Revista LiV - nº 70

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ano 17 | número 70

janeiro | 2022

www.revistaliv.com.br

R$ 15

Igor Rickli

Meu próximo destino é a Amazônia As cores e obras de Emmanuel Nassar Antuérpia: uma joia de metrópole A arte da fotógrafa Walda Marques


VIVA O SEU PONTO ALTO. VIVA O SEU TORRE FERRARA.


S O F I S T I C A D O • I M P O N E N T E • E X C L U S I V O • M O D E R N O •


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VENDAS: (91) 98460 .7385 Artes meramente ilustrativas que poderão ser alteradas sem prévio aviso, conforme exigências legais e de aprovação. Os materiais e os acabamentos integrantes estarão devidamente descritos nos documentos de formalização de compra e venda das unidades. Plantas e perspectivas ilustrativas com sugestões de decoração. Medidas internas de face a face das paredes. Os móveis, assim como alguns materiais de acabamento representados nas plantas, não fazem parte do contrato. Imagem meramente ilustrativa. Memorial de incorporação registrado no Cartório de imóveis 1º oficio – Comarca Belém – R.1/73.998




editorial | LiV • 70 A edição 70 da LiV marca a mudança do projeto da Revista com o objetivo de se conectar aos novos tempos. Além da já consolidada presença impressa, a LiV será hospedada em um Portal, o novo veículo de mídia da Leal Moreira. Para acompanhar essa mudança, fomos até a casa do ator Igor Rickli no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro, para uma entrevista e sessão de fotos exclusivas. O bate-papo com a repórter Vanessa Libório rendeu belas imagens e uma conversa superfranca sobre educação e racismo. Visitamos a casa e o estúdio de Emmanuel Nassar, que vive um novo momento. Após a perda parcial da visão, o artista encontra-se na fase mais produtiva da carreira. André Moreira Diretor Editorial

Também fomos conhecer a atual formação musical da Amazônia Jazz Band e as novas vozes do canto lírico no Pará.

Convidamos as arquitetas Natália Jacob, Milena Farag e Renata Macário para mostrar projetos, ideias e sugestões de compras que são verdadeiros objetos de desejo. Como pet friendly que somos, conhecemos a fisioterapia veterinária que alivia e traz excelentes benefícios para a saúde do seu animal de estimação. “Surfamos” na onda do momento, o Beach Tennis. E listamos dicas imperdíveis. Cafés, restaurantes e lojas incríveis para você conferir. Não fique de fora. Leia, curta e compartilhe. A LiV chegou, impressa e digital.

expediente | LiV • 70 FUNDADOR

Carlos Moreira (1937-2018) DIRETOR EXECUTIVO

Igor Moreira DIRETOR EMPRESARIAL

Maurício Moreira FOTOGRAFIA

Dudu Maroja ILUSTRAÇÃO E REVISÃO

Publicarte Editora EDIÇÃO, CRIAÇÃO E REALIZAÇÃO

Publicarte Editora

FINANCEIRO

91 . 4005_6882

DIRETOR EDITORIAL

COMERCIAL

André Leal Moreira

Layla Barbas • 91 . 98733-3354 contato@revistaliv.com.br

PROJETO GRÁFICO

Madre Comunicadores Associados DIREÇÃO DE ARTE

Neto Porpino EDITORES RESPONSÁVEIS

Marza Mendonça e Rosa Cardoso PRODUÇÃO EDITORIAL

Otávio Marcos

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FALE CONOSCO:

91 4005_6895 contato@revistaliv.com.br www.revistaliv.com.br facebook.com/revistaliv

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E MARKETING

André Moreira DIRETOR PATRIMONIAL

João Carlos Moreira ATENDIMENTO AOS CLIENTES:

Rua João Balbi, 167 • Nazaré | segunda a quinta-feira: 9h às 12h e das 14h às 18h | sexta: 9h às 12h e das 14h às 17h30

ATENDIMENTO TELEFÔNICO:

91 . 4005_6868 segunda a quinta-feira: 9h às 12h e das 14h às 18h sexta: 9h às 12h e das 14h às 17h30 ESCREVA PARA:

atendimento@lealmoreira.com.br Rua João Balbi, 167 • Nazaré • Belém/PA • Brasil CEP: 66.055-280 REDES SOCIAIS:

Curta: facebook.com/lealmoreira Veja: instagram.com/lealmoreira ON-LINE:

Conheça um pouco mais sobre a construtora acessando o site www.lealmoreira.com. br. Nele, você fica sabendo de todos os empreendimentos em andamento, novos projetos e ainda pode falar com um corretor.

IMPRESSÃO

Gráfica Aquarela

LIV é uma publicação trimestral da Publicarte Editora para a Construtora Leal Moreira. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem autorização.

auditada por:



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gente

o artista plástico Emmanuel Nassar está de volta e produzindo como nunca, apesar da perda parcial da visão.

especial celeiro de vozes

A Amazônia é o próximo destino de Igor Rickli, ator que brilhou, como Lúcifer, em seu último trabalho na TV.

corpo e mente

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capa

índice | LiV • 70

44 O curso de formação em ópera descobre novos talentos do canto lírico

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O Beach Tennis lota arenas, conquista muito mais praticantes e vira um estilo de vida.

dicas ����������������������������������������������� pág • 14 especial Leal Moreira ���� pág • 32 pet ���������������������������������������������������� pág • 48

Antuérpia, cosmopolita e famosa pelos diamantes, essa joia de metrópole vale a visita.

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enquanto isso

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vitrine

projeto ������������������������������������������ pág • 56 Walda Marques. O olhar feminino sobre os retratos marca a trajetória de um dos principais nomes da fotografia paraense.

ideias e negócios �������������� pág • 60 vida gourmet ������������������������� pág • 64 #partiuviajar ���������������������������� pág • 68 tim tim ������������������������������������������ pág • 80 Angela Sicilia ������������������������� pág • 81 tendências ������������������������������� pág • 82 Celso Eluan ����������������������������� pág • 84 guia de compras ��������������� pág • 86 arte e cultura ������������������������� pág • 88 Leila Loureiro ������������������������� pág • 90 receita doce ��������������������������� pág • 92 horas vagas ����������������������������� pág • 94

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institucional ����������������������������� pág • 96

ESCREVERAM NESTA EDIÇÃO: Elck Oliveira • Simone Romero Vanessa Libório • Marza Mendonça Rosa Cardoso • Yan Caldeira


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Chocolate de Gramado em Belém Foto: Romário Freitas

dicas Belém | LiV • 70

Belém ganhou uma loja da Lugano, a famosa fábrica de chocolate fundada em 1976 em Gramado, no Rio Grande do Sul. Localizada na esquina da Travessa Almirante Wandenkolk com a Antonio Barreto, no Umarizal, a loja conceito da marca funciona no térreo do prédio da XP Investimentos e apresenta um cardápio supervariado de produtos. São pelo menos 500 itens em exposição para venda. Com 40 anos de história e uma linha de 300 produtos, a Lugano inovou com o conceito de loja e foi uma das primeiras a incorporar a prática de self-service. Todas as delícias da fábrica, que produz 35 toneladas de chocolate por mês, já estão disponíveis para quem mora em Belém, resultado da expansão da marca, iniciada em 2013 e hoje presente em seis estados brasileiros por meio de 33 lojas. Aproveite o tempo de chuva que vai começar e prove um chocolate quente. Difícil vai ser resistir ao self-service e sair da loja sem os melhores chocolates do Brasil. Tv. Alm. Wandenkolk c/Antonio Barreto, 593 - Umarizal Todos os dias: 7h às 21h • (91) 3355-5085 • (91) 98561-2324 contato@chocolatelugano.com.br @chocolatelugano

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dicas Belém | LiV • 70

Casa Igá A Casa Igá fica no coração da Campina, um bairro encravado no movimentado comércio de rua de Belém. A mistura de restaurante com estúdio de design funciona num casarão que em 2022 completará 122 anos e serve uma comidinha carregada de muito afeto. A comida de vó, como chamam as proprietárias, é o charme do local. Oriana Bitar e Patrícia Gondim empregaram aqui o conhecimento que trouxeram do teatro, do curso de gastronomia e o que aprenderam com as cozinheiras da família. Os ingredientes são todos fresquinhos, comprados no Ver-o-Peso ou adquiridos de pequenos produtores adeptos da agricultura familiar orgânica, o que garante mais sabor a tudo que é servido na mesa dos clientes.

Das entradinhas aos pratos principais, tudo aqui é feito com muito carinho. A chef Oriana Bitar comanda a cozinha e prepara as delícias do cardápio. A designer Patrícia Gondim assina a decoração do ambiente e faz os saborosos brigadeiros, uma receita de família que agora usa um ingrediente local: o chocolate do Combu.

Tv. Frei Gil de Vila Nova, 215 - Campina - Belém Qui e Sex, 11h30 às 15h | Sáb e Dom, 11h30 às 16h Aceita reservas para o jantar (91) 98417-4209

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dicas Belém | LiV • 70

Café da Paz O Theatro da Paz agora também é uma ótima opção para um café da manhã ou da tarde. Em novembro de 2021, o Café da Paz abriu as portas para o público. O lugar foi inspirado no famoso café Majestic e na confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro. Com mesinhas na calçada da rua da Paz, o ambiente é uma extensão do nosso teatro monumento e tem delícias assinadas pela chef e cake designer Bruna Azevedo, que começou a empreender muito cedo e hoje é dona de três negócios do segmento em Belém.

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Funciona junto com o Theatro da Paz Terça a sábado - 9h30 às 19h Domingo - 9h às 12h Rua da Paz, S/N - Campina - Belém

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dicas Brasil | LiV • 70

Prima Osteria e Bruscheteria Surgido no Leblon, um dos bairros mais charmosos do Rio de Janeiro, há mais de dez anos, o Prima Osteria e Bruscheteria lembra aqueles restaurantes italianos que a gente vê nos filmes. Fundado por chefs de cozinha que são amigos de uma vida inteira, o restaurante foi o primeiro endereço carioca a se especializar nas bruschetas, oferecendo no cardápio mais de 20 sabores do antepasto italiano. Além das bruschetas, o lugar é Ideal para saborear massas, risotos e vinhos. A casa é do jeito que o carioca gosta, com mesas na calçada, onde é possível sentir a brisa do mar. Então, se estiver no Rio não deixe de marcar presença no Prima para petiscar e provar as massas. Os pratos têm um toque especial e o cardápio contempla criações assinadas pelos chefs e molhos clássicos da cozinha italiana como carbonara e bolonhesa, além de apetitosos risotos. O lugar tem aquele apelo que fisga qualquer cliente. Boa comida, bom papo e excelente atendimento.

Rua Rainha Guilhermina 95 Leblon, Rio de Janeiro/RJ Segunda-feira: 12h-22h ter-dom: 12h-23h | (21) 3592-0881

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Posì Mozza & Mare em Ipanema Perto de famosos pontos turísticos do Rio de Janeiro e de conhecidas lojas de marcas de luxo como HStern e Louis Vuitton, o Restaurante Posì Mozza & Mare é um desses locais que vale a visita. Fica em Ipanema, na zona sul, considerado um dos mais charmosos endereços cariocas. O foco do restaurante é a culinária italiana com pratos que exploram os frutos do mar. Além da tradicional cozinha italiana, serve deliciosas entradinhas, sobremesas e drinks que são um convite ao happy hour. Com espaço aconchegante, o Posì Mozza & Mare tem terraço arborizado com charmosas mesas externas. De segunda a sexta, serve um elaborado menu executivo assinado por chefs de cozinha. Oferece ainda serviço de entrega, além de acessibilidade para os visitantes.

Rua Aníbal de Mendonça, 158 - Ipanema, Rio de Janeiro / RJ Seg-Qui: 12h à 0h | Sex e Sáb: 12 à 01h | Dom - 12h às 23h (21) 3215-8668

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dicas mundo | LiV • 70

The Mall at Millenia The Mall at Millenia é um complexo luxuoso de lojas e restaurantes em Orlando, na Flórida. São mais de 150 destinos de compras em um só lugar. As comodidades são muitas para os visitantes do mundo inteiro que todos os anos visitam a Disney. O Mall em Millenia está localizado a 10 minutos do Universal Orlando Resort, a 15 minutos do SeaWorld, Downtown Orlando, International Drive e Orange County Convention Center, a 20 minutos do Aeroporto Internacional de Orlando e a 30 minutos do Walt Disney World Resort em Kissimmee. O local oferece serviço de compras pessoais e consultas personalizadas de estilistas sem cobrar nada por isso, além de entrega gratuita de marcas famosas na residência ou hotel. Também tem serviços de câmbio, transporte e alfaiataria.

4200 Conroy Road - Orlando Flórida | EUA • 407.363.3555 Seg - Qui: 11h - 21h | Sex e Sáb: 10h - 21h Dom: 11h - 20h

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gente | LiV • 70

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Arte da

Gambiarra Entre tintas e pincéis, um ambiente criativo e muitas obras nas paredes, Emmanuel Nassar está de volta, diferente, porém igual. Os novos ventos que sopram do rio Guamá e entram pelo seu apartamento/estúdio, no bairro do Marco, em Belém, mostram que a criatividade do artista encontrou pouso certo para vivenciar uma fase de muita produção.

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esses últimos 3 anos, o artista plástico Emmanuel Nassar tem vivido uma intensa experiência, que o levou a ver o mundo com “outros olhos”. É que no final de 2018, em uma de suas vindas a Belém, o artista descobriu uma perda degenerativa acentuada na retina nos dois olhos. O que ele não imaginava é que esta perda de visão seria irreversível. “Fiquei desesperado”. relata o artista. O início do tratamento teve ainda novas surpresas. Na segunda aplicação das injeções intraoculares, ele teve uma inflamação muito grande que o deixou sem enxergar durante 4 dias. “Naquele momento eu entrei em desespero porque achei que ficaria cego, rapidamente. Entrei em depressão e cheguei a perder 10 kg” em 2019, revela Emmanuel Nassar que permaneceu nesse ano em São Paulo. “A pandemia me salvou” Emmanuel Nassar fala do segundo semestre de 2020, como um renascimento em todos os sentidos, “Estava parado em São Paulo, sem energia criativa, estagnado, não conseguia produzir e hoje tenho certeza que tomei a decisão certa ao voltar a Belém”, conclui Nassar. “Nada mudou na minha forma de trabalhar, ao contrário, eu estou produzindo muito. Parece que as pessoas, durante a pandemia, consumiram mais arte.” surpreende o artista. Em 2021 ele completou 1 ano morando aqui em Belém. “Estou feliz e mais próximo do meu público. Transformei minha sala em espaço para troca de ideias e também tenho feito lives do meu processo criativo”.

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Degeneração macular ou degeneração da retina é uma doença que surge com a idade avançada. Causa a redução da capacidade da visão central, com escurecimento e perda da nitidez, mas que preserva a visão periférica.


Marza Mendonça

Um “case” de sucesso Primeiro nasceu o engenheiro, depois o arquiteto e finalmente o redator publicitário que criou o artista Emmanuel Nassar, hoje também referenciado como um “autêntico artista brasileiro” ou também, como o “Mestre da Gambiarra’’. Foi o jovem publicitário aos 19 anos que criou o conceito do artista e suas famosas iniciais E e N que assinam suas obras desde 1985. Da primeira exposição coletiva na Galeria Angelus do Theatro da Paz, a contemporaneidade das obras de Emmanuel Nassar encontrou público, voz e representatividade. Atualmente, a sua grife se tornou tão desejada que alcançou as paredes dos mais importantes museus brasileiros e das residências de vários colecionadores. “Eu tenho consciência de que o meu conceito é altamente desejável em um determinado mercado de arte no Brasil. Eu tenho consciência de que me tornei uma marca”, pontua Nassar.

A arte é uma loteria. Tem gente para todos os tipos de gostos. E quem vende, não quer saber se é bom ou ruim. Quer vender.

Dudu Maroja/Divulgação

PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES:

• 1989 - XX Bienal de São Paulo • 1993 - Fez parte, juntamente com outros brasileiros, da Bienal de Veneza • 1998- XXIV - Bienal de São Paulo • 1998 - Coletiva UAB-C Stedelijk em Amsterdã na Holanda • 2011 - Participou da 8ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre • 2018 - Exposição Retrospectiva Emmanuel Nassar: 81-18 na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

No dia 24 de novembro de 2021 o Museu de Arte Murilo Mendes em Juiz de Fora abriu com uma peça do artista em seu acervo: 1990 África (acrílica sobre tela/150x150cm) no acervo do @mamm.ufjf

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CHURRASQUEIRA / FORNO DE PIZZA GUARDA-ENTREGAS

STUDIO PET


especial | LiV • 70

Leal Moreira: uma marca de peso no mercado da construção

civil paraense

Há mais de 35 anos, a marca conecta a empresa aos clientes, apostando sempre na mistura da solidez com a capacidade de inovar

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urgida em meados dos anos 80, a partir da iniciativa do empresário Carlos Moreira, a Leal Moreira construiu, ao longo dos últimos 35 anos, uma relação de proximidade e confiança com o seu público-alvo. Uma grande parte dessa conexão se deve, sem dúvida, à marca da empresa, que alcançou um nível de reconhecimento impressionante, ao ponto de apenas o ícone – O LM estilizado – ser o suficiente para as pessoas saberem que se trata de um produto Leal Moreira, hoje sinônimo de qualidade no mercado da construção civil paraense. O sócio-diretor de Planejamento e Marketing da Construtora, André Moreira, conta que, no início, ainda no final dos anos 80, a marca buscava fazer um link muito forte com o negócio da construção civil, por isso, foi constituída a partir do desenho de “quatro tijolinhos” que formavam o LM, de Leal Moreira. Pouco tempo depois, o desenho ganhou um triângulo cinza por trás, o que deu um pouco mais de peso à marca.

Futebol, paixão e arte. Viva o talento brasileiro.

Leal Moreira e você torcendo com o Brasil.

Versatilidade da marca Leal Moreira.

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Elck Oliveira

Dudu Maroja

Neto Porpino e André Moreira: parceria de sucesso.

Embora a marca da Leal Moreira seja sólida e de formas retas, estivemos sempre em busca de deixá-la envolta a esse meio da arte, da inovação, da modernidade Neto Porpino - diretor de arte

Foi somente em 1993 que a marca da Leal Moreira começou a ganhar ares de modernidade, não por coincidência, justamente no período em que André criou e passou a gerenciar o Departamento de Marketing da construtora. “Eu sou engenheiro civil de formação e nessa época estava fazendo uma pós-graduação em Propaganda e Marketing. Então, quando criamos o Departamento de Marketing, automaticamente mudamos a marca, o que foi um grande desafio, pois se tratava de uma marca muito sólida. Criamos uma marca mais moderna, com pinceladas mais artísticas, e fomos fazer

campanha na televisão, uma mídia que até então nenhuma empresa local utilizava. Um ano depois, em 1994, a Ademi-PA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Pará) nos elegeu como construtora e incorporadora do ano, o que foi um reconhecimento muito grande e mostrou que estávamos no caminho certo”, lembra. Não foi apenas a marca da Leal Moreira que mudou nessa época. A construtora foi a primeira no Estado a adotar piso cerâmico nos seus empreendimentos; também foi a primeira a tornar padrão as esquadrias anodizadas pretas em vez de cinzas, como era comum; foi a primeira a entregar prédios com geradores elétricos próprios, antes mesmo de isso virar uma exigência legal e a implantar revestimento externo cerâmico. “Na verdade, nós elevamos muito a qualidade do nosso produto”, ressalta André. Daí em diante, a Leal Moreira experimentou anos de crescimento intenso. Com a chegada dos anos 2000, viu-se a necessidade de re-

novar a marca novamente, e ela se tornou um pouco mais quadrada, na busca de se criar uma conexão entre solidez e arte. “Voltamos para a solidez do tijolo, só que de forma mais artística e, mais uma vez, a partir dali, criamos uma série de diferenciais, que nos fizeram permanecer na liderança do segmento por vários anos seguidos”, detalha. Foi aí que a Leal Moreira começou, por exemplo, a investir em eventos próprios da marca, como o Saverne Avant Première, o qual, posteriormente, se transformou no Living Leal Moreira. O próprio lançamento da Revista da Leal Moreira também foi uma iniciativa que visava essa proximidade maior com os clientes da construtora. Depois de uma parceria com a Incorporadora PDG, a Leal Moreira compreendeu que era preciso, mais uma vez, transformar a marca, trazendo novamente traços de solidez, forma com a qual ela se »»»

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Há 35anos construindo com você a sua história MARCA INICAL

Aplicação da marca Leal Moreira em comemoração aos 35 anos da empresa.

MARCA ATUAL

encontra até agora. “Embora a marca da Leal Moreira seja sólida e de formas retas, estivemos sempre em busca de deixá-la envolta a esse meio da arte, da inovação, da modernidade”, explica o designer Neto Porpino, criativo da empresa há mais de 15 anos. “Estamos falando de uma marca enxuta, sólida, de linhas retas, que está intimamente ligada a outros setores da sociedade que a empresa considera importantes, como a arte, a música, o design, a gastronomia, o esporte”, completa Neto. Para André Leal Moreira, é extremamente gratificante ver que mesmo após 35 anos de fundada, a Leal Moreira é uma empresa que continua a ser lembrada, querida, procurada e alvo da confiança dos seus clientes. “Em ne-

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nhum momento dessa história, mesmo nas fases difíceis que o País atravessou, perdemos o valor da marca, muito pelo contrário, agregamos valor e novos conceitos à marca. O mercado está aberto para abraçar a nossa marca, as pessoas se identificam e gostam dela”, avalia. Segundo o sócio-diretor, a inovação é um dos pilares desse relacionamento de sucesso entre a marca da Leal Moreira e o público, por isso, em 2022, a empresa vai lançar um portal, que deverá abranger notícias sobre cultura, gastronomia, arte, design, modernidade e outros conceitos que também ajudaram a tornar a marca Leal Moreira uma referência no segmento. “Vamos continuar mandando a revista impressa

para a casa das pessoas, mas vamos trabalhar a nossa conexão com elas por meio de um portal que vai reunir tudo aquilo que, teoricamente, dá prazer: viagens, arte, música e gastronomia. Para isso, produziremos conteúdos novos todos os dias. Assim, imaginamos que estaremos ainda mais perto das pessoas”, anuncia.

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sulista

capa | LiV • 70

O que quer

desbravar o Norte A arte proporcionou ao ator a experiência de antagonizar o próprio nome. De “portador de Cristo” a Lúcifer, o sulista conquistou o país, e revela toda sua paixão pela arte, família e natureza.

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ontrariar a personalidade, a cor do cabelo, ou ainda falas que não fazem parte do vocabulário cotidiano, os atores já estão acostumados. Eles são mestres em se virar do avesso para dar vida a vozes que nem eles imaginavam. Mas experimentar uma vivência contra o próprio nome, foi a primeira vez, para o ator Igor Rickli. Rickli, de origem suíça, e Cristófolo, de raiz grego-italiana, que significa “o portador de Cristo”, Igor Rickli Cristófolo acaba de dar vida a Lúcifer, na novela Gênesis. Durante dez meses, o ator conta que experimentou mergulhar nas próprias sombras para construir o personagem – o Anjo do mal que desafiou Deus. “Eu pensei: o que eu vou achar das minhas sombras para oferecer pra esse cara, pra essa entidade? E aí eu falei, não tem como fugir, tem que olhar para elas e honestamente... não é agradável a gente vibrar nesse lugar.” Conta o ator. Nascido em Ponta Grossa, no Paraná, o menino sonhador deixou o sul do país para realizar o desejo de trabalhar na televisão. Caçula de uma família de quatro filhos, Igor é filho de professores, a mãe do ensino primário e o pai de história e geografia (hoje os dois estão aposentados) e conta que ouviu muitas risadas quando dizia que queria ser ator. “Era uma loucura uma criança no interior do Paraná, numa cidade micro falar eu vou trabalhar ali (se refere à televisão). De onde vem essa ambição?” Lembra.

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Fernanda Araújo

Fotos: Reprodução / Instagram

Vanessa Libório

Na pele dos personagens Alberto Albuquerque, em Flor do Caribe (Globo) e Lúcifer, na novela Gênesis (Record).

Ivana, a irmã mais velha, foi a sua maior incentivadora. “Querer é poder”, a frase frequentemente dita por ela é a que mais ecoa na mente do paranaense. “Foi ela quem me colocou no avião pra ir pra São Paulo, ela falou ou você tenta agora ou você vai ficar frustrado pra sempre, então vamos tentar!” Relembra Igor, como se fosse hoje. Na época, ele tinha 17 anos e era a primeira vez que o menino acostumado a tirar leite de vaca, na chácara onde morava com a família, conhecia a cidade grande. Igor chegou a São Paulo e entrou para uma agência de modelos. Fez alguns trabalhos, mas nenhum como ator. As dificuldades apareceram, o dinheiro acabou e um ano e meio depois ele decidiu voltar para o Paraná. “Eu cheguei a pedir dois reais para uma pessoa na Avenida Paulista para pe-

gar um ônibus. São Paulo estava me massacrando, eu senti uma pontada de uma depressão lá. Eu não sabia na época, mas eu lembro de ver aquele caos, aquele calor, aqueles prédios, aquele asfalto quente e falei: não é pra mim isso daqui, não é o meu lugar”, diz Igor. Mas o que parecia ser o fim, na verdade era o início. Com o retorno para Ponta Grossa, Igor participou de uma peça de teatro na cidade e conheceu atores que moravam no Rio de Janeiro. Fez contatos e dois anos depois se mudou para o Rio, de onde nunca mais saiu. Conseguiu o primeiro papel aos 27 anos, no musical Hair, uma releitura da Broadway, como protagonista. Mas antes disso, trabalhou como garçom, em um restaurante na Gávea, na zona sul carioca. “Pagava meus cursos de teatro com esse dinheiro. Aprendi mui-

to”. Conta o artista orgulhoso. Hoje, aos 38, ele relembra uma década de carreira, fala de educação, racismo, da família e de projetos que incluem a gravação de um programa na Amazônia.

O Norte é vida pura bruta brasileira! Acho que o Sul ainda tá preso há um passado, agora quero explorar o Norte que é um diamante bruto, um outro Brasil. 37


Foi na casa onde mora com a mulher, a também atriz e cantora Aline Wirley e o filho Antônio, de 7 anos, que Igor Rickli recebeu a Revista LIV. “Pra mim, a natureza é divina, é o meu sagrado, onde eu procuro sempre estar em contato, escolhi morar no meio do mato, porque é uma coisa que eu me conecto demais.” Diz Igor se referindo ao casarão antigo no Alto da Boavista, onde vive. Um lugar rodeado de verde e um silêncio que só é interrompido pelo canto dos pássaros ou pelo som do piano que ele toca. Você consegue dizer se aprendeu alguma coisa com Lúcifer? Tomei surras! Mas ao mesmo tempo eu falei: eu não posso ter uma rusga de medo pra fazer isso, eu tenho que confiar! Eu confio na minha espiritualidade, confio que eu estou representando e vou fazer isso com a maior integridade que eu puder. Mas vibrar nesse lugar, foi bem confuso, até pra Aline foi difícil, porque eu sou desses, eu começo a viver o personagem, eu trago pra casa e é um horror, eu nem percebo, quando eu vejo, eu estou reagindo daquela forma, só que, mano, eu não sou Lúcifer, eu não posso... A Aline falava: “Ai meu Deus! Lúcifer, vai embora” (risos) Você é filho de professores. Qual a sua maior preocupação com a educação do Antônio? A minha preocupação máxima com o Antônio é que ele seja um cara íntegro e feliz. Eu quero respeitar ao máximo a essência dele. Acho que a educação vem de uma parada mais sensorial de respeito, com o coletivo, com o espaço onde a gente tá. Ser pai do Antônio me ajuda muito a tentar transformar ele na melhor versão dele. O que você espera pra ele? Acho que a gente tá reaprendendo muita coisa, talvez

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Sou desses, eu começo a viver o personagem, eu trago pra casa e é um horror, eu nem percebo, quando eu vejo, eu estou reagindo daquela forma a gente não esteja nem dando conta, a gente tá realmente num grande conflito, largar conceitos antigos e se adequar a um novo que é sobre respeito e coletividade. Até pensei numa época em colocar meu filho numa escola pública, pra que ele colocasse o pé no chão, pra que ele não crescesse nesse lugar de privilégio, entendendo que o mundo é só um grande arco-íris e que tá tudo bem. Mas ao mesmo tempo, eu e Aline pensamos, se a gente pode proporcionar um estudo de qualidade pro nosso filho que ofereça uma amplitude de aulas de treinamen-

tos, é a potencialização dele, então a gente optou por uma escola particular que é excelente, é uma escola meio construtivista. E com a decisão de mantê-lo na escola particular, o que você e Aline conversam sobre como não deixar o Antônio viver numa bolha? A gente desenvolveu um projeto de levar ele pra ver o mundo, pra que ele veja as outras realidades. Eu sinto que ele tá crescendo com muito amor, mas infelizmente, essa não é a realidade de todas as crianças. Eu não quero que ele seja um cara alienado no futuro, eu quero que ele seja um cara consciente e na medida do possível, dentro das condições dele seja um agente de transformação. Como é esse projeto? Tem o nome provisório de ‘Sementes’. Nesse novo mundo em que todo mundo é comunicador, a gente escolheu usar o nosso filho pra mostrar o olhar dele descobrindo valores pelo mundo, entrosando com outras culturas, crianças de outras esferas é o que a gente procura mostrar pra ele, que ele olhe aquilo com naturalidade e que entenda o lugar dele. Projeto Sementes: A ideia do Projeto Sementes é que Igor, Aline e Antônio visitem o Brasil de ponta a ponta, numa viagem em família, onde eles mesmos vão gravar tudo o que descobrirem nos locais usando o próprio celular, em especial as descobertas do Antônio. As gravações começaram antes da Pandemia, foram interrompidas por quase dois anos e estão sendo retomadas agora. Inicialmente eles pensam em exibir os episódios no Youtube e futuramente em um canal de TV. O primeiro destino nesse retorno foi o Jalapão, em Tocantins.


Como foi a viagem ao Jalapão, já com esse olhar para o programa? O Jalapão é um lugar fantástico! É selvagem e só é fantástico porque é selvagem, porque a hora que começar a virar comercializado, virar uma butique que é o que estão tentando fazer, vai deixar de ser. E para o Antônio como foi? As crianças hoje são reféns da tecnologia, né? De jogos, celular, desenho, informação, barulhinho, é uma coisa louca, e eu vejo meu filho muito apegado a isso e acaba sendo conveniente pra gente, porque a gente consegue respirar e fazer as nossas coisas também. Mas durante os dias no Jalapão, a gente fez um acordo de que ele não iria pegar em nada de eletrônico, ia só existir e curtir o ambiente. E ele passou a viagem toda numa boa, curtindo adoidado, nem sentiu falta, entendeu como ele ficou muito mais pra fora, observando o mundo. Gravar na Amazônia está nos planos? Claro!!! (fala empolgado) É nosso próximo destino! O Norte causa um impacto tanto em mim como na Aline de alegria. O Norte é vida pura, bruta brasileira. Acho que o Sul ainda tá preso a um passado, agora quero explorar o Norte que é um diamante bruto, um outro Brasil. Já fez um roteiro do que quer conhecer no Norte? Ainda não. Mas estamos superempolgados e aceito sugestões.


Fotos: Reprodução / Instagram

No ano passado você contou que foi vítima de um episódio de racismo com o seu filho em um restaurante no Rio. Como vocês lidam com essa questão? (Durante um almoço, Antônio caminhou em direção a um cachorrinho para fazer um carinho e a dona levantou-se, pegou a bolsa e o cachorro sem permitir a aproximação e saiu andando). A gente tá descobrindo tudo, todo mundo junto, eu sinto que é um momento em que tá todo mundo descobrindo as suas sombras, seus medos e as inseguranças. A gente olha pra isso hoje aqui em casa com muita seriedade pra que a gente não se torne julgador, que é muito feio isso. Qual foi o seu sentimento nesse episódio como pai e homem branco? Eu entendi que aquela foi a engrenagem até aqui e que não precisa mais ser. Eu vi uma mulher rica com medo, e o que que eu vou falar pra ela? Se ela tem os traumas dela. Eu só vi ela pegando a bolsa, quando viu um menino chegando rápido na mesa, um menino de cabelo afro! Ela fez uma leitura rápida, dinâmica, fez um julgamento e se protegeu. Aquilo me doeu, porque meu filho, pra mim, é a pureza no mundo e ver naquele lugar alguém se defendendo dele, e ele só no ímpeto de pegar o cachorrinho, me doeu. Como você conheceu a Aline? No musical Hair. Ela também estava no elenco. A gente se conectou ali e nunca mais desconectou, eu entendi que era uma relação pra vida inteira, independente de como ia ser. Senti que precisávamos estar juntos, eu não quero não estar junto, uma certeza muito grande. Ela é minha metade, minha alma gêmea, nem gêmea, complementar, ela me complementa muito e eu complemento ela, a gente é uma troca muito saudável. Como foi o momento do anonimato (em Ponta Grossa) para a fama como protagonista (no Rio de Janeiro)? É agressivo, é impactante, porque se fosse tudo flores, todo mundo gostando de você, mas não é, você lida com o grande público, com a crítica, com gente que quer te devorar como um pedaço de bife, você vira um pedaço de bife! Eu me abalei muito quando teve uma crítica negativa, e também fiquei muitíssimo envaidecido quando as pessoas começaram a gostar do trabalho. E isso nos faz olhar muito pra nossa vaidade, eu sou um cara muito vaidoso. Você tem essa consciência? Tenho e não nego ela. Eu falo: ‘te conheço, gatona, eu te conheço, vaidade, tô ligado que você tá aí, não tem problema, vamos trabalhar juntos porque eu não quero ser refém de você’. Hoje eu procuro não trabalhar pela minha vaidade. Eu não quero ser um viés, um modelo de futilidade, de frivolidade, de irresponsabilidade e também não quero ser exemplo de nada! Quero ser a minha melhor versão, principalmente pro meu filho, então eu procuro ao máximo levar os valores que meus pais me passaram, lá no interior do Paraná, que é sobre o pé na terra. 40 | www.revistaliv.com.br



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especial | LiV • 70

Pará, celeiro de vozes para o canto lírico Naquela noite de 7 de agosto de 1880, quando estreou a primeira temporada de ópera do Theatro da Paz, com a montagem de Ernani, de Giuseppe Verdi, a plateia presente jamais poderia imaginar que estava sendo lançada naquele momento, naquela tão jovem, porém imponente casa de espetáculo com apenas dois anos de existência, localizada no coração da Amazônia, a semente que iria frutificar em um campo fértil de registros vocais de altíssima qualidade e na formação de uma plateia permanentemente sedenta pela ópera e pelo canto lírico, capaz de passar horas na fila para conseguir um ingresso para as apresentações, um fenômeno reconhecido nacional e internacionalmente. Não existe ópera sem casa cheia em Belém. pelo governo do Estado como parte da política de resgate da tradição operística de Belém e que se reinventa e se torna melhor a cada ano. Reinvenção, aliás, é a palavra que vem caracterizando a vida no mundo nos últimos dois anos e a ópera não ficou imune a isso. Com a pandemia, o Festival de Ópera, assim como as vozes paraenses, precisaram se reinventar e o evento migrou para o formato digital, com apresentações, palestras e debates em ambiente virtual, além de dar um enfoque maior também para a formação de quadros técnicos e fortalecimento da cadeia produtiva da ópera no Pará. E como sempre é possível encontrar beleza mesmo em tempos áridos, a quarentena massificou o uso de ferramentas tecnológicas permitindo reduzir distâncias e romper bolhas.

Foto: Salim Wariss

Encerramento do III Curso de Formação em Ópera

A origem deste tradicional interesse dos paraenses pela ópera e pelo canto lírico vem da época áurea da borracha. A riqueza gerada nesse período foi tamanha que, no seu auge, já no século XVIII, Belém se transformou em um dos principais centros financeiros do mundo. Mas mesmo antes disso os recursos da exploração já possibilitariam, por exemplo, a inauguração, em fevereiro de 1878, do Theatro da Paz. A casa de espetáculo foi projetada à semelhança do Teatro alla Scalla, de Milão, e é reconhecida pela acústica impecável. Foi um teatro construído especialmente para receber o canto lírico. Nos últimos 20 anos, tanto a formação de plateia quanto a descoberta de novas vozes para a ópera ganharam força com o Festival de Ópera do Theatro da Paz, criado

A soprano Kézia Andrade interpreta Donna Elvira na ópera Dom Giovanni, de Mozart.

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Filipe Bispo/Salim Wariss/Divulgação

Foto: Filipe Bispo

Foto: Filipe Bispo

Simone Romero

A ópera exige mais do que simplesmente técnica vocal. É preciso trabalhar outros recursos cênicos, corporais e de interpretação. Professora Jena Vieira, coordenadora do curso.

Nunca estivemos tão longe e ao mesmo tempo tão perto do mundo. Profissionais que teriam muita dificuldade para se encontrar presencialmente por conta de uma logística e agenda complicadas puderam se conectar, aprender juntos e trocar conhecimentos cara a cara, tela a tela. E essa característica do teatro-escola de ópera, ao contrário do que se poderia esperar em tempos tão difíceis, se fortaleceu com a ampliação do Curso de Formação em Ópera, que passou a ter 90 cantores e técnicos bolsistas, fortalecendo a parceria para criação do Corredor Lírico do Norte, unindo os estados do Pará e do Amazonas. Este ano, das 90 bolsas ofertadas para o III Curso de Formação em Ópera, 45 foram destinadas aos cantores líricos e 45 para técnicos que atuam na produção dos espetáculos. A formação

ocorreu ao longo de cinco meses, via plataforma digital, com 5 módulos de aulas para cada grupo. A oferta permanente de oportunidades para estudo e aperfeiçoamento do canto lírico em Belém é, na avaliação da professora Jena Vieira, diretora artística do Festival de Ópera do Theatro da Paz, um dos fatores que facilitam a garimpagem dessa riqueza vocal pouco comum em outros locais mas que parece brotar com naturalidade no Pará. Um exemplo disso é a soprano Kézia Andrade. Ao iniciar os estudos musicais, o interesse era voltado para a música popular. “Quando cheguei no Conservatório (Carlos Gomes), aos 18 anos de idade, eu me deparei com o canto lírico. Aí eu me encantei e tive a certeza de que queria seguir nessa carreira”, afirma. Agora, a expectativa é o retorno, espera-se que já em 2022, ao

festival em seu formato presencial. Essa é a expectativa, também, do cantor lírico Márcio André Carvalho. “Nosso sonho principal é voltar ao palco e ter contato com o público. Desenvolver de novo esse cenário, interpretar um personagem novamente ao vivo em um palco, será maravilhosa essa sensação”, afirma. Coordenado por Jena Vieira, o curso tem sido uma verdadeira fonte de captação de novos cantores líricos, preparando-os para o trabalho com a ópera, onde não é só a técnica vocal que conta, mas também a interpretação dos personagens e a expressão corporal. O Curso de Formação em Ópera foi criado em 2019 ofertando inicialmente 20 bolsas para cantores líricos. Já no ano passado o projeto foi ampliado para 80 alunos bolsistas, entre técnicos e cantores.

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Foto: Arquivo Pessoal Foto: Salim Wariss

Qualidade vocal dos paraenses surpreende internacionalmente Não é de hoje que o Pará desperta a atenção do Brasil e do mundo no que diz respeito à qualidade de suas vozes límpidas e agudas, no canto lírico. “Nós temos todo um histórico de grandes cantores e cantoras e agora mesmo temos paraenses entre os nomes mais importantes do cenário internacional”, destaca Jena Vieira. São estrelas como a soprano Adriane Queiroz que hoje integra o elenco de uma das mais importantes casas de ópera de Berlim, a Staatsoper. Ou o tenor Atalla Ayan que já chegou a ser comparado, pelo crítico especializado Allan Kozinn, a Plácido Domingo quando jovem. Além destas duas estrelas, há uma impressionante lista de outros nomes de destaque. Além dos que aparecem aqui nesta reportagem temos Andrey Mira, Antonio Wilson, Dhuly Contente, Elizabeth Mello, Ione Carvalho, Jéssica Wisniewski, Juliane Lins, Lanna Bastos, Luciana Tavares, Raimundo Mira, Thaina Souza, Tiago Costa… a quantidade de nomes da atualidade e do passado que se destacam dentro da tradição do canto lírico paraense seria suficiente para encher páginas. E a que se deve tanta qualidade vocal? A professora Jena Vieira ex-

Foto: Filipe Bispo

“A ópera exige mais do que simplesmente técnica vocal. É preciso trabalhar outros recursos cênicos, corporais e de interpretação”, explica a professora Jena, acrescentando que a criação do curso pela atual gestão do governo do Estado foi importante para a valorização do gênero como um todo. Um trabalho que as novas vozes do cenário lírico paraense estão ansiosas para apresentar em 2022, no próximo Festival de Ópera, que todos esperam, esteja de volta presencialmente ao palco do nosso belo Theatro.

Cantores líricos se apresentam no Recital do Curso de Formação em Ópera, coordenado por Jena Vieira

plica que existem muitas teorias sobre o porquê de o Pará ser este celeiro de vozes. E ela mesma tem uma hipótese, que seria a diversidade de raças que se mesclaram aqui durante o processo de colonização, com povos vindos de diferentes partes dos continentes Europeu e Africano, do Oriente Médio e encontrando aqui os indígenas. “A colonização promoveu a mistura de muitos po-

vos e talvez essa mistura tenha permitido que surgisse essa qualidade vocal e esses timbres”, avalia. É possível, então, que um dos grandes diferenciais do cenário lírico paraense tenha surgido a partir de uma história triste de dominação e opressão. No meio do asfalto árido e violento da colonização da Amazônia brotou uma flor. Na verdade, brotou um grande ramalhete.



pet | LiV • 70

Fisioterapia

para pets:

tratamento que pode mudar vidas

A quantidade de profissionais que aplicam a técnica na Região Norte é inversamente proporcional aos benefícios que ela pode oferecer aos animais de estimação

S

egundo a Pesquisa Radar Pet 2020, uma das mais importantes sobre o setor, realizada anualmente pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), mais da metade dos domicílios brasileiros possuem algum animal de estimação, sendo a maioria deles cães e/ou gatos. Já o levantamento Radar Pet 2021 – cujo principal objetivo foi entender os efeitos da pandemia de Covid-19 no mercado pet – mostrou que a proximidade entre tutores e animais de estimação aumentou muito no período pandêmico, o que se traduziu em uma preocupação ainda maior com a saúde dos pets. De acordo com essa pesquisa mais recente, 49% dos cerca de 100 veterinários brasileiros entrevistados para a pesquisa relataram aumento no volume de atendimentos em relação ao ano anterior. “Quem tem um bichinho de estimação sabe o amor que nós, tutores, sentimos por eles. Fazemos de tudo para que eles sejam felizes e não sintam qualquer tipo de desconforto”. O relato é da advogada Júlia Maneschy, de 24 anos, que reforça os dados apresentados pela Pesquisa Radar Pet 2021. Júlia é tutora da cadelinha Flor, uma Dachshund (popularmente conhecida como “salsicha”) que hoje está com 14 anos de idade. A jovem conta que, em julho deste ano, Flor começou a apresentar uma certa dificuldade para andar. “Ela estava arrastando uma das patinhas”, lembra.

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Equipamentos e exercícios ajudam na recuperação da cadelinha Flor


Elck Oliveira

Preocupada, Júlia e a família levaram Flor para várias consultas e exames, até receberem um diagnóstico de rompimento de ligamento cruzado, o que acarretaria em uma cirurgia. Porém, receosa de submeter a Flor a um procedimento cirúrgico arriscado, Júlia decidiu consultar vários outros veterinários e, após mais algumas baterias de exames, foi constatado que Flor não tinha rompido o ligamento, mas sim desenvolvia um problema na coluna, semelhante a uma hérnia.

Costa, especialista em reabilitação canina e felina. “Normalmente, o animal mostra logo de início que está com problemas, os quais, muitas vezes, o tutor não percebe. Na maior parte das vezes, o cão ou o gato ficam parados, tristes, sem disposição para fazer o que costumavam fazer. Nesse momento, é preciso procurar uma avaliação profis-

Quem tem um bichinho de estimação sabe o amor que nós, tutores, sentimos por eles. Fazemos de tudo para que eles sejam felizes e não sintam qualquer tipo de desconforto. “Como o raio-x não é um exame muito detalhado, ainda não é possível dizer com certeza que se trata de uma hérnia. É necessária a realização de uma ressonância, mas ainda não há um local que faça esse exame em pets aqui em Belém. Então, por enquanto, só temos certeza de que se trata de uma alteração na coluna, o que é um problema muito comum na raça da Flor”, explica. Para tratá-la, foi recomendada fisioterapia veterinária, uma área ainda dominada por poucos profissionais no Norte do País. No caso da Flor, a responsável é a médica veterinária Cleide

sional”, orienta a médica veterinária. Segundo ela, a partir do momento em que o problema é detectado, a fisioterapia pode ser um dos tratamentos indicados. “A fisioterapia em animal promove respostas muito rápidas e logo o tutor começa a ver o animal bem. Temos vários materiais que po-

Dudu Maroja

dem ajudar a melhorar a qualidade de vida do pet, como laser, magnetoterapia, ultrassom, eletroterapia, fototerapia, além de cinesioterapia e exercícios terapêuticos diversos”, detalha. No caso da Flor, embora o diagnóstico definitivo ainda não tenha sido fechado, as sessões de fisioterapia, iniciadas ainda em julho, têm apresentado resultados significativos. “Ela parou de andar e a fisioterapia ajudou muito para que ela voltasse a caminhar. Agora, infelizmente, ela está sem andar de novo, mas as sessões contribuem para que os membros não fiquem atrofiados e para que ela não sinta dores também. É um trabalho feito com muito amor, cuidado e atenção, para que ela não sinta dores ou incômodo”, relata Júlia. Para a advogada, ter um animal de estimação implica, naturalmente, em muitas responsabilidades, mas tudo vale a pena pelo amor e dedicação que os pets retribuem a quem cuida deles. “Quando eu completei dez anos de idade, meus pais me deram a Flor de presente. Eu sou filha única, então a Flor sempre foi a minha maior companhia. Nunca tive outro pet além dela. Então, estarei com a Flor em todos os momentos, sejam fáceis ou difíceis, porque ela sempre esteve com a minha família. O que pudermos fazer para garantir qualidade de vida a ela, faremos”, afirma.

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vitrine| LiV • 70

Walda

Marques ea

Paixão pela

Fotografia

Desde criança, Walda Marques é apaixonada pela fotografia. A fotógrafa conta que na infância brincava no quarto onde a irmã mais velha, a bailarina e professora universitária Mariana Kellermann, se maquiava e aos 18 anos foi ser maquiadora em salões de beleza.

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as amigas imaginárias do espelho, o salão virou um estudo de muitas personagens. “Ali, senti que a maquiagem iria abrir portas para o teatro, para a televisão e para os estúdios fotográficos, pois no futuro começo a fazer meus retratos com base nessa fonte”. No final dos anos 80, Walda ingressou na TV Cultura do Pará como maquiadora, figurinista e também compondo personagens e suas caracterizações. Nessa mesma época, descobriu o teatro e saiu dos bastidores. Atuou como atriz nos palcos e em frente às câmeras de TV. A fotografia profissional veio logo depois e uniu todo esse universo.

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Rosa Cardoso

Já focada nas mulheres, deixo nessas imagens gravadas com a luz, toda a minha teatralidade, a trajetória dos caminhos onde descobri em cada história a ludicidade, que fica presente em todos os meus trabalhos.

Walda Marques

Foi no estúdio do fotógrafo Luiz Braga, que Walda iniciou na produção de fotos. Mais tarde, na Fotoativa, do fotógrafo Miguel Chikaoka, seus olhos se abriram para esse mundo de captar a emoção pelas lentes das câmeras fotográficas. Nos anos 90, nasceu a WO fotografia, estúdio criado em parceria com o fotógrafo Octavio Cardoso. Foi nesse ano que Walda fez a primeira exposição, “Maria tira a máscara que eu quero te ver’’ (1992).

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“Já focada nas mulheres, deixo nessas imagens gravadas com a luz, toda a minha teatralidade, a trajetória dos caminhos onde descobri em cada história a ludicidade, que fica presente em todos os meus trabalhos”. O tempo passou, e até hoje a fotógrafa faz os famosos retratos, área em que se especializou, mas sem esquecer o trabalho autoral e mais artístico. Com um olhar feminino, Walda fotografa em casa, no estúdio que guarda a memória de um trabalho singular.” Faço tudo no estúdio, maquiagem, figurinos, a relação fica mais próxima, mas é fundamental e tento de todas as maneiras não me autofotografar nos retratados, procuro tirar tudo que posso para ter melhor resultado, costumo trabalhar mostrando que o corpo pode ser seguido pela emoção”.

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E S T Ú D I O D E F OTO G R A F I A | AT E L I Ê Travessa Apinagés, 437 - Belém | Pará (91) 98132-9988 | @waldamarques | @kaza.437



projeto | LiV • 70

Varanda Gourmet

Sofisticação e Inovação por Natália Jacob

O Desafio da Arquiteta Renovar a varanda gourmet que já existia, com uma proposta de um ambiente despojado, descontraído e moderno. “Nós mudamos o layout, mudamos a disposição e acrescentamos mobiliários. As inspirações do projeto vieram de materiais, como concreto, madeira, revestimentos e pedras”, revela Natália. No piso foi usado um porcelanato da Colormix, que é um piso que dá uma sensação de pedra natural. “Usamos ele no piso inteiro, nas paredes, no lavabo”, conclui a arquiteta.

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Marza Mendonça

Marcus Mendonça

As pessoas querem a integração e priorizam esse espaço, que acaba se transformando em um espaço de convivência.

Inovação Natália fala que foi a primeira vez que usou o teto vinílico ripado, que imita uma madeira natural. “Também usamos na parte do lavabo uma bancada em granito rústico, que também é uma novidade”.

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Diferenciais da Varanda Gourmet O que chama a atenção do projeto é a mistura de estilos. A bancada que foi esculpida no granito bruto. O teto vinílico, que imita uma madeira original e o piso repaginado, chama muita atenção. Tudo isso se transformou em um grande projeto. “Acho que a área gourmet é cada vez mais solicitada nos projetos. A gente vê, principalmente nos apartamentos que recebemos, as pessoas querem a integração e priorizam esse espaço, que acaba se transformando em um espaço de convivência. É uma área que a gente recebe amigos, família, visitas e acaba se tornando uma das áreas mais usadas da casa.”

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Natália Jacob “Conseguimos atender as expectativas do cliente, entregando um ambiente sofisticado, descontraído e moderno”.



ideias e negócios | LiV • 70

Cheiros

para hidratar

e perfumar a pele Após o êxito à frente de uma franquia nacional, a empresária Cecilia Rascovski explora negócio próprio na área de perfumaria.

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elém é a cidade dos cheiros e por isso chamou atenção do segmento de cosméticos e perfumaria. A maioria das marcas nacionais encontrou no mercado local clientes fiéis e um nicho importante para crescer. Esse diferencial levou a empresária Cecilia Rascovski a seguir no ramo da perfumaria, após 35 anos liderando as vendas como franqueadora nacional. Desta vez, a empresária está investindo em um negócio próprio, perfumes que levam a sua assinatura. A CR Beauty é um sonho realizado pela agora empreendedora do mercado de beleza. Há pouco mais de um ano, Cecília Rascovski trouxe para o Brasil o que existe de mais especial e exclusivo em perfumaria mundial. A marca está alicerçada em três pilares: exclusividade, qualidade e democracia. Sim, os preços garantem acesso a um produto excelente. Foi em parceria com casas de fragrância e perfumistas renomados e premiados internacionalmente que surgiu a linha CR Beauty e o grande diferencial é a utilização de matérias-primas selecionadas e o alto poder de concentração de suas essências. A empreendedora garante que além do sonho realizado, o esforço vem de um trabalho que dura décadas e teve início há 35 anos, quando os pais ganharam um bilhete premiado da loteria federal. Na época, a vida mudou e a então estudante de administração passou a trabalhar dobrado, dia e noite, e acabou se tornando uma das maiores franqueadoras do país. “Trabalhar com beleza é trabalhar com sonhos, com a autoestima e o íntimo das pessoas”, assegura.

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Rosa Cardoso

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Fragrâncias Em uma visita à loja de rua da CR Beauty no Umarizal, bairro que concentra prédios de luxo e a rica gastronomia da cidade, descobrimos fragrâncias para todas as ocasiões. A CR Beauty se intitula uma marca para todas as idades e gêneros. E é mesmo. Os perfumes são segmentados e ao experimentar a família olfativa de cada um deles é possível escolher as melhores essências. Em pouco tempo a expansão da marca já começou. Da loja de rua para o primeiro quiosque dentro do shopping foi um pulo. A marca já está num dos corredores de um dos mais concorridos centros de compras de Belém, o shopping Boulevard, e com um toque de quem é expert não deve demorar para ganhar ainda mais espaço. O desafio é se manter num mercado desigual em que duas marcas nacionais dominam 80% do mercado e os outros 20% restantes são divididos pelas demais marcas. “Começar do zero nos dias de hoje é para quem tem muita coragem. É para quem acredita no seu país e no seu estado. Fiz questão de montar essa loja em Belém e dar emprego para as pessoas que vivem aqui. Não é fácil empreender para nós que estamos no Norte”. Mas “é o que eu gosto de fazer e é um segmento que eu tenho grande know how, de fato entendo bastante dessa área”, finaliza.

Dudu Maroja

Perfumes A CR já nasceu expert quando se trata de perfumaria. Nas prateleiras, frascos chamam a atenção pela beleza mas o conteúdo nos remete às melhores experiências olfativas. São seis perfumes de diversas fragrâncias amadeiradas, aromáticas, frescas, flutais e orientais. A Nisuk que significa feito com amor e cheiro de cachorro tem um frescor de juventude e leveza. Há brumas e hidratantes veganos com fixação duradoura, fragrâncias especiais sempre com um toque sofisticado. Também há uma linha de aromatizadores e difusores de ambientes.

CR Beauty As sócias Edith Piqueira e Cecília Rascovski comandam a CR Beauty

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vida gourmet | LiV • 70

Queijo

o protagonista da tábua de frios O queijo faz parte da cultura alimentar dos brasileiros. Cada região tem seus queijos típicos. Minas e Marajó, por exemplo, são alguns de sabor marcante. Isso pra ficar só no Brasil. No Pará, um empreendedor descobriu que havia um nicho a ser explorado e decidiu tornar acessível essa experiência de descobrir novos paladares a partir da criação de tábuas de frios.

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ma história que começou em 2017, quando o advogado Paulo Henrique Bastos, mais conhecido como Marcelino Antepastos, decidiu comercializar antepastos de uma forma, vamos dizer assim, acidental. Paulo trocou o jantar tradicional em que teria que cozinhar um prato principal pela tábua de frios. Os amigos adoraram e isso rendeu outros convites e mais mesas fartas de antepastos para preparar. Viu que as pessoas estavam dispostas a pagar pelo produto e percebeu que o negócio era viável. Em 2018, uma reunião na casa de um amigo também teve a já comentada tábua de frios do Marcelino. Mas veio um desafio a superar, o transporte do produto. Pesquisa pra cá e pra lá, criou a embalagem e imprimiu o nome na gráfica. Surgiu aí a primeira caixa da empresa, uma homenagem ao avô, já falecido, que gostava de tomar cerveja e comer queijo cuia com farinha d’água. “Hoje em dia eu já respondo por Marcelino”, conta dando uma gargalhada.

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Paulo Henrique Bastos, o Marcelino Antepastos, e sua paixão por queijos


Rosa Cardoso

Dudu Maroja

A LiV foi conhecer as famosas tábuas criadas pelo “Marcelino Antepastos” e como o produto foi se aprimorando e se tornou uma opção para todas as ocasiões. O diferencial é que o antepasto “viaja” até a casa das pessoas em caixas personalizadas que levam um pouco da arte e da cultura do Pará, recentemente elas foram assinadas pelo artista plástico Marinaldo Santos. Saímos de lá com uma receita saborosa de queijos de vários tipos, geleias e torradas deliciosas para acompanhar o antepasto. Tudo feito com aquele toque de quem entende muito de queijo, o que explica bem o motivo de tanto sucesso. Um pequeno grande negócio envolvendo queijos especiais que se expandiu e vem conquistando outras capitais e pode ser encontrado em Belém, Salvador e São Paulo.

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QUEIJOS PARA

AGUÇAR O PALADAR! Prato - De textura consistente, é muito utilizado em lanches.

Muçarela - É produzido desde a Roma antiga. Muito saboroso, derrete facilmente e é muito usado em pizzas e massas.

Brie - De casca esbranquiçada, tem massa macia e quebradiça.

Parmesão - De sabor forte e acentuadamente salgado, tem casca dura e seca.

Do Reino - Tem sabor picante e textura levemente cristalizada.

Cottage - É cremoso e apresenta sabor suave. Sua massa levemente ácida e massa similar a uma coalhada, com textura macia, aparência lisa e brilhante, sendo elaborado com leite de vaca.

Provolone - É levemente defumado e pode ser degustado puro ou temperado. As receitas ficam sempre mais saborosas. Gorgonzola - É muito apreciado pelo seu sabor intenso e marcante. Tem coloração azulada por causa dos fungos na composição.

Do Marajó - Feito artesanalmente de leite de búfala, tem sabor deliciosamente suave e textura macia.

Edam (queijo holandês) De massa semicozida e prensada, é ideal para as tábuas de queijos.

De cabra - De sabor extremamente marcante, tem massa branquinha e molinha.

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Cheddar - De tom alaranjado, tem textura pastosa e leve sabor ácido.

Ricota - É proveniente de soro de queijo de sabor suave. Tem massa mole, fresca e de baixa caloria.

O Marcelino Antepastos prepara tábuas de vários tamanhos que misturam combinações de queijos e são verdadeiras experiências gastronômicas. Marcelino Antepastos Queijos especiais em caixas de frios de todos os tamanhos. Tv. Apinagés, 418 - Belém/PA (91) 98017-5442 deliverydireto.com.br @marcelinoantepastos marcelinoantepastos.com.br • Salvador - BA • São Paulo - SP • Bauru - SP



#partiuviajar | LiV • 70

Bate-Papo com João Bernardo Morgado Essa sessão estreia com uma entrevista do empresário João Bernardo Morgado – sócio da Startour Turismo, a maior empresa do segmento em toda a região Norte. No bate-papo ele falou sobre a nova realidade para quem quer viajar. E de como o pós-pandemia valorizou os serviços prestados pelas agências de turismo. O empresário disse que hoje é quase obrigatório fazer seguro de viagem. Leia e Compartilhe. Como vocês se reinventaram no pós-pandemia? Eu vejo que um dos principais fatores que fez com que a minha empresa permanecesse firme no mercado durante estes quase dois anos de pandemia e esteja conseguindo alçar novos voos foi a segurança e confiabilidade de que nossos clientes estão em primeiro lugar e que vamos honrar todos os nossos compromissos, como já fizemos com inúmeros excursionistas que estavam programados para viajar em julho de 2020 e tiveram que adiar seus planos e até mesmo o destino. Em março deste ano fui até Dubai para conferir in loco como estava a preparação do país para receber os turistas, medidas de segurança adotadas e a viabilidade de levar, de forma pioneira no Brasil, um grupo de adolescentes de 15 anos. A viagem foi um sucesso e com repercussão em nível nacional e em janeiro próximo mais jovens já se preparam para fazer o mesmo roteiro e para julho de 2022 retornaremos com força total às nossas tradicionais excursões aos Estados Unidos. Além deste segmento de excursões, todos os nossos clientes com viagens programadas e

que precisaram ser adiadas também tiveram e ainda estão tendo todo o nosso apoio para reprogramar para outro período as suas viagens, bem como nossos estudantes através de nossa representação da EF intercâmbios.

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Chegou a pensar em fechar a agência? Sinceramente eu não cogitei essa hipótese. Eu imaginava que passaria por um período difícil e com muitas incertezas sobre o futuro, porém jamais pensei em desistir. O turismo é a minha vida! Faço o que amo e continuo lutando para honrar com todos os meus compromissos assumidos com clientes e fornecedores. Muitas empresas do meu setor fecharam as portas ao longo da pandemia mas tenho a certeza de que quem conseguiu se segurar até agora terá grandes chances de se recuperar e voltar a crescer, até porque vejo que muitas pessoas passaram a valorizar mais o serviço prestado pelas agências de viagens pois nosso serviço é diferenciado, especializado e isso não se encontra na internet ou aguardando horas para ser atendido em um call center de companhia aérea! Vista da baía de Dubai

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Marza Mendonça

Dudu Maroja/Divulgação

Disney World, passeio obrigatório para quem visita Orlando

Quais foram os primeiros destinos abertos para o turismo lá fora? As restrições aos brasileiros foram muito grandes no início da pandemia. Poucos países se mantiveram abertos a brasileiros, como por exemplo o México, que serviu de ponto de quarentena para quem precisava ir aos Estados Unidos. Ainda em julho do ano passado Dubai foi um dos primeiros destinos que decidiu abrir para brasileiros e conforme as coisas foram avançando outros países foram abrindo, porém a reabertura maior só ocorreu neste ano quando o Brasil começou a aumentar o seu número de vacinados. As exigências para viajar mudaram muito? Você pode nos dar exemplos? Atualmente para viajar quais são os passos que se deve ter cuida-

do e os pontos mais críticos? Com certeza! Hoje em dia é bem mais trabalhoso programar uma viagem pois cada país tem suas próprias exigências e é necessário estar atento às mudanças que ocorrem constantemente. Se você não estiver atento às mudanças ou não tiver um assessoramento de uma agência de viagens especializada pode ter sérios problemas e inclusive não embarcar caso esteja com a documentação incompleta. Alguns países aceitam todas as vacinas, outros não; para alguns países é obrigatório o teste PCR, outros aceitam o antígeno mas tem que observar a quantidade de horas para que não perca a validade; existem países que você tem que refazer o teste após dois dias da sua chegada e por aí vai. É recomendável pesquisar como está a situação do país para onde de-

seja viajar e evitar locais que ainda estejam com poucos vacinados e com registro de muitos casos. É seguro viajar, mas é importante ter cautela e seguir todas as recomendações ainda impostas pelos organismos de saúde. Entre Companhias Aéreas, Hotéis e Aluguel de Carros qual dos três alterou mais a forma de trabalhar? Na verdade, a forma de trabalhar não mudou muita coisa. O que ocorre hoje é que tanto as companhias aéreas como as locadoras de carro tiveram um aumento significativo nos seus preços pois para passar por esta fase difícil foi necessário demitir funcionários, reduzir frota e ainda não deu tempo para retornar com tudo como era antes. Acredito que ainda vai levar um certo tempo para esta regularização.

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Muita procura para viagens internacionais? E quais destinos mais procurados? As viagens internacionais sempre foram o forte da minha empresa e desde maio deste ano a procura começou a crescer e nestes dois últimos meses houve uma demanda muito grande, bem próximo do que tínhamos antes da pandemia. Os destinos internacionais mais procurados são Miami, Orlando, Nova Iorque, Cancun, Punta Cana, Lisboa, Paris, Barcelona, Dubai e Maldivas. No caso do paraense, quais os destinos mais procurados? Os paraenses procuram muito pelos Estados Unidos, porém os valores das passagens aéreas ainda são muito elevados para lá. Houve uma grande redução nos voos que ligavam o Brasil aos Estados Unidos e os voos que tínhamos de Belém para Miami com a Latam e para Fort Lauderdale com a Azul ainda não retornaram e as companhias ainda não têm previsão de quando devem retornar. Além dos Estados Unidos, temos muita procura pela Europa, com destaque para Lisboa e Paris, além de Dubai, Abu Dhabi e Maldivas que foram os destinos mais explorados pela Star Tour neste período de pandemia pois os preços estavam mais acessíveis e também pela segurança oferecida aos viajantes. Como estão os seguros de viagem? Alguma coisa mudou pós-pandemia? Os seguros de viagem passaram a ter a inclusão de cobertura para a Covid 19 e praticamente todos os destinos internacionais exigem que o viajante possua um seguro e dependendo do país existe inclusive um valor mínimo de cobertura. É sempre importante viajar protegido! Maldivas, Paris e Londres: as cidades mais procuradas pelos turistas. 70 | www.revistaliv.com.br



enquanto isso | LiV • 70

Antuérpia:

a pequena

metrópole

Uma joia de cidade que muitos viajantes subestimam é Antuérpia. Talvez por estar entre Bruxelas, na Bélgica, e Amsterdam, nos Países Baixos – dois grandes polos turísticos na Europa. A segunda maior cidade belga tem cerca de 500 mil habitantes e é uma espécie de capital cultural de Flandres, parte norte da Bélgica, onde 60% das pessoas falam neerlandês. A cidade reúne história e contemporaneidade, importância econômica e cultural. E tem ares de metrópole no sentido mais cosmopolita da palavra: são pelo menos 170 diferentes nacionalidades e mais de 300 idiomas.

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MAS - Museum aan de Stroom

ma visita a Antuérpia merece ser feita em, pelo menos, 3 dias. Mas o que essa cidade tem que justifique uma estada mais longa? Bem, tem tanta coisa que o melhor é dividir essa reportagem em duas. Primeiro, um pouco de história e os highlights do passado. E depois, a Antuérpia de hoje, considerada um dos berços mundiais da vanguarda da moda atual. O porto: a cidade e o mundo, o passado e o futuro. Antuérpia ganhou ares de cidade na Idade Média, mas foi na Idade Moderna, na metade do século XV, que se tornou centro comercial mundial do norte da Europa. O porto cresceu devido ao declínio da cidade de Bruges e justamente no momento das grandes navegações. Flandres fazia parte dos Países Baixos sob governo espanhol, não por invasão, mas por herança: o imperador Carlos V era flamengo de nascimento e neto dos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castilla, e de Maria da Borgonha, condessa de Flandres, e de Maximiliano da Áustria. Dos avós espanhóis, Carlos V herdou as colônias americanas, recém-descobertas. Graças a esse vasto império, o mundo chegou ao porto à beira do rio Escalda que desemboca no mar do Norte. No século XVI, 40% de todo o comércio mundial passava pela Antuérpia. E, até hoje, a metrópole flamenga possui o segundo maior porto da Europa. Para completar a grande virada econômica da cidade no século XVI, os comerciantes internacionais trocaram Bruges pela Antuérpia. A bolsa de valores ganhou importância na Antuérpia que passou a negociar papéis e outras matérias-primas. Foi nesse período que as primeiras oficinas de lapidação de diamantes mudaram para cá. Essa pedra trazida da Índia pelos navegadores se firmou como produto local. Até hoje, a metrópole flamenga é a capital mundial do diamante: 86% dos diamantes brutos e 50% dos diamantes lapidados comercializados no mundo passam por Antuérpia, onde existe o Museu para o Diamante, Joias e Prata - DIVA.

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DIVA - Museu do Diamante


Edvan Feitosa Coutinho

Sigrid Spinox/Filip Dujardin

Chafariz do Brabo (da lenda do nome da cidade) e a torre da catedral. Museu Red Star Line guarda a história da emigração de europeus para as Américas

Um lugar que sintetiza a longa história portuária da Antuérpia, com toda a contemporaneidade da arquitetura do século XXI, é o MAS (Museu aan de Stroom), que completou 20 anos. O museu ocupa 10 andares, 5.700 m² de exposições e 500 mil peças em acervo. E vale a visita. O prédio tem paredões de vidro e um terraço com uma das vistas mais bonitas do porto e da cidade. Não muito longe do MAS, um outro museu se concentra num dos maiores capítulos da história da migração humana, a dos europeus que partiram para o Novo Mundo. Os antigos galpões da companhia de navios de passageiros, Red Star Lines, virou um museu que conta a história dessa emigração da Europa rumo às Américas. A exposição permanente reconstitui o ambiente dos navios e revela o rigoroso controle sanitário para uma nova vida do outro lado do Atlântico. Há fotos, áudios e vídeos das tripulações e de emigrantes como o cientista Albert Einstein, que mudou para a Califórnia em 1930, ou ainda Golda Meir, fundadora do estado de Israel, cuja família emigrou da Rússia para os EUA em 1906, e o compositor Irving Berlin que fugiu, com a família, em 1896, da Bielorrússia e se tornou um dos maiores compositores da Broadway nos

anos 1940. É também na área do porto que fica a sede da capitania do porto de Antuérpia. O antigo prédio ganhou um anexo em vidro e metal, uma obra ousada que resume o espírito futurista de Antuérpia fortemente ancorado no passado. A mão da lenda e a mão do barroco, Rubens Tanta riqueza da chamada Era Dourada deixou suas marcas na cidade que tem um centro histórico de traçado medieval com a maior e mais alta igreja gótica dos Países Baixos, a catedral de Nossa Amada Senhora. Mas, também, uma centena de monumentos renascentistas e barrocos. A sede da prefeitura é um dos maiores exemplos do barroco no norte da Europa. Na grande praça em frente à prefeitura, um chafariz reconstitui a lenda em torno do nome da cidade. Antwerpen, em neerlandês, seria derivado de hand werpen (jogar a mão): um gigante exigia pagamento dos navegadores vindos do mar do Norte para deixá-los entrar na cidade. Se não pagassem, tinham a embarcação destruída. Um dia, um herói luta contra o gigante, corta a mão dele e a joga no rio, liberando o livre acesso à cidade.

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Stadhuis - construção que abriga a sede da prefeitura

Outra referência a essa lenda é a escultura na área do antigo porto, em frente ao Het Steen, a mais antiga construção da Antuérpia. Um complexo que fazia parte da muralha medieval de proteção da cidade, onde hoje funciona o terminal de recepção dos passageiros dos navios de cruzeiros. Se há um nome do Barroco nas artes visuais, só pode ser o de Peter Paul Rubens (1577-1640), que se tornou a mão dessa corrente artística no norte europeu. A casa e o atelier dele foram preservados e viraram um museu. Mas, se quiser ver uma obra do artista, sem entrar num museu, vá à catedral onde a imensa pintura A Descida da Cruz (1614) está num dos altares.

Het Steen: fortaleza medieval no antigo centro da cidade

Chegar: Antuérpia fica a 45 minutos de trem de Bruxelas e a 2 horas de Amsterdam. Transporte: ônibus, bonde ou metrô. A pé, são menos de 30 minutos da estação central ao centro histórico. Para o porto, dá pra ir de bicicleta. Comer&Beber: a culinária é mundial e é obrigatório degustar a cerveja.

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Santuário do livro e a catedral da era industrial Antuérpia é a cidade de Plantin-Moretus, uma espécie de santuário dos livros. A imponente mansão abriga a única gráfica e editora equipadas do século XVI. Com mais de 400 anos, é o único museu no mundo considerado pela Unesco Patrimônio Histórico da Humanidade. Na coleção há raridades como os globos terrestres e os primeiros atlas com a América recém-descoberta, assim como as primeiras edições da Bíblia. Se o mundo passava pelo porto de Antuérpia a partir do século XV, no século XIX outro meio de transporte trouxe o mundo por terra até a beira do rio Escalda. A Bélgica foi o segundo país a ter uma rede ferroviária, e logo Antuérpia ganhou uma estação considerada hoje a mais bela do mundo. Mas, para fazer jus à cidade, foi erguida a catedral da ferrovia, com mais de 40 metros de altura. A construção reúne vários estilos arquitetônicos usando a tecnologia industrial do ferro.



corpo e mente | LiV • 70

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praia do Tênis

ganha cada vez mais adeptos O Beach Tennis é o esporte queridinho do momento. A atividade proporciona bem-estar e vida saudável e, nas quadras, agrega pessoas de todas as idades.

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uadras lotadas e partidas divertidas que reúnem famílias e amigos. Tem sido assim a rotina do beach tennis em Belém. A prática ganhou mais e mais adeptos após a pandemia da Covid-19, quando foram liberadas as atividades físicas em academias e esportes coletivos, mas as pessoas optaram por procurar uma atividade em que pudessem reunir pessoas com as quais já tinham convivência em ambientes abertos e com maior ventilação. No Brasil O Beach Tennis tem 1 milhão e meio de praticantes no mundo. O Brasil tem 500 mil e não para de conquistar mais interessados em jogar o tênis de praia. Tantos adeptos tem uma razão de ser. O Beach Tennis tem muitas vantagens e traz bem-estar, além de ajudar a emagrecer, mas não é só isso. “É fácil e rápido de aprender a jogar. O tênis leva pelo menos 5 anos para aprender. O Beach Tennis é gostoso, é festa, é diversão. Ajuda no condicionamento físico. Muitas pessoas procuram a modalidade para emagrecer, pois proporciona alta mobilidade. Em uma hora de atividade, o gasto calórico é em torno de 600 calorias, além do mais pode ser praticado por pessoas de todos os sexos e idades, de 07 a 70 anos”, explica Helber Lobo, empreendedor e um dos sócios da Escola Guga em Belém, no bairro do Marco em Belém.

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Campeonatos divertidos nos clubes de Belém

Empresários Maurício Schuster e Helber Lobo - pioneiros do esporte em Belém.


Rosa Cardoso

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Como escolher a melhor raquete Os furos na raquete de beach tennis servem para minimizar a resistência do ar, facilitando a movimentação. Quanto mais furos, mais fácil será realizar os movimentos, especialmente em praias e áreas ao ar livre com muito vento. Contudo, a potência das rebatidas diminui. O material, a espessura, a furação, a superfície da raquete e também confira se vem com capa para armazenamento correto do equipamento. Seja qual for o estágio do jogo, a prática do Beach Tennis oferece várias opções de raquetes. Vamos conhecer qual você pode escolher:

Iniciantes - Fibra de vidro e madeira. As raquetes de fibra de vidro são perfeitas para começar! Elas têm ótima elasticidade, absorvem bem a batida e entregam potência na medida certa. Com elas é mais fácil sacar e rebater a bolinha, mas ao longo do tempo essa raquete exige mais das mãos e do braço, eventualmente pode até ocasionar lesões.

Dudu Maroja

Bem-Estar O beach tennis virou hoje um estilo de vida, é fácil de jogar, aprende-se rápido, qualquer pessoa joga. É como se fosse um surf. Você chega no final da tarde e vai pegar uma onda para desestressar. Então, acontece a mesma coisa com o beach tennis. As pessoas chegam e pisam na areia, são remetidas à infância, a uma praia, isso tudo se torna muito gostoso, muito prazeroso, e deixou de ser aquela obrigação de praticar um esporte para manter o corpo saudável. Virou qualidade de vida e estilo de vida.

Para Iniciar O primeiro contato com o Beach Tennis pode ser por meio de uma aula experimental. A aula é gratuita, basta agendar. São 6 pessoas por turma.

Para praticar ESCOLA GUGA Tv. Pirajá, 2026

Para praticar BT POINT Rua Avertano Rocha, 154

Intermediário e Profissional - Fibras de carbono, titânio e Kevlar. Ideal para Intermediários e Avançados. Esses materiais são mais tecnológicos e minimizam as chances de lesões. São mais rígidos e tensos, portanto, não absorvem tanto o impacto da bolinha, exigindo maior precisão do jogador nos saques e rebatidas.

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tim tim | LiV • 70

DRINKS Manga Jambu • IGARAPÉ O Igarapé é composto por uma dose de Rum Branco com Licor de Laranja, Geleia de Maracujá, sendo finalizado com Hortelã e Limão Sicilliano. O drink vem com uma canoa de miriti, símbolo dos igarapés do Pará. Seu sabor é refrescante dando a sensação como se tivesse com os pés submersos em um igarapé.

Não há dúvida que a culinária do Pará é um capítulo à parte, mesmo. Mas, além das nossas iguarias, os bares e restaurantes de Belém estão, cada vez mais, se especializando em dar aquele toque regional também às bebidinhas. No gastro bar Manga Jambu, os drinks assinados pelo bartender Vithor Cerveira têm esse toque especial. As criações misturam destilados, bebidas fermentadas e ingredientes da nossa cozinha de origem e foram batizadas com nomes que revelam a rica identidade cultural paraense como as lendas amazônicas. É pra saborear e ainda fazer charme com a beleza dos drinks. A terça-feira é o dia ideal para degustar um drink em dobro. Boto, Iara, Pororoca, Igarapé, Cabôco Mule, Josephina… Experimente esses e outros drinks na esquina mais cultural e charmosa da cidade.

• MANDARINE O drink é refrescante é composto por Vodka Ketel One com infusão em Licor de Laranja, Baunilha, Hibisco, sendo finalizado com pedaços de Tangerina.

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• IARA A Iara é uma sereia que faz parte do folclore brasileiro, sendo conhecida por sua grande beleza, voz encantadora e riquezas. Esse drink é composto por Gin Gordon’s Maniuara com uma infusão de Limão Sicilliano, Licor Fino, sendo finalizado com Canela em Pau e um Aire de Abacaxi.

• O BOTO Esse drink é composto por Gin e Vermouth rosato, com uma geleia de framboesa, mix de frutas vermelhas e a refrescância do hortelã. Esse drink cítrico é adocicado e tem tudo pra deixar qualquer um pedindo mais, só cuidado com o Boto, ele te engana.

• CABÔCO MULE Uma releitura de um drink clássico. Uma mistura de vodka com cerveja de gengibre e aquele toque de uma Espuma de Jambu. O drink é finalizado com hortelã e limão.


Ângela Sicilia chef de cozinha @angelasicilia

AS LIÇÕES QUE BELÉM ENSINA Belém tem peculiaridades. “Todas as cidades têm”, você, leitor, pode argumentar. Eu sei: dependendo do tamanho de nossa estima, cada local tem detalhes que são gigantes aos nossos olhos. Falo da “cidade das mangueiras” porque ela está no berço (amo essa expressão). “Onde vai ser hoje?”, perguntam aos aniversariantes do dia. “Bora tomar uma gelada?”. Belém carrega enorme generosidade no olhar, nos gestos, nas árvores. As mangueiras matam a fome de tantos (não falemos dos para-brisas estourados neste texto). Aos paraenses, é irresistível não juntar a manga que acaba de cair.

Os paraenses não sabem fazer pouca comida, não importa a ocasião, mas se for Círio, aí é rancho para batalhão. Sabem ser solidários como poucos – talvez porque nascer na Amazônia imprima isso aos nossos códigos genéticos. Como amazônicas que somos, indígenas em essência, queremos partilhar. A mãe que manda comida pro porteiro; a galera das escolas que se quotiza porque um colega está sem dinheiro. “Coloca um pouco de água no açaí pra render um bocado mais”; “pega aqui uma cuia de farinha”. A cidade nos ensina a amar o rio, a água, a chuva. Pena que o sistema de drenagem das águas não funcio-

ne muito bem e temos prejuízos, mas sempre ouviremos, resignadamente, “que é tempo dela”, portanto que não nos aborrecemos com os torós do dia a dia. Temos essa relação linda com a fé, que faz com que não só católicos comunguem da convivência com Nossa Senhora de Nazaré: vejo muitos paraenses, de tantas outras religiões, se irmanando, vivendo o ensinamento maior. E o que dizer do orgulho de ser daqui? De gritar “não venha forte, que sou do Norte!”. A verdade é que Belém precisa de mais cuidado, de mais investimento… porque amor, generosidade… bem, isso ela tem aos montes.

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tendências | LiV • 70

Cores

por

Milena Farag

2022 chega anunciando as cores que devem ser mais usadas na decoração dos ambientes. Fomos ouvir uma especialista no assunto. A arquiteta e urbanista Milena Farag conta o que vai ser tendência em cores no próximo ano. Dizem que as cores são um fenômeno físico e dependem da luz para existir. Ou seja, se não existisse luz, as cores não existiriam também. E a cor da moda, existe? Para a arquiteta e urbanista Milena Farag, que nos recebeu em seu escritório (um casarão colonial com fachada eclética), as tendências de cores existem, sim, e fazem parte de um calendário de criação. “Quando as cores são lançadas, elas atingem todo o segmento da arquitetura e interiores. Tecidos, móveis e acessórios decorativos são criados a partir de algumas composições levando em consideração os estudos de cores”, indica Milena. A História da Cor do Ano Tudo começou na virada do milênio. A Pantone Color Institute – hoje uma das maiores empresas de cores do mundo, mas na época não tão conhecida assim – lançou uma cor do ano com ressonância mundial. A Cerulean, um azul-claro, foi a primeira cor do ano, chamada, justamente, de “Cor do Milênio’’. A partir de então, a Pantone nunca mais deixou de editar uma cor do ano. E qual será a cor ou as cores da moda para 2022?

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Marza Mendonça

Dudu Maroja/Divulgação

Milena, como o arquiteto pode ajudar o cliente na escolha da cor? Em primeiro lugar, o cliente deve conhecer o seu estilo. As redes sociais tornaram-se grandes aliadas na hora de selecionar suas preferências. Aqui no escritório gostamos de começar o trabalho com um briefing (coleta de dados), que vai nos ajudar a captar o estilo e a necessidade de cada cliente. É fundamental esse trabalho de conexão com o cliente. Quando você captura a essência do cliente você praticamente define a paleta de cor dele. A cor Very Peri da Pantone foi revelada em dezembro e segundo anúncio da marca “o matiz é uma combinação de um violeta avermelhado e um azul dinâmico”. Entre críticas e preferências, a empresa aposta nessa alquimia de uma cor quente e empolgante. Confira os lançamentos dos maiores fabricantes mundiais: • Coral - Azul Melodia Suave • Sherwin Williams - Verde neblina-perene. verde relaxante e bastante sutil, ideal para os momentos de paz que tanto a sociedade espera. O tom suave é versátil e pode integrar vários tipos de ambientes, tanto residenciais quanto comerciais. • Suvinil - Verde Eclipse e suas 45 variações. Se você está pensando em mudar as cores dos ambientes da sua casa ou escritório, siga a dica cheia de inspiração e criatividade dessa profissional, uma das mais concorridas do segmento. Testes Rápidos O mercado de tintas sempre está inovando. Alguns fabricantes criaram o teste rápido, uma forma eficiente do cliente testar a cor antes de fazer o investimento final.

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IN VINO VERITAS Numa roda de amigos veio uma questão à mesa: o que é um bom vinho? Vale ressaltar que não havia nenhum enólogo de plantão, todos meros apreciadores e com pouca quilometragem no assunto. Fiquei ouvindo os comentários e tentando fazer o meu próprio juízo. Divaguei imaginando que há pouco mais de 30 anos essa discussão nem existiria. No Brasil de porteiras fechadas para o mundo até o final da década de 1980, não havia vinhos importados e a produção local parecia ser um misto de vinagre e suco de uva. Enfim, não tínhamos tradição alguma no assunto. Os primeiros vinhos a chegar depois das quedas das barreiras alfandegárias eram os mais baratos da Europa e lembro claramente de uns vinhos brancos alemães numa garrafa azul que inundaram o mercado na ocasião: Liebfraumilch. Para quem não tinha referências anteriores era o suprassumo da modernidade e era de bom tom pedir nos restaurantes ou mesmo ter em casa para abrir aos amigos. O mesmo aconteceu com whisky, até então só consumíamos rótulos duvidosos como Drurys, Natu Nobilis e afins (ou se socorrer dos importados em trânsito pelo Paraguai). E não foi só na bebida. Com a abertura do mercado tivemos acesso a carros, computadores, vídeo cassetes (quem se lembra?), eletrônicos em geral, perfumes, máquinas, equipamentos, roupas, grifes, uma completa invasão de produtos do exterior que até então só tinha acesso quem viajasse pra fora. Foram os anos de inserção do país na globalização que mudaram nossa percepção de qualidade e eficiência. É isso que nos faz hoje perceber diferenciações de paladar e apresentação dos vinhos, um processo de aculturação, de des-

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coberta de padrões e referências que vai moldando o gosto e a forma de consumir. Remetendo ao Mito da Caverna de Platão, não tem como sabermos ou sentirmos falta do que nunca conhecemos. É esse mesmo processo que faz uma sociedade aprofundar conhecimento e também é base da competição em mercados maduros. Primeiro conhecendo o que outros fazem, os processos e o resultado final. Depois adaptando para sua realidade e a partir disso aprofundando o conhecimento e buscando o aperfeiçoamento constante. Apenas como exemplo, ainda no universo vinícola, o Vale do Napa na Califórnia transformou-se num centro de excelência na área para horror dos tradicionais franceses. Em tecnologia o Japão e depois Coreia do Sul e China, todos destruídos por guerras, começaram copiando bugigangas ocidentais e hoje constituem o principal polo produtor do mundo. Um processo de absorção cultural, aperfeiçoamento e superação que tem paralelo também nos esportes. Só para provocar, os ingleses inventaram o futebol que se espalhou pelo mundo e há muito eles foram superados por outras potências, inclusive o Brasil, onde o caldo cultural favoreceu o desenvolvimento do esporte por toda a população. Portanto, vamos aprender com quem entende e procurar fazer melhor. Inclusive beber. Saúde!

Celso Eluan Lima empresário celsolima2210@gmail.com


Encomendas pelo telefone: (91) 99113-0665 R. João Balbi, 935

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guia de compras | LiV • 70

A arquiteta Renata Macário é o que a gente chama de especialista em design de interiores e iluminação. Há 15 anos a profissional atua no ramo da construção civil desenvolvendo projetos em Belém e no Sudeste do país. Atualmente, Renata é gerente de arquitetura e produto na construtora Leal Moreira. Nesta edição da LiV, convidamos a arquiteta para visitar a loja da Saccaro em Belém e selecionar móveis que são objeto de desejo de quem pretende morar com beleza, estilo e conforto.

Cadeira de Balanço Outdoor Capadócia Inspirada nessa região semiárida da Turquia, é feita de corda náutica e ideal para aqueles momentos em que tudo que se quer é relaxar. Design assinado por Roque Frizzo.

Cadeira Santa Bárbara De madeira Jequitibá e tecido outdoor, esta peça tem design assinado por Ana Revello Vazquez e Renato Solio. Conforto é o nome dessa peça.

Sofá Ayty Açu • Criação também do arquiteto Roque Frizzo, o móvel é feito de madeira de garapeira e tecido outdoor, próprio para áreas externas. Destaque para o acabamento naturalmente rústico.

SACCARO BELÉM Av. Gentil Bittencourt, 1278 Nazaré | 91 3073.1400

Poltrona e Puff 3D Bubble • Da simplicidade das bolhas de sabão veio a inspiração para a coleção Bubble do Studio Saccaro. As linhas arredondadas das poltronas e puffs proporcionam conforto visual e uma irresistível vontade de sentar. 86 | www.revistaliv.com.br

Cristaleira Paros • Feita de alumínio, vidro e led, essa cristaleira funciona como uma linda peça de design que expõe com elegância cada elemento. A cristaleira é um lançamento da marca e apresenta leveza e atemporalidade.



arte e cultura | LiV • 70

Renovar para

manter a tradição

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Maestro Eduardo Lima

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A Amazônia Jazz Band está de volta com novo regente titular e instrumentistas escolhidos em um concorrido processo de seleção.

O Pará tem uma rica cultura musical. Temos muitos grandes músicos e poder realizar essa troca de experiências é uma das nossas ideias. A cultura precisa circular

C

om 27 anos de existência, um dos grandes patrimônios musicais do Pará, a Amazônia Jazz Band, voltou às apresentações presenciais em agosto deste ano depois de enfrentar os meses terríveis de isolamento e quarentena e quase totalmente renovada. Mais de 90% dos músicos entraram no último processo de seleção, realizado no primeiro semestre deste ano. Um processo seletivo que, como quase tudo que ocorreu em 2021, teve suas especificidades, como conta Eduardo Lima, o maestro da banda que também assumiu há pouco o cargo de titular, depois de exercer por cinco anos a posição de maestro-auxiliar da AJB. “Foram mais de cem inscrições recebidas e a seleção inicial foi feita por meio de vídeos enviados pelos candidatos”, conta. O esforço da seleção, segundo ele, valeu a pena. “Foi uma coisa muito interessante o que aconteceu porque nós conseguimos juntar um grupo de músicos extraordinário e que já, desde os primeiros ensaios presenciais, demonstrou um enorme entrosamento. Foi como se já tocassem juntos há tempos. Um casamento maravilhoso”, explica Eduardo Lima.

Eduardo Lima é o novo regente titular da Amazônia Jazz Band


Simone Romero

Interiorização Os planos do maestro também incluem um processo de interiorização cada vez maior do grupo. O sonho é fazer com que a Amazônia Jazz Band possa circular por várias cidades paraenses. “O Pará tem uma rica cultura musical. Temos muitos grandes músicos e poder realizar essa troca de experiências é uma das nossas ideias. A cultura precisa circular”, afirma.

Nova formação Composta atualmente por 22 músicos, um maestro, um produtor e uma equipe de apoio com quatro pessoas, a Amazônia Jazz Band surgiu em 1994, com remanescentes da Big Band, um grupo artístico da Fundação Carlos Gomes. A profissionalização da banda ocorreu em 1996, quando foi encampada pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult-Pa), em 1996.

Do sax a regência Eduardo Lima é paraense e integra a Amazônia Jazz Band como saxofonista e flautista há 24 anos. Ele vem de uma família musical. Sendo neto de trompetista, a música sempre esteve presente no cotidiano doméstico até que, aos 11 anos, a mãe, percebendo o interesse pela música, apresentou para ele o saxofone. Naquele momento, a paixão pela música começou a ganhar contornos sólidos, iniciando os estudos do instrumento com os professores Paulo Levy e Jesus Martins. O passo seguinte foi ingressar na Banda Jovem do Conservatório Carlos Gomes e, a partir dali, sua trajetória foi marcada pelo aprimoramento da prática musical em grupo. Volta aos palcos e novo repertório Antes do show realizado no Theatro da Paz em agosto, a última apresentação da Amazônia Jazz Band nos palcos com sua formação completa foi em fevereiro de 2020. Um ano e meio depois de voltar a se apresen-

Dudu Maroja

SERVIÇO:

AMAZÔNIA JAZZ BAND +55 (91) 3222-4241 contatoapm@apm.mus.br Confira um pouco mais sobre a Amazônia Jazz Band em sua página oficial do YouTube.

tar para o público e justamente na maior casa de espetáculos do Estado foi uma emoção indescritível. “Esse reencontro com o público foi de muita emoção. Colocamos ali todo nosso trabalho, carinho e amor”, relembra o maestro. O retorno trouxe um repertório com uma forte base nos clássicos do jazz e das famosas big bands, mas Eduardo Lima diz que, agora à frente do grupo, vai tentar imprimir um pouco de sua marca pessoal ao trabalho desenvolvido pelos músicos sem, é evidente, perder a essência daquela que é uma das mais tradicionais bandas da região Norte. “Vamos manter, é lógico, o repertório tradicional da Amazônia Jazz Band que cativa o público há tantos anos, mas queremos experimentar mais e aproveitar melhor a rica sonoridade da região amazônica, trazendo ao público peças populares e novos ritmos”, explica. Um pouco desta nova marca já pôde ser visto nas performances mais recentes, quando foram apresentadas músicas de Michael Jackson, além de carimbós e merengues.

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RESOLUÇÃO PARA RECORDAR Leila Loureiro advogada, professora universitária e escritora @leilaloureiro

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“A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la”, escreveu Gabriel Garcia Marquez. Assim termina o meu ano, pois eu não faço a menor ideia do que vivi, mas lembro de alguns dias, trechos, dores, alegrias, sensações. Aposto que você que está lendo essa coluna também está atordoado. É, você mesmo aí, que caiu com seus olhos em cima das minhas palavras. Sinto teu olhar percorrendo cada letra. Enquanto estás aqui, eu devo estar pedalando pelo aterro do Flamengo ou tomando um sol no Arpoador. Mas te garanto que vou sentir tua leitura a distância. É uma delícia ser lida. Sinto cócegas. Certamente foi um ano desafiador pra ti também. Estamos todos no “campo de concentração dos sobreviventes de uma pandemia histórica”. Ainda perdidos, com a memória turva. Mas recordar fragmentos é como montar um quebra-cabeça de mil peças. Impressionante como depois do caos elas se juntam, né?! As portas de um novo ano estão

abertas, e é preciso coragem para atravessá-las, deixando lá trás o que vivemos, opa, o que recordamos! 2021 foi um ano desafiador pra muitos, e exatamente por isso, será inesquecível. Lembro do frio na barriga ao tomar a vacina. No dia seguinte pedalei do Flamengo até o Vidigal, me senti com superpoderes. Meu corpo estava eufórico, derrotando o medo. Recordo também da visita da minha mãe, e do seu abraço quente e acolhedor, após meses sem poder tocar na pele da pessoa que mais amo no mundo. Ela e meu pai estão vivos, e isso é muita coisa! Me esforço pra lembrar de outras coisas. Um vento no rosto. Fisioterapia no joelho esquerdo. Uma viagem ao Matutu, na serra mineira. O calor do forno a lenha. A textura do pesto de beterraba que aprendi a fazer. O novo disco do Caetano, o retorno ao circo voador. Muita gente com medo de voltar a sentir alegria. Continuo sem lembrar nitidamente o que vivi, mas sinto. E sinto muito. Meu peito retém sangue. Aperta. Virei bruxa, com uma intuição inconveniente. Eu lá, querendo me iludir num casulo gostoso, e uma voz gritando nos meus ouvidos: “Vem! Tô aqui no teu futuro. Desapega, solta, vem que aqui tá lindo. Tem uma paz sofisticada pela dor do que passou. Vem, Leila!”. Eu vou! Vá também. Corra na direção do teu eu que já está lá em 2022. É isso que desejo pra todos nessa virada de ano: recorde só o que for bom, e viva muito para poder contar!



receita doce | LiV • 70

Otávio Marcos Dudu Maroja

Pudim de Claras Acesse o QR Code e veja conteúdo exclusivo desta matéria no Portal LiV

SERVIÇO O “Égua do Pudim” fica localizado na Rua Domingos Marreiros, 1219, no bairro Umarizal, em Belém. O espaço funciona somente para retirada dos pudins, podendo ser feito por delivery também.

O pudim de leite condensado é o preferido entre os paraenses, mas você sabia que há diversas formas saborosas de se fazer, como o pudim de pão, pudim de café, pudim de cupuaçu, pudim de maracujá e tantos outros? A simpática empreendedora Gisela Queiroz, proprietária da doceria “Égua do Pudim”, garante: “esse pudim ainda vai parar na Ana Maria Braga”. A consistência deste pudim é um dos maiores diferenciais. Ele dissolve na boca, uma sensação de estar comendo um algodão doce. Com apenas dois ingredientes, o modo de fazer é fácil, prático e rápido, o que torna este pudim uma excelente opção para momentos de maior pressa. Gisele Queiroz recebeu a equipe da Revista Liv e ensinou o passo a passo deste delicioso doce. Antes de começar a receita, já corre e deixa seu forno pré-aquecido a 160°. Ok? • INGREDIENTES: • 10 claras ou 330ml; • 250 gramas de açúcar. • MODO DE PREPARO: • Coloque as claras numa tigela e bata na batedeira, ou em um fouet, até ficarem bem firmes. Aqui você pode colocar raspas de limão ou de laranja para dar uma aromatizada, é opcional. • Quando as claras ficarem duras, em forma de “pico”, acrescente aos poucos o açúcar.

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• Depois de acrescentar todo o açúcar, continue batendo por mais dois minutos. • O suspiro deve ficar bem duro. O truque é virar a tigela de cabeça para baixo, se ficar firme e seguro, o ponto é esse! • Coloque o suspiro dentro de uma forma previamente caramelizada com açúcar. • Após colocar o pudim, dê umas batidas com a forma na mesa para que não crie bolhas de ar. • Coloque a forma em banho maria a 160° com a água já morna por 50 minutos. • Quando o pudim estiver dourado por cima, significa que o pudim já está pronto. • Após amornar, dê uma esquentada no fundo da forma para que a calda amoleça. • Com cuidado, passe uma faca na lateral da forma para que o pudim saia com facilidade. • Desenforme em um prato fundo e se delicie com esse pudim.



horas vagas FOX | LiV • 70 Destaque Exit

HBO Max

Dir. Petter Testmann-Koch Elenco: Simon J. Berger, Pål Sverre Valheim Hagen, Agnes Kittelsen

A caminho do céu

Netflix

Dir. Sung-ho Kim, Yoon Ji-ryun Elenco: Tang Joon-Sang, Je-Hoon Lee, Seung-hee Hong

Alta fidelidade

STARZ Play

Dir. Veronica West, Sarah Kucserka Elenco: Zoë Kravitz, Jake Lacy, Da’vine Joy Randolph

Todas as mulheres do mundo

Globo Play

Dir. Jorge Furtado Elenco: Emílio Dantas, Sophie Charlotte, Martha Nowill

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Exit é uma série dramática baseada em histórias reais, obtidas através de entrevistas com quatro grandes investidores da Noruega. A série se passa dentro desse mundo secreto e exclusivo, onde quatro amigos compartilham uma tendência narcisista e uma vida de aparência bem-sucedida. A série coloca a existência de milionários com sua fome por violência, drogas e sexo. Geu Ru (Tang Joon-Sang), um jovem portador da síndrome de Asperger, após a morte de seu pai, conhece seu tio Sang Gu (Je-Hoon Lee), um ex-criminoso que ele nunca tinha visto antes. Agora guardião legal do sobrinho, Sang Gu assume o controle de uma empresa conhecida por organizar os pertences de pessoas falecidas e descobrem as histórias que elas deixaram para trás. Obcecada por música e cultura pop, Robyn Brooks (Zoë Kravitz) é uma jovem adulta que não tem sorte no amor nem nos negócios: todos os seus últimos relacionamentos deram errado, e sua loja de discos está à beira da falência. Rob precisa, então, reavaliar suas escolhas e prioridades na vida, finalmente se tornando uma pessoa mais madura. Baseada no livro homônimo de Nick Hornby. Paulo (Emilio Dantas) é um rapaz apaixonado que vive diversas aventuras românticas para se consolar da própria solidão. Mas tudo muda quando conhece Maria Alice (Sophie Charlotte), a mulher da sua vida. Baseada na obra de Domingos de Oliveira.

DE PORTA EM PORTA Luciano Huck

Reúne memórias pessoais, aprendizados e conversas com expoentes de várias áreas do conhecimento. Foi escrito em 2020, durante o isolamento social. Preocupado com os impactos da pandemia da covid-19, Luciano Huck procura descobrir o que as mais diferentes pessoas têm a contribuir pelo bem comum.

Dica

UMA VERDADE INCÔMODA

Sheera Frenkel e Cecilia Kang

Nesta reportagem eletrizante, as jornalistas do New York Times revelam como Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg tentaram negar o fato de que o Facebook se tornou um canal de desinformação, discurso de ódio e propaganda política, enquanto buscavam o crescimento da plataforma a qualquer preço. Com depoimentos de fontes privilegiadas, o livro reconstitui as polêmicas que envolveram a rede social desde 2016.

Lançamento

COMO POEIRA AO VENTO Leonardo Padura

Conta a história de Cuba e de muitos destinos. Num enredo cheio de suspense, Padura acompanha a trajetória de Adela, jovem nova-iorquina de ascendência cubana, que se mudou para Miami para viver com Marcos, cubano recém-chegado aos Estados Unidos.

Confira

TORTO ARADO Itamar Vieira Jr.

Um texto épico e lírico, realista e mágico que revela, para além de sua trama, um poderoso elemento de insubordinação social. O romance conta uma história de vida e morte, de combate e redenção. A trama se passa no sertão baiano e é conduzida com maestria pelo autor.

Clássicos

DAVID COPPERFIELD Charles Dickens

Obra-prima do realismo inglês e grande romance de Charles Dickens, foi fonte de inspiração para gerações sucessivas de escritores. Publicado como folhetim entre 1849 e 1850, a história é um clássico relato de formação de um menino descobrindo um mundo que é, ao mesmo tempo, mágico, assustador e terrivelmente real.


Fox Belém


institucional | LiV • 70

Torre Ferrara se consolida como sucesso de vendas A volta da Leal Moreira ao mercado de luxo foi em alto estilo. Com 70% das unidades vendidas em poucos meses, o lançamento Torre Ferrara se consolida como um sucesso de vendas. O um por andar no bairro do Umarizal ganhou o público com os seus 260m², 4 suítes e comodidades como o elevador exclusivo para delivery.

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Obras Leal Moreira agora contam com monitoramento em tempo real Com a retomada cada vez mais expressiva da Leal Moreira, vêm também maneiras mais modernas de controle e planejamento de obras. Até o fechamento desta edição são 3 em andamento; e, em 2023, até 8 obras estarão sendo realizadas. Por isso, a construtora agora conta com o Agilean, ferramenta de gestão dos processos de construção. Nele, é possível ver em tempo real a evolução da obra, observar o andamento de metas semanais e mensais, e direcionar melhor os recursos para onde realmente precisa. É a modernidade dos empreendimentos Leal Moreira começando desde a base.

Equipe Leal Moreira desembarca em São Paulo No mês de novembro, o time de engenharia Leal Moreira desembarcou na capital paulista para uma série de visitas técnicas a construtoras de renome nacional, como a Rocontec, Mitre, Construcompany, Toledo Ferrari, P4, YOU Incorporadora e Eliane Revestimentos. Momentos de aprendizado na constante busca por aperfeiçoamento.

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institucional | LiV • 70

Leal Moreira no incentivo ao Beach Tennis Em mais uma iniciativa de estímulo ao esporte, a Leal Moreira patrocinou dois torneios de beach tennis da Assembleia Paraense nos meses finais de 2021. A modalidade, que se tornou febre em Belém, ganha cada vez mais adeptos e incentivos como o da construtora, demonstrando mais uma vez seu compromisso com a qualidade de vida.

Leal Moreira patrocina o Natal Famiglia Sicilia Dando continuidade a uma parceria de longa data, a Leal Moreira tornou-se patrocinadora do Natal 2021 no Famiglia Sicilia. As apresentações musicais acontecem todo ano no tradicional restaurante, encantando as famílias que frequentam o local já reconhecido pela ótima gastronomia. Um deleite para todos os sentidos.

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Torre Lumiar em ritmo acelerado de obras Com previsão de entrega em agosto de 2024, o Torre Lumiar sai da fase de fundação e já está em sua etapa estrutural. Atualmente suas lajes estão sendo trabalhadas em ótimo ritmo, construindo, a cada dia, um empreendimento que é sinônimo de conforto no bairro de Batista Campos.

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Apartamento decorado no Torre Santoro O Torre Santoro segue em ótimo ritmo de obras. Atualmente na etapa de pastilhamento da fachada, o empreendimento Leal Moreira na Av. Gov. José Malcher terá um apartamento decorado na obra, com projeto de Perlla et Jr. Os interessados poderão conhecê-lo no começo de 2022, mediante agenda de visitas.


institucional | LiV • 70

Lounge Leal Moreira no Boulevard Shopping Até o final de janeiro os clientes e parceiros poderão conferir o Lounge Leal Moreira no Boulevard Shopping, Assinado pela dupla de arquitetos Perlla et Jr, o espaço está localizado no terceiro andar do shopping, se tornando o ponto de encontro dos interessados em conhecer o lifestyle dos empreendimentos Leal Moreira.

Torre Evidence é um sucesso de vendas O Torre Evidence é um marco para a Leal Moreira por trazer o conceito inovador de conexão, hoje estendido a outras torres. Em fase de fundação (com obras iniciadas antes do previsto), o empreendimento possui 84% de suas unidades vendidas, refletindo o desejo de viver conectado a tudo o que realmente importa.

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institucional | LiV • 70

Check-list

obras Leal Moreira TO R R E

L A N ÇA MENTO

FUNDAÇÃO

ESTRU TURA

V EDAÇÕES

REV ESTIM ENTO

FACHADA

ACABAM EN TO

FASE D E E NTR EGA

SE U L E AL MO R E I RA ESTÁ P R O NTO

Torre Ferrara Av. Dom Romualdo Coelho (entre Travessa Bernal do Couto e Rua Diogo Móia)

Torre Evidence 1, 2 ou 3 dormitórios (1 suíte) • 47m2, 64m2 e 94m2 • Av. Alcindo Cacela, 2304 (entre Avenida Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus)

Torre Lumiar 2 ou 3 dormitórios (1 suíte) • 78m2 e 106m2 • Av. Roberto Camelier, 261 (entre Rua dos Tamoios e Rua dos Mundurucus)

Torre Santoro 2 ou 3 suítes • 123m2 • Av. Governador José Malcher, 2649 (entre Av. José Bonifácio e Tv. Castelo Branco)

Veja fotos do andamento das obras no site: www.lealmoreira.com.br

mês de referência: dezembro de 2021

em andamento concluído

• LANÇAMENTO = apresentação e início da comercialização do empreendimento. • FUNDAÇÃO = execução de fundações. • ESTRUTURA = execução de estrutura de concreto armado. • VEDAÇÕES = execução de alvenarias/painéis externos e internos. • REVESTIMENTO = execução de revestimentos de argamassa, revestimentos cerâmicos (piso e parede). • FACHADA = execução de revestimentos de argamassa, assentamento de pastilha e limpeza final. • ACABAMENTO = execução de pintura, instalação de esquadrias, portas, louças, metais e acabamentos elétricos. • FASE DE ENTREGA = paisagismo, decoração e início do processo de entrega com as vistorias. • SEU LEAL MOREIRA ESTÁ PRONTO

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Acompanhe o andamento do seu Leal Moreira em nosso site ou acesse o link por meio do QR Code abaixo:




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