Folha Diocesana - 303

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Testemunhos Missionários da Diocese de Guarulhos

Queridos irmãos e irmãs, missionários e missionárias, “sereis minhas testemunhas”, esse é o convite do mês das missões 2022, com base no texto bíblico de Atos dos Apóstolos. É fundamental recordar que todos que receberam o batismo são convidados ao compromisso missionário como Igreja nas diversas realidades do mundo, pois a Igreja é missão. O principal objetivo da Folha Diocesana é manifestar em cada edição as ações evangelizadoras da Igreja como estado permanente de missão através da comunicação. Nesta edição de modo especial destacamos a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões que se detém em três expressões-chave que resumem os três fundamentos da vida missionária dos discípulos: “Sereis minhas testemunhas”; “até os confins do mundo”; e “recebereis a força do Espírito Santo”. O ano jubilar missionário e a motivação para a Coleta Missionária como força do projeto de Igrejas irmãs como sinal da manifestação de unidade da Igreja e testemunho da prática do bem comum. A diversidade e riqueza missionária é notável nesta edição que você lê, curte e compartilha, vejamos alguns destaques:

A realização dos Conselhos Pastorais nas Foranias conduzida pelo bispo para ouvir as comunidades e refletir sobre o resultado da Assembleia Diocesana. A visita Ad Limina dos bispos do regional Sul 1 ao Papa Francisco que demonstra através dos registros fotográfico e artigos, a força de uma Igreja simples e acolhedora capaz de revigorar a missão episcopal, mesmo diante dos enormes desafios presentes em cada realidade arquidiocesana e diocesana. A proximidade, simplicidade e acolhida do Papa Francisco, marca o encontro com os bispos e renova o convite para que sejam “evangelizadores que contraem o cheiro de ovelha e estas escutem sua voz”.

Um outro ato de alegria missionária foi a cerimônia de mais sete ordenações de diáconos permanentes que unidos aos já ordenados, marca a história da Diocese de Guarulhos e a força da Igreja povo de Deus, unida na diversidade dos ministérios, assim denominada no Concílio Vaticano II: “Para apascentar e aumentar sempre o povo de Deus, Cristo Senhor instituiu na sua Igreja vários ministérios, que tendem ao bem de todo o Corpo.” ( LG 273). Essa dimensão foi ressaltada com ênfase, como um desabafo, por Dom Edmilson Amador Caetano logo após a saudação inicial, como resposta as críticas negativas de alguns, em relação a necessidade da ordenação diaconal permanente. Que o clero, comunidades, pastorais, movimentos e organismos, acolham com humildade os diáconos permanentes, as esposas e familiares e valorizem esse dom para fortalecer a ação evangelizadora no mundo.

A evangelização da juventude também é destaque através da realização do Viva-a-Vida com excelente organização e participação. Enfim, desejo a todos que o mês missionário revigore o ânimo missionário e que juntos possamos alcançar o que rezamos na Oração do Criador escrita na carta encíclica Fratelli Tutti “...infundi nos nossos corações um espírito de irmãos. Inspirai-nos o sonho de um novo encontro, de diálogo, de justiça e de paz. Estimulai-nos o sonho de um novo encontro, de diálogo, de justiça e de paz. Estimulai-nos a criar sociedades mais sadias e um mundo mais digno, sem fome, sem pobreza, sem violência, sem guerras. Que o nosso coração se abra a todos os povos e nações da terra, para reconhecer o bem e a beleza que semeastes em cada um deles, para estabelecer laços de unidade, de projetos comuns, de esperanças compartilhadas.”

COMO CHEGAM AS OFERTAS DAS MISSÕES:

1 - Durante o ano, em especial no mês de outubro, no Dia Mundial das Missões, as comunidades e paróquias recebem ofertas para as missões.

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– Estas ofertas são enviadas para a diocese, que recolhe toda a arrecadação das comunidades e paróquias.

3 – Até o final do ano, as dioceses repassam o valor total das ofertas para a direção nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM)

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– As POM do Brasil repassam os valores à Direção e Secretariado Internacional das POM em Roma, reservando 20% para a animação missionária e para a administração nacional.

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– Na Assembleia Geral, no mês de maio, Roma avalia, aprova e destina os recursos para os Projetos nos cinco continentes.

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– Os destinatários prestam contas do uso do dinheiro recebido justificando com documentos e testemunhos de gratidão.

O mês missionário nos convida a gestos concretos de solidariedade. Em todas as Igrejas do mundo realiza-se, no penúltimo final de semana de outubro (22 e 23) a coleta missionária, destinada de forma integral para a missão universal.
Jornalista Responsável PE. MARCOS V. CLEMENTINO MTB 82732 Orientação Pastoral PE. MARCELO DIAS SOARES Editoração Eletrônica DENIS SAVIANI FILGUEIRAS Tiragem: 25.000 Gráfica: MAR-MAR CÚRIA DIOCESANA DE GUARULHOS Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima, Guarulhos - 07122-210 11 2408-0403 www.diocesedeguarulhos.org.br folhadiocesana@diocesedeguarulhos.org.br SUMÁRIO EXPEDIENTE FOLHA DIOCESANA EDIÇÃO 303 | OUTUBRO 2022 3 VOZ DO PASTOR 4 VIDA PRESBITERALSEMINÁRIO 5 LITURGIAMÊS MISSIONÁRIO 6 BÍBLIA 7 PASTORAL DO MENORFALANDO DA VIDA 8 e 9 VISITA AD LIMINA 10 ORDENAÇÃO DIACONAL 11 ACONTECEU - VIVA A VIDA 12 ROMARIA DIOCESANA 13 SINODALIDADE E MISSÃO 14 59ª ASSEMBLEIA CNBB 15 CALENDÁRIO - OUTUBRO 16 VAI ACONTECER EDITORIAL 2 Folha Diocesana de Guarulhos

AGENDA DO BISPO | OUTUBRO 2022

01 08h - 17h – Congresso Diocesano da Pastoral Familiar

02 11h15 – Missa Catedral

02 18h – Missa - São Francisco – Gopoúva

03 20h – Missa - Paróquia Santa Mena

04 09h – Presidência do Regional Sul 1

04 19h30 – Missa Com. São Francisco – Par. São Paulo Ap.

05 09h30 – Codipa

05 14h30 – Atendimento Cúria

05 18h – Missa Capelania Stella Maris

06 09h30 – Conselho de presbíteros

06 19h30 – Missa paróquia N. Sra. Aparecida – Jd. América

07 09h30 – Atendimento Cúria

07 12h – Missa Catedral - Semana da Vida

08 08h - 17h – Formação – Ministério da Visitação – CDP

08 19h – Crisma Paróquia Santo Alberto

09 08h – Missa Encontro do Terço dos homens – CDP

09 11h – Crisma paróquia Sag. Família – Paraiso

09 14h – Celebração 1º Escrutínio – Neocatecumenato

12 07h30 – Missa paróquia N. Sra. Aparecida – Cocaia

12 10h – Missa comunidade N. Sra. Aparecida – paróquia Sa grado Coração de Jesus – Normandia

12 17h – Missa e bênção da pedra fundamental – com. N. Sra. Aparecida – paróquia Santa Luzia – Alvorada

13 07h - 11h30 – Seminário Propedêutico

13 19h30 – Missa com. Santa Edwiges – paróquia N. Sra. Apa recida – Cocaia

14 - 16 • Assembleia das Igrejas Particulares do Estado de São Paulo – Aparecida

17 09h – Reunião dos bispos da Prov. Ecl. de São Paulo

18 20h – Missa - Santa Rita – Jd. Cumbica – 25 anos

19 09h30 – Reunião do Clero

19 13h30 – Formadores do Seminário diocesano

20 14h30 – Atendimento Cúria

21 09h30 – Atendimento Cúria

21 15h – Encontro com os seminaristas – Lavras

21 20h – Missa e Admissão à Ordem Sacra do Diaconado Pa róquia Santa Cruz e N. Sra. Aparecida

22 09h – Crisma paróquia São José

22 16h – Crisma paróquia Santo Antonio – Vila Augusta

23 09h – Iniciação Cristã – paróquia N. S. Fátima – Aracília

23 16h30 – Palestra ECC 3ª. Etapa

23 18h30

24 19h

26 09h30

26 14h30

28 07h

28 09h30

28 20h

29 10h30

Missa ECC 3ª etapa

Missa paróquia São Judas Tadeu – Mogi Guaçu

Economato

Atendimento Cúria

Missa - Santuário São Judas

Atendimento Cúria

Missa paróquia São Judas – Jd. Alice

Missa Santa Mônica –Jubileu de Prata

As Comunidades Eclesiais Missionárias

Em nossa diocese estamos vivendo o pós Assembleia Diocesana de Pastoral, que aconteceu no mês de março. Estamos levando mais tempo que no passado para traçar ações concretas. O motivo é que se optou por incrementar o nosso modo “sinodal” de ser Igreja. Foi dado mais tempo para a escuta. Após a Assembleia foram ouvidos os coordenadores diocesanos das Pastorais e Movimentos. Tivemos também a escuta do Conselho Diocesano de Pastoral. Entre os meses de agosto e setembro foi o momento de o bispo ouvir os Conselhos Forâneos de Pastoral. Este grande tempo de escuta para aplicação das prioridades escolhidas na XI Assembleia Diocesana de Pastoral, está chegando a seu término.

Entretanto, uma das coisas que mais clamam em nossa pastoral, é a vivência do pilar da missionariedade através das “pequenas” Comunidades Eclesiais Missionárias (CEM), que necessitamos restaurar na diocese e, ao mesmo tempo, neste retomar, mesmo em tempos de pandemia, precisamos deixar explícito que somos uma Igreja em saída. Na escuta das foranias percebe-se que há um anseio de ir ao encontro das pessoas. O mundo cada vez mais urbano, onde angústia o individualismo e a solidão, é uma porta para o Evangelho. Temos realmente que nos preocupar com a existência de tantas pessoas que vivem sem força – e situação agravada pela pandemia – encontram-se deprimidos, precisando de uma restauração pelo anúncio do Evangelho. Quanta coisa boa pudemos experimentar durante o tempo mais rígido da pandemia através das novas tecnologias de comunicação. No entanto, não somos e nunca seremos uma Igreja virtual. Somos a Igreja do encontro e da comunhão.

Uma das ações concretas vamos começar a realizar neste mês de outubro, mês das missões. No dia 08/10 iremos ter

uma formação diocesana do Ministério da Visitação, que é uma forma de expressarmos o ser “Igreja em saída”. Um Ministério que deverá em primeiro lugar tocar o coração das pessoas com o anúncio explícito de Jesus Cristo, como Senhor e Salvador. Um anúncio que leve as pessoas, a partir de suas próprias casas, a um encontro pessoal com Jesus Cristo. Aqui, são competentes, os irmãos e irmãs que experimentaram e experimentam, a partir das CEM, esta vivência. Irmãos e irmãs sustentados pelos pilares da Palavra e do Pão. Não é um modo técnico de fazer. É algo que brota do âmago da missionariedade inscrita no coração de cada discípulo de Jesus.

Em segundo lugar, é preciso também deixar claro e de maneira inequívoca, que o seguimento de Jesus, o discipulado, não se faz individualmente e de maneira solitária. O seguimento de Jesus só é possível em comunidade, na CASA. Ligado a este segundo lugar, vem o terceiro lugar: a missionariedade da Igreja só será forte e perseverante continuidade, com o multiplicar-se das Comunidades Eclesiais Missionárias pelo território da nossa diocese. Portanto, o Ministério da Visitação, tem esta finalidade: Anunciar –Realizar Comunhão – Congregar – Enviar para Anunciar.

Estas CEM devem possuir as mais variadas expressões, conforme o Espírito Santo de Deus vai nos concedendo ser. Podem nascer a partir dos Grupos de rua. Podem multiplicar-se com a já consagrada ação das CEBs. Podem ser oriundas da diversidade e experiência de Jesus Cristo, a partir dos mais variados Movimentos. Podem nascer a partir dos mais variados espaços celebrativos que possamos ter em nossas paróquias. Não há como limitar a “criatividade” do Espírito Santo. Nem queiramos limitar a ação do Espírito.

As CEM não podem ser um “gueto proselitista e espiritualista”, pelo contrário, devem estar abertas a todas as realidades circundantes. Toda vivência eclesial deve também abrir-se para a dimensão sociotransformadora do Evangelho. Esta dimensão, sabemos, é expressa pela sustentação do pilar da caridade.

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de profissão religiosa 29 17h – Crisma paróquia N. Sra. Aparecida – Inocoop 29 19h – Crisma paróquia São Roque 30 11h15- Missa Catedral VOZ DO PASTOR

VI - O Sacerdócio Consagrados pelo Reino.

Continuamos nossa caminhada na fascinante aventura de descoberta da vocação até a sua concretização segundo a vontade de Deus. No mês anterior falamos sobre o primeiro grau da ordem e nesta edição falaremos sobre o segundo grau da ordem: “Ordo presbyterorum”. Mas porque este sacramento recebe o nome de Sacramento da Ordem? Talvez, no mês anterior, já devíamos ter falado sobre isto mas, se não aconteceu, é porque teria que ser neste mês mesmo. Então vamos lá.

A segunda parte do Catecismo da Igreja Católica, se não leu ainda, fazemos um apelo para lê-lo, nos coloca diante da celebração do mistério cristão e nos apresenta os sete sacramentos da Igreja. O artigo 6 nos apresenta o sacramento da ordem. “Ordem na antiguidade designava um corpo constituído”. Ordenação é a integração em uma ordem. A ordem dos presbíteros.

Mas de onde nasceu o sacerdócio católico? Sabemos que no Antigo Testamento havia uma tribo responsável pelo oferecimento do sacrifício e serviço litúrgico. Sabemos também que o povo do Senhor é um povo sacerdotal. Mas, o sacerdócio hierárquico católico nasceu em uma quintafeira, a Quinta-feira Santa. Era noite, Jesus se reuniu com seus apóstolos, o Eterno Sacerdote quis ali instituir o sacerdócio para perpetuar sua presença. “E tomando o pão, deu graças, o partiu e o distribuiu dizendo: - Isto é o meu corpo, que é entregue por vós. Fazei isto em minha memória”(Lc 22,19). São quatro relatos que testemunham este acontecimento. Os três relatos sinóticos e a Carta aos Coríntios. Nela os gestos e as palavras de Jesus revelam o núcleo sacramental.

Jesus não tomou o pão e disse comam, mas Ele disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo... não disse: bebam, mas disse: Tomai, bebei, este é o cálice do meu sangue... aqui estava instituído o sacramento de sua presença perpétua, mas e quem faria? Quem ofereceria o sacrifício? Ele instituiu o sacerdócio dizendo: Fazei isto em memória de mim. Aqui estava apresentado o núcleo do sacerdócio. Sim, ali na última ceia, Jesus ordena os apóstolos. E inaugura um novo sacerdócio. Não mais como no Antigo Testamento.

Eis como o ritual de ordenação reza: “Senhor, Pai santo, [...] já na Antiga

“Que alegria quando ouvi que me disseram: ‘Vamos à Casa do Senhor!’” (Sl 121/122,1).

Aproveitamos o espaço aqui dispo nibilizado para um grande convite a to dos da Diocese: é de grande alegria para nós, do Seminário Imaculada Conceição, a presença dos fiéis em nossa Casa de Formação para a participação da Santa Missa!

Todas as quintas-feiras às 19h30 o Seminário abre as suas portas para re ceber os fiéis das paróquias para celebrarmos juntos o Santo Sacrifício de Cristo.

PRESBITERAL

Aliança se desenvolveram funções sagradas que eram sinais do sacramento novo. A Moisés e a Aarão, que pusestes à frente do povo para o conduzirem e santificarem, associastes como seus colaboradores outros homens também escolhidos por Vós. No deserto, comunicastes o espírito de Moisés a setenta homens prudentes, com o auxílio dos quais ele governou mais facilmente o vosso povo. Do mesmo modo, as graças abundantes concedidas a Aarão. Vós as transmitistes a seus filhos, a fim de não faltarem sacerdotes, segundo a Lei, para oferecer os sacrifícios do templo, sombra dos bens futuros...”. Mas, para que o sacerdócio ministerial? “O sacerdócio ministerial está a serviço do sacerdócio comum, ordena-se ao desenvolvimento da graça batismal de todos os cristãos. É um dos meios pelos quais Cristo não cessa de construir e guiar a sua igreja. E é por isso que é transmitido por um sacramento próprio, o Sacramento da Ordem.”(CIC 1547).

Pela santa ordenação, o presbítero é configurado a Cristo cabeça e age como “In Persona Christi”. Sabemos, porém, que o sacerdote é um homem sujeito às fraquezas humanas. Deus o escolheu dentre os homens e não dentre os anjos. “Mas trazemos este tesouro em vaso de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus” (2 Cor 4,7). E o sacramento fica prejudicado quando o sacerdote não é santo? Quando não age segundo as exigências do seu ministério, do seu estado de vida? O Catecismo lembra que, mesmo que o sacerdote não tenha uma vida exemplar, o sacramento por ele celebrado tem sua validade e eficácia.

Sabemos que, assim como o sacramento do batismo, o sacramento da ordem confere um caráter indelével. Quem o recebe, o recebe uma vez para sempre. Feito ministro de Cristo “para servir de instrumento em favor da sua Igreja. Pela ordenação recebe-se a capacidade de agir como representante de Cristo, cabeça da Igreja”

Que grande graça é ser chamado a este ministério. Trata-se de uma eleição mesma de Deus. Não sabemos os critérios dos quais Ele se utiliza para o chamado. O certo é que, é uma vocação! E os que são chamados devem estar conscientes de que sua vida não mais lhes pertence. A vida deve ser também sacrificada junto ao Grande Sacrifício do altar. Um sacerdote deve ser hóstia também imolada. Sua vida, como incenso oferecido na Santa Missa, se queima para perfumar a vida dos fiéis. Em síntese, o padre é feito tudo para todos. “tornei-me tudo para todos, para de alguma forma salvar a muitos.” (1 Cor 9,22)

Em sua paróquia tem um sacerdote? Louve e agradeça a Deus. Ele não é o melhor sacerdote do mundo? Seja compreensível e reze para que seja santo. Os sacerdotes carecem de orações, carecem de pessoas que se interessem por suas vidas e por suas dores. Carecem de amigos que lhe ofereçam ombros para chorar suas dores. Ofereça orações e colabore também com seu padre em sua paróquia.

Senhor, enviai muitas e santas vocações sacerdotais para nossa Igreja. Sacerdotes segundo o Teu coração.

“A Eucaristia, presença salvífica de Jesus na comunidade dos fiéis e seu alimento espi ritual, é o que de mais precioso pode ter a Igreja no seu caminho ao longo da história” expressa São João Paulo II na Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia. De fato, não pode existir uma vida espiritual sem a participação na Eucaristia – é ela que motiva e impulsiona a comunidade na vida da missão e da santidade.

O Papa Francisco, recentemente na Carta Apostólica Desiderio deside ravi, relembra que “não poderíamos ter outra possibilidade de um verdadeiro encontro com Jesus senão na comunidade que celebra”. Por isso, reiteramos o convite do Seminário: venha participar de nossas Santas Missas às quintas-fei ras às 19h30 – se chegar mais cedo, às 18h30, temos Adoração ao Santíssimo Sa cramento. Aproveite venha também no primeiro sábado de cada mês, às 9h, para a Santa Missa dos Amigos do Seminário. É uma alegria termos a sua presença conosco na Casa do Senhor no Coração da Diocese.

VIDA
3º Ano de
4 Folha Diocesana de Guarulhos
VOCAÇÃO E SEMINÁRIO

O preceito dominical (Parte I)

O católico é obrigado a participar das missas aos domingos?

Instituído para amparo da vida cristã, o domingo adquire, naturalmente, também um valor de testemunho e anúncio. Dia de oração, de comunhão e alegria, ele repercute sobre a sociedade, irradiando sobre ela energias de vida e motivos de esperança. O domingo é o anúncio de que o tempo, habitado por Aquele que é o Ressuscitado e o Senhor da história, não é o túmulo das nossas ilusões, mas o berço de um futuro sempre novo, a oportunidade que nos é dada de transformar os momentos fugazes desta vida em sementes de eternidade. O domingo é convite a olhar para diante, é o dia em que a comunidade cristã eleva para Cristo o seu grito: ‘Maranatha: Vinde, Senhor!’ (1Cor 16,22). Com esse grito de esperança e expectativa, ela se faz companheira e sustentáculo da esperança dos homens. E domingo a domingo, iluminada por Cristo, caminha para o domingo sem fim da Jerusalém celeste, quando estiver completa em todas as suas feições a mística Cidade de Deus, que ‘não necessita de Sol nem de Lua para a iluminar, porque é iluminada pela glória de Deus, e a sua luz é o Cordeiro’”

A participação da Santa Missa aos domingos é um compromisso de particular importância em nossa experiência de fé. O Catecismo da Igreja Católica ensina-nos que a celebração da Eucaristia dominical, do Dia do Senhor, está no coração da vida da Igreja. “O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito”. (Catecismo da Igreja Católica, n. 2177)

No entanto, antes de ser uma obrigação para nós católicos, a participação da Santa Missa aos domingos é uma exigência que está inscrita na essência da vida cristã. Por isso, na Igreja nascente, não havia o preceito dominical, já que os fiéis tinham a assembleia dominical como o ponto mais alto e importante da vida espiritual.

Na Igreja antiga a participação da missa dominical era uma obrigação de consciência, que tem sua razão der ser na necessidade interior que os cristãos

(Ap 21,23) (São João Paulo II, Dies Domini, n. 84).

dos primeiros séculos sentiam tão intensamente, assim a Igreja Católica nunca deixou de afirmar, embora, no início, não julgou ser necessário prescrevê-la.

Mas, com o tempo, devido à tibieza ou à negligência de alguns, a Igreja teve de explicitar aos fiéis o dever da participação na Missa aos domingos. Na maior parte das vezes, fez isso sob a forma de exortação, mas, às vezes, também recorreu a disposições canônicas concretas.

O primeiro e o mais importante mandamento da Igreja determina que somos obrigados a participar da Santa Missa aos domingos e nas solenidades de preceito: “No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis têm obrigação de participar na Missa” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2180). Cumprimos esse preceito se participarmos da Santa Missa celebrada em rito católico, no próprio dia festivo ou na tarde do dia anterior.

A Fé em Jesus Cristo testemunhada Numa Perspectiva Missionária

Todos nós que recebemos por adoção, o Selo do Espírito Santo Vivificante de Jesus Cristo no batismo, temos a possibilidade de sermos uma feliz e generosa resposta de amor a Deus, na obra da evangelização. Somente a Igreja e seus filhos, revestidos da virtude da fé, podem oferecer em todos os tempos, aquela grande Esperança, Jesus Cristo, que nenhuma criatura humana, pode oferecer para “restituir a alegria e a esperança dos corações!

A fé em Cristo, nos proporciona sermos todos Nele, encontrados e irmanados; no Amor de Jesus, somos recebidos e reencaminhados como comunidades embaixadoras da esperança e da salvação. Vivenciando a alegria da fé, nesta perspectiva da animosidade missionária, seremos curados de muitos males: nossas vitimizações próprias, a síndrome da desgraça do desânimo, onde já somos derrotados antes mesmo de tentarmos algo.

Exatamente neste cenário de vida, que o amor a Jesus Cristo e aos irmãos, nos solicitam a sermos luz e esperança de Deus; cada um de nós deve perguntar-se? Minha existência, tem esperançado o mundo? Tenho sido esperança de Deus, aos outros? O Papa Francisco na Frattelli Tutti, afirma: “ ao passarmos por este mundo, devemos deixa-lo um pouco melhor ás futuras gerações, do que nós o encontramos; o que você tem feito com a sua existência, de modo que esse mundo seja mais bonito e mais esperançoso? ”.

Cada cristão é importante neste processo de animadores da esperança cristã; chamados a sair de dentro dos escombros escuro do nosso “Eu”, egoísmo, para fora, para os outros, para a vida; se estiveres longe, faça-se perto. Talvez, que nosso maior problema não seja a fé; temos fé e cremos, porém, o problema consiste na “crise do seguimento”; sua fé o leva seguir Jesus Cristo até qual estação da vida?

A cura do egoísmo é possível mediante o antídoto da fé; vivendo a experiência da fé, a experiência de Deus, nesta perspectiva de nos dispor a contribuir no processo de “reconfiguração” e revitalização missionária, de modo a

MISSIONÁRIO

recuperarmos o dinamismo pastoral na evangelização e o rosto das nossas pastorais, de modo que a pastoralidade diocesana exprima a verdadeira alegria beleza do Evangelho de Jesus Cristo.

Estamos oportunamente favoráveis a evangelização, onde a Igreja tem a voltar a missão de “humanizar a humanidade”! Precisamos voltar a aprender a conviver e a nos socializar; ajudar as pessoas ir ao encontro do Mistério de Deus; de modo que passemos a olhar mais, para o Cristo, e menos para o tamanho do peso da cruz de cada dia. Viver não é uma cruz, é um dom maravilhoso.

Se nossas pastorais e movimentos, não se tornam efetivamente instrumentos dinamizadores na evangelização, em vã, é nossa existência cristã. A vida cristã se torna “pacata”, não atrativa! A começar pela linguagem que nós usamos em nossa maneira de evangelizar hoje. As pastorais e movimentos, cada batizado, somos individualmente uma “energia divina”, que unidos ao corpo de Cristo (a Igreja), ao nosso pastor diocesano, dom Edmilson, formando uma única “sinergia” com mais potência, para sermos Igreja luz, em toda a nossa imensa cidade de Guarulhos. Manifestando a todos, a gloriosa esperança redentora de nosso Senhor Jesus Cristo.

Neste ano, estamos celebrando o ano jubilar missionário, comemorando os 50 anos de campanhas de animação missionárias que tem animado a Igreja no brasil e, despertado uma consciência mais missionária da fé; este ano com o tema: “A Igreja é Missão” o lema: “Vós sereis minhas testemunhas” (atos 2,).

Façamos bem essa novena missionária uma oportunidade para sermos reanimados na evangelização. Motivemos os gestos concretos da campanha; nas mídias sociais das Pontifícias Obras missionárias estão disponíveis, vídeos curtos com testemunhos para cada dia da novena, que nos ajuda e certamente nos encoraja na animação missionária.

Deus abençoe nossa diocese e todas suas comunidades. Deus abençoe todos quantos, evangelizam neste solo sagrado da cidade de guarulhos. Deus recompense a entrega, a dedicação e sacrifício dos nossos catequistas e de cada irmão irmã evangelizador.

Folha Diocesana de Guarulhos 5
LITURGIA
MÊS

Quatro Grupos, Quatro Tradições E uma só Fé

Hoje em dia os judeus formam um grupo racial homogêneo, ligado à linhagem de sangue e preocupados com sua unidade racial e religiosa. Entretanto, o povo de Deus do Antigo Testamento foi formado pela união de quatro grupos distintos:

- Mosaico: grupo dos ex-escravos do Egito; sobressaiu-se sobre os outros (hegemonia); chegaram em 1200 a.E.C. em Canaã, instalando-se nas montanhas;

- Sinaítico/beduínos: associou-se ao Grupo Mosaico no deserto do Sinai (grupo de Raguel/Jetro, sogro de Moisés – ver Ex 18, 1-27). Pertenciam a grupos nômades do Oriente e eram originários de Seir e Edom

- Nômades (Abraâmico): remanescentes dos patriarcas, itinerantes arameus, que viviam nas estepes, desertos e montanhas;

- Hapirus: camponeses escravos fugitivos, rebeldes e excluídos das cidades-estado cananéias; viviam nas montanhas e estepes da Palestina. Às vezes, aparecem como um bando de homens e mulheres que vendem sua liberdade, colocando-se a serviço dos reis das cidades-estado, ora como bandos armados e hostis aos reis de Canaã e, portanto, ao Faraó. Constitui-se uma classe social em meio a diversos povo e não uma etnia. Sendo camponeses escravos fugitivos ou excluídos das cidades-estado, saqueavam territórios de reis cananeus. Da palavra hapirus se originou a palavra hebreus (descendentes de Heber, antepassado de Abraão (ver Gn 10, 24).

Esses grupos se miscigenaram entre si e formaram o antigo Israel da Bíblia, unindo suas histórias, tradições e elementos da fé. Ex: o sacrifício de animais vem da tradição dos pastores (grupo abraâmico), as tradições do Êxodo vêm do grupo mosaico (que se tornou hegemônico) e a adoração a um único Deus (monoteísmo) veio do grupo sinaítico.

Do mesmo modo, ao lermos os textos bíblicos do Antigo Testamento, acreditamos terem sido escritos de uma só vez. A formação de cada texto do Antigo Testamento demorou muito tempo para que chegássemos ao texto final que lemos hoje.

Temos três etapas básicas para a formação de um texto bíblico:

- fase dos fatos: o cenário histórico e o contexto de cada fato narrado, fruto de acontecimentos;

- fase oral: as informações sobre os fatos fundamentais da história do povo eram contadas de geração em geração de forma oral; neste processo, havia um “filtro” que selecionava os fatos principais e mais importantes;

- fase redacional (escrita): nesta etapa, os textos começam a ser escritos, mas também selecionados por um “filtro” que estabelecerá os escritos mais importantes para a fé do povo; surgem textos provisórios, que, depois sofrerão acréscimos ou supressões até o texto final, que lemos hoje.

Com isso, podemos começar a entender a origem dos escritos bíblicos, que compreende basicamente quatro tradições literárias, desenvolvidas ao longo do tempo, cuja redação final se deu no período pós-exílico (538 – 320 a. C.).

É importante compreender que a consolidação e união das quatro tradições se deu no Pentateuco e em alguns Livros Históricos do Antigo Testamento. Por isso, o Pentateuco sofre acréscimos, ampliações, reinterpretações e repetições até sua redação final.

As quatro tradições literárias são: a Javista, a Eloísta, a Deuteronomista e a Sacerdotal.

TRADIÇÃO JAVISTA(J): remonta do ano 1000 a.C.; surge no Sul (Judá); coloca interesse maior nos patriarcas, de modo especial em Abraão; episódios marcantes: Adão e Eva, Abel e Caim, Dilúvio, Torre de Babel, Sodoma e Gomorra, etc.; uso do nome JAVÉ, como se fosse o nome mais antigo de Deus; no auge da monarquia davídica, faz-se a redação das tradições sobre Abraão em Hebron/Judá: ver Gn 13, 14 – 18; 18 – 19; destaca-se a ação heróica de Judá na história de José: 37, 26; 43, 1 – 2; em Gn 38 apresenta a genealogia de Davi; defesa da monarquia (Gn 49, 8 – 12; Nm 24, 7.17); importância dada às mulheres e preferência pelos pequenos (caçula); desprezo pelos cananeus e promessas a Abraão.

TRADIÇÃO ELOÍSTA(E): No ano 900 a.C., surge no Norte (Israel); seu interesse maior é o tema Aliança; diferenças “acidentais” em relação a J = o essencial é quase o mesmo (mesma fé, patriarcas, etc); evidência maior: José e Raquel (mãe); santuários: Siquém e Betel; uso da palavra Elohim para falar de Deus; Horeb para falar do Monte Sinai; Jetro (sogro de Moisés, em vez de Raguel ou Hobab, como em J); estilo popular e incisivo; evita antropomorfismo: Deus é “mais distante” do ser humano; referência maior ao Profetismo (Gn 20, 7; Ex 15, 20; Moisés)

TRADIÇÃO DEUTERONOMISTA(D): Surge no ano de 722 a.C. –questões: a terra e a monarquia; não foi fundido a J e E – apenas justaposta; apresenta um código legislativo e pregações atribuídas a Moisés (sermões); o livro do Deuteronômio funciona como apêndice (conclusão) do Pentateuco; anuncia o amor de Deus através da história de Israel e a Aliança – idéia implícita em toda a JEP.

TRADIÇÃO SACERDOTAL(P): Surgiu durante o Exílio da Babilônia (587 – 538 a.C); interesse nos temas: leis, genealogias, cifras, etc.; ênfase maior na Lei e Liturgia, de linha legalista e litúrgica (ver Levítico); idéia transcendente de Deus; estilo obscuro, redundante e abstrato; fundiu as três tradições (J, E e P) numa só obra literária; aproveitou bem o status de redator final; (Ex 25 – Nm 10 +Lv); acréscimos: Nm 13, 15; 17 – 19; 25 – 31; 33 – 36)= 87 capítulos!!!; deixou-nos alguns Salmos: 19, 8 – 15; 85; 96 – 98; 113; 116; 118; 119.

Pe. Éder Aparecido Monteiro Vigário Paroquial - Paróquia Sta. Cruz Pres. Dutra
6 Folha Diocesana de Guarulhos
BÍBLIA

Projeto Roda de Conversa Com o Padre

O“Projeto Roda de Conversa com o Padre” no âmbito das unidades da Fundação CASA* foi retomado com Dom Edmilson no mês de maio.

De lá para cá, mensalmente um dos padres da nossa diocese visitou as Casas Guarulhos e Guaiy.

Além da Casa Serra da Cantareira também solicitar o projeto, recebemos relatos da direção das unidades, cujos mencionam que as visitas dos leigos e membros de nossa pastoral é de considerável importância para esse momento de reestruturação psicossocial dos adolescentes, entretanto, nada se compara quando um de nossos sacerdotes, sejam seminaristas, diáconos ou padres visitam os meninos.

A aproximação e o respeito por esta “autoridade” religiosa são de uma espiritualidade indescritível, nos fazendo crer, ainda mais, que o amor tudo pode, tudo vence e tudo supera, assim como S. Paulo nos traz em uma de suas mais belas cartas.

Estiveram na F. Casa recentemente os Padres Alex, Salvador, Fábio Herculano, Bruno Batista, Weber e já confirmada a presença do Padre Rodrigo, além de termos cadastrado como membro ativo o recém ordenado Diácono Jair, os prés- diáconos José Célio e Silvio (divinos presentes). Que Nossa Senhora renove o SIM de todos membros da Pastoral do Menor e abençoe todos os religiosos da nossa diocese que colaboram com esta missão.

Um abraço caloroso a irmã Maria das Virgens que sempre se recorda de nós e usando as palavras do Padre Salvador: “Expresso a minha alegria por esta experiência excepcional de ENCONTRO E DE ESCUTA”. Assim como foi pontuado por ele na benção que nos enviou através de áudio por Wattsapp é importante a presença da MÃE igreja nesses locais, que faz os adolescentes se sentirem confiados e esperançados.

PASTORAL

E se você que nos lê, quiser conhecer esse trabalho, fazer parte do grupo em ação e oração faça contato com a Pastoral do Menor.

* A Fundação CASA é uma autarquia do governo do estado de São Paulo que desenvolve programa sócio – educativo para adolescentes privados de liberdade

Educando CriançasComo elogiar uma criança sem prejudicá-la?

magine que o seu chefe fez um elogio dizendo que você é muito inteligente e tem grande potencial para crescer na empresa. Claro que você se sentiria feliz, mas talvez isso aumentaria a sua responsabilidade e afetaria a sua segurança em aceitar novos desafios. Se elogios dirigidos à pessoa afetam a vida de um adulto, imaginem o que fazem na mente de uma criança. O problema não está no ato de elogiar e sim na maneira como ele é feito; como veremos, o correto é elogiar o esforço e não o resultado.

Crianças educadas na presença de adultos, normalmente recebem muitos elogios dentro da família. São tratadas como as mais lindas, mais inteligentes, mais capazes, etc. Quem elogia, faz na boa intenção de aumentar a autoestima incentivando a busca de bons resultados. Mas a Psicologia demonstra que os elogios podem ter efeito contrário gerando comportamentos de insegurança e esquiva. A Psicóloga americana Carol Dweck, da Universidade Stanford, aplicou um teste de inteligência em 400 crianças onde a

Imetade delas recebeu elogio pessoal com a frase: Parabéns, você é muito inteligente e as demais com a frase impessoal: Parabéns pelo seu esforço.

Num segundo teste, aqueles que receberam elogio pessoal apresentaram resultado 20% inferior ao outro grupo. O estudo mostrou que faz muita diferença elogiar o processo ao invés da pessoa. A criança super estimulada positivamente tende a ficar insegura e a evitar novos desafios, pois teme não conseguir repetir as façanhas que renderam elogios anteriores. Faz sentido, pois ninguém quer ter frustrações, sobretudo considerando que vivemos sob a Ditadura da felicidade que prega que temos que estar felizes o tempo todo.

Uma educação que visa o equilíbrio e o bem-estar, precisa levar em conta que a tristeza e o fracasso fazem parte da vida e são importantes no processo de amadurecimento. As experiências negativas, nos ajudam a refletir e aceitar as coisas como elas são e não como gostaríamos que fossem. A melhor maneira de elogiar é focalizar o processo ao invés do resultado. Que tal se no lugar de frases como: Parabéns você é o melhor, disséssemos: Fiquei muito feliz com o seu esforço? Sem dúvida, sairia um peso muito grande dos ombros de quem ouve e uma frase muito mais honesta da boca de quem elogia.

João Rafael, Heitor Manuel e Luiz Gabriel (colaboradores mirins leigos) com a Irmã Maria das Virgens Bruna de Melo Souza Pastoral do Menor Diácono Jair FALANDO DA VIDA
Folha Diocesana de Guarulhos 7
DO MENOR

NO TÚMULO DE SÃO PEDRO

No dia 19/09, oficialmente aconteceu o início a Visita Ad Limina Apostolorum do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). De hoje, até a próxima sexta-feira, dia 23, os bispos dos sub-regionais Aparecida, São Paulo e Sorocaba tiveram encontros nos diversos Dicastérios da Cúria Romana.

Logo pela manhã, parte do episcopado paulista se reuniu na Basílica de São Pedro para Santa Missa que aconteceu na cripta onde o Apóstolo está sepultado. A celebração foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Aparecida, dom Orlando Brandes que, com seus irmãos, refletiu a dimensão de doação do ministério episcopal e motivou-os no bom êxito das atividades pastorais em suas arquidioceses e dioceses: “com a fé de Pedro, apascentemos o rebanho, não por coação, mas por convicção!”.

EM QUATRO DICASTÉRIOS

A visita ao Dicastério para o Clero, na manhã do dia 21/09, contou com a apresentação da realidade presbiteral nas sub-regiões de Aparecida, São Paulo e Sorocaba. O bispo diocesano de Santo Amaro, dom José Negri, relatou a experiência ministerial dos padres nas 19 dioceses que integram o grupo na Visita Ad Limina 2022.

NA CATEDRAL DO PAPA

No dia 20/09, os bispos das sub-regiões Aparecida, São Paulo e Sorocaba iniciaram o segundo dia da Visita Ad Limina Apostolorum com Missa na Basílica São João de Latrão.

A celebração, realizada na Igreja que é a Catedral da Diocese de Roma, foi presidida pelo cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo.

“Renovamos a nossa profissão de fé e também a unidade com o Papa no serviço à Igreja e ao Evangelho”, destacou Dom Odilo ao explicar à equipe ampliada de comunicação do Regional Sul 1 que a Cátedra do Papa representa o ensino da verdadeira fé. Como São Pedro recebeu de Jesus o encargo de confirmar seus irmãos na comunhão, “nós bispos, em nossas dioceses, temos a missão de ensinar a fé e, aqui, manifestamos a colegialidade e a corresponsabilidade”, finalizou o cardeal Scherer.

Após a celebração, o episcopado esteve no Dicastério para os Bispos, cujo relator foi Dom Odilo. Ainda pela manhã, a programação prevê a visita ao Dicastério para a Doutrina da Fé, com a relatoria de Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano de Santo André e presidente da Comissão Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que leva o mesmo nome do departamento romano. O Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica também acolheu os bispos com a relatoria do bispo auxiliar de São Paulo, Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ.

Dom José explicou que, ao todo, nas três sub-regiões, o Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) possui 1.758 padres diocesanos e 1.298 padres religiosos, contabilizando 3.056 ministros ordenados que somam à ação evangelizadora nas dioceses, cuidando das comunidades paroquiais e serviços eclesiais existentes. Os bispo de Santo Amaro também disse dos sacerdotes infectados pela Covid-19 e das conquistas e desafios da Pastoral Presbiteral.

No encontro dos bispos com o Dicastério para a Educação Católica, dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar de São Paulo, falou sobre a atuação da Pastoral da Educação nas dioceses em três partes, a saber, nas escolas públicas, nas escolas católicas e nas universidades. Dom Carlos também ressaltou a inclusão conjunta da Pastoral do Ensino Religioso em algumas realidades.

O programa também abarcou a visita ao Dicastério para a Evangelização.

O bispo diocesano de Guarulhos e vicepresidente do Regional, dom Edmilson Amador Caetano, como relator do encontro, falou sobre a experiência no campo da evangelização e da enculturação nas dioceses, e acentuou a importância do Santuário Nacional de Aparecida no processo evangelizador. A inserção na Jornada Mundial dos Pobres também foi enfatizada na apresentação.

8 Folha Diocesana de Guarulhos

O arcebispo metropolitano de Sorocaba, dom Júlio Endi Akamine, SAC, presidiu Missa nesta manhã do dia 22/09, na Basílica Santa Maria Maior.

A celebração foi o primeiro momento da Visita Ad Limina do dia. “A ressurreição de Cristo revela uma nova realidade, é a irrupção do Novo, para além de toda novidade! Trata-se da Nova vida, do Novo ser em Cristo. Cristo ressuscitado transformou total e profundamente o coração humano”, afirmou dom Júlio aos seus irmãos no ministério, reunidos em oração, ao explicar que na Visita Ad Limina, os bispos participam de um ‘Novo’: “experimentamos o Novo da colegialidade episcopal que não é um simples sentimento de solidariedade, mas um estar sempre junto com os irmãos no episcopado”. O arcebispo indicou também que, com as atividades em Roma, os bispos têm a oportunidade de estabelecer comunhão com os colaboradores do Papa nos dicastérios e, ao mesmo tempo, “receber deles informações sobres as esperanças, as alegrias e as dificuldades da Igreja universal”, finalizou.

IGREJA MISSIONÁRIA EM SAÍDA

Na tarde do dia 22/09, os bispos das Províncias Eclesiásticas de Aparecida, São Paulo e Sorocaba participaram da segunda seção da visita à Secretaria de Estado. O encontro, que tratou das relações da Igreja com as autoridades estatais, contou com a presença de dom Paul Richard, secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé. “Podemos destacar a presença da imensa Arquidiocese de São Paulo e do Santuário Nacional de Aparecida que recebem, por ano, aproximadamente 5 milhões de romeiros. Além destas 19 dioceses latinas, no Regional Sul 1 estão situadas as sedes da Eparquia Católica Maronita e Católico Greco-Melquita”, afirmou o arcebispo metropolitano de Sorocaba, dom Júlio Endi Akamine, SAC, relator da audiência, ao apresentar o perfil das dioceses cujos bispos participam do encontro.

Dom Júlio destacou a ação eclesial paulista em estabelecer uma estrutura de Igreja missionária em saída, como pede o Papa Francisco: “Testemunham concretamente esse esforço a colaboração missionária com a Diocese de Pemba, em Moçambique, desde 2018, o Projeto Missionário ‘Norte 1 – Sul 1’, que existe desde 1994, e o Projeto ‘Igrejas Irmãs’, criado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 1972”.

Na manhã do dia 23/09, 25 bispos paulistas e um padre administrador diocesano das regiões de Aparecida, São Paulo e Sorocaba tiveram um encontro com o Papa Francisco, que “representa a comunhão universal da fé da Igreja”, como destacou o cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo. Atividades de hoje encerram itinerário que contou com agenda em 10 dicastérios da Cúria Romana durante os últimos dias. “Encontramos Pedro, aquele que nos confirma na fé e pelo qual estamos unidos em nosso ministério episcopal”, disse o bispo diocesano de Guarulhos e vice-presidente do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Edmilson Amador Caetano, após a audiência.

PEDRO
Folha Diocesana de Guarulhos 9 20 22 O NOVO DA COLEGIALIDADE EPISCOPAL ENCONTRAMOS

Ordenação Diaconal Permanente

Realizou-se em 10 de setembro de 2022 a Ordenação Diaconal de 7 Candidatos da Escola Diaconal São Lourenço, na Paróquia São Judas Tadeu – Jardim Alice – Forania Fátima – da Diocese de Guarulhos. Um momento marcante para a nossa diocese, pois é a primeira grande ordenação da escola diaconal que presenteia a diocese com mais 7 novos diáconos permamentes para serviço à Igreja particular de Guarulhos.

Pela imposição das mãos de Dom Edmilson Amador Caetano, estes irmãos no ministério agora pertencem ao clero de Guarulhos para auxiliar o nosso bispo diocesano no pastoreio dos fiéis confiados a nós em nossas paróquias.

Que continuemos a formar candidatos para a nossa diocese, e que estes nossos irmãos possam sempre testemunhar o Cristo Servidor, que veio para servir e não ser servido, na vida das nossas paróquias e principalmente auxilando nosso bispo.

São Lourenço, diácono e mártir, rogai por nós…

Diácono Reinaldo Bonatti Formador da Escola Diaconal São Lourenço

Ana Sueli e Diácono Claudinei DIÁCONOS E SUAS RESPECTIVAS ESPOSAS: Diácono Cláudio e Maria da Conceição Rita de Cássia e Diácono Daniel Helena e Diácono Jair Giselda e Diácono Jenivaldo Rosilene e Diácono José Augusto Simone Helena e Diácono Marcos Aurélio
10 Folha Diocesana de Guarulhos

Aconteceu em 04 de setembro no CDP a 17ª Viva a Vida. E nesse ano, o evento voltou a ser presencial, com a participação de jovens de toda a diocese.

Na recepção, os jovens foram acolhidos recebendo adereços nas cores da forania que pertencem. A estrutura do evento contou com um palco onde os eventos ocorreram, barracas de comidas, lojinhas, expositores e tendas representando as vocações, além de um spinner 360 que fez a alegria dos que estavam presentes.

Na parte da manhã, após a abertura, aconteceram as apresentações do Ministério Santos pelo Amor e do Ministério DNA. Em seguida o povo caiu na folia com o CarnaCristo.

Ao meio-dia aconteceu a Santa Missa, presidida por Dom Edmilson.

E na parte da tarde, os shows vocacionais da Comunidade Católica Cenáculo Vivo, da Comunidade Católica Shalom (que apresentou uma bela encenação teatral) e da Comunidade Católica Colo de Deus. Muita música, muita emoção e muita alegria!

E antes do show de encerramento, aconteceu o encerramento do VOC’artes com a premiação dos vencedores das diversas competições que aconteceram durante o dia. E depois o momento em que as foranias puderam entoar seus “gritos de louvor”.

E finalizando, o show de encerramento com Davidson Silva, considerado hoje uma das vozes mais bonitas da música católica. Durante o show aconteceu um momento de adoração ao Santíssimo com muita unção para encerrar esse grandioso dia.

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Aconteceu

Romaria Diocesana de Guarulhos Ao Santuário de Aparecida

No dia 17 de setembro, aconteceu a 8ª Romaria da Diocesana de Guarulhos ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Excepcionalmente, às 9h, a Santa Missa foi presidida por Dom Otacílio Ferreira de Lacerda, Bispo de Guanhães – MG, que pertencia ao clero da Diocese de Guarulhos e aceitou com alegria o convite da coordenação diocesana de pastoral e Dom Edmilson Amador Caetano que no mesmo período estava em Roma para participar da visita Ad Limina com o episcopado do Regional Sul 1.

O clero, religiosos(as), consagrados(as), leigos e leigas, compareceram com entusiasmo e gratidão deste momento após o período intenso de pandemia, isolamento e restrições. Que a Virgem Aparecida, Padroeira do Brasil, interceda pela ação evangelizadora da Igreja em Guarulhos.

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Sinodalidade e Missão: Lugar das Jovens e dos Jovens

AAssembleia Eclesial da América Latina e Caribe e o Sínodo sobre a Sinodalidade tiveram início na mesma época: Outubro e Novembro de 2021. Os dois acontecimentos são processos abertos, iniciados, mas sem data de conclusão. São um verdadeiro desafio colocar a Igreja Povo de Deus, em sinodalidade, a caminho, em missão.

O papa Francisco pediu que a Assembleia Eclesial retomasse Aparecida e assim o fizemos. Na verdade, muitas reflexões da Conferência de Aparecida já tinham sido feitas nas Conferências passadas, sobretudo nas de Medellin e Puebla: a opção preferencial pelos pobres, a opção preferencial pelos jovens, as comunidades eclesiais de base, a centralidade da Palavra, a participação das mulheres, as culturas e a interculturalidade, a missão, entre outras.

A Assembleia Eclesial, com o Documento de Aparecida nas mãos, a partir testemunhos, de reflexões teológico-bíblico-pastorais e dos trabalhos em grupos, alertou nossa Igreja latino-americana para 41 desafios pastorais e, juntos, chegamos à escolha de 12 prioridades, sem deixar de lado os desafios. Entre as prioridades, chamou a atenção que a primeira delas tenha sido: “Reconhecer e valorizar o protagonismo dos jovens na comunidade eclesial e na sociedade como agentes de transformação”.

O que já se disse sobre a Juventude na Igreja após o Vaticano II?

A Conferência de Medellín (1968) afirmou quefrequentemente os jovens identificam a Igreja com os bispos e os sacerdotes. Por não terem sido chamados a uma plena participação na comunidade eclesial, não se consideram como integrantes da Igreja. A linguagem comum da transmissão da palavra (pregação, documentos pastorais etc.), são-lhes muitas vezes estranhos e por isso não têm influência em suas vidas. Esperam dos pastores que não somente divulguem princípios doutrinais, mas que os provem com atitudes e realizações concretas. Dá-se o caso de jovens que condicionam a aceitação dos pastores à coerência de suas atitudes com a dimensão social do Evangelho: («…o mundo, disse Paulo VI, nos observa hoje de modo particular com relação à pobreza e à simplicidade de vida…»). (Med 5. Juventudes 1.1.5).

Na Conferência de Puebla (1979) a Igreja fez a “opção preferencial pelos jovens” e afirmou que “confia neles e que eles são a sua esperança” (DP 1186), além de que os jovens devem sentir que são Igreja, experimentando-a como lugar de comunhão e participação. Por isso, a Igreja aceita suas críticas, por reconhecer-se limitada em seus membros, e os quer gradualmente responsáveis na sua construção até que os envie como testemunhas e missionários, especialmente à grande massa juvenil. Nela, os jovens sentemse povo novo, o povo das bem-aventuranças, sem outra segurança que a de Cristo; um povo dotado de coração de pobre, contemplativo, em atitude de escutar e discernir evangelicamente, construtor de paz, portador de alegria e de um projeto libertador integral em favor, sobretudo, de seus irmãos jovens. (DP 1184).

Para Puebla, é preciso investir fortemente na Pastoral Juvenil pois a juventude não se pode considerar em abstrato, nem é um grupo isolado no corpo social. Por isso, ela requer pastoral articulada que permita comunicação efetiva entre os diversos períodos da juventude e continuidade de formação e compromisso depois, na idade adulta. (DP 1204).

Santo Domingo (1992) dá continuidade ao apoio e àquele espaço que os jovens devem ocupar nas suas comunidades e ressalta que na Igreja da América Latina, os jovens católicos organizados em grupos, pedem aos pastores acompanhamento espiritual e apoio em suas atividades, mas necessitam sobretudo em cada país de linhas pastorais claras que contribuam para uma pastoral juvenil orgânica” (SD 113).

Os bispos em Santo Domingo chegam a prometer:

Nós nos propomos executar as seguintes ações pastorais: – Reafirmar a “opção preferencial” pelos jovens proclamada em Puebla, não só de modo afetivo mas também efetivamente; isto deve significar uma opção concreta por uma pastoral juvenil orgânica, onde haja um acompanhamento e apoio real com diálogo mútuo entre jovens, pastores e comunidades. A efetiva opção pelos jovens exige maiores recursos pessoais e materiais por parte das paróquias e das dioceses. Esta pastoral juvenil deve ter sempre uma dimensão vocacional. (SD 114).

Em Aparecida (2007), a Igreja é chamada a estimular a pastoral dos adolescentes, com suas próprias características pois o adolescente procura uma experiência de amizade com Jesus (DAp 442) e, além disso, os jovens e adolescentes constituem a grande maioria da América Latina e do Caribe e representam enorme potencial para o presente e o futuro da Igreja e de nossos povos, como discípulos missionários (DAp 443). Aparecida ainda acentua a importância da Pastoral da Juventude pois ela “ajudará os jovens a se formar de maneira gradual, para a ação social e política e a mudança de estruturas, conforme a Doutrina Social da Igreja, fazendo própria a opção preferencial e evangélica pelos pobres e necessitados” (DAp 446e).

Na Exortação Apostólica Christus Vivit, elaborada depois e como fruto do Sínodo sobre a Juventude (2019), o papa Francisco pergunta: ‘‘Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos a todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nossos olhos mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenhais medo de ir e levar Cristo a todos os ambientes, até às periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor». E convida-nos a levar, sem medo, o anúncio missionário aos locais onde nos encontrarmos e às pessoas com quem convivermos: no bairro, no estudo, no desporto, nas saídas com os amigos, no voluntariado ou no emprego, é sempre bom e oportuno partilhar a alegria do Evangelho. É assim que o Senhor Se vai aproximando de todos; e pensou em vós, jovens, como seus instrumentos para irradiar luz e esperança, porque quer contar com a vossa coragem, frescor e entusiasmo” (CV 177).

Qual o espaço que a juventude tem ocupado na Igreja, hoje?

Quando levamos em conta todos os documentos da Igreja que estimulam e valorizam a participação da juventude, todas as últimas JMJs, a recente priorização da Juventude pela Assembleia Eclesial e tantos outros bons propósitos, nos perguntamos: Eles ajudaram ou fizeram realmente a juventude ocupar o seu espaço dentro da Igreja e na sociedade? Sim e Não!

Há comunidades, paróquias, dioceses nas quais a juventude é protagonista e tem grande envolvimento na participação e nas tomadas de decisão. Elas – comunidades, paróquias, dioceses – entenderam o ensinamento de Puebla que afirma que os jovens devem sentir que são Igreja, experimentando-a como lugar de comunhão e participação. E ainda, que, aceitam suas críticas e os quer gradualmente responsáveis na sua construção e os enviam como testemunhas e missionários, especialmente à grande massa juvenil (DP 1184).

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MENSAGEM DA CNBB

Sobre o Momento Atual

“Se nos esforçamos e lutamos, é porque pusemos a nossa esperança no Deus vivo, que é o salvador de todos” (1 Tm 4,10).

Reunidos no Santuário Nacional de Nossa Sen hora Aparecida, Padroeira do Brasil, de 28 de agosto a 2 de setembro, para a etapa presencial da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, nós, bispos católicos, em colegialidade e comunhão, nos dirigimos a todos os homens e mulheres de boa vontade.

Como pastores, temos presente a vida e a história de nossas comunidades, o rosto de nossa de gente, marcado pela fé, esperança e capacidade de resiliência. Nossas alegrias e esperanças, tristezas e angústias (cf. Gaudium et Spes, 1) são as mesmas de cada brasileira e brasileiro. Com esta mensagem, queremos falar ao coração de todos.

Nossa fé comporta exigências éticas que se traduzem em compaixão e solidariedade concretas. O compromisso com a promoção, o cuidado e a de fesa da vida, desde a concepção até o seu término natural, bem como, da família, da ecologia integral e do estado democrático de direito estão intrinsica mente vinculado à nossa missão apostólica. Todas as vezes que esses compromissos têm sido abalados, não nos furtamos em levantar nossa voz. “A Igreja é advogada da justiça e dos pobres, exatamente por não se identificar com os políticos nem com os in teresses de partido” (Bento XVI, Discurso Inaugural da Conferência de Aparecida).

Com a esperança que nos vem do Senhor e que não nos decepciona (Cf Rm 5,5), reconhecemos o tempo difícil em que vivemos. Nosso País está envolto numa complexa e sistêmica crise, que es cancara a desigualdade estrutural, historicamente enraizada na sociedade brasileira. Constatamos os alarmantes descuidos com a Terra, a violência lat ente, explícita e crescente, potencializada pela flexi bilização da posse e porte de armas que ameaçam o convívio humano harmonioso e pacífico na socie dade. Entre outros aspectos destes tempos estão o

desemprego e a falta de acesso à educação de quali dade para todos. A fome é certamente o mais cruel e criminoso deles, pois a alimentação é um direito inalienável (cf. Papa Francisco, Fratelli Tutti, 189). Segundo relatório da Organização das Nações Uni das para a Alimentação e a Agricultura (FAO, 2022), a quantidade de brasileiras e brasileiros que enfren tam algum tipo de insegurança alimentar ultrapas sou a marca de 60 milhões.

Como se não bastassem todos os desafios es truturais e conjunturais a serem enfrentados, urge reafirmar o óbvio: Nossa jovem democracia precisa ser protegida, por meio de amplo pacto nacional. Isso não significa somente “um respeito formal de regras, mas é o fruto da convicta aceitação dos va lores que inspiram os procedimentos democráticos [...] se não há um consenso sobre tais valores, se perde o significado da democracia e se compromete a sua estabilidade” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 407).

Ao comemorarmos o bicentenário da Inde pendência do Brasil, é fundamental ter presente que somos uma nação marcada por riquezas e po tencialidades, contudo, carente de um projeto de desenvolvimento humano, integral e sustentável. Vítimas de uma economia que mata, celebramos as conquistas desses 200 anos de independência con scientes de que condições de vida digna para todos ainda constituem um grande desafio. É necessário o compromisso autêntico com a verdade, com a pro moção de políticas de Estado capazes de contribuir de forma efetiva para a diminuição das desigual dades, a superação da violência e a ampliação do acesso a teto, trabalho e terra. Comprometidos com essas conquistas e inspirados pela cultura do diálogo e do encontro, podemos ser uma nação realmente independente e soberana.

É motivo de preocupação a manipulação reli giosa e a disseminação de fake News que têm o pod er de desestruturar a harmonia entre pessoas, po vos e culturas, colocando em risco a democracia. A manipulação religiosa, protagonizada por políticos e

religiosos, desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser deba tidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com o Evangelho e com a verdade.

A corrupção, histórica, contínua e persis tente, subtrai o que pertence aos mais pobres. A Lei da Ficha Limpa, que proíbe que condenados por órgãos colegiados possam se candidatar a cargos políticos, é uma conquista popular e democrática, que deve ser promovida, juntamente com outros mecanismos de controle que garantam a ética na política.

Mesmo com todos esses desafios, a dinâmica da democracia nos coloca, mais uma vez, num pro cesso eleitoral. Tentativas de ruptura da ordem in stitucional, veladas ou explícitas, buscam colocar em xeque a lisura desse processo, bem como, a con quista irrevogável do voto.

Pelo seu exercício responsável e consciente, a população tem a capacidade de refazer caminhos, corrigir equívocos e reafirmar valores. Reitera mos nosso apoio incondicional às instituições da República, responsáveis pela legitimação do proces so e dos resultados das eleições.

Assim, conclamamos, mais uma vez, toda a sociedade brasileira a participar ativa e pacifica mente das eleições, escolhendo candidatos e candi datas, para o executivo (presidente e governadores) e o legislativo (senadores e deputados federais, es taduais e distritais), que representem projetos com prometidos com o bem comum, a justiça social, a defesa integral da vida, da família e da Casa Comum.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte (MG)

Dom Jaime Spengler

Arcebispo de Porto Alegre (RS)

Dom Mário Antônio da Silva

Arcebispo de Cuiabá (MT)

Dom Joel Portella Amado

Bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ)

14 Folha Diocesana de Guarulhos

1

Escola

ATIVIDADE LOCAL

3

1 08h30

1 08h30

3 19h30

4

4 19h30

5

Online

Ministério da Catequese Formação Rep. Paroquiais Forania Imaculada

Ministério

Catequese Formação Rep. Paroquiais Forania Aparecida

SANTA

CDDV - Comissão Defesa Vida Missa Abertura Semana da Vida Catedral

CDDV - Comissão Defesa Vida

1ª Palestra Paróquia São José e Online

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

CDDV - Comissão Defesa Vida

Palestra Paróquia São José e Online

SENHORA STELLA MARIS

5 09h30 CODIPA Reunião da Coordenação Cúria Diocesana

5 19h30

6 09h30

7 12h

CDDV - Comissão Defesa Vida

3ª Palestra Paróquia São José e Online

CP Conselho Presbíteros São José - Jd. Paulista

CDDV - Comissão Defesa Vida Missa do Nascituro Catedral

7 19h30 CDDV - Comissão Defesa Vida 4ª Palestra CDP - Salão

17 20h - 21h30 Coord.

19 13h30

19 09h30

Sociais Reunião

Seminário

Elizabeth Bruyère

Seminário

Pastoral Presbiteral Reunião do Clero Seminário Lavras

19 20h ECC - Encontro Casais Cristo Missa Entrega 3ª Etapa CDP - Salão

20 09h30 - 11h30 PPI - Past. Pessoa Idosa Reunião Diocesana Sede da PPI

21 15h - 22h30 ECC - Encontro Casais Cristo 3ª Etapa ECC CDP - Todo

21 18h Cáritas Diocesana Reunião Diretoria Sede Cáritas

21 15h Seminário Diocesano Enc. Formativo c/ Dom Edmilson Seminário Lavras

21 14h Cáritas Diocesana Encontro 3ª Idade Sede Cáritas

21 11h - 13h Forania Imaculada Almoço dos Padres da Forania Sto AntônioGopoúva

22 15h Pastoral Carcerária Reunião Mensal Catedral

22 14h - 17h Pastoral da Sobriedade Assembleia Diocesana Sta TeresinhaCumbica

22 08h30 Ministério da Catequese Formação Rep. Paroquiais Forania Fátima

22 CRB - Núcleo Guarulhos Atividades e Terapias Elizabeth Bruyère 22 06h - 20h ECC - Encontro Casais Cristo 3ª Etapa ECC CDP - Todo 22 e 23 Mov. Mães que Oram pelos Filhos Encontro Nacional A definir

23 16h - 18h Seminário Diocesano

Enc. Vocacional Masculino

Lino

CALENDÁRIO - OUTUBRO 202210 DIA HORARIO ORGANIZAÇÃO
1 SANTA TERESA DO MENINO JESUS 1 COMIDI / IAM / JM Missa Padroeira das Missões Santa Teresinha 1 Dia Todo Pastoral Familiar Congresso das Famílias CDP
09h - 11h
Fé e Política Formação
da
2 PPI - Pastoral Pessoa Idosa Missa Dia Internacional da Pessoa Idosa Paróquias 3
MENA 3 a 7 CDDV - Comisssão Defesa Vida - Semana Nacional da Vida
12h
NOSSA
7 NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 8 08h - 17h Formação Ministério da Visitação CDP - Salão 8 15h - 18h CNLB - Conselho Leigos Formação Coord. Núcleo CNLB e Sociais CDP - Sala Pe.
8 14h30 IAM - Infância Adolescência Missionária Reunião Assessores da IAM Catedral 8 08h30 Ministério da Catequese Formação Rep. Paroquiais Forania Rosário 8 e 9 08h - 12h PPI - Pastoral Pessoa Idosa Capacitação de Líderes Forania Bonsucesso Sta TeresinhaCumbica 9 09h - 16h Terço dos Homens 2º Congresso Diocesano TH CDP - Todo 10 20h Mov. Mães que Oram pelos Filhos Reunião Coordenadoras Via Meet 12 Caminho Neocatecumenal Festa das Crianças CDP - Todo 12 NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA 13 07h Seminário Propedêutico Encontro Formativo Seminário Sto. Antonio 14 09h Conselho do FAP CDP 15 09h - 11h Escola Fé e Política Formação Fé e Política Online 15 09h Cáritas Diocesana Formação Sede Cáritas 15 08h30 Ministério da Catequese Formação Rep. Paroquiais Forania Bonsucesso 15 15h SAV - PV - Catequese Crismal 2º ano Forania Bonsucesso Sto Alberto Magno 15 15h SAV - PV - Catequese Crismal 2º ano Forania Imaculada São Geraldo - Pt. Grande 15 14h30 SAV- PV - Catequese Crismal 2º ano Forania Aparecida São RoqueCecap 15 14h30 SAV- PV - Catequese Crismal 2º ano Forania Rosário Sta Rosa LimaRecreio 15 14h SAV- PV - Catequese Crismal 2º ano Forania Fátima São Francisco Assis Nações 15 e 16 SAV - PV Catequese Crismal 2º ano Todas as Foranias 15 e 16 08h - 12h PPI - Pastoral Pessoa Idosa Capacitação de Lideres Sta TeresinhaCumbica 15 e 16 08h - 18h Renovação Carsimática Católica Retiro Diocesano RCC CDP - Todo 16 Sociedade S. Vicente Paulo ECAFO A definir 16 07h - 13h Pastoral do Povo de Rua Ação Social N. Sra RosárioCentro 16 SÃO GERALDO MAGELA
Pastorais
Coordenadores
Formadores
Reunião Equipe de Formadores
Lavras
Seminário Lavras 23 06h - 19h ECC - Encontro Casais Cristo 3ª Etapa ECC CDP - Todo 24 20h - 21h CDDV - Comissão Defesa Vida Formação Comissão Defesa Vida Online 24 SANTO ANTONIO MARIA CLARET 26 11h - 13h Forania Aparecida Almoço dos Padres da Forania São RoqueCecap 26 10h30 Forania Rosário Reunião e Almoço N. Sra RosárioVila Rosália 26 09h30 Economato Conselho Administrativo Cúria Diocesana 27 11h - 13h Forania Bonsucesso Almoço dos Padres da Forania Santa Teresinha 28 SÃO JUDAS TADEU 28 Pastoral do Menor Roda de Conversa Unidade Guayanases 28 09h30 Comissão Diocesana de Liturgia Reunião da Equipe Cúria Diocesana 29 14h - 18h Pastoral do Batismo Encontro Forania Fátima CDP - Salão 29 09h - 17h Pastoral do Menor Retiro e Confrat. PAMEM Seminário Lavras 29 09h - 11h Escola Fé e Política Formação Fé e Política CDP - Sala Pe Lino 29 09h Cáritas Diocesana Fórum Criança e Adolescente Sede Cáritas 29 08h - 17h COMIDI Missão Diocesana COMIDI A definir 30 Pastoral do Menor Projeto Estendendo a Mão Porta das Unidades 30 08h - 17h RCC - Renovação Carismática Avivamento Diocesano CDP - Salão

Passatempo

Diocesano

HORIZONTAIS

5- Dia mundial das missões 2022

6- Achada nas águas

8- Quanto são as dimensões do mês missionário

9- Abreviação de Pontifícias Obras Missionárias

10- Fundadora da obra propagação da fé

VERTICAIS

1- Padre diocesano que foi missionário na África

2- Padroeiro das missões

3- Primeiro Santo Brasileiro

4- Padroeira das missões

7- Que mês comemoramos o mês missionário

Respostas: 1 -Padre Salvador; 2Xavier; 3Frei Galvão; 4Santa Teresinha; 5Vinte e três; 6Aparecida; 7Outubro; 8Quatro; 9POM; 10Pauline Jaricot.

Autor: Lucas Borelli

VAI ACONTECER

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