Revista Leal Moreira nº 54

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RLM nº 54 GENTE DESIGN ESTILO IDEIAS CULTURA COMPORTAMENTO TECNOLOGIA ARQUITETURA

ano 12 | número 54

R$ 15,00

Glória Pires

Consagrada pelo público como atriz e admirada como personalidade, ela volta ao cinema já premiada como Nise da Silveira.

Leal Moreira

Uruguai João Ubaldo Ribeiro Janjão Garcia Shows no Brasil Camila Coutinho

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O QUE TEM VALOR, FICA PARA SEMPRE.




A Revista Leal Moreira 54 traz conteúdo exclusivo nas matérias sinalizadas com QR code.

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capa

índice

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GLÓRIA PIRES Uma das atrizes mais populares da TV e do cinema, Glória Pires vive Nise da Silveira em filme que estreia em abril.

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Galeria

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MODOS DE COMER Dono de bistrô e empório gourmet, o visionário restaurater Janjão Garcia está sempre à caça de sabores.

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ARTE SECULAR O Museu de Arte de Belém aproveitou os 400 anos da capital para unir 47 artistas em mais de 70 obras que fazem um recorte sensível da história da cidade.

Goumert

URUGUAI Praias paradisíacas e cenários impressionantes valem a descoberta de La Pedrera e Cabo Polonio.

Destino

capa Foto: Fábio Seixo/Agência O Globo

Música Os melhores shows - O line up de apresentações internacionais no Brasil deve fazer de 2016 um ano inesquecível.

Especial - Camila Coutinho Pioneira no ofício de blogueira de moda, a jovem pernambucana transformou seu nome em uma marca e está na lista da Forbes dos 30 prodígios brasileiros com menos de 30 anos.

Décor 2 - Roxy Bar Grão Pará Uma decoração fiel à sua matriz, mas que passa longe de ser ‘mais do mesmo.’

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dicas especial Leal Moreira especial João Ubaldo Ribeiro confraria Ricardo Gluck Paul Celso Eluan tech decor 1 Angela Sicilia vinhos HV institucional Nara Oliveira

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editorial

Amigos, Dia desses comemorávamos a chegada do novo ano, com a expectativa de que 2016 seria um ano simplesmente melhor... e agora já nos dirigimos ao encerramento do primeiro trimestre com aquela sensação de que o segredo para ter as expectativas atendidas passa por ter a capacidade de manter o olhar no futuro, fazendo o dever de casa todos os dias. Para a capa desta edição, trouxemos uma das atrizes mais talentosas e queridas de várias gerações, Glória Pires, na iminência de estrear nos cinemas em mais um papel forte e que lhe rendeu prêmios fora e dentro do Brasil na pele da renomada psiquiatra Nise da Silveira. O restaurateur carioca Janjão Garcia fala, na seção Gourmet, sobre as apostas em novos produtos que mantêm a qualidade e o ineditismo do que é servido nos celebrados Lorenzo Bistrô e Casa Candaraí, no RJ. No Destino, a prova de que o Uruguai tem muito mais a oferecer do que paradas obrigatórias como Punta Del Este e Montevidéu. Os incríveis shows internacionais que o Brasil recebe durante 2016 estão na seção Música da RLM 54, e os 75 anos do saudoso escritor João Ubaldo Ribeiro são tema de uma matéria especial em um passeio delicioso sobre sua vida & obra. E tem mais, muito mais. Essa é mais uma revista feita com muito carinho e preocupação em oferecer temas e leituras pensadas para agradar você, clientes e amigos da Leal Moreira. Grande abraço e boa leitura, André Moreira

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EKO

Seu telefone rá tocar Não queremos perder a chance de viver outros momentos especiais com você. Para que seu sonho não vire pesadelo, a Favorita faz controle de satisfação, liga com regularidade para seus clientes e dá garantia para os produtos e serviços de regulagens.

Com a gente, você é feliz para sempre.

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expediente

Tiragem da edição 54 da Revista Leal Moreira auditada por

Revista Leal Moreira

João Balbi, 167. Belém - Pará f: 91 4005.6800 • www.lealmoreira.com.br

Fundador / Presidente Carlos Moreira Sócios-diretores André Leal Moreira João Carlos Leal Moreira Maurício Leal Moreira

ERRATA Na matéria “Compartilhar a arte”, da seção Galeria da RLM 53, identificamos errôneamente o proprietário da Galeria 791, Paulo Henrique Lobo. Fica registrada a nossa correção e o nosso pedido de desculpas ao entrevistado.

Diretoria Executiva Diretor de Incorporação Thomaz Ávila Neto Diretor Comercial e de Relacionamento José Ângelo Miranda Gerências Gerente Financeiro Walda Souza Gerente de Controladoria Igor Moreira Gerente de Planejamento e Captação de Recursos Carlos Eduardo Costa Gerente do Departamento Pessoal Mônica Silva Gerente de Relacionamento com Clientes Alethea Assis Gerente de Marketing Mateus Simões Gerente de Incorporação Patrick Viana

Atendimento aos Clientes: Avenida Nazaré, 759 (Largo do Redondo) • segunda a quinta-feira: 9h às 12h e das 14h às 18h. • sexta: 9h às 12h e das 14h às 17h30.

Atendimento telefônico: ++55 91 4005 6868 • segunda a quinta-feira: 9h às 18h. • sexta: 9h às 17h30.

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Criação, coordenação e realização Publicarte Editora Diretor editorial André Leal Moreira Diretor de criação e projeto gráfico André Loreto Editora-Chefe Carolina Menezes Produção Trisha Guimarães Fotografia Dudu Maroja e Marcus Mendonça Reportagem Bianca Borges, Camila Gaia, Carolina Menezes e Trisha Guimarães. Colunistas Ângela Sicilia, Celso Eluan, Nara Oliveira, Raul Parizotto e Ricardo Gluck Paul. Assessoria de imprensa Carolina Menezes Conteúdo multimídia Max Andreone Versão Digital Guto Cavalleiro Estagiário Matheus Paes Revisão José Rangel Gráfica Halley Tiragem 10 mil exemplares Comercial Gerente comercial Daniela Kress • (91) 99983.4366 danielakress@revistalealmoreira.com.br Consultor comercial Lídia Menezes • (91) 98802.3857 lídia@revistalealmoreira.com.br Back office Giovana Teixeira • (91) 4005.6874 giovana@revistalealmoreira.com.br

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Revista Leal Moreira é uma publicação bimestral da Publicarte Editora para a Construtora Leal Moreira. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem autorização.



LEAL MOREIRA ENTREGA O TORRE VITTA HOME, SEU 32º EMPREENDIMENTO. O Torre Vitta Home está pronto! Parabéns e obrigado a todos que vivem e realizam a alegria de ter o seu Leal Moreira.

Assista o vídeo de entrega do Torre Vitta Home.

RELACIONAMENTO COM CLIENTES:

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Avenida Nazaré, 759 (Largo do Redondo)



Belém

Boteco Arsenal Inaugurado no início do ano, o Boteco Arsenal é uma boa opção para se reunir com os amigos e comer bem e/ou desfrutar de uma boa bebida. O cardápio oferece muitas opções, como a adaptação paraense da paella, prato clássico da culinária espanhola, que na versão marajoara traz o tucupi e mariscos regionais. As refeições costumam remeter à cultura nortista, como por exemplo, o filé coberto com queijo do Marajó acompanhado de risoto de tucupi. O boteco foi inspirado na Belém antiga e surpreende seus visitantes com uma mistura de música e gastronomia inspirada no estado do Pará. Praça do Arsenal - Cidade Velha | Funcionamento: Quinta a domingo, a partir das 18:00h Fone: 98853-8788

Los Saladeiros Quem disse que não é possível aliar boa alimentação com bom paladar? O Los Saladeiros é uma empresa em Belém que trabalha com delivery de saladas deliciosas. O menu abrange uma variedade de pratos, dentre eles, salada de presunto, tropical, peito de peru, atum, frango, bacalhau e kani. Cada opção possui a sua combinação específica e você escolhe o molho que quer usar: jambu, cupuaçu, mostarda e mel, iogurte e parmesão são algumas das muitas opções de condimento. O Los Saladeiros ainda possui pratos de escondidinho de batata doce e berinjela, carne de soja e outras refeições que vão te ajudar a não sair da dieta. Além disto, devolvendo o recipiente de entrega da salada você ganha desconto em seu próximo pedido

Delivery: 98380-5028 / 98130-7491 / 98017-4919 • Facebook: /lossaladeiros | Instagram: @lossaladeiros www.revistalealmoreira.com.br

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Quintino Bocaiúva, 1696. Entre Braz e Nazaré • Funcionamento: domingo a quinta, das 12h às 22h | Sexta e Sábado, das 12h às 00h. Fone: 99159-9728

Restaurante Casa Mia Recém-inaugurado, o restaurante Casa Mia, já coleciona clientes fiéis. Com ambiente que remete ao aconchego da casa dos nossos avós, o local alia uma diversidade de pratos com conforto e praticidade. Desde hambúrgueres até refeições completas estão presentes no cardápio – vale dizer que a inauguração do estabelecimento contou com a presença da musa fitness, Gabriela Pugliesi, que ganhou prato (super saudável, é claro) com o seu nome no menu. A Casa Mia também é ideal para um pit stop na correria do dia a dia: lanches rápidos como tapiocas gourmet, bolos e doces são algumas das opções. Sua cafeteria também é uma excelente escolha para reuniões e bate papos.


Brasil

Restaurante Tambaqui de Banda - Teatro Amazonas Que tal um canapé de pirarucu com cream cheese enrolado na banana frita ou nhoque de tambaqui ao molho de tacacá? Estas são algumas opções de entrada para abrir seu apetite no Tambaqui de Banda. Em Manaus, nada mais adequado do que comer um bom peixe na brasa. O restaurante é especializado na comida regional amazonense e, claro, o protagonista de seu cardápio é o tambaqui. Pacu, matrinxã, sardinha e jaraqui são as outras opções de pescados do local. A unidade localizada próximo ao Teatro Amazonas tem vista privilegiada para um dos maiores ícones da capital do Amazonas.

Almoço e Jantar: todos os dias, de 11h às 23h | Fone: 3622-8162 (reservas de segunda a sexta, finais de semana, conforme disponibilidade).

R. Tito Lívio Zambecari, 805 - Mont’serrat, Porto Alegre • 90450.230

Le Bateau Ivre O Le Bateau Ivre é um restaurante gaúcho de alta gastronomia localizado em Porto Alegre. A marca começou na década de 90, na Bahia e, anos depois, seguiu para a cidade de Brasília e só em 2002 se mudou para sua atual localização. A cozinha é comandada pelo chef francês Gérard Durand, que já foi dono de um restaurante na região francesa da Provence, onde nasceu. O cardápio é bem diversi-

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ficado e até exótico. Para quem gosta de aventurar seu paladar em gostos diferentes, a entrada de Rã à Moda Bateau Ivre é uma ótima opção. O prato é temperado com molho cremoso de manjericão, ervas e alho. No entanto, para os mais tradicionais, outra excelente entrada é o carpaccio da casa. O menu oferece diferentes opções de frutos do mar, filé mignon e carnes de cordeiro.

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mundo

Torrefazione Cannaregio

Para um café italiano de qualidade, o lugar é o Torrefazione Cannaregio. Lá você encontra as melhores sementes do mundo: colombiana, blue montain, guatemala e muitas outras. Você pode comprar tanto os grãos como desfrutar de um expresso ou bebidas mais elaboradas no local mesmo. E claro, uma boa marca italiana nunca se distancia da ‘queridinha’ do país, a massa. O Torrefazione vende algumas excelentes pastas para o preparo em casa. Além disto, o café fica no caminho da famosa praça de São Marcos, um dos famosos pontos turísticos de Veneza.

Sestiere Cannaregio, 1337 - 30121 Veneza, Itália | Funcionamento: das 7h às 19h. Fone: +39 041 716371

Chupenga O restaurante promete o inusitado: a melhor comida mexicana/californiana da capital alemã. Os principais ingredientes dos pratos são importados do México para estabelecer a autenticidade da cozinha. Tacos, saladas e carnes de porco, frango e bovinas (com muito chipotle) são outras opções no cardápio. O menu se estende para guacamole, tortilhas e outras iguarias americanas e, além disto, oferece algumas refeições veganas. A premissa do Chupenga é agilidade no serviço, conforto e ambiente moderno.

Mohrenstrasse 42, 10117 – Berlim, Alemanha | Funcionamento: segunda a sexta, das 11h30 às 20h. www.revistalealmoreira.com.br

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capa

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Bianca Borges

Fábio Seixo/Agência O Globo divulgação

Os vários

papéis de

Glória

Consagrada por suas interpretações em novelas e reconhecida também no cinema, onde já recebeu diversos prêmios, Glória Pires se desdobra além da dramaturgia para viver os papéis de mãe, esposa e empresária.

A

ampla galeria de personagens já interpretados por Glória Pires é o que se pode chamar de diversificada. Ao longo de uma carreira dedicada à televisão e ao cinema, e que teve início ainda na infância, ela já foi filha de mãe solteira, moça vinda do interior, esposa abnegada, órfã, militante destemida, jovem romântica, índia, chantagista, professora de música, cirurgiã plástica, vigarista sedutora e até se desdobrou em duas numa mesma cena, contracenando consigo própria e com direito ao recurso dramatúrgico maniqueísta “irmã boa x irmã má”, quando viveu as gêmeas Ruth e Raquel, de Mulheres de Areia (1993), um sucesso de público e crítica, pelo qual recebeu o Troféu Imprensa como melhor atriz do ano. Agora, ela volta a ganhar destaque com “Nise – O coração da loucura”, filme de Roberto Berliner, que estreia no circuito nacional. Pioneira, a médica Nise da Silveira humanizou o tratamento de pacientes esquizofrênicos com uso de terapia ocupacional, em um ateliê de pintura, e um tratamento baseado no afeto e no convívio com animais domésticos. Os métodos revolucionários são, até hoje, uma referência. O longa foi filmado durante dois meses no Instituto Nise

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da Silveira, no Engenho de Dentro, no subúrbio do Rio de Janeiro. Era nesse mesmo local onde ficava o Hospital Psiquiátrico Pedro II. Lá, foram revelados grandes nomes das artes plásticas, como Emydgio de Barros, Raphael Domingues, Lucio Noeman e Fernando Diniz. A descoberta do talento deles é apresentada no filme, que mostra o primeiro contato com a tinta, o pincel e o barro. Em entrevista exclusiva à revista Leal Moreira, na ocasião do lançamento no Festival do Rio (de onde saiu com os prêmios de melhor filme pelo júri popular e melhor atriz para Glória), ela falou sobre os sentimentos envolvidos neste novo trabalho. “Foi um processo intenso de composição do personagem, não só por toda a carga emocional da história, mas também pela oportunidade de contato que os atores e toda a equipe tiveram ao estar no mesmo local onde se passou aquilo tudo, com a vivência no ambiente do hospital. O fato de estarmos onde tudo realmente aconteceu foi fundamental e acrescentou muito”, relata. O filme acompanha a trajetória da doutora Nise da Silveira após sua saída da prisão, em 1944, sob a acusação de ser comunista. Úni- »»»


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ca mulher no corpo médico, ela contesta o uso de eletrochoque e lobotomia para tratar esquizofrênicos, mas seus colegas de trabalho discordam do seu meio e a isolam. A atriz ressalta o caráter inspirador da personagem. “Uma mulher que foi uma inspiração, por tudo o que ela fez da vida... A vida real é muito mais surpreendente do que qualquer filme que se pode imaginar. E esse personagem estará sempre em um lugar muito especial na minha memória”. Filha da dona de casa Elza Marques Pires e do ator e comediante Antônio Carlos Pires, Glória Maria Cláudia Pires nasceu no Rio de Janeiro, em 1963. Com apenas dois anos, a menina foi flagrada pelo pai cantando em italiano a música tema de uma novela da época. Aos quatro anos, já morando em São Paulo por causa do trabalho do pai, ela gostava de brincar nos estúdios da TV Excelsior, onde ele gravava a novela “A Muralha”. Os cenários exerciam um fascínio especial sobre ela, que já brincava, escondido, com a maquiagem de sua irmã Linda, nove anos mais velha. Após ser reprovada por Daniel Filho no teste para “O Primeiro Amor”, ela inicia sua carreira em 1972, ao lado de Francisco Cuoco e Fábio Mássimo, em “Caso Especial Sombra de Suspeita” (Rede Globo). No mesmo ano, estreia em novelas com

foto: divulgação

Confira mais

“Selva de Pedra”, de Janete Clair, vivendo a personagem Fatinha, filha de uma viúva interpretada por Agnes Fontoura. Entre 1973 e 1975, participa de vários programas humorísticos, entre eles “Uau”, “Satiricom”, “Faça Humor e Não Faça a Guerra” e “Chico City”, contracenando com seu pai e com Chico Anysio. Em entrevista a um programa de televisão no ano passado, ela recordou momentos em que o pai, sua maior referência, ajudou com conselhos. “Meu pai estava sempre comigo no começo da carreira e era com ele que eu dividia todas as questões do ofício. Eu perguntava ‘como vai ser em uma cena em que eu tiver de chorar?’, por exemplo. Ele me dava vários exemplos e explicava que, quando aquela emoção estivesse ali dentro, no lugar dela, aquilo [o choro] iria acontecer, com ou sem lágrima”. Mas a dramaturgia não foi desde sempre um caminho fácil para a atriz, que chegou a “dar um tempo” na carreira em 1977, desiludida e ainda incerta de que queria seguir a profissão. No ano seguinte, uma reviravolta: seu pai descobriu que seriam realizados testes para a nova novela de Gilberto Braga. O problema é que a escolha do elenco seria de Daniel Filho, o mesmo diretor que já a havia reprovado em um teste anterior. A esta altura, ela sentia calafrios só de ouvir o seu nome.

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Mas após uma longa conversa com o pai, a garota decide participar do teste. Então com 14 anos, Glória é selecionada entre cinco candidatas para viver a adolescente rebelde e problemática Marisa, filha da ex-presidiária Júlia Mattos (interpretada por Sônia Braga). O ano era 1978 e a novela, “Dancin’ Days”. A trama mudou hábitos, influenciou comportamentos e lançou moda em todo o Brasil. Por este trabalho, Glória recebeu o prêmio de atriz revelação pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Durante a novela, teve que lidar com o Juizado de Menores, que a proibiu de dar entrevistas, por causa de suas opiniões a respeito da instituição “escola”. Sobre essa experiência com Daniel Filho, a atriz revelou em entrevista recente ao canal Globo News: “Se você me pedir o nome de uma pessoa que tenha me apontado as coisas na televisão, sem dúvida nenhuma, eu direi Daniel Filho. Em cena, ao contrário do que estava em voga na época, que era estar sempre impecável, na roupa, na postura, com os atores bem penteados e maquiados, ele pedia a naturalidade. Nessa novela, ele praticamente me proibiu de pentear o cabelo. Dizia ‘não venha pra cá com o cabelo escovado!’. Ele queria fazer uma coisa extremamente naturalista, o que foi uma grande sacada na época. O que fazemos »»»


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Os papéis interpretados fora de cena O desafio de conciliar a carreira bem-sucedida com a vida pessoal vem sendo levado com profissionalismo e prudência pela atriz, que encara as demandas do trabalho sem deixar de zelar pelo bem-estar e harmonia da família. Glória é casada com o cantor Orlando Morais e é mãe de quatro filhos: Cléo, que é filha de um relacionamento anterior da atriz com o cantor e ator Fábio Jr., Antônia, Ana e Bento. Em 1988, por exemplo, ainda recém-casada, ela escolheu adiar sua lua de mel por causa do convite do diretor Denis Carvalho para

viver a vilã Maria de Fátima, de Vale Tudo. A novela de Gilberto Braga fez um estrondoso sucesso, discutindo problemas que iam do alcoolismo à corrupção e à disputa pelo poder, entre outras mazelas do Brasil daquela época – e que ainda hoje permanecem atuais... A vontade de promover o bem-estar e estimular as pessoas a buscar a própria felicidade fez com que, em 2014, a atriz assumisse um novo papel: o de empresária. Ela é dona da marca Bemglô, concebida a partir da ideia de estar bem e que busca inspiração nas pequenas felicidades cotidianas. A marca é uma junção de “bem” com o nome Glória (Bem + Glô). O objetivo é compartilhar histórias e vivências da atriz, que convida a fazer parte desse mundo onde existem inspirações e boas ideias para o dia a dia. “Criada a partir do compartilhamento das minhas e das suas histórias, a Bemglô tem um compromisso com o que é de verdade e acima de tudo, com o que faz bem. Como mãe, profissional e mulher, sei que a perfeição não existe, mas busco qualidade em tudo o que faço. Para mim, estar 100% é estar bem consigo mesma”, define. Os trabalhos mais recente na televisão Em março de 2015, a novela Babilônia estreava na programação da rede Globo causando um estardalhaço nas redes sociais. Os nomes dos atores

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foto: Daniela Agostini

foto: divulgação

foto: divulgação

hoje na TV é reflexo disso, dessa busca pelo mais próximo do real. Hoje, a câmera é a última coisa com que me preocupo em cena. Isso é a escola Daniel Filho”. Um dos pontos mais altos de sua carreira foi a indicação de “O Quatrilho” (1995), de Fabio Barreto, ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Adaptado do romance homônimo de José Clemente Pozzenato, conta a história de dois casais de imigrantes italianos que, no Rio Grande do Sul de 1910, resolvem se unir para sobreviver, decidindo morar na mesma casa, ponto de partida para um complexo relacionamento repleto de traições. O filme recebeu diversos prêmios. Só para Glória, vieram os de melhor atriz nos festivais de Havana, no de Cinema de Viña Del Mar e o de melhor atriz de cinema da APCA.

principais logo pipocaram entre os temas mais bem posicionados no twitter e a hashtag #BabiloniaEstreia chegou a ficar em segundo lugar no ranking mundial. Bastaram os quinze minutos iniciais da trama escrita por Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga para surgir uma avalanche de “memes” inspirados nos primeiros diálogos dos personagens. Entre os que fizeram mais sucesso, ganhou de longe o “Não estou disposta”, frase proferida por Beatriz, interpretada por Glória, uma mulher vaidosa e com traços de ninfomania, que não media esforços para alcançar tudo que desejasse. “Era uma mulher completamente diferente de mim, em todos os aspectos. Que tinha autoestima altíssima e usava sua sensualidade como veículo”, definiu, em entrevista ao canal Globo News, logo após o desfecho da trama. Ao estudar o papel, Glória ficou levemente desesperada com essa característica da personagem. “Como vou conseguir passar oito meses sendo essa mulher?”. Até que, depois de assistir a diversos filmes à procura de uma referência para a sua Beatriz, a resposta chegou via controle remoto. “Mudando de canal, caí no reality show do RuPaul [RuPaul’s Drag Race, competição idealizada por essa famosa drag queen em que candidatas disputam a coroa de Drag Superstar]. Pensei: ‘taí!’. Aquele mote dos rapazes que se transformam em mulheres incríveis e sensualíssimas foi a base para a Beatriz surgir”, revelou.


especial Leal Moreira

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Carolina Menezes

Conforto, aconchego e lazer

se encontram no

Torre Vitta Home O mais recente empreendimento entregue pela construtora Leal Moreira reúne todas as opções desejáveis por quem tem uma rotina agitada mas não abre mão da comodidade e de morar bem.

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magine viver em um local onde é possível ter a comodidade de estar a minutos do centro da cidade, mas não exatamente no, digamos, olho do furacão. De estar a segundos, literalmente, de escolas, supermercados, bancos, hospitais, academias, farmácias. E ainda de ter um leque sortido de opções para se divertir ou se exercitar sem sair de casa. Tudo isso está no Torre Vitta Home, o 32º empreendimento assinado pela construtora Leal Moreira, e que reuniu os proprietários das unidades no final do mês de janeiro para um evento alusivo à entrega. “Esse é um dos momentos mais felizes, também para nós, de todo o processo”, afirmou André Moreira, diretor da empresa, referindo-se ao fato de ser essa uma das últimas etapas antes de os proprietários ocuparem definitivamente seus apartamentos. Localizado em ponto estratégico do bairro do Marco, o edifício oferece opções de 58 m² e 78 m², sendo 2 ou 3 dormitórios (1 suíte). O Torre Vitta Home conta com apartamentos confortáveis e equipados com varandas gourmets. Na área comum, os moradores ainda podem escolher dentre muitas opções oferecidas pela área de lazer, desde piscinas, salão de festas, churrasqueira, espaço gourmet e quadra de esportes, brinquedoteca, academia, SPA, sauna e até cinema.

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Casado há pouco tempo, o analista de sistemas André Carvalho já está pensando que a sacada gourmet deve se tornar um dos locais favoritos do novo lar. “Como eu e minha esposa casamos há pouco tempo, estamos gostando de reunir amigos em casa, e aquele espaço é ideal para isso!”, avalia. Na hora de escolher o empreendimento que mais se encaixava às necessidades da família, o know how da construtora, bem como seu tempo de mercado e confiança por parte do público, pesaram na hora de bater o martelo. “Pelo padrão, pela confiança, ficamos com a Leal Moreira”, reforçou. A família da funcionária pública Daniele Campos já tinha um apartamento próprio, mas decidiu vendê-lo quando apareceu a chance de ter um Leal Moreira. “Nós amamos o bairro do Marco, tudo é perto, e temos filhos que vão curtir muito a brinquedoteca, as piscinas. É tudo muito completo”, justificou a proprietária, que fez questão de conferir as instalações da academia. “Também sou professora de Educação Física, então adoro a ideia de ter um espaço fitness sem sair de casa”, elogiou. A odontóloga Aldine Aragão elogiou a diversidade de atividades que a área de lazer do Vitta Home deve proporcionar aos seus dois filhos. “Piscina, quadra, sala de jogos, sei que eles vão aproveitar muito! O apartamento me conquistou »»»

Dudu Maroja


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como um todo, mas adorei a varanda gourmet! A localização também é perfeita, porque é próximo de tudo”, enumerou. A professora universitária Eduarda Matni descreveu o momento como a realização de um sonho dela e do esposo, já que eles adquiriram duas unidades que serão dadas de presente a dois dos três filhos do casal. “E, futuramente, queremos comprar outro Leal Moreira para nossa filha mais nova. A gente mantém essa escolha pelo acabamento da construtora, que é de primeira, por tudo o que nos tem proporcionado”, revelou. O servidor público Paulo Cezar já mora nos arredores do Marco e confessa que, durante a construção do empreendimento, costumava passar em frente ao local diariamente para acompanhar a evolução da obra. “É a realização de um sonho, do projeto de vida meu e da minha esposa. E ficou melhor do que esperávamos”, afirmou.

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Av. Gov. José Malcher, 2649. Entre a Av. José Bonifácio e a Trav. Castelo Branco.

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Planejamento, Incorporação e Construção: Artes meramente ilustrativas que poderão ser alteradas sem prévio aviso, conforme exigências legais e de aprovação. Os materiais e os acabamentos integrantes estarão devidamente descritos nos documentos de formalização de compra e venda das unidades. Plantas e perspectivas ilustrativas com sugestões de decoração. Medidas internas de face a face das paredes. Os móveis, assim como alguns materiais de acabamento representados nas plantas, não fazem parte do contrato. Memorial de incorporação registrado no Cartório de imóveis 2º oficio – Comarca Belém – R.2/24441LM, em 28/10/14. Protocolo 231.538.


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Bianca Borges

VivaJoão

Ubaldo Ribeiro!

No ano em que completaria 75 anos, fizemos uma leitura de sua vasta obra, entre contos, romances, ensaios e crônicas, para descobrir o que é que o baiano tem.

Dono de uma obra em que se pode identificar a evidente herança da oralidade de sua terra natal, Itaparica, no litoral da Bahia, João Ubaldo Ribeiro é o autor de clássicos da literatura contemporânea nacional. São dele obras fundamentais como "Sargento Getúlio", "O Albatroz Azul" e "Viva o Povo Brasileiro", esta última a mais famosa delas, superando a marca dos 120 mil exemplares vendidos. Pelo conjunto da obra, recebeu, em 2008, o Prêmio Camões, em Portugal, a maior honraria da literatura em língua portuguesa. Profícuo, ele foi além do romance, gênero que o consagrou, e atuou também como cronista. Passou pela redação de jornais, escreveu contos, ensaios, livros infantis, traduziu alguns de seus próprios livros, ajudou na adaptação de algumas obras suas para a TV e o cinema e ainda dividiu, com Cacá Diegues, o roteiro de "Deus é Brasileiro", filme baseado em seu conto "O Santo que Não Acreditava em Deus”. Ao todo, ele teve mais de 20 títulos publicados em 16 países. Sua invenção no campo da linguagem o levou a comparações com Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. Era um preciosista da língua, um garimpeiro de palavras e expressões genuinamente brasileiras. Isso sem contar sua notória habilidade com a língua inglesa. Homem de profundo conhecimento da cultura erudita, ele se tornou um caso raro na literatura ao traduzir, ele próprio, dois de seus livros diretamente para o inglês. “Sargento Getúlio” e “Viva o povo brasileiro” são obras com uma complexa recriação linguística, que exige

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profundo conhecimento de seu tradutor, no caso de um não-nativo no idioma. Conhecimento este que ele possuía incontestavelmente. Primogênito do casal Maria Felipa Osório Pimentel e de Manoel Ribeiro, professor e político, Ubaldo teve uma infância privilegiada ao lado do casal de irmãos. Aos onze anos, a família mudou-se da Bahia para a capital de Sergipe, que ele definiu como uma espécie de “Suíça do Nordeste brasileiro”, com estrutura organizada e onde não havia televisão ou games para se distrair. “Fui criado em meio a livros em uma casa imensa, a primeira de que tenho lembrança, em Aracaju. Tinha livro até na cozinha. Até os seis anos de idade, eu ainda era analfabeto. Meu pai, que era um humanista, não conseguia lidar com a ideia e contratou um professor particular”, recorda. O menino aprendeu a ler rápido, embora já conhecesse a maioria das letras, de tanto conviver com os livros do pai espalhados por todo canto. Entre suas primeiras leituras, estavam Dom Quixote, William Shakespeare e Monteiro Lobato. Titular da cadeira número 34 na Academia Brasileira de Letras, ele estaria agora completando 75 anos. O processo da entrada na ABL teve a participação de Jorge Amado como cabo eleitoral, seu amigo e conterrâneo. Engana-se, porém, quem presumir que o autor era dado a formalidades em seu dia a dia ou seguia métodos rígidos em seu processo criativo. Chegou a garantir em diversas entrevistas, inclusive em conferências na própria ABL, que começava um romance sem saber mui- »»»

divulgação


NOITES LEBLONINAS Além de consagrado como um dos maiores romancistas da literatura brasileira, Ubaldo era também preciso na narrativa curta. "Noites Lebloninas" é um exemplo dessa outra faceta. Este projeto, inacabado, seria composto por uma série de textos sobre a boemia carioca. Mas antes de sua morte, o escritor terminou apenas dois dos contos previstos. Eles revelam, porém, como ele era um mestre na arte de contar uma boa história. Festas intermináveis, porres quase fatais e bebedores singulares. Os cenários e os personagens do Baixo Leblon ganham vida nestes contos saborosos, narrados por um porteiro que tudo vê e tudo escuta.

O ALBATROZ AZUL Vida, morte, renovação. Temas universais que são o eixo em torno do qual se desenrola a trama simples deste belo romance. É a história de um homem muito velho que, apesar de detentor da sabedoria trazida por todos os seus anos de existência, ainda busca apreender algum sentido na vida. Narra a história de Tertuliano, filho de um proprietário de terras que se relacionava e teve filhos com duas irmãs. Para não perder uma herança, o patriarca precisa se casar com uma delas.

to bem para onde ir, sem planejar o destino dos personagens. Quando esteve no centro do Roda Viva, em 2012, explicou por que não acredita ter “uma cara de escritor” habitual. “Geralmente, as pessoas associam a imagem de um escritor a um ar solene, como um Machado de Assis. Eu costumo andar de bermuda, camisa e chinelos. Quase não apareço de paletó”, simplificou. Tampouco gostava das definições dos críticos literários para sua obra, das tentativas de aproximá-la a uma “busca pela identidade nacional”. Não, respondia ele. Tratava-se apenas de um romance: “muitos dizem que ‘Viva o Povo...’ é um projeto em que pretendo recontar a história da população brasileira sob o ponto de vista do oprimido, coisa que nunca me ocorreu na vida”. Ubaldo era também amigo de Rubem Fonseca, com quem adorava almoçar semanalmente, para falar de todos os assuntos possíveis, exceto literatura. Outro amigo de longa data, ainda dos tempos de escola na Bahia, foi o cineasta Glauber Rocha. A amizade era para ele um bem supremo, "a forma mais importante de se amenizar a solidão própria do homem". Em entrevista ao programa de televisão

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SARGENTO GETÚLIO Ambientado no Nordeste dos anos 1950, narra a história de Getúlio Santos Bezerra, homem de confiança de um coronel de Sergipe, que precisa levar um preso político até Aracaju. No meio do trajeto, uma reviravolta política faz com que as ordens se alterem. Desconfiado, determinado a cumprir à risca o serviço que lhe fora dado, o sargento parte em uma jornada que não terá outro destino a não ser o da violência e da morte.

UM BRASILEIRO EM BERLIM Em 1990, o escritor foi convidado por um programa de intercâmbio alemão a realizar um roteiro literário pelo país. Assim que chegou à Alemanha, ganhou uma coluna no jornal Frankfurter Rundschau. O resultado foram crônicas bem-humoradas reunidas no livro Ein Brasilianer in Berlin, sucesso editorial no país de Goethe. A obra faz um registro impiedoso e divertido da experiência de ser brasileiro num país culturalmente tão diverso.

Sangue Latino, ele a definiu como “um dos sentimentos mais consoladores que existem, porque lhe dá a ideia de ter um companheiro de barco, ao mesmo tempo em que dá ideia da infinita distância que ainda assim existe entre os dois”. Praticamente um item indispensável de seu “uniforme do dia a dia”, as sandálias havaianas eram suas companheiras na ida até o bar Tio Sam, o preferido do escritor no Leblon, Zona Sul do Rio, região onde morava. Segundo funcionários do bar, o escritor continuou frequentando o local mesmo depois de parar de beber – por motivos de saúde, ele precisou abandonar o uísque e adotou o guaraná diet. Infelizmente, não conseguiu um substituto para o tabaco, vício que alimentava quase compulsivamente. O ex-boêmio tinha inclusive um copo cativo, que era exibido com orgulho pelos atendentes. Tudo para não perder o hábito da prosa com os amigos nos finais de semana. Quem o via por lá garante que ele era um piadista de riso fácil e trato humilde, que fazia todo mundo rir antes de deixar a mesa da calçada, onde gostava de se sentar, e ir embora. As histórias assinadas por João Ubaldo se pas-

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VIVA O POVO BRASILEIRO O livro se volta às origens do Recôncavo Baiano para recriar quase quatro séculos da história do país por meio da saga de múltiplos personagens. “Viva o Povo Brasileiro” se desenvolve em grande parte no século XIX, mas também viaja a 1647 e avança até 1977. Nele, realidade e ficção se misturam para criar um épico brasileiro com passagens heróicas e cômicas, tendo como pano de fundo momentos decisivos para a história do país, como a Revolta de Canudos e a Guerra do Paraguai.

sam, praticamente em sua totalidade, na sua cidade natal. Mesmo que, por mais de duas décadas, ele tivesse residido no Rio de Janeiro, a cidade onde veio a falecer, em uma madrugada de julho de 2014, em sua casa. Por não confiar plenamente em seu “carioquês”, ele hesitou em ambientar suas tramas em terras cariocas. Até o seu último projeto, que foi lançado postumamente, “Noites Lebloninas”. A ideia era fazer um livro de contos sobre o seu bairro. Mas o autor não chegou a concluir as histórias previstas no projeto inicial, que foi lançado com os dois contos (“O cachorro Falafina e seu dono Dagoberto” e o “Noites lebloninas”) que ele escreveu antes de partir, por embolia pulmonar, aos 73 anos. Ubaldo chegou a cogitar que o narrador fosse um carioca autêntico. Mas voltou atrás e decidiu que seria uma espécie de alterego: um baiano, radicado no Rio e apaixonado pela cidade. Apesar da desconfiança de que Ubaldo não aprovaria a obra ser lançada assim, inacabada, a família preferiu isso a deixar os contos inéditos. Ele, o escritor, também não apreciava homenagens póstumas. Mais uma vez, ele será contrariado, agora. Viva João Ubaldo Ribeiro!


Foto:Assessoria de imprensa (Fernanda Torres na peça “A casa dos Budas”)

TRECHO DO LIVRO QUE DESENCADEIA A FANTASIA DA PERSONAGEM PRINCIPAL SURGE EM OFF, NA VOZ DE JOÃO UBALDO. “E então chega o momento tão ansiado. Sem pronunciar uma palavra, ele fecha a boca da donzela com um beijo decidido entre seus bigodes másculos, insinua seus quadris, delicada mas firmemente, entre as coxas dela e dirige a glande inturgescente para o hímen, então trêmulo e lubrificado pelos fluidos naturais da vagina. Resoluto, ele se assegura, às vezes, com a ajuda das mãos, de que está no ponto certo e então, enquanto ela dá um gemido abafado, entre a dor e o prazer da fêmea que finalmente cumpre seu papel biológico, penetra-a com um só impulso vigoroso, abre-lhe mais as pernas, inicia um movimento de vai-e-vem profundo e, finalmente, derrama-lhe nas entranhas o morno líquido vital, sem o qual ele não é nada, ela não é nada”. (A Casa dos Budas Ditosos. Editora Objetiva. 1999)

Fernanda Torres adentra o palco a passos firmes. De salto alto, roupas em tons vibrantes e batom vermelho, ela interpreta, com um acentuado sotaque baiano, CLB, iniciais de uma mulher libertina que, aos 68 anos, revela pública e escancaradamente detalhes de suas aventuras sexuais sem ruborizar ou usar palavras atenuantes. “Ela não fala daquele jeito para doutrinar ninguém, nem para chocar. Ela apenas nunca se sentiu reprimida na vida. Dá simplesmente o testemunho de uma mulher que foi livre”, definiu Fernanda, em entrevista. O monólogo A Casa dos Budas Ditosos é fruto da adaptação feita pelo diretor Domingos Oliveira para o romance de João Ubaldo. A convite da editora Objetiva, coube ao romancista escrever sobre o tema “Luxúria” para a coleção Plenos Pecados, sobre os sete pecados capitais. Já na apresentação da obra, ele deixa uma questão em suspenso. “Os originais deste livro foram misteriosamente entregues por um desconhecido ao porteiro do edifício onde trabalho, acompanhados de um bilhete assinado pelas iniciais CLB”. Seriam as memórias desta senhora devassa um relato verídico ou tudo não passa de uma brincadeira do autor? Nascida na Bahia e residente no Rio de Janeiro, a personagem alega que jamais se furtou a viver - com todo o prazer e sem culpa - as infinitas possibilidades do sexo. No decorrer da peça, recorda aventuras ao longo de toda sua vida, da Bahia ao Rio de Janeiro, com uma escala em Los Angeles. É impossível ficar indiferente à seleção de homens e mulheres que a baiana evoca. “A narrativa de Ubaldo contém nítida importância filosófica, disfarçada em folhetins de peripécias sexuais. O personagem sem nome é sem dúvida uma deusa, com uma liberdade divina almejada na imaginação por todos nós”, teoriza Domingos. Ubaldo acompanhou a transposição do livro para o palco e assistiu ensaios. Acabou se tornando amigo da atriz. Na ocasião de sua morte, ela escreveu um depoimento na Folha de São Paulo em que fala de sua pessoa e descreve como é encenar o seu texto. “Cada vez que narro a pornopopeia, me surpreendo com o ritmo da partitura, com as pausas, os apartes, as conclusões, o humor delirante, a delicadeza, o lirismo e a redenção do texto. É como estar com Ubaldo de novo; e quem esteve, sabe do poder encantatório, dos volteios de raciocínio, das cortadas ágeis e do falar pausado, quase anedótico”. No palco, a atriz tem apenas a companhia de poucos objetos cênicos. Entre os quais, o livro “Nossa Vida Sexual”, de Fritz Khan, da biblioteca do avô da personagem (obra citada no romance e que a produção encontrou, por sorte, em um sebo), de onde foi extraído o trecho que alimenta a fantasia da personagem sobre o momento do seu desvirginamento. O trecho é lido em uma gravação em off com a voz marcante de João Ubaldo. Estão lá também os dois Budas Ditosos, referidos no título. Trata-se de uma estatuazinha em miniatura de dois budinhas praticando sexo “essas coisas milenares, de Chinês”.

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da redação

Candice Lake divulgação

Garota

nada

estúpida

A blogueira recifense Camila Coutinho transformou sua paixão em profissão, se tornou referência em moda no Brasil e depois de ter seu GarotasEstúpidas.com indicado a prêmio pela Vogue Francesa, figura na Forbes como um prodígio.

E

la já entrou na seletíssima lista da Forbes dos 30 prodígios brasileiros, transformou seu nome em uma marca constantemente requisitada por lojas de departamentos e outros segmentos de moda e é considerada pioneira dentre as blogueiras fashion. E tudo isso antes dos 30 anos. Pernambucana da capital Recife, a jovem Camila Coutinho impressiona pela lista de conquistas que tem em seu currículo, que começou a ser preenchido em uma noite de insônia como qualquer outra, há pouco mais de dez anos, quando ela criou o movimentado blog Garotas Estúpidas, considerado uma referência nesse meio. A intenção era simples na época: dividir com as amigas as novidades de moda, beleza e celebridades, sem que ninguém atrapalhasse dizendo que aquilo era bobagem, futilidade ou coisa de menininha. Ela admite que nunca imaginou que a coisa ia chegar onde chegou - hoje o GE tem nada menos que seis milhões de acessos ou page views por mês e ocupa o quinto lugar no ranking

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dos 99 blogs de moda mais influentes do mundo. Nem é preciso dizer que todo esse tráfego já foi convertido em um negócio lucrativo que inclusive permitiu a Camila criar sua própria equipe, envolvendo desde fotógrafo a departamento de finanças e comercial. Em eventos como o São Paulo Fashion Week, por exemplo, a jovem é figurinha carimbada e tem dificuldade de conseguir parar para assistir aos desfiles de tão requisitada que é para 'selfies' e entrevistas. Apesar de ter a internet como seu principal ambiente de trabalho e constantemente expor sua imagem, Camila é discreta, não costuma falar sobre o quanto lucra com o que faz e revela um detalhe curioso: o de ser pouco consumista, de comprar tanto na Renner quanto na Gucci, e chegar a 'namorar' por bastante tempo algum objeto de desejo considerado muito caro, como bolsas de grifes famosas, por exemplo. Atualmente assinando coleções distribuídas pela Riachuelo (pela terceira vez) e pela Dumond, ela, pelo canal do Garotas Estúpidas no YouTube - »»»


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Confira mais

veículo que ela considera como o futuro da televisão -, com mais de 250 mil assinantes, ainda estrela vários webprogramas com convidados especiais. Os temas vão desde a melhor forma de usar um delineador a entrevistas com Gisele Büdchen, Bruna Marquezine, Anitta e por aí vai. Quando é questionada sobre o sucesso que alcançou, ela sempre lembra sobre a época em que conciliava emprego e faculdade de Moda, como muitas garotas nos seus 20 e poucos anos, e não tinha pretensão nenhuma de chegar onde chegou. "As coisas foram acontecendo naturalmente, não busquei nada no começo do GE porque realmente não imaginava que fosse dar tanto futuro!", declarou ela em uma entrevista tão logo seu blog começou a aparecer. Anos mais tarde, em entrevista ao iG, ela declararia que “foi devagarzinho”, sua trajetória não se criou da noite para o dia, mas que ela entendeu quando chegou o momento em que se tornou grande a ponto de ela precisar se dedicar exclusivamente ao que o Garotas Estúpidas tinha para lhe proporcionar. "Não sou Cinderela", comparou.

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Essa é uma daquelas ideias simples que nos fazem pensar “por que eu não pensei nisso antes?”. Quem gosta de beber um bom vinho com os amigos conhece o grande problema de às vezes guardar por muito tempo bebidas que já foram abertas. O “A Date With Wine” é uma espécie de rolha metálica que informa qual foi a última vez em que a garrafa foi aberta. Desta forma, você pode saborear seus vinhos sem medo de acabar tomando vinagre. Onde: www.fancy.com Valor: 41 US$

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PARAENSE Ricardo Gluck Paul Micro Cervejeiro e Doemens Sommelier de Cerveja

“Um país não pode ser um país de verdade se não tiver ao menos uma cervejaria e uma empresa aérea. Ajuda se tiver uma equipe de futebol, ou armas nucleares, mas o mais importante é a cerveja” – já dizia o lendário guitarrista americano Frank Zappa, provavelmente no auge de sua consciência intelectual. De fato, toda nação precisa de uma cervejaria para se orgulhar, pois é na cerveja que o povo reflete sua alma, sua cultura e sua alegria de viver. No ano de 1966, às margens da Baía do Guajará, nascia a Cerpa - Cervejaria do Pará, sob o comando do casal alemão Konrad Karl Seibel e Helga Irmengard Jutta Seibel, que vislumbrou na mística das águas amazônicas a força para erguer uma das mais importantes cervejarias do País. Ainda em sua origem, ao melhor estilo alemão, se preocupou em ocupar sustentavelmente a área de mais de 160 mil metros quadrados em que está estabelecida. A água cervejeira, por exemplo, utilizada em seus produtos, é até hoje descartada na margem da Baía em qualidade superior que a própria água encontrada no rio, devido a um meticuloso processo de tratamento hidráulico. Mais tarde, introduziu, no Brasil, o conceito alemão de cerveja Premium, sendo pioneira tanto em técnicas de produção como em apresentação e serviço. Com sua inconfundível gargantilha dourada, garrafa especial, imponente taça estilo Munique e sabor único, nascia a premiada e predestinada Cerpa Export, um dos mais consagrados produtos de seu segmento. A Cerpinha, como ficou conhecida, não demorou muito para se tornar obrigatória nos mais refinados hotéis e restaurantes do Brasil. Não é incomum encontrá-la em Menus internacionais, sobretudo em estabelecimentos americanos. A Cerpinha é uma espécie de embaixadora paraense, provavelmente a primeira precursora de delícias amazônicas e, portanto, legitimamente, uma unanimidade nacional. Seguindo a linha de Zappa, não nos adiantaria apenas ser gigante em nossa cultura, gastronomia ou até mesmo no futebol. Poderíamos até possuir armas nucleares, mas nada seríamos sem a nossa própria cervejaria. Homenagear a Cerpa no ano do seu cinquentenário é muito mais que reconhecer a importância da sua história, mas, sobretudo, agradecê-la por imprimir na alma do paraense o orgulho de ter em sua própria nação uma cervejaria para chamar de sua. Vida longa à Cervejaria do Pará!

Dica do sommelier Cerpa Prime, da cervejaria paraense Cerpa. Cerveja puro malte de cor amarelo dourado brilhante, com reflexos amarelos. Excelente formação de espuma com um generoso colarinho branco nevado e persistente. No aroma uma deliciosa sugestão de malte, pão torrado e biscoito. Corpo seco. Sabor de início levemente doce, finalizado com um retrogosto amargo, floral e demorado. Altíssimo drinkabilty, estimulando o desejo de um novo copo a cada momento. Uma excelente cerveja, ainda mais quando consumida fresca, em terras paraenses nos dias de calor – Estilo Premiun American Larger; ABV 5,5%; R$ 5 / 350 ml. Origem: Brasil.

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Paulaner Hefe-Weissbier Naturtrüb, da cervejaria alemã Paulaner. Cerveja de trigo de coloração amarelo palha e turva. Excelente formação de espuma branca e persistente, ainda mais quando servida da forma correta. No aroma a tradicional sugestão de banana e cravo, proveniente das leveduras de Hefeweizen. O sabor acompanha o aroma acrescentando um leve teor de amargor. Uma cerveja extremamente refrescante e revigorante. Recomendada para os dias quentes de verão, podendo até ser uma excelente sugestão de Breakfast – Estilo German Weizen; ABV 5,5%; R$ 15 / 500ml. Origem: Alemanha.


mĂşsica

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Carolina Menezes

Divulgação

Luz,

câmera (do celular na mão)

e muito,

muito som!

As principais capitais do Brasil recebem shows internacionais absolutamente imperdíveis e para todos os tipos de público este ano - de Florence and the Machine a Andrea Bocelli. Difícil é escolher um só para ir.

A

felicidade quando anunciam as datas, o sufoco das filas virtuais para garantir o melhor ingresso. A ansiedade incontrolável quando se aproxima o grande dia, o caminho interminável rumo ao local mais próximo do palco. Sensações inexplicáveis que explodem a partir do primeiro acorde, da primeira nota, e que duram por uma, duas horas que parecem não caber em mais de cinco, dez minutos, porque é tudo tão bom que faz a gente sair com a impressão de que foi tudo tão rápido, rápido demais. Não tem cansaço, nem sol, nem chuva – quer dizer, às vezes até tem, mas nada tão grave que não possa ser relevado: existe apenas a vontade de estar ali, de fazer parte de um pequeno registro trecho no tempo e no espaço que nunca mais se repetirá, e que fotos e vídeos nunca serão capazes de reproduzir aquilo que fica guardado na retina, nos ouvidos, no arrepio no braço que se sente quando os holofotes se acendem e o

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espetáculo começa. Uma espécie de “time of my life” mesmo. Pois quem não abre mão desses incríveis momentos tem motivo de sobra para viver um 2016 que pode colaborar um bocado para deixar ainda mais cheia essa caixinha de memórias. A agenda de shows internacionais no Brasil para este ano, sejam individuais ou como parte da programação de grandes festivais, mirou na diversidade e acertou bonito: tem e ainda vai ter show para agradar aos públicos mais diversos. Só como “aperitivo”, o primeiro trimestre ainda nem terminou e já se apresentaram por aqui lendas como Rolling Stones, no final de fevereiro, em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, e Lionel Richie, no comecinho de março, em Curitiba, RJ e SP. E como ainda tem muito mais por vir, a RLM dá uma forcinha e lista alguns itens imperdíveis desse line up tentador para os fãs da boa música. Confira: »»»


Confira mais

Noel Gallagher’s High Flying Birds 13/03 - São Paulo (SP) Autódromo de Interlagos (Lollapalooza Brasil) Ingressos: www.ticketsforfun.com.br A “primeira metade” do grupo britânico arrasa-quarteirão Oasis, que encerrou suas atividades em 2009, justamente por conta de sua saída, Noel Gallagher desde 2010 Snoop Dogg

responde como líder também da banda que só agora ele traz pela primeira vez ao

13/03 - São Paulo (SP)

Brasil. Com dois discos lançados, o último

Audio Club e Autódromo de Interlagos

em 2015, “Chasing Yesterday”, e com boa

(Lollapalooza Brasil)

receptividade por parte da critica, o grupo passa por aqui em meio a uma série de

Ingressos: www.ticketsforfun.com.br

shows na América Latina que marcam o fim das férias dos músicos, iniciada no final

O polêmico rapper, compositor, produtor

do ano passado. Uma boa notícia para os

musical e ator com mais de 36 milhões de

saudosos das parcerias dele com o irmão,

discos vendidos pelo mundo e quase 25

Liam, é que nunca faltam sucessos do

anos de carreira é famoso principalmente

Oasis em seu repertório.

pelas suas bem-sucedidas parcerias no mundo da música - que vão de Marcelo D2 a Stevie Wonder. Superstar do hip hop, praticamente todos os seus discos reinam absolutos nas paradas da Billboard por várias semanas após o lançamento - o mais recente, "Bush", de 2015, já entrou na seção R&B/Hip-Hop da lista em primeiríssimo lugar. Simply Red 15/03 – São Paulo (SP) – Citibank Hall 17/03 – Rio de Janeiro (RJ) – Metropolitan Ingressos: www.ticketsforfun.com.br A banda inglesa liderada pelo cantor e compositor Mick Hucknall e que vendeu mais de 60 milhões de álbuns por todo o Florence and the Machine

mundo chegou a parar por completo as atividades durante cinco anos, logo após

13/03 – São Paulo (SP)

a marca de 30 anos de carreira. Para a

Autódromo de Interlagos

felicidade dos fãs, o hiato acabou de forma

(Lollapalooza Brasil)

muito feliz no ano passado, quando o gru-

14/03 – Rio de Janeiro (RJ) – Metropolitan

po anunciou uma nova turnê com shows em cinco continentes e o 11º lançamento

Ingressos: www.ticketsforfun.com.br

de sua discografia, “Big Love”, que já estreou na lista dos mais vendidos em toda

A carreira da banda britânica de indie rock

a Inglaterra. Mas é claro que os super hits

liderada por Florence Welch é relativamen-

como “Stars”, “For Your Babies”, “Holding

te curta, já que eles apareceram somente

Back the Years” e “If You Don’t Know Me

em 2007, mas de lá para cá, já colecio-

By Now” têm presença garantida no setlist.

nam oito indicações ao Grammy Awards e duas vitórias no Brit Awards. Vindos de um cenário alternativo e combinando rock e soul de forma bastante original aos poderosos dotes vocais de sua front woman, não demorou muito para que os holofotes se virassem para o grupo, que estourou mundialmente com a deliciosa “Dog Days Are Over”.

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Maroon 5 09/03 – Porto Alegre (RS) – Fiergs 11/03 – Belo Horizonte (MG) – Esplanada do Mineirão 13/03 – Salvador (BA) – Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador 15/03 – Fortaleza (CE) – Marina Park 17/03 e 19/03 – São Paulo (SP) – Allianz Parque 20/03 – Rio de Janeiro (RJ) – Praça da Apoteose Ingressos: www.ticketsforfun.com.br Queridíssima dos fãs brasileiros, a trupe de Adam Levine praticamente faz uma turnê

Andrea Bocelli

por aqui durante o mês de março, que é para ninguém usar a desculpa de que

12/10 – São Paulo (SP) – Allianz Parque

o show vai ser muito longe e que vai dar muito trabalho para ir – afinal, serão sete

Ingressos: www.ingressorapido.com.br

apresentações em três regiões do país! Com 22 anos de carreira muito bem vivi-

Desde o final de 2012 sem se apresentar no

dos e desenvolvidos, eles foram catapul-

país, o tenor, compositor e produtor musical

tados ao sucesso com “This Love”, ainda

italiano se reencontra com os fãs brasileiros

em 2002, e de lá para cá, mostraram que

a bordo da turnê “Cinema”, referente ao seu

conseguem manter, e bem, o nível. O clipe

mais recente e homônimo álbum, lançado

de “Sugar”, single do disco mais recente,

no ano passado. Como o nome suge-

“V”, de 2014, foi sensação na internet ao

re, nele o cantor empresta sua poderosa

mostrar a banda invadindo casamentos e

interpretação a grandes trilhas sonoras de

pegando os noivos de surpresa – depois

clássicos da sétima arte, como “O Podero-

vieram algumas confirmações de que pelo

so Chefão”, “Bonequinha de Luxo”, “Amor,

menos duas cerimônias eram arma-

Sublime Amor”, dentre outros.

das, mas doçura do vídeo já tinha feito o ‘estrago’ e conquistado, mais uma vez, o público.

Coldplay 07/04 – São Paulo (SP) – Allianz Parque 10/04 – Rio de Janeiro (RJ) – Estádio do

Iron Maiden

Maracanã

17/03 – Rio de Janeiro (RJ) – HSBC Arena

Ingressos: www.ticketsforfun.com.br

19/03 – Belo Horizonte (MG) – Esplanada do Mineirão

Eles gostam de cores, eles são amados ou são odiados – não há meio termo mes-mo para o público quando o assunto é Coldplay, que já foi criticada por ser “chata demais” -, e mesmo assim, toda vez que eles vêm ao Brasil, é preciso providenciar show extra, os maiores palcos... E agora não foi diferente, tanto que um dos shows será realizado no mais glamouroso e icônico estádio do Brasil, onde há poucas semanas recebeu ninguém menos que os Rolling Stones! Do primeiro álbum, “Parachutes”, de 2000, para o mais recente, “A Head Full of Dreams”, de 2015, eles experimentaram, brincaram com suas próprias variações, mas sem fugir muito do pop

22/03 – Brasília (DF) – Nilson Nelson Arena 24/03 – Fortaleza (CE) – Arena Castelão 26/03 – São Paulo (SP) – Allianz Parque Ingressos: http://www.livepass.com.br/ A exemplo de grandes bandas que mantêm a qualidade na performance, nos vocais, instrumentais e composições mesmo depois de muito tempo em atividade, a “Dama de Ferro” acabou de passar dos seus 40 anos de carreira como uma das bandas mais respeitadas de seu estilo, o heavy metal, e só continua a provar que seu vigor em cima do palco faz inveja às turma mais jovens. Mais uma vez de volta

melódico basicão – e irresistível – sempre

ao Brasil, o grupo liderado pelo multitalen-

apoiado no piano e nos vocais doces de Chris Martin. Quem já viu quer sempre ver de novo.

toso Bruce Dickinson – recém-curado de um câncer na língua e já de volta à ativa – traz a turnê alusiva ao seu 16º álbum, “The Book of Souls”, de 2015.

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DIVIDINDO RISCOS, MULTIPLICANDO CHANCES

Celso Eluan empresário celsoeluan@ig.com.br

Vamos por um momento deixar de tratar economia como um tema ideológico, passional. Independente de crenças à esquerda ou direita focaremos agora apenas seu caráter de gestão. A questão envolve tão somente a tomada de decisão. Para aqueles mais à esquerda no espectro político a influência do Estado é decisiva, enquanto no extremo oposto a crença é no poder moderador do mercado com o mínimo de participação de um poder central. Para facilitar a discussão entre estes limites vamos comparar o Estado a uma família. Em ambos podemos ter um poder centralizado na figura de um líder ou diluído entre seus componentes, ou seja, podemos ter a decisão centralizada no pai ou mãe, ou diluída entre os membros, que se forem muitos podem criar um sistema representativo, um comitê. Isso é irrelevante para a análise que não é política ou filosófica, mas sim de lógica. Imaginemos que esse líder ou comitê dirigente tome uma decisão, qualquer decisão. Por exemplo, em que escola os filhos devem estudar. Por mais que a questão seja estudada, qualquer decisão envolve um risco, maior ou menor conforme a ponderação e aprofundamento da discussão. Se a decisão é pela escola mais perto da casa se ganha tempo e economiza-se mais em deslocamentos, mas nada garante que seja a melhor escolha se esta não for muito recomendada qualitativamente. Pode-se ainda ter como critério mais importante a capacidade de aprovação no Enem, então a escolhida pode não ser a mais próxima, o que implica mais tempo e custos de deslocamentos, além de possivelmente ser mais cara que as outras opções por ser a de maior procura.

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Enfim, qualquer que seja o critério a decisão final pode não corresponder às expectativas, pode frustrar o estudante ou seus pais, pode estar sujeita a críticas dos demais membros da família, pode implicar na carreira futura do filho, pode definir o sucesso ou fracasso daquela vida. Então imaginemos que a escolha não tenha sido bem-sucedida e que o filho de algum modo não tenha se desenvolvido o suficiente por qualquer que seja o motivo e que este venha a ter seu futuro comprometido. Não é possível voltar atrás e o estrago está feito. É uma vida que não desenvolveu seu potencial, não desabrochou, ficou devendo. Para a família pode ter impactos significativos e inibir seu futuro. Esse exemplo foi apenas sobre uma mera e mínima questão familiar, uma única decisão a ser tomada que pode dar certo ou não. O sucesso ou fracasso dessa decisão acomete apenas uma família, umas poucas pessoas. Agora imaginemos que essa família tenha mais de 200 milhões de membros e uma decisão que parecia correta e coerente à primeira vista fracassa, quantos são atingidos? Avancemos e imaginemos que o Estado deva decidir tudo, como um pai de família ou o comitê do exemplo acima. Decide o quê, quanto e quando deve ser produzido, quantos podem estudar e o quê, quem pode viajar ou não, quem deve se preparar para ser atleta ou executivo, onde cada um deve morar, como deve ser sua habitação, que tipo de alimentação terá e tantas milhares de outras decisões. Como já vimos, há sempre a possibilidade de uma decisão não ser a melhor, de algo dar errado, do im-

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ponderável da silva se entranhar e destruir algo que foi tão bem planejado. Ora, cada decisão tomada que não teve o efeito esperado interfere na vida de milhões de pessoas e o efeito é muito parecido com o que estamos vivendo no país hoje. Por outro lado, se as decisões ficam descentralizadas, em cada família, empresa, instituição, associação, qualquer grupo social, o risco fica absolutamente diluído, pois uma decisão que não atingiu seu objetivo irá implicar um grupo infinitamente menor. A chance matemática de todos errarem ao mesmo tempo é zero, como cada um tomará uma decisão que pode ser diferente de outro teremos sempre exemplos do que deu certo e do que deu errado que podem ser copiados ou evitados. Como há muitas e infinitas questões a serem decididas e como as opções para cada uma são variadas há muito mais chances de que a somatória das decisões de cada subgrupo social seja infinitamente melhor do que a decisão centralizadora que é apenas uma. Traduzindo de outra forma, se alguém definir que todos devem apostar nos mesmos seis números da Mega Sena a chance de acerto é desgraçadamente menor do que cada um escolher seus números. Assim é melhor o indivíduo, família, empresa, seja lá qual grupo for tome suas próprias decisões. As perdas serão menores e as chances de sucesso muito maiores. Não precisei de ninguém para me dizer o que devo escrever e assumo sozinho o risco de agradar ou provocar ira. Isso é liberdade, filha dileta da capacidade individual de decidir. Para o bem e para o mal. Amém.


Os preços e disponibilidade dos produtos são de responsabilidade dos anunciantes

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tech

Uma boa opção para aprimorar o seu sistema de som é a caixa JBL SB400. Com 220 W de potência, pode ser conectado em sua televisão ou computador e montado na parede ou estante. O sistema possui quatro conexões HDMI, sendo um de retorno, conectividade Bluetooth e full bass control – este um aparato que melhora consideravelmente seu controle na equalização do áudio. Preço sugerido: R$ 2.899,00

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decor 1

A ampla årea da piscina com o revestimento em porcelanato imitando madeira e a iluminação pontual.

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Trisha Guimarães

Marcus Mendonça

Integrado,

na medida! A imponência da cobertura de 360m² ganha portas envidraçadas para integrar o jantar à área de lazer sem perder a sofisticação.

A

primeira vez em que a designer de interiores Cristina Fischer se encontrou com o proprietário desta cobertura foi no Rio de Janeiro. Ambos estavam na casa de um amigo em comum, um apartamento também decorado por ela. Encantado com o projeto, imediatamente ele a convidou para repetir os mesmos conceitos da obra em Belém, em uma cobertura de 360m² com vista panorâmica da cidade. Logo nas primeiras conversas, chegou-se ao conceito de um apartamento clean, com cores pontuais para não tornar o ambiente cansativo. Foi pedido do cliente, ainda, uma generosa e convidativa sala de jantar para receber amigos. E mais: o apartamento tinha de ser prático! Com essas referências, algumas mudanças precisaram ser executadas: No projeto inicial, o apartamento contava com quatro suítes – muitos quartos para alguém solteiro e sem filhos – além de uma sala de jantar sem integração com a parte externa. Eliminando um dos quartos, a designer criou uma suíte máster com ampla sala de banho, e o que seria o terceiro quarto foi transformado em

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uma confortável sala de TV. No estar, a sala de visitas era integrada ao jantar. A ideia, então, foi tornar tudo um grande living e transformar parte da área externa em sala de jantar. O novo espaço foi climatizado e a mesa acomoda confortavelmente dez convidados. Mas a diferença no projeto foram as portas de vidro que se abrem por completo. Assim, é possível agregar o jantar à área da piscina e à churrasqueira. “Como é uma cobertura linear, reta, a utilização de vidro nas paredes da sala de jantar foi o ideal para deixar o ambiente ainda mais amplo e conectado ao lazer. Sempre que o proprietário desejar, torna-se um só ambiente. Caso queira privacidade, terá, isolando a sala através das portas de vidro. Mudanças sem perder a sofisticação”, diz Cristina. Na área externa, a piscina sofreu algumas alterações. O guarda-corpo de vidro foi retirado e a escadaria, ampliada. O porcelanato imitando madeira ganhou iluminação pontual deixando o ambiente mais aconchegante à noite, tanto para o uso do lounge quanto para o uso da churrasqueira. O resultado foi uma designer orgulhosa, um cliente muito satisfeito e pronto para receber!


A sala de jantar climatizada integrada à área externa através de portas de vidro.

A suíte máster em tons sóbrios. Detalhe de cores nas almofadas sob a cama.

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A varanda fechada com vidros e sem cortinas garante amplitude ao ambiente. A cor de objetos e plantas se destaca.

Um lounge com jardim, churrasqueira e espaรงo para receber, inclui ainda uma pequena sala de TV.

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Na varanda prevalecem os tons neutros e móveis feitos de corda náutica garantem praticidade ao ambiente.

Cristina Fischer

A catarinense é formada em Design de Interiores pela Universidade da Amazônia (Unama). Em seus projetos, preza pelo bem- estar e conforto do cliente. Gosta de tons neutros e materiais naturais. Mãe de Verena e Hugo, abraçou Belém como se tivesse nascido aqui. Poucos móveis para receber confortavelmente dez pessoas, foi um desejo do cliente para a sala de jantar.

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decor 2

A entrada com uma cortina de vergalh천es separa os ambientes. www.revistalealmoreira.com.br

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Trisha Guimarães

Marcus Mendonça

Clássico

reinventado Após 30 anos, os frequentadores do famoso e conceituado restaurante da cidade têm uma segunda opção para curtir o Roxy Bar: outro dele foi inaugurado no Shopping Bosque Grão Pará

Q

uando o escritório do arquiteto Paulo Chaves foi procurado para fazer o projeto do novo Roxy Bar, dentro do Shopping Bosque Grão Pará, a principal preocupação dos proprietários era que o projeto fosse ‘original’ com o cuidado de preservar a identidade de mais de três décadas de funcionamento de um espaço que deu certo. Além da gastronomia seguir a mesma orientação de sempre, o ambiente teria que remeter à mesma atmosfera do Roxy Bar localizado na Av. Senador Lemos, levando em conta, inclusive, a repaginação feita no local, há cinco anos. “Como o princípio da arquitetura que venho praticando, há alguns anos, em Belém o conceito é a viga mestra para orientar os caminhos. Ou seja, definir onde e por

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que se chega a determinada solução, contando com uma pitada de inspiração e muita, muita transpiração. Assim nasceu o projeto, onde a proporção e o detalhe foram indispensáveis”, garante o arquiteto. O espaço do novo empreendimento fica em uma das entradas principais do shopping, e é uma transição entre o interno e o externo, sem que o extenso mall desvie a atenção para quem vai ao restaurante. Logo na entrada, um ar industrial, londrino garante a pegada rock do lugar, trazendo ainda elementos marcantes, como o pé-direito alto, ambientes diferenciados – o bar, o mezanino e salão; o uso generoso de espelhos, as luminárias pendentes em uma leitura Art Déco, e claro, »»»


O ferro aparente, o piso aparentemente desgastado e luminárias rústicas dominam o ambiente.

Nas paredes, destaque para os gabiões - estruturas armadas de ferro com pedras britadas garantem a mistura do rústico e o sofisticado. O mezanino segue os padrões do primeiro restaurante da marca.

a marcante e icônica imagem da Monalisa com muitos quilos a mais, garantiram um novo espaço com ares déjà vu. Os elementos decorativos como os painéis de gabiões, que são estruturas armadas preenchidas com pedras britadas, foram usados no revestimento, assim como as divisórias de vergalhões oxidados. O mobiliário “detonado” pode ser observado em todo o ambiente, em especial no hall de espera, trazendo um clima ‘de antigamente' em uma concepção contemporânea. Aí esta a magia do projeto, rústico e ao mesmo tempo sofisticado, passando por uma cuidadosa iluminação, ratificando o famoso slogan do renomado restaurante: Roxy Bar, o prazer de estar lá. O projeto é assinado ainda por Rosário Limae pelos arquitetos Tales Kamel e Carla Freire. O escritório Paulo Chaves Fernandes também participou do projeto do Shopping Bosque Grão Pará por meio da associação ao La Guarda Low Projects – um escritório americano especializado em projetos de shopping center. O conceito é de um shopping moderno, com poucos andares, abertura para o acesso exterior e acessos diferenciados, onde normalmente ficam as lojas âncoras. O mall é generoso e não retilíneo. A inspiração veio dos antigos passeios públicos ou promenades, tanto citados no texto do filósofo Walter Benjamin. Sem improvisos ou economia de área, está localizado em um terreno de grandes dimensões. Assim, o público tem um shopping bem implantado no sítio, convivendo com seu entorno, sem fachadas principais, valorizando-se o edifício como um todo e utilizando-se uma variedade de acabamentos que, muito embora sem grandes contrastes, quebram a monotonia do local.


A pegada industrial é marcante, especialmente destacada no teto. No piso a ideia é dar o ar 'de antigamente'.

Paulo Chaves Arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), pós-graduado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especializado em Comunicação Social também pela UFPA. Atualmente ocupa o cargo de secretário de Estado de Cultura do Estado, que já havia ocupado antes, entre 1995 e 2006, e reassumindo em 2011. Idealizou e implementou projetos culturais como a Lei de Incentivo à Cultura - Semear, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) e a Feira Pan-Amazônica do Livro. Também realizou projetos em espaços culturais como o Parque Naturalístico Mangal das Garças, a Estação das Docas e o conjunto urbanístico Feliz Lusitânia.




galeria

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Carolina Menezes

Dudu Maroja

História

contada em

arte e olhares Para falar sobre a arte produzida no Estado nos últimos 400 anos, o Museu de Arte de Belém criou uma completíssima e numerosa exposição que faz um recorte sobre a produção contemporânea.

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uatro décadas de história reescritas e redesenhadas pelos olhares de 47 artistas cujas próprias trajetórias de vida e artísticas também remontam a todo o arcabouço cultural de uma capital que completa e comemora uma marca tão significativa. Esse é apenas um dos recortes permitidos pela mega exposição “Um olhar contemporâneo na Arte do Pará”, que o Museu de Arte de Belém (Mabe) abriu para o público ainda em janeiro, às vésperas do 400º aniversário de Belém, e que se mantém até o dia 30 de outubro, para que se tenha tempo suficiente de tentar entender o que são, quem são e por que são esses rostos, nomes e histórias que ajudam a compor todas as nuances que fazem da cidade exatamente o que ela é. Dezenas de pinturas, esculturas, gravuras, videoartes. Peças cujas formas e traçados gritam as suas raízes amazônicas e são tão atuais e pertencentes ao meio urbano e contemporâneo. Mais do que apenas expor, a proposta do Mabe é, por meio de mediação e de ações

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educativas, estimular a discussão, a reflexão sobre o que é essa arte, onde ela se encontra, de onde sai, para onde vai e a que se propõe. Ao mesmo tempo, cria um recorte específico de suas próprias coleções, dando ao público uma visão da produção contemporânea de artistas visuais paraenses que enriquecem o acervo. Há ainda peças de artistas convidados que não estão presentes no catálogo do Museu e outras cedidas da coleção pessoal do empresário Lutfala Bitar. Os artistas Acácio Sobral, Abraão Bemerguy, Armando Queiroz, Armando Sobral, Bené Fonteles, Carla Beltrão, Carla Evanovitch, Cledyr Pinheiro, Danielle Fonseca, Dina Oliveira, Diô Vianna, Dumas, Eder Oliveira, Elieni Tenório, Emanuel Franco, Emmanuel Nassar, Geraldo Teixeira, João Cirilo, Jocatos, Jorge Eiró, José Pires de Moraes Rego, Keila Sobral, Klinger Carvalho, Lise Lobato, Lúcia Gomes, Luciana Magno, Marcone Moreira, Margalho, Maria José Batista, Marinaldo Santos, Melissa Barbery, Mestre Nato, Mistral, Nina Matos, Nio Dias, Or- »»»


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lando Maneschy, Osmar Pinheiro, Oswaldo Gaia, Paulo Andrade, Pinto Guimarães, PP Conduru, Ronaldo Moraes Rego, Rosângela Britto, Ruy Meira, Simões, Tadeu Lobato, Waldir Sarubbi e Werne Souza emprestam suas visões únicas em mais de 70 obras a essa exposição que tem curadoria assinada inclusive por uma das artistas participantes, Nina Matos, também curadora do Mabe.


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Camila Gaia

Camila Gaia

Um

Uruguai ainda mais

natural

Não só de Montevidéu e Punta Del Este vive o turismo uruguaio. O país abriga praias paradisíacas, banhadas pelo Oceano Atlântico.

M

uito mais que cassinos, hotéis luxuosos e parrilladas, nosso hermano mais querido faz jus ao conceito de um país natural e possui em sua costa litorânea praias rústicas, que encantam visitantes de todo o mundo. Se o Uruguai já era um dos destinos favoritos dos brasileiros na América do Sul, com a alta do dólar, torna-se a melhor relação custo e benefício para viajar. Um verdadeiro convite para experimentar a simplicidade da vida uruguaia. Pouco mais de 200 quilômetros separam a capital Montevidéu de Rocha, departamento estadual no qual se encontra grande parte das praias banhadas pelo Oceano Atlântico, com destaque para os balneários de La Pedrera e Cabo Polonio, este, localizado dentro de um parque nacional de preservação. O acesso pode ser de carro pelas excelentes estradas da região, ou de ônibus pela empresa Ruta del Sol, que oferece viagens regulares aos dois destinos. Como o próprio nome sugere, La Pedrera é cercada de formações rochosas junto ao mar, que

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dão um tom rústico e elegante às suas principais praias: El Desplayado e El Barco. A primeira é muito frequentada por famílias que buscam águas mais brandas e tranquilidade. A extensa faixa de areia branca nos convida a caminhar, praticar esportes ou apenas sentar e relaxar ao som do mar. Diferente da maioria das praias brasileiras, não há barracas ou estruturas montadas, sendo necessário, caso queira, levar sua própria cadeira e guarda-sol. Mas, essa não é uma logística complicada, pois a principal rua do distrito, onde está concentrada a maioria das pousadas, hotéis, hostels e casas de aluguel por temporada, termina de frente para o mar, próximo ao acesso às praias. Durante o dia ou à noite, é indispensável tirar alguns minutinhos para, em silêncio, contemplar a natureza exuberante que cerca o balneário. Na rambla da cidade, uma espécie de orla, há pontos de observação de baleias da espécie francas austral, que entre os meses de agosto e novembro buscam as águas uruguaias para a reprodução. »»»


Juventude, carnaval e surf É possível fazer tudo a pé em La Pedrera e é exatamente na Avenida Principal que se encontram mercados, padarias, restaurantes, bares e pubs, estes abertos especialmente durante o verão, de dezembro a março. No cardápio, os já tradicionais pratos uruguaios, como Chivito, Milanesa, Bife de Vacio, Parrillada, também conhecido como churrasco uruguaio, massas e, claro, pescados variados. Tudo preparado de maneira artesanal, mas com requinte e sofisticação. Uma profusão de sabores que pode, e deve, mesmo nos dias mais quentes, vir acompanhada de uma boa garrafa de vinho regional. Por se tratar de um distrito, durante o ano vivem em La Pedrera cerca de 200 pessoas. “Mas no verão nos visitam milhares de pessoas de diferentes lugares, como Argentina, Brasil, Paraguai, Estados Unidos e até Europa”, conta Jorge Bialade, empresário e morador local. Para ele, o que diferencia o balneário dos outros destinos é a combinação entre a natureza e a informalidade. Para se ter uma ideia, uma das épocas mais concorridas é justamente o Carnaval, quando milhares de pessoas, a maioria de jovens fantasiados, invadem a Avenida Principal participando de guerras de água e espuma, tudo acompanhado de bons drinks e muita música. “Vários brasileiros aportam aqui com sua alegria e simpatia”, ressalta Jorge. A festa foi registrada pelo cineasta Federico Lemos no documentário “El ultimo carnaval” (https://vimeo.com/39311932). »»»

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Para o público jovem, além do carnaval de rua, o surf é um grande atrativo. A praia El Barco é destino certo dos amantes do esporte, pois é considerada a melhor da região, com ondas constantes e de até dois metros. Durante todo o verão é possível também aprender a surfar em uma das muitas escolas montadas especialmente para a estação. Natureza extrema e vida simples O destino mais especial do Uruguai. Assim podemos definir Cabo Polonio, um pedacinho do paraíso a apenas 38 quilômetros de La Pedrera. Um lugar onde se vive apenas com o necessário e que mais parece uma vila hippie, dada a sua simplicidade e alegria. O local abriga também a maior reserva de lobos marinhos do mundo. Para acessar o local é preciso de um transporte especial, pois carros particulares são proibidos dentro da área de preservação. No terminal de entrada do Parque Nacional de Cabo Polonio se paga o equivalente a R$ 25,00 por pessoa (na alta temporada), o que dá direito a passagem de ida e volta até o antigo vilarejo de pescadores. São cerca de 20 minutos de viagem. Para os mais aventureiros, é possível fazer a trilha a pé, no entanto, são mais de duas horas de caminhada por entre dunas. A distância é totalmente justificável quando se dá

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de encontro à imensidão do mar e as construções rústicas do local. Tudo parece feito artesanalmente, com muita cor em contraste com uma paisagem quase intocada. Não há energia elétrica regular, nem água encanada em Cabo Polonio, mas nem por isso falta estrutura para receber os visitantes. A vila está repleta de pequenos hostels, cabanas e pousadas, a maioria com energia elétrica sustentável, proveniente de painéis solares e fontes eólicas. Conversar com os locais é uma verdadeira aula de como é possível viver bem com pouco, mantendo o equilíbrio com a natureza. Mesmo os bares e restaurantes mantêm uma pegada rudimentar, com espaços pequenos e refeições à base de saladas, frutos do mar e massas artesanais. É impossível não se sentir à vontade. Atrações e contemplações Ao longo do vilarejo, é possível curtir duas praias, a La Calavera, que se estende por sete quilômetros e é ponto de chegada dos barcos pesqueiros da região; e a Playa Sur, com águas mais fortes e frequentada por surfistas de várias partes do mundo. Com o cair da noite, se acendem as luzes das estrelas e fogueiras, junto das quais há sempre uma roda de violão. No verão, é comum os bares de Cabo Polonio invadirem a madrugada com atra-

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ções musicais locais e visitantes, baladas, luais e até mesmo pequenas raves em meio às dunas. Indispensável a visita ao farol, no qual é possível subir seus 132 degraus e apreciar uma vista panorâmica de Cabo Polônio. São 26 metros que somados à elevação das rochas, alcançam quase 40 metros de altura acima do nível do mal. Ao lado, uma surpresa: um observatório de lobos marinhos que vivem na região. Não raro os visitantes ficam horas sobre as pedras observando o comportamento de centenas de animais nadando, descansando, disputando território e até mesmo acasalando. Além de Cabo Polonio e La Pedrera, há também outros destinos a serem explorados, como La Paloma, Santa Teresa, Barra de Valizas e Punta Del Diablo, todos de fácil acesso pelas rodovias uruguaias. O ideal é que se tire alguns dias para, como dizem os uruguaios, “disfrutar el Uruguay Natural”.

Saiba mais Informações sobre rotas e estadia: Empresa de transporte: http://www.rutasdelsol.com.uy/ Sobre Rocha: http://www.rochauruguay.com/ Sobre La Pedrera: www.lapedrera.com.uy Sobre Cabo Polonio: http://www.portaldelcabo.com.uy/



gourmet

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Bianca Borges

Gosto

refinado

Apreciador da boa mesa, grande conhecedor e empresário do mundo gourmet, Janjão Garcia já deixou seu nome marcado na história recente da gastronomia no Rio de Janeiro, com suas incansáveis pesquisas pelos melhores insumos, vinhos e iguarias de alto padrão.

É

em uma agradável rua no bairro do Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro, que funcionam o festejado restaurante Lorenzo Bistrô e, logo ali a poucos passos, o empório gourmet e delicatessen Casa Carandaí, uma espécie de vitrine para produtos nacionais e importados servidos no primeiro. Ambos estabelecimentos têm o selo de qualidade de seu proprietário, o restaurateur João Luiz Garcia, conhecido como Janjão, e já considerado uma referência em alta gastronomia na cidade. Carioca de 62 anos e muito ligado a tradições, o economista e advogado de formação (e também por imposição paterna), herdou da família sua ligação estreita com os prazeres da boa mesa. Na sua casa, eram frequentes os encontros regados a vinhos e pratos que celebravam a reunião de amigos e familiares do advogado Pedro Garcia de Souza e Ana Maria Machado Bittencourt, uma dona de casa francófila assumida. “Tínhamos especial carinho pelos assados de vitelo e cordeiro – na época em que ainda não se encontrava isso no Rio. Trazíamos

do Rio Grande do Sul e conseguíamos alguns vindos da Bocaina”, enumera, ao recuperar as lembranças das festas em família. Nos bailes de carnaval promovidos na casa em Petrópolis, era possível contabilizar pelo menos 150 pessoas no salão – às seis horas da manhã, quando aqueles cerca de mil convidados da noite já haviam debandado. Sua paixão por omeletes e ovos mexidos vem da tia Dulce, irmã de sua mãe, que ficou conhecida por fazer doces de ovos excepcionais. Os amigos e clientes estrangeiros de seu pai, advogado, ajudavam a trazer produtos vindos de fora do Rio até a residência dos Garcia. “Ele tinha amigos suecos e nórdicos da área de petróleo que facilitavam o acesso a salmão e ovas especiais. O mesmo vale para os alemães da indústria têxtil, que nos levavam aos melhores salsichões, salames e carnes curadas”, lista Janjão. Ainda garoto, foi nomeado pelos colegas como o cozinheiro oficial do grupo nas escapadas para surfar em Saquarema. No local não havia praticamente nada na época e acabava »»»

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Divulgação


sobrando pra ele, que sempre gostou de cozinhar,

Mas aquilo não era o bastante. A alta gastro-

no Leblon, o Garcia & Rodrigues marcou época

a missão de preparar a comida. Tempos depois, foi chamado para ser cozinheiro em regatas. Não só porque se entendia bem com as panelas, mas também – aliás, principalmente – porque sabia velejar e não sentia enjoos em alto-mar. “Devia ter ainda uns 15, 16 anos, quando comecei a trabalhar em regatas. Foi uma época de ouro e glamour das Yacht Racing. Eu levava muita coisa semipronta, como bacalhau desfiado, e fazia bastante massa e arroz, pois era necessário muito carboidrato. Uma de minhas primeiras experimentações foi usar o vinho para ajudar a conservar os alimentos por mais tempo”, recorda. Ainda jovem, ele fez diversas viagens ao exterior, explorando especialmente as regiões da Itália e França, países donos das cozinhas que mais o atraem. Mais tarde, já como economista, atuando em setores como planejamento e estratégia em empresas da indústria alimentícia, ele teve a possibilidade de frequentar diversas feiras de alimentos e congressos de nutrição mundo afora. Nas horas livres entre as viagens, saía à caça de bons vinhos, temperos especiais e produtos exóticos. Conheceu inúmeros empórios no Leste Europeu, região da qual virou habitué.

nomia e os vinhos eram sua maior paixão, bem mais que a rotina de funcionário. E foi por essa paixão que ele deixou a carreira de economista para se dedicar exclusivamente a empreender no mercado gastronômico. Só que, para seguir esse caminho, Janjão teve de enfrentar a resistência da própria família, que não o apoiou na decisão. “Meu pai foi contra eu abandonar uma carreira bem-sucedida. E via nisso um enorme desperdício do investimento que fez na minha educação no Brasil e no exterior. Tudo para depois eu ‘ficar atrás de um balcão’”, recorda. O pai jamais chegou a pisar no Garcia & Rodrigues, o primeiro e mais ambicioso empreendimento do filho. Janjão foi um dos fundadores desse saudoso empório, criado em 1997, que chegou a ter quatro filiais no Rio de Janeiro e unidades em São Paulo e Santa Catarina. O primeiro e maior deles, localizado no Leblon, reunia comidas e insumos que podiam tanto ser consumidas lá mesmo quanto levadas para casa. Era um misto de delicatessen, rotisseria, padaria, confeitaria, restaurante, adega e loja de utensílios de cozinha. O público carioca jamais tinha visto algo parecido antes. Com seus três ambientes dispostos na rua Ataulfo de Paiva,

no Rio de Janeiro. Mais que um mero restaurante ou café, seu salão guarda histórias e bastidores e serviu de cenário para reuniões de negócios, debates culturais e encontros entre políticos e intelectuais. Após se retirar da sociedade que comandava o Garcia & Rodrigues, em 2000, Janjão atuou ainda na criação da marca Fiammetta, pizzaria de sucesso que ainda hoje segue funcionando, mas já sem a sua participação. No ano seguinte, ele prestou consultoria para a rede de supermercados Zona Sul, onde inseriu o conceito de “Store in store”, que inclui a oferta de serviços como café da manhã e pizzaria. Foi também prestando uma consultoria que, sete anos mais tarde, ele conheceu Nick Barcelos, a proprietária do restaurante do Lulu, onde hoje funciona o Lorenzo Bistrô. Os negócios não iam bem e ela já não sabia qual próximo passo dar. Entre uma e outra sugestão, os dois se apaixonaram e casaram logo em seguida. O conceito do restaurante foi reformulado pelo casal, que passou a chamá-lo de Lorenzo Bistrô. Lá, são servidos pratos preparados de maneira sofisticada, a partir de uma origem das mais simples, com pegada meio francesa, meio italiana. O

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Confira mais

ambiente é aconchegante e familiar. “É um projeto feito para minha família e alguns clientes acabam se tornando parte da minha família também”, resume. Janjão é frequentador da mais notória confraria de vinhos da cidade e participa de encontros com grandes conhecedores do mundo de Baco, em que são esvaziadas garrafas de edições limitadas e alguns dos rótulos mais caros do mundo. Essas garrafas contam histórias. E também servem como item decorativo: no Lorenzo, estão espalhadas por toda parte, compondo um clima informal e muito particular no ambiente. A Casa Carandaí, localizada a poucos metros do restaurante, foi uma expansão natural do bistrô. “Já vendíamos vinhos para clientes do Lorenzo e o mercado queria comprar nossas massas frescas que produzíamos até então apenas para consumo no restaurante. Foi um caminho natural”, aponta Janjão, que inaugurou a delicatessen em 2012, em um belo casarão tombado. Ali, estão disponíveis iguarias de cinco países europeus e de quatro estados brasileiros. A lista inclui mais de dois mil itens, que vão de biscoitos, compotas, embutidos, carnes, azeites e vinhos exclusivos. Do Rio Grande do Sul, vêm as compotas e geleias, pães or-

gânicos, cortes nobres bovinos e de cordeiro. De São Paulo, vem a bananada. Já o queijo serra da canastra é mineiro. Entre os produtos importados, destaque para os queijos holandeses, as massas e a linha completa de embutidos vindos direto da Itália e os vinhos franceses. O espaço abrange ainda rotisseria e padaria, de onde seus cinco fornos produzem ciabattas, focaccias e baguetes, entre outros. Há um ano, Janjão lançou a marca própria de produtos da Casa Carandaí, com foco no que produz de melhor – os pães. Além dos produtos feitos na casa, a grife inclui também insumos selecionados que passaram pelo crivo e intervenções do restaurateur. A marca já passa de 25 itens, de goiabada cascão cremosa, um dos hits de venda, aos grissinis de alecrim com parmesão, que fazem sucesso no couvert do bistrô. Janjão viajou por diversas partes do Brasil para selecionar criteriosamente os itens do empório entre a produção local. Como a casa tem uma ligação muito forte com queijos, há um produto que ele ainda deseja ter em sua seleção. “Conheci alguns queijos da ilha do Marajó, no Pará, e tenho muito interesse em trazer para o Rio”, pontua ele, que já esteve

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diversas vezes no estado e guarda entre as lembranças da infância a chuva da tarde e a ardência do jambu, da época em que sua família ficava hospedada no Hotel Grão Pará. A pedido da Revista Leal Moreira, o restaurater separou algumas receitas que fazem sucesso em suas casas. “A polenta é um clássico, fazia parte do cardápio do Lulu (antes de ser tornar Lorenzo Bistrô) e sofreu pequenas modificações. A Mud Cake é um dos grandes hits da Casa Carandaí. Deliciosa, não pode faltar e é uma das mais vendidas”, destaca. Já a receita do penne, de sua autoria, é uma daquelas que surgem ao acaso. Num belo dia, ele quis fazer um arroz de pato, com sobras de um pato assado. Mas sendo este dia um domingo, todos os estabelecimentos estavam fechados. “Já tinha o arroz, o pato desfiado e o caldo, mas faltava o salame, o choriço... Por sorte tinha em casa um salame do Cinque, trazido por um velho amigo italiano que prepara nos arredores de São Paulo os melhores salames curados do Brasil. Imaginei o gosto intenso deste salame contrapondo-se ao molho de tomate, mais adocicado... E foi desta experiência doméstica que surgiu a receita”, descreve.


receita Polenta com gema de ovo

INGREDIENTES

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PREPARO

Restaurante: Lorenzo Bistrô 4 porções individuais 100g de farinha para polenta 200g de batata asterix 20g de alho 20g de sal uma pitada de pimenta-do-reino (a gosto) 50g de manteiga 80g de queijo grana padano

Em uma panela, cozinhe as batatas descascadas na água até ficarem em ponto de purê. Escorra as batatas, esprema e reserve, sem temperar. Guarde a água do cozimento. Coloque em outra panela, em fogo médio, uma colher de sopa de manteiga. Deixe dourar sem queimar. Acrescente a água do cozimento das batatas e deixe levantar fervura. Adicione a farinha de polenta na água, tempere com sal e pimenta e deixe cozinhar por cerca de 15 minutos, sempre mexendo. Junte as batatas amassadas, o parmesão e a manteiga. Misture rapidamente, retire do fogo e bata com o mixer.

polenta

INGREDIENTES

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MONTAGEM

para finalizar 500g de polenta mole (receita acima) 4 gemas de ovos 60g de cogumelos Paris frescos 50g de queijo grana padano 1 fio generoso de azeite trufado Ceboulette a gosto

Escolha travessas fundas individuais. Em cada uma delas sirva cerca de 125g de polenta e faça uma cavidade no centro. Coloque na cavidade uma gema de ovo crua, cubra com os cogumelos fatiados finos e rale um pouco de grana padano por cima. Monte todas e leve-as para gratinar por um minuto. Retire do forno, salpique um pouco de ceboulette e um fio de azeite trufado em cada uma. Sirva imediatamente, acompanhando com focaccia ou torradinhas de baguette.

Mud Cake

INGREDIENTES

• 300g de chocolate meio amargo em barra (cobertura) • 250g de manteiga • 5 ovos (separados) • 4 colheres de sopa de açúcar • 1 colher de chá de essência de baunilha • 1/4 de xícara de farinha de trigo • 1 colher de chá de fermento em pó

PREPARO

Restaurante: Casa Carandaí 1 torta de 14 fatias

Derreta o chocolate e a manteiga em banho maria e reserve. Em um bowl, separe as gemas das claras de ovos. Na batedeira bata as gemas, o açúcar e a essência de baunilha até obter um creme claro. Bata as claras em neve e reserve. Acrescente o chocolate à mistura de gemas. Peneire a farinha e o fermento, e adicione à mistura com uma espátula, envolvendo com cuidado. Acrescente suavemente às claras a mesma mistura. Coloque tudo em uma forma de fundo removível, com as laterais untadas e o fundo forrado com papel manteiga. Leve ao forno (180°) por cerca de 50 minutos, até que esteja firme e assado (verifique com o palito, se sair seco, está pronto). Desenforme e finalize, cobrindo com a ganache.

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Ouro

puro

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Ângela Sicilia Chef de cozinha

O cacaueiro, nativo da América Central e muito comum na América do Sul, é uma paixão cultivada há mais de 3 mil anos. Devemos gratidão eterna aos Maias (esses lindos! rs) por terem extraído o melhor das sementes: uma bebida amarga, temperada com favas de baunilha e pimentas (!!): a esta mistura deram o nome de xocoatl e a ela eram atribuídos poderes medicinais e espirituais. O kakaw (como era escrito) foi incorporado com muita euforia às cerimônias e aos cotidianos maias. Mas não somente aos maias atribui-se a disseminação do consumo do cacau – há registros anteriores que dão conta de uma bebida alcoólica feita a partir da fermentação dos açúcares contidos na polpa do cacau. No Império Asteca, as sementes do cacau serviam de moeda e eram muito valiosas. As grandes navegações espanholas, portuguesas e italianas levaram as sementes de cacau para a Europa e, uma vez ajustado o sabor para os refinados paladares europeus (que acresceram açúcar de cana, canela e leites de amêndoas), o chocolate quente virou uma das bebidas favoritas dos ingleses, franceses e italianos. Chá? “No, thank you. Prefiro uma xícara de chocolate, sil vous plait!” Com sotaque português, o chocolate era um dos principais produtos de exportação da Amazônia Portuguesa. Optei por, livremente, fazer um breve passeio pela história do chocolate, porque o período nos pede, mas não se engane: o que você come, à venda nos supermercados, está muito longe de ser chocolate! Leia os rótulos e assuste-se: muitas vezes apenas 20% do que você consome é chocolate. Digo, o de verdade! Permita-se! Porque Belém desponta na produção de um chocolate de raiz, autêntico e com muita personalidade no sabor! E tem valor! Chocolate de verdade é ouro. Marrom, mas vale ouro!

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vinho

Com mais de 2.300 anos de história, o Falerno é o vinho mais antigo do mundo. Foi o primeiro vinho a ser reconhecido pela qualidade de seu vinhedo e sua primeira grande safra esteve nas taças de grandes imperadores, entre eles, Alexandre, o Grande. Este vinho mescla duas variedades de uvas tintas nativas da Campanha, no sul da Itália: Aglianico e Piedirosso. Os vinhedos estão localizados nas proximidades do já extinto vulcão Roccamonfina. Juntas, as castas deram vida a um vinho perfumado, com aromas de geleia de frutas, charuto, fósforo, violetas, ervas frescas e mirtilos. O sabor é marcado por ameixas, taninos finos e paladar encorpado. Definitivamente, um vinho atraente e distinto. ONDE: Grand Cru

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Eis um vinho que chega mostrando toda a sua personalidade já na cor. Um vermelho escuro e denso que, no nariz, se abre em um rico buquê de alcaçuz, pétalas de violeta e ameixa escura. Marca registrada da região, seu encanto, austeridade e alta qualidade garantem ao DOCG Taurasi a alcunha de Barolo do Sul. Com taninos marcantes, recomenda-se desfrutá-lo a partir do terceiro ano de idade. ONDE: Grand Cru

Um surpreendente vinho elaborado em ânforas de terracota, por Josko Gravner que, ao fermentar em contato com as cascas da uva, ganha uma cor mais âmbar. O resultado são brancos que ganham o apelido de “orange wines” (vinhos laranja), como foi batizado nos Estados Unidos. São também vinhos complexos, muito persistentes e diferentes. Gastronômicos, sem dúvida. Um vinho para conhecer e se deliciar pela qualidade e pela oportunidade de degustar um estilo bem peculiar da bebida. O Ribolla Anfora 2006 pode ser decantado e servido entre 15 e 18º C para exteriorizar toda a sua riqueza de ervas frescas e secas, damasco, ameixas frescas, cidra e outros cítricos confitados, flores secas, favo de mel e castanhas. Na boca a trama é cerrada, tonificada pela mineralidade contundente. ESTILO - Autêntico e desafiador, único na sua pureza ancestral, o máximo da expressão da terra, maximizada pelas ânforas de terracota. CASTAS: 100% Ribolla Gialla TERROIR - Clima continental com forte influência dos Alpes, temperatura média anual de 13°C. Colinas situadas ao abrigo de ventos frios como o Bora, com notável excursão térmica. Solos de “ponca”, flysch de marga calcária da emersão de depósitos marinhos com a orogênese dos Alpes. PREMIAÇÃO: 94 PTS no Vinous de Galloni e nota máxima na Bibenda 2013, os 5 “grappoli”. ONDE: Decanter

ANARKOS

GRAVNER 2006

VINHO TINTO VILLA MATILDE TAURASI 2007 | 95 RP

VINHO TINTO VILLA MATILDE FALERNO DEL MASSICO ROSSO 2010

CAMPÂNIA: HISTÓRIA E TERROIR De longínqua história dentro do cenário vitivinícola italiano, a antiga colônia grega “A Campânia”, no sul da península, espremida entre montes (muitos de origem vulcânica) e mar, produz vinhos fantásticos, cultuados por especialistas e entendedores, mas pouco conhecidos ao grande público. Antiga variedade trazida da Grécia por volta do século VIII a.C., foi batizada pelos romanos de “Vitis Ellenica”, e renomeada pelos espanhóis no período da dominação aragonesa em Nápoles nos séculos XV e XVI de Aglianico. Essa singular casta tinta encontrou no clima quente e nos solos vulcânicos dA Campânia o terroir específico para expressar o melhor de suas características. O esplendor de sua forma remonta a mais de 2.500 anos, quando na Roma Antiga foi criado o famoso vinho Falernum – mescla de Aglianico e com a uva branca Greco di Tufo. Protagonista dos melhores tintos do sul da Italia, atualmente a Aglianico é considerada uma das três grandes castas do país ao lado da Nebbiolo e Sangiovese. Consistente e encorpada, com grande presença gustativa e intensidade aromática, ainda expressa agradáveis notas minerais provenientes do terreno vulcânico. Entre os vinhos, merecem destaque especial o DOC Falerno del Massico Rosso e o contundente e elegante DOCG Taurasi.

Se a uva primitiva hoje é um sucesso no mundo inteiro, muito se deve a Gregorio Perucci, da Accademia dei Racemi, pioneiro na renovação do seu plantio na Puglia, privilegiando o milenar sistema de “alberello”, com cultivo orgânico certificado. O vinho apresenta coloração rubi, brilhante, aromas cativantes de frutas negras maduras, infusão de especiarias, grãos de café, toques terrosos e de violeta. Extremamente macio na boca, cremoso nos taninos, balanceado por agradável frescor. REGIÃO: Puglia - Manduria. COMPOSIÇÃO DE CASTAS: 60% Negramaro, 30% Primitivo, 10% Malvasia Nera. PREMIAÇÃO: 2 “bicchieri” em 3 no Gambero Rosso 2015. Excelente relação preço/prazer. ONDE: Decanter



horas vagas • música VÍDEO

No dia 11 de janeiro de 2016, o mundo perdeu uma das maiores estrelas da história da música. Sua carreira, é bom que se diga, não marcou apenas o âmbito musical, Bowie trabalhou em diversos filmes e peças teatrais como ator e ainda foi um grande expoente da moda ao longo dos anos. Quatro dias antes de seu falecimento, o artista lançou seu último disco, “Blackstar”. O álbum é o mais melancólico de sua carreira, mas também um de seus mais belos trabalhos já realizados. No dia 7 de janeiro foi lançado o clipe de “Lazarus”, o qual sob as circunstâncias dadas se tornou evidente o cunho de despedida da obra. Enfraquecido pelo câncer, mas cantando versos como “olha aqui, eu estou no paraíso”, o artista ensinou que é possível ser um herói nem que seja por um único dia – mas certamente ele será para sempre o de muitos.

DICA

DAVID BOWIE – LAZARUS

CONFIRA JALOO - #1

ZÉLIA DUNCAN – ANTES DO MUNDO ACABAR

Diretamente de Castanhal, Jaloo provou ser um artista paraense versátil que ganhou espaço nacional na indústria musical brasileira. O artista imerge em uma psicodelia cheia de referências e ritmos diferenciados, mas é claro, sempre com aquela pitada regional. A influência do tecnobrega e carimbó é facilmente distinguida – principalmente pelos ouvidos paroaras – entre sintetizadores e altas doses de música pop. Em 2015, Jaloo lançou seu primeiro álbum de estúdio, o #1, que seguiu o sucesso do seu EP “Insight”, de 2014. Seu novo disco traz onze faixas que unem a melancolia das letras com um ritmo dançante e alegre.

O último álbum da artista, lançado no final de outubro de 2015, possui algumas diferenças de suas obras passadas. Por ser uma homenagem ao samba, Zélia se cerca de ilustres parcerias, incluindo a produtora Bia Paes Leme e o violonista e arranjador Marco Pereira. Ao todo, são 14 faixas, sendo nove inéditas, algumas de autoria da cantora e compositora, outras de parceiros como Pedro Luís, Ana Costa, Xande de Pilares, Zeca Baleiro e Arlindo Cruz.

INTERNET

CLÁSSICO

ELVIS PRESLEY – THE ALBUM COLLECTION O Tenho Mais Discos que Amigos é um site cultural com ênfase na música. Você pode conferir notícias sobre o mundo musical, cinematográfico e outros assuntos de cunho social. O site realiza diversas entrevistas interessantes com artistas famosos, no entanto, também é um ótimo local para descobrir novas bandas, tanto nacionais quanto internacionais, visto que sua equipe também abre espaço para os iniciantes. Além disto, playlists, listas de curiosidades, dicionário de vinil e resenhas também estão inclusos no acervo do site.

revistalealmoreira.com.br

Em comemoração aos 81 anos de nascimento do “Rei do Rock”, foi lançado em janeiro de 2016 um box, em edição limitada, que traz o melhor de toda a carreira de Elvis Presley. The Album Collection reúne nada menos do que 57 álbuns lançados entre 1956 e 1977, além de três discos raros. A coletânea possui as primeiras gravações de Elvis na Sun Records, apanhados de singles, 17 trilhas sonoras e filmes que estrelou e vários discos ao vivo. Além dos diversos produtos musicais, o pacote também traz um livro de capa dura de 300 páginas sobre a vida e obra do artista.

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horas vagas • cinema

DICA

Você encontra estes títulos na FOX - livrariafox.com.br

DVD Blu-Ray DESCOMPENSADA JUDD APATOW Uma atrapalhada mulher com mais de 30 anos (Amy Schumer) tem uma vida amorosa desastrosa: sua rotina se resume em casos de uma noite só e beber com os amigos. Mas tudo pode mudar quando, ao fazer uma matéria para a revista masculina onde trabalha, ela acaba conhecendo um médico desportivo (Bill Hader) que parece ser o “cara ideal”.

O PRESENTE - JOEL EDGERTON Um casal de classe média alta acaba de se mudar para uma grande casa, na intenção de superar traumas do passado. Enquanto fazem compras, cruzam com Gordo (Joel Edgerton), antigo colega de escola de Simon (Jason Bateman). O reencontro gera desconforto, mas a esposa Robyn (Rebecca Hall) simpatiza com o homem. Logo, ele passa a frequentar o lar do casal, aparecendo inesperadamente, enviando presentes... O que Gordo realmente deseja?

DESTAQUE

O MENINO E O MUNDO ALÊ ABREU

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EU, VOCÊ E A GAROTA QUE VAI MORRER. DIREÇÃO ALFONSO GOMEZ-REJON Greg (Thomas Mann) está levando o último ano do Ensino Médio o mais anonimamente possível, evitando interações sociais, enquanto, em segredo, está fazendo animados filmes bizarros com Earl (RJ Cyler), seu único amigo. Mas tanto o anonimato quanto a amizade dos dois é abalada quando a mãe de Greg o força a fazer amizade com um colega de classe que tem leucemia.

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INTERNET

CLÁSSICOS

O grande representante do Brasil no Oscar 2016 conta, em uma animação, a história de um garoto que mora com o pai e a mãe, em uma pequena casa no campo. Diante da falta de trabalho, no entanto, o pai abandona o lar e parte para a cidade grande. Triste e desnorteado, o menino faz as malas, pega o trem e vai descobrir o novo mundo em que seu pai mora. Para a sua surpresa, a criança encontra uma sociedade marcada pela pobreza, exploração de trabalhadores e falta de perspectivas.

Um dos primeiros sites de crítica cinematográfica do Brasil, o Críticos surgiu em 2002. Desde então, o site prova como esse tipo de produção ganhou um novo fôlego no ambiente virtual. Sua equipe principal é formada por críticos tarimbados dos meios tradicionais: Carlos Alberto Mattos, Daniel Schenker, Luiz Fernado Gallego e Marcelo Janot. Como o nome bem indica, o foco do site não são as notícias ou fichas técnicas, mas as resenhas mesmo. Estas têm a leveza e concisão do texto jornalístico, o que torna o conteúdo mais atrativo ainda para leitores mais apressadinhos.



horas vagas • iPad

LEO Privacy Guard

Spinrilla

Que tal esconder suas fotos e vídeos mais importantes e impedir que bisbilhoteiros acessem tais arquivos? Com o LEO Privacy Guard, você consegue criar um cofre digital para armazenar imagens sigilosas com três tipos diferentes de chave: PIN numérico, padrão de desbloqueio e verificação biométrica (Touch ID, caso seu iPhone ou iPad seja compatível com tal recurso). Além de simplesmente criar uma caixa secreta para guardar imagens já existentes, o programa também traz uma “câmera secreta”, cujas fotos registradas automaticamente serão enviadas para esse diretório escondido. O mais bacana é que, além de ser completamente gratuito, o LEO Privacy Guard também possui compatibilidade com o Apple Watch. Vale a pena conferir. Custo: Free

Raul Parizotto empresário parizotto@me.com

Flow for Instagram Apesar de estar disponível também para iPhone, o Flow for Instagram é um aplicativo desenvolvido especialmente para o iPad. Seu objetivo é trazer uma experiência melhor para visualizar a rede social em dispositivos com tela grande, já que não existe uma versão oficial do Instagram para tablets. Ele é totalmente gratuito e possui uma interface muito intuitiva. Basta abrir o programa e fazer login com as mesmas credenciais que você usa no Instagram. Além de oferecer todos os recursos clássicos da rede social, o Flow também oferece algumas funcionalidades exclusivas, como gerenciamento de múltiplas contas e personalização da interface com temas diferentes. O software é totalmente gratuito, então aproveite! Custo: Free Você se lembra das clássicas mixtapes, fitas cassete que reuniam os melhores hits de diferentes artistas e fizeram muito sucesso até a década de 80? O Spinrilla é um aplicativo gratuito que tenta reinventar essa velha moda e revivê-la de forma mais tecnológica. Trata-se de um serviço de streaming que oferece excelentes mixtapes de hip-hop para você se divertir. Obviamente, tudo aqui é digital, ou seja, as fitas se transformam em playlists que você pode escutar em qualquer lugar. O mais bacana é que o programa permite que o usuário marque suas mixtapes prediletas para que elas estejam sempre disponíveis offline. Caso queira mais recursos e faixas exclusivas, basta fazer uma assinatura. Custo: US$ 0.99

Bridge Constructor Stunts KitCut – Life in Visual Mashups O KitCut – Life in Visual Mashups é o aplicativo perfeito para quem gosta de fazer montagens hilárias usando fotos suas e de seus amigos. Ele funciona de forma parecida com o Instagram: os usuários criam um perfil e passam a publicar as suas obras em uma linha do tempo, recebendo curtidas e comentários de seus colegas que lhe seguem dentro da rede social. O mais bacana é que, além de criar seus próprios mashups, é possível editar as imagens que você encontrar na timeline, reorganizando elementos e colocando fotografias em outros locais. Naturalmente, o KitCut permite que você compartilhe suas criações em outros serviços, como Instagram, Facebook, Twitter, WhatsApp e Kik Messenger. Custo: Free

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Mais um jogo de construir pontes? Sim! A diferença é que em Bridge Constructor Stunts você precisa arquitetar caminhos para que carros e caminhões façam manobras radicais. Ou seja, esqueça aquelas passarelas bonitinhas, arrumadinhas e seguras que você criava no Bridge Constructor original – sua missão aqui é erguer loops e rampas para ser bem-sucedido. Mais do que construir as pontes, o jogador também é posicionado atrás dos volantes e precisa dirigir os veículos para executar as acrobacias malucas. Com gráficos caprichados e um modo de construção aprimorado, Bridge Constructor Stunts trata-se de um spin-off incrível para quem curtiu o game original. Custo: US$ 1,99

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horas vagas • literatura Títulos disponíveis na Livraria FOX. livrariafox.com.br

DESTAQUE

FLORES, VOTOS E BALAS Angela Alonso O livro é uma bibliografia sobre a abolição da escravatura. Nele, uma das maiores conhecedoras do assunto no Brasil, a socióloga Angela Alonso, reconstrói a trajetória da ampla, estruturada e duradoura rede de ativistas, associações e manifestações públicas antiescravistas que articulou um movimento social nacional – o primeiro de seu gênero no país.

LANÇAMENTO

DICA MULHERES DE CINZAS Mia Couto

CONFIRA PASSADO NO PRESENTE Fábio Carvalho

OS JUDEUS QUE CONSTRUÍRAM O BRASIL - Anita Novinsky

Primeiro livro da trilogia “As Areias do Imperador”, “Mulheres de Cinzas” é um romance histórico sobre a época em que o sul de Moçambique era governado por Ngungunyane, o último dos líderes do Estado de Gaza – segundo maior império no continente comandado por um africano. O sargento português Germano de Melo foi enviado ao vilarejo de Nkokolani para a batalha contra o imperador que ameaçava o domínio colonial. Ali, o militar encontra Imani, uma garota de 15 anos que aprendeu a língua dos europeus e será sua intérprete. Ela pertence à tribo dos VaChopi, uma das poucas que ousaram se opor à invasão de Ngungunyane. Mas, enquanto um de seus irmãos lutava pela Coroa de Portugal, o outro se unia ao exército dos guerreiros do imperador africano.

Uma narrativa criativa vivenciada em dois mundos, passado e presente, entre um executivo e uma estudante, cada qual com sua personalidade marcante e desafiadora, sendo que, em dado momento, eles se encontram para viver uma paixão buscando uma conexão. O personagem do presente é um empresário da área de tecnologia, determinado em seu trabalho, evitando laços afetivos. No passado, aprendeu a lutar como guerreiro e vivenciou uma guerra entre os povos do Norte e do Sul. A personagem do passado foi criada com muito zelo, cresceu cercada de muita natureza e influenciada por mulheres fortes. Ela é aprendiz de curandeiras que nas batalhas ajudam os soldados. No presente, ela é uma jovem independente, vaidosa, sensual, liberal e adora festas. www.revistalealmoreira.com.br

CLÁSSICO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE BELÉM DO GRÃO PARÁ Augusto Meira A obra mais famosa de Augusto Meira Filho foi revisada, atualizada e otimizada. O livro conta 200 anos de história, desde os primórdios da capital paraense, e provoca uma reflexão sobre o patrimônio histórico e sua conservação. Originalmente publicado em 1976, o livro, que investiga a evolução urbana da paisagem, da expansão territorial da cidade e a construção de alguns dos principais monumentos, teve uma única edição, esgotada. A nova edição traz o texto original na íntegra, porém com atualizações de acordo com a nova ortografia e normas técnicas. Além disto, mais imagens foram adicionadas às páginas para melhorar a estética da obra e a transformar em uma espécie de livro-álbum.

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Um capítulo escondido do Brasil. Uma passagem mantida em sigilo. Um passado que envergonha a todos: a fatídica história da Inquisição Portuguesa, que transferiu para a colônia a perseguição aos judeus. Discriminação, racismo, mortes. Esta é a grande revelação que traz o livro “Os Judeus que Construíram o Brasil – fontes inéditas para uma nova visão da história”. Resultado de pesquisas realizadas em todo o mundo e, em especial, no até então secreto arquivo do Santo Ofício da Inquisição, esta obra mostra como os judeus e os cristãos novos foram perseguidos nos séculos XVI, XVII e XVIII.


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nal

ucio

it Inst

Vitta Home Um brunch comemorativo marcou o evento de entrega do 32º empreendimento da Leal Moreira, o Torre Vitta Home, na manhã do dia 30 de janeiro, sábado. Os proprietários das unidades do edifício, localizado em um ponto estratégico do bairro do Marco, estiveram presentes à programação, que ocupou quase que por inteiro as áreas comuns do condomínio.

Eduardo, Amanda, Josenaldo Junior, Fabiana, Josenaldo, Eduarda, Ana Lycia e Davi de Souza

Almir, Anna Luiza, Leo e Andrea Morisson

Jacirlea Nascimento, Jackso Garcia e Jainislea Dias

Neto Soares, Kelly e Bia Moraes

Celeste, Victória, Carmen e Pablo Batista

Samya Carvalho e Paulo Melo da Silva

Sidney Nascimento, Benedita, João e Goreti Goes

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André e Larissa Carvalho

André Santos, João Vitor Marques e Gicele Marques

Renata Del Pinho e banda

Greice Vieira e Bruno Carneiro

Paulo André e Tatiane Freitas

Renata e Nátila Alcântara

Ana Rosa, Ana Vitória e Jadir Pontes

Socorro Tavernard e Alcenira Corecha

Valda Marchetto e Nazaré Cruz

Edilene Ferreira, Ligia Barbosa e Leila Cunha.


COLABORADORES PARTICIPAM DE AÇÃO DE COMBATE AO AEDES AEGYPTI

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Institucio

Dezenas de colaboradores da construtora Leal Moreira, dentre engenheiros civis e técnicos de segurança, participaram na tarde de sexta-feira, 19 de fevereiro, de uma palestra para capacitação de agentes multiplicadores contra o mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus – nos canteiros de obras de seus empreendimentos. A intenção é promover conhecimento sobre como combater o mosquito no local de trabalho. A partir da próxima semana, cada participante desta palestra assume o papel de agente multiplicador repassando as informações para os demais colaboradores das obras, assim atingindo o maior número possível de pessoas. Atualmente, a LM tem nove empreendimentos em construção, por onde circulam diariamente mais de 1.000 trabalhadores.

CARNAVAL INCENTIVA AÇÕES NA CONSTRUTORA Entre os dias 25 de janeiro e 2 de fevereiro, todos os empreendimentos da Leal Moreira foram envolvidos em ações especiais motivadas pelo período do carnaval. Com foco em temas como segurança e saúde, a equipe de Recursos Humanos da construtora ministrou palestras aos colaboradores, e ao final da programação, houve ainda distribuição de preservativos. Uma ação semelhante também foi desenvolvida entre os funcionários do escritório da empresa no dia 5 de fevereiro. “Esse é um período em que pessoas precisam de informações, então se pensou em uma ação voltada à saúde e bem-estar do colaborador, algo que nunca é demais”, explica Adelina Santana, psicóloga da equipe de RH da Leal Moreira.

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Institucio

Check List das obras Leal Moreira projeto

lançamento

fundação

estrutura

alvenaria

revestimento

fachada

acabamento

Torre Santoro 2 ou 3 suítes • 123m2 • Av. Governador José Malcher, 2649 (entre Av. José Bonifácio e Tv. Castelo Branco) Torres Devant 2 ou 3 dorm. (1 suíte) • 68m2 e 92m2 • Travessa Pirajá, 520 (entre Av. Marquês de Herval e Av. Visconde de Inhaúma) Torre Unitá 3 suítes • 143m2 • Rua Antônio Barreto, 1240 (entre Travessa 9 de janeiro e Av. Alcindo Cacela). .

Torre Parnaso 2 ou 3 dorm. (1 suíte) • 58m² e 79m² • Av. Generalíssimo Deodoro, 2037 (com a Rua dos Pariquis). Torres Dumont 2 e 3 dorm. (1 suíte) • 64m² e 86m² • Av. Doutor Freitas, 1228 (entre Av. Pedro Miranda e Av. Marquês de Herval). Torre Vitta Office Salas comerciais (32m2 a 42m²) • 5 lojas (61m2 a 254m²) • Av. Rômulo Maiorana, 2115 (entre Travessa do Chaco e Travessa Humaitá). Torre Triunfo 3 e 4 suítes (170m²) • cobertura 4 suítes (335m²) • Trav. Barão do Triunfo, 3183 (entre Av. Rômulo Maiorana e Av. Almirante Barroso). Torres Floratta 3 e 4 dorm. (1 ou 2 suítes)• 112m² e 141m² • Av. Rômulo Maiorana, 1670 (entre Travessa Barão do Triunfo e Travessa Angustura). mês de referência: fevereiro de 2016

Veja fotos do andamento das obras no site: www.lealmoreira.com.br

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em andamento

concluído


Check List das obras ELO projeto

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fundação

estrutura

alvenaria

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fachada

acabamento

Terra Fiori 2 quartos • 44,05 a 49,90 m2 • Tv. São Pedro, 01. Ananindeua. mês de referência: fevereiro de 2016

em andamento

concluído

Torre Jasmim - Laje de transição

Torre Bromélia - Alvenaria estrutural do 1º pavimento tipo

nal

Institucio

Área de lazer do Terra Fiori

Torre Gardênia - Alvenaria estrutural do 1º pavimento tipo

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Torre Violeta - Alvenaria estrutural do térreo e laje do 1º pavimento tipo


al

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Fachada

In

nal

Institucio

Fachadas

Living

Living

Piscinas

Cozinha www.revistalealmoreira.com.br

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Institucio

Fachada Fachadas

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Institucio

Living

Sala comercial Quarto www.revistalealmoreira.com.br

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Living

Fachada

Cozinha

SuĂ­te

Brinquedoteca

Churrasqueira

Quadra de esportes

Piscinas

Garagem


Living

Varanda gourmet

Fachada

Cozinha

Suite

Fachadas Living


Nara D’Oliveira Consultora empresarial

Uma nova empresa para um novo tempo Ninguém mais tolera os equipamentos da velha

ça, de introduzir a segunda geração no negócio,

Pessoas com perfil com alto grau de alinhamento

economia: lojas escuras, sujas, sem sistemas com

deve-se avaliar esses novos profissionais bem como

com o negócio. Fazer varejo hoje é um desafio que

informação precisa para o cliente, com pessoas

acompanhá-los. Os herdeiros hoje são bem forma-

só se faz com gente-que-gosta-de-gente. A indús-

sem sensibilidade para o negócio e sua tipologia de

dos, desenvolveram-se na era da informação, da

tria, e seu alto grau de eficiência, só se faz com gente

cliente. Igualmente não há também espaço para a

tecnologia, do tempo real. Estas benesses do século

de atenção concentrada e conformidade. Cada pes-

indústria que não possua um entendimento claro de

XXI geraram empreendedores afiados, de base con-

soa tem perfil para um negócio / mercado / produto.

seu cliente – perfil, expectativas, visão de futuro de

ceitual respeitável. A pergunta que deve ser feita é se

O que precisa é entender qual é o seu e atrair as

seu negócio e tendências, eficiência operacional e

os mesmos querem, possuem perfil para o negócio

pessoas certas.

direcionamento estratégico.

e se sim, devem ser acompanhados e suportados.

Gestores competentes que possuem pessoas

Gerir negócio no ano do Senhor de 2016 é com-

Empreendedor como condutor, segunda gera-

com perfil para o negócio são capazes e possuem

plexo, merece cérebro e um cuidado importante

ção avaliada e acompanhada, precisamos então

as condições necessárias para criar equipes moti-

com o perfil e o papel das pessoas em todos os

de gerentes fortes. Um mantra repetido no mundo

vadas. Este é um desafio que se consegue com um

níveis. O empreendedor é o condutor do processo,

organizacional é que “ empresas fortes são feitas

trabalho de rede, ou seja, muitos fatores concorrem

quem visualiza o horizonte e escreve uma rota. Ge-

de gestores fortes”. Quem traz o número é o gestor,

para criação desta equipe: clima, remuneração,

ralmente nas empresas familiares brasileiras os fun-

quem desdobra estratégia em ações concretas do

política, economia, estratégia organizacional dentre

dadores responderam a um mercado existente, em

dia a dia é o gestor, quem desenvolve pessoas para

inúmeras outras, mas sem gestores fortes e pesso-

uma economia fechada, com pouca concorrência.

o futuro é o gestor. Este profissional é o pêndulo da

as com o perfil correto torna-se uma missão quase

O perfil do empreendedor como condutor do pro-

balança das organizações e compõe a estrutura de

impossível.

cesso nunca foi posto em xeque por uma economia

pessoas que deve ser pensada para que se possa

Apresentadas as bases no que tange à formação

globalizada, feroz e hoje recessiva. Governança cor-

ocupar o lugar que se quer no futuro. Definir perfil

do quadro de perfil das pessoas para a Construção

porativa e um planejamento estratégico construído

do gestor para seu negócio, identificar os mesmos

da Estrutura das Organizações, só nos resta dizer

profissionalmente são ferramentas indispensáveis a

profissionalmente, desenvolver a luz da estratégia e

que confiança é a base das relações, seja qual for

este condutor.

cuidar a pão de ló.

esta relação e deve ser um valor perseguido e man-

Como parte da cultura, em processo de mudan-

revistalealmoreira.com.br

Empreendedor, herdeiros, gestores e pessoas.

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tido nas organizações.


PELAS NOSSAS MテグS


RLM nº 54 GENTE DESIGN ESTILO IDEIAS CULTURA COMPORTAMENTO TECNOLOGIA ARQUITETURA

ano 12 | número 54

R$ 15,00

Glória Pires

Consagrada pelo público como atriz e admirada como personalidade, ela volta ao cinema já premiada como Nise da Silveira.

Leal Moreira

Uruguai João Ubaldo Ribeiro Janjão Garcia Shows no Brasil Camila Coutinho

www.revistalealmoreira.com.br


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