ISSN 2448-301X
DIVINA
MISERICÓRDIA
REVISTA
SANTA FAUSTINA DOM DE DEUS PARA O NOSSO TEMPO
Entre ficar e amar: um olhar que salva ou um olhar que descarta? - pág 32 2016 - OUTUBRO - ED.046 - ANO IX
SANTUÁRIO DA DIVINA MISERICÓRDIA
Um novo tempo para a Devoção à Divina Misericórdia no Brasi!
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EDITORIAL
Sumário
FESTA DA DIVULGADORA DA MISERICÓRDIA DIVINA
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o dia 05 de outubro celebra-se a Festa Litúrgica de Santa Irmã Maria Faustina Kowalska, conhecida em todo o mundo como Apóstola da Misericórdia Divina. Helena Kowalska nasceu em Glogowiec (Polônia) em 1905. Com a idade de 20 anos ingressou na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, onde recebeu o nome de Irmã Maria Faustina do Santíssimo Sacramento.
Era uma religiosa serena, silenciosa, cheia de amor e benevolente. Em meio às variadas atividades que desempenhava nos conventos da Congregação pelos quais passou, ocultava uma profunda e intensa vivência mística, que por obediência narra em seu famoso Diário. A ela Jesus confiou a missão de divulgar o mistério da misericórdia divina, a fim de encorajar os pecadores a não ter medo de se aproximar com o coração contrito da fonte da misericórdia, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. Fisicamente esgotada até ao limite, embora plenamente madura em seu espírito, misticamente unida a Deus, acabou por falecer em fama de santidade a 5 de outubro de 1938, contando apenas 33 anos de vida e 13 de profissão religiosa. (Diário – A Misericórdia Divina na minha alma, 2015). Nas páginas centrais desta edição da Revista trazemos até você, caro leitor, ensinamentos desta santa dos nossos tempos de como dominar a língua e consagrá-la ao serviço da divina misericórdia. Sua vida foi um testemunho continuo da misericórdia de Deus também através das suas palavras, que eram sempre cheias de bondade e afabilidade. Uma pessoa misericordiosa, vigia os próprios pensamentos e sentimentos para evitar, na relação com o próximo, qualquer palavra que possa ferir e todo ato que termine por prejudicá-lo, para que com a língua não ofenda a Deus e nem ao próximo, mas que incessantemente ela glorifique a Deus e tenha para cada pessoa uma palavra de conforto e de perdão. Nesta edição você também encontrará depoimentos das religiosas que conviveram com Santa Faustina e presenciaram o testemunho de sua vida.
Palavra do Reitor Espaço do Leitor Lectio Divina Espiritualidade #Santuário Campanha dos Devotos Espaço do Devoto Consagração Especial Formação Missão Igreja
Bíblia Geral #JovemGo Pequeninos da Misericórdia
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aros devotos de Jesus Misericordioso, a devoção à Divina Misericórdia nasceu de um pedido feito a Santa Faustina por parte do próprio Senhor. Esta devoção, que nasceu na Polônia, hoje está presente praticamente em todo o mundo. “Estou dando à humanidade a última tábua de salvação, isto é, o refugio na Minha misericórdia” (Diário, 998). O Senhor nos dá a sua misericórdia como elemento que garante a nossa salvação. Além de devotos precisamos ser anunciadores como Ele pede no Diário número 1521: “...não te canses de divulgar a Minha misericórdia”. Diante da realidade em que nos encontramos, no mundo em que vivemos, precisamos confiar plenamente no Senhor e anunciar às pessoas que encontramos em nosso caminho, especialmente aos que não caminham com o Senhor, que a Sua misericórdia é infinita e que Ele não se cansa de nos amar e perdoar. Querido devoto, seja um anunciador desta devoção. Convido-o a se unir cada vez mais com a equipe de evangelização do Santuário da Divina Misericórdia, nos ajudando com suas orações. No momento em que você adquirir qualquer material em nosso Santuário, para levar às pessoas que
Padre Leandro, MIC Reitor do Santuário da Divina Misericórdia
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ainda não conhecem essa devoção, estará igualmente ajudando economicamente o Santuário a crescer cada vez mais em sua estrutura, para atender bem os peregrinos e também alcançar aquelas que ainda não conhecem a Misericórdia Divina. Veja o que o Senhor promete para aqueles que divulgam a Sua misericórdia. “Hoje, traze-Me as almas que veneram e glorificam de maneira especial a Minha misericórdia. Estas almas brilharão com um especial fulgor na vida futura. Nenhuma delas irá ao fogo do inferno. Defenderei cada uma delas de maneira especial na hora da morte” (Diário, 1224).
EXPEDIENTE ISSN 2448-301X REITOR Pe. Leandro A. da Silva, MIC CONSELHO EDITORIAL Pe. Anchieta C. Muniz, MIC Pe. Leandro A. da Silva, MIC Ir. Thiago Radael, MIC Gislaine Keizanoski (MTB 6338) Isabelle Warzinczak (MTB 10197) JORNALISTAS RESPONSÁVEIS Ir. Thiago Radael, MIC (MTB 10370) Isabelle Warzinczak (MTB 10197) TRADUÇÃO E REVISÃO Carina Novak, OCV NIHIL OBSTAT Pe. Jair B. de Souza, MIC 20 de setembro de 2016 IMPRIMATUR Pe. Leandro A da Silva, MIC 20 de setembro de 2016 DEVOTOS DA MISERICÓRDIA Aluizio Meira (41) 3149 7558 devotos@misericordia.org.br PROJETO GRÁFICO Dominus Comunicação CAPA Imagem do interior do Santuário da Divina Misericórdia IMPRESSÃO Gráfica Posigraf TIRAGEM 13.000 exemplares CONTATO Estrada do Ganchinho, 570 81930-165 Umbará, Curitiba (PR) revista@divinamisericordia.com.br (41) 3148 3200 REALIZAÇÃO Santuário da Divina Misericórdia e Congregação dos Padres Marianos
ESPAÇO DO LEITOR
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foto é da Capela Cantinho da Misericórdia – Capela dos Apóstolos Eucarísticos da minha cidade Belém-Pá.
Foto por Ângela Pinheiro dos Santos
O momento é a oração das Mil Ave-Marias que rezamos todo primeiro sábado do mês. Ângela Pinheiro dos Santos Fundadora do Cantinho da Misericórdia.
CARO LEITOR, ESTE ESPAÇO É PARA A SUA PARTICIPAÇÃO!
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mo receber a Revista. Recebo uma só, mas que se transforma em dezenas, pois repasso para todos os membros do nosso grupo, e depois deixo no escritório, na clínica ou na igreja. A misericórdia de Deus tem que ser revelada ao mundo inteiro.
Envie para o e-mail: revista@divinamisericordia.com.br Envie por WhatsApp (41) 9540-7694
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Ou envie sua carta para: Apostolado da Divina Misericórdia. Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR)
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LECTIO DIVINA
LEITURA ORANTE LECTIO DIVINA Ir. Gabriel da Divina Misericórdia, MDM Mosteiro da Divina Misericórdia
Preparação • • • •
Localize em sua Bíblia a passagem sobre a cura de um leproso (Marcos 1,40-45). Procure um lugar tranquilo e solitário que favoreça o recolhimento e a escuta. Coloque-se em uma postura confortável, acalme-se, respire fundo. Peça a presença do Espírito Santo para iluminá-lo e lhe dar a graça de um coração sensível, capaz de ouvir a voz de Deus.
Divulgação
“Um leproso
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foi até ele, implorando-lhe de joelhos: ‘Se queres, tens o poder de purificar-me’. Irado, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: ‘Eu quero sê purificado’. E logo a lepra o deixou. E ficou purificado. Advertindo-o severamente, despediu-o logo, dizendo-lhe: ‘Não digas nada a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece por tua purificação o que Moisés prescreveu, para que lhes sirva de prova’. Ele, porém, assim que partiu, começou a proclamar ainda mais e a divulgar a notícia, de modo que Jesus já não podia entrar publicamente numa cidade: permanecia fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo”. (Marcos 1,40-45)
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LEITURA (Lectio)
Leia calmamente a passagem, sem pressa de prosseguir nos versículos. Não é necessário ler até o fim da passagem. Assim que se sentir tocado por alguma palavra ou frase, é momento de parar.
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ORAÇÃO
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RUMINAÇÃO (Ruminatio)
Releia, se necessário, ou fixe a atenção na palavra ou cena que mais o tocou, coloque-se no lugar do personagem, imagine-se nessa cena. – Neste diálogo do leproso e Jesus, o que atraiu a minha atenção? – “Se queres, tens o poder de purificar-me”, preciso de alguma purificação? Jesus teve compaixão do excluído, e ainda hoje segue indo ao encontro de cada ser humano. – Quais as minhas lepras e minhas feridas intocáveis? Tenho me afastado do convívio social e das fontes que alimentam e purificam a fé em mim?
(Oratio)
– Preciso oferecer o perdão a alguém? Jesus, ao me curar também me dá o poder de oferecer cura aos outros, perdoando. No passo anterior, Deus falou conosco pela Palavra; neste somos nós que – Qual a mensagem de Deus para mim? falamos a Ele sobre tudo aquilo que em nós despertou sentimentos e desejo de mudança. Seja sincero e confiante, faça sua oração manifestando a Deus os seus pedidos e agradecimentos. – Você deseja ser purificado, curado, liberto e reinserido? Se sim, manifeste esse desejo a Jesus e O ouça: “Eu quero, sê purificado”...
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CONTEMPLAÇÃO (Contemplatio)
Neste momento, permaneça com a presença amorosa e misericordiosa de Jesus, sem nada pedir ou agradecer, simplesmente sinta-se fortalecido por Ele, contemplando Sua face misericordiosa. “Todas as vezes que começo esta meditação nunca a termino, porque o meu espírito mergulha Nele inteiramente. Que delícia amar com toda a força de alma e ser reciprocamente ainda mais amada, sentir tudo isso e vivê-lo com toda a consciência do próprio ser! — Não há palavras para expressá-lo” (Diário, 1523).
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ESPIRITUALIDADE
SANTA TERESA DE CALCUTÁ: AMOR A CRISTO NA EUCARISTIA E NOS POBRES Padre José María Iraburu
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.o último 4 de setembro, no Ano Extraordinário da Misericórdia, os olhos e os corações dos fiéis da Índia e do todo o mundo se voltaram para Roma onde o Papa Francisco procedeu a celebração da canonização de Madre Teresa de Calcutá, numa Praça de São Pedro repleta de fiéis, peregrinos, autoridades civis e religiosas provenientes dos diversos cantos do planeta.
Um repórter perguntou à Madre Teresa: “O que é o mais importante, em sua opinião, na formação das religiosas?”. Ela respondeu: “O mais importante é que tenham um
amor profundo, pessoal, ao Santíssimo Sacramento, de tal forma que encontrem a Jesus na Eucaristia. Assim poderão encontrá-Lo também no próximo e servi-Lo nos pobres”... A Cristo seguimos encontrando-O na terra, aqui e agora, de maneira palpável. A chave da formação ministrada às Irmãs é Jesus presente na Eucaristia e presente no próximo. Na Eucaristia está a Vítima do Sacrifício ao qual se incorporam as Irmãs, o Alimento que as sustenta e Divulgação
Na devoção de Santa Teresa de Calcutá a Cristo na Eucaristia está, sem
dúvida, nela mesma e também em suas filhas, as Missionárias da Caridade, um dos traços principais da sua fisionomia espiritual. O Padre Edward Le Joly, que as atendeu durante muitos anos, testemunha isso com força em sua biografia, da qual reproduzimos aqui alguns fragmentos:
Os fragmentos foram selecionados do livro La Madre Teresa, Palabra, Madrid 1994, 4ª ed., 141-143 pelo Padre José María Iraburu. O texto na íntegra pode ser conferido no seu blog http://infocatolica.com/blog/reforma.php.
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respeito, servem-No no próximo, curando as chagas de Cristo no sofrimento dos seus irmãos e irmãs. Assim, suas almas se convertem em um tabernáculo. O Senhor habita comigo, em mim. Uma vez, quando falava à Madre sobre a presença de Deus na alma, ela me disse: “– A inabitação? Sim, nos esquecemos dela, as vezes”.
A Madre insiste na importância de fazer a oração diante do Santíssimo Sacramento, de ser fiéis à hora da adoração vespertina. Ela acompanha a todos os visitantes até a capela e lhes A Madre gosta de estar próxima convida a saudar o Dono da casa. Daquele a quem ama. Encontrar Regozija-se quando Cristo no Sacrário toma conhecimento e em seus irmãos, de que os grupos cada ser humano. dos seus colaboraEle é a Cabeça e ela dores organizam e os demais homens horas de adoração seu Corpo. Cristo diante do Sacrário... no Sacrário e nos a obediência pobres que sofrem As irmãs passam significa uma aguardam as irmãs; horas ao longo do elas visitam a Ele completa dia longe do próprio e atendem Ele nos disponibilidade convento, trabahomens. A devoção lhando, por muito ao serviço à Sagrada Eucaristia tempo viajando ou atrai com força as de Cristo andando pelas ruas, almas amantes, e em qualquer por isso, devem aqueles que gostam aprender a dialogar circunstância. do concreto e do com o Senhor em vivo. Várias irmãs qualquer circunstânme disseram que encia e a encontrá-Lo contram forças para em qualquer lugar. realizar suas tarefas Falando para as que diárias e abraçar a se preparam para a cruz em sua oração profissão, sempre diante do Santíssimo Sacramento. insiste com elas sobre a presença de “Senhor, aceite tudo”, “Tudo é teu”, Deus. Logo elas compreendem e se dizem-Lhe. dão conta de que Ele está presente em suas almas e essa descoberta converte Para a Madre Teresa, a obediência suas orações em algo pessoal, íntimo, significa uma completa disponibilidade habitual. ao serviço de Cristo em qualquer circunstância. Como São Francisco de Quem ama Jesus, praticar os dois Assis, Madre Teresa pede para suas mandamentos: amor a Deus e ao próreligiosas uma perfeita submissão à ximo. As irmãs, por vocação divina, vontade de Deus manifestada nas orsão chamadas ao amor, um amor total dens das Superioras, em um espírito e incluso heroico. Descobrem a prede amor e pronta execução”. sença de Deus, que as conduz para a comunhão com Ele. Com amor e
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lhes dá a fortaleza necessária para levar a cabo o labor apostólico, a Sagrada Presença à qual acodem para oferecer consolo e amor e receber inspiração e alento.
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#SANTUÁRIO
JUVENTUDE DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA SE REÚNE NO SANTUÁRIO
PARA O DNJ Isabelle Warzinczak
O tema trabalhado neste ano seguiu a mesma proposta do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, levando cada um dos participantes a viver uma particular experiência com Deus, a partir de reflexões voltadas para o lema “Sede Misericordiosos como o Pai”, (Lc 6,36). No encontro e missão estiveram reunidos mais de cem jovens de diversas localidades da arquidiocese de Curitiba. O Dia Nacional da Juventude foi criado em 1985 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)e as pastorais da juventude foram as protagonistas dessa celebração. A partir de 2011, institui-se uma Coordenação Nacional de Jovens, que entre suas atividades assumiu a organização dos DNJs. Durante os dias desse 31º DNJ da Arquidiocese de Curitiba, os jovens foram acolhidos nas casas dos paroquianos do Santuário da Divina Misericórdia. Nas atividades do evento constaram formações, dinâmicas, muita animação, visitas missionárias, passagem pela Porta Santa e flash mob. Murilo Martinhaki, secretário do Setor Juventude, afirmou que, cheios
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do Espírito Santo e de amor pela missão, os jovens fizeram a experiência da Igreja em saída, visitando os moradores da comunidade paroquial, levando consigo a Palavra de Deus, além da disposição para conversar e conhecer a realidade de outros. Na tarde do sábado, 02, após a experiência de missão e partilha, os jovens participaram da Santa Missa, presidida pelo Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, concelebrada pelo pároco do Santuário, Padre Francisco Anchieta C. de Muniz, MIC, e pelo Padre Waldir Gomes Zanon Junior, coordenador do Setor Juventude da Arquidiocese de Curitiba. Para a redação da Revista Divina Misericórdia, o Arcebispo afirmou: “Se fosse apenas uma data, seria uma comemoração que passa e da qual se esquece. Mas aqui, a data foi combinada com a experiência, como pudemos ouvir nos testemunhos, quando os jovens disseram o quanto lhes fizera bem o bem que eles fizeram. O bem que eles fizeram a quem visitaram e o quanto lhes fez bem tê-los visitado”. Para Dom Peruzzo, com o DNJ, os jovens “experimentaram a alegria de ser missionários, porque foram bem acolhidos, e porque emprestaram a sua
capacidade de amar para que outros se sentissem consolados por Deus. É importante proporcionar experiências de encontro com o Senhor”. O DNJ encerrou no domingo, 03. Nesse dia, os jovens passaram pala Porta Santa do Santuário. Após a Santa Missa, presidida por Dom José Mário, os jovens organizaram um grande flash mob no espaço do Santuário, surpreendendo e divertindo a todos.
Isabelle Warzinczak
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elebramos no Santuário da Divina Misericórdia, dos dias 2 a 4 de setembro, o 31º Dia Nacional da Juventude (DNJ).
ACOMPANHE O GRUPO DE ORAÇÃO PELA WEB TV
HORÁRIOS DO SANTUÁRIO
misericordia.org.br/tv
CHEGANDO NO SANTUÁRIO
Santa Missa Domingo: 7h, 9h, 15h e 19h; Todos os dias: 19h; Segunda-feira: 19h Missa e Novena pelos falecidos;
ÔNIBUS
CARRO
Quarta-feira: 15h e 19h (às 19h Novena à Nossa Senhora da Imaculada Conceição); Sexta-feira Dia da Misericórdia: 7h, 15h e 19h.
Hora da Misericórdia
No Terminal do Pinheirinho embarcar em uma das linhas: 642-GANCHINHO ou 638-PINHEIRINHO e descer no ponto em frente ao Santuário.
Acesso pela rodovia Contorno Leste (BR 116). O Santuário está situado na marginal da rodovia, no Km 113.
Todos os dias: 15h.
Terço de Nossa Senhora Todos os dias: 18h30.
Confissões Sexta-feira: Das 7h às 19h; Terça-feira: A partir das 19h.
Missa pelas Famílias Primeira segunda-feira do mês: 19h.
Adoração ao Santíssimo Primeiro sábado do mês: das 7h às 19h (Santa Missa às 7h e 19h).
O Santuário da Divina Misericórdia está localizado na região sul do país, em Curitiba, Paraná.
Estrada do Ganchinho, 570, Umbará. (41) 3148-3200 - secretaria@divinamisericordia.com.br
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Misericórdia
APÓSTOLOS OFERTAM
CAPELINHAS
DE JESUS MISERICORDIOSO Liliana Branquinho
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que apresentou sobre a organização dos encontros semanais nos quais as famílias que recebem as capelinhas se reúnem para rezar o terço, praticar obras de misericórdia corporais/espirituais e ter um convívio comunitário. As capelinhas são um grande presente de Jesus Misericordioso por intercessão da Mãe de Misericórdia, Nossa Senhora de Fátima, em seu Jubileu de Girassol. 85 anos semeando a Boa Nova do Senhor. Jesus, eu confio em vós! Liliana Branquinho
O
s Apóstolos Eucarísticos leva um livro (Novena da Divina da Divina Misericórdia, da Misericórdia) com as principais oraParóquia Nossa Senhora de ções da Divina Misericórdia! Fátima de Presidente Venceslau - SP, As capelinhas também estimulam ofertaram no altar do Senhor, durante a Pastoral da Visitação – obra de mia Santa Missa celebrada no dia 16 sericórdia coletiva e permanente dos de agosto de 2016, as Capelinhas AEDM(s)- Apóstolos Eucarísticos da de Jesus Misericordioso. Elas Divina Misericórdia- que compõem peregrinam em nossas comunidades os cenáculos: Nossa Senhora de de casa em casa, estabelecendo o Fátima, São Francisco de Paula, Nosso vínculo comunitário: Senhor do Bonfim fé, confiança e e Santa Edwiges, comunhão fraterna. pastoral que lhes foi Esta ação estimula os As Capelinhas concedida no ato da moradores a rezarem de Jesus Consagração como o terço em família e, Apóstolos em 01 de Misericordioso assim as Capelinhas junho de 2014. percorrem várias peregrinam Sendo a missão comunidades que em nossas dos Apóstolos: rezar; compõem a paróquia comunidades anunciar o evangelho Nossa Senhora de e as mensagens da Fátima: Jesus da de casa Divina Misericórdia Divina Misericórdia, em casa, com a vida e as paSanta Luzia, Santo estabelecendo lavras – guiados pelo Expedito, Alvorada Espírito Santo, no (Cecap), Nosso o vínculo exercício da Igreja Senhor do Bonfim, comunitário: em saída. Em cada São Francisco fé, confiança missão são ofertados de Assis, Chave terços da misericóre comunhão Madeiral. dia para as famílias fraterna. Cada capelinha visitadas. visita 30 famílias; há A Santa Missa uma que percorre o contou ainda, comércio da Avenida Tiradentes, com 30 lojas. Cada uma com o depoimento de uma apósconta com um(a) zelador(a) que tola, Valdeci Gandaio, zeladora da passa as instruções/orientações e Capelinha Nosso Senhor do Bonfim,
facebook.com/santuariomisericordia
Fotos: Divulgação Facebook
Maria José Pinto de Souza — São Brás do Suaçuí MG
Devotos na rede
Jesus Misericordioso é tudo em minha vida. Peço sempre a Ele que cuide de minha saúde e da saúde de minha família. Neste Ano da Misericórdia, peçamos a Jesus, por todas as nossas necessidades. Sempre que posso acompanho os Atos Religiosos pelas Redes Sociais. É muito importante para mim.
Maria Eduarda Martins — Curitiba PR Amo demais o Santuário da Misericórdia. Lugar de bênçãos e de adoração a Nosso Senhor. Casa da misericórdia, amo muito estar ali!
Giovana Erick — Curitiba PR O Santuário é um lugar que me traz uma paz indescritível! É um lugar onde milagres acontecem!
Iara Duarte — Curitiba - PR Sou devota desde sempre é já alcancei muitas graças. A misericórdia de Deus é tão grande que mesmo no último minuto da nossa vida, se houver arrependimento, Jesus nos dá o perdão. É muito amor e Misericórdia.
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ESPAÇO DO DEVOTO
DOCE DE CREME DO PAPA Fonte: Especial do Terra
INGREDIENTES Massa: 250 g de farinha 250 gramas de margarina 3 gemas de ovo
Creme: 3 copos de leite 3 colheres de farinha de batata 150 g de açúcar
O “doce de creme do Papa” é uma espécie de massa folhada recheada com creme que ficou conhecido como Kremówka Papieska. Ao caminhar pelas ruas de Wadowice, é possível encontrar a iguaria em qualquer bar, restaurante ou cafeteria. A mais frequentada delas fica imediatamente atrás da Igreja central abençoada por João Paulo na visita de 1999 e a dois passos da casa onde Karol Wojtyła morou com o pai até 1938, antes de se mudarem para Cracóvia.
ENVIE SUA RECEITA Ela poderá ser publicada aqui. revista@divinamisericordia.com.br
açúcar de baunilha a gosto 3 gemas de ovo
MODO DE PREPARO Massa: misturar a farinha com a margarina, adicionar as gemas; reservar durante três horas na geladeira; formar duas superfícies (folhas) de massa e assá-las no forno à temperatura média.
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Creme: ferver dois copos de leite com açúcar; misturar um copo de leite com farinha e as gemas e acrescentá-lo ao leite fervente; mexer bem. Por fim, derramar o creme sobre a massa assada e enfeitar o produto final com açúcar.
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CONSAGRAÇÃO
“A HUMANIDADE NÃO ENCONTRARÁ A PAZ ENQUANTO NÃO SE VOLTAR, COM CONFIANÇA,
PARA A MINHA MISERICÓRDIA” (DIÁRIO DE SANTA FAUSTINA, 300) Ana Carina Novak, OCV
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á 14 anos, no dia 17 de agosto de 2002, no Santuário da Divina Misericórdia, em Łagiewniki-Cracóvia, São João Paulo II confiou solenemente o Mundo à Divina Misericórdia com a memorável súplica:
Deus, Pai misericordioso que revelaste o Teu amor no Teu Filho Jesus Cristo e o derramaste sobre nós no Espírito Santo, Consolador confiamos-te hoje o destino do mundo e de cada homem. Inclina-te sobre nós, pecadores cura a nossa debilidade vence o mal faz com que todos os habitantes da terra conheçam a tua misericórdia para que em Ti, Deus Uno e Trino encontrem sempre a esperança. Pai eterno pela dolorosa Paixão e Ressurreição do teu Filho tem misericórdia de nós e do mundo inteiro. Amém!
Seja um padre ou irmão religioso Mariano.
Fazendo eco a essa solene súplica de São João Paulo II, no dia 30 de agosto, na igreja da Porciúncula de Bogotá, Colômbia, no encerramento do “Jubileu Extraordinário da Misericórdia no Continente Americano”, mais de 100 bispos de todo o continente e numerosos sacerdotes se uniram para consagrar o Continente Americano à Divina Misericórdia, com a oração que compartilhamos a seguir:
“Bendito seja Deus Pai, rico em misericórdia, que na pessoa de seu Filho Jesus Cristo abençoa o Continente Americano e pela força do Espírito Santo o vivifica derramando nos corações seus dons e graças. Hoje queremos nos reconhecer como uma comunidade de discípulos missionários de teu Filho, formada por pobres pecadores, mendicantes da tua misericórdia, reunidos pela graça
do perdão e da reconciliação, consagrados e enviados para proclamar tua presença e da criação inteira. Consagramos-te nossos países, nossas comunidades e nossas famílias. Suplicamos-te que derrames teu amor e tua misericórdia sobre todos os habitantes deste Continente Americano, especialmente sobre os mais pobres e necessitados, sobre as crianças, os jovens, os matrimônios, os construtores da sociedade, os doentes, os idosos, para que, superadas tantas desigualdades e marginalizações, possamos construir todos os povos americanos como uma só família, fraterna e solidária, e gozar da paz e da vida plena. Amém”.
Descubra o sentido para a sua Vida! /padres.marianos
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SANTA FAUSTINA NOS ENSINA A
DOMINAR A LÍNGUA E COLOCÁ-LA À SERVIÇO DA
MISERICÓRDIA Xavier Bordas
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Livro Biografia de uma Santa - Editora Apostolado da Divina Misericórdia
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a manhã do dia 30 de abril do ano 2000 a Igreja inteira voltou-se com atenção para Roma: Naquele dia festivo, o Santo Padre João Paulo II instituía a Festa Litúrgica do Domingo da Misericórdia Divina – devendo esta ser celebrada com vigor perpétuo por toda a Igreja –, e reconhecia a santidade da Irmã Faustina, colocando o nome desta santa no catálogo dos Santos. Para Irmã Faustina, nesse solene dia, em sua homilia, o Papa João Paulo II dirigiu as memoráveis palavras:
Comemorando a passagem da Festa Litúrgica desta grande santa por Jesus chamada de Secretária da Sua Misericórdia e por muitos considerada já Doutora da Igreja (5 de outubro – no mesmo dia em que ela partiu deste mundo para a vida eterna), a partir das anotações do seu Diário e dos testemunhos daqueles que com ela conviveram, trazemos ao leitor uma reflexão sobre a necessidade de colocarmos a nossa língua a serviço da misericórdia, por meio do silêncio. Somos advertidos por meio da carta de São Tiago: “Aquele que não peca no falar é realmente homem perfeito, capaz de refrear todo o corpo. (...) A língua, embora seja pequeno membro do corpo, se jacta de grandes feitos! Notai como pequeno fogo incendeia floresta imensa” (Tiago 3, 2-5).
“E tu, Faustina, dom de Deus ao nosso tempo, dáNos diva da terra da momentos Polônia à Igreja em que muito inteira, obtém-nos a graça de perceber sofro, procuro a profundidade da calar-me, misericórdia divina, porquanto ajuda-nos a tornánão confio -la experiência viva e a testemunhá-la na língua Santa Faustina aos irmãos! A tua era muito consque em tais mensagem de luz ciente deste grande momentos tem e de esperança se perigo: por isso, a tendência difunda no mundo em seu Diário, eninteiro, leve à concontramos muitas de falar de si versão os pecadores, referências que nos mesma, e ela amenize as rivalimostram como ludeve servir-me tava para ter uma dades e os ódios, língua bem controabra os homens e as para glorificar lada, ao serviço do nações à prática da a Deus. bem do próximo. fraternidade. Hoje, Também nos ensina ao fixarmos contigo que devemos rezar o olhar no rosto de com frequência ao Cristo ressuscitaSenhor para que nos dê uma língua do, fazemos nossa a tua súplica de pura e misericordiosa: confiante abandono e dizemos com firme esperança: ‘Jesus, eu confio em “Ajudai-me, Senhor, para que a minha língua seja misericordiosa, Vós!’ ‘Jezu, ufam tobie!’”.
de modo que eu nunca fale mal dos meus irmãos; que eu tenha para cada um deles uma palavra de conforto e de perdão” (Diário, 163). Também ela, em meio às provações, estava submetida à tentação de queixar-se ou falar mal dos demais. Por isso, exercitava-se especialmente na difícil arte de calar:
glorificar a Deus por tantos bens e dons que me concedeu” (Diário, 92).
Santa Faustina dizia que a língua devia servir para louvar a Deus por seus benefícios e Quando recebo pelos dons que nos a Jesus na santa concede. Por isso, pedia a Jesus que Comunhão, curasse a sua línpeço-Lhe com gua para que não fervor que se ofendesse a Deus nem ao próximo, digne curar a mas que O louvasminha língua, se sem cessar.
Podemos, portanto, pedir-lhe que nos alcance a graça de poder dominar a língua, para consagrá-la completamente ao serviço da Divina Misericórdia. As palavras misericordiosas são palavras cheias de bondade e afabilidade. A bondade é uma disposição do coração que nos leva a fazer o bem ao próximo, sempre e em toda parte. Ao desejar o bem verdadeiro do próximo, uma pessoa boa vela sobre sua mente, com o fim de, mesmo identificando as falhas e pecados, não julgar as pessoas.
Livro UFAM - Rosikon Press
“Nos momenpara que não tos em que muito “Quando reofenda com ela sofro, procuro cacebo a Jesus na a Deus, nem ao lar-me, porquansanta Comunhão, to não confio na peço-Lhe com ferpróximo. língua que em tais vor que se digne momentos tem a curar a minha tendência de falar língua, para que de si mesma, e ela deve servir-me para não ofenda com ela a Deus, nem ao
próximo. Desejo que a minha língua incessantemente glorifique a Deus. Grandes são os erros cometidos pela língua. A alma não atingirá a santidade se não tomar cuidado com a sua língua” (Diário, 92).
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Livro Biografia de uma Santa - Editora Apostolado da Divina Misericórdia
Uma pessoa misericordiosa, seguindo o exemplo de Santa Faustina, vigia os próprios pensamentos e sentimentos para evitar, na relação com o próximo, qualquer palavra que possa ferir e todo ato que termine por prejudicá-lo. Aqui estão alguns testemunhos das irmãs que conviveram com Santa Faustina:
“Ela sempre era equilibrada, alegre, sorridente, cordial e amável. Nunca a ouvi falar mal de alguém. Ela desejava a santidade e queria que todos fossem santos.” Irmã M. Eufemia Traczyńska
“Na maioria dos casos eram atos para exercitar o amor ao próximo, mas não estava fora só o amor, porém, não se tratava apenas de amor exterior, mas, como dizia ela, de amor interior, procurando não falar mal de ninguém, nem mesmo pensá-lo.” Irmã M. Leokaldia
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“Ela respeitava aos superiores e sua vontade. Caracterizava-se, sobretudo, pelo amor ao próximo. Não falava mal de ninguém. Ao contrário, defendia aos demais e os justificava. Tornava mais fácil a vida comum com sua dedicação e afabilidade. Sabia manter o equilíbrio e a coragem diante dos obstáculos e contrariedades.” Irmã M. Marcjanna Oświęcimska
Algumas vezes dizia, creio recordar com exatidão, estas palavras: Deus a mim não me julgará, “Algo característico uma vez que eu não da Irmã Faustina julgo a ninguém.” era que não julgava ninguém, não falava Irmã M. Wiesława mal de ninguém; Effenberg quando ouviu algo Santa Faustina procurava com mal de alguém, grande esforço evitar que, através de justificava a pessoa seus lábios, saíssem palavras de desânimo, de queixas ou de murmuração. de imediato ou Pedia com todas as suas forças para explicava dizendo Jesus na Eucaristia: “Hóstia santa, e fechai os meus láque era algo sustentai-me bios para murmurações e queixas. inconsciente, uma Quando me calo, sei que irei ven(Diário 896). E Jesus a advertia: vez que não poderia cer” “Foge dos que murmuram como da ser de outra forma. peste.” (Diário 1760).
Livro Biografia de uma Santa - Editora Apostolado da Divina Misericórdia
Livro Biografia de uma Santa - Editora Apostolado da Divina Misericórdia
O mesmo testemunho parecia repetir-se praticamente em todos os demais testemunhos do processo de canonização, em quase todos se afirmava que não julgava a ninguém, mas, ao contrário, procurava sempre justificar as pessoas:
Foto da familia Kowalska, tirada em fevereiro de 1935 por ocasiao da visita da Irmã Faustina como religiosa em Głogowiec.
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FORMAÇÃO
OUTUBRO
MÊS DO ROSÁRIO Ładek Piasecki
O
rosário é a oração da vida na presença e sob os cuidados da Mãe de Deus. É por isso que essa oração pode tornar nossa vida mais nobre e feliz.
costumam ser limitados à vida desta terra), ao nos movermos pelo amor, que consiste no desejo de doar-se àquele a quem se ama, desejamos repartir as próprias riquezas com aqueles a quem amamos – quanto não desejará a Mãe Santíssima presentear esse imenso dom por ela recebido?
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Na primeira parte de cada AveMaria nos voltamos para Maria Santíssima assim como uma vez a Ela se dirigiu o Anjo Gabriel. Não sabemos quanto durou a Anunciação, se apenas um momento ou se aconteceu também uma cresO coração cente consciência da notícia transmitida de Maria está pelo Arcanjo. O imunido ao portante é que Maria Coração de ficou repleta de aleSeu Filho gria por causa de sua eleição, única nessa plenitude de dom.
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Consideremos: o que a Mãe de Deus desejava fazer com o dom que acabara de receber, qual devia ser o desejo espontâneo que brotou do seu coração? Não se engana aquele que responde que Ela com toda certeza quer compartilhar o seu tesouro com aqueles a quem ama. Se mesmo cada um de nós que somos cheios de limites (pois os nossos pensamentos, medos, esperanças
Quando, rezando o rosário, pronunciamos as Ave-Marias, trazemos à nossa memória a grande doação, o grande presente da Mãe Santíssima, e fazemos isso tendo já a grande certeza de que em cada boa ação Maria quer recordar conosco o pedido que dirigimos a Ela: rogai por nós, agora e na hora de nossa morte.
Esse pedido, Ela quer recordar conosco a fim de que sejam removidas as barreiras que impedem a realização dos desejos do Seu coração em nossa vida, a fim de que Ela possa nos presentear. O Seu presente, o Seu doar-se, pode estar no ouvir as nossas orações de acordo com as nossas intenções, mas pode também estar em simplesmente aumentar a graça de Deus de
uma forma incompreensível ou imperceptível para nós. Irmã Faustina rezava muito o Santo Rosário e certamente o fazia na presença da Mãe de Deus. Saudava-a assim como São Gabriel e tinha certeza que a Cheia de Graça queria conceder graças à sua filha. Sabia que o coração de Maria está unido ao Coração de Seu Filho e que, portanto, Jesus também anseia manifestar a Sua misericórdia. Sabia que o maior obstáculo para receber Sua misericórdia está na falta de confiança. Desconfiança que, contudo, depois de cada uma das Ave-Marias da
O caminho da oração do Rosário é o mesmo caminho da confiança e da fé na misericórdia de Deus. A recitação do Rosário, do Terço Da Como toda a Igreja, Santa Misericórdia, da jaFaustina manteve sua culatória “Jesus, eu mente fixa na mediconfio em Vós” postação dos mistérios suem como conteúda vida de Jesus e de do mais profundo a sua Mãe Santíssima, certeza da bondade exatamente para isto: de Deus e certeza da para estar com Eles, Se é veracidade de tudo o mergulhar na vida necessário que o Arcanjo anunDeles e, desta forma, ciou à Mãe de Deus escolher: atuar, de forma que na Anunciação. Eles pudessem partiescolha rezar cipar da sua vida. Devemos, pormenos Avetanto, rezar bem o Marias, mas rosário, permanecendo para isso, na mecom maior dida do possível, na concentração. disposição de alma e psique necessárias para contemplar a bondade de Deus e o dom de Maria, meditando sobre os mistérios da vida de Jesus e Maria, buscando permanecer confiantes na presença Deles. oração do rosário, de alguma forma, mesmo que em grau pequeno, era superada na vida dela.
Não é nos efeitos emocionais percebidos que está o valor dessa oração mas no esforço real e encharcado de confiança com que nos dirigimos à Mãe de Deus e, por meio dela, a Deus.
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Se é necessário escolher: escolha rezar menos Ave-Marias, mas com maior concentração. Desse modo, verdadeiramente vamos usar um poder real contra o mal presente em nossas vidas e no mundo.
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MISSÃO
“ESTIVE PRESO...” Mt 25, 36c Ir. Marcelo da Silva Soares dos Santos, MIC
O
mês de outubro, intitulado pela Igreja como “Mês das Missões”, nos convida ao anúncio do Evangelho “a toda a criatura” (Mc 16, 15). O zelo por tal anúncio torna-se ainda mais convidativo durante o tempo em que nos encontramos: o Ano da Misericórdia, que nos convida a um ideal concreto: as obras.
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Essa prática fomenta a saída de nossa “zona de conforto” e nos coloca em marcha àqueles que desconhecem a água capaz de lhes saciar a sede de infinito (Jo 4, 13-14). Por isso, por meio de breves palavras, tentarei partilhar um pouco de minha
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experiência missionária no âmbito das Obras de Misericórdia.
mostrar naquele ambiente. O segundo foi o discernimento, que se deu mais fortemente a partir de 2014, Desde fevereiro deste ano, abraatravés do diálogo cei a missão de visicom meus superiores e tar o “Cristo preso”. diretor espiritual, pois Se não Esta graça me veio na obediência Deus por meio de três alifor para se revela e reafirma o cerces: O primeiro ver Cristo nosso permanecer. O foi a inquietação pela terceiro foi a experiênsofredor, causa, que se deu no cia nas unidades prinão tem meu primeiro ano de sionais, que me conseminário. Em uma sentido. firmou nesta vocação e conversa informal de possibilitou o contato almoço, há 4 anos, com os membros da soube da existência e pastoral, pessoas maravilhosas que missão da Pastoral Carcerária, e pas- muito me ensinam nesta missão que sei a sentir que Deus tinha algo a me ao mesmo tempo assusta e encanta.
Com relação à atuação nas uni- da sociedade?”; “Mas logo essa pasdades prisionais, penso que, para o toral?”; “Vocês acham mesmo que cumprimento de quaisquer missões eles vão mudar?”, dentre outras. Em contrapartida, de misericórdia, ouvi de uma proé necessário, inifessora, que atua cialmente, prena realidade priparo espiritual e sional, algo que cultivo da vida Para levar a Boa tornou-se para interior, pois Nova e a alegria mim uma oração dificilmente alde envio: “Peço guém pode dar de ser cristão, a Deus a graça o que não tem. precisamos de enxergar não Certa vez, ouvi sonhar com Deus, um criminoso, a seguinte frase mas um filho de de um experieno que implica, Deus”. Se não for te e sábio Padre: na medida de para ver Cristo “o sucesso ou o nossas limitações, sofredor, não tem fracasso na vida sentido. A cada espiritual depenconformar nossa semana me surde do cultivo da vida a Seu plano preendo, porque, oração pessoal”. de amor e buscar enquanto penso Para levar a Boa ser eu o sujeito Nova e a alegria cada vez mais uma da ação, por estar de ser cristão, menor incoerência visitando um precisamos sode vida. irmão temporanhar com Deus, riamente privado o que implica, na de sua liberdade, medida de nossas na verdade estou limitações, conme abrindo para formar nossa vida a Seu plano de amor e buscar cada vez ser visitado por Quem me chama a mais uma menor incoerência de vida. visitar. Vale a pena! É Deus quem nos aguarda lá. Apesar da pouca experiência na Um dos aspectos que mais me pastoral, posso garantir que não são poucas as pessoas que nos dizem: encanta nas visitas às unidades prisio“Vocês são loucos? Visitar a escória nais, se não o que mais me fascina,
é a alegria do anonimato: lá também estamos reclusos (Mt 6, 3-4). Não temos ouro nem prata para oferecer aos irmãos carcerários (Ato 3, 6), mas, com alegria, por Cristo e pela Igreja, oferecemos a nós mesmos: nosso tempo, nossa capacidade de escuta, nossas palavras e nosso silêncio. Não me sinto preparado para uma missão tão grande, mas Aquele que convida é Quem molda (Rm 8, 2831), e não fomos chamados pelo que somos, mas pelo que podemos ser: é preciso perseverar. Por isso, tenho certeza que todos os membros da Pastoral Carcerária levam em seus corações o que nos ensina o Papa Francisco, quando diz: “A justiça é necessária, e muito! Mas, sozinha, não basta. Justiça e misericórdia devem caminhar juntas”. Que Nossa Senhora, Mãe da Misericórdia e educadora por excelência, continue aquecendo o coração de nossos irmãos carcerários nas noites frias da solidão e do abandono.
Diário Bíblico DEUS CONOSCO 2017 R$ 19,90 Adquira em: misericordia.org.br/loja 41 3148-3200 41 9569-4926
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IGREJA
BISPOS DA AMÉRICA REUNIDOS NA COLÔMBIA
CONSAGRAM O CONTINENTE À DIVINA MISERICÓRDIA Carina Novak, OCV
Em sua homilia, o purpurado animou aos sacerdotes a levar a Misericórdia de Deus para transformar a realidade atual com a intercessão dos Santos “que ao longo dos séculos tem sido sal da terra e luz do mundo”. Expressou seu desejo de que a celebração dos bispos em Bogotá “expanda como perfume de suave odor a misericórdia do Senhor até os últimos rincões do nosso continente”. O “Jubileu Extraordinário da Misericórdia no Continente Americano” foi organizado pela Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) e o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), em contato e colaboração com o episcopado dos Estados Unidos e do Canadá e foi presidido pelo Presidente da Pontifícia Comissão para América Latina, Cardeal Marc Ouellet, sob o
pelo Cardenal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos; Dom Luis Augusto Castro Quiroga, presidente da Conferência Episcopal da Colômbia; Dom José expanda como Horacio Gómez, perfume de arcebispo de Los suave odor a Ángeles; e o Padre Eduardo Chávez, misericórdia do cônego da Basílica Senhor até os de Nossa Senhora de últimos rincões Guadalupe, doutor em história da Igreja do nosso e principal especiacontinente lista sobre a Virgem de Tepeyac.
lema: “Que um vento impetuoso de santidade recorra o Jubileu extraordinário da misericórdia em todas as Américas”.
As atividades desse evento foram inauguradas no dia 27 com a celebração da liturgia penitencial e confissões. Ao que sucedeu os vários grupos de trabalho intermeados pelas conferências que foram ministradas por Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização;
Arquidiocese de Bogotá.
N
o último dia 30 de agosto, o Arcebispo de Bogotá e Presidente do CELAM, Cardeal Rubén Salazar, presidiu na igreja da Porciúncula de Bogotá, Colômbia, a Santa Missa de Encerramento do “Jubileu Extraordinário da Misericórdia no Continente Americano” (27 a 30 de agosto). Nesta Celebração, mais de 100 bispos de todo o continente e numerosos sacerdotes se uniram para consagrar o Continente Americano à Divina Misericórdia.
Os bispos ingressam em procissão na Igreja da Porciúncula em Bogotá, Colômbia, para a Eucaristia de Clausura do Jubileu Extraordinário da Misericórdia no Continente Americano.
Mais informações: http://comunicacioncelam.org/ canal Comunicación Celam no youtube. Portal: arquibogota.org.co/
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Detalhes minuciosos
da vida de Santa Faustina e da Congregação a qual pertencia. ela pertencia.
POR APENAS R$ 32,90 Adquira em: misericordia.org.br/loja 41 3148-3200 41 9569-4926
“É um milagre” - dizem os que visitam a casa de Wilno na Rua Grybo, 29a. É um milagre que esta casa de madeira, a única das várias que pertenceram à Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia tenha sido salva da conflagração da guerra e, depois, da ditadura comunista. E justamente esta casa, na qual residiu Irmã Faustina. Biografia de uma Santa Faustina Kowalska - pág. 233 27
BÍBLIA
10 RAZÕES DO POR QUE LER A BÍBLIA
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Deus meu, como é possível que na civilização cristã estejas tão presente e, contudo, não o encontramos? Ser tão forte a tua voz e permanecermos surdos a ela? Estares tão próximo e nem notarmos a Tua presença? DaresTe como ofertório por todos e nem mesmo conhecermos o Teu nome? Aquele que conhece a Palavra de Deus, deixa-se iluminar por ela, distancia-se da alienação do mundo e participa cada vez mais da comunhão referida pelo Apóstolo (1Jo 1,1-3).
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É no mínimo curioso que acreditemos tão facilmente no que nos dizem os jornais enquanto questionamos o que está escrito na Bíblia; que desejemos ir para o céu sem procurarmos empreender esforço algum para conhecer a vontade de Deus revelada nas Escrituras e atuar segundo ela. É estranho como nos informamos de bom grado sobre coisas que não nos edificam e nem queremos saber o que o próprio Cristo deseja nos comunicar.
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2
Quase cada um carrega consigo um celular: queremos estar à disposição e em contato com aqueles que nos telefonam. O celular de Deus é a Sagrada Escritura. Por meio dela, quer nos dizer coisas importantes, que nos forma e conduzem para a plenitude da nossa vida na comunhão com Ele. “Descobrimos os sentimentos do Coração de Deus através de Sua Palavra” (Gregório Magno).
3
O Documento Dei Verbum do Concílio Vaticano II diz que desde o princípio da criação Deus mantém um diálogo conosco e que a Bíblia é uma especial via desse diálogo. Por isso, aquele que realmente deseja o diálogo com Deus, esse não pode descuidar da leitura da Sagrada Escritura. Por iluminação divina ali foram escritas palavras para serem conhecidas. Ignorá-las propositalmente seria pior do que tapar os ouvidos na presença de alguém que nos ama e que nos fala. “Todos admiravam-se das palavras cheias de graça” (Lc 4, 22).
5
Ler a Bíblia porque esta é a vontade de Deus! Assumindo a condição humana, Jesus tornou-se para nós exemplo de obediência ao Pai. Todos os sábados dirigia-se à sinagoga para ler e ouvir as Escrituras. Com 12 anos o seu conhecimento dela era tão profundo que a seu respeito ensinou os grandes doutores no Templo (Lc 2,41-52). “As palavras que vos tenho dito são espírito e vida” (Jo 6,63).
6
Somente Cristo tem as palavras que não se apagam. Somente Ele tem Palavras de Vida Eterna. Na sincera busca de Deus nunca desperdiçaremos tempo, mesmo que aparentemente Deus esteja inacessível (São Bernardo). O Pai nos deu tudo, dando-nos Seu Filho. Revelou-nos tudo, oferecendo-nos Sua única Palavra. “Quando já em nenhuma palavra se pode confiar, ainda há a palavra do Evangelho”. (Cardeal Wyszyński).
7
A Bíblia é uma carta de Deus para os homens (São Gregório). Negligenciar sua leitura seria pior do que jogar no lixo, sem nem mesmo abrir, a carta de alguém que muito nos ama. Toda vez que lemos o Evangelho, o próprio Cristo fala conosco. Medite e observe o que Cristo, nosso Senhor e Mestre, ensinou por Suas palavras e por Seu exemplo, ao cumprir em Seus atos o que ensinou por Suas palavras.
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Não perca tempo... se ainda não tem, compre uma Bíblia. Reserve um tempo para a sua leitura, se possível diária. Comece a leitura pelo Novo Testamento. Por si mesmo se convencerá de que a Palavra de Deus se faz Carne. Dela necessitamos nos alimentar cada dia. O lugar mais importante entre as coisas que possui, o lugar de honra, devolverá, com justiça, para a Bíblia (Mateus 16,26; Filipenses 3,8).
9
A Palavra de Deus nutrirá tua alma, ampliará os horizontes da tua vida interior. Nunca mais irá se separar Dela, nela encontrará as sinalizações para a peregrinação da tua vida com Deus. Todos os livros que porventura ler são apenas comentários incompletos deste Livro. Depende apenas de você se para teus netos transmitirá ou não a sabedoria adquirida na meditação da Bíblia no cotidiano da tua vida. Depende da tua resposta para Deus em Deuteronômio 11,18-21.
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A Sagrada Escritura é como um código genético do Homem Novo, do homem formado à imagem de Cristo. É o sopro do Espírito Criador que nos transforma. Uma brisa suave, diante da qual o profeta Elias uma vez escondeu o rosto (1 Reis 19,13). Nesse livro inspirados por Deus, com rosto descoberto (2 Cor 3:18) contemplamos o Rosto do Senhor. Rosto cujos traços foram assinalados em nosso interior pelo Batismo. Então, gradualmente, vamos sendo conformados com Ele.
Texto traduzido pelas Irmãs de Jesus Misericordioso, de Curitiba, retirado do portal da Paróquia Św. Stanisław, em Wrocław.
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GERAL
JUBILEU, O ANO DA
GRAÇA DO SENHOR Richard Helmuth Roch
Padre Ednilson de Jesus, MIC
N
o dia treze de agosto, celebramos na Paróquia São Jorge, em Curitiba, a abertura do ano preparatório para a festa em comemoração dos 50 anos de sua existência (13.08.1967 –13.08.2017). O período vigente entre a abertura do Jubileu até o grande dia em que iremos comemorar estas “bodas de ouro” é um tempo Sagrado e para esta realidade sacra é que gostaria de chamar a atenção!
Poderia, neste artigo, narrar a história de construção da Paróquia São Jorge, desde o dia em que seus primeiros alicerces foram edificados. Poderia discorrer sobre o trabalho árduo de moradores do bairro Portão e as atividades da Congregação dos Padres Marianos para, ao longo desses
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cinquenta anos, manter esta Igreja atuante na região e em constante serviço com e para a comunidade.
abundante que Deus concede àqueles que o vivem da forma adequada.
No livro de Levítico, capítulo Sem dúvida al25, Deus esclaguma, todos esses O Jubileu que rece a Moisés o dados, toda essa estamos vivendo modo como ele e história tem imé tempo para seu povo deveriam portância essencial proceder ao adenneste momento apanhar toda trarem a terra que que estamos vivena bênção que o Senhor lhes havia do. Porém, se fio Senhor tem concedido. A narzermos uma leitura rativa indica que atenta da Palavra derramado eles deviam semede Deus, notamos sobre nós. ar, cuidar da terra, que a importância podar suas vinhas, de um Jubileu não recolher os frutos está, tão somente, nos anos decorridos de uma obra, de e realizar o descanso do sábado, dia um fato ou de uma memória; o maior no qual também Deus descansou. bem dentro de um Jubileu é a graça Depois, deviam contar sete anos
vezes sete, ou seja, quarenta e nove anos; o ano que sucedesse esta marca seria o Ano Sagrado, conhecido também como Ano da Libertação: “Santificareis o quinquagésimo ano e publicareis a liberdade na terra para todos os seus habitantes. Será o vosso jubileu. (...) O quinquagésimo ano será para vós um jubileu: não semeareis, não ceifareis o que a terra produzir espontaneamente, e não vindimareis a vinha não podada, pois é o jubileu que vos será sagrado.” (Lev. 25, 10 – 12) Esta é a mesma instrução que o Senhor dá a mim e a você. O Jubileu, de exatamente cinquenta anos, que estamos vivendo na paróquia São Jorge, é um tempo para recolher todas as bênçãos que o Senhor vem derramando sobre nós. Sabemos que ainda há muito trabalho a se realizar, mas, neste momento, nada é tão importante para ela quanto este tempo. Nos versículos de Levítico citados anteriormente, Deus proíbe o povo de colher as uvas produzidas e também dizimar a vinha que não produziu. A colheita e a dizimação eram as principais atividades exercidas naquela época e, mesmo assim, era o momento de parar, pois, naquele ano os escravos seriam libertos, os terrenos perdidos seriam recuperados... Esta Palavra é verdade também em nosso Jubileu, este é o nosso momento, Deus nos dará:
“um diadema em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de vestidos de luto, cânticos de glória em lugar de desespero.” (Isaías 61, 3) Que todas as nossas preces, nossos louvores e nossas súplicas sejam voltados para este marco, pois muito além de ser um divisor de águas na vida da Paróquia São Jorge, como instituição religiosa, esta data pode ser um divisor de águas na vida de todos os que participarem deste Jubileu! Os Apóstolos viveram a Ceia com o Senhor durante uma noite e foram fortemente impactados com a verdade existente naquela refeição. Você está, agora, recebendo um convite para viver uma ceia de 365 dias. Pode imaginar o quanto o Senhor, em Sua infinita Misericórdia, pode realizar no seu coração? Só depende de você acolher esta verdade e se render a este presente que nos será concedido pela intercessão de nosso querido padroeiro, São Jorge.
Que Maria, nossa Mãe Santíssima nos conduza neste tempo para bem aproveitarmos deste ano de Libertação e que Ela interceda para que tantos outros corações compreendam o valor deste tempo. Amém.
Nossa Paróquia será, de maneira especial, neste período de Jubileu, que já está aberto, o Manancial de toda a bênção para aqueles que dela necessitam! Espero encontrá-lo por aqui, caro leitor, bebendo das águas cristalinas desta fonte.
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#JOVEMGO
entre ficar e amar UM OLHAR QUE SALVA OU UM OLHAR QUE DESCARTA? Felipe Koller
“Ficar é pecado?”
E
ssa é uma das perguntas que catequistas de adolescentes ou formadores de jovens mais escutam, quando se toca no tema dos relacionamentos e da castidade. Não basta simplesmente dizer que é ou não é. É preciso ir na raiz e refletir sobre o modo como vivemos nossas relações. Afinal, como ensina o Papa Francisco, a Igreja é chamada a formar as consciências, não substituí-las, ((Amoris Laetitia, n. 37).
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Recordemos, por exemplo, o trecho do Evangelho em que uma prostituta, diante dos convidados de um jantar, se curva sobre os pés de Jesus e os cobre de lágrimas e beijos (Lc 7, 36-50). A vida daquela mulher transcorria basicamente sob dois tipos de olhar. Um era aquele que recebeu do anfitrião da festa e dos convidados
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e que recebia todos os dias, o tempo todo, nas ruas: o olhar que julga, que rotula, que condena. O outro, o olhar daqueles que se deitaram com ela: o olhar que usa, que cobiça, que subjuga. Um e outro são olhares míopes: não a veem como pessoa, mas colocam-se a si mesmos no centro e não se abrem à existência do outro, amado e desejado por Deus. O que fez com que essa mulher desejasse manifestar de forma tão intensa o seu amor a Jesus? Ele a olhou de um modo diferente. Ele viu, sob o acúmulo de misérias lançadas por ela e pelos outros sobre si mesma, quem verdadeiramente ela era. Ele, por assim dizer, a chamou pelo nome: não por seu pecado, não pela utilidade que ela tinha para a soberba de uns e para a sensualidade de outros, mas pelo seu nome eterno de filha de um Deus apaixonado. Ok, mas o que isso tem a ver com ficar? Tudo, porque, como cristãos, somos chamados a ser portadores desse olhar de Cristo no mundo – não apenas em nossa paróquia, não apenas no grupo de jovens, mas no cotidiano, no colégio, na faculdade, no trabalho, na família, na festa. “A fé não só olha para Jesus, mas olha também a partir da perspectiva de Jesus e com os seus olhos: é uma participação
no seu modo de ver”, ensina o Papa Francisco (Lumen Fidei, n. 18).
Antes de tudo, devemos fazer de verdade a experiência de viver sob o olhar amoroso de Sabe aquele Deus e reconhecer o olhar redentor que valor que temos aos aquela mulher do seus olhos. A partir Evangelho de Lucas disso, poderemos reexperimentou? Sabe novar o nosso próprio A fé não só como as pessoas que olhar e deixar para olha para vivem hoje poderão trás modos de se relaser olhadas com esse Jesus, mas cionar que impeçam olhar, com o olhar as pessoas de conheolha também de Cristo? Através cer esse amor através a partir da do seu olhar, do de nós. No caso do perspectiva olhar dos seus disficar: pode uma recípulos, do olhar da lação com prazo de de Jesus e sua Igreja. validade transmitir com os seus a experiência de um O Papa fala com olhos amor que não acaba? frequência da “culPode uma relação tura do descarte” e que gira ao redor do da “cultura do proprazer que o outro visório”. “Transpõepode me proporse para as relações cionar transmitir a afetivas o que acontece com os experiência de um amor que diz que objetos e o meio ambiente: tudo é temos valor pelo que somos, e não descartável, cada um usa e joga fora, pelo que podemos dar? gasta e rompe, aproveita e espreme O cristão está chamado a viver um enquanto serve; depois… adeus. O narcisismo torna as pessoas incapa- amor puro: puro como a água cristazes de olhar para além de si mesmas, lina, que permite ver através de si um dos seus desejos e necessidades” amor maior, o verdadeiro Amor. ((Amoris Laetitia, n. 39). Como podemos, então, viver um olhar que não descarte, mas, como o de Jesus, dê salvação?
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Ilustração por Felipe Koller
Respostas: Horizontais: Dimas, Zaqueu, Jairo, Mateus, verticais: Lázaro, Madalena, Bartimeu, diagonal: Paulo.
PEQUENINOS DA MISERICÓRDIA
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Presenças confirmadas:
Frei Clodovis Boff; Padre Ednilson de Jesus, Mic; Padre Sandro Souza, MIC; Padre Rodrigo Gutierrez; Padre Leandro A. Silva, MIC; Momento com Alvaro e Daniel.
de 2016
Não fique de fora! Últimas vagas
Inscrições pelo site: misericordia.org.br/congresso Santuário da Divina Misericórdia Estrada do Ganchinho 570 Umbará, Curitiba-PR (41) 3148-3200 35
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