Toquinho

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RLM nº 51

LEAL MOREIRA. SINÔNIMOS.*

QUALIDADE

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COMPE TÊNCIA

MODERNIDADE

LUXO

SONHO

CONFI ANÇA

TRADIÇÃO

PRES TÍGIO

ALE GRIA

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EXCELÊNCIA

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ÚNICO

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CRIATIVIDADE

CIDADE

SABILIDADE

VALOR

EMPRE ENDEDO RISMO

LIBERDADE

SEGURANÇA

PER FEI ÇÃO

BOM GOSTO

CREDIBILIDADE

SOFIS

TICAÇÃO

VALOR

BEM ESTAR

SUCESSO

INTELI GÊNCIA

COMPROMISSO TECNO

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CONFORTO

BE LE ZA

TRA BA LHO

Leal Moreira

*OPINIÕES DE MAIS DE 3.000 PESSOAS SOBRE A LEAL MOREIRA COLETADAS DURANTE A CASA COR PARÁ.

EFICIÊNCIA

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ARTE

ELE GÂN CIA

ano 12 | número 51

R$ 15,00

Toquinho

O palco e a música já são sala e sofá da casa dele, cantor, compositor, violonista, corintiano e grande parceiro de Vinicius de Moraes.

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2 torres. 248 unidades. 33 itens de lazer. 67.000m2 de área total. 30º empreendimento entregue.

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O Torres Ekoara é um empreendimento da parceria Leal Moreira e PDG. RI nº 163.071, livro 2-IV/4784-R3, Cartório de Registro de Imóveis 2º Ofício de Belém-Pará.


O TORRES EKOARA ESTÁ PRONTO. A Leal Moreira tem o orgulho de compartilhar com você a alegria de entregar este belo empreendimento, cercado de vida e lazer, para que seus moradores vivam momentos inesquecíveis.

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A Revista Leal Moreira 51 traz conteúdo exclusivo nas matérias sinalizadas com QR code.

índice

ano 12 | número 51

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capa

R$ 15,00

capa Cartum: Biratan Porto

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TOQUINHO Mais de 50 anos de acordes inconfundíveis e uma paixão pela música que não tem prazo de validade.

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NEY MESSIAS JR. Para o comunicador, há soluções otimistas para a capital paraense, mas que precisam de uma união de forças.

30 34 80

Gourmet

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BIRATAN PORTO O premiado cartunista comemora quatro décadas de muitos rabiscos e se derrete pela sua segunda paixão: o samba

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EATALY Um apetitoso ‘inside’ pela primeira representante da marca italiana no brasil.

Belém| 400 anos

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entrevista

Toquinho

especial - comida saudável Um visual de babar e a possibilidade de comer sem culpa nenhuma. Que tal?

especial - consumo Já pensou em trocar ao invés de comprar? É mais ou menos esse o conceito de economia colaborativa, que já tem seguidores por todo o mundo.

Destino Nova York ‘vestida’ de outono: a “Big Apple” em uma de suas versões mais apaixonantes.

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dicas Anderson Araújo Ricardo Gluck Paul confraria Celso Eluan decor tech galeria Ângela Sicilia vinhos HV institucional Nara Oliveira

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editorial

Amigos, Eu poderia dizer que, enfim, chegamos ao segundo semestre de 2015. Ocorre que este ano passou tão depressa, que, em breve, já será Círio, e para 2016 será mais rápido ainda. A percepção de tempo varia, de pessoa para pessoa, é fato, mas temos de aproveitar intensamente cada dia, sob a premissa de que é único e não volta. É com muita felicidade que entregamos mais uma edição da Revista Leal Moreira para você, que traz na capa, uma obra do premiadíssimo Biratan Porto, cartunista - e bandolinista! - que ostenta o privilegiado título de ter sido o primeiro brasileiro vencedor do tradicional Festival de Humor na Bélgica, e garante que a música é uma atravessadora constante de seus traços. E vice-versa. Você também lerá um papo sensível com Toquinho, eterno parceiro de Vinicius de Moraes e artista que cunhou algumas das obras mais delicadas da MPB. A entrevista, concedida à nova editora-chefe da RLM, Carolina Menezes, vai emocionar você. Também fizemos um delicioso [desculpem o trocadilho] tour pelo Eataly São Paulo, o primeiro da marca em toda a América Latina, e descobrimos que a decisão de desembarcar aqui foi, sobretudo, uma homenagem à imigração italiana. Falando ainda de deliciosas pautas, falamos sobre alimentação saudável e traçamos um roteiro em Belém. Aproveite para descobrir novos paladares, sem abrir mão da qualidade de vida. Qualidade de vida e uma cidade para todos são alguns dos assuntos da série Belém 400 anos, que traz Ney Messias Jr. E pegando o gancho no empoderamento do cidadão, fomos atrás de pessoas que adotaram o conceito da economia colaborativa. Você já conhece? Ouviu falar? Entre, fique à vontade. A casa [e esta revista] é de vocês. Boa leitura.

André Moreira

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expediente

Tiragem da edição 51 da Revista Leal Moreira auditada por

Revista Leal Moreira

João Balbi, 167. Belém - Pará f: 91 4005.6800 • www.lealmoreira.com.br

Fundador / Presidente Carlos Moreira Conselho de Administração Maurício Leal Moreira [Presidente] André Leal Moreira João Carlos Leal Moreira Luis Augusto Lobão Mendes Rubens Gaspar Serra Diretoria Executiva Diretor Executivo / CEO Drauz Reis Filho Diretor Administrativo e Financeiro Thomaz Ávila Neto Diretor Comercial e de Relacionamento José Ângelo Miranda Gerências Gerente Financeiro Walda Souza Gerente de Controladoria Ana Vitória de Oliveira

Atendimento aos Clientes: Avenida Nazaré, 759 (Largo do Redondo) • segunda a quinta-feira: 9h às 12h e das 14h às 18h. • sexta: 9h às 12h e das 14h às 17h30.

Atendimento telefônico:

Criação, coordenação e realização Publicarte Editora Diretor editorial André Leal Moreira Diretor de criação e projeto gráfico André Loreto Editora-Chefe Carolina Menezes Produção Lorena Filgueiras Fotografia Dudu Maroja Reportagem Alan Bordallo, Aycha Nunes, Camila Gaia, Carolina Menezes, Caroline Valério, Flávia Ribeiro, Gil Sóter, Irna Cavalcante, Lorena Filgueiras Colunistas Anderson Araújo, Ângela Sicilia, Celso Eluan, Nara Oliveira, Raul Parizotto e Ricardo Gluck Paul. Assessoria de imprensa Carolina Menezes Conteúdo multimídia Max Andreone Versão Digital Guto Cavalleiro Estagiário Matheus Paes Revisão José Rangel Gráfica Halley Tiragem 12 mil exemplares Comercial Gerente comercial Daniela Kress • (91) 99983.4366 danielakress@revistalealmoreira.com.br

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Consultor comercial Lídia Menezes • (91) 98802.3857 lídia@revistalealmoreira.com.br

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Conheça um pouco mais sobre a construtora acessando o site www.lealmoreira.com.br. Nele, você fica sabendo de todos os empreendimentos em andamento, novos projetos e ainda pode fazer simulações de compras.

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Revista Leal Moreira é uma publicação bimestral da Publicarte Editora para a Construtora Leal Moreira. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem autorização.





Belém

Rua Dr. Assis, 834 - em frente ao Mangal das Garças - Cidade Velha.• 91 3199.1603 / 1603 • http://atriumhoteis.com.br www.revistalealmoreira.com.br

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Quinta de Pedras O passado, o presente e o futuro convivem juntos e de forma harmoniosa em todo o espaço do Atrium Quinta de Pedras Hotel, que vai muito, mas muito além da hotelaria. O imóvel data do final do século XVIII e ficou mais de uma década fechado após a transferência da sede da Escola Padre Guido Del Toro, que ali funcionava, para o município de Ananindeua. Pertencente à Diocese de Ponta de Pedras, foi o então bispo da prelazia, Dom Alessio Saccardo, que teve a iniciativa de buscar ajuda para que aquele verdadeiro monumento fosse aberto ao público novamente. “Independente de o projeto arquitetônico ter sido assinado pelo meu escritório, eu realmente acho que é um lugar para todo mundo conhecer. Porque ele guarda, ao mesmo tempo, o que foi, o que é, e o que será”, defende o arquiteto Aurélio Meira, a quem o bispo procurou para chegar à conclusão de que um lugar como aquele precisava ser aberto à circulação, à movimentação. Ao turismo. “Nós fomos irmãos na concepção desse projeto, do início ao fim”, garante Meira, ao falar do amigo religioso. Ao todo, são 60 suítes divididas em duas edificações: a antiga, de séculos atrás, que recebe de forma imponente quem se aventura a conhecer o espaço, e uma posterior, completamente nova, construída a partir de 2004, onde também ficam as piscinas e a sauna. Na primeira, uma área para leitura, o bar – com uma enorme peça, maravilhosamente posicionada atrás do balcão, e da qual é impossível tirar os olhos, criada pelo artista plástico Emanuel Franco a partir de pedaços de latas que os ribeirinhos do Marajó usam como ‘fogãozinho’ para esquentar a comida, uma convidativa pracinha, o delicioso Bistrô do Bispo e seu cardápio caprichado, oferecendo do lanche ao jantar. No final da tarde, vale experimentar o Camarão na Cuia, uma versão sem goma do tradicional tacacá com gigantes e irresistíveis camarões flambados. No andar de cima, em meio aos quartos, ainda há uma delicada e charmosíssima capelinha que ganhou o nome de Nossa Senhora das Graças. Patrocinado em parte pelo Banco Nacional do Desenvolvimento, o BNDES, o hotel deve figurar inclusive em uma publicação a ser distribuída em breve pela instituição que lista exemplos de bons projetos que fomentam a Cultura e o Patrimônio Histórico.


Brasil

Café República Seja a sua opção uma fumegante xícara de chocolate quente ou uma taça de vinho tinto, o Café República pode oferecer, e com louvor, qualquer uma das duas opções e muito mais. Localizado na Cidade Baixa, bairro extremamente central da capital rio-grandense, o pequeno café/pub/bistrô tem uma decoração rústica e charmosa, com molduras coloridas nas paredes e frases inspiradoras escritas em giz em várias delas. Todo o ambiente, que seduz pela sutileza e delicadeza, é um convite a um bom bate-papo, bem como à degustação da variada ‘carta’ de tortas, quiches, torradas e outros ‘lanchinhos’. A movimentação costuma se intensificar aos finais de semana, então não é surpresa encontrar filas de espera à porta aos sábados e domingos. Vale a experiência de visitas em diferentes turnos: um café logo cedo, um brunch no final da manhã, ou um lanche no final da tarde...

Rua da República, 38 - Cidade Baixa, Porto Alegre - RS • 51 3573.8177 • Aberto diariamente das 9h às 20h

l’atelier du cuisinier

Todo o requinte da culinária francesa com as raízes fincadas na gastronomia brasileira. Esse é o l’atelier du cuisinier, assim mesmo, todo grafado em minúsculo, um espaço onde o aconchego e a atenção aos seus visitantes se configuram como pontos altos da experiência, graças à dedicação do chef francês David Jobert, radicado no Brasil desde o finalzinho da década de 90 depois de acumular experiências por toda a França e países como o Líbano e o Qatar, além de diversas premiações. De uma simpatia irresistível, o pro-

prietário faz questão de ir às mesas do pequeno bistrot - que só atende 24 pessoas de uma vez, portanto é conveniente fazer reserva antes - para conferir o nível de satisfação dos clientes. Destaque para os pratos executivos, que se compõem de entrada, principal e sobremesa, e para a carta de vinhos não muito extensa, mas que harmoniza de forma bastante precisa com boa parte das opções do sortido menu, que contempla do frango ao salmão e à lagosta em montagens absolutamente criativas.

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Uma, digamos, ‘linha exclusiva’ de coquetéis diferenciados principalmente na questão visual e uma atrativa decoração no melhor estilo art déco são apenas a ponta do iceberg no Be Bop Bar, que oferece um menu diferente de drinks todos os dias. Por ser anexo a um hotel e estar situado em uma área central de Praga, na República Tcheca, o Be Bop também se reserva a ser um espaço dos mais diversos pontos de encontro - seja para um café, uma reunião de trabalho, ou mesmo uma passada rápida para um chá ou um suco para começar o dia. À noite, a habilidade dos barmen, que preparam suas ‘poções’ alcoólicas e não-alcoólicas no balcão, na frente dos clientes, transforma-se em um verdadeiro pocket show.

La Sponda É difícil ter algo a mais para dizer de um restaurante que, na hora do jantar, tem seu ambiente iluminado por nada menos que 400 velas que criam um ambiente - para dizer o mínimo - inesquecível. Listado pelo Guia Michelin de melhores restaurantes do mundo e parte integrante do luxuoso Hotel Le Sirenuse, oferece um menu baseado em ingredientes frescos e locais - peixes, tomates, azeites, ervas e mais - e pratos inspirados na tradição da cozinha do Mediterrâneo, todos assinados pelo jovem prodígio e chef Matteo Temperini. No bar, onde são servidos ostras e champagne, a visão da bela Positano, na Costa Amalfitana, é de emocionar os mais céticos. Via Cristoforo Colombo, 30, 84017 - Positano - Itália • +39-089-875066 • Aberto diariamente de 11h à 1h

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perfil

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Gil Sóter

Cartum que vale por

mil palavras Biratan Porto é um artista premiado e sensível, que adora uma roda de samba e coleciona histórias [e desenhos] memoráveis.

E

le já teve uma série de charges exibida por um ano nas vinhetas da Globo, tornou a Amazônia a rota mundial do Humor Ambiental, e relembra, aos risos, do porre que tomou em terras estrangeiras ao ser o primeiro brasileiro vencedor do Festival de Humor na Bélgica, um dos mais importantes e tradicionais salões de humor da Europa. “Depois de muito vinho, misturei inglês e francês no discurso de agradecimento!”. Referência quando o assunto é cartum, crítica e humor na Amazônia, o surpreendente Biratan Porto completa quarenta anos de carreira... tocando bandolim! “O samba me contagia”, conta o boêmio que adora um carnaval. Desenho e música fervilham na cabeça e no coração do artista, nascido há 65 anos em Belém, “filho de mãe violinista e pai espirituoso”. “Escrevo crônicas, toco bandolim com amigos e conto piadas. Continuo com projetos novos e outros sonhos”. Confira a entrevista exclusiva de Biratan à Revista Leal Moreira, sobre as quatro décadas de carreira e sobre a aventura de pensar a Amazônia entre a crítica e o riso.

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São 40 anos de carreira. Onde tudo isso começou? Como o traço e o humor tornaram-se profissão? Passei do desenho artístico para o traço de humor na década de 70. Influenciado pela febre do jornal O Pasquim, que era a bíblia do desenho de humor no Brasil e que só tinha feras fazendo charges e escrevendo críticas contra o regime da ditadura: Millôr Fernandes, Ziraldo, Jaguar, Fortuna, Guidacci, Ivan Lessa, Sérgio Augusto e tantos outros. Aconselhado pelo meu amigo de infância de Castanhal, o cineasta Chico Carneiro, enviei uns cartuns meus para a redação do Pasquim. Qual a minha surpresa? No final de semana chega o Chico Carneiro com um exemplar de O Pasquim nas mãos e me diz: “olha o teu desenho aqui!” Alegria total. Pretexto para festejar e tomar muitas cervejas em algum boteco de Castanhal. A partir daí, produzi muitos desenhos, caricaturas e passei a publicar como colaborador no periódico “A Província do Pará”[extinto em 2001]. Em 1978, o diretor do jornal, o saudoso amigo Roberto Jares, me contratava para fazer a charge diária. Trabalhei lá por 23 anos consecutivos »»»

Dudu Maroja


Confira mais

fazendo a crítica política através das charges. Neste ínterim, entrei para a UFPA, onde me formei em Comunicação Social, no curso de Publicidade e Propaganda. Filho de uma aspirante a violinista e irmão de João Porto, artista plástico, certamente essa atmosfera de criação em casa também te influenciou. Estas duas atividades desenho e música ocorreram em tempos distintos. Comecei a desenhar e muito mal quando tinha doze anos, pela década de 60. Apreciava os retratos em crayon que o meu irmão mais velho João Porto fazia. Eram desenhos muito bem feitos de artistas, celebridades da época. Passei a copiar desenhos de histórias em quadrinhos e também a fazer retratos em crayon. Com exercícios diários, melhorei. O interesse pela música veio pela minha mãe, que, quando jovem, tocava violino. Desde menino via um velho cabo de violino pendurado na cumeeira de nossa casa. Curioso, perguntei sobre aquele resto de instrumento musical. Contou-me que tocava um pouco violino, mas que o meu pai, o Seu Prêntice Porto, ficava enciumado com as valsas tocadas pela minha mãe. Sabe como é: a música alegrava a noite da calma vizinhança e podia criar um fã-clube na época. E assim o violi-

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no foi deixando de ser tocado e só restou o cabo. Eu vim me interessar em tocar algum instrumento muitos anos depois, já aqui em Belém. Foi quando o grande e saudoso amigo Aldemir Ferreira da Silva fundou a Casa do Choro. O bandolim foi o instrumento musical com que mais me identifiquei. Hoje, aos domingos, sempre toco com os amigos na grande Casa Do Gilson, que é a continuação da Casa do Choro do Aldemir. Aí, virou um festejo. O samba me contagia. Passei a produzir máscaras em papel machê que homenageiam personalidades, entre elas, Chico Buarque, Cartola, Adoniran Barbosa, Grande Otelo, Noel Rosa, todo mundo sai durante o carnaval no Bloco “Os Irrecuperáveis”.

tes, tráfico de animais, rota de drogas. O trabalho do cartunista é deglutir essas informações e ruminar uma boa charge criticando esses atos danosos. Claro que essa crítica antes de ser publicada passa pelo crivo da linha editorial do jornal. Afinal todos têm interesse em alguma coisa em nossa região. Fora deste contexto político e social, existem oásis para alegrar o espírito dos guerreiros cartunistas: são as exposições, as participações em salões de humor, as publicações de livros e os prêmios. A Amazônia me inspirou a produzir cartuns ecológicos, coisa que já faço há pelo menos 30 anos e que me renderam três livros e várias exposições pelo Brasil e exterior.

Viver de humor no Pará, na Amazônia, deve trazer peculiaridades. Quais são os principais desafios? Quais são as principais motivações de se fazer humor e trabalhar com o desenho crítico num contexto como o nosso? Um dos principais desafios é estar bem informado. Trabalhar em jornais ou outro meio de comunicação na Região Amazônica, uma área rica e que desperta interesse em todo o mundo, é a garantia de informações para o jornalista, para os pesquisadores. Para o chargista é um prato cheio. Convivemos com desmatamentos, grilagem de terras, enchen-

Você organiza o Festival Internacional de Humor da Amazônia. Quando você passou a perceber que o desenho poderia ser um meio de propagar a complexidade da nossa região? O problema ecológico afeta todo o globo terrestre e os cartunistas falam a mesma língua quando fazem suas críticas. É tão certeiro, que geralmente só a imagem sem balão dá o seu recado. O Festival de Humor, que já está na sétima edição, recebe, em média, trabalhos de 35 países. E ter Belém do Pará como a capital do humor ecológico no mundo é um privilégio. Creio que uma das saídas »»»

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40 ANOS DE HUMOR LINHA DO TEMPO Quatro décadas em quatro momentos -- por Biratan O primeiro e mais importante foi a minha contratação pelo Jornal “A Província do Pará”, em maio de 1978, para ser o chargista diário. Onde aprendi a conviver numa redação que foi uma grande escola do jornalismo paraense. O segundo foi um convite da Funarte em 1980, por intermédio do meu amigo que há pouco nos deixou, o grande Vicente Salles, para participar de uma exposição de humor com outros nomes que me deixaram honrado: Henfil, Jaguar, Millôr Fernandes, Luiz Fernando Veríssimo, Edgar Vasques. Essa exposição foi aberta em Brasília com a presença de todos os artistas e depois seguiu por outras importantes capitais, Rio, São Paulo, Curitiba… O terceiro marco foi um convite dos diretores de Propaganda da Rede Globo para que eu fizesse, em 2000, um Plimplim sobre a Amazônia, as vinhetas animadas que a Globo passava nos intervalos de suas programações. Desafio feito, produzido e aprovado. Veiculou durante um ano. Depois ainda produzi mais quatro plimplins. O quarto marco foi o grande Prêmio no International Cartoon Festival de Knokke-Heist, na Bélgica, onde recebi pessoalmente o troféu da premiação. Até então já tinha uma boa coleção de prêmios nacionais, e o da Bélgica marcava mais pelo fato de eu ter sido o primeiro brasileiro a vencer esse tradicional Salão de Humor da Europa. 23


para os problemas do meio ambiente é a conscientização. Seja por meio do desenho de humor (quadrinhos, animações, livros, oficinas) ou outras mídias (música, teatro, instalações, interferências urbanas, cinema). Esta geração é bem melhor que a nossa em relação à consciência ecológica. Portanto, vamos apostar nela por um mundo melhor. Falando em festival, você conquistou o primeiro lugar no International Cartoon Festival of Knokke-Heist, um dos mais importantes e mais tradicionais. Como foi alcançar tamanho reconhecimento? Fiquei realmente muito feliz quando recebi a notícia que havia ganhado o primeiro lugar no Festival de Humor na Bélgica, em 2002. O convite era para eu ir receber pessoalmente o prêmio, com passagens e hospedagem pagos pela organização do evento. Viajei só, sem saber inglês e francês. A viagem de dez horas, com escala em Lisboa, era noturna. Todos os passageiros dormindo e eu acordado igual um zumbi, posto que eu não havia dormido na noite anterior por pura ansiedade. Finalmente aterrissamos no aeroporto de Bruxelas. Uma imensidão de escadas rolantes, horizontais, inclinadas. Fui seguindo um pessoal que desembarcou junto comigo, com o intuito de ir para a área das bagagens. Em determinado mo-

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mento, o grupo que eu acompanhava se defez: seguiu um pra cá, outro pra lá e eu fiquei sozinho parado no meio do salão. O nervoso me assaltou. Peguei um pequeno guia de viagem e saquei a frase salvadora: “Where is the mats of bags?”, perguntei a um passageiro e ele fez com o dedo: “siga-me”. Trilhamos umas três escadas rolantes e descemos outras tantas. Finalmente cheguei às esteiras.Umas dez. Fiquei procurando no painel o meu voo de Lisboa e não encontrava. Depois de uma hora de tensão vi uma solitária maleta rodando sozinha numa esteira. Era a minha. No painel estava “voo Lisbon”. Como ia saber que Lisboa é Lisbon? Finalmente cheguei à cidade de Knokke-Heist. Bebi tanto vinho no dia da premiação que misturei francês e inglês nos agradecimentos aos organizadores. O cerimonialista que era bilíngue cortou e me salvou: “Okay, okay! Congratulations, Mr. Biratan!”. Recentemente, você lançou ‘Caricaturas de Letra’. Um projeto que celebra grandes personalidades das artes com caricaturas a partir das letras das iniciais do próprio caricaturado. Uma ideia formidável. A publicação deste livro me deu muito prazer. Além de ter descoberto um novo viés na linha do humor, teve um bom reconhecimento de leitores.

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Ganhei prêmios com Caricaturas de Letras, fiz exposições e continuo produzindo as “Caricaletras”, termo batizado pelo meu amigo Fernando Jares. As minhas caricaletras preferidas são da Marilyn Monroe, Fernando Pessoa, Sammy Davis JR., The Beatles, Grouxo Marx e Buster Keaton. Biratan, quando você decidiu enveredar por essa carreira, dava para prever, naquele momento, onde você queria chegar na sua trajetória? Após 40 anos como cartunista e desenhista, quais os planos para o futuro? Quando comecei profissionalmente, não pensei que pagaria as minhas contas com a produção dos meus desenhos e que me aposentaria nessa atividade. Viva o Humor. Hoje, meu estúdio é em casa mesmo. Na verdade, preciso somente de bons computadores, com configurações para imagens de qualidade e internet. Me divido entre várias atividades: ilustrações, animações, projetos gráficos, esculturas, composições musicais, oficinas de humor e meio ambiente. Quando sobra um tempinho, escrevo crônicas, toco bandolim com amigos e conto piadas. Continuo com projetos novos. Um livro de crônicas com o parceiro de letras e músicas Max Reis, um livro de tirinhas do Pavilhão 7, animações ecológicas, produção de documentários e outros sonhos.


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A Leal Moreira sabe: tudo que você buscou na vida tem o seu jeito, a sua forma de ver e pensar. Salão de festas Fitness

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Planejamento, Incorporação e Construção: Artes meramente ilustrativas que poderão ser alteradas sem prévio aviso, conforme exigências legais e de aprovação. Os materiais e os acabamentos integrantes estarão devidamente descritos nos documentos de formalização de compra e venda das unidades. Plantas e perspectivas ilustrativas com sugestões de decoração. Medidas internas de face a face das paredes. Os móveis, assim como alguns materiais de acabamento representados nas plantas, não fazem parte do contrato. Memorial de incorporação registrado no Cartório de imóveis 2º oficio – Comarca Belém – R.2/24441LM, em 28/10/14. Protocolo 231.538.

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Anderson Araújo jornalista

Orelhão Crianças com smartphones me lembram quando telefone fixo em casa já era uma grande coisa. Pelo menos para mim, que fui ter o aparelho na sala de estar já crescido. Antes da novidade, posicionada sobre o pano de crochê na mesinha em destaque no canto da parede, me resolvia (ou tentava) com os orelhões, os fósseis que ainda figuram no cenário urbano hoje, sem qualquer serventia. Nos anos 90, era diferente. Eles eram disputados, havia filas para usar. Na época, a adolescência me empurrava para o dilema de ultrapassar a sedução caligráfica para chegar às aproximações telefônicas com os objetos das minhas paixões pueris. Escrever era mais fácil e mais cômodo, e eu era o rei dos bilhetinhos. Mas eu precisava avançar, afinal, a Graham Bell havia popularizado seu invento havia muitos anos e meus escritos eram motivos de chacota quando descobertos. Não demorou, pude fazer o primeiro teste. A moça apareceu num dia qualquer diante de mim quando fui buscar minhas irmãs no colégio de freiras, onde só estudavam meninas. Ela era da sétima série, presumo, porque tinha 13 anos, mesma idade que eu. Pedi o número dela com um bilhete discreto, usando as coitadas das minhas irmãs. Sem esperança alguma de êxito, fui surpreendido: consegui a informação.

Numa terça, gastei o que não tinha com as fichas e me dirigi ao telefone mais discreto e menos frequentado do bairro. Parecia que havia sido feito sob medida para aquela conversa. Sete da noite, com os nervos desgastados, pus a ficha e girei o disco com o número. Uma, duas, cinco chamadas [que aflição]. Na sétima, atenderam: “espera, vou chamar”, disse um homem. Talvez o pai. Sem demora, ela diz alô. Eu me identifico. - Ah, sim, o irmão das gêmeas. - Pois é. -Tudo bem? - Tudo. E você? - Tudo também. - Tá vendo só, prometi e liguei. - Então... - Pois é... E foram dias e dias num diálogo travado de um lado e desinteressado do outro. De vez em quando um cachorro interrompia com um latido. Era a parte mais emocionante. - Tem cachorro aí, né? - Não. É na rua. - Ah, tá. A despedida dela vinha acompanhada da justificativa do sono ou da necessidade de estudar. Eu, insistente, marcava a próxima ligação. O desligar era um alívio e um peso no meu coração porque

nunca havia assunto entre nós. A não-conversa se repetiu muitas vezes, no mesmo orelhão. A cada ligação os silêncios eram mais longos. Nem o cachorro já não interrompia. Quase sempre no terceiro suspiro, ela dizia que ia se recolher. Estava falindo de tanto comprar fichas e a conversa não passava do “oi, tudo bem”, “pois é”, “tchau”. Minha ficha só caiu no dia em que o silêncio foi diferente dos demais silêncios. Não deu tempo do suspiro dela nem houve o latido do cão. A interlocutora mandou, sem demora: preciso desligar, vou receber um amigo. Ah, então ela conversava! E tinha um amigo! Foi demais para o meu pobre coração. Pus o fone no gancho, a ficha foi devolvida, porque a conversa não durou quatro minutos. Intuí o fim. Entreguei minhas fichas da Telepará para uma senhora que estava aguardando para usar o orelhão, que recebeu o presente com os olhos brilhando. Fui para casa me reconciliar com o papel e caneta, escrever mais uma carta que nunca seria enviada. Esse negócio de falar não era para mim. Quando vejo os meninos com celular na mão falando com toda desenvoltura, sempre me pergunto como eles conseguem. E penso naquele fracasso com sete dígitos que lembro até hoje, de cor.


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Alan Bordallo

Dudu Maroja

Todas as

delícias de

ser saudável Esqueça a ideia de que comida só é boa se fizer mal, ou de que não existe graça nenhuma em ter uma alimentação equilibrada e correta. Belém já possui um leque bem variado de opções para quem procura gostosuras sem sair da linha, e a RLM foi atrás de conhecer alguns deles. E avisa: vai ser difícil chegar ao fim dessa matéria sem ficar com água na boca.

F

oi com sabores exóticos e originais que a multifacetada culinária paraense conquistou fãs Brasil e mundo afora, incluindo em cardápios refinados nomes indígenas inusitados como “jambu”, “cumaru” ou “maniçoba”. Mas até mesmo em Belém, de onde se emancipou a gastronomia típica do Pará, há quem adapte itens indispensáveis do cardápio tradicional a opções menos calóricas e mais saudáveis. Para elaborar um roteiro gastronômico alternativo na capital paraense, consultamos três restaurantes: Govinda, Santé Saudável e Grão - Culinária Saudável, que garantem que uma alimentação balanceada e, também, gostosa, está longe de se resumir a doses infinitas de frango e batata doce (spoiler: batatas doces foram usadas nesta reportagem). Adepto do vegetarianismo desde que adotou a religião Hare Krishna, Francisco Gomes acompanhava, ainda que de longe, o surgimento de restaurantes vegetarianos em Belém. Algumas idas a Índia – onde viveu junto com a esposa Ivaneid Gomes em templos budistas – depois, Gomes utilizou o que aprendeu com os monges em termos de alimentação para formatar a ideia do Govinda, restaurante lacto-ve-

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getariano fundado em junho de 2009 – e que continua a provar que é possível se alimentar bem sem comer carne. E assim como seu xará famoso, companheiro de Sidarta no livro homônimo de Hermann Hesse, o Govinda que está incrustado no centro histórico de Belém também atingiu seu Nirvana, e em dobro: em 2013 e 2014 o restaurante venceu o concurso de melhor PF [prato feito] do Brasil, com a maniçoba e em seguida o vatapá vegetariano. É de comer rezando. Ou melhor, meditando. “Nós vimos que havia interesse nesse tipo de alimentação, mas que o desafio era conseguir fazer os pratos na linha vegetariana e satisfazer o paladar”, explica Gomes. A saída para resolver o dilema foi simples: mesclar o tempero indiano ao paraense. “Estamos em uma região única, com muitos insumos, e não poderíamos deixar de aproveitar essas preciosidades para enriquecer os pratos indianos”, diz Gomes. A maniçoba, por exemplo, tem entre outros ingredientes, queijo provolone, azeitona e proteína de soja. E assim o Govinda continua buscando “vegetarianos em potencial”. A busca por uma alimentação saudável qua- »»»


se sempre está atrelada a uma filosofia de vida. Enquanto no caso do Govinda o motivo primordial é religioso, para restaurantes como o Santé Saudável e o Grão - Culinária Saudável, um cardápio balanceado está ligado à busca por qualidade de vida em um mundo cada vez mais agitado. E quem já fez a opção por alimentos mais leves garante que é difícil voltar atrás e cair novamente na tentação do junk food. “A partir do momento em que nos alimentamos com ingredientes naturais, com alimentos com menos conservantes, você fica mais disposto, com o corpo menos fadigado, e tem um dia mais produtivo. Você sente o corpo mais leve”, diz Rafael Menezes, que idealizou o Santé Saudável, que atende por delivery por telefone ou internet, para atender a quem tinha anseios parecidos com os seus. “Eu mesmo já procurava alimentação mais saudável e não encontrava, principalmente à noite”. Antigamente, quem se encontrava nesta dú-

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vida, apelaria, sem pestanejar, para o fast food. Para Mário Monte, do Grão – Culinária Saudável, o hábito é fruto de uma cultura disseminada nos tempos atuais, mas que aos poucos vem sendo quebrada. “Estamos o dia inteiro conectados ao trabalho, ao mercado. Essa sensação de conectividade durante as 24 horas do dia, sobretudo ligadas a compromissos que julgamos inadiáveis, deixou por muito tempo uma noção de que tudo o que não fosse trabalho poderia ficar em segundo plano. E assim a alimentação ficou comprometida”, justifica. Para mudar o cenário, Mário criou o Grão, primeiro restaurante no ramo da alimentação funcional de Belém, que tem a cozinha assinada pela chef Lidiane Martins. “As pessoas estão buscando equilibrar o trabalho, o estudo, a rotina, com saúde, boa alimentação e prática de exercícios físicos. Não à toa assistimos o ‘boom’ da era fitness nas redes sociais, o que muito contribui para inspirar pessoas a viverem mais saudáveis e

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mais felizes”, diz Mário, que considera o momento atual como “uma nova era de culto ao equilíbrio e bem-estar, tanto do corpo, quanto da mente”. No restaurante, que também atende por delivery além do salão, a produção dos alimentos é feita diariamente, sem o uso de conservantes, glúten, soja ou lactose; o sal comum é substituído por um sal com ervas (feito na própria cozinha), e a manteiga comum dá lugar à manteiga ghee, um óleo purificado de manteiga, sem toxinas. Mas, para não radicalizar, o cardápio – mudado duas vezes por ano – oferece também opções de hambúrguer. “O tradicional hambúrguer da casa feito de patinho moído que é considerada a carne mais magra e proteica do boi. Conseguimos entregar muito mais do que uma refeição, um valor: vida em equilíbrio, onde o cliente estiver”, acrescenta Mário. Na cozinha do Santé Saudável, tudo também se transforma. Uma das novas invenções, por exem-


plo, foi apresentada em primeira mão para a reportagem: a batata doce recheada, acompanhada de carne seca, pasta de queijo light e farofa maromba (à base de soja, com gergelim). “O público paraense consome sua cultura. E não temos como falar de culinária sem falar da culinária de origem. Então demos uma roupagem nova a alguns pratos típicos como o pato no tucupi, que virou arroz de pato, e a maniçoba, acompanhada do arroz paraense”, disse Rafael. E se seu roteiro gastronômico for comodista, o Santé está alinhado à praticidade do delivery e entrega suas iguarias em embalagens de polietileno, que podem ser levadas ao micro-ondas.

Serviço Govinda:

Santé Saudável:

Grão – Culinária Saudável:

Sexta das 11:30h às 15:00h • Sábado das 11:30h às 14:30h Todas as refeições custam R$ 23. Cardápio: restaurantegovinda.com.br/cardapio/

De terça a domingo, das 10 às 14 horas e das 18 às 22h45. Sanduíches de R$ 15 a R$ 20 e refeições de R$ 28 a R$ 34. Cardápio: santesaudavel.com.br

De terça a domingo, das 10 às 14 horas e das 18 às 22 horas. Pratos de R$ 26 a R$ 34. Cardápio: graorestaurante.com.br


especial

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Flávia Ribeiro

Arquivo público / Biblioteca Nacional

Colaborando para o

consumo do bem

Economia colaborativa ganha adeptos em Belém e ajuda a promover consumo consciente no mundo.

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a contramão do consumismo, uma onda está chegando bem quietinha e ganhando espaço, alavancada principalmente pela força das redes sociais. A possibilidade de trocar ou compartilhar objetos e serviços, adquirir novos e usados pagando pouco ou nada tem atraído cada vez mais pessoas para a chamada economia colaborativa. O movimento ganha adeptos no mundo. Uma pesquisa realizada em 60 países mostrou que duas em cada três pessoas querem compartilhar ou alugar seus produtos. Um exemplo disso é o sistema de compartilhamento de bicicletas que foi instalado em alguns estados por um banco. A base da economia colaborativa é construída por empresas e projetos que visam o compartilhamento pessoa-para-pessoa de bens como alimentos, serviços, moradia, automóveis, etc. Há pessoas que já escolheram o compartilhamento como estilo de vida fazendo co-working, por exemplo, onde mais de uma empresa ou profissionais compartilham o mesmo espaço, dividindo custos como água, luz, telefone, salários de funcionários, etc. A razão do sucesso do movimento é alicerçada em três aspectos: o social, pois há pessoas abrindo mão do que não usam mais; o econômico, pois é possível ter acesso a produtos e serviços

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pagando pouco ou nada; e o tecnológico, pois muitos dos serviços se tornam conhecidos pelas mídias sociais e usam plataformas como aplicativos de celulares, por exemplo. O conceito é novo, mas a prática nem tanto. Sabe aquele produto usado que você comprou em um brechó ou em um dos muitos grupos do Facebook? Pois é, isso também é um exemplo dessa nova onda. “Eu não sabia que o nome disso era economia colaborativa, é bom saber. Foi algo que me ajudou porque pude adquirir produtos bons, alguns importados que eu não conseguiria adquirir em outra situação”, comenta a administradora e empresária Layla Barbas. Ela entrou em alguns grupos e conseguiu comprar roupas e brinquedos para o primeiro filho, a preços mais baixos que os encontrados em lojas. Ela fala que começou a investir em produtos novos, usados e seminovos quando soube dos grupos, por meio de amigos. “É bom pesquisar, conhecer o real valor do produto no mercado para saber se vale investir o preço que estão pedindo”, recomenda. Grávida da segunda filha, ela diz que ainda permanecerá utilizando os grupos. “Isso é um problema para quem tem receio em usar objetos usados, mas há coisas que os bebês nem chegam a usar e que são vendidas quase pela me- »»»


tade do preço. Então, é uma boa oportunidade. Além disso, com o tempo conhecemos mais a nossa real necessidade de consumo. Pensamos mais antes de comprar algo”, comenta ela. Para a bibliotecária Rita Almeida a compra de objetos usados e doação também exercitou o consumo consciente. “Muitas vezes acumulamos coisas que não usamos e nem necessitamos, ou ainda, descartamos objetos em boas condições e que podem ajudar outras pessoas”, destaca. Ela já comprou e vendeu objetos por meio de grupos do Facebook e recomenda aos amigos. “É uma maneira de pensarmos melhor na durabilidade das coisas que consumimos e no mundo que queremos deixar para as próximas gerações. Cada produto deste tem um custo não só monetário, mas também ambiental. Então, se repassarmos esses objetos podemos minimizar os impactos dessa produção e também nos tornamos mais conscientes. Eu só vejo vantagens nesse movimento” analisa a bibliotecária. Lojas para moradores de rua Um exemplo do movimento é o “The Street Store – TSS que foi trazido para Belém pela estudante www.revistalealmoreira.com.br

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de psicologia Luciana Miranda. “Eu já tinha ouvido falar de uma loja em que tudo é colocado na rua e pensei em trazer para Belém. Há muitos moradores de rua aqui, essas pessoas precisam de ajuda e de proteção. Além disso, muitas pessoas querem ajudar, mas não sabem exatamente como fazer isso”, explica Luciana. Ela fala que o “The Street Store” surgiu na África do Sul e que diante do sucesso e da repercussão, acabou sendo repetido em diversos outros lugares. “O principal objetivo da TSS é levar dignidade a moradores em situação de rua. Antes de ser uma mera distribuição de roupas usadas, é proporcionar dignidade e inserção social, fazendo com que tais pessoas possam vivenciar experiências que, normalmente, não teriam como viver”, comenta. Em Belém, o projeto conta ainda com apoio de cerca de 50 voluntários, mas a esperança é de que o grupo aumente, uma vez que a prática desse movimento está sendo cada vez mais conhecida em todo o mundo. “Talvez o conceito de economia colaborativa ainda seja vago para alguns, mas as ideias gerais do conceito são entendidas na prática. Antes de pensar em uma ação volta-


da para a economia colaborativa há uma vontade de ajudar e o principal é querer ajudar”, analisa a estudante. Nas manhãs de domingo, durante o mês de julho o grupo estará arrecadando roupas, sapatos e acessórios em bom estado de uso, lavados ou higienizados, na Praça da República, ao lado da bilheteria do Theatro da Paz. A intenção é de realizar a grande ação no mês de agosto. A coordenadora fala que se for necessário, os voluntários poderão fazer a arrecadação na casa de quem quiser doar. Para saber mais sobre o projeto, procure a comunidade do TSS no Facebook. (https:// www.facebook.com/pages/The-Street-Store-Bel%C3%A9m/ 927489200627486?sk=timeline)

2º Living Leal Moreira A Leal Moreira celebrava o sucesso absoluto do Saverne Avant Première e do 1º Living Leal Moreira, eventos que mesclavam Arquitetura, design, artes plásticas, música, fotografia, moda e Gastronomia, e que foram ambientados em empreendimentos em obra do Grupo LM, quando, em 2007, realizou-se o 2º Living. Congregando 34 arquitetos e mais de 90 empresas parceiras para a montagem dos ambientes decorados do apartamento (Torre de Toledo), além das empresas parceiras nos espaços de serviços (como restaurante, banco etc), o Living Leal Moreira foi um exemplo prático de economia colaborativa, muito antes de o conceito virar uma tendência mundial. Durante todo o período do evento, estimou-se a troca de serviços, favorecendo um salutar espaço para diálogo e negociações.

** Se você também quiser conhecer mais sobre a economia coletiva há grupos de trocas/ compras de produtos nas redes sociais e ainda outras ferramentas: • AirBnb: para aluguel ou compartilhamento de bens • eBay, MercadoLivre e Enjoei para produtos novos, usados ou seminovos, cujos donos querem repassar via vendas ou trocas para alguém.

Conheça mais em www.lealmoreira.com.br

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Aguarde! Estamos preparando uma experiência inesquecível. Leal Moreira na CasaCor Pará 2015.


O PAR PERFEITO Ricardo Gluck Paul Micro Cervejeiro e Doemens Sommelier de Cerveja

Queijos e Vinhos, o par perfeito... só que não, lamento informar! A dupla, celebrada por muitos, é responsável por uma das mais complicadas harmonizações que existem. Um tiro cego para leigos e um verdadeiro desafio para Sommeliers experientes. No fundo, esta combinação não passa de um pequeno mito do sofisticado universo da uva. A razão é simples: a grande maioria dos queijos, normalmente gordurosos e ácidos, se faz tão presente no palato que domina a boca por completo. A maioria dos vinhos, mesmo os mais fortes, enfrenta muitos desafios neste ambiente, sofrendo inevitável prejuízo de sabores. Qualquer Sommelier honesto reconhece esta dificuldade. Aliás, isso explica até mesmo a insistência do tema em alguns coquetéis ditos “boca livre”, em que o queijo, propositadamente, disfarça a dureza de um vinho de menor qualidade, justamente aquele que será servido a noite inteira... mas isso é matéria para outro debate. Estamos aqui para falar de cerveja !! Se vinhos e queijos não se dão muito bem, o mesmo não se pode falar das cervejas. Essas, sim, são verdadeiras parceiras! A imensa quantidade de estilos diferentes de cerveja proporciona uma variedade incrível de harmonizações, contemplando todos os tipos de queijos. Queijos com acidez acentuada se equilibram naturalmente com o amargor de cervejas lupuladas. Aromas de frutos secos se completam com o dulçor de maltes abiscoitados e até mesmo com o açúcar residual de cervejas mais encorpadas. De quebra, a cerveja ainda fornece um importante diferencial na harmonização: a sua carbonatação, que simplesmente limpa suas papilas gustativas e renova o palato para o próximo pedaço de queijo... genial !! As possibilidades são tão infinitas e perfeitas, que muitas das vezes a cerveja se faz passar como um próprio ingrediente do queijo, e vice-versa. Quer fazer bonito no seu próximo petit comitê? Vá de Cervejas e Queijos, sem medo de ser feliz !! #Cheers

Dica do sommelier Ola Dubh Special Reserve 18, da cervejaria escocesa Harviestoun em parceria com a destilaria Highland Park. Cerveja negra, maturada em barris de carvalho utilizados para envelhecer whisky 18 anos. De corpo aveludado, tem aroma complexo e intenso, com notas de baunilha, café e chocolate amargo. O dulçor inicial do malte é apenas a introdução de um final alcoólico, licoroso e com uma leve sugestão de whisky – Estilo Old Ale, 8% ABV, R$ 50 / 330 ml. Harmonização: Carne vermelha grelhada; queijo Brie, Gouda, Roquefort ou Gorgonzola; sobremesas à base de chocolate amargo ou meio amargo ou sorvete de creme; charuto. 40

Tupiniquim Saison de Caju, da gaúcha Tupiniquim, eleita a cervejaria do ano no Festival Brasileiro de Cerveja 2015. Maturada com adição de Caju e Manga, de coloração amarela, aroma intenso de frutas cítricas e especiarias e um sabor que equilibra dulçor, acidez e um leve toque de lúpulo e cereais – Estilo Saison, 6,8% ABV, R$ 19 / 310 ml. Harmonização: Frutos do Mar, embutidos e Carne Vermelha.



especial 400 anos

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Irna Cavalcante

Dudu Maroja

Uma Belém para

V

ocupar

iver a cidade nos seus detalhes, ocupar espaços, reconhecer problemas, mas pensar em soluções com otimismo. É nesta perspectiva que o comunicador Ney Messias Jr., produtor cultural, ex-secretário de Comunicação do Estado e, em breve, feirante do mercado de carne Francisco Bolonha, prefere olhar para Belém às vésperas dos seus 400 anos. Em entrevista à Revista Leal Moreira, ele fala sobre a sua relação de amor com a cidade, sobre parcerias público-privadas e da necessidade de ocupar os casarios e espaços públicos que estão ociosos com arte e cultura para as pessoas. Confira a entrevista: Como é a tua relação com Belém? Cara, eu sou apaixonado por Belém, é uma coisa meio impressionante. Já recebi algumas propostas da Globo Recife (PE), algumas coisas no Rio (RJ), e assim, por muito pouco, não saí de Belém. Mas, todas as vezes que eu estava para sair de Belém, parecia que a cidade me puxava, alguma coisa acontecia e eu voltava. Eu sou um fã de Belém. Eu ando mesmo pela cidade, curto os espaços que a cidade tem, então assim, a minha relação é de extrema paixão porque eu acho Belém linda. Eu não concordo com a imagem que tentam vender de Belém. Belém é uma cidade que tem todos os problemas que uma grande metrópole tem, não existe metrópole no Brasil sem violência, não existe metrópole sem problema de lixo, sem problema de trânsito. Mas eu acho que no caos em que se transformaram todas as grandes metrópoles brasileiras, Belém é uma cidade que ainda resiste, que seu charme resiste. Você entra no Centro Histórico de Belém e é uma coisa absurdamente bonita. Belém é muito poética. Eu, recentemente, estive junto com um grupo de produtores culturais que produziram um

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evento lindo, emocionante, que foi o Boulevarte (ocupação artística e cultural ocorrida no último dia 7 de junho), na Praça dos Estivadores. Pois é, mas como observas estas ocupações nos espaços públicos? Falta ainda isso? Belém ainda tem uma carência maior de uma melhor e mais intensa utilização dos seus espaços públicos? Muita. O que não falta são espaços públicos a serem ocupados em Belém. Vamos começar a citar aqui: Passo da Ladeira, Feira do Açaí, Praça dos Estivadores, Waldemar Henrique, Solar da Beira, Mercado Bolonha, Mercado de São Braz, Palacete Pinho, Palacete Bolonha, só para citar alguns dos mais emblemáticos da cidade... Mas qual seria o modelo ideal de ocupação? Não acredito em um modelo ideal de ocupação. Eu acredito que existem vários caminhos para ocupar estes espaços, desde as ocupações sem regra nenhuma como aconteceu, em tese, com o Solar da Beira. Se está desocupado, então ocupa. Agora eu acho que tem que ser ocupado com ordenamento, com segurança para que a população possa ir lá desfrutar, mas existem vários caminhos. Eu, por exemplo, vislumbro outro caminho que é uma organização social. Hoje o Poder Público não tem fôlego e nem pernas para ocupar todos estes espaços. E se o Poder Público não tem fôlego e nem pernas para ocupar estes espaços todos, chama a sociedade para o jogo. Por que não um edital de ocupação? Que se lance um edital de ocupação destes espaços, que as instituições do terceiro setor - e eu estou aqui falando de OS, falo de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), de Organizações Não-Governamentais (ONGs), de fundação - apresentem seus projetos e abram estes espa- »»»


ços. E que a Prefeitura escolha os melhores projetos para ocupar estes melhores espaços, contanto que todo e qualquer projeto de ocupação destes espaços ociosos vise alguns eixos como, por exemplo, cultura; a cultura gerando emprego; a cultura gerando renda; a cultura gerando qualificação de mão de obra; a cultura gerando inclusão social. Julgo ser um caminho muito importante de parceria de Poder Público e sociedade. Mas o que mais te irrita em Belém hoje? Não é que me irrita, mas eu lamento muito. Eu acho que estamos em um momento de todo mundo unir forças e dizer para onde nós queremos levar esta cidade. Eu acho que os empresários têm que começar a se preocupar com o outro balanço, não só o seu balanço contábil de final de ano, mas o empresário tem que começar a se preocupar com seu balanço social. Eu tenho uma empresa, esta empresa está estabelecida nesta cidade, está usando esta cidade para ganhar dinheiro, para auferir lucros e o que é que esta empresa deixa para cidade? Rapidamente, eu estou falando aqui de empresários, mas se o Poder Público estivesse olhando na mesma direção, estaria disponibilizando estes espaços para um edital de ocupação pública e assim mesmo com os produtores culturais e a sociedade civil organizada.

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Mas, ao mesmo tempo em que se tem esta necessidade, não só o Pará, como o país, está atravessando uma crise econômica muito forte. E quando se fala em crise, um dos primeiros cortes é, justamente, no que eles chamam de “gordura” que seria o social e outras áreas que não a atividade-fim. Então como tu vês esta questão e como inverter este cenário? Tua colocação é tão pertinente que agora mesmo o Ministério da Cultura anunciou um corte de 35%, se não me falha a memória, de menos verba para investir para cultura. Isso vai ser terrível. Mas, enfim, é isso que a gente está colocando. Existem áreas prioritárias, infelizmente, os nãos prioritários irão sofrer e a cultura já está sofrendo. Mas, olha só, falei do Boulevarte, colocamos 60 expositores em doze horas de programação dentro da Praça dos Estivadores, eles movimentaram R$ 350 mil em venda em um momento de crise. Então, o que quero dizer é que quando você consegue fazer rodar, girar a roda da economia criativa, o dinheiro aparece, as pessoas vão lá e compram. As pessoas têm outro tipo de relação com este tipo de bem que é produzido pelos empreendedores criativos. É mais do que uma grife, do que uma coisa que tu vais comprar aí fora, então, as pessoas vão lá e compram mesmo. O que eu tenho convicção absoluta é de que a união de atividades, de projetos culturais com empreendedores criativos, fará girar uma parte da roda da economia

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que não é girada e, para isso, eu não acredito em crise. E como encaras o atual cenário cultural paraense? Tu acreditas que aqui é realmente uma máquina genuína de talentos ou falta profissionalismo? Acho que faltam, sim, algumas coisas, como sobram em outras. Sabe, eu acho que nós temos belos atores, belos fotógrafos, belos músicos, temos muita representatividade artística cultural. Talvez esteja faltando para a cadeia produtiva uma qualificação. Ainda temos muitos produtores culturais bons, eficazes e honestos, mas que vacilam na sua prestação de contas, por exemplo. Ainda temos muitos produtores bons, eficazes e honestos que não dão muita atenção para o seu projeto de comunicação. Então, eu acho que tem que qualificar mesmo o setor, a cadeia produtiva da cultura. Eu acho que talento não nos falta. Mas, veja bem, não obstante esta crise, estamos vivendo; não obstante as queixas do setor da cadeia produtiva da cultura com relação à falta de editais, que a gente conhece muito bem, tem muita gente produzindo; à guiza de tudo isso, tem as pessoas que só reclamam, não adianta, paciência; mas tem pessoas que reclamam e fazem - e eu não digo nem reclamam - porque acho que reivindicam e fazem.


Qual pedaço de Belém que tu dirias que é a tua cara? Eu vou interferir na tua pergunta. Se tu me perguntares qual o espaço de Belém que tu gostarias de tocar e que tu mais lamentas a vocação que está hoje, eu te diria que é o Mercado de São Braz. Por quê? Porque o Mercado de São Braz tem tudo para ser o nosso mercado principal, aos moldes dos grandes mercados municipais de grandes capitais, como o mercado municipal de São Paulo, como se tu fores para Barcelona, como o La Boqueria. A vocação daquele mercado é esta e, infelizmente, o Mercado de São Braz está ocupado historicamente por 500 permissionários vendendo bugigangas chinesas, vendendo artigos para pote, para fogão, estas coisas todas. É uma vocação completamente equivocada e, quando falo isso, não falo em retirar as pessoas que estão lá, mas o Poder Público deveria ter a responsabilidade de revocacionar aquilo ali. Não é fácil de resolver, a gente fica apontando para o Poder Público, mas não é fácil. Teria que chegar para estes permissionários e dizer: nós não queremos que vocês saiam daqui, queremos que continuem operando este aparelho, só que vocês terão que passar por um processo de requalificação. Apresentaria um cardápio de atividades que serão permiti-

das aqui para que eles escolhessem no que querem trabalhar e aí garantiria um aparato melhor, um box melhor, bem acabado e reformula aquilo tudo. Eu estou abrindo agora três boxes no mercado de carne Francisco Bolonha. Eu vi 15 boxes vazios e eu não entendi por quê. Como pode ter boxe vazio em um mercado tão lindo como este? Eu fui bater na Secretaria Municipal de Economia e me disseram que os caras desistiram de abrir seus negócios. Então eu me candidatei e peguei três boxes pra mim. Eu vou fazer uma experiência gastronômica artística cultural, vou servir comida paraense, vou servir comida internacional com insumos paraenses, gourmet mesmo, ao mesmo tempo em que vou vender o chopp nosso, a cerveja artesanal. Como tu vês hoje a gastronomia paraense no cenário nacional? Ela está indo por conta própria. Você vê o exemplo do Peru, que hoje é, talvez, a bola da vez. Vários restaurantes peruanos estão entre os melhores do mundo. Mas, por exemplo, no Peru, o Gaston, inclusive, foi responsável por convencer o governo peruano a investir o que está investindo em políticas públicas gastronômicas. O Governo gastou, inclusive, cerca de R$ 1 bilhão para que a gastronomia peruana fosse reconhecida no mundo inteiro. Nós não precisamos de tudo isso porque a gastronomia

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brasileira, principalmente a amazônida, é a queridinha dos grandes chefs de cozinha, mas a gente precisava de incentivo estatal. Como gestor, tu levaste o Terruá Pará para fora. Tu achas que ainda falta um olhar mais atento para a cultura paraense? O que deveria ter tido continuidade eram os editais do Terruá, que fizemos no segundo ano, as mostras do Terruá Pará, porque aí tu movimentas anualmente, tu estimulas as pessoas a continuarem produzindo. Mas independentemente da mostra Terruá Pará, as pessoas continuam produzindo muita música. Estão faltando realmente mais editais, novas linhas de crédito, com dinheiro subsidiado, para os nossos artistas poderem comprar instrumentos novos, seus aparelhos de som, o pessoal do teatro comprar sua iluminação, seu figurino. Nós temos aqui o Banco do Estado do Pará, que poderia abrir esta linha de crédito. Eu acho que o que falta, na verdade, é uma grande pesquisa sobre a cadeia produtiva da musica começando por Belém. Se você tem uma pesquisa sobre a cadeia produtiva da musica, você vai instrumentalizar os governos a investirem mais na cadeia a partir destes números. Se eu provo para qualquer governo que se eu investir R$ 1 em cultura, eu gero tantos empregos, já vamos ver a cultura de outra forma, não só como festa. Nós não temos isso, »»»


ninguém tem, nem governo, nem sociedade civil organizada. O que é a cadeia produtiva da música em Belém? Quantos empregos ela gera? Qual o impulso de dinheiro que é preciso colocar nela para gerar tantos empregos? É tudo intuitivo. E qual a tua expectativa em relação aos 400 anos? Eu acho que as pessoas criam muitas expectativas com datas fechadas, redondas. Ninguém vai mudar uma cidade da noite para o dia, para que nos 400 anos ela esteja perfeita. Belém cresceu muito desordenadamente, temos problemas de trânsito, problemas de segurança como todas as cidades têm. As cidades, em todo o Brasil, estão muito doentes por conta de um pacto federativo ruim e é fácil de entender isso. Então a União, este ser que arrecada muito, precisa participar mais da vida, dos problemas das cidades e dos estados. Eu não acredito em grandes mudanças na situação de Belém. Agora, se tu me disseres se tu dormisses hoje e acordasses nos 400 anos, o que eu gostaria de ver? Eu diria que eu gostaria de ver esta cidade com arte e cultura, que é a sua grande vocação. Eu gostaria de acordar e ver este tripé Poder Público, elite e sociedade, andando pelo mesmo caminho. E, em segundo lugar, acordar com este monte de casario, de espaços públicos, ocupados de maneira bacana, com arte e cultura para que a gente possa sair de casa e viver a cidade. Por isso, a hashtag da Boulevarte foi #cidadeparaaspessoas. Foi uma grande provocação. A gente tem que parar com esta mania de viver dentro das nossas casas, de viver na cidade, e morar dentro dos nossos apartamentos. Você falou desta preocupação das pessoas viverem a cidade, mas existe, ao mesmo tempo, um temor das pessoas em relação à insegurança... Belém tem, sim, uma violência grande, como as outras grandes capitais. É óbvio que tem, é um problema nacional. Fizemos o evento no Boulevarte, zero de ocorrência policial; participei de um evento no mercado Bolonha, zero de ocorrência policial; fui para Santa Terezinha, zero de ocorrência policial; cadê a violência da cidade? Quando a gente se mobiliza e faz as coisas acontecerem no âmbito da cidade, a gente acaba estimulando os órgãos de segurança a irem lá e fazerem a segurança para a gente. Se estou na rua, vou fazer um evento aqui, então, mando um ofício para Polícia Militar, um ofício para Guarda Municipal. E tem mais: o “mal”, e vamos colocar aqui com 29 aspas, acaba se estabelecendo em determinadas áreas da cidade porque ninguém faz nada. Então, se ninguém faz nada e o espaço está desocupado, o “mal” vai lá e ocupa. Eu acredito muito nisso. Quanto mais a cidade estiver ocupada, mais segurança nós teremos.

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Carolina Menezes

Dudu Maroja

Ele só quer um palco e o violão Há mais de 50 anos, Toquinho mistura como poucos a arte de compor com a arte de tocar o violão e os mais variados sentimentos dos mais diferentes tipos de público – dentre essas conquistas, a amizade saudosa e a parceria eternizada com o dispensa-apresentações, Vinicius de Moraes. E a boa notícia é que ele não tem a menor intenção de parar de fazer isso tão cedo.

U

ma fala mansa, um olhar doce e um sorriso quase que onipresente, sempre convidando a ouvir mais e mais uma vez canções eternizadas, que não cansam, que moram no imaginário de todos nós, por um motivo ou por outro. Nos dedos, um virtuosismo tão impressionante que lhe rendeu uma amizade que se transformou em uma das parcerias mais celebradas da história da música brasileira. Por vezes, Antônio Pecci Filho não merece o apelido que lhe tornou mundialmente conhecido como músico, o de Toquinho, tão grande é a sua contribuição enquanto artista. Por outro lado, a delicadeza e o esmero em cada construção poética lhe tornam tão apropriado a receber um apelido tão carinhoso que é difícil dizê-lo sem, ainda que timidamente, sorrir. Aos 51 – frutíferos – anos de carreira e pertinho de iniciar sua sétima década de vida, Toquinho quer continuar fazendo aquilo que lhe faz... Toquinho. De tão íntimo do palco que se tornou, admite o quanto fica cada vez mais à vontade empunhando seu companheiro de cordas por longas horas. “Virou a sala de visitas de minha casa, algum dia vou colocar alguns sofás e a plateia para participar mais de perto!”, brinca, com a doçura que lhe é peculiar. Ainda na década de 70, o “poetinha” Vinicius de Moraes já dizia que seu grande companheiro de

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letra & música “não perde nunca o senso de humor e o seu jeito de garotão maravilhado com a vida e o que ela lhe está prodigalizando” – a ponto de chamá-lo de “jovem menestrel moderno”. Em entrevista exclusiva a Leal Moreira durante passagem rápida por Belém em julho último, onde participou de um show comemorativo aos 73 anos de existência do Banco da Amazônia, o cantor fala de sua obra, parceiros, Vinicius, futebol, de suas influências da ascendência italiana e anuncia que da música quer viver muitos e muitos anos ainda. “Tantos quantos a saúde me permitir”, reforça. Confira a entrevista: Ouço um compilado de suas músicas enquanto escrevo essas perguntas e, é impossível não começar tratando da sensibilidade de suas canções - nem falo de letra, falo de melodia mesmo, afinal, como dizia Vinicius, você 'janta' o violão. Você consegue ter uma real dimensão desse 'banquete' ou ao reescutar sua obra os resultados lhe soam como algo natural para a época ou para o período de vida que você vivia quando compôs determinada canção? As canções criam vida própria, como filhos. Às vezes escuto uma delas, escondida lá atrás da memória, e é como se a abraçasse, ela volta para meu violão, a letra me remete ao lugar de origem, é como se passeássemos de mãos dadas por um »»»


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• CD Mulher, Amor e Romantismo - 2001 • CDs Coleção Toquinho & Orquestra - 2001 • Música Do Brasil - Volume 6 - Toquinho - Tom Brasil - 2000 • Toquinho Live - 2000 (Vitola/BMG) • Toquinho e Paulinho Nogueira Instrumental - 1999 (Movieplay) • Vivendo Vinícius Ao Vivo - Baden Powell/Carlos Lyra/Miúcha/Toquinho - 1999 (BMG) • Toquinho - Italiano - 1999 (Movieplay) • Coleção O Melhor de Toquinho - 1998 (BMG) • Toquinho e Vinícius - Coleção Millennium - 1998 (Polygram) • Toquinho - Coleção Minha História - 1997 (Polygram) • Toquinho - Boca da Noite - Paris, França - 1997 (Rym Musique) • Canção dos direitos da Criança - 1997 (Movieplay) • Cds 1 e 2 Toquinho e Suas Canções Preferidas - 1996 (Paradoxx) • Toquinho - 30 Anos de Música - 1994 (BMG/Ariola)

• Toquinho e Paulo Ricardo cantam Vinicius - 2012 • CD Toquinho - Quem Viver, Verá - 2011 • Musical Cats - 2010 • Poeta, Moça e Violão - Vinicius/Clara Nunes/Toquinho - 2008 • CD Passatempo – Retrato de uma época - 2005 (Circuito Musical) • CD Mosaico - 2005 (Circuito Musical) • CD Toquinho no Mundo da Criança - 2005 (Circuito Musical/Editora Delta) • CD TOQUINHO Bossa Nova Forever (A tribute to over 40 years of Bossa Nova) - 2004 (Universal) • CD Toquinho Le canzoni della mia vita (As canções de minha vida) - 2003 (Universal) • CD Só Tenho Tempo Pra Ser Feliz - 2003 (Movieplay) • CD Toquinho – Ensinando a Viver - 2002 (Circuito Musical/Grupo Positivo) • CD Herdeiros do Futuro – Projeto Guri – 2002 (Circuito Musical) • CD Toquinho – Amigos e Canções - 2002 (BMG) • CD Filosofia de Vida - 2001

caminho que se repete na outra canção que ainda não nasceu... Elas refletem vários Toquinhos que, no fundo, em todas elas, são um só. O assunto da parceria com Vinicius é uma constante na sua vida, e inclusive nos shows você não se furta de contar histórias hilárias vivenciadas ao lado do poeta com quem sua parceria foi tão frutífera. A falta dele chegou a te fazer pensar em parar, ou por falta de vontade, ou por falta de inspiração...? Você deu uma entrevista à TV Cultura quando a morte dele completou dez anos dizendo que a presença dele é tão marcante que você o encontra em todo lugar, numa música que pedem, na marca de uísque que ele gostava... Ainda é assim? A falta do amigo, parceiro musical ainda é muito sentida ou é, digamos, administrada de outra forma? A presença de Vinicius em minha vida é constante, não pode deixar de ser. Foram dez anos de uma convivência enraizada em músicas, amigos, viagens, diversas cumplicidades, cercada sempre da alegria de fazer o que fazíamos, sempre com muito prazer. Mas, de fato, do que mais sinto falta é do Vinicius amigo, dos papos descontraídos, das tiradas inteligentes, de sua generosidade poética diante da vida e das pessoas.

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Qual sua paixão maior, o violão ou a bola? Também são muitas as suas histórias com o futebol, especialmente quando criança. Você escolheu um pelo outro ou foi, digamos, 'tomado' por um que se transformou em maior que o outro? Qual seu time do coração? São duas paixões, sendo que uma não elimina a outra. Às vezes estão juntas, quando assisto a um jogo com violão na mão, numa participação meio inconsciente, talvez para abrandar as ansiedades. Quando criança, meu pai me levava aos treinos do Corinthians e eu podia ver de perto aqueles jogadores, meus ídolos daquela época. Não resisti à paixão pelo Corinthians, já compus até um hino a esse time que arrebata multidões, e eu sou um desse bando de loucos. Paulinho Nogueira, Vinicius, Tom, Chico e tantos outros... Parceiros, amigos ou mestres ou tudo isso junto? Você imagina outros rumos para a sua carreira se não tivesse estado com um ou com outro? Sou um privilegiado por ter encontrado e convivido com pessoas tão especiais, como amigos e como parceiros em várias circunstâncias. Sou um dos herdeiros da Bossa Nova, toda minha geração carrega na sua criatividade a estrutura que define essa época como a mais bela da música popular »»»


Confira mais

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• CD Duplo Toquinho - La Vita È L'arte Dell'incontro - 1993 (BMG/Ariola) • Toquinho - O Viajante do Sonho - Brasil - 1992 (BMG/Ariola) • Toquinho - El Viajero del Sueño - Espanha - 1992 (BMG/Ariola) • Toquinho - Il Viaggiatore del Sogno - Itália - 1992 (BMG/Ariola) • CD Triplo A História dos Shows Inesquecíveis - Poeta, Moça e Violão - Vinicius/Clara Nunes/Toquinho - 1991 (Collector's Ed.Ltda) • Toquinho - Instrumental - 1990 (Caju Music) • CD Duplo Toquinho In Cantabrasil - Itália - 1989 (CGD) • Toquinho - À Sombra De Um Jatobá - 1989 (BMG/RCA) • Made In Coração - Toquinho e Sadao Watanabe - 1988 (BMG/RCA) • Canção de Todas As Crianças - Músicas de Toquinho e Elifas Andreato - 1987 (Philips) • Coisas do Coração - Toquinho - 1986 (Barclay)

brasileira. Tudo isso fez com que eu seguisse a trajetória que segui. É muito injusto perguntar qual a sua composição favorita, aquela peça que você, mais do que se orgulha, mas se sente feliz de ter criado? Pode contar por quê? Realmente é uma injustiça! Mas tem uma que pode ser citada pela minha importância como compositor perante Vinicius de Moraes. Era praticamente o início de nossa parceria e eu fiz, sem ele saber, a melodia de uma poesia que ele ia dar para Dorival Caymmi musicar. Quando mostrei, ele gostou demais e foi depois dessa canção que ele passou a ter mais confiança em compor comigo. Foi com a canção “Tarde em Itapoan” que ganhei o poeta. A minha geração, a da década de 80, te reconhece muito por um trabalho que atingiu em cheio mesmo foi o público infantil. O fato de a aclamação durar até hoje te chama a atenção ou mesmo te faz pensar em retomar isso? As músicas infantis são uma das facetas mais importantes de minha carreira. Elas renovam ge-

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• Le Storie Di Una Storia Sola - Itália - 1986 (CGD) • Vamos Juntos - Toquinho Live At Bravas Club'86 - 1986 (Polydor) • A Luz Do Solo - Toquinho - 1985 (Barclay) • Toquinho - Sonho Dourado - 1984 (Barclay) • Bella La Vita - Toquinho - itália - 1984 (CGD) • Casa De Brinquedos - 1983 Participações de Dionísio de Azevedo, Simone, Tom Zé, Lucinha Lins, Toquinho, Roupa Nova, MPB-4, Chico Buarque, Paulinho Boca de Cantor, Carlinhos Vergueiro, Baby Consuelo, Moraes Moreira e Cláudio Nucci. (Polygram) • Toquinho - Acuarela - Espanha - 1983 (CGD) • Toquinho - Aquarela - 1983 (Ariola) • Toquinho - Acquarello - Itália - 1982 (Maracanà) • Toquinho Ao Vivo Em Montreux - 1982 (Ariola)

rações. Hoje, pais cantam com seus filhos essas canções que cantaram quando tinham quatro, cinco anos. E assim será daqui para frente. São canções eternas que garantem um público constante. Você completou 69 anos no início desse mês. Podemos esperar um trabalho comemorativo, do tipo vida & obra, para o ano que vem, quando você completa 70 anos? Se sim, já pode adiantar alguma ideia...? Outro dia, conversando com meu empresário, falei que ia fazer 70 anos. E ele me alertou: é 69! Ganhei um ano! Para 70 falta muito, até lá decidirei como será a passagem para mais uma década... Seu último lançamento é de 2011, o "Quem Viver, Verá". E atualmente, você tem composto? O que tem ouvido? Tem vontade ou planos de compartilhar com o público isso? O violão é um companheiro de todos os dias, estimulando a procura de novas composições. Não fico ansioso por achá-las, virão na hora certa. Há algumas sendo completadas, outras iniciadas, e assim vão surgindo devagar. Há que deixar o tempo decidir a hora de gravá-las. »»»



• Toquinho, La Chitarra e Gli Amici - Itália - 1981 (CGD) • Toquinho - Doce Vida - 1981 (Ariola) • Arca de Noé - Participações de Alceu Valença/Bebel/As Frenéticas/Boca Livre/Mpb-4/Marina/Milton Nascimento/Ney Matogrosso/Walter Franco/Moraes Moreira/Elis Regina/Fábio Jr./Chico Buarque - 1980 (Ariola) • Sempre Amigos - Paulinho Nogueira/Toquinho - 1980 (Arlequim) • Um Pouco de Ilusão - Toquinho/Vinicius - 1980 (Ariola) • 10 Anos de Toquinho & Vinicius - 1979 (Philips) • Enciclopédia da Música Popular Brasileira - Instrumental - 1978 (Art Editora Ltda) • Toquinho Cantando - Pequeno Perfil de Um Cidadão Comum - 1978 (Philips) • Toquinho Tocando - Instrumental - 1977 (Philips) • Tom - Vinicius - Toquinho - Miúcha - Gravado ao Vivo no Canecão - 1977 (Som Livre) • The Best Of Vinicius & Toquinho - 1977 (Philips) • Toquinho - Il Brasile Nella Chitarra - Gravado em Torino, Itália - 1976 (Fonit-Cetra) • La Voglia, La Pazzia, L'incoscienza, L'allegria - Vinicius/Toquinho/Ornella Vanoni - 1976 (RGE) • Toquinho e Vinicius - O Poeta e o Violão - Gravado em Milão, Itália - 1975 (RGE)

Vi um show seu em 2013 e é impossível não se deixar levar pelo clima de bate-papo que vira o concerto; entre uma brincadeira, uma história, um ‘causo’ e outro, você presenteia o público com as músicas, e uma composição sempre puxa uma outra história, que puxa uma outra música... Em entrevistas diversas você sempre fala de turnês muito extensas, dentro e fora do Brasil, algumas com mais de cem shows, por anos e anos, algo cansativo para qualquer artista. O que é hoje estar no palco pra você? É uma atividade com prazo de validade pra você hoje em dia? Amo o que faço, e faço com muito prazer. É uma diversão, quase um trabalho... O palco para mim virou a sala de visitas de minha casa, algum dia vou colocar alguns sofás e convidar pessoas da plateia para participarem mais de perto. Meu show é isso, momentos de intimidade que revelam, além do artista, o homem e seus disfarces. Eu pretendo tocar ainda por muitos anos, tantos quantos a saúde me permitir, pois jamais me faltarão entusiasmo e prazer. É por causa da sua ascendência italiana algumas experiências que você teve cantando nesse idioma nas décadas de 70, 80 e 90? Como foi para um artista de som tão, tão brasileiro fazer essa, digamos, transposição? Se não me engano foi a gravação de

• Vinicius/Toquinho - 1975 (Philips) • Toquinho - Boca Da Noite - 1974 (RGE) • Toquinho/Vinicius & Amigos - Maria Bethania/Ciro Monteiro/Sergio Endrigo/Maria Creuza/Chico Buarque • 1974 (RGE) • Fogo Sobre Terra - Trilha Sonora da Novela - Rede Globo - 1974 (Som Livre) • Toquinho & Guarnieri - Botequim - Marlene/Toquinho/Gianfrancesco Guarnieri - 1973 (RGE) • O Bem Amado - Trilha Sonora Original Da Novela - Rede Globo - 1973 (Som Livre) • Vinicius Canta "Nossa Filha Gabriela" - Novela TV Tupi - Canal 4 - SP - Música de Vinicius de Moraes e Toquinho - 1972 (Polydor) • Per Vivere Un Grande Amore - Itália - 1971 (Fonit/Cetra) • Vinicius + Bethania + Toquinho En La Fusa (Mar del Plata) - 1971 • Como Dizia O Poeta... Música Nova. - Vinicius/Marília Medalha/Toquinho - 1971 (RGE) • Vinicius De Moraes En "La Fusa" Con Maria Creuza Y Toquinho - Gravado em Buenos Aires - 1970 (Trova) • Toquinho - 1970 (RGE) • La Vita, amico, É L´arte Dell incontro - gravado na Itália - 1969 (Cetra) • O Violão do Toquinho - Instrumental - 1966 (Fermata)

"Aquarela" no idioma que te rendeu um disco de ouro na Itália, o primeiro dado a um brasileiro até então, certo? Tem vontade de fazer novamente? Minha ascendência é toda italiana, por parte de pai e de mãe. Tenho a Itália como minha segunda pátria e, desde o começo de minha parceria com Vinicius, me apresento constantemente por lá. Mas minha popularidade cresceu mesmo a partir de 1982, quando gravei o disco “Acuarello”, o primeiro Disco de Ouro conferido a um brasileiro. Depois desse disco gravei mais três com canções letradas em italiano e algumas traduzidas por mim para o português e gravadas aqui também. A Itália continua constantemente em minha agenda, e há um projeto para o ano de se gravar um DVD na terra onde nasceu meu avô paterno, em Campobasso, região de Molise, onde tudo isso começou. E pra fechar: o Toquinho cantor, compositor, violonista já fez tudo o que queria fazer, está fazendo ou ainda vai fazer? O importante é não recusar as boas propostas que a vida nos traz, e enfrentá-las com dignidade, perseverança e otimismo. Cada novo show, cada nova gravação, é como se fossem os primeiros, tamanho o prazer que sinto em fazer música. Assim, sempre temos algo a fazer, apesar de já termos feito tanto.


Falando Grego Ei, você do FMI, Me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí. Os gregos inventaram as bases da civilização ocidental, mas de uns tempos pra cá parecem pouco criativos. Tentam legitimar um calote por plebiscito, algo que a esquerda no Brasil, e em outros rincões, já inventou muito tempo atrás! Neste aspecto, o pensamento politicamente correto e a heterodoxia canhestra da esquerda mundial consideram legítimo não pagar dívidas com o sofrimento da população. É fácil sensibilizar qualquer um com essa argumentação; mais fácil ainda prever o resultado de um plebiscito dessa natureza. Se perguntarmos a qualquer pessoa: “Você acha que deve pagar sua dívida com o banco à custa da comida dos seus filhos?”, não precisa ser nenhum gênio da economia ou estatística pra adivinhar a resposta. Formulando de outra forma: “Se não pagarmos a dívida com o banco eles podem tomar nossa casa e o carro, pois o empréstimo foi para esse fim, então vamos diminuir a comida na mesa e o desperdício?”. Certamente a resposta seria outra, mas vindo de um governo de esquerda como você acha que a pergunta seria formulada nesse plebiscito? O problema então é de formulação da pergunta e não a natureza da resposta. Essa mesma aberração se observa com muita clareza em nosso país. Aqui a cultura dominante é de defender o devedor, isso está até na Constituição, que pretendia limitar juros a 12% ao ano, nas múltiplas manobras legais para procrastinar pagamentos, na dificuldade e quase impossibilidade de executar uma ação de despejo ou execução de dívida na justiça, na própria Lei de Recuperação Judicial, na cultura dominante de considerar o devedor um pobre coitado e no cobrador um canalha que extorque os outros. Aqui, se um aluno não paga a escola não deve ser cobrado nem impedido de frequentar aulas ou fazer provas. Só no ato da matrícula no ano seguinte é que pode haver alguma represália, como não aceitar a nova matrícula. Num condomínio, o síndico será processado por danos morais se divulgar a lista de devedores. Uma execução para pagamento da taxa condominial pode levar anos, décadas até haver uma decisão final. Até o governo federal instituiu o calote com o REFIS, o programa de financiamento de dívidas. Virou a melhor forma de capitalizar uma empresa, funciona assim: o empresário declara o imposto a pagar, mas não executa o pagamento, com isso fica livre de ações penais por sonegação, que é crime, vira mero devedor do fisco. A dívida segue para cobrança judicial onde um bom advogado

posterga as decisões até o governo publicar uma nova edição do REFIS, aceitando o parcelamento da dívida em até quinze anos, sem multa e com juros bem baixos. Já ouvi de muitos consultores e conheço vários empresários que dizem ser essa a melhor maneira de conseguir dinheiro barato no mercado. A cultura está no nosso sangue, no DNA da formação do nosso caráter nacional e de uma forma direta ou enviesada a maioria defende essa postura. Afinal “quem empresta é quem tem e quem toma emprestado é quem não tem” e por essa lógica obtusa é legítima essa forma de distribuição de renda. O que poucos falam e que a maioria absoluta não entende é que de uma maneira perversa, todos acabam pagando essa conta, não tem jantar de graça. O mais perverso ainda é que os bons pagadores pagam pelos maus pagadores, os justos pelos injustos e aí chegamos até na Bíblia, eterna defensora dos fracos e oprimidos. E como isso acontece? Vamos começar com uma noção bem simples: um condomínio que deveria ser o laboratório de observações de como deveria funcionar uma coletividade. Quem já participou destas emotivas reuniões sabe que as contas devem ser pagas no final do mês e que se algum condômino não honrar seus compromissos os demais devem se cotizar. Como o síndico está com poderes limitados de cobrança e como a ciência da estatística estabelece os limites ao longo do tempo, sabe-se que uma parcela dos condôminos sempre atrasa ou não paga a taxa, então propõe-se a elevação da taxa condominial proporcional ao percentual de atraso. Os bons pagadores tendo que cobrir o rombo dos maus pagadores. Nas escolas a situação é bem mais delicada, pois a direção da escola não pode simplesmente repassar 40% de reajuste na mensalidade (essa é a média de inadimplência que ouvi de alguns gestores educacionais), pois o MEC, a secretaria de educação ou qualquer outro órgão governamental regula esses aumentos não permitindo ‘abusos’. Ora, se a receita no final do mês não cobre a despesa e se o gestor não pode aumentar a receita tem que diminuir a despesa. Demitem-se professores e outros colaboradores, diminui-se verba pra manutenção, cortam-se projetos de extensão e depois ficamos todos perguntando por que nosso ensino é tão fraco, sempre nas últimas colocações nos testes internacionais como o PISA. No governo é bem mais fácil, pois se a receita não é suficiente devido à sonegação ou aos arti-

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Celso Eluan empresário celsoeluan@ig.com.br fícios como o Refis que citei acima, a caneta está nas mãos deles, então aumentam-se os impostos e com isso temos uma das maiores cargas tributárias do mundo e a pior relação entre carga tributária e serviços prestados. Isso sem falar na corrupção que é outra doença a ser tratada. No sistema financeiro precisamos entender que a mercadoria de um banco é o dinheiro que ele toma na forma de aplicações pagando uma taxa aos investidores, nós os aplicadores de poupança, conta corrente, CDBs e tantos outros títulos. Os bancos compram essa mercadoria (dinheiro) dos investidores pagando uma taxa e emprestam cobrando uma taxa maior, senão quebrariam. É a mesma lógica de qualquer comerciante, compra um produto por X e tem que vender por X mais um lucro, que no sistema financeiro chama-se spread. Bancos são os maiores investidores em tecnologia, o sistema bancário no Brasil é um dos mais estruturados tecnologicamente no mundo então eles têm informação suficiente pra saber qual a taxa média de inadimplência e perda por falta de pagamento e sabem que terão muitas dificuldades e custos pra cobrar dívidas na justiça. O que fazem então? Somam essa taxa de perda ao spread cobrado dos tomadores de empréstimo e assim conseguimos chegar na mais alta taxa de spread do mundo, ou falando num português mais claro, na mais alta taxa de juros do mundo, já que o nosso governo, eterno glutão de recursos, paga a maior taxa básica do mundo que somado ao maior spread do mundo conseguimos assim vencer o campeonato mundial de taxas de juros. Parabéns para nós que defendemos o não pagamento das dívidas. E se não pagarmos todos aos bancos? Ora não vamos esquecer que bancos não fabricam dinheiro, o recurso que eles usam pra emprestar é de terceiros, nós os aplicadores, e se os bancos quebrarem quem perde somos todos nós que ‘emprestamos’ aos bancos. Por isso fecharam os bancos na Grécia limitando os saques em caixas automáticos pra não sacarem todos os recursos e assim quebrar o sistema financeiro do país. Então, o que você responderia num plebiscito sobre o não pagamento da dívida? Não vai dar, não vai dar não Você vai ver a enorme confusão Que eu vou beber, beber até cair Me dá, me dá, me dá Me dá um dinheiro aí (marchinha de carnaval composta por Ivan, Homero e Glauco Ferreira em 1959)



decor

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Camila Gaia

Joca Duarte

CASACOR

SÃO PAULO

Brasil em todos os cantos A Casa Cor São Paulo é a grande inspiração para as demais mostras regionais, no Brasil e no exterior e reúne grandes nomes da arquitetura nacional com projetos inspirados em ícones brasileiros e na sustentabilidade.

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aízes, referências, reflexões. Esse poderia ser um resumo da experiência proporcionada aos visitantes da 29ª edição da Casa Cor São Paulo, que levou ao público as principais tendências da arquitetura, decoração e paisagismo nacional. Inspirados na brasilidade, compartilhamento e sustentabilidade, tema principal deste ano, profissionais consagrados e estreantes criaram os mais de 70 ambientes da mostra. Uma verdadeira celebração à identidade cultural brasileira, resgatando nossas raízes sem esquecer do futuro, já que, pela primeira vez, a Casa Cor ambientou seus espaços com tecnologia 100% LED, o que reduz o consumo de energia e revela um novo mercado: consciente e preocupado com o meio ambiente. Não à toa, o verde é a inspiração. Às ve-

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zes no projeto como um todo, em outras, em um detalhe. E não só arquitetos e paisagistas tiveram espaço garantido na mostra. Em quase todos os ambientes, a trilha sonora escolhida foi de artistas consagrados, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ivete Sangalo, Rita Lee, entre outros. Peças de artistas plásticos e designers brasileiros também abrilhantaram os projetos. A Revista Leal Moreira esteve presente nesta que é a maior e a melhor mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas, para antecipar e dar um gostinho do que os paraenses poderão esperar da Casa Cor Pará, que este ano acontece entre os dias 2 de outubro e 22 de novembro, no Boulevard Shopping. »»»


Casa da Gente Flores tropicais, plantas e madeira formam o aconchegante projeto de Marina Linhares. Em uma área de 70m², a arquiteta utilizou elementos que mostram um pouco do Brasil rústico, com claras referências à cultura indígena. Tudo com muita sofisticação. Os tons pastéis no mobiliário, o revestimento em madeira e a iluminação ambiente estão em harmonia. O projeto ganha um complemento especial com o paisagismo de Rodrigo Oliveira, logo na entrada.

Casa da Árvore Gilberto Cioni e Olegário Sá abrilhantaram a mostra deste ano com uma bela e aconchegante casa de campo ou praia, que utiliza 100% de materiais sustentáveis, mesclados com design contemporâneo e obras de artistas como Vik Muniz. Os arquitetos não só valorizaram a natureza ao redor, ao incluir no projeto as árvores existentes no local, como abusaram da tecnologia ao utilizar vidros que mudam de cor conforme a iluminação natural.

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Casa do Flamboyant Veterano na Casa Cor, Dado Castello Branco privilegiou em seu projeto o uso de materiais naturais como pedra e madeira, para criar um ambiente integrado com a natureza ao redor. No espaço de 85m², chamam atenção as paredes em vidro, que valorizam a relação do homem com o meio ambiente, proporcionando também o uso da luz natural. No chalé urbano, destaque para os móveis que combinam o rústico com o design moderno.

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Casa Container Quatro contêineres transformados em uma casa familiar. Essa foi a proposta do arquiteto Daniel Kalil e da designer de interiores Karinna Buchalla, que tiveram como inspiração para o projeto o conceito de reaproveitamento. O ambiente de 170m² tem como destaque áreas comuns, como a sala de estar, com móveis em madeira rústica em contraste com outros em tons pastéis. Outro diferencial do projeto é o isolamento térmico e acústico dos contêineres, feito com lã de garrafa pet.

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Clube Léo No que talvez seja o mais ousado projeto da Casa Cor São Paulo, o arquiteto Léo Romano preparou uma sala de estar/jantar cheia de referências artísticas e lúdicas, como a mesa de jantar com pendentes desenvolvidos por Leo em parceria com a artista plástica Iêda Jardim. Nos detalhes do projeto, mobiliários do design brasileiro, como as chaises “Rio”, de Oscar Niemeyer, e as poltronas “Benjamim”, de Sérgio Rodrigues. O projeto ganha um toque especial com os dois mil metros de barbante que revestem paredes e teto e formam o desenho tridimensional de uma casa.

Casa P&B Em um dos ambientes mais sofisticados da Casa Cor São Paulo, Léo Shehtman não economiza no preto e no branco no projeto de 215m² inspirado na frase do arquiteto Mies Van der Rohe, "Less is More" (Menos é mais). No espaço, forte presença de mármore, aço preto e inox, revelando formas geométricas acentuadas. Um dos destaques são os nichos vazados, que valorizam e integram a iluminação dos cômodos. Na cozinha, o uso da madeira clara torna este um dos espaços mais aconchegantes da casa. www.revistalealmoreira.com.br

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Morar Brasileiro em Miami Saudades de casa. As raízes brasileiras permeiam o espaço de 97m² projetado por Myrna Porcaro. A composição dos ambientes é uma clara demonstração de que independente de onde vivemos, somos brasileiros. A proposta da arquiteta foi unir o lifestyle de Miami à brasilidade, presente em detalhes, como a bancada de pedra sabão na cozinha, tecidos com temáticas tropicais no living e artesanatos em homenagem a ícones nacionais, como a arara azul.

Espaço Família Um ambiente espaçoso e clean com living, gourmet e varanda. Essa é a essência do projeto de Francisco Calio, que utiliza nos 160m² piso ecológico, detalhes em madeira e vidros que valorizam a presença da luz natural. O mobiliário é um convite aos momentos de prazer em família e entre amigos. Destaque para a poltrona vintage verde e o projeto de iluminação da cozinha com pendentes em papel arroz.




TV SONY 65” 4K A tecnologia X-Reality Pro 4K proporciona incrível ganho de qualidade para as mais diversas fontes de conteúdo, fazendo o UpScalling de um conteúdo Full HD para a resolução 4K. Com o Motionflow 960Hz, sua TV apresentará 8 vezes mais quadros por segundo do que uma TV convencional, reproduzindo cenas mais suaves e com maior nitidez. E as cores ficam por conta da funcionalidade Triluminos, que só a Sony tem, oferecendo muito mais cores que as TVs tradicionais. Sua experiência nunca foi tão realista! E pode ficar ainda mais divertida em 3D, com imagens perfeitas saltando da tela para o seu sofá. E não é só isso. Além de todas essas tecnologias para melhorar ainda mais a sua experiência com a imagem, a Sony é a primeira a trazer para o Brasil uma TV Android, possibilitando ao usuário desfrutar de todos os recursos de conectividade que o sistema Android pode oferecer, como baixar aplicativos e jogos, realizar pesquisas na internet utilizando o comando de voz, acessar filmes e vídeos, músicas e redes sociais na tela de sua TV. Onde: SOL Informática Valor: R$ 11.999,00

SMARTPHONE LG G4 O Smartphone LG G4(H815P) tem uma tela de 5,5", com a mesma tecnologia das TVs Ultra HD da LG (IPS), que, em conjunto com um processador hexa core, torna o G4 perfeito para jogos, e melhor ainda para você assistir filmes em resolução UHD, e também gravar vídeos nesta definição com a câmera de 16 megapixels que ele oferece. Suporta rede 4G para navegar em alta velocidade, oferece 32 GB de memória interna e você pode expandi-la usando cartão microSD. Todas estas características estão bem integradas com o Android 5.0 Lollipop que já vem instalado no G4. O Smartphone perfeito para você. Onde: SOL Informática Valor: R$3.049

REFRIGERADOR SAMSUNG AW3 FDR Um frigorífico que compreende que as crianças também gostam de utilizá-lo. Dotado de porta dupla, com mais espaço de armazenamento, o refrigerador tem capacidade para 100 lt. em compartimentos para praticamente tudo — bebidas, alimentos congelados, café da manhã, almoço e jantar de hoje, o pequeno, almoço e jantar do fim-de-semana e até o almoço de piquenique da reunião de família na próxima semana. O problema não será encontrar espaço suficiente, mas sim comprar mercearias suficientes para o preencher.

3- ALL IN ONE LG COM TELA CURVA O modelo, recentemente apresentado pela LG, é também o mais forte em hardware na nova linha, contando com um processador Intel Core i7 de quinta geração. Dentre as novidades, cabe destacar a tela curva, que tem sido o grande foco da LG para seus displays. O sistema operacional é Windows 8.1, com processador: Intel Core i7 5ª geração. Webcam rotativa e ainda TV digital. Acompanha teclado e mouse sem fio.

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Artes e fotos meramente ilustrativas que poderão ser alteradas sem prévio aviso, conforme exigências legais e de aprovação. Os materiais e os acabamentos integrantes estarão devidamente descritos nos documentos de formalização de compra e venda das unidades. Plantas e perspectivas ilustrativas com sugestões de decoração. Medidas internas de face a face das paredes. Os móveis, assim como alguns materiais de acabamento representados nas plantas, não fazem parte do contrato. A incorporação encontra-se registrada no Cartório de Registro de Imóveis, Faria Neto, Único Ofício da Comarca de Ananindeua-PA, no Livro Nº2(RG), matrícula 16911, sob o NºR-5-Matrícula 16911, Protocolo Interno Nº81936, Protocolo Definitivo Nº52465, em 07/06/2013.


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Camila Barbalho

Concreta

abstratividade Joan Miró desafiou convenções, regras e senso estético, em busca de sua própria verdade.

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oderia ser sobre a forma. E, por tratar-se dela, ali inerte e encerrada, seria simples. Poderia sim, ser muito simples. E, por ser simples, poderia ser também simplório, concreto e curto em seu significado. Mas… Poderia não ser concreta a forma, também. E por ser abstrata, poderia ter qualquer significado, inclusive nenhum. Poderia? Sim. Nessa vasta possibilidade de signos, poderia não haver espaço para simplicidade. Não sendo simples, pode nem ser sobre a forma, afinal. Pode? Pode. Pode ser e não ser tudo isso, a um só tempo, reunido numa estética muito particular. Joan Miró, o catalão que passeou por diferentes escolas e expressões da arte, não se preocupou em enquadrar-se. Quando quis responder às muitas questões sobre o que fazia, mudava o discurso aqui e ali. Abraçava a contradição; e nela, via beleza. Sua forma, suas cores, ora eram a principal força de seu trabalho, ora eram a negação do que ele representava. “A forma é nunca considerar a forma”, disse certa vez - e não disse de graça. Na produção de Miró, o cerne da arte é sempre um ponto muito além do que se vê. Nascido em Barcelona, Joan foi um homem de mente inquieta. Sua arte não poderia ser diferente: flertou com as cores brutas do fauvismo, o nonsense do dadaísmo e a atmosfera misteriosa do surrealismo - e conseguiu a façanha de ser importante em cada um desses movimentos sem jamais pertencer a um deles. Sua obra é viva, lúdica, esteticamente forte, provocadora, anti-racional, iconoclasta. Mas acima de tudo, é livre. O catalão produzia porque acreditava na própria liberdade, na exata medida

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em que também confiava na liberdade de seus traços, para além do meio físico e dos marcos temporais. Para ele, objetos vivem, e o que eles plantam perduram mais que sua existência ou compreensão consciente. Não restam dúvidas da precisão de tal teoria: o artista sobrevive no imaginário coletivo com a força de um garoto. Prova disso é o sucesso que a mostra “Joan Miró - a força da matéria”, trazida ao Brasil pelo Instituto Tomie Ohtake, fez em São Paulo e em outras capitais do país. A exposição acaba de seguir para Santa Catarina - último destino antes de deixar o país. Lá, oferecerá a outros apaixonados pelo seu universo a oportunidade de nele imergir e nadar fundo. São 112 obras - pinturas, esculturas, desenhos e gravuras, além de objetos que o inspiraram e fotografias biográficas - divididas em três blocos cronológicos, que ajudam a entrever os caminhos que guiaram o gênio espanhol. Ao contrário de muitos de sua geração, Miró teve uma vida longeva. Foram 90 anos; e no fim deles, havia riqueza, sucesso e o mérito devidamente reconhecido de ser um dos maiores do século XX. Não quer dizer, porém, que seus dias tenham sido sempre tranquilos. Joan sempre fora uma alma sensível, que desde a infância antipatizou com as regras e o modus operandi racional e sem graça da sociedade. Na escola, preferia gastar tempo entre rabiscos e outras coisas inventivas, particulares de seu próprio mundo, como colecionar pequenas pedras o que lhe rendeu o pouco lisonjeiro apelido de “cabeçudo” por seus colegas, que o consideravam bobo demais para estar entre eles. O instinto artístico acabou por convencer o pai, Miguel, a permitir seu ingresso na Escola de Belas Artes »»»

Reprodução/ Divulgação


© Successión Miró, Miró, Joan AUTVIS, Brasil, 2015

de Barcelona aos 14 anos. Mais uma vez, não era seu lugar. A linguagem academicista não ganhou sua simpatia. Reza a lenda que o rapazote vendava seus próprios olhos para fugir do viés figurativo e deixar a imaginação fluir. Tateava os objetos para se desobrigar da prisão visual. Dois anos, insuficientes para concluir o curso, pareceram tempo demais; e Joan desistiu. O pai, incomodado com a falta de rumo do menino, lhe arrumou um emprego burocrático numa drogaria. Foi a pior coisa para um jovem entediado e cheio de angústias: o ambiente opressivo da “normalidade” lhe levou a uma profunda depressão, agravada por severa crise de febre tifóide. Doente, isolou-se numa fazenda da família nas montanhas da Catalunha, em Montroig. Foi lá que decidiu, a contragosto de seus genitores, que seu futuro era mesmo a arte. Anos mais tarde, uma de suas célebres frases viria a reforçar o peso de tudo que culminou nessa conclusão: “eu acredito que para fazer qualquer coisa no mundo é preciso sentir amor pelo risco e pela aventura. E, sobretudo, saber abrir mão daquilo que pessoas e famílias burguesas chamam de ‘futuro’”. Recuperado e já de volta a Barcelona, Miró fez amizade com Francisco Galí, e começou a fre-

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quentar tanto seu ateliê quanto sua escola de artes. Foi só aí que foi feito o contato inicial com as vanguardas - e com a boemia - de jovens artistas como ele. Claro que encheu os olhos do guri que ainda não havia encontrado seu posto no mundo. Pouco depois, mudou-se para Paris, onde tudo isso era bem mais intenso. Parece que lá tudo aconteceu: conheceu Picasso, aprofundou-se na relação com escolas experimentais de arte, conquistou André Breton, ícone surrealista que se tornou seu fã - e mais tarde declarou que Joan era o mais surrealista de todos. Alternava verões na fazenda em Montroig e invernos na Cidade-Luz, produzindo mais que nunca. Porém, ao contrário de seus ébrios comparsas, Miró tinha a fome como alucinógeno catalisador de suas visões. Joan era retraído demais para animar longas incursões pela madrugada. Recebia pouca ajuda financeira dos pais - que acreditavam poder desencorajar o jovem pela falta de recursos, o que obviamente não funcionou. Seus quadros, desafiadores e incompreensíveis para o grande público, vendiam bem menos que o necessário para lhe oferecer conforto. Por isso, o artista deixava que a escassez de comida, o frio e outras intempéries lhe abrissem “as portas da percepção”, como costumava chamar. Miró tinha

essa necessidade de desconstruir, e desconstruir-se. Levava-se ao limite para enxergar o que não podia, sentir o mundo de um jeito único e intenso. “O que estou buscando é um movimento imóvel, algo que seria equivalente ao que se chama ‘a eloquência do silêncio’”, explicou, a seu modo enigmático, certa feita. Apesar de não ter sido bem recebido (ou mesmo compreendido) mesmo nos nichos mais desprendidos, aos poucos sua aura esquisita e carismática conquistou não só um pequeno mercado como também admiradores ilustres - entre eles, ninguém menos que Ernest Hemingway. Um negociador de quadros chamado Jacques Viot ajudou-lhe a ter uma rotina financeira mais estável, o que permitiu passar um tempo na Holanda, em busca de novos ares. Foi lá que pintou as obras Interiores Holandeses I e II, e pôde desfrutar de um fim de década tranquilo. Casou-se com Pilar Juncosa, com ela teve sua única filha, Dolores. Voltou a morar em Paris, depois na sua amada Espanha, lugar onde realmente se sentia em paz. Cheio de hábitos peculiares, Joan costumava levar punhados de terra nos bolsos para se sentir mais próximo de seu lar quando viajava. A Guerra Civil Espanhola, em meados dos anos 30, atrapalhou seus sonhos de pacatez e fez mudar-se »»»


漏 Successi贸n Mir贸, Mir贸, Joan AUTVIS, Brasil, 2015


© Successión Miró, Miró, Joan AUTVIS, Brasil, 2015

com família e tudo de volta à França. De lá, militou como pôde, denunciando os horrores da guerra em cartazes políticos e no painel O Ceifeiro - que figurou junto de Guernica, o célebre quadro de Picasso, na sessão espanhola da Exposição Internacional de Paris. Não tardou para que a Segunda Guerra Mundial fosse deflagrada, e uma nova mudança foi necessária graças à invasão nazista na capital. Só no início da década de 40 conseguiu voltar para casa, desiludido e temeroso que Hitler dominasse a Europa. A mágoa política foi, porém, bastante profícua criativamente. Algumas de suas mais oníricas obras vieram daí, com ênfase no simbolismo das estrelas e outros signos capazes de evocar sentimentos menos dolorosos - é de 41 sua obra mais importante, a Números e Constelações em Amor com uma Mulher. Em 47, atendeu ao chamado do Hotel Terrace Plaza, em Cincinatti, para pintar um mural e, por tabela, passar uma temporada em Nova Iorque. Foi um ano inteiro, repleto de convites e contatos. Natural que a linguagem personalíssima de Miró conquistasse a América, o que não demorou. Voltou à Europa já consagrado, vencedor de prêmios importantes na década seguinte - o da Bienal de Veneza e o da Fundação Guggenheim são alguns deles -, e assim viveu até falecer no Natal de 1983. Foi exposto, ainda em vida e depois da sua morte, pelos principais grandes museus do mundo, e seus esforços por uma arte autêntica e vivaz são estudados até hoje. A negação do plasticismo e da experiência rasa conviveu bem com toda a potência diversa do artista. Foram murais, pinturas, gravuras, desenhos, esculturas e até cenários para balés. Ora houve rigor técnico, ora houve uma espontaneidade autodesafiadora. Por muito tempo, abusou das cores fortes e agressivas; e já no fim da vida, tendeu ao preto-e-branco tanto quanto ao minimalismo. Tantos rumos fizeram de Miró um eterno e incansável buscador. De si mesmo, do que sua alma representava, do que tinha capacidade de fazer, do que faltava no mundo, da própria profundidade. Falou mais de uma vez sobre seu interesse em “assassinar a pintura”, matar a arte óbvia - pois se é banal, não seria arte. E ser banal difere diametralmente de uma estética mínima, simbólica, que baseou parte das apostas de Joan. Sua relação com a ludicidade de um figurativo infantilizado só reforça um enorme universo interior cultivado desde tenra idade, a despeito da vontade apressada de uma sociedade monetária e endurecida. Sorte dos que se deixaram tocar por este discurso implícito, sutil, porém muito consciente. Afinal, decretou a sabedoria do gênio, “mais importante do que a obra de arte propriamente dita é o que ela vai gerar. A arte pode morrer; um quadro desaparecer. O que conta é a semente”.

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destino

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Aycha Nunes

Divulgação

As cores, sons e

sabores do

Outono em

Nova York

A estação das folhas cadentes destaca, e mesmo revela, nuances de uma cidade que consegue se tornar, de forma surpreendente, ainda mais interessante.

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gasalhe-se, mas não exagere. A temperatura baixou, mas o vento frio ainda acarinha a pele. Use sapatos confortáveis. Vamos andar. Nas árvores, as folhas estão mudando de cor e o cenário que se forma exige longos passeios sob as novas cores que explodem da natureza. A folhagem, antes verde primaveril, ganha tons amarelados, laranjas, vermelhos para enfim se tornarem marrom sob os nossos pés. É outono. Estamos em Nova York. No Hemisfério Norte, o outono inicia no mês de setembro e dura até o final de dezembro. Em Nova York, a estação muda de ares. A melancolia da vegetação seca se transforma no romantismo que atrai pessoas de toda parte do mundo e, no cinema, dividiu o protagonismo com Richard Gere e Winona Rider no famoso “Autumn in New York” (Outono em Nova York). Ou você não assistiu ao filme e se imaginou caminhando pelo Central Park, durante o outono, com um copo de Starbucks na mão e um amor na outra?

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Contudo, nem tudo são folhas quando falamos do outono em Nova York. A cidade está repleta de atrações. São tantos os eventos programados para a estação que é preciso planejar a viagem com bastante antecedência para aproveitar tudo o que a cidade oferece durante este período. Prepare-se. Serão meses de muita moda, comida, música e diversão. Os dias serão curtos, ensolarados, frios e inesquecíveis. Setembro é o mês da Fashion Week, realizada duas vezes por ano em Nova York. Durante a semana de moda são apresentadas as coleções para as estações do ano seguinte. Uma coleção para o outono é apresentada no inverno e a coleção primavera é exibida no outono. A Semana de Moda de Nova York abre a série mundial de Fashion Weeks, seguida por Londres, Paris e Milão. Este também é o mês de um dos mais antigos festivais em Nova York, o San Gennaro Festival. Quando as ruas de Little Italy ganham as cores da »»»


bandeira italiana, os restaurantes recebem os clientes com tapetes vermelhos e centenas de vendedores de ruas oferecem lembranças aos visitantes. Também é nas ruas da cidade que a magia dos espetáculos da Broadway arremata definitivamente nossos corações. Na Times Square, apresentações gratuitas chamadas “Broadway on Broadway” são realizadas durante o mês de setembro, incluindo os episódios e canções de musicais que podemos ver em um dos teatros da Broadway naquele momento. O Fantasma da Ópera, Chicago, O Rei Leão, Os miseráveis... É difícil resistir aos encantos da Broadway e à vontade de investir tudo em óperas e musicais, é verdade. Mas é preciso lembrar que ainda há muito a ser visto durante nossa estada em Nova York. Portanto, sigamos. Outubro chegou. Vamos nos deliciar com uma das atrações mais populares do outono, o Madison Square Eats, no Flatiron District (ruas 24 e 25 com 5th Avenue): uma feirinha de comidas deliciosas que ocorre diariamente entre 11 e 21 horas, somente durante as primeiras semanas deste mês. O clima está mudando e nossa programação também. É hora de pegarmos os casacos e corrermos para garantirmos bons lugares nas duas das mais famosas paradas de Nova York. Na segunda segunda-feira do mês de outubro, www.revistalealmoreira.com.br

ocorre o desfile anual do dia de Colombo. A Columbus Day Parade é realizada na segunda segunda-feira do mês de outubro, em Nova York, todos os anos, desde 1929, para comemorar a chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492. Um dos desfiles mais emocionantes do ano. A gente se encontra na Quinta Avenida entre as ruas 44 e 79. No dia 31 de outubro, a cidade muda novamente. As ruas se enchem de crianças fantasiadas carregando cestas ou sacolas, batendo nas portas das casas e entrando em lojas. Elas pedem doces ou prometem travessuras (trick or treat?!?). É o Halloween. No Brasil, o dia das bruxas costuma ser lembrado apenas pelos estudantes de cursos de inglês ou alunos de escolas bilíngues. Não se espante, porém, com o que você verá aqui. A cidade inteira entra no clima do Halloween. As casas são decoradas. E se durante o dia, a cidade é invadida pelos pequenos monstros e criaturas assustadoras. À noite, a festa é dos adultos. Então, vista a sua fantasia e vamos aproveitar. Depois de escolhida a fantasia, a próxima decisão será a forma de participação na “Halloween Parade”. A parada começa na Spring Street e segue pela Sexta Avenida até a rua 15. Chegar perto para assisti-la é um desafio dos grandes, mas fantasiados podemos desfilar na Parada. Para isso, só »»»

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PARA INSPIRAR: (LIVROS) UM AMOR UM CAFÉ E NOVA YORK Autor: ALVARENGA, AUGUSTO Editora: D´PLÁCIDO EDITORA Ano: 2014

Camila sempre teve um grande sonho - viver um grande amor, como um desses de cinema. Ela só não imaginava que teria isso e muito mais, logo que conheceu Guilherme. Na véspera do aniversário de 3 anos de namoro do casal, e do aniversário de 19 anos de Camila, Guilherme surge com uma surpresa que mudaria pra sempre o romance e a vida do casal - uma viagem de um mês para Nova York. O que ele não sabia é que esse era mais um dos grandes sonhos de Camila, que vai fazer de tudo para que essa seja a melhor viagem deles. Porém, Nova York possui brilhos demais. Poderia algum deles ofuscar o do casal? Um romance recheado de beijos, sonhos e palavras doces, personagens surpreendentes e ainda uma trilha sonora de ‘sobremesa’. NOVA YORK Autor: EISNER, WILL Editora: QUADRINHOS NA CIA Ano: 2009

‘Nova York - A grande cidade’ é composto de vinhetas que registram, a partir do cenário da cidade, aspectos do dia a dia de seus habitantes. Esses breves vislumbres iluminam com delicadeza desde as situações mais cotidianas até as reviravoltas mais trágicas. O olhar agudo que se revela nas vinhetas ganha em ‘O edifício’ e ‘Pessoas invisíveis’ aspecto mais sombrio. Nessas histórias, que são sobretudo biografias de personagens solitários e esquecidos, o autor põe em xeque o isolamento e a indiferença impostos pela metrópole. JOHN LENNON EM NOVA YORK Autor: MITCHELL, JAMES A Editora: VALENTINA Ano: 2015

John Lennon em Nova York revela como foi a pouco conhecida fase pós-Beatles vivida por um dos maiores artistas do século XX. O ativismo político, a evolução musical, a relação com a esposa Yoko Ono e com os antigos companheiros de banda foram alguns dos temas abordados com deliciosas minúcias pelo autor, o jornalista norte-americano James A. Mitchell. O livro revela curiosidades de alguns dos grandes ícones culturais do século passado que conviveram com o músico, além das mudanças sociais, culturais e comportamentais do início dos anos 70 até o assassinato de John Lennon, em 1980.


PARA SONHAR: (FILMES) OUTONO EM NOVA YORK A bela e tocante história de um romance que só acontece uma vez na vida e que se desenrola numa única e curta estação do ano. Explorando o amor em todas suas características fascinantes, assustadoras e provocantes, ‘Outono em Nova York’ aborda as façanhas sexuais do dono de restaurante Will Kane (Gere), um famoso playboy de 50 anos e mestre da sedução sem compromissos, que não acredita nas palavras ‘para sempre’. Até que ele conhece uma jovem que tem a metade de sua idade e o dobro de sua maturidade. Charlotte Fielding (Ryder) é uma mulher liberal, que deseja experimentar as emoções da vida adulta e que tem suas próprias razões para crer que as coisas não podem durar para sempre. NOVA YORK, EU TE AMO Em ‘Nova York, Eu Te Amo’, onze diretores contam histórias de amor que se passam na cidade que nunca dorme. O filme é composto por curtas e conta com nomes como Fatih Akin, Yvan Attal, Allen Hughes, Shunji Iwai, Wen Jiang, Scarlett Johansson, Shekhar Kapur, Joshua Marston, Mira Nair, Natalie Portman, Brett Ratner e Andrei Zvyagintsev MILAGRE NA RUA 34 Em plena época do Natal, Susan, uma garotinha muito inteligente e esperta, afirma que Papai Noel não existe. Quando um senhor muito bondoso é contratado para trabalhar como Papai Noel na loja de brinquedos em que sua mãe trabalha, ninguém podia esperar que o velhinho iria afirmar ser o verdadeiro Papai Noel e que estaria ali justamente para provar para a garotinha que ele é real.

precisamos estar na concentração entre 18h30 e 20h30. Vamos lá? Novembro chegou. Não há mais folhas nas árvores. O frio se assevera. A cidade se agita com a proximidade do Dia de Ação de Graças e mais uma famosa parada. O “Thanksgiving Day” é uma comemoração familiar com um clima semelhante ao que temos no Círio de Nazaré: a família reunida em uma espécie de prévia do Natal. O Dia de Ação de Graças é celebrado na quarta quinta-feira do mês de novembro. E enquanto a família reunida e o peru na mesa para o almoço são as maiores alegrias do nova-iorquino, para nós, a felicidade está no céu da Sétima Avenida e ela tem a forma de balões de gás que se agitam em frente à loja de departamentos Macy’s durante a tradicional parada que marca o feriado. O frio está cada vez mais intenso. A temperatura baixando e as vitrines ganhando as cores do Natal nos avisam que o Outono está acabando. Logo o inverno invadirá as ruas da “big apple”, mas ainda temos tempo e algum espaço na mala. Vamos aproveitar os últimos dias do outono para as compras finais antes de nosso retorno ao Brasil. Frank Sinatra cantava “O outono em Nova York é um convite”. E você, vai recusar?

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91 98887.6486 PARA PLANEJAR: (GUIAS) NOVA YORK COM CRIANÇAS Coleção: CRIANÇAS A BORDO Autor: ÁVILA, FERNANDA Idioma: PORTUGUÊS Editora: PULP Ano de Edição: 2015 Um guia colorido, ilustrado e recheado de informações dos melhores programas, restaurantes, museus, diversões e hotéis para grandes e pequenos exploradores em Nova York. Ideal para quem quer aproveitar na capital do mundo! MINHA NOVA YORK Autor: WAGNER, DIDI Fotógrafo: GOLDFLUS, JAIRO Editora: PULP Ano de Edição: 2014 O guia ‘Minha Nova York’ tem sido companhia de viagem para quem quer conhecer os lados A e B da capital do mundo através do olhar antenado e afiado de Didi Wagner. A nova edição traz novos hotéis, restaurantes, lojas e atrações onde Didi esteve desde o lançamento da primeira edição do guia e que estava na hora de serem incluídas, já que Nova York não dorme jamais. O MELHOR GUIA DE NOVA YORK Autor: ANDRADE, PEDRO Editora: ROCCO Ano: 2013 Pedro Andrade reúne neste guia as melhores dicas de culinária, moda, cultura e show bizz da Big Apple. Ilustrado com fotos feitas pelo próprio autor, o livro é resultado de dez anos de trabalho do jornalista, experiente em descobrir o que há de melhor na cidade que se reinventa a cada dia. Um guia para ser lido e apreciado, como as dicas listadas pelo autor, e também para servir de inspiração e companhia de viagem numa cidade inesgotável.

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gourmet

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Flávia Ribeiro

Dudu Maroja

No Eataly, faça como os brasileiros! A maior rede em expansão de mercados gastronômicos abriu sua primeira filial no Brasil, com direito a muita expectativa e longas filas de espera.

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ara o jornalista, reza a tradição, não há momento mais dramático do que lead – o primeiro parágrafo, o de abertura de seu texto – porque é justamente neste pequeno conjunto introdutório de informações que cinco perguntas têm de ser respondidas: quem, o que, onde, quando e por que(?). Até aí tudo certo... até que você tenha de escrever sobre algo, cujo conceito muito inovador, transcende às suas perguntas e deixa qualquer fórmula tradicional sem respostas. É o caso do Eataly São Paulo, cuja definição oficial é ser “mais que um mercado e mais que um centro gastronômico. (...) uma experiência italiana completa, onde você vai comer, comprar e aprender”. Feitas as apresentações oficiais e na tentativa de preencher adequadamente as premissas de um bom texto jornalístico, lembrei de um dito latino “si fueris Rōmae, Rōmānō vīvitō mōre; si fueris alibī, vīvitō sicut ibi”, que ganhou uma versão na língua portuguesa “quando em Roma, faça como os romanos” [um conselho claro para os que visitam países estrangeiros: “faça como os locais”] e em sendo a italiana, uma das melhores culinárias da galáxia, quando pisar no Eataly, sinta-se um romano!

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O Eataly poderia ser definido como um grande mercado gourmet, mas tentar defini-lo desta forma ainda não lhe faz justiça. Ocupando inacreditáveis 4,5 mil metros quadrados em uma área nobre da capital paulistana [no Itaim], o Eataly São Paulo, é a primeira unidade da grife na América Latina. “A ideia por trás do Eataly é muito simples: reunir todos os alimentos italianos de qualidade sob o mesmo teto: um lugar onde você pode comer, comprar e aprender. O conceito do Eataly foi criado em 2004 e, depois de 3 anos de pesquisa e planejamento, o Eataly abriu sua primeira loja em Turim, na Itália em janeiro de 2007. Desde 2004, Eataly criou e comprou ações de empresas de alimentos e bebidas de alta qualidade e hoje tem ou é parceiro de mais de 19 empresas que produzem ou distribuem alimentos italianos de alta qualidade, incluindo: água, bebidas não alcoólicas, vinhos, carnes frescas, carnes curadas, queijos, massas, doces, assim como uma agência voltada ao turismo gastronômico. Essas empresas fornecem aproximadamente 25% dos produtos da mercearia, enquanto os outros 75% são fornecidos por mais de 2 mil produtores”. Existem 29 lojas do Eataly no mundo. Quinze »»»


delas estão na Itália, nove delas estão no Japão, duas nos Estados Unidos, uma em Dubai, uma em Istambul e agora, uma em São Paulo. A premissa da marca é quebrar o paradigma de que “comer bem é para poucos” e, ao dar o poder de escolha ao cliente, o Eataly deseja que o cliente tenha direitos irrestritos de só comer o que quiser/o que lhe apetecer. Nos próximos três anos, o Eataly planeja abrir duas lojas na Itália, uma em Verona, outra em Trieste, uma loja em Munique, uma em Londres, uma em Paris, uma em Moscou, uma em Seul e outras cinco nas Américas: Nova York II, Los Angeles, Filadélfia, Boston e Toronto. São Paulo, a mais italiana das cidades brasileiras A chegada do Eataly ao Brasil e, mais precisamente, à capital paulista também foi meticulosamente planejada, e considerou a quantidade de italianos imigrantes, descendentes e apaixonados por comida italiana que a cidade abriga. Segundo dados fornecidos pelo próprio Eataly, entre 1890 e 1930, o Brasil [com destaque para São Paulo] recebeu quase dois milhões de imi-

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grantes italianos, que partiram da Grande Bota e lançaram-se globo afora, em busca de uma nova vida e condições melhores de trabalho e para seus filhos. “A combinação da esperança dos imigrantes italianos e da calorosa recepção dos brasileiros representou a base da união entre as duas culturas. Nós, no Eataly, escolhemos dedicar a nossa loja a essa história de amor única entre a Itália e o Brasil, tão poderosa que é refletida em todos os aspectos da cultura contemporânea brasileira, da comida à arquitetura, passando pela música, artes e design urbano. Na nossa loja você verá uma seleção de imagens que conta um pouco do que fizemos juntos, esperando que esta parceria seja apenas o começo... e que muitas outras coisas ainda sejam construídas”, conta Oscar Farinetti, fundador do Eataly. “O projeto desta loja é lindo e nós esperamos que ele se torne uma referência para os paulistanos, os turistas, os epicuristas e os amantes da cozinha italiana”, completa. “A cidade de São Paulo já tem uma cultura gastronômica forte; estamos muito animados com esta nova unidade, que vai contribuir ainda mais para isso”, afirmam Bernardo Ouro Preto e Vic- »»»

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Confira mais

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tor Leal, do Grupo St Marche, sócios brasileiros do Eataly São Paulo, que fazem coro ao afirmar que estão empolgados, já que apostam no projeto não apenas como um empreendimento, mas também por paixão. Eataly em números Nos 4,5 mil metros quadrados espalhados pelos três pisos da loja em São Paulo, os visitantes podem provar muitas novidades, saborear vários pratos e comprar muitos produtos, bebidas e vinhos. Em cada país aonde chega, o Eataly oferece, além de produtos artesanais italianos, os produtos artesanais locais. A loja de São Paulo traz diversas surpresas brasileiras descobertas em pesquisas realizadas pela equipe por diferentes regiões do Brasil. Ao todo, são sete restaurantes temáticos (Il Crudo, Le Verdure, La Piazza, La Carne, Il Pesce, La Pasta e La Pizza) e um restaurante com bar que é a novidade exclusiva para São Paulo: Brace Bar e Griglia. Em outros pontos de alimentação, encontram-se duas cafeterias (Lavazza e Vergnano), uma gelateria (Il Gelato di Venchi), uma pasticceria (La Pasticceria di Luca Montersino), uma chocolateria (Il Cioccolato Venchi), um bar de sucos de frutas feitos na hora (Bar della Frutta) e um balcão de Nutella. O mercado é dividido em 22 departamentos, »»» www.revistalealmoreira.com.br

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0. SOMOS APAIXONADOS POR COMIDA Somos apaixonados por alimentos e bebidas de alta qualidade. Somos apaixonados por suas histórias, origens e pelas pessoas que os produzem.

IL DI MANIFESTO EATALY

1. A COMIDA NOS UNE A boa comida aproxima as pessoas, cria sintonia, ajuda a encontrar afinidades entre pensamentos diferentes. Muitos momentos de felicidade nascem ao redor de uma mesa e ficam gravados pra sempre. 2. NOSSA PAIXÃO SE TORNOU A NOSSA PROFISSÃO Dedicamos a maior parte do nosso dia a dia promovendo o real entendimento de comidas e bebidas de alta qualidade. Somos muito sortudos em poder fazer o que amamos. 3. O SEGREDO PARA QUALIDADE DE VIDA? PRODUTOS DE QUALIDADE! Sabemos que, ao servir qualidade, estamos melhorando nossas vidas e trazendo valor à sua. Bem-vindo a um mundo dedicado à qualidade. Isso significa alimentos de qualidade, bebidas de qualidade e qualidade de vida. 4. TODOS ESTÃO CONVIDADOS Quando escrevemos todos, queremos dizer todos mesmo! Não importa se você veio para comprar um pão, ingredientes para um jantar especial ou para degustar um dos nossos pratos, queremos que este seja o seu lugar. Queremos que você se sinta confortável, feliz e aproveite toda e cada visita. 5. COMER, COMPRAR, APRENDER Aqui é um lugar de histórias. Você não vai só descobrir o que ama, mas vai também aprender sobre o que você ama. 6. ESTAMOS JUNTOS NESSA Suas escolhas definem o que nós vamos colocar em nossas gôndolas. Ao escolher produtos de qualidade, você apoia os fazendeiros, peixeiros, açougueiros, padeiros e queijeiros que os produzem, criando, assim, um ambiente melhor e com qualidade de vida para todos. 7. NOSSAS TRÊS PROMESSAS PARA VOCÊ: 1) Escolha: oferecemos uma seleção variada de comidas e bebidas de alta qualidade. 2) Acessibilidade: nós nos dedicamos a oferecer os melhores produtos com preços justos. 3) Conhecimento: acreditamos que não é apenas importante que nós conheçamos tudo o que vendemos e servimos, mas que você também conheça os produtos pelos quais somos apaixonados. Compartilhamos as histórias das pessoas e dos lugares por trás de tudo que oferecemos. Quanto mais conhecimento você tem, mais aproveita. 8. SUA CONFIANÇA DEVE SER MERECIDA TODOS OS DIAS Acreditamos no que vendemos e temos consciência do nosso papel. Por isso, não usaremos de má-fé para persuadir ou estimular uma pessoa a comprar mais do que o necessário. 9. SOMOS PERSISTENTES! Queremos nossos clientes para a vida toda. E o caminho para isso está em oferecer o melhor da comida e bebida, bem como o melhor ambiente para descobrir e enriquecer os paladares.

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Para nós, a harmonia é um estado mais desejável do que a perfeição. Queremos que o Eataly seja um lugar para todos e que cada pessoa passe um pouco de tempo absorvendo harmonia. Sentimos que, infelizmente, os exemplos de verdadeira harmonia são raros, e fazemos disso nossa prioridade número um. 0. NOSSO OBJETIVO É SIMPLES: HARMONIA.

2. Talvez a maneira mais fácil de alcançar a harmonia seja ouvir. As ideias dos outros são uma das coisas mais valiosas na vida. Somadas às nossas, criamos melhorias e inovações. 3. Todas as pessoas têm um lado bom, e é nele que devemos nos focar. Às vezes, acredite ou não, o outro pode ter razão, e isso não faz com que você esteja errado. Isso simplesmente cria mais harmonia e negócios melhores. 4. É preciso saber ser um bom perdedor. Perder significa aprender, e aprender significa evoluir. E evoluir é, inegavelmente, belo. Não importa o quão bom algo seja, sempre queremos questionar e fazer com que aquilo se torne ainda melhor. Sem dúvida, sem evolução as coisas acabam ficando sem graça. 5. É preciso saber simplificar as coisas, reconhecer o que é importante e o que não é. A complicação é inimiga da harmonia.

MANIFESTO DA HARMONIA (Eataly)

1. A harmonia é alcançada quando a gratificação é sentida por todos: os clientes para os chefs, dos trabalhadores para os fornecedores, e entre todos os outros.

6. A busca pela harmonia deve ser incessante. Aqueles que vão contra ela, um dia se renderão. 7. O dinheiro pode, por vezes, nos distanciar da harmonia. É importante lembrar que o dinheiro é um meio, mas certamente não é um fim. Ele deve ser merecido. 8. A poesia é similar à harmonia, ela nos ensina a criar e sentir emoções. É uma forma de arte que pode ser criada e sentida através de palavras, gestos e pensamentos. 9. A harmonia é obtida ao lembrarmos que tudo que é material é menos importante do que as pessoas e a natureza. Sem esses dois elementos, não teríamos nada do que produzimos. Para ser harmonioso é preciso respeitar não apenas a nós mesmos, mas a tudo que nos rodeia. 10. Estamos realmente em harmonia quando percebemos que não temos inimigos. 11. A harmonia faz sentido independentemente do seu contexto. É importante querer alcançar a harmonia e não buscá-la como um dever. 12. É preciso ser capaz de perdoar a si mesmo, a fim de perdoar os outros. 13. Por fim, a base da harmonia é a positividade que vem por meio da dúvida. Nós devemos nos convencer de que certezas tornam a vida desinteressante, enquanto as dúvidas trazem felicidade, serenidade e uma razão para sempre buscar algo maior. O valor da dúvida está alinhado com nosso estado natural de imperfeição. No fim das contas, nós até duvidamos que este manifesto esteja certo.

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com um total de 7 mil produtos comercializados, que incluem padaria, hortifrúti, açougue, peixaria, rotisseria, pasta fresca, uma fábrica de mozzarella, queijos, carnes curadas, laticínios e todas as categorias essenciais de uma mercearia, como doces, geleias, conservas, azeites, molhos, temperos, condimentos, massas, arroz, bebidas não alcoólicas, vinhos, cervejas, destilados, livraria e bazar. Todos esses produtos não ficam concentrados em uma área, mas distribuídos por todo o local, obedecendo à lógica da proximidade: o hortifrúti fica próximo ao Le Verdure, o açougue perto do La Carne, e assim por diante. Além disso, existem 5 laboratórios de produção artesanal de produtos de confeitaria, pães, pasta, cerveja e mozzarella fresca. O Eataly cozinha tudo o que vende e vende tudo o que cozinha, o que significa que quase todos os ingredientes usados nos restaurantes podem ser encontrados no mercado.

SERVIÇO Eataly SP Avenida Presidente Juscelino Kubistchek, 1489 • 11 3279.3300 www.eataly.com.br • EatalyBrasil • @eatalybr

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Ângela Sicilia Chef de cozinha

O chocolate é nosso! Há algum tempo (e nem faz tanto tempo assim) quando a gente fala em “chocolate”, com frequência vem à nossa mente o chocolate com muita gordura e muito, muito açúcar! E o cacau? (Tadinho dele) virou um coadjuvante, quando deveria ser tratado como a estrela principal. Você já percebeu que os chocolates da nossa infância não têm mais o mesmo gosto?!? Cadê aquele chocolate que mobilizava toda a molecada na hora do recreio? Virou uma recordação, embalada com o mesmo rótulo de outrora, mas com percentuais maiores de gordura hidrogenada (!!!!) e açúcar refinado.

Felizmente, nós, amazônidas, temos nos revelado produtores cuidadosos de cacau orgânico que resulta em um chocolate saboroso, original. É muito alentador perceber esse movimento de produtores locais, que têm progressivamente se organizado para termos safras de cacau de qualidade. E com um cacau orgânico, conseguimos produzir chocolate orgânico! Cujo sabor é mais intenso, mais rico e mais puro. Ao alcance das mãos, temos a oportunidade de reeducar nossos paladares. Acreditem: muito do que a grande indústria alimentícia oferece neste

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quesito, há algum tempo deixou de ser chocolate. Se você ainda estiver em dúvida, faça um esforço para ler as letrinhas cada vez mais diminutas da “informação nutricional”. Óbvio que há exceções (felizmente!), mas, na dúvida, privilegie o que é nosso; o que é feito com amor e, principalmente, uma cadeia produtiva que nasce, se desenvolve e frutifica no Pará. Ouso dizer, sem medo, que o cacau paraense, em algum tempo, superará muitos “mitos sagrados”. Para isso a gente precisa se permitir... Vida longa ao chocolate orgânico made in Pará! Nós vamos longe!


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Produtor: Bodega J. Alberto Calvo País: Espanha Região produtora: Ribera del Duero Safra: 2009 Graduação alcoolica: 14,5% Uva: Tempranillo Motivos não faltam para justificar os 97 pontos concedidos pela Robert Parker’s Wine Advocate. De fato, trata-se de um vinho raro, especial, feito a mão e digno de honraria. Quem o idealizou, foi José Alberto Casajús, proprietário, enólogo e único funcionário da vinícola. Abra a garrafa e se esbalde nos aromas de fruta madura, terra úmida, chocolate, carvalho e licor de cereja. Leve à boca e saboreei a textura macia, os taninos poderosos e aveludados, e desfrute deste conjunto por um longo tempo, pois o sabor deste vinho parece não ter fim. Onde: Grand Cru

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Churchill’s Dry White 10 anos

Produtor: Domaine Dominique Piron Região: Beaujolais – Morgon – 8 hectares de vinhedos. Classificação legal: Morgon A.O.C. Castas: 100% Gamay (Vinhas 50 anos +) Graduação alcoólica: 12,5° GL Características organolépticas: Cor rubi mediana. No nariz a cereja madura, pêssego e o caráter mineral do cru aparece mas com menor intensidade, embora o vinho na boca esteja fino, redondo e oferecendo prazer desde agora. Elaboração: Vindima manual. Seleção de cachos. Desengace parcial. Fermentação tradicional com pigéages por 15-20 dias. Amadurecimento parcial em madeira. Amadurecimento: Parte do lote (30%) em foudres e fûts de carvalho francês. Estimativa de Guarda: 15 anos + Serviço: 16-18°C Por que comprar este vinho: Um especialista no cru de Morgon! A Côte du Py é o climat de maior destaque qualitativo em Morgon.

Casajús NIC 2009

Produtor: José Maria da Fonseca Região: Alentejo – Distrito de Évora – Conselho de Reguengos de Monsaraz Classificação legal: Vinho Regional Alentejano Castas: 60% Grand Noir, 28% Touriga Francesa e 12% Touriga Nacional Graduação alcoólica: 14,4° GL Carta de vinho sintética: Ostenta frutas como cassis e amoras, pimenta preta, florais, minerais, chocolate negro e aromas provenientes da madeira. Potente mas elegante. Produção anual: 6.000 garrafas/ano em média Amadurecimento: 14 meses em barricas francesas novas. Engarrafado sem filtração. Guarda: 12 anos + Serviço: 18°C (Decantação recomendada). Por que comprar este vinho: José Maria da Fonseca: o mais antigo produtor de vinhos de mesa e moscatéis em Portugal realiza o sonho de produzir vinhos no Alentejo Enólogo renomado e inovador: Domingos Soares Franco Mantendo viva uma tradição iniciada pelos Romanos, há mais de 2000 anos, a adega José de Sousa está equipada com 114 ânforas de barro, um método de fermentação ancestral raríssimo

MORGON CÔTE DU PY 2013

J DE JOSÉ DE SOUSA 2011

vinho

País: Portugal Região: Douro Uva: Corte Vinho Fortificado O Churchill’s Dry White 10 anos 500 ML, apresenta uma cor dourada vibrante. É para ser apreciado a qualquer hora, em qualquer época do ano. Com notas de noz moscada ralada, eucalipto, e um leve toque de especiarias como pimenta branca. Casa com: Um delicioso aperitivo, para ser servido por si só antes ou depois da refeição. Acompanha muito bem também, azeitonas, salmão defumado ou biscoitos com queijo No mundo do vinho, muito se ouve falar de tradição e modernidade. E foi exatamente isso que ficou muito claro, quando conhecemos os proprietários da Churchill’s Estate. Maria Emilia e John Graham é a personificação desta relação. Conseguem transmitir com verdade a personalidade de cada um, e juntos, produzem verdadeiras obras primas.








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horas vagas • cinema DVD Blu-Ray

Após os acontecimentos em Londres, Dom (Vin Diesel), Brian (Paul Walker), Letty (Michelle Rodriguez) e o resto da equipe tiveram a chance de voltar para os Estados Unidos e recomeçarem suas vidas. Mas a tranquilidade do grupo é destruída quando Ian Shaw (Jason Statham), um assassino profissional, quer vingança pela morte de seu irmão. Agora, a equipe tem que se reunir para impedir este novo vilão. Mas dessa vez, não é só sobre ser veloz. A luta é pela sobrevivência. A produção do filme foi interrompida em 1º de dezembro de 2013 após a trágica morte de Paul Walker, devido a um acidente automobilístico em 30 de novembro de 2013. As filmagens ocorriam em Atlanta e o longa estava programado para ser lançado em 11 de julho 2014. O diretor James Wan e os executivos da Universal realizaram uma teleconferência para determinar como procederiam com o projeto de uma forma respeitosa à memória de Walker. Paul estava prestes a finalizar suas cenas no momento em que veio a falecer. Embora tenha havido algumas considerações sobre cancelar Velozes & Furiosos 7, a obra foi finalmente retomada, sendo o roteiro reescrito, a fim de resolver a ausência de Walker e proporcionar ao personagem um digno “bota-fora”.

DESTAQUE COBAIN: MONTAGE OF HECK Brett Morgen

DICA

VELOZES & FURIOSOS 7

MR. TURNER, Mike Leigh “Mr. Turner” evoca vinte e cinco anos da vida do pintor britânico, J.M.W Turner (1775-1851). Artista reconhecido, membro apreciado embora indisciplinado da Royal Academy of Arts, e que vive na companhia do pai que também é seu assistente, e da sua dedicada governanta. Frequenta a aristocracia, visita os bordéis e alimenta a inspiração com as suas numerosas viagens. No entanto, o sucesso não o protege das eventuais críticas do público ou do sarcasmo da classe dirigente. Após a morte do pai, profundamente marcado, o Turner isola-se. A vida dele muda quando encontra a Sra. Booth, proprietária de uma pensão de família à beira mar.

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QUANTO MAIS, MELHOR George Stevens Chegando a Washington para ajudar com os esforços de guerra, Benjamin Dingle (Charles Coburn), um milionário aposentado, precisa de um lugar para ficar. Então, quando a patriótica Connie Milligan (Jean Arthur) resolve alugar metade de seu apartamento para ele, o Sr. Dingle decide que gostaria de ver Connie casada com um bom rapaz. Então, ele banca o cupido e aluga a metade do seu pedaço do apartamento para Joe Carter (Joel McCrea), um sargento que preenche todos os requisitos para um ótimo marido. Mas quando rumores se espalham sobre a moradia “incomum e escandalosa” dos três, cabe ao Sr. Dingle salvar as carreiras, reputações, e o início de um lindo romance.

INTERNET

CLÁSSICOS

O legado musical de Kurt Cobain influenciou milhares de bandas e milhões de pessoas. Sua vida meteórica tem despertado a curiosidade de fãs e curiosos. Em “Kurt Cobain: Montage of Heck” (2015), Brett Morgen conta a trágica história do vocalista do Nirvana, desconstruindo lendas, respondendo perguntas e deixando os dilemas certos no ar. O documentário é o primeiro filme a ser autorizado pela família depois da morte do músico. Munido de uma investigação detalhista da biografia e intimidade de Cobain, o documentário percorre seus traumas e sentimentos. Para entrar fundo nos diários e gravações pessoais de Kurt, Morgen contou com a ajuda crucial de Frances, única filha de Cobain. A distância de Courtney Love da produção do filme (a viúva só participou como entrevistada) jogou papel importante na garantia de neutralidade quanto ao tema do suicídio do artista, uma vez que até hoje muitos fãs e especialistas suspeitam ou afirmam que Love teve parte central na morte do seu ex-marido.


horas vagas • literatura Títulos disponíveis na Livraria FOX. livrariafox.com.br

DESTAQUE

Uma terra marcada por guerras recentes e amaldiçoada por uma misteriosa névoa do esquecimento. Uma população desnorteada diante de ameaças múltiplas. Um casal que parte numa jornada em busca do filho e no caminho terá seu amor posto à prova - será nosso sentimento forte o bastante quando já não há reminiscências da história que nos une? Épico arturiano, o primeiro romance de Kazuo Ishiguro em uma década envereda pela fantasia e se aproxima do universo de George R. R. Martin e Tolkien, comprovando a capacidade do autor de se reinventar a cada obra. Entre a aventura fantástica e o lirismo, O gigante enterrado fala de alguns dos temas mais caros à humanidade: o amor, a guerra e a memória. Pela Companhia das Letras.

DICA ELIS REGINA - NADA SERÁ COMO ANTES Júlio Maria

CONFIRA PARE DE ACREDITAR NO GOVERNO, Bruno Garschagen

Uma obra fundamental para o momento que vive o país Bruno Garschagen busca entender como se formou historicamente no Brasil a ideia de que cabe ao governo resolver todos ou a maioria dos problemas sociais, políticos e econômicos. De Dom João VI a Dilma Rousseff, um compromisso inabalável uniu todos os governantes, inclusive aqueles chamados (erradamente, segundo o autor) de liberais ou neoliberais: a preservação do Estado monumental e mesmo o seu crescimento. Por quê? Para responder a esse conjunto de questões, o autor vasculha a história política do Brasil desde que os portugueses aqui chegaram até os dias de hoje. Com texto brilhante, leve, bem-humorado e informativo, recorrendo também às explicações de pensadores brasileiros e portugueses, tece uma espécie de conversa entre os intelectuais que refletiram sobre a cultura política do Brasil para narrar a história de um país cuja formação cultural se confunde com a onipresença da burocracia nacional.

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Livro “Elis Regina - Nada Será Como Antes”, escrito pelo jornalista Julio Maria, repórter do jornal O Estado de S. Paulo, traz a história da maior cantora do País. Narra a vida de Elis desde seus primeiros dias em Porto Alegre, quando cantava ‘Fascinação’ ao lado das amigas nas escadarias de um colégio, até sua despedida trágica, aos 36 anos, quando estava prestes a, de novo, mudar tudo em sua vida. Ao todo foram quatro anos de entrevistas e pesquisas em arquivos. A ideia de escrever a biografia surgiu por meio de um convite da editora ao jornalista Julio Maria. No começo, o perfil do livro era uma homenagem, mas conforme Julio foi descobrindo mais histórias e avançando nas entrevistas, viu que havia muito mais o que contar. Pessoas importantes que até então nunca haviam se pronunciado – como dezenas de músicos que tocaram com ela. Na contramão da batalha das biografias que dividiram artistas e editoras sobre a autorização prévia dos biografados, os filhos de Elis, João Marcelo Bôscoli, Pedro Mariano e Maria Rita, entenderam que o autor precisava de liberdade para retratar todos os lados da cantora sem restrições.

LANÇAMENTO

O GIGANTE ENTERRADO Kazuo Ishiguro

DANCE DANCE DANCE Haruki Murakami Este livro aborda temas como a solidão, o amor e a efemeridade da vida e retrata uma sociedade em constante transformação, altamente consumista e regida por valores como fama, dinheiro e poder. Ao som de músicas dos anos 60, 70 e 80, o narrador e seus amigos vivem num mundo de carros importados e Dunkin Donut’s, e se envolvem em um caso de assassinato.

CLÁSSICO CAFÉ Mário de Andrade Incompleto, sonhado por 20 anos (entre 1924 e 1945), produzido em espasmos, renegado, reaproveitado aos retalhos em contos, defeituoso: eis aí “Café”, pedaço de romance, de Mário de Andrade. A bem cuidada primeira edição do livro foi produzida por Tatiana Longo Figueiredo, que assina prefácio e posfácio esclarecedores. O Mário (1893-1945) que produz o que agora lemos é, no começo, apenas o professor de música, o agitador cultural e o poeta. Depois lança “Macunaíma” (1928), vira gestor cultural em São Paulo, consolida seu protagonismo modernista, é o pedagogo das cartas, vive uma temporada no Rio, avança em sua pesquisa musical e etnográfica. O Mário que dá as últimas demãos em “Café” é já

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o consagrado e escaldado escritor, ensaísta e figura pública. Já o Mário póstumo é um totem, sempre de difícil abordagem. “Café” foi pensado para ter cinco seções, das quais apenas duas foram concluídas, ainda com anotações de revisão. Queria ser um romance realista em painel, algo insinuado já no título. Seu primeiro protagonista é Chico Antônio, caboclo nordestino que migra para o Sul. Espécie de Macunaíma, deixa para trás compromissos (a esposa), assume tarefas que depois renega venalmente, finalmente conhece a cidade de São Paulo, frenética e misteriosa, com letreiros luminosos e figuras escusas da praça dos Correios de 1930.


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horas vagas • iPad

Musify Queria usar algum serviço de streaming de músicas, mas não quer pagar nada por isso e não suporta propagandas durante as reproduções? Experimente o Musify. Ele permite que você escute suas canções prediletas sem gastar um único centavo: basta pesquisar por nome do artista, álbum ou gênero para encontrar as melodias desejadas e aproveitar à vontade. Não é preciso sequer fazer qualquer tipo de cadastro. Está se perguntando como o app consegue oferecer tanta mídia de graça? O segredo aqui é simples: ele utiliza a API do serviço SoundCloud, mas com alguns incrementos na parte técnica e com uma interface aprimorada para melhorar a experiência do usuário. O programa é compatível com qualquer dispositivo da Apple (iPod, iPhone e iPad) que esteja equipado com a versão 7.0 do iOS ou superior. Custo: Free

Raul Parizotto empresário parizotto@me.com

Hellrider

Paint Paper Studio

Mais um joguinho viciante e sem fim para você lutar pela maior pontuação possível. O inferno está na rebelião e os mortos pretendem voltar ao mundo dos vivos. Naturalmente, você não vai permitir que eles executem esse plano maquiavélico. No controle de um destemido motoqueiro, você precisa explorar cenários extensos atropelando esqueletos e desviando de inúmeros obstáculos como rochas, árvores e rios de lava. Os controles do título são bem simples: o motoqueiro avança diagonalmente em um cenário horizontal e basta tocar na tela para que ele mude de direção. Ou seja, você é obrigado a avançar em ziguezague. Conforme você atinge maiores pontuações, uma série de novos personagens (incluindo um simpático patinho) vão sendo desbloqueados para que você possa variar o piloto da motocicleta. Custo: Free

COVER – Photo Editor Mais um editor de imagens para quem deseja dar um toque especial nas fotos. Disponível na App Store por apenas US$ 3, ele se destaca por permitir que você aplique uma espécie de “selo” na frente das fotografias. Ao todo, são 60 artworks distintas para você usar à vontade, sem a necessidade de pagar taxas adicionais para desbloqueá-las ou algo do tipo. Além disso, naturalmente, você pode adicionar uma série de filtros e efeitos especiais para deixar as imagens com um ar vintage. São cerca de 100 opções divididas em categorias como básico, elegante, urbano, preto e branco e muito mais. Após terminar sua obra, você pode salvá-la na memória interna de seu dispositivo ou compartilhá-la com seus amigos nas redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram. Custo: US$ 2.99

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Semelhante ao COVER – Photo Editor, o Paint Paper Studio é um aplicativo de edição de imagens que lhe permite adicionar artworks belíssimas nas fotografias registradas com seu iPhone ou iPad. Basta abrir o arquivo desejado, escolher a arte preferida e posicioná-la no local mais apropriado. Para a sua conveniência, essas obras estão divididas em várias categorias como textos, doodles, números etc. Além disso, o Paint Paper Studio permite que você faça rabiscos livremente nas fotografias, caso deseje escrever uma mensagem personalizada com as próprias mãos. Vale observar que o software é gratuito; porém, existem diversos pacotes de artes que podem ser adquiridos individualmente por US$ 0,99 cada. É compatível com o iOS 8 ou superior. Custo: Free

SBK15 SBK15 Official Mobile Game é o jogo oficial da temporada 2015 do Campeonato Mundial de Superbikes, primeiro e maior torneio internacional de motocicletas modificadas de fábrica. Desenvolvido pelo estúdio Digital Tales (também responsável pelo SBK14, do ano passado), o título permite que você experimente toda a emoção de pilotar esses furiosos veículos de duas rodas produzidos por montadores de renome. Por ser um jogo licenciado pela própria Federação Internacional de Motociclismo (FIM), SBK15 apresenta uma reprodução fiel das 13 pistas usadas na vida real para o campeonato mundial. Além disso, você pode escolher entre 24 pilotos competindo para 14 times diferentes, incluindo Aprilia Racing, BMW Italia, Kawasaki Racing, Honda e Ducati Superbike. A obra é totalmente gratuita. Custo: Free

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horas vagas • música

VÍDEO

A Cantora baiana que está conquistando o Brasil, Mariene de Castro, esbanja carisma e arrebata a plateia em emocionado tributo a Clara Nunes. O show reúne músicas que foram sucesso na voz da cantora mineira, como “Guerreira”, “Morena de Angola”, “Feira de Mangaio”, “Conto de Areia”, “Portela na Avenida”, entre outras. Zeca Pagodinho e Diogo Nogueira dividem o palco com Mariene nas canções “Coisa da Antiga” e “Juízo Final”. Reconhecida como uma das principais revelações do canto brasileiro, Mariene se apresentou no último Réveillon de Copacabana para uma plateia de mais de 2 milhões de pessoas.

DICA

SER DE LUZ UMA HOMENAGEM A CLARA NUNES

WALL FLOWER – DIANA KRALL

CONFIRA V - MAROON 5 A cantora e pianista Diana Krall lança seu novo e álbum com versões jazzísticas de grandes clássicos da música pop internacional. Produzido pelo renomado David Foster (Bee Gees, Christina Aguilera, Whitney Houston, Andrea Bocelli, Céline Dion, etc), o álbum apresenta grandes performances na voz de Diana Krall como “California Dreamin” do The Mamas and the Papas, “Desperado” dos Eagles, “Don´t Dream it´s Over” do Crowded House, “I´m not in Love” do 10 CC e muitas outras. Wallflower é sem dúvida o álbum mais pop da carreira de Diana Krall.

V é o quinto álbum da banda Maroon 5, que traz as músicas: Maps e It Was Always You. Maroon 5 é a banda dona dos sucessos She Will Be Loved, This Love, Moves Like Jagger, Payphone, One More Night entre outros. A versão deluxe com 3 faixas bônus. Para dançar solto e acompanhado!

INTERNET

CLÁSSICO

WHAT HAPPENED MISS SIMONE? Que o NETFLIX há algum tempo já reina soberano em lares saturados da programação da TV aberta (e fechada também!), isso já nem é novidade. A novidade é que o serviço de streaming tem investido pesado em produções exclusivas, como séries (Orange is the new Black) e documentários, como o de Liz Garbus sobre a legendária Nina Simone. Falar de Simone é, indissociavelmente falar de seu talento enorme e temperamento difícil (ambos do mesmo tamanho, talvez). De sua conturbada trajetória, quando ainda atendia por Eunice Kathleen Waymon, nascida no estado norte-americano da Carolina do Norte, até sua morte, em 2003, aos 70 anos, o documentário fala sobre as violências sofridas e como foram o gatilho que deflagrou seu discurso político e militância. Vale cada frame; vale cada segundo.

GILBERTO GIL UNPLUGGED - DVD + CD Lançado em 1994, o CD traz a gravação do show acústico de Gilberto Gil. Entre os destaques estão músicas como ‘Expresso 2222’, ‘A Novidade’ e ‘Aquele Abraço’. O DVD apresenta o antológico show de Gilberto Gil. No repertório de 22 músicas, um balanço das três primeiras décadas de sua carreira. O DVD traz ainda comentários do artista, cifras para violão, legendas, biografia e discografia.


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Carolina Menezes

Aqui

o mundo é

seu

O 30o empreendimento entregue pela Leal Moreira, o Torres Ekoara, oferece uma experiência inédita em Belém quando o assunto é viver bem e com conforto.

O

tempo passa e algumas coisas não mudam, como, por exemplo, a máxima de que “não há lugar como a casa da gente”. E foi inspirada nessa frase tão, tão certa e verdadeira que a Leal Moreira entrega o seu 30º empreendimento, o Torres Ekoara Condomínio Club, em parceria com a Incorporadora PDG, uma prova de que é possível desfrutar do máximo de conforto, lazer e diversão sem precisar se afastar do centro da cidade. O evento de entrega do condomínio aos novos moradores foi realizado na própria área de lazer que cerca as torres. Localizado na Travessa Enéas Pinheiro, bem próximo ao imponente Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco, e ainda cercado de todas as necessidades que o dia a dia pede, como bancos, farmácias, supermercados, hospitais e escolas, o Torres Ekoara e seus 55 mil m2 de área construida - o maior empreendimento entregue pela Leal Moreira até hoje - oferece, do térreo ao andar mais alto tudo aquilo que você sempre sonhou. São 248 apartamentos no total, quatro por andar, com opções de duas e três vagas na garagem, divididos em duas torres. Praças, ciclovia, playground para os pequeninos, piscinas, churrasqueira… o desejo do mo-

rador é o limite quando o assunto é lazer, no superprojeto paisagístico assinado por Neusa Nakata. Pensou em uma partida de xadrez? O Torres Ekoara tem um tabuleiro ao lado da Praça dos Aromas. Pensou em arriscar umas manobras no skate? O Torres Ekoara tem uma pista ao lado do redário. Pensou em exercitar o corpo? O Torres Ekoara tem não só uma estação de ginástica como uma praça de apoio. Pensou em uma partida de futebol ou de vôlei? O Torres Ekoara conta com uma superquadra de 14x23. Pensou só em descansar à sombra? Basta escolher dentre as oito praças que existem no térreo do Torres Ekoara e aproveitar. E, claro, isso tudo é só o começo, afinal, o show começa agora, em projeto de decoração assinado por Perlla Et Jr: com três opções de tamanho, 138m2, 267m2 e 273m2, os apartamentos do Torres Ekoara contam com três suítes, e ainda opções de living ampliado, home office e cobertura duplex com duas opções de configuração do piso superior. A Leal Moreira pensou em tudo para entregar o empreendimento dos sonhos, e o resultado disso é o Torres Ekoara, que oferece um mundo quase todo só seu sem nem precisar sair de casa.

Dudu Maroja


PRÁTICAS AMBIENTAIS SÃO TEMA DE TREINAMENTOS

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Inst

Engenheiros e técnicos de segurança do trabalho reuniram-se no dia 21 de julho, na sala de treinamento do empreendimento Torres Dumont, para a realização de Treinamento para Multiplicadores voltado a questões de boas práticas de controles e conservações ambientais nos canteiros de obras. No dia 23 do mesmo mês, simultaneamente, a mesma programação se repetiu nos canteiros dos empreendimentos Torres Floratta, Torre Triunfo, Torre Vitta Office, Torre Parnaso, Torre Unitá, Torres Devant e Torres Terra Fiori. Cada equipe realizou a sua própria ação, denominada “Boas práticas do plano de Educação Ambiental do canteiro de obras”, sob a execução de cada engenheiro da obra e técnico de segurança do trabalho do respectivo canteiro. De acordo com Jorge Machado, engenheiro de Segurança da construtora, nos eventos foram destacados diversos aspectos relacionados a construções sustentáveis, bem como o impacto dessas práticas para o desempenho das obras. “Agora o foco é outro. Desempenho verde e sustentável significam vantagens mercadológicas. Consumo de combustíveis não renováveis, água, solo, materiais, tudo isso é medido para verificar se o ciclo de vida da construção é ‘verde’ ou se é sustentável”, explicou Machado. “Não é assunto apenas de ambientalista, mas da sociedade em geral, na busca de ambiente saudável e de contenção de desperdícios”, enfatiza.

PROGRAMAÇÃO DA VIII SIPAT PERCORREU OBRAS DA LM As atividades da VIII Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat), que ocorreram entre 22 e 26 de junho, em todos os empreendimentos da Leal Moreira, incluíram desde palestras sobre Segurança do Trabalho, ofertadas pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), a corte de cabelo, aferição de glicose e pressão arterial, aplicação de vacinas e outras ações - como sorteio de brindes, lanche e show com a cantora Cleide Moraes. “A gente trabalha aqui com muitos pais de família, e essas famílias querem ver esses pais voltando para casa da mesma forma como saíram para trabalhar, com saúde e em segurança. Então essa programação só faz com que todo mundo ganhe: o trabalhador, a empresa”, declarou o encarregado de obras do empreendimento Torre Parnaso, Rudney Almeida, de 35 anos. “Uma semana como essa é importante para a empresa e para o funcionário, que se sente mais incentivado a trabalhar bem e com segurança”, destacou o operador de elevador tipo cremalheira, Gustavo Nunes, de 23 anos, também do mesmo empreendimento. www.revistalealmoreira.com.br

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PROGRAMAÇÃO HOMENAGEOU OS PAIS O segundo domingo de agosto não passou em branco para a Leal Moreira. Dois dias antes da data comemorativa, na sexta-feira, dia 7, duas programações celebraram antecipadamente o Dia dos Pais e homenagearam seus colaboradores. Pela manhã, nas obras de todos os empreendimentos Leal Moreira, foi servido um café da manhã especial a todos os trabalhadores, além de distribuição de brindes. Já na parte da tarde, uma pequena exposição foi montada no Café Leal Moreira, na sede do escritório da empresa. Nela foram exibidos desenhos e outras criações dos próprios filhos dos funcionários, uma iniciativa da Leal Moreira, que convidou os familiares de cada pai a fazer, com papel e caneta, homenagens àquele que é o primeiro herói de toda criança. “A Leal Moreira sempre busca proporcionar momentos inesquecíveis. Se trata de uma empresa que não se restringe a vender apartamentos, ela promove qualidade de vida”, afirma Jansen Barros, um dos pais homenageados.

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Check List das obras Leal Moreira projeto

lançamento

fundação

estrutura

alvenaria

revestimento

fachada

acabamento

Torre Santoro 2 ou 3 suítes • 123m2 • Av. Governador José Malcher, 2649 (entre Av. José Bonifácio e Tv. Castelo Branco) Torres Devant 2 ou 3 dorm. (1 suíte) • 68m2 e 92m2 • Travessa Pirajá, 520 (entre Av. Marquês de Herval e Av. Visconde de Inhaúma) Torre Unitá 3 suítes • 143m2 • Rua Antônio Barreto, 1240 (entre Travessa 9 de janeiro e Av. Alcindo Cacela). .

Torre Parnaso 2 ou 3 dorm. (1 suíte) • 58m² e 79m² • Av. Generalíssimo Deodoro, 2037 (com a Rua dos Pariquis). Torres Dumont 2 e 3 dorm. (1 suíte) • 64m² e 86m² • Av. Doutor Freitas, 1228 (entre Av. Pedro Miranda e Av. Marquês de Herval). Torre Vitta Office Salas comerciais (32m2 a 42m²) • 5 lojas (61m2 a 254m²) • Av. Rômulo Maiorana, 2115 (entre Travessa do Chaco e Travessa Humaitá). Torre Vitta Home 2 e 3 dorm. (1 suíte) • 58m² e 78m2 • Travessa Humaitá, 2115 (entre Av. Rômulo Maiorana e Av. Almirante Barroso). Torre Triunfo 3 e 4 suítes (170m²) • cobertura 4 suítes (335m²) • Trav. Barão do Triunfo, 3183 (entre Av. Rômulo Maiorana e Av. Almirante Barroso). Torres Floratta 3 e 4 dorm. (1 ou 2 suítes)• 112m² e 141m² • Av. Rômulo Maiorana, 1670 (entre Travessa Barão do Triunfo e Travessa Angustura). Torres Trivento 2 e 3 dorm. (1 suíte)• 65m² e 79m² • Av. Senador Lemos, 3253. (entre Travessa Lomas Valentinas e Av. Dr. Freitas). mês de referência: julho de 2015

Veja fotos do andamento das obras no site: www.lealmoreira.com.br

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em andamento

concluído


Check List das obras ELO projeto

lançamento

fundação

estrutura

alvenaria

revestimento

fachada

acabamento

Terra Fiori 2 quartos • 44,05 a 49,90 m2 • Tv. São Pedro, 01. Ananindeua. mês de referência: julho de 2015

em andamento

concluído

Torre Violeta - Estrutura em bloco de concreto - laje do 1º tipo

Torre Jasmin - Estrutura em bloco de concreto - laje do 1º tipo

Área de lazer do Terra Fiori

Torre Gardênia - Estrutura em bloco de concreto - laje do 1º tipo

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Torre Bromélia - Estrutura em bloco de concreto - laje do 1º tipo

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Fachadas

Quadra de esportes / Churrasqueira

Living

Cozinha

Sal達o de festas juvenil

Fitness

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LOTUS, 37 ANOS.

SERIEDADE E COMPETÊNCIA COMPROVADAS EM NÚMEROS.

Claro que a unanimidade é algo difícil de ser alcançado. Mas contra fatos e números não há argumentos. E a Lotus chegou até aqui tendo de seus clientes o que há de mais caro: a confiança e o respeito. Nenhuma empresa chega aos 37 anos se não for séria e ética. Por isso, nos orgulhamos das marcas conquistadas:

Grupo de três empresas: Lotus Condomínios, Lotus imóveis e TopClass Administração Atuação no Pará e no Maranhão Primeira administradora da Amazônia 37 anos de absoluta liderança no mercado regional 30 mil prestações de contas aprovadas Fidelização de clientes: 110 condomínios há mais de 5 anos, 65 há mais de 10 anos, 29 há mais de 15 anos, 17 há mais de 20 anos e outros há mais de 30 anos. Geração de 800 empregos diretos Mais de 200 condomínios sob administração; 15 mil salas, apartamentos e casas.

Com muito trabalho e seriedade é possível ir longe.

FAX

Nos 37 anos da Lotus, renovamos os agradecimentos aos tão prezados condôminos, aos nossos valorosos colaboradores e aos fornecedores da empresa. E dois agradecimentos especiais: aos construtores de Belém, que nos honram com sua confiança, e aos nossos muitos amigos, pelo incentivo e a força de sempre. Av. Mag. Barata, 1005 • 3344-4420 www.lotusonline.com.br /grupolotus


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Piscina

Living www.revistalealmoreira.com.br

Varanda


Piscina

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Fachada

Living

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Sala comercial


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Fachada

Living Suíte

Cozinha

Vista aérea da área de lazer


Living

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Varanda

Torre Leste - Estrutura de concreto armado

Torre Oeste - Estrutura de concreto armado


Miscelâneas do Fantástico Mundo do Varejo

Nara D’Oliveira Consultora empresarial

A história do varejo brasileiro nos conta de empresas iniciadas por empreendedores com muito pou-

como a construção de um espaço organizacional que o receba no futuro.

co conhecimento técnico ou formação adequada,

Para formação oferecer as melhores faculdades

mas com força de trabalho e dispostos a fazer o que

disponíveis é obrigatório. Hoje as faculdades de linha

fosse preciso: muito esforço, economia, poucos su-

oferecem uma informação muito próxima do mer-

pérfluos no processo e muita vontade e necessidade

cado bem como convênios com inúmeros outras

de acertar. A segunda geração recebeu um negócio

casas de conhecimento fora do Brasil que pode vir

francamente estabelecido, com um posicionamento

ampliar a visão de mundo do jovem profissional e

de mercado caseiro, mas que garantiu o share que

do próprio mercado onde o negócio da família está

a empresa desfrutava. A terceira geração, contu-

inserido.

do, chega na empresa em um mercado altamente

Participar de programas de estágio e trainee em

competitivo e de forma global, com consumidores

empresas de ponta, em qualquer segmento, é um

esclarecidos e irritadiços em um universo colorido

passo importante e pode conferir significado impor-

de produtos substitutos. Portanto, o “pai-para-filho“

tante na carreira do treinando. Estes programas de

deu lugar ao Processo de Sucessão Planejado como

inserção de profissionais em empresas profissionali-

forma de garantir um crescimento sustentado.

zadas visam não somente desenvolver habilidades,

Não existe diferença no processo de sucessão:

mas patrocinam um mergulho na cultura organiza-

varejo, indústria ou serviço. A pergunta a ser formu-

cional da mesma e, portanto, um aprendizado dife-

lada é se a empresa é familiar ou não e 90% das

renciado.

empresas do varejo são familiares. Então nossa pre-

Ainda, gestão de conflitos entre as gerações é

ocupação deve se concentrar no processo de tran-

verdade desde o tempo da Ardi (fóssil achado na

sição, esta é a principal questão e é pauta do dia de

Etiópia, de sexo feminino, com quase 4.5 milhões de

grupos de todos os portes e segmentos. Cada grupo

anos). Ter um intermediário para apoiar na convivên-

deve procurar sua própria fórmula, mas já existem

cia e gerência destes conflitos é algo inteligente de

vários modelos.

ser feito e muito usado pelas empresas mais estru-

Alguns grupos envolvem seus herdeiros desde a

turadas e preocupadas com o futuro.

primeira infância com visitas às empresas e partici-

No mais o varejo é quase uma atividade lúdica

pação das confraternizações e ritos de passagem

como diria um amigo meu. É um segmento diverti-

internos. Já na fase da adolescência programas de

do onde as pessoas são muito alegres. Na próxima

orientação vocacional, identificação de perfil e Coa-

edição teremos um dicionário tão divertido quanto o

ching de orientação vocacional podem e devem ser

segmento nesta coluna. Você conhece o consumi-

amplamente usados. Identificar o perfil do herdeiro

dor “Miranda”? Aquele que mira e anda. Bom, mas

desde cedo pode ser a chave para o desenvolvi-

este texto pode não sair, pois como a maioria das

mento das habilidades principais do mesmo, bem

ideias do varejo, esta pode dar errado.

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