Revista Leal Moreira nº 60

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ano 14 | nĂşmero 60

R$ 15,00

Marcelo Rosenbaum Maeve Jinkings Roberta Sudbrack SimĂľes

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Artes meramente ilustrativas que poderão ser alteradas sem prévio aviso, conforme exigências legais e de aprovação. Os materiais e os acabamentos integrantes estarão devidamente descritos nos documentos de formalização de compra e venda das unidades. Plantas ilustrativas com sugestão de decoração. Medidas internas de face a face das paredes. Os móveis, assim como alguns materiais de acabamento representados nas plantas, não fazem parte do contrato. Projeto preliminar sujeito a alteração. Existem alterações constantes do projeto final em aprovação junto à municipalidade. O empreendimento só será comercializado após o registro do Memorial de Incorporação no Cartório de Imóveis de Belém.


A Revista Leal Moreira 60 traz conteúdo exclusivo nas matérias sinalizadas com QR code.

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ROBERTA SUDBRACK A Chef conta como os últimos anos foram transformadores pessoal e profissionalmente

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galeria

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VIAGEM Bruges, a cidade escondida na Bélgica que parece conto de fadas

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MARCELO ROSENBAUM O arquiteto vem redefinindo as formas de olhar a arquitetura

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As cores do artista plástico Simões em sua mais nova exposição

gourmet

capa Foto: Kit Gaion

destino

capa

índice

perfil MAEVE JINKINGS A atriz paraense fala sobre desafios, carreira e claro, cinema

especial arquitetura RAIO QUE O PARTA A desconhecida história de uma arquitetura tão presente em Belém

especial decorados Proprietário do Torres Dumont foram convidados para conhecer apartamentos decorados

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dicas confraria Celso Eluan décor Ricardo Gluck Paul Angela Sicilia vinhos horas vagas tech institucional Nara D’Oliveira índice de anunciantes

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editorial

Amigos, Começamos este editorial desejando a todos um feliz natal e um ano novo repleto de boas leituras. O fim de um ciclo é sempre um momento ideal para reviver os dias mais marcantes e colocar tudo numa balança da qual não se pode esperar imparcialidade incorruptível. Isso sem contar sobre a energia e disposição que, até inconscientemente, já prospectamos para o que vem pela frente. Partindo dessa inconsciência quase proposital, a última edição da Revista Leal Moreira em 2017 traz espírito de energia, reinvenção, recomeço, inquietude. Nossa capa é o guru da arquitetura e do design Marcelo Rosenbaum que há algum tempo vem reinventando a forma de fazer design no mundo, olhando mais para o interior (no sentido mais amplo da palavra), valorizando os regionalismos e o artesanato. Criou projetos para valorizar a essência, pessoas. Consegue conectar os índios do interior do Amazonas à renomada Feira de Milão, na Itália. Uma história dessas inspiradoras. Falando em inspiração, outro destaque é a chef gaúcha Roberta Sudbrack que, exatamente em dezembro do ano passado, teve a coragem de fechar seu renomado restaurante no Rio de Janeiro e voltar a trabalhar com seu primeiro produto, o qual lhe rendeu parte da fama de hoje: o hot dog. Quando se trata de inquietude, nossa galeria apresenta o renomado artista plástico Simões e sua mais recente exposição na cidade. Telas coloridas, quase lúdicas e que remetem às lembranças do artista. No turismo, Bruges, uma pérola a ser descoberta na Bélgica e que, apesar de ter 100 mil habitantes, revela uma beleza singular. Temos ainda a atriz criada em Belém, Maeve Jinkings, sucesso em Cannes e que nos revela a paixão pela sétima arte. Imperdível! Pulemos nossas ondas, façamos nossas promessas e metas para o próximo ano com a certeza de que 2018 será um período de conquistas e realizações. É nisso que acreditamos. Boa Leitura.

André Moreira

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expediente

Fundador / Presidente Carlos Moreira Sócios / Conselho André Leal Moreira João Carlos Leal Moreira Maurício Leal Moreira Diretoria Executiva / CEO Habib Bichara Diretoria Operacional Igor Moreira Diretoria Financeira e Institucional Thomaz Ávila Neto

Atendimento aos Clientes: Rua João Balbi, 167 • Nazaré • segunda a quinta-feira: 9h às 12h e das 14h às 18h. • sexta: 9h às 12h e das 14h às 17h30.

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Revista Leal Moreira Criação, coordenação e realização Publicarte Editora Diretor editorial André Leal Moreira Projeto gráfico André Loreto Diagramação André Loreto e Neto Porpino Editora-Chefe Trisha Guimarães Fotografia Dudu Maroja Ilustração Lucas Pereira Reportagem Camila Gaia, Carolina Menezes, Camila Gaia, Luly Mendonça,Trisha Guimarães Colunistas Ângela Sicilia, Celso Eluan, Nara Oliveira, Raul Parizotto e Ricardo Gluck Paul. Assessoria de imprensa Trisha Guimarães Versão Digital Guto Cavalleiro Revisão José Rangel Gráfica Aquarela Comercial 91 4005.6874 contato@revistalealmoreira.com.br Back office 91 4005.6874 distribuicao@revistalealmoreira.com.br

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Revista Leal Moreira é uma publicação trimestral da Publicarte Editora para a Construtora Leal Moreira. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem autorização.

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Belém

Geek Burguer A hamburgueria temática surgiu da ideia dos proprietários, aficionados por histórias em quadrinhos, games e todo o universo geek. O ambiente tem toda uma pegada industrial com paredes de cimento queimado e ferro, repletas de quadros como da santa ceia onde os personagens são os heróis, e objetos preciosos como o capacete de um Storn Trooper de Guerra nas Estrelas, as garras do mutante Volverine ou o escudo do Capitão América. No cardápio, apetitosos burgers com 180 gramas, muitos no pão de brioche que deixa mais saboroso ainda o sanduíche. O carro chefe da Geek é o Deadpool com queijo cheddar estilo inglês, cebola caramelizada e bacon. Para quem quer fugir do tradicional, há a opção de hambúrguer da lagosta, camarão e até vegetariano, este último com berinjela e queijo. De sobremesa, o milk-shake de paçoca é de lamber os beiços. Ah, e para deixar o clima mais bacana, toda a trilha sonora do ambiente é inspirada nos clássicos da sétima arte. Vale a visita.

João Balbi 1309 I @geekburguer

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Old School Gastropub O Old School foi inaugurado em abril de 2009 com o intuito de ser o primeiro bar de rock sofisticado da cidade. Durante anos foi point na Wandenkolk com Antônio Barreto. No início de 2017, houve a necessidade de mudar de endereço e a Braz de Aguiar foi o ponto escolhido para continuar a tradição de bar de rock. Com ambiente intimista e espírito alternativo, o Old oferece show de rock quase todos os dias da semana. A ideia agora é que o local tenha, além do entretenimento musical, uma experiência gastronômica incluindo não só o menu de petiscos, mas também de pratos, drinks e cervejas artesanais. O carro chef tem sido o The Pelvis, um hambúrguer que leva ovo, bacon emapando e pimentão. Vale a pedida.

Conselheiro Furtado, 1163 I fones: 3038.4800 e 99302.2265 I @douxdujour

Doux du Jour Resgatar a história através dos doces, do paladar. É assim que você se sente ao experimentar um dos quitutes da Doux du Jour, doceria recém-inaugurada em Batista Campos. E quando esses doces são resultado de uma profunda pesquisa da história de Belém é necessário saboreá-los com deleite e um quê de nostalgia. As sócias Bruna e Lorena rebatizaram tortas e resgataram doces que são a cara da cidade como o salva-vidas, o Monteiro Lopes e a queijadinha. Entre as tortas, a Rainha Marie traz pão de ló recheado de mousse de doce de leite e nozes. A ilustríssima Francesinha do Norte, aclamada na Belle Époque paraense e servida no chá das 5 do lendário Grande Hotel, te pega pelo aroma sensacional. No recheio, creme de gemas, água de flor de laranjeiras, creme batido e pérolas de chocolate na cobertura. Já o Bolonha, em homenagem ao engenheiro Francisco Bolonha, tem massa branca amanteigada enriquecida com farinha de castanha-do-pará, com recheios de doce de leite e de cupuaçu. Pensa que acabou? Ainda tem cobertura com doce de leite e doce de cupuaçu artesanal. Deu água na boca?

Brás de Aguiar, 304 I @oldschoolgastropub

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Brasil

Blue Note O Jazz Club mais famoso e exclusivo do mundo com filiais na Itália, Japão e China, o Blue Note chega pela primeira vez à América Latina, com sede no Rio de Janeiro. Localizado no Complexo Lagoon, na Zona Sul da cidade, a nova casa segue à risca as exigências técnicas e de funcionamento da matriz em Nova York, determinadas pela família Bensusan, fundadora e proprietária do Blue Note: acústica perfeita, ambiente intimista, público reduzido e preocupação com a qualidade da gastronomia servida no local. O Blue Note Rio tem capacidade para 400 pessoas, tem três bandas residentes – um duo, um trio e um quarteto com apresentações de grandes nomes do jazz, do blues e da MPB. A ideia é que o local também seja uma plataforma de lançamento para novos artistas.

Exposição Renato Russo

Giuliano Manfredini, único filho do artista, liberou ao MIS total acesso ao apartamento de Renato Russo confiando à equipe do museu sua catalogação, conservação e adaptação para a exposição. Uma experiência imersiva na vida e obra deste ícone do rock brasileiro, a exposição parte exclusivamente do acervo de Renato Russo, apresentando objetos pessoais, peças de vestuário, fotografias, manuscritos, instrumentos musicais, documentos escolares, desenhos, cartas de fãs, além de prêmios, fanzines, folhetos e impressos variados que irão percorrer toda a sua trajetória. O público pode mergulhar no caráter multifacetado de Renato, que, além de grande letrista, também produziu desenhos e pinturas, bem como uma peça de teatro e projetos cinematográficos. Particularidades como suas coleções de anjos e de baralhos de tarô também podem ser vistas. Para fãs da Legião, do Renato ou simplesmente fãs de rock, é um prato cheio. Desses de se lambuzar.

Av. Europa, 158, Jd. Europa, São Paulo I @mis_sp

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Fotos Letícia Godoy

Av. Borges de Medeiros, 1424 - Lagoa, Rio de Janeiro I @bluenoterio


Coloque muito mais sabor em sua festa! Faça seu evento no espaço mais apetitoso da cidade. Aniversários, chás, eventos corporativos ou qualquer outra comemoração. Receba seus convidados com muito conforto, qualidade e sabor. • Ambiente acolhedor • Excelente localização • Capacidade (60 pessoas) Av. Brás de Aguiar, 232. www.etimariqueti.com.br /etimariqueti Entre Dr. Moraes e (91) 3223-2714 Benjamin Constant


mundo

MAAT

Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia à margem do rio Tejo em Lisboa tem chamado a atenção de quem visita a Europa. Projetado pela britânica Amanda Levete, o Museu é mais um espaço cultural na capital portuguesa - cuja curadoria é de Pedro Gadanho, ex-curador de arquitetura no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Com uma arquitetura ousada e futurista, uma visão linda 360º de toda a beira da cidade, todos os detalhes do lugar foram pensados para encantar. O revestimento das paredes, inspirado na cerâmica e na calçada portuguesa, feito com azulejos salientes que refletem a luz. A área total do MAAT é de 38 mil metros quadrados e o seu acervo tem obras de mais de 250 artistas portugueses ativos desde a década de 60. No final da tarde, a paisagem fica ainda mais bela com o sol se pondo no horizonte e refletindo nas águas do Rio Tejo. Av. Brasília, Central Tejo 1300-598 Lisboa I @maatmuseum

Hiša Franko

Esse é o nome do restaurante da eslovena Ana Roš, eleita este ano como melhor chef mulher do mundo pelo The World’s 50 Best Restaurants. O local charmoso fica em um vale no oeste da Eslovênia, um ambiente rural edílico, já próximo da Itália e é descrito como um “restaurante familiar acolhedor”. Lá a chef oferece menus únicos de degustação com 5 ou 9 pratos que prometem uma explosão de sabores. Graças a combinações diferentes, o restaurante ganhou o mundo, mesmo a Eslovênia não tendo grande expressão no mundo gourmet e hoje em dia, os clientes chegam de lugares distantes como a Austrália só para conhecer o que a chef tem de especial. Óbvio que a fama do lugar já faz com que seja fundamental reservar com meses de antecedência, sem falar no fato de que a chef sempre atende pessoalmente os clientes.

Staro selo 1, 5222 Kobarid, Eslovênia www.revistalealmoreira.com.br

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perfil

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Luly Mendonça

Arquivo Pessoal

Protagonista da própria

história

Em tempos onde o debate feminista toma as redes sociais, Maeve Jinkings mostra que é possível empoderar através da sétima arte escolhendo personagens que têm muito a dizer para o mundo.

A

tivista, feminista, inquieta, debatedora. Maeve Jinkings é uma potência e um dos grandes nomes da nova geração do cinema nacional, do teatro e da TV. Para entender um pouco da receita: pegue um pouco do cerrado (ela nasceu em Brasília), misture ao calor de Belém, onde foi criada, acrescente uma pitada de Recife, onde viveu por 1 ano e meio, e bata junto com 15 anos de São Paulo, onde se formou como atriz, na Escola de Artes Dramáticas da USP. “Estar em contato com as mais diversas identidades culturais só pode ter me ajudado a expandir a ideia do que significa estar vivo, onde quer que seja”, diz. Em Belém, morou no bairro Batista Campos, e frequentava a praça quase que diariamente, além da livraria do avô Jinkings. Foi lá onde aprendeu a andar de bicicleta, catou manga nas ruas e tomou banho de chuva, algumas das suas lembranças gostosas da infância. “Pra ser honesta sinto saudade de tudo... do sotaque, do vento úmido na margem do rio Guamá, do Círio Fluvial, de dançar brega, passear na Praça da República durante a feira de artesanato aos domingos, a dormência do

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jambu com tucupi, sorvete de tapioca, as praias. Belém mudou muito desde minha saída em 2000, sinto falta de reconhecer a cidade e me conectar com a cena cultural contemporânea, que é incrível!” Ao longo de sua carreira, Maeve atuou em longas premiados como O som ao redor (2010), Aquarius (2015), ambos de Kleber Mendonça Filho e Amor, plástico e barulho, de Renata Pinheiro (2012). O primeiro, foi um divisor de águas em sua carreira e a projetou para o mundo. Em Amor, Plástico e Barulho, ela deu vida à cantora de brega Jaqueline, sua primeira protagonista com uma curva dramática rica e com mais tempo de tela. Segundo ela, uma chance de se autodesafiar, com uma personagem ultra-sensual, e de mostrar um amadurecimento como atriz. “Foi o primeiro prêmio que recebi na vida”, diz referindo-se às premiações de Melhor Atriz, Festival de Brasília, no BRAFFT 2014, Festival Brasileiro de Cinema em Toronto. Em 2015, ela fez sua estreia na teledramaturgia, em A regra do Jogo, na Globo, como Domingas, »»»


uma personagem que sofria violência doméstica. Segundo ela, um salto em vários aspectos: “técnico, pois a personagem era muito difícil, num tema delicado e fácil de estereotipar. Também porque o set da TV é muito disperso, não contribui com o trabalho do ator, e isso exige ainda mais técnica e concentração. Também um salto emocional pra lidar com a dispersão desse meio, assim como a popularidade que vem junto com o trabalho na TV. Passei a ser reconhecida em qualquer lugar, o que pode ser bem confuso às vezes. Mas também recebo muito carinho.” Não “satisfeita”, ela também atuou como preparadora de elenco no curta Sem Coração, sob codireção de Tião e Nara Oliveira, que recebeu o Troféu Illy de Melhor Curta em Cannes, e no longa Big Jato, do diretor Cláudio Assis, baseado no livro de Xico Sá. Agora, ela se prepara para gravar a nova novela das 23h, Onde Nascem os Fortes, com previsão de estreia em abril. Acaba de gravar o longa Açúcar, de Renata Pinheiro e Sergio Oliveira, e anda percorrendo circuitos de Festivais com o filme. Além disso, se prepara para filmar com Adiley Queiroz, em 2018. E assim Maeve vai construindo sua teia de personagens fortes, que enfrentam dramas femini-

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nos da vida real, que geram debates importantes feministas. Não é coincidência, como ela mesma diz: “o ator é um ser político”. Maeve sabe que mensagem quer passar para o mundo com suas personagens e através da sua arte vai deixando o seu recado, tomando poder sobre si mesma e espalhando-o aos quatro ventos. “O que me inspira é a vida”. E que vida, Maeve. De onde veio a vontade de ser atriz? Li que tudo começou com uma experiência na escola. Sim, aos dez anos de idade numa aula de matemática! Sou péssima em matemática, mas veja só, ali descobri o prazer de contar histórias. O professor Vicente pediu que encenássemos contos do livro de Malba Tahan, o homem que calculava. Fui a narradora porque ninguém mais queria decorar tanto texto (risos). Adorei a experiência e passei a alimentar a paixão pelo palco. Mas minha família sempre incentivou a relação com as artes. Minha mãe era fotógrafa, meu pai um apaixonado por música, e ambos me levavam muito ao cinema desde pequena. Além disso, a proximidade da família com a literatura estimulou minha capacidade de ser atravessada por outras subjetividades, o que é fundamental pra um artista.

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Como foi tua estreia no cinema? Isso mudou tua relação com o teatro? Sair do teatro pro cinema foi assustador, porque no teatro eu me sentia mais apoiada pela criação de um coletivo de atores, sentia que tinha mais controle sobre a narrativa e sobre cada apresentação. Na minha experiência, o processo criativo do ator no cinema me parece ligeiramente mais solitário, além do que temos menos controle sobre o produto final. Estou há exatos nove anos fora dos palcos, louca pra voltar. Tive algumas chances de retorno nos últimos anos mas o audiovisual acabou sempre me capturando, e o teatro exige mais aterramento. Mas sinto que não mudou nada, apenas amadureci. O teatro segue como um grande amor que está ali, compreensivo, me esperando voltar. O Som ao Redor foi um divisor de águas na tua carreira? Fala um pouco sobre como foi atuar no filme Sem duvida O Som ao Redor é um marco, me projetou como atriz. Além disso, foi ali que percebi que poderia também atuar no cinema de forma propositiva e autoral. Tive sorte de encontrar Kleber pois, além de um grande diretor, é também um agregador, um pensador do cinema. No dia


que filmamos a cena da dona de casa fumando no quarto, intuí que seria uma cena antológica do cinema nacional. Tu vens interpretando personagens de mulheres lutadoras, empoderadas ou que suscitam debates feministas. Como é pra ti, dar vida e voz a essas mulheres? Essas personagens são também meu ponto de vista, reflexos de minhas escolhas como atriz. Tento ser bastante criteriosa quanto a isso, e algumas vezes preciso recusar muita coisa que me parece em desacordo com o que quero comunicar como artista. Vejo as escolhas do ator como a criação de um repertório de imagens que contribui com o imaginário coletivo do nosso tempo, e também das gerações futuras. Sugerindo perguntas, provocando debates. O ator é um ser político, tenha ele consciência ou não. Então ao dar vida a essas subjetividades, busco atravessá-las por questões pertinentes ao que significa ser mulher hoje. Então, como se dá a tua escolha de personagens? O que existe de Maeve em cada uma? Personagens são sempre convergências entre uma subjetividade fictícia atravessada pela minha própria experiência de estar viva. No caso do au-

diovisual, acho que filmes são testemunhos de um certo grau de descoberta acontecendo ali, diante da lente. Mas essas margens entre o que é meu e o que é do personagem são um mistério necessário. Não acho que devem ser iluminados publicamente, essa é a beleza desse ofício. Também li em uma entrevista que interpretar a cantora de brega no cinema mudou um pouco o teu ponto de vista sobre a sensualidade e vaidade feminina... Meus personagens me dão a chance de enxergar a vida sob sua perspectiva, e isso fatalmente me defronta com meus preconceitos. Essa personagem vive numa indústria baseada na exploração de sua sexualidade, o que a princípio me incomodou profundamente, sendo eu uma feminista. Acontece que essas mulheres também têm consciência dessa hipererotização que lhes é imposta, e aprendem a tirar proveito disso em benefício pr[oprio. Quando elas o fazem conscientes, ganham poder. É uma escolha, uma forma de sobrevivência. Tambem notei que minha formação burguesa colocava o intelecto como uma ferramenta superior ao erotismo, o que hoje discordo profundamente. Isso é preconceito de classe. Jaqueline Carvalho me ensinou a aceitar minha pró- »»»

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pria sensualidade sem julgamentos, sem que isso me reduza a nada. Podemos ser o que quisermos. E como tu encaras as cenas de nudez? Nenhum problema. Tudo que é da ordem do humano me parece fascinante representar. O que me incomoda é apenas quando percebo uma narrativa mais interessada no corpo do que na subjetividade do personagem. Se existe esse desequilíbrio, podemos acender o alerta. Por enquanto sabemos que a tendência do audiovisual é expor mais o corpo feminino em detrimento de nos escutar. Mas percebo cada vez mais (lentas) mudanças nesse sentido. Dizem que as atrizes têm “prazo de validade” e que conforme vão ficando mais velhas, fica mais difícil arrumar papéis. Como tu te vês dentro desse contexto? Existe machismo no meio artístico? Prazo de validade quem tem é comida. Infelizmente a indústria de entretenimento é obcecada por juventude e corpos femininos objetificados. Inclusive a forma como idosos são retratados é algo que me incomoda muito. Em poucos anos seremos uma população com maioria de idosos, e aí? Vamos finalmente complexificar as narrativas desses sujeitos? Entender, pra ficar apenas em um exemplo, que idosos têm erotismo? A função do ator é estar vivo em cena, é representar a vida na sua integridade. De forma que um ator pode trabalhar enquanto estiver vivo. www.revistalealmoreira.com.br

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Celso Eluan empresário celsoeluan@ig.com.br

SANTA ORAÇÃO BATMAN No auge do stress estudando para uma prova minha filha se queixa comigo: Pai pra que serve eu decorar o que é uma oração subordinada subjuntiva, adjetiva ou adverbial? Primeiro tive que pontuar que ela não deve decorar nada, o importante é entender o porquê dessa classificação, assim ficará muito mais fácil lembrar-se na hora da prova. Aí ela arrematou: Em que vou usar isso na minha vida? Fiquei sem resposta. Passados mais de quarenta anos que deixei os bancos da escola fiquei me perguntando onde apliquei esse conhecimento e não consegui me lembrar de uma única oportunidade. Tive que pegar um desvio. Não importa, se você está aprendendo isso, a prova é uma forma de testar seu conhecimento e capacidade de absorção do aprendizado, estude. Então me ajuda, pai. Silêncio absoluto. Sempre ajudei minhas filhas nas lições de casa e provas: matemática, ciências, geografia, história, tudo que ficou absorvido pela compreensão e uso cotidiano, mas sobre orações só me lembrava o que aprendi na igreja nos meus tempos de coroinha. Sem apoio paterno minha filha procurou o papai Google e estava tudo lá com vídeos bem explicados no Youtube, textos elucidativos, exercícios e todo aparato necessário para esse aprendizado

baseado em absorção de conhecimento. Ela veio me mostrar toda orgulhosa e até me explicar o que seria a tal oração subordinada. Fiquei a pensar que tem algo de podre no reino da educação. Se todo o conhecimento está disponível para acesso a qualquer instante, qual a função da escola e dos professores com horários, disciplinas e conteúdo rígidos? Esse modelo de educação industrial que se propagou nos últimos 200 anos parece não se adequar a esses novos tempos. Mas o problema não se resume à educação, as transformações são tantas e tão rápidas que fica difícil acompanhá-las. Vejamos casos como médicos e advogados. São tantas informações hoje disponíveis na internet que se tornam um convite irresistível para a automedicação ou autodefesa? Nem pensar em prescindir de médicos ou advogados, mas estes não podem mais se restringir a passar receitas de analgésicos ou antibióticos, bem como advogados devem ir além de fazer um recorta e cola nos processos. A IBM desenvolveu um software de inteligência artificial o Watson que não por acaso atua nessas duas frentes: medicina e direito. É uma plataforma que congrega todas as informações disponíveis na rede, avalia e compara e pode dar diagnóstico ou direcionamento de defesa com índice de eficiência superior aos melhores médicos ou advogados.

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Por enquanto está disponível apenas para os profissionais da área maximizando o desempenho e aumentando os índices de acerto de todos. Não é exagero imaginar que no futuro poderá estar acessível a todos num app mediante um pagamento menor que uma consulta. Ah, mas sempre precisaremos de um profissional que assuma a responsabilidade e avalie cada caso encaminhando sempre a melhor solução. Sem dúvidas, até o momento em que uma inteligência artificial tenha se provado mais eficiente e que não tenhamos mais receio algum do seu uso e tenhamos superado questões éticas e legais. O uso do carro autônomo parece ser uma questão de pouco, muito pouco tempo. Tem sido testado à exaustão por gigantes da tecnologia como Google e Tesla. Será um primeiro teste para discutir questões éticas e legais nessa área: em caso de acidente quem será o responsável legal? O dono do veículo, o fabricante? Quão acostumados precisaremos estar para nos sentirmos confortáveis num veículo sem condutor? O tempo nos dará as respostas, enquanto isso precisamos entender que a educação não pode mais ser tratada no mesmo modelo de 200 anos em que nem eletricidade havia. Se continuarmos querendo ensinar o que são orações subordinadas só nos resta rezar.


Foto CauĂŞ Diniz

capa

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Camila Gaia

Kit Gaion / Divulgação

O bom

designer à casa torna e se transforma

Marcelo Rosenbaum sabe bem o seu papel no mundo e a importância de se reconectar com os saberes ancestrais para evoluir

T

ransformar é sem dúvida a palavra que melhor define Marcelo Rosenbaum. Não por estar contida na essência e no nome do projeto que conduz a sua carreira atualmente, mas por ter sido determinante em toda a sua trajetória. Designer e arquiteto, Marcelo transforma o mundo ao mesmo tempo que transmuta a si mesmo, sempre inspirado por pessoas e o espaço. “A minha maneira de me comunicar com o mundo foi sempre através do espaço. Desde criança eu olhava e imaginava a casa das pessoas. Eu morava num bairro residencial que estava crescendo e eu ficava passeando por essas casas, por essas obras, imaginando como eram essas pessoas que viviam lá dentro. Ficava imaginando personagens, histórias a partir do espaço, então de alguma forma esses dois elementos sempre estiveram presentes na minha vida.” Nascido em São Paulo, Rosenbaum saiu da faculdade de arquitetura no penúltimo ano para viver um período de muito aprendizado ao lado do designer alemão Andreas Weber. “Era época do Plano Collor, eu comprei um livro dele e resolvi mandar uma carta pedindo um estágio. Eu pedi para o meu avô, que saiu da Alemanha na década de 40 e que tinha um alemão arcaico, traduzir essa carta que eu havia es-

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crito em português. Quando o Andreas abriu a carta, nos anos 90, ele achou uma coisa hilária. Como alguém ainda falava aquele alemão? Ele quis me conhecer e aceitou o meu estágio.” Foi um ano de imersão no qual o designer aprendeu profundamente sobre projeto, materiais, desenho técnico, o design industrial em si. Tanto aprendizado culminou no abandono da faculdade. “Quando eu fui pra Alemanha eu já estava com o escritório, já tinha peças. Era o início de uma nova geração de designers que estavam começando a fazer produtos na própria casa. Tava começando a borbulhar essa opção. Era o início dos irmãos Campana, Gerson e Luciana, uma galera que está até hoje no mercado.” Em busca de raízes Entre os primeiros trabalhos, o convite para fazer a cocuradoria e cenografia da primeira exposição do design brasileiro na Feira de Design de Milão, junto a Marili Brandão. Chamada de “O Brasil faz design”, a mostra apresentava um apanhado da produção nacional em design gráfico, de produto, de mobiliário, de vinhetas para televisão, entre outros. “Eu entrei em contato com todas essas pessoas do Brasil, que trabalhavam com esse olhar, com esse fazer. Foi muito forte.” »»»


No escritório de arquitetura Marcelo apresenta várias referências de seus trabalhos, tudo muito colorido

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Trabalhar com referência à cultura brasileira sempre fez parte do seu repertório. E nunca foi difícil perceber esses elementos nas peças e projetos assinados por Marcelo. “A minha brincadeira sempre foi fazer essa ponte, trazer coisas que muitas vezes são julgadas pela estética. Eu invertia e apresentava isso como uma nova possibilidade de abordagem, de olhar. Era uma maneira de levar luz para quem está lá esquecido, sendo, enfim, julgado por uma estética. Eu tentei usar essas estratégias de anular esse julgamento do que é feio, do que é bonito.” Junto ao resgate cultural, a funcionalidade e o propósito também guiam o seu trabalho. A inspiração maior é o contexto no qual um projeto ou objeto se insere, sem preciosismos. “Eu não me coloco como designer de um produto que tem que ter uma autoria minha. Não quero imprimir uma autoria minha. Eu penso o design como serviço. E hoje com mais clareza é um serviço para a humanidade. É usar o design como ferramenta, contextualizando para o que ela vai servir e em que meio ela se insere.” Para ele, especialmente hoje, o momento é de enaltecer o que nós brasileiros temos e assumir isso como beleza. “Além da gente não valorizar, a gente não sabe valorizar. O diferente não é exótico. O Brasil muitas vezes é reconhecido pelo exótico, o que é um equívoco, porque ele é só diferente. O exótico afasta, né? E a gente olhar para o diferente como beleza e como oportunidade, ele pode ser vendido como uma economia criativa, como oportunidade.” Agentes de transformação Partindo dessa premissa e das experiências acumuladas ao longo da carreira, inclusive do período em que esteve em frente às câmeras, Marcelo Rosenbaum tem se dedicado quase que 100% ao projeto de sua vida. Com o Instituto “A gente Transforma”, busca a valorização de comunidades tradicionais e o reconhecimento dos saberes que estão sendo desperdiçados. “A partir de uma inquietação minha, que é da minha personalidade, fui questionando: o que é que eu estou fazendo aqui nessa existência? E aí nasceu o “A gente Transforma” com essa vontade de colocar em movimento tudo o que eu tava aprendendo e evoluindo.” O manifesto ou movimento é um instrumento de abordagem e transformação social, que trabalha com três pilares: a ancestralidade como vocação, entendendo que todo mundo tem uma vocação, todo mundo é empreendedor; a beleza enquanto concepção de que o diferente é belo; e a sustentabilidade enquanto conceito de se sustentar a partir do que se tem, do que se sabe fazer. “A sustentabilidade traz liberdade, autonomia. Se você imaginar a sustentabilidade a partir da sua própria vocação, »»»

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Registro de viagens pelo Brasil no projeto A gente Transforma e das referências ao Nordeste estão espalhados pelo escritório do arquiteto

de se enxergar, de ser reconhecido pelo outro como beleza, a gente se conecta com um movimento muito potente, econômico e em lugares que têm muito pouca oportunidade.” Marcelo participa de uma verdadeira imersão em comunidades, no que nomeia de “Brasil profundo”, em busca de possibilidades e oportunidades. “Nossa ferramenta é o design, que é o que a gente sabe fazer. Mas o design enquanto processo, enquanto forma de se relacionar, como forma de enxergar o outro como uma parte de você. A gente incorpora e coloca algo no mercado para essas pessoas se reconhecerem através desse objeto e serem valorizadas. Isso gera economia para as pessoas.” Reconectado com a natureza Da imersão, que não tem período certo para começar ou terminar, Marcelo passa a entender um pouco mais sobre pessoas, lugares, tempo,

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saberes, ancestralidade. “É um grande aprendizado. Como eu não sou formado no “ensino formal”, eu me coloco como um estudante, sempre. Eu vou para esses lugares aprender, eu estou sempre aprendendo, e acabo encontrando grandes mestres. Você aprender com pessoas que vieram da escola da vida, que têm uma conexão absoluta com a própria natureza, pois geralmente nesses lugares remotos a pessoas têm muito saber daquilo que a gente perdeu, que é a própria natureza, o processo, o movimento, o tempo dessa natureza, o se conectar com os elementos da natureza.” Do envolvimento com o “A gente Transforma”, Rosenbaum ressalta que o momento é de retornar às origens, de refletir, se livrar de julgamentos impostos pelo mercado e por nós mesmos. “Muitas vezes quando a gente vai para uma comunidade, se você ficar pensando muito num contexto que é fora daquilo, você perde a oportunidade. Porque

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muita das vezes desenhar ou criar algo pode ser para a própria comunidade e não para o mercado externo. (...) O criar um objeto não é uma autoria e sim um entendimento de serviço.” Para Marcelo, a gente vive num momento de pouco diálogo, mas de uma tendência a um consumo consciente e de integração com a natureza. “Acabou o espaço de diálogo, de conversa. As coisas estão muito partidas, separadas. Tem pessoas que acreditam em tudo isso o que eu tô falando e tem gente que acha uma besteira, que quer consumir mesmo, ter coisas, criando pasto, derrubando as florestas, consumindo sem parar, mas isso é permitido. (...) O meu norte é a minha grande tendência atualmente. Não posso falar do mercado geral, pois é muito amplo. Existe uma grande tendência como comportamento é a gente se integrar com a própria natureza, fazendo parte do todo, de todos os movimentos com responsabilidade.”


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Luly Mendonça

divulgação

10Bruges coisas para fazer em

Uma cidade de conto de fadas, perdida no tempo, que se tornou um dos roteiros mais famosos da Bélgica e agora pode ser o seu próximo destino.

É

provável que você não tenha ouvido falar de Bruges. Pudera. Este pequeno recanto medieval da Bélgica, que já foi uma importante cidade portuária séculos atrás, ficou isolada e esquecida após um dos seus canais secar e fazê-la entrar em declínio mercantil. Sim, a pacata Bruges chegou a ser uma das principais economias da Europa, entre os séculos XII e XV. A cidade era repleta de comerciantes vindos dos quatro cantos do mundo. Até que o rio, que ligava a cidade ao mar, foi assoreado e os navios ficaram sem acesso. Mas os seus administradores trataram de reerguê-la, 400 anos depois, tornando-a um dos destinos mais procurados do país. Linda, como saída de um conto de fadas, foi tombada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 2000 e logo depois, em 2002 ganhou o título de Capital Europeia da Cultura. A capital da província de Flandres Ocidental, conhecida como “Veneza do norte”, tem cerca de

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120 mil habitantes, e é possível conhecê-la quase toda em um dia, e o melhor: a pé! Se a Bélgica estiver no seu roteiro, inclua a cidade-monumento entre os seus passeios, e você irá se surpreender. Aqui, reunimos o que você precisa saber sobre Bruges e 10 motivos para conhecê-la! 1. O charme medieval Algumas horas em Bruges e já é possível entender o clima do lugar: ela parece ter uma fenda no tempo, o que mantém intacto o seu charme medieval. As ruas de pedras, as edificações góticas e as casinhas coloridas. A praça central, iluminada por grandes candelabros, tem carruagens indo e vindo, ruelas estreitas feitas de pedras e canais bucólicos. Uma curiosidade: antigamente as famílias eram taxadas pelo número de janelas que as casas possuíam e, por isso, muitos as cerravam com tijolos. Até hoje, é possível encontrar casas com as suas janelas vedadas por eles. »»»


2. O chocolate! O cholocate belga é conhecido por ser o melhor do mundo! Há dezenas de lojas de chocolates, uma delas é a Spegelaere (Ezelstraat 92,) onde você pode experimentar as “pralines”. Há também o Museu do Chocolate, mas se você prefere fugir dos roteiros clichês turísticos, compre os seus em uma das lojas espalhadas pela cidade, sente-se à beira de um canal e aprecie-os, sem moderação! 3. A cerveja belga Bruges é bem servida nesse quesito. A famosa cervejaria local Haalve Maan (A Meia Lua, que fica na Walplein 26), produz a Brugse Zot. Na cervejaria você pode experimentá-la na pressão, antes de ela ser filtrada (pois esse processo é feito fora de Bruges), então o sabor que você sente na cervejaria é diferente do sabor final, quando você a consome em um bar. Há um tour guiado e você ainda terá uma bela vista da cidade do telhado da cervejaria. 4. O Grote markt O mercado central da cidade é lindo. E reúne muitos prédios de relevância histórica na praça central. Cada lado da praça é cheio de prédios em diferentes estilos, construídos ao longo de vários séculos. Há o Palácio Provincial e o antigo correio, com edificações neogóticas e do outro

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lado, as famosas casinhas coloridas. Sem contar os restaurantes e cafés. Ali, sem dúvida, é o coração de Bruges. 5. O Campanário A torre impressionante fica no Grote Markt e é um símbolo da cidade. Uma escada de 366 degraus o leva ao topo. É cansativo, mas a recompensa final vale o esforço. É possível admirar o carrilhão e os sinos de bem perto, além da vista panorâmica da cidade. 6. Jardins das Beguinas de Flandres( Begijnhof) As Beguinas eram mulheres que queriam viver uma vida retirada e dedicada a Deus, mas sem se ordenarem formalmente e por isso foram rejeitadas pela igreja católica. Assim, elas formaram comunidades, com casas protegidas por um muro e voltadas pra um jardim central, onde havia uma igreja. Ali só moravam mulheres e, inclusive, ninguém do sexo masculino podia visitar o local. Uma história interessante, além de bonito de se ver! 7. A Igreja de Nossa Senhora e a Virgem Maria com criança, de Michelângelo É um prédio sóbrio, porém a principal atração é a escultura da Virgem Maria com criança (Madonna with child), que dizem ser a única escultura de Michelângelo a deixar a Itália enquanto ele ainda

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era vivo. Comprada por um patrono rico da cidade, ela foi e voltou ao longo do tempo, por conta das guerras e invasões, até “assentar-se” de vez na igreja. A entrada é grátis. 8. Passeio pelos canais Ir a Bruges e não passear de barco pelos seus canais é inadmissível, segundo muitos turistas! Os guias são simpáticos e gentis, e contam a história da cidade durante o passeio, levando você até o famoso Lago do Amor. É tudo bem romântico e é possível ter uma outra ótica da cidade. 9. Tem praia, sim! Se você for a Bruges no verão, ainda pode conhecer algumas praias, como Knokke e a Zeebrugge. Knokke, por exemplo, é um local de veraneio e fica na fronteira com a Holanda. Surgiu com a construção dos diques de proteção do principal canal navegável, na época. 10. Burge Square e Basílica do Sangue Derramado Outra praça bonita, cheia de edifícios suntuosos, relíquias da era medieval. Lá está o prédio que abriga a prefeitura da cidade e a Basílica do Sangue Derramado (Basiliek van het Heilig Bloed), construída no século XII, onde se encontra um pedaço do Santo Sudário e um relicário que guarda, segundo os que acreditam, um pouco do sangue de Cristo.


Saiba mais • Muitos museus e bares fecham na segunda-feira. Programe-se! • As coisas encerram cedo! Os restaurantes servem almoço por volta de 12h às 14h e o jantar até 22h aproximadamente. • É possível comprar o Brugge City Card, que garante entrada em 27 museus, passeio de barco e o uso do miniônibus de turismo. • Entre maio e setembro, é proibida a venda de bebidas alcoólicas de 23h às 7h da manhã em lojas de conveniência! • Vale a penas assistir ao filme “Em Bruges, na mira do Chefe” (In Bruges), que usa a cidade como plano de fundo e mostra muitos dos seus pontos turísticos.

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especial

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Luly Mendonça

Que raio de

arquitetura é essa?

Produzidos com cacos de azulejos e embelezando a fachada de muitas casas em Belém, a arquitetura Raio que o Parta surgiu nos anos 1950 e teve como maior influência o modernismo

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uem passeia desatento pelas ruas de Belém talvez não as perceba. Mas ao caminhar pelos bairros do Guamá, São Brás, Pedreira, Jurunas, Cremação ou Reduto, os mais observadores certamente já notaram as casas que ainda carregam um tipo de arquitetura nada convencional na fachada: azulejos quebrados, formando mosaicos e com figuras geométricas em forma de raios. Bem, a cara de Belém. Pudera. Este estilo arquitetônico, nascido em 1950, é genuinamente paraense, tal como o nome com o qual foi batizado: “raio-que-o-parta”! Cybelle Salvador Miranda é Arquiteta e Urbanista, Doutora em Antropologia e coordena o Laboratório de Memória e Patrimônio Cultural (Lamemo). Parte de seu trabalho foi dedicada a pesquisas sobre o “raio que o parta” com o intuito de resgatar esta memória, publicando artigos e dissertações sobre o tema. Segundo ela, um arquiteto e professor carioca chamado Donato Mello Jr. foi quem as "batizou" com a expressão. Donato considerou as tais fachadas muito cafonas e escreveu, em 1966: "Muitos paraenses (não orientados) revestiram fachadas de forma agressiva com cacarias azulejadas e multicoloridas num estilo 'raio que os parta'”. Mosaicos feitos de cacos de azulejo, formando figuras geométricas coloridas, raios e outros objetos, verdadeiros painéis com sobras de materiais. Como chamar este “improviso” de arquitetura? O raio-que-o-parta, como muitas

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manifestações arquitetônicas “não-oficiais”, ou seja, não-eruditas, é produto direto da cultura e da vivência popular e local, fenômeno típico de metrópoles de terceiro mundo. “Durante muito tempo, os arquitetos desconsideravam valor nessa forma de arquitetura. Era algo feio, desqualificado. Mas houve um resgate do valor cultural e arquitetônico, graças às nossas pesquisas e estudos. Publicamos um artigo em 2008, em um Congresso e em uma revista, que serviu de base pras coleções do Ná Figueredo e da Lídia Abrahim, designer de joias”, diz Cybelle. A ORIGEM Na década de 50, a presença do azulejo era bastante comum em algumas edificações, apesar de caro. Só as famílias abastadas decoravam suas fachadas com eles. Segundo historiadores, o estilo raio-que-o-parta pode ter nascido da criatividade paraense, um jeito de reformar a casa, utilizar os azulejos porém usando restos de obras e cacos como “apliques”. Nessa década, a cidade passava por uma grande influência do movimento modernista. Os traços exagerados e regionalistas de Tarsila do Amaral, a arte vibrante de Di Cavalcane, por exemplo, influenciavam também a arquitetura, como as construções de Niemeyer, Affonso Reidy e o paisagismo de Burle Marx. “Com a criação do curso de arquitetura da Universidade Federal do Pará, em 1964, a »»»

Lucas Pereira


produção arquitetônica buscava insipiração nas formas construtivas importadas dos Estados Unidos e Europa. Os primeiros arquitetos formados no Pará eram engenheiros civis que ocupavam funções públicas de destaque. Na época, Belém 'recebia' todas essas novidades da arquitetura modernista, vindas do sudeste do Brasil, que aqui eram adaptadas para a realidade local”, explica a arquiteta Cybelle Miranda. O uso das cores vibrantes, as figuras de cacos de azulejo em forma de raios, assim como imagens de animais e plantas regionais, e até formando palavras demonstram certa influência dos elementos estéticos do modernismo. Os cacos de azulejos não se restringiam apenas às fachadas, muitos apareciam também em portas e janelas, em paredes laterais, muretas, etc. O estilo raio-que-o-parta não era restrito às platibandas das fachadas. Em alguns casos, eles apareciam em molduras de portas e janelas, em paredes laterais da residência, em muretas e em contornos de jardineiras. Segundo Cybelle: “embora haja casas populares

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com características similares em outras cidades brasileiras, os painéis com desenhos geométricos e por vezes com figuras de animais, barcos, etc., representam uma expressão autêntica da cultura paraense. Apesar de estarem sem cuidado, há muitos exemplares não só em Belém, mas Soure, Santarém, Abaetetuba...” Hoje, tais casas podem ser consideradas verdadeiros patrimônios da memória. Algumas construções estão abandonadas ao tempo, enquanto sua importância histórica vai aos poucos caindo no esquecimento. A secretária Ana Stela mora em uma dessas relíquias, na travessa Almirante Wandenkolk, sem nem se dar conta da simbologia que carrega sua própria casa. “A minha casa tem mais de 50 anos. Só eu moro aqui há 48. Foi meu avô quem a mandou construir e tudo o que eu sei é que esse raio na fachada é um símbolo maçônico, um esquadro. Ele era maçom e o colocou por isso.”, revela. Mesmo sem saber muito sobre o movimento “raio-que-oparta”, Ana diz que já se deparou com foto da própria

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casa em matérias de jornal e que ela, o pai e o irmão não têm pretensões de mudar a fachada. “A casa é uma herança”. A ARQUITETURA REVISITADA Mas enquanto este estilo se vê fadado ao esquecimento por alguns, outros fazem questão de valorizar a cultura do design genuinamente paraense. Foi inspirada nessa arquitetura tão controversa, que a Ná Figueredo lançou, em 2011, a “Coleção Raioque-o-parta”. Foram camisetas, bermudas, saias e vestidos estampados pelos ícones geométricos, os mosaicos, os raios, azulejos e todas as referências da estética kitsch, própria dessa arquitetura. “As nossas coleções são sempre inspiradas em temas da região amazônica. E no caso do raio-queo-parta, vimos nas linhas retas e transversais e na profusão de formas e cores um excelente motivo para uma coleção de roupas, ao mesmo tempo em que chamávamos atenção para uma característica arquitetônica bem paraense”, relembra Ná Figueredo. Ná não gosta de usar a palavra “resgate” de forma


equivocada, mas pra ele a moda tem um papel importante, assim como outras artes, de chamar atenção para certos temas. “Às vezes, é tudo uma questão de tomar consciência, de ter atitudes para algo que está presente no nosso cotidiano, de dar a importância necessária a isso.”, diz. Um dos estilistas que participaram da criação desta coleção, Petrvs Figueira se jogou novamente no tema raio-que-o-parta, em 2016, ao participar da primeira Cow Parade em homenagem aos 400 anos de Belém. A escultura de vaca de 2,30cmx2m foi também sua primeira tela. Petrvs reproduziu os raios das platibandas e teve o cuidado de aplicar uma cartela de cores que lembrava o “desbotamento” dos azulejos pelo sol e pela chuva. “Sinto uma atração especial pelas cores desse estilo arquitetônico. Como vivemos em uma região com muita chuva e muito sol, o esmalte das cerâmicas usadas no mosaico das casas sofreu desbotamento: o tempo criou uma cartela de cor ressignificada.”, explica. Sobre a ideia de homenagear esta arquitetura

esquecida, ele explica: “Na rua em que moro, no bairro da Sacramenta, havia casas raio-que-o-parta que foram demolidas como muitas outras na cidade. Na faculdade de Moda descobri a história por trás dos azulejos quebrados. Pra criar a coleção sobre o tema para Ná Figueredo, me aprofundei nas pesquisas. Quando idealizei a obra não tive dúvidas de que seria uma ótima oportunidade de convidar o espectador a refletir sobre o descaso com o patrimônio histórico. Não podia perder a chance de fazer um manifesto.” Não à toa, Petrvus escolheu um modelo de escultura com a vaca de cabeça baixa. “Quis representála chorando, deteriorada e com o mosaico sendo apagado. Fico muito grato por tanta gente difundir a alegria pulsante na cultura paraense, mas eu escolho denunciar aquilo que está vulnerável”, diz. E se você que está aí e já tinha reparado nas tais fachadas com desenhos feitos de azulejos quebrados ou mora em uma delas e não fazia a menor ideia do significado por trás desses cacos, agora já sabe. O raio-que-o-parta é a memória da criatividade popular paraense, uma herança de valor histórico que cabe a nós não deixar que seja apagada pelo tempo.


décor

A integração é o ponto forte deste projeto onde as quatro áreas comuns – sala de tv, jantar, living e área gourmet – garantem momentos de maior interação na hora de receber, um dos hobbies da família www.revistalealmoreira.com.br

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Trisha Guimarães

Dudu Maroja

Partes de

um todo

O apartamento de 290m² no Umarizal recebeu pequenas intervenções que fizeram toda a diferença no imóvel, garantindo amplitude e integração dos espaços.

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imóvel já era espaçoso e bem dividido com área de circulação apresentando quatro ambientes: estar, jantar, sala de tv e varanda gourmet. O maior desejo dos proprietários era que houvesse uma integração ainda maior dessas áreas comuns. Pedido foi feito ao arquiteto Alan Freitas que, percebendo a necessidade da família em valorizar os momentos de convívio, propôs pequenas intervenções no apartamento. Assim, o espaçoso living foi integrado à varanda gourmet para criar uma atmosfera mais clássica e aconchegante. “Com os ambientes da área social totalmente integrados, a escolha dos revestimentos, do mobiliário, dos materiais aplicados foi importante para criar um ambiente equilibrado e harmônico”, disse o arquiteto. Um dos cuidados tomados na reforma foi com o nivelamento do piso para incorporar a varanda ao living. Mas a grande aposta deste ambiente foi mesmo retirar a porta de vidro existente e utilizar uma porta laqueada com quatro metros de

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largura, com fixação pelo teto, evitando arranhar o piso e valorizando a integração. Ainda na varanda gourmet, as cortinas em tons de bege permaneceram em toda a área envidraçada, caso os moradores optem por abri-las, os tecidos se tornam a moldura de uma tela, já que o imóvel tem vista para a baía do Guajará. Ainda nesta área, o preto do sofá harmoniza com o pendente da mesma cor que parece um móbile. A mesa redonda ocupa não só menos espaço, mas remete ao intimismo, já que os moradores gostam de reunir os amigos para celebrar, e o móvel traz esse aconchego. Há ainda uma bancada em ônix da piatra com iluminação especial. O arquiteto também ousou na questão das cenas, nos ambientes separados. É o que ocorre no living, quando os móveis retos e quase das mesmas cores contrastam com a tela amarela do artista plástico Paulo Azevedo. “Quando se entra no espaço você vê logo essa tela amarela. O amarelo no ambiente social ele te estimula a conversar, »»»


Na varanda gourmet, o arquiteto optou por móveis em tons mais escuros com a predominância do preto. A mesa redonda foi proposital para dar a sensação de aconchego

Na sala de jantar o espelho em formato de origami e a luminária art décor dão o estilo clássico ao ambiente. Tecidos crus e a base da mesa em cipó resgatam a rusticidade

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A sala de tv tem painel luminoso garantindo sofisticação ao ambiente. Tons terrosos do tapete contrastam com os bancos em vermelho.


Na cozinha o estilo escandinavo predomina com mesa de mármore e pendente cobre

A tela em tons amarelos de Paulo Azevedo é o ponto de luz no living

torna o ambiente mais festivo”, disse Alan. Criar uma unidade no apartamento, mas também manter os cenários individuais de cada um dos ambientes. É o que ocorre na sala de jantar onde é possível avistar toda a sala de tv e ainda observar o que ocorre na cozinha, onde o arquiteto optou pela porta de vidro. No jantar a mesa de vidro contrasta com a base de cipó e o lustre art décor. O espelho bizotado foi outra aposta do arquiteto com uma ideia de origami, onde o visitante possa se ver de vários ângulos, saindo da linha do espelho convencional. As poltronas de linhão trazem o conforto que o ambiente precisa. Branco, o preto, o cinza e bege são as cores predominantes nos ambientes. Na cozinha o estilo escandinavo predomina com cores frias, quebradas apenas pelos quadros nas paredes e o pendente bronze. No lavabo, a proposta é de um jardim, com muitas plantas. Já na suíte do casal, os tons neutros permanecem e a transparência do vidro apresenta a área de banho. Um projeto repleto de sutilezas e que, apesar da ideia do todo, é possível perceber as individualidades dos ambientes. No lavabo, além do espelho em estilo clássico, as plantas trazem aconchego ao ambiente

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Na suíte do casal os tons terrosos e o minimalismo são características do ambiente. A rede traz o aconchego necessário, assim como a iluminação em tons de azul

Alan Freitas Arquiteto e Urbanista formado pela Universidade Federal do Pará com mais de 20 anos de atuação no mercado paraense. Com três especializações – em design de interiores, design de móveis, em produtos – o arquiteto realiza não só projetos residenciais mas também comerciais como foi no restaurante Xícara da Silva e no Salão Cassius Martins. Participou de várias edições da CASACOR Pará. O destaque da área de banho são os vidros que garantem integração entre os dois ambientes

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Ricardo Gluck Paul Micro Cervejeiro e Doemens Sommelier de Cerveja

PEQUENA SEREIA Estavam ali os dois, apaixonados, em frente a um dos principais cartões-postais de Copenhague: a estátua da Pequena Sereia. Era fim da tarde e o dia havia sido incrível, com direito ao porto de Nihav, compras na charmosa Stroget e uma tarde de diversões no Tivoli Parque. A selfie ficou perfeita, registrou com precisão a emoção do momento. “Ele era um gênio”, suspirou romanticamente Sofia. “Ô, se era ...”, respondeu João, com um risinho cínico no rosto. Sofia, obviamente, se referia ao dinamarquês Hans Christian Andersen, autor do conto imortal “A Pequena Sereia”. João, por sua vez, pensava em outro dinamarquês... João sabia das coisas. Aquela estátua era muito mais que uma simples homenagem a um dos maiores autores de contos de fada de todos os tempos. Aquela obra de arte, flutuando ao ar livre sobre as águas geladas da Dinamarca, no fundo, revelava a história de alguém ainda mais importante para a humanidade. Contemplar a estátua da Pequena Sereia e não pensar em Carl Jacobsen era quase uma heresia. Uma ingratidão. Carl era um amante das artes. Certa vez assistindo ao espetáculo Pequena Sereia, se encantou pela bailarina principal. Ficou tão enfeitiçado que decidiu, de súbito, encomendar uma escultura aos moldes

de seu corpo para presentear a cidade, imortalizando sua beleza. A moça, porém, recuou. Não quis posar para o artista contratado. Carl não hesitou. Pediu que sua própria mulher servisse de modelo, utilizando, no entanto, o rosto da bailarina. Assim nasceu uma das estátuas mais românticas do mundo, que em 2003 fez 100 anos de idade. Ah, por um acaso, Carl Jacobsen é o próprio da icônica cervejaria Carlsberg, que produz “provavelmente uma das melhores cervejas do mundo” – como dizia um de seus slogans mais famosos. Junto com seu pai, J.C. Jacobsen, legou ao mundo uma série de realizações maravilhosas. Foi o laboratório da Carlsberg, por exemplo, que descobriu o que sabemos hoje a respeito das leveduras e suas características, fator fundamental no processo cervejeiro – e fez questão de compartilhar a descoberta com todas as cervejarias da época. Criaram uma fundação de apoio à pesquisa, dotando-a com 51% da cervejaria e determinando que seus membros fossem

eleitos pela Real Academia Dinamarquesa de Ciências. De quebra, criaram uma das melhores galerias de arte do mundo, existente até os dias de hoje no centro de Copenhague. A Carlsberg gerencia atualmente mais de 500 marcas mundo afora, formando um conglomerado detentor do quarto maior faturamento do setor. Sua fábrica original é um dos principais pontos turísticos da Dinamarca e recebe milhares de visitantes todos os anos. A tarde ainda caía enquanto os dois continuavam ali, contemplando aquela obra de arte a céu aberto. Sofia suspirou mais uma vez – “ah, como eu amo a Pequena Sereia”. João tomou mais um gole de sua Carlsberg e pensou – “obrigado, Jacob. Você é foda”. E seguiram assim, apaixonados. Mais um dia perfeito em uma das cidades mais belas do mundo.

Dica do sommelier Carlsberg, da cervejaria dinamarquesa Carlsberg. Cor dourada profunda, absolutamente translúcida. O aroma remete a cereais e pão em primeiro plano, tendo como fundo um leve herbal de lúpulo. O sabor acompanha o aroma, com corpo seco, leve e boa carbonatação. Bastante suave e altamente refrescante. Estilo: Premium American Larger. ABV 4,6%. R$ 22 / 500 ml. Origem: Dinamarca.

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Sol e Chuva, da cervejaria gaúcha Tupiniquim. De coloração amarelo-pálido, levemente turva. O aroma predominante é cítrico, remetendo a frutas como manga, pêssego e limão, com alguma sugestão de hortelã. O sabor, seco, é predominantemente amargo – mas um amargor elegante e virtuosamente frutado que permanece longamente no retrogosto. Excelente. Estilo: American IPA. ABV 7%. R$ 24 / 500 ml. Origem: Brasil.


galeria


Carolina Menezes

Sensibilizar, principalmente. Simões celebra quatro décadas de artes plásticas recriando, em sua exposição mais recente, memórias afetivas humanas ausentes de pessoas e afirmando ser militante da verdade que só a arte pode conter.

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le é um dos poucos artistas plásticos que não deixou o Pará, por mais do que alguns meses, por conta do trabalho, mas afirma que não levanta uma bandeira amazônida. Ao mesmo tempo, José Augusto Toscano Simões, ou só Simões, admite a influência inerente das origens em variados traços de suas criações – pinturas e desenhos de cores fortes e que (se) chocam, remetentes ao calor, ao acolhimento proveniente dessa terra. E um crédulo fervoroso da arte, em suas mais variadas manifestações, onipresente, indissociável da vida humana. Tão crente que se dedicou a fazê-la de uma forma até inusitada por nove anos, quando deu a Belém um dos pontos mais saudosos da boemia contemporânea: o Café Imaginário, lugar de muita conversa e música tão boa quanto as inigualáveis criações gastronômicas – quem esquece a pizza de jambu? Comemorando 40 anos de carreira, ele realiza sua primeira mostra individual em uma galeria particular, a Elf Galeria, Beleza Interior, entre os meses de dezembro e janeiro. Um trabalho de foro tão íntimo, de obras inéditas, capaz de despertar

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tantos sentimentos ao (re)criar ambientes e espaços vazios de gente, todos advindos de sua própria memória afetiva, porém sem fidelidade exata com a realidade. Como se fosse uma grande colcha de retalhos: algo absolutamente novo criado a partir de fragmentos de alguma coisa que já existiu. “O nome advém do que está nos quadros: o interior de um cinema, que remete ao Olympia; o interior de uma casa, que traz consigo uma tônica ribeirinha; de uma sala de jantar onde em cima da mesa estão óculos de lentes grossas, que me remetem ao par que um tio meu usava”, lista. “Deixei de lado a figura humana, diferente da minha última individual, de 2014, no Museu Histórico do Estado do Pará (Mhep), mas não o humano, já que eu foco em uma narrativa poética, só usando objetos dos homens, os ambientes em que se vive e frequenta”, analisa o artista. Simões explica que, mais do que um momento de inspiração que lhe rendeu um ano de trabalho, essa exposição nasce de uma necessidade. “Queria criar uma poética pessoal minha, da memória, do afeto, da lembrança. É algo bem pessoal e in- »»»

Dudu Maroja


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timista, mas provoca reações diversas em outras pessoas, sem bandeira, sem intenção para definir ou defender”, convida o artista. Para ele, o grande barato da arte é promover a sensibilização, estabelecer a relação entre poética e poesia. “Não que eu não considere o que é aguerrido e provoca tensões, mas para mim, é uma questão de alargar a sensibilidade das pessoas para enxergar o mundo”, justifica. Premiado várias vezes em festivais locais, como o Arte Pará, Simões lembra que até passou alguns meses fora de Belém, ainda na década de 80, se afastou dos rabiscos e pincéis por quase uma década por causa do Imaginário, mas que nunca se afastou da arte de fato, algo que ele considera impossível. “Nem que eu não fosse artista. Se a arte é a representação de algo, ela está em tudo. No filme, na música, na novela até. Um processo de entrega a algum tipo de fantasia”, reconhece. Simões comemora a possibilidade de mostrar

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algo tão pessoal em um espaço igualmente tão cheio de história e memórias, como a Elf. “A galeria completou 36 anos de funcionamento no dia seguinte à abertura da minha mostra. Acho que isso é muito no Brasil, que dirá em Belém. E é um lugar que sempre funcionou com essa função artística”, credita. Ao mesmo tempo em que reconhece as dificuldades da (sobre)vivência pela arte, não só no Brasil, mas em qualquer lugar do mundo, admite que a condição de ser nortista, ao mesmo tempo em que impõe um fim da fila para quem quer tentar mostrar o trabalho em outras regiões, cria uma condição que nenhum outro canto do país proporciona. “Me considero um faroleiro, as coisas vão se apresentando e vou respondendo ao que aparece. A gente não mora em uma região qualquer, moramos na Amazônia, e isso por si só já é algo, proporciona uma singularidade”, avalia. “Viver aqui »»»


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ou ter ficado aqui não é um ostracismo. Não levanto bandeira, mas essa origem está presente de alguma forma em tudo o que faço”, sugere. Com muito bom humor, brinca sobre já ter ouvido comentários ou críticas de que os resultados de sua inspiração lhe desenham como um pequeno burguês, acomodado, sem uma causa para defender. Aos incrédulos, um recado: se houver arte, nada mais importa. “O que legitima a arte não é uma causa. E sim a verdade e a intensidade contida nela”, dispara Simões. O artista lamenta o grande poço sem fundo do engodo da modernidade no qual vê atoladas as artes plásticas. “Você não vê ninguém dizer que não entendeu uma música, mas vê isso com as artes plásticas. As pessoas não são burras; o problema é que virou algo que fica na vanguarda da confusão das coisas”, sintetiza. Ele também se preocupa com a intromissão do padrão conservador em meio a esse tipo de manifestação. “Confiava que caminhávamos para uma sociedade inclusiva, hoje não sei muito bem pra onde vamos. Mas desejo um futuro de mais abertura e igualdade. Com muita arte”, finaliza.

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especial decorados

Neste projeto as arquitetas exploraram tons de cinza e preto tornando o ambiente mais sofisticado e aconchegante revistalealmoreira.com.br

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Trisha Guimarães

Dudu Maroja

Torres Dumont,

inspiração

para

morar

Com o objetivo de apresentar lifestyle Leal Moreira, mostramos aos clientes dois modelos de apartamentos decorados no empreendimento Torres Dumont.

E

ntre os meses de novembro e dezembro, os clientes do Torres Dumont, localizado na Av. Dr. Freitas e que já está próximo da entrega, foram convidados para conhecer as duas plantas dos apartamentos com 64m² e 86m². Para o projeto foram convidadas as arquitetas Ana Cecília Lima e Patrícia Matos que toparam o desafio de apresentar layouts distintos. “Os projetos são bastante diferentes um do outro e isso nos instigou. Enquanto que no primeiro fizemos um apartamento clássico com tons claros e predominância do branco, no outro optamos por algo mais moderno trazendo o preto, cinza e cobre”, disse Ana Cecília Lima. O primeiro projeto é de um apartamento de 86m² e três quartos. Nele, as arquitetas optaram pelo estilo clássico, com cores neutras, espelho para dar amplitude ao imóvel e móveis planejados garantindo a funcionalidade dos cômodos. Na cozinha o azul é o ponto de luz do ambiente dando um design moder-

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no. Os tons neutros acompanham outros ambientes como no quarto do bebê onde as arquitetas priorizaram a área de circulação, optaram por um papel de parede em tons claros, com formas geométricas. No quarto do casal, o charme é a cabeceira da cama. Ali também foi utilizado papel de parede em forma de arabesco e houve a preocupação com os detalhes da iluminação. “O terceiro quarto é mais colorido, alegre, mas sem perder a delicadeza, a prova disso é o revestimento 3D que colocamos na parede e a cabeceira de cama com tons fortes”, acrescenta Ana Cecília. No segundo projeto, de 64m², a modernidade chega com os tons de cinza e preto utilizados no projeto, a iluminação mais sóbria e o papel de parede de cimento queimado dando um ar quase industrial ao ambiente. “Neste decorado também optamos por formas geométricas como o papel de parede e alguns objetos em cobre, para garantir a sofisticação do ambiente”, enfatiza. »»»


Tons neutros característica deste projeto em estilo clássico. O espelho no jantar garante amplitude ao ambiente

Móveis sob medida como a mesa da área gourmet garantem melhor utilização dos espaços revistalealmoreira.com.br

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Patrícia Matos e Ana Cecília


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gourmet

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Camila Gaia

Quando se

reencontrar é preciso Roberta Sudbrack é ousadia pura. A premiada chef de cozinha vive um novo momento, longe da alta gastronomia e mais perto de nós.

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os ousados menus degustação aos lanches de rua que marcaram o início da sua história na cozinha. A gaúcha Roberta Sudbrack nunca para de surpreender. Foi assim quando assumiu a cozinha do Palácio da Alvorada, em 1997; quando abriu seu restaurante reconhecido com uma estrela Michelin, em 2005; e mais recentemente, em 2017, quando jogou tudo para o alto para voltar a vender cachorro quente em um food truck. Usando como analogia o ciclo de desenvolvimento de uma lagosta, que troca de casca à medida em que vai crescendo e se sentindo incomodada, Sudbrack começou 2017 anunciando o fechamento do renomado restaurante que levava o seu nome, o qual comandou por 12 anos. “Eu tava muito incomodada. Tava incomodada comigo, tava incomodada com a falta de desafio e eu resolvi que eu tinha que começar de novo”. A ideia central era se reconectar com a culinária. Aquele cenário já não fazia mais sentido. “Foram 12 anos de Roberta Sudbrack (RS) em que eu realizei tudo o que eu queria. De dois anos para cá eu comecei a me sentir incomo-

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dada, as coisas estavam ficando fáceis demais. Não é que a gente não estivesse fazendo o que a gente acreditava, não é que a gente não estivesse fazendo com o mesmo rigor ou o mesmo amor, mas tava fácil”. A decisão surpreendeu a todos, inclusive os próprios funcionários. Afinal, o fechamento nada teve a ver com uma crise financeira ou criativa, mas sim com o encerramento de um ciclo pessoal. “O RS foi um restaurante que marcou, foi um ícone, e isso me orgulha profundamente. Foi um restaurante que teve coragem de servir quiabo em pé, patinha de camarão, pão queimado, mandiopã. A gente tentou fazer ele se conectar profundamente com o Brasil. E isso foi lindo”. Aprender e reaprender Com o RS, Sudbrack colecionou prêmios internacionais, integrou a lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina, conquistou a sua estrela Michelin, viajou o mundo inteiro. “Depois de alguns anos, eu descobri que eu tinha que reaprender. Eu tinha que apagar por um momento e reaprender, sem cuspir no prato que eu comi. Eu deixei muito claro que a ideia era me »»»

Divulgação


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Foto Leo Aversa

Foto Leo Aversa

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reconectar comigo mesma. Eu brinquei dizendo que eu queria deixar de ser chef de cozinha e ser cozinheira de fogo e de fogão”. Foi assim que voltou a vender cachorro quente, como fazia no início de tudo, em Brasília. Naquela época, Roberta não sabia nada de cozinha e tinha o sonho de estudar veterinária. Foi vendendo os “dogões” preparados pela sua avó que levantou o dinheiro necessário para uma temporada nos Estados Unidos. Morando no exterior, entendeu que a sua verdadeira vocação era a cozinha. Voltou ao Brasil e passou pelo menos dois anos testando receitas e aprendendo no fazer. A atitude talvez tenha sido decisiva na originalidade de sua cozinha. “A minha formação é autodidata e eu aprendi com o erro. O erro é importante na minha cozinha. Eu nunca deixei escapar uma coisa que deu errada. Deu errado? Vamos pensar. A coisa mais importante na gastronomia é pensar. Sempre foi e sempre será”. Na tentativa e erro, Sudbrack começou a fazer pequenos jantares na capital federal, o que a levou em 1997 à cozinha do Palácio da Alvorada a convite do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Foram anos de muito aprendizado e originalidade. E aprender é a constante na vida da chef. Com amor e com afeto Do Alvorada para o seu próprio palácio, Roberta Sudbrack sabe que o segredo da melhor comida era o amor contido no modo de fazer: “Eu sempre falei que a cozinha brasileira é afeto. Se você não traz esse afeto para dentro do prato, por mais mo-

derno que seja, pra mim não é cozinha brasileira. Ela tem memória, ela tem rapa do tacho, ela tem esse modo de fazer, ela tem queijo clandestino, ela tem essas pessoas, elas vêm dentro da panela e a gente coloca elas dentro do prato”. E foi justamente essa conexão que Roberta diz ter perdido ao longo dos anos em que comandou o seu restaurante. “Quando eu voltei a vender comida de rua e eu passei a entregar o cachorro quente na mão das pessoas. Eu voltei a olhar para os outros, para o meu público eu falei: gente, é isso aí”. Para Roberta, o momento é de exercer a liberdade. O “desconforto” trouxe um crescimento para ela e aos que a rodeiam. “A gente está vivendo uma coisa que eu acredito que todo mundo procura, seja lá qual for o modelo em que se encaixa, que é a liberdade. Antigamente a gente podia dizer que um prato era isso com aquilo, mas não podia faltar um matinho. Se faltasse, já não podia mais fazer. Hoje em dia a gente sabe que a gente pode, porque a gente aprendeu que somos livres e que podemos fazer o que a gente quiser.” Clandestina com orgulho Neste novo período de liberdade também houve uma reconexão com a sua cadeia de fornecedores, em especial pequenos agricultores, com os quais sempre trabalhou e pelos quais luta dia após dia. “Essas pessoas sempre fizeram parte da minha cozinha, sempre estiveram nos meus pratos e eu tinha me afastado de todos”. Foi ao lado deles que Sudbrack viveu o que talvez tenha sido o dia mais triste de sua carreira. Con-

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vidada para integrar a Gourmet Square do Rock in Rio, a chefe viu a sua participação em um dos maiores festivais de música do mundo se transformar em um pesadelo. Para o evento, Roberta encomendou toneladas de queijos e linguiças artesanais, que foram apreendidos horas antes do início do trabalho. Pela falta de um selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), toneladas de alimentos foram descartadas no lixo. “A gente passou para a organização o DNA inteiro dessas pessoas, dessas comidas, todos os selos que eles tinham, antes de ligar para eles e pedir que eles parassem a produção inteira deles para nos atenderem. (...) foi a coisa mais difícil da minha vida, porque ver comida boa sendo jogada fora para um cozinheiro e para um ser humano é muito complicado.” O lamentável episódio serviu para que Roberta unisse forças em defesa dos pequenos produtores. Hoje, se autointitulando “clandestina”, encabeça um movimento que luta por uma legislação que incentive a produção agroartesanal e sua livre circulação em todo o território nacional. A ideia é valorizar o trabalho de milhares de pequenos produtores espalhados por todos os cantos do país. “As pessoas falam: Roberta, para! Eu não posso parar agora. Eu cheguei até aqui, a gente chegou até aqui com coragem. Há anos colocamos comida na mala e levamos pra lá e pra cá. Somos clandestinos. Há anos lutamos pelos produtores brasileiros. O que aconteceu foi uma bomba que caiu na nossa cabeça. Mas tem um sentido. A gente decidiu que não vai desistir”.


receita

Hot Dog à Francesa

INGREDIENTES

01 porção

• • • • •

1 baguete de tamanho médio 1 salsicha (tipo húngara) levemente picante 60g de queijo gruyère Azeite extravirgem Mostarda de Dijon em grão

PREPARO

1. Corte uma fina fatia de um lado da baguete, como se fosse uma tampa, e retire um pouco do miolo. A baguete ficará com o formato de uma barquete. Faça uns riscos com uma faca na salsicha e a aqueça em forno alto por cerca de cinco minutos. 2. Aqueça também o pão com um fio de azeite em seu interior. Disponha a salsicha dentro do pão e cubra com o queijo gruyère ralado. 3. Leve para gratinar e sirva imediatamente acompanhado de mostarda e uma salada de folhas variadas temperada com vinagrete e lascas de queijo parmiggiano.

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Ângela Sicilia Chef de cozinha

EXPERIMENTE SENTIR Adoro quando as luzes de Natal começam a invadir a paisagem da cidade. Gosto tanto, que inicio as apresentações com o Papai Noel já no comecinho de novembro. Adoro a euforia que paira no ar e fico completamente encantada com a magia espelhada nos olhos das pessoas – das crianças, especialmente! Gosto tanto do Natal que tento preservar alguns sabores típicos deste período apenas para quando eles são imprescindíveis: rabanadas e panetones são os dois de que mais gosto e quero dedicar às rabanadas a coluna desta edição da Revista Leal Moreira. A origem da rabanada remonta às nossas origens portuguesas – é o que ouvimos sempre. Eram chamadas de “fatias de mulher parida” porque ajudavam a produzir leite materno! A verdade é que as fatias paridas (como elas ficaram mais conhecidas) originalmente eram mergulhadas em uma farta mistura de leite cru (fresco) enriquecido com um cálice de vinho do Porto – após as quais eram passadas em ovos levemente batidos e fritas em banha de porco. O álcool é um vasodilatador e naturalmente que se fosse consumido com moderação, contribuiria enormemente na produção do leite materno. Assim, sua fama ganhou o mundo! Apesar de atribuírem a receita aos portugueses, há uma outra teoria (nesta eu acredito bem

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mais, confesso), que vem dos hábitos cristãos de não desperdiçar o pão – considerado um alimento sagrado. Na Idade Média, depois de uma crise que assolou a Europa, o pão duro e guardado para não ser jogado fora, era umedecido com água e assado ou frito. Os franceses aprimoraram a receita: acrescentaram leite fresco ou creme de leite com baunilha, ovos, MUITA manteiga e nascia o pain perdu. Os ingleses, em rivalidade, rebatizaram e chamaram de “Eggy bread”. Os americanos, por sua vez, popularizaram as “French Toasts”. No Brasil, as fatias desembarcaram junto com a família real portuguesa, que chegou por aqui fugindo de Napoleão Bonaparte (por ironia do destino). Na bagagem, além da saudade da terrinha, insumos para tornar a adaptação um pouco mais palatável. E as fatias de paridas se popularizaram como rabanadas e passaram a ser imprescindíveis aos festejos de fim de ano. Você, leitor, muito certamente tem A receita perfeita de rabanadas – e muito provavelmente só a sua avó sabe fazer “como ninguém”. Não importa o modus operandi (tem gente que passa as fatias nos ovos, depois de umedecê-las com leite. Há os que misturam os ovos no leite): não abra mão de ingredientes de qualidade: uma boa manteiga para fritar, de MUITO açúcar e canela em pó. Não é uma receita magra, portanto, esqueça isso e se permita! Afinal, Natal é só uma vez ao ano. A felicidade por lembranças afetivo-gustativas verdadeiras vai durar o ano inteiro!


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A Champagne Taittinger Millésime 2006 Brut fará da celebração uma festa mesmo. Essa champagne é produzida com uvas selecionadas, provenientes de Côte des Blancs, Montagne de Reims e Vallée de La Marne. O sabor é mais complexo com textura cremosa e fresco. Ideal com bruschettas, canapés de salmão defumado, caviar e risotos. Temperatura de Serviço: 8ºC - 10ºC Onde: Don Vino

CAVA PERE VENTURA

PREMIAÇÕES : ROBERT PARKER: 94 Pontos STEPHEN TANZER: 93 Pontos WINE & SPIRITS: 93 Pontos

Um dos mais excitantes e minúsculos produtores de vinhos de terroir da Grécia utilizando uma abordagem totalmente natural dos vinhedos, e com foco em variedades autóctones cultivadas na região montanhosa de Aigialeia, nos apresenta esse vinho branco de frescor cativante, equilibrado, mediano de corpo e agradável final cítrico. Ideal parceiro para peixes marinhos grelhados no carvão apenas com flor de sal.

CHAMPAGNE TAITTINGER MILLÉSIME 2006 BRUT

O Brote Negro é um clone de Malbec exclusivo do vinhedo centenário da Viña Alicia em Las Compuertas, cujos cachos pequenos e menos compactos originam um vinho muito concentrado, mineral e de longa guarda. Robert Parker o definiu da seguinte forma: “Oferece um bouquet fascinante de especiarias exóticas, pimenta do reino, balsâmicos, lavanda, cereja negra e mirtilos. Denso, rico e incipientemente equilibrado.”

As melhores festas do ano merecem ser celebradas com muito estilo. Registros antigos contam que o famoso brinde da celebração teria se originado na antiguidade, durante acordos de paz entre impérios. Então se a ordem é celebrar bem, aproveite as dicas e faça bonito.

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BROTE NEGRO 2007 – VIÑA ALICIA - ARGENTINA

vinho

Experimente ainda Cava Pere Ventura. Esse espumante espanhol tem aroma frutado com notas de alcaçuz. O sabor é estruturado,equilibrado, frutado, expressivo, com personalidade. Acompanha bem entradas leves, saladas com molhos cítricos e queijos leves. Temperatura de Serviço: 8ºC - 10ºC Onde: Don Vino



DICA

horas vagas • música

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VÍDEO

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SONGS OF EXPERIENCE – U2

PRAYING – KESHA

Estados Unidos em 2016, eles optaram por lançá-lo posteriormente, aproveitando a ocasião para reavaliá-lo como um todo. Decorrente disso, Bono reescreveu letras para um efeito mais político. Com o tempo extra, a banda se concentrou em encontrar arranjos para canções com sonoridades mais fáceis de serem tocadas em seus shows, enquanto mixavam e exploravam diferentes técnicas de gravação e reprodução sonora. Depois de passar o tempo analisando o material, a banda compôs muitas das músicas em março de 2017, antes de completarem o álbum durante a turnê The Joshua Tree Tour 2017. Em seu divulgamento, foi lançado o primeiro single do álbum. “You’re the Best Thing About Me”, estando presente nas rádios de 24 países e 31 paradas musicais diferentes, ficando no “Top 10” em 10 paradas e, alcançando a posição de número 1 na Billboard Adult Alternative Songs, dos Estados Unidos.[3]

INTERNET

CLÁSSICO

Depois da polêmica com seu antigo produtor, Kesha desapareceu das manchetes e voltou este ano com o single Praying. Em meio a um exuberante cenário e muitas cores que lançam o vídeo em um patamar de produção visual altíssimo, Kesha canta sobre o que passou e sobre superação. Vale a pena conferir.

Songs of Experience é o décimo quarto álbum de estúdio da banda de rock irlandesa U2. Lançado em dezembro deste ano é um material complementar do álbum anterior, Songs of Innocence, de 2014 que explorou a adolescência dos próprios integrantes da banda na Irlanda na década de 1970, tematicamente, Experience explora a maturidade e uma coleção de cartas escritas por Bono às pessoas e lugares mais próximos íntimos. Vale a pena ouvir. Até porque U2 é universal. Experience foi inicado pela primeira vez durante as sessões Innocence. Durante a recuperação após ter sofrido um acidente de bicicleta em novembro de 2014, Bono passou um tempo compondo o álbum. A banda também trabalhou no álbum durante a turnê Innocence + Experience Tour. As sessões de gravações continuaram em 2016, com o álbum concluído na maior parte, no fim do ano. O grupo tinha planejado lançá-lo em dezembro de 2016, todavia, por questões sociopolíticas conservadoras, como o voto pela saída do Reino Unido da União Europeia e na eleição presidencial nos

CURTA – CAT CITY

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O curta de 3 minutos conta a história de um gato que foge de casa e resolve viver a rotina da cidade grande. Ele arranja um emprego num salão de beleza, ganha dinheiro, aprende a gastá-lo com bebida e tem uma vida frenética. O único problema são os gritos ensurdecedores que ele ouve todas as noites. Os traços da animação lembram os desenhos animados da década de 70. Tudo embalado por um Jazz animadíssimo.

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A TÁBUA DE ESMERALDA – BENJOR Um dos álbuns mais importantes da música popular brasileira, A Tábua de Esmeralda foi lançado por Jorge Ben em 1974. Com temáticas que fugiam do que Ben fez até então – falar do cotidiano do típico malandro carioca: mulher e futebol –, Tábua apresentou a alquimia a muitos brasileiros. Com o suingue típico de Ben, o disco é um marco histórico na carreira de Ben e na música brasileira.

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horas vagas • cinema

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DVD Blu-Ray BLADE RUNNER 2049 California, 2049. Após os problemas enfrentados com os Nexus 8, uma nova espécie de replicantes é desenvolvida, de forma que seja mais obediente aos humanos. Um deles é K, um blade runner que caça replicantes foragidos e descobre um fascinante segredo: a replicante Rachel teve um filho, mantido em sigilo até então. A possibilidade de que replicantes se reproduzam pode desencadear uma guerra deles com os humanos, o que faz com que a tenente Joshi, chefe de K, o envie para encontrar e eliminar a criança. Elogiadíssima sequência do cultuado filme de Ridley Scott.

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DICA

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BINGO - O REI DAS MANHÃS

CULT

Cinebiografia de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo no programa matinal homônimo exibido pelo SBT. Barreto alcançou a fama graças ao personagem, porém, o contrato não permitia revelar quem era o homem por trás da máscara. Esta frustração o levou a um processo de autodestruição. Elogiado filme, ambientado nos bastidores da televisão nos anos 80, com uma interpretação marcante de Vladimir Brichta.

UMA MULHER FANTÁSTICA Marina é uma mulher trans. Quando seu parceiro morre, ela se vê diante da raiva e do preconceito da família dele. Ela luta por seu direito de sofrer – com a mesma energia ininterrupta que ela exibiu quando lutou para viver como uma mulher. Representante do Chile no Oscar 2018 e vencedor do Prêmio Teddy de Melhor Filme e Melhor Roteiro no Festival de Berlim.

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DUNKIRK

Durante a Segunda Guerra, a Alemanha cerca as tropas aliadas nas praias de Dunkirk, na França. Sob intensas batalhas, os soldados são lentamente evacuados. A história acompanha três momentos distintos: uma hora de confronto no céu, um dia inteiro em alto-mar, onde os civis britânicos levam seus barcos de passeio para ajudar no resgate, e uma semana na praia, onde os soldados lutam para sobreviver.

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Sinônimo de luxo, o mármore é atemporal e nunca sai de moda. Assim como o design contemporâneo, a Portobello trabalha mármores em porcelanato que revelam desenhos mais expressivos e tons intensos, conferindo elegância e nobreza aos ambientes. BELÉM

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É um dos melhores aplicativos na App Store para o gerenciamento de listas de tarefas. A interface é bem simples e direta, com várias camadas de interação. Você pode simplesmente adicionar um lembrete, como pode também configurar alertas, repetições, adicionar notas, incluir amigos na lista para que também possam interagir, um sistema de comentários, e claro, marcar a tarefa como concluída. Ainda, o app conta com um prático widget na Central de Notificações. Custo: Free

Um dos melhores clientes de email na App Store, principalmente pela sua interface simples e bonita e pelo suporte a todos os serviços de email imagináveis: Gmail, Yahoo, Outlook, iCloud, Office, e o email da sua empresa. Além disso, ele possui integração com serviços de armazenamento na nuvem, como Dropbox, e te permite salvar emails e notas nos principais serviços de produtividade, como Evernote, Todoist, Pocket, OneNote, Zendesk e muito mais. Realmente, uma ferramenta completa. Custo: Free

Pocket Uma plataforma que te permite guardar, com facilidade, páginas para ler posteriormente. Ao navegar por um site, basta abrir o menu de compartilhamento e selecionar “Enviar ao Pocket” nas extensões, que este será salvo. A vantagem é que o app faz o download completo das páginas salvas, então fica fácil para você ler esse conteúdo posteriormente, mesmo quando offline. Custo: Free

Modiface App que usa sua selfie para simular vários tipos de maquiagem. Nele você escolhe a cor da sombra, do blush, da base, do batom e ainda faz traçados com delineador e lápis nos olhos. Uma ajuda e tanto para dar aquele preview esperto na maquiagem sem perder tempo nem litros de demaquilante. Custo: Free

VSCO Cam É um dos mais bem conceituados aplicativos para fotografias, oferecendo mais recursos do que os disponíveis no app padrão do iOS. Na hora de tirar fotos, você tem controle total sobre todos os parâmetros da câmera. E posteriormente, para editar as imagens, ele conta com diversos filtros criados por fotógrafos profissionais, que deixam os filtros do Instagram em um patamar inferior. Sendo gratuito, vale a pena conferir. Custo: Free

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Graava Quer editar seus vídeos mas está com um pouco de preguiça de mexer nas ferramentas? O Graava é um aplicativo que faz esse trabalho automaticamente para você, graças à inteligência artificial. Ele identifica os melhores momentos nos seus vídeos e zás! Faz a mágica toda, e o resultado fica pronto para ser compartilhado Custo: Free

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horas vagas • literatura

Títulos disponíveis na Livraria FOX. livrariafox.com.br

DESTAQUE BELAS ADORMECIDAS Stephen King e Owen King LANÇAMENTO

Pelo mundo todo, algo de estranho começa a acontecer quando as mulheres adormecem: elas são imediatamente envoltas em casulos. Se despertadas, se o casulo é rasgado e os corpos expostos, as mulheres se tornam bestiais, reagindo com fúria cega antes de voltar a dormir. Em poucos dias, quase cem por cento da população mundial feminina pegou no sono. Sozinhos e desesperados, os homens se dividem entre os que fariam de tudo para proteger as mulheres adormecidas e aqueles que querem aproveitar a crise para instaurar o caos. Grupos de homens formam as “Brigadas do Maçarico”, incendeiam em massa casulos, e em diversas partes do mundo guerras parecem prestes a eclodir. Mas na pequena cidade de Dooling as autoridades locais precisam lidar com o único caso de imunidade à doença do sono: Evie Black, uma mulher misteriosa com poderes inexplicáveis. Escrito por Stephen King e Owen King, Belas Adormecidas é um livro provocativo, dramático e corajoso, que aborda temas cada vez mais urgentes e relevantes.

CONFIRA ORIGEM Dan Brown

DICA O CONTO DA AIA Margaret Atwood

RUY GUERRA: PAIXÃO ESCANCARADA Vavy Pacheco Borges Quem é ou já foi noivo sabe que casar é uma delícia, mas dá trabalho. Por onde começar? Como fazer a lista de convidados? O que levar em consideração ao escolher o vestido, o bolo e o fotógrafo? Qual a melhor forma de se manter dentro do orçamento sem abrir mão dos detalhes que fazem toda a diferença? Essas são apenas algumas das muitas dúvidas que sempre surgem durante os preparativos. Com uma linguagem sincera, direta e sempre divertida, Constance Zahn, nome de referência nesse mercado, mostra o caminho para montar o casamento dos sonhos, seja qual for o seu perfil: clássico, moderninho, minimalista, glamoroso… O importante é celebrar a união com leveza, alegria e, claro, carinho com os convidados. Muito mais do que uma simples compilação de regras de etiqueta, este livro é um guia completo, com dicas valiosas que você não vai encontrar em nenhum outro manual – fruto de anos de paixão, dedicação e muita pesquisa. O presente perfeito para noivas, mães, madrinhas e todos aqueles que, como a autora, continuam a se emocionar com essa tradição milenar.

Escrito em 1985, o romance distópico O Conto da Aia, da canadense Margaret Atwood, tornou-se um dos livros mais comentados em todo o mundo nos últimos meses, voltando a ocupar posição de destaque nas listas do mais vendidos em diversos países. Além de ter inspirado a premiada série homônima (The Handmaid’s Tale, no original), a ficção futurista de Atwood, ambientada num Estado teocrático e totalitário em que as mulheres são vítimas preferenciais de opressão, tornando-se propriedade do governo, e o fundamentalismo que se fortalece como força política, ganhou status de oráculo dos EUA da era Trump.

Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, vai a Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete “mudar para sempre o papel da ciência”. O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário Edmond Kirsch, que se tornou conhecido mundialmente por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. Agora, ele está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento… algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana: De Onde Viemos? Para Onde Vamos? Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre. Diante de uma ameaça iminente, Langdon se une a Ambra Vidal, que trabalhou na montagem do evento. Juntos, eles tentarão desvendar o segredo de Edmond Kirsch. Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch… e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo.

CLÁSSICO PONTE DO GALO Dalcídio Jurandir O que é história cultural? A pergunta, formulada há mais de um século, até hoje não obteve resposta satisfatória. Sem a pretensão de esgotar um tema tão complexo, o autor procura explicar a emergência, a partir da década de 1970, dos aspectos culturais do comportamento humano como centro privilegiado do conhecimento histórico, o que ele chama de virada cultural. Esse modo de compreender a história resultou em um certo abandono dos esquemas teóricos generalizantes, com a valorização de grupos particulares, em locais e períodos específicos. Assim, surgiram trabalhos sobre gênero, minorias étnicas e religiosas, hábitos e costumes, incor-

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porando metodologias e conceitos de outras disciplinas. Burke é um historiador cultural que põe em prática algumas das diferentes abordagens discutidas nesse livro – como a recusa do conceito de civilização, a expansão da ideia de cultura e a concepção da história como narrativa. São aqui tratadas, em ordem cronológica, as principais formas pelas quais a história cultural foi e ainda é escrita, com especial atenção para as tradições comuns aos atuais historiadores, assim como para seus conflitos e debates. Ao final do volume, o autor apresenta uma lista de obras que marcaram o desenvolvimento da disciplina e sugestões de leitura sobre o tema.


A Fox respira literatura e inspira você.

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tech

TV 100” SONY Imagina uma televisão onde nela cabem 56 monitores de 15 polegadas ou quatro poltronas de avião. Pois é, a Sony apresentou um update para a XBR-Z9D, lançada no ano passado e que agora chega ao Brasil com uma variante de surpreendentes 100 polegadas. Com 1,72 metro de altura e 2,26 metros de largura, a área da TV é a mesma que a de uma cama tamanho king size. O destaque é que essa TV é um produto conceito da Sony em comemoração aos 75 anos da empresa. É montada artesanalmente e sob encomenda. É a maior TV no Brasil e só tem duas em exposição: uma na sede da empresa em São Paulo e outra na Sol do Boulevard. Preço sugerido: a partir de R$ 350.000,00

NOTEBOOK DELL GAMING O Dell Inspiron Gaming Edition i15-7567-A30P tem um processador poderoso, o Intel Core i7 7700HQ de até 3.8 GHz com 4 núcleos e 8 threads e 6 MB de cache L3 e é mais que suficiente para entregar alta performance em games ou trabalhos avançados com AutoCAD, Photoshop. Com um belo sistema de resfriamento, ele tem duplo cooler. Em relação às dimensões, ele é até slim para um notebook tão potente, pois tem apenas 2,5 cm de altura, sendo 38,4 cm de largura e 27,4 cm de profundidade e peso total de 2,6 KG. O sistema de áudio é mais um grande destaque, pois ele tem dois alto-falantes aliado a um subwoofer, garantindo muito mais qualidade e graves.

GALAXY NOTE 8 O Samsung Galaxy Note 8 é um dos smartphones Android mais avançados e completos que existem em circulação. Tem um grande display de 6.3 polegadas e uma resolução de 2960x1440 pixels que é uma das mais altas atualmente em circulação. As funcionalidades oferecidas pelo Note 8 começam pelo LTE 4G que permite a transferência de dados e excelente navegação na internet. Câmera discreta de 12 megapixel mas que permite ao Samsung Galaxy Note 8 tirar fotos de boa qualidade com uma resolução de 4290x2800 pixel e gravar vídeos em 4K a espantosa resolução de 3840x2160 pixels.

TV SONY 65” OLED Se surpreender com uma experiência de áudio nunca sentida antes! É o que promete a Sony com esta tv que inaugurou uma nova era de TVs sem alto-falantes. Tudo, graças a inovadora tecnologia Acoustic Surface, um exclusivo sistema que vibra o vidro e gera o áudio direto da tela. O resultado é um som claro, envolvente e que está realmente sincronizado com a imagem. A verdadeira experiência de imersão. Com mais de 8 milhões de pixels autoiluminados, a Sony garante que é possível se encantar com o realismo proporcionado pelo preto profundo e cores naturais que o painel XBR OLED oferece com perfeição.

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Preço sugerido: R$ 6.999,00


SALÃO DE IMÓVEIS A Leal Moreira promoveu mais um Salão de Imóveis em sua loja no Boulevard Shopping. Durante quinze dias, a construtora ofereceu preço e condições especiais para os clientes que desejaram ter um Leal Moreira. Na ocasião, os clientes eram levados da loja aos empreendimentos para conhecer de perto o estilo morar Leal Moreira.

LEAL MOREIRA E BDZ Durante os dias de Belém Design Zones, a Leal Moreira, patrocinadora do evento, participou da programação promovendo encontros na loja da construtora no Boulevard Shopping. No primeiro dia, o espaço foi um dos pontos de parada do Tour BDZ, onde estudantes de arquitetura e convidados puderam conhecer várias lojas de arquitetura e decoração da cidade, entre elas a Leal Moreira. Em seguida, a construtora recebeu duas convidadas especiais para falar sobre lifestyle, sobre o morar bem promovendo um bate-papo com a Personal Organizer Aracy Santamaria comentando sobre rotinas domésticas e, em seguida,foi a vez da arquiteta Beth Gaby conversar sobre etiqueta à mesa e mesa posta. Foi um final de semana especial repleto de trocas de experiências.

DECORADOS NAS OBRAS O final do ano foi o momento importante para os proprietários do empreendimento Torres Dumont, localizado na av. Dr Freitas e que já está próximo da entrega. Os clientes – recebidos pelo setor de Relacionamento com o Cliente da Leal Moreira – foram convidados a conhecer o andamento das obras, viram de perto detalhes do empreendimento e também puderam constatar in loco dois modelos de apartamentos totalmente decorados, um de 64m² e outro de 86m². Tudo para que os clientes pudessem ter a verdadeira sensação de estar em casa. Além disso, eles puderam tirar dúvidas com arquitetos e conhecer sobre o estilo de morar da construtora.

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al

ucion

Instit


nal

Institucio

Check List das obras Leal Moreira projeto

lançamento

fundação

estrutura

alvenaria

revestimento

fachada

finalização

Torre Santoro 2 ou 3 suítes • 123m2 • Av. Governador José Malcher, 2649 (entre Av. José Bonifácio e Tv. Castelo Branco)

Torres Devant 2 ou 3 dorm. (1 suíte) • 68m2 e 92m2 • Travessa Pirajá, 520 (entre Av. Marquês de Herval e Av. Visconde de Inhaúma)

Torre Unitá 3 suítes • 143m2 • Rua Antônio Barreto, 1240 (entre Travessa 9 de Janeiro e Av. Alcindo Cacela)

Torres Dumont 2 e 3 dorm. (1 suíte) • 64m² e 86m² • Av. Doutor Freitas, 1228 (entre Av. Pedro Miranda e Av. Marquês de Herval)

Torre Triunfo 3 e 4 suítes (170m²) • cobertura 4 suítes (335m²) • Trav. Barão do Triunfo, 3183 (entre Av. Rômulo Maiorana e Av. Almirante Barroso)

Torres Floratta 3 e 4 dorm. (1 ou 2 suítes)• 112m² e 141m² • Av. Rômulo Maiorana, 1670 (entre Travessa Barão do Triunfo e Travessa Angustura) mês de referência: novembro de 2017

Veja fotos do andamento das obras no site: www.lealmoreira.com.br

www.revistalealmoreira.com.br

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concluído

em andamento


Check List das obras ELO projeto

lançamento

fundação

estrutura

alvenaria

revestimento

fachada

finalização

Terra Fiori 2 quartos • 44,05 a 49,90 m2 • Tv. São Pedro, 01. Ananindeua. mês de referência: novembro de 2017

concluído

em andamento

Torre Jasmim - Laje de transição

Torre Bromélia - Laje do 4º pavimento tipo

nal

Institucio

Área de lazer do Terra Fiori

Torre Gardênia - Alvenaria estrutural do 5º pavimento tipo

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Torre Violeta - Laje do 3º pavimento tipo


Fachada

l

ona

uci

tit Ins

Fachadas

Portaria

Living

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Varanda Gourmet

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Instituci

Fachada

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SalĂŁo de festas

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Varanda gourmet

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onal

Instituci

Churrasqueira

Fachadas

Piscina infantil

Cozinha

Fundação



Nara D’Oliveira Consultora empresarial

Um Feed Back de Começo de Ano Depois do orçamento, do plano estratégico, das

que nela. Por óbvio que é importante a correção de

chefe direto, com base nas suas atividades e o re-

festas, férias, chegou a hora de enfrentar o ano.

comportamentos desconformes, o desenvolvimento

sultado conquistado em cada uma delas, a forma

Usar uma ferramenta de feed back com os mem-

de habilidades essenciais ao dia a dia do trabalho

como chega a este resultado é essencial para a me-

bros do time pode gerar um alinhamento importante

como um todo. Mas de fato o adulto transforma pou-

lhoria de sua performance e gera enorme satisfação.

para a conquista de resultados anuais e para o clima

co o que não é o forte de seu perfil e o resultado

Todos gostam de saber no que são bons. O fan-

organizacional.

deste trabalho é lento e infinitamente menor se com-

tasma do chefe e de sua satisfação com seu tra-

parado ao outro.

balho pode criar desconforto e este influenciar ne-

A maioria dos profissionais, mesmo aqueles plenos (já com alguns anos de experiência), não sabe

A maioria dos profissionais com cargos estraté-

gativamente na performance. A transparência nas

precisamente o que fazem de bom. Elucidar, reali-

gicos que possuem equipe não possui o hábito da

relações gerada por uma rodada de conversa franca

zar com o mesmo o que ele faz que é importante

avaliação qualitativa da performance. A mesma

sobre a performance do profissional concorre para

para a empresa, para o departamento, pode gerar

pode ser realizada dentro ou fora da empresa. Em

uma clima leve, sem medos e soma para a tão per-

um resultado duas vezes melhor. Sobretudo nas em-

uma mesa de reunião, em um restaurante enfim.

seguida satisfação no trabalho.

presas pouco profissionalizadas e com menos ferra-

Este processo demonstra ter um resultado melhor

A satisfação é conquistada por uma série de

mentas formais de gestão de desempenho o uso do

do que programas de treinamento formais. Um pro-

ações coordenadas de estrutura de gestão, normas,

feed back pode ser um presente para o profissional

cesso constante de feed back se apresenta como

remuneração mas as ações simples de dia a dia que

e somar significativamente para o resultado do time.

uma das melhores ferramentas de desenvolvimento

o gestor pratica são insubstituíveis para a conquis-

de pessoas.

ta desta e assim a construção de um clima orga-

O foco é no que a pessoa é boa e a ação gerencial é como obter mais do mesmo, em outras palavras,

Mesmo que o profissional participe de um progra-

nizacional favorável à busca de conhecimento e o

ao identificar uma competência de seu colaborador

ma formal na organização ou de várias atividades.

desenvolvimento e aplicação de competências que

que contribui sobremaneira para o número final fo-

A avaliação de sua performance realizada por seu

gerem resultados.

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Lotus, 39 anos de excelência. Pronta para os 40. Clientes aprovam a gestão da Lotus nos condomínios:

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CONSIDERAM A EMPRESA ÉTICA.

RECOMENDARIAM A LOTUS A UM AMIGO.

%

%

Como os moradores avaliam a Lotus, numa escala de 0 a 10:

9,0

8,7

8,3

8,1

8,3

CORTESIA E EDUCAÇÃO DOS COLABORADORES.

HIGIENE E APARÊNCIA.

CONTROLE DE PORTARIA.

SERVIÇO DE LIMPEZA.

MÉDIA GERAL DE SATISFAÇÃO.

Todas as cédulas de pesquisa e outras informações estão disponíveis a qualquer pessoa, na sede da Lotus, de segunda a sexta, de 16h às 17h.

O melhor atestado da qualidade do nosso trabalho é a confiança dos clientes. É a boa relação construída no dia a dia com os síndicos, condôminos, visitantes e prestadores de serviço, nos quase 200 condomínios que administramos. Aos 39 anos, a Lotus celebra os resultados da segunda pesquisa feita nos condomínios de Administração Total, que nos honram com sua preferência, alguns há mais de 30 anos. Em todos os quesitos, despontamos com excelente avaliação. Realizada em outubro de 2017, a pesquisa revela satisfação incontestável e mostra que estamos no caminho certo. Mas também aponta em que aspectos podemos melhorar. Esse resultado é fruto de trabalho sério e do compromisso com a qualidade. É com essa certeza que seguimos fortes, em 2018, rumo aos 40 anos.

Av. Mag. Barata, 1005 www.lotusonline.com.br • (91) 3344-4420 @grupolotus


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