeitos colaterais.

Kefir emagrece? Um dos motivos do kefir estar em evidência no universo da alimentação saudável são os estudos relacionados ao consumo da bebida

benefícios

Kefir

Por causa do seu conjunto único de nutrientes, pesquisas mostram que ele pode contribuir para: • Aumentar a imunidade • Tratar doenças Inflamatórias Intestinais • Construir densidade óssea • Lutar contra alergias • Desintoxicar o organismo • Melhorar a digestão da lactose

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com o processo de emagrecimento. Segundo a nutricionista Rayana Feitosa Pereira, o kefir é um alimento antioxidante e atua no sentido de proteger as células sadias do organismo contra a ação oxidante dos radicais livres. “O kefir além de ser um poderoso aliado na prevenção de doenças cardíacas, câncer e sinais de envelhecimento, se combinado com uma alimentação saudável, pode contribuir muito no processo de perda de peso pois produz saciedade”, diz. A especialista destaca ainda o baixo teor calórico da bebida. “Com relação ao carboidrato na fermentação, os açúcares e amidos são a principal fonte de alimento para as culturas de bactérias. Depois do processo de fermentação há uma diminuição nos níveis de carboidratos, e exatamente por isso, o kefir tem esse baixo teor calórico”. A nutricionista alerta, no entanto, que não existem milagres quando o assunto é perder aqueles quilinhos a mais. “Todo processo de emagrecimento passa por um novo estilo de vida, com hábitos mais saudáveis na alimentação e evitando sempre o excesso de bebida alcoólica, tabaco e deixando de lado a vida sedentária”, explica.


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GASTRO TOUR — Por Michelle Monte Mor —

a apimentada mesa

mexicana A gast ronomia do Mé xico, considerada Pat r i m ô n i o C u lt u r a l e I m at e r i a l , d e s t a c a - s e pel a sua diversidade de sabores

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econhecida pela UNESCO em 2010 como Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade, a gastronomia mexicana, transmitida como herança por gerações, representa um fator de identidade e coesão social. Também contribui para o desenvolvimento da comunidade, promove a riqueza natural e cultural e alavanca o turismo. Prova de sua relevância é que 30% do

investimento turístico total é com a gastronomia, de acordo com o Governo do México. Em 2017, o México recebeu 39,3 milhões de visitantes, um aumento de 78,7% em chegadas internacionais desde 2012. Com isso, o país pulou da 15ª para a 6ª colocação no ranking de destinos mais visitados no mundo. O Brasil é atualmente o sexto mercado mais importante

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para o México. Durante os primeiros oito meses de 2018, 236 mil brasileiros visitaram o país, resultando em um crescimento de 22,9% desde 2014. Roteiros que levam em conta a rica cultura, a história e a gastronomia atraem novos turistas ano a ano. Popularizada no Brasil, a culinária mexicana é mais um atrativo turístico daquele país. “No México eu gostei muito dos burritos. Saborosos, apenas se deve ter


o cuidado de verificar a pimenta, eles usam muito e às vezes não consegui comer. A paella também é imperdível, tem vários sabores, frango, carne suína. O guacamole é muito tradicional e

está em todos os cardápios. Vai bem com as tortillas de milho. Notei que eles exploram muito a comida vegana e achei bacana”, revela Eliane Carvalho, chef de cozinha.

“A cozinha mexicana é muito parecida com a nossa. Mas apesar de usarem muito as mesmas coisas que usamos aqui, como o arroz, feijão e macarrão, eles usam de maneira diferente. Por exemplo, o arroz. É normal para eles fazer uma refeição sem esse grão. Mas o que não pode faltar é tortilla e feijão. Ah, o tempero é bem diferente e a pimenta está sempre presente.” Tacos Sabores mexicanos O milho, a pimenta e o feijão são a base da gastronomia mexicana. Desde 2010, o país celebra em 16 de novembro o “Dia Nacional da Gastronomia Mexicana”, fazendo uma homenagem às cores, aromas e sabores dos ingredientes que inspiram receitas tradicionais como mole, tamales, pozole e tacos. Além de fornecer sabor e nutrientes aos pratos, esses ingredientes fortalecem a economia dos produtores mexicanos que colocam o México no 10º lugar de produção de alimentos do mundo. E quem visita o país tem a opção de conhecer e experimentar produtos locais e fazer viagens de conhecimento pela origem e diversidade de ingredientes, técnicas e pratos. Entre os produtos mais abundantes estão o cacau, milho, pimenta, frutas e feijões.

“A cozinha mexicana é muito parecida com a nossa. Mas apesar de usarem muito as mesmas coisas que usamos aqui, como o arroz, feijão e macarrão, eles usam de maneira diferente. Por exemplo, o arroz. É normal para eles fazer uma refeição sem esse grão. Mas o que não pode faltar é tortilla e feijão. Ah, o tempero é bem diferente e a pimenta está sempre presente”, conta a estudante Isabela M. Barros Rocha, que morou 8 anos em Guadalajara. Entre os pratos que Isabela indica estão os tacos, o Pozole e a torta ahogada, típica receita de Guadalajara. “A torta ahogada é feita com um pão carioca meio duro, servido em um caldo que pode ser de carne, carne de porco, até camarão. Já o Pozole é tipo uma sopa, com granos de maíz,

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Isabela M. Barros Rocha

que são para nós os grãos de canjica, e carne de porco. Também experimentei a carne en su jugo. É uma carne cozida, desfiada e com caldo. Pode comer com feijão e tacos. Um dos meus pratos preferidos. A carne de carneiro, conhecida com birria, é preparada no forno e também é imperdível”, diz Isabela.


GASTRO TOUR

Tamales, embaixador da gastronomia mexicana Entre os ícones da gastronomia do México está o tamale. O prato, aliás, é conhecido como Embaixador da cozinha mexicana. A palavra “tamale” vem da palavra nahuatl “tamalli” (língua asteca), que significa “embrulhado”. São mais de 500 tipos de tamales. São feitos com uma massa de milho recheada com diversos ingredientes, envolto e cozido no vapor em cascas de milho ou folhas de bananeira. Este prato é bastante popular nas áreas costeiras. Alguns dos tipos mais populares de tamales são os verdes, com molho de tomatillo verde e carne de porco; molho de mole com peru; e tamales de sobremesa, feitos com passas ou milho doce. Há também tamales com fatias de pimentas poblano ou de jalapeño com queijo. Os ingredientes dos tamales mexicanos variam de acordo com a região do país.

Feijão, fonte de sabor da culinária mexicana Desde os tempos ancestrais, o feijão é a base da dieta dos mexicanos. Essa semente une as famílias durante a semeadura, a colheita e a degustação dos pratos tradicionais. É um produto endêmico e, atualmente, o México produz mais de 50 variedades. Na produção de feijão, o México ocupa o sétimo lugar no mundo, com cerca de um milhão e 300 mil toneladas

Tamales P r ato s i m p e r d í v e i s

no México

• Enfrijoladas / frijoles • Torta ahogada • Tacos • Burritos • Pozole • Carne em su jugo • Quesadillas • Birria (com carne de cabra) • Tamales • Guacamole • Mole • Chocolates

por ano. Com ele são preparados cozidos, sopas, enfrijoladas, tlayudas, hoja santa taquitos, tamales, bolo de carne seca. Na gastronomia, os grãos são cozidos com alho, cebola e sal, e depois moídos com

Frijoles

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pimentão e poejo, uma erva aromática comum em áreas úmidas. “O feijão é servido como uma pasta. Eles chamam de frijoles refritos. Hoje eu amo esse prato.”, conta Isabela Rocha. Outra receita famosa na gastronomia mexicana e pouco conhecida pelos brasileiros é o mole (que significa molho). Trata-se de um alimento milenar que teve poucas mudanças e variações na sua preparação. Prato típico do estado de Puebla, o mole poblano pode levar mais de 20 ingredientes, entre vários tipos de malagueta, especiarias e ervas aromáticas, tomate, alho e cebola, sal, amêndoas ou amendoim, passas, azeite e por vezes caldo de carne ou de galinha. O chocolate é acrescentado no final da preparação. A criação do prato data de tempos pré-hispânicos, quando eram misturados diversos pimentões indígenas com sementes de abóbora, erva santa e tomate para criar um molho que eles chamaram de mulli. Este, geralmente, era acompanhado com carne de peru, de pato ou tatu. O mole era servido em cerimônias, como uma oferenda aos deuses. Com a chegada dos espanhóis ao México, foram acrescentados novos produtos à receita, como a pimenta-do-reino, anis e canela. No caso das carnes, o frango, carne bovina e suína foram integrados ao prato. Desde os tempos pré-hispânicos até hoje, o mole representa uma celebração e revela como era e é o prato principal em festas, casamentos, aniversários e até funerais.


Glossário

do chef — Por elen valereto —

O seu dicionário ga st ronômico

S

abe aquelas palavras diferentes nas receitas e que os chefs estão sempre falando? Não tenha mais dúvidas! Lançamos nesta edição uma coluna especial para desvendar o vocabulário da gastronomia, e vamos começar explicando o que significa “deglacear”, “flambar”, “saltear” e “brodo”.

Deglacear

Saltear

Sabe aquele fundinho que fica grudado na panela, especialmente quando é preparada uma carne? Pois ali existe um sabor a ser explorado com a adição de um pouco de líquido, que pode ser uma bebida alcóolica, como vinhos, sucos, manteiga derretida ou mesmo água. O líquido libera essa crosta, evapora um pouco e resulta em um molho saboroso. Essa técnica, que é chamada de deglacear ou deglaçar, também é usada para dar uma cor mais vibrante a um alimento ou ainda servir como base para incorporar outros molhos.

Frigideira bem quente, fogo alto, pouquíssima gordura e movimento rápidos. Essa é a combinação perfeita para saltear alimentos, em especial, carnes e legumes. Essa técnica, que tem como imagem os alimentos sendo “jogados para o ar”, é importante para provocar um cozimento rápido e homogêneo, deixando uma leve crosta, mas sem queimar. Um dos resultados dela é extrair um sabor adocicado, garantir a textura firme por fora e macia por dentro, além de mais cor.

Brodo Flambar Em italiano, brodo significa “caldo”, mas se refere especificamente a um caldo saboroso extraído após o cozimento de carnes ou legumes, podendo ou não ser adicionado vinho branco. Quando pronto é tradicionalmente usado para compor as “pastas in brodo”, que são sopas feitas de massas e caldo. Um exemplo é a sopa de capeletti, iguaria muito consumida na região Sul do país. Outro uso muito comum do brodo de carne ou legumes é no preparo de risotos, em que o líquido saboroso vai sendo adicionado aos poucos ao arroz até ficar no ponto cozido desejado.

Do frânces flamber, essa técnica significa literalmente “passar pela chama” o alimento, uma descoberta feita sem querer no preparo da sobremesa Crepe Suzette. A ideia é adicionar uma bebida com alto teor alcóolico no cantinho da frigideira, incliná-la delicadamente até que a chama do fogão entre na panela. O fogo alto vai subir até eliminar o álcool da bebida, deixando apenas o sabor. As bebidas mais indicadas para flambar carnes ou sobremesas são: conhaque, cachaça, licor, vodca, uísque e rum.

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MODA

Mais d o que um simple s ace ssório, o s ó c u lo s h o j e s ã o i n d i s p e n s áv e i s e m q u a lq u e r v i s u a l , m a s é p r e c i s o at e n ç ã o pa r a a c e r ta r n a e s c o l h a

Atrás das lentes,

por dentro

da moda — P o r a d ri a n a p a n z i n i —

F

icou definitivamente para trás o tempo em que usar óculos era encarado como uma chateação. Com a evolução da tecnologia e do design, a peça ganha cada vez mais relevância e deixa de ser um mero acessório para fazer a diferença no visual, em todas as ocasiões. Quem precisa utilizar por razões médicas tem hoje à disposição uma infinidade de tipos de lentes e armações, e quem quer fazer um charme extra no dia a

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dia, também. A indústria da moda aposta alto em versões dos mais variados estilos para atender a todos. As principais marcas – Armani, Fendi, Versace, Dolce & Gabbana, Burberry, Prada e Gucci, para citar apenas algumas – têm atualmente sua própria coleção, sempre em linha com as últimas tendências da passarela. Alguns modelos são tão disputados e requintados que podem facilmente chegar a valores estratosféricos: o exem-

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“Nem sempre o que fica bonito nas outras pessoas é o ideal para você, então o segredo do visual harmonioso é, em primeiro lugar, descobrir quais os modelos mais indicados para o seu formato de rosto e, com base nisso, ousar até onde quiser”

Coleção impressa em 3D

do o “Oscar” do segmento ótico, o evento no ano passado reuniu mais de 1.300 expositores e atraiu 58 mil visitantes. As principais tendências aparecem primeiro ali. Na MIDO do ano passado, o tema foi inovação e vários fabricantes exibiram modelos com toques futuristas. A francesa BAARS destacou os óculos de Sol Roboter, em que o design e novos materiais adotados na peça, com um armação única superior e lentes diferenciadas, de fato remete aos filmes de ficção científica. A espanhola Kaleos trouxe a linha denominada Space, com desenhos inspirados, segundo os designers, na ideia de um futuro distante, com modelos com lentes grandes que fazem alusão a máscaras e outros em tamanho micro, cujo conceito engloba uma interpretação da visão de longa distância proporcionada por lasers. Uma coleção inédita impressa em 3D foi o destaque da também francesa MOREL, agregando ainda materiais como beta-titânio e poliamida para oferecer uma peça extremamente leve, com um sistema exclusivo de hastes flexíveis sem parafusos. O formato hexagonal foi apontado como uma das grandes tendências para 2019 e esteve presente em lançamentos de diversas marcas.

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Felipe Ruffino, consultor de estilo e editor do Blog Barba e Gravata

Atual sim, mas dentro do seu próprio estilo Mas assim como acontece com tudo o que está na moda, para se manter elegante e aproveitar tudo o que as novidades podem proporcionar, também na escolha dos óculos é preciso respeitar seu próprio estilo, identificando entre as inúmeras opções em lançamentos aquelas que mais se adequam ao seu gosto pes-

MIDO/Divulgação

morel-france.com

plar mais caro no mercado em 2018 foi um óculos de sol, produzido em parceria pela fabricante italiana De Rigo com a joalheria suíça Chopard, cravado de diamantes, que enfeitou o rosto de famosos como Elton John e Gwyneth Paltrow pela bagatela de mais de 400 mil dólares – ou mais do que uma Ferrari. Sejam lançamentos para o mercado de luxo ou para os simples mortais, as novidades internacionais são apresentadas anualmente na maior feira do setor, a MIDO, promovida em fevereiro em Milão, na Itália, não por acaso conhecida como a capital mundial da moda. Considera-

MIDO, a maior feira do setor


moda

soal e personalidade. Tentar apenas reproduzir um look que ficou bacana em algum famoso pode não trazer bons resultados, como explica Felipe Ruffino, consultor de estilo e editor do Blog Barba e Gravata. “Nem sempre o que fica bonito nas outras pessoas é o ideal para você, então o segredo do visual harmonioso é, em primeiro lugar, descobrir quais os modelos mais indicados para o seu formato de rosto e, com base nisso, ousar até onde quiser”, diz. “Existem armações que

se harmonizam mais com tipos de rostos mais quadrados ou arredondados e, muitas vezes, descobrir qual o mais adequado não é uma tarefa muito fácil, tem que experimentar mesmo várias opções para encontrar a melhor, mas vale a pena gastar um tempinho nisso para garantir um resultado bacana depois”, explica Ruffino, acrescentando que há determinadas composições mais favoráveis e que podem guiar essa maratona.

óculos escuros: cuidado com a saúde

Mais do que o design e o estilo, a escolha do melhor óculos de sol deve levar em consideração essencialmente a proteção oferecida por cada modelo e marca. Destinado especificamente a proteger a saúde dos olhos, pode acabar sem efeito se não for produzido dentro das corretas especificações e com os materiais adequados. Confira as dicas da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato e Córnea-SOBLEC para garantir a melhor aquisição. • Não basta que a lente seja escura, o produto escolhido deve apresentar selos ou certificados que assegurem a proteção contra os raios ultravioleta A e B (UVA e UVB) emitidos pelo sol e responsáveis por causar malefícios como catarata, alterações na retina e queima da córnea. • Pessoas que passam muito tempo ao ar livre ou esportistas que precisem também de proteção contra o brilho refletido do sol na água, neve, aslfalto ou superfícies metálicas, devem optar por óculos com lentes polarizadas. Os óculos solares comuns reduzem o brilho direto da luz visível, mas não reduzem o brilho refletido. • É preferível adotar modelos com armações de plástico acetato ao invés das de metal, que oxidam e acumulam calor, com risco de provocar alergias. • Os óculos devem ser confortáveis no rosto e não apertar ou deixar marcas no nariz, têmporas e maçãs do rosto.

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“Se o rosto é grande e largo, uma boa indicação, por exemplo, são as lentes retangulares, que dão o efeito de um perfil mais afinado”, aponta. “Também funcionam bem para quem tem rostos mais ovais e, no caso dos homens, barbas mais compridas”, ressalta. “Já barbas no formato de triângulo invertido ou mais curtas costumam compor melhor com óculos mais arredondados, que são ideais para todos os que querem mostrar o formato do rosto”, revela, lembrando ainda que há modelos clássicos, como o óculos tipo aviador, que ficam charmosos em todo mundo. O consultor recorda que as cores são outro foco de atenção. “Não é exatamente uma regra, mas observamos que, de maneira geral, as armações de cores escuras ficam mais harmoniosas com os tons de cabelo e barba também mais escuros, assim como as mais claras combinam melhor com os fios mais abertos”, detalha. “Na dúvida, o pretinho básico é a solução, mas mesmo aqui é possível sair um pouco do comum, com formatos inovadores e superestilosos”. Ruffino faz questão de pontuar que a elegância, quando se trata de óculos, não se restringe somente à escolha da peça, tem que saber como e onde usar cada modelo para não acabar ficando cafona. “Muita gente acha que usar óculos de sol em ambientes fechados ou à noite é sinônimo de status, mas o fato é que esse tipo de peça foi desenvolvido para o ar livre, para controlar a luminosidade e proteger os olhos, então, além de ser deselegante, não faz nenhum sentido”, diz. “Da mesma forma, as regras de etiqueta pedem que se retire os óculos escuros ao conversar com outra pessoa ou durante as refeições, e cortesia nunca sai de moda”, conclui. Vale para todo mundo, inclusive para o Elton John e seus óculos milionários.


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acontece — p o r p ri s c i l a v a n ti —

C a m pa n h a

DIA DA MULHER

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os passageiros começam a entrar na aeronave, mostra-se uma mulher e um homem (no caso, comandante e copiloto) recepcionando os passageiros. Neste momento, um dos passageiros se dirige a um dos dois e pergunta: “Boa tarde, comandante. Quantas horas de voo até São Paulo?”. Para saber o desfecho desta história e descobrir porque, mais uma vez, o BigLar respeita as diferenças, não deixe de assistir ao vídeo “A Comandante”, feito especialmente para o Dia Internacional da Mulher.

s mulheres são importantes para o BigLar o ano todo. No entanto, neste 08 de março, Dia Internacional da Mulher, nossa equipe presta uma homenagem especial para elas, celebrando mais uma vez que #odiferentenoscompleta. O filme que os clientes e amigos do BigLar poderão ver nas redes de TV e na internet, por meio das redes sociais do supermercado, tem início com uma cena da sala de embarque, dando ênfase no painel de partidas, que mostra o voo para São Paulo com embarque imediato. Quando

Respeitar

as diferenças

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s seres humanos, especialmente de uma determinada região, podem possuir muitas coisas em comum: o apreço por um esporte, a inevitável cervejinha do final de semana, o desejo de viajar nas férias. No entanto, ainda que tenhamos tantas similaridades, somos todos diferentes e únicos. E o BigLar sabe disso. Tanto que são essas diferenças que motivam a diversidade de produtos que se encontram em suas prateleiras. E o respeito pelas diferenças é o mote da nova campanha institucional do BigLar. Com a hashtag #odiferentenoscompleta, spots de rádio, vídeos para TV e internet e posts nas redes sociais celebram a variedade de sabores, cores e produtos que só o BigLar disponibiliza para seus clientes. Porque é por respeitar todas as diferenças que o BigLar é diferente para você.

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— w w w . f a c e b o o k . c o m / s u p e r b ig l a r —

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r a d a r c u lt u r a l — P o r M a r c e l o X a vi e r —

Casa dos Governadores

reabre as portas

Ahmad Jarrah

Duas

Rainhas

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histórico casarão onde governadores residiram entre 1940 e 1986 finalmente reabre as portas para a população. O acervo conta com mais de 800 peças. A maior parte delas estava guardada no Museu Histórico de Mato Grosso e no Palácio Paiaguás. Após 32 anos, as peças retornam à antiga casa dos Governadores. Entre elas estão móveis em estilo Luís XV, porcelanas e cristais de origem japonesa e ainda objetos de prataria vindos de diversas partes do mundo. A Residência dos Governadores foi construída entre os anos de 1939 e 1940, no Governo do Interventor Júlio Muller. Durante 45 anos, a residência abrigou 14 governadores de Mato Grosso e seus familiares, sendo desativada em janeiro de 1986. A casa fica na R. Barão de Melgaço, 3565, Centro.

Lançamento mais esperado de fevereiro, “Duas Rainhas” (Mary, Queen of Scots) estreia nos cinemas de todo o Brasil dia 14. O filme, baseado na biografia “Queen of Scots: The True Life of Mary Stuart”, de John Guy, é um épico que apresenta a histórica disputa entre Mary Stewart, rainha de Escócia, e sua prima, Elizabeth I pelo trono do Reino Unido. Ainda criança, Mary (Saoirse Ronan) foi prometida ao filho mais velho do rei Henrique II, Francis, e tornou-se rainha-consorte na França. Viúva, ela decide retornar à sua terra natal e reivindicar o trono inglês de Elizabeth (Margot Robbie), a Rainha da Inglaterra. Também estão no elenco Jack Lowden, Joe Alwyn, David Tennant, Guy Pearce e Gemma Chan.

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Elb a R a m a l h o

lba Ramalho volta ao disco com “O Ouro do Pó da Estrada” (gravadora Deck), seu 38º álbum de estúdio. O novo disco já está disponível em todas as plataformas digitais como o Spotify e o Deezer. Depois de flertar com o pop em “Do Meu Olhar pra Fora” (2015), a cantora traça pontos de contato com sua carreira, 50 anos da primeira experiência no grupo “As brasas” e 40 do seu primeiro álbum. Produzido em parceria com Yuri e Tostão Queiroga, “O Ouro do Pó da Estrada” retoma a tônica da música do nordeste, com xotes como “Além da Última estrela” e “Se Não Tiver Amor” ao mesmo tempo que saúda a nova geração de cantoras com “O Mundo”, o qual conta com a participação de Roberta Sá, Maria Gadú e Lucy Alves. O novo álbum, em formato CD, chegou as lojas em fevereiro.

facebook.com/ElbaRamalhoOficial

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