O AMPARO INFORMATIVO BIMESTRAL DA DIOCESE DE AMPARO
ANO 5 | # 20 | JANEIRO - FEVEREIRO 2019 | www.diocesedeamparo.org.br
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DIOCESE DE AMPARO APRESENTA 2º PLANO DIOCESANO DE PASTORAL Foi apresentado a todo o povo de Deus durante a Missa que encerrou oficialmente o Ano Nacional do Laicato, em 23 de novembro de 2018, o documento final do 2º Plano Diocesano de Pastoral da Diocese de Amparo. Os exemplares foram entregues pelo bispo diocesano aos padres, representantes das paróquias, diáconos, seminaristas e religiosas a fim de que o documento seja distribuído, conhecido e colocado em prática em toda nossa Diocese. página 16
“A BOA POLÍTICA ESTÁ AO SERVIÇO DA PAZ” Mensagem do Papa Francisco para o 52º Dia Mundial da Paz.
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Texto-base da Campanha da Fraternidade 2019 incentiva participação dos cidadãos na construção de políticas públicas.
DIOCESE ENCERRA ESCOLA DE MISSIOLOGIA DO SUB-REGIONAL páginas 08 e 09
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Seminaristas participam do I Congresso Missionário do Sulão. Diáconos Permanentes participam de Assembleia Estadual.
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Legião de Maria completa 30 anos de presença em Mogi Mirim. página 14
UM SEMINARISTA AMPARENSE NOS EUA
CURSO BÍBLICO: OS EVANGELHOS
EDITORIAL: ANO NOVO COM QUALIDADE
Confira testemunho do seminarista John Torres que estuda há um ano nos EUA.
Estude conosco os Evangelhos com o material disponibilizado nesta edição.
Confira a reflexão de nosso bispo para este novo ano que se inicia.
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DISPONÍVEL EM PORTUGUÊS O DOCUMENTO FINAL DO SÍNODO SOBRE A JUVENTUDE
ANO NOVO COM QUALIDADE Querida irmã e querido irmão, que a graça e a paz de nosso Bom Deus estejam com você, com o senhor, com a senhora! E que, pela sua pessoa, esta graça e paz se irradiem aos familiares, amigos e a todos os filhos e filhas de nosso mesmo Pai, com os quais nos relacionamos pouco ou bastante tempo em nossas múltiplas atividades diárias, em qualquer trabalho ou lazer. E que esta irradiação se prolongue ao longo do novo ano! Lembrei-me de uma imagem que recebi no whatsapp e que vi num adesivo que coloquei no carro que uso: “Que Deus esteja sempre com você, mas, sobretudo, que você esteja sempre com Deus”. Sem dúvida, quem não deseja Deus sempre consigo? Penso que até uma pessoa ateia, mesmo não acreditando, não dispensa, ou ao menos, não acha ruim tal companhia. Bem, se acreditamos no amor insondável que Deus tem por nós, é difícil duvidar desta presença constante d’Ele em nossa vida, embora possamos “balançar” um pouco, diante das situações mais delicadas ou de provas. Mas sabemos que elas também fazem parte do nosso crescimento na fé, e até nos ajudam a experimentar mais ainda a autenticidade do amor divino, apesar de realidades que são enormemente desafiadoras, diante das quais não há o que falar; é necessário crer, muitas vezes, “no escuro”. A questão, no entanto, é verdadeiramente crucial na segunda parte da mensagem, isto é, naquela que pede uma atitude nossa e não de Deus: “...principalmente, que você esteja sempre com Deus”. Penso que esta frase-mensagem, certamente já conhecida de muitos, pode ser uma sugestiva provocação para que os votos que desejamos no final e início de ano não fiquem num mero cumprimento formal, ou apenas de “etiqueta” e educação. Não adianta somente trocarmos a “folhinha” ou o calendário. A quantidade de dias, semanas e meses é a mesma. Os desafios com os quais encerramos o ano adentram no novo e talvez se prolonguem por muito tempo. Onde está, pois, o “novo”? Por incrível que pareça, está no “mesmo”, que, no entanto, nada tem a ver com mesmice, monotonia. Acontece que o “mesmo” é uma pessoa, a única pessoa que penetrou no mais fundo da vaidade humana para abrir-nos à esperança de Deus: o Cristo Jesus, nosso Senhor! Por ocasião do início de um novo ano, é sugestivo meditarmos com atenção o texto bíblico de Ecl (Eclesiastes) 1,2-11: “ ‘Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade.’ Que proveito tira o homem de todo o trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol? Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma. O sol se levanta, o sol se deita, apressando-se para voltar ao seu lugar, donde novamente torna a levantar-se (...). O que foi, será, o que aconteceu, acontecerá: não há nada de novo debaixo do sol” (...). Coloquei apenas uma parte do texto, por questão de espaço, mas suficiente para percebermos a intenção do autor: de nada adianta tanta atividade agitada, intensa, quando se quer viver o absurdo de uma condição humana sem Deus. As palavras da citação bíblica parecem tediosas, aborrecidas, até trágicas, mas a tragédia, aqui, é a de toda pessoa em cuja vida Deus não tem lugar. Deixemo-nos provocar: como queremos avançar ao longo de 2019? Que a nossa caminhada no decorrer dos próximos meses, em todos os âmbitos da nossa vida de sociedade e de Igreja, seja uma expressão de quem procura se esforçar, ao menos, para testemunhar uma busca mais “lúcida” da “qualidade de vida” de que tanto se fala. Dom Luiz Gonzaga Fechio Bispo Diocesano
Disponível a versão em português do Documento final do Sínodo sobre a Juventude, realizado em outubro de 2018. Dividido em três partes, 12 capítulos, 167 parágrafos e 60 páginas, o documento tem como fio condutor a passagem do Evangelho de Lucas sobre os discípulos de Emaús. “Pôs-se com eles a caminho”, “‘Os seus olhos abriram-se’ – Um novo Pentecostes” e “‘Voltaram imediatamente’ – Uma Igreja jovem” são os títulos de cada uma das três partes do texto. Para o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, que foi o relator geral do Sínodo, o texto é “o resultado de um verdadeiro trabalho de equipe” dos padres sinodais, juntamente com os outros participantes no Sínodo e “em modo particular os jovens”. A primeira parte do documento recebeu a tradução “Pôs-se a com eles a caminho. Nela, é apresentado o contexto no qual os jovens estão inseridos.
Ressalta-se a Igreja em escuta, apontam-se “três pontos cruciais” e são abordadas questões como identidade e relacionamento, além do ser jovem hoje. A segunda parte, “os olhos abriram-se”, reforça o papel renovador da juventude na Igreja, portadora de uma “sã inquietação”. Acolhimento, respeito e acompanhamento ao dinamismo dos jovens são indicações deste trecho, que aborda o dom da juventude, o mistério da vocação, a missão do acompanhamento e a arte de discernir. Por fim, em seu último título, que foi traduzido como “Voltaram imediatamente”, são pontuadas a sinodalidade missionária da Igreja, a caminhada conjunta com os jovens no cotidiano, o renovado ímpeto missionário e a formação integral. É desta parte do texto que sai o convite às Conferências Episcopais e às Igrejas particulares para prosseguir no processo de discernimento com o objetivo de elaborar soluções pastorais específicas à realidade juvenil. Confira a íntegra no site: www.diocesedeamparo.org.br
SOLIDARIEDADE À ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS A Diocese de Amparo divulgou no dia 11 de dezembro de 2018 nota em que se solidariza com a triste tragédia ocorrida na Catedral Arquidiocesana de Campinas naquela data. “Demonstramos nossa comunhão com todo o clero e a comunidade católica da Arquidiocese de Campinas, particularmente as famílias das vítimas. Pedimos ao Bom Deus que acolha em seu Reino estas vítimas. Que a Palavra de Deus e a Eucaristia confortem aqueles que choram a ausência dos entes queridos nesta circunstância de profunda consternação. Estamos unidos em oração, pedindo a Deus que em sua misericórdia acompanhe e conforte a todos. Rezemos juntos pelo fim da violência, que infelizmente marca cada vez mais nossa sociedade”, diz a nota assinada pelo bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio. O Papa Francisco também manifes-
tou seu pesar pela tragédia ocorrida em Campinas. “Profundamente consternado pelo dramático atentado realizado durante a celebração da Santa Missa na Catedral da Arquidiocese de Campinas, o Papa Francisco confia à misericórdia de Deus as vítimas e assegura a sua solidariedade e conforto espiritual às famílias que perderam seus entes queridos e toda a comunidade arquidiocesana, com votos de pronta recuperação dos feridos”, lê-se no telegrama assinado pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin. No texto, “o Santo Padre convida a todos, diante deste momento de dor, a encontrar conforto e forças em Jesus Ressuscitado, pedindo a Deus para que a esperança não esmoreça nesta hora de prova e faça prevalecer o perdão e o amor sobre o ódio e a vingança”. O telegrama se conclui com a bênção apostólica do Papa Francisco.
COMUNICADO A sede da Cúria Diocesana, situada à rua Barão de Campinas, 307, em Amparo, estará fechada no período de 02 de janeiro a 21 de janeiro de 2019, por motivo de férias dos funcionários.
FALE CONOSCO Para esclarecer dúvidas, sugestões ou reclamações, nos envie um e-mail no endereço eletrônico: jornaloamparo@diocesedeamparo.org.br Sua opinião é importante para nós!
Expediente
JORNALISTA RESPONSÁVEL SIRLENE RIBEIRO FERRO - MTB 66.955/SP
O AMPARO INFORMATIVO OFICIAL DA DIOCESE DE AMPARO ANO 5 | #20
DIAGRAMAÇÃO - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO REVISÃO - MARGARIDA HULSHOF CRÉDITO DAS MATÉRIAS: EQUIPES PASCOM PAROQUIAIS
BISPO DIOCESANO DOM LUIZ GONZAGA FECHIO
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MENSAGEM PARA O 52º DIA MUNDIAL DA PAZ 2019
“A BOA POLÍTICA ESTÁ AO SERVIÇO DA PAZ” 1. “A paz esteja nesta casa!” Jesus, ao enviar em missão os seus discípulos, disse-lhes: “Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: “A paz esteja nesta casa!” E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós” (Lc 10, 5-6). Oferecer a paz está no coração da missão dos discípulos de Cristo. E esta oferta é feita a todos os homens e mulheres que, no meio dos dramas e violências da história humana, esperam na paz.[1] A “casa”, de que fala Jesus, é cada família, cada comunidade, cada país, cada continente, na sua singularidade e história; antes de mais nada, é cada pessoa, sem distinção nem discriminação alguma. E é também a nossa “casa comum”: o planeta onde Deus nos colocou a morar e do qual somos chamados a cuidar com solicitude. Eis, pois, os meus votos no início do novo ano: “A paz esteja nesta casa!” 2. O desafio da boa política A paz parece-se com a esperança de que fala o poeta Carlos Péguy;[2] é como uma flor frágil, que procura desabrochar por entre as pedras da violência. Como sabemos, a busca do poder a todo o custo leva a abusos e injustiças. A política é um meio fundamental para construir a cidadania e as obras do homem, mas, quando aqueles que a exercem não a vivem como serviço à coletividade humana, pode tornar-se instrumento de opressão, marginalização e até destruição. “Se alguém quiser ser o primeiro – diz Jesus – há de ser o último de todos e o servo de todos” (Mc 9, 35). Como assinalava o Papa São Paulo VI, “tomar a sério a política, nos seus diversos níveis – local, regional, nacional e mundial – é afirmar o dever do homem, de todos os homens, de reconhecerem a realidade concreta e o valor da liberdade de escolha que lhes é proporcionada, para procurarem realizar juntos o bem da cidade, da nação e da humanidade”.[3] Com efeito, a função e a responsabilidade política constituem um desafio permanente para todos aqueles que recebem o mandato de servir o seu país, proteger as pessoas que habitam nele e trabalhar para criar as condições dum futuro digno e justo. Se for implementada no respeito fundamental pela vida, a liberdade e a dignidade
das pessoas, a política pode tornar-se verdadeiramente uma forma eminente de caridade. 3. Caridade e virtudes humanas para uma política ao serviço dos direitos humanos e da paz O Papa Bento XVI recordava que “todo o cristão é chamado a esta caridade, conforme a sua vocação e segundo as possibilidades que tem de incidência na pólis. (…) Quando o empenho pelo bem comum é animado pela caridade, tem uma valência superior à do empenho simplesmente secular e político. (…) A ação do homem sobre a terra, quando é inspirada e sustentada pela caridade, contribui para a edificação daquela cidade universal de Deus que é a meta para onde caminha a história da família humana”.[4] Trata-se de um programa no qual se podem reconhecer todos os políticos, de qualquer afiliação cultural ou religiosa, que desejam trabalhar juntos para o bem da família humana, praticando as virtudes humanas que subjazem a uma boa ação política: a justiça, a equidade, o respeito mútuo, a sinceridade, a honestidade, a fidelidade. A propósito, vale a pena recordar as “bem-aventuranças do político”, propostas por uma testemunha fiel do Evangelho, o Cardeal vietnamita Francisco Xavier Nguyen Van Thuan, falecido em 2002: Bem-aventurado o político que tem uma alta noção e uma profunda consciência do seu papel. Bem-aventurado o político de cuja pessoa irradia a credibilidade. Bem-aventurado o político que trabalha para o bem comum e não para os próprios interesses. Bem-aventurado o político que permanece fielmente coerente. Bem-aventurado o político que realiza a unidade. Bem-aventurado o político que está comprometido na realização duma mudança radical. Bem-aventurado o político que sabe escutar. Bem-aventurado o político que não tem medo.[5] Cada renovação nos cargos eletivos, cada período eleitoral, cada etapa da vida pública constitui uma oportunidade para voltar à fonte e às referências que inspiram a justiça e o direito. Duma coisa temos a certeza: a boa política está ao serviço da paz; respeita e
promove os direitos humanos fundamentais, que são igualmente deveres recíprocos, para que se teça um vínculo de confiança e gratidão entre as gerações do presente e as futuras. 4. Os vícios da política A par das virtudes, não faltam infelizmente os vícios, mesmo na política, devidos quer à inépcia pessoal quer às distorções no meio ambiente e nas instituições. Para todos, está claro que os vícios da vida política tiram credibilidade aos sistemas dentro dos quais ela se realiza, bem como à autoridade, às decisões e à ação das pessoas que se lhe dedicam. Estes vícios, que enfraquecem o ideal duma vida democrática autêntica, são a vergonha da vida pública e colocam em perigo a paz social: a corrupção – nas suas múltiplas formas de apropriação indevida dos bens públicos ou de instrumentalização das pessoas –, a negação do direito, a falta de respeito pelas regras comunitárias, o enriquecimento ilegal, a justificação do poder pela força ou com o pretexto arbitrário da “razão de Estado”, a tendência a perpetuar-se no poder, a xenofobia e o racismo, a recusa a cuidar da Terra, a exploração ilimitada dos recursos naturais em razão do lucro imediato, o desprezo daqueles que foram forçados ao exílio. 5. A boa política promove a participação dos jovens e a confiança no outro Quando o exercício do poder político visa apenas salvaguardar os interesses de certos indivíduos privilegiados, o futuro fica comprometido e os jovens podem ser tentados pela desconfiança, por se verem condenados a permanecer à margem da sociedade, sem possibilidades de participar num projeto para o futuro. Pelo contrário, quando a política se traduz, concretamente, no encorajamento dos talentos juvenis e das vocações que requerem a sua realização, a paz propaga-se nas consciências e nos rostos. Torna-se uma confiança dinâmica, que significa “fio-me de ti e creio contigo” na possibilidade de trabalharmos juntos pelo bem comum. Por isso, a política é a favor da paz, se se expressa no reconhecimento dos carismas e capacidades de cada pessoa. “Que há de mais belo que uma mão estendida? Esta foi querida por Deus para dar e receber. Deus não a
quis para matar (cf. Gn 4, 1-16) ou fazer sofrer, mas para cuidar e ajudar a viver. Juntamente com o coração e a inteligência, pode, também a mão, tornar-se um instrumento de diálogo”.[6] Cada um pode contribuir com a própria pedra para a construção da casa comum. A vida política autêntica, que se funda no direito e num diálogo leal entre os sujeitos, renova-se com a convicção de que cada mulher, cada homem e cada geração encerram em si uma promessa que pode irradiar novas energias relacionais, intelectuais, culturais e espirituais. Uma tal confiança nunca é fácil de viver, porque as relações humanas são complexas. Nestes tempos, em particular, vivemos num clima de desconfiança que está enraizada no medo do outro ou do forasteiro, na ansiedade pela perda das próprias vantagens, e manifesta-se também, infelizmente, a nível político mediante atitudes de fechamento ou nacionalismos que colocam em questão aquela fraternidade de que o nosso mundo globalizado tanto precisa. Hoje, mais do que nunca, as nossas sociedades necessitam de “artesãos da paz” que possam ser autênticos mensageiros e testemunhas de Deus Pai, que quer o bem e a felicidade da família humana. 6. Não à guerra nem à estratégia do medo Cem anos depois do fim da I Guerra Mundial, ao recordarmos os jovens mortos durante aqueles combates e as populações civis dilaceradas, experimentamos – hoje, ainda mais que ontem – a terrível lição das guerras fratricidas, isto é, que a paz não pode jamais reduzir-se ao mero equilíbrio das forças e do medo. Manter o outro sob ameaça significa reduzi-lo ao estado de objeto e negar a sua dignidade. Por esta razão, reiteramos que a escalada em termos de intimidação, bem como a proliferação descontrolada das armas são contrárias à moral e à busca duma verdadeira concórdia. O terror exercido sobre as pessoas mais vulneráveis contribui para o exílio de populações inteiras à procura duma terra de paz. Não são sustentáveis os discursos políticos que tendem a acusar os migrantes de todos os males e a privar os pobres da esperança. Ao contrário, deve-se reafirmar que a paz se baseia no respeito por toda a pessoa, independentemente da sua história, no
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Palavra do Papa respeito pelo direito e o bem comum, pela criação que nos foi confiada e pela riqueza moral transmitida pelas gerações passadas. O nosso pensamento detém-se, ainda e de modo particular, nas crianças que vivem nas zonas atuais de conflito e em todos aqueles que se esforçam por que a sua vida e os seus direitos sejam protegidos. No mundo, uma em cada seis crianças sofre com a violência da guerra ou pelas suas consequências, quando não é requisitada para se tornar, ela própria, soldado ou refém dos grupos armados. O testemunho daqueles que trabalham para defender a dignidade e o respeito das crianças é extremamente precioso para o futuro da humanidade. 7. Um grande projeto de paz Celebra-se, nestes dias, o septuagésimo aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada após a II Guerra Mundial. A este respeito, recordemos a observação do Papa São João XXIII: “Quando numa pessoa surge a consciência dos próprios direitos, nela nascerá forçosamente a consciência do dever: no titular de direitos, o dever de reclamar esses direitos, como expressão da sua dignidade; nos demais, o dever de reconhecer e respei-
tar tais direitos”.[7] Com efeito, a paz é fruto dum grande projeto político, que se baseia na responsabilidade mútua e na interdependência dos seres humanos. Mas é também um desafio que requer ser abraçado dia após dia. A paz é uma conversão do coração e da alma, sendo fácil reconhecer três dimensões indissociáveis desta paz interior e comunitária: – a paz consigo mesmo, rejeitando a intransigência, a ira e a impaciência e – como aconselhava São Francisco de Sales – cultivando “um pouco de doçura para consigo mesmo”, a fim de oferecer “um pouco de doçura aos outros”; – a paz com o outro: o familiar, o amigo, o estrangeiro, o pobre, o atribulado…, tendo a ousadia do encontro, para ouvir a mensagem que traz consigo; – a paz com a criação, descobrindo a grandeza do dom de Deus e a parte de responsabilidade que compete a cada um de nós, como habitante deste mundo, cidadão e ator do futuro. A política da paz, que conhece bem as fragilidades humanas e delas se ocupa, pode sempre inspirar-se ao espírito do Magnificat que Maria, Mãe de Cristo Salvador e Rainha da Paz, canta em nome de todos os homens: A “misericórdia [do Todo-Poderoso] estende-se
de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes (…), lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre” (Lc 1, 5055). Franciscus ________________________ [1] Cf. Lc 2, 14: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado”.
[2] Cf. Le Porche du mystère de la deuxième vertu (Paris 1986). [3] Carta ap. Octogesima adveniens (14/V/1971), 46. [4] Carta enc. Caritas in veritate (29/V/2009), 7. [5] Cf. “Discurso na Exposição-Encontro “Civitas” de Pádua”: Revista 30giorni (2002-nº 5). [6] Bento XVI, Discurso às Autoridades do Benim (Cotonou, 19/XI/2011). [7] Carta enc. Pacem in terris (11/ IV/1963), 24 (44).
Artigo O CARISMA DE UMA NOVA COMUNIDADE As Novas Comunidades não existiriam sem a Igreja, por isso seu fim apostólico consistirá, na Nova Evangelização, nas novidades que o Espírito Santo suscita para o auxílio da Igreja. Assim, os movimentos são sempre dinâmicos, contudo se caracterizam sempre em torno do carisma, uma “ideia-força”, vivida primeiro pelo fundador. Isso é muito importante, pois o que uma Nova Comunidade anuncia é exatamente algo novo, uma obra nova, um carisma que não pode nem deve ser extinguido, uma vez que todo carisma é dom de utilidade para todos e para edificação da Igreja. Um carisma, pois, sempre se manifesta de acordo com a necessidade da época! Um carisma desenvolve na pessoa seguidora e fundadora uma dupla função eclesial: a primeira é a natureza santificante, pela qual o Espírito conforma o fiel a Cristo através de um caminho pessoal de santificação. O carisma vai como que “se tornando visível” por meio das obras, mas especialmente por meio do testemunho de cada fiel que corresponde ao carisma. Outra função é a natureza iluminadora: o Espírito, por meio do carisma, comunica ao fundador, e, por este, aos
seguidores, uma particular compreensão do mistério de Cristo e da Igreja. Algo que os outros observam com naturalidade, a comunidade, por meio do carisma, passa a observar de maneira completamente nova! A evangelização dos jovens, por exemplo. Grande é o desafio de chegar a eles; no entanto, se o carisma estiver “apontado” para a missão de evangelizá-los, então isso será feito de maneira completamente nova e diferente de todas as outras. O mais interessante é que o carisma vai se firmando na própria pessoa humana, de tal forma que ela é identificada por ele: “a experiência comunitária do carisma originário, é aquele concreto processo de amadurecimento da personalidade cristã madura, de sua fidelidade, na qual o indivíduo humano se torna mais pessoa na medida em que é definido o seu ser e o seu agir a partir da lógica da comunhão”[1]; Isto quer dizer que o carisma, feito para se expandir, não pode morrer naquele em quem foi suscitado, pelo contrário, assim como os talentos, o carisma nos retira do “lugar comum”, e nos faz querer que ele renda lucros (produza frutos); e, na medida desse
rendimento, transforma-nos nele mesmo, naquilo para que nascemos! O contrário também pode ocorrer, de não o valorizarmos, e assim desvirtuá-lo em nós. As comunidades ou institutos que “perderam a essência” de seus fundadores tendem a viver exatamente o oposto do que eles viviam e realmente queriam viver. Isso é grande tragédia! O fundamento de um carisma autêntico está no Amor-Ágape vivido concretamente, pois sem o Amor não seria possível vivê-lo em nós, nem sequer seria manifestado! Tudo começa e termina no Amor! Critérios de eclesialidade Os critérios de eclesialidade nada mais são que os “elementos” mais importantes que uma comunidade deve manifestar no que se refere à comunhão com a Igreja. A autenticidade ou não de um carisma tem por base tais critérios que, fundamentais e indispensáveis para seu serviço na igreja, serão provados e comprovados pelas autoridades competentes à luz do Espírito Santo. Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, (CNBB - Igreja
Particular, Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades, 2009)[2], as Novas Comunidades ressaltam o direito que os leigos têm de se engajarem na Igreja, o qual provém do batismo e, apresentam os cinco critérios de eclesialidade: 1- O primado dado à vocação universal de todo cristão: a santidade; 2- A responsabilidade em professar a fé católica, no seu conteúdo integral; 3- O testemunho de uma comunhão sólida e convicta com o Papa e com o bispo; 4- A conformidade e a participação na finalidade apostólica da Igreja: a evangelização, a santificação e a formação cristã dos povos; 5- O empenho de uma presença na sociedade humana, a serviço da dignidade integral da pessoa humana. [1] As Novas Comunidades no contexto sociocultural contemporâneo / Wagner Ferreira. – São Paulo, SP: Editora Canção Nova, 2012. [2] Col. Subsídios Doutrinais CNBB – 03. Igreja Particular, movimentos eclesiais e novas comunidades. Ed. Paulinas-2009. Lucas Lastória – fundador da Comunidade Católica Missão ATHOS2 na Diocese de Amparo
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Notícias do Brasil e do Mundo TEXTO-BASE DA CF 2019 INCENTIVA PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS NA CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Buscando estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade, a Campanha da Fraternidade 2019 terá início em todo o país no dia 6 de março. Com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela Justiça”, a CF busca conhecer como são formuladas e aplicadas as Políticas Públicas estabelecidas pelo Estado brasileiro. Como forma de despertar a consciência e incentivar a participação de todo cidadão na construção de Políticas Públicas em âmbito nacional, estadual e municipal, a Comissão Nacional da CF preparou o texto-base, que contou com a participação e contribuição de vários especialistas e pesquisadores, bem como com a consulta a lideranças de movimentos e entidades sociais. Dividido no método ver, julgar e agir, o subsídio aponta uma série de iniciativas que ajudarão a colocar em prática as propostas incentivadas pela Campanha. Como exemplo dessas ações, o texto-base além de contextualizar o que é o poder público, os tipos de poder e os condicionantes nas políticas públicas, fala sobre o papel dos atores sociais
nas Políticas Públicas. A participação da sociedade no controle social das Políticas Públicas é outro tema de destaque no texto-base. “Política Pública não é somente a ação do governo, mas também a relação entre as instituições e os diversos atores, sejam individuais ou coletivos, envolvidos na solução de determinados problemas”, afirma o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner. Ainda segundo dom Leonardo, devem ser utilizados princípios, critérios e procedimentos que podem resultar em ações, projetos ou programas que garantam aos povos os direitos e deveres previstos na Constituição Federal e
em outras leis. Por isso, segundo ele, a temática se fez necessária para a CF de 2019. “Políticas Públicas são as ações discutidas, aprovadas e programadas para que todos os cidadãos possam ter vida digna”, afirma dom Leonardo. Além do texto-base, outros materiais foram produzidos para dar apoio nesta missão: círculos bíblicos, que trazem aprofundamento da Palavra de Deus; sugestão de celebração ecumênica, para reunir pastores e representantes de outras Igrejas na preparação desse evento; a Cartilha Fraternidade Viva, rodas de conversa com a perspectiva de aprofundar-se no tema e a vigília eucarística e celebração da miseri-
córdia. Todos eles estão disponíveis no site da Editora da CNBB. Cartaz CF 2019 Levando em consideração que as Políticas Públicas dizem respeito a toda a sociedade em suas várias dimensões, e que visam assegurar os direitos humanos mais elementares para que cada pessoa tenha condições de viver com dignidade, o autor do cartaz da CF 2019 padre Erivaldo Dantas, buscou ressaltar na arte, através de silhuetas, a presença de algumas categorias sociais que considera importante para a reflexão da Igreja e da sociedade. A escolha da obra vencedora foi feita pelo Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da CNBB, e devia obedecer especificações estipuladas no edital do concurso, entre as quais evidenciar o tema da CF 2019: “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça (Is 1,27)”. “Desejo que a proposta para o Cartaz da CF possa representar o anseio da Igreja no Brasil de ajudar a sociedade a refletir e reconhecer seus direitos, através das Políticas Públicas, ou, quem sabe, entender e discutir a necessidade da elaboração de novas políticas em consonância com as necessidades humanas da sociedade atual”, finaliza o padre.
TEXTO DAS NOVAS DGAE 2019/2023 BUSCARÁ TRADUZIR “SENTIMENTO” DA IGREJA NO BRASIL A Comissão Especial sobre a atualização das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) 2019/2023 se reuniu dias 13 a 14 de dezembro de 2018, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com a missão de avançar na redação final do “Texto Mártir” a ser enviado ao episcopado brasileiro, a pessoas interessadas, aos organismos e pastorais da Igreja no Brasil. O chamado “Texto Mártir” será objeto de estudos e acréscimos até a próxima reunião da Comissão marcada para fevereiro de 2019, ocasião na qual produzirá uma versão final do texto que será levado à 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil que acontece em Aparecida (SP), de 1º a 10 de maio de 2019. O arcebispo de São Luiz (MA) e presidente do Regional Nordeste 5, dom José Belisário da Silva, coordenador dos trabalhos desta comissão, lembra que a atuação da Igreja no mundo ur-
bano, conforme já amadurecido pelos bispos do Brasil, será o foco do documento. “O texto reforça que vivemos uma cultura urbana, com predominância no país das grandes cidades”, acentua. Estrutura do documento – A versão inicial do texto está estruturada em 4 partes. A primeira, que inclui uma introdução e o 1º capítulo, busca apontar para qual direção a Igreja no Brasil quer caminhar nos próximos quatro anos. “Fundamentalmente, a nossa pergunta é: como que a nossa Igreja no Brasil agora se coloca diante deste novo momento da realidade brasileira?”, questiona dom Belisário. Nesta parte, inspirado no livro do Apocalipse, o texto afirma que “Deus mora na cidade”. O 2º capítulo será composto pelo o olhar que a Igreja faz sobre a cidade, destacando quais são os pontos determinantes na vida urbana. Na sequência, o 3º capítulo, propõe a reflexão e o
julgar a partir do magistério da Igreja. O 4º, e último capítulo, constitui-se de indicadores que apontam sobre qual que maneira a Igreja no Brasil pode estar presente da melhor maneira possível neste novo mundo urbano. A atualização do texto das DGAE 2019/2023 teve início ainda na 56ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil de 2018 quando os bispos apontaram as primeiras sugestões ao texto. A atuali-
zação das diretrizes também foi tema de discussão em duas reuniões do Conselho Permanente da CNBB em 2018, em junho e novembro. A comissão, especialmente montada para esta tarefa, se reuniu dia 14 de agosto de 2018 para avançar no texto. Esta é a segunda reunião da equipe. “A comissão foi escolhida um pouco tardiamente, mas mesmo assim nosso trabalho está indo muito bem”, concluiu dom Belisário.
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Curso Bíblico (V) - Os Evangelhos Caro(a) irmão(ã), o termo Evangelho – do grego evangélion – quer dizer “Boa Nova”. Transmite, de modo escrito, aquilo que Jesus disse e fez (cf. At 1,1) e traz em si a força capaz de renovar a humanidade e o mundo (cf. Mt 11,4-6). Temos quatro Evangelhos canônicos, ou seja, reconhecidos pela Igreja: Mateus, Marcos, Lucas e João; ou, em outras palavras, um Evangelho – o de Jesus Cristo – narrado de quatro modos. Os três primeiros (Mt, Mc e Lc) são chamados de sinóticos (= semelhantes) e podem ser lidos conjuntamente. Já o quarto Evangelho, o de João, provém de uma tradição própria desse Apóstolo. Existem ainda os Evangelhos apócrifos (ocultos), assim chamados porque a Igreja dos primeiros séculos não os julgava adequados para serem lidos publicamente nas assembleias religiosas. São de duas vertentes: a cristã, que narra fatos respeitosos e até úteis à fé, mas de forma um tanto fantasiosa sobre o Senhor Jesus, a Virgem Maria, São José etc., e a gnóstica – atribuidora de conhecimentos privilegiados a pessoas especiais que já teriam a salvação eterna garantida. Os gnósticos supõem os escritos cristãos e os distorcem (cf. F. Aquino. A Sagrada Escritura. Lorena: Cléofas, 2000, p. 46-49. Há aí uma lista dos escritos apócrifos do Antigo e do Novo Testamento). Os escritos apócrifos não foram incluídos no cânon oficial da Bíblia (definido pela primeira vez no ano 393 e confirmado muitas vezes desde então), o que significa que não foram reconhecidos como inspirados por Deus, ainda que possam ter valor como literatura humana. 1. Como foram redigidos os Evangelhos? É certo que Jesus nada escreveu, nem recomendou a seus seguidores que redigissem algo, mas apenas que pregassem o Evangelho. Daí, da pregação e da ação de Nosso Senhor à redação definitiva dos Evangelhos decorreram algumas décadas. 1.1 De Jesus aos Apóstolos: Jesus pregou usando os recursos mais comuns de sua época (falar ao povo reunido, usar parábolas, viajar etc.). Tal pregação teve uma lenta compreensão até a Sua Páscoa. Depois dela, sobretudo com a vinda do Espírito Santo, a mensagem de Cristo foi melhor compreendida e acolhida. 1.2 Dos apóstolos às primeiras comunidades cristãs: Os Evangelhos não são uma biografia de Jesus no sentido moderno do termo. Esta segue uma linha precisa que começa no nascimento, passa pela infância, juventude, maturidade e termina com a morte. Ora, os Evangelhos fazem – podemos dizer – um caminho inverso: a partir da Ressurreição corporal do Senhor (núcleo central do Cristianismo) se relata a Sua Paixão e morte de cruz, bem como os ditos e feitos de sua vida (debates com fariseus, milagres, exorcismos, ensinamentos etc.), incluindo poucos episódios da infância ou a eles anteriores
(Anunciação, Genealogia, Existência divina...). Cada um dos evangelistas prega adaptando-se aos seus ouvintes, sem, no entanto, trair a mensagem de Cristo ou adulterá-la. Distinguiam bem o que era parádosis ou tradição (cf. 1Cor 15,3; 11,23), de mythoi ou fábulas. Estas não fazem parte da Boa Nova e devem ser banidas da pregação (cf. 1Tm 1,4; 4,7; 2Tm 4,4; Tt 1,14; 2Pd 1,16). 1.3 Das primeiras comunidades aos Evangelhos: Percebeu-se, com o passar do tempo, a importância de se registrar, de forma sistemática, todo o conteúdo que ia, aos poucos, sendo organizado por várias pessoas (cf. Lc 1,1-2). Daí, o surgimento dos quatro Evangelhos como temos hoje. 2. A composição dos Evangelhos: breve esquema O Evangelho segundo Mt foi escrito em aramaico por volta do ano 50, mas esse original aramaico se perdeu. Antes, porém, deu origem à versão grega de Mt, datada de 80. Há aqui uma troca importante: Mt em aramaico influenciou Mc (anos 60/70) e Lc (ano 75), mas estes por sua vez deram base ao texto retocado de Mt grego dos anos 80. Só Jo tem uma tradição própria, como dito, e data de cerca do ano 100. Vejamos em esquema: Mt aramaico Mt grego
Mc grego
Lc grego
Mc grego
Lc grego tradição joanina própria Evangelho de João 3. A fidelidade histórica em debate As fontes cristãs sobre Jesus são os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Contudo, aqui a crítica propõe uma dificuldade que se remove sem grandes esforços: “São verdadeiras e fiéis as narrativas históricas dos Evangelhos? Não seriam apenas fruto da fé dos primeiros cristãos?” – Em resposta, notamos que: a) Há nos Evangelhos citações históricas, geográficas, políticas e religiosas da Palestina (César Augusto e Tibério, Pôncio Pilatos, fariseus, saduceus, piscina de Betesda etc.), que supõem testemunhas oculares anteriores aos anos 70, uma vez que, nessa data, Israel foi totalmente ocupado e transformado pelos romanos. b) Os apóstolos e evangelistas falam a verdade sobre Jesus, pois, se mentissem, seriam logo desmascarados pelos adversários do Cristianismo, que não eram poucos na época da pregação oral e da redação dos textos sagrados. É verdade que alguns cristãos exageradamente piedosos imaginaram e registraram pontos apresentando um Jesus muito diferente do que Ele realmente era. Tais escritos, quase sempre lendários, não foram, ao menos em regra geral, reconhecidos pela Igreja e passaram
a constituir a chamada literatura apócrifa (oculta ou não oficial). c) É difícil conceber que homens simples e rudes da Galileia inventassem um Messias tão fora dos padrões por eles conhecidos, o próprio Deus feito homem e crucificado, algo absolutamente impensável para os judeus. Aliás, o próprio São Paulo nota que essa pregação era escandalosa para os judeus e loucura para os gregos (cf. 1Cor 1,23). Portanto, só se entende tal pregação como refletindo a verdade por eles vivenciada, compreendida por Revelação Divina e plenamente manifestada em Jesus Cristo. d) Também não é possível pensar que esses mesmos homens simples pudessem dar a Jesus a dimensão intelectual, moral e psicológica com a qual Ele se apresenta. e) Reais precisam ser, por conseguinte, os milagres atribuídos a Jesus. Eles explicam por que o Senhor conseguiu tantos adeptos em pouco tempo. Sim, pois sua pregação era dura e muitas vezes chocava-se com o pensamento popular: numa terra dominada por estrangeiros, ensinava a amar os inimigos (Mt 5,43-44); num tempo em que o divórcio era comum em Israel, Jesus o proibia (Mt 16,24-26), etc. Entretanto, o milagre decisivo para o Cristianismo é a Ressurreição corporal de Jesus. Se esta não fosse um fato histórico, mas simples fruto da fé da comunidade apenas, como ensinou, entre outros, o racionalista Rudolf Bultman (†1976), o Cristianismo estaria fundado sobre uma mentira, mentira que já dura mais de 2000 anos. Daí comentar, com precisão, o teólogo Dom Estevão Tavares Bettencourt, OSB, que, se todos estivéssemos enganados quanto à Ressurreição, esse engano “seria um autêntico portento, talvez ainda mais milagroso do que a própria ressurreição corporal de Jesus” (Curso de Iniciação Teológica. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 2013, p. 31-32. Fonte dos tópicos de a a e). Mais: a datação dos Evangelhos, fontes históricas escritas sobre Jesus, é, conforme bons autores, das últimas décadas do século I, como vimos. Ora, se não se põe em dúvida, sem mais, a existência histórica de Homero ou de Platão, cujos manuscritos distam séculos de seus respectivos autores, não se deve pôr em dúvida a autenticidade dos Evangelhos, redigidos poucas décadas após a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Breve complemento: “Jesus histórico” x “Cristo da fé” O “problema bíblico-teológico” que tenta distinguir o “Jesus histórico” do “Cristo da fé” fez correr muita tinta e envolveu diversos estudiosos a partir de 1920 em especial, mas se resume no seguinte: pelos Evangelhos como temos hoje, dizem eles, sabemos apenas o que as primeiras comunidades cristãs professaram sobre Jesus (o Cristo da fé), mas não quem Ele realmente foi e o que ensinou (o Jesus histórico). Para saber, portanto, quem foi, de fato, Jesus, seria preciso – afirmam –
“desconstruir” os Evangelhos montados pelos primeiros cristãos a fim de chegar à verdade. Ora, essa doutrina não se sustenta do ponto de vista lógico. Pois, se as melhores fontes que temos sobre Jesus são os Evangelhos e demais escritos do NT, em qual ou quais fontes esses estudiosos encontrariam dados para “passar a limpo” o NT? Não há tais fontes. E ainda: a diferenciação entre o “Cristo da fé” e o “Jesus histórico” se fundamenta em hipóteses mais ou menos gratuitas (“parece que, acho que, não tem cabimento” etc.). Não é fruto de sérias descobertas científicas. Quem crê nos Evangelhos tem neles um só Senhor, da fé e da história. Daí escrever o Papa Bento XVI: “[...] eu confio nos Evangelhos. [...] quis tentar representar o Jesus dos Evangelhos como o Jesus real, como o ‘Jesus histórico’ no sentido autêntico. Estou convencido, e espero que também o leitor possa ver, que esta figura é mais lógica e historicamente considerada mais compreensível do que as reconstruções com as quais fomos confrontados nas últimas décadas. Penso que precisamente este Jesus – o dos Evangelhos – é uma figura racional e manifestamente histórica...” (Jesus de Nazaré. São Paulo: Planeta, 2007, p. 17-18) – cf. ainda os argumentos das partes 1 e 3 desta Lição. Fontes: BETTENCOURT, Dom Estêvão; LIMA, Maria de Lourdes Corrêa. Curso Bíblico. 2ª ed. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 2016, p. 51-68. SAULNIER, Christiane; ROLLAND, Bernard. A Palestina no tempo de Jesus. São Paulo: Paulinas, 1983 (fonte válida no estudo dos quatro Evangelhos). Questionário 1. Que significa o termo Evangelho? Quantos são os Evangelhos canônicos? Quais são os sinóticos? Por que os chamamos assim? 2. Que é um apócrifo? Que diferença há entre os apócrifos de origem cristã e os de raiz gnóstica? 3. Sintetize as três fases didaticamente distintas na confecção dos Evangelhos. 4. Apresente dois argumentos em favor da historicidade dos Evangelhos. 5. Há seriedade para distinguir o “Jesus histórico” e o “Cristo da fé”? Explique. Envio das respostas: Na folha, nome completo e telefone, pergunta enumerada e a resposta. Pode enviar no e-mail a seguir: if.savio@hotmail.com ou por correio: Curso Bíblico. Rua Barão de Campinas, 307, Centro. CEP 13900-110. Amparo, SP. Ir. Vanderlei de Lima e João Félix, coordenadores do Curso Bíblico Obs.: Para ler os textos anteriores acesse o site diocesano: www.diocesedeamparo.org.br
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Notícias da Diocese de Amparo SEMINARISTAS PARTICIPAM DO I CONGRESSO MISSIONÁRIO DE SEMINARISTAS DO SULÃO
Os seminaristas de nossa Diocese de Amparo, Carlos Semensim, Juliano Amaral e João Marcos de Lima, participaram do I Congresso Missionário de Seminaristas da Macroregião Sul do Brasil, que compreende os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O congresso ocorreu na cidade de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba/PR, nos dias 10 a 15 de dezembro de 2018, na Sede das Associações Católicas da Diocese de São José dos Pinhais.
Esse congresso teve como tema “O Espírito do Senhor repousa sobre mim e me envia para anunciar aos pobres o Evangelho” (Lc 4,18). Foram dias intensos de formação missionária para os seminaristas das diversas etapas da formação em que estão inseridos. A realização desse evento se deu em parceria com o COMISE (conselho missionário de seminaristas) do regional Sul II da CNBB. O Comise se constitui como um órgão missionário da Igreja que atua em
consonância com as Pontifícias Obras Missionárias (POM), responsáveis pelas missões em seus diversos âmbitos na Igreja no Brasil e em todo o mundo. No referido evento esteve presente Dom Esmeraldo Barreto, bispo referencial da Comissão Episcopal para a missão da CNBB, e muitos outros bispos, padres e leigos, que ministraram palestras e conferências para os seminaristas em vista de uma sólida e eficaz formação missionária. A missão se faz presente em uma das dimensões formativas vividas no seminário, a dimensão pastoral-missionária; mas, como ouvimos dizer e aprendemos no congresso, a missão perpassa toda a vida e ação da Igreja, toda a sua atividade é e deve ser sempre missionária; por isso somos gratos a Deus, por ter a missão tão presente em nossa formação e em nosso seminário, pelo COMISE e COMIDI que têm contribuído muito com nossa Igreja
particular na preocupação e na vivência da missão. Para nós, seminaristas, foi um momento muito rico em nossa caminhada vocacional, o congresso nos deu a oportunidade de vivenciar e abordar o tema da missão em uma realidade diferente, com novos hábitos e costumes, pois, além da convivência fraterna com outros seminaristas, tivemos momentos de partilha e troca de experiências. Pedimos a Deus que nos preserve no coração o ardor missionário experimentado nesses dias de congresso, para que, junto de Jesus, o missionário do Pai, trilhemos caminhos de um verdadeiro discipulado, marcado primeiramente pelo amor e pela consciência de que “Todo homem e toda mulher é uma missão, e essa é a razão pela qual se vive na terra” (Papa Francisco). Seminarista Carlos Semensim
DIÁCONOS PERMANENTES PARTICIPAM DE ASSEMBLEIA ESTADUAL Aconteceu nos dias 09, 10 e 11 de novembro de 2018 a IX Assembleia Estadual Não Eletiva Dos Diáconos Permanentes CRD (Comissão Regional de Diáconos) Sul I. O encontro ocorreu no Seminário Santo Antônio na cidade de São Pedro/SP. O objetivo principal dessa Assembleia foi reunir os Diáconos Permanentes das Dioceses do Estado de São Paulo que compõem o Sul I, para um momento de convivência e formação sobre o Ministério Diaconal. O Tema que norteou o momento formativo foi: “A Inserção do Diácono Permanente do Mundo Globalizado” e o Lema: “A Vivência da Dupla Sacramentalidade do Diácono Permanente”. Foram convidados para participarem desta Assembleia os Diáconos Permanentes e também suas esposas. A nossa Diocese de Amparo foi representada pelos Diáconos: Luiz Aparecido da Silva, Nivaldo Bonomelli e João Guerino Khouri juntamente com sua esposa Lucélia Khouri. O início do encontrou ocorreu na sexta-feira, dia 09 de novembro, sendo a Abertura da Assembleia coordenada pela mesa Diretora da CRD (Comissão Regional de Diáconos) Sul I, com a apresentação da Diretoria da CRD e dos participantes. No sábado, dia 10, no período da manhã o encontro foi conduzido pelo padre Jean Rafael Eugênio Barros, da Diocese de Santo André, que refletiu o Lema: “A vivência da dupla sacra-
mentalidade do Diácono Permanente”, abordando os seguintes aspectos: -O homem Diácono na vida familiar está a serviço da família, portanto, o Diácono Permanente é o clérigo e o homem de família cuja grande responsabilidade de serviço é fazer de sua casa uma Igreja doméstica; -O sacramento da Ordem e o Sacramento do Matrimônio são os sacramentos do serviço; -Deve haver um equilíbrio entre a vida matrimonial e a vida Diaconal; -O Diácono Permanente deve possuir uma única personalidade por dois campos de vertentes: a serviço da família e a serviço da Igreja; -O Diácono é escolhido por Deus para a grande missão de servir e configurar-se sempre ao Cristo servo. A família é chamada a participar efetivamente do Ministério Diaconal; -Através do sacramento do Batismo somos chamados por Deus a sermos Sacerdotes, Profetas e Reis e devemos viver sempre esses três múnus, seja no Sacramento da Ordem ou no Matrimônio. No período da tarde o encontro foi conduzido pelo padre André Luiz Massaro, da Arquidiocese de Ribeirão Preto, que fez uma reflexão conjunta sobre o Tema e o Lema do encontro: “A inserção do Diácono Permanente no mundo globalizado”, e “A dupla Sacramentalidade”, abordando os seguintes aspectos: -É necessário haver uma boa convivência entre os sacramentos da Ordem e do Matrimônio, na pessoa do
Diácono e da esposa; -A esposa precisa nutrir dentro de si um espírito de “diaconisa”, ou seja, uma cumplicidade; -O Matrimônio e a graça do Ministério Diaconal devem ser uma só carne; -O ministério diaconal deve fecundar o Matrimônio; -O Diácono está inserido no mundo globalizado, e, portanto é importantíssimo que sempre possa testemunhar tudo aquilo que anuncia, pois o ser Diácono, ou seja, o sacramento da Ordem, está presente em sua vida a cada instante, a cada momento, vinte e quatro horas por dia. O Diácono está inserido nas complexas situações humanas e deve viver sua diaconia nos ambientes onde vive, para que, através de suas atitudes, possa tornar presentes os valores do Reino; -O Diácono deve ser sempre autêntico e nunca perder a sua espontaneidade laical; -A espiritualidade do Diácono deve ser o Cristo Servo e a Caridade Pastoral. As esposas dos Diáconos participaram de um momento de dinâmica e espiritualidade conduzidos pela psi-
cóloga Rose, esposa do Diácono João Lázaro, da Diocese de Santo André. No sábado o dia de formação foi encerrado com a Santa Missa presidida pelo padre André Luiz. No domingo iniciou-se o dia com a Santa Missa, novamente presidida pelo padre André, e em seguida ocorreu um momento formativo sobre os documentos da Igreja que falam sobre o papel dos Diáconos na sociedade e a vivência da dupla sacramentalidade. Após a formação ocorreram alguns encaminhamentos por parte da Diretoria da CRD (Comissão Regional de Diáconos), encerrando-se a Assembleia com o almoço. Peçamos a Deus que fortaleça cada vez mais a graça Sacramental dos Diáconos Permanentes, para que possam ser verdadeiros servidores na Igreja e na Família, configurando-se a cada dia com o Cristo Servo e tornando presente em nosso meio a prática da Caridade para o crescimento do Reino de Deus. Diácono João Guerino Khouri
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Notícias da Diocese de Amparo DIOCESE ENCERRA ESCOLA DE MISSIOLOGIA DO SUB-REGIONAL No final do mês de novembro encerraram-se as aulas do Curso de Formação Missionária – Escola de Missiologia em nossa Diocese de Amparo. O Curso é uma iniciativa dos Conselhos Missionários das seis Dioceses - Campinas, Bragança Paulista, Limeira, Piracicaba, São Carlos e Amparo - da nossa Sub-Região, nossa Diocese foi a quarta a acolher a Escola, que teve início em 25 de fevereiro de 2018. Os alunos, representando as diversas paróquias que compõe a Diocese, se reuniram um domingo por mês, no prédio da antiga Cúria em Amparo, sob orientação do padre Everton Nucchi, assessor do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI) com o objetivo de formação e reflexão sobre a temática da Missão. Através da escuta e aperfeiçoamento de saberes teológicos que propiciem o aperfeiçoamento humano e religioso das pessoas nas comunidades eclesiais a proposta da Escola Missionária utiliza-se do método “ver-julgar-agir” e consiste na articulação de algumas exigências que visam uma Igreja “em estado permanente de missão”. Na manhã chuvosa do sábado, 24 de novembro, os alunos foram acolhidos na cidade de Itapira pelo padre Ildefonso Luz, pároco da Paróquia N. Sra. Aparecida dos Prados, e pelo padre Everton, vigário paroquial. Padre Ildefonso presidiu a Missa de envio dos alunos que, durante todo o dia, participaram de uma Experiência Missionária na Comunidade Santa Josefina Bakhita, visitando dois a dois as casas do bairro, momento prático de tudo que foi aprendido durante o ano. A Paróquia Santo Antônio, em Itapira, acolheu no domingo, 25 de novembro, o 3º Encontro Diocesano Missionário que encerrou as atividades da Escola de Missiologia em nossa Diocese, o encontro foi aberto também à participação de todos os fiéis. A temática ‘A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída’ foi desenvolvida pelo padre Everton e pelo seminarista Carlos Semensim. Foi um dia de partilha, reflexão e avaliação das experiências vivenciadas ao longo do Curso. Padre Everton presidiu a Missa de encerramento do evento na Matriz Santo Antônio. “Não deixem que essa chama do amor de Deus pela Missão morra dentro de vocês, não deixe morrer! Continuem, para que vocês possam fazer o diferencial na nossa Diocese, não porque são melhores, mas porque estão tendo a oportunidade. Nós queremos algo melhor, precisamos ser diferentes e fazer a diferença. Não basta apenas sermos diferentes, precisamos fazer a diferença! O padre conta com vocês, acredita em vocês! Assim como
o nosso bispo e tantos outros padres, leigos e leigas. Muito obrigada pelo sim!”, disse. O assessor do COMIDI agradeceu também a toda equipe que ajudou durante o transcorrer do ano, em especial ao bispo Dom Luiz Gonzaga Fechio, padres, palestrantes e equipes de cozinha, enfim, a todos que contribuíram para que o Curso de Formação Missionária fosse uma realidade em nossa Diocese. Confira testemunhos de diversos alunos da Escola Missionária (os depoimentos na íntegra estão disponíveis no site diocesano): “A participação e frequência às aulas da Escola de Missiologia foi, para mim, de grande importância em minha formação e caminhada na Igreja. Eu pude, através do conteúdo abordado nas aulas, compreender a importância e a necessidade urgente de um despertar de consciência para a vivência da missão e a sua relevância enquanto prática eclesial. Ao longo de todo este ano, dentro de minha caminhada vocacional em vista do sacerdócio, tive a oportunidade de estar junto dos leigos e leigas de nossa diocese e perceber o quanto foi frutuoso e de grande aproveitamento também para eles tratar o tema da missão. Acredito que foi para nós, enquanto diocese, um grande passo, dado o enfoque que tem tido a missão na vida da Igreja atualmente. Com o término do ano e das aulas, cabe a nós cultivarmos tudo aquilo que foi aprendido e, na medida de nossas limitações, assumir o compromisso em nossas comunidades de levar o ardor missionário, de despertar em todos os batizados a consciência de que, como discípulos-missionários, somos chamados a viver a missão permanentemente em nossas vidas e em toda ação que realizamos na Igreja.” Seminarista Carlos Semensim “Toda a formação deste curso esteve voltada para a promoção da cultura missiológica e da integração do agente de pastoral nos contextos plurais da sociedade. Nessa perspectiva, o curso assumiu a pastoral como eixo integrador e norteador do pensar missiológico. Teve como ponto de partida a missão: formar cristãos leigos engaja-
dos por meio do ensino, prioritariamente, na ação pastoral nas paróquias. O objetivo geral foi nos formar como leigos(as), capacitando-nos por meio de um suficiente conhecimento da ciência teológica, à luz da sagrada escritura, da tradição e do magistério da Igreja, para o exercício eficaz da ação pastoral em nossa Igreja diocesana, a fim de participar de modo crítico-reflexivo e propositivo da sociedade e da comunidade eclesial na linha do discipulado e da missão.” Rosângela Aparecida Fornel – Paróquia São José Operário/Amparo “Sou uma pessoa que gosta mais de ouvir do que de falar, a Escola para mim teve momentos de muito aprendizado, as aulas ajudarão muito em minha vida com a família e a comunidade. Na Escola encontrei um jeito de ver melhor o limite de cada pessoa que Deus colocar no meu caminho.” Aparecida Lopes da Silva Santos – Paróquia São José Operário/Amparo “Nas nossas aulas aprendemos que não iríamos levar Jesus para as pessoas e sim encontrar com Ele nelas, e como fazer isso? Nas aulas você ouve apenas como devemos proceder, mas quando me deparei com a realidade, na ação concreta, confesso me deu um certo temor, uma falta de confiança em mim mesmo, de não saber falar de Jesus, de não saber partilhar a Palavra com os nossos irmãos e irmãs que estão nos recebendo, (eu falo “nos recebendo” porque a ação missionária foi feita em dupla, um homem e uma mulher). A incerteza da fé que professam, de como iriam nos receber se fossem de outra religião, ou que seriamos sabatinados pelos nossos irmãos e irmãs evangélicos, essas incertezas eram o que causavam maior ansiedade quando batíamos palma nas residências. Aí me vinha o ensinamento que também tivemos: “deixar o Espírito Santo conduzir-nos”, deixar Ele falar em nós. Essa ação missionária para mim foi uma experiência única, foi um fortalecimento, amadurecimento da minha fé e uma aprendizagem de convivência sem igual. Foi um processo de ser evangelizado pelos outros. Portanto, para ser missionário não é preciso ir para terras distantes, ir para outros países; podemos e devemos, como cristãos, ser missionários em nossa família, em nossa comunidade, em nossa cidade, enfim,
em nossa realidade atual. É aqui que nós devemos viver nosso compromisso missionário, dar testemunho da palavra de Jesus e andar como Ele andou.” José Antonio Modesto – Paróquia Santo Antônio/Itapira “Para mim ficou muito claro que a Missão deve estar dentro de nós, em nosso coração, na nossa Alma; nosso batismo é certeza do Penhor (valor) que recebemos para seguir sempre em frente, ter conhecimento das coisas de Deus, querer aprender mais, fazer acontecer onde estamos, em nossa coordenação ou pastoral, a presença de Jesus que caminha conosco e de seu Espírito que nos encoraja, nos anima, nos faz sair do lugar e ir ao encontro de nossos irmãos!” Zilda Aparecida Fritoli dos Santos – Paróquia São Pedro Apóstolo/Mogi Mirim “A Escola de Missiologia despertou em mim reflexões e percepções que antes eu não tinha. Me fez entender a necessidade de não julgar, mas acolher as pessoas diferentes de mim. Mostrou-me que é difícil ser missionária em meu dia a dia, nas pequenas coisas, mas que se eu conseguir isso, posso mudar a realidade de muitas pessoas. Entendo hoje, um pouco mais, o meu papel enquanto leiga na Igreja, e que devo fazer missão nos lugares em que a igreja não consegue chegar. Percebo a necessidade de ir ao encontro das pessoas e não mais esperar que elas venham até a igreja para conhecerem o que é Bom. Espero conseguir passar os meus aprendizados da Escola Missionária para outros e, dessa forma, ajudar a Igreja a se renovar e levar a Boa Nova aos que ainda não a conhecem. Para isso, preciso estar sempre próxima de Jesus e preciso de conversão constante, através da leitura da Bíblia, da oração e da participação dos sacramentos.” Mariane de Oliveira - Paróquia Divino Espírito Santo/Holambra “A escolha da Comunidade Santa Josefina Bakhita (Itapira) foi perfeita, pois é uma comunidade jovem onde há muito trabalho a ser realizado, e a experiência de viver ali uma missão, em especial para mim, como leigo, me fez compreender perfeitamente de que tratava o ano do Laicato, nos enviando ao encontro dos irmãos. Ao bater à porta de cada residência e anunciar que Cristo havia nos enviado para levarmos a sua pa-
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Notícias da Diocese de Amparo lavra, pude vivenciar temas que até então eram pouco conhecidos para mim, como o ecumenismo, haja vista que quando falávamos que nossa missão era levar o Cristo segundo as escrituras, famílias de outras religiões cristãs abriram as portas de suas casas e nos receberam; tivemos a felicidade de comungar da palavra de Deus através dos temas escolhidos, tivemos momentos intensos onde ganhamos abraços calorosos. Senti o significado do que Jesus pediu para seus discípulos dizerem: “A paz esteja nesta casa! (Lc 10,5)”, pois despertar o sentimento de anunciar Jesus não é fácil, e entendi que “a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita.” (Lc10,2). Tivemos alguns ‘passa depois, agora não dá’, mas o que posso dizer nesse momento é que nos dá grande satisfação saber que o nome de Jesus tem poder ao ser anunciado, e que lá fora ainda tem muita gente esperando receber sua palavra.” Aparecido Porcino - Paróquia Sagrado Coração de Jesus/Jaguariúna - Membro do COMIDI
formação. Mas no decorrer dos encontros comecei a ver que era muito mais, era de verdade um convite de mudança, era um chamado a ser alguém que de verdade vai em direção do outro. Percebi que estava sendo escolhido para ir além do que aprendi, era de verdade experimentar o serviço ao próximo, acolhendo, ouvindo, evangelizando. E não basta apenas aprender, é preciso pôr em prática, portanto acredito que a Escola de Missiologia é muito importante nesse processo de evangelização e missão. Fico feliz de ter sido escolhido para participar desta escola.” José Eloi Ferreira - Paróquia Senhor Bom Jesus do Mirante/Mogi Mirim
“Nossa missão é aqui na diocese, é em outras dioceses, mas acima de tudo, é em todos os lugares que vivemos. Ser missionário vai além de pregar o evangelho, e vivê-lo com força e convicção o tempo todo; e toda essa visão foi ampliada e fortalecida pela escola e pela experiência missionária. A experiência missionária encerrou com chave ouro todo nosso processo de aprendizado, uma vez que vivenciamos na prática a missão dentro da “nossa casa”, com nossos irmãos mais próximos e também necessitados de força, esperança e de Deus. Podemos fazer a diferença para que o reino de Deus aconteça em todos os lugares, só precisamos nos unir mais e batalhar para que a comunidade não se perca e nem feche suas portas, pois nossa diocese precisa exalar mais o perfume de Jesus e seu amor para com os irmãos.” Camila Bonelli de Milano - Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Prados/Itapira - Membro do COMIDI
“A Escola de Missiologia nos fez amadurecer muito na fé e nos ajudou a ter visões mais amplas e diferenciadas a respeito da nossa Igreja e da nossa missão nela. Como foi bem frisado, a essência da Igreja é por natureza ser missionária. Então todos nós, cristãos batizados, temos a missão de propagar o evangelho de Deus para outras pessoas. Ser missionário é divulgar a fé, sempre impulsionados pelo Espírito Santo, em todos os lugares em que estamos inseridos, como em nosso lar, trabalho, escola e na comunidade. Que no decorrer de nossas vidas possamos colher os frutos plantados nessa Escola Missionária. Que Deus abençoe a todos.” Egeu Fernando de Oliveira Santos – Paróquia São Sebastião/Amparo
“Foram domingos maravilhosos, em que pude acrescentar muita coisa ao meu saber. Aliás, as coisas de Deus só acrescentam, nunca podemos dizer que sabemos tudo. Levar o Evangelho a tantas outras pessoas, como ouvimos lá, é muito gratificante, mas para isso é preciso viver esse evangelho, partilhar com o irmão, ouvir esse irmão que muitas vezes precisa de nós. As pessoas que passaram esse tempo com a gente, ministrando seus conhecimentos, trocando experiências, foi tudo muito bom. Não podemos deixar esquecidos esses momentos em nossas comunidades. Por mais encontros assim! A Igreja em saída!” Deise Breda Porcelli - Paróquia Santo Antônio/Itapira “Quando recebi o convite para a Escola de Missiologia, pensei que seria mais uma
“Foi um grande aprendizado, uma ótima experiência poder escutar quem já foi missionário, é uma realidade que não sabemos e nem imaginamos como é. Agradeço por essa experiência maravilhosa.” Naudimara Aparecida da Conceição – Paróquia São Sebastião/Amparo
“Primeiro, foi uma alegria poder participar dessa Escola Missionária, nesse ano de 2018. O conhecimento e aprofundamento que ela trouxe foi de fato grande. Sabia pouco sobre esse tema, que me parecia ser apenas ir aos confins e levar a Palavra de Deus, e descobri que os confins estão mais próximos do que eu imaginava. Foi uma ação muito assertiva do COMIDI, que nos levou a conhecer o que é evangelizar pela Missão. Peço a Deus que esse projeto seja colocado em prática nas Paróquias e que a Escola Missionária continue, para evangelizarmos cada vez mais.” Almir Vaner Rodrigues Jorge – Paróquia São Sebastião/Amparo “Eu gostei muito de participar da Escola Missionária, foi um ano cheio de coisas novas e de um aprendizado marcante em minha vida; gostei das palestras, mas amei fazer a missão de ir de casa em casa, de ver que DEUS está em todos os lugares e em to-
dos os corações, e agora muito mais no meu coração. As pessoas têm muita necessidade de falar e de ouvir coisas boas. Se eu pensava em desistir dos dons que Deus me deu, hoje posso dizer que quero fazer mais, muito mais... Obrigada ao COMIDI!” Érica Pereira – Paróquia São Sebastião/Amparo “Queria deixar registrada a minha satisfação em ter participado da Escola Missionária este ano. Foi um ano cheio de aprendizado e conhecimento, tive a oportunidade de conhecer os palestrantes e suas experiências missionárias, o que me fez entender melhor a essência da missão evangelizadora que todos nós temos que levar adiante. Aprendemos também a ver que muitos dos dons são descobertos com o passar dos anos ou com aulas como as do COMIDI.” Danilo Oliveira Coutinho – Paróquia São Sebastião/Amparo “A Escola nos enriqueceu, mais ainda. Nós temos que ser sal e luz para os outros, mostrar esse Deus que está em nós para o outro. Ser missionário não é viver à margem dos problemas do povo, é levar na sua formação humana, social, um forte sentido de justiça e verdade. Nós temos que ter sabedoria, resistir, aguentar, esperar, solidarizar-se, acolher e escutar. Talvez o problema esteja em nós e não no outro. Ao visitar as pessoas não devemos dizer que Deus não está com elas, pois Ele está sempre presente, nós devemos partilhar sobre esse Deus.” Maurício Aparecido de Oliveira – Paróquia São Sebastião/ Amparo “O que eu posso dizer é que, nesse Curso, tive a oportunidade de aprender que ser missionário vai muito além daquilo que, para mim, seria essa “tarefa”. Ser missionário é você se dedicar, no dia a dia, a fazer com que as pessoas se apercebam das suas atitudes, da sua maneira de se posicionar sobre qualquer assunto, sempre colocando o caminho do bem e do amor à frente! Nesse Curso, conhecemos muitas formas de atuar, através dos testemunhos daqueles que nos honraram com seus ensinamentos! Espero, a cada dia, fazer valer o aprendizado!” Roseli Maria Suman – Paróquia São Sebastião/Amparo “Foi uma bênção ter participado do Curso de Missiologia. Tivemos professores que com suas experiências de missão e por ter uma vida de espiritualidade me ajudaram a entender melhor a importância de ser um missionário na vida de meus irmãos. Quero amar mais, sem condição. Quero viver a alegria de evangelizar, e que nunca me falte a oração, a compreensão e a perseverança para que eu possa evangelizar
através da minha vida em comunidade.” Selene Imenes – Paróquia São Sebastião/ Amparo “Ter participado do Curso de Missiologia ajudou-me a ter mais consciência da minha missão de evangelizar recebida no batismo. “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Peço ao Espírito Santo que me oriente e me conduza, para que possa ter disposição e alegria de levar aos outros o amor de Jesus, de forma simples e espontânea, em qualquer lugar que eu esteja, seja na família, na rua, no trabalho, na comunidade… Que através do meu testemunho possa ser sal e luz no mundo.” Maria José Souza Balbino – Paróquia São Sebastião/Amparo “Devo florescer onde Deus me plantou”. Assim inicio o testemunho como cristã após ter participado do Curso de Formação Missionária, na Escola de Missiologia, promovido pela Diocese de Amparo. Foram estudados Documentos com reflexões significativas sobre a fundamentação bíblica, teológica e antropológica da Missão. Foram partilhados por padres e profissionais, professores de universidades, com excelente vivência e atuação missionárias. Assim sendo, o legado que nos deixaram foi a motivação, a conscientização, o desejo e a alegria de tornarmos discípulos missionários. Ressaltamos a Celebração Eucarística no Encerramento do Ano do Laicato e o 3º Encontro Missionário Diocesano. Destacamos a oportunidade de vivenciar a Experiência Missionária através de visitas nas casas e a acolhida cristã pelos moradores do bairro visitado. Termino: “Pela fé os discípulos largaram tudo para seguir a Jesus e ajudá-lo na construção do Reino do Pai.” Moriza Matioli – Paróquia N. Sra. do Amparo – Catedral Diocesana/Amparo “Foi um grande aprendizado cursar a Escola Missionária. Conhecer o verdadeiro significado da Missão foi algo realmente muito transformador em minha vida. Entender e vivenciar o amor de Cristo é um sentimento único que vive está vivo em meu coração e em meu espírito. Em nossa vivência missionária, de levar a mensagem para as pessoas que nos acolheram, o melhor sem dúvida foi o de receber a acolhida e o carinho e ouvir o sentido da vida daquelas pessoas da forma mais sublime e simples. Somos missionários quando vivemos e oferecemos o amor de Cristo para todos, sem se importar com o que voltará para nós. Foi e será uma experiência enriquecedora em minha vida. Como é bom ser Missionário, como é bom ser Católica, como é bom estar em Cristo.” Paula A. Siqueira de Almeida – Paróquia N. Sra. Aparecida de Arcadas/ Amparo
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Espaço Catequético EFEITOS DO BATISMO Ensina o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, em seu n. 263, que “o Batismo perdoa o pecado original, todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado; faz participar na vida divina trinitária mediante a graça santificante, a graça da justificação que incorpora em Cristo e na Igreja; faz participar no sacerdócio de Cristo e constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos; confere as virtudes teologais e os dons do Espírito Santo. O batizado pertence para sempre a Cristo: com efeito, é assinalado com o selo indelével de Cristo (caráter)”. Detalharei a definição. O Batismo perdoa o pecado original, todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado: O primeiro efeito do Batismo é o perdão do pecado original (ausência da graça santificante que nos dá a filiação divina), como estudei com você no artigo anterior. No caso de adultos, ao ser batizada, a pessoa recebe também o perdão dos pecados atuais, aqueles cometidos de modo consciente pelo(a) errante, e ainda o perdão das penas devidas ao pecado. Que é isso? – Simples de responder: se um ladrão rouba um carro e pede perdão, fica perdoado, mas receber o perdão não isenta o errante de ter de
pagar pelo crime. Por isso ele precisa, se possível, devolver o carro à vítima e responder a um processo judicial com o risco de ser preso. Isso no campo legal. No plano moral, quem rouba quebra a ordem que Deus estabeleceu – viola o 5º Mandamento – e, ao pedir sincero perdão, tem sua falta apagada, mas permanece a pena a ser paga, ou a reparação devida pelo mal cometido (isso será melhor estudado no Sacramento da Confissão). Ora, o Batismo apaga o pecado original e – no caso de adultos – também o atual, com a pena correspondente. O recém-batizado fica puro. Faz participar na vida divina trinitária mediante a graça santificante, a graça da justificação que incorpora em Cristo e na Igreja: este efeito batismal é consequência do primeiro. Sim, uma vez limpa do pecado original e do atual com sua pena (no caso de adultos), a pessoa é elevada à condição de filha de Deus e, por efeito, à participação na vida divina. Torna-se, assim, justificada (santa). O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica diz que a justificação “dá início à livre resposta do homem, ou seja, a fé em Jesus Cristo e a colaboração com a graça do Espírito Santo” (n. 422). O ser humano batiza-
do está, como um galho no tronco (cf. Jo 15,1.5), incorporado a Cristo e, n’Ele, em seu Corpo místico, a Igreja (cf. 1Cor 12,12-21; Cl 1,24). Faz participar no sacerdócio de Cristo e constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos: Aqui, temos dois efeitos do Batismo. Primeiro, a participação no sacerdócio de Cristo (no modo comum dos fiéis, não no ministério ordenado) e, segundo, na comum união entre todos os batizados. Vou, aqui, explicar melhor o primeiro ponto: os fiéis participam do sacerdócio de Cristo ao oferecer, como sacrifício espiritual “agradável a Deus, por Jesus Cristo” (1Pd 2,5), sua própria vida no campo espiritual e temporal, na luta para crescer na santidade e colaborar na construção de um mundo mais con-
forme ao Evangelho. Confere as virtudes teologais e os dons do Espírito Santo: as virtudes teologais (de Theos = Deus) são três: a fé, a esperança e a caridade, e os dons do Espírito Santo são sete: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. O batizado pertence para sempre a Cristo: com efeito, é assinalado com o selo indelével de Cristo (caráter): o caráter é um sinal distintivo, marca ou “selo espiritual” impresso na alma humana de modo inapagável ou indestrutível, como é indestrutível essa própria alma. Nenhuma força humana ou extra-humana pode tirar do fiel a marca batismal de pertença, permanente, a Cristo.
O BATISMO DAS CRIANÇAS E OUTROS PONTOS
A fé da Igreja se fundamenta na Palavra de Deus – que é uma só, mas transmitida a nós por dois canais: a Escritura e a Tradição –, autenticamente interpretada pelo Magistério da Igreja. Portanto, é aí que se firma a prática do Batismo de crianças. A Sagrada Escritura fundamenta o batismo das crianças, de modo indireto, ao relatar que várias pessoas eram batizadas “com toda a sua casa” (cf. At 10,1-2.24.44.47-48; 16,14-15.3133;18,8;1Cor 1,16). A expressão casa (oikos, grego; domus, latim), aí tem um sentido totalizante: significa o chefe de família com todos os seus, incluindo os empregados e as crianças, que nunca
faltavam nas residências. A Tradição assegura que o costume de batizar crianças é uma prática recebida dos Apóstolos (cf. Orígenes, In Romanos lib. V. 9, PG 14, 1047; cf. S. Agostinho, De Genesi ad litteram, X, 23, 39, PL 34, 426; De peccatorum meritis et remissione et de baptismo parvulorum I, 26, 39, PL 44, 131). A palavra de Nosso Senhor, segundo a qual “quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino dos céus” (Jo 3,5) sempre foi entendida em sentido amplo, ou seja, é aplicada aos adultos e às crianças. Por isso, o Magistério da Igreja o reafirmou diversas vezes ao longo da história. Pergunta-se, no entanto: “Se o Batismo supõe a fé daquele que o pede, como entender que um bebê seja batizado se não pode expressar essa fé?” – Resposta: a criança é batizada na fé da Igreja, ou seja, na fé dos adultos (pais, padrinhos e comunidade). Ainda: o Batismo não é mera matrícula em uma associação, mas, sim, o renascimento (cf. Jo 3,5) para a vida divina; é como a semeadura, em seu ser, de uma semente de eternidade destinada a desabrochar com o tempo (cf. 1Jo 3,9). Questiona-se, então: a ação dos pais de batizarem o(a) filho(a) não seria um ato contra a liberdade da crian-
ça? – Resposta: não se pode negar que cada ser humano vem a este mundo sob certas condições dadas, porém não escolhidas. Pelo Batismo, ela é cristã; pelo nascimento biológico, é brasileira. Se aceitamos naturalmente que não lhe cabe o direito de escolher sua nacionalidade e outras circunstâncias como família ou características físicas, também devemos reconhecer que no plano espiritual, igualmente, nem tudo deve ser deixado à sua inteira liberdade e escolha. Ela pode, um dia, negar essas prerrogativas, mas não o que o fato de ser cristã e brasileira lhe deu. Se os pais querem e devem dar o melhor para os filhos no plano material (vacinação, boa escola, roupa digna etc.), e para isso não lhe pedem autorização, mas exercem sua legítima autoridade e função de pais, essa mesma autoridade e iniciativa devem ser exercidas, com muito mais ardor, no plano espiritual. Quero aproveitar para tratar das crianças mortas sem Batismo. Deixando de lado o debate teológico, digo que a Igreja reza por elas, em um Rito de Exéquias próprio, confiando-as à misericórdia divina. Ainda: sem, de modo algum, negar a necessidade do Batismo convencional quando possível, a Igreja reconhece também os batismos de sangue
e de desejo. O de sangue ocorre pelo martírio (testemunho) em defesa da fé. Vale, no caso, a máxima do Evangelho: quem dá depoimento de Cristo no meio dos homens também será por Ele testemunhado diante do Pai celeste (cf. Mt 10,32.39; Jo 12,25). Esse mártir não participou da Paixão do Senhor pelo sacramento, mas a viveu em sua própria carne. Quanto ao batismo de desejo, temos: a) o explícito que se dá com quem, de verdade, quer ser batizado (às vezes, está até se preparando), mas morre antes de poder sê-lo, e b) o implícito, que ocorre quando o anseio de ser batizado não se exterioriza (é íntimo). Deus tem mecanismos de salvar – por Cristo, em sua Igreja –, a todos os que, sem culpa própria, desconhecem o Evangelho e não chegaram a ter a oportunidade do Batismo antes de morrer. Fontes: Congregação para a Doutrina da Fé. Instrução Pastoralis Actio, 20/10/1980, e D. Cirilo Folch Gomes, OSB. Riquezas da mensagem cristã: comentário ao Credo do Povo de Deus. 2ª ed. Rio de Janeiro (Lumen Christi), 1981, p. 467-478. Padre Bruno Roberto Rossi, Paróquia São Francisco de Assis/Serra Negra Para ler os artigos anteriores acesse o site: www.diocesedeamparo.org.br
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Artigo UM SEMINARISTA AMPARENSE NOS ESTADOS UNIDOS
Prestes a completar um ano de minha vinda para os Estados Unidos, chega naturalmente o momento de olhar para trás e avaliar tudo o que Deus me permitiu experienciar nesse tempo. Todas as dificuldades, alegrias, novidades, amizades, percalços e vitórias que experimentei nesse tempo me moldaram em uma pessoa muito mais madura e confiante da minha vocação. Deixei minha família e amigos no Brasil no dia primeiro de janeiro de 2018, no meio da nossa reunião de ano novo, com todos reunidos para celebrar mais um ano. Eu sabia que esse seria um ano diferente, mas a excitação da aventura que Deus tinha reservado para mim deu lugar a uma tristeza e um vazio imenso quando chegou a hora da despedida e tive que abraçar meus pais e irmão sem saber quando os veria de novo. Existia sim a alegria por viver o novo que Deus tinha para mim, mas havia no meu coração também o humano medo diante do desconhecido. Deixei minha mãe, pai, irmão, familiares e amigos, meus irmãos de seminário, todas as minhas seguranças e entrei naquele avião sabendo que tudo estava preparado com antecedência por Deus e que, se Ele, mais uma vez, me pediu para deixar para trás tudo o que eu mais amava, é porque tinha algo muito maior preparado. Depois de quase 15 exaustivas horas, entre os aeroportos de São Paulo, Bogotá e Orlando, finalmente cheguei no pequeno aeroporto de Latrobe, a cidade onde está o mosteiro e colégio Saint Vincent no estado da Pennsylvania. Quando olhei pela janela e vi um mundo coberto de neve, parecendo aquelas cenas que vemos nos filmes de Natal, bateu a certeza de que estava longe de casa, que aquele não era o lugar onde cresci. Quando desci do avião era mais ou menos uma da manhã. Encontrei na sala de desembarque Dom Martinho, um monge do mosteiro de São Bento em Vinhedo/SP que tinha conhecido poucos meses antes da viagem e padre Chad, um monge de Saint Vincent. A calorosa acolhida dos dois foi como um abraço de Deus me dizendo: fica tranquilo, vai ficar tudo bem. A adrenalina estava correndo pe-
las minhas veias e mal pude dormir naquela noite. Perguntei sobre os horários de oração e missa na manhã seguinte, mas me disseram para descansar, pois eu deveria estar exausto. Insisti que queria participar da oração da manhã e da missa e me disseram que o sino iria tocar dez minutos antes da oração. Tentei dormir, mas foi impossível. Na manhã seguinte era tudo estranho e novo. Depois da oração e da missa, muito solenes, com som divino do órgão e músicas cantadas pelos monges, precisei colocar meu pobre inglês em prática para me apresentar e falar com as pessoas. Confesso que não entendi muito. Quando falavam comigo eu apenas acenava a cabeça e sorria, torcendo para que não fosse uma pergunta. Como um pai muito atencioso Dom Douglas Nowicki, o abade de Saint Vincent, quis ter certeza de que eu tinha tudo o que precisava nessa fase de adaptação. Na segunda semana eu já estava participando do meu primeiro retiro com os monges e conhecendo pessoas que mudariam minha história para sempre. Lembro particularmente desses dois monges que estão em discernimento para a profissão solene, irmão Cassian e irmão Barnabas. Foram os primeiros monges que conheci quando cheguei em Saint Vincent. Fizeram questão de me acolher com um abraço, de estar comigo cada momento do retiro para explicar como tudo funciona aqui e para me ajudar a me adaptar à nova realidade. Hoje os dois são grandes amigos que tenho aqui e Deus fala muito comigo através da vocação dos dois. São tantos os momentos vividos em tão pouco tempo que, se fosse relatar um por um, receio que esse texto se estenderia demais. Mas sinto que essas oportunidades de estar estudando e realizando parte do meu discernimento em um outro país é um imenso cuidado de Deus com a minha vocação, me ajudando a abrir a mente e o coração para novas realidades, a ser mais receptivo ao diferente e me chamando a sair da minha zona de conforto a cada momento, indo em direção ao outro. Sempre, em cada desafio que encontrei aqui, Deus colocou pessoas
especiais no meu caminho que não mediram esforços para fazer com que eu me sentisse amado e protegido. O começo das aulas foi particularmente difícil, pois o temor de ter aulas em outro idioma, em um sistema totalmente diferente daquele ao qual estava acostumado, certamente me trouxe receio, porém os professores foram e são extremamente preparados para lidar com alunos de diferentes nacionalidades e estão sempre dispostos a esclarecer o que for necessário. Ter aulas no período da manhã e da tarde, e alguns dias à noite, é cansativo e exige muito, ainda mais em um outro idioma, porém tem sido muito gratificante e enriquecedor saber que estou tendo uma boa formação e construindo uma base sólida para, se assim for da vontade de Deus, um dia eu me tornar sacerdote, e contribuir com a minha diocese na formação do povo de Deus. Saint Vincent é um lugar definitivamente especial. Tenho a maravilhosa oportunidade de, apesar de ser um seminarista diocesano, viver no mosteiro e poder experimentar as belezas da vida monástica. Tenho aprendido muito com a espiritualidade beneditina do “Ora et Labora”. Meus irmãos monges têm me ensinado a cultivar mais o silêncio, a me dedicar mais às minhas tarefas diárias, a buscar sempre o equilíbrio entre vida de oração, estudos e lazer e a sempre acolher como Jesus a todos os encontros diariamente. Viver no mosteiro tem me ensinado a amar e respeitar a vida religiosa, ao mesmo tempo em que tem ajudado a confirmar minha vocação diocesana. Minha experiência no seminário Saint Vincent também tem sido muita rica. Tenho experienciado diferentes tipos de liturgia, cânticos, formas de celebração e me encantado com a riqueza e beleza da Igreja em sua universalidade. Conviver com pessoas de diferentes regiões e países também é um desafio enriquecedor. Temos em nosso seminário estudantes de diversas dioceses dos Estados Unidos, como Pittsburgh, Erie, Covington, Metuchen, Altoona-Johnstown, além de países como China, Vietnã, Coreia, Líbano, Venezuela, Bolívia e México. É uma rica e frutuosa relação que a cada momento nos convida a assumir o lugar do outro, a aprender com as diferentes culturas e a entender melhor os desafios da evangelização no mundo. A experiência de estudar na cidade de Pittsburgh durante as férias de verão também foi ímpar. Encarar os desafios de uma grande diocese em um país de maioria não católica e com um número de padres longe do mínimo necessário, me fez perceber como cada vez mais é necessário rezar pela santi-
ficação e aumento das vocações. Estar em Pittsburgh em um momento tão delicado para a Igreja dos Estados Unidos e especialmente para essa diocese, é mais um sinal de Deus para que não cessemos de pedir pela Igreja e pelos desafios e ataques que ela sofre ao redor do mundo. Tenho também a graça de todas as quartas-feiras fazer meu estágio pastoral em Clelian Heights, uma escola para jovens excepcionais. Estar com meus amados alunos nessa escola me mostra a pureza do amor e como somos chamados a estar diante das mais diversas realidades. Esses jovens e suas famílias poderiam se rebelar contra Deus e se sentirem preteridos, mas, muito pelo contrário, sempre nos recebem com largos sorrisos, partilham suas vidas com entusiasmo e nos dão uma injeção de ânimo toda vez que estamos lá. Só tenho a agradecer tudo o que Deus tem realizado na minha vida nesse processo vocacional. Seja no Brasil ou nos Estados Unidos, por nenhum minuto me senti desamparado ou abandonado. Crises acontecem, com toda a certeza, mas Deus sempre tem um jeito todo especial de acalmar meu coração e falar no meu íntimo mostrando que tudo está sob controle. Agradeço ao meu bispo Dom Luiz e aos formadores da minha diocese pela confiança de permitir que eu trilhe essa etapa da minha vocação longe da minha diocese e à Saint Vincent, na pessoa do abade Dom Douglas, por fazer-me sentir em casa e tratar-me como parte da família. Acredito que uma conversa que tive com um estudante esta semana resume bem a minha caminhada. Ele me perguntou: “Do que mais você sente falta do Brasil e o que mais você gosta aqui?” Depois de refletir um pouco eu respondi: o que mais sinto falta do Brasil é da minha família, minha mãe, meu irmão, meu pai, meus amigos; e o que mais gosto nos Estados Unidos são as pessoas, que se tornaram minha família, pai, mãe, irmão, amigos. Deus se manifesta de diversas formas, mas a forma que eu mais gosto é quando Ele fala comigo através das pessoas. A questão não é sobre o lugar, Brasil, Estados Unidos, Amparo, Latrobe, mas é sobre pessoas, sobre vidas e histórias que cruzam nossa vida todos os dias e nos dão a oportunidade de ensinar e aprender algo. Temos a oportunidade de encontrar e entregar Jesus através de nossos gestos e palavras. Jesus era um especialista em olhar nos olhos e falar aos corações, e assim ele tem feito comigo todos os dias. John Stefane Galiza Torres, seminarista da Diocese de Amparo nos EUA
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Artigo QUEM FOI CHARLES DE FOUCAULD? Charles de Foucauld foi um eremita (monge solitário) que morreu assassinado por um adolescente no dia 1º de dezembro de 1916, em Tamanrasset, região do Saara, na Argélia. Sua beatificação se deu no dia 13 de novembro de 2005, em Roma. Nasceu ele em Estrasburgo, na França, no dia 15 de setembro de 1858, em um lar católico e abastado, mas aos 6 anos perdeu o pai e a mãe no prazo de 6 meses. O avô materno o acolheu e educou. Embora tímido, era inteligente e apaixonado pela leitura. Entre os 15 e os 16 anos perdeu a fé e passou 12 anos imerso na busca de prazeres efêmeros. Aos 20 anos, formou-se oficial militar em Saint-Cyr, mas, apesar de apaixonado pelos estudos e dedicado à vida militar, vivia como boêmio, graças à herança recebida do avô. Chegou a ter uma jovem como amante, embora a apresentasse como sua legítima esposa. Em 1880, foi enviado para a Argélia, mas, contra a disciplina militar, levou a amante. Devido a essas e outras insubordinações, o comandante o mandou de volta para a França. Ele obedeceu, mas,
apaixonado pelo risco e pela aventura, solicitou e foi aceito em outro regimento, no Sul da Argélia, onde deveria ajudar a apaziguar uma rebelião dos habitantes da região. Nessa expedição, apaixonou-se pela África. Esta parecia a terra apropriada a um geógrafo como ele. Pediu, então, dispensa definitiva do Exército a fim de, disfarçado de rabino, tornar-se explorador do Marrocos. Sua obra Reconnaissance au Maroc o fez ganhar a medalha de ouro da Sociedade Geográfica de Paris, em 1885, quando tinha apenas 27 anos. Continuou, no entanto, firme no estudo da língua e dos costumes árabes, pois muito o impressionaram. Queria, de novo, encontrar a Deus e pensou até em fazer-se muçulmano. Nessa época, mais precisamente em 1886, ouviu falar no Padre Huvelin, de Paris, a quem procu-rou a fim de aprender sobre religião. Na primeira vez que encontrou o sacerdote, este o persua-diu a confessar-se e em seguida lhe deu a comunhão. Firme na fé e na moral católica, por um conselho do padre que o atendera, em 1888 embarcou em peregrinação à Terra Santa. Lá, Nazaré o encantou. Afi-
nal, ali Cristo viveu por 30 anos na oração, no silêncio e no trabalho manual. Quis, então, tornar-se monge. Sob a orientação segura do Padre Huvelin, ingressou na Trapa, Ordem de vida austera nascida na França do século XVI e aprovada pelo Papa Leão XIII no século XIX. Aí permaneceu até 1897. Nesse ano, saiu a fim de viver uma vida ainda mais simples, pobre, recolhida, orante e trabalhadora como foi a de Jesus em Nazaré. Voltou à Terra Santa e se empregou em um mosteiro de monjas clarissas. Morava numa choupana muito modesta. Veio-lhe à mente o desejo de ser eremita. Padre Huvelin aprovou. Em 1901, voltou, então, à França e, após a devida preparação, no mosteiro de Notre-Dame des Neiges, foi ordenado sacerdote para a Diocese francesa de Viviers, mas com licença de morar na África. Como eremita-sacerdote, tentou evangelizar por meio do exemplo e da caridade. Lia, meditava e traduzia os Evangelhos para os tuaregues da região, compunha dicionários, denunciava com ardor a escravidão reinante, celebrava a Santa Missa, recitava a Liturgia das Ho-
ras, passava tempos em adoração a Jesus Eucarístico, rezava o Rosário, praticava a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e atendia até 100 pessoas (a maioria pobres e militares franceses) que, diaria-mente, o procuravam. Manteve-se fiel à Igreja na obediência ao Bispo e ao Padre Huvelin, seu diretor espiritual. Em 1º de dezembro de 1916, um grupo de rebeldes atacou o eremitério em que ele vivia a fim de fazê-lo refém e um adolescente do grupo rebelde o assassinou. Foi beatificado (passo anterior à canonização) em 13 de novembro de 2005, em Roma. Sua memória é celebrada em 1º de dezembro. Seus filhos e filhas espirituais estão espalhados pelo mundo em muitas ramificações que tentam, com a graça de Deus, seguir o exemplo de fé, oração, trabalho, estudo, simplicidade, caridade e muito amor à Igreja da forma como ensinou Charles de Foucauld, o penitente, místico e apostólico eremita do Saara. Ir. Vanderlei de Lima é eremita, na espiritualidade de Charles de Foucauld, na Diocese de Amparo
Forania Jesus Bom Pastor Paróquias da cidade de Amparo
PADRE CHICO É HOMENAGEADO NA FAZENDA DA ESPERANÇA
Fazenda da Esperança é o nome de uma obra que nasceu em Guaratinguetá, SP, em 1980, graças ao empenho de Frei Hans Stapel, OFM, com o objetivo de recuperar pessoas envolvidas com
todo tipo de drogas. De lá se espalhou pelo Brasil chegando, em 2011, a Pouso Alegre, MG, terra natal do padre Francisco de Paiva Garcia, o padre Chico. Em Pouso Alegre, graças ao trabalho de grande parte da comunidade local sob a liderança de frei Hans e do padre Mário Borgh, o trabalho prosperou e a capela de Nossa Senhora de Guadalupe, no interior da fazenda, se tornou pequena para as celebrações com internos, funcionários e visitantes. Uma nova igreja, cuja pedra fundamental é o suporte da imagem da Virgem de Guadalupe, foi construída graças à ajuda da população local, incluindo a família Paiva Garcia. Os vi-
trais coloridos do templo retratam as estações da Via Sacra. Na representação da décima terceira estação, a descida do Senhor morto da Cruz, tendo seu corpo depositado no colo de Maria, sua mãe, se lê, em uma placa abaixo: “In memoriam, Padre Francisco de Paiva Garcia”. Segundo Nelly Claret Garcia, irmã do homenageado, que sempre o acompanhou em suas atividades pastorais e de um modo muito especial durante sua doença, o padre Francisco, já emérito na Diocese de Amparo, ao saber da inauguração da Fazenda da Esperança em Pouso Alegre, ofereceu-se, em seu incansável zelo apostólico, para ser capelão dos internos. A saúde não
lhe permitiu realizar esse desejo, mas Nelly acredita que a homenagem no vitral da capela da clínica para toxicodependentes é uma lembrança de que, do céu, padre Chico pede a Deus pela recuperação de cada interno e pela paz em suas famílias. A homenagem ocorreu no domingo dia 10 de novembro de 2018, com uma Missa solene, e muito alegrou a amigos e admiradores do padre Francisco de Paiva Garcia, pároco da Paróquia de São Sebastião, em Amparo, por quase meio século de grandes trabalhos pastorais, sociais e estruturais. Ir. Vanderlei de Lima, eremita na Diocese de Amparo
CAFÉ DA MANHÃ COM PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA FOI REALIZADO No sábado, dia 24 de novembro de 2018, às 7h30, ocorreu, nas imediações do Terminal Rodoviário Salim Oasi, em Amparo, o Café da Manhã com pessoas em situação de rua. O evento foi organizado pelo jovem João Félix da Costa, estudante de Filosofia, de Santo Antônio de Posse, e contou com a participação de mais dois jovens, Lucas e Rogério, membros da Comunidade de Vida e Aliança Mis-
são Athos2, de Pedreira, da professora Lucélia Khouri, de Amparo, e de Dom Luiz Gonzaga Fechio, bispo diocesano. Os cerca de vinte moradores de rua participaram, de mãos dadas, de uma breve oração, e em seguida ganharam pão com margarina e muçarela, bolo, bolacha recheada, café e suco de caju, além de terem a oportunidade de conversar com os organizadores do Café da Manhã. Os ingredientes usados fo-
ram fruto da doação de dois comércios de Santo Antônio de Posse: Mega Stilus, loja de roupas na Rua João Carlos da Cunha, 97, e Estação do Pão, localizada à Rua Paulo Marun, 65. A ideia desses eventos é, segundo João Félix, “despertar a sociedade como um todo para um problema social grave que envolve vidas humanas, famílias, saúde física e mental, educação, alcoolismo, drogadição, violência,
segurança pública, etc. A presença do bispo nesses acontecimentos ajuda muito nessa conscientização geral”. Outros grupos civis, religiosos ou pessoas independentes, e a Prefeitura Municipal de Amparo, por meio de seus órgãos sociais, da saúde e da segurança aliados à iniciativa privada, também promovem ações visando resgatar a dignidade humana das pessoas em situação de rua.
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Forania Sant´Ana
Paróquias das cidades de Holambra, Jaguariúna, Pedreira e Santo Antônio de Posse
BISPO INVESTE NOVOS MINISTROS EM JAGUARIÚNA Na noite do dia 6 de dezembro de 2018 foram investidos 30 Ministros Extraordinários para Distribuição da Sagrada Comunhão, sendo 8 novos e 22 que renovaram seu ministério na Comunidade Santa Edwiges, pertencente à Paróquia Santa Maria de Jaguariúna. Em sua mensagem, o presidente da Celebração Eucarística, nosso bispo Dom Luiz Gonzaga Fechio, exortou os presentes, e de modo especial os que seriam investidos, a se colocarem a serviço dos semelhantes com qualidade fundamentada numa vida interior alicerçada na Palavra de Deus, que é a própria pessoa de Jesus, manifestação maior do amor divino por nós. A cerimônia se deu na quinta-feira da primeira semana do Advento. A partir das leituras propostas pela Santa Igreja para reflexão, Dom Luiz dirigiu à assembleia presente as seguintes palavras: “Peço aos senhores e senhoras que particularmente foram chamados para esse serviço do qual ninguém é dono: o importante é sermos firmes no serviço que fazemos. O serviço mais importante na Igreja não é aquele para o
qual a gente põe essa roupa ou aquela, não é aquele que nós temos pelo nosso estudo maior ou menor, não é aquele que aparece mais ou aparece menos. O serviço mais importante para Deus é aquele que é construído sobre a Rocha. E quando digo essa palavra, digo que ele deve ser feito como gesto de amor, de doação, de entrega. Não é fazer favor para o padre! Nós estamos na Igreja trabalhando como favor para o padre? Ou o padre fazendo favor para mim? E eu, que sou bispo, estou fazendo favor para o Papa? Um faz favor para o outro? Não! A Igreja precisa de todos nós e todos nós somos humanos. E como somos! Porque se não construirmos
sobre a Rocha, caímos. Seja quem for! Cai bispo, cai padre e até papa cai, porque ele não é dono da vida dele para se colocar no lugar de Deus e querer ser Deus. Então, meu querido ministro, minha querida ministra: que aqueles que renovam seu ministério recomecem com novo entusiasmo e possam servir de motivação para os que estão começando, neste ministério que chamamos de Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão, porque o ministério ordinário é do padre, do bispo e do diácono. Nós somos ordinários, porque somos ministros ordenados. Mas os leigos são ministros extraordinários porque a Igreja os chama por
meio do padre, e um dia eles podem deixar o cargo para assumir outra função. Essa palavra ‘extraordinário’ tem que ser vista no sentido bonito, de uma coisa maravilhosa, porque eu não fico pensando naquela pessoa que está no assento ou em algum lugar da Igreja para depois comungar, mas naquela pessoa que está naquela casa, naquele quarto de hospital, que está esperando esse Jesus! E cuidado para não entregar somente a hóstia e se esquecer de entregar Jesus, e isso serve para mim também! É certo que nem sempre estamos muito bem, mas é preciso tomar cuidado! Mas por que, se Jesus está na hóstia? É claro que Ele está. Mas, e a cara dele está onde? Não está na minha cara? E a ternura e o acolhimento d’Ele, onde estão? Se eu não mostrar isso, então infelizmente tem alguma coisa errada. Então, como é importante esse ministério para as pessoas que não podem vir à Igreja! Podermos levar esse Jesus, essa Palavra para essa pessoa se encorajar, se animar e acreditar que, independentemente da sua situação, continua sendo muito amada pelo Senhor”.
PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS CELEBRA SACRAMENTO DA CRISMA No dia 18 de novembro, às 9 horas, foi realizada na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, na cidade de Jaguariúna, com a presença de nosso ilustre bispo Dom Luiz Gonzaga Fechio e de toda a comunidade, a celebração do Sacramento de Crisma de 15 jovens que, em festa com todo o céu, junto aos Anjos e Santos e a grandiosíssima presença do Espírito Santo, disseram SIM Àquele que é Amor, Esperança e Fé, confirmando o seu Batismo como filhos de Deus e seguidores fiéis de nosso Senhor Jesus Cristo.
Que com a proteção de Nossa Senhora, iluminados pelos Dons do Espírito Santo, por onde passarem façam resplandecer a luz de Cristo. Sejam sempre exemplos de amor, o mesmo amor pelo qual Jesus entregou a sua vida pela nossa. Cada um de nós é chamado a ser luz do mundo e sal da terra. Que por onde forem exalem a essência de nosso Senhor Jesus. “Que assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras e louvem o vosso Pai que está nos Céus ” [Mateus 5, 13-16].
PARÓQUIA REALIZA ‘OFICINA DE ORAÇÃO E VIDA’
Entre os meses de agosto e novembro de 2018 foi realizado, pela primeira vez, o curso Oficina de Oração e Vida
(TOV) na Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Pedreira. Foram quatorze encontros sema-
nais e um retiro concluindo o curso em novembro. Contou-se com quarenta e cinco participantes que se reuniram às quintas-feiras. No dia 24 de novembro, em ambiente com natureza e ao ar livre, fez-se a experiência do ‘deserto’, quatro horas em silêncio e solidão, com o Senhor. Os oficinistas viveram a espiritualidade de Frei Ignacio Larrañaga, que compreende o Silêncio e a Contemplação. Entre muitos frutos deste contato íntimo com a Presença Divina, fica um encantamento especial por Jesus Cristo e pela vida, que os impulsiona a servir na Igreja e na sociedade como
católicos firmes, que se abasteceram na fonte de Água Viva e agora precisam transbordar. O TOV é um Movimento da Igreja que busca evangelizar de forma nova, cheia de vida e ardor! No dia 12 de dezembro realizou-se a Missa em Ação de Graças pelo encerramento desta turma e o convite para que novos paroquianos façam essa experiência em 2019. “Toda a espiritualidade dos TOV é franciscana e pedimos a São Francisco de Assis e Santa Clara que intercedam por nós na continuação desta missão!”, diz Andréa Milani, guia da Oficina de Oração e Vida.
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Forania São José
Paróquias da cidade de Mogi Mirim
AÇÃO DE GRAÇAS PELAS CRIANÇAS E JOVENS DO ICA A Paróquia São Benedito de Mogi Mirim celebrou Missa especial em Ação de Graças, realizada todos os anos no ICA, Instituição de Incentivo à Criança e ao Adolescente, no dia 24 de novembro de 2018, para celebrar Nossa Senhora das Graças, patrona da entidade. A Missa, presidida por frei Cristiano Piva Oshiro, teve a participação de 400 pessoas e contou com a presença das crianças e jovens atendidos e suas famílias. Eles participaram ativamente na liturgia, nos cantos com um coral, e apresentaram um pouco de suas atividades no momento do ofertório. Ao final da Missa a comunidade partilhou da confraternização. A paróquia realiza Missa no ICA a cada dois meses e na semana que antecede a Páscoa, evangelizando através da Palavra e da Eucaristia.
A entidade foi fundada em 1997, no município de Mogi Mirim, por Sofia Mazon, bem como por inúmeras pessoas, que envidaram esforços em conjunto para a concretização desse projeto. Nos primeiros anos de trabalho, algumas atividades artísticas começaram a ser desenvolvidas. De forma contínua, as diferentes
linguagens da arte institucionalizaram-se como uma eficaz e atraente alternativa educativa, tornando o ICA uma organização de vanguarda em sua utilização como ferramenta de transformação e desenvolvimento integral. Reconhecida por seu trabalho pioneiro e multiplicador e estando entre as melhores organizações do país na área da
educação e cultura, o ICA se apresenta como um espaço que valoriza o ser humano, que promove o autoconhecimento, a autoestima, o senso crítico e possibilita escolhas mais conscientes. Hoje a instituição atende 600 crianças e adolescentes em parceria com o poder público municipal, projeto garatujas em escolas municipais, com o Senac, para que jovens entrem no mercado de trabalho, e com a escola Interchange, entre outras. Maristela Mazon, atual presidente, agradeceu ao final da missa todas as parcerias feitas em 2018 e rezou para que possam dar continuidade e alavanquem o crescimento deste projeto social. Agradeceu também à Paróquia São Benedito pela diretriz espiritual e carinho que oferece, através dos frades franciscanos, às crianças e suas famílias.
MAIS DE 60 CRIANÇAS RECEBEM A PRIMEIRA COMUNHÃO NA ‘SÃO PEDRO’ Novembro de 2018 foi um mês marcado pelo Sacramento da Eucaristia na vida de 61 crianças da catequese, na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Mogi Mirim. As crianças receberam a Primeira Comunhão. Catequizandos da Matriz e das Comunidades Nossa Senhora Aparecida (Martim Francisco), Nossa Senhora Aparecida (Cavenaghi) e Menino Jesus
de Praga (Jardim Planalto), concluíram uma etapa importantíssima da catequese. Durante as celebrações realizadas na Matriz e nas Comunidades, o pároco, padre Francisco Silvestre, ressaltou a importância de as crianças e seus familiares participarem da missa e receberem o Corpo de Cristo. Foram dias de muita alegria para toda a comunidade paroquial.
LEGIÃO DE MARIA COMPLETA 30 ANOS Queremos colocar aos pés de Maria Santíssima todo o nosso louvor e agradecimento pelos trinta anos da Legião de Maria na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Mogi Mirim. Legião, esta rocha firme e fundamentada em Cristo Jesus. Pelas mãos de Maria Santíssima, nos foi confiada a missão de vivermos na fidelidade e de levar o Evangelho do amor a todos os necessitados e aflitos, que pelos desígnios do Senhor foram colocados em nossos caminhos. Três elementos são muitos impor-
tantes em nossa caminhada como Legionários: o Manual, que é instrumento de ensino para viver como Igreja de Cristo, na obediência, no serviço e na humildade; o Rosário, a oração que une Maria ao Legionário. Quando ligados através desta oração, os Legionários são como um exército em ordem de batalha, que vence o maligno no mundo inteiro; por fim, o Vexilum, que é o estandarte da Legião de Maria e exprime a ideia da conquista do mundo pelo Espírito Santo, atuando por Maria e seus filhos.
DOM LUIZ EMPOSSA PADRE BENEDITO VALÉRIO COMO VIGÁRIO COLABORADOR Dom Luiz Gonzaga Fechio, bispo diocesano, celebrou na quarta-feira, 14 de novembro de 2018, uma Missa onde deu posse ao padre Benedito Valério como vigário colaborador da Paróquia São Benedito de Mogi Mirim. Padre Benedito faz experiência na Diocese de Amparo, junto aos frades
franciscanos da Terceira Ordem Regular (T.O.R.). Anteriormente serviu na Paróquia Bom Jesus de Arujá. Para este momento vieram parentes e amigos das cidades de Matão, onde ele nasceu, e Arujá, para rezarem com toda a comunidade, pela caminhada na nova missão.
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Forania Nossa Senhora da Penha Paróquias da cidade de Itapira
VINTE E UM JOVENS SÃO CRISMADOS NA PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO EM ITAPIRA No dia 02 de dezembro de 2018, na Missa das 09h, nosso bispo diocesano Dom Luiz Gonzaga Fechio presidiu à Celebração Eucarística e ministrou a 21 jovens o Sacramento da Crisma na Paróquia Santo Antônio, em Itapira. Durante sua homilia nosso bispo enfatizou aos jovens e a todos os presentes na celebração que “nós devemos dar o nosso sim a Deus, mas não um sim introvertido, devemos dar o nosso sim com fervor, dar um sim que possa mostrar aos nossos irmãos que pertencemos a Deus, que somos filhos de Deus. Devemos defender nossa Fé onde estivermos, na faculdade, no trabalho, na sociedade, devemos ser Cristãos autênticos”.
Após a homilia, Dom Luiz seguiu com o Rito da Crisma, com o Creio por meio de perguntas, às quais todos os presentes e principalmente os Crismandos deveriam responder com força e fervor. Após o Creio seguiu-se o Rito da imposição do óleo do Crisma na fronte de cada Crismando. Ao final deste Rito o bispo disse a todos os Crismados: “Vocês sentiram o sabor do óleo do Crisma? Pois comigo não têm miséria, coloco bastante mesmo para que possa escorrer até sua boca, para que você sinta o sabor e o perfume deste óleo, pois aqui no seu Crisma é a última vez que você irá recebê-lo, então sinta o perfume e o sabor”. No momento da Comunhão, para os
crismados e suas catequistas Dom Luiz ministrou a comunhão em duas espécies. Ao final foi tirada a foto oficial
com todos os Crismados e suas Catequistas. E foram entregues os certificados da Crisma.
EUCARISTIA: O PÃO DA UNIDADE Tudo converge para a Eucaristia. O verdadeiro discípulo acaba por se tornar um missionário, pois a Eucaristia é um impulso para levar a Boa Notícia de Jesus aos mais pobres, famintos e deserdados desta terra, um impulso de amor e fraternidade que exige também levar o anúncio do reino… Ser ministro da eucaristia é um papel de extrema importância, eles zelam por um Jesus vivo! Um ministro tem uma função muito importante não somente dentro da Igreja, mas também na comunidade, é uma função de amor e doação ao próximo. O coração de Jesus se alegra ao
ver que seu exército de amor e bondade está crescendo!
No dia 31 de agosto de 2018 a Paróquia Nossa Senhora da Penha, em
Itapira, recebeu o bispo da Diocese de Amparo, Dom Luiz Gonzaga Fechio, que presidiu à Missa de investidura de 20 novos Ministros Extraordinários da Sagrada Eucaristia da paróquia. A Paróquia Nossa Senhora da Penha fica muito feliz em participar do início da caminhada desses 20 novos ministros, e deseja que Deus possa sempre estar abençoando a vida de cada um deles e de seus familiares! Nós, da Paróquia Nossa Senhora da Penha, agradecemos de maneira muito carinhosa a presença de Dom Luiz e de todos os fiéis que compareceram e prestigiaram esse momento!
Forania Nossa Senhora do Rosário
Paróquias das cidades de Águas de Lindóia, Lindóia, Monte Alegre do Sul e Serra Negra
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA REALIZA ‘ESCOLA DA FÉ’ A Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Águas de Lindóia, realizou, entre os dias 19 e 22 de novembro de 2018, a Escola da Fé. Foi um momento marcante de aprendizado e crescimento na fé. A formação foi destinada aos agentes de pastorais e aberta a todos os fiéis da paróquia. Cada noite, padre Rafael Spagiari Giron, pároco, discutiu sobre
um tema: Missa, Profissão de Fé, Sacramentos e Maria. “Foi um momento muito marcante para a nova paróquia. Os fiéis puderam aprender um pouco mais e todos ficaram animados e bem participativos durante a formação. Quando transmitimos a fé da Igreja, ela realmente contagia as pessoas”, disse o pároco, padre Rafael.
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Notícias da Diocese de Amparo DIOCESE DE AMPARO APRESENTA 2º PLANO DIOCESANO DE PASTORAL Na noite da sexta-feira, 23 de novembro de 2018, durante a Missa Festiva que encerrou oficialmente o Ano Nacional do Laicato na diocese, foi apresentado a todo o povo de Deus o documento final do 2º Plano Diocesano de Pastoral da Diocese de Amparo. A Celebração foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, na presença do clero, diáconos, religiosas, seminaristas e grande número de fiéis na Paróquia Nossa Senhora da Penha, em Itapira. “Em primeiro lugar, mais uma vez, uma palavra muito sincera de gratidão no meu coração pela presença dos meus irmãos que me ajudam mais de perto ou de uma forma diferente pelo Sacramento da Ordem, como padres, como diáconos. Agradecendo a presença das religiosas, os nossos seminaristas e de cada pessoa que não está aqui nessa igreja para ser mais um, mais uma, e preencher um lugar para dizer que nossa igreja está cheia”, disse Dom Luiz acolhendo a todos. Na Assembleia Diocesana ocorrida em abril de 2018, os leigos e leigas fizeram uma avaliação do 1º Plano Diocesano de Pastoral, ponderando a respeito dos objetivos alcançados no decorrer do período em que esteve em vigência. Após a análise os presentes votaram nas três prioridades para o novo plano. As prioridades escolhidas foram: Família Cristã, Juventude e Iniciação à Vida Cristã. “Além da gente celebrar essa festa bonita de toda a nossa Igreja Católica, que é a de Cristo Rei do Universo. Nós como Igreja da Diocese de Amparo temos mais um motivo para estar juntos, em vista do que nós recebemos aqui nesse livrinho bem fininho, mas que podemos dizer que, para ele ser produzido foram quase três anos. Eu estou aqui há dois anos e oito meses, e de quando eu cheguei em vista daquele 1º Plano de Pastoral com Dom Pedro ter vencido, não pela sua saída, mas porque já tinha mesmo estabelecida está data, nós tínhamos que começar a nos encontrar para ver como atualizar melhor a nossa caminhada de Igreja. E eu acredito e estou aqui realmente para
agradecer a vocês, desejando que essa presença seja então para você se valorizar, principalmente quem participou desde Plano e da elaboração dele nas diversas reuniões que aconteceram nas Foranias, coordenadas pelo padre Anderson, que se desdobrou com aquele Documento 105, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade - Sal da Terra e Luz do Mundo”. Em cima desse documento da nossa Igreja do Brasil nós fizemos esse texto pequenininho, fininho, porque a importância dele não é a quantidade de páginas, é o caminho que a gente fez pra chegar até ele. E eu falava bem isso, que não adiantava e gente chegar ao fim e se orgulhar de ter terminado, se fosse para descaracterizar ou desprezar, um caminho que foi feito, que não foi de uma hora pra outra, não foi de um mês pro outro, não de meia dúzia de pessoas, não foi meu e de alguns padres com quem eu sentei pra escrever isso. Aquela Assembleia Diocesana que nós fizemos na Paróquia São Benedito, em Amparo, não foi uma convocação de uma hora para outra, foi fruto de uma caminhada. E eu termino dizendo, por favor, e aqui os padres que estão presentes, no sentido de eles me ajudarem com vocês e vocês me ajudarem com eles, mas também vocês e eles podem me cobrar, eu estou dizendo deles com vocês como pastores e de vocês com eles como ovelhas, não menos importantes que os pastores, o ‘sal da terra e a luz do mundo’ é para sermos todos nós pelo nosso batismo”, refletiu o bispo em sua homilia.
Dom Luiz entregou nas mãos de todos os padres, representantes das paróquias, diáconos, seminaristas e religiosas os exemplares do 2º Plano Diocesano de Pastoral a fim de que o documento seja distribuído, conhecido e colocado em prática em toda a Diocese. Na ocasião foram apresentados também os integrantes do Conselho Diocesano de Leigos e Leigas e a nova Diretoria da Cáritas Diocesana. O Decreto de Promulgação do 2º Plano Diocesano de Pastoral institui o período de 5 anos para sua vigência: “Ao comemorarmos os 20 anos da Criação e Instalação da nossa amada Diocese de Amparo, observando as exigências da missão evangelizadora da Igreja, e com o objetivo de promover a pastoral de conjunto, incentivando principalmente a ação protagonista de nossos leigos e leigas, decretamos, obrigatoriamente, a observância e implantação do 2º Plano de Pastoral, para toda a Diocese de Amparo. Fruto de um processo participativo de elaboração que se fundamentou no estudo do Doc. 105 da CNBB “Cristãos Leigos e Leigas, na Igreja e na Sociedade. Sal da Terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14), na colaboração ativa do Clero e Agentes de Pastorais, tem por período sua vigência 5 anos, de 2019 até 2023”. “Muitos esforços foram empregados para a elaboração deste 2º Plano de Pastoral. No entanto, o esforço não parou. Próximo passo é torná-lo mais conhecido, amplamente estudado e refletido, para ser implantado. Nesse sen-
tido, ele precisa ser assumido por todos e trabalhado por todos. Todos são importantes; ninguém está ou se sinta dispensado dos trabalhos de implantação deste Plano. É preciso unir as forças, somar as capacidades, colocar à disposição os dons recebidos do Espírito Santo para que tudo possa ser feito segundo o Coração de Jesus. Contamos com você, querido agente de pastoral e movimentos, e que outros se somem a nós”, convida o Coordenador Diocesano de Pastoral, padre Anderson Frezzato, no texto que integra o documento. “Então muito obrigado a todos! Cada um e cada uma que participaram de todo esse processo, para que nós agora não terminemos, no sentido de concluirmos alguma coisa, para ficar na gaveta simplesmente, e tudo voltar a uma situação, às vezes pior. Nós podemos e devemos com a Palavra de Deus, com os documentos da nossa Igreja, com o nosso Papa, com tudo aquilo que nós temos e precisamos continuar estudando, fazer com que essas decisões, essas escolhas que fizemos, contidas nesse livrinho, possam verdadeiramente nos ajudar. Não é resolver todos os problemas, não é fantasiar e se iludir, mas é a gente como diz o ditado ‘não deixar a peteca cair’, é nós ‘não empurramos as coisas com a barriga’, porque senão a gente pode entrar Advento, a gente pode entrar Ano Novo e não vai ter nada de novo. Porque Deus ficou velho, caducou? Porque o Espírito Santo tirou férias? Não! Por que no atropelamento de tanta coisa, de tanta correria, de tanta preocupação com aquilo que não vale nada, nós não permitimos essa ação acontecer. Que a Nossa Mãe do Amparo possa estar junto com a gente, colocamo-nos todos debaixo de seu manto para que nós sejamos multiplicadores com essa Celebração de tanta coisa boa que na esperança, na nossa certeza de que Deus está junto com a gente e Maria, nós experimentaremos, com a graça Dele”, concluiu Dom Luiz. O 2º Plano Diocesano de Pastoral da Diocese de Amparo está disponível para download no site, acesse: www. diocesedeamparo.org.br