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editorial
Noemi Luz
Conselho Editorial Adriano Rocha Antonio Lucinda Flávio Rocha Marcos Eisenhower Noemi Luz Tâmara Lis Thiago Stephan
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Editor Chefe Adriano Rocha
Redação Tâmara Lis Thiago Stephan
AJuiz cara de de Fora
Diretor de Arte Adriano Rocha
Fotografia Dudu Mazzei Julio Vasques Noemi Luz Oswaldo Calzavara
Ser a cara de Juiz de Fora, além da razão de existir da Revista Mais JF, é motivo de prazer para toda a nossa equipe, que trabalhou com afinco e dedicação para mostrar como é bom viver nesta maravilhosa cidade!
Colaboradores: Antonio Lucinda, Cézar Campos, Flávio Rocha, Guilherme Lages, Márcio Lucinda
O Theatro Central, a matéria de capa desta primeira edição, marca o início de nossa viagem no tempo, onde mergulhamos na identidade cultural e histórica de Juiz de Fora através de seus monumentos e prédios antigos.
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Diretor Comercial Celso Eveling celso@revistamaisjf.com.br (32) 9143 8660
Consultores de Vendas Rosângela Toledo rosangela@revistamaisjf.com.br (32) 9969 6177
Lilian Matta lilianmatta@revistamaisjf.com.br (32) 9197 1101 Gerente de Operações Comerciais Mariane Siqueira Revisão Sandra Mansur Impressão Rona Editora Av. Barão do Rio Branco, 2679 sala 104 Juiz de Fora/MG - 36026-500 contato@revistamaisjf.com.br (32) 3217-7583 www.revistamaisjf.com.br www.twitter.com/revistamaisjf
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Como todo brasileiro, nós juizforanos adoramos viajar! Ibitipoca é o nosso primeiro destino, point obrigatório de quem adora a natureza e curte o aconchego e a simplicidade típicos da região. Compartilhamos dos sonhos das meninas que querem ser modelos e, com afinco e muita dedicação, buscam tornar esse sonho uma realidade. Mostramos talentos de nossa terra, como as meninas artesãs e a nata do thriatlon brasileiro, com a participação de atletas locais na etapa do XTerra Series. Os colunistas Antonio Lucinda e Flávio Rocha abordam temas de suma importância, como saúde e meio ambiente, e a psicóloga Ana Stuart nos convida à reflexão. Moda e beleza não podem faltar. O desfile promovido pela Mina do Ouro mostra a beleza das juizforanas, realçada por lindas joias e indiscutível simpatia. Na seção Garagem, a paixão nacional pelos carros está bem representada pela nova Montana, picape da GM, para quem gosta de aventura ou precisa de um utilitário para transporte de cargas. A partir de agora está formada uma grande parceria, para que juntos descubramos, a cada edição, o grande prazer de ser juizforano! E assim dedicamos a você, com orgulho, esta primeira edição da Revista Mais JF.
Noemi Luz
sumário
Revista Mais JF nº 1
turismo
Ibitipoca
As belezas e a hospitalidade que fazem da Serra do Ibitipoca um local ideal para uma viagem inesquecível
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comportamento
Sonho de Menina Desfilar com belas roupas e ser reconhecida pela beleza é, sem dúvida, um sonho de muitas meninas
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esporte
XTerra Series
E mais Psicologia
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Decoração
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Antônio Lucinda
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Flávio Rocha
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Garagem
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Moda
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Beleza
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Mina do Ouro
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Meninas Artesãs
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Mesa de Minas
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Competição volta à Juiz de Fora e reúne a nata do triathlon brasileiro para a disputa de mais uma etapa
cultura
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Theatro Central
Inaugurado no final da década de 1920, o Cine-Theatro Central é a maior referência cultural da cidade
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Nossa Capa
Fachada do Cine-Theatro Central, em Juiz de Fora/MG Foto: Noemi Luz
cultura
Cine Theatro Central
por Thiago Stephan fotos Alexandre Dornelas
Pintura do Cine-Theatro Central passará por nova restauração
Cine-Theatro Central
Lições do passado para garantir o futuro
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Já se passaram 14 anos desde que o Cine-Theatro Central foi reinaugurado. Neste período, o palco maior de Juiz de Fora viu o nascer de grandes artistas locais e recebeu músicos e atores de renome nacional e internacional. Momentos inesquecíveis que só reafirmaram a importância do Central para a cultura da cidade. Mas, a própria história do local mostra que é preciso ter muito cuidado com o tempo. Por isso, a casa passará por nova reforma e restauração, as quais serão divididas em quatro etapas. Na primeira fase, que já foi concluída, foi refeito o sistema elétrico, com instalação de iluminação de emergência e a substituição das lâmpadas queimadas. O Cine-Theatro Central conta agora com no break, uma garantia a mais para o público e produtores. A segunda etapa será a reforma dos camarins, que deve começar nos próximos meses. A terceira etapa revela um pouco da sociedade juizforana no final da década de 20 do século passado: “Os banheiros masculinos são muito maiores que os banheiros femininos. Isso acontece porque na época da construção o público masculino era bem maior. Ao longo desses mais de 80 anos a situação se inverteu. Por isso, é necessária essa adequação. Além disso, alguns dos 20 banheiros da casa ainda possuem encanamentos originais, que precisam ser substituídos”, explicou o supervisor administrativo do Cine-Theatro Central, Marcelo do Carmo.
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cultura
Cine Theatro Central
Mas é a última etapa a que mais preocupa. “Faremos o restauro da pintura. Algumas partes estão avariadas e terão que ser recompostas. O recurso já está disponível e será aberta licitação para escolha da empresa que fará o serviço, que deverá ser autorizado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). É um processo moroso, mas é uma meta nossa”, explicou o supervisor administrativo. Segundo Marcelo, o Cine-Theatro Central recebe, em média, 200 eventos por ano, totalizando um público anual de 200 mil pessoas, aproximadamente, o que ocasiona um desgaste natural da estrutura da casa. Apesar do alto investimento – serão gastos mais de R$ 800 mil nas quatro etapas – não será fácil o público notar as mudanças. Mesmo assim, ele espera que os juizforanos sejam beneficiados de forma indireta. “O teatro é utilizado de acordo com a procura dos produtores. Por isso, é fundamental que o mercado de produção cultural de Juiz de Fora esteja aquecido para que essas benfeitorias voltem para o público. Não adianta o teatro ficar lindo se não houver eventos”, comentou Marcelo.
HISTÓRIA O Cine-Theatro Central foi inaugurado no dia 30 de março de 1929 com apresentação de orquestra e do filme mudo “Esposa Alheia”, película exibida em oito atos. O público lotou as dependências para conferir a novidade. Decorado com as pinturas do artista Ângelo Bigi e contando com belíssimos lustres de cristal, a obra impressionava pela beleza e pelo conforto oferecido aos espectadores, seja por sua infra-estrutura, seja pela notável acústica. O projeto de erguer um grande teatro no coração de Juiz de Fora foi idealizado por Francisco Campos Valadares, Químico Corrêa, Diogo Rocha e Gomes Nogueira, que em junho de 1927 fundaram a Companhia Central de Diversões. A construção do novo espaço ficou por conta da renomada construtora Pantaleone Arcuri. O projeto desenvolvido por Raphael Arcuri era tão grandioso que ultrapassou o orçamento da companhia, o que levou a entrada dos Arcuri na
sociedade. Um ano e quatro meses após o início das obras, ficava pronto o maior palco da cultura de Juiz de Fora. TEMPOS DIFÍCEIS Mas as gerações futuras não tiveram a mesma sorte. As plateias foram sumindo, um fenômeno que colocaria fim nas grandes salas de cinema. O espaço ficou abandonado por anos e a situação ficou crítica no início da década de 1980. Setores da sociedade se mobilizaram e, em 1983, o prédio foi tombado como bem do patrimônio cultural do município. A situação se arrastou até 1994, quando, após muitas negociações, a UFJF, com recursos do Ministério da Educação, adquiriu o imóvel da Companhia FrancoBrasileira. No mesmo ano o Central foi tombado pelo Iphan. Assim como uma ópera em vários atos, para que o grande palco pudesse reviver seus tempos de glória seria preciso vencer outro desafio: passar por ampla restauração.
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Várias camadas de tinta, mofo e poeira encobriram parte das ninfas e faunos cuidadosamente desenhados por Bigi, enquanto que as figuras de Wagner, Verdi, Beethoven e o Carlos Gomes empalideceram no teto do Central. O caminho para a restauração foi o Programa de Incentivo à Cultura, a Lei do Mecenato, que possibilitou a captação de investimentos, orçados em R$ 2 milhões, junto a grandes empresas. Em janeiro de 1996 a empresa Espaço-Tempo, de Belo Horizonte, iniciava a recuperação. Durante oito meses quatro restauradores coordenaram a equipe composta por estudantes de Artes e Arquitetura e Urbanismo da UFJF. O resultado foi além do esperado. Tanto que os pesquisadores encontraram, sob sete camadas de tinta, quatro figuras femininas desconhecidas do público contemporâneo. Desenhos decorativos também foram redescobertos nas escadas, no balcão e na boca de cena. O trabalho foi acompanhado pelo Iphan e incluiu obras de recuperação do prédio como troca de telhado, reforma de instalações elétricas, de poltronas e camarotes, instalação de equipamentos e mecânica cênica. Assim, quase sete décadas depois, em 14 de novembro de 1996, o Cine-Theatro foi oficialmente reinaugurado. Desde então, passaram por ali diversos artistas locais, como Myllena e Emmerson Nogueira. O público juizforano também pôde conferir espetáculos de grandes artistas nacionais como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Marisa Monte, dentre outros. As peças de teatro também foram marcantes, com as presenças de Fernanda Montenegro, Bibi Ferreira, Jorge Dória... O Cine-Theatro Central recuperava de vez o papel principal na cultura de Juiz de Fora.
especial
Ciclos
Birra emocional
C
por Thiago Stephan foto Dudu Mazzei
A psicóloga Ana Stuart conta como não deixar a birra emocional atrapalhar a sua vida
Chega o mês de dezembro e não tem jeito: é hora de fazer um balanço do ano que está terminando e traçar metas para o ciclo que se inicia. É comum nesta época encontrar pessoas com a famosa depressão de final de ano por não terem alcançado seus objetivos: parar de fumar, emagrecer, passar naquele concurso, reformar a casa ou comprar um carro... Mas, será que essas pessoas realmente fizeram tudo o que poderiam para atingir as metas estabelecidas anteriormente? Se a resposta é não, sua depressão de final de ano não passa de “birra emocional”. Então, o melhor a fazer é deixar esse sentimento de lado e partir com tudo em busca da realização de seus sonhos. Segundo a psicóloga Ana Stuart, o final de ano realmente é uma época de reflexão. Para ela, a auto-análise deste período geralmente começa pelo lado material, mas o resultado desse auscultar-se revela como está o emocional da pessoa. Ou seja, quem deseja reformar a casa para o
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Natal, está querendo bem mais que pintar as paredes: quer uma “reforma” no próprio interior. “Normalmente, o balanço de final de ano começa pelo lado material. E, a partir dessa análise material é que a pessoa começa a se avaliar. Devo pintar a casa? Devo arrumar o jardim? Na verdade, isso representa o interior da pessoa”. Ana Stuart destaca ainda que depois do sucesso do best-seller “O Segredo”, da escritora australiana Rhonda Byrne, muitas pessoas passaram a se permitir sonhar mais alto na esperança de ver atuar a “Lei da Atração” relatada no livro, que diz que nós atraímos aquilo que desejamos atrair. Mas, muitos leitores de Rhonda Byrne se esquecem do principal segredo de “O Segredo”: “É você desejar e fazer o seu máximo para que a força da atração atue, tendo a certeza que você fez a sua parte com mais garra. E assim, acreditar que no final do ano a meta que você alcançou foi do tamanho do seu merecimento, da sua vontade, da sua fé”, destaca Ana.
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Além de se entregar verdadeiramente aos seus objetivos, é preciso estabelecer metas mutáveis, principalmente em função da velocidade das mudanças impostas pela sociedade contemporânea. “As pessoas traçam metas e na metade do período as metas já mudaram em função de fatos inesperados. Aí está o x da questão. As pessoas que, em função dessas mudanças, conseguem mudar a meta sem perder o foco são pessoas mais flexíveis emocionalmente e que conseguem chegar mais facilmente aos seus objetivos. Por outro lado, as pessoas inflexíveis consideram que não alcançaram as metas que foram traçadas e costumam sofrer com a depressão de final de ano, que nada mais é que birra emocional. E é preciso ter cuidado com a birra emocional na hora de fazer uma avaliação de vida. As pessoas não aceitam o que alcançaram ou as perdas que ocorreram. Mas, muitas vezes perdas são necessárias para o crescimento, assim como as plantas quando são podadas ou o cabelo quando é cortado”, analisou Ana Stuart. Ao estabelecer metas para um ano ou período de tempo mais longo, a dica é se dedicar desde já. O resultado de um ano é o somatório do esforço feito em cada um dos dias. “É necessário traçar metas, mas pensar só por hoje, da mesma forma que os grupos de mútua-ajuda trabalham um dia de cada vez. Por exemplo: quero mudar a mobília da minha casa que está velha. Mas, para isso tenho que parar de gastar dinheiro no bar. Portanto, a meta é o final do ano, mas tenho que fazer o esforço hoje, fazendo a mudança de hábito de não ficar no bar. A realização de metas está intimamente ligada às mudanças de hábitos”, finalizou Stuart.
Para a psicóloga Ana Stuart, as realizações são do tamanho do esforço pessoal
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decoração
Festas
Prontapara receber
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por Tâmara Lis
fotos Dudu Mazzei
Saiba como deixar sua casa linda para as festas de final de ano sem gastar muito dinheiro O período de Natal e reveillon é marcado por reuniões em família e encontros com grandes amigos. Então, nada melhor do que deixar sua casa linda para comemorar a data. Já faz 20 anos que a professora e artesã Rita de Oliveira decora sua casa para receber a família durante as festas de final de ano. A decoração fez tanto sucesso que ela começou a produzir artigos para vender aos interessados. Agora, além de deixar sua casa mais linda para as festas, também contribui para disseminar o clima festivo entre os amigos. Rita diz que, embora haja espaço para criatividade na decoração das festas de final de ano, alguns itens não podem faltar: “A arvore de Natal é um item fundamental. Você pode inovar na hora de decorar a árvore, mas ela não pode faltar”, sentencia. A primeira referência à árvore de Natal vem de muito longe. Os romanos enfeitavam suas casas com pinheiros durante um festival de inverno em homenagem a Saturno, o deus da agricultura. No século XVI, na Alemanha, as famílias de todas as classes sociais começaram a decorar pinheiros com enfeites coloridos e frutas. A tradição se espalhou por toda a antiga Europa, onde as famílias começam a ornamentar pinheiros, a única árvore que, mesmo na neve, permanece verde. O costume avançou e não demorou muito para chegar até os trópicos, onde neve artificial, e até mesmo algodão, já enfeitaram muitas árvores de Natal. As velas também dão um toque especial à noite de Natal e Ano Novo. Elas simbolizam luz e prosperidade. Então, uma boa dica é investir em castiçais. Se você não tem castiçais em casa e quer reservar o dinheiro para os presentes, pode utilizar taças bonitas e com pés compridos. Para que elas percam o “ar” de copos é só enfeitar com pequenos arranjos com flores e folhas dando um toque festivo à mesa. E não se esqueça: invista no verde, dourado, branco e vermelho, que ainda são as cores mais festejadas da época. A guirlanda, outro símbolo do Natal, também pode ser reinterpretada e aparecer feita com retalhos de pano ou ainda na versão de E.V.A. (Etil Vinil Acetato), material emborrachado muito utilizado em artesanato. Esta versão é bem mais barata e acessível a todos os bolsos. Você também pode produzir um arranjo lindo e barato com flores de meia. Feitas com arame e meia-calça. Isto mesmo! Aquela meia calça que você ia jogar fora porque desfiou, virou enfeite apenas utilizando arame e muita habilidade. Surpreenda seus convidados.
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BELEZA QUE PÕE MESA E falta de dinheiro não é desculpa para não deixar a mesa da ceia maravilhosa. Um exemplo de enfeite simples e bonito é o porta-guardanapos feito com argolas de cortinas, retalhos de malha e um enfeite de Papai Noel. Por menos de R$1,50 você deixa sua mesa linda e pronta para receber os convidados. Como você não vai gastar quase nada com o enfeite, nada de colocar aqueles guardanapos brancos de papel sobre a mesa da ceia. Invista nos decorados e, se possível, opte pelos guardanapos de pano. Eles são mais chiques e vão surpreender os convidados. A decoração com frutas e flores naturais também é indicada é dá um toque de leveza à mesa. “Um arranjo que adoro é a salada de fruta servida dentro da melancia. Faz sempre muito sucesso”, confidencia Rita. Uma toalha de mesa com motivos natalinos e serviço de pratos decorados também abre o apetite e torna a ceia ainda mais gostosa. E para quem não tem um aparelho de jantar decorado, Rita dá a dica: “um aparelho de jantar branco com guardanapos vermelhos já é suficiente para deixar a mesa muito bonita”. Ela lembra que o mais gostoso da decoração é reunir a família e a criançada para enfeitar a casa. Assim, a festa começa mais cedo e a tradição se mantém viva. Neste ano, ela promete uma novidade: Papai e Mamãe Noel vão receber os convidados sentados em uma cadeira de praia na frente da casa. E não vai ser difícil localizar o endereço: cerca de 1.500 luzes de Natal já estão reservadas para mostrar o caminho.
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coluna
Dr. Antônio Lucinda
Não leve a vida tão a sério
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Dr. Antônio Lucinda
Se na segunda metade do século dezenove e na primeira do século vinte, a tuberculose - que acometia a população em geral e, em especial, os poetas, boêmios e intelectuais - era conhecida como o “Mal do Século”, sem dúvida alguma, nos dias atuais, podemos imputar ao stress este título. O cidadão das grandes e médias cidades amanhece e anoitece exposto a uma incomensurável carga deste mal que, absurdamente, já faz parte de sua rotina. Ele está embutido no medo de sair de casa e ser assaltado ainda no portão, na lentidão do trânsito, na eterna e dissimulada disputa por espaço no ambiente de trabalho, nas dificuldades e compromissos financeiros, nos impostos escorchantes a serem pagos, no relacionamento com o cônjuge e com os filhos, notadamente se forem adolescentes, enfim, em quase todas as situações e atividades do cotidiano. Esta sobrecarga emocional desencadeia no indivíduo um sem fim de alterações que se manifestam no campo psíquico ou na fisiologia do organismo. O stress gera crises de depressão, irritabilidade, transtornos obsessivos compulsivos, síndrome do pânico, insônia e outros distúrbios do sono, induz ao consumo de cigarro, álcool e outras drogas pretensamente relaxantes, propicia a instalação da hipertensão arterial, arritmias, etc.,etc... Curiosamente, até bem pouco tempo, não só o stress, mas também a enxaqueca eram tidos pelos populares como sendo doenças de rico, frescuras de madame ou coisas que o valham. Este enfoque discriminatório carece de qualquer embasamento científico, já que ambas as patologias são uma realidade nosológica e possuem um substrato fisiopatológico muito bem definido. Ou seja, se ele efetivamente existe, como então combatê-lo? Não há como afastar em sua totalidade os fatores de risco; o que devemos fazer é primeiramente identificá-los,
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equacioná-los e buscar alternativas que, mesmo simples e nas mais das vezes paliativas, minimizam em muito os efeitos deletérios deste inimigo silencioso e sub-reptício. Antes de mais nada, arranje um tempo para você mesmo e desenvolva atividades lúdicas e saudáveis tais como uma boa caminhada ou algum outro tipo de atividade física compatível com as suas condições, a leitura de um bom livro ou de uma boa revista como esta, use a TV não para se isolar, mas para assistir a um filme interessante e em boa companhia. Sorria mais, porque distribuir e receber sorrisos é uma dádiva comportamental. Ouça com mais atenção e de espírito desarmado o que lhe dizem os seus filhos e a juventude em geral, aproveite os sábios conselhos de Arnaldo Antunes quando ele lamenta em sua música/poesia “eu devia ter amado mais, trabalhado menos.....” e, principalmente, mantenha o bom humor. Não há que se confundir responsabilidade com seriedade ou excesso de sisudez; o bom humor pode co-existir com o bom desempenho profissional e com a competência. Seja menos elitista e esnobe e procure ver o quanto de verdade existe nas máximas populares, verdadeiros axiomas filosóficos, tais como: “a felicidade está nas coisas simples” ou “se a vida lhe der um limão faça dele uma limonada”. É por aí meu caro amigo leitor. Mantenha-se bem humorado e otimista e, aproveitando mais um dos ditados da sabedoria do povão, por mais que a situação esteja ruim não esmoreça, pois “o momento mais escuro da noite é exatamente aquele que precede a aurora.” ----------------------Antônio Fonseca Lucinda Médico, cirurgiăo plástico
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coluna
Flávio Rocha
Meio ambiente legal
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Flávio Rocha
A questão da preservação ambiental e a sua relação com a qualidade de vida da sociedade está muito em voga nos dias de hoje. Para assegurar a relação harmoniosa entre o desenvolvimento empresarial e a preservação ambiental, os órgãos gestores, seja na esfera federal, estadual e/ou municipal exigem a formalização do compromisso do empreendedor com o meio ambiente, que é o Licenciamento Ambiental ou outro documento similar, como a Autorização Ambiental de Funcionamento, por exemplo. Esse requisito legal é aplicado a empreendimentos que, em alguma fase de seu processo produtivo, seus rejeitos possam causar algum dano às águas superficiais e subterrâneas, ar ou solo de onde essa empresa estiver inserida. Muitos empreendedores ainda não têm o conhecimento da aplicabilidade da regularização ambiental em seu ramo de negócios, como por exemplo farmácias, restaurantes e oficinas mecânicas. Apesar da ampla aplicabilidade dessa regularização é o potencial poluidor e o porte do empreendimento que serão determinantes nas medidas de controle ambiental requeridas pelos órgãos ambientais. Diversas empresas de Juiz de Fora e região, além de cumprir o requisito legal, têm desenvolvido ações relacionadas à preservação ambiental e responsabilidade social de maneira voluntária. Essas ações podem ter diversos objetivos tais como a redução de desperdícios de insumos de sua cadeia produtiva, redução do consumo de água e energia elétrica, melhorar a imagem do empreendimento perante a sociedade ou mesmo a obtenção de certificações ambientais tais como a ISO 14001, a FSC e a PmaisL, por exemplo. A princípio, propor e realizar ações visando a preservação ambiental mais do que os requisitos legais exigidos pelos órgãos ambientais e a obtenção de certificações poderá ser oneroso e muitas vezes parecerá uma despesa que não
dará retorno. Porém o que ocorre na realidade é que em muitas transações comerciais, sejam nacionais ou internacionais, o cliente exige de seu fornecedor a certificação ambiental. Dessa maneira, o cliente terá sua imagem resguardada da associação dela com empresas que não respeitam o meio ambiente. Um empreendimento que está regularizado ambientalmente ou que detenha uma certificação ambiental também poderá explorar as vantagens de propaganda e marketing, pois os consumidores de bens e serviços de hoje estão cada vez mais antenados na importância da preservação ambiental e dessa maneira escolhem produtos e serviços que não agridam o ambiente natural. Todas essas ações, além de gerar benefícios econômicos para os empreendimentos, contribuirão significativamente para a manutenção da qualidade ambiental do entorno. Por isso é de suma importância a regularização ambiental, não somente para o cumprimento da exigência legal, mas para despertar nos empreendedores, em seus colaboradores e nos concorrentes a consciência de que as ações para a manutenção e melhoria do meio ambiente estão sendo tomadas e, dessa forma, propagar para a sociedade que é possível o desenvolvimento do setor industrial e de serviços sem causar danos ao ambiente natural e à qualidade de vida da população.
----------------------Flávio Rocha Azevedo Professor - Analista Ambiental flaviorochaazevedo@yahoo.com.br
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comportamento
Sonho de Menina
Sonhomenina de
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por Tâmara Lis fotos Arquivo pessoal
Jovens juizforanas comemoram as delícias de uma vida de modelo
Desfilar com lindas roupas feitas sob medida, ter o rosto estampado em revistas espalhadas pelas bancas de jornal de toda a cidade e ser reconhecida pela beleza. Este é, sem dúvida, um sonho de muitas meninas. E duas juizforanas, Ana Carolina Mautoni e Lara Spada, ambas de 20 anos, realizaram este sonho e agora colhem os frutos da carreira de modelo. E a história das duas é mesmo digna de contos de fadas. Após serem selecionadas no concurso para garotapropaganda Luare, dentre mais de algumas centenas de meninas que se inscreveram em 2009, o júri formado pelo fotógrafo e caça-talentos Sérgio Mattos; o modelo e ator Bernardo Mesquita e outros importantes nomes do cenário fashion local, não conseguiu eleger uma única vencedora e as duas ficaram empatadas em primeiro lugar. “Nem acreditei quando disseram”, lembra Lara. Lara conta que sua estreia nas passarelas aconteceu
quando ela tinha apenas 14 anos e foi eleita a mais bela estudante de Juiz de Fora. Depois disto o sonho ficou adormecido até o ano passado quando foi incentivada pelos amigos a participar do concurso garota-propaganda Luare. Saiu de lá vitoriosa e com uma série de novos projetos profissionais. No caso de Ana Carolina o empurrão teve que ser maior. “Uma amiga me inscreveu no concurso sem que eu soubesse”, lembra. A estudante, que se prepara para prestar vestibular para arquitetura, diz que a família, principalmente o pai, ainda está se acostumando com o fato de ter uma modelo na família e, por isto mesmo, optou por trilhar um caminho mais prudente, ainda que mais demorado. Lara também tem se desdobrado para conciliar a faculdade de Direito - atualmente ela cursa o 6º período - com a carreira de modelo: “A faculdade me exige bastante, mas estou conseguindo dar conta de tudo”.
Lara e Ana Carolina acreditam que a amizade e parceria podem duplicar suas chances de sucesso
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BELEZA SAUDÁVEL E para quem pensa que o dia-a-dia da modelo se resume em passar fome e viver sempre impecável, as meninas confessam que não é bem assim. Refrigerantes, bombas de chocolate e salgadinhos fazem parte sim da dieta das duas. “Sempre tive tendência a ser magra e por isto não preciso fazer dieta”, comemora Ana Carolina. Lara também diz que a balança não é uma inimiga e que apenas mantendo hábitos saudáveis consegue manter o peso bem distribuído nos seus 1.68m. Este é inclusive um detalhe que não passa despercebido: a altura das meninas. Um pouco menor que Lara, Ana Carolina mede 1.64 e diz que há trabalho e oportunidades para meninas de diferentes tipos físicos: “Para passarela é um perfil, para fotos outro. Há muito espaço para quem quer trabalhar”, conta. Tranquilas com a altura elas fazem do salto um acessório opcional e explicam que não é preciso estar “impecável” 24 horas por dia. “Em todo lugar pode haver um cliente em potencial, mas eles preferem ver a menina como ela é e não toda montada”, diz Lara. No entanto, vaidade é fundamental. “Não saio de casa sem rímel. Me sinto mal sem maquiagem”, confidencia Ana Carolina que conta também que tem o hábito de se maquiar na frente do espelho para descobrir quais cores a favorecem e como explorar melhor seus traços. Neste ano as duas participarão como juradas do concurso que as elegeu campeãs no ano passado. A expectativa é grande de poderem proporcionar a outras meninas a chance que elas tiveram de iniciar a carreira de modelo e ter seu talento reconhecido.
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garagem
Nova Montana
O nome é só o que ficou
M
por Guilherme Lages fotos Divulgação
Após sete anos com a plataforma do Corsa, a nova picape herda atributos do Agile para enfrentar a liderança da Strada e a simpatia da Saveiro
Melhor manter um nome forte já reconhecido no mercado ou criar uma nova identidade para o carro? Foi assim com a Saveiro e assim será com a nova Montana, o segundo modelo da Família Viva da Chevrolet. A nova picape da GM está bem resolvida quando o assunto é conforto na cabine e espaço para cargas – tem a maior caçamba da categoria e leva 758 quilos (veja quadro comparativo). Será comercializada em duas versões, a LS e a Sport. Tem a cara e o coração do Agile. A frente segue o mesmo padrão com a grade do radiador secionada e os mesmos faróis. Os outros traços do hatch estão no interior. O painel tem iluminação azul e comandos sensíveis ao toque. O assento do motorista com regulagem de altura e a posição de dirigir mais elevada reforçam os sinais de semelhança. O motor é o mesmo 1.4 Econo.Flex, que gera 102 cv quando abastecido com etanol e 97 cv com gasolina.
garantir conforto e segurança. A caçamba está revestida com protetor e conta com dez ganchos para amarração de cordas. O side step, que facilita o acesso ao compartimento, ficou maior e mais largo. O para-choque traseiro é feito em chapa de aço (a nova Montana é a única picape de sua categoria que utiliza este material), tornando-se mais resistente quando alguma pessoa precisa pisar neste compartimento para subir na caçamba e colocar ou retirar alguma carga. Preço a partir de R$ 31.990,00. PARA O LAZER, MONTANA SPORT
concorrentes
PARA O TRABALHO, MONTANA LS A nova suspensão traseira favorece a atividade para o transporte de cargas. Foi totalmente modificada para
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Nova Montana
Strada
Saveiro
Hoggar
Dimensão
4,51 metros
4,45 metros
4,53 metros
4,52 metros
Capacidade de carga
758 kg
705 kg
715 kg
742 kg
Preço (versões top)
R$ 44.040
R$ 48.140
R$ 42.380
R$ 43.500
Vendas acumuladas
25.334 unidades
72.795 unidades
39.029 unidades
2.163 unidades
Comentário
Tudo para decolar nas vendas. Mais bonita, mais espaçosa e com um pacote tecnológico interessante. Briga boa com a Volkswagen Saveiro.
O motor E-torq deu um novo ânimo à Strada que sofria com os altíssimos consumos. Cabine dupla e diferencial blocante Locker são os destaques da líder imbatível.
Com estilo sóbrio e elegante, ela se tornou referência no segmento. Será um páreo duro contra a Nova Montana.
Marinheira de primeira viagem, a Peugeot deu pouca identidade à picape. Um fracasso nas vendas, ela consegue perder até para Ford Courier, que vendeu o dobro. www.revistamaisjf.com.br
não gostamos • Só chega na versão cabine simples
• Ruído do motor, provocado pelo diferencial mais curto • Como o carro está mais elevado, a carroceria fica mais leve em velocidades mais altas e tende a balançar mais.
O encosto do banco pode ser usado como uma mesa de trabalho.
Traz de série faróis com máscara negra, lanternas fumê, frisos, maçanetas e retrovisores pintados na cor da carroceria, barra de proteção no teto, adesivos na coluna e nas portas, com o nome da versão, itens que realçam a esportividade. Ainda, rodas de alumínio aro 15 polegadas, calçadas com pneus 185/60 R15 e faróis de neblina, faróis com acendimento automático e um pacote de tecnologia exclusivo: piloto automático, computador de bordo, ar-condicionado com display digital e sensor crepuscular. Preço a partir de R$ 44.040,00.
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moda
Brechós
Novidade do tempo da vovó
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por Tâmara Lis
fotos Divulgação
Se você não entendeu, está na hora de conhecer os
brechós virtuais. Eles estão ao alcance de um clique Sabe aquela roupa linda que esta fazendo aniversário no fundo do armário? Ou a jaqueta maravilhosa que você comprou no impulso e depois viu que não iria usar tão cedo? E a roupa que ainda está novinha, mas o corpo mudou e você já não sabe mais o que fazer com ela? Pois é! Muita gente sabe muito bem o que fazer, tanto que vem ganhando dinheiro com uma novidade que movimenta o mundo virtual: os brechós on-line. Sem sair de casa você compra e vende roupas, sapatos, bijuterias, bolsas e muitos outros acessórios usados e em ótimo estado de conservação.
A jornalista Mônica Mourão conta que, há cerca de um ano e meio, após ler uma matéria sobre os bazares on-line, tornou-se uma consumidora apaixonada. Em julho deste ano, ao organizar o guarda-roupa por causa de seu casamento, terminou por “encontrar” roupas que já não via há tempos. Mônica comprou fita métrica e um manequim e começou a fotografar uma a uma as mais de 100 peças que “surgiram” do fundo do guarda-roupa: estava nascendo o “Moda em Pauta”. Ideia semelhante também tiverem as quatro amigas Laís Lavinas, Gabriela Esteves, Marina Barbosa e Eponina Monteiro. Elas resolveram montar um bazar virtual para
Mônica conta que encontra peças novas (ou quase) em ótimo estado e por preços, às vezes, até 50% mais baratos que nas lojas
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solucionar um situação muito comum entre os jovens: precisavam de dinheiro para fazer uma viagem. Laís explica que a ideia inicial era montar um bazar convencional, mas a falta de capital fez com que Gabriela sugerisse a utilização do espaço virtual. As meninas reuniram suas próprias roupas e de amigos, desde que tivessem bom estado de conservação, ótima qualidade do produto e possibilidade de venda por um preço baixo. Este seria o tripé que nortearia o “Casa da Sogra”. Embora os brechós on-line já façam sucesso dentro e fora do Brasil, a falta de conhecimento ainda faz com que as maiores compradoras sejam também donas de brechós, que já conhecem e confiam neste tipo de comércio. Mas o negócio vem crescendo. Mônica conta que atualmente tem clientes em vários cantos do país: São Paulo, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro e outras cidades de Minas Gerais e já comemora os resultados. Apenas três meses após entrar no ar, seu bazar on-line já contabilizou mais de mil acessos únicos por mês. No Bazar Casa da Sogra, a equipe já se prepara para expandir as vendas para o público masculino. As meninas reconhecem que ainda há muito preconceito e desconhecimento com relação a compras virtuais. Mas esclarecem: “Tem muita gente honesta e legal que trabalha direitinho para atender os interessados nas compras on-line”. Para garantir que a cliente se sinta segura na hora de fazer a compra, elas enviam, após o primeiro contato da cliente, medidas, caimento da roupa, tipo do tecido e, caso a cliente solicite, fotos mais detalhadas. Se ainda assim a cliente não ficar satisfeita, é possível fazer a troca do produto.
Blazer comprado em Paris. Nunca usado. Todo forrado Tem um viés branco que dá um charme super bacana e elegante à peça
Para garantir sucesso nas compras em brechós virtuais vale seguir algumas dicas de experts no assunto. Antes de fazer sua compra pesquise no ‘Google’ dos Brechós (www.buscabrecho. com.br), dê uma olhada com calma na Vitrine Virtual (www. vitrine-virtual.com) onde você verá o que há de melhor nos bazares on-line e, por fim, pesquise junto ao Sindicato dos Brechós (www.sindicato-brechos.blogspot.com) para conferir a reputação de cada um deles.
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esporte
XTerra Series
por Thiago Stephan fotos Cézar Campos
Competição é realizada pela segunda vez na cidade e reúne nata do triathlon nacional
XTerra Series Uma festa do
esporte em Juiz de Fora
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N esporte
XTerra Series
Nadar um quilômetro na água fria e pesada da Represa Dr. João Penido. Pedalar 25 quilômetros por trilhas e estradas do bairro Remonta, vizinho à represa, no campo de instrução do Exército. E, para finalizar, uma “corridinha” de 7 quilômetros por morros da região e pela margem do espelho d’água do manancial. Estes foram os desafios assumidos por 110 competidores (95 homens e 15 mulheres) que se inscreveram para a prova de triathlon do XTerra Series, competição que foi realizada pelo segundo ano consecutivo em Juiz de Fora e que conta com etapas em diversas cidades do Brasil e até mesmo no exterior. Além do triathlon, neste ano o evento também contou com a Mountain Bike Cup, com percurso de 45 quilômetros, o Trail Run, corrida de oito quilômetros por trilhas e estradas, e o Swim Challenge, quando atletas fizeram a travessia da Represa Dr. João Penido. Para isso, tiveram que nadar 1,5 quilômetro. As quatro provas foram realizadas nos dias 9 e 10 de outubro e 350 competidores participaram das duras disputas.
No triathlon, nenhuma surpresa entre os primeiros: o vencedor foi Alexandre Manzan (Scott/Traveler.com), um dos maiores nomes do triathlon nacional, que completou o percurso em 1h35min37s. Com a vitória na etapa de Juiz de Fora, Manzan sagrou-se bicampeão da etapa local e ainda assegurou o título nacional do XTerra pela terceira vez. “A prova melhorou muito, está perfeita. Só acho que a cidade poderia ajudar mais através de patrocínios. Em relação ao percurso, ele é muito técnico e tem tudo que uma prova do XTerra precisa. Sem falar na beleza do local, que é maravilhoso. A organização está de parabéns”, destacou Manzan. O primeiro juizforano a cruzar a linha de chegada foi Frederico Zacharias (Higéia Academia), que ficou em terceiro, melhorando a colocação de 2009, quando terminou na sexta colocação. “Ano após ano estou melhorando e chegando mais perto dos primeiros. Vou tentar diminuir ainda mais essa distância”, disse Zacharias, acrescentando que sua maior dificuldade nesta etapa do XTerra Series foi a natação.
O primeiro juizforano a cruzar a linha de chegada foi Frederico Zacharias, que ficou em terceiro.
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DISPUTA ACIRRADA NO FEMININO “Não é prova para madame”. Foi assim que a triatleta Carla Prada (Ciclovece/Santa Constância/Scott) definiu a competição realizada na Represa Dr. João Penido. A paulistana venceu ao completar o trajeto com o tempo de 2h07min53s, cruzando a linha de chegada com diversos arranhões no ombro esquerdo e no queixo. Mas os galhos de uma árvore não foram capazes de fazê-la desistir. Carla - que é esposa de Bruno Prada, velejador que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim na Classe Star ao lado do multicampeão Robert Scheidt – chegou apenas 12 segundos à frente de sua conterrânea e amiga Sabrina Gobbo. As duas costumam treinar juntas em São Paulo e, apesar de não combinarem uma estratégia comum, realizaram a prova juntas. “Foi a primeira vez que competi em Juiz de Fora. Gostei bastante. A prova de natação tinha água limpa e o ciclismo foi muito técnico, com trechos para recuperar o fôlego. Sem falar na beleza do local. Foi uma prova rápida perto das outras, com uma metragem menor, mas foi na medida certa”, avaliou Carla. EQUIPE DE JF BRILHA NO REVEZAMENTO No revezamento, o título ficou com o trio formado por Rodrigo Costa, Vanderson Luiz e Cássio Brigolini. A equipe sagrou-se bi-campeã do XTerra Series, já que também venceu no ano passado. Formado por atletas especialistas nas três modalidades, o trio fez bonito. Com apenas 15 anos, Rodrigo Costa pulou na água com a responsabilidade de não decepcionar a sua torcida – pai e avô ficaram cruzando os
dedos na margem da represa. E foi o que aconteceu. Ele foi o terceiro a completar a natação com o tempo de 16min03s. “A prova estava ótima, mas a passagem da primeira boia foi difícil porque o vento estava deixando a correnteza muito forte. Tinha uma média para fazer, que girava entre 15 e 16 minutos. Mas vi o Manzan na minha frente e então percebi que estava bem na prova. Mantive o ritmo e deu certo”, explicou Costa. Brigollini manteve a boa performance na bicicleta e Vanderson fechou o revezamento. VENCENDO DESAFIOS A etapa do XTerra Series em Juiz de Fora foi promovida pela Vidativa Consultoria. Desta vez, o triatleta Hugo Amaral integrou o time dos organizadores, o que o levou a não participar da prova, já que seus desafios, momentaneamente, eram outros. Mesmo assim, o sentimento demonstrado por ele ao ver tudo saindo conforme o planejado não ficou muito distante dos vividos pelos atletas. “É muito gratificante para a gente realizar uma prova de repercussão nacional em Juiz de Fora. Há muitas dificuldades e, apesar disso, conseguimos fazer um evento bem bacana, atendendo e até superando a expectativa de todo mundo”, disse Amaral. As outras três provas - Mountain Bike Cup, Trail Run e Swim Challenge - foram dominadas por atletas locais. Destaque para a vitória de Rafael Ferreira Bringel (Clube Bom Pastor), no Swim Challenge. Na mesma prova, a atleta Giulia Fazza Marcon, de apenas 12 anos, foi a segunda colocada na prova feminina, terminando em 15º na classificação geral.
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beleza
Unhas
Uma novidade que promete deixar suas unhas lindas por até 15 dias
Gel
Banho de
B
por Tâmara Lis foto Dudu Mazzei
Banho de silicone, unha de gel, esmalte de gel... Os nomes são variados, mas a promessa é uma só e tentadora: unhas lindas e bem pintadas por até 15 dias. Que mulher não se apaixonaria pela novidade? As unhas de gel, ou silicone, podem ser usadas por quem tem alguma deformidade na unha; no caso de unhas que, por serem muito fracas, se quebram com facilidade; pelas roedoras de unha contumazes e também por quem faz questão de manter as mãos sempre lindas e bem cuidadas, mas não tem tempo para ir ao salão toda semana. Mas, nada de tentar fazer este tipo de unha em casa! A dica é de Regina Bonifácio, especialista em próteses de
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unhas que trabalha no ramo há 28 anos e já participou de dezenas de cursos que a capacitaram a trabalhar com unhas de porcelana, gel, silicone e reconstrução de unhas danificadas. Ela explica que o processo, quando feito por profissionais, é bem simples, mas se feito de maneira inadequada, pode trazer danos para as unhas. Um exemplo é na hora de remover o produto. “É preciso utilizar um removedor específico vendido apenas para profissionais e, se utilizado por tempo demasiado ou de forma incorreta, pode enfraquecer a unha”, explica Regina. Quando as unhas estão muito curtas ou com alguma deformidade, são colocados sobre elas tips (próteses) leves e muito parecidas com unhas naturais. Sobre essa
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unha é aplicada uma camada de silicone, ou gel, com um pincel com cerdas ultrafinas de nylon. “Um pincel normal certamente prejudicaria ao espalhar o produto que pode, inclusive, grudar formando deformações na unha” destaca Regina. As unhas são fixadas com uma cola própria para este trabalho (nem pensar em cola instantânea!) e depois de fixadas não é preciso ter medo: elas só se soltam em situações extremas, como choques e quedas. Em seguida, as mãos são colocadas em uma cabine com luz ultravioleta que fixa o gel às unhas. Depois, é utilizada uma lixa totalmente emborrachada para dar acabamento e as unhas podem ser pintadas normalmente. O procedimento dura, em média, uma hora. No caso de unhas sem deformidades e com tamanho que satisfaça à cliente é possível utilizar apenas o banho de gel. Neste caso, não são utilizados os apliques e o gel é passado sobre a unha. Regina explica que o banho de gel serve para fortalecer as unhas, que ficam mais resistentes aos choques e rachaduras. Além disto, muitas pessoas que têm alergia ao esmalte tradicional podem usar o banho de gel que irá impermeabilizar a unha evitando o contato com o esmalte. Como o gel vai saindo à medida que as unha naturais vão crescendo é preciso que seja feita manutenção quinzenal. SEMPRE BELA Regina diz que quem experimentou a novidade não abandona as unhas de gel. E foi justamente o que
aconteceu com a advogada Marianna Siqueira que optou pelo gel por não conseguir abandonar o hábito de roer as unhas. “Agora minhas unhas estão sempre impecáveis”, comemora. Mas para ficar com as mãos lindas como a de Marianna é preciso estar disposta a pagar por isto. Enquanto uma manicure comum cobra cerca de R$10,00, as unhas de gel podem passar de R$200,00. Este tipo de técnica também pode ser utilizado nos pés. No entanto Regina conta que, no caso de pedicure, a maior procura é pela reconstrução da unha. Este é o caso da design de interiores, Vera Silveira. Ela relata que, por causa de uma micose que aparecia com a mudança de temperatura, fez as unhas de porcelana há 20 anos pela primeira vez e nunca mais parou. “Este processo encobre a aparência da micose”, explica. CUIDADOS Para manter as unhas sempre lindas, Regina destaca que é fundamental tomar alguns cuidados: “Todos os produtos devem ser hipoalergênicos e na hora de escolher o salão é preciso ter muita cautela: procure referências. Tem muita gente que compra um CD sobre unhas de gel, por exemplo, e já experimenta nas clientes”, alerta. Após escolher um bom salão e experimentar a novidade é só sair por aí acumulando elogios com as novas unhas que já se tornaram sensação entre noivas, formandas ou apenas aquelas mulheres que não abrem mão de ficarem sempre belas.
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turismo
Ibitipoca
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Ibitipoca por Thiago Stephan fotos Noemi Luz
P
Belezas naturais e
hospitalidade são
ingredientes de uma viagem inesquecível
Paisagens paradisíacas, cachoeiras, lagos, grutas, paredões de pedra e picos. Quem visita o Parque Estadual do Ibitipoca, em Lima Duarte, jamais esquece o que conheceu. As trilhas que cortam a unidade de conservação reservam inúmeras surpresas, uma mais bela que a outra. Os percursos são longos, mas vale o desgaste, seja para ter a vista de 360º no alto do Pico da Lombada, a 1.784 metros de altitude, ou para conhecer a Cachoeira dos Macacos, passando pela Ponte de Pedra. E o dia de caminhada ainda pode ser recompensado por um pôrdo-sol de tirar o fôlego. Mas os atrativos da região vão além das belezas naturais. Em Conceição de Ibitipoca, uma pequena vila a poucos quilômetros do parque, os visitantes tem acesso a pousadas, hotéis, restaurantes e camping. A noite é agitada com muita música ao vivo e boa gastronomia. Sem falar na hospitalidade dos moradores locais, uma mistura de simplicidade e gentileza cada vez mais difíceis de encontrar. No Parque Estadual do Ibitipoca há lugares que você não pode deixar de conhecer. Para isto é preciso muita disposição, já que a caminhada é a única forma de deslocamento permitida. São necessários, pelo menos, três dias para conhecer todos os principais pontos abertos à visitação. “O parque é o principal atrativo da região e oferece três roteiros. No Roteiro da Janela do Céu, o visitante passará por quatro grutas, dois picos – entre eles a Lombada, ponto mais alto da região com 1.784 metros -, pelo mirante da Janela do Céu e finalizará o passeio com um banho na Cachoeirinha, uma queda d’água de 35 metros. No Roteiro do Pico do Peão, a caminhada passará por
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turismo
Ibitipoca
A tranquilidade e a paisagem bucólica fazem parte do cotidiano de Conceição de Ibitipoca
Paisagens da Serra da Rancharia vistas do alto do Parque Estadual do Ibitipoca três grutas – Gruta do Monjolinho, Gruta dos Viajantes e Gruta do Peão -, tendo como ponto final o Pico do Peão, segundo mais alto do parque com 1.720 metros. O terceiro roteiro é o Circuito das Águas, que é o que possui mais atrativos, como o Lago dos Espelhos, o Lago das Miragens e a Cachoeira dos Macacos, além da Ponte de Pedra e das grutas dos Coelhos e dos Gnomos”, comentou Gabriel Fortes, que é guia turístico da Serra de Ibitipoca e seu entorno há cerca de 14 anos. O funcionamento do parque é de terça a domingo, das 8h às 17h. Durante a semana, a administração da unidade de conservação cobra a tarifa de R$ 5,00 por visitante. Nos finais de semana e feriados, o preço sobe para R$ 15,00. A capacidade máxima de visitantes é de 800 pessoas, sendo que, durante a semana, esse número cai para 300. Existe ainda um camping, com espaço para 15 barracas: cada uma pode ser ocupada, no máximo, por três visitantes. O valor da diária por pessoa é de R$ 20,00.
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FAUNA E FLORA O Parque Estadual do Ibitipoca possui, em seus 1.488 hectares, grande biodiversidade e atrativos naturais, como cachoeiras, grutas, picos e mirantes. No local, são encontradas diversas espécies animais, como o loboguará, os macacos bugio e barbado e o tucano-do-bicoverde. Até onça parda já foi vista na região. Destaque também para um pequeno anfíbio: a Hyla ibitipoca, que possui este nome por ter sido descoberta no parque. Entre os vegetais destacam-se as bromélias, espécies endêmicas em função das particularidades das condições ambientais da unidade. Com grande potencial hídrico, possui rios e nascentes afluentes da bacia do Rio Paraíba do Sul, sendo estes o Rio do Salto, formador de inúmeras e belas cachoeiras e o Rio Vermelho, também rico em cachoeiras e canyons. Saiba mais sobre as características do parque no site www.ibitipoca.tur.br, onde também existem opções para hospedagem.
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Todas as cidades que integram o projeto possuem várias disjunções da Serra da Mantiqueira
Em Conceição de Ibitipoca, as atrações ficam por conta dos bares e restaurantes, ponto de encontro dos visitantes e moradores para um bate-papo para lá de proveitoso, bem à moda mineira. Durante o dia, pode-se conhecer a Igreja Matriz, a Igreja do Rosário e as lojas de artesanato, além de experimentar a saborosa culinária local, como o famoso pão de canela (ver receita página 40), produto típico Segundo da região. Na parte alta da vila, pode-se visitar o moradores, a “desbarrancado”. Conheça mais sobre a história da face do morro vila no site www.circuitoserrasdeibitipoca.com.br. foi escavada por escravos, CIRCUITO SERRAS DE IBITIPOCA no século XIX, A vila e o parque estão inseridos dentro do à procura da Circuito Serras do Ibitipoca, que foi criado através maior riqueza da da associação de oito municípios com o objetivo época: o ouro. de fomentar o turismo na região: Lima Duarte, Bias Fortes, Ibertioga, Santana do Garambéu, Pedro Teixeira, Santa Rita de Ibitipoca, Santa Rita de Jacutinga e Rio Preto. Mas há muito para se ver no Circuito Serras do Ibitipoca além do belo parque e da vila. Isso porque todas as cidades que integram o projeto possuem várias disjunções da Serra da Mantiqueira, como a Serra de Lima Duarte, Serra Negra (Funil e Monte Verde), Serra do Cruz, Serra da Boa Vista, Serra do Pacau, Serra da Cachoeira Alegre, além de outros pontos da Serra de Ibitipoca. Todos com inúmeras e belas cachoeiras. No povoado de Monte Verde, por exemplo, que fica a 20 km de Lima Duarte, existe o roteiro das Cachoeiras do Arco Íris, onde o visitante poderá optar pela caminhada nas
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turismo
Ibitipoca
Telefones de apoio: Parque Estadual do Ibitipoca: (32) 3281-1101 Secretaria de Turismo de Lima Duarte: (32) 3281-1195
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montanhas e desfrutar de seis belas cachoeiras, sendo três delas com mais de 50 metros de queda livre, além de grutas quartzíacas, paredões e mirantes com 360° de visão para várias serras da região. Duas das mais famosas cachoeiras são a do Arco Íris e a do Sossego, com queda de aproximadamente 50 metros, e que contam com bar, áreas de lazer, piscinas, estacionamento, chalés e trilhas. No sopé da Serra de Ibitipoca tem a Cachoeira das Andorinhas, bastante apreciada por banhistas pela presença de um poço e uma prainha própria para crianças. O local possui ainda diversas trilhas, rios, corredeiras e espaços preservados da Mata Atlântica. O turista tem a chance ainda de conhecer belas grutas e curiosas formações rochosas, como o Pico do Pão de Angu, um dos principais cartões postais da região. Segundo o presidente do Circuito Serras de Ibitipoca e chefe do Departamento de Turismo de Lima Duarte, Márcio Lima, as rotas alternativas oferecem aos turistas opções além do Parque Estadual, possibilitando àqueles que já conheceram o parque novas atrações. Além disso, esses roteiros podem ser visitados nos dias em que o parque estiver com a capacidade máxima esgotada, o que tem acontecido com certa frequência, principalmente em finais de semana, feriados prolongados e nas férias. “Estamos trabalhando a estruturação e a divulgação de circuitos alternativos de roteiros em todo o Circuito Serras de Ibitipoca, não só em Lima Duarte, mas em outras cidades da região. São percursos com características naturais e culturais similares. Temos dezenas de outras serras na região que não são unidades de conservação e não são conhecidas do público, com grutas, cachoeiras e outros atrativos naturais, além das vilas e povoados, com sua gente e pequenas capelas”, comentou Lima.
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acontecendo
Mina do Ouro
Mina do Ouro
U
Evento reúne apaixonados por joias em Juiz de Fora Uma noite marcada pela elegância e sofisticação. Um verdadeiro deleite para os apreciadores de joias. Assim pode ser definido o evento Mina do Ouro, organizado pelas empresárias Lílian Fartura e Patrícia Alvim que contou com referências nacionais no design de joias como Márcia Mór e Carla Pinheiro. Esta foi a segunda edição do encontro que reuniu apreciadores da beleza de uma boa joia no hotel Constantino em Juiz de Fora, no último dia 10 de novembro. O evento contou ainda com o desfile de 35 belas mulheres, consumidoras, que apresentaram joias que as deixaram ainda mais radiantes. Para Lílian Fartura a experiência e talento comercial aprendido com os pais Paulinho e Jane Fartura, proprietários do Restaurante Fartura no Fogão há 16 anos e do Fubá Fartura há 40, foram fundamentais para sua formação como empresária. ”São diretrizes que aprendi com meus pais: qualidade e preço”, destaca. Patricia Alvim destaca que realizar um evento como este em Juiz de Fora é muito prazeroso, pois há publico consumidor e conhecedor do mercado de joias. A designer Márcia Mór apresentou peças que encantaram as presentes pela beleza das pedras e misticismo da coleção Trevos. Já Carla Pinheiro da Art´Lev apresentou coleções com a
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por Tâmara Lis e Thiago Stephan fotos Julio Vasques e Oswaldo Calzavara
temática de animais exóticos e uma linha mais comercial abusando de pedras brasileiras e do verde e amarelo. “Nossa linha comercial mostra que com a melhoria das condições de vida da população aumenta também o público consumidor de joias”, comemora. As mulheres presentes foram unânimes em afirmar que os brilhantes ainda são irresistíveis mas é preciso ter sensibilidade para reconhecer a joia que mais combina com cada uma. “Saber reconhecer a importância de uma joia é algo que vem de berço. Um homem que presenteia uma mulher com uma bela joia é, certamente, um homem que sabe reconhecer a importância da história e do afeto”, explica Márcia Mór. Para quem tem certa dificuldade em escolher qual joia usar a consultora de moda e colunista da Mais JF, Fabianna Carraro explica que para manter um visual requintando é melhor não abusar “não devemos ter muitos pontos focais. Nada de carregar o visual com muita informação” ensina. Na hora de comprar uma joia alguns cuidados são importantes. Carla lembra que é fundamental procurar lojas de confiança “assim como fazemos com o médico da família”, explica. Já Márcia Mór destaca que é preciso que haja, de fato, um encantamento pela joia “a relação entre a mulher e a joia é uma relação de amor”. Alguém dúvida?
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A empresária Lílian Fartura mostrou que requinte e bom gosto sofisticam e dão leveza ao visual
Isa Fartura provou que o requinte das pérolas deixa o dia da noiva ainda mais especial
Valorização da qualidade e elegância é herança que passou de mãe, Jane Fartura, para filha A bela Ana Gabriela Drummond desfilou com joias de design moderno, comprovando que podem, e devem, ser usadas em qualquer ocasião
Joias com pedras brasileiras e a simpatia de Adriana Drummond encantaram o público presente
A beleza da empresária Patrícia Alvim ganhou brilho com a sofisticação das joias
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acontecendo
Mina do Ouro
A jovem Marcela Fartura mostrou que, quando usadas corretamente, as joias valorizam o look em qualquer idade
Anel, brincos e pulseiras seguindo a mesma linha de design tornaram o visual de Marina Fartura mais harmonioso
A charmosa Carolina Fartura valorizou ainda mais a tendência das coleções que investem em jóias para crianças e bebês
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Sula Miana
A empresária Lílian Fartura fez questão de destacar que o trajetória de sucesso dos pais servirá de norte em sua carreira e a parceria com o marido Herlon Fernandes garante o sucesso do empreendimento
Importantes nomes da sociedade local como Maria Beatriz Paletta Guedes, Vanessa Paletta, Suzana Moraes e Ana Beatriz Moraes prestigiaram o evento e se encantaram com a beleza das peças
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gente do bem
Meninas Artesãs
O
por Thiago Stephan fotos Gleice Lisbôa
Bordando um futuro
Colorido
Com uma agulha na mão e uma ideia na cabeça,
meninas artesãs costuram seus sonhos
O início do horário de verão anuncia: o Natal está chegando! É época de confraternizar, rever os amigos e familiares e, porque não, presentear as pessoas que gostamos. Para quem busca presentes com um algo a mais, a dica são os produtos confeccionados na Casa da Menina Artesã, que em 2010 está completando uma década de atividades. São camisas bordadas e personalizadas, colares, anéis, chaveiros e bolsas - todos muito coloridos -, que prometem agradar aos mais exigentes gostos. E, se o presente for para você, pode acreditar: ficará mais bonita por dentro e por fora. Os preços atendem aos diferentes tipos de bolso: broche custa R$ 6,00 e bolsa, R$ 50,00. A camisa sai por R$ 35,00. Os clientes preocupados com o meio ambiente podem levar uma ecobag (R$ 10,00), bolsa utilizada para substituir as sacolas plásticas na hora das compras. Valores pequenos para quem está adquirindo produtos com a marca da Casa da Menina Artesã. Desde a sua criação, a Casa da Menina Artesã já ensinou técnicas de artesanato a
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1.225 garotas de 14 a 18 anos em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, o projeto conta com 102 adolescentes. Em um primeiro momento, as jovens passam por curso com duração de dois meses, onde aprendem a bordar, estudam as cores e desenvolvem habilidades motoras. As meninas que se destacam são convidadas a integrar a oficina da Casa por um ano, período em que recebem 70% do valor das peças que confeccionarem e que forem vendidas. O restante é destinado à compra de material. O dinheiro não é muito, mas serve para ajudar em casa. Além disso, elas ainda ganham cesta básica. São companheiros inseparáveis das adolescentes no período em que estão na Casa retalhos, linhas, agulhas e miçangas, dentre outros materiais que dão asas à criatividade das jovens. Com uma agulha na mão e uma ideia na cabeça, elas costuram seus sonhos e bordam um futuro colorido. Raissa Rodrigues de Oliveira, 16 anos, está completando um ano no projeto. Ela pretende ser médica, mas afirma que não abandonará o artesanato, que para ela é um
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lazer. “Gosto muito de bordar. Quando estou aqui, me sinto bem por fazer o que gosto. Quando vejo uma peça que fiz sendo vendida fico ainda mais feliz, porque é o reconhecimento do meu trabalho. Quero ser médica, mas não pretendo parar com o artesanato, mesmo que seja só por prazer”, disse. Sentimento semelhante é o de Joselita Pereira de Jesus, 17 anos. Segundo ela, os elogios a seu trabalho a levam a querer fazer cada vez melhor, cada vez mais bonito. Quanto ao dinheiro recebido, Joselita afirma que sempre vem em boa hora. “Nós, que somos adolescentes, sempre estamos querendo alguma coisa. E esse dinheiro serve para comprar essas coisas quando nossos pais não podem nos dar”. A Casa da Menina Artesã funciona na Rua Espírito Santo, 450, no Centro. Lá existe uma lojinha onde são comercializados os
artesanatos. O espaço é aberto à visitação das 8h às 12h e das 14h às 18h. “Sempre convido as pessoas para virem aqui. Acho que é mais bacana as pessoas conhecerem a casa e ver as meninas trabalhando. Podem conversar com elas, fazer encomendas. Essas visitas passam mais credibilidade para a sociedade. Ganhamos mais transparência. Está todo mundo convidado a vir aqui e tomar um cafezinho conosco”, convidou a coordenadora da Casa da Menina Artesã, Maria Cláudia Magalhães. Durante o período em que estão na Casa, o aprendizado das adolescentes vai além de como usar panos, linhas e miçangas. Elas têm acesso a conteúdo sócio-educativo ao receberem noções de saúde, informações sobre métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis, conhecem o Estatuto da Criança e do Adolescente e aprendem sobre a importância da escola.
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mesa de minas
Pão de Canela
Pão de Canela O gostinho da Serra
M
na sua mesa
Maria da Conceição Ribeiro, 48 anos, guarda um segredo de família que não conta para ninguém. Ou melhor, não contava. Nascida em Conceição de Ibitipoca, a cozinheira é a ‘guardiã’ da receita do famoso Pão de Canela, que há muito tempo caiu no gosto dos turistas que visitam a Serra de Ibitipoca, em Lima Duarte. “Aprendi a receita com a minha mãe, que aprendeu com uma prima. É uma receita familiar”, comenta Dona Conceição. Divulgar a receita não é uma tarefa fácil para ela, que teme dividir um verdadeiro patrimônio de família. Mesmo assim, contou à reportagem da MaisJF como fazer o saboroso alimento. Isso porque Dona Conceição sabe que não há Pão de Canela melhor do que o feito e saboreado em Ibitipoca. “O detalhe para ficar aquele Pão de Canela é
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por Tâmara Lis fotos Noemi Luz
o forno à lenha. Não tem mistério para fazer a receita, que pode ser feita em qualquer forno. Mas o forno à lenha dá um gostinho diferente. Sem falar no clima da Serra, que deixa o pão ainda mais gostoso”, comentou a cozinheira. Por isso, quando subir a Serra do Ibitipoca, a dica é dar uma paradinha no “Empório Mineiro Mãos de Maria”, que fica na estrada entre a vila de Conceição de Ibitipoca e o Parque Estadual. Lá, além do Pão de Canela, os visitantes poderão degustar a boa comida mineira. Tudo feito no fogão à lenha. E, para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer Ibitipoca ou querem matar a saudade dos sabores da Serra, basta seguir a receita e viajar por um dos deliciosos sabores de Minas Gerais.
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Ingredientes: 1 copo (200ml) de leite morno 1 copo (200ml) de água morna 50 gramas de fermento de pão 2 ovos 1 copo (100ml) de óleo 1 colher de sopa (bem cheia) de margarina 1 copo (100ml) de açúcar refinado ou cristal 1 kg de farinha de trigo sem fermento 1 pitada de sal Para rechear: Canela e açúcar a gosto. Modo de Preparo: 1º Passo: Em uma vasilha grande, misture o leite e a água e dilua o fermento de pão. Em seguida, acrescente os outros ingredientes, deixando a farinha de trigo por último. Amasse a massa até ela soltar das mãos e da vasilha. Pode ser necessário acrescentar mais farinha de trigo, o que deve ser feito gradativamente até atingir o ponto desejável. 2º Passo: Abra a massa com a ajuda de um cilindro do tamanho que quiser o pão (pode ser grande, pequeno ou do jeito que a criatividade mandar). Em seguida, passe margarina e polvilhe o açúcar e a canela a gosto. Deixa o pão repousar por 40 minutos coberto com um pano. Bata a clara de um ovo em neve, acrescente a gema e misture com um fio de óleo e um pouco de café “amargoso”. Passado os 40 minutos do repouso, pincele a mistura na superfície do pão, o que vai deixá-lo mais bonito, com aparência dourada. 3º Passo: Asse o Pão de Canela por 15 minutos em temperatura média e, em seguida, delicie a receita mais famosa da Serra de Ibitipoca.
Para Dona Maria, não existe Pão de Canela melhor do que o preparado seguindo a tradição de Ibitipoca
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