Sumário 10
Espaço leitor
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Leia as mensagens de alguns de nossos clientes, neste canal aberto para você
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Em família Os proprietários do Atmã preparam um delicioso encontro entre amigos
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#pra você
Capa Saiba quais são os “arraiais” mais festivos de todo o Brasil
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Turismo Os divertidos destinos para viajar com a família nas férias de julho
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Saúde à mesa
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Os benefícios da pipoca que até pouco tempo era considerada uma “vilã”
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Gastro tour O tempero marcante da culinária nos estados nordestinos
Na brasa
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Mulheres especializadas em churrasco ensinam os melhores cortes bovinos
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Nossa gente A história de amor e luta de Dona Domingas, do grupo Flor Ribeirinha
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#pra você
Décor As principais tendências do salão de móveis de Milão
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Sabor em cores Os drinks que fazem a cabeça dos cuiabanos e brasileiros, no momento
Editorial
Os sabores do Brasil
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sta edição vem repleta de tempero sazonal. É tempo de festas juninas e julinas, de arraiá, quentão e comidas típicas. E a Revista BigLar aproveita para fazer um tour por várias regiões do Brasil, apresentando o que há de mais típico nesta época do ano. Nossa Matéria de Capa faz um giro pelas grandes festas caipiras do País. Em Nossa Terra, você fica sabendo quais são os principais eventos que ocorrem na nossa cidade e no entorno. Como muitos sabem, é no Norte e no Nordeste que esses festejos tornam-se mais populares, atraindo cada vez mais visitantes. Por isso, nesta publicação, resolvemos fazer um Gastro Tour para homenagear a saborosa culinária nordestina. Apreciada em todo o País, a pipoca recebe uma seção especial em Saúde à Mesa. Nela, contamos os benefícios desse alimento, que passou de vilão a mocinho, após pesquisas científicas sobre suas propriedades. Os cortes de carne também têm seu espaço reservado, em Na Brasa. Nesta editoria, encontramos um grupo de mulheres especializadas em churrasco, que “desbancam” muitos homens à frente da churrasqueira. E, como as férias de julho estão chegando, dedicamos a seção Turismo para te dar opções de diversão em família, tanto na capital como em viagens extraordinárias. Aproveite, também, para ficar atento às atrações que ocorrem em Cuiabá e nos arredores, no Radar Cultural. Um dos lugares mais paradisíacos da nossa região, a Chapada dos Guimarães foi cenário do Em Família. O casal Adriana Costa e Antônio Checchin Júnior recebeu nossa equipe de reportagem e promoveu um verdadeiro encontro vespertino entre amigos. As bebidas têm destaque especial nesta edição. Em Sommelier, retratamos os vinhos uruguaios, com sua excelente uva tannat. A arte da mixologia é desvendada, em Sabor em Cores, na reportagem feita com o especialista no assunto Mestre Derivan. Como estamos sempre de olho nas tendências do momento – tanto nacionais como internacionais – trazemos, em Décor, as novidades apresentadas no maior salão de móveis de design do mundo: o Salone Del Mobile Milano. Veja, ainda, as deliciosas receitas em Post do Chef, Na Casa do Chef e Instagourmet. Boa leitura!
Família BigLar BIGL AR
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#pra você
A revista “≠ pra você” está disponível gratuitamente para tablets e smartphones na App Store e Google Play Coordenação Geral Genius Publicidade CEO Junior Brasa Atendimento Tatiana L. R. da Cunha Produção Gráfica Tassia Nagazawa
Conteúdo, edição e arte Direção Executiva Alexandre Serpentino, Edison Lopes Bernardo e Tiago Serpentino Direção Editorial Tiago Serpentino Editora-Chefe Márcia Vaisman - MTB 46.219/SP Redação Daniele Danchura, Daniel Sender e Renata Girodo Direção de Arte Juliano Polotto e Raphael Freire Atendimento Ellen Rossi
Acompanhe
Revisão Denise Loreto Administração Daniela Fernanda de Sena
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Impressão e Acabamento Gráfica Print Tiragem 15 mil exemplares
supermercadosbiglar
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A Revista BigLar não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, bem como pelas informações ou conteúdo dos anúncios publicados. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. A Revista BigLar é produzida pela CM&N Revistas Customizadas.
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#pra você
Marketing BigLar marketing@biglar.com.br (65) 99920-5900 Para Anunciar atendimento@genius.com.br Foto de Capa Agda Aquino/Repórter Junino
Para o leitor
Família BigLar “Conheci o BigLar da Av. Miguel Sutil por morar próximo ao local nos anos 1990, sendo que a unidade foi o primeiro mercado de qualidade na região. Com a inauguração do Parque Mãe Bonifácia, no início dos anos 2000, passei a frequentá-lo todas as manhãs após minha caminhada diária. Assim, o mercado tornou-se um ponto de encontro entre amigos e familiares. Em 2007, tive uma neta e fui homenageado pelo BigLar em meu primeiro Dia dos Avós. Desde 2008, ano em que me mudei para o bairro Jardim das Américas, passei a ir várias vezes por dia ao BigLar das redondezas. Com o tempo, acabei tornando-me conhecido de diversos funcionários e frequentadores do local, pois, definitivamente, virou um hábito visitar o BigLar. Esta receptividade é o que nos deixa mais à vontade dentro das unidades do mercado. Além disso, estamos comprando produtos de qualidade e sempre que foi preciso devolver ou trocar algo, fomos prontamente atendidos, mesmo quando o erro na compra era nosso. Sugiro ao BigLar que ele continue a ser um ponto de encontro para rever amigos e fazer novas amizades.”
Paulo Cesar Homem de Melo, cliente do BigLar há 20 anos
Meu supermercado favorito “Conheci o BigLar em Várzea Grande, em 1990. Depois, me mudei para Cuiabá e, desde que o supermercado foi inaugurado no bairro Jardim das Américas, tornei-me uma cliente fiel. Gosto do BigLar porque lá encontro tudo o que procuro! Seu diferencial entre os demais está na organização, na climatização e no atendimento. Posso assegurar que o BigLar é meu supermercado favorito!”
Suely Soares Teles, cliente do BigLar há 27 anos
Sinto-me em casa! “Conheci o BigLar tendo a sorte de morar próxima ao supermercado tanto em Várzea Grande quanto em Cuiabá. Gosto de saber que estou comprando produtos de qualidade com excelente atendimento, como ocorre no BigLar. Sinto-me em casa! O BigLar faz a diferença pela confiança que nos transmite. Gosto muito também da revista do BigLar, principalmente, na parte que destaca as dicas e receitas, pois amo cozinhar.”
Mirian Hazama Gonçalves, cliente do BigLar há 20 anos
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Entre amigos “Conheço o BigLar desde a época em que existia apenas em Várzea Grande, em 1984, ano em que me casei. Quando inaugurou a unidade do Três Américas, em Cuiabá, me realizei, pois sou vizinha dele e frequento o mercado de três a quatro vezes por semana, sendo que, algumas vezes, chego a ir duas vezes no mesmo dia! Isso me fez tornar-me amiga de vários funcionários, todos muito gentis, aos quais conheço pelo nome. Destaco no BigLar a organização, a qualidade dos produtos e a limpeza. Além disso, no domingo, o BigLar transforma-se num ponto de encontro entre os amigos! Estou ansiosa para a inauguração da nova unidade Três Américas. Vai ser tão bela ou até mais que a da Av. Miguel Sutil. Também acho a iniciativa da revista incrível, pois meu filho é chef de cozinha e, nela, encontramos tudo o que precisamos para elaborar um bom prato.”
Marcia Barroso, cliente do BigLar há 33 anos.
Atendimento diferenciado “Frequento o supermercado BigLar desde que ele foi inaugurado, em Várzea Grande. Hoje em dia, vou à unidade da Av. Miguel Sutil, em Cuiabá. Aprecio muito a qualidade e a diversidade de produtos que, muitas vezes, encontramos somente no BigLar. Seu atendimento ao cliente também faz toda a diferença.”
Adriana Simoni, cliente do BigLar há 17 anos
Só elogios “Conheço o BigLar desde a época em que, com uma amiga, íamos a Várzea Grande para fazer compras na unidade de lá. Quando um abriu perto de minha casa, na Av. Miguel Sutil, passei a frequentá-lo. Adoro o BigLar e sua revista apresenta ótima qualidade, com reportagens e artigos interessantes. Com relação ao mercado, tenho muitos elogios a fazer, inclusive, sempre que tenho uma visita de fora da cidade, levo-as para conhecer uma das unidades.”
Iraides Garcia, cliente do BigLar há 10 anos
A Q U I , O D E S TA Q U E É VO C Ê Oferecer o melhor, atendendo às suas necessidades, é um compromisso do BigLar. Sua participação é importante para que cada edição esteja em conexão com o que você deseja, promovendo o diálogo e acolhendo sugestões. Sendo assim, escreva para nós, para o seguinte e-mail: marketing@biglar.com.br. | (65) 99920-5900. Esperamos sua participação!
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T E C N O LO G I A N A C O Z I N H A — POR RENATA GIRODO —
Q U E TA L C O N H E C E R P R O D U T O S Q U E T R A Z E M G R A N D E P R AT I C I D A D E A O S E U D I A A D I A E D E I X A M S U A C OZ I N H A A I N D A M A I S E L E G A N T E ?
COMO OBRAS DE ARTE
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Dolce & Gabbanna, em parceria com a marca Smeg, destaca sua nova coleção de eletrodomésticos para a cozinha, inspirada na Sicília, Itália. Frutas multicoloridas e traços presentes na decoração local, com motivos triangulares e imagens que lembram o Monte Etna, as ruínas do templo grego de Castor, e Pollux, no Vale dos Templos, estão impressos nos aparelhos e são as grandes apostas das empresas para a linha Sicily is My Love. As flores aparecem nos equipamentos, remetendo às paisagens do lugar, e trazem leveza para o momento de cozinhar. A coleção foi apresentada em abril, no Salone del Mobile, em Milão (veja matéria nas páginas 56-58 sobre este evento). Entre os itens de destaque estão: liquidificador, batedeira, cafeteira, máquina de café, torradeira, entre outros. Impossível não se apaixonar! Você saberá onde comprar neste site: www.smeg.pt
PA L A DA R E S
EXIGENTES
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uas carnes não serão mais as mesmas depois do Vertical Grill House. Lançamento da Polishop, o equipamento assa e grelha carnes e legumes na posição vertical – como o próprio nome indica –, otimizando espaço no seu ambiente. Além disso, seu grande diferencial é deixar o preparo das carnes vermelhas, frutos do mar e aves no ponto exato, até para os paladares mais exigentes: seladas por fora e muito macias e saborosas por dentro. Destaque também para a forma de preparo, mais saudável, já que os alimentos não ficam em contato com a fonte de calor e não se faz necessário utilizar óleo durante o processo. E ainda há mais vantagens: todo o processo apresenta-se de forma simples, sem sujeira na cozinha. Para aqueles dias corridos, os pratos podem sair do freezer direto para o grill. Você saberá onde comprar neste site: www.polishop.com.br
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À moda antiga LIQUIDIFICADOR
PREMIADO
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liquidificador com Magnetic Drive, da KitchenAid, chegou para revolucionar a sua cozinha. O aparelho foi escolhido como vencedor na linha de produtos de design inovador do Red Dot – o maior prêmio mundial de design, representando um selo de qualidade com reconhecimento internacional. Sua tecnologia engloba o sistema de impulso magnético, formado por 48 ímãs que transferem a potência do motor até a jarra. A tecnologia MagnaLock permite que a jarra deslize horizontalmente para dentro ou para fora da base, proporcionando uma mistura segura. O aparelho destaca-se por ser o primeiro do mercado com capacidade para ajustar a velocidade, potência e durabilidade da receita. Basta apenas o simples toque de um botão. A tampa integrada facilita a adição de ingredientes durante o preparo de um prato, evitando, assim, respingos e sujeira. Para facilitar a limpeza, as partes removíveis podem ser inseridas em uma lava-louças.
Quer fazer uma pipoca deliciosa, nos moldes tradicionais? A pipoqueira Retrô Pop Corn Nostalgia, inspirada nos anos 1950, tem capacidade para estourar até 10 xícaras de milho, de uma só vez. Ideal para receber aquela turma de amigos em casa e assistir a um filme, a um futebol, ou, simplesmente, fazer um lanchinho saudável. Por possuir espaço interno de alta capacidade, mantém a guloseima quentinha por mais tempo, sem murchar. Para limpar, basta remover a panela do seu local de origem e lavá-la normalmente.
Você saberá onde comprar neste site: www.kitchenaid.com.br
Você saberá onde comprar neste site: www.polishop.com.br
DOIS PESOS, UMA MEDIDA
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balança de cozinha BC250 da Black+Decker foi criada para dosar o alimento na medida exata e garantir, assim, o sucesso da sua receita. Com capacidade para até 3kg, ela dispõe de sistema eletrônico e pesagem digital que conferem mais exatidão para os ingredientes que serão inseridos no prato. O aparelho acompanha uma tigela transparente e utiliza uma bateria já inclusa. Você saberá onde comprar neste site: www.blackanddecker.com.br
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VITRINE
JÁ NAS
prateleiras — INSTAGRAM @SUPERMERCADOSBIGLAR —
OS PRODUTOS MAIS CURT ID OS NA S NOSSA S REDE S SO CIAIS ENTRE OS MELHORES
PROTEÇÃO DIÁRIA
O desodorante Ban é ideal para pessoas que buscam uma fragrância cítrica, que controle a transpiração causada pela correria do dia a dia. Garante 24 horas de proteção.
100% VEGANO Considerado o “caviar” das carnes, os cortes da raça Wagyu, da Bassi, contam com os mais altos índices de maciez, marmoreio e a garantia de um produto Premium internacional.
O Vegan Cheese, sabor Parmesão da Superbom, não tem colesterol, conservante químico ou corante artificial. Com baixo teor de sódio, é ideal para quem segue à risca a dieta vegana.
DIFERENCIAL À MESA
D I E TA V E G A N A
P E R F E I T O A O PA L A D A R O Queijo VidaVeg, feito à base de castanha de caju, é outra excelente opção para quem é 100% vegano. Não contém lactose, colesterol ou qualquer tipo de conservante ou corante artificial.
Respeitado enólogo de Portugal, Paulo Laureano apresenta o Olium Reserve, um azeite de oliva extravirgem de qualidade superior, com sabor intenso de azeitonas verdes frescas.
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Aromáticos, cítricos e refrescantes, os azeites saborizados Asaro mostram-se ideais para finalizar pratos de peixes assados, grelhados, risotos, saladas de folhas e legumes.
C O S M É T I C O I N N AT U R A
INTENSO FRESCOR Este vinho, Palácio da Brejoeira, é leve, fresco e com aroma intenso. Embora jovem, passou por um estágio em garrafa de, pelo menos, seis meses. Harmoniza bem com bacalhoada.
Boni Natural é uma marca de cosméticos veganos que proporciona diversos benefícios para o corpo e o cabelo. Produzida sem parabenos, sulfatos, silicones e óleo mineral na composição.
TOQUE PORTUGUÊS
u Provroou? e adoartilhe! Comp
r #BigLa
AÇÚCAR NATURAL
SABOR MARCANTE
Naturalmente refrescante, o vinho verde português Casal Garcia é levemente efervescente. Seu aroma delicado harmoniza com aperitivos e até com uma tradicional bacalhoada.
Uma das marcas mais charmosas de temperos italianos, a Montosco traz este intenso e aromático azeite com alho e pimenta calabresa para potencializar a finalização dos pratos.
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Das florestas do Canadá para sua mesa. Este delicioso xarope da Canada Pure é extraído do tronco da árvore símbolo do país (Maple) e é muito utilizado como substituto do açúcar.
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E M FA M Í L I A — POR DANIELE DANCHURA —
ACONCHEGO
Fotos: Arthur Passos
entre amigos
U M A L M O Ç O E S P E C I A L N O PA R A D I S Í A C O C E N Á R I O D A C H A PA D A D O S G U I M A R Ã E S
perfume da mata e das flores na Chapada dos Guimarães misturam-se aos aromas que vêm da cozinha do casal Adriana Costa e Antônio Checchin Júnior, mais conhecido como Leivinha, ambos proprietários do Restaurante e Pousada Atmã. A sala comunga com a paisagem dos paredões na região, que podem ser avistados de qualquer ponto, por causa das paredes de vidro, construídas em um ângulo de praticamente 180ºC. A ornamentação da casa segue o estilo do que pode ser visto no restaurante e pousada, que fica na mesma chácara em que a residência está situada. O Atmã, na verdade, foi inspirado na residência decorada por Adriana. O teto alto com as vigas aparentes, as mesas, os aparadores e os sofás apresentam tonalidades no marrom e contrastam com a parede branca. O resultado promove um ar rústico ao local, sem perder o requinte e o aconchego, que se estende à lareira disposta no lado esquerdo da porta de entrada.
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De madeira maciça, a mesa na sala de jantar impressiona pela robustez e imponência. Como enfeite de mesa, Adriana escolheu uma variedade de orquídeas e também de begônias. Estas acabaram fazendo parte da sobremesa, já que são flores comestíveis. A primeira convidada a chegar à casa é Thania Arruda, amiga de longa data e que tem em comum com a chef o amor por cozinhar. Ela mostra-se enfática ao dizer que Adriana é uma pessoa extremamente requintada. “O básico da sua cozinha já está fora da nossa rotina. Ela estuda para elaborar os pratos e pesquisa a questão cultural daquela região a qual usa os ingredientes.” Por isso, Thania conta que, todas as vezes que Adriana cozinha, mesmo que seja de forma simples, ela mesma acaba vivenciando uma aula cultural. “Quando Adriana me convida, eu vou sem hesitar porque é sempre uma grata surpresa. Nós compartilhamos e agregamos valor nos nossos encontros.” Para o prato principal, a chef escolheu servir bacalhau com legumes no azeite. Thania revela que a iguaria já se tornou frequente na reunião entre amigos e familiares e, quando a chef demora a fazer a receita, é logo cobrada pelos
entes queridos. “Se fosse comigo, prepararia carne com banana, um prato mais regional, mas com a Adriana é tudo sofisticado, mais elaborado, porque isso faz parte da personalidade dela”, ressalta. O cheiro convidativo, aos poucos,
momentos E M FA M Í L I A
A seção Em Família tem como pauta principal trazer um pouco do cotidiano dos chefs de cozinha de Mato Grosso. Por isso, ao fazer a produção de cada matéria, a Revista BigLar pede que esses profissionais indiquem um prato que cozinhariam em um almoço ou jantar entre parentes e amigos. Assim, você, leitor, se tiver vontade, pode reproduzir essas delícias na sua casa e fazer o seu próprio encontro em família.
começa a emanar da cozinha, enquanto Adriana prepara os pratos a serem servidos, com o auxílio de Beth e Ana, consideradas seu braço direito tanto na cozinha do restaurante quanto em casa. Na sala, Leivinha abre uma garrafa de vinho Sauvignon Blanc para tomar com Thania, enquanto degustam uma variedade de queijos portugueses com palitos de massa crocante e pães. Poucos minutos depois, chegam os outros convidados, o casal Marta e Izan Peterle. Ela, estilista, e ele, fotógrafo especializado nos cenários da Chapada dos Guimarães – peculiaridade que gosta de ressaltar. Ambos possuem residência fixa no Rio de Janeiro, mas têm uma propriedade na região onde se refugiam sempre que podem. Amigos de Adriana e Leivinha há mais de cinco anos, estão constantemente juntos nos almoços e
Salada de arroz C O M C A S TA N H A S
Rendimento: 6 porções Ingredientes: • 100g de arroz negro • 100g de arroz vermelho • 2 cebolas roxas • 50g de castanhas portuguesas ou nozes • 50g de pistache • 30g de amêndoas laminadas • 50g de uvas-passas pretas • 100g de miniqueijos de cabra ou muçarela de búfala (redondos) • 100g de tomates seco Modo de preparo: Cozinhe o arroz separadamente com cebola, alho, sal e pimenta a gosto (reserve). Grelhe as cebolas roxas com um pouco de azeite. Em uma travessa, junte tudo e misture bem. Pode ser servido em temperatura ambiente ou gelada.
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Fotos: Arthur Passos
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jantares oferecidos pelo casal. Com a chegada dos Peterle, Adriana junta-se a eles na degustação de queijos e causa frisson ao abrir um deles, vindo da Serra da Estrela, de Portugal, produzido a partir do leite de ovelhas das raças bordaleiras. Quem o vê por fora, com sua crosta dura, não imagina a pasta semimole e amanteigada que ele revela por dentro. De família portuguesa, Adriana conta que a mesa de queijos antes dos almoços e jantares é uma tradição em sua casa. Por isso mesmo, nunca pode faltar. As amigas Thania e Marta ficaram encantadas com a variedade dos queijos apresentados e pediram para Adriana indicar aonde comprar no Brasil. “O BigLar é a salvação. Lá, encontro todos esses queijos e mais alguns. Tenho amigos viajados que ficam encantados quando conhecem o BigLar e dizem que não é em qualquer lugar que se encontra um supermercado como esse”, revela a chef. Marta confirma o requinte e o capricho de Adriana para receber bem os convidados em sua casa. “É da essência dela”, ressalta. Na sala, Leivinha, Thania e os Peterle continuam degustando o vinho branco e os queijos. No menu da conversa, assun-
tos sobre política, música, fotografia e amenidades da vida. Na cozinha, Adriana prepara os pratos e revela um pouco de sua história, sobre como surgiu o amor pela gastronomia e como isso preencheu sua vida.
CHEIROS E SABORES Contadora e advogada, o amor pela culinária apareceu quando Adriana ainda era criança. Ela via a mãe e a avó cozinharem e
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achava muito bonito. Mas quando pedia para que a mãe a ensinasse, a mesma dizia que não tinha tempo e a mandava brincar ou fazer outras coisas. “Minha mãe não tinha muita paciência e também não dispunha de muito tempo, porque havia os filhos e a casa toda para cuidar.” Foi então que Adriana precisou sair de casa e morar sozinha para estudar, em Cuiabá. Cansada de fazer as refeições em restaurantes por quilo ou em locais que serviam prato feito, começou a arriscar algumas receitas em casa. A partir daí, a mãe a ensinava por telefone e o gosto pela culinária voltou à tona, porém, não se fixou. Adriana voltou à ativa, nessa área, quando estava com 22 anos, ao criar uma marmitaria. Pediu ajuda de uma senhora cuiabana que desvendou para ela um pouco sobre a culinária regional, e Adriana acabou misturando os sabores de Cuiabá e de Minas Gerais, precisamente da região de Santa Vitória, já que é oriunda de lá. Nessa época, fazia faculdade de contabilidade à noite e, durante o dia, preparava as refeições. A pedido da mãe, Adriana fechou a marmitaria, para dedicar-se aos estudos, formando-se em contabilidade. Logo em seguida, cursou mais uma graduação, desta vez, a de direito.
Bacalhau À PORTUGUESA
Rendimento: 6 porções Ingredientes: • 1kg de lombo de bacalhau dessalgado • 2 pimentões verdes • 2 pimentões amarelos • 2 pimentões vermelhos • 250ml de azeite extravirgem • 6 dentes de alho • 3 cebolas • 3 cebolas roxas • 2 batatas inglesas • 1 xícara de azeitona preta • 1 bandeja de brócolis japonês • Sal a gosto Modo de preparo: Tempere o bacalhau com sal e alho a gosto. Em uma panela, coloque o bacalhau com azeite e abafe com a tampa. Deixe em fogo médio até dourar. Retire o bacalhau e reserve o azeite.Tempere os legumes com sal e alho a gosto. Em uma frigideira grande (bem quente), passe todos os legumes em fogo alto e acrescente um pouco de azeite para grelhar rapidamente (obs.: o ponto dos legumes vai ser finalizado no forno. Os mesmos devem ficar al dente). Em uma panela, cozinhe as batatas com água, azeite, alho e um pequeno ramo de alecrim. Adicione sal a gosto. Escorra a água e reserve. Depois, junte todos os ingredientes grelhados e o bacalhau, em um refratário. Despeje o azeite por cima e leve ao forno por 15 minutos e sirva em seguida.
Durante o período em que exerceu a profissão de advogada, Adriana conheceu o marido e, pouco depois, os dois foram morar juntos. Com isso, ela sentiu necessidade de aprender mais receitas gastronômicas. “Sabia fazer pães, bolos e doces para o café da manhã, mas resolvi me aperfeiçoar nos pratos principais do almoço e do jantar, porque não dá pra ficar só no café, né?”, brinca. Ela começou a fazer workshop de culinária. Com Thania e outras amigas, frequentaram as aulas da mato-grossense Eliane Carvalho – formada na renomada escola Le Cordon Bleu, na França, e participante da primeira edição do MasterChef Brasil – e de outras chefs importantes da região. “Nós nos reuníamos nesses locais para aprender a cozinhar e trocar experiências”, lembra. Posteriormente, Adriana começou a aperfeiçoar-se. A chef confessa que o marido era boêmio e queria sair todas as noites e ela, cansada dos afazeres atribulados do dia a dia, pensou que precisava de artifícios para convencê-lo a ficar em casa. Então, resolveu preparar pratos diferentes às terças e quartas-feiras, para ele degustar. Fez outros workshops,
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desta vez, com a chef do Restaurante Mahalo, Ariani Malouf. Ao mesmo tempo, ligava para a mãe e aprendia mais receitas e, a cada dia, testava um prato diferente. Com isso, aprendeu um vasto portfólio gastronômico.
A IDA PARA A CHAPADA Nesse meio tempo, o casal resolveu mudar-se para a Chapada dos Guimarães. No início, alugaram as duas suítes localizadas na parte de baixo da casa, dando asas ao sonho de Leivinha de ter uma pousada. Assim, durante a semana, Adriana advogava e, aos sábados e domingos, cuidava da pequena pousada. Já no início, o estabelecimento fez tanto sucesso que ela não conseguia mais advogar e, aos poucos, a profissão foi ficando para trás. Ao mesmo tempo, os clientes da pousada começaram a pedir jantar, que eram servidos na sala da casa do casal. E foi assim que Adriana rendeu-se, definitivamente, aos encantos da culinária. “Eu sentia que conseguia dar um pouco de carinho para as pessoas, que não atingia com o direito e com a contabilidade, que são profissões muito frias. Eu sou muito mais sentimental, emoção à flor da pele, então, eu gosto dessas
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Sobremesa DOS SONHOS
Fotos: Arthur Passos
Rendimento: 6 porções
coisas de paparicar, de proporcionar carinho.” Ela admite que a nova profissão a preencheu e trouxe uma felicidade tão grande que não foi mais possível deixá-la. “Tinha algo dentro de mim que não se acalmava e, depois que comecei a cozinhar, tudo se acalmou.” Enquanto conta toda a história, Adriana revela o motivo da escolha do prato principal: bacalhau com legumes no azeite. “Todos gostam desse peixe, além de ser rápido de fazer, por isso, transformou-se no prato principal em família.” Antes de ir à mesa com os amigos, a chef dá os últimos retoques na sobremesa e leva um pouco do creme de ovos para que Marta e Thania possam experimentar. “Essa é uma sobremesa feita praticamente só com ovos, chama-se Sobremesa dos Sonhos”, afirma Adriana, ao ver as amigas deliciarem-se com a iguaria.
À MESA Sentados para degustar a refeição, todos servem-se da salada de grãos, composta por arroz negro, tomates secos, cebola roxa, castanhas e uva-passa. O prato principal está disposto aromaticamente ao lado da salada, sobre o aparador que separa a sala
de jantar da sala de estar. Saltam aos olhos o contraste das cores dos ingredientes, como o pimentão vermelho, pimentão amarelo, cebolas roxas, azeitonas pretas e o verde das ervilhas tortas e do brócolis japonês. Ao fim deste delicioso encontro gastronômico, Adriana oferece a Sobremesa dos Sonhos, como ela mesma denominou, mas não antes de enfeitá-la com begônias – as flores comestíveis que estavam dispostas à mesa no início do almoço. Como Thania bem se expressou alegremente, impossível comer apenas uma vez este “doce dos deuses”. Foi assim, nesse clima descontraído, que o casal Peterle despediu-se para pegar o voo rumo ao Rio de Janeiro, prometendo que, em breve, voltariam, para mais uma deliciosa degustação gastronômica.
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Ingredientes: • 1 lata de leite condensado • 1 medida da lata de leite • 1 lata de creme de leite • 4 ovos (claras e gemas separadas) • 2 xícaras de chá de açúcar • 1 colher de sopa de amido de milho • 2 colheres de sopa de leite • Essência de baunilha a gosto • 100g de nozes • 1 colher de chá de manteiga Modo de preparo: Suspiro: Bata as claras em neve até obter o ponto de suspiro. Acrescente 1 xícara de chá de açúcar e a baunilha. Bata mais um pouco. Coloque em uma travessa e leve ao forno baixo preaquecido até dourar, por aproximadamente 20 minutos. Creme: No liquidificador, bata 3 gemas, o leite condensado, a mesma medida de leite e 1 colher de amido de milho. Leve ao fogo, mexendo sempre até obter o mingau. Deixe esfriar um pouco, coloque o creme de leite sem soro e mexa bem. Despeje o creme ao redor do suspiro. Calda: Em uma panela, derreta 1 xícara de chá de açúcar com um pouco de água. Quando estiver ficando escura, dissolva 1 gema de ovo em 2 colheres de sopa de leite e jogue dentro da calda. Nozes: Em uma panela, derreta 1 xícara de chá de açúcar em fogo baixo, adicione a manteiga e mexa rapidamente, junte as nozes picadas e mexa novamente. Retire do fogo e despeje sobre mármore untado com um pouco de manteiga. Depois de totalmente frio, quebre o crocante e jogue por cima da sobremesa na hora de servir.
NA CASA DO CHEF
Fotos: Arthur Passos
— POR DANIEL SENDER —
sobre
S O E L M A S I LVA
SOELMA
Silva
E N S I N A A P R E PA R A R E N T R E V E R O D E PINHÃO E CURAU DE MILHO REGIONAL NO QUADRO “NA CASA DO CHEF” esta edição do programa on-line, o BigLar recebe a cozinheira cuiabana Soelma Aparecida Silva, que ensina a preparar duas receitas tipicamente juninas de regiões diferentes do Brasil. O Entrevero de Pinhão foi o prato escolhido para representar a região sul. Para sobremesa, a chef homenageia o estado do Mato Grosso Sul, apresentando um delicioso curau de milho regional.
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Os pratos juninos são muito conhecidos por todos. Como é possível dar personalidade própria a eles? Cozinhar deve ser entendido como a materialização daquilo que somos. Uma mesma receita, com os mesmos temperos e ingredientes, se feita por três pessoas diferentes tem, pelas mãos de cada uma, um sabor completamente distinto. Além do toque pessoal, cada um utiliza determinada quantidade de tempero em momentos diferentes. Isso proporciona um diferencial ao prato.
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Empregada doméstica durante a semana e à frente de uma deliciosa cozinha aos sábados e domingos, a goiana, de 44 anos, batalhou muito para ter seu sonho transformado em realidade e não esquece quem a ajudou. Há 26 anos, ela encontrou seu lar em Cuiabá e relembra um pouco de sua história. “Tenho uma imensa dívida de gratidão com um senhor de 91 anos, para quem ainda trabalho como doméstica”, revela ela que, atualmente, não precisa desse emprego para incrementar sua renda familiar, porém, acredita que não pode abandoná-lo após tantos anos de convivência. “Esta é a hora em que ele mais precisa de mim.” Soelma recorda-se que foi esse senhor quem a ajudou a criar seus filhos, a conseguir comprar um imóvel próprio, além de diversas outras oportunidades na vida. Mas é como cozinheira que ela se sente realizada e confessa que, desde a tenra idade, já sabia a profissão que seguiria. Especialmente, quando a família elogiava os simples bolos ou as carnes que ela preparava no fogão caseiro. “Sinto-me realizada ao cozinhar para as pessoas.” Há dois anos, realizou o sonho de abrir seu próprio restaurante, o Quintal do Boa, fruto de muito trabalho, dedicação e deliciosos temperos.
Se encontro uma receita que gosto, busco fazê-la conforme minha criatividade, aumentando ou diminuindo os temperos ou acrescentando algum ingrediente diferente. Saem sempre coisas maravilhosas de pratos com essas influências juntas e misturadas.
Quais são os cuidados na escolha dos ingredientes? Sempre observo a cor, se forem frutas, verduras e legumes. No caso das carnes, é importante que esteja fresca, seja de boa procedência e, principalmente, que esteja muito bem armazenada. O mesmo vale para todos os temperos. Tudo isso é de extrema importância na hora de preparar um prato, pois cada pequeno detalhe faz toda a diferença e só assim se pode ter a certeza de que será uma iguaria que deve agradar a todos. Que influências moldaram seu gosto? Amo cozinhar, não importa o prato, mas sou apaixonada pelas cozinhas mineira, goiana, mato-grossense e manauara.
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NA CASA DO CHEF
Gostou das receitas apresentadas pelo nosso convidado? Acesse o nosso canal e descubra mais alternativas para se aventurar na cozinha. Lá, existem várias outras opções de pratos, todos preparados com muito carinho por clientes e amigos apaixonados pela boa gastronomia. Inspire-se!
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O cardápio do Quintal do Boa segue o gosto da chef? Sim. Oferecemos um cardápio bem variado, que tem atraído muitas pessoas, principalmente, pelo tempero caseiro, que é um grande diferencial. Pode-se optar, por exemplo, entre uma saborosa costelinha de porco com arroz, típica da cozinha mineira, ou uma Maria Isabel, ao estilo do Piauí. Além desses, fiz algumas invenções, como o estrogonofe de filé de pintado. Pretende cozinhar para parentes e amigos nesta festa junina? Com certeza, sendo goiana, sou um pouco suspeita para falar. O contato próximo de uma refeição com as pessoas que amamos nos transforma e nos renova. Isso vale ouro! Quem é Soelma? Sou muito preocupada com os outros, emociono-me facilmente, trabalho muito e confesso que, às vezes, deixo um pouco de lado a Soelma mãe, avó, mulher, dona de casa. Quando coloco na cabeça que vou fazer algo, pronto, pode dar como feito, não importando as dificuldades e obstáculos. Eu tinha o sonho de abrir o restaurante e ele foi realizado. Agora, o próximo sonho é cursar gastronomia para tornar-me chef de cozinha!
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Como foi abrir o próprio restaurante? Foi uma felicidade gigantesca. Não imaginava que conseguiríamos tanto, já que conquistar clientes não se faz tarefa simples. Nos primeiros dias, eu e meus filhos trabalhamos muito para dar conta de tudo o que era preciso e, já na semana seguinte, tivemos que contratar auxiliares por causa do movimento intenso. Tem sido tudo muito gratificante.
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QUENTÃO com Canjinjin
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O SEG R E D O DE STA D E L Í C I A É B E B Eˆ - L A SEMPRE QUENT E Modo de preparo: 1. Em uma panela, derreta o açúcar até formar um caramelo; 2. Adicione a água de uma vez. Deixe em fogo baixo para derreter a mistura; 3. Insira todos os outros ingredientes; 4. Deixe ferver e sirva. Observação: Não se esqueça de manter a bebida constantemente no fogo baixo, pois ela deve ser servida quente.
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INGREDIENTES
• 1l de cachaça • 60g de gengibre em rodelas descascado • 1 limão siciliano • 1 limão Taiti • 2 maçãs descascadas em cubos médios • 200g de açúcar cristal • 300ml de água • 8 unidades de cravo • 2 unidades de canela em pau • 500ml de canjinjin
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Foto: Samuel Mendes
— POR RENATA GIRODO —
Arraial de Belô
Vai começar o
ARRAIÁ! C O N H E Ç A A S P R I N C I PA I S F E S T A S D O PA Í S E E N T E N D A U M P O U CO MAIS S OBR E E STA DE LI CI OS A T RADI Ç ÃO SECU L AR
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asamento no dia de Santo Antônio, comidas típicas, quentão, quadrilha e muita fogueira. Tudo isso reunido num alegre arraial. Depois do Carnaval, as festas caipiras são as pro-
tagonistas culturais do Brasil. Apesar dessa época ser comemorada no País todo, é nos Estados do Norte e Nordeste que a celebração encontra força total. Em homenagem à vida no campo, homens e mulheres se vestem de xadrez, chita, tranças e chapéus de palha, espalham bandeirolas coloridas pelos “arraiais” e saem a bailar. Em princípio, acreditava-se que os festejos estavam ligados tão somente à religião católica, principalmente, por conta das comemorações dos dias de Santo Antônio, São Pedro e São João. No entanto, você sabia que esse tipo de cultura remonta a uma época muito anterior ao Cristianismo? Segundo o livro “Festas Juninas, Festas de São João: Origens, Tradições e Histórias”, de Lúcia Helena Vitalli Ran-
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Foto: Fabiana Costa
AS PRINCIPAIS FESTAS NO BRASIL
Quadrilha anima festas juninas Brasil afora
naus portuguesas. Porém, com a miscigenação de hábitos, os traços mais marcantes ficaram por conta da cultura indígena, principalmente, com relação às comidas típicas preparadas com batata-doce, abóbora e o popular milho, que dá sabor ao curau, pamonha, pipoca e suco de milho. Receitas que já fazem parte da gastronomia popular, principalmente, nessa época do ano.
Foto: Fabiana Costa
gel, esses costumes registraram seu início com os povos celtas, egípcios, persas e sírios. No solstício de verão, no hemisfério Norte, eles programavam rituais que buscavam a fartura durante o período de colheita. Com o passar do tempo, os países foram adaptando e incorporando a comemoração, de acordo com a sua tradição local. A festa junina, inspirada nos moldes europeus, chegou ao Brasil no comboio das
Roupas típicas dão o tom da brincadeira
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• Caruaru – Pernambuco: A “princesa do agreste”, cidade mais populosa do interior de Pernambuco, figura como uma das mais importantes do cenário junino. É reconhecida internacionalmente. Sua concorrente direta, a festa de Campina Grande, ocorre no Parque do Povo, na Paraíba. Caruaru recebe, em média, 1,5 milhão de pessoas anualmente. No mês de junho, a capital do forró fica repleta de cor nos céus, com bandeirolas por todos os lados. As violas afinadas e os embalos da quadrilha promovem a alegria dos presentes, com direito a casamento caipira, apresentação de grupos folclóricos, shows de música, comidas típicas e a queima das fogueiras. Nesse universo, acontece ainda o Festival das Comidas Gigantes, que traz delícias como pé de moleque, pamonha, cuscuz e mungunzá em versões pra lá de avantajadas. • Bumba-meu-boi – em São Luiz, Maranhão: Bumba-meu-boi foi reconhecida, em 2011, como patrimônio imaterial da cultura brasileira, pelo Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O evento, de múltipla expressão artística, inclui na sua programação música, folclore, teatro, dança e artesanato. O Bumba-meuboi é uma celebração aos santos. O boi representa as etapas do ciclo vital: nascer, viver e morrer e, no fim da apresentação, é ofertado aos santos como um elo com o sagrado. A festa ocorre nos meses de junho e julho, mas há eventos dessa encenação ocorrendo em várias outras épocas do ano. Existem centenas de grupos espalhados pelo Maranhão, divididos em ritmos ou sotaques: Sotaque da Zabumba – com influências africanas, a cadência ocorre pelos pandeiros, maracás,
Foto: Ana Licia Menezes
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Trio Nordestino agita o Forró Cajú – Sergipe
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tantãs e, é claro, a zabumba. As roupas são marcadas com golas, saiotes bordados e fitas multicoloridas; Sotaque de Orquestra – instrumentos de sopro e cordas ditam o som e o vestuário que é muito mais elaborado; Sotaque de Pindaré – o personagem Cazumbá, um homem-bicho, diverte o público ao toque das matracas e
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Forró Caju – Sergipe
Foto: Ana Licia Menezes
• Quadrilha: apesar da dança fazer homenagem aos caipiras e sertanejos, ela foi inspirada na Europa. Alguns estudiosos apontam a cidade de Paris como responsável pela moda; outros dizem que os grandes incentivadores do ritmo foram os portugueses. • Pau de sebo: a brincadeira consiste em alcançar o topo do pau que pode chegar a muitos metros de altura. A dificuldade é que ele está encerado, por isso, o desafio não é para qualquer um. • Fogueira: como tradição pagã, reza a lenda que a fogueira afastava os maus espíritos. Os católicos pensam diferente – para os religiosos, o clarão do fogo foi considerado um aviso do nascimento de João Batista. • Balões: atualmente, eles são proibidos, pois são muito perigosos e podem colocar a vida em risco. Mas em outros tempos, já foram utilizados como suposta ponte para levar o pedido dos fiéis até os santos.
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pandeiros; Sotaque de Costa de Mão – pequenos instrumentos são tocados com as costas das mãos. A população local utiliza roupas confeccionadas em veludo, grinalda de flores e chapéu com formato de cogumelo; Sotaque da Ilha ou de Matraca – as matracas e os pandeirões embalam os brincantes. Essa turma é considerada uma das mais populares e queridas entre todos os tipos de manifestações do Bumba-meu-boi. A gastronomia é um show à parte. Os turistas deliciam-se com bolinho de macaxeira, doces de frutas típicas como buriti, abricó e murici – todas preparadas no tacho. Cocada de leite, mingau de milho, vatapá e o arroz de cuxá – prato que tem como ingrediente principal a vinagreira e é preparado com camarão seco e gergelim torrado – complementam as delícias. • Forró Caju – em Aracaju, Sergipe: A festa, que ocorre todos os anos no mês de junho, se consolidou em 2001 como um dos maiores eventos juninos reconhecidos
Foto: Ana Licia Menezes
Forró Caju
de repentistas e sanfoneiros, que abrilhantam a festa, fazem parte da tradição. Com os festejos juninos, ocorrem outras demonstrações culturais, como “A Chuva de Bala no País de Mossoró”, uma encenação ao ar livre que relembra a resistência dos moradores locais ao bando de Lampião.
nacionalmente e chega a atrair um público de até 150 mil pessoas por noite. Artistas consagrados que já passaram por esse palco, como Dominguinhos, Fagner, Zé Ramalho, Calcinha Preta, Calypso, Cavaleiros do Forró, Geraldo Azevedo, entre outros, dão o tom do Forró Caju. Neste ano, os visitantes podem esperar um megaevento, com dois palcos principais, um alternativo, arraial com apresentação de quadrilhas e grupos populares. O espaço conta também com praça de alimentação, camarotes e toda a infraestrutura necessária para fazer a alegria dos brincantes.
Foto: Renê Marcio Carneiro
• Cidade Junina – Mossoró, Rio Grande do Norte: Os artistas locais terão ainda mais destaque nesta edição do evento, em Mossoró, que acontece no Corredor Cultural. Os festejos começam no dia 10 deste mês, com o “Pingo da Mei Dia”, um evento que atrai uma multidão para as ruas atrás do trio elétrico. A Estação das Artes Elizeu Ventania, que já foi uma parada ferroviária no passado, torna-se o recinto do forró, principal palco do evento, com a montagem de camarotes, barracas e restaurantes. O festival de quadrilhas, de humor, o burro-táxi, a presença
• Campina Grande – Paraíba: O Parque do Povo, com 42,5 mil metros quadrados de área, é palco para o São João de Campina Grande, realizado desde 1983,
configurando-se como a maior do País. O espaço tão generoso tem razão de ser. Todos os anos, mais de 1 milhão de visitantes transitam pelo lugar durante os 30 dias de comemorações, em junho. O ponto alto da festa é a fogueira com até 20 metros de altura. Como é tradição, a cidade promove, no dia 12 de junho (dia de Santo Antônio), um casamento coletivo para quem quer formalizar a união. É uma oportunidade para ter uma benção a mais, ou seja, a do santo casamenteiro mais popular. • Arraial do Banho – Corumbá, Mato Grosso do Sul: O Arraial do Banho de São João, que ocorre às margens do Rio Paraguai, representa uma das festas de mais destaque do Mato Grosso do Sul, transmitida por gerações. A zona portuária da cidade transforma-se em um misto de cerimônia e religiosidade, ao ritmo dos povos pantaneiros e ao som das violas de cocho – consideradas patrimônio imaterial do estado. Durante a semana que antecede 24 de junho, dia de São João, existe uma preparação religiosa nas casas, com novenas, decoração dos andores que carregam o nome das famílias, imagem ou foto do santo, e também ajustes finais para o cortejo. Do dia
Arraial do Banho – Corumbá
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Parintins
cultura AMAZÔNICA
O Festival Folclórico de Parintins tem como tradição a disputa entre o Boi Garantido (vermelho), e o Boi Caprichoso (azul). Os participantes de cada grupo encenam e brincam com elementos folclóricos, culturais e históricos que envolvem os personagens regionais, além, é claro, dos bois. E a disputa é levada a sério. A rivalidade fica tão evidente que os grupos não falam o nome do boi adversário. Apenas referem-se a ele como “boi contrário”. O evento cativa tanta gente que a cidade, entre junho e julho, mais parece estar no meio do mar, flutuando com as centenas de barcos atracados às margens do Rio Amazonas.
23 para 24, uma grande procissão em homenagem a São João Batista segue a caminho do Rio Paraguai, para agradecer as graças alcançadas e fazer pedidos. A imagem do precursor da fé cristã é batizada nas águas, com o objetivo de simbolizar o renascimento. Mas a devoção vai muito além.
Arraial de Belô – São Gererê
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Acredita-se que quem olhar para as águas do rio e não se ver refletido, não estará mais na vida material no próximo ano e que as mulheres que desejam engravidar precisam descer a ladeira descalças. O santo também divide a fama de casamenteiro com Santo Antônio. Para quem almeja um enlace, a dica é passar debaixo de sete andores enquanto a procissão estiver na ladeira. • Arraial de Belô – Belo Horizonte, Minas Gerais: A festa, que ocorre desde 1979 de junho a agosto, vem ano a ano resgatando a tradição cultural mineira. Nesta edição, não faltará o concurso de quadrilha, que será realizado na Praça da Estação e premiará os grandes vencedores do grupo especial, com o valor de R$12 mil e os campeões do grupo de acesso, com R$10 mil. Os critérios do julgamento são cinco: casal de noivos, conjunto, coreografia, caracterização e marcador. Essa competição é muito esperada e ensaiada pelas equipes durante todo o ano. Entretanto, muito além das danças, a ideia é promover comemorações na cidade toda, para valorizar o que Belo Horizonte oferece de melhor e, assim, atrair turistas de todas as partes do Brasil. Quermesses, circuitos gastronômicos e oficinas fazem parte da festança.
Foto: Carlos Augusto dos Santos
Foto: Mogno Urbano Aliomar Pinheiro: Comunição e Vida Sana
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SOMMELIER — POR DANIEL SENDER —
A ESSÊNCIA DOS VINHOS
uruguaios
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aís de população amigável e receptiva aos brasileiros, o Uruguai dispõe de planícies amplas, com sol constante na maior parte do ano e uma temperatura média que permanece entre os 18ºC. O clima úmido, tipicamente mediterrâneo – com verão quente e chuvoso –, mostra-se ótimo para os vinhedos. E foi justamente por lá que um tipo de uva quase desprezado pelos franceses conquistou seu reinado. Originalmente francesa, a tannat era considerada de qualidade inferior, porém, adaptou-se muito bem às condições nessas terras latino-americanas, que a tem, hoje em dia, como sua principal variedade. Seu cultivo foi beneficiado, pois o país está cercado de água boa para a agricultura, principalmente, pelas extensões do Rio da Prata e do Rio Uruguai e seus afluentes. “A tannat produz um vinho saboroso, volumoso e agradável, de cor vermelho-escuro, com aromas de baunilha, ameixa, geleia de framboesa, morango e coco, por conta dos barris onde é envelhecido”, explica o sommelier Luiz Roberto Corrêa Lima, da equipe Cave Noble by BigLar. Ideal para uma boa conversa entre amigos, em uma noite mais amena que a atual estação do ano proporciona.
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HARMONIZAÇÃO
do vinho O BigLar dispõe de alguns rótulos uruguaios que merecem atenção. Fique atento às dicas do sommelier para degustar com uma receita deliciosa: • Familia Deicas Prelúdio Barrel Select 2007 (Tinto – Garrafa 750ml): um vinho muito especial, que está entre os melhores do Uruguai. Combina com bife ancho na brasa, cordeiro assado com molho de menta, ossobuco, polenta cremosa, massas com ragu de calabresa e queijos duros. • Luz de Luna Tannat 2011 (Tinto – Garrafa 750ml): oferece ótima harmonização com carnes vermelhas, em geral, e queijos de massa dura, como o Calcar Negro. Também harmoniza com carré de cordeiro e mamão uruguaio, acompanhados com risoto de cogumelos. • Stagnari Viejo Tannat (Tinto – Garrafa 750ml): harmoniza muito bem com carnes vermelhas, em especial bife de chorizo acompanhado de arroz biro-biro, farofa de ovo e salada verde, além de massas com molho vermelho. • Atlántico Sur Tannat (Tinto – Garrafa 750ml): – harmoniza com um bom spaghetti grano duro, com um consistente molho de ossobuco. Sobre o prato, deve-se pulverizar queijo tipo parmesão uruguaio Calcar. • Garzon Reserva Tannat 2015 (Tinto – Garrafa 750ml): recomendado com carnes fortes cozidas, como rabada com polenta e agrião.
POST DO CHEF
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CANJICA gourmet — POR DANIEL SENDER —
CH E F E NSI NA R ECE ITA E SP ECIAL R EG I ONAL, COM E STA DE LI CI OS A I G UAR IA P OP U L AR
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“É como se ele ‘despertasse o paladar’ de quem o experimenta.” Cotrim avisa que fazer a receita é muito simples, porém, requer alguns cuidados. “Primeiro, é preciso deixar o milho da canjica de molho por pelo menos duas horas para, em seguida, proceder com o cozimento na panela de pressão, adicionando o açúcar e a água do molho.” O chef alerta também que se deve prestar atenção no
equilíbrio do açúcar. “Nesta receita, utilizamos vários ingredientes ricos nele”, complementa. Depois de pronta, a iguaria pode ser oferecida não apenas nos arraiais, mas também, no encontro entre amigos e em família, durante esta época do ano. “Ela pode ser degustada em temperatura ambiente, quente ou fria, dependendo de como está o tempo ou de como é o gosto das pessoas”, completa.
A CANJICA O termo provém da língua africana quimbundo, trazida ao Brasil pelos escravos, especialmente, de Angola. Por lá, Kanjika designa uma espécie de papa de milho grossa e cozida, segundo o Dicionário Português-Kimbundu-Kikongo, do Padre Antonio da Silva Maia. Muito nutritiva, cada 100 gramas de canjica contém diversas proteínas, fibras, ferro, fósforo, zinco e vitaminas B1, B2, B3, B5 e B6. Mais um ponto positivo para esse prato delicioso.
Fotos: Arthur Passos
rato típico das festas juninas em quase todos os cantos do País, a canjica (ou mungunzá, como é conhecida nas regiões Norte e Nordeste) encontrou seu espaço, adaptando-se às diferentes identidades regionais. Seja feita de forma doce ou salgada, ela conquistou os paladares de diversas gerações. Nesta edição, o chef Marcelo Cotrim ensina uma receita com a típica personalidade do povo mato-grossense. “A ideia de preparar uma canjica gourmet surgiu da vontade de agregar elementos regionais típicos do Mato Grosso a esse prato tão comum no Brasil”, conta. Foi assim que ele introduziu o pixé – um ícone da gastronomia regional –, elaborando uma interessante combinação. O toque gourmet do prato vem da adição de ingredientes locais não tão tradicionais. “Isso traz sabores peculiares e um novo olhar sobre a mesma receita”, explica. O pixé, por exemplo, provoca uma textura mais crocante.
sobre O CHEF
Cuiabano de berço, Marcelo Cotrim tem 33 anos e é formado em gastronomia, pós-graduado em chef de cozinha brasileira e vencedor da 2ª edição do concurso gastronômico Lufada de Peixes. Em 2015, foi indicado ao Prêmio Nacional Dólmã, como um dos três melhores chefs do estado. Estagiou nos restaurantes Epice, do chef Alberto Landgraf, e Dalva e Dito, do chef Alex Atala, ambos em São Paulo. Como profissional, atua desde 2012, sempre valorizando os ingredientes e preparações regionais. Trabalha com eventos gastronômicos personalizados e consultorias. Instagram: marcelo_cotrim — WWW.FACEBOOK.COM/SUPERBIGLAR —
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TURISMO — POR RENATA GIRODO —
enfim,
FÉRIAS! PL ANEJE UM DESTINO DE DESCANSO E L A Z E R PA R A T O D A A FA M Í L I A
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s férias escolares estão chegando. Você já sabe o que fazer com seus filhos? Aqui vão algumas dicas para quem pretende viajar em julho.
Separamos incríveis destinos tanto no Brasil quanto no exterior. Locais em que prevalecem o seu descanso e muito lazer para a garotada. Mas, se não conseguir se ausentar por alguns dias da cidade, recomendamos passeios em Cuiabá, com muita diversão e bastante informação! • Valle Nevado Ski Resort Chile: O resort mostra-se perfeito para quem deseja
fazer um programa diferente de tudo que se encontra nesta época do ano no Brasil. Em meio à paisagem gelada da Cordilheira dos Andes, no Chile, crianças
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Fotos: divulgação
Malai Manso – Mato Grosso
oferece opções de descanso, lazer e aventura para a família, com piscinas que somam mais de três mil metros quadrados de lâmina d´água; spa; atividades hídricas; esportes náuticos, como mergulho com snorkel e stand up paddle (mistura de surfe e remo); pesca esportiva; campos de golfe; trilhas secas e molhadas; tirolesa; arvorismo infantil e adulto; paredão de escalada; arco e flecha; quadras poliesportivas; shows temáticos e salão de jogos. A culinária merece destaque, com o serviço de até oito refeições ao longo do dia, todas em sistema all inclusive, com foco nos pratos típicos do Centro-Oeste. Saiba mais em: www.malaimansoresort.com.br • Crown Paradise Club – Cancún:
Um paraíso de águas claras e mornas. Esse é o cenário onde está localizado o Crown Paradise Club. A cinco minutos do hotel, os clientes desfrutam de uma marina com barcos, veleiros e caiaques. O hotel, um dos mais completos da sua categoria, tem um cuidado especial com as crianças e bebês. Profissionais especializados atendem os pequenos das mais diversas idades, com ações que estimulam a imaginação. Jogos, contação de histórias e exercícios ao ar livre são apenas algumas das atividades corriqueiras de entretenimento. Além
e adultos podem divertir-se nas pistas de esqui. Basta dar alguns passos ao sair do lobby do hotel. O empreendimento é ideal para receber as famílias, pois possui quartos conectados, piscina aquecida, Kids Zone – espaço voltado para crianças, com cinema e videogame –, escolinha infantil – com atividades lúdicas –, salas de leitura e de jogos, além de sauna. Tudo com calefação central. Como serviços adicionais estão babysitter, yoga, aluguel de equipamentos para a prática de esqui e snowboard, roupas e acessórios para a neve.Saiba mais em: www.vallenevado.com • Malai Manso Resort Iate Golf Convention & Spa – MT: Na mística e
intrigante Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, recortada pelos Morros do Chapéu e do Navio, a cerca de uma hora de Cuiabá, está localizado um dos mais belos resorts do Brasil – o Malai Manso. São 262 unidades habitacionais, divididas entre apartamentos, bangalôs e casas boutique, que chegam a medir 320 metros quadrados. O empreendimento
Crown Paradise Club – Cancún
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TURISMO
Um mundo de faz de conta que começa nas suítes, com a opção de acomodar, confortavelmente, uma família de até seis pessoas. Todas decoradas com inspiração nos desenhos, como Pequena Sereia, Procurando Nemo, Carros e Rei Leão. Os dias passam tão depressa nesse mundo lúdico que é quase impossível conseguir sair do hotel com tantas opções internas de lazer. Salão de jogos com fliperama, playground, piscinas e trilhas para caminhada fazem parte desse pacotão tamanho família. O lugar ainda abriga uma loja dentro do Edifício Animation Hall para que os turistas possam levar um mimo da Disney como recordação. Saiba mais em: www.disneyworld.disney.go.com/ resorts/art-of-animation-resort
Disney´s Art of Animation Resort – Flórida
• Rio Quente Resorts - Goiás: Em Rio
disso, o Paradise Park Aquatic Club Kids faz a alegrias das crianças entre 4 e 12 anos de idade, promovendo caça ao tesouro, aventuras no navio pirata e na ponte suspensa, além de um tour pelo castelo da princesa. Os mais crescidinhos podem aproveitar a sala de cinema, os jogos de pebolim, tênis de mesa e bilhar. E os pais desfrutam de todo o conforto de uma estadia perfeita, com suítes voltadas para o mar ou jardim, cinco restaurantes à la carte , teatro, shows ao vivo, boutiques, loja de presentes, campos de tênis e minigolfe. Saiba mais em: www.hotelcrownparadiseclubcancun.com
Quente, do lado de Caldas Novas / GO, encontra-se o Éden das águas termais, com temperaturas que alcançam 37,5°C. São 18 nascentes naturais abastecendo constantemente as 20 piscinas do complexo, que engloba o Rio Quente Resorts, o Hot Park e a Praia do Cerrado. Segundo o estabelecimento, esta é a maior praia artificial de águas quentes do mundo, ocupando um espaço equi-
Rio Quente Resorts - Goiás
adultos se encantam quando chegam ao universo dos principais filmes de animação. O Disney´s Art of Animation Resort mais parece um estúdio de gravação de verdade, com bonecos de personagens em tamanho real e simulação de rascunhos de desenhos espalhados pelos arredores das alas. A imersão na arte do cinema e na estória dos protagonistas mais queridos do mundo mostra-se uma diversão garantida para quem é aficionado pelo mundo da Disney. Para onde quer que se olhe, existe encantamento e magia.
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• Disney´s Art of Animation Resort – Flórida – Estados Unidos: Crianças e
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Grootbos Private Nature Reserve – África
divirta-se NA CIDADE
Se você não for viajar com os filhos, também terá diversão garantida em Cuiabá, com opções de lazer para todos os gostos e idades. Confira: • Sesc Arsenal: além das piscinas, playground para as crianças, quadras poliespotivas e eventos recreativos, o Sesc é um dos espaços culturais mais ricos do Mato Grosso. Palco para oficinas variadas, shows, apresentações de teatro e dança, sempre oferece programação exclusiva para os pequenos nas férias. End.: Avenida Filinto Müller, 218 - Jardim Aeroporto. Tel.: (65) 3688-2000. Aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h; aos sábados, das 8h às 12h. • Zoológico da UFMT: localizado dentro da Universidade Federal da cidade, o local é berço de cerca de 500 tipos de animais. Um passeio desse tipo é a oportunidade ideal de aproximar os pequenos da natureza e despertar a curiosidade sobre a vida animal e o senso de preservação. End.: Avenida Fernando Corrêa da Costa s/nº, UFMT. Tel.: (65) 3628-1219 / 3615-8000. Aberto de terça a domingo, das 7h30 às 18h.
valente a quatro campos de futebol, com ondas que chegam a alcançar 1,20 metro. E haja fôlego para explorar todo o complexo. O Eko Aventura Park também integra o grupo, agradando os amantes dos esportes radicais, que desejam adrenalina. Há inclinadas descidas de rafting nas corredeiras, tirolesa, arvorismo e passeios de quadriciclo. Quem é bom de pontaria pode arriscar-se ainda no arco e flecha e no tiro ao alvo. Saiba mais em: www.rioquenteresorts.com.br/rio-quente-resorts
• Parque Estadual Mãe Bonifácia: essa é uma das áreas verdes mais bonitas da cidade, com 77,16 hectares do bioma cerrado e 80 espécies de plantas catalogadas. O espaço que, de acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, recebe mais de 30 mil visitantes ao mês, abriga trilhas, aparelhos para exercícios físicos e parque infantil adaptado para crianças cadeirantes. É também um convite para um delicioso piquenique ao ar livre e muita descontração. End.: Avenida Miguel Sutil s/nº, bairro Duque de Caxias. Tel.: (65) 3623-4965. Aberto diariamente, das 6h às 18h
• Grootbos Private Nature Reserve – África: Um tour
inesquecível na selva. Essa é a lembrança que seus filhos guardarão para sempre. Uma experiência única em plena África do Sul. Guias autorizados do empreendimento propiciam o encontro com espécies nunca antes vistas em outra parte do mundo. Os passeios promovidos por eles despertam os sentidos, a preservação, a sustentabilidade e a busca pelo novo, sempre com algo a mais. Caminhadas por cavernas; observação de baleias, golfinhos e focas; mergulho com tubarões e cavalgadas, até mesmo para iniciantes e crianças, são apenas algumas de muitas facetas que a região oferece. Todos os quartos do hotel dispõem de acomodação familiar, sem comprometer o requinte dos detalhes. O local ainda apresenta jardins exuberantes, vegetação nativa e muito ar puro. E uma curiosidade interessante para quem busca férias inesquecíveis: o Grootbos Private Nature Reserve já ganhou o prêmio da respeitosa revista Tatler Travel Guide, de melhor hotel familiar do mundo. Saiba mais em: www.grootbos.com/en
• Morro da Caixa D´Água Velha: nos primórdios, o prédio foi construído para abastecimento de água. Agora, tornou-se fonte viva de informação e cultura. Transformado em museu, promove mostras rotativas e mantém um acervo conservado e original. Tubos de ferro e vários registros contam, por meio desses objetos, histórias que não se perderam com o tempo.End: Rua Nossa Sra. de Santana, 1-105 - Centro Sul. Aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. *Shoppings, colônias de férias, parques e praças também oferecem oficinas e atividades gratuitas nas férias. Fique de olho na programação.
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SAÚDE À MESA — POR DANIEL SENDER —
PIPOCA vilã ou mocinha? SAIBA O QUE RECENT ES PESQUISAS REVEL AM SOBRE OS BENEF ÍCIOS DEST E SABOROSO ALIMENTO uem nunca esteve em uma fila de cinema, ou simplesmente em casa assistindo a um filme e, com o apagar das luzes quase sentiu no ar o aroma da pipoca sendo estourada? Durante muito tempo, acreditava-se que este delicioso alimento – que combina muito bem com uma sessão de filmes –apresentava-se como um tremendo inimigo das dietas, repleto de óleos e calorias vazias. Ainda por cima, muitos gostam de cobri-la com açúcar, manteiga ou ainda adicionar outros condimentos. Mas hoje em dia, tudo mudou e a vilã finalmente transformou-se em mocinha de histórias açucaradas. O milho é tradicionalmente conhecido como “o mais completo dos alimentos” por ter quase todos os aminoácidos conhecidos, além de outros nutrientes necessários para uma dieta balanceada. Não é à toa que se transformou na base alimentar de muitas tribos indígenas antes da chegada dos europeus. Além de rica fonte de fibras e carboidratos, que fornece
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energia, recente pesquisa divulgada pela Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, divulgou outros benefícios. Desta vez, sobre o milho da pipoca: sua casca contém substâncias conhecidas como polifenóis, que diminuem o envelhecimento precoce, reduzem os riscos de doenças cardíacas, controlam o colesterol negativo e auxiliam na prevenção do câncer. As vantagens não param por aí. Por ser rico em fibras, sais minerais e vitaminas, o consumo do milho da pipoca ajuda a manter o sistema digestivo saudável, auxilia no controle do diabetes e, de quebra, ainda ajuda na perda de peso, pois o tipo e quantidade de fibras presentes na pipoca inibe a liberação do hormônio responsável pela fome: a grelina. Mas para obter esse combo de benefícios, é necessário que o milho seja consumido integralmente. O químico responsável pela pesquisa, Joe Vinson, ironiza: “Se você quer o máximo que a pipoca pode trazer à sua saúde, então precisa comer um pouco das cascas, embora elas sempre insistam em grudar entre os dentes”.
AUXÍLIO NAS DIETAS
Rico
Para a nutricionista Rafaella Scheid, o alimento é uma ótima opção de lanche para quem deseja emagrecer. Porém, ela ressalta que a adição de condimentos – como sal, açúcar e temperos artificiais – deve ser feita com moderação. Segundo ela, a melhor forma de se consumir pipoca é in natura, ou seja, quando é estourada somente com o calor, sem o auxílio de óleos. Para isso, dá a dica de que os grãos podem ser colocados com o tempero dentro de um saquinho semiaberto, no micro-ondas, por cerca de 2 minutos a 2min30s, dependendo da potência do forno. Para aqueles que gostam do alimento com um pouco de óleo, a nutricionista aponta que o mais indicado é o óleo de coco e também sua gordura, pois, além de conter muitas vitaminas e sais minerais, são menos industrializados que os óleos comuns, como o de soja, canola e girassol, que passam por vários processos de refinamento, tornando-os muito artificiais. “O óleo de coco acrescenta outro benefíj cio à pipoca, pois tem um alto valorr nutritivo, o que ajuda ”, a aumentar a imunidade do corpo”, esclarece. A nutricionista alerta que manteiga e azeite de oliva, apesar de darem um ótimo sabor aà comida, perdem suas propriedades positivas quando aquecidos.
COMO O OURO A palavra “pipoca” vem do idioma tupi e significa “pele que estoura”. O milho é assim como a batata, o tomate e a mandioca – um dos alimentos que não existiam no Velho Mundo. Foram descobertos com os povos indígenas na América, para os quais era considerado um presente dos deuses. Os primeiros sinais de seu cultivo vêm do México e datam de quase 12 mil anos. Conta-se que os europeus, quando o experimentaram pela primeira vez, tiveram uma agradável surpresa e passaram a considerar o milho como o ouro dos alimentos. Assim, rapidamente, ele conquistou o paladar europeu, tornando-se indispensável nas refeições do povo e da nobreza.
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GASTRO TOUR — POR DANIEL SENDER —
Moqueca
FA Ç A U M A V I A G E M P E L A P E C U L I A R I D A D E DE S AB OR E S DE STA COZ I N HA R EG I ONAL
AS DELÍCIAS
do Nordeste
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emperos fortes, muita pimenta e criatividade para realçar os ingredientes da terra. Junte tudo isso e você
terá uma receita bem aromática, típica da culinária nordestina. Essas são apenas algumas das características mais marcantes desta gastronomia, que conseguiu reunir em si toques de todos os povos que formaram a identidade da região. O mix da colonização revela-se nos sabores. Passaram por lá holandeses, franceses e ingleses. Mas foram os portugueses, negros e índios quem mais contribuíram na criação deste paladar único. O Nordeste é vasto. Abrange nove esta-
Acarajé
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tre os pratos mais famosos da região estão a Peixada com Pirão, Fritada de Siri e o Maçunim (um tipo de marisco). Tudo isso complementado por um molho especial de pimenta e leite de coco. Geralmente, as refeições são acompanhadas de sucos naturais de banana, pitanga, sapoti, pinha, abacaxi, manga, graviola, acerola e caju.
BAHIA
Caranguejo
dos, desde a Bahia até o distante Maranhão. E, apesar de muitas peculiaridades regionais, há similaridades entre eles. Por exemplo, os pratos são geralmente muito ricos em carnes bovina, caprina, peixes e frutos do mar, além de vegetais e tubérculos. O clima típico da caatinga influenciou o sabor forte, apimentado e com alto teor calórico, para fornecer mais energia ao sertanejo. No litoral, os frutos do mar transformaram-se no grande destaque. Uma variedade de ingredientes e cores fez surgir iguarias como bobó de camarão, moquecas de peixe ou moluscos e crustáceos. Para o jornalista, apresentador e músico de Cuiabá Benedito Donizete de Morais – conhecido como Pescuma –, poucas receitas são tão saborosas quanto a nordestina. “Para mim, não há comida mais deliciosa e rica como a nordestina, com pratos como buchada, sarapatel, mocotó, cabrito assado e uma farinha de mandioca de primeira. Uma maravilha!”, comenta, empolgado. Que tal fazer um tour por cada estado e conhecer as peculiaridades gastronômicas de cada canto desta região?
ALAGOAS O estado sofreu grande influência dos povos indígenas e africanos. Iguarias como batata-doce, tapioca, carne de sol, inhame, massa puba, arroz doce, mandioca com carne de sol, mungunzá, pamonha, canjica, além de frutos do mar, são os grandes destaques. En-
infotur SAIBA MAIS
Conheça mais sobre cada região do Nordeste nestes sites: turismoalagoas.com bahia.com.br descubraceara.com.br turismo-ma.com.br destinoparaiba.pb.gov.br pernambuco.com nopiauieassim.com.br turismo.natal.rn.gov.br sergipeturismo.com
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Talvez esta seja a culinária nordestina mais conhecida e apreciada no Brasil. A cozinha baiana herdou fortes influências africanas em seus ingredientes. Seu sabor apresenta-se de forma intensa pela diversidade de temperos, dentre eles, a pimenta malagueta. O estado oferece delícias como o caruru (cozido de quiabo), o bobó e o mungunzá (que, em outras regiões, é conhecida como canjica). O acarajé, um bolinho salgado feito com feijão pradinho e frito em óleo de dendê, é vendido pelas famosas baianas em quiosques nas ruas de todas as cidades do estado. Desde 2004, a iguaria tornou-se patrimônio nacional pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
CEARÁ Os pratos com frutos do mar e peixe destacam-se como as principais “estrelas” desta gastronomia regional, principalmente para os turistas. Por lá, é possível comer muito bem, a um preço bem modesto para os padrões nacionais. Pratos feitos à base de siri, camarão, caranguejo e ostra estão entre os mais pedidos. Também merecem atenção a paçoca (salgada), carne de sol, mandioca, baião de dois, feijão verde e a panelada (feita à base de miúdos de boi). Para o colunista social Valdomiro Arruda, o baião de dois é uma iguaria inesquecível. “Comi o baião de dois no Restaurante Maria Bonita, em Fortaleza. Desde aquela época, sempre que passo na frente de um restaurante nordestino,
GASTRO TOUR
Pamonha
busco apreciar esse prato”, admite. Restaurante Maria Bonita - (85) 32247290 – facebook.com/mariabonita
bebida com gosto levemente ácido, que pode ser acompanhada de sal, pimenta ou outros temperos salgados a gosto.
PARAÍBA MARANHÃO O estado apresenta uma grande particularidade: foi o primeiro no Brasil a cultivar o arroz, em 1745 e, por isso, teve toda sua culinária elaborada a partir dele. Alguns exemplos de pratos tradicionais: arroz de toucinho, arroz de jaçanã (feito com marreco selvagem), arroz de camarão e vinagreira (erva que dá origem à receita mais típica da região, o arroz-de-cuxá). Além disso, o Maranhão é também um grande produtor de mandioca, base para farofas, paçocas, pirões, mingaus, tiquaras ou chibés – uma
No litoral, os pratos têm por base os frutos do mar. No interior, a carne de sol e a galinha cabidela ganham destaque acompanhadas pelo baião de dois. O estado também é bem conhecido por suas frutas, como a seriguela, sapoti, manga, imbu, cajarana e, a mais famosa, o caju. Todas essas delícias podem ser aproveitadas na cidade de Campina Grande que, como tradição, promove, no Dia de Santo Antônio, um grande arraial, com diversos pratos típicos e casamento coletivo, no Parque do Povo (saiba mais sobre esta festa na Matéria de Capa, págs 28 a 32).
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Caruru
Tapioca
PERNAMBUCO Chambaril (pata de bovino), sarapatel, buchada, mão-de-vaca, peixada pernambucana, macaxeira com charque. Esses são apenas alguns exemplos dos deliciosos pratos deste estado rico em folclore, danças típicas e ritmos diferenciados. Assim como a cozinha, a confeitaria não poderia ser diferente. Delícias como cartola (à base de banana frita), bolo de rolo e bolo leão (à base de massa de mandioca) não podem passar despercebidas para quem faz um tour por lá.
PIAUÍ Os piauienses adoram cheiro-verde em seus pratos. Coentro e cebolinha estão em quase todas as receitas. Algumas comidas típicas têm nomes diferentes de-
Nordeste
pendendo da região. É o caso do prato feito à base de carne seca picadinha, chamado de quibebe, capiau, picadinho ou, simplesmente, caldo de carne. Não deixe de provar também o arroz de forno com galinha da angola.
A atriz Lorena Comparato da novela “Rocky Story” é apaixonada pela gastronomia da região.
• O que você acha da culinária nordestina? Eu adoro a culinária nordestina! Acho os alimentos, as receitas muito saborosas e bem diferentes do que eu estou acostumada a comer diariamente. Sempre que lembro desta parte gastronômica da nossa cultura, penso em comidas coloridas, servidas lindamente e muito cheirosas. Para mim, existem várias influências da culinária nordestina nos pratos do Brasil todo, mas muitas pessoas infelizmente não sabem.
Foto: Kyra Mirsky
B Y L O R E N A C O M PA R ATO
Na culinária potiguar, predominam as influências indígenas, que se alimentavam basicamente de frutos do mar. Por isso, é constante a presença de pratos como caranguejadas, peixe frito, ensopado de ostras, além de camarão ao coco, nos restaurantes litorâneos. Para o maestro Fabrício Carvalho, o restaurante Camarões, em Natal, foi uma experiência única. “Um ambiente muito bonito e agradável, além de uma variedade de possibilidades e inovações.” Restaurante Camarões - (84) 3235-8280 www.camaroes.com.br
• O que mais gosta de apreciar nesta culinária? Gosto muito das receitas saborosíssimas como moqueca, bobó e acarajé. Mas preciso tomar cuidado com alimentos apimentados demais. Porém, certos ingredientes da culinária do Nordeste estão no meu dia a dia sempre, como frutos do mar, farofa e tapioca. E os doces? Gosto muito de pudim e sorvete de tapioca!
SERGIPE Dos índios, os sergipanos herdaram o gosto pelas raízes; dos portugueses, doces e guloseimas; e dos negros, o preparo de diversos tipos de carne. Dentre suas atrações culinárias estão o sarapatel, a rabada e a feijoada recheada de verduras. Entre as delícias mais típicas do Sergipe configuram a deliciosa torta de macaxeira com charque, o cuscuz, o beiju de tapioca, batata-doce e o arroz-doce.
• Na sua opinião, onde seria maravilhoso apreciar algum prato típico da região? Para mim, os locais mais maravilhosos de apreciar essa culinária tão apetitosa é olhando para o mar. Lembro de ir em um restaurante no Mercado Modelo, em Salvador, perto do Elevador Lacerda, com vista para o oceano. Adorei! Pelo Brasil, muitos nordestinos vendem seus quitutes, mas não há nada como comer comida nordestina em qualquer uma das lindas cidades do Nordeste.
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RIO GRANDE DO NORTE
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NA BRASA — POR RENATA GIRODO —
U M D O S S I Ê S O B R E O S P R I N C I PA I S C O R T E S D E C A R N E S PA R A M E L H O R A P R O V E I T Á - LO S À M E S A
SABOR no detalhe 3
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resença comum na mesa dos brasileiros, a carne vermelha, há muito tempo, tem sido considerada a “queridinha” das refeições.
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Mas, para o sucesso de uma receita, não basta apenas apreciar a iguaria, é importante saber o corte correto. “Todas as partes do animal são nobres quando bem trabalhadas”, explica Paula Labaki, chef de cozinha, e integrante do Grupo ‘As Braseiras’, formado por mulheres que entendem da arte de manusear carnes. Para ela, o cuidado e o respeito vêm desde o abate até a mesa. “O brasileiro não tinha o hábito de usar algumas partes, o que mudou ao longo dos anos.” Confira os principais tipos de cortes e como eles podem ser empregados nos pratos para um resultado de dar água na boca. • Picanha: parte da alcatra ideal para churrasco e bifes. Pode ser assada inteira no espeto ou na grelha.
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• Alcatra: localizada
na parte interna da coxa, apresenta-se como uma carne macia, boa para assar e grelhar. Porém, os especialistas recomendam que sejam evitados os cortes muito finos, para não ressecar a iguaria. • Contrafilé: retirado do lombo do boi, a carne tem fibras curtas e mostra-se macia. A camada de gordura depositada na lateral deixa o corte mais úmido. Ela é uma boa pedida para pratos fritos, grelhados, medalhões, estrogonofe e assados. • Costela: apesar de precisar de mais tempo para cozimento, a carne propõe um número maior de experiências gastronômicas. Preferencialmente, ela deve ser escolhida para o preparo de pratos cozidos.
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• Filé mignon: é o corte mais nobre,
tenro e macio do boi. A carne não contém nervos, ossos ou gordura. É específico para bifes, medalhões, assados, refogados e picadinhos. • Maminha: de sabor suave, situa-se na parte mais macia da alcatra. Deve ser utilizada em pratos assados, como carne de panela ou bife e também é indicada para churrasco. • Patinho: extraída da traseira do boi, consiste na parte menos macia da alcatra. A recomendação de preparo é moída, para ensopados, receitas de escondidinhos e almôndegas.
Foto: Denise Andrade
Carolina Barretto
elas
NO COMANDO
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• Fraldinha: o corte pequeno possui
fibras longas, nervos e gordura e fica excelente se preparada em receitas com carne moída, carne recheada, desfiada, cozida, ensopada e, ainda, como um dos ingredientes principais do churrasco.
HARMONIA PERFEITA Escolher a bebida certa para acompanhar o prato faz toda a diferença ao paladar. Carnes grelhadas combinam muito bem com vinhos amadeirados tipo Malbecs argentinos e Tannats uruguaios. A indicação só não deve ser utilizada no caso de carnes bem passadas, pois, neste caso, a bebida tende a mostrar-se amarga. Vinhos mais intensos são perfeitos
para carnes ao molho, com sabor acentuado. A bebida extraída da uva Shiraz é um exemplo de par perfeito. Pratos à base de vinho tinto devem seguir com a mesma bebida como acompanhamento. Por sua vez, os assados harmonizam com tintos que apresentam passagens por carvalho. E, para quem não abre mão de uma cerveja, a dica é que a bebida acompanhe o churrasco. Cervejas encorpadas caem muito bem se associadas a carnes mais gordurosas para equilibrar o sabor e limpar o paladar. Alguns bons exemplos: a Strong Pale Lager; India Pale Ales e seus subtipos; Bock e as marrons ou avermelhadas. Foto: Denise Andrade
Conheça estas mulheres que conhecem muito sobre um churrasco de qualidade Quem disse que lugar de mulher não é na frente de uma churrasqueira, preparando cortes especiais? As Braseiras desmentem muito bem esta antiga crença. O movimento Mulheres da Brasa Brasileiras (Braseiras), formado por 10 mulheres do ramo gastronômico de diversas partes do Brasil, prova que elas entendem e muito da arte de manipular carnes. E, aos poucos, vêm conquistando um espaço que antes era exclusivamente masculino. O grupo prepara as carnes, com cuidado e almeja sempre descobrir novos sabores, seja nos cortes do dianteiro – como o miolo do acém; ou em uma costela regada à água de rosas, por exemplo. “Essas são algumas aplicações de receitas que variam de acordo com o tipo de evento”, diz Carolina Barretto, do Templo da Carne, em São Paulo, e idealizadora do projeto. O objetivo do time de especialistas é levar a cultura da carne e do fogo para todo o Brasil, com foco nas técnicas das profissionais que vivem essa realidade. E, é claro que, além de uma boa degustação, promover um descontraído bate-papo. Com tanto empenho das Braseiras, quem sabe daqui a pouco as mulheres não vão dominar também o manejo das carnes na churrasqueira?
As Braseiras
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NOSSA TERRA
FESTAS
dos santos — POR DANIELE DANCHURA —
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iva São João, viva Santo Antônio, viva São Pedro e São Benedito! Chegou o mês de junho e, com ele, também as festas mais tradicionais
da nossa cidade e região! Essas festas detêm as memórias das tradições de um povo devoto, demonstrando como o imaginário religioso transpassa o dia a dia da população, representada pelos festeiros e fiéis, e que acabam por transbordar a fé da comunidade. A animação fica por conta das apresentações dos grupos de siriri e cururu, do rasqueado, das duplas sertanejas e das inúmeras bandas de lambadão que embalam as noites das quermesses na baixada cuiabana. São diversas as festas realizadas na baixada, de uma diversidade ímpar tanto na gastronomia quanto no público, nos locais e no som que ambientam as festividades. Há, no entanto, algumas que acabaram tornando-se parte da cena cultural dos cuiabanos e, porque não dizer, dos mato-grossenses. E, por isso mesmo, merecem destaque nestas páginas.
Festa de São Benedito
Foto: GCom/MT
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População participa da Festa de São Benedito
• Festa de São Benedito: A festa mais
Fotos: GCom/MT
tradicional e simbólica para os cuiabanos e devotos fiéis é a de São Benedito, que é realizada entre os dias 28 de junho e 2 julho na Igreja do Rosário e São Benedito, e que reúne cerca de 100 mil fiéis anualmente. Este ano, a organização dos festejos foi idealizada a partir da inserção do evento no Calendário Oficial da Cidade. Há 10 anos, a programação tem parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e, em 2017, conta em sua programação, com: a Lavagem da Cozinha – da Ladeira – da Escadaria; shows de música; festival gastronômico; exposição de fotografias com concurso em que a foto ganhadora será consagrada como cartão-postal da cidade. Além disso, revela a exposição de artistas plásticos mato-grossenses, com a temática de São Benedito. Outra novidade é a “Noite Afrodescendente”, que homenageia o santo
ser tanto que ficaria impossível não realizar mais edições. A missa acontece pela manhã e, no fim do dia, há o levantamento do mastro, acendimento da fogueira, apresentação dos festeiros, a reza e a lavagem do santo. Por fim, a bela noite encerra-se com um grande baile. Estância Ronco D’Água – End.: Rua Euclides da Cunha, 105, Gonzaga – Chapada dos Guimarães
Foto: Prefeitura de Várzea Grande
• Festa de São Pedro em Bonsucesso:
Festa de São Pedro, em Bonsucesso
negro. A tradicional missa das 5 da manhã, seguida do “Tchá co bolo” também está na programação. O Rei da Festa é o analista de marketing Gabriel Guedes. Igreja do Rosário e São Benedito – End.: Praça do Rosário, 1. Tel.: (65) 3322-5473 • Festa de São João do Arraiá do Nhô Dito: O “Arraial do Nhô Dito”, que também
é uma das festas mais esperadas na cidade, está em contagem regressiva. Este ano, a festa de “São João” ocorre dia 24 de junho, sábado, na Estância Ronco D’Água, localizada no km 29, da rodovia de acesso à Chapada dos Guimarães. O bailão será animado por Henrique e Claudinho, Pescuma e pela
banda Megaron. Os festejos fazem parte de uma tradição da família do professor aposentado de Medicina Veterinária da UFMT-Benedito Figueiredo. A história da comemoração do dia de São João, no “Arraiá do Nhô Dito,” começou com o avô, Francisco da Costa Ribeiro, e, mais tarde, com Ênio de Figueiredo. Seguindo o exemplo do avô e do pai, o professor Benedito (Nhô Dito) retomou, em 1982, a tradicional festa de São João. Ele conta que a ideia surgiu de uma promessa de realizar a festa durante quatro anos consecutivos depois de receber uma graça. Mas ninguém contava que o sucesso iria
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A devoção a São Pedro, na Comunidade de Bonsucesso, teve início na década de 1960, com a família Pinheiro. Todo ano, no dia 29 de junho, eles rezavam o terço em gratidão a São Pedro, em sua casa. Mas foi em 1979 que a Festa de São Pedro começou como existe hoje em dia. Foi quando Dona Guti e Dona Lenir foram até as margens do Rio Cuiabá comprar o peixe que seria usado no almoço em homenagem a São Pedro. Os pescadores, então, doaram o pescado e, com isso, as cozinheiras convidaram a comunidade para o almoço. Surgiu, assim, a primeira peixada comunitária em homenagem ao santo padroeiro dos pescadores. No ano seguinte, os pescadores da comunidade organizaram-se para continuar com as festividades. Os festejos têm início com a procissão terrestre e em canoas, quando os festeiros carregam as imagens do santo por um trecho do rio. Então, o mastro é erguido e realiza-se a missa em homenagem a São Pedro e aos pescadores, terminando com a famosa peixada, que atrai anualmente mais de três mil pessoas. Este ano, será realizada a 37ª Festa de São Pedro em Bonsucesso, no dia 29 de junho.
Foto: divulgação / Flor Ribeirinha
NOSSA GENTE
A FLOR DOS
ribeirinhas — POR DANIELE DANCHURA —
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CONHEÇ A D ONA D OMINGA S A CRIAD ORA DA A S S O C I A Ç Ã O C U LT U R A L D E S Ã O G O N Ç A LO B E I R A R I O
“Sou neta de índia coxiponés e tenho muito orgulho da minha origem cuiabana”, afirma Domingas Leonor da Silva. Presidente fundadora da Associação Cultural Flor Ribeirinha, da comunidade São Gonçalo Beira Rio, ela lembra que nasceu e se criou morando em maloca de índio. “E, aos 63 anos, agradeço a Deus todos os dias por ter me dado esse tempo de vida”, comenta, emocionada, Dona Domingas – como é carinhosamente conhecida a cantora do grupo Flor Ribeirinha. Quem a vê cantando e dançando
sorridente nas apresentações pelo Brasil e mundo afora não imagina quantas batalhas ela precisou vencer e quantos obstáculos superou para chegar até aqui, transformando sua comunidade no que ela é hoje em dia. Desde os 7 anos, Domingas descobriu na dança do siriri uma das grandes paixões. Aos 16, criou seu primeiro grupo de dança, o Chapéu de Palha. Alguns anos depois, montou um novo grupo, o Nova Esperança, composto por senhoras, sendo ela a mais nova.
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“Fizemos apresentações em vários lugares, mas como eles tinham idade avançada, o grupo se esvaiu, principalmente, os meus tocadores de viola”, lembra. Quando Dona Domingas se deu conta, havia apenas meia dúzia de pessoas. “Aquilo foi muito triste, porque vi que a nossa cultura estava morrendo também.” Foi então que, de uma brincadeira no quintal de sua casa, surgiu o Flor Ribeirinha, 25 anos atrás. “Um belo dia, chamei meu tio Candi e os meus dois guris e fomos tocar.” Ela conta que o tio
pegou a viola de cocho, Domingas escolheu o mocho e seus dois meninos pegaram o ganzá. “Começamos tocando pela Nandaia, uma música mais conhecida, fazendo uma rodada com as crianças que estavam ali.” No outro dia, a criançada chegou mais cedo para ensaiar e, aos poucos, foram pegando o gosto. “O negócio embalou e tudo começou.”
Para burlar os obstáculos, o Flor Ribeirinha faz espetáculos e vai juntando o dinheiro aos poucos, tanto para as viagens como para a manufatura das vestes.
A COMUNIDADE DO CORAÇÃO
Dona de uma simplicidade ímpar, Domingas lembra de tudo o que vivenciou durante todos esses anos, dos “chás de banco” que tomou e dos vários “nãos” que recebeu pela falta de apoio. As primeiras roupas surgiram com o salário que ela recebia por trabalhar no Hospital Adauto Botelho e com o qual pôde fazer um crediário para comprar os tecidos. “Vinha do Coxipó para cá com a mala na cabeça, andando a pé até chegar em casa”, relembra. O dinheiro
O Flor Ribeirinha é apenas uma das lutas na vida de Dona Domingas, que sempre esteve voltada para o social e para a cultura, por meio da dança e da cerâmica. Ela emociona-se ao contar como levantou a comunidade onde mora e a transformou em um dos pontos turísticos mais populares de Cuiabá. Ainda no início da década de 1980, fundou o clube de mães, época em que tirava as coisas de dentro de casa para repartir com as famílias carentes. Pouco depois, a comunidade a indicou para tornar-se a presidente e também fundadora da associação de moradores do bairro, da qual ficou à frente durante 30 anos. “Eu lutei
também ajudava a pagar a costureira que fazia as roupas. “Foi uma luta muito grande. Se eu não tivesse fé em Deus, e não acreditasse nas coisas, não haveria mais o grupo.” No início, o Flor Ribeirinha fazia apresentações culturais sem receber cachê. Dona Domingas conta que o importante era divulgar o trabalho e mostrar o grupo para ter reconhecimento. “Sempre íamos felizes!” Aos poucos, os primeiros shows com cachê começaram a aparecer, o que ajudou na confecção das roupas cada vez mais elaboradas. O Flor cresceu e, atualmente, representa o Brasil em festivais culturais em outros países. Já estiveram em cinco até agora. “Até hoje em dia, temos dificuldades para comprar as passagens e tudo aquilo que a gente realmente necessita.”
muito, levei muita bordoada, mas aguentei. Deixei tudo pronto, desde água tratada até asfalto, luz elétrica, escola e postinho de saúde também”, orgulha-se. Dona Domingas, que também se transformou na fundadora e presidente da Federação Mato-Grossense do Siriri e Cururu, ainda trabalha na cozinha da peixaria que fica na frente do quintal onde o grupo ensaia, além de fazer peças de cerâmica para vender. “Como mãe e avó que sou, além de pai da minha casa, preciso me virar para pagar os compromissos.” Com muita fé, Dona Domingas admite que sempre pede uma ajudinha ao plano espiritual: “Deus, enquanto tiver força nos braços e nas pernas para trabalhar, quero que o Senhor me deixe bem viva”.
Foto: divulgação / Flor Ribeirinha
O INÍCIO DA FLOR
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DÉCOR — POR RENATA GIRODO —
O CRIATIVO universo dos móveis E M A B R I L , O C O R R E U O S A LO N E D E L M O B I L E M I L A N O , N A I TÁ L I A , R E U N I N D O O S M E L H O R E S D E S I G N E R S D O P L A N E TA
os 340 mil visitantes, provenientes de 165 países, que passaram pela 56ª edição. Outras cuiabanas, como Erika Queiroz e Karla Di Grecco, também marcaram presença nesta iniciativa, que ocorreu entre os dias 4 e 9 de abril.
O SALONE
Fotos: Diego Ravier
Durante esse período, o evento anual transforma Milão na capital internacional do design. Em 2017, o Salone dividiu espaço com mostras paralelas e da mesma categoria, como a Euroluce, que exibiu peças referentes a projetos luminotécnicos; a Workplace3.0, que reuniu propostas corporativas para ilhas de trabalho; e SaloneSatellite, voltada para
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ossuir uma casa dos sonhos não se mostra tarefa fácil nem para os proprietários com requinte apurado. Para obter sucesso
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Foto: Alessandro Russotti
no resultado, é importante contratar especialistas, como arquitetos, decoradores, designers de ambientes, que mesclam tendências e apuram o bom gosto. E eles mesmos buscam suas próprias inspirações, fazendo pesquisas e frequentando eventos. Um deles, o Salone Del Mobile Milano, é considerado atualmente o mais relevante em design de móveis do mundo. Sempre que vai ao Salone, a arquiteta Caroline Fagundes fica extasiada com tanta criatividade. “Poder absorver todo este conteúdo e abranger as principais novidades para meus clientes é fantástico.” Moradora de Cuiabá, ela esteve entre
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Fotos: Diego Ravier
os jovens talentos, com menos de 35 anos. Entusiastas do universo do design puderam conhecer o frescor dos lançamentos de mais de dois mil expositores, com trabalhos advindos do mundo todo, separados por pavilhões. Desenhos, móveis, objetos de decoração e iluminação, que passeiam do clássico ao que há de mais tecnológico mostraram-se o foco central desse encontro produtivo. “A cada ano, há novidades, por isso, precisamos participar dessas iniciativas, para criarmos um networking com profissionais de outros países e reciclarmos nossas ideias”, ressalta Carolina. A profissional confirma que os brasileiros têm percebido o Salone del Mobile Milano como uma forte vitrine e um importante canal de negócios. Designers ilustres, como os Irmãos Campana e Jader Almeida, abriram espaço para outros conterrâneos adentrarem o cosmo internacional dos mais renomados do planeta. “O nosso País se evidencia pela riqueza natural, fonte inspiradora para a criação de peças de alto padrão, que não perdem a essência do frescor tropical e exclusivo”, completa.
Entusiastas do universo do design puderam conhecer o frescor dos lançamentos de mais de dois mil expositores, com trabalhos advindos do mundo todo, separados por pavilhões
Euroluce SALONE DEL MOBILE MILANO
Euroluce, um evento que acontece a cada dois anos durante o Salone Del Mobile Milano, sugeriu as tendências de iluminação que criam um contraponto entre a tradicional cultura nipônica, o estilo urbano e industrial. Vidros, neon, bambu, metais e uma miscelânea de tecnologias povoam o universo da luz e sombra, fundamentais nessas composições inusitadas.
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PASSEIO PELO SALÃO Este ano, não apenas os brasileiros, mas também especialistas de outros cantos do mundo evidenciaram a natureza em várias peças, com destaque para os florais em tapetes e nas superfícies. Animais surgiram em luminárias e objetos de decoração. “Em termos de tendência, o que mais me chamou a atenção foi o uso do verde na decoração, com a ideia de trazer a calmaria para dentro de casa, além de um mobiliário com tons quentes e terrosos, que se transformou em uma grande aposta para este ano”, comenta a arquiteta Carolina. Quem visita o Salone, geralmente, traz a diversidade dos estilos exibidos por lá como referência para aplicar na decoração de imóveis residenciais e comerciais. Para Carolina, o apelo de um ambiente apropriado e personalizado se entrelaça em muitos aspectos com a vida moderna. “Além de imprimir um estilo de um determinado tempo, os cômodos podem tornar-se muito mais agradáveis, convidativos e facilitadores, para deixar os dias mais leves e dinâmicos.” A profissional explica ainda que duas
Fotos: Diego Ravier
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da personalização, muitas empresas apresentaram móveis com estruturas modulares e multifuncionais a fim de ambientar espaços versáteis. Coleções feitas à mão desfilaram no salão principal em diversas construções. Esse é o caso das luminárias Kabuki, de Ferruccio Laviani para a Kartell; e a coletânea Loewe:This is Home, criada por Jonathan Anderson: uma união de móveis, luminárias, cerâmicas e almofadas que trazem todo o vigor e detalhamento de materiais esculpidos artesanalmente. Peças provenientes
Foto: Saverio Lombardi Vallauri
exposições roubaram a cena e as atenções tanto para ela como para a maioria dos presentes: a ‘’Objets Nomades’’, da Louis Vuitton, que contava com um ambiente super cool e tropical; e a exposição de móveis de área externa da artista Paola Lenti. Segundo Carolina, Paola está sempre entre as 10 melhores designers de Milão. A mistura de matérias-primas configurou-se como outra marca registrada do evento. Elementos metálicos, madeira, mármore, diversos tipos de pedras e vidros; todos em perfeita sintonia em acabamentos bem criativos. Em plena era
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da Colômbia e da África mantiveram a mesma ideia de personalização. Os reciclados e sustentáveis – presentes de forma marcante em cada edição – foram representados por cadeiras produzidas em tricô digital e com a junção de jornal e cola de madeira, como base dos ‘PaperBricks’ (em português, tijolos de papel), de WooJai Lee. Os tapetes deixam de habitar com exclusividade o chão, apresentando-se como destaque também nas paredes. “O veludo dos detalhes traz uma lembrança afetiva da época da casa das avós e torna-se um ponto extra de conforto”, observa a arquiteta de Cuiabá. Os sofás participam desse grupo de descanso merecido. Nessa edição, com linhas mais retas e almofadas informais, reveladas de forma nada convencionais.
OS BRASILEIROS Móveis inspirados na região do Cariri, no Ceará, resgataram a cultura sertanista do Brasil. As obras de Alessandra Baldereschi, da coleção Bamboo, desenvolvidas com fios de arame e tubos, destacaram as cadeiras. No interior do Brasil, comumente vê-se os moradores levarem essas peças até as calçadas no final das tardes, para baterem papo e fazer daquele momento o mais descontraído do dia. Nessa mesma linha, Thiago Lutz concebeu poltronas em tear, batizadas de Sertão. O designer carioca Brunno Jahara, em parceria com a brasiliense Patricia Bagniewski, apresentou o projeto Gargalos, que sugere o reaproveitamento de garrafas de vinho para a decoração. As luminárias assinadas por Ana Neute, para a empresa Itens, das coleções Shanghai e Guarda-Chuva, também figuraram entre as peças de exposição. Punto e Filo, com a criação de Alfredo Barbosa de Oliveira, exibiu o tapete Inhotim, inspirado em uma gravura pintada à mão. A peça foi confeccionada com material tecnológico – os fios Antron – especiais por não propagarem chamas nem bactérias.
R A D A R C U LT U R A L — POR DANIEL SENDER —
H O M E M - A R A N H A : D E V O LTA A O L A R
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Foto: divulgação / Assessoria de Comunicação
om previsão de lançamento para o dia 6 de julho, “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” é um dos filmes de super-heróis mais esperados do ano. A história ocorre depois dos eventos retratados no filme “Capitão América: Guerra Civil”. Peter Parker retorna para o bairro do Queens, em Nova York, com a ajuda de seu amigo Tony Stark, o Homem de Ferro, tentando equilibrar sua vida de estudante do ensino médio com a carreira paralela de super-herói. Isso tudo ocorre justamente no momento em que um novo vilão, o Abutre, surge na cidade.
O PAPA E O EXECUTIVO
Pintura na Chapada dos Guimarães
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urante dois anos, Andreas Widmer foi membro da Guarda Suíça, tendo como missão proteger com a própria vida o papa e a cidade do Vaticano. Décadas depois, após ter tornado-se um dos executivos de maior destaque dos Estados Unidos, certas frustrações financeiras e profissionais o fizeram questionar o modelo de liderança e gestão utilizado pelas principais empresas do mundo. No meio de tanta decepção, um reencontro inesperado com João Paulo II o fez perceber que há alternativas mais humanas a tudo isso: o próprio papa era um modelo de liderança ideal, reunindo tudo o que uma pessoa de referência deve ter. Neste livro, Andreas lista algumas das lições que o homem santo dava com suas próprias atitudes e nos revela como integrá-las à nossa realidade de líderes e executivos. O livro contou com a tradução de Rafael Guedes e foi lançado pela Editora Petra do Rio de Janeiro e está disponível em todas as livrarias do Brasil. Preço de catálogo: R$ 24,90.
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artista plástico Miguel Penha oferece aulas gratuitas de pintura em seu ateliê, na Chapada dos Guimarães. No local, é possível conhecer as obras em exposição, além de ter a oportunidade de conversar com o artista. O ateliê está aberto aos fins de semana, onde Penha aguarda visitantes de todas as idades. Miguel Penha já participou de dezenas de mostras, exibições e festivais dedicados à cultura indígena e às florestas e teve sua arte reconhecida, por meio de prêmios nacionais e internacionais. Sua expressão artística retrata o fascínio perante uma natureza que nos leva a meditar sobre a própria existência humana. O artista cuiabano, nascido em 1961, é filho de pai indígena boliviano e mãe indígena bororó. Ateliê: Travessa 03, Casa 08, Bom Clima 03, Chapada dos Guimarães. Tel.: (65) 98153-0682; www.miguelpenha.com.br. As inscrições podem ser feitas pelo site ou por telefone.
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Foto: Chico Valdiner / GCom-MT
Cinema nacional 32ª BIENAL
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ara quem gosta de longas brasileiros, Selton Mello tornou-se um ícone neste cenário. E o ator está de volta em um filme produzido por Julio Uchoa, chamado “Soundtrack”. A data de lançamento prevista é 29 de junho. No filme, Selton interpreta Cris, um jovem fotógrafo que tenta encontrar seu lugar no mundo das artes. Ele consegue uma permissão especial do governo para ficar um mês em uma estação internacional de pesquisa, completamente isolado, cercado por nada além de gelo. Seu objetivo está em preparar uma exibição que misture música e fotografia. Mas, na imensidão deserta, ele descobre um Planeta Terra que nunca havia imaginado, fazendo-o reavaliar seus conceitos e valores. O longa é uma mistura de aventura e drama e conta com a participação especial de Seu Jorge.
e 16 de maio a 9 de julho, chega a Cuiabá a Bienal de São Paulo. Intitulada “Incerteza Viva”, o evento – que ocorre no Palácio da Instrução – tem como eixo central a noção de incerteza (como o próprio nome já diz). A ideia é refletir sobre as condições da vida em tempos de mudança contínua e sobre as estratégias oferecidas pela arte contemporânea para acolher ou habitar incertezas. A bienal está aberta para a entrada de visitantes de qualquer faixa etária. Palácio da Instrução: Rua Antônio Maria Coelho, 151 – Centro. Tel.: (65) 3613-0240
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xpia xô mano! Xás creança é tudo digoreste! Não entendeu? Então, está na hora de participar da oficina do Plano Educativo da Casa do Artesão. Ela busca valorizar o linguajar que surgiu com a influência das culturas indígena, africana e espanhola. Por meio de jogos, as crianças – de 8 a 12 anos – podem testar seus conhecimentos sobre esta maneira regional de se comunicar, que se transformou em patrimônio imaterial de Mato Grosso. As inscrições são gratuitas. Sesc Casa do Artesão: Rua Treze de Junho, 315 - Centro Norte, Cuiabá - MT, 78005-100. Tel.: (65) 3611-0500
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ACONTECE — POR REDAÇÃO —
BIGLAR CELEBROU
a Sexta-feira Santa
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exta-feira Santa é a data em que os cristãos de todo o mundo recordam o sacrifício redentor de Cristo, na cruz. E este dia tão
A I DE IA FOI R E T RATAR A I M P ORTÂN CIA DE STA DATA PARA P OVOS DE DI F E R E NT E S CU LT U RA S
especial é também o único no ano em que todas as unidades dos supermercados BigLar fecham suas portas. A rede aproveitou o momento único para elaborar uma mensagem de esperança e paz neste planeta, que sofre com tantos problemas. Para celebrar a ocasião, o BigLar produziu e disponibilizou um curto filme onde são apresentadas as mais diversas manifestações de fé das diferentes religiões e povos. O filme começa com os seguintes dizeres: “crer no incrível, ver o invisível, realizar o impossível. A Fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. É a força que nos inspira a ir mais longe e superar qualquer desafio.” A ideia foi mostrar que a data sagrada dos cristãos é também uma oportunidade para todos refletirem sobre aquilo que une os homens, em um único espírito fraterno.
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Campanha celebra a capital mato-grossense
ANIVERSÁRIO DE CUIABÁ
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ara comemorar os 298 anos da capital mato-grossense, o BigLar trouxe como protagonista de sua campanha – o sol – um personagem quase sempre presente nos 365 dias desta cidade. Câmeras aéreas retratam imagens sob o “ângulo e ponto de vista do da estrela-rei”. No filme, o sol observa e admira os parques, as ruas e as pessoas da capital. Uma verdadeira declaração de amor por Cuiabá, município que recebeu com tanto carinho os supermercados BigLar. No fim da filmagem, o sol “revela” que pode dar a volta ao mundo, porém, seu cantinho preferido continua sendo a capital mato-grossense, que tão bem o acolhe.
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Aniversário de VÁRZEA GRANDE
PARA O DIA DAS MÃES
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Em imagens cotidianas, BigLar transmite mensagem especial a todas elas
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ara quem é mãe, todos os dias são especiais. Dos mais alegres aos mais difíceis, ela permanece sempre no centro da vida, no convívio familiar. Para homenageá-las na data em que são lembradas, o BigLar preparou uma surpresa. Todos os dias, nas várias unidades da rede, centenas de mães e filhos passam pelos corredores das lojas dando demonstrações de carinho entre si. Para celebrar essa relação tão pura e verdadeira, o BigLar selecionou as imagens mais icônicas registradas por suas câmeras de segurança e criou uma mensagem dedicada às mães neste seu dia. As cenas mostram a troca de afeto e todo o cuidado que as mães têm pelos seus filhos, desde a amamentação, passando pelas brincadeiras e travessuras, até o momento em que as próprias filhas tornam-se mães. Este é um tipo de amor que deve ser sempre celebrado, pois faz toda a diferença na criação de uma criança.
BI G L AR H OM E NAG E IA OS 150 AN OS DA T E R RA Q U E O ACOLH EU omo não poderia deixar de ser, a cidade onde surgiu o BigLar e que o acolheu tão bem merece uma homenagem especial no dia de seu aniversário. Várzea Grande fez 150 anos no dia 15 de maio. E, em comemoração ao seu dia, o BigLar elaborou uma mensagem em vídeo que revela toda a beleza e hospitalidade de seu povo. As imagens foram coroadas por um texto inspirado pelo hino da cidade, que retrata o sentimento de orgulho e gratidão do supermercado por esta terra que o viu nascer e sempre o acolheu de braços abertos. “Salve tu, Várzea Grande garrida, berço heroico de um povo tenaz, dessa gente apegada na lida, na qual forja o progresso e a paz.”
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SABOR EM CORES — POR DANIEL SENDER —
ALQUIMIA dos coquetéis A M IST U RA DE I N G R E DI E NT E S DE V E E STAR N O EQ U I LÍ BR I O PA R A A G R A D A R O S PA L A D A R E S M A I S E X I G E N T E S
tínhamos um ou dois tipos de gim, hoje em dia, há mais de 14, ou seja, existem muitas opções e formas de preparo.”
o sair à noite, em Cuiabá, você prefere uma bebida mais elaborada? Os drinks da região que mais têm feito “a cabeça e o paladar do cuiabano” surgem à base de frutas vermelhas e ingredientes locais. É o que afirma o especialista em mixologia Derivan Ferreira de Souza, conhecido como Mestre Derivan. Há 42 anos trabalhando na área – no Brasil e no exterior –, ele conta um pouco sobre sua experiência cuiabana. “A região está formando uma coquetelaria muito legal e, hoje em dia, as opções mais pedidas estão nos drinks com sangria, clericot e muitas frutas locais.” O gosto local, no entanto, recebe muita influência de São Paulo, em sua opinião. “Os cuiabanos costumam ir muito para a ‘terra da garoa’ e trazem na lembrança as variações do gim-tônica”, comenta. Ele acredita que a inclusão dos gins tende a enriquecer muito o paladar local. “Antigamente,
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DEGUSTE COM CALMA Por sua própria natureza elaborada, os coquetéis devem ser apreciados sem pressa. Assim, combinam muito com o ambiente leve e tranquilo de uma recepção familiar, sendo ótimos para acompanhar uma boa conversa. “Caso seja um jantar ou um almoço, devem ter a finalidade de aguçar o apetite e despertar a sensibilidade para o alimento”, ensina Derivan. Para o fim da refeição, é indicado servir, além do café e do petit four, uma bebida digestiva. Em um happy hour, com quitutes e alimentos leves, os long drinks – aquelas bebidas refrescantes – ou os clássicos Martinis mostram-se escolhas
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EM CASA Se você quer receber os amigos em casa e aventurar-se pelo mundo da mixologia, Derivan dá algumas dicas do que não pode faltar no seu bar. “É sempre recomendável ter à mão um bom gim, como os internacionais Hendrick ou Tanqueray; e nacionais, como Seagers Silver. Um bom vermute francês Noilly Prat; um vermute italiano Carpano; um Campari; o bom e velho whisky Jack Daniel’s; vodcas Absolut, Grey Goose, Belvedere; além de licores variados, como Amarula, 43, Limoncello, Angostura; um bitter (bebida alcoólica com sabor de essências herbais), além de tônicas e Club Soda, para agradar os gostos mais variáveis do seu convidado.”
O LÍQUIDO VIROU SÓLIDO Derivan embrenhou-se pelo mundo da mistura de drinks, ou mixologia, ainda aos 19 anos, no Hilton Hotel, em São Paulo. Natural da Bahia, buscou especialização na Itália, nos anos 1980 e, desde aquela época, já viajou por 24 países, sempre aperfeiçoando-se nessa arte. Nessa empreitada, ele tornou-se um dos grandes responsáveis por transformar a caipirinha conhecida no cenário mundial. Conversar com ele – que, atualmente, trabalha no Bar Número, em São Paulo – é como rever um amigo de longa data. Com um sorriso constante no rosto, ele tem uma história interessante para cada drink. Muitas delas transformaram-se em livros. Ao todo, já são cinco lançados sobre o assunto. “A mixologia é uma arte que não pode
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perfeitas. Para quem deseja começar a fazer drinks em casa, o mixólogo dá algumas recomendações. “Inicie com os clássicos, pois eles são bem simples, porém, com muito charme.” Kir Royal (espumante e cassis), Bellini (espumante com purê de pêssego) e Gim-Tônica são todos muito apreciados, além, é claro, do “rei” de todos eles, o Dry Martini.
Mestre Derivan
sugestão DO MESTRE
G&T Classic Ingredientes: • 50ml de Gin • 150ml de Tonica Fever Tree • 8 grãos de zimbro • 2 fatias de pepino fresco • 1 casca de limão siciliano Modo de preparo: Em um copo Bordeaux, coloque gelo a vontade, em seguida o Gin, a Tônica e então misture bem. Finalize com o pepino, o zimbro e a casca de limão siciliano.
Kate Moss Em homenagem à frequentadora do Bar Número. Ingredientes: • 40ml de Gin infusionado com hibisco • 20ml de redução de maracujá doce, com Kaly Maracujá vermelho • 80ml de Espumante Brut Modo de preparo: Em um copo flute bem gelado, coloque os ingredientes, misture bem e decore com uma cereja.
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ser medida pela passagem do tempo, é quase uma forma de alquimia.” Mas o que se vê, hoje em dia, são muitos experimentos baseados na cozinha molecular, que revê como um dos principais propagadores o chef espanhol Ferran Adrià, do Restaurante El Bulli. “A forma mais simples de explicar o fenômeno desta cozinha é por meio da metáfora onde o consumidor é convidado a ‘comer uma caipirinha e beber uma feijoada’”, ressalta Derivan. Isto só é possível graças a um estudo profundo dos elementos, onde os sólidos viram líquidos e os líquidos viram sólidos. Com técnicas elaboradas ou tradicionais, quem mistura ingredientes precisa estar atento à rotina das pessoas que frequentam os locais e, até mesmo, às estações do ano. No outono e no inverno, por exemplo, as pessoas tendem a usar roupas mais pesadas, consumir uma alimentação mais consistente e, consequentemente, os drinks surgem com esta tendência. Na primavera e no verão, até o humor das pessoas torna-se mais vibrante. “Neste clima, os coquetéis surgem mais coloridos e refrescantes.” Nos bares internacionais, a nova forma de beber o gim tônica surge como um drink batizado de negroni, também conhecido como G&T. Mas há diversas criações priorizando ingredientes tipicamente brasileiros, vindos do Amazonas, do Cerrado e – como ele mesmo costuma dizer – “de pequenos lugares mágicos do nosso imenso País”.