Revista Divina Misericórdia - Edição 40

DIVINA

MISERICÓRDIA

REVISTA

O SENTIDO DA VIDA:

O AMOR

Pág 11

Ou somos místicos ou não somos cristãos - Pág 6 2016 - ABRIL - ED.040 - ANO IX

SANTUÁRIO DA DIVINA MISERICÓRDIA

EDITORIAL

Sumário

MILAGRE DO AMOR! #EuQueroMisericordia

“A

primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. E deste amor, que vai até o perdão e o dom de si mesmo, a Igreja faz-se serva e mediadora junto aos homens. Por isso, onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai.” (Misericordiae Vultus ‒ Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, 12) Jesus permanece conosco presente na Sua Igreja, está presente nos sacramentos, especialmente na Eucaristia, está presente na Sua Palavra, na oração, nas inspirações do Espírito Santo, e também em nossos corações, quando permitimos que Ele nos alcance com Sua graça. Santa Faustina teve a experiência de unir-se a Ele em cada momento da sua vida, ela tinha um desejo cada vez mais profundo de dedicar-se a Deus. A vivência mística de Santa Faustina cresceu a partir da contemplação de misericórdia do Pai. Entenda melhor como é possível ser místico no texto do teólogo Xavier Bordas, na página Espiritualidade.

Palavra do Reitor Espaço do Leitor

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Espiritualidade

Devotos da Misericórdia

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#CasaDaMisericordia

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Nesta edição, também convidamos você e sua família a refletir sobre o sentido da vida e buscar uma união maior com Especial Deus, sempre e em todo lugar. Pois, muitas vezes, em meio às tribulações, somos invadidos por medos dúvidas, preocupações, depressão, e acabamos por questionar: Qual o sentido da

Espaço do Devoto vida? Sim, porque a vida tem sentido, e tanto mais nos aproximamos de um entendimento do sentido da vida quando mais aprendemos a reconhecer o amor de Deus, quando nos dedicamos a servir a uma causa ou a amar o irmão que

Formação Humana encontramos nos caminhos da vida. Os jovens, que se entregam ao conformismo e buscam preencher sua vidas com prazeres superficiais, podem voltar-se para Deus e buscar o sentido que em verdade nos preenche contemplando a Geral Misericórdia Divina, fazendo a experiência do encontro com a Misericórdia, pois sem Deus nada faz sentido.

Confira as matérias Especial e Jovem. Boa leitura!

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#JovemGo

misericordia.org.br devotosmisericordia (41) 3148-3200 secretaria@divinamisericordia.com.br 2

Estrada do Ganchinho, 570, Umbará, Curitiba-PR, CEP 81930-165

Pequeninos da Misericórdia

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ESPAÇO DO LEITOR

C

aríssimos devotos da Divina Misericórdia, dentro da nossa realidade humana marcada pelo pecado, que arranca de nós a alegria de sermos filhos de Deus, somos chamados a percorrer o caminho da libertação que nos é concedido em Jesus Cristo de Nazaré. Jesus obediente ao Pai se encarna no Seio da Virgem Maria, nasce, morre e ressuscita. Jesus é o verdadeiro amor, é o sentido da nossa vida, nos amou até as últimas consequências, nos resgatou com a Sua infinita Misericórdia. Então é tempo de vivermos com profunda alegria, esperança e confiança a nossa fé. Deus nos deu tudo o que queria, abramos o nosso coração para receber tudo o que ele nos deu.

Neste Ano Santo, Deus vem ao nosso encontro, Ele espera de nós apenas a confiança. Na Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia Papa Francisco nos ensina que Misericórdia “é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado”.

Fomos resgatados pela Misericórdia do Senhor, que sempre será maior que qualquer pecado, portanto, com

Padre Leandro, MIC Reitor do Santuário da Divina Misericórdia

grande confiança e alegria, coloquemos em prática o que nos pede o Papa Francisco: “Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai”.

Caros irmãos, vos convido a peregrinar até o Santuário da Divina Misericórdia, e passar pela Porta Santa.

Vos incentivo, também, com a as palavras do Papa: “Atravessaremos a Porta Santa com plena confiança de ser acompanhados pela força do Senhor Ressuscitado, que continua a sustentar a nossa peregrinação.” Não vamos deixar que o mal tire de nós a alegria de sermos filhos Deus, resgatados do pecado pela Sua infinita misericórdia derramada sobre nós através de seu filho Jesus Cristo. Deus abençoe a todos!

EXPEDIENTE REITOR Pe. Leandro A. da Silva, MIC CONSELHO EDITORIAL Pe. Anchieta C. Muniz, MIC Pe. Leandro A. da Silva, MIC Pe. Sandro S. de Souza, MIC Ir. Thiago Radael, MIC Isabelle Warzinczak JORNALISTAS RESPONSÁVEIS Ir. Thiago Radael, MIC (MTB 10370) Isabelle Warzinczak (MTB 10197) REVISÃO Carina Novak, OCV NIHIL OBSTAT Pe. Jair B. de Souza, MIC 23 de março de 2016 IMPRIMATUR Pe. Leandro A da Silva, MIC 23 de março de 2016 DEVOTOS DA MISERICÓRDIA Aluizio Meira (41) 3149 7558 devotos@misericordia.org.br PUBLICIDADE Helder T. Castro (41) 3149 7562 EDITORA Gislaine Keizanoski (MTB 6338) (41) 3149 7551 PROJETO GRÁFICO Dominus Comunicação IMPRESSÃO Gráfica Malires TIRAGEM 12.500 exemplares CONTATO Estrada do Ganchinho, 570 81930-165 Umbará, Curitiba (PR) revista@divinamisericordia.com.br (41) 3148 3200 REALIZAÇÃO Santuário da Divina Misericórdia e Congregação dos Padres Marianos

Gosto muito do material da Revista, é um conteúdo muito rico, fortalece a nossa fé. Achei muito interessante a Matéria Especial da edição de fevereiro. Saber o significado de cada detalhe da Imagem de Jesus Misericordioso me deixa ainda mais apaixonada por esse amor infinito! Esse amor que não se cansa de nós e está sempre pronto a nos amparar quando as quedas da vida tendem a nos abalar, esse amor que vem do próprio coração de Jesus!

Ana Carolina Jonson, PR.

Quando era adolescente tive o primeiro contato com o Diário de Santa Faustina. Sofria de perseguições em um colégio estadual no qual estudava. Estava marcado para ser “pego” em uma determinada semana, quando me lembrei das palavras de JESUS à Santa Faustina, de que nada seria negado a quem pedisse pela sua Sagrada Paixão. Orei o Terço da Misericórdia às 3 horas da tarde. O primeiro efeito foi que uma calma invadiu a minha alma. Mesmo diante do perigo iminente era como se soubesse que não seria atingido. De forma repentina a escola entrou em greve, sem nenhum aviso prévio. Quando retornou a situação estava mais calma, mas ainda era perseguido, porém nada aconteceu comigo. Era impossível escapar. Meus pais não acreditavam em mim e tampouco a diretoria da escola, mas nada aconteceu.

Obrigado Jesus! Louvado seja Vosso Santo Nome.

Tales Giaretta, SP.

CHEGOU A HORA DA DECISÃO. DEUS O ESTÁ CHAMANDO! A VOCAÇÃO ESTÁ DENTRO DE VOCÊ, GRAVADA NO SEU CORAÇÃO. ACOLHA O DOM DIVINO. VENHA TRILHAR CONOSCO ESSE CAMINHO.

CARO LEITOR, ESTE ESPAÇO É PARA A SUA PARTICIPAÇÃO! Envie para o e-mail: revista@divinamisericordia.com.br Ou envie sua carta para: Apostolado da Divina Misericórdia.

Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR)

VOCAÇÃO Lembre-me

Recusar

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Mensagem

ar Re eitar Acjeit

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ESPIRITUALIDADE

SOMOS MÍSTICOS

OU OU NÃO SOMOS CRISTÃOS Xavier Bordas Teólogo, tradutor no Santuário da Divina Misericórdia da Polônia

S

anta Faustina nos recorda com força que Jesus permaneceu conosco na Terra, o mesmo Jesus Ressuscitado que encontrou os Apóstolos.

Então, onde eu, que vivo no século XXI, posso encontrá-Lo? Esta é uma pergunta importante para minha vida.

Onde posso encontrá-Lo? Onde posso encontrar a Misericórdia Encarnada, Fonte da misericórdia?

Quando observamos o caminho espiritual que transcorreu Santa Faustina, caminho que a conduziu até os cumes mais altos da união com Deus, até o nível mais elevado da vida mística,

podemos nos dar conta de quão grande é a abertura eclesial de Santa Faustina em sua vivência mística. E isso é uma garantia de sua autenticidade.

mística de Irmã Faustina – afirma o Padre Otto Filek – cresceu a partir da contemplação da misericórdia de Deus, que atuava nela e como fruto de sua entrega total à vontade de Deus.

Ela encontrou-se com Jesus – Nos tempos atuais, que se caracFonte da misericórdia, a Misericórdia Encarnada, sim, na Igreja. Jesus ficou terizam pelos movimentos religiosos, conosco e permanece presente na Sua quando há tantas pessoas, especialmente jovens que Igreja, está presente buscam o contato nos sacramentos, com Deus em esespecialmente na piritualidades fora “Em verdade, em Eucaristia, está predo cristianismo sente na Sua Palavra, verdade vos digo: ou fora da Igreja, na oração, nas insse não comerdes como também, fora pirações do Espírito dos sacramentos e a Carne do Filho Santo, também está da liturgia, perdenpresente em nossos do Homem e não do, desse modo, em corações, quando esbeberdes o Seu vão, suas energias e tamos em estado de o seu tempo em Sangue, não tereis graça santificante. “técnicas”, o testea vida em vós” Esta presença de munho de Santa Jo 6, 53 Jesus no meio de nós Faustina, e em pare em nós, a contemticular as suas realiplação do Seu amor zações no caminho misericordioso, o da perfeição cristã, fato de unirmo-nos a Ele em cada mo- recordam aos que buscam, a advertênmento da vida, foi o fundamento da cia de Cristo: “Em verdade, em verdade experiência mística de Santa Faustina vos digo: se não comerdes a Carne do no transcorrer de sua vida cotidiana, foi Filho do Homem e não beberdes o Seu a fonte de sua força para cumprir fiel- Sangue, não tereis a vida em vós (Jo 6, mente a vontade de Deus. A vivência 53). Essas palavras demonstram que a

pátria de contemplação é a Igreja, “sacramento de salvação” (CIC, 48) e de santificação, e que o local de contemplação com Deus é, em particular, a Eucaristia*, assim como a viva presença de Deus em nossas almas, em cada momento da nossa vida.

Karl Rahner disse em uma ocasião: o cristão do futuro, ou será místico, ou não será. Recordar a própria vivência mística é, portanto, uma questão sobre o “ser ou não ser um cristão”, uma vez que se trata da questão do meu “ser com Deus” através da vida, da minha união com Ele sempre e em todo lugar, e não apenas em momentos isolados de oração. Algo muito normal e óbvio é que em nossa vida cristã, junto com o desenvolvimento da vida interior, apareça um desejo cada vez mais profundo de dedicar a Deus não só algum período muito concreto de tempo, mas de estar com Ele sempre e em toda parte, inclusive nos trabalhos ordinários e nos deveres de cada dia. A vivência mística não é apenas um possível elemento adicionado à vida cristã, que pode estar ou não, que pode acontecer ou não, mas pertence ao caminho que conduz ao nosso pleno desenvolvimento.

Portanto, ou serei místico ou não serei plenamente cristão.

*. O. Filek, Droga Sługi Bożej Siostry Marii Faustyny do zjednoczenia z Bogiem, w: Posłannictwo Siostry Faustyny, obra citada, pág. 56-57.

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Acesse e ajude a propagar a devoção a Jesus Misericordioso 6

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Misericórdia

INFINITA MISERICÓRDIA DE NOSSO SENHOR,

DEUS DO IMPOSSÍVEL O Santuário da Divina Misericórdia tem a missão de evangelizar e anunciar a devoção a Jesus Misericordioso pelo Brasil e pelo mundo.

Com a Campanha dos Devotos você, fiel colaborador, ajuda mais pessoas a serem transformadas pela Divina Misericórdia, como aconteceu com a família de Beatriz Back, confira.

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o dia 27 de junho de 2014, era aniversário do senhor Salésio, e neste mesmo dia ele sofreu um grave acidente: foi atropelado por um trator, enquanto trabalhava numa chácara. “O trator passou por cima de meu pai três vezes, deu uma ré, tentou voltar, mas como não conseguiu, acabou voltando pra cima dele. Minha irmã, que estava com ele, imediatamente o socorreu, amparando-o no seu colo.

Ele já meio desfalecido, gritava de dor e quase não respirava, só pedia por água e chamava por Nossa Senhora”, conta Beatriz Back, filha do senhor Salésio.

O socorro demorou pra chegar em Mandirituba, e neste tempo a família, que já havia sido avisada, se reuniu e começou a clamar a Jesus pela vida de Salésio. Quando o socorro chegou, o entubaram e tentaram amenizar a dor com morfina, devido a gravidade dos traumas. Ele foi levado ao hospital Evangélico, em Curitiba, onde imediatamente foi para o centro cirúrgico.

A filha, Beatriz, afirma que Salésio estava consciente e entre um grito de dor e outro dava informações à equipe sobre o

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ocorrido. Então, ele entrou em coma, onde permaneceu por 2 semanas inconsciente. “Ele teve sua pelve e região ilíaca (bacia) toda moída, explosão pulmonar, falência de rins, embolia óssea, traumatismo craniano, hemorragia interna, fora outras complicações.

Na primeira cirurgia a equipe médica, devido à hemorragia, não pode abri-lo. Os médicos colocaram fixadores de aço externos nos fêmures, para tentar fechar a bacia e conter a hemorragia, pois ele estava muito debilitado e não aguentaria uma intervenção mais invasiva”, testemunha.

Salésio permaneceu na UTI por 43 dias. A família revezava durante as visitas e quando saia do hospital procurava conforto no Santuário da Divina Misericórdia.

Aos poucos Salésio apresentou leves movimentos voluntários com a cabeça, mostrando que havia vida e que não eram só as máquinas que o mantinham vivo. Beatriz conta que foram dias de suplício, de altos e baixos, de esperança e de desesperança, pois muitos médicos diziam que seu pai não aguentaria.

“Com muita oração sobre seu leito de hospital, muitas orações no Santuário da Divina Misericórdia, em outras igrejas e paróquias, inúmeros Terços da Misericórdia rezados sobre ele naquela UTI, meu pai foi recobrando a consciência. Os remédios já não o dopavam

mais, então fomos percebendo que ele estava lúcido, ouvia, enxergava, não falava devido aos tubos, mas tentava”.

Depois de quase um mês, após perder 26 kg, Salésio começou a mostrar discretos movimentos com os pés e pernas. Já se descartava o risco de morte e suas capacidades estavam sendo recobradas. Beatriz ralata que ainda era preciso realizar a cirurgia para colocar as placas e pinos na bacia, entretanto, era uma região muito delicada devido à abertura feita no osso, e havia risco de nova hemorragia, ou ainda, de comprometimento da coluna. Os ferros eram muito grandes e

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desconfortáveis e começaram a formar escaras no abdômen distendido. Os médicos sugeriram mudar os fixadores de lugar, “neste momento da troca a equipe médica percebeu que não haveria necessidade de abri-lo e reconstituir a bacia, pois os ossos haviam se refeito e se calcificado. Os médicos nos avisaram que o tratamento dele seria mesmo só os fixadores, que ele era um homem muito forte e não haviam visto nada parecido até então”, afirma.

Hoje, quase 2 anos depois, Beatriz conta que seu pai, Salésio, se encontra bem, trabalhando, dirigindo, construindo casas, cuidando de um sítio,

da plantação e da criação. Faz acompanhamento médico apenas por conta de uma trombose, que ficou como sequela, e acompanhamento trimestral com a equipe de ortopedia para continuar acompanhando seu quadro.

“Tudo isso, não temos dúvida nenhuma, foi por obra e graça de Jesus e Nossa Senhora Aparecida. Quem o viu no hospital e acompanhou o caso dele até hoje não acredita em tamanho milagre de sobrevivência e recuperação. Mas, nós, família, amigos e fiéis sabemos que tudo isso foi possível através da infinita Misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus do Impossível”.

facebook.com/santuariomisericordia

Devotos na rede Bia Diniz Sou eternamente grata a Jesus Misericordioso por todas as bênçãos. Nunca tive, e nunca terei medo, Deus sempre está à frente, cuidando de tudo. Obrigada pelo muito que me foi dado, que hoje e sempre seja feita a Vossa vontade. Que assim seja, amém!!!

Maria Ap Ferraresso Adoro Jesus Misericordioso e amo Santa Faustina. Muito obrigada pelas graças concedidas para minha vida e para a vida de todos da minha família. Amém!

Maria Gessi, Curitiba – PR Eu sou muito feliz por fazer parte do grupo da Divina Misericórdia em minha comunidade, é nele que eu encontro força para enfrentar o dia a dia na misericórdia de Jesus. Amém.

Denise Ramires Diamante, Presidente Prudente- SP A misericórdia de Jesus é infinita, eu amo estar na Sua presença. Quem vive a experiência com a Misericórdia nunca mais é a mesma pessoa. No Santuário acontecem muitos milagres, curas, libertações, restaurações, renovações, e nos é dado uma vida plena.

Jesus eu confio em vós!!!

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#CASADAMISERICORDIA

ESPECIAL

SANTUÁRIO RECEBE

CARDEAL DOM AVIZ EM EVENTO PARA RELIGIOSOS Isabelle Warzinczak

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o início de março, dias 02 e 03, o Santuário da Divina Misericórdia recebeu cerca de 500 religiosos para o curso “Vida Consagrada: Encarnação da Misericórdia do Pai no Mundo”, promovido pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), regional Paraná. O evento teve como objetivo debater e apresentar às lideranças da vida consagrada as perspectivas e frutos do Ano da Vida Consagrada no Brasil e no mundo, a

partir da formação do Cardeal brasileiro e Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom João Braz de Aviz, e das percepções da presidente nacional da CRB, Irmã Maria Inês Ribeiro, MAD, e do Doutor em Teologia Padre Marcial Maçaneiro, SCJ. O Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, declarou que é gratificante para a Arquidiocese acolher um evento como este. “Hoje, o profetismo é menos palavra proclamada, discurso enunciado, argumento defendido e é mais testemunho vivido. É importante para nós que a vida religiosa faz-nos recordar isso, que se não formos sinal vivo da gratuidade de Deus ele pouco teria a fazer com as nossas fidelidades”.

Em entrevista concedida à equipe de redação da Revista, o Cardeal Dom João Braz de Aviz, também reforçou a

importância da vida consagrada como testemunho vocacional de evangelização.

“Hoje o Papa diz, e também Bento XVI falava, que nós não podemos levar a evangelização e a questão das vocações para frente se não for através dos testemunhos. O evangelho não pode ser mais imposto, ele tem que ser percebido como uma força de atração, Deus atrai a gente. A vida do evangelho se bem vivida, bem testemunhada, ela atrai, isso é fundamental. Então, nós na vida consagrada, pensamos que a melhor maneira para poder ter mais vocações é dar um testemunho correto da vida consagrada. A vida consagrada é uma das expressões mais bonitas da beleza do Evangelho, porque essas pessoas consagram as suas vidas aos valores do Evangelho. Os consagrados trilham caminhos de felicidade para si e para as demais pessoas, pois entregam suas vidas por um grande ideal”, conclui.

QUAL O SENTIDO DA

VIDA?

DINHEIRO, FAMA, PODER, FILOSOFIA, RELATIVISMO, RELIGIÃO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA?

Amor Pe. Inácio José do Vale

Religioso da Fraternidade da Visitação de Charles de Foucauld.

Professor, escritor e conferencista. Sociólogo em Ciência da Religião.

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um passado recente, dizia-se que o avanço da ciência e o progresso tecnológico dariam solução em quase tudo. Vivemos uma realidade dura demais. Agressões que chocam a nossa sensibilidade, crueldade que choca o nosso senso de humanidade, violência que faz anestesiar a mais competente das autoridades.

tanto efeito em ajudar alguém a superar mesmo as piores situações quanto saber que sua vida tem sentido”. Disse mais de maneira magistral: “Podemos transformar a tragédia pessoal em triunfo”.

Muita gente questiona o sentido da vida e uma das maiores dificuldades é entender porque estamos aqui e o tal do sofrimento. Com sua larga experiSomos assolados pela depressão, ência de sofrimento do horror nazista pelo flagelo das drogas, pelo tráfico de no campo de concentração disse Frankl: armas, pelo terrorismo, pela tragédia “Se é que a vida tem sentido também das guerras, da fome, da AIDS, pelos o sofrimento necessariamente o terá.

Afinal de contas, o soconflitos entre nações, frimento faz parte da pelo massacre de etvida, de alguma forma, nias e pela perdição do mesmo modo que o da supremacia racial.

Não há nada destino e a morte”.

Vivemos a crise finanno mundo, ceira mundial, enerA razão humana gética, hídrica, ética arrisco-me busca resposta profune religiosa. Vivemos da para o mistério do a dizer, que o medo de uma guersofrimento e da morte. surtiria tanto ra nuclear, química e Os sábios sempre probiológica, como tamefeito em curaram responder bém o medo pelo ausobre o sofrimento dos ajudar alguém mento assustador das justos e a passagem a superar doenças mentais. curta do homem bom mesmo sobre a terra. Segundo Diante de tantas a Sagrada Teologia, a desgraças e maldades, as piores causa do sofrimento podemos encontrar situações e da morte foi à deo sentido da vida? quanto saber cisão errada tomada Esta pergunta é feita pelo primeiro casal no constantemente por que sua vida Jardim do Éden. muita gente.

tem sentido

Viktor Emil Frankl, criador da Logoterapia – terapia do sentido da vida, em seu livro, Em Busca de Sentido: um psicólogo no campo de concentração, ele escreveu que alguns de seus companheiros que sobreviveram ao Holocausto se depararam com este tipo de pergunta depois que foram libertados dos campos de concentração. Quando voltaram para casa, alguns descobriram que seus parentes e amigos haviam morrido.

Frankl afirmou: “Não há nada no mundo, arrisco-me a dizer, que surtiria

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“Ninguém, ao ser tentado deve dizer: ‘É Deus que me está tentando’, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Antes, cada qual é tentado pela própria concupiscência, que o arrasta e seduz. Em seguida a concupiscência, tendo concebido, dá a luz, o pecado, e o pecado, atingindo a maturidade, gera a morte” (Tg 1,13-15).

Pelo pecado o ser humano tem realizado todo tipo de crueldade, tentando assim, minar o sentido da vida. Graças a Deus, pelo dom da santíssima fé e pela

Qual o sentido da vida? E a resposta é: viver radicalmente para o bom Deus e para o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo em solidariedade ao próximo.

Cruz de Cristo, que nos dá sentido a vida e a morte, torna-se possível a passagem para vida eterna.

“Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vem do alto e desce do Pai das luzes” (Tg 1,16). Se o coração do ser humano fosse recipiente para toda dádiva perfeita de Deus, nós não teríamos tantas infelicidades que nos assolam.

Somente o amor Costuma-se comparar a vida a uma jornada. Levar a vida sem saber seu real objetivo é como começar uma vigem sem ter um destino em mente.

Se agir assim, você corre o risco de cair na armadilha que o ilustre escritor Stephen R. Covey descreve “como a correria da vida”. Ele escreveu sobre pessoas que “conquistam vitórias que se mostram vazias”.

Frieder Burda, mecenas das artes e sócio de um grande conglomerado da mídia alemã, concluiu resignado: “Comprei um grande iate para viajar pelos mares. Que aborrecimento!

Nesse iate não vivi nem um dia feliz.

Só gastei dinheiro, sem sentido, sem rumo; isto não traz conteúdo à vida. É a mais pura monotonia”.

A poetisa Käthe Walter escreveu contrastando as palavras de Burda: “Só isto traz sentido à vida na terra: tornar-se algo para a glória de Deus e iluminar o caminho dos outros com a luz vinda de fontes eternas”.

O nosso único objetivo para dar sentido à vida é somente o amor a Deus e ao próximo.

luz que nos faz enxergar novos horizontes. Amor faz muito bem à vida, mais do que todo tesouro do mundo, é a energia para as grandes realizações e o gozo abissal para o coração. Com certeza, é a fonte do nosso viver, da nossa sensibilidade e da glória da dignidade da pessoa humana.

Infelizmente, as pessoas são enganadas pela ilusão do dinheiro, do poder, da fama e do prazer efêmero.

Quantas pessoas não se perdem pelas fantasias mundanas? E outras tantas cavam a sua própria sepultura por meio do seu egoísmo, ganância, arrivismo e salazes delitos.

As forças do mal cegam as pessoas, para caírem no abismo. Elas dão lugar para tal, devido a seus erros em escolher mal o caminho. Tornando-se vítimas das próprias armadilhas e do inimigo se perguntam: Qual o sentido da vida? E a resposta é: viver radicalmente para o bom Deus e para o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo em solidariedade ao próximo. Só podemos viver bem, na riqueza de nossa vida, na dimensão do amor e do conhecimento. É o amor que dá real sentido a vida e o conhecimento completa o progresso da nossa felicidade.

Se é que a vida tem sentido também o

sofrimento

necessariamente o terá

Tudo na vida só terá construção sólida permanente e duradoura se o fundamento da obra for o amor. O nosso mais profundo ser clama por amor para que a nossa vida possa viver com sentido aqui e para sempre.

O amor é o poder que nos faz suportar todo tipo de adversidades. É a

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ESPAÇO DO DEVOTO

QUICHE DE PRESUNTO E QUEIJO

Quadro Jesus Misericordioso

INGREDIENTES

Italiano - Resinado - 22x35 cm

Massa • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo • 120g de margarina de uso culinário • 3 colheres (sopa) de água gelada

ENVIE SUA RECEITA Ela poderá ser publicada aqui!

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Recheio • • • • • • • •

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4 ovos 1 xícara (chá) de creme de leite 1 colher (sopa) de farinha de trigo ½ xícara (chá) de ricota 1 xícara (chá) de mussarela 1 xícara (chá) de cream cheese Sal a gosto ½ xícara (chá) de presunto picado

ou envie sua carta para: Apostolado da Divina Misericórdia Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR).

MODO DE PREPARO Misture bem todos os ingredientes da massa até que solte das mãos. Se necessário, acrescente mais um pouco de farinha de trigo. Em uma superfície enfarinhada, abra a massa com o auxílio de um rolo e transfira-a para uma forma de fundo removível. Reserve.

No liquidificador, bata os ovos, o creme de leite, a farinha de trigo, a ricota, a mussarela, o cream cheese e o sal. Despeje a mistura em um recipiente, acrescente o presunto e misture.

Distribua o recheio sobre a massa e asse em forno pré-aquecido a 180ºC por aproximadamente 25 minutos.

A quiche tem com recheio a base de creme de leite e ovos, e originalmente recheada com bacon. Hoje é possível encontrar diversos recheios, como: alho-poró, espinafre, legumes, rúcula, cogumelos, salmão, acrescentado sempre um queijo, seja ele parmesão, gruyére, camembert, roquefort ou brie.

“Ofereço aos homens um vaso, com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia.

O vaso é a imagem com a inscrição: ‘Jesus, eu confio em Vós’” Diário, 327

R$ 24,90

misericordia.org.br 14

41 3148 3200 Disponível também na Loja do Santuário

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FORMAÇÃO HUMANA

REZEMOS PELOS VIVOS E DEFUNTOS: A SÉTIMA DAS OBRAS DE MISERICÓRDIA ESPIRITUAL Pe. Francisco Anchieta Cardoso de Muniz, MIC Pároco do Santuário da Divina Misericórdia

“BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS, PORQUE ELES ALCANÇARÃO MISERICÓRDIA” MT 5,7

O

Ano Santo Extraordinário da Misericórdia é um tempo particularmente convidativo para pensar sobre a misericórdia e praticar a misericórdia.

Inúmeras são as formas e ocasiões de receber e oferecer a misericórdia.

Através desta reflexão, queremos convidá-lo a refletir sobre uma das sete obras de misericórdia espiritual: a oração pelos vivos e os mortos.

O ato de rezar, enquanto exercício espiritual, ou de interceder pelos outros, é uma prática que sempre esteve presente na vida dos cristãos, ao longo de toda a história da Igreja. Quem, algum dia, já não pediu oração aos outros? Ou, então, já não rezou por alguém?

Na Palavra de Deus, inúmeras são as passagens onde aparecem exemplos de pessoas que rezam por outras.

Como exemplos de oração ou intercessão pelos vivos encontramos no Antigo Testamento a passagem que diz: “Moisés voltou junto do Senhor e disse: Oh, esse povo cometeu um grande pecado: [...] ‘Rogo-vos que lhes perdoeis agora esse pecado!’” (Ex 32, 31-32). Ou, no Novo Testamento, outra passagem que diz: “Falava ele

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ainda, quando se apresentou um chefe da sinagoga. Prostrou-se diante dele e lhe disse: ‘Senhor, minha filha acaba de morrer. Mas vem impõe-lhe as mãos e ela viverá’” (Mt 9, 18). Há, também, a passagem, que para mim é a oração de intercessão por excelência: “E Jesus dizia: ‘Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem’” (Lc 23, 34). Estes são Quando exemplos de.

pelos

esse um bom e religioso pensamento.

Eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas” (2Mc 12, 46).

Sendo católicos, somos conscientes da importância da oração na vida do ser humano. Contudo, nem sempre somos conscientes de que quando rezamos pelos outros o primeiro beneficiado com esse gesto rezamos somos nós mesmos. outros

Considerando as Interceder pelos o primeiro obras de misericóroutros, portanto, beneficiado com dia espirituais, mais nos leva a experiespecificamente a esse gesto somos mentar por primeioração pelos vivos e ro a misericórdia nós mesmos. os mortos, gostaria de Deus, que age de trazer aqui exemem nós e através de plos que confirmam nós e nos capacita a eficácia da oração a praticar o que a também pelos morPalavra nos ensina: tos ou almas do Purgatório. Cito o livro “Sede, pois, misericordiosos, como dos Macabeus, nas passagens: “Em se- também vosso Pai é misericordioso” guida, organizou uma coleta, enviando (Lc 6, 36). Ou seja, ao praticar essa a Jerusalém cerca de dez mil dracmas obra de misericórdia espiritual, expepara que se oferecesse um sacrifício rimentamos em nós, concretamente, pelos pecados. Belo e santo modo de a ação da graça que nos transforma, agir, decorrente de sua crença na ressur- liberta e fortalece para sermos miserireição!” (2Mc 12, 43). Ou ainda: “era cordiosos para com os outros.

A nossa oração por aqueles que já não fazem mais parte do nosso convívio terreno – por aqueles que se purificam nas chamas do purgatório –, são fonte de auxilio na diminuição das penas temporais dos seus pecados e mais depressa são conduzidos à participação na plena comunhão com Deus.

A oração pelas almas do purgatório é parte do carisma da nossa Congregação dos Padres Marianos. A sua prática por nós Padres Marianos, assim como para aqueles que abraçam o nosso carisma, mantêm-nos fieis àquilo

que Deus suscitou no coração do nosso Fundador, o agora Bem-Aventurado e em breve (no próximo 05.06.2016) ‒ Santo Estanislau de Jesus e Maria (João Papczyński).

Que Maria, aquela que viveu a perfeita fidelidade ao projeto do Pai, nossa Mãe Imaculada e Mãe da Misericórdia, a mulher orante, seja sempre a nossa intercessora e nos ensine a orar.

PENSAMENTO SANTO

A NOSSA ORAÇÃO POR AQUELES QUE JÁ NÃO FAZEM MAIS PARTE DO NOSSO CONVÍVIO TERRENO – POR AQUELES QUE SE PURIFICAM NAS CHAMAS DO PURGATÓRIO –, SÃO FONTE DE AUXILIO NA DIMINUIÇÃO DAS PENAS TEMPORAIS DOS SEUS PECADOS

“Maria, minha mãe e Senhora, entrego-vos a minha alma e o meu corpo, a minha vida e a minha morte e tudo o que vier depois dela.

Deposito tudo em vossas mãos, ó minha Mãe. Cobri a mina alma com o vosso manto virginal e concedei-me a graça da pureza do coração, da alma e do corpo.

Defendei-me, com o vosso poder, de todos os inimigos, especialmente daqueles que escondem a própria maldade sob a máscara da virtude. Ó lindo lírio, vós sois para mim o espelho, ó minha Mãe!”

Santa Faustina - Diário, 79

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GERAL

O NOME DE DEUS É MISERICÓRDIA: “RECONHEÇA O PECADO E ENCONTRARÁS MISERICÓRDIA” Massimo Introvigne La Nuova Bussola Quotidiana

F

oi apresentado no início de janeiro o livro O nome de Deus é Misericórdia (Planeta), onde Andrea Tornielli entrevista o Papa Francisco sobre o tema que está no centro de seu pontificado: a misericórdia. O livro é um útil e comovente guia do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, e explica de modo claro que a misericórdia não tem nada a ver com o “bonismo” ou com a pretensa negação da realidade do

pecado. Pelo contrário, o Papa explica que só quem se reconhece pecador é capaz de encontrar a misericórdia de Deus, e que o lugar privilegiado desse encontro é o confessionário.

O livro do Papa pode ser dividido em cinco unidades temáticas diferentes.

A primeira delas está relacionada com as fontes do Magistério do Papa Francisco sobre a misericórdia. A segunda, explica

a escolha de colocar hoje a misericórdia no centro do seu Magistério. A terceira diz respeito à confissão. A quarta trata da atitude justa com a qual devemos nos colocar diante da Divina Misericórdia e, logo, da confissão. E a última, é sobre a dimensão social e política de misericórdia. Apresentamos a seguir a primeira delas. As demais, ao longo das próximas edições da Revista.

QUAIS SÃO AS FONTES DO MAGISTÉRIO DE FRANCISCO SOBRE

A MISERICÓRDIA?

Desde o início de seu pontificado, explica o Papa, quis propor uma Igreja que “não espera que os feridos batam à porta, vai encontrá-los na estrada, recolhê-los, abraçá-los, curá-los, fazê-los sentirem-se amados” e a todos anuncia a misericórdia. Mas não se trata de uma novidade.

As fontes de inspiração dessa proposta são o Papa, agora Santo, João XXIII, o Beato Paulo VI e sobretudo a encíclica de São João Paulo II – Dives in Misericordia (Rico em Misericórdia), na qual o Papa polonês afirmou que “a Igreja vive uma vida autêntica quando professa e proclama a misericórdia, o mais admirável atributo do Criador e Redentor, e quando aproxima os homens da fonte da misericórdia”.

O Papa também insiste em Santa Faustina Kowalska, a Apóstolo da Divina Misericórdia, cuja devoção une São João Paulo II, Bento XVI e o atual Pontífice.

Francisco também cita uma desafiadora afirmação teológica do Papa teólogo Bento XVI: “A misericórdia é, em realidade, o núcleo central da mensagem do Evangelho, é o próprio nome de Deus, o rosto com o qual Ele se revelou no Antigo Testamento e plenamente em Jesus Cristo, a Encarnação do Amor criador e redentor”.

Rico em Misericórdia Escrito pelo Papa João Paulo II, esse documento possui incalculável valor teológico, e é indicado aos devotos da Divina Misericórdia.

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Ultimamente, insiste Francisco, as fontes do primado da misericórdia estão na Sagrada Escritura: “a misericórdia é o documento de identidade do nosso Deus”. O Papa cita São Paulo na Segunda Carta a Timóteo (2, 13): “Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode renegar-se a Si mesmo”. “Você pode negar Deus, comenta Francisco, você pode pecar contra Ele, mas Deus não pode renegar a Si mesmo, Ele permanece fiel”.

Depois, há as fontes, por assim dizer, mais pessoais. O Papa cita o teólogo jesuíta Padre Gaston Fessard e o seu livro La Dialectique des “Exercises spirituels” (A Dialética dos “Exercícios espirituais”) de Santo Ignácio de Loyola. Em particular, Francisco afirma que aprendeu com Fessard a importância da capacidade de sentir a vergonha na frente dos próprios pecados que “é uma das graças que Santo Inácio pede na confissão dos pecados a Cristo crucificado”.

O Papa encontrou esses conceitos também “em homilias do monge Inglês Beda, o Venerável”, e na experiência concreta dos grandes confessores. Ele menciona alguns que conheceu pessoalmente, e São Leopoldo Mandic, de quem leu particularmente nas homilias do Papa João Paulo I. Cita também o famoso teólogo dominicano Antonio Royo Marín.

O nome de Deus é Misericórdia Uma entrevista exclusiva concedida ao vaticanista Andrea Tornielli, na qual o pontífice explica o porquê do Ano da Misericórdia, que teve início em 8 de dezembro de 2015.

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“Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem”

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SEM RUMO, SEM DESTINO:

ERRANTES

Cena da série americana The Walking Dead

#JOVEMGO

Frei Malone Rodrigues, OFM Religioso Franciscano da Ordem dos Frades Menores Formado em Filosofia pela PUCRS. Atualmente estuda Teologia na ESTEF, em Porto Alegre.

ERRANTE É ANDAR SEM RUMO, SEM DESTINO. NOSSA SOCIEDADE É ERRANTE, BUSCA A LIBERDADE; NO ENTANTO, UMA LIBERDADE SEM RESPONSABILIDADE POSSUI EFEITOS QUE ACABAM POR LEVAR O SER HUMANO À SUA PRÓPRIA RUÍNA. 20

N

o seriado The Walking Dead, os zumbis são chamados de errantes. Errante é andar sem rumo, sem destino. Nossa sociedade é errante, busca a liberdade; no entanto, uma liberdade sem responsabilidade possui efeitos que acabam por levar o ser humano à sua própria ruína. Numa sociedade vazia, líquida, as consequências são ainda mais destruidoras sobre os jovens, que navegam no “piloto automático”, sem sentido, buscando apenas prazeres artificiais. A juventude precisa, mais do que nunca, encontrar o sentido de sua vida, e viver uma vida plena e feliz.

Lipovestsky, em seu livro A era do vazio, reflete sobre como a sociedade se estruturou de forma egoísta e narcisista, perdendo sua capacidade de preocupar-se com o outro. Gerando consequências para si mesma. Zygmunt Bauman, um sociólogo polonês, afirma

que vivemos em uma sociedade líquida, na qual nada é feito para durar. A juventude, diante da sociedade líquida, vive imersa em um vazio existencial.

Entregando-se ao conformismo ou ao totalitarismo. Diante desse vazio, busca preencher sua vida com prazeres superficiais, no desejo de abafar o grito que ecoa do seu íntimo.

Não sabem o que fazer com sua vida. e totalitarismo social. O jovem, que Sabe-se, porém, que a busca de senti- aceita o desafio de buscar o sentido do se torna mais complexa durante o de sua vida, precisa ter coragem e paperíodo da juventude. Segundo Viktor ciência. Buscando na consciência – a Frankl, psicólogo e qual Frankl chama de filosofo judeu, que órgão do sentido – as passou pelos campos respostas para orienQuanto mais de concentração, o tar sua busca; recornos dedicarmos vazio faz com que os dando, porém, que jovens mergulhem em o verdadeiro sentido a servir a uma uma neurose – chada vida deve ser encausa ou a amar mada por ele “neucontrado no mundo, outra pessoa, e não em si mesmo. rose noógena”. Essa Como um sentido da neurose influencia mais humanos vida a realizar. na capacidade, que o nos tornamos, ser humano tem, de A vida é um premais nos encontrar um sentido sente precioso, não em sua vida. O vazio aproximamos podemos desperdiçáse manifesta, sobretu-lo. Precisamos busdo sentido de do, no tédio. car a plenitude, não nossa vida. em uma felicidade O sentido da vida líquida, com prazeres é único e pessoal. superficiais. Quanto Não pode ser criado, mas deve ser encontrado por cada um. mais nos dedicarmos a servir a uma É uma atitude corajosa questionar-se causa ou a amar outra pessoa, mais hupelo sentido de sua vida, diante de uma manos nos tornamos, mais nos aproxisociedade que sofre de conformismo mamos do sentido de nossa vida.

O G M E V O #J Neste pequeno espaço procurei refletir sobre a questão da busca de sentido, mas em meu blog você pode baixar meu e-book gratuitamente, O sentido da Vida para Jovens em Viktor E. Frankl, no qual busco refletir a partir do pensamento de Frankl.

Basta acessar este link: http://goo.gl/ADwwo6

Os jovens vivem no “piloto automático” de segunda à sexta. Estudando e trabalhando. Ao cair da tarde de sexta-feira, entregam-se aos prazeres artificiais, seja às festas que, exclusivamente, anestesiam; seja às maratonas de seriados, o mais novo trend da juventude, na busca de preencher o vazio. Nessas maratonas, os jovens chegam a ficar por mais de 24 horas assintindo filmes e séries. Tudo isso, numa tentativa de esconder sua infelicidade. Por causa da carência instintiva e da quebra das tradições, os jovens ficaram desorientados.

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