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SALINAS DO ROSÁRIO

GAIO – ROSÁRIO: LEITURA DO LUGAR

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A extração de sal nas margens do rio Tejo tem origem ainda no Neolítico. Primeiro através do aquecimento da água salgada, em fornos. Mais tarde a produção tirou partido da mudança de marés, da ação do vento e do sol, pela evaporação das águas. Ainda sem nenhuma referência ísica da presença Romana nesta margem, a extração do sal manteve-te contínua até meados do século XX.

1. VISTA SOBRE O RIO A PARTIR DO MOINHO DE MARÉ DO “LARGO DA FREIRA” (2020) 2. VISTA A PARTIR DO MOINHO DE MARÉ DO “LARGO DA FREIRA” PARA SUL (2020) 3. VISTA A PARTIR DO SÍTIO DAS MARINHAS, CENTRO INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL (2020) 4. MAPA DAS ZONAS ONDE SE CONCENTRAVAM OS PRINCIPAIS NÚCLEOS SALINEIROS DURANTE OS SÉCULOS XV E XVI NO ANTIGO CONCELHO DO RIBATEJO, POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO

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5.

“ – Os homens trabalhavam ao sol, descalços sobre os muros das salinas, juntando os cristais do sal. Quando o sal secava carregavam as fragatas para o levarem para Lisboa.”

MARIETA MOREIRA, RESIDENTE GAIO-ROSÁRIO CONVERSA NO CONTEXTO DESTA INVESTIGAÇÃO/PUBLICAÇÃO (2019)

6.

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8.

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7.

6. SÍTIO DAS MARINHAS – CENTRO DE INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL, SITUADO NA ESTRADA DA MOITA PARA O GAIO (2019) 7. 8. SALINAS DO ROSÁRIO, ORGANIZAÇÃO DOS SAPAIS

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FILIPE CAMPANTE

HOMEM DO MAR: SALINEIRO

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9. RETRATO DE FILIPE CAMPANTE POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO (2020) 10. POSTAL DAS SALINAS DO ROSÁRIO 11. ILUSTRAÇÃO DO TRABALHO DO SALINEIRO NAS SALINAS, POR LÍGIA FERNANDES COM TINTA À BASE DE ÁGUA COM APARO (2020)

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“ – Eu era de uma família humilde. Os meus pais por acaso, em 20 anos de casados tiveram 11 ilhos. E então eramos muitos. Tinhamos que começar a trabalhar desde que eramos pequeninos. Eu começei a trabalhar quando tinha 10 anos e aos 13 anos fui para as salinas. Começei primeiro por moço, essas funções eram ir buscar água para os homens que trabalhavam na marinha. E depois ia aprendendo! Fazia aquilo, depois acendia o lume para fazer o almoço para os homens. O horário das marinhas era das 9:00 até às 18:30; tinhase 1:30 para o lmoço nas salinas, e era assim. Depois no outro ano já entrei como moço. Aquilo tem umas categorias, como os fragateiros. Há o arrais, há o camarada e há o moço. Antes do moço há o aprendiz, o moço de primeiro ano.

Para cima do muro faziase uma serra. Essa serra de sal depois era tapada com uma palha, chamada junco, para evitar as chuvas de derreter o sal. Depois quando vinham os barcos aqui do Rosário ... transportar o sal para [que] Lisboa, porque antes tinha mais utilidade o sal, porque não havia câmaras frigori icas, nem arcas, nem aquilo que há agora. Era tudo conservado nas saleiras. No Norte matavase um porco, vai para a salgadeira; noutro lado, vai para a salgadeira. Os próprios navios de bacalhau iam carregados daqui de sal para quando começassem lá a apanhar o bacalhau, era conservado no sal. Era tudo conservado à base do sal. O sal nessa altura tinha muito mais valor! Ao aparecerem estas camaras frigori icas, máquinas e toda esta parte para conservação, deixou de ter interesse o sal. Por isso, as marinhas deixaram de ter utilidade.”

FILIPE CAMPANTE, SALINEIRO VÍDEO “O NOSSO LUGAR É UM MUNDO II: OFÍCIOS” (2017)

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