Revista Divina Misericórdia - Edição 38

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DIVINA

MISERICÓRDIA

REVISTA

"Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela" (Diário, 570)

Suportar as fraquezas do próximo – Pág. 16 | Um Carnaval cheio de sentido – Pág. 20 2016 - FEVEREIRO - ED.038

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SANTUÁRIO DA DIVINA MISERICÓRDIA

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Convide um Amigo para t o r n a r- s e u m D E V O T O d a

MISERICÓRDIA

Para mais informações: misericordia.org.br/devotos /devotosmisericordia (41) 3148-3200

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Editorial

NA ESCOLA DA MISERICÓRDIA

Sumário

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anta Faustina por meio do seu Diário, nos permite participar da Escola da Misericórdia. Nessa escola aprendemos a viver a autêntica contrição, confiança e gratidão na nossa relação com Deus - que nos quer envolver a todos em Sua misericórdia. Aprendemos que o mais importante é contemplar Deus na vida cotidiana, descobrí-Lo na própria alma e viver em comunhão com Ele ao longo de toda a vida. Nesta edição, iremos refletir sobre a obediência de Santa Faustina em realizar a vontade do Senhor, mesmo com tantas dificuldades, e a sua confiança na infinita bondade de Jesus. Em meio a qualquer realidade em que nos encontramos, especialmente nos momentos mais difíceis, Jesus mesmo nos promete a Sua ajuda e proteção. Ele, por meio da Sua Imagem, quer nos ensinar a confiar em Seu socorro constante. Confira o nosso Especial sobre Jesus Misericordioso. Sendo o Rosto Vivo da misericórdia do Pai, Jesus tem o profundo desejo da nossa salvação, por isso, temos necessidade de encarnar na nossa vida o Seu amor misericordioso. Entenderemos, na revista deste mês, como Deus manifesta-se a nós e nos atrai para a comunhão Consigo. A experiência da misericórdia divina desperta em nós a vontade de sermos misericordiosos também. Na Escola da Misericórdia aprendemos as atitudes e gestos através dos quais expressamos essa misericórdia: são as obras de misericórdia espiritual e corporal. Nesta edição vamos refletir sobre as razões para suportar com paciência as fraquezas do próximo. Boa leitura!

Palavra do Reitor Espaço do Leitor Espiritualidade

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Campanha Devotos da Misericórdia #CasaDaMisericordia

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Especial

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Espaço do Devoto

Geral

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#JovemGo

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Formação Humana

Pequeninos da Misericórdia

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PALAVRA DO REITOR

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aro leitor, no número 47 do Diário de Santa Faustina, Jesus fez um pedido a ela: “Pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós”. Isso ocorreu no dia 22 de fevereiro de 1931. Neste Ano da Misericórdia, completam-se 85 anos desse acontecimento. Veja que foi o próprio Jesus quem queria a pintura dessa Imagem, ele realiza isto para estar próximo de todos aqueles que reconhecem que necessitam Dele, que reconhecem que sem Ele em suas vidas — são pobres. A Imagem de Jesus Misericordioso foi exposta pela primeira vez, à pedido de Jesus, quando se comemorava solenemente o Jubileu da Redenção do mundo — os 1900 anos da Paixão do Salvador. Ela mostra o quanto a obra da Redenção está estreitamente unida com a obra da Misericórdia, exigida por Jesus à Santa Faustina. Neste ano vivemos o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Todo Jubileu é uma oportunidade de renovação que nasce do Coração de Deus e conduz ao

Coração de Deus. A Porta da Salvação é o próprio Jesus Cristo. Pelo Seu Coração Misericordioso, apresentado nessa Imagem e simbolizado na Porta Santa — entraremos no Céu. A Imagem de Jesus Misericordioso é para nós o sinal que nos dá coragem para abrir nossa mente e nosso coração à confiança, no infinito amor misericordioso de Deus e ao ativo amor para com o próximo. Faça a experiência da Misericórdia no Ano da Misericórdia. É o próprio Senhor quem nos pede, não deixemos sem resposta Seu pedido, seja um anunciador da Misericórdia. Jesus é o Rosto Vivo da Misericórdia do Pai, que tem o profundo desejo da nossa salvação e plena comunhão com Ele. Nosso Senhor precisa de nós para anunciar ao mundo que a humanidade não vai encontrar a paz enquanto não se voltar com confiança para sua Misericórdia. Que Deus abençoe a todos.

EXPEDIENTE

REITOR Pe. Leandro A. da Silva, MIC CONSELHO EDITORIAL Pe. Leandro A da Silva, MIC Pe. Anchieta C. Muniz, MIC Gislaine Keizanoski (MTB 6338) Thiago Radael, MIC (MTB 10370) Helder T. Castro REVISÃO Carina Novak, OCV Gislaine Keizanoski (MTB 6338) JORNALISTA RESPONSÁVEL Thiago Radael, MIC (MTB 10370) Isabelle Warzinczak (MTB 10197) NIHIL OBSTAT Pe. Jair B. de Souza, MIC Roma, 27 de janeiro de 2016 IMPRIMATUR Pe. Leandro A da Silva, MIC DEVOTOS DA MISERICÓRDIA Aluizio Meira (41) 3149 7558 PUBLICIDADE Helder T. Castro (41) 3149 7562 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

IMPRESSÃO Gráfica Malires TIRAGEM 12.500 exemplares CONTATO Estrada do Ganchinho, 570 81930-165 Umbará, Curitiba (PR) revista@divinamisericordia.com.br (41) 3148 3200

Padre Leandro, MIC Reitor do Santuário da Divina Misericórdia misericordia.org.br

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REALIZAÇÃO Santuário da Divina Misericórdia e Congregação dos Padres Marianos


ESPAÇO DO LEITOR

Ganhei um livrinho A Divina Misericórdia alguns anos atrás ensinando a rezar o Terço e a Novena à Misericórdia Divina e gostaria de citar um trecho ao qual me apeguei muito e que está gravado na minha memória, nele Jesus recomendou a Santa Faustina: “Minha filha, exorta as almas a rezarem o Terço que te dei.” E prometeu: ”Pela recitação deste Terço agrada-Me dar tudo o que Me peçam.” (Diário, 1541) Em outra ocasião, Ele acrescentou: “Por ele conseguirás tudo, se o que pedires estiver de acordo com a Minha vontade.” (D. 1731) Abençoados são aqueles que seguem por esse Caminho seguro de divulgar e propagar a devoção à Divina Misericórdia. É autêntica evangelização! Aproveitem, pois Jesus quer derramar todas as graças que forem de acordo com a Sua vontade em nós - Seus irmãos, filhos e filhas do mesmo Pai. Ó Sangue e Água que brotastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós.

Fraternalmente, Carmen Silvia Cabral Alves de Sena (SP)

Conte seu testemunho Envie para o endereço revista@divinamisericordia.com.br Ou envie sua carta para: Apostolado da Divina Misericórdia. Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR)

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ESPIRITUALIDADE

Peregrinos da Misericórdia: Caminhando na presença de Deus na vida cotidiana Xavier Bordas Teólogo, tradutor no Santuário da Divina Misericórdia da Polônia

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escobrir Deus presente nas profundezas da alma, unir-se a Ele sempre e em toda parte e com solicitude, viver no silêncio e no recolhimento, com paz e silêncio interior, conduz a que cada um de nós termine se convertendo em uma pessoa contemplativa, ou seja, alguém consciente da presença e do poder do Senhor em si mesmo — não

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só na oração, mas também em todos os acontecimentos do dia, em todas as circunstâncias da vida; uma pessoa que em Jesus Misericordioso — que habita no mais profundo do coração — encontrou uma nova Fonte para os pensamentos, palavras e ações; uma pessoa cujo coração está impregnado do desejo palpitante dessa Fonte: transformar-se na Misericórdia Divina, para

ser Sua imagem viva, Seu vivo reflexo, e assim transmiti-La para todos aqueles que encontrar. Santa Faustina nos ensina a contemplar Deus na vida cotidiana, ou seja, a descobrir o Senhor na própria alma e viver em comunhão com Ele ao longo de toda a vida. Uma contemplação assim que acontece com a prática a misericórdia nas atividades de cada dia não requer o isolamento do mundo, ou residir num


XAVIER BORDAS Formado pela Universidade de Barcelona em Ciências Químicas, com especialidade em Química Orgânica. Pós-Graduado em Teolgia pela UKSW (Universidade Cardeal Stefan Wyszyński) em Varsóvia. Pós-Graduado em tradução pela International House/Barcelona. Depois de mais de 25 anos de atividade profissional como químico voltou-se pouco a pouco para a tradução. Especializando-se na tradução em teologia

convento ou mosteiro: pode ser vivido por qualquer pessoa, seja qual seja a sua vocação. Em tempos de grande ansiedade, solidão ou falta do sentimento de segurança e falta de amor, Deus através da vida de Santa Faustina nos recorda a verdade sobre Sua morada na alma humana, a respeito da qual São João também escreve em seu Evangelho, nos chamando a permanecer Nele no mais profundo do nosso ser. Contudo, para descobrir Deus em nossa alma, devemos, sobretudo, estar em estado de graça, porque só então Deus habita nela. É bom pensar com frequência sobre esse maravilhoso Hóspede interior e repetir para si mesmo: “Deus vive em mim”. Uma maior consciência da presença viva de Deus em nossa alma faz muito bem para a vida interior, porque começamos a buscar a Deus não em um lugar distante, mas em nossos próprios corações. Deus vivo habita em nosso meio. Santa Faustina escreve em seu Diário: “Ó humanidade, por que pensas tão pouco no fato de que

Deus se encontra verdadeiramente entre nós? (...). Ó inconcebível bondade de Deus, que nos protegeis a cada passo, seja dada glória incessante à Vossa misericórdia por Vos terdes tornado Irmão, não dos anjos, mas dos homens — é um milagre do insondável mistério da Vossa misericórdia. Toda a nossa confiança está em Vós, nosso Irmão primogênito, Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. O meu coração estremece de alegria ao ver como Deus é bom para nós homens, tão miseráveis e ingratos; e, como prova do Seu amor, oferece-nos uma dádiva inconcebível, isto é, a Si mesmo, na Pessoa de Seu Filho. Esse mistério de amor nós não aprofundaremos pela eternidade Toda” (Diário 1584). Aproveitemos este ano da Misericórdia para conhecer mais e melhor o Hóspede que mora em nós: o nosso Deus, que como nos lembra o Papa Francisco no seu último livro tem na relação conosco um nome: “O nome de Deus é Misericórdia”.

da vida interior. Atividade que realiza até hoje.

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Misericórdia

Transformado pela Divina Misericórdia

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om a Campanha Devotos da Misericórdia, nós buscamos sustentar o anúncio da devoção à Divina Misericórdia, para que ela se espalhe cada vez mais pelo Brasil e pelo mundo, transformando vidas. Foi isso que aconteceu na vida do João Paulo da Silva, confira.

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João Paulo da Silva, hoje com 35 anos, viveu durante treze anos tomado pelas drogas, quando teve sua vida transformada pelo amor de Jesus Misericordioso. Ele conta que com nove anos começou a fumar escondido dos pais. Naquele tempo, sem que soubessem o motivo, certo dia seu pai vendeu a casa da família, que acabou tendo de ir morar de favor em uma favela. “Foi aí que tudo começou, me envolvi com pessoas erradas, comecei a fumar maconha e também a tomar bebidas alcoólicas. Fumava até o ponto de que essa droga já não me sustentava mais, foi então que eu passei para a cocaína e depois para o craque, que são drogas fortíssimas e que me deixavam alucinado de tal forma que eu já não ficava mais dentro de casa”, relata. João afirma que sentia cada vez mais necessidade de se drogar. Ele trabalhava para sustentar seu vício, chegava a vender o que sua mãe tinha dentro de casa e quando não tinha dinheiro cheirava cola. “O tempo foi passando e eu cada vez mais me afun-

dando, até que fui parar nas ruas, mendigando, me consumindo”. Durante treze anos, João passou por muitas situações penosas, passou frio, fome e quase foi preso. Ele se drogava cada vez mais, até que um dia um casal o encontrou num terreno baldio e ofereceu ajuda, eles o levaram para uma comunidade que acolhe dependentes químicos, a casa de recuperação Fonte de Misericórdia. “Eu, já não aguentava mais aquela vida miserável que levava, aceitei a ajuda. Tenho certeza que foi Deus quem me socorreu ali, Ele tinha um propósito para a minha vida”, conta João Paulo. O tratamento de João levou três meses, a recuperação não utilizou remédios para desintoxicação, mas o próprio Jesus, por meio da oração, adoração e meditação da Sagrada Escritura. “Passados alguns dias, ficando em frente daquela caixinha, que agora eu sei que é o Sacrário, fui sentindo algo diferente dentro de mim, algo extraordinário e inesquecível, senti o verdadeiro amor de Deus por mim, foi quando aconteceu o meu primeiro encontro”, afirma João. Já desintoxicado, João voltou a morar com a mãe, porém, devido ao fato de ter usado drogas fortes por tanto tempo, passou mal e teve de ser internado. Seu corpo ficou totalmente paralisado, e havia a possibilidade de ele utilizar cadeira de rodas. “Fiquei muito abalado, então comecei a rezar e conversar com Je-


sus, assim como fazia na Casa Fonte de Misericórdia. Falava, reclamava do porquê de Ele me ter tirado das drogas, que me consumiam por treze anos, e agora me deixar preso em uma cadeira de rodas”, conta João. Deus agiu na vida de João Paulo, ele permaneceu mais três meses no hospital, tomando antibióticos. Quando saiu, foi levado ao Grupo de Oração Divina Misericórdia, onde Jesus o tocou e curou.

“Jesus começou a me devolver a vida, hoje sou servo do Grupo de Oração Divina Misericórdia, sou Ministro da Eucaristia, me casei, tenho minha própria casa, estou empregado e feliz por ser um filho da Misericórdia Divina”, finaliza João.

TESTEMUNHE Conte seu testemunho para nós, para que todos saibam as maravilhas que Jesus Misericordioso realizou na sua vida. ESCREVA PARA NÓS Por E-mail: revista@divinamisericordia.com.br Por carta: Apostolado da Divina Misericórdia. Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR)

/santuariomisericordia Ionice Coutinho Dos Santos

Sonia Souza (SP)

São tantas as graças que Jesus Misericordioso concedeu a mim e minha família. A maior delas foi a graça da cura de um câncer no mediastino, chamado teratoma, em meu filho Samuel, com 8 anos na época. No início de janeiro ele fez 13 anos, com as bênçãos da Divina Misericórdia. A Jesus toda honra e toda glória! Obrigado Jesus.

Sou apaixonada por Jesus Misericordioso e sinto que graças são derramadas a todo momento. Jesus é rico de misericórdia para nós. Eu amo a Misericórdia Divina que é fonte de milagres e prodígios. Misericórdia é o rosto de Jesus vivo.

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#CASADAMISERICORDIA

SANTUÁRIO

DIVINA MISERICÓRDIA

TEM NOVO LOGOTIPO

“Queremos marcar o coração de muitos com a marca Daquele que é a própria misericórdia: Jesus!”

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Pe. Francisco Anchieta Cardoso de Muniz, MIC. Pároco do Santuário da Divina Misericórdia pe.anchietamic@gmail.com

aros devotos, família da Divina Misericórdia, vivemos em tempos de avanço e desenvolvimento tecnológico. É pensando em usar desses meios que a tecnologia nos oferece que a Igreja tem procurado abrir-se, cada vez mais, às novas formas de comunicação, para trabalhar e também evangelizar.

Foi pensando assim que também iniciamos um projeto de planejamento pastoral em nosso Santuário. O planejamento tem nos orientado sobre a necessidade de se criar uma identificação para a instituição. Seguindo tal orientação em relação à nova logomarca do nosso Santuário, vimos a necessidade de que em

Jesus Misericordioso e os Raios da Misericórdia: Para representar Jesus Misericordio so, a imagem utilizada é a original pintada na presença de Santa Fausti na. Optou-se pela modernização de s eu perfil com a técnica da vetoriza ção e também dos raios da Miseri córdia que indicam: a misericórdia é sempre atual, simples e deixa-se per ceber a todos os que querem encon trar-se com ela.

Os raios da misericórdia extrapo lam os limites da porta e chegam até o chão de nossa existência, pois as l uzes do coração de Cristo alcançam mesmo as periferias de nossa vivên cia, iluminam os cantos mais escu ros e resgatam nossa dignidade.

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sua identificação nominal, nos traços e nas cores seja visível o Rosto daquele que é a razão de tudo. É apenas algo que irá nos identificar visualmente, mas com o elevado objetivo de continuar assinalando o coração de muitos com a marca Daquele que é a própria Misericórdia: Jesus!

O Santuário é simbolizado nos traços de sua arquitetura pelo desenho do arco, que faz referência a sua estrutura na entrada e as bases que sustentam a tipografia da marca, representam a parte inferior do templo.

O arco também alude a uma porta, é a porta de nossas vidas, a qual Cristo deseja entrar. Pela perspectiva de retratação, percebe-se que Ele já está dentro, significa que o Senhor sempre se antecipa em nos perdoar. Os traços da base traduzem o sentido do sustento e cuidado, a misericórdia edifica a vida cristã e a ampara, cerca de ardente zelo, o amor incansável de Jesus pela sua Igreja.


ESPECIAL

“Pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós”, (Diário, 47). misericordia.org.br

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ESPECIAL

A IMAGEM QUE NOS DEFENDERÁ Por Ir. Gloria, ZSJM

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o dia 22 de fevereiro de 1931, Jesus pediu a Santa Faustina algo que para ela era impossível: “Pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós”, (Diário, 47). Impossível porque além de não possuir habilidades artísticas, Santa Faustina encontrava dificuldades em obter a permissão dos confessores e superioras.

Contudo, após um período de incertezas e dúvidas, ao ser transferida para a casa da Congregação em Wilno, por fim, cumpriu-se a promessa de Jesus de conceder-lhe uma ajuda visível na terra. Santa Faustina encontra-se com Padre Miguel Sopoćko, seu confessor e diretor espiritual. Com a ajuda dele, torna-se possível realizar as exigências de Jesus a respeito da Imagem. A pintura, feita no transcurso do primeiro semestre de

1934 por Eugeniusz Kazimirowski, foi acompanhada pelo Padre Miguel que a pedido do pintor posou vestido com túnica branca. Fato que mostra a dificuldade do pintor de realizar a pintura de algo que não viu, tendo como referência apenas o que lhe descrevia Santa Faustina. Durante o período da pintura da Imagem, Santa Faustina recebeu autorização da Superiora para até duas vezes por semana acompanhar sua realização e orientar a correção dos detalhes necessários.

Significados na Imagem de Jesus Misericordioso “O Meu olhar nesta Imagem é o mesmo que Eu tinha na Cruz”, afirma Jesus (Diário 326). Um olhar de perdão, compaixão, paciência e misericórdia. Senhor, Tu me buscas com os olhos, com um olhar repleto de amor que sempre deposita em mim a esperança. Ajuda-me a não desprezar o Teu olhar, mas a corresponder, dirigindo-Te o meu, contrito e cheio de confiança na Tua misericórdia.

Os Seus Pés, aparentam como se Ele estivesse dando um passo, e é o que Ele faz. É Ele quem sempre dá o primeiro passo, vem ao nosso encontro, não Se cansando nunca de nos buscar, até nos encontrar. Senhor, obrigado porque saíste ao meu encontro. Agora só falta o segundo passo, quer dizer, o meu passo.

Jesus, eu confio em Vós misericordia.org.br

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Finalmente, em junho ou julho de 1934, a imagem estava pronta. Padre Miguel se impôs muitos esforços para que a imagem fosse exposta para o culto público. Devido ao seu conteúdo diferente e às suas origens, não podia colocá-la na igreja sem a autorização do Arcebispo. Contudo, na Sexta-Feira Santa de 1935, Jesus exigiu que o Padre Miguel expusesse a Imagem por três dias (do dia 26 a 28 de abril) na Capela de Nossa Senhora da Misericórdia, em Ostra Brama, Wilno, onde haveria um tríduo para o encerramento do Jubileu dos 1900 anos da Redenção do Mundo, que aconteceria no Domingo “in albis” — dia em que futuramente toda a Igreja celebraria a Festa da Misericórdia. Após a Solenidade, a Imagem foi levada novamente ao seu antigo lugar, es-

condido, no convento das beneditinas, e ali permaneceu por mais dois anos. Por fim, no dia 4 de abril de 1937, com a autorização do Arcebispo de Vilna, Dom Romualdo Jalbrzykowski, a Imagem foi abençoada e exposta na Igreja de São Miguel, no altar lateral, do lado esquerdo do altar-mor. Essa imagem cercada de grande veneração dos fiéis e adornada de numerosos votos, não foi uma invenção de Santa Faustina, mas um desejo de Jesus. Ele mesmo manifestou o desejo de que fosse venerada no mundo inteiro (cf. Diário, 47). “Por meio dessa Imagem — afirmou Jesus — concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela”, (Diário, 570). “A alma que venerar essa imagem — prometeu — não perecerá”. Já aqui na terra vencerá

A mão elevada para a benção, não para castigar ou condenar, mas pronta para nos perdoar e levantar. Senhor, Tu me aceitas como sou, sempre me abençoas e sempre me perdoas. Esperas por mim no confessionário para dar-me o perdão e a reconciliação no sacramento da penitência. Ajuda-me a sempre aproximar-me dos pés do Teu representante e confessar-Lhe a minha miséria.

Jesus, eu confio em Vós

Inscrição “Jesus, eu confio em Vós”, com essa frase dizemos: Tu és, Senhor, o único digno de confiança e não existe nome nenhum em quem podemos confiar. Jesus diz: “Ofereço aos homens um vaso com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia. O vaso é a Imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós”, (Diário 327).

os inimigos, principalmente na hora da morte. Ele mesmo a defenderá como Sua glória. (cf. Diário, 48). Depois de uma de suas visitas ao pintor, Santa Faustina chorou. Escreveu em seu Diário: “Quem Vos pintará tão belo como sois?” (Diário, 313). Nenhum pincel seria capaz de pintar Jesus em Sua real beleza. Contudo, o valor dessa Imagem, disse Jesus, não está na tinta ou na habilidade do pintor, mas na Graça que Nosso Senhor quer nos transmitir por meio dela.

Conheça mais sobre a Devoção a Divina Misericórdia, acesse o nosso site: misericordia.org.br A tenda do encontro, assim era chamado o lugar onde Moisés via a face de Deus. Lugar em que encontramos abrigo e onde cada um encontra um lugar reservado para si, onde é possível ver a face do Pai. Senhor, quero haurir a vida dos Teus raios e Te peço – cubra-me com o escudo da Tua Misericórdia. Que os raios da tua misericórdia cortem os fios e redes que me prendem ao mal e me protejam da Tua Justiça.

O Coração. Jesus abre para nós e nos convida a entrar, Ele mesmo nos preparou este lugar. Por que transpassou-lhe a lança? Para que nós pudéssemos entrar. Eis a Porta. Eis a Entrada do Céu. Senhor, diante de mim Te desvendas e me convidas para o Centro do amor. Que eu me lançe em Teus braços com toda a confiança.

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ESPAÇO DO DEVOTO

FRAPPUCCINO DE CHOCOLATE Receita: Danielle Noce INGREDIENTES

Paulo Cuenca

FRAPPUCCINO DE CHOCOLATE Bata todos os ingredientes do frappucciCHANTILLY DE CHOCOLATE: no no liquidificador. 300 g de creme de leite ou nata ou cre- DICA: para fazer os gelos de café, é só me de leite de lata sem o soro passar um café bem forte e colocá-lo em 1 colher de sopa de açúcar refinado formas de gelo. 2 colheres de sopa de chocolate em pó Complete com o chantilly de chocoFRAPPUCCINO DE CHOCOLATE: late e está pronto! 15 pedrinhas de gelo de café PREPARO: 15 minutos 3/4 de xícara de leite RENDIMENTO: 2 pessoas 1 colher de sopa de açúcar DURAÇÃO: Consumo imediato 2 colheres de sopa de chocolate em pó 1 colher de sopa de manteiga de amendoin 1 toque de rum (opcional)

MODO DE PREPARO CHANTILLY DE CHOCOLATE: Bata o creme de leite fresco, o açúcar e o chocolate em pó até atingir o ponto de chantilly. DICA: Se você estiver usando nata ou creme de leite de lata sem o soro, não precisa bater na batedeira.

ENVIE SUA RECEITA Por Carta Apostolado da Divina Misericórdia. Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR) Por E-mail

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FORMAÇÃO HUMANA

SUPORTAR COM PACIÊNCIA AS FRAQUEZAS DO PRÓXIMO Pe. Agostinho Tavares, CSSP / Pe. Casimiro Krzyzanowski, MIC

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Capítulo adaptado do livro Obras de Misericórdia

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Igreja não está no mundo para condenar, mas para propiciar a todos o encontro com aquele amor visceral que é a misericórdia de Deus. É chamada a transmitir a Sua misericórdia àqueles que se reconhecem pecadores: responsáveis pelo mal praticado, que se sentem necessitados de perdão. A mensagem da misericórdia fala a todos, ninguém excluído, porque todos temos necessidade da comunhão com Deus. É no abraço de misericórdia que nos descobrimos limitados, pequenos,

necessitados de perdão e é onde somos verdadeiramente amados, escutados, acolhidos. Dessa experiência, brota em nós a resposta agradecida ao apelo de Jesus: Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6, 36). Podemos, contudo, correr o risco de ficar nas belas palavras, nos belos discursos. Para que isso não aconteça, precisamos fixar o nosso olhar em Jesus. De fato, o Senhor revelou-nos o Rosto misericordioso de Deus em gestos concretos, indo ao extremo de morrer por nós na

Cruz; e ainda, no ato de morrer, perdoar-nos e pedir perdão por nós: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34). Uma vez que desejamos e queremos encarnar na nossa vida o amor misericordioso de Deus, é útil tomarmos em consideração as atitudes e gestos concretos através dos quais expressamos esse amor: são as obras de misericórdia, enumeradas pela tradição cristã em 7 obras corporal e 7 espiritual.

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Ao longo das edições desta Revista, trouxemos ao leitor uma síntese da apresentação de cada uma delas feita pelo fundador dos Padres Marianos, o Bem-Aventurado Papczyński. Restam-nos apenas duas: Suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo e rogar a Deus pelos vivos e defuntos. Nesta edição falaremos sobre a primeira delas. Suportar com paciência as fraquezas do próximo: Facilmente entendemos o que isso quer dizer. Difícil é viver. O que pode levar-nos a suportar com paciência as fraquezas do próximo? Que boas razões podemos encontrar para amar assim o nosso irmão? O texto da Carta aos Efésios (2, 4-7) diz-nos:“Revestivos, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia (...) suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente”. Se partirmos da luz que esse texto bíblico nos oferece, percebemos que somente com os olhos fixos em Cristo, enraizados e apoiados no Seu amor, é que podemos encontrar forças para suportar com paciência as fraquezas do próximo. Quanto mais consciência tivermos do campanha_doação.pdf 1 27/01/2016 09:49:35 amor de predileção com que Deus nos

ama, de sermos filhos queridos do Pai e permitirmos que Ele nos envolva em Seu abraço misericordioso, tanto mais nos sentiremos movidos a ser misericordiosos para com o próximo. E tanto mais, se nos damos conta de que Deus quer dizer a esse próximo, através do meu gesto de amor misericordioso, que também o ama com entranhas de ternura e misericórdia. Suportar significa amar com entranhas de ternura e misericórdia. Ora, quando se ama, dá-se oportunidade àquele que se ama de recuperar a própria dignidade, de levantar-se e de pôr-se de novo a caminho. É o olhar de Jesus sobre a mulher adúltera (cf. Jo 8, 1-11). Suportar, portanto, não é não me importar com a sorte do outro, não é permanecer indiferente, deixar como está, e, menos ainda, desprezar. Suportar é comprometer-me com o outro num caminho de libertação da escravidão do pecado e dos seus males, caminho de crescimento para a plenitude humana na comunhão com Deus. Assim é que Deus procede com cada um de nós: “O Senhor corrige os que ama e açoita todos aqueles que conhece por filhos” (cf. Hb 12, 4-11).

“ORA, QUANDO SE AMA, DÁ-SE OPORTUNIDADE ÀQUELE QUE SE AMA DE RECUPERAR A PRÓPRIA DIGNIDADE, DE LEVANTAR-SE E DE PÔR-SE DE NOVO A CAMINHO”

PENSAMENTO SANTO

“Ó Santíssima Trindade, quantas vezes o meu peito respirar, quantas vezes o meu coração bater, quantas vezes o meu sangue pulsar em mim, outras tantas mil vezes desejo adorar a Vossa misericórdia.” Santa Faustina – Diário, 163

#JesusEmTodosOsLares Doe um quadro de

Jesus

Ajude Jesus Misericordioso a chegar em todos os lares.

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Jesus, eu eu confio confio em em Vós vós. Jesus,

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GERAL

MISERICORDIOSOS COMO O PAI Bartolomé Esteban Murillo

Padre Leonardo Wilian Mariano, MIC

Parábola do Filho Pródigo, filho que errou, se arrependeu e encontrou compaixão aos olhos de seu pai

O

Ano Santo da Misericórdia é mais do que uma oportunidade de sabermos que Deus é misericórdia. Ao vivê-lo, tal como a Igreja nos propõe, este Ano Santo pode levar-nos a fazer a experiência da misericórdia divina e, consequentemente, despertar em nós o desejo de sermos misericordia.org.br

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misericordiosos como o Pai. Para experimentar, e não só ouvir falar da misericórdia, é preciso, antes, entender o que significa experiência, do ponto de vista da fé cristã. O sentido de experiência, no contexto da revelação da misericórdia divina, a entendemos pelo modo como percebe-

mos Deus manifestando-se a nós e nos atraindo para a comunhão com Ele, a fim de estabelecermos um vínculo de amizade e filiação. O que nos garante a autenticidade da experiência são os frutos. No nível pessoal temos a presença amiga do Pai que gera nos filhos paz, alegria, consolação, iluminação e


AFC, Pays de Retz

tudo aquilo que vem da relação amorosa entre aqueles que escolhem estar juntos. No nível da missão nos torna misericordioso como o próprio Deus. A vida de fé comum sempre nos leva a experimentar o encontro com a misericórdia. E isso ocorre pela oração, fé viva, participação nos sacramentos e amor ao próximo. Mas pode ocorrer que alguém comum, que leva uma vida de fé como todos nós, seja escolhido por Deus a fazer uma experiência extraordinária da sua misericórdia. O exemplo dos santos da Igreja, como Santa Faustina, é prova deste fato. Seja a experiência mística ou aquela comum são sempre vivenciadas em primeira pessoa. A autenticidade da experiência se dá quando dizemos: “eu fiz uma experiência da misericórdia divina que transformou a minha vida”. O que ocorre é que o próprio Espírito se une ao nosso espírito para testemunhar que somos filhos de Deus (Cf. Rm 8,16). “É exatamente essa a experiência religiosa. Não podemos duvidar. A experiência carrega a sua própria certeza”, (Yves Congar, 2009, 14). A sagrada escritura e a história da Igreja relatam incontáveis histórias de homens e mulheres que sob a força de um encontro transformante com o mistério da misericórdia do Senhor passaram a um nível existencial diferente,

superior àquele de até então. Tal fato fez de muitos deles testemunhas vivas da fé em Cristo, em consequência, sua ação na Igreja e no mundo deixaram marcas para sempre. Basta pensar, por exemplo, nos missionários e fundadores de ordens religiosas que deixaram uma herança de carisma espiritual e de serviço que sem os quais setores inteiros da sociedade deixariam de funcionar. Pensemos o quando foi feito por aquelas pessoas que doaram e doam a sua vida para o serviço da saúde, educação e as mais diversas formas de promoção da vida humana. Isto significa ser misericordioso como o Pai. O Jubileu da Misericórdia, enquanto evento eclesial se insere no caminho do peregrinar cristão por este mundo. Nascido da inspiração bíblica e sendo vivenciado no caminho da fé cristã o Jubileu tende a gerar frutos significativos de renovação da vida de fé pessoal e comunitária em toda a Igreja. Esse momento da Igreja não nos tira daquela realidade de fé cotidianos, mas vivifica o nosso existir religioso potencializando a qualidade do próprio ser cristão dentro da história e da sociedade. O Jubileu não tende a nos colocar dentro de uma “bolha” de experiências extraordinárias para ao final esta “bolha” ser estourada e novamente sermos jogados naquela vida de antes. Este evento

da fé cristã aponta para todos nós um modo de viver a fé segundo critérios do amor e cuidado para com o próximo. Desde já é possível vislumbrar os frutos que este Jubileu pode despertar na nossa vida cristã e no próprio estilo de ser Igreja no tempo de hoje. É para todos nós uma oportunidade de assumir definitivamente aquele jeito de ser Igreja, que nasce da mais genuína comunhão com a Palavra e os sacramentos e impulsiona-nos a fazer escolhas e atuar na vida segundo os critérios de uma vida nova. No caminho de fé cristã, quanto mais se dá mais se recebe. Ao nos colocarmos a serviço dos irmãos, especialmente aqueles que mais precisam da misericórdia divina também nós iremos receber a misericórdia. Passamos desse modo, a ser instrumentos da misericórdia no mundo. A partir daqueles dons que o Espírito nos oferece, particularmente o dom do encontro espiritual transformante, passamos a ser a possibilidade de tantos filhos de Deus, que andam nas sombras, a ter eles também a chance de se encontrar com a luz transformante do amor do Senhor. E isso também significa ser misericordiosos como o Pai.

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#JOVEMGO

Um Carnaval cheio de s Por Bruna Komarchesqui

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úsica, dança, teatro, convivência fraterna, adoração, formações, muita festa e uma alegria que não acaba na Quarta-Feira de Cinzas. É assim que muitos jovens católicos de todo o Brasil vivem o carnaval, testemunhando que é possível estar no mundo sem ser do mundo. E que é possível, sim, se divertir muito sem desrespeitar a si mesmo e aos outros. Quem faz a experiência garante: é impossível voltar a pular qualquer carnaval. “O efeito pós Retiro de Carnaval é incomparável. A sensação de paz de espírito é enorme. Quando você cai na folia que a televisão expõe, a tendência de você pecar e se afastar de Deus é muito grande”, garante a assistente administrativa Fiama Valenga, 20 anos, que há quatro opta por passar o período no Retiro de Carnaval das Irmãs Mensageiras do Amor Divino, no Mossunguê, em Curitiba. “Em 2013 participei como retirante. Em 2014 e 2015, trabalhei na cozinha do retiro. E, neste ano, vou novamente passar como retirante. Faço essas intercalações porque alguns momentos podem ficar ‘previsíveis’, o que acaba ‘atrapalhando’ o foco espiritual”, justifica. Além de palestras, há dinâmicas, adorações, momentos intensos com

Deus e, por que não, o bailinho de carnaval. O retiro tem especial significado na relação de Fiama com o pai, “a primeira vez em que participei, estava na adolescência e na fase da rebeldia, eu achava que ele não demonstrava muito seus sentimentos por mim. Mal sabia que ele estava trabalhando na cozinha do retiro (escondido). No momento das homenagens ao pessoal do serviço, que o vi saindo de lá, foi muito forte. Foi um gesto pequeno, mas que demonstrou muito. Hoje, graças a Deus (e também ao retiro), temos uma relação super tranquila!”, recorda Fiama. Aproveitar o “feriado tão amado pelos brasileiros” como um momento de crescimento espiritual e humano: assim, a administradora Dayanne Costa, 24 anos, gosta de definir o Reviver, retiro de Carnaval da Comunidade Católica Shalom que acontece em todo o Brasil. “Participo desde a primeira edição aqui em Curitiba e não troco por outra opção. É uma forma saudável, diferente, de viver o carnaval. O que mais me atrai é a programação diversificada, com pregações, missas, momentos de oração, palestras sobre temas da atualidade, shows, apresentações artísticas e o tradicional baile de carnaval”, conta. Neste ano, o Reviver, que é gratuito

INFORMAÇÕES DOS EVENTOS: Retiro de Carnaval – Irmãs Mensageiras do Amor Divino – (41) 3224-4031 misericordia.org.br Reviver – Comunidade Católica Shalom – (41) 3024-6670 Gabaon – Renovação Carismática Católica – (41) 3222-9332

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e ocorre no Rincão da Canção Nova, na capital, traz o tema ‘Uma Vida Toda Nova’. “Viver junto de Deus, de pessoas que querem buscá-lo, faz toda a diferença. Não é mais um Carnaval, mas é o que pode mudar nossa vida, nosso ano, nos fazer pessoas mais plenas. Cabe a nós escolher o que nos fará verdadeiramente felizes e que vai trazer para nossa alma algo de melhor”, defende Dayanne. Membro de grupo de oração desde muito pequeno, o estudante de geografia Fábio Neves, 20 anos, sempre passou o Carnaval no Gabaon, evento da Renovação Carismática Católica (RCC) de Curitiba. “É o local onde me encontro, onde vivo bem meu Carnaval, devido às atrações. Ali a juventude pula bastante nos shows, têm momentos de oração, que são fantásticos, as pregações, os momentos de adoração e as partilhas. Essa união de todos os grupos é muito bacana”, afirma. Aberto e destinado a todas as idades, o Gabaon, neste ano, ocorre no Ginásio da PUC de Curitiba, no bairro Prado Velho. “É um Carnaval diferente. Vale ressaltar que não é um movimento fechado só para quem participa da Igreja, é aberto a todos”, convida Fábio.


e sentido e das s dias que fico long se es N . or elh m to principalmente significado é mui oração por aqueles, ver seu verdadeiro vi em e s er eu ec D er of m e co m al o aval, é se res“Passar o carnav que eu gosto, procur roveitar bem o carn as Ap sso e. pe s pr m da se é at ra s pa ze s, s ve mantendo veze tecnologias e muita no. É cair na folia eus e da família, as da D un de m m o ta er as sp af se se de s s data de Deus e não o os jovens, que nessa ver no outro o amor cê vo É . tro ou o r peitar e respeita de alma. a saúde de corpo e anos. Fiama Valenga, 20

“Por experiência própria, não é preciso gastar rios de dinhei ro, depredar seu próprio cor para se divertir e ter um bo po, utilizar álcool ou drogas m carnaval. É possível descan sar e aproveitar, sem se esquec no conhecimento Dele, de er de Deus, de se aprofund alimentar a alma. Em Curiti ar ba tem várias opções saudáv Dayanne Costa, 24 anos. eis”,

. Para nós de grumeio em que vivem ao m ua eq ad se as sso ns, é estar nos r santos de calça jea m para jovem. As pe se ve É jo a. de nt ria sa a va al rm av fo rtido, é de uma “Viver bem o carn bem vivido, bem cu al av rn ca um , ão pos de oraç retiros”, os. Fábio Neves, 20 an

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PEQUENINOS DA MISERICÓRDIA

VAMOS

Ilustração Felipe Koller

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