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GAROUS HIBORIANOS ASCENSÃO DOS HIBORIANOS -17.000 -15.000 A.C.*

por André Palmquist

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Quando o grande cataclisma causou a destruição da Atlântida e da Lemúria, todos os habitantes das ilhas Pictas desapareceram. Mas uma grande colônia deles, que havia se instalado nas montanhas ao sul das fronteiras da Valúsia, permaneceu viva.

Outros milhares de membros do reino da Atlântida também conseguiram escapar da fúria das águas, fugindo em seus navios.

Um grande número de lemurianos foi para a costa oriental do continente Thuriano, onde acabaram escravizados pelo povo que já ocupava a região. Por milhares de anos, sua história foi de brutal e triste servidão a um povo opressor.

Na parte ocidental do continente, como consequências do cataclisma, densas selvas se espalharam pelas grandes planícies, montanhas virgens se ergueram, e lagos cobriram as ruínas das velhas cidades!

Mesmo forçados a lutar continuamente por sua sobrevivência, os atlantes ainda procuravam manter vestígios do seu estado anterior, o barbarismo altamente avançado! E assim permaneceram até que sua cultura teve contato com a poderosa nação Picta! A partir de então, os reinos da idade da pedra entraram em conflito, e no decorrer das incontáveis batalhas, os atlantes regrediram ao estado selvagem, enquanto os pictos tiveram sua evolução ameaçada!

O longínquo sul, que não foi atingido pela grande tragédia, se manteve coberto de mistérios. Seu estágio de desenvolvimento se manteve estacionário. Só houve uma exceção, os remanescentes das nações civilizadas não- -valusianas que viviam nas baixas montanhas do sudoeste, conhecidos como os Zhemri.

Enquanto isso, no distante norte, outro povo recomeçava aos poucos sua existência. Um grupo de humanos, que fugira durante a destruição, encontrou os continentes de gelo, habitados somente por uma espécie de macacos da neve, contra quem lutaram, expulsando-os para o outro lado do círculo polar ártico. Mil anos depois, bandos de nômades vagavam pelas planícies, sem conhecimento de fala, fogo ou armas. Eram esses os descendentes dos orgulhosos atlantes.

Já os habitantes do sudoeste dispersaram-se em clãs, ocupando cavernas e conservando o nome de Pictos.

Mais para o leste, os lemurianos se rebelaram e destruíram seus opressores, vivendo selvagemente entre as ruínas de uma estranha civilização. Os sobreviventes daquele povo se dirigiram para o oeste, derrotando os habitantes do sul e fundando um novo reino chamado Stygia.

No norte, uma tribo crescia rapidamente, os hiborianos ou hiborígenas. Seu Deus era Bori, um grande chefe cuja lenda o elevou a posto de divindade. Após cerca de mil e quinhentos anos vivendo na neve, tornaram-se uma raça vigorosa e guerreira.

OS REINOS HIBORIANOS 14.000 -10.000 a.C.

Mil e quinhentos anos depois do cataclisma que criou o mar interno, tribos de hiborianos morenos rumaram para o leste e para o oeste, conquistando e destruindo pequenos clãs no caminho. Mesmo assim, os conquistadores não entraram em contato com as etnias mais antigas.

A sudoeste, os descendentes dos Zhemris procuravam reviver alguma tênue sombra da sua cultura ancestral.

A oeste os atlantes começaram sua longa escalada de volta à civilização que um dia tiveram, enquanto ao sul, os Pictos permaneceram selvagens e brutos. Mais ao sul ainda, repousava o misterioso reino da Stygia.

No extremo leste, clãs de nômades conhecidos como Os Filhos de Shem, vagavam pelas terras sem fim. Enquanto próximo aos Pictos, na fronteira do Vale de Zingg, protegidos por uma cadeia montanhosa, um grupo desenvolveu um avançado sistema de agricultura e civilização.

É neste período que surge o primeiro reino hiboriano, o rude

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reino de Hiperbórea, que teve seu início em uma fortaleza de pedra erguida para evitar ataques tribais. Isso fez com que seus habitantes passassem de bravos nômades para guerreiros defendidos por muros gigantescos.

Durante todo esse tempo, os lemurianos ergueram uma estranha civilização sobre as ruínas daqueles a quem venceram.

Os hiborianos encontraram o reino de Koth, na divisa com as terras férteis de Shem. Os selvagens dessas terras, através de contato com os hiborianos e os estígios, foram lentamente saindo do barbarismo.

A sudoeste da Hiperbórea, um reino dos Zhemris começava a se formar sob o nome de Zamora. Já a sudoeste, invasores Pictos se uniram aos agricultores do vale de Zingg. Estas etnias seriam conquistada pela errante tribo de Hibori, sendo que da junção de todos estes elementos surgiria o reino da Zíngara.

Quinhentos anos depois, todos os reinos do mundo já estavam claramente formados.

Os reinos hiborianos da Aquilônia, Nemédia, Britúnia, Hiperbórea, Koth, Ophir, Argos, Coríntia e Reino da Fronteira dominavam o mundo ocidental. Zamora estava a leste, e Zíngara a sudoeste destes. Bem distante ao sul, repousava a sombria Stygia, livre de invasões estrangeiras, embora o povo de Shem tivesse chegado a trocar escravos estígios pelos de Koth. Os estígios se dirigiram para o sul do grande rio Styx, também chamado de Nilus ou Nilo, que desembocava nos mares ocidentais.

Ao norte da Aquilônia estavam os Cimérios, violentos e nunca derrotados por invasores. Descendentes dos antigos atlantes, eles evoluíram mais rápido que seus velhos inimigos, os Pictos.

Ao norte, bárbaros com cabelos dourados e olhos azuis se espalharam por todo o continente de neve, com exceção da Hiperbórea. Sua terra era chamada de Nordheim e era dividida entre os Vanires, de cabelos vermelhos e os Aesires, de cabelos amarelos.

Mais uma vez, os lemurianos entraram para a história, mas sob o nome de Hirkanianos. Na direção oeste, uma tribo criava o reino

de Turan, a sudoeste de Vilayet, o mar interno. Mais tarde, outros clãs hirkanianos se estabeleceram em torno da margem oeste deste mar.

Um rápido perfil dos povos daquela era: Os dominadores hiborianos que deixaram de ter cabelos escuros e olhos verdes ao se misturarem com outras etnias, se encaixavam em quase todos os biótipos caucasianos.

Os shemitas: homens de estatura mediana com narizes pontiagudos, olhos negros e barbas negras-azuladas.

Os hirkanianos: de pele escu

ra e geralmente altos.

Os pictos: atarracados, pele escura, quase preta, com olhos e cabelos pretos,

As classes dominantes da Stygia: constituída de homens altos, morenos, elegantes e sérios.

O povo de Nordheim: com pele clara, olhos azuis ou verdes e cabelos loiros ou ruivos.

Os cimérios: altos e fortes, com cabelos pretos e olhos azuis ou verdes.

Ao sul da Stygia estavam os vastos reinos negros dos kushitas e do império híbrido de Zimbabo.

Entre a Aquilônia e os sertões pictos encontravam-se os Bossonianos, descendentes dos aborígenes e hiborianos. Guerreiros persistentes e excelentes arqueiros, pois sobreviveram durante séculos aos ataques bárbaros do norte e do oeste.

Esta foi a “era nunca sonhada”, quando os reinos se estendiam pelo mundo como um manto azul sob as estrelas.

AS TRIBOS GAROU NA ERA HIBORIANA Fúrias Negras

As Fúrias são a maior presença Garou de Ophir e da Nemédia, apesar de não serem governantes desses reinos. São orgulhosas e fortes, e ainda não tinham desenvolvido o seu conhecido ódio pelos Cria de Fenris.

A tribo continua lutando pelo controle da região das amazonas, atualmente sob o domínio dos Balam e Simba. Nessa guerra as Fúrias não estão levando a melhor, e resolveram voltar seu ódio contra os homens da região. Porém, existe mais um inimigo à espreita, aguardando o momento certo para intervir no conflito, os Estígios voltaram os seus interesses para os reinos negros, e já começaram a espalhar seus tentáculos pela área.

Roedores de Ossos

Estão espalhados todos os reinos hiborianos. Não requisitam protetorados, pois consideram todas as cidades como seus territórios, e seus moradores como seus protegidos. Não há Roedores nas terras frias ao norte e nem no extremo oriente, nos reinos negros há pouquíssimos deles, pois a taxa de mortalidade de Garous nessas terras é altíssima, por motivos ainda desconhecidos.

Os Roedores habitam as cidades, mas não como mendigos ou cidadão de segunda classe, como fazem atualmente, mas sim como bravos guerreiros farristas que adoram diversão e festas. Os Roedores saboreiam a vida como os Fianna o fazem, só que com mais intensidade ainda.

A tribo possui aliança com alguns Bastet que moram nas cidades, e juntos tentaram impedir que os vampiros aumentem seus números. Porém a batalha vêm

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sendo gradativamente perdida, pois as maiores cidades já podem ser consideradas centros de po- der vampírico.

Filhos de Gaia

Após o lmpergium, os Fi- lhos de Gaia tomaram para si os esforços de evitar que os Garras Vermelhas exterminassem os hu- manos. Os Filhos são um bando de pacifistas em meio a uma era onde só os mais fortes guerreiros sobrevivem. Apesar disso, não se furtam ao combate quando ex- tremamente necessário, vide sua luta incansável contra os Simba de Kush, para evitar que os leões acabem com os humanos da área.

Há Filhos de Gaia em todos os reinos hiborianos, existem al- gumas matilhas missionárias que tentam espalhar sua doutrina entre os Pictos e as tribos Garou mais violentas, alcançando algum grau de sucesso em relação aos Pictos.

Fiannas

Originária da Ciméria, a tribo é bem mais beligerante do que atualmente. Mantém uma aliança de longa data com o Povo-Fada (Changeling) e os Celican. Nunca se esquecem de sua descendência e dela sempre se orgulham.

Vivem uma relação sofrida com os seus primos e vizinhos, os Crias de Fenris e Uivadores Bran- cos, pois sempre sofrem ataques destes em seus territórios, pre- judicando seus Parentes. Na Era Hiboriana, os Crias são menos ini- migos que os Uivadores, fato que se inverteu depois do no início da história conhecida.

Crias de Fenris

Os Crias habitam a região gelada de Nordhein, eles só tem um grande inimigo: eles mesmos, pois se dividem entre apoiar os Vanires e os Aesires. Ocasionalmente, atacam os protetorados Fianna. Odeiam os Hiperbóreos, que freqüentemente invadem seus territórios para capturar e escravizar seus Parentes.

Os Crias só fazem estabelecem a paz durante a grande assembléia tribal, que acontece todo inverno, durante os dois primeiros meses, e durante épocas especialmente difíceis.

Andarilhos da Civilização (Andarilhos do Asfalto)

Os Andarilhos vivem nas grandes cidades humanas e como se fossem humanos. Suas maiores áreas de influência são os reinos de Shem, Zamora, Zíngara e Turan (apesar de terem que se submeter aos Presas de Prata neste último)

Garras Vermelhas

Os Garras ainda se ressentem das outras tribos por desistirem do Impergium. Eles ainda são uma tribo grande e poderosa, habitando todo o mundo Hiboriano, desde os Sertões Pictos (onde são considerados demônios) até a distante Kithai. De Nordhein até as densas florestas tropicais dos Reinos Negros, onde lutam contra os Bastet para poderem permanecer na região. Os Garras têm demonstrado um enorme afinco em relação à Guerra da Fúria, dedicando especial atenção à caça das outras raças de metamorfos.

Senhores das Sombras

Os Senhores das Sombras são predominantes em Argos, Nemédia, Koth e Coríntia. Belicosos e sedentos por poder, lutam para destronar os Presas de Prata e seus Parentes dos reinos hiborianos. Atualmente, a tribo está empenhada em uma campanha de desinformação e influência, para provar para os Garous hiborianos que os Garous hirkanianos estão planejando alguma ação de guerra contra eles.

Peregrinos Silenciosos

Habitam a região da Stygia e nesta época lutam incansavelmente contra os Lobos de Set e as demais raças que lá habitam e servem a Wyrm, para evitar que estas promovam a expansão do império do deus serpente. Porém, os Peregrinos estão em larga desvantagem, contando apenas com a ajuda de alguns Gaviões de Gaia.

Em uma outra frente de ação, a tribo costuma realizar grandes expedições pela Umbra e pelo resto do mundo conhecido, na tentativa de achar algo que os ajude a recuperar a sua terra natal, uma vez que quando o mundo hiboriano começou a ruir, eles já haviam sido praticamente expulsos e destituídos de sua antiga soberania.

Presas de Prata

Os Presas são os senhores supremos de maior parte do mundo hiboriano. Há Presas em quase todos os reinos desta era, sendo o primeiro e mais antigo deles a Hiperbórea, de onde eles começaram sua expansão total pelo resto do mundo.

A tribo habita principalmente a Aquilônia, Zíngara, Hiperbórea e a Hirkânia, onde são reis e governantes poderosos. Vários Presas de Prata e seus Parentes fazem parte das cortes dos reinos onde tem poder.

O reinado dos Presas na Aquilônia recomeçou após um período de cento e cinco anos, após eliminarem todos os vestígios vivos da existência de Conan da Ciméria, um bárbaro que reinou durante cinquenta anos (e seus descendentes por mais cinquenta e cinco anos) como o maior soberano da Aquilônia.

OUTRAS TRIBOS (só para o mestre) Croatan, Uktena, Wendígo.

As tribos puras vivem juntas no planalto Loulam, onde o lmpergium nunca aconteceu. Seu isolamento, junto aos seus Parentes se deve a dois fatores: o primeiro é o geográfico, uma vez que o planalto é cercado por montanhas altíssimas e difíceis de escalar, eles se viram obrigados a ter o mínimo contato com o resto do mundo; o segundo é ideológico, pois os Puros observam a degradação de seus primos, e temem que o contato contínuo com eles vá causar o enfraquecimento deles e de seus Parentes.

Bunyp

Os Bunyp vivem isolados em uma ilha-continente, até então desconhecida das outras tribos Garou e de seus Parentes.

Uivadores Brancos

Os Uivadores vivem tanto no Reino da Fronteira quanto nos serões pictos, mantendo os

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humanos dessa região sob sua proteção. São muito belicosos e desconfiados, tanto dos outros como entre si. Tanto Garou quanto Parentes se dividem em clãs, que muitas vezes são inimigos entre si, por conta de antigas rixas, ofensas e desentendimentos.

Portadores da Luz Interior

Este grupo é o menor dentre as tribos oficiais dos Garou, sendo formada por cerca de trinta dissidentes de outras tribos, principalmente dos Guerreiros de Luna. Na Era Hiboriana, eles estão mais para um grupo filosófico do que para uma tribo propriamente dita.

Enclausuram-se principalmente no extremo oriente, focados em diversos estudos. Desfrutam de uma certa aliança com os magos da Irmandade de Akasha.

Guerreiros de Luna

Uma pequena tribo, atualmente extinta, constituída principalmente de lobos e humanos de Kithai e do extremo oriente. Guerreiros sábios e nobres pensadores, passam grande parte do tempo meditando e estudando, visando descobrir e entender os grandes mistérios do universo. Foram eles que desenvolveram as bases da arte marcial posteriormente conhecida como Kailindô, redescoberta e aperfeiçoada pelos Portadores da Luz alguns séculos depois da destruição do Continente Hiboriano e a formação dos continentes Europeu, Asiático e Africano.

Astore

Outra pequena tribo extinta, era composta por bárbaros, habitando principalmente os Pântanos Bossonianos. Eram a única tribo Garou servindo de barreira e escudo contra as invasões dos Homens-Peixe, raça contra a qual lutaram até o fim da Era Hiboriana, quando tanto eles quanto os Homens-Peixe deixaram de existir, caindo no esquecimento.

Povo do Aço

Um grupo de Garou hominídeos da Hirkânia estava navegando pelo Mar Vilayet, quando avistaram uma ilha, resolveram então explorá-la, para descobrir novos segredos e ver se havia tesouros naquele pequeno pedaço de terra.

Ao retornarem para Turan eles trouxeram espadas mais resistentes e fortes dos que as que se usavam na época... eles haviam descoberto o enigma do aço!

O que realmente ocorreu na ilha ninguém sabe, pois o Povo do Aço (como passaram a ser conhecidos desde então) protege ardorosamente esse segredo. O pouco que se sabe é que eles possuem dons jamais vistos, e apesar de poucos, são muito resistentes e ferozes.

Filhos de Shem

Os Shemitas são uma pequena comunidade de Garou que moram junto com seus Parentes hominídeos e lupinos em um enorme oásis no deserto de Shem. São extremamente violentos com todo e qualquer estranho, sendo difícil até para outros Garou se aproximarem deles.

A comunidade é independente de quaisquer ligações, tanto com humanos quanto com outros metamorfos, a localização exata de seu oásis se perdeu no tempo, e há cerca de cem anos não se escuta falar de um membro dos Filhos de Shem, levando muitos a crer que tudo não passa de uma lenda.

Lobos de Set

Os Lobos de Set são uma tribo forte e de poderes estranhos. Procuram dominar as regiões em volta da Stygia, como parte de um plano de poder para que Set, uma das formas adotadas pela Wyrm, tome o controle do mundo hiboriano.

Esta odiada tribo é equivalente aos atuais Dançarinos da Espiral Negra, só que não foram corrompidos, e sim passaram para o lado da Wyrm de livre e espontânea vontade.

Os Lobos de Set podem se passar por qualquer outra tribo, pois não apresentam deformações e não são insanos. Muitos se utilizam dessa vantagem para agir como espiões em diversos reinos. Geralmente são belos e sedutores, sendo a encarnação de tudo que há de pior nos Garou. Eles lideram as outras Raças de Licantropos que servem a Wyrm.

Durante a decadência do mundo hiboriano, os Lobos de Set desapareceram sem deixar vestígios. O que as outras tribos especularam sobre seu desaparecimento (antes de esquecê-los completamente), é que, juntamente com os Íbis e os Gaviões de Gaia podem ter se exterminado mutuamente durante a batalha pela Stygia. Talvez só quem poderia responder esta questão seriam os Peregrinos Silenciosos.

AS OUTRAS RAÇAS DE METAMORFOS

“Saiba ó príncipe, que entre os anos em que os oceanos tra- garam Atlântida e os anos em que se levantaram os filhos de Aryas, houve uma era inimaginada, re- pleta de reinos esplendorosos, que se espalharam pelo mundo como miríades ·de estrelas sob o manto negro do firmamento. Nemédia; Ophir; Britúnia; Hiperbó- rea; Zamora, com suas regras de nobreza; Koth, que fazia fronteira com as terras pastoris de Shem; Stygia, com suas tumbas prote- gidas pelas sombras; Hirkânia, cujos cavaleiros ostentavam aço, seda e ouro. Não obstante, de to- dos, o mais orgulhoso foi o reino da Aquilônia, dominador, supremo do delirante Oeste.

Para lá foi Conan, o cimério de cabelos negros, olhos ferozes, mãos sempre crispadas sobre o cabo de uma formidável espada, pronta a ser brandida na luta, que colocou o arrogante reino sob seus pés. Entretanto, a coroa so- bre sua cabeça jamais deixará de ser pesada ... “ Crônicas Nemédias

A Era Hiboriana foi uma épo- ca onde os licantropos e outros seres sobrenaturais agiam mais abertamente frente aos humanos. Ainda assim, os Magos tinham certa vantagem, pois podiam an- dar entre os humanos sem levan- tar muitas suspeitas, algumas ve- zes até assumindo seus poderes e atraindo a adoração de cultos e seitas. A realidade ainda não era tão rígida a ponto de limitar seus poderes Mágikos.

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Os Vampiros se refugiavam as grandes cidades como até hoje fazem, mas ainda não tinham grande poder sobre os humanos, pois eram poucos e ainda sofriam as consequências da queda da Segunda Cidade.

O caso dos metamorfos é especial, pelo simples fato de que a Guerra da Fúria só viria a acontecer três mil anos antes do fim da Era Hiboriana.

Os Garou habitavam todos os reinos existentes, tanto em suas cidades quanto nos vastos campos, florestas e bosques. As tribos já tinham aproximadamente a mesma configuração atual, porém algumas pequenas tribos então existentes não chegaram aos dias atuais, são elas: Guerreiros de Luna, Povo do Aço, Lobos de Set, Astore e os Filhos de Shem.

Os Croatan, Wendigos e Uktenas habitavam do Planalto Loulam, e só se dividiram depois de deixar o grande continente partindo na grande travessia rumo ao desconhecido.

Gurahl

Os ursos se mantêm isolados das questões humanas e da maioria das outras raças de metamorfos, em um comportamento incomoda aos Garou, mais especificamente os Presas de Prata, que os consideram apáticos e isolados.

Habitam as terras desde Nordhein até Argos, morando geralmente sozinhos e distantes uns dos outros. A única exceção é durante o equinócio de inverno, durante o qual eles formam grupos de até oito indivíduos para realização de grandes rituais.

Há Gurahls morando nos Sertões Pictos, Aquilônia, Nemédia, Zíngara, Britúnia, Ciméria, Hiperbórea, Coríntia, Koth, Reino da Fronteira e Ophir. Alguns relatos apontam que também existem Gurahls morando em Khitai e nas terras Lemurianas.

Bastet

Os Simba são os supremos dominantes de Kordofa, Atlata, Darfar, Wada e Comora, onde governam com mãos de ferro suas cidades perdidas, e onde só os humanos escravos e Parentes podem entrar sem serem estraçalhados por eles. Vivem em eterna guerra com os Ajaba, seus inimigos mortais.

Existem ainda os Simba Brancos ou Leões do Gelo, um povo Bastet que habita a Hiperbórea, onde disputam com os Presas de Prata e Senhores das Sombras a supremacia da área.

Os Khan vivem em Khitai, Uttara Kuru e Kosala. Possuíam uma colônia avançada em Shem. Lá impera a paz, pois são um povo sábio, além de guerreiros intrépidos. Não querem responsabilidade para com o resto do mundo humano, pois se lembram de todas as agruras sofridas por Kull, um Khan que reinou na antiga Valúsia até o grande cataclisma.

Os Balam vivem nas florestas de Kush, Reinos Negros e Sertões Pictos. Eles não mantém um grande contato com a civilização, e por várias vezes fazem ataques aos nativos das áreas próximas, como uma forma de mantê-los temerosos quanto ao avanço de suas aldeias. Há um grande grupo de Balam no Planalto Loulam.

Os Baguera, habitam as florestas dos Reinos Negros, parte da Zíngara e Sertões Pictos, onde lutam contra as hordas de Homens-Babuínos e Homens-Peixe, hoje extintos.

Os Swara vivem nas savanas dos Reinos Negros e lá lutam e vivem como os principais mensageiros dos Bastet.

Os Qualmi e os Pumonca lutam para manter seus povos puros e longe das raças humanas que tem a supremacia do mundo, quase todos moram junto com o povo do Planalto Loulam

Os Bubasti, com raras exceções, são vistos como o lado podre dos Bastet. Vivem na Stygia, onde lutam ao lado dos Lobos de Set, Mokolé corrompidos pela Wyrm, Nagah, Serpentes Humanas, Ajaba e de muitos outros seres que servem ao grande deus do mal, Set, uma das muitas formas da Wyrm.

Os Ceilican Vivem na Ciméria e em Nordhein. São bárbaros corajosos como os povos que sobrevivem naquelas terras frias. Existe ainda o grande reino de Zímbabo, onde quase todos os tipos de metamorfos felinos habitam, e de onde pretendem avançar para o norte, conquistando terras até serem a raça suprema. Zímbabo é composto basicamente por dissidentes e criminosos das raças felinas.

Os Íbis são uma raça em estado de provável extinção. Reinavam na Stygia antes desta área ser dominada pelos seguidores de Set, o maldito Deus serpente. Lá eram tratados como deuses e respeitados e cultuados pelos humanos como tais. No entanto, foram atacados e caçados por todos os seres aliados da Wyrm Set, quando seu poder começou a aumentar na região.

Eles cruzam com íbis, garças e flamingos, sendo um povo sábio e praticando todo tipo de arte mística.

Gaviões de Gaia são um povo guerreiro que luta para se manter na Stygia, seu território original. Eles já haviam lutado ao lado dos Garou em batalhas antigas, tendo jurado aliança para os anciões Garou, e desde então, como uma raça honrada e orgulhosa, não quebraram e nem pretendem quebrar esta aliança.

Há grupos de Gaviões de Gaia que habitam as regiões da Turan, Aquilônia, Argos e alguns outros reinos do mundo.

Corax

Os Corax, tem alianças com todas as raças de metamorfos do mundo, em especial dos Garou, dos quais estão entre os aliados mais antigos.

Exímios vigias e espiões, os Corax dedicam seu tempo a aprender e observar todas as outras raças e outros seres sobrenaturais.

Outras raças de metamorfos pássaro são pequenas em número e poder, passando quase que despercebidas ou, quando muito, exercendo apenas influência local.

Mokolé

Os Mokolé nunca inspiraram a confiança dos outros licantropos, mas tais suspeitas são infundadas, pois com a exceção de uma família da Stgyia, nenhum deles é aliado da Wyrm.

Isolados e de pouca conversa, esses metamorfos são um enigma para a maioria das raças sobrenaturais do mundo, pois se recusam a manter longos contatos ou alianças duradouras.

Os Mokolé habitam praticamente todo o mundo Hiboriano, sua divisão continua sendo igual as dos dias atuais.

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Nagah

Tentaram tomar o mundo dos outros seres sobrenaturais antes do grande cataclisma, o que os levou a uma quase extinção.

Foram os primeiros metamorfos a adotarem uma prática semelhante ao Impergium dos Garou. Concentram-se basicamente na Stygia, onde estão entre os principais aliados de Set.

Ratkin

Os Ratkin vivem nas maiores cidades, disputando espaço com humanos, vampiros e Garou. Se escondem nos subterrâneos e conhecem quase todos os atalhos e segredos sombrios desses centros urbanos.

Eles ainda se preocupam em manter o controle da população humana, fazendo isso de forma indireta, através da destruição de grandes estoques de alimentos.

Nuwisha

Os coiotes moram em Shem e nos Califados próximos, estão perdendo o contato com seus primos lobos, pois estes quase nunca entendem o senso de humor deles.

Quase todos os anciãos Nuwisha, e também um grande número de jovens, vão para o planalto Loulam para viverem próximos dos Puros.

Ajaba

As Hienas vivem em grandes bandos e passam a maior parte do seu tempo em guerra com os Simba, seus eternos Inimigos.

Eles servem à Wyrm, junto com os Homens Serpente, principalmente na Stygia e nos Reinos Negros. Eles tem planos de expansão do seu território.

Rokea

Os Rokea se mantém no mesmo estado que sempre se mantiveram, selvagens e violentos. Vez por outra se escutam boatos de um Rokea vagando pelo mundo hiboriano, mas são casos raros e isolados.

Ananasi

As Ananasi servem a Wyrm, e assim será durante muito tempo. Geralmente são assassinos extremamente competentes e sorrateiros, podendo agir em qualquer reinos em que seus serviços sejam necessários.

Homens-Peixe

Estes seres não são metamorfos, são bem variados assim como são variados os peixes do mar, eles realizam ataques em larga escala aos Sertões Pictos pelo menos uma vez por ano.

O resto do mundo sobrenatural tenta imaginar o porquê de tais ataques, desconhecendo o fato de que no mar Vylaet há um grupo de alevinos dos Homens-Peixe que ficou isolado do resto do seu povo, presos no meio do continente Hiboriano, outro problema é que esses alevinos só conseguem se desenvolver no interior da boca dos seus “pais”.

Os Homens-Peixe são um povo dividido e feroz, que passa quase todo o seu tempo em tentativas de invadir o continente, sendo impedidos pelos Pictos e pelos metamorfos dos Sertões. Os Homens-Peixe e os Rokea são inimigos ferrenhos.

Os Homens-Peixe vivem de cinco a sete séculos, e se reproduzem apenas uma vez por século, hoje em dia eles estão extintos.

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