Dominus Salus Comunidade
‘‘Nas suas chagas encontra-se cura para nós’’ Is 53, 5
“É o silêncio guardião da religião,
nele está nosso vigor.” São Bernardo de Claraval Jul/Ago/Set de 2019 | Ano 22 nº 98 | VENDA PROIBIDA!
Expediente REVISTA DOMINUS SALUS Edição 98 - jul/ago/set de 2019 PRESIDENTE DA COMUNIDADE Irmão Alexandre Mazzali RESPONSÁVEL PELA REVISTA Irmão Gabriel Cavaletto JORNALISTA RESPONSÁVEL Elis Soares | MTB 48990/SP DIAGRAMAÇÃO Irmão Gabriel Cavaletto ILUSTRAÇÃO Irmã Helena Scarabelo REVISÃO Irmã Helena Scarabelo IMPRESSÃO E TIRAGEM 2.5OO exemplares (trimestral) CAPA “Retrato de São Bernardo”, Andrea Sacchi (1599-1661).
FALE CONOSCO: Av. Comendador Antônio Carbonari, 2887 Traviú - Jundiaí/SP CEP: 13.213-270 (11) 4582-4553 (11) 9.4202-7566 comunidade@dominussalus.com.br FACEBOOK facebook.com/dominussalus TWITTER @dominussalus INSTAGRAM @dominussalus
www.dominussalus.com.br
Índice 4 6 8 10 14 16 18 20 22
Espaço dos Sócios Matéria: Atualidade Palavra do Fundador Aconteceu... Edições Professio Fidei Matéria: Igreja Especial: Sacramentos Matéria: Formação Vem aí...
Colabore! A Dominus Salus é uma Comunidade Missionária sem fins lucrativos, e há 23 anos atua na Diocese de Jundiaí e região com trabalhos de evangelização. Contamos com a ajuda de benfeitores para a nossa missão. Faça parte você também desta obra de Deus. Doe!
Banco Sicred Ag: 0738 C/C: 38843-0 Banco Bradesco Ag: 150 C/C: 97.915-5 CNPJ: 02.290.857/0001-19
|3
Editorial Caro leitor, a paz de Cristo!
Com grande alegria, apresentamos mais uma edição da Revista Dominus Salus. Nosso coração se alegra e “a caridade de Cristo nos impele” (II Cor 5, 14) a prosseguir dia a dia com a missão que Deus um dia nos confiou. Desejosos em colaborar com a edificação do Reino de Deus em seu coração, trazemos através das matérias que seguem, um esclarecimento sobre a vida de santidade que Deus nos convida através da Santa Igreja. Sabemos que o meio por excelência para conseguirmos atingir esta meta é um autêntico encontro com Deus, que somente será eficaz se existir um crescimento contínuo em nossa vida de oração e de silêncio. O barulho do mundo precisa ceder lugar ao sopro suave do Espírito de Deus! Para que você tenha êxito em sua caminhada rumo ao céu, se lance nos braços do Senhor, pois Ele te elevará aos altos cumes do amor. Peçamos com o Salmista: “Senhor, completai em mim a obra começada, eu vos peço, não deixei inacabada esta obra que fizeram Vossas mãos.” (Sl 138, 8).
Que Deus nos abençoe!
4|Espaço dos Sócios 4|
Missão Sócios Discípulos Missionários
Em maio, visitamos a casa da sócia Cintia Passarin Beduti. Unimonos a ela e toda sua família para meditar as Sagradas Escrituras, louvar e bendizer a Deus. Como filhos de Deus e irmãos uns dos outros, contemplamos a promessa de Cristo que diz: “Onde dois ou mais estão reunidos em meu nome, aí estou no meio deles!”
|5 Revista Dominus Salus |5
“A Comunidade Dominus Salus faz parte da nossa vida há muito tempo. Conhecemos o Ir. Alexandre antes da fundação da Comunidade num grupo de oração. Estar com a Dominus é para nós uma grande alegria, sempre recebemos uma palavra de Deus no momento certo através das Revistas, de cartas e outras comunicações!” - Cíntia Beduti
Faça parte da nossa família!
A Dominus Salus é sustentada por pessoas que colaboram conosco na obra de evangelização. Para não parar nesta missão, necessitamos do seu auxílio, por isso, ajude a Comunidade! Ao se associar, você se torna instrumento de evangelização! Relembramos também algumas visitas que fizemos aos nossos sócios nos anos anteriores e bendizemos a Deus por fazerem história com a Comunidade!
6| Atualidade
Homossexualidade e a Moral Católica
A
Por: Ir. Helena Scarabelo
homossexualidade, existe antes e apesar do movimento LGBT que, para promover suas agendas de igualdade e liberdade sexual, vem pisoteando os valores da sociedade, mesmo diante da clara reprovação que esta mesma sociedade manifesta... O Catecismo da Igreja Católica a define assim: “A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. Apoiandose na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (§2357). Esta é a posição perene da Igreja sobre o assunto, que conclui dizendo: “Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Devem ser acolhidos com respeito,
compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (§ 2358-2359). Creio que as palavras são claras e precisas, não dando margem a qualquer interpretação arbitrária... A Santa Igreja está ciente do drama vivido por tantos homens e mulheres nesta situação e
Imagem: Igreja de Nossa Senhora da Candelária Rio de Janeiro/Brasil
Revista Dominus Salus |7
como Mãe, traz a resposta: àqueles que sentem em si a tendência homossexual são chamados a uma vida casta, não diferentemente dos indivíduos héteros que possam trazer distúrbios em sua sexualidade - como a masturbação, o adultério ou a pornografia - O caminho para ambos (homo ou héteros), é de luta contínua para vencer as más tendências enraizadas, que deformam e conduzem pouco a pouco à desumanização do ser. Talvez soe estranho para o nosso mundo “politicamente correto”, falar em castidade sobretudo para os homossexuais. No entanto, ela existe, é possível e um sem número de homossexuais já a vivem! Há mais de trinta anos, nos Estados Unidos, surgiu o apostolado “Courage”, fundado pelo Pe. John F. Harvey, visan-
do oferecer apoio pastoral a homens e mulheres com atração pelo mesmo sexo que, no entanto, haviam se decidido por uma vida casta. Com mais de três décadas de fundação, o apostolado cresceu e se espalhou pelo mundo – inclusive no Brasil – colhendo preciosos testemunhos de conversão (se quiser conhecer mais, acesse: www.couragebrasil.com). Este tipo de informação dificilmente chegará a nós pela mídia secular, já que a virtude não dá ibope..., mas é importante que saibamos: a Igreja não despreza nem discrimina os homossexuais. Pelo contrário, ama, acolhe, está disposta a compreender suas lutas e oferecer ajuda, ajuda esta pautada no Evangelho que para nós é Caminho, Verdade e Vida...
8|
Palavra do Fundador - Ir. Alexandre Mazzali -
O
O CARISMA DE SÃO BERNARDO
silêncio é perfeitamente interpretado por Deus, sendo um dos meios dos quais Ele mais se usa para relacionar-se com as suas criaturas e revelar-lhes maravilhas que apenas podem ser entendidas na sacralidade e tranquilidade próprias da quietude. Foi exatamente buscando de maneira profunda a união com Deus através do silêncio, do trabalho e ao mesmo tempo de uma intensa pregação, que surgiu um grande Doutor da Igreja, São Bernardo de Claraval. Homem silencioso, do trabalho e da Palavra. Aos 21 anos dirigiu- se para um mosteiro quase desconhecido, fundado não havia muito tempo pelo santo abade Roberto de Molesmes e situado num bosque não distante do castelo de sua família, local conhecido como Vale de Cister. Entretanto, não partiu só para aquele austero claustro, onde nascia,
em meio a dificuldades sem fim, uma nova ordem religiosa: com inspirada eloquência, arrastou consigo seu tio materno, quatro irmãos e mais trinta cavaleiros companheiros seus. O último irmão de Bernardo, por ser ainda muito novo, escutou as seguintes palavras: “Fica com Deus. Nós partimos para o mosteiro e te deixamos todos os nossos haveres”. Desolado, o menino respondeu: “Vós conquistais o Céu e me deixais a terra? Má partilha esta!”. E poucos dias depois, bateu àquelas benditas portas que já tinham acolhido seus cinco irmãos mais velhos… Por ordem de seu superior, partiu ele, acompanhado de doze companheiros, a fundar uma nova abadia. Tinha apenas 25 anos. O local escolhido foi um isolado e sombrio vale, temido por causa dos ladrões que ali se refugiavam. Mas em pouco tempo a floresta cedeu lugar aos campos cultivados, os muros começa-
Imagem: Francisco Ribalta, Crucified Christ Embracing St. Benard,Spanish, 1625-1627
|9
ram a elevar-se, e a luz divina refletida por São Bernardo dissipou as obscuridades do lugar, que passou a chamarse Clara Vallis (Claraval). Por muitas vezes em vão procurava Bernardo a solidão e o silêncio de seu amado vale. Contra sua vontade, tornou-se o conselheiro de Papas, bispos e monarcas, o diretor espiritual da Europa medieval. Dizia ele: “É o silêncio guardião da religião, nele está nosso vigor”. Não havia pregador mais ardente nem personagem com maior prestígio do que ele. A pregação de São Bernardo era confirmada por estupendos milagres. Com sua bênção expulsava os demônios dos possessos, restituía a vista aos cegos, fazia andar os paralíticos, dava voz aos mudos e fazia ouvir
os surdos. Godofredo, monge de Claraval, companheiro e secretário de Bernardo, afirma que em uma aldeia da cidade de Constância, em um só dia, pela imposição das mãos, ele deu a vista a onze cegos, movimento aos paralíticos, e fez andar dezoito coxos. E na cidade de Colônia, em três dias, curou doze coxos, dois inválidos, três mudos e dez surdos. Enfim, muitíssimo mais poder-se-ia dizer deste Santo excepcional. Estando para morrer, seus filhos espirituais clamavam aos Céus para segurá-lo na Terra. Ele lamentou-se docemente: “Por que desejais reter aqui um homem tão miserável? Usai de misericórdia para comigo, eu vos peço, e deixai-me ir para Deus”. O que ocorreu no dia 20 de agosto de 1153...
10| Aconteceu...
26 ABR
Consagração Irmão Jeferson
A noite do dia 26 de Abril foi muito especial para toda a Dominus Salus, pois nosso irmão, Jeferson Nunes Quirino, ofertou sua vida à Igreja professando os votos de Pobreza, Castidade e Obediência...
Revista Dominus Salus|11 |11
23 MAI
Entronização do SS. Sacramento
Mais um passo importante foi dado na construção da casa feminina: a inauguração da capela! Recebemos a visita de nosso pastor, Dom Vicente Costa, que em cerimônia solene entronizou o Santissimo Sacramento.
Fotos: Marketing Dominus Salus
12| Aconteceu... 24 à 26 MAI
Retiro de Silêncio e Cura Interior
O mês de Maio foi marcado por mais uma edição do Retiro de Silêncio e Cura Interior, que neste ano abordou o tema: “Buscar-me em Deus, buscá -lo em mim”. Provamos com certeza que muitas pessoas saíram encontradas...!
Fotos: Marketing Dominus Salus
Revista Dominus Salus |13
20 JUN
Vigila de Corpus Christi
Enfrentando o frio da madrugada e abrindo mão do conforto da cama, um sem número de pessoas estiveram presentes na Vigília de Corpus Christi e noite a dentro, expressaram a Jesus seu amor. Encerrando a vigília, contamos com a presença do Pe. Benedito A. de Assis, OMV que presidiu a Santa Missa.
Fotos: Marketing Dominus Salus
14| Edições Professio Fidei
PRODUTOS PARA FORMAR E EVANGELIZAR! CURA ENTRE GERAÇÕES: REZANDO PELA ÁRVORE GENEALÓGICA (3ª Edição)
(9 dias de oração pela árvore genealógica) Ir. Alexandre Mazzali
R$ 10,00 LIVRO HALLOWEEN: A FESTA ACABOU Ir. Alexandre Mazzali
(Uma explicação sobre a incompatibilidade do Halloween com a Fé Cristã)
R$ 21,90
Revista Dominus Salus|15 |15
LANÇAMENTO EM BREVE! CURA ENTRE GERAÇÕES
Entre a responsabilidade pessoal e as consequências do pecado Ir. Alexandre Mazzali e Angélica A. Moreira
A Cura Entre Gerações é um assunto bastante controverso no meio católico, levantando muitas dúvidas e, não poucas vezes, causando confusões. Com o desejo de dar maior clareza acerca da eficácia da Cura Entre Gerações (entre a responsabilidade pessoal e as consequências do pecado), os autores trazem um reflexão teológica e psicológica sobre o assunto à partir das experiências vividas e estudos realizados, fundamentados na Doutrina da Igreja.
16| Matéria: Igreja
A
Porque a Igreja crê na santidade? Por: Ir. Gabriel Cavaletto
o olharmos para a imagem de algum santo da Igreja, nos admiramos ao recordar sua vida, seus milagres e experiências que ele ou ela tiveram de Deus. Como pode um homem estar em dois lugares ao mesmo tempo como acontecia com São Pio de Pietrelcina? Ou Santa Teresa D’Ávila, que ao comungar entrava em êxtase e o seu corpo levitava? Tudo o que os santos viveram é muito grandioso e não tardamos em recomendar-lhes nossos pedidos. A intercessão dos santos é uma parcela muito importante da nossa fé mas que, se não tivermos um profundo desejo de imitar-lhes a vida, nossa devoção não passará de um ato superficial e infecundo. Diante de tantos desafios, podemos perguntar a nós mesmos: “É realmente possível ser santo?” A Igreja Católica acredita na santidade porque professa a Fé no Verbo que se fez carne no ventre de Maria e com isso, realizou um casamento entre Deus e a humanidade. Desde o momento da
Encarnação do Verbo, o ser humano pode alcançar a Deus porque foi alcançado por Ele; é possível entrar em comunhão com Deus porque “Ele assumiu em tudo a condição humana, exceto o pecado” (cf. Hb 4,15) para nos elevar a uma tão alta dignidade que não podemos compreender totalmente nesta vida. Ao olharmos para o Santo dos Santos feito criança numa manjedoura ou morto na Cruz, poderemos entender o que é a santidade e nossa pergunta se transformará noutra: “Deus não é poderoso o suficiente para nos transformar em santos?” Se eu acredito realmente neste mistério, não posso limitar a ação de Deus em mim. O problema, muitas vezes, é que nós aceitamos nossa condição de pecadores e não nos esforçamos por agarrar este Verbo – mediador entre Deus e os homens – para nos tirar do pecado. Permanecemos travados em nossos erros pois afinal somos “assim mesmo”, cheios de fraquezas e más tendências. A santidade parece uma
Imagem: Divulgação
Revista Dominus Salus |17
utopia não porque Deus não quer me fazer santo, mas eu é que não dou valor à graça que Ele deseja operar em minha alma.
E não bastando o Verbo se fazer carne, Ele também se faz pão na Santíssima Eucaristia para nos santificar. Desejando permanecer conosco todos os dias, Cristo se rebaixa no vinho e no pão para se tornar alimento para nós. Quando recebemos o Corpo e o Sangue de Cristo, nos
unimos de tal forma a Deus que nos tornamos como “deuses”. A força para sermos santos brota da presença real de Jesus na Eucaristia. Diante de tamanha graça que Ele nos concedeu, não podemos duvidar do Dom de Deus em nossas vidas. Neste sentido, Thomas Merton nos esclarece: “Se somos chamados por Deus à santidade de vida, e se a santidade está para além do alcance da nossa força natural (e está, sem dúvida) segue-se, então, que o próprio Deus tem de nos dar a luz, a força e a coragem para realizarmos a obra que Ele nos exige. Ele nos dará, sem dúvida, a graça de que precisamos. Se não nos tornarmos santos, é porque não aproveitamos esse dom”.
18| 18|Sacramento da Comunhão
Santa Missa: Como comungar bem?
QUEM PODE COMUNGAR?
Para receber Cristo na Comunhão eucarística é necessário ser batizado e estar em estado de graça. Se se tem consciência de ter pecado mortalmente, quer dizer de ter ofendido a Deus em matéria grave, com plena advertência, não deve aproximar-se da Eucaristia sem pedir perdão e ter recebido previamente a absolvição no sacramento da Penitência. A Missa é o culto mais sublime que oferecemos ao Senhor. Nós não vamos à Missa somente para pedir, mas também para louvar, agradecer e adorar a Deus. A Missa não é simplesmente uma oração devocional, ou uma celebração a mais da Igreja; é o ato supremo da nossa Fé.
POR QUE É IMPORTANTE RECEBER A COMUNHÃO?
O Senhor nos convida insistentemente a recebê-lo no sacramento da Eucaristia: “Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53). Pela mesma caridade que acende em nós, a Eucaristia nos preserva dos
pecados mortais futuros. Quanto mais participarmos da vida de Cristo e quanto mais progredirmos em sua amizade, tanto mais difícil de ele separar-nos pelo pecado mortal.
COMO PREPARAR-NOS PARA RECEBER A COMUNHÃO?
“Vamos receber o Senhor. Quando na terra se recebem pessoas investidas em autoridade, preparam-se luzes, música, trajes de gala. Para hospedarmos Cristo na nossa alma, de que maneira não deveremos preparar-nos? Já nos ocorreu pensar como nos comportaríamos, se só pudéssemos comungar uma vez na vida?” São Josemaria Escrivá É necessário se aproximar do Corpo de Cristo com respeito, humildade, amor e devoção. A Igreja recomenda também uma oração preparatória que você encontra na próxima página.
AÇÃO DE GRAÇAS
A ação de graças é imprescindível necessidade, a fim de evitar que a Santa Comunhão degenere num simples hábito piedoso. É um momento de agradecer tão precioso e receber as graças atuais para crescer na vida de santidade.
Angelo Graf von Courten: Holy Communion
Revista Dominus Salus|19
ORAÇÃO DE PREPARAÇÃO
(Santo Tomás de Aquino) Deus eterno e todo-poderoso, eis que me aproximo do sacramento do vosso Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo. Impuro, venho à fonte da misericórdia; cego, à luz da eterna claridade; pobre e indigente, ao Senhor do céu e da terra. Imploro, pois, a abundância da vossa liberalidade, para que Vos digneis curar a minha fraqueza, lavar as minhas manchas, iluminar a minha cegueira, enriquecer a minha pobreza, vestir a minha nudez. Que eu receba o Pão dos Anjos, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, com o respeito e a humildade, a contrição e a devoção, a pureza e a fé, o propó-
sito e a intenção que convêm à salvação da minha alma. Dai-me que receba não só o sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor, mas também o seu efeito e a sua força. Ó Deus de mansidão, fazeime acolher com tais disposições o Corpo que o vosso Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo, recebeu da Virgem Maria, que seja incorporado ao seu Corpo Místico e contado entre os seus membros. Ó Pai cheio de amor, fazei que, recebendo agora o vosso Filho sob o véu do sacramento, possa na eternidade contemplá -lo face a face. Vós, que viveis e reinais na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém. FONTE: opusdei.org (adaptado)
20| Formação
O
Virtudes e Santidade Por: Tais Oliveira
objetivo da vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus (S. Gregório de Nissa). “A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só a praticar atos bons, mas dar o melhor de si. Com todas as suas forças sensíveis e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, persegue-o e escolhe-o na prática. A palavra ‘virtude’ também procede do latim ‘virtus’, que significa força, potência. “É IMPOSSÍVEL SE DECIDIR A VIVER AS VIRTUDES SEM MEDITAR SOBRE ELAS, SEM ORAÇÃO MENTAL SÉRIA, SEM EXAME DE CONSCIÊNCIA FREQUENTE [..]” Somente as virtudes – com a graça de Deus – tem a ‘força’, o ‘poder’, a ‘capacidade’ de ordenar e governar a nossa conduta, sem desvios nem desastres” (CIC § 1803ss.). No nosso batismo além da graça
santificante nós recebemos as virtudes infusas teologais (Fé, Esperança e Caridade) que irão nos ajudar no nosso relacionamento com Deus, na nossa busca por Deus. Existem também as virtudes humanas ou morais: prudência, justiça, temperança e fortaleza. “Acontece que as virtudes humanas não brotam como cogumelos nem surgem por geração espontânea. Temos que adquiri-las, conservá-las e cultivá-las com esforço, ter a decisão de viver, na prática, dia a dia, as virtudes. Todos precisamos dar, na vida, viradas decisivas. Por exemplo, decidirmo-nos a largar um vício; a parar de hesitar quando fica claro que devemos dizer ‘sim’ sem mais delongas a uma vocação, a uma conversão, ao casamento, a ter mais um filho, a pedir perdão. A partir de uma decisão sincera, a vida pode entrar numa nova ‘rota de virtudes’, que nos elevam muito, humana e espiritualmente. Naturalmente, a ‘conversão’ é apenas o detonador de muitos atos vir-
Imagem: Saint Francis of Assisi in Prayer, por Francisco de Zurbarán
Revista Dominus Salus|21 |21
tuosos que deveremos praticar. Isso foi o que aconteceu com Santo Agostinho quando, após anos de reflexão, oração, hesitação, medo e angústia, resolveu pôr ponto final aos desvarios, abraçar a fé católica, praticar a castidade e receber o batismo. Com a ajuda de Deus, foi o início de um dos roteiros mais maravilhosos de santidade, virtudes heroicas e sabedoria cristã da história” (A Conquista das Virtudes – Francisco Faus). É impossível se decidir a viver as virtudes sem meditar sobre elas, sem oração mental séria, sem exame de consciência frequente, sem pedir
os dons do Espírito Santo para crescer na vida virtuosa, sem adoração e comunhão frequentes. Peçamos a Deus essa resolução firme, que tantas vezes nos falta... Peçamos-lhe um “querer que queira”. Contando com a intercessão e o estímulo dos santos, que trilharam este caminho antes de nós, nos decidamos verdadeiramente por esta vida pautada pela vivência das virtudes, e assim, sejamos felizes e façamos felizes os outros também. “Não recebestes um Espírito de covardia, mas um Espírito de coragem” (Rm 8, 15-17).
Formação sobre
Vida Espiritual com Profº Joel Gracioso
Data 04 de agosto (das 9h às 17h)
Inscrição R$ 60,00
(alimentação inclusa)
Local Dominus Salus
Descrição Este encontro será um aprofundamento sobre as 3 etapas da Vida Espiritual (purgativa, iluminativa e unitiva) e os 3 primeiros graus da Vida de Oração (oração vocal, oração meditativa e oração afetiva) Comunidade Dominus Salus | (11) 4582-4553 | www.dominussalus.com.br “Nas suas chagas encontra-se cura para nós” Is 53, 5