EDIÇÃO Nº 19

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pra você

• ano IV • edição 19 • dez 2019 jan 2020 •

Espumantes

Item indispensável das listas de compras de fim de ano Gastro Tour

Primeiros países a dar boas-vindas ao novo ano mixologia

Drinques refrescantes para o verão

as estrelas

da festa

Os tradicionais pratos natalinos que se consagraram como os protagonistas das ceias: Peru, Chester e Tender


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Sumário 14

Capa

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Tradição com sabor brasileiro

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Carlos Alexandre Pereira de Luca e sua paixão pelos doces

Tradições Natalinas

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Cultura no Prato Um pouco mais sobre o tradicional pernil suíno curado e defumado

Elas tomam conta dos lares brasileiros

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Na casa do chef

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Sommelier

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Conheça alguns rótulos de vinhos disponíveis no BigLar

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Gastro Tour Os países que são os primeiros a dar boasvindas ao novo ano

Espumantes

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Item indispensável das listas de compras de fim de ano

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Saude à Mesa Marcelo Cotrim e o frescor das saladas

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Mixologia Versáteis, drinques e coquetéis ajudam a espantar o calor

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Arquitetura Um bate-papo com Karla Di Grecco


Editorial

As estrelas da ceia

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época mais aguardada do ano, finalmente, chegou. Estamos falando das festividades de final de ano, Natal e Réveillon. Para já se preparar para essas celebrações inesquecíveis, nesta edição, as “Estrelas da Festa”, que já ocupam as mesas dos lares brasileiros, estampam nossas páginas. Na matéria, receitas especiais de Chester, Peru e Tender, além de dicas para incrementar esses pratos. Falando em Tender, você conhece a origem dessa carne suína e como ela se consagrou aqui no Brasil? No “Cultura no Prato”, te contamos, além de darmos dicas de preparo. Ainda sobre origens, o Natal é marcado por símbolos. Montar a árvore de Natal e presépios, escrever ao Papai Noel, trocar presentes. Esses costumes estão tão enraizados, que nem questionamos seus significados e como surgiram. Mas nossa revista se encarregou, nessa edição, de trazer curiosidades dessas tradições que dão magia ao Natal. O Ano Novo não ficou de lado. Outra curiosidade, que muitos já sabem, é que em alguns lugares a virada acontece mais cedo. Mas você sabe qual o primeiro país a trocar de ano? Uma dica: é na Oceania. Venha conferir! E no Réveillon, sempre celebramos com um brinde. O estouro de um espumante dá as boas-vindas ao ano que chegou. Para deixar sua virada ainda mais especial, fizemos uma seleção de rótulos para você brindar com a família e amigos. Nosso sommelier complementa a lista, além de apresentar as melhores combinações com os pratos das ceias de Natal e Ano Novo. Nessa época de festividades, o calor também marca presença, afinal estamos no verão. E nada melhor para se refrescar do que bons drinques. Confira algumas preparações para driblar as altas temperaturas com uma dose de sabor. Para celebrar o Dia do Arquiteto, batemos um papo com Karla Di Grecco. Isso e muito mais, você só lê aqui! Boa leitura, boas festas e um abraço afetuoso da

Família BigLar

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A revista “≠ pra você” está disponível gratuitamente para tablets e smartphones na App Store e Google Play

Coordenação Geral Genius Publicidade CEO Junior Brasa Atendimento Amanda Rodrigues Produção Gráfica Renan Leite

Conteúdo, edição e arte Direção Editorial Glauco Piccirillo Redação Adriana Panzini Andressa Boa Sorte Kátia Carminatto Marcelo Ferri Michelle Monte Mor Priscila Vanti Protásio Morais Shayla Silva

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Direção de Arte Eduardo Silva Revisão

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10 mil exemplares Para Anunciar marketing@biglar.com.br

A Revista BigLar não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, bem como pelas informações ou conteúdo dos anúncios publicados. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. A Revista BigLar é produzida pela Goya Conteúdo Editorial.

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(65) 99920-5900 (65) 3317-5900


carta do leitor

Coisas boas marcam nossa vida “Faz muito tempo que conheço o pessoal do BigLar. Tudo começou quando vim do Paraná pra cá (Várzea Grande), com dez anos de idade. O BigLar era apenas uma porta e meu irmão foi um dos primeiros funcionários. Meus pais sempre estavam ali, no mercado, fazendo compras e foi criada uma relação de amizade com o pessoal de lá. Cresci, casei, tive filhos. Mas coisas boas sempre marcam a vida da gente, e nunca nos esquecemos. Acompanhamos o crescimento do BigLar, onde, até hoje, faço minhas compras. ”

Fátima Aparecida da Silva, cliente BigLar há quase 30 anos

BigLar, amor que dá pra sentir “Sou portuguesa e moro desde 2004 em Cuiabá. Desde que cheguei, sou cliente BigLar. O diferencial do supermercado, sem dúvida, é o amor que consigo sentir, desde a forma como expõem os produtos até o atendimento e as ações sociais que empreendem, fazendo e servindo ao próximo. Me encanta o espaço e a diversidade de produtos, sem esquecer a alegria e disponibilidade dos colaboradores. O produto que sempre vou comprar é o pão Italiano, que, apesar desse nome, se assemelha muito ao pão da minha terra. Tem uma frase popular de lá que diz “Portugal, terra de pão, gente de paz”. Parabéns BigLar, que felicidade ser vossa cliente!”

Clara Lima Azevedo, cliente BigLar há 15 anos

Um dos melhores supermercados do país “Sempre achei que o BigLar merecia uma tese de mestrado, sabia? Verdade! Como explicar o sorriso permanente de todos que trabalham lá? Como explicar a paixão por servir de sua equipe? Como explicar o encantamento de todos quando o conhece? Sou cliente há mais de 15 anos, fã incondicional e apaixonado pelo lugar. Vou, religiosamente, duas vezes por semana. É onde me atualizo dos lançamentos, das novidades; onde encontro amigos (e faço novos). Modéstia à parte, já viajei para alguns lugares e falo com orgulho: temos um dos melhores mercados do país! Em qual outro lugar você faz compras com tanto alegria e prazer? E me perdoe os apaixonados por atacarejo: lá é minha segunda casa!”

João Carlos Caldeira, cliente BigLar há mais 15 anos

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P r at e l e i r a — por Priscila Vanti —

Sabor Especial

A Grécia possui a maior produção e consumo de azeites extravirgens do mundo. Não é a toa que o produto dessa região preserva sua reputação entre os melhores azeites do mundo. Disponível no BigLar, o azeite Kalamaki é feito com ingredientes superselecionados, que combinados à qualidade e tradição do processo produtivo tornam esse produto refinado e único. Ele vai enriquecer seus pratos, surpreender seus amigos e encantar seus familiares. É excelente para acompanhar qualquer prato, salada ou aperitivo. O produto conta com acidez máxima de 0,5% e é feito totalmente com azeitonas do tipo koroneike, produzidas na região grega de Creta.

Mistura

Deliciosa

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s festas de final de ano no Brasil ocorrem em pleno verão, quando as altas temperaturas tornam os vinhos espumantes a bebida ideal para se brindar. O Perez Cruz Blanc de Noir Brut é a escolha certa para tornar qualquer momento inesquecível. Elaborado pelo método tradicional, este espumante branco, feito de duas uvas tintas, a Cabernet Franc e a Cot (Malbec), na boca é complexo, sedoso e saboroso e encanta os mais exigentes enófilos. O Perez Cruz Blanc de Noir Brut harmoniza com peixes, frutos do mar, saladas e comida japonesa. Essa preciosidade está disponível no BigLar.

S a b o r d e N ata l

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maioria de nós espera o ano todo para o momento de se deliciar com os produtos natalinos. Os panetones Gran Ducale são importados da Itália, feitos a partir da receita tradicional do país que inventou essa iguaria. Com 30 anos no mercado, o método de produção utilizado pela marca reflete o respeito pela forma tradicional de produção de bolos fermentados sazonais, garantindo assim a máxima maciez e sabor para os produtos devido ao tempo de fermentação duradouro. O produto tem sabor tipicamente natalino, com massa macia, essência de baunilha e recheio de frutas secas. É uma excelente opção para se presentear ou deixar ainda melhor o Natal de quem você ama.

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R e f e r ê n c i a n a E u ro pa

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ara os aficionados por bacalhau, uma novidade saborosíssima está disponível no BigLar: o Lombo de Bacalhau Dessalgado Congelado Marnobre, produzido pela empresa portuguesa Brasmar, referência na Europa. Trata-se da espécie Gadus Morhua, a mais nobre de todas, capturada no Atlântico Nordeste. Suas postas são altas e claras, desfazem-se em camadas tenras depois de cozidas e o teor residual de sal fica entre 2% e 4%. O Gadus Morhua, em inglês Cod Fish, também é chamado “Bacalhau verdadeiro”. Ele habita as águas frias do Atlântico, como Canadá e Mar da Noruega, mas também é pescado na Islândia e na Rússia. O Lombo de Bacalhau Marnobre é ideal para receitas em postas, lombo ou pedaços.

Irresistíveis ao paladar

A tradição e a paixão são os principais ingredientes que aquecem os fornos da Loison. Fundada em 1938 em Costabissara, na província histórica e artisticamente rica de Vicenza, a empresa familiar ganhou o mundo com suas criações exclusivas e cheias de qualidade e sabor. A Loison segue um processo de produção especial que respeita os longos e lentos tempos exigidos pelo fermento, de acordo com a antiga tradição dos confeiteiros italianos. Tudo isso para proporcionar uma explosão de sabores única a todos que provarem seus produtos. O BigLar traz para você uma linha de panetones da marca que serão irresistíveis ao seu paladar.

massas

e frutas

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Casa Vinícola Zonin é uma das mais importantes produtoras de vinho italiano e também uma das mais famosas em âmbito mundial. A Tenuta, de propriedade da família desde 2000, localiza-se no coração do Salento e esta posição geográfica é favorável, pois é caracterizada por uma agradável brisa do mar e grande intensidade de luz, condições favoráveis para o cultivo da videira. O vinho Masseria Settearchi Primitivo di Manduria conta com intenso aroma de geleia madura, frutas vermelhas e pretas. Quente e sedoso, ele é ideal para acompanhar carnes, massas e pratos condimentados, carnes vermelhas assadas e carnes de caça.

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vitrine

Já Nas

gôndolas — I NSTAGRAM @ s u p e r m e r c a d o s b i g l a r —

os produtos mais curt id os na s nossa s rede s so ciais T r a d i ç ã o i n o va d o r a

S a b o r av e l u da d o

Gin do Brasil A marca Simplot nasceu nos Estados Unidos no século passado. Suas batatas com corte tradicional são pré-fritas e congeladas mantendo um sabor inigualável, o que faz dela a preferida da maior rede de restaurantes fast-food do mundo.

O Amázzoni, gin criado na primeira destilaria exclusivamente dedicada à bebida no Brasil, conta com ingredientes nativos como: louro, limão, coentro, cacau, castanha-do-pará, maxixe e cipó-cravo. Vai deixar de provar?

A Goplana combina de maneira original um excelente chocolate com recheio cativante, notas frutadas, nozes e frutas secas, além de um waffle extremamente crocante. Experimente os chocolates da Goplana disponíveis no BigLar.

SA B OR ESPECIA L

S a u d áv e l e d e l i c i o s a

Uma alimentação à base de vegetais, com ingredientes nobres, naturais e frescos. Essa é a proposta da Veggydeli. As receitas alcançam sabores impressionantes e os processos artesanais dão aquele toque de “feito em casa”.

Origem certificada No estilo clássico e elegante, o saboroso tinto Chianti Classico, da Castellare di Castellina, é elaborado sem concessões a modismos, preservando a elegância e a tipicidade, exaltando as qualidades da casta Sangiovese.

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A Sulita trabalha com cortes de carne suína com baixo teor de gordura e origem certificada. Os cortes são selecionados e o tempero é feito para dar água na boca, tanto nos fãs de churrasco quanto nos amantes de delícias superpráticas.


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CA P A — Por adriana panzini —

TradiçãO com sabor brasileiro

R e c e i t a s c r i at i va s c o m p e r u , t e n d e r e c h e s t e r conferem um toque surpreendent e aos grandes p r o t a g o n i s t a s d a s m e s a s n at a l i n a s

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peru natalino

r e c h e a d o d e fa r o fa c r o c a n t e e molho de laranja Ingredientes:

Modo de preparo:

• 1 peru de cerca de 4,5 kg • 600 ml de suco de laranja • 1 litro de vinho branco seco • 4 dentes de alho • 4 folhas de louro • Pimenta-do-reino em grãos • 200 g de manteiga • 1 colher (sopa) de sálvia fresca picada • 1 colher (sopa) de alecrim picado • 1 colher (sopa) de tomilho • Sal a gosto • Saquinho celofane tipo assa-fácil

Misture o suco de laranja com o vinho branco, o alho, louro, sal e pimenta. Deixe o peru marinar nessa mistura de um dia para o outro. Misture a manteiga com as ervas picadinhas. Espalhe parte dessa manteiga por dentro do peru. Para a farofa, corte em cubos a cebola, a cenoura e o salsão. Pique o alho. Refogue tudo na manteiga e acrescente o caju seco e as castanhas de cumbaru, reserve. Torre, rapidamente, a farinha na manteiga até ficar bem crocante, junte aos legumes. Recheie o peru. Amarre ou palite as coxas. Espalhe o restante da manteiga de ervas na pele do peru. Coloque no saquinho de celofane tipo assa-fácil, feche e leve ao forno, assim ele fica suculento. Faltando 30 minutos do tempo indicado na embalagem da carne, retire totalmente o saquinho assa-fácil. Molho: reserve o caldo que sobrou na assadeira, coe, adicione as laranjas e a mostarda dijon, leve ao fogo. Coloque o creme de leite para finalizar, retire e sirva.

Farofa: • 2 talos de salsão • 2 cenouras • 2 cebolas • 2 dentes de alho • 100 g de caju seco • 300 g de farinha de mandioca • 150 g de castanha de cumbaru picada • 100 g de manteiga

Molho de laranja: • Caldinho do peru (que sobra depois que assa) • 50 g de mostarda dijon • 2 laranjas • 100 ml de creme de leite

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Chef Rosangela Cavalcante

ão tem jeito. Por mais que surjam cardápios inovadores, ousados e modismos, o que todo mundo aguarda mesmo, ansiosamente, para saborear nas ceias de final de ano são as grandes estrelas da festa: Peru, Tender e Chester. Deliciosos e suculentos, trazem aquele espírito gostoso de confraternização e compartilhamento dos bons momentos, desde o ritual do preparo, que deve ser feito com antecedência, cuidado e carinho, um ótimo pretexto para manter todo mundo reunido por mais tempo, em uma gostosa colaboração coletiva. Mas, por que não dar um toque tipicamente brasileiro a essa tradição, surpreendendo a família e os amigos ao reunir temperos e acompanhamentos regionais que destacam o paladar dessas carnes especiais? Assim, é possível, inclusive, combinar iguarias sempre presentes em todas as mesas cuiabanas, como a Maria Isabel e a Mojica de Pintado, com os queridinhos dessa época.


CA P A

peru da prosperidade c o m c a s ta n h a s a o m o l h o d e r o m ã

Ingredientes: • 1 peru de cerca de 4,3 kg • Papel-alumínio ou saquinho celofane tipo assa-fácil Marinada: • 1 litro de vinho branco • 2 cebolas • 2 dentes de alho • 300 ml de suco de limão • 1 pimenta-dedo-de-moça • 3 ramos de alecrim • 3 ramos de tomilho • Para finalizar: 1 romã fresca / melaço de romã

Chef Rosangela Cavalcante

Recheio: • 3 cenouras cortadas em cubinhos • 3 cebolas cortadas em cubinhos • 200 g de bacon em cubinhos • 5 tomates cortados em cubinhos • 4 dentes de alho picados Cobertura: • 100 g de mostarda dijon em grãos • 1 colher (sopa) de molho inglês • 1 colher (sopa) de gengibre picadinho • 100 g de castanha-de-caju • 30 g de manteiga • 2 pães francês esmigalhados • ½ maço de salsinha

Modo de preparo: Bata a marinada no liquidificador e deixe marinar o peru de um dia para o outro. Recheie o peru, palite ou amarre as coxas bem fechadas, coloque em uma assadeira com toda a marinada e leve ao forno baixo (140 °C) por, pelo menos, 3 horas com papel-alumínio ou saquinho de celofane tipo assa-fácil. Recheio: Corte o bacon em cubinhos e refogue, acrescentando as cebolas e as cenouras cortadas em cubinhos, o alho e, em seguida, o tomate. Deixe esfriar. Cobertura: Numa tigela, misture a mostarda, o molho inglês e o gengibre. Reserve. Derreta a manteiga e misture ao pão esmigalhado, acrescente a salsinha e a castanha-de-caju. Antes de servir, pincele o peru já assado com a mistura de mostarda e polvilhe todo ele com a mistura de pão e castanha, apertando um pouco sobre a superfície do peru. Leve ao forno novamente até a cobertura dourar.

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Para a personal chef Rosangela Cavalcante, que há 10 anos atua no segmento de buffet personalizado na Grande Cuiabá, sempre existem diversas e interessantes formas de se aproveitar as peculiaridades da culinária e dos produtos abundantes na região para renovar as receitas tradicionais do Natal e Ano Novo, caprichando, inclusive, na decoração. É o caso das duas combinações irresistíveis com peru que a chef preparou para os leitores da revista do BigLar e que você confere nesta matéria. “Costumo utilizar muito nossas frutas e castanhas-do-cerrado”, conta Rosangela. “Um exemplo é a farofa de banana, que até pode não ser tão típica natalina, mas é sempre uma guarnição apreciada e que vai com todos os pratos”, diz. Pode até parecer brincadeira, mas para quem não tem muita experiência na cozinha, pensar em preparar uma dessas carnes especiais pode


e polpa de cajá

C h e s t e r c o m p u r ê d e b atata

Ingredientes: • 1 chester de cerca de 3,5 kg • Papel-alumínio Purê: • 2 kg de batata • 1 e ½ xícara (chá) de creme de leite • ¼ de xícara (chá) de azeite • 2 embalagens de polpa de cajá congelada • Sal e noz-moscada a gosto Molho para pincelar: • 4 colheres (sopa) de margarina • ½ embalagem de polpa de cajá congelada Molho para finalizar: • ½ maço de salsinha • ½ xícara (chá) de azeite • Sal e pimenta-rosa a gosto Modo de preparo: Na véspera do preparo, retire o chester do freezer, coloque-o em um recipiente fundo e deixe descongelando em geladeira. Na hora de preparar, abra o pacote e retire os miúdos de dentro da ave (reserve-os para o preparo de caldos e farofas). Deixe as polpas na geladeira para descongelar. Sobre uma assadeira, coloque duas folhas de papel-alumínio

(1 metro cada) e faça uma cruz. Disponha o chester no centro da cruz e embrulhe a ave, envolvendo-a com as pontas da cruz de papel-alumínio e apertando bem. Leve ao forno preaquecido (180 °C) por 1 hora e 20 minutos, ou até que fique totalmente assado (estará no ponto quando não sentir resistência da carne ao espetar um palito na região do peito). Enquanto isso, faça o purê: em uma panela, cozinhe as batatas até ficarem macias, escorra e passe-as, ainda quentes, por um espremedor de batatas. Junte o creme de leite e o azeite, e misture bem, para que o purê fique bem cremoso. Adicione a polpa de cajá, tempere com sal e noz-moscada e leve ao fogo para esquentar. Para finalizar: abra o alumínio e dobre-o até que a ave fique totalmente descoberta. Derreta a margarina, misture com a polpa de cajá e use essa mistura para pincelar o chester. Volte para o forno por mais 10 minutos e pincele novamente. Repita esse processo até utilizar toda a mistura ou até que a pele fique bem dourada. Faça o molho de salsinha: processe a salsinha com o azeite em um mixer até formar um molho. Tempere com sal e finalize com pimenta-rosa. Sirva as fatias de chester regadas com o molho e acompanhadas do purê.

Perdigão

ser um desafio e tanto, remetendo a procedimentos complicados, mas a chef garante que não, desde que você reserve o tempo necessário – já que o preparo é mesmo demorado – e siga, atentamente, as instruções, o que nem todo mundo faz. “O mais complicado é encontrar o ponto correto dos assados, não pode assar muito, pois fica ressecado, nem pouco, para não ficar com sabor duvidoso. É preciso calcular bem o tempo e a temperatura do forno, mas se a pessoa escolher uma receita e seguir exatamente o que está lá indicado, mesmo que seja a primeira vez que faz o prato, a chance de dar errado será mínima”, afirma Rosangela. “Hoje, há recursos que facilitam também, como os saquinhos de celofane do tipo assa-fácil, que não permitem que o peru perca a suculência, mas deixam a pele corar por inteiro. Antigamente, eu assava tudo em papel-alumínio.”

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tender com

molho de maracujá, gengibre e manjericão Ingredientes: • 1 tender • 4 maracujás doces • 1 pedaço de 7 cm de gengibre • 300 ml de água • 4 colheres (sopa) de folhas de manjericão cortadas • 100 g de manteiga sem sal • 4 colheres (sopa) de mel • Papel-alumínio

Para engrossar: • 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal • 2 colheres (sopa) de farinha de trigo

Alguns truques dos chefs facilitam a vida na hora de preparar o seu peru, tender ou chester. Anote todas e garanta o sucesso da sua receita! • Em média, calcule, pelo menos, uma hora de forno para assar cada quilo de carne adequadamente. Assim, você terá uma ideia mais precisa de quanto tempo levará o cozimento da sua peça, conforme o tamanho escolhido. • Peru, chester e tender, em geral, já são vendidos pré-temperados, não é necessário lavar as carnes em água corrente, inclusive, isso pode tirar um pouco o sabor original. • Sempre descongele as carnes um ou dois dias antes do preparo sob refrigeração, para não correr o risco de contaminação. O mesmo se aplica depois de recheá-la e durante a marinada antes de ir ao forno. Se ficar pronto muito antes de servir, também é melhor manter resfriado e reaquecer no forno próximo à hora de servir.

• Para ter certeza de que o chester ou peru está no ponto certo, espete uma faca na parte mais grossa da coxa e confira a cor do líquido que verter. Se for transparente, está pronto. Se estiver rosado, ainda precisa de mais tempo de cozimento. • Os saquinhos de celofane do tipo assa-fácil podem ser uma boa pedida. Além de facilitar o manuseio na forma, asseguram maior suculência, mas use conforme as instruções. É preciso abrir ao final do cozimento para que a carne doure pelo tempo indicado.

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Com uma faca, faça cortes em toda a pele do tender formando losangos. Coloque o tender em uma assadeira. Preaqueça o forno a 180° C. No liquidificador, coloque a polpa do maracujá, o gengibre e a água. Vá pulsando até que tudo se misture. Coe o suco, acrescente as folhas de manjericão e reserve. Besunte todo o tender com a manteiga e, por último, regue o mel e o suco sobre a carne. Cubra a assadeira com papel-alumínio e leve ao forno conforme tempo da embalagem. Retire o papel-alumínio e aumente a temperatura do forno para a máxima. Asse até que o tender esteja bem dourado. Em uma panela, derreta a manteiga e adicione a farinha e misture bem para não formar grumos. Se acontecer, passe por uma peneira. Vá juntando o molhinho que sobrou na assadeira, aos poucos, e deixe cozinhar por aproximadamente 10 minutos. Sirva por cima do tender.

Perdigão

Modo de preparo:

Dicas de preparo


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T r a d i ç õ e s N at a l i n a s — por Priscila Vanti —

vem chegando o Natal E s t á a b e r t a a t e m p o r a d a pa r a a s m a i s de li ci os a s t radi çõe s d o an o com o m ontar a

árvore o presépio e encher a c asa de luzes

O

to de Jesus. Foi somente no século IV, que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, fazendo uma analogia ao tempo de viagem dos três reis Magos até a cidade de Belém para entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. As celebrações e confraternizações durante o inverno já eram realizadas bem antes da Festa de Natal ser comemorada no dia 25 de dezembro. Elas tiveram origem na Europa para comemorar o fim da temporada mais fria do ano. Contudo, as tradições natalinas passam de geração para geração, e, ainda mantêm a essência de seus símbolos. Desde a antiguidade, os europeus tinham o costume de

Brasil é um país muito grande e os costumes natalícios, às vezes, variam de acordo com as diferentes regiões. No entanto, basta o final de ano se aproximar que algumas tradições tomam conta dos lares brasileiros. Afinal, quem não fica ansioso à espera do dia de montar a árvore, de comprar presentes, assistir aos tradicionais filmes de Natal e, claro, satisfazer aquela vontade dos pratos deliciosos que só comemos nessa época? O Natal é sempre uma data feliz e muito especial. Nesse dia se comemora o nascimento de Jesus Cristo. Para os cristãos, Jesus veio ao mundo para salvar os homens de seus pecados. Na antiguidade, o Natal era festejado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimen-

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deixar suas portas abertas no mês de dezembro para receber viajantes. Eles ceavam com a família e dormiam para partir no dia seguinte, de manhã. Esse costume tornou-se a ceia de Natal: um jantar que reúne amigos e familiares na mesma mesa. E, se existem duas comidas que são a cara da festa natalina são o peru e o panetone. A ave que se tornou símbolo da comilança da ceia é popular nos Estados Unidos durante a celebração da data de Ação de Graças, quando os norte-americanos se juntam para agradecer tudo o que viveram no ano que está acabando. Essa tradição acabou sendo trazida para o Brasil durante o Natal e o peru se tornou famoso por aqui. O panetone também teve origem fora do país, mais precisamente na Itália. A sobremesa era feita para celebrar datas especiais e chegou até nós com a imigração italiana. O mito do Papai Noel foi baseado na história de São Nicolau, um bispo de Mira que viveu por volta de 300 d.C. Ele era famoso por distribuir presentes às crianças carentes e por ajudar, financeiramente, as pessoas pobres. Ele costumava deixar um saco de moedas na chaminé das moradias de quem precisava de dinheiro. Por isso, falamos

O mito do Papai Noel foi baseado na história de São Nicolau

que o Papai Noel desce pela chaminé com um saco de presentes. A árvore de Natal começou a virar tradição na idade Média, no ano de 1530. Dizem que Martinho Lutero andava por uma floresta onde havia muitos pinheiros, quando olhou para o céu e viu diversas estrelas. Ele, então, resolveu levar

Árvore de Natal, tradição desde a idade Média

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um pinheiro para a casa e colocar uma estrela no topo dela para simbolizar a sua visão da estrela que guiou os três magos até Jesus. Há, porém, outras versões para explicar a origem do costume. A Enciclopédia Britânica diz que o uso de pinheiros e enfeites era um costume dos egípcios, dos chineses e dos hebreus, e simboliza a vida eterna. Era uma tradição pagã comum na Escandinávia e, provavelmente, sobreviveu depois que os pagãos foram convertidos ao catolicismo. Outros estudiosos dizem que a árvore de Natal é uma alegoria da árvore do Jardim do Éden, onde viveram Adão e Eva, segundo a mitologia. As bolas vermelhas seriam as maçãs. A tradição conta que o presépio, por sua vez, foi criado por São Francisco de Assis. Ele criou um presépio (do latim praesepium que significa estábulo) e recriou a cena do nascimento de Jesus com atores e animais de verdade. Esse cenário serviu para uma missa de Natal. O presépio ganhou a admiração dos fiéis e, em pouco tempo, toda a família passou a fazer o seu presépio em casa. Colocar luzes é, sem dúvida, uma tradição que o povo brasileiro adotou de


T r a d i ç õ e s N at a l i n a s

curiosidades pelo Mundo

O panetone teve origem na Itália

vez. Mal começa o mês de dezembro e já é possível avistar muitas casas e edifícios todos cobertos com luzes. O ideal é não ter muita regra e deixar a criatividade falar mais alto. As luzes e a decoração encontram-se em todos os lugares, espalhadas por todo o país, independentemente das regiões. Normalmente, o Natal é uma época de confraternização e de gratidão, porém o que também não falta são os presentes. As longas idas aos centros comerciais são acompanhadas por uma lista de nomes das pessoas a quem se quer presentear. Depois de comprados, os presentes são colocados embaixo da árvore de Natal. Muitas famílias entregam os presentes no

dia 24, mas há quem espere pela manhã do dia 25, especialmente por conta das crianças. Esse costume, contudo, varia de região para região e de família para família. Ainda em relação aos presentes, é difícil precisar exatamente quando, mas a tradição de realizar a brincadeira do amigo-secreto entre familiares e amigos na época do Natal se tornou um costume muito popular entre os brasileiros. No geral, o objetivo do amigo-secreto é unir um grupo de pessoas de forma divertida e animada, fazendo com que a troca de presentes seja um fator secundário nessa brincadeira.

A tradição conta que o presépio foi criado por São Francisco de Assis

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Não só de tradições convencionais vive o Natal. Ao redor do mundo existem costumes diferentes para celebrar a data. Por exemplo, o Natal das famílias da região centro-oeste dos Estados Unidos inclui a adorável tradição do Weihnachtsgurke – ou de picles de Natal. O costume prevê pendurar o ornamento em forma de picles na árvore de Natal. Os adultos camuflam o enfeite entre os ramos da árvore e a primeira criança a encontrá-lo pela manhã ganha uma guloseima. O Natal na República Tcheca é, também, uma ocasião na qual as mulheres solteiras que querem se casar tentam descobrir o que o futuro lhes reserva. De acordo com uma superstição popular, as mulheres devem ficar de costas para a porta de casa e jogar um sapato por cima dos ombros. Se o sapato cair apontando para a porta, é sinal de que ela se casará em breve. Mas quando o sapato aponta para a direção contrária, indica que ela permanecerá solteira por, pelo menos, mais um ano. A cidade de Oaxaca, no México, é palco de um evento tradicional que antecede o Natal. No dia 23 de dezembro, a cidade mexicana abriga uma exposição pública de esculturas feitas de rabanete e palha de milho, incluindo presépios natalinos. O evento costuma reunir milhares de pessoas.


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na casa do chef

Fotos: Mateus Pedroso

— Por Kátia Carminatto —

Carlos Alexandre

Pereira de Luca

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última edição do programa Na Casa do Chef - e certamente uma das mais doces - traz duas receitas saborosas para fazer e se deliciar. Preparadas pelo chef e empresário Carlos Alexandre Pereira de Luca, o tradicionalíssimo Tiramisú e o clássico Crumble combinam perfeitamente com as festas do final de ano. Principalmente porque além da apresentação requintada, essas sobremesas são incrivelmente saborosas, do tipo de combinação que abraça o paladar. O Tiramisú, ou “Puxa-me pra cima”, como explica o convidado desta edi-

ção, é uma receita clássica italiana, possivelmente originária da cidade de Treviso, na região do Vêneto, e consiste em duas camadas de biscoito champagne bem embebidos em café forte, intercaladas com um creme à base de queijo mascarpone e chocolate meio amargo. Já o Crumble é uma sobremesa de origem britânica que se assemelha a uma farofa doce bem crocante recheada com uma compota de frutas. Luca conta que este doce surgiu durante a Segunda Guerra Mundial por conta do racionamento de produtos para a confecção de tortas.

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tas Receivas em i s u l exc ossas n

Para ele, cozinhar é um ato de transmissão. “É uma maneira de mostrar o amor e a importância que a pessoa que está comendo tem para mim. Cozinhar significa respeitar a matéria-prima e o produtor, significa respeitar o cliente, o funcionário, o meio ambiente e a sociedade”, filosofa. A relação afetuosa com a cozinha tem tudo a ver com a base familiar. “Sempre gostei do ambiente de cozinha, desde criança, via a cozinha como um lugar de reunião e descontração. Em casa, na hora das refeições não se fala de problemas, não há discussões, só se aprecia o alimento, só compartilhamos o momento de felicidade”, revela Luca que aprendeu a cozinhar com a mãe, ainda jovem.

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Segredo do chef

Paixão pela cozinha Nascido em Laguna, Santa Catarina, o advogado que mora em Cuiabá há 26 anos chegou a enveredar para o lado da diplomacia, até que a paixão pela cozinha falou mais alto. Ainda, em Santa Catarina, estudou dois anos de Gastronomia e em seguida foi selecionado para o instituto Le Cordon Bleu, em Paris, para os cursos de cozinha e confeitaria. A temporada de 9 meses na França rendeu estágios em renomados restaurantes como Ritz Paris e Taillevent, ambos duas estrelas Michelin, uma das classificações mais importantes da gastronomia internacional. De hobby à profissão, não demorou

muito. Atualmente, o chef se dedica integralmente à instalação da sua confeitaria, cuja inauguração está prevista para dezembro. A Entremet, que funcionará no bairro Duque de Caxias será um misto de confeitaria, padaria e restaurante. “Lá vou poder mostrar o que tenho de melhor tanto na confeitaria quanto na cozinha”, destaca. Essa versatilidade é resultado das oportunidades que teve tanto na França e como no Brasil: “Hoje consigo preparar desde os pratos da cozinha brasileira da roça até o mais fino prato francês”. Apesar da gama imensa de opções que conhece e prepara, ele reconhece a preferência pelas culinárias indiana, italiana, francesa e brasileira.

Momentos

Hoje, o chef-advogado conhece os grandes segredos da alta gastronomia e também já criou seus próprios truques. O sal, por exemplo, é um deles. “Na medida certa, o sal tem o poder de ressaltar os sabores, sejam eles doces ou salgados”, ensina. O outro é o passo a passo. “Ter paciência e respeito à receita é um dos principais cuidados – e certeza de um bom resultado – no preparo dos pratos”, aponta. Muito além do pragmatismo das receitas, a motivação de Luca é a satisfação do cliente. “Ver e sentir que consegui, através da minha comida, proporcionar um momento de felicidade na vida de alguém é muito gratificante”, conclui.

assista

na casa do chef E, como não poderia deixar de ser, o empresário é frequentemente convidado a cozinhar na casa de amigos. Na bagagem, o que não pode faltar são os ingredientes essenciais ao preparo de qualquer receita: paz e harmonia. “Sem essas duas coisas não conseguimos aproveitar os momentos como se deve”, diz o chef da vez.

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Confira a receita completa no Canal BigLar, no YouTube, e na nossa página no Facebook. A cada edição, você vai encontrar uma receita especialmente preparada por nossos clientes apaixonados pela boa gastronomia.


i nstag o u r m e t — I NSTAGRAM @ s u p e r m e r c a d o s b i g l a r —

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DE rapadura de leite e piché Fotos: Mateus Pedroso

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ingredientes

• 2 baguetes rústicas • 1 rapadura de leite • 4 ovos • 20 g de sal • 200 g de açúcar cristal •100 g de açúcar confeiteiro • canela em pau para decorar • hortelã para decorar • 4 pichés • 1 litro de óleo de girassol Modo de preparo: 1. C ortar as baguetes rústicas em fatias de aproximadamente 6 cm, fazer um corte ao centro, sem separar e reservar. Cortar pedaços de rapadura e colocar no corte ao centro do pão; 2. E m uma vasilha, misturar o açúcar cristal e o piché e reservar. Em outra vasilha, bater os ovos, passar o pão pelo ovo e fritar por imersão em óleo a 170 °C; 3. Retirar e passar na mistura de açúcar e piché, decorar e servir.

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post do chef — por Kátia Carminatto —

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Bacalhoada Portuguesa

com Bottarga

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ara encerrar este ano com chave de ouro, ou melhor, com um sabor para lá de especial, o chef Marcelo Cotrim resolveu trazer uma receita de família. A Bacalhoada Portuguesa com Bottarga, que já está na terceira geração da família Cotrim, é um daqueles comfort food cheios de afeto e boas lembranças. “Meu avô Chiquito ensinou esse prato para minha mãe, Rosimeri, com quem aprendi todo o ritual de preparação”, comenta o chef. Apesar de não existir ocasião especial para se comer bem – palavras de Cotrim – a ideia de ensinar o passo a passo dessa receita foi inspirada justamente na predileção pelo bacalhau nas festas de final de ano. “É um prato que tem tudo a ver com uma recepção de réveillon, porque além de requintado, é rápido e simples. Assim o anfitrião pode aproveitar a festa sem preocupação”, destaca. Isso porque o bacalhau pode ser preparado com a antecedência de algumas horas e aquecido no momento de servir.

Preparação

Gadus morhua Claro que a opção por ingredientes de qualidade faz toda a diferença em qualquer prato. No caso específico do bacalhau, Cotrim recomenda comprar a versão já dessalgada: “O gadus morhua, também conhecido como bacalhau-do-atlântico, na minha opinião é o melhor em termos de sabor. Um dos pontos importantes a se observar é a qualidade dos produtos, e no BigLar você encontra as marcas mais conhecidas e conceituadas que oferecem a garantia de que foram realizados todos os procedimentos de dessalga, congelamento e armazenamento de

Fotos: Mateus Pedroso

Segundo o chef, a parte mais trabalhosa da receita é o corte e higienização dos alimentos. Para facilitar a preparação e otimizar o tempo, ele sugere deixar o mise en place pronto. Ou seja, organi-

zar os utensílios e ingredientes que serão utilizados nas quantidades indicadas, separados em recipientes próprios. “É muito mais prático cozinhar com tudo à mão”, diz. Feito o mise em place, a etapa seguinte é a montagem dos alimentos em camadas de maneira que a combinação dos sabores fique bem acentuada. Um dos segredos do sabor da bacalhoada está exatamente na distribuição dos alimentos. Na receita, que já está disponível nas redes sociais do BigLar, a sugestão é colocar as batatas no fundo da panela e o bacalhau por último.

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o chef

Cuiabano, formado em Gastronomia, Pós-Graduado em Chef de Cozinha Brasileira, vencedor da 2ª edição do concurso gastronômico Lufada de Peixes , indicado ao Prêmio Nacional Dólmã como um dos três melhores Chefs de MT no ano de 2015. Estagiou nos Restaurantes Epice, do Chef Alberto Landgraf, e nos premiadíssimos Mocotó, do Chef Rodrigo Oliveira, Dalva & Dito e D.O.M. Restaurante, do Chef Alex Atala , todos em São Paulo - SP. Foi colunista gastronômico da Folha do Estado, luta pela valorização dos ingredientes e preparações regionais. É o Chef por trás da Cotrim Gastronomia, empresa que trabalha com eventos gastronômicos personalizados. Atualmente, é consultor gastronômico responsável pelas receitas do Supermercado BigLar e realiza consultorias no Estado de Mato Grosso.

maneira correta. Em outras palavras, o know how das empresas dá a certeza de um bom produto”, afirma o chef. Se a opção for por um bacalhau salgado, na hora de comprar é preciso observar se ele possui manchas amarelas, escuras ou pretas, pois elas indicam umidade na peça e isso é sinal de má conservação. Se o bacalhau estiver sequinho e sem manchas aparentes é sinal de que o produto está bom para consumo. Nunca é demais lembrar que no caso do bacalhau salgado, a receita contará com uma etapa adicional, a dessalga.

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Glossário

do chef

O seu dicionário ga st ronômico

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revista Diferente Pra Você apresenta mais quatro termos comuns no dia a dia da gastronomia. Confira os significados de: branquear, defumar, selar e merengue.

Branquear

Defumar

Um dos segredos para conservar verduras e legumes por mais tempo pode estar na técnica do branqueamento, também chamada de choque térmico. Nela, os vegetais são cozidos por um curto período de tempo em água fervente e, em seguida, são esfriados imediatamente em uma tigela com água gelada e gelo. Este processo interrompe o cozimento, e, se feito de forma correta, preserva as cores, nutrientes e texturas dos alimentos. O branqueamento é o método mais indicado no preparo dos vegetais para o congelamento.

A defumação é um método de exposição de alguns tipos de alimentos à fumaça produzida pela combustão incompleta da madeira, com o objetivo de conservar ou modificar o seu sabor. O processo é feito a partir de diversas técnicas, muitas delas improvisadas na cozinha de casa, na churrasqueira ou até mesmo na fogueira. Além de carnes e peixes, hoje se defumam também os legumes, as frutas e até o leite. Quanto mais gordura o alimento apresentar, maior será a retenção da fumaça.

Merengue Selar Uma preparação básica que consiste em clara de ovo e açúcar batidos, este é o Merengue. Ele é muito usado na confeitaria e faz qualquer sobremesa ficar ainda mais deliciosa, incrementando tortas, soufflés, mousses e outras receitas. A proporção básica para sua produção é uma parte de clara para duas partes de açúcar. Quando as claras são batidas, o ar é incorporado e pequenas bolhas são formadas; assim que o volume triplicar e as claras ficarem brancas, o açúcar deve ser incorporado aos poucos. Esse açúcar com a agitação e umidade das claras será dissolvido e envolverá as paredes das bolhas de ar, estabilizando o merengue.

Uma técnica muito usada na Gastronomia é a de “selar a carne”. O ato de selar a carne nada mais é do que o processo de fritar a superfície dela em uma alta temperatura com o objetivo de formar uma camada ou “casca” que deverá impedir que os “sucos” da carne se percam durante o seu cozimento, proporcionando mais maciez e suculência. O processo pode ser usado sempre antes do cozimento e também para carnes com longo tempo de cocção.

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CULTURA NO P RATO — por Priscila Vanti —

conheç a um pouco mais sobre o t radicional pernil suíno curado e def umado

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gados e deixados para secar (como o presunto cru espanhol), outros podem ser curados em salmoura por dias e, depois, defumados e/ ou cozidos. Essa última técnica é exatamente a usada no glazed ham ou no tender brasileiro. Contudo as versões feitas em grande escala precisam ser preparadas rapidamente e, para isso, uma máquina injeta uma mistura de água, sal e açúcar nos pedaços de pernil, a fim de acelerar o processo. E, embora ninguém reclame do resultado, é possível deixar seu sabor ainda melhor.

Dicas de preparo É muito importante saber que o tender já vem temperado, seja de porco ou de peru. Ele pode ser feito no forno convencional ou no micro-ondas. Pode parecer bobagem, mas existe uma forma correta de descongelar o tender para que ele não perca o seu sabor. Dois dias antes do preparo, retire-o do congelador e coloque dentro da geladeira. O tender não é uma carne que pode ser descongelada às pressas, nem ficar de molho em água, porque perderá todo o gosto. Fica à escolha de cada um remover ou não a casca do tender. Se você optar por tirá-la, deixe a carne

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Tender com m o l h o d e ta n g e r i n a

Ingredientes: • 1 tender (bolinha) • Sal a gosto • 2 colheres (sopa) de manteiga • 1 dente de alho picado • Cravos-da-índia a gosto • Manteiga para untar • 2 xícaras (chá) de suco de tangerina • 1 colher (sopa) de açúcar mascavo • 1 colher (sopa) de maisena • Gomos de tangerina sem pele e folhas de hortelã para decorar • Papel-alumínio Modo de preparo: Faça cortes superficiais sobre o tender em formato de losangos e tempere com o sal, a manteiga e o alho misturados. Espete os cravos sobre a carne e coloque em uma forma untada. Regue com metade do suco de tangerina misturado com o açúcar mascavo, cubra com o papel-alumínio e leve ao forno médio, preaquecido, por 30 minutos. Retire o papel e asse por mais 15 minutos ou até assar e dourar. Retire o tender e coloque-o em uma travessa. Despeje o líquido da forma em uma panela, junte o suco de tangerina restante e a maisena e leve ao fogo baixo, mexendo bem até engrossar. Regue sobre o tender e decore com gomos de tangerina e hortelã para servir.

Fonte: guiadacozinha.com.br

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ertos pratos, de tão marcados pela tradição, são saboreados apenas em datas específicas. Esse é o caso do tender, presença indispensável nas festas de final de ano dos lares brasileiros. O pernil de porco curado e defumado está tão ligado as nossas ceias de Natal e Ano Novo que quase não nos lembramos de que o prato não tem origem no Brasil e, sequer, fazia parte de nossa alimentação até um século atrás. Ele foi inventado nos Estados Unidos, onde é chamado de “glazed ham” (presunto glaceado) e trazido ao país pelo frigorífico Wilson, que, hoje, já não existe mais, tornando-se uma “tradição” à mesa depois da segunda metade do século XX. O nome que usamos no Brasil – e apenas aqui – vem dos dizeres “tender made”, na época impressos em embalagem de papel, que significa “feito com carinho” em português. O nome em inglês já indica que o tender faz parte da grande família dos presuntos, criada há milênios, devido à necessidade de preservar pedaços de carne de porco – mais especificamente um bom pernil suíno. O registro mais antigo dessa forma de preparo é o feito pelo político romano Catão, o Velho, na obra “De Agri Cultura”, datada de 160 a.C. As técnicas utilizadas para se obter um presunto variam: alguns são apenas sal-


CULTURA NO P RATO

marinando por algumas horas antes de levá-la ao forno, para que ela possa absorver bem o tempero e ficar saborosa. Para tanto, pode-se usar sucos de laranja ou limão e vinho branco, além de temperos de sua preferência. Entretanto, deixar a casca pode ser vantajoso, pois ela evita que a carne resseque durante o cozimento, ficando, assim mais macia e suculenta. Deixar a carne marinando é um passo importante, com ou sem casca. O ideal é deixar o tender marinando por 24 horas com o molho de sua preferência. Caso não tenha esse tempo, pelo menos quatro horas antes de prepará-lo é suficiente. Invista em sucos de laranja ou limão para esse momento, pois a acidez das frutas amacia a carne. Se quiser, também pode usar bebidas alcoólicas como vinho e cerveja. Tempere esse caldo com ervas frescas como tomilho e alecrim, além de pimentas variadas, azeite, mostarda ou qualquer outro tempero de sua preferência. Antes de levá-la ao forno, faça cortes leves em sua casca, formando uma trama quadriculada. Em seguida, para quem gosta, é possível espetar cravos

em cada encontro do desenho formado. O tender deve ir ao forno com temperos: pode-se fazer uma mistura de vinho branco, especiarias e azeite para regar a carne, deixando que o líquido fique na assadeira. O presunto deve ser assado levemente em baixa temperatura (150 °C a 180 °C) por, mais ou menos, duas horas (o tempo pode variar de acordo com o peso da peça). Isso faz com que

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a carne perca pouco líquido e fique muito saborosa e suculenta, o que não aconteceria se o fogo estivesse muito alto, já que a carne ressecaria. Seu ponto ideal é quando o tender está macio e soltando líquidos. Para quem tirou a casca, é ideal que a carne seja embrulhada em papel-alumínio, a fim de manter a suculência. Nos últimos minutos, aumente a temperatura (200 °C a 260 °C) para que a carne fique douradinha por fora. Se preferir, é possível também besuntá-lo com manteiga e mel na última meia hora e deixar a iguaria no forno até que doure. Por ser uma comida festiva, o tender pede acompanhamentos à altura. Como se trata de uma carne defumada, o interessante é caprichar em sabores agridoces: abacaxi, frutas secas, pêssego, laranja e maçã caramelizada, por exemplo, são bem-vindos, sobretudo se estiverem na forma de molhos agridoces com bastante especiarias e bem temperados. Além disso, outras opções podem ser servidas com um arroz natalino ou com cuscuz marroquino. Para quem gosta de farofa, o ideal é seguir por uma farofa molhadinha, como farofa de cebola caramelizada, por exemplo. Invista, também, em uma salada de repolho ou em uma salada de folhas verdes bem temperadas com molhos leves e refrescantes, ou, ainda, em saladas tropicais.


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meu momento

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Fotos: Protásio Morais

José Sesti, frequentador cativo do BigLar há 25 anos. “Aqui é meu ponto (risos)”.

Adriana Suzuki fazendo compras para o fim de semana em família.

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Anderson Veiga, depois do trabalho, antes de voltar para casa, uma passadinha no BigLar.

Daiana Mamedes e Riceli Comunello, amigas que fazem compras unidas, permanecem unidas.

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icamos muito felizes em receber os clientes que visitam nossas lojas, cada um deles tem uma história, um motivo que o trouxe ao BigLar. Para nós, é muito importante conhecer um pouco mais da história de cada um desses amigos, e foi pensando nisso que nasceu o “Meu Momento BigLar”, um espaço onde registramos com carinho algumas dessas visitas.

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Francisco Miotto e o sommelier Roberto, se o assunto é vinho, o papo vai longe.

Victor Alves, um apreciador de bons vinhos. “Dia sim, dia não estou aqui”.

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Joacira Bulhões Perrupato escolhendo um dos sabores do Natal, o panetone.

José Francisco, "sexta-feira é dia de encher o carrinho".

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C o n h e ç a a lg u n s r ó t u lo s d e v i n h o s disponíveis no BigL ar e acert e na h a r m o n i z a ç ã o pa r a a s c e i a s d e N at a l e Ano Novo

PERFEITA

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ão importante quanto escolher o cardápio da ceia de Natal e Ano Novo é a seleção das bebidas. No entanto, a harmonização de pratos natalinos e do Réveillon com vinhos e espumantes pode ser uma tarefa complexa para quem não entende do assunto. Se você sempre fica com muitas dúvidas na hora de harmonizar receitas e bebidas, reunimos, aqui, algumas sugestões de rótulos que melhor combinam com as ceias de fim de ano. Nessa época do ano, vários pratos fazem parte do menu: peru, bacalhau, camarão, lombo de porco, tender, pernil, filé mignon, vitelo, leitão e as mais diversas sobremesas e acompanhamentos. Entre eles: salpicão, farofa, cuscuz, salada, arroz, frutas secas ou frescas, nozes, amêndoas, castanhas, avelãs e as lentilhas.

Peru de Natal

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ntes da ceia, a festa pode começar com um espumante. Boa pedida para esperar os convidados e para harmonizar com os aperitivos, pois tem leveza e frescor. O sommelier Luiz Roberto C. Lima selecionou os principais rótulos que podem ser encontrados na Cave Noble BigLar para compor a sua ceia de Natal. Confira abaixo como harmonizar os vinhos com os principais pratos da festa:

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1. Peru de Natal: vinho tinto francês Les Tours de Charmail AOC Haut Médoc 2012; 2. Porco assado: vinho tinto português Marquês de Marialva Baga Reserva 2014 DOC Bairrada; 3. Rosbife de filé mignon ao molho madeira: vinho tinto argentino Cuvelier Los Andes Colleción 2013; 4. Bacalhau com legumes ao forno: vinho branco português Quinta da Romaneira Reserva 2017 DOC Douro; 5. Chester assado: vinho branco chileno Apaltagua Colleccion 2016 Marssanne Roussane; 6. Tender fatiado, frutas secas, castanhas e queijos: vinho do Porto Azul Portugal Tawny 10 Anos; 7. Panetone: vinho branco italiano Castello Del Poggio Moscato D’Asti 2018 DOCG.

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Paella de frutos do mar Tudo isso precisa ser complementado por um bom vinho. Mas, com tantas opções no mercado, como escolher o que melhor combina com cada receita? É um desafio. Para ajudar nessa questão, Luiz Roberto C. Lima, sommelier da

Churrasco

“Selecionei diversos rótulos diferenciados e exclusivos, todos disponíveis aqui na Cave Noble BigLar. São opções para harmonizar com tipos variados de receitas, desde o tradicional peru de Natal até o churrasco de Ano Novo. Também sugiro vinhos para harmonização com pratos leves, como peixes e frutos do mar e panetone. E, sem esquecer os espumantes, ótima pedida para dar início às festas e celebrar as datas.” Luiz Roberto C. Lima

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Cave Noble BigLar, reuniu, aqui, algumas sugestões de rótulos para as ceias de final de ano. “Selecionei diversos rótulos diferenciados e exclusivos, todos disponíveis aqui na Cave Noble BigLar. São opções para harmonizar com tipos variados de receitas, desde o tradicional peru de Natal até o churrasco de Ano Novo. Também sugiro vinhos para harmonização com pratos leves, como peixes e frutos do mar e panetone. E, sem esquecer os espumantes, ótima pedida para dar início às festas e celebrar as datas”, afirma o sommelier. Para harmonizar com o principal prato da ceia de Natal, o peru, o sommelier sugere o vinho tinto francês Les Tours de Charmail AOC Haut Médoc 2012. Produzido na região de Bordeaux, esse vinho tem uma cor rubi escura, aroma frutado e doce, e paladar sedoso e envolvente, tânico e aromático. Também combina com queijos e carne vermelha. Para o Ano Novo, Luiz Roberto sugere, entre outros, o vinho tinto italiano Settearcchi Primitivo di Manduria DOC 2017, harmoni-


Tender fatiado

Harmonizar na ceia de ano novo

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ara a ceia de Ano Novo, o sommelier fez uma seleção de vinhos tintos, branco e espumantes, perfeitos para harmonizar com um menu mais descontraído e festivo, como churrasco e bacalhau grelhado. Confira:

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1. Pernil suíno assado: vinho tinto italiano Settearcchi Primitivo di Manduria DOC 2017; 2. Churrasco: vinho tinto chileno Perez Cruz Limited Edition Cot (Malbec) 2016 Maipo Andes; 3. Paleta de cordeiro assada: vinho tinto espanhol Cantos de Valpiedra Crianza 2015 DO Rioja; 4. Bacalhau grelhado: vinho tinto italiano Castellare di Castellina Chianti Clássico DOCG 2017; 5. Paella de frutos do mar: Vinho branco italiano Le Ginestre Di Castellare 2018 IGT Toscana.

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zando com uma receita de pernil suíno assado. Esse vinho também harmoniza com pratos com molhos de carne, carne assada, cordeiro, queijos envelhecidos, parmesão, costela, carne de panela. Combina, ainda, com comida árabe. Tem coloração vermelho rubi e aroma intenso. Possui notas importantes de noz, amêndoas e pinhão, que combinam com especiarias, como pimenta-preta, cravo e cominho. Na boca, total complexidade, estrutura equilibrada com taninos nobres que expressam todas as peculiaridades do vinho, dando um sabor quente e muito harmonioso. Além dos vinhos, Luiz Roberto Lima sugere alguns espumantes. Versáteis, são opções leves, refrescantes e com nível de álcool na casa dos 11 a 13%. Uma boa opção para o clima quente do verão, época em que acontecem as nossas festas de final de ano. Além disso, os espumantes podem ser servidos em qualquer momento da festa, desde a recepção dos convidados, passando pela sobremesa e finalizando com a celebração de Ano Novo. Ah, e por falar em sobremesa, aqui vai uma dica importante para não errar: a sobremesa nunca pode ser mais doce que o vinho.


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ara brindar a meia-noite no Natal ou a chegada de um novo ano, a bebida mais recomendada é o espumante. Aqui, outras sugestões do sommelier Luiz Roberto C. Lima para as celebrações de final de ano. Confira: 1. Vinho espumante italiano Prosecco Ca’Vescoso DOC Brut; 2. Vinho espumante português Marquês de Marialva Reserva 2014 Bairrada DOC; 3. Vinho espumante chileno Perez Cruz Blanc de Noir Estra-Brut; 4. Vinho espumante francês Brut Dargent Rosé de Pinot Noir Brut.

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4 cortes suínos como lombo, pernil, costelinha e o tender defumado harmonizam com tintos de corpo médio. Já as frutas secas, castanhas e os chocolates pedem um bom vinho do porto ruby. Os tintos harmonizam também com peru e, até mesmo, uma receita de bacalhau. A gordura e a proteína harmonizam muito bem com os taninos.

Vinhos brancos

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Bacalhau, chester, panetone, paella harmonizam muito bem com vinhos brancos. Isso porque eles são leves, possuem acidez elevada e baixo teor alcoólico. Também vão muito bem com saladas, cuscuz, peru, peixes, frutos do mar.

Vinhos tintos Carne vermelha faz parte do menu da sua ceia? Cortes nobres de carne bovina como entrecôte, o bife ancho, medalhão de filé mignon, fraldinha e picanha, assim como cortes de cordeiro french-rack e paleta assada devem ser acompanhados por vinho tinto encorpado. Carnes de aves como peru e avestruz, e também

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GASTRO TOUR

Baía de Sydney

feliz Ano Novo! — P o r Mi c h e l l e M o n t e M o r —

C o n h e ç a o s pa í s e s q u e s ã o o s p r i m e i r o s a dar boas-vindas ao novo ano

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nquanto os brasileiros estão nos preparativos para a chegada de um novo ano, escolhendo a melhor roupa, elaborando o cardápio da festa ou reunindo a família e os amigos, outros países já dão boas-vindas ao novo calendário. Por causa do fuso horário, o Ano Novo chega em momentos diferentes em alguns países. Esses primeiros lugares a celebrar o Ano Novo estão localizados no Oceano Pacífico, no atol Kiritimati, em Kiribati, e em Ápia, Samoa. Por lá, a celebração do Réveillon acontece quando são 8 horas da manhã em Brasília, no dia 31 de dezembro.

wa. É o único país do mundo situado nos quatro hemisférios (norte e sul, respeito à linha do Equador, e leste e oeste, com relação ao meridiano de Greenwich) e um dos mais remotos, tem cerca de 6,5 mil habitantes. Com temperaturas que variam entre 25 °C e 33 °C, a ilha tem sol o ano todo. O clima e suas belíssimas praias atraem muitos turistas, que vão em busca de aventuras nas ilhas que formam a nação de Kiribati e nos arredores. O local recebe menos de 6 mil turistas por ano, que aproveitam suas praias de areia branca e águas azul-turquesa. Na gastronomia, os peixes são o principal ingrediente, assim como os frutos do mar. Entre as iguarias mais consumidas estão a lagosta e o atum albacora. São preparados de diversas maneiras: fritos, cozidos, batidos e fritos, assados. Kiribati é um atol de corais e por não ter solo fértil, como a maior parte do Pacífico, poucas coisas crescem por lá. Há poucas plantações no local, as mais comuns são as de coco, frutas-pão, pândano (fruta frequentemente cozida antes

Kiritimati, celebração com peixes A pequena ilha de Kiritimati (ou Christmas Island), na República de Kiribati, é o primeiro lugar a ver o sol nascer na virada do ano. Ao lado de outras ilhas, Kiritimati, um verdadeiro santuário de vida selvagem, está situada no Oceano Pacífico, a 3,2 mil quilômetros a leste da capital do arquipélago, Tara-

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de ser consumida), abóbora, repolho, tomate-cereja, arroz, raiz de taro (um dos principais alimentos básicos em toda a Polinésia), inhame e bananas. Entre os importados, fazem parte da culinária dessa pequena ilha o curry em pó, o arroz, os enlatados como a carne, o gengibre, alho e pimenta. A tradicional refeição na ilha, seja no dia a dia ou em uma celebração, inclui peixe ou lagosta com leite de coco e curry em pó, finalizados com folhas de abóbora e de pandan doces (uma folha do sudeste da Ásia). O método de cozimento, geralmente, é por meio da fervura e torrefação subterrânea, que começa com rochas que são aquecidas e depois colocadas no chão, cobertas com alimentos embrulhados em folhas de bananeira e cobertos de terra. Isso funciona, essencialmente, como uma

Ilha de Kiritimati (ou Christmas Island)

panela de pressão e pode ser encontrado em toda a Polinésia. Entre os pratos mais tradicionais de Kiribati está o Palusami, feito com creme de coco, cebola e curry em pó, envolto em folhas de taro. É servido com camarão, carne de porco ou frango. Já, com relação às bebidas, a mais famosa por lá é o kava, feita a partir das raízes da planta kava, que são moídas para liberar líquido.

Ceia cheia de frescor em Ápia Outro lugar para celebrar antes de todo o mundo o primeiro dia do Ano Novo é Ápia, capital e maior cidade

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O Oka é um prato tradicional da culinária em Ápia

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de Samoa. É um destino para amantes de praia, natureza, pesca esportiva e gastronomia rica e fresca. Por lá, os alimentos locais são preparados em um forno de terra (um buraco no chão) ou no tradicional Umu, maneira como os samoanos cozinham seus alimentos. No Umu, eles acendem uma espécie de fogueira e colocam por cima diversas pedras para reter o calor. Quando as pedras estão quentes, diferentes tipos de alimentos são colocados no Umu. Eles costumam preparar porco assado e a iguaria Palusami, feita de cebola e creme de coco, com frango ou camarão, todos embrulhados em folha de bananeira. O Umu, geralmente, é aceso em ocasiões especiais e celebrações. Na cultura samoana, a comida é um evento social para reunir a família e os amigos para compartilhar as maravilhas da natureza. No cardápio estão lagostins, pargos, masimasi, polvos, atum, bananas, taro, frutas e legumes tropicais colhidos no pé. Nenhum óleo é utilizado pelos moradores de Samoa. Os ingredientes são envolvidos em folhas de bananeira com creme de coco. Carne de porco e galinhas são cozidas inteiras. Além do Palusami, outro prato tradicional da culinária em Ápia é o Oka, peixe cru servido com creme de coco. Essas duas receitas estão sempre presentes nas comemorações de Ano Novo.

Kyung Muk Lim

pa l u s a m i


DestinationsInNewZealand

GASTRO TOUR

New Zealand mussels

Wellington, capital da Nova Zelândia

Austrália celebra com churrasco Logo depois de Kiritimati e Ápia, outras localidades na Oceania são os primeiros a dar boas-vindas ao ano que começa. Austrália é uma delas. O país recebe o ano novo com fogos de artifício na Baía de Sydney. Quando ainda é manhã do dia 31 aqui no Brasil, os australianos já estão reunidos em festa, assistindo à queima de fogos. Como o Ano Novo na Austrália acontece durante o verão, os australianos aproveitam o clima quente e comemoram a data com um churrasco, grelhados de linguiça, bife e cordeiro.

A gastronomia neozelandesa tem muita influência inglesa por conta de sua colonização, e também do sudeste asiático e Índia. Por isso, a culinária da Nova Zelândia é bastante diversificada. Frutos do mar, peixes, sanduíches, sopas, café e sorvete são a preferência dos kiwis – apelido dado aos Neozelandeses. As pies (tortinhas que mais parecem empadas gigantes) são bem comuns em vários restaurantes regionais. Também é comum encontrar vários pratos com arroz. Entre as receitas mais tradicionais estão os mexilhões de lábios verdes, conhecido como New Zealand

Nova Zelândia: muitas influências Outro país que celebra antes o Réveillon é a Nova Zelândia. E as festas acontecem na capital, Wellington, e também em Auckland, a maior cidade do país, com uma população considerada, em sua maioria, cristã. Com mais de 10 festivais reconhecidos e bem estabelecidos apenas durante o Ano Novo (vários duram, no mínimo, 48 horas), é possível comemorá-lo por dias. Nessa data, a população costuma sair às ruas batendo em panelas, pois acreditam que fazendo isso afastam os maus espíritos e atraem boas energias.

Pavlova

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mussels. Outro prato famoso é o frango ao curry, típico prato tailandês. Cordeiro de Canterbury também é uma típica comida neozelandesa, geralmente harmonizada com um vinho tinto da região. Outra receita tradicional é o Blue Cod, um tipo de bacalhau azul de águas temperadas, encontrado, exclusivamente, na Nova Zelândia, em águas rasas ao redor das costas rochosas a uma profundidade de 150 metros. Por fim, o prato maori mais famoso é o hangi, que consiste em carne, frango e legumes assados debaixo da terra. Ah! E para fechar o cardápio festivo, uma sobremesa: a Pavlova. Existe até uma disputa com a Austrália sobre quem inventou o doce, que é uma torta com textura de suspiro, recheada com marshmallow cremoso e decorada com frutas, geralmente kiwis.


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ES P UMANTES — Por Marcelo Ferri —

um brinde

à virada

o espumant e é it em i n d i s p e n s áv e l d a s lista s de com p ra s

daq u e le s q u e g ostam d e i m p r i m i r e s t i lo à s f e sta s de v i rada d o ano

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om marcas e rótulos provenientes de diversas regiões do mundo e que atendem a todos os bolsos e gostos, os espumantes, graças à sua delicadeza, efervescência, coloração e leveza, são vibrantes e capazes de reforçar o apelo festivo da ocasião. O BigLar possui um mix variado dos diversos tipos e categorias de espumantes, e, para ajudar você na escolha do produto ideal para brindar a chegada do novo ano, a adega Cave Noble BigLar conta com especialistas. O sommelier de vinhos, Luiz Roberto Corrêa Lima, explica que os vinhos espumantes são elaborados a partir de um vinho base que sofre uma segunda fermentação em ambiente hermeticamente fechado, justamente para incorporar mais álcool e gás carbônico (CO2) ao líquido. Essa segunda fermentação pode ser obtida através de dois métodos diferentes, sendo eles o método tradicional, originário da região de Champagne, na França, e o método charmat. “O método tradicional, também conhecido como clássico ou champenoise, consiste em realizar a segunda fermentação na própria garrafa. Já no método charmat, a segunda fermentação é feita

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em grandes tanques de aço inox com capacidades que variam de 5 mil litros a 100 mil litros”, afirma o sommelier. Corrêa recebeu a missão de destacar alguns rótulos exclusivos entre a extensa e democrática lista de espumantes disponível, atualmente, no BigLar. Confira a seleção do sommelier na sequência. Feitos a partir do método tradicional: 1. Champagne Dom Pérignon Vintage 2006 2. Champagne Möet & Chandon Nectar Imperial 3. Espumante Marquês de Marialva Bruto branco 4. Espumante Brut Dargent Chardonnay Ice Demi-Sec 2016 5. Cava Clos Pons Flocs 750ML Reserva Brut Feitos a partir do método charmat: 6. Prosecco Ca’Vesocovo DOC 7. Espumante francês Pierlant Brut 8. Espumante francês Veuve Olivier Brut 9. Espumante argentino Domaine Bousquet Rosé Brut

beber pela primeira vez o vinho de Champagne, o religioso teria dito: “Estou bebendo estrelas”. No entanto, a história contada como real é a de que o monge, durante boa parte de sua vida, estudou formas de acabar com a espuma do vinho que produzia, por considerá-la um grande defeito. Os vinhos da região paravam de fermentar durante o frio e os produtores davam início ao processo de engarrafamento. Com a chegada da primavera-verão, a fermentação recomeçava e o gás carbônico gerado fazia com que muitas garrafas explodissem, o que gerava prejuízo, algo que um monge tesoureiro de abadia não poderia permitir.

HISTÓRIA O espumante tem origem na Inglaterra, mas é no início do século XVII, na região de Champagne, na França, que o produto começa a ganhar o status de bebida oficial das grandes celebrações. O responsável pelo sucesso da bebida foi Dom Pierre Pérignon, monge beneditino, tesoureiro da abadia de Hautvillers. Reza a lenda que, ao

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Longe de uma solução, Pérignon passou a ver no defeito um diferencial dos vinhos produzidos na região de Champagne. Passou a utilizar garrafas mais resistentes, além de lacrar as rolhas. O prejuízo diminuiu. Antes perdia-se até 80% da produção com as explosões, após as mudanças, a perda passou para a casa dos 20%.

MERCADO Com preço pouco acessível, resultado de um processo de produção de alto custo, o espumante de Champagne não demorou a conquistar a nobreza, passando a regar os momentos festivos da então camada mais rica da Europa. Durante a Revolução Industrial (1760

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a 1840), com o desenvolvimento da cultura do consumo, o espumante virou sinônimo de ascensão, símbolo do status que a burguesia pretendia alcançar com o novo desenho de pirâmide social que surgia. Nessa época, o espumante de Champagne possuía altos teores de açúcar residual. Os mais de 150 gramas por garrafa faziam com que a bebida fosse extremamente doce. Por volta de 1850, os champanhes tornaram-se secos (Brut), com muito menos açúcar, medida adotada para adaptar a bebida ao gosto inglês, principal mercado consumidor da época.

POPULARIZAÇÃO

nacional produção

PRINCIPAIS REGIÕES PRODUTORAS A região de Champagne, na França, figura como principal produtora mundial. É de lá que saem alguns dos rótulos mais apreciados e mais caros do planeta. Seus produtos são considerados tão especiais que são os únicos no mundo que podem ser chamados de champanhe. As bebidas de localidades, mesmo que sejam fabricadas pelo método tradicional, são denominadas apenas como espumantes. A região de Cava, na Espanha, é outra produtora por método tradicional com destaque global. No chamado velho mundo, Itália e Alemanha completam a lista de principais produtores. Fora da Europa, destaque para as produções de espumantes da Austrália e da Nova Zelândia, na Oceania, da Califórnia, nos EUA e da África do Sul.

Hesam Sanaee

Com a evolução da indústria, surgiram métodos mais econômicos de fabricação de espumantes e a bebida passou a contar com opções a preços mais acessíveis. Com isso, popularizou-se. Mesmo distante de atingirem a excelência de qualidade dos produtos de Champagne, os novos métodos de produção ajudaram a espalhar o espumante pelo mundo. Hoje, a bebida é fabricada em vários

países, inclusive pelo método tradicional, e consumida, praticamente, no mundo todo.

A região de Champagne, na França

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Fora da lista de principais regiões produtoras, também é possível encontrar espumantes de boa qualidade. No Brasil, por exemplo, as regiões Sul e do Vale do São Francisco, no Nordeste, têm conquistado boas avaliações de especialistas com suas bebidas. Os espumantes da região Sul do país, inclusive, receberam prêmios no Bacchus 2019, concurso de vinhos e espumantes realizado na Espanha, no primeiro semestre. Foram contemplados com o Bacchus de Oro: Garibaldi Brut Pinot Noir, safra 2018, da cooperativa vinícola Garibaldi (RS), Aurora Espumante Moscatel Branco, da cooperativa vinícola Aurora (RS). Recentemente, o espumante Moscatel da Casa Perini de Farroupilha, na Serra Gaúcha, ficou em 5º lugar no ranking dos 100 melhores vinhos do mundo segundo a Associação Mundial de Escritores e Jornalistas sobre Vinhos. Os bons resultados dos espumantes nacionais em concursos internacionais têm colocado o Brasil como produtor emergente bem próximo de conquistar o status de grande produtor. A boa relação entre custo e benefício dos espumantes brasileiros tem conquistado reconhecimento, inclusive, do mercado norte-americano, maior consumidor de vinhos do planeta. Os EUA figuram como segundo maior importador de vinhos e espumantes brasileiros, ficando atrás apenas da União Europeia.


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SA Ú DE À MESA — Por Andressa Boa Sorte —

o frescor das

saladas E las ganham destaque à mesa, em especial daqueles que optam por uma refeição rápida, mas sem abrir mão de ingredientes saudáveis e, ao mesmo tempo, saborosos. As saladas, em algumas ocasiões, passam de meras coadjuvantes para brilhar como estrela principal da mesa, com variações e combinações que as fazem ocupar o espaço de uma refeição completa.

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clássico molho

Elaborar combinações à base de folhas, verduras e legumes, além, é claro, de molhos que aprimoram o sabor das hortaliças, é a grande paixão do chef de cozinha Marcelo Cotrim. “Desde que comecei no universo da gastronomia, eu me apaixonei por trabalhar e valorizar os ingredientes regionais, e Mato Grosso tem uma riqueza culinária muito grande disponível para aguçar minha criatividade. São sabores e texturas que permitem um resultado incrível ao paladar”, explica o Chef que é cuiabano, atua na gastronomia desde 2012 e, atualmente, representa a capital mato-grossense no Reality Show de competição culinária “Mestre do Sabor”, na Rede Globo de Televisão.

hortaliças. O chef Marcelo Cotrim diz que o processo de criação de uma receita envolve alguns cuidados específicos. “Combinar ingredientes de qualidade, trazer o máximo de textura é o que busco quando crio uma salada. É preciso valorizar a versatilidade das diferentes texturas, o sabor, e, principalmente, a sazonalidade e regionalidade dos ingredientes. Esses são os pilares para uma boa criação”, descreve. Quanto mais colorida, mais nutritiva a salada se torna. Para não cair na rotina, basta criatividade. Uma boa opção é acrescentar legumes cozidos ou frescos e croutons – aqueles cubinhos de pães torrados – e carnes.

A escolha dos Ingredientes

Ingredientes: • 2 colheres de mostarda dijon • 3 colheres de mel • Suco de 1 limão • 1 colher de azeite extravirgem • Raspas de limão-siciliano • Pitada de sal Modo de preparo: Basta misturar todos os ingredientes.

O chef explica que, embora as folhas sejam as queridinhas, é possível ousar na combinação de ingredientes. “É imensa a variedade de elementos que podem transformar uma simples salada num prato sensacional: queijos, castanhas, grãos, frutas, legumes, verduras, carnes, embutidos. Tudo pode complementar e ‘conversar’, para que criemos uma incrível e saborosa refeição”, enfatiza.

“É imensa a variedade de elementos que podem transformar uma simples salada num prato sensacional: queijos, castanhas, grãos, frutas, legumes, verduras, carnes, embutidos. Tudo pode complementar e ‘conversar’, para que criemos uma incrível e saborosa refeição”

“A sazonalidade é muito importante, pois assim, conseguimos utilizar o ingrediente no seu melhor momento, e isso reflete, com certeza, na possibilidade maior de extrair o máximo de sabor daquele alimento”, explica Marcelo. A escolha dos ingredientes é um dos pontos importantíssimos no preparo de saladas que combinam entre si o frescor da estação e a textura diversificada das

Marcelo Cotrim

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SA Ú DE À MESA

molho agridoce

Ingredientes: • 2 colheres de geleia de damasco (ou sabor de sua preferência) • Suco de 2 limões • 20 ml de água Modo de preparo: Dissolver a geleia em água e depois é só misturar o suco de limão.

Harmonizando a salada com Molhos Especiais Os molhos são o grande “curinga” para mudar o status de “comida sem graça” das saladas para uma refeição cheia de sabor e personalidade. Eles podem ser encorpados ou leves, promover acidez ou dulçor, gordura e, até mesmo picância, ao prato. “Numa salada com um queijo mais cremoso, optamos por um molho mais leve e ácido. Já, em uma salada mais leve, cabe um molho à base de um tradicional azeite. As combinações são o limite da imaginação de quem prepara a receita”, afirma. Para quem tem medo de ousar na cozinha e prefere confiar nas boas e velhas receitas, o chef Marcelo Cotrim ensina

três opções de molhos que combinam com diversos tipos de saladas.

Frutas na Salada Verde. Pode? As saladas ganham um toque ainda mais especial quando combinadas com o frescor das frutas, especialmente as mais cítricas. É comum ver em restaurantes e em cardápios mais elaborados a presença de frutas da estação conferindo um sabor mais agradável ao paladar em meio

às folhas verdes e verduras frescas. O que dizer da textura adocicada da fruta tão referenciada pelos cuiabanos: a manga? O abacaxi também aparece no topo da lista entre as frutas mais requisitadas em saladas gourmet. Além de possuir uma acidez que combina muito bem com vários tipos de carnes, ainda ajuda na digestão.

tropical Molho

Ingredientes: • 30 ml de vinagre de maçã • 90 ml de mel • Suco de 1 limão • 200 ml de azeite extravirgem • Raspas de 1 laranja • Pitada de sal • Pimenta-do-reino Modo de preparo: Em uma vasilha, adicione o vinagre. Depois disso, misture o mel, o suco do limão e o azeite. Coloque uma pitada de sal, pimenta-do-reino e finalize com as raspas de laranja.

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MI X OLOGIA — Por Marcelo Ferri —

PARA refrescar V e r s át e i s b e b i d a s ’ q u e com bi nam f r uta s t r o p i c a i s e r va s ’ a r o m át i c a s e at é condimentos a judam a e s pa n t a r o c a lo r

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primavera-verão da temporada 20192020 será quente. Meteorologistas preveem clima mais seco e temperaturas acima da média histórica em todo o Brasil. Para ajudar a enfrentar a onda de calor intenso, os drinques e coquetéis com frutas tropicais de época são sempre ótimas opções. Conhecidos por serem altamente adaptáveis ao gosto de cada pessoa, os drinques e coquetéis admitem combinações de diversas bases e uma variedade, maior ainda, de ingredientes. Essas misturas, quando bem planejadas e executadas, são capazes de animar a festa com seus sabores e cores ou ajudar a relaxar.

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A versatilidade dos drinques e coquetéis permite, por exemplo, usar como base cachaça, vodca, saquê, tequila, gin, vinho, espumante, uísque, cerveja, rum ou até mesmo água mineral com ou sem gás e água tônica. Combinadas com frutas de época, ervas aromáticas e até condimentos, como alguns tipos de pimenta, essas bases ganham cores, aromas e sabores marcantes.

equilíbrio Independentemente da receita trazer como base bebidas com ou sem álcool, drinques e coquetéis feitos para amenizar o calor são considerados equilibrados quando trazem em destaque a sensação de frescor, sem perda de aromas e sabores.

blood mary

Ingredientes: • 40 ml de vodca ou cachaça prata • 250 ml de suco de tomate • 1 colher (chá) de suco de limão • 1 colher (café) de molho inglês • 2 gotas de molho de pimenta tabasco • 1 pitada de pimenta-do-reino • 1 talo de salsão • Sal a gosto • Gelo Modo de preparo: Coloque o suco de tomate, o suco de limão, o molho inglês, a pimenta, o sal e agite em uma coqueteleira. Acrescente a cachaça ou a vodca e o gelo. Use o talo de salsão para decorar.

As frutas de época podem render coquetéis e drinques refrescantes

Refrescância Para amenizar a sensação de extremo calor, os drinques e coquetéis que levam frutas tropicais cítricas, ervas mentoladas, licores combinados com destilados aromatizados, além de muito gelo, são considerados os ideais. Incrementadas com pimentas do tipo biquinho e rosa, por exemplo, as bebidas ganham uma leve picância, o que aumenta a sensação de refrescância para quem as consome. Em algumas receitas, como do Blood Mary, cabem, até, gotas de tabasco e uma pitada de pimenta-do-reino. Ervas aromáticas como manjericão, hortelã, menta e alecrim também têm potencial para fazer crescer o grau de refrescância dos drinques e coquetéis. Quando adicionadas no fim do preparo, trazem um suave aroma à bebida. Para agradar quem gosta de sabor mais marcante, basta macerar a erva junto com as frutas, logo no início do preparo.

Frutas de época O uso de frutas de época colabora em duas questões importantes na hora de pensar na receita de um drinque ou coquetel. Quando colhidas na época certa, as frutas trazem o melhor de suas características. Além de mais cheirosas, suculentas e saborosas, as

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MI X OLOGIA

sunrise h ava n a

Ingredientes: • 50 ml de cachaça, ou vodca, ou tequila ou água mineral • 40 ml de suco de morango • 30 ml de leite de coco • 2 cerejas • 2 morangos • Gelo picado Modo de preparo: Encha meio copo com gelo picado, adicione o suco de morango e a base escolhida. Coloque o leite de coco sobre o gelo. Decore com morangos, cerejas e 1/2 morango na borda do copo.

frutas de época ficam mais baratas, ou menos caras que em outras estações. Entre as frutas de época, algumas com potencial de render coquetéis e drinques refrescantes e saborosos são: abacaxi, caju, framboesa, manga, maracujá, tangerina, graviola, kiwi, limão, lichia, romã e uva. Lembrando que, o preparo de drinques e coquetéis permite liberdade plena. O sucesso da mistura é atender ao gosto de quem for beber.

Drinques e coquetéis que têm como bases uísque ou rum também trazem ótimos resultados de refrescância. Mas, para isso, precisam ser combinados com outros ingredientes capazes de amenizar o calor. E, quem acha que vinhos só podem ser apreciados acompanhados de massas e pratos finos, desconhece o potencial de refrescância da base no preparo de drinques e coquetéis. Os rosés e brancos são os mais recomendados. A cachaça, a vodca e o saquê são bases mais familiares aos brasileiros. Quando combinadas com frutas com algum grau de acidez costumam fazer sucesso.

Bases A mistura de gin e água tônica como base combina muito bem com diversas frutas, especiarias e acompanhamentos. Criado na Índia, o gin tônica logo se espalhou pelo mundo e é um dos drinques mais apreciados nos últimos anos. Além de refrescância, a bebida traz consigo a fama de ser pouco calórica e de não causar sensação de estufamento.

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gold velvet

De origem francesa, o Gold Velvet é uma variação do Black Velvet. O drinque leva cerveja tipo Lager clara, espumante e uma dose de suco de abacaxi. Ingredientes: • Meia taça de espumante • Meia taça de cerveja tipo Lager clara • 50 ml de suco de abacaxi Modo de preparo: Utilize uma taça de espumante gelada. Coloque o suco de abacaxi, sirva o espumante até a metade da taça e complete com a cerveja, tentando não misturar.


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arquitetura — por Protásio Morais —

De corpo e alma na

Arquitetura

dos Sentidos

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o Brasil, o Dia do Arquiteto é celebrado todo 15 de dezembro. A data homenageia os profissionais responsáveis por pensar e projetar os sonhos de muitos cidadãos por todo o território nacional. Com muita criatividade e sensibilidade, são os conhecimentos do arquiteto que tornam possível erguer verdadeiras obras de arte que, muitas vezes, chamamos de lar, trabalho ou história. Não por acaso, no dia 15 de dezembro se comemora esse profissional tão importante em nossas vidas. A data foi

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escolhida por ser o dia do nascimento do extraordinário arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, responsável por pensar e projetar diversos prédios e monumentos que são ícones da arquitetura moderna. Certa vez, Niemeyer, que nasceu em 1907, no Rio de Janeiro, de maneira romântica, disse que “de um traço nasce a arquitetura. E quando ele é bonito e cria surpres, pode atingir, sendo bem conduzido, o nível superior de uma obra de arte”. Mas, quais são as tendências para o futuro da profissão?

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Para responder essa pergunta, conversamos com a renomada arquiteta Karla Di Greco, que há 34 anos exerce a arquitetura. Carioca, formada pela UGF/RJ, Di Grecco traz em sua formação vários títulos, entre eles Designer de Interior, Light Designer, Paisagista, Feng Shui (técnica milenar de harmonização de ambientes), Luxo aplicado à Gestão, Retail Design e o MBA em Arquitetura de Luxo. Essa pluralidade de conteúdos possibilita à arquiteta um trabalho de visão holística e humana em seus projetos, com a modernidade das tecnologias. Karla Di Grecco explica que, para a arquitetura residencial, o excesso e uso errado das mídias sociais induziram a uma arquitetura baseada em uma “instagramabilidade” (ambientes feitos para serem fotografados) de valores rasos, sem se importar com a verdadeira essência individual de quem vai viver no ambiente. Ocasionando, em curto tempo, uma desconexão entre o usuário e o espaço, pela falta de identidade do mesmo com o ambiente, levando, muitas vezes, a frustrações. “Já os espaços comerciais instagramáveis podem ter um apelo comercial muito positivo, valorizando o produto, a área de venda e destacando eventos. Então. podemos dizer que, hoje, a arquitetura dos novos tempos é aquela que leva o usuário a ter experiências sensoriais (os cinco sentidos) verdadeiras e coerentes com sua essência, deixando-o confortável dentro do espaço arquitetônico, seja ele residencial ou comercial. Isso significa estar e ser verdadeiro em tudo que expressa o ser humano, significa estar feliz, seguro e fluido com tudo que permeia a vida, sejam móveis, objetos, tecnologias, acabamentos, cores, texturas e aromas. O importante é você construir uma relação com o espaço, de forma que esse espaço reflita quem você é e como você se relaciona sensorialmente com tudo que é externo e compõe o ambiente”, explica Di Grecco.

O Museu de Arte Contemporânea de Niterói, desenhado por Oscar Niemeyer Arquitetura dos Sentidos Mas o que é a Arquitetura dos Sentidos? Karla Di Grecco garante que se trata da nova tendência da arquitetura para os próximos anos. Explica-se como a percepção que aborda as pessoas e como os sentidos podem ser explorados por meio de um edifício. A fruição sensorial da arquitetura deve proporcionar nas pessoas experiências únicas, sendo ativadas por todos ou um dos sentidos, isoladamente. “A Arquitetura dos Sentidos é um tema que venho desenvolvendo e pesquisando há quase 20 anos, e esses estudos foram concluídos agora, em 2019, com minha tese de conclusão do MBA de Arquitetura de Luxo. De onde posso afirmar que ter um projeto com esse engajamento é uma maneira de tratar com luxo e requinte toda a obra concebida”, revela Di Grecco. Os sentidos na arquitetura e no design de interiores geram algo transformador em todo o seu desenvolvimento artístico e construtivo, pois buscam colocar o homem como o foco principal do projeto para uma produção de máxima

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“...O importante é você construir uma relação com o espaço, de forma que esse espaço reflita quem você é e como você se relaciona sensorialmente com tudo que é externo e compõe o ambiente.” Karla Di Grecco

qualidade. Assim, devemos compreender a história de quem frequentará esse espaço, suas preferências, características sociais e comportamentais. “Dessa forma, esse estudo sobre o usuário é considerado primordial em todas as áreas que permeiam a arquitetura e o design, tais como o projeto arquitetônico, paisagístico, projetos


arquitetura

públicos, projetos de iluminação, traçados urbanísticos, design de mobiliário, design de produto, tecnologias, automação”, explica. Di Grecco completa dizendo que a arquitetura é muito mais que uma edificação. “É o espaço que nos rodeia e nos inclui, é onde tudo acontece, o cheio, o vazio, o ambiente, a cena. Portanto, é o cenário que materializa nossas vivências, ferramentas de nossas experiências.”

Quando sentidos, arquitetura e o design se conectam Os nossos sentidos são os meios biológicos e psicológicos para experimentarmos todas as sensações proporcionadas pelos estímulos que o ambiente nos provoca. A arquitetura e o design são espaços físicos em que vivemos todas as atividades de trabalho, estudo, diversão, descanso e locomoção. Quanto mais soubermos promover uma arquitetura e design com conhecimento sensitivo em que o homem e as suas necessidades são o protagonista, mais práticas, prazerosas e plenas serão as vivências, experiências e rotina do usuário. Sendo assim, a arquitetura com enfoque nos sentidos não pode ser feita em linhas de produção automática, pois ela é personalizada, reflexiva, sútil e profunda em suas percepções. “Isso é arquitetura de luxo”, revela Di Grecco.

Ambiente intitulado Lagoa Azul

SPA “Stone house” Como exemplo, Karla Di Grecco elucida esse ambiente intitulado Lagoa Azul. Ela explica que essa área de convivência da piscina foi elaborada com o objetivo de proporcionar aos usuários uma atmosfera alegre, de integração, socialização, relaxamento, conforto e contemplação. “O revestimento na cor da pedra hijau remete à Lagoa Azul, rodeado pelo verde do paisagismo. Os sofás de área externa dão o conforto que o ambiente pede. As cadeiras de corda náutica trazem praticidade para a área molhada. A paleta de cores harmoniza com a piscina, deixa o ambiente mais alegre e dá o equilíbrio com a textura e cores do mármore travertino romano e deck de madeira”, detalha. Outro bom exemplo é o SPA “Stone house”. O projeto foi concebido com o objetivo de trazer elementos da natureza para dentro do espaço, agregar tecnologia ao uso do ambiente (automação) e integrar com a natureza externa. “O rústico das pedras nas paredes e a madeira da estrutura e do

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deck conferem ao ambiente aconchego. Os seixos rolados usados no fundo da hidromassagem e espaço da ducha/cascata remetem ao fundo de um rio, os bancos da hidro e sauna tem formas orgânicas para dar conforto e foram executados em pastilhas na cor verde azulado que remetem a um lago”, explica. A cromoterapia na hidro e na sauna traz relaxamento, equilíbrio e harmonia entre corpo, mente, espírito e energia. Todo espaço tem som ambiente, inclusive as duchas de marca americana, nos banheiros feminino e masculino têm caixas de som acopladas. Saídas de hidromassagem nos pés e nas costas foram detalhadamente especificadas para cada usuário. Todo SPA tem iluminação suave e aconchegante. E grandes portas de vidro integram o interno ao externo, trazendo a natureza para dentro do espaço. Então, diante de tantos conceitos, desafios e novas perspectivas da arquitetura, desejamos muita sorte e sucesso a esses profissionais tão importantes para a construção, literal, do futuro. Feliz Dia do Arquiteto!


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nossa gente

Lucinda Persona e a arte da poesia Foto: https://www.7letras.com.br

— por Protásio Morais —

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vra, eu diria: todos! Mas avanço um pouco para dizer que indispensáveis são todos aqueles que iluminam e emocionam o leitor, que escrevem por necessidade existencial e se importam com o contexto. São aqueles que olham o mundo com admiração e afeto, que buscam desvendar os segredos da vida e da própria poesia, através da palavra certeira. Aqueles que surpreendem a multidão oferecendo um caminho diferente para desvelar realidades. Aqueles que ofertam a extensão do seu “eu” fazendo o leitor sentir e pressentir o que eles sentiram. Indispensáveis são aqueles que atingem os corações e revigoram almas. Diferente Pra Você: Quais suas maiores inspirações? Lucinda Persona: Gosto de explorar tudo o que me cerca, pode ser uma paisagem, um acontecimento, uma lembrança. A temática cotidiana é uma constante em minha poesia. Especialmente, o que me inspira são as formas vegetais (folhas, frutos, sementes) e também os objetos da casa, os quais transponho para uma dimensão amorosa da existência. Desde o primeiro livro, nunca deixei de fora o tema do tempo, principalmente em relação à finitude. Ainda cito, nesta lista, as memórias e o próprio fazer poético. Já entre os poetas, começo por Cecília Meireles, uma das vozes de grande reverberação em meu espírito, ao lado de outras como: Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Adélia Prado, Manoel de Barros, Sophia de Mello Breyner Andresen, Sylvia Plath, entre outros.

e acordo com o poeta Paulo Leminski, para um poema dar certo, é necessário que exista poesia tanto no receptor quanto no emissor. O poeta curitibano afirmou certa vez que é preciso ser tão poeta para entender um poema quanto para escrevê-lo. Para celebrar o Dia Estadual da Poesia, comemorado em 19 de dezembro, conversamos com Lucinda Nogueira Persona, poeta e professora que ocupa a Cadeira nº4 da Academia Mato-grossense de Letras. São apenas três perguntas simples que nem de longe refletem a grandeza dessa que é uma das mais importantes poetas de Mato Grosso. Diferente Pra Você: Qual a função da poesia hoje, em tempos de violência e desamor? Lucinda Nogueira Persona: Toda arte tem a função de engrandecer, de provocar um estado emocional gratificante, positivo, tanto para quem produz quanto para quem desfruta. E assim é com a poesia. Desde sempre, são buscados meios para a formação plena do ser humano, algo que o aproxime das virtudes ideais, que o torne mais pacífico, amoroso, sábio e fraterno. A poesia é um desses meios, pois ela atravessa a vida e os sentimentos. De vários modos, faz crescer o espírito, estimula o imaginário, desperta a consciência, podendo funcionar como um sistema de aperfeiçoamento ou purificação. Diferente Pra Você: Na sua opinião, em Mato Grosso, quais os poetas indispensáveis? Lucinda Persona: Se pudesse responder com uma só pala-

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Acontece — por Priscila Vanti —

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chegou!

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xperimente a magia que enche o coração de alegria e paz, a luz que faz brotar o amor dentro de nós. Esse é o desejo da campanha de Natal do BigLar, com a qual a rede deseja a todos os seus clientes e colaboradores, assim como a suas famílias, que sejam abençoados e tenham um fim de ano repleto de amor e de alegrias. No filme, disponível nas redes sociais do BigLar, acompanhamos a ceia de Natal de uma família que experimentou fazer diferente, fazendo o bem sem olhar a quem, e sentindo a emoção e o coração bater mais forte por ter feito a diferença. Porque o Natal é a melhor época do ano para fazer diferente. Experimente!

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Um ano verdadeiramente novo

período das festas de final de ano normalmente é um tempo de reflexão e de desejos de que um mundo melhor seja possível. Cada novo início de ano traz consigo a possibilidade de recomeçar, de tentar sermos melhores. E nada como se abrir para novas experiências e àquilo que é diferente para começar bem uma nova etapa que está por vir, porque para o BigLar, o segredo para um ano verdadeiramente novo é experimentar. Este é o tema da campanha de Ano Novo da rede, que estará disponível nos canais de TV ou ainda acessando as mídias sociais do BigLar. Com a hashtag #EscolhaFazerDiferente, tema que vem sendo trabalhado pelo BigLar durante todo o ano de 2019, o filme fala sobre novas amizades, novos ritmos, novos encontros, novas sensações, novos caminhos. O texto da campanha explica que um novo ano se faz com novos hábitos, novas atitudes, novas experiências. Contudo, também é experimentar novos temperos, novos sabores, novas sensações. Basta tentar fazer diferente que o ano já se mostrará diferente. Tente! A nova campanha de final de ano é mais um presente e agradecimento do BigLar para os clientes e colaboradores da rede que, além de fazerem parte do dia a dia do supermercado, são também amigos do BigLar. Feliz Ano Novo!

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