Folha Diocesana - 279

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Agenda do Bispo - Agosto 2020 02

11h – Missa na Catedral

Voz do Pastor

“Vinho novo em odres novos”

09-12h – Manhã de Oração do Clero – Lavras 04

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09h30 – Colégio de Consultores 14h30 – Atendimento Cúria 07h – Missa e Encontro com os Seminaristas do Propedêutico 09h30 – Atendimento Cúria 15h – Encontro com os Seminaristas - Lavras 09h – Missa Catedral de Mogi das Cruzes – 40 anos de ordenação presbiteral de D. Pedro Luiz 17h – Missa paróquia Santa Cruz e NS Aparecida – Abertura da Semana Nacional da Família

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11h – Missa na Catedral

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09-12h – Reunião Presidência do Regional sul 1 CNBB – São Paulo

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09-12h – Seminário para os bispos referenciais do Laicato CNBB – on-line

12

09-12h – Seminário para os bispos referenciais do Laicato CNBB – on-line

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09-12h – Reunião da Comissão Episcopal Representativa do Regional Sul 1 – on-line

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09h30 – Atendimento na Cúria

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Presença na Assembleia Eletiva da RCC Estado de São Paulo

16

11h – Missa Paróquia São Roque 19h – Missa paróquia Santo Antônio 50 anos – Parque Santo Antônio

18

09h30 – Conselho Deliberativo Cáritas - Cúria

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09-12h – Colégio de Consultores e 14h30 – Atendimento na Cúria

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09h30 – Atendimento na Cúria

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09h15 – Missa comunidade Santa Rosa de Lima Paróquia São José 11h – Missa na Catedral

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09-12h – Reunião dos bispos da Província

25

09-11h30 – Seminário Administrativo – CDP

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Marcos 2, 21-22

14h – Encontro com Seminaristas – Lavras 18h – Missa igreja do Seminário São João Maria Vianney

09-11h30 – Seminário Administrativo – CDP 14h30 – Atendimento na Cúria

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20h – Abertura on-line da Escola da Palavra Forania Aparecida

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09h30 – Atendimento na Cúria

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11h – Missa na Catedral

Agosto de 2020

+Edmilson Amador Caetano, O.Cist. Bispo diocesano

A

sociedade no tempo do ministério público de Jesus tinha a sua conduta e administração por partidos político-religiosos (fariseus, saduceus, zelotas etc). Fé e política não estão em contradição, absolutamente. O grande problema é instrumentalizar a fé para aquisição de poder político e não pensar no bem comum, especialmente em ações para os mais pobres. Mais problemático ainda é, diante do anúncio do Reino que Jesus faz, querer conservar o velho e não abrir-se ao novo, numa verdadeira conversão moral e pastoral. Quando Jesus foi questionado sobre a excelente prática do jejum, Jesus não a condena e nem decreta a sua abolição, mas ensina que é preciso converter-se. “Ninguém faz remendo de um pano novo em roupa velha; porque a peça nova repuxa o vestido velho e o rasgo aumenta. Ninguém põe vinho novo em odres velhos; caso contrário, o vinho estourará os odres, e tanto o vinho como os odres ficam inutilizados. Mas, vinho novo em odres novos.” (Mc 2,21-22) Estamos prestes a entrar novamente num período de disputa eleitoral. Desta vez serão as eleições municipais para os cargos do executivo e legislativo. Num sério regime democrático, as disputas eleitorais são uma riqueza, pois fazem a sociedade refletir e apresentar soluções para que uma administração conduza a sociedade por caminhos novos e por ações que sempre mais favoreçam a realização do bem comum. “Vinho novo em odres novos” Já onde não se tem a mentalidade de um sério regime democrático os argumentos da discussão política baseiam-se unicamente em acusações, chantagens, subornos, troca de favores e promessas de “milagres”. Em virtude deste “clima”, cada vez mais vemos em nossa sociedade, e também em nossa Igreja, as pessoas realizarem a equação, política igual a sujeira e corrupção. “Vinho novo em odres novos” Ainda bem que dentro de nossas comunidades temos irmãos e irmãs que

querem viver este período com verdadeiro espirito evangélico, participando ativamente das discussões, analisando as propostas dos candidatos, identificando argumentos simplesmente demagógicos e não vendendo o próprio voto. Ainda bem que de dentro de nossas comunidades surgem irmãs e irmãos que inspirados pela Palavra de Deus e convocados pela sua missão laical, sentem o chamado e o desejo de semear o Reino de Deus no mundo político, buscando a concretização, em palavras e gestos, dos valores do mesmo Reino. Que nunca sejam discriminados – principalmente dentro das nossas comunidades – estes irmãos e irmãs que querem viver como cristãos este momento da disputa eleitoral e quiçá o mandato de um cargo eletivo. Esta é uma maneira de ser sal da terra e luz do mundo. “Vinho novo em odres novos” No entanto, é lamentável que alguns irmãos e irmãs de nossas comunidades, nelas se engajam e delas participam visando-as como um trampolim para a vida pública. Estes são falsos irmãos e irmãs. O cristão na política não exerce uma profissão, mas a vivência da vocação laical. É lamentável também que alguns irmãos e irmãs de nossas comunidades se candidatem e como motivo eleitoral (para não dizer eleitoreiro) apresentam-se aos padres e ao bispo para anunciar o motivo da própria candidatura: “para ajudar e defender a nossa Igreja”. Ora, a Igreja não precisa deste tipo de ajuda e defesa. A Igreja tem clara a sua missão no mundo e não depende de “força política” para vivê-la. Eu, pessoalmente, não sou favorável a uma “bancada católica”. Sou favorável, sim, que católicos possam dar verdadeiro testemunho evangélico dentro do mundo da política, administrando e promovendo leis que favoreçam o bem comum e a defesa da vida, principalmente para os mais pobres. “Vinho novo em odres novos” O meu questionamento neste tempo que antecede a propaganda eleitoral é: em que grupo você está? Você está no grupo do “ainda bem” ou no grupo “lamentável”?

Folha Diocesana de Guarulhos

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