ISSN 2448-301X
DIVINA
MISERICÓRDIA
REVISTA
A MISERICÓRDIA DIVINA NO SANTO NATAL Moldar a atitude de humildade - pág 26 2016 - DEZEMBRO - ED.048 - ANO IX
SANTUÁRIO DA DIVINA MISERICÓRDIA
EDITORIAL
Sumário
Nesta edição da Revista Divina Misericórdia, você é convidado a refletir sobre A Misericórdia Divina no Santo Natal. Santa Faustina, no tempo do Advento, não poupava esforços para que em seu coração Jesus encontrasse uma morada confortável. Pedia, por isso, com fervor à Mãe de Deus que a ajudasse. A esse respeito, Santa Faustina escreveu em seu Diário: “Hoje uni-me intimamente com a Mãe de Deus e revivi as suas experiências mais íntimas. [...] O meu espírito estava todo imerso em Deus. Durante a Missa do galo, vi na Hóstia o Menino Jesus, e meu espírito mergulhou Nele. Embora fosse uma pequena Criança, a Sua majestade invadia a minha alma. Senti-me profundamente invadida por este mistério; esse grande rebaixamento de Deus, esse inconcebível despojamento. Durante todo o Natal eu sentia isso vivamente na minha alma.” (Diário de Santa Faustina, 182) No Natal, Maria Santíssima teve entre os braços toda a misericórdia de Deus, mas isso não teria sido possível se Deus não fosse desde sempre, em Si mesmo, também “Filho”. Sobre isso poderemos refletir na Matéria Especial desta Edição. Que neste Natal, ao contemplar o Menino Jesus, possamos aprender que ser filho é receber do pai a vida, o amor, o perdão. Ser filho é dom de Deus, é viver indefesos, sabendo que a própria vida, com seus momentos de trevas e espaços de luz, repousa segura nas mãos do Pai. Confira também na página Santuário a cobertura do 15º Congresso Nacional da Divina Misericórdia, que neste ano superou o número de inscritos e alcançou aproximadamente mil congressistas. Foram três dias de formação, animação e espiritualidade, dias vivenciados intensamente pelos devotos que estiveram em comunhão para juntos conhecerem mais profundamente o tema da misericórdia e viver como discípulos do maior atributo de Deus. Boa leitura!
Palavra do Reitor Espaço do Leitor Lectio Divina Espiritualidade Especial Vocacional Espaço do Devoto
Devotos da Misericórdia #Santuário Geral Família Formação #JovenGo Pequeninos da Misericórdia
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aríssimos devotos da Divina Misericórdia, chegamos ao fim de mais um ano. Vamos vivenciar novamente o belíssimo tempo de Natal. É tempo de renovar nossa esperança, fé e caridade. O Senhor espera encontrar em nossos corações a disposição para realizar o Seu Reino. “A Igreja deseja ainda ardentemente fazernos compreender que o Cristo, assim como veio uma só vez a este mundo, revestido da nossa carne, também está disposto a vir de novo, a qualquer momento, para habitar espiritualmente em nossos corações com a profusão de suas graças, se não opusermos resistência” (São Carlos Borromeu). Eis o verdadeiro presépio: um coração aberto e desejoso de cumprir a vontade de Deus. O Natal nos traz a alegria do Cristo que vem ao nosso encontro, é uma das maiores expressões da misericórdia de Deus para conosco. Para nos levar novamente ao Paraíso, que perdemos por nossa condição de pecadores, Ele se faz como nós. “Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo nossa condição de escravo e assemelhando-se aos homens”. (Fl 2,6-7). Encerramos o ano com a grande celebração cristã do Natal. O Emanuel, Deus conosco, chegou para ficar em nosso meio. Deus mostrou o seu rosto Padre Leandro, MIC Reitor do Santuário da Divina Misericórdia
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de amor, bondade e misericórdia para o ser humano no rosto do recém-nascido. Na noite do Natal, na celebração Eucarística, vamos correndo ao Seu encontro para contemplá-Lo na manjedoura do altar sobre as espécies de pão e vinho. Alegremo-nos com esta celebração, contemplando o Senhor que vem trazendo tudo o que necessitamos. O Senhor vence o medo, a angústia, os problemas, a própria morte, e nos enche de alegria com a promessa da eternidade. Desejo a todos um Feliz e Santo Natal. Que o Menino Deus vos abençoe enchendo de luz vossos corações, vossas vidas e vossas famílias. Que neste Natal possamos todos louvar e glorificar a Deus assim como fizeram os pastores que contemplaram o RecémNascido na gruta de Belém.
EXPEDIENTE ISSN 2448-301X REITOR Pe. Leandro A. da Silva, MIC CONSELHO EDITORIAL Pe. Anchieta C. Muniz, MIC Pe. Leandro A. da Silva, MIC Ir. Thiago Radael, MIC Gislaine Keizanoski (MTB 6338) Isabelle Warzinczak (MTB 10197) JORNALISTAS RESPONSÁVEIS Ir. Thiago Radael, MIC (MTB 10370) Isabelle Warzinczak (MTB 10197) TRADUÇÃO E REVISÃO Carina Novak, OCV NIHIL OBSTAT Pe. Jair B. de Souza, MIC 21 de novembro de 2016 IMPRIMATUR Pe. Leandro A da Silva, MIC 21 de novembro de 2016 DEVOTOS DA MISERICÓRDIA Aluízio Meira (41) 3149 7558 aluizio@misericordia.org.br PROJETO GRÁFICO Dominus Comunicação IMPRESSÃO Gráfica Posigraf TIRAGEM 13.000 exemplares CONTATO Estrada do Ganchinho, 570 81930-165 Umbará, Curitiba (PR) revista@divinamisericordia.com.br (41) 3148 3200 REALIZAÇÃO Santuário da Divina Misericórdia e Congregação dos Padres Marianos
ESPAÇO DO LEITOR
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evotos de Presidente Prudente realizaram a campanha de arrecadação de alimentos na comunidade da Capela São Miguel Arcanjo, cujo diretor espiritual é o Padre Edcarlos. O trabalho de arrecadação de alimentos ocorre uma vez por mês e envolve todas as pastorais e movimentos. Aqui temos 5 cenáculos e outros dois em fase inicial. Realizamos no mês de junho também uma campanha de arrecadação e distribuição de roupas.
o sábado, dia 5 de novembro, o grupo de devotos de Jesus Misericordioso esteve reunido na Igreja Santo Antônio, às 15h, na celebração da Santa Missa e passagem pela Porta Santa, com o bispo auxiliar de Campo Grande, Dom Mariano Danecki. Todos os meses, a cada dia 5, ao longo do Ano da Misericórdia, estivemos junto com Dom Mariano com o propósito de efetuarmos uma ação evangelizadora na comunidade. Temos um presente de Deus em Campo Grande, pois o nosso Bispo Auxiliar é polonês, conhece os escritos de Santa Faustina e nos ajuda na missão de divulgar a mensagem da Misericórdia Divina, segundo o que Jesus pediu através dessa Santa.
Eliane de Jesus Teixeira Mazzini e Ivo Mazzini ADMs de Presidente Prudente-SP
Fátima de Castro Pinto Campo Grande - MS
CARO LEITOR, ESTE ESPAÇO É PARA A SUA PARTICIPAÇÃO! Envie para o e-mail: revista@divinamisericordia.com.br Envie por WhatsApp (41) 9540-7694
Ou envie sua carta para: Apostolado da Divina Misericórdia. Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR)
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LECTIO DIVINA
LEITURA ORANTE (LECTIO DIVINA) Ir. Gabriel da Divina Misericórdia, MDM Mosteiro da Divina Misericórdia
PREPARAÇÃO Localize em sua Bíblia a passagem sobre o fariseu e o cobrador de impostos. (Lucas 18,9-14). Procure um lugar tranquilo e solitário que favoreça o recolhimento e a escuta. Coloque-se em uma postura confortável, acalme-se, respire fundo. Peça a presença do Espírito Santo para iluminá-lo e lhe dar a graça de um coração sensível, capaz de ouvir a voz de Deus.
“Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: ‘Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’. O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado’” (Lucas 18,9-14).
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LEITURA (LECTIO)
Leia calmamente a passagem, sem pressa de prosseguir nos versículos. Não é necessário ler até o fim da passagem. Assim que se sentir tocado por alguma palavra ou frase, é momento de parar. Nesta parábola que acabamos de ler, observamos dois protagonistas, o fariseu e o cobrador de impostos, também conhecido como publicano. O termo fariseu significa “separado”, eles acreditavam que eram separados dos impuros, esforçavam-se por cumprir todas as leis e desta forma se consideravam melhores do que os outros, desprezando e criticando aqueles que não pertenciam ao seu grupo. Já o outro personagem da parábola pertencia ao grupo dos coletores de impostos, odiado pelos judeus por suas rapinas e extorsões, pois tinham a função de cobrar impostos do próprio povo à serviço do império Romano que os dominava. Tinham a fama de serem ladrões, desonestos, adúlteros, eram considerados pecadores públicos.
Por ter uma vida coerente segundo os mandamentos?
Os dois homens estão no Templo, ou seja, diante de Deus. Um aparentemente era puro, cumpria o ritualismo das leis (mas a sua essência), aparentava por isso uma vida exemplar, da qual se exaltava. O outro não cumpria os mandamentos, era impuro. Consciente de sua condição indigna fez uma simples, breve, humilde e essencial oração, dizendo: “Meu Deus, tende piedade de mim, que sou pecador!” E Jesus descreve qual é a reação de Deus diante de uma tal oração: “... quem se humilha será elevado”.
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RUMINAÇÃO (RUMINATIO)
Examinando a própria vida à luz dessa parábola, sou capaz de identificar e reconhecer em mim os meus movimentos e atitudes de orgulho? Considero-me superior às outras pessoas por frequentar a Igreja? Por participar de atividades pastorais? Por cumprir as próprias obrigações de estado?
Esforço-me por realmente me ver na verdade? Esforço-me por reconhecer as minhas atitudes injustas na minha relação com Deus e com os que me são próximos? Procuro sinceramente me abrir à contrição como o publicano, reconhecendo que não são os “meus” méritos mas os de Cristo que me tornam digno de receber as graças de Deus e participar da comunhão com Ele? A misericórdia divina é dom gratuito de Deus que nos é dado sempre que reconhecemos a nossa precariedade e nos arrependemos dos nossos pecados com sincero propósito de conversão. No sacramento da confissão Deus nos purifica de todos os nossos pecados e nos dá uma nova vida, na participação da Sua vida. Mas, de verdade, tenho confiança em Deus? Onde resisto à misericórdia de Deus? Onde se manifesta a minha desconfiança? O que me impede de corresponder ao Seu amor por mim até as últimas consequências? Deus sempre vem em socorro do pecador contrito, daquele que reconhece a própria
fraqueza, que se esforça por fazer a vontade de Deus, daquele que quer sempre, de novo, obedecer aos seus mandamentos, corresponder ao Seu amor. Qual a mensagem de Deus para mim?
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ORAÇÃO (ORATIO)
No passo anterior, Deus falou conosco pela Palavra; neste somos nós que falamos a Ele sobre tudo aquilo que em nós despertou sentimentos e desejo de mudança. Seja sincero e humilde. “O orgulho mantém a alma nas trevas” (Diário de Santa Faustina,113). Reze como o publicano: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!”. Faça a sua oração.
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CONTEMPLAÇÃO (CONTEMPLATIO)
Neste momento, permaneça com a presença amorosa e misericordiosa de Jesus sem nada pedir ou agradecer, simplesmente sinta-se fortalecido, abraçado e contemple a Sua face misericordiosa.
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ESPIRITUALIDADE
O LEGADO DO ANO SANTO PARA CADA UM DE NÓS “Louvai o Senhor porque Ele é bom; porque eterna é a Sua misericórdia”. Padre Francisco Anchieta Cardoso de Muniz, MIC Pároco do Santuário da Divina Misericórdia pe.anchietamic@gmail.com
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hegamos ao final do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Considerando a abundância das graças com que Deus nos cumulou ao longo desse Ano, seria no mínimo um desperdício celebrarmos o fim do Ano Santo como se este estivesse sendo sepultado no fechamento das Portas Santas.
Este Ano Santo foi um convite para experimentarmos um pouco mais desse atributo de Deus que é a misericórdia divina. Se algum de nós, cedendo ao egoísmo, guardasse apenas para si aquilo de que pôde provar da misericórdia divina ao longo desse tempo de graças, esse cometeria uma grande injustiça. Agiria de forma
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Foto: Lucas S. Teixeira
O Ano Santo da Misericórdia acabou, mas não dentro de nós – acredito que todo católico que procurou vivenciar e experimentou as graças desse tempo especial necessita agora concretizá-las, ao menos com pequenos passos, nas ações cotidianas. Com isso estaremos testemunhando que é possível viver uma grata correspondência à ação misericordiosa de Deus em nossas vidas.
contrária àquilo que a Sagrada Escritura nos ensina sobre o Deus de Misericórdia, quando diz: “Louvai o Senhor, porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia” (cf. Sl 107, 1). Eterna e infinita é a Misericórdia de Deus.
Se somos membros da Igreja, Corpo Místico de Cristo, essa mesma misericórdia também deve ser por nós buscada e vivida plenamente e constantemente até o fim. Nisso se revela para nós o grande sentido do Jubileu.
É necessário nos conscientizarmos de que o Ano Santo foi um especial convite de Deus para despertar em nós a vontade de realizar o que Ele deseja – em nós e através dos nossos atos – por meio desse Seu grande atributo que é a Sua misericórdia. Afinal, não são apenas em determinados espaços de tempo ou em determinadas situações da nossa vida que precisamos de misericórdia ou ser misericordiosos. Aquele que acolhe, na verdade de si mesmo, a misericórdia divina e permite a si mesmo ser canal dessa misericórdia, esse vai sendo transformado cada vez mais na comunhão e semelhança com Aquele de quem todos somos imagem e semelhança. Então, através dos atos concretos revela o Rosto misericordioso de Deus Pai. É muito importante aproveitarmos o encerramento desse Ano Santo Extraordinário para, quem sabe, refletirmos sobre o que e como aproveitamos dessa experiência e até que ponto estamos dispostos a colocar em prática os frutos desse aprendizado. Na Bula de Proclamação do Jubileu, o Papa Francisco havia escrito: “[...] Naquele dia, ao fechar a Porta Santa, animar-nos-ão, antes de tudo, sentimentos
O Papa, ser humano a quem foi confiado o serviço de condutor da Igreja, convidanos e aponta um caminho. Cabe a nós trilhar esse caminho com ele. de gratidão e agradecimento à Santíssima Trindade por nos ter concedido este tempo extraordinário de graça. Confiaremos a vida da Igreja, a humanidade inteira e o universo à Realeza de Cristo, para que derrame a sua Misericórdia, como o orvalho da manhã, para a construção de uma história fecunda com o compromisso de todos, no futuro próximo. Quanto desejo que os anos futuros sejam permeados de misericórdia para ir ao encontro de todas as pessoas, levando-lhes a bondade e a ternura de Deus! A todos, crentes e afastados, possa chegar o bálsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós” (cf. n. 5).
O Papa Francisco tem se destacado em seu pontificado como um instrumento de Deus em ecoar e atualizar nos nossos dias através do seu ensinamento e exemplo o anúncio da mensagem da Misericórdia Divina feito pelos seus predecessores. Mas, certamente, é também da sua própria experiência que nasce todo o empenho em conduz a Igreja na vivência da misericórdia divina. O que se intensificou com a proclamação do Jubileu. Através da Bula, o Papa não somente indicou o caminho de conversão pelo qual deveríamos peregrinar no Ano Santo, mas, inclusive, chamou a atenção de todos para a responsabilidade de assumir o papel que cada um de nós deve exercer, enquanto Igreja peregrina, no esforço por uma vivência autêntica da profissão e proclamação da misericórdia, conscientes de que essa Igreja somos nós, uma vez que pelo batismo trazemos o nome de Cristãos. O Papa, ser humano a quem foi confiado o serviço de condutor da Igreja, convida-nos e aponta um caminho. Cabe a nós trilhar esse caminho com ele. Que Maria nossa Mãe e Mãe da Misericórdia, interceda para que a seu exemplo, sejamos também nós receptores, portadores e doadores da misericórdia de Deus.
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ESPECIAL
A MISERICÓRDIA DIVINA NO SANTO NATAL Carina Novak, OCV
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eus, fiel a Si próprio, fiel ao seu amor para com o homem, para reconduzir os homens a si, fez coisas extraordinárias. Prova máxima de sua infinita bondade é o que contemplamos no mistério da Encarnação. Apesar da indignidade do homem e da sua incapacidade de considerar a bondade de Deus ‒ o Pai, rico em misericórdia, envia a nós o Seu próprio Filho. “Pela Encarnação ‒ afirma o Bem-Aventurado Padre Miguel Sopoćko, diretor espiritual de Santa Faustina ‒ é que se manifesta melhor a misericórdia de Deus, porquanto nenhum outro dom poderia manifestar uma compaixão maior pela miséria humana do que a doação de Seu diletíssimo Filho. Nada de maior poderia ter sido feito por nós, nada de mais valioso e eficaz poderia ter sido oferecido pela nossa salvação. Talvez alguém pudesse imaginar que seria um ato de misericórdia maior perdoar as culpas
gratuitamente e levar todos os homens ao céu, no entanto, na realidade existe mais compaixão na doação do Filho de Deus. É muito mais valiosa a salvação que se obtém como reparação que procede da justiça, do que a que resultaria de uma salvação sem reparação”1. E então eu disse: Eis que venho (Sl 39) Quando na anunciação Maria pronunciou o seu Fiat, estava plenamente consciente da sua participação na obediência do seu Filho ao Pai. O Pai do Céu dava o Filho para a salvação dos pecadores; e o Filho não só livremente consentia, mas queria que também a Mãe consentisse nesse mistério dulcíssimo, e ao mesmo tempo terrível, da fidelidade absoluta de Deus ao próprio amor. No instante em que Maria deu o Seu consentimento, cumpriu-se o mistério da Encarnação, ou seja, a união da natureza divina e da natureza humana de Cristo numa
1. Sopoćko, M. A misericórdia de Deus em Suas obras. Curitiba: Ed. Apostolado da Divina Misericórdia, 2015.
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só Pessoa divina: o Verbo do Pai fez-se carne (Jo 1,14) e dignou-se habitar entre nós. Assumindo a natureza humana, tornou-se ao mesmo tempo nosso Deus e nosso próximo, unificando em Si mesmo de uma vez por todas os dois mandamentos. No ícone natalício da mãe que aperta em seus braços o Filho divino feito Filho do homem revelou-se o “mistério escondido nos séculos”. Foi precisamente este dom de poder abraçar Deus e o homem ao mesmo tempo, num gesto materno-mariano, que transferiu sobre a terra a Misericórdia Divina.
(Flp 2,6-8). Com essas palavras, o Apóstolo salienta a grande humilhação do Filho de Deus na Encarnação, que destruiu a Sua Majestade infinita aceitando a natureza humana. “Da mesma forma que um ser humano tem aversão a vestir a roupa suja alheia ‒ acrescenta o Bem-Aventurado Padre Sopoćko ‒ infinitamente maior aversão devia despertar no Filho de Deus a natureza humana, com a qual uniu a Sua Divindade numa só Pessoa divina, só e unicamente por Sua misericórdia”2.
A condição de filho não pertence a um momento da vida, mas à vida inteira.
No Natal, Maria teve entre os braços toda a misericórdia de Deus, que se revelaria de modo pleno e definitivo no mistério pascal, mediante a Cruz. Mas isso não teria sido possível se Deus não fosse desde sempre, em Si mesmo, também “Filho”. Deus não poderia receber na Terra a misericórdia maternal da mãe se desde toda a eternidade não tivesse existido no Céu a Pessoa Divina do Filho.
“Ele, existindo em forma divina, não se apegou ao ser igual a Deus, mas despojou-se, assumindo a forma de escravo e tornando-se semelhante ao ser humano. E encontrado em aspecto humano, humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte ‒ e morte de cruz!” 2. Ibid.
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A humildade de Cristo é antes algo que Ele é do que algo que Ele faz. Ele é a Palavra Eterna. É relação pura, vínculo em ato. “Não tem nenhum espaço reservado onde realize o seu próprio” ‒ disse o Papa Bento XVI em Introdução ao Cristianismo. A Palavra não existe independentemente de quem a pronuncia; provém de alguém e é enviada a alguém. É pura abertura, nunca um eu encerrado que se constrói. Assim o Filho de Deus depende do Pai, procede do Pai, “não pode fazer nada por si mesmo” (Jo 15,5). Isto é o que o Filho de Deus revela sobre Si no mistério da Encarnação: Sua profunda humildade, Seu total depender. Cristo nos quer participantes desse Seu total depender ‒ porque é somente no reconhecimento e
acolhimento dessa dependência que somos transformados em pessoas plenas: dignos filhos de Deus. Ele tornou isso possível porque a Palavra se fez carne, tomou a nossa autarquia sobre Si e a venceu com o Seu amor; alcançou-nos e nos comunica a Sua vida divina, vida de filhos de Deus. Embora sejais tão pequeno, eu sei que sois Deus “Por que assumis a figura de um menino para conviver comigo?”
‒ perguntou certa vez Santa Faustina a Jesus, que lhe respondeu: “Porque quero ensinar-te a infância espiritual. Quero que sejas muito pequena, porque, quando és pequena, Eu te carrego junto ao Meu Coração, da mesma maneira como tu neste momento Me seguras junto ao teu coração.” (Diário, 1481). Nós tínhamos a necessidade de um modelo que fosse consolo e estímulo no estreito caminho para o Céu. Eis que Jesus, Deus
feito Homem, no mistério da Encarnação, em Sua humildade e mansidão, em Sua submissão à vontade do Pai, se dá a nós como exemplo e amigo nos nossos embates contra o mal, nos nossos sofrimentos e humilhações. Contudo, Cristo não só se dá a nós como modelo, como também, por meio do Batismo, nos insere no Seu Corpo Místico ‒ a Igreja. Ou seja, faz-nos participantes da Sua perfeita obediência ao Pai, que nos redime, santifica, diviniza.
É participando da obediência de Cristo que o cristão aprende a ser filho, a acolher o amor misericordioso do Pai e, sustentado pelos sacramentos, corresponder a esse amor, cooperando com a graça superabundante que brota do lado aberto de Cristo e se derrama no amor aos irmãos. Para aquele que medita na realidade do mistério da Encarnação ‒ falar de misericórdia divina não significa falar de um atributo de Deus, e sim
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falar de Deus e de Seu modo de se colocar diante do ser humano, da sua maneira de ser Pai e do nosso modo de ser filhos para com Ele, como de uma característica constitutiva da natureza humana, uma vez que “Pai é o nome de Deus, e filho, sempre filho, é o nome do ser humano. A condição de filho não pertence a um momento da vida, mas à vida inteira. Permanecer filho
é sempre a posição certa do ser humano diante de Deus”3. Olhando para Jesus, aprendemos que ser filho é um modo de estar no mundo, de colocar-se na realidade e de interpretá-la. Filho é aquele que recebe do pai a vida, o amor, o perdão. Filho é aquele que se deixa amar, perdoar, e que sabe que é objeto de um dom. Ser filho é dom de Deus, mas também
adesão do ser humano, o qual mesmo nesse nível, deve lutar contra as próprias tentações. Ser filho é viver indefesos, sabendo que a própria vida, com seus momentos de trevas e espaços de luz, repousa segura nas mãos do Pai. Então, o Reino de Deus que suplicamos na oração ao Pai Nosso, realiza-se no mundo, transfigurando cristologicamente “o homem” em “servo”, à imagem do Filho que foi obediente até a morte, e morte de cruz. Mantendo os olhos fixos em Cristo, queiramos nos empenhar por viver o cristianismo como o que de fato ele é ‒ um vínculo: ‘Seja feita, ó Pai, a Vossa vontade’. O ‘Eis que venho, ó Pai, para fazer a Vossa vontade’ unido ao ‘Fiat’ da Mãe Santíssima é a resposta confiante dada ao Pai que anula todo não servirei’ ou ‘sereis como deuses’, toda soberba da vida, toda autossuficiência, toda miragem da onipotência humana que o progresso tecnológico parece inspirar. O amor misericordioso da Santíssima Trindade, revelado em sua plenitude por Cristo, Misericórdia Divina Encarnada, é o limite imposto a toda visão alienada e alienante do homem e da vida gerados na desconfiança pelo ego desmedido e egoísta. Junto da Cruz, através de Jesus, Maria se torna nossa Mãe em sentido sobrenatural, porquanto, da mesma forma que gerou a Jesus, gera também a nós – pelos méritos Dele – para a vida sobrenatural. É a Ela, Mãe de Misericórdia, que devemos nos confiar, para que sejamos por Ela ajudados a trilhar o caminho da obediência apresentado a nós pela Misericórdia Divina. 3. Maggioni, B. Padre nostro. Milano, Vita e Pensiero, 1995. p. 3
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VOCACIONAL
EX-JOGADORA DE VÔLEI DA SELEÇÃO BRASILEIRA PARTICIPA DE ENCONTRO PARA JOVENS NO SANTUÁRIO Ir. Maria Goretti, ZSJM
Foto: Arquivo pessoal
de imediato o convite das Irmãs de Jesus Misericordioso para participar do Encontro de Jovens e contar um pouquinho da minha história.
A ex-jogadora de vôlei da Seleção Brasileira, Kely Kolasco Fraga.
A
s Irmãs da Congregação de Jesus Misericordioso realizaram no mês de outubro um encontro para jovens no Santuário da Divina Misericórdia. Para animar o encontro, as irmãs convidaram a ex-jogadora de vôlei da Seleção Brasileira, Kely Kolasco Fraga, que também participou de uma competição de vôlei com os jovens. Ela contou aos jovens como foi viver momentos de glória em sua carreira e como é estar a serviço de Deus e deixar que Ele guie os próprios passos. Abaixo segue o seu testemunho sobre sua vida e sobre esse dia: “Hoje, vejo crianças, adolescentes e jovens tão vulneráveis nas diversas questões internas, e vejo a importância e a responsabilidade que temos, todos nós, servos de Jesus, em auxiliá-los no processo de conhecimento de si mesmos na relação com Deus. Por isso, aceitei
Nasci em uma família católica e sempre tive muita fé em Deus. Foram 20 anos de carreira como atleta. Em todas as dificuldades cotidianas na carreira de jogadora mantinha a certeza de que Deus estava comigo. Porém, como repassar aos jovens essa mensagem de entrega com uma confiança plena diante da vontade de Deus em um mundo tão independente de Jesus? Contei a eles o quanto o voleibol tinha sido maravilhoso na minha vida, pelos títulos em seleções e clubes, pela medalha olímpica, pelas viagens pelo mundo, enfim, por todas as realizações. As pessoas que valorizam o esporte acreditam que vivi momentos de
glória. E pareciam mesmo momentos de glória, mas momentos passam. Expliquei aos 40 jovens que estavam ali nesse encontro que hoje vivo não apenas momentos mas um contínuo presente de glórias, pois nenhuma medalha olímpica, nenhum título me faz mais feliz do que estar à serviço de Deus. Então, a mensagem final que deixei a eles foi: “Você pode sim viver a sua vida muito bem, mas se a viver com Jesus. Ele guiará os seus passos, o protegerá, o ensinará e fará tudo o que for melhor para a sua caminhada!” Espero de coração que a semente de Jesus tenha sido reforçada naquele encontro; afinal, nada é por acaso. Que Jesus Misericordioso abençoe todas as crianças, jovens, adolescentes e adultos na convicção da escolha por viver com Ele.”
A ex-jogadora de vôlei da Seleção Brasileira, Kely Kolasco Fraga, joga vôlei com os jovens.
Amamos a tarde que passamos junto das irmãs e dos demais Jovens da comunidade que nos acolheu. O testemunho da atleta Kely nos motivou a não desistimos diante das provações, a buscarmos cada vez mais estar próximos do amor de Jesus. É lindo ver que a
vocação encontrada traz completude e felicidade à alma! Que a Juventude entenda que não é necessário deixar de ser jovem para ser santo! Felipe Teider de Godoi – Grupo de Jovens Filhos do Rei
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ESPAÇO DO DEVOTO
BISCOITOS NATALINOS Fonte: Receitas de mãe
INGREDIENTES 1 xícara (de chá) de manteiga (210 gramas) 1 lata de leite condensado 4 gemas 2 xícaras (chá) de polvilho doce 3 xícaras (chá) de farinha de trigo 1 colher (sopa) de fermento em pó 1 pitada de sal
MODO DE PREPARO
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ata a manteiga em creme, aos poucos acrescente o leite condensado e as gemas, sem parar de bater. Retire da batedeira, junte o polvilho e por último a farinha de trigo peneirada com o fermento e o sal. Amasse bem. Abra a massa sobre uma superfície ligeiramente enfarinhado e corte os biscoitos com cortadores adequados nos formatos que desejar. Coloque em assadeira untada e enfarinhada. Asse em forno médio
(180ºC) num tempo de 20 a 30 minutos. Tire os biscoitos ainda quentes da assadeira e os deixe esfriarem sobre um papel toalha.
DICAS:
O rendimento é de 80 a 120 biscoitos, dependendo do tamanho dos cortadores. Você poderá utilizar cortadores em formato de bengala, árvore, estrela, presente, etc. Depois de frios, cubra os biscoitos com um glacê (pasta) feita de açúcar de
confeiteiro com suco coado de limão. Utilize corante em gel e confeitos de sua preferência. Passe o glacê nos biscoitos com uma faca ou pincel de cerdas firmes. Coloque confeitos no glacê ainda úmido. Depois de secos embrulhe os biscoitos individualmente em saquinhos de celofane e amarre com fitinha de sua preferência. A validade dos biscoitos é grande quando guardados em latas fechadas ou bem embrulhados (60 dias).
ENVIE SUA RECEITA - Ela poderá ser publicada aqui - revista@divinamisericordia.com.br
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Misericórdia
DEVOTOS NO 15º CONGRESSO NACIONAL DA DIVINA MISERICÓRDIA Viviane Ulbrich Londrina-PR
Renovação AEDM – 15º Congresso Divina Misericórdia
Dom Estevão – Prior do Mosteiro da Divina Misericórdia – Lucélia-SP
Marilza Dolfini Alexandrino
Padre Anchieta, MIC – Pároco do Santuário da Divina Misericórdia
Devoto com Frei Clodovis Boff e Padre Sandro Souza, MIC
Devotos no show de Álvaro e Daniel
Padre Rodrigo Gutierrez e devotos
Colaboradores do Santuário da Divina Misericórdia
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Irmão Thiago Radael, MIC com Clementina e Maria José
Monges do Mosterio da Divina Misericórdia
Seminaristas da Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição e Reitor do Seminário, Padre Rogério Diniz, MIC
Seminaristas da Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição
Devotos – 15º Congresso Divina Misericórdia
Padre Luiz Antonio, MIC e devotas de São José da Boa Vista-PR
Devotos e Coordenadores de Caravana
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SANTUÁRIO
SANTUÁRIO SUPERA INSCRITOS E SE CONSOLIDA COMO CONGRESSO NACIONAL DA DIVINA MISERICÓRDIA Isabelle Warzinczak
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á 15 anos, o Santuário da Divina Misericórdia vem realizando anualmente o Congresso Nacional da Divina Misericórdia, com o objetivo de divulgar a devoção de Jesus Misericordioso, transmitir formação e espiritualidade aos devotos. O 15º Congresso aconteceu, neste ano, nos dias 11, 12 e 13 de novembro, com o tema Discípulos do maior atributo de Deus: a Misericórdia. O Santuário reuniu cerca de mil participantes, que vieram em caravanas ou sozinhos, de diversas cidades do Brasil, e estiveram em comunhão para se aprofundar no tema e viver como discípulos do maior atributo de Deus. Para o 15º Congresso, os Padres Marianos organizaram uma programação bastante formativa, e, por ser dentro do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, contou com um momento de muita espiritualidade e expressão de fé, a Procissão Luminosa
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com a passagem pela Porta Santa, que aconteceu no encerramento do segundo dia do Congresso. Os devotos vivenciaram então o Momento Penitencial conduzido pelo Padre Leonardo Mariano, MIC. Após refletir as Palavras do Evangelho, o Padre Leonardo convidou todos a serem promotores da reconciliação, da misericórdia, do perdão, seja na família ou na comunidade. E, então, os devotos saíram em procissão cantando e rezando com devoção e fé, para passar pela Porta Santa no Santuário da Divina Misericórdia, a fim de receber a indulgência plenária neste Jubileu Extraordinário da Misericórdia.
FORMAÇÕES O primeiro palestrante foi o Padre Rodrigo Gutierrez, da Diocese de Maringá-PR. Conduzindo a reflexão sobre o tema O nome e os atributos de Deus, o Padre Rodrigo indicou a necessidade fundamental que todos temos de conhecer a Deus, conhecer a Sua Misericórdia para poder segui-lo.
“Precisamos conhecê-Lo para amá-Lo e segui-Lo. O próprio Jesus disse à Santa Faustina: procura conhecer a Deus refletindo sobre os Seus atributos (cf. Diário, 30). E em outro momento ela nos diz que os atributos de Deus são a santidade, a justiça divina e a bondade, e sua bondade é, na verdade, a sua misericórdia”. A segunda pregação foi do doutor em teologia, Frei Clodovis Boff, OSM, com o tema Maria e a Divina Misericórdia. Em entrevista para a equipe de Comunicação do Santuário, o Frei explicou que Maria é a expressão feminina da Misericórdia de Deus, não substitui Jesus, mas participa profundamente do mistério da misericórdia divina, refinando o tema da misericórdia. Maria ao lado de Jesus Misericordioso são os grandes ícones concretos que a Igreja oferece ao mundo. Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo Metropolitano de Curitiba, foi o terceiro palestrante do 15º Congresso e abordou o tema do Ano
Santo da Misericórdia: Misericordiosos como o Pai. O Arcebispo, a respeito desse tema, conduziu a Lectio Divina junto dos congressistas. Com o tema Por que mesmo a fé mais forte nada vale sem as obras, o Padre Ednilson de Jesus, MIC, realizou a quarta palestra. O Padre Ednilson afirmou que precisamos contagiar as pessoas com a misericórdia. “As oportunidades de praticar a misericórdia nos são dadas por Deus. E aquilo que Ele disse para Santa Faustina, diz hoje também para nós: ‘tu não podes te omitir, desculpar-te ou justificar-te’”. O Padre ressaltou também que “o que vai nos salvar é vivermos a misericórdia em plenitude, e quanto mais amamos o próximo, mais Deus se manifesta através de nós”. O evento contou com a presença de vários sacerdotes, que concelebraram as Santas Missas junto com os Padre Marianos. Ainda contou com a presença dos Seminaristas do Seminário Maior São Pedro e São Paulo – da Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição – e dos Monges do Mosteiro da Divina Misericórdia, de Lucélia - SP, que iniciaram a programação de sábado e domingo levando o doce amor de Maria aos devotos, com o Santo Terço. As Irmãs de Jesus Misericordioso também estiveram presentes durante o Congresso, realizando a
Hora da Misericórdia e a abertura do Congresso junto com o Padre Leandro Aparecido Silva, MIC, Reitor do Santuário da Divina Misericórdia.
CONSAGRAÇÃO DOS AEDMs Um dos momentos mais marcantes e emocionantes dos três dias de Congresso foi a Missa de Renovação e Consagração dos Apóstolos Eucarísticos da Divina Misericórdia, AEDMs, presidida pelo Padre Sandro de Souza, MIC, vigário do Santuário da Divina Misericórdia. O Padre Sandro listou 10 características de um AEDM – características que servem para qualquer devoto da Misericórdia: 1. Somos discípulos do maior atributo de Deus; 2. Ver o que ninguém vê; 3. Acreditar e confiar; 4. Enxergar o que é bom; 5. Perseguir os pecadores; 6. Amar, somente amar; 7. Confiança onde não há esperança; 8. Precisamos ter o olhar de Maria; 9. Discípulos da esperança; 10. Precisamos dizer para o mundo que cremos. “Precisamos ser aquele que ajuda o outro a ver aquilo que ele não consegue ver, precisamos enxergar no outro aquilo que ele pode aperfeiçoar, não aquilo que ele tem de pior, mas
aquilo que pode ser melhorado; precisamos ver a beleza interior do outro, perceber a fé que está no profundo da sua alma, do seu coração”, declarou o Padre Sandro, durante a Santa Missa de Consagração dos AEDMs.
ENCERRAMENTO A última palestra do Congresso foi do Provincial da Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição e Reitor do Santuário da Divina Misericórdia, Padre Leandro Aparecido da Silva, MIC. O tema ministrado pelo Reitor foi o tema geral do Congresso, “Discípulos do maior atributo de Deus: a Misericórdia”. O Padre iniciou a pregação dizendo aos congressistas que pedissem a graça
“Eu assisti a canonização de Santa Faustina no ano 2000, pela televisão. E de lá para cá senti um chamado muito forte e comecei a divulgar a Divina Misericórdia. Hoje, na diocese de Londrina, nós temos 12 paróquias que têm o Apostolado. Com esse trabalho, vemos que quando alguém se dispõe a semear, permite que a graça de Deus alcance a outros que tornam-se, então, semeadores. Esse é o caminho. O Papa Francisco viu essa necessidade da humanidade, a mensagem da misericórdia que Santa Faustina já tinha recebido de Jesus no começo do século”. Viviane Ubrich veio em caravana com 38 pessoas, é Coordenadora do Apostolado da Divina Misericórdia da Diocese de Londrina – PR.
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de sair do Congresso como discípulos da misericórdia do Senhor, e, realmente “colocando isso em prática”. Ele afirmou que ao fazermos a opção de sermos discípulos do Senhor fazemos também a opção de amar como Jesus nos amou na Cruz; ao amar-nos até o fim, entregando por nós toda a Sua vida. “Existe um lugar tão sagrado dentro de você que só o Senhor pode ocupar. Ali se dá o grande encontro com o Senhor. Ainda que você não sinta nada, não tenha força para rezar
“Nós estamos participando pela 9ª vez do Congresso Nacional da Misericórdia, mas esta é a primeira vez que participamos trazendo uma caravana. Vieram 112 congressistas, 96 de Contagem – MG e mais 16 de Belo Horizonte. Foram, em média, 19 horas de viagem, saímos às 20h da quinta-feira, enfrentamos muito trânsito e congestionamento, o que atrasou um pouco a nossa viagem. Mas todos os congressistas estão com um olhar diferente, todos estão muito dispostos. Nós viemos para buscar muitas bênçãos e levar tudo o que estamos sentindo aqui em nosso coração para aqueles que não puderam vir. O Congresso está sendo muito importante e cada dia estamos mais felizes”. Gilda Alves e Ricardo de Sales – Paróquia Nossa Senhora da Glória, Contagem-MG.
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– diante desse vazio interior, diga ao Senhor: ‘eu quero ficar contigo, Senhor’. Tenha o desejo de ficar com o Senhor, a sua força virá da contemplação do Rosto do Ressuscitado. Encontre o tesouro escondido que há dentro de você”, explicou o Padre Leandro, afirmando que temos que ser conduzidos e guiados pela força e pela alegria do Evangelho. Encerrando o 15º Congresso Nacional da Divina Misericórdia, o Pároco do Santuário da Divina Misericórdia, Padre Francisco Anchieta, MIC, presidiu a Santa Missa, concelebrada pelo Provincial, Padre Leandro A. Silva, MIC, e por todos os sacerdotes que participaram do Congresso com as suas caravanas. O Padre Anchieta convidou todos a refletirem sobre o que cada
um trouxe dentro de si, e o que estariam levando desses três dias. “O Congresso está chegando ao fim, mas o fato de sair daqui deve ser para nós o início. Devemos assumir, ou continuarmos, de maneira renovada, a nossa caminhada, a nossa vocação, a missão que nos foi confiada. O que nós recebemos aqui foi a Misericórdia Divina, e, agora, o mais importante é colocar essa misericórdia em prática no cotidiano das nossas vidas”. Antes da bênção final, junto com o Padre Anchieta, o Padre Leandro afirmou aos congressistas: “Eu declaro cada um de vocês Apóstolos Missionários, Discípulos do maior atributo de Deus: a Misericórdia”. Todas as palestras estão disponíveis em nossa FanPage facebook.com/ SantuarioMisericordia.
DEPOIMENTOS Jacyara Boaviagem Cavalcanti da Silva: Quero agradecer a Jesus Misericordioso por tudo que aconteceu neste fim de semana. Agradecer por todos os palestrantes e principalmente por todos os funcionários e voluntários que trabalharam para nos servir neste Congresso da melhor maneira possível. Que Maria sempre os guarde em seu coração! Quero também agradecer por todos os “Amigos da Misericórdia” que eu conheci pessoalmente. Que este nosso grupo nunca acabe e que sempre seja fortalecido pelas orações. Também sejam fortalecidos todos os que ainda não fazem parte do grupo, mas que em breve farão. Que Jesus Misericordioso, a Mãe da Misericórdia e Santa Faustina os guarde e os proteja, e até o próximo Congresso em 2017. Maria Buratto Souto: Sobre o Congresso da Divina Misericórdia tenho a dizer que a cada ano está melhor em todos os aspectos. Parabéns a todos. Obrigada pela oportunidade de conviver com vocês e desfrutar da essência da Misericórdia nesse lugar Santo. Valdenes Gomes: O 15º Congresso foi inesquecível. Jesus derramou de forma abundante as graças do Céu sobre cada um de nós. Tive problemas com o ônibus da minha caravana, mas ninguém reclamou.
Foi lindo ver cada peregrino louvando e bendizendo o nome do Senhor.
celebrações. Sou discípula do maior atributo de Deus: a Misericórdia.
Mislene Dias: Foi o meu primeiro Congresso. Inicialmente fui tocada pelo carinho e receptividade do Aluízio, ajudando-me em tudo para que desse certo. Começando o Congresso, fui tocada pelas pregações, cheias do poder de Deus. Mandei mensagem para minha família e disse: estou me sentindo no céu. E por fim, a organização. Receber tanta gente não é fácil. Escrevo apenas para confirmar a presença poderosa de Deus nesse Congresso.
Adriana Senter: Por este 15º Congresso Nacional da Divina Misericórdia só tenho a minha gratidão a Jesus Misericordioso. Jesus e Maria Santíssima cuidaram dos mínimos detalhes deste Congresso para que tudo acontecesse exatamente conforme a vontade Deles. Não foi só uma chuva de bênçãos e graças, Jesus derramou um Oceano inteiro de Misericórdia sobre todos os Congressistas que foram para suas casas encharcados pela luz do Espírito Santo. As pessoas que vieram para este Congresso sedentas de Deus foram embora saciadas pelas graças que só Jesus Misericordioso pode proporcionar. Todos nós bebemos desta fonte inesgotável chamada Misericórdia Divina. Obrigada, meu Senhor e meu Deus, por tudo. Tu És sempre fiel e cumpre sempre com Tuas promessas. Que todos levem para casa o que receberam no Santuário da Divina Misericórdia nestes três dias e multipliquem dentro de seus lares! Jesus eu confio em vós!
Eliane Mazzini: Foi um congresso muito ungido. Todos os palestrantes revestidos da força do alto tocaram meu coração de maneira única e profunda. A alegria contagiante do Padre Sandro, o Terço das Três Horas e o sopro de Deus em todas as
Maria Helena F. Vila: Congresso maravilhoso. Foi o sexto ano que deles participo. Não tenho palavras para agradecer a todos pelo carinho e dedicação. Lugar Santo e abençoado, do qual voltamos cada ano mais comprometidos com a missão que Jesus nos confiou: sermos discípulos do maior atributo de Deus: a Sua Misericórdia. Deus abençoe a todos.
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GERAL
INSTRUMENTOS DO AMOR DE DEUS
E por mais que me falem, não vou desistir! Eu sei que nada sou, por isso estou aqui Mas eu sei que o amor que o Senhor tem por mim É muito mais que o meu, sou gota derramada no mar
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missão e o desafio do Ministério Adoração e Vida é transformar o palco em altar. Onde o amor de Deus seja experimentado por todo e qualquer ser humano.
Adoração e Vida, com um propósito testemunhado por Jesus Cristo e alicerçado em seu Evangelho: Fazer conhecido o amor de Deus Pai a todo ser humano, de maneira incondicional.
O cantor e compositor Walmir Alencar fundou o Ministério
O Cantor tem uma extensa caminhada na música cristã, são
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muitos arranjos e melodias envolventes, em canções como: Abraço de pai, Em teu altar, Deus imenso e Hoje livre sou. Todas as composições são de autoria dos próprios integrantes e diferenciam-se por anunciarem mensagens fortes, que auxiliam na conversão e no reconhecimento da grandeza de Deus.
O Ministério Adoração e Vida marcou a história da música cristã no Brasil, foi fundado em 2005, em São José dos Campos-SP, pelo músico Walmir Alencar. O Ministério tem como base evangelizar a partir do Amor de Deus e da Sua Misericórdia, ministrados em música e oração. “Ainda que o conteúdo seja bem alicerçado teologicamente e os assuntos girem em torno de música e espiritualidade, nosso chamado não objetiva doutrinar pessoas. Simplesmente partimos de um sincero desejo de que todos fossem alcançados por Deus, através de uma acolhida fraterna e pela música que alegra, aproxima e gera esperança”, afirma a assessoria do Ministério. O poder de Deus é incontestável e cremos que Ele tudo pode. Mas não esperamos mudanças extraordinárias na cultura humana e seus sincretismos. Atemo-nos aos pequenos grandes milagres que acontecem todos os dias no coração do homem. Sabemos que muitos não leem a Palavra de Deus e vivem na infelicidade do desamor, dos vícios, da depressão. Nós, porém, cremos que o Evangelho pode ser lido por eles através do testemunho de vida daqueles que creem.
MEMBROS
Walmir Alencar (vocalista/compositor), Rodrigo Pires
(tecladista/backing vocal/compositor), Bruno Rocha (guitarrista/ backing vocal/compositor) e Cayan Vieira (baterista).
PRÊMIOS
- Latin Grammy 2011 - CD “Em Santidade” indicação. - Latin Grammy 2013 - CD “Herói” indicação. - CD e DVD “Hoje Livre Sou” de ouro. - CD “Em Santidade” de ouro. - Troféu Louvemos o Senhor 2011 - Personalidade artística do ano. - Troféu Louvemos o Senhor 2011 - Arranjadores do ano pelo
álbum “Em Santidade” (Rodrigo Pires e Adelso Freire). - Troféu Louvemos o Senhor 2014 - Banda do ano pelo álbum “Herói”. - Troféu Louvemos o Senhor 2014 - Tecladista do ano pelo álbum “Herói” (Rodrigo Pires). O Ministério Adoração e Vida é uma das atrações confirmadas para a Festa Nacional da Divina Misericórdia, que acontecerá nos dias 21, 22 e 23 de abril de 2017, aqui no Santuário da Divina Misericórdia, Curitiba-PR. Confira mais informações no portal: festadamisericordia.com
Texto produzido com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério Adoração e Vida. http://adoracaoevida.com/www/impresa/
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FAMÍLIA
MOLDAR A ATITUDE DE HUMILDADE Hania e Xavier Bordas
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m importante papel dos pais na educação dos filhos está em formar neles a atitude da humildade. As ocasiões são abundantes: dificuldades na aprendizagem, desobediência, negligência na oração, covardia manifestada em situações que exigem resistência ao mal, tendência a mentir, comportamento inadequado em relação aos irmãos. Excelentes exemplos de humildade para nós são Jesus, Maria e São José. As crianças precisam perceber que todas as dificuldades com as quais nos
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defrontamos na vida são convites para apresentá-las na própria oração a Jesus e a Maria suplicando por ajuda. Sem Jesus nada de bom podemos fazer (cf. Jo 15, 5). Se, por exemplo, um dos filhos tem a tendência a “empinar o nariz” porque na escola está entre os estudantes mais inteligentes, mas canta como uma “taquara rachada”, terrivelmente desafinado e sem ritmo, essa fraqueza vai equilibrar naturalmente a tendência a exaltar-se. Os pais têm, então, a oportunidade de incentivar a criança a rezar com atitude humilde. Então, poderiam dizer
assim ao filho: “Antes de ir ao coral, primeiro reze para que você viva esse tempo na companhia de Jesus, para que possa ficar contente que os teus colegas cantem melhor do que você”. As situações difíceis, poderemos superá-las se vivermos no espírito de humildade, ou seja, se aceitarmos essas situações com a atitude de humildade – como um convite à oração de oferecimento dessas situações e de nós mesmos a Deus. As crianças (e não somente elas) não aceitam as próprias fraquezas, porque cada uma delas quer ser a melhor.
A experiência da fraqueza ou da evidente falta de talento em alguma área deve tornar-se uma oportunidade para conversar com a criança, ocasião para ajudá-la a tomar consciência de que é amada incondicionalmente por Deus e pelos pais. Diferentes tipos de limitações e fracassos são um convite à oração, assim como um convite a tomar consciência dos problemas e necessidades dos outros. É necessário dizer isto à criança, de forma que ela possa compreender: “Veja, você é melhor do que outras crianças (por exemplo) em matemática. Agradeça a Jesus pela habilidade com que Ele o dotou, e lembre-se de que Ele deseja que você compartilhe esse seu dom com os outros, ajudando-os. Se, no entanto, você é fraco em alguma outra área, então peça a Jesus para ajudá-lo, e agradeça-Lhe por Ele amá-lo e sempre vir em seu socorro quando você pede a Sua ajuda”.
DEUS RESISTE AOS SOBERBOS Deus deseja que desempenhemos o melhor possível as nossas funções, porque dessa forma realizamos os planos de Deus e cumprimos a sua vontade. Não podemos permitir que os filhos cedam à preguiça, negligenciando os estudos. Eles devem saber que, ao fazer todas as suas obrigações (incluindo os trabalhos de casa), cumprem a vontade de Deus. Devemos ensinar as crianças a discernir o que Deus deseja delas em cada momento. Tudo deve ser subordinado ao amor a Deus e ao próximo. Por exemplo, se o teu filho estiver fazendo a lição de casa e surge a necessidade imediata de ajudar
os pais ou irmãos, então ele deve parar a lição para ajudá-los.
filho necessita ser encorajado ao trabalho e à oração.
Uma criança que tem notas baixas deve ser encorajada a estudar e animada a ter esperança de que pode ter melhores resultados, mas, para isso, deve firmar-se num esforço de estudo sólido e armar-se de paciência.
No entanto, de uma criança talentosa, bem-sucedida nos estudos, é necessário bastante firmeza para exigir a obediência e muitas vezes lembrá-la que atribuir-se a si mesmo a razão do próprio sucesso e não a Deus é um sinal de orgulho. A criança precisa saber que todas as habilidades são dons que lhe foram dados por Deus, a fim de que com isso faça o bem.
Ao mesmo tempo, é necessário sensibilizá-la de que quando pede o auxílio de Deus, obtém Dele toda a assistência necessária. Este
As crianças devem saber que sem Jesus nada de bom podemos fazer
É necessário se opor decisivamente à tendência frequênte entre crianças de se vangloriar da roupa que está usando, do modelo de celular, dos objetos que possui ou do carro do pai. O desejo de ser um homem bem sucedido, alegando para isso o sucesso dos pais, é sinal de egoísta superioridade em relação aos demais. É possível superar essa atitude quando os próprios pais não procuram o sucesso a todo custo, mas preocupam-se sobretudo com o aprofundamento da
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vida espiritual, e não acumulam excessiva riqueza, mas procuram ajudar os pobres e necessitados. Os pais devem mostrar à criança as diversas manifestações do seu egoísmo e orgulho nas situações concretas, explicando o que está por trás do seu comportamento e reações. Quando a criança desobediente experimenta algum dissabor por parte dos colegas ou problemas na escola, os pais, ao comentar sobre a situação, devem simplesmente dizer que Deus permite que tais eventos sucedam para despojar-nos do egoísmo e orgulho, que são as principais fontes de todo o mal em nossas vidas. Em uma leitura conjunta da Bíblia, é importante apresentar para a criança ambas atitudes, tanto aquela plena de humildade quanto a outra cheia de orgulho. Sobre a humildade também se pode falar com base nos exemplos da vida dos santos. Para a criança aprender a reconhecer em si mesma manifestações de egoísmo e orgulho, é necessário comentar com habilidade sobre os acontecimentos vividos no cotidiano ou que se conhece através da leitura ou através dos meios de comunicação. No entanto, tudo isso será ineficaz se os pais não permitirem que Nosso Senhor molde a atitude de humildade em si mesmos.
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Em nosso cotidiano, somos bombardeados com a ideologia do sucesso, que assume a forma da chamada “corrida dos ratos”. Para as crianças são apresentados filmes ou romances que negam os valores cristãos (por ex. Harry Potter, Crepúsculo), e que carregam o veneno espiritual que destrói o relacionamento delas com Deus e as corrompem, aprofundando nelas o egoísmo e o orgulho. Espera-se da criança, a todo custo, que aspire ao sucesso e a um estilo de educação ideologizada, que tentam impor a nós.
É obrigação dos pais vigiar os filmes que seus filhos assistem e como utilizam a Internet. Antes de autorizar as crianças a assistir algum filme, os pais devem analisar o seu conteúdo e buscar informar-se sobre a avaliação que deles fizeram os meios de comunicação católicos, a fim de não expor para as crianças filmes com conteúdo prejudicial e desmoralizante. Devem sempre aplicar o princípio:“Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes” (1 Pedro 5, 5). A maior expressão do orgulho humano está em rejeitar o Decálogo e decidir sozinho o que é bom ou o que é mau, isto é, viver como se Deus não existisse.
Precisamos defender a nós mesmos e aos nossos filhos de tal mentalidade. O mais importante na vida não é o sucesso, mas o desenvolvimento do caráter, a maturação do amor, a aquisição do conhecimento, as habilidades de autodomínio, a superação do egoísmo e do orgulho, e sobretudo a ciência da humildade. Existem certas obras que são boas para orientar as crianças nesse sentido (por exemplo. As Crônicas de Nárnia de C. S. Lewis ou o Senhor dos Anéis do Tolkien). O modelo para nós é Jesus, o verdadeiro Deus, que, para nos salvar “esvaziou-se de si mesmo, assumindo a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fl 2,7). O próprio Jesus nos pede: “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas” (Mt 11, 29).
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FORMAÇÃO
PORVENTURA NÃO ESTOU EU AQUI? Ladek Piasecki
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e Maria nunquam satis – sobre Maria nunca se falará o bastante – com esta manifestação de respeito expressa por muitos santos, concordamos, todos aqueles a quem foi dado a graça de conhecer Nossa Senhora. Para outros pode parecer que pensar e falar sobre Maria desvia a atenção do Salvador, mas estes, na verdade, não compreendem que a beleza espiritual da Mãe de Deus aponta sempre e nos conduz efetivamente para Deus. O estudo de teologia, mesmo as orações com base nos próprios esquemas, não necessariamente nos aproximam de Deus, mas um encontro espiritual com Maria tem sempre uma eficácia irrevogável. É também por isso que a antiga tradição de piedade cristã concede títulos a Maria e neles medita. Tudo isto, a fim de estar perto dela, encontrar-se na sombra de sua presença e tornar-se um favorecido seu. As manifestações de reverência para com a Mãe de Deus relacionados com a revelação de Guadalupe podem, evidentemente, variar muito, uma delas está relacionada com a verdadeira e fiel amizade apresentada por Maria em relação a Juan Diego. Ou esta mulher encontrada no caminho não provou ser a melhor amiga do aflito índio?
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Sim, diz ser sua mãe, mas não apresenta nisso nem um mínimo sinal de sentimento de superioridade. A sua é uma oferta da mais profunda e mais verdadeira amizade que como que cria Juan Diego novamente,
faz dele alguém diferente do que era antes. Ainda que ele tenha dito de si mesmo: “Porque em verdade eu sou um homem do campo, sou “mecapal”, sou padiola, sou cauda, sou asa; eu mesmo necessito ser
conduzido, ser levado às costas...” (São Juan Diego, Nican Mopohua, 55), Ela dirigiu-se a ele com as célebres palavras: Que tens, meu filho, o menor de todos [meu filhinho querido]? O que é que entristece o teu coração? Não se perturbe o teu rosto, nem o teu coração. Porventura não estou Eu aqui, Eu que tenho a honra de ser tua mãe? Não estás sob a minha sombra e proteção? Não sou eu a fonte da tua alegria? Não estás sob o meu manto e nos meus braços? Necessitas algo mais? (Cf. Nican Mopohua, 12.12.1531. 107, 108, 119) Sim, a distância entre Juan Diego e Maria era enorme, mas a Mãe de Deus procurou reduzi-la, para levantar o pobre homem o mais alto possível, o mais próximo de si e de Deus. Assim como na ordem da graça foi mãe de Juan Diego, assim também foi para ele amiga, apenas por causa do seu amor. E o amor de Deus, como diz São João da Cruz, sempre tende a igualar o amado com aquele que o ama tanto quanto, obviamente, é possível, devido à natureza humana. Portanto, podemos chamar a Mãe de Deus de nossa melhor
amiga, mas, igualmente, tratando-a com grande respeito, gratidão e amor. É um grande presente ter uma amiga assim, ter a certeza de sua ajuda, compreensão e cuidado. É uma grande alegria poder conhecê-la e se deixar moldar por esse conhecimento. Este é, pois, o mistério de Maria: o seu sorriso cura, a sua beleza remove nossa feiúra espiritual, a sua presença transforma mais profundamente do que qualquer esforço humano. Por isso, é importante pedir o dom da amizade da Mãe de Deus. Da sua parte, ela está sempre com a mão estendida em nossa direção, mas frequentemente falta a nossa resposta, ou esta é tíbia, desconfiada, insuficiente. Muitas vezes não sabemos que podemos pedir tão grande graça e não apreciamos a sua humildade e o seu amor, o seu desejo de nos conceder todas as graças necessárias para que não percamos as nossas vidas e um dia também nos tornemos santos. São Juan Diego, certamente, nunca se esqueceu dos encontros na colina do Tepeyak, muitas vezes deve ter voltado
ali, considerando a forma como tinha sido tratado por esta mulher extraordinária. E certamente a considerava sua amizade mais próxima. Certamente tinha consciência que Ela mesma era uma resposta à sua miséria, medos e limitações da natureza, com as quais, como todos, teve que lidar até o fim de sua vida. Que nisso possamos imitá-lo...
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#JOVEMGO
A FÉ E AS OBRAS DE AMOR: A RESPOSTA É
JESUS
Alexandre Siloto Assine
É
comum ouvirmos nos nossos grupos de amizade e nas redes sociais que mais importante que ter fé é “fazer o bem”. Esse argumento tem seu sentido para muita gente, mas será que ele faz sentido para o cristão? Não é mais importante “botar a mão na massa” pelos outros, ainda que sem fazer referência a Jesus e nem mesmo crer nele como Deus e Senhor de nossas vidas, do que ficar alienado rezando e rezando? Não faz mais diferença para o mundo em que vivemos? De fato, muita gente, mesmo dentro da Igreja, acha que sim,
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que a fé é um acessório, um enfeite para o principal, que é fazer o bem. Mas na verdade, a questão já está colocada errada. A separação entre esses dois elementos, a fé e as (boas) obras, é em si um equivoco na perspectiva do cristianismo, ou seja, para aqueles que seguem Jesus Cristo como Salvador. Para quem encontrou Jesus, foi salvo por ele, conheceu o perdão de seus pecados e foi abraçado na sua fraqueza, a fé Nele e as obras
de amor pelos outros se complementam, formam um só mistério. Antes ainda, ambas as coisas, fé e obras de amor, brotam da mesma fonte: Deus. Nele cremos, porque ele nos amou primeiro e nos amou até o fim, se tornando um de nós em Jesus, carne como a nossa carne, nos trazendo palavras de conforto e vida eterna em Cristo, indo até a cruz por nós porque Seu amor não tem limites. A esse amor respondemos com fé – que mais que simplesmente crer em alguma coisa é acreditar em alguém, é ser fiel a esse alguém, como um esposo ama sua esposa, apesar de às vezes passar por imensas dificuldades. Se pelo amor de um casal já entendemos essa fidelidade, quanto mais isso
de obras de amor, misericórdia e compaixão, como o demonstram muitos de seus ensinamentos. Chega a dizer que àqueles que não socorrerem o faminto, o que tem sede, o estrangeiro, o que não tem o que vestir, o enfermo e o preso cabe a danação eterna, pois não socorreram ao próprio Filho do Homem, ao próprio Cristo (Mt 25, 31-46).
não ocorre com nossa fé para com Deus, aquele que nos deu tudo e nos mantém no seu amor a cada instante. Mas por causa desse amor que recebemos e que nunca teremos plenamente como corresponder, por causa dele, amamos também todas as pessoas, porque cada pessoa é especial – porque cada pessoa é imagem de Deus e amada por Ele, pelo mesmo Deus que me amou e me salvou. São Paulo serve-nos de mestre nessa matéria. O mesmo apóstolo que enfatiza que tudo que recebemos é pela graça através da fé (Ef 2,8), que nos diz que não podemos em nada nos gloriar das nossas obras, porque não é por elas que vem a salvação (Ef 2,9), nos lembra contudo a todo momento em suas cartas do dever do cristão de fazer o bem, bem esse que é expressão do amor. Chega
a afirmar, em um dos mais belos hinos da Bíblia, que aquele que não tem amor não é nada (1Co 13, 2). São Tiago, por sua vez, também vai direto ao ponto: a fé sem obras é morta (Tg 2,17).
Entretanto, a maior imagem dessa união indissolúvel entre fé e amor não vem de nenhuma das ricas parábolas e ensinamentos de Jesus, mas daquela ato maior entre todos, a que somos chamados a imitar: o sacrifício da Cruz, ao mesmo tempo fidelidade sem limites ao Pai e amor sem limites por todos os homens – e assim sendo, fonte de vida ressuscitada.
Esses grandes mestres estão apenas repassando aquilo que Jesus, com suas palavras e vida, tinha antes ensinado. Jesus muito enfatizou a importância da fé, afirmando ser esta capaz de mover montanhas (Mt 17, 20). Mais de uma vez, ante uma resposta de fé, Jesus afirmou que a fé da pessoa a salvou (Lc 7, 50; Lc 17,19; Mc 5,34). Mas em nenhum momento deixou de lembrar que a fé é hipócrita se não é acompanhada
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PEQUENINOS DA MISERICÓRDIA
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Festa Nacional da
Divina Miseri cordia 21 a 23 de abril de 2017. no Santuário da Divina Misericórdia Curitiba - PR
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom, eterna é a sua misericórdia (salmo 107)
Atrações:
Adoraçao e Vida
Danilo Dyba
Daniele Quirino
Tony Alisson
Tiago Brado
Alvaro e Daniel
Pregadores:
Irmã Zélia
Daniel Godri Junior
Ironi Spudaro
Consulte a programação no portal: festadamisericordia.com 36