O estudo da arquitetura deve ser feito, preferencialmente, in loco, vivenciando
diretamente o espaço, percebendo suas estruturas fixas e suas dinâmicas, intuindo suas
interações locais e sua inserção na paisagem (ZEVI, Bruno, 1996). Quando esta visita não é
possível, as representações entram em cena e desempenham seu papel histórico. Desde a
Antiguidade, quem visita um lugar, um edifício ou uma cidade, e se encanta com seu espaço
arquitetônico, tenta retê-lo na memória e, para tanto, muitas vezes, elabora representações
que procuram recriá- levadas consigo à distância. Assim
fizeram, por exemplo, Vitrúvio (80-70 a.C.- 15 a.C.) e Pausânias (séc. II) em textos; Villard
de Honnecourt (séc. XIII) em desenhos; e tantos outros mestres-de-obras, profissionais
construtores, arquitetos e amadores ao longo do tempo com imagens, palavras e modelos.