Clipping Setembro e Outubro 2018

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Veículo: Câmera Record Data: 28/10/2018 Link: http://recordtv.r7.com/camera-record/videos/especialistas-dao-dicas-de-como-chegar-a-melhor-idadesem-dificuldades-financeiras-29102018

Especialistas dão dicas de como chegar à melhor idade sem dificuldades financeiras o 

CÂMERA RECORD 29/10/2018 - 08h46

Em entrevista ao Câmera Record, Reinaldo Domingos, especialista em educação financeira, explicou como enxugar os gastos na hora das compras.

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Veículo: Jornal da Band Data: 10/09/2018 Link: https://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/16538443/empresas-adotam-novas-formas-deantecipacao-salarial.html

Empresas adotam novas formas de antecipação salarial Muitas empresas adotaram novas formas de fazer a antecipação salarial aos funcionários - o popular "vale" - que é um alívio quando o pagamento não chega até o fim do mês. Em alguns casos, o dinheiro é liberado por meio de um cartão pré-pago.

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VeĂ­culo: Jornal da Record Data: 10/09/2018 Link: https://noticias.r7.com/jornal-da-record/videos/brasileiros-voltam-a-guardar-dinheiro-na-poupancaapos-queda-de-juros-10092018

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VeĂ­culo: Jornal da Record Data: 13/09/2018 Link: https://noticias.r7.com/jornal-da-record/videos/dolar-fecha-a-r-419-e-atinge-maior-valor-desde-oplano-real-13092018

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VeĂ­culo: Jornal da Record Data: 15/09/2018 Link: https://noticias.r7.com/jornal-da-record/videos/mais-de-3-milhoes-de-idosos-nao-conseguem-pagarcontas-basicas-16092018

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Veículo: TV GLOBO/PI TV 1ª Edição Data: 27/09/2018 Link: http://g1.globo.com/pi/piaui/pitv-1edicao/videos/t/edicoes/v/escritor-fala-sobre-a-importancia-daeducacao-financeira-no-ensino-medio-e-fundamental/7048324/

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Veículo: GloboNews/Edição das 10 Data: 03/10/2018 Link: https://www.youtube.com/watch?v=fN4tjvqVk2E

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Veículo: Jornal da Record Data: 12/10/2018 Link: http://recordtv.r7.com/jornal-da-record/videos/boletos-vencidos-acima-de-r-100-poderao-ser-pagosem-qualquer-banco-12102018

Boletos vencidos acima de R$ 100 poderão ser pagos em qualquer banco o 

JORNAL DA RECORD 12/10/2018 - 22h20

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Veículo: Jornal da Band Data: 12/10/2018 Link: https://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/ultimos-videos/16555411/mesada-e-importantena-educacao-financeira-das-criancas.html

Mesada é importante na educação financeira das crianças A mesada é uma ferramenta importante para fazer as crianças aprenderem a lidar com o dinheiro. Segundo especialistas, controlar os gastos desde cedo ajuda a formar adultos mais conscientes financeiramente.

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VeĂ­culo: Record RS Data: 20/10/2018 Link: http://www.recordtvrs.com.br/rio-grande-record/videos/13-pagar-contas-ou-comprar-presentes20102018

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Veículo: TV Aparecida/Manhã Leve Data: 10/09/2018 Link: https://www.youtube.com/watch?v=DQp7yUYKJks&feature=youtu.be

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Veículo: TV Cultura/De Olho na Educação Data: 10/09/2018 Link: https://www.youtube.com/watch?v=M3wZnBBMREg

O ‘De olho na educação’, programa jornalístico que tem o objetivo de discutir até o segundo turno das eleições a situação do ensino no Brasil, recebe hoje o professor da Unicamp (Universidade de Campinas) Renato Pedrosa. O objetivo é despertar no eleitor a atenção para o tema e disponibilizar à população informações necessárias para compreender e analisar as propostas dos candidatos para a área, considerada essencial para o desenvolvimento nacional. Os aspectos abordados vão desde a pré-escola até as universidades, incluindo a capacitação dos professores, as avaliações estudantis, a Base Nacional Comum Curricular, a infraestrutura, o suporte para pesquisas científicas e tecnológicas e o retrato do ensino técnico.

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VeĂ­culo: TV Record/RJ no Ar Data: 10/09/2018 Link: https://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/rj-no-ar/videos/analista-de-financas-da-dicas-de-como-naoficar-endividado-10092018

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Veículo: RIT TV/Movimento Jovem Data: 08/09/2018 Link: https://www.youtube.com/watch?v=J-VDfApDWm4&t=3509s

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Veículo: TV Cultura/Jornal da Cultura Data: 24/10/2018 Link: https://www.youtube.com/watch?v=ElSFCP4EiyE

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Veículo: TV Câmara/RJ Data: 13/09/2018 Link: https://www.youtube.com/watch?v=jrLeyCVHSVg

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Veículo: G1 Data: 05/09/2018 Link: https://g1.globo.com/economia/educacao-financeira/noticia/2018/09/05/saiba-como-proteger-ascompras-do-cartao-de-credito-das-fortes-oscilacoes-do-dolar.ghtml

Por Darlan Alvarenga, G1 05/09/2018 09h15 Atualizado há 9 minutos

Juro médio do cartão de crédito rotativo ficou em 271,4% ao ano em julho (Foto: Reprodução/JN)

Com a atual disparada do dólar, o viajante deve redobrar o cuidado no uso do cartão de crédito fora do país e nas compras internacionais, e ficar de olho nas opções para evitar surpresas negativas no retorno ao 18


Brasil. Isso porque o valor cobrado pela operadora é baseado sempre na cotação da data de fechamento da fatura, e não a do dia de cada gasto.

Quem fez compras na primeira semana de agosto, por exemplo, pode levar um susto com o valor da fatura. No acumulado do mês, o dólar subiu mais de 10%. No dia 1º de maio, a moeda dos EUA era cotado a R$ 3,75, e atingiu R$ 4,19 nesta semana, rondando máximas históricas. E isso sem contar o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), cuja alíquota atual é de 6,38%. A moeda está perto de bater o recorde histórico e, nas casas de câmbio, o dólar turismo já chega a ser negociado acima de R$ 4,60. Veja a cotação de hoje A possibilidade travar a cotação nas transações com cartão de crédito com o valor do dólar do dia da compra foi liberada pelo Banco Central no final de 2016, mas os bancos ainda resistem em oferecer esta opção aos clientes.

Variação do dólar em 2018 Diferença entre o dólar turismo e o comercial, considerando valor de fechamento em R$ dólar comercialdólar turismo (semIOF)12/129/117/125/12/214/222/22/312/320/328/36/416/424/43/511/521/529/57/615/625/0 63/711/719/727/76/814/822/833,253,53,7544,254,5 Fonte: Valor PRO A Caixa Econômica Federal ainda é o único dos grandes bancos que aderiu à nova norma do Banco Central. A conversão pela data da compra, entretanto, é sempre opcional, e deve ser solicitada na primeira vez em que o cliente liberar o cartão internacional. A maioria dos bancos oferece como alternativa apenas a opção de quitação antecipada da fatura pelo câmbio do dia do pagamento. Procurada pelo G1, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) destacou informou em nota que a oferta da conversão de moeda estrangeira com base na cotação do dia da compra não é obrigatória. "A oferta dessa alternativa é facultativa aos emissores de cartão, que, de acordo com suas políticas, sistemas e estratégias comerciais, podem ou não disponibilizá-la aos seus clientes. A Abecs não comenta as estratégias comerciais de seus associados quando totalmente alinhadas às normas regulatórias”, disse a associação.

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Imposto de 6,38% Para o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos, não é do interesse dos bancos oferecer a alternativa. "Os bancos não vão se esforçar para cobrar menos", afirma. Ele lembra ainda que, financeiramente, sempre será mais vantajoso comprar dólares em espécie para levar nas viagens, pelo fato de a alíquota do IOF para o cartão de crédito e pré-pago ser mais alta (6,38% contra 1,1%). Segundo o educador, o mais recomendado é que o cartão de crédito seja usado no exterior somente para emergências e que seja feita antecipadamente uma reserva orçamentária para esse gasto.

"Não é porque o dólar aumentou que não se pode viajar mais. O que é preciso é fazer uma readequação orçamentária e achar onde cortar. Quanto ao cartão de crédito, o ideal é usar só em caso de emergência e se efetivamente tiver uma oportunidade que valha a pena, porque além o IOF, há o risco de taxas de 300% em caso de inadimplência". Com a alta do dólar, os brasileiros reduzem os gastos no exterior

Veja as opções oferecidas por cada banco Caixa Oferece a opção de converter o valor gasto fora do país pela cotação em reais do dia de cada compra. Regra também vale para compras feitas pela internet em sites de outros países. A conversão pela data da compra é sempre opcional, e deve ser solicitada na primeira vez em que o cliente liberar o cartão internacional. Itaú Permite ao cliente fazer carregamento em dólar, euro ou libra nos cartões de crédito ou múltiplo. Neste serviço, a conversão é feita pela cotação de câmbio da data da carga ou recarga. "O cliente escolhe o dia da cotação, além de poder fazer múltiplas recargas como planejamento para sua viagem. Além das compras em lojas, hotéis, restaurantes e demais estabelecimentos afiliados à bandeira do cartão, o cliente também pode realizar compras em sites internacionais e ainda sacar valores no exterior, que também serão abatidos deste saldo pré-carregado", informou.

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Banco do Brasil Oferece cartões múltiplos que permitem compras na função crédito (conversão na data do pagamento) e na função débito (cotação da hora da compra). Outra alternativa é o uso de cartão pré-pago em euro ou dólar americano, que permite a aquisição prévia dessas moedas. "Caso os clientes que compraram na função crédito entendam que o dólar está favorável, eles podem antecipar o pagamento de sua fatura, utilizando a cotação do dia para conversão de seu saldo na moeda estrangeira", informa o banco.

Bradesco Para compras no cartão de crédito, oferece a opção de pagamento antecipado das despesas em moeda estrangeira pelo câmbio do dia. "Não há serviço de trava da cotação para pagamento posterior na data de vencimento da fatura", informou. Santander Não faz trava de cotação de dólar, mas permite o pagamento antecipado. A taxa de conversão do dólar para a moeda nacional é informada na fatura do cartão de crédito. "Caso a taxa utilizada na data de fechamento da fatura seja diferente na data do pagamento ou do vencimento da fatura, o que ocorrer primeiro, a diferença será creditada ou debitada na fatura seguinte", informou. Nubank Não oferece opções para travar cotação do dólar. Nas compras internacionais, o dólar é sempre calculado com base no dia de processamento da compra. "Depois, se houver alguma diferença entre a cotação do processamento da compra e do dia do pagamento da fatura, passa pela variação cambial. Nesse caso, lançamos um débito (se a cotação tiver aumentado) ou um crédito (se a cotação tiver caído) na fatura em aberto", informou.

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Veículo: Estadão Data: 01/10/2018 Link: https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,prova-mostra-que-as-meninas-do-pais-lidam-melhorcom-economia-do-dia-a-dia,70002526696

Prova mostra que as meninas do País lidam melhor com economia do dia a dia Pisa mede habilidades como a leitura de boleto e a interpretação de mensagens sobre uma conta bancária; nota delas é de 397,5, enquanto que a deles fica em 389,2. Para especialistas, explicação passa por organização familiar e aspectos emocionais Júlia Marques, O Estado de S.Paulo 01 Outubro 2018 | 02h00

SÃO PAULO - Estudantes brasileiros de 15 e 16 anos que participaram do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), têm, em geral, baixo desempenho na área que mede o letramento financeiro. Mas a nota delas ultrapassa a deles, apesar do desempenho pior das garotas em Matemática. Isso mostra que as meninas têm mais habilidade para lidar com o dinheiro. Um estudo elaborado pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) compilou dados de 23.141 estudantes brasileiros que fizeram a prova em 2015 – segundo ano em que o teste de letramento financeiro foi aplicado pelo Pisa. A nota média das meninas é 397,5, enquanto que a dos meninos cai para 389,2. Ambos, porém, estão abaixo do nível mínimo adequado (400 pontos). 22


A avaliação do Pisa mede habilidades como a leitura de um boleto e a interpretação de mensagens sobre uma conta bancária. Para especialistas ouvidos pelo Estado, a diferença de desempenho entre os gêneros expõe uma característica da área: o letramento financeiro não depende apenas do domínio de cálculos matemáticos – para o qual as meninas, historicamente, recebem menos incentivo. Segundo Ernesto Faria, diretor do Iede, o aspecto emocional ajuda a explicar o resultado. “Algumas avaliações socioemocionais já apontam as meninas melhores em conscienciosidade, em buscar tomar consciência para decisões.” Outra hipótese está na organização das famílias: as jovens estariam mais habituadas ao manejo com o dinheiro por serem envolvidas, desde novas, em atividades domésticas das quais os meninos são culturalmente apartados. “Muitas são responsáveis por coisas em casa e, com isso, são obrigadas a administrar”, diz Ana Rosa Vilches, diretora pedagógica da DSOP Educação Financeira, que faz capacitações em escolas. Mudança de hábito. A educação financeira é vista como forma de oferecer ferramentas para que os estudantes adotem estratégias de consumo conscientes no futuro. “O brasileiro poupa pouco e não se planeja para o consumo”, diz Luís Gustavo Mansur, chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do Banco Central. O tema foi incluído na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que vai definir a aprendizagem de todo o ensino básico. A ideia é que a educação financeira seja trabalhada de forma transversal, em disciplinas como Ciências e Matemática. O estudo do Iede mostrou que um em cada três estudantes já teve o conceito nesses moldes. Procurado, o Ministério da Educação não quis comentar o estudo. Para Amarildo Melquíades da Silva, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e especialista no tema, é importante que as estratégias nas escolas levem em conta a realidade socioeconômica dos alunos. “Uma educação financeira nas públicas pode formar crianças e adolescentes para ajudar os pais. Para as classes altas, gostaríamos de trabalhar conceitos de sustentabilidade e respeito em termos salariais aos seus empregados.” 23


Aula para fazer contas e ir para a cozinha

Estudantes Daniel Borsetti e Giovana Borsetti Cruz, do Colégio Mary Ward Foto: Felipe Rau

É aula, mas termina na cozinha. Em um colégio da zona leste de São Paulo, estudantes do ensino médio misturam leite condensado e chocolate para fazer brigadeiros. Antes, pesquisam o preço dos ingredientes e colocam cifras na ponta do lápis. “Para muitos, é a primeira vez em que pisam no mercado. Ficam impressionados com o valor das coisas”, diz a professora de Matemática Patricia Baccaro, do colégio particular Mary Ward. Ao fim da atividade, os alunos comparam o custo do brigadeiro que confeccionaram com o que encontram nas lojas. “Percebemos que o melhor seria comprar os produtos e fazer o nosso brigadeiro em casa”, avalia o estudante Daniel Borsetti, de 16 anos. A escola aproveita as aulas de Matemática para trabalhar conceitos de educação financeira com os jovens. Além de dominar os cálculos de juros simples e compostos, os alunos ficam de olho em reportagens e trazem questionamentos sobre valor do dólar e Imposto de Renda. “Falamos bastante de cartão de crédito, sobre controle dos gastos”, diz Giovanna Cruz, de 16 anos, colega de Daniel. Ela conta que agora se esforça para

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poupar 60% do que recebe dos pais – e já tem planos para o dinheiro. “Penso em viajar depois da faculdade, ter uma vivência de mundo.” No Colégio Stance Dual, na região central, atividades de economia colaborativa são desenvolvidas desde o início do ano por um professor de Geografia. Os estudantes de séries diferentes – entre 10 a 14 anos – se reúnem uma vez por semana, à tarde. O professor Thiago Pereira se surpreendeu com o interesse. “No mesmo momento, estou ‘competindo’ com aulas de futebol e vôlei. Hoje, temos alunos que preferem ir para a aula de Economia.” Como no Mary Ward, eles também vão para a prática e já usaram a linguagem de programação para criar uma espécie de quiz sobre os diferentes perfis de consumidor. Querem agora aprimorar ferramentas tecnológicas para incentivar a economia colaborativa, como a troca de produtos usados entre colegas. Nas aulas, já fizeram simulação de gastos para a Copa do Catar e pesquisaram o custo de vida de outras cidades pelo mundo. “Querem construir um manual. Um pequeno livreto, na linguagem deles, voltado para economia”, comenta Pereira. Utilidade. Já na Escola Lourenço Castanho, na zona sul, o tema aparece quando se aprende Matemática. Conceitos de porcentagem, logaritmo e funções são um convite para trabalhar finanças e, segundo a professora Maria Daltyra de Magalhães, ficam mais fáceis quando aplicados em problemas com dinheiro. “O tempo todo a pergunta do aluno é: ‘O que vou fazer com isso?’ Quando ele vê utilidade para o conceito, se interessa em aprender também teoricamente o conteúdo.” / J.M.

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Veículo: Folha de S. Paulo/Agora SP Data: 09/09/2018 Link: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/09/saques-com-cartoes-de-lojas-sao-emprestimos-comaltos-juros.shtml

Saques com cartões de lojas são empréstimos com altos juros Especialistas alertam para risco à saúde financeira do consumidor 

9.set.2018 às 2h00 

EDIÇÃO IMPRESSA

Arthur Cagliari SÃO PAULO

Por não exigir análise de crédito rigorosa para obtê-los, os cartões de marcas próprias se popularizaram em postos de combustível, supermercados e lojas de departamentos. Além de descontos e vantagens que oferecem, esses cartões também permitem que o cliente faça saques (em alguns casos até fora do Brasil). Especialistas alertam, porém, que esse tipo de transação pode colocar a saúde financeira do consumidor em risco. Análise da Proteste (associação de defesa do consumidor) mostra que o saque feito pelo cartão de loja funciona como um empréstimo pessoal, mas com juros mais elevados e taxa de serviço. “Os cartões tradicionais já possuem altas taxas de juros no Brasil, e os de loja são mais caros ainda”, afirma Rodrigo Alexandre, analista de mercado da Proteste. “Aconselhamos o consumidor a não fazer esse tipo de saque em hipótese alguma.” 26


Apesar de esse tipo de saque ser cobrado em uma fatura, como uma compra feita no cartão, a transação é semelhante a de um empréstimo pessoal feito em banco. Levantamento feito pela Folha mostra que, enquanto as taxas de juros dos cartões de lojas são de até 765,23% ao ano, o empréstimo pessoal feito por bancos costuma ter taxa média de 107,69% ao ano. De acordo com o analista da Proteste, a alta taxa de juros desses cartões se explica pelo fato de que as lojas não fazem uma análise de risco rigorosa sobre o cliente que recebe o produto. Além disso, em geral não há um banco por trás das operações, mas uma financeira. Reinaldo Domingos, educador financeiro, explica que se, por algum motivo, o consumidor fez esse tipo de saque, o ideal é pagar corretamente e evitar atrasos para que o valor não aumente. “Se a pessoa usou essa linha de crédito, com juros elevados, ela precisa ter a convicção de que precisa honrá-la dentro do vencimento para não colocar sua saúde financeira em risco”, diz o especialista. “Por isso, esse tipo de operação é quase suicida se a pessoa não tem domínio de quanto ela ganha e de quanto gasta”, afirma Domingos. Ele diz ainda que, caso o consumidor já tenha feito a operação e esteja com dificuldade para pagar a conta, precisa, além de cortar gastos, não fazer outras compras para que essa dívida, que corre com juros altos, seja paga o mais rápido possível. O consumidor também deve ficar atento aos serviços que as lojas oferecem com os cartões de crédito, como títulos de capitalização, seguro-desemprego e seguro de vida. Todos eles são pagos, e se o consumidor não tiver interesse e não achar necessário o pagamento por eles, pode optar por não contratá-los. Por isso, é preciso ler atentamente as propostas feitas pelas grandes redes varejistas nos contratos dos cartões. Caso a loja insista ou diga que o cartão só será oferecido com esses serviços, o consumidor pode procurar uma associação de defesa do consumidor para denunciar a prática, uma vez que a venda casada é ilegal.

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ENTENDA AS DIFERENÇAS ENTRE CARTÕES DE LOJA E DE BANCO Lojas > o consumidor pode fazer o cartão em estabelecimentos sem muitas exigências e com poucos documentos > entre os benefícios para atrair o cliente estão descontos nas compras e prazos maiores > há casos em que é permitido o uso em outros locais e até saques no exterior Bancos > para que o cartão seja liberado, vários documentos são exigidos, como comprovante de renda > há sempre um banco por trás das operações > cartão pode ser usado em todas as lojas que aceitem a bandeira Juros e taxas > Clientes devem ficar atentos às taxas e aos juros 765,23% é a taxa de juros ao ano que chega a ser cobrada dos clientes com cartões de lojas em caso de saques 148,76% é a taxa máxima de juros cobrada entre os cinco maiores bancos do Brasil em caso de empréstimo pessoal R$ 12 é a taxa cobrada pelas lojas por saques realizados no Brasil

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Veículo: Você S/A Data: 01/09/2018 Link:

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Veículo: Folha de S. Paulo/Agora SP Data: 04/10/2018 Link: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/10/cresce-o-numero-de-motoristas-que-nao-renovama-cnh-em-sp.shtml

Cresce o número de motoristas que não renovam a CNH em SP Alta foi de 177% na capital; segundo especialistas, custo e crise são motivos 4.out.2018 às 8h00 Bruno Coelho SÃO PAULO

O número de motoristas que não renovaram a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) aumentou na capital. Em 2015, foram 49.173 renovações. Até julho deste ano, esse número saltou para 136.630, de acordo com dados divulgados pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito), via Lei de Acesso à Informação. Representa uma alta de 177,85%. Segundo especialistas, os custos de um carro atrelados à crise econômica e alternativas de transportes explicam em parte os dados. 15

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Segurança no trânsito

1. motorista O estudante GabrielMatheus Cabral/Folhapress Pedroni Negrão, 20, que não tem interesse em tirar a carteira de

Professor da FEI (Fundação Educacional Inaciana) e especialista em trânsito, Creso Peixoto citou como indicador a essa tendência os custos para se ter um carro. “Há um fato que se evidencia nas grandes cidades de jovens que não querem ser motoristas, que também podem estar por influência de aplicativos de transporte”, afirma. “Um carro popular de R$ 25 mil, o custo mensal seria de R$ 790, considerando IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores), depreciação, seguro obrigatório Dpvat, revisão, combustível e estacionamento. E sem contar parcelas do financiamento. Então muitos brasileiros estão sentindo na pele essas contas”, disse o educador financeiro Ricardo Natali. Para renovar a documentação, o motorista realiza exames médicos (R$ 84,81), em clínicas próximas à sede do Detran, no Bom Retiro (região central de SP), ou até R$ 183,76 somando exame psicotécnico para atividades remuneradas, como táxi. Em seguida, o condutor gasta R$ 42,41 para receber a CNH no Detran ou R$ 53,41 via Correios. Portanto, as despesas agregadas partem de R$ 127,22 a R$ 237,17.

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Para o engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da USP, Sergio Ejzenberg, o excesso de despesas faz o motorista repensar prioridades. “A pessoa que não tem dinheiro, escolhe outras contas para pagar”, afirma o especialista. Passados dois anos, o marceneiro Luiz Fernando Prado, 53 anos, estava olhando detalhes da nova CNH, após conseguir “enfim” retirar o documento ontem na sede do Detran, no Bom Retiro (região central). O morador do Jardim Aeroporto (zona sul) é um exemplo do quanto pode ser oneroso estar com a documentação em dia. O marceneiro dependeu de transporte público, até conseguir dinheiro para regularizar a habilitação. “Não tinha problema algum de pontos, a minha CNH venceu. Eu tinha duas empresas, uma faliu e na outra sofremos um golpe, meu casamento acabou e tive de começar a minha vida do zero. Então comecei a vida do zero e não tinha condições financeiras de renovar a carteira. Agora consegui R$ 170 para pagar as duas taxas, a renovação e os exames médicos”, explicou. Morador no Grajaú (zona sul de São Paulo), o autônomo João Fernandes Willame, 37 anos, teve a CNH suspensa há dois anos. “Meu amigo se mudou e levei uma multa por causa do licenciamento, porque não tive dinheiro para pagar na época. Aí fui parado pela polícia. Porque estava em bairro, a gente pensa que só porque está em bairro, não vai ser parado. Só que estava sem dinheiro, porque estava afastado no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e o governo não pagava. Então tive que gastar muito para regularizar tudo, mas consegui.” O número de carteiras de habilitação suspensas na capital está caindo. Em 2017, 246.682 motoristas atingiram 20 pontos na carteira, o suficiente para suspenso, ou cometeram uma infração auto suspensiva. Até julho deste ano, foram 102.709.

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Radares na avenida Moreira Guimarães, em São Paulo /Ronny Santos/Folhapress

Ao mesmo tempo, o número de multas registradas na capital caiu 22,7% nos primeiros cinco meses do ano —4.448.740 autuações contra 5.755.563 no mesmo período de 2017. Para o engenheiro de tráfego Horácio Augusto Figueira, as estatísticas podem evidenciar aumento de motoristas irregulares. “Acho que a fiscalização diminuiu. Sinalização é imprescindível, mas sozinha não muda a população. Há uma sensação de impunidade.” AGORA

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Veículo: Pais e Filhos Data: 05/10/2018 Link: https://paisefilhos.uol.com.br/familia/saiba-como-planejar-os-gastos-com-a-educacao-do-seu-filho/

NATHÁLIA MARTINS ,FILHA DE SUELI E JOSIAS05.10.2018 COMPARTILHE

Ter filho aumenta os gastos financeiros, não tem jeito. Se tem uma coisa que você já pode se preparar para gastar bastante dinheiro, é a escola em que seu filho vai estudar. Investir em educação é essencial e, por isso, planejar é sempre a melhor opção. Para te ajudar neste momento tão importante, conversamos com especialistas. Olha só:

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Lembre-se que a educação não é apenas mensalidade e matrícula. Existem também gastos com materiais, atividades extracurriculares, uniforme, viagens e alimentação. “Coloque tudo numa planilha e veja o valor total que está encorpado nisso tudo. A partir daí é possível criar uma estratégia, podendo ver qual o seu fôlego financeiro, colocando sempre a educação como uma prioridade, um investimento, reduzindo outros gastos para que ela se encaixe na realidade financeira da família”, sugere Reinaldo Domingos, doutor em educação financeira e pai de Graziella e Fabrizzio. Se você fizer as contas e perceber que mesmo assim não vai conseguir lidar com os gastos, não hesite em pedir descontos. “Sempre vale a pena negociar, conversar, explicar a situação e, quem sabe, pedir bolsa. Não é fácil, mas o grande erro de todos é ter vergonha”, aponta Patrícia Broggi, nossa colunista e mãe de Lucca e Tiago. De acordo com Reinaldo, a melhor maneira para fazer isto é agendar uma reunião com a diretoria da escola e explicar a situação. “Não deixe de pesquisar. Um bom negócio está atrelado a uma boa pesquisa”, conta. Além disso, é importante ter bom senso. É necessário que os dois lados saiam satisfeitos. Outra dica é optar por uma escola pública e complementar a educação em casa. Isso pode ajudar no desenvolvimento e influenciar seu filho a querer aprender. “Se você não tem dinheiro, você pode dar suor”, comenta Patrícia. Ela acrescenta que a escola é um investimento a longo prazo, então se você optar por abrir mão de algo por conta da educação do seu filho, esteja disposto. “Para economizar, reaproveite o material escolar e o uniforme e abra mão da van escolar. Na alimentação, prepare a lancheira para economizar nos gastos da cantina”, sugere o educador financeiro. Ele também destaca que é importante que você ensine ao seu filho o quanto você investiu e lutou para colocá-lo na escola pois “isso pode fazer com que ele entenda e valorize tudo isto”, finaliza.

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Veículo: ISTOÉ Dinheiro Data: 01/10/2018 Link: https://www.istoedinheiro.com.br/prova-mostra-que-as-meninas-do-pais-lidam-melhor-comeconomia-do-dia-a-dia/

Prova mostra que as meninas do País lidam melhor com economia do dia a dia Estadão Conteúdo 01/10/18 - 07h41

Estudantes brasileiros de 15 e 16 anos que participaram do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), têm, em geral, baixo desempenho na área que mede o letramento financeiro. Mas a nota delas ultrapassa a deles, apesar do desempenho pior das garotas em Matemática. Isso mostra que as meninas têm mais habilidade para lidar com o dinheiro. Um estudo elaborado pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) compilou dados de 23.141 estudantes brasileiros que fizeram a prova em 2015 – segundo ano em que o teste de letramento financeiro foi aplicado pelo Pisa. A nota média das meninas é 397,5, enquanto que a dos meninos cai para 389,2. Ambos, porém, estão abaixo do nível mínimo adequado (400 pontos). A avaliação do Pisa mede habilidades como a leitura de um boleto e a interpretação de mensagens sobre uma conta bancária. Para especialistas ouvidos pela reportagem, a diferença de desempenho entre os gêneros expõe uma característica da área: o letramento financeiro não depende apenas do domínio de cálculos matemáticos – para o qual as meninas, historicamente, recebem menos incentivo. Segundo Ernesto Faria, diretor do Iede, o aspecto emocional ajuda a explicar o resultado. “Algumas avaliações socioemocionais já apontam as meninas melhores em conscienciosidade, em buscar tomar consciência para decisões.” Outra hipótese está na organização das famílias: as jovens estariam mais habituadas ao manejo com o dinheiro por serem envolvidas, desde novas, em atividades domésticas das quais os meninos são culturalmente apartados. “Muitas são responsáveis por coisas em casa e, com isso, são obrigadas a administrar”, diz Ana Rosa Vilches, diretora pedagógica da DSOP Educação Financeira, que faz capacitações em escolas.

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Mudança de hábito A educação financeira é vista como forma de oferecer ferramentas para que os estudantes adotem estratégias de consumo conscientes no futuro. “O brasileiro poupa pouco e não se planeja para o consumo”, diz Luís Gustavo Mansur, chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do Banco Central. O tema foi incluído na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que vai definir a aprendizagem de todo o ensino básico. A ideia é que a educação financeira seja trabalhada de forma transversal, em disciplinas como Ciências e Matemática. O estudo do Iede mostrou que um em cada três estudantes já teve o conceito nesses moldes. Procurado, o Ministério da Educação não quis comentar o estudo. Para Amarildo Melquíades da Silva, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e especialista no tema, é importante que as estratégias nas escolas levem em conta a realidade socioeconômica dos alunos. “Uma educação financeira nas públicas pode formar crianças e adolescentes para ajudar os pais. Para as classes altas, gostaríamos de trabalhar conceitos de sustentabilidade e respeito em termos salariais aos seus empregados.” Mão na massa É aula, mas termina na cozinha. Em um colégio da zona leste de São Paulo, estudantes do ensino médio misturam leite condensado e chocolate para fazer brigadeiros. Antes, pesquisam o preço dos ingredientes e colocam cifras na ponta do lápis. “Para muitos, é a primeira vez em que pisam no mercado. Ficam impressionados com o valor das coisas”, diz a professora de Matemática Patricia Baccaro, do colégio particular Mary Ward. Ao fim da atividade, os alunos comparam o custo do brigadeiro que confeccionaram com o que encontram nas lojas. “Percebemos que o melhor seria comprar os produtos e fazer o nosso brigadeiro em casa”, avalia o estudante Daniel Borsetti, de 16 anos. A escola aproveita as aulas de Matemática para trabalhar conceitos de educação financeira com os jovens. Além de dominar os cálculos de juros simples e compostos, os alunos ficam de olho em reportagens e trazem questionamentos sobre valor do dólar e Imposto de Renda. “Falamos bastante de cartão de crédito, sobre controle dos gastos”, diz Giovanna Cruz, de 16 anos, colega de Daniel. Ela conta que agora se esforça para poupar 60% do que recebe dos pais – e já tem planos para o dinheiro. “Penso em viajar depois da faculdade, ter uma vivência de mundo.” No Colégio Stance Dual, na região central, atividades de economia colaborativa são desenvolvidas desde o início do ano por um professor de Geografia. Os estudantes de séries diferentes – entre 10 a 14 anos – se reúnem uma vez por semana, à tarde. O professor Thiago Pereira se surpreendeu com o interesse. “No mesmo momento, estou ‘competindo’ com aulas de futebol e vôlei. Hoje, temos alunos que preferem ir para a aula de Economia.” Como no Mary Ward, eles também vão para a prática e já usaram a linguagem de programação para criar uma espécie de quiz sobre os diferentes perfis de consumidor. Querem agora 43


aprimorar ferramentas tecnológicas para incentivar a economia colaborativa, como a troca de produtos usados entre colegas. Nas aulas, já fizeram simulação de gastos para a Copa do Catar e pesquisaram o custo de vida de outras cidades. “Querem construir um manual. Um livreto, na linguagem deles, voltado para economia”, comenta Pereira. Já na Escola Lourenço Castanho, na zona sul, o tema aparece quando se aprende Matemática. Conceitos de porcentagem, logaritmo e funções são um convite para trabalhar finanças e, segundo a professora Maria Daltyra de Magalhães, ficam mais fáceis quando aplicados em problemas com dinheiro. “O tempo todo a pergunta do aluno é: ‘O que vou fazer com isso?’ Quando ele vê utilidade para o conceito, se interessa em aprender também teoricamente o conteúdo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Veículo: O Globo Data: 31/10/2018 Link: https://oglobo.globo.com/economia/dia-da-poupanca-80-dos-trabalhadores-brasileiros-nao-conseguempoupar-23200828

Dia da poupança: 80% dos trabalhadores brasileiros não conseguem poupar Para maioria, não sobra dinheiro no fim do mês ou a conta fecha no vermelho O Globo 31/10/2018 - 08:15 / 31/10/2018 - 08:18

RIO — Nesta quarta-feira, dia 31, é comemorado o Dia Mundial da Poupança, data criada para a conscientização sobre a importância de preservar recursos para o futuro. No entanto, aqui no Brasil, por conta do aumento dos preços dos produtos e das dificuldades financeiras atuais, poupar é um luxo para poucos. É o 45


que mostra levantamento feito pelo Instituto Axxus, em parceria com a Unicamp e a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), segundo o qual 80% dos trabalhadores brasileiros não conseguem poupar para realizar nenhuma forma de investimento, enquanto os outros 20% aplicam em algum fundo mensalmente, ou apenas quando sobra algum dinheiro no fim do mês. A pesquisa foi realizada em mais de cem empresas brasileiras, com dois mil funcionários de 10 estados. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) comprovam que poupar não é um hábito do brasileiro: apenas 35% dos brasileiros costumam poupar habitualmente, sendo que 28% afirmam guardar o que sobra do orçamento e 7% estipulam um valor a ser poupado. Em agosto, ainda de acordo com a pesquisa CNDL/SPC Brasil, em agosto, apenas 16% dos entrevistados conseguiram guardar algum dinheiro, enquanto 40% tiveram de sacar parte de seus recursos para poder pagar as contas. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) comprovam que poupar não é um hábito do brasileiro: apenas 35% dos brasileiros costumam poupar habitualmente, sendo que 28% afirmam guardar o que sobra do orçamento e 7% estipulam um valor a ser poupado. Em agosto, ainda de acordo com a pesquisa CNDL/SPC Brasil, em agosto, apenas 16% dos entrevistados conseguiram guardar algum dinheiro, enquanto 40% tiveram de sacar parte de seus recursos para poder pagar as contas. — Essa atitude do ‘se sobrar’ não adianta, porque dificilmente acontece. A maioria das pessoas sempre posterga para o próximo mês. Eu prefiro a estratégia do ‘pague-se antes’. Quando você separa, por exemplo, 10% do seu dinheiro logo depois que recebe o salário, pode ser difícil no início, mas gradualmente você aprende a viver com os 90% restantes — aponta Annalisa.

Além da falta de cultura de poupança do país, Annalisa acredita que a falta de hábito de fazer orçamento doméstico ajuda a compreender por que tantos brasileiros não guardam dinheiro.

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— É importante criar um objetivo para guardar dinheiro. Sem foco, fica mais difícil conseguir poupar — alerta a especialista, ressaltando que o brasileiro ainda é muito imediatista e não se preocupa em acumular patrimônio para o futuro. — A falta de hábito de poupar acontece porque as pessoas não costumam associar a poupança à realização de sonhos. E por isso não fazem um planejamento — diz.

Presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos também defende que se poupe primeiro para gastar depois, e o ideal é que, ao receber o salário, a pessoa reserva a quantia necessária para seus objetivos futuros e para readequar seu padrão de vida.

— Poupar dinheiro para realizar sonhos é algo que, com certeza, mudará completamente a sua relação com as finanças. Assim você abandonará hábitos de consumo exagerados e inconscientes e passará a ser alguém que realiza sonhos constantemente — afirma.

Domingos acrescenta que, para poupar, será preciso que todos na família, inclusive as crianças, mudem seu comportamento no que diz respeito ao desperdício e gastos extras:

— É bom marcar uma conversa com todos, não sobre redução de gastos, mas sim sobre sonhos a serem realizados. Fale abertamente e estabeleça ao menos um sonho coletivo, algo que todos de casa desejem, como uma viagem ou uma reforma na casa.

Annalisa reforça que não é preciso abrir mão do consumo e deixar de fazer coisas que dão prazer:

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— A palavra de ordem é equilíbrio! Saber equalizar o orçamento e evitar gastos desnecessários facilita na hora de guardar uma parte da renda todos os meses. O segredo é planejar e saber priorizar.

No entanto, afirma a especialista, não existe regra para poupar mensalmente, mas todas as pessoas devem economizar alguma quantia todo mês.

— Uma boa prática para ter reserva para emergências e para planejar a aposentadoria é buscar economizar 20% da receita líquida mensal — recomenda.

Mas como fazer isso com um orçamento tão apertado? Para a planejadora financeira, um bom começo pode ser guardar parte do 13º salário, do adicional de férias, ou até mesmo de um bônus.

—E em caso de aumento do salário ou promoção, considere guardar pelo menos 50% do incremento, ao invés de incorporá-lo ao padrão de vida corrente — sugere.

Confira alguns passos para começar a poupar: — Estabeleça seus sonhos — hábitos saudáveis dependem diretamente da vontade de realizar sonhos – aqueles desejos esquecidos, às vezes quase abandonados, mas que são muito importantes para cada um de nós. Ter objetivos traçados é um estímulo para poupar todos os meses e realizar o que se deseja sem entrar em endividamentos e comprometer boa parte da renda com dívidas, o que pode levar à inadimplência.

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— Coloque os objetivos no papel — liste esses sonhos e procure saber o quanto custará para realizar cada um deles. Tendo em mente quando — se daqui há quantos meses ou anos deseja realizar — você saberá o quanto precisará poupar mensalmente para todos eles simultaneamente. Isso nada mais é do que fazer um planejamento.

— Saiba onde economizar — faça um diagnóstico financeiro por 30 dias (ou 90, caso tenha renda variável). Anote todos os seus gastos, tanto os grandes quanto os pequenos, separando por tipo de despesas (como “refeições fora de casa”, “supermercado” e “celular”, por exemplo). Analise quais gastos pode reduzir ou eliminar para poupar. Converse com as crianças para que elas economizem água e energia elétrica e conservem seus materiais escolares e brinquedos.

— Conserve um hábito — Não poupe só se sobrar dinheiro. Se você estabeleceu como meta poupar 10% de sua renda mensal, tente separar com antecedência essa parte do dinheiro.

— Agende seus investimentos — É um recurso disponível na maioria das contas bancárias, e pode ser usado com caderneta de poupança, fundos de investimento e Tesouro Direto.

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Veículo: O Globo Data: 12/09/2018 Link: https://oglobo.globo.com/economia/petroleo-e-energia/petrobras-aumenta-preco-da-gasolina-em-101-valoratinge-novo-recorde-23061426

Petrobras aumenta preço da gasolina em 1,01% e valor atinge novo recorde No Rio, o preço do litro varia até 15%, e pode ser encontrado por R$ 5,39, na Zona Sul POR BRUNO DUTRA 12/09/2018 10:56 / ATUALIZADO 12/09/2018 18:33

Preços da gasolina no Rio variam até 15% segundo a ANP - Arquivo- Agência O Globo

RIO — Após manter o preço inalterado por quatro vezes seguidas, desde o dia 5 deste mês, a Petrobras aumentou o preço da gasolina nas refinarias, com reajuste de 1,01%. Com isso, o combustível passa de R$ 2,2069 para R$ 2,2294, a partir desta quinta-feira, dia 13. O preço do diesel, contudo, permanece inalterado desde o dia 31 de agosto, em R$ R$ 2,2964. Com o reajuste, o preço atinge nova máxima dentro da nova política de preços, iniciada há um ano pela estatal. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, e podem ser feitos diariamente. 50


No site a Petrobras informa que a paridade com o mercado internacional é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos. Além disso, o preço considera uma margem que cobre os riscos (como volatilidade do câmbio e dos preços). Em março deste ano, a estatal mudou a maneira de fazer reajustes nos combustíveis, e passou a divulgar os preços do litro da gasolina e do diesel vendidos pela empresa apenas nas refinarias. No último levantamento de preços divulgado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), feito entre 2 e 8 de setembro, a gasolina teve alta de 1,78% em comparação ao mesmo intervalo da semana anterior. Com isso, a média nacional do preço do litro de gasolina subiu de R$ 4,44 para R$ 4,52. No Rio, o preço da gasolina varia até 15%, e pode ser encontrado por R$ 4,67, na Zona Oeste da cidade, e por R$ 5,39, na Zona Sul. Já em alguns postos da capital paulista, o litro de gasolina já é vendido a R$ 5 e, no Acre, que possui o maior valor médio para a gasolina entre os estados, o litro chega a ser vendido por R$ 5,47 no município de Cruzeiro do Sul. Além disso, os preços do litro do diesel e do etanol também subiram na última semana, sendo vendidos, em média, por R$ 3,48 e R$ 2,69, respectivamente. Em resumo, a média do preço do litro do combustível subiu 0,8 reais em uma semana, para quem usa na semana 100 litros, isso representa R$ 8 a mais na conta.

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— Essa alta tem impacto direto nos preços dos produtos que consumimos, já que grande parte deles são transportados por caminhões movidos a diesel, sem contar no possível aumento dos preços dos serviços de transporte, como táxis e ônibus — afirma Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin)

Para o especialista, a melhor saída é considerar outras formas de transporte para economizar no combustível: —Nem sempre precisamos fazer tudo utilizando o carro, portanto há determinadas situações em que podemos deixá-lo na garagem. Pegue ou ofereça caronas e faça rodízios com colegas de trabalho e amigos, assim otimiza-se as viagens e o seu bolso também agradece. Confira sete orientações para economizar combustível: — Analise a necessidade de fazer tudo com o carro; realizar algumas caminhadas, além de ser saudável, pode gerar boa economia; — Alterne o uso do carro com o transporte público, assim terá diminuição no orçamento mensal no que se refere a gastos com locomoção; — Ofereça e pegue caronas com familiares, amigos e colegas de trabalho sempre que possível. Assim, além da economia, há maior sociabilização;

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— Dirija e utilize o veículo com consciência. Algumas ações geram maior consumo de combustível, como manter ar-condicionado ligado e trocar de marcha na velocidade inadequada; — Abasteça em postos de sua confiança, garantindo a qualidade da gasolina que está comprando; — Mantenha os pneus calibrados, pois se estiverem abaixo do recomendado pelo fabricante, há resistência na rolagem e o carro consume mais combustível. Isso sem contar o desgaste dos pneus, que são caros; — Mantenha o carro sempre revisado, pois um motor mal regulado pode gastar mais combustível. Assim também evita imprevistos que podem estourar as finanças.

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Veículo: O Globo Data: 11/09/2018 Link: https://oglobo.globo.com/economia/defesa-do-consumidor/credito-consignado-veja-os-cuidados-direitos-dequem-renegocia-emprestimo-23059003

Crédito consignado: veja os cuidados e direitos de quem renegocia o empréstimo Especialista alerta sobre o risco de refinanciamento de dívida e necessidade de exigir clareza sobre condições do empréstimo POR BRUNO DUTRA 11/09/2018 15:22 / ATUALIZADO 11/09/2018 15:32

Aposentados e pensionistas devem ter cuidado ao renegociar crédito consignado - Emily Almeida / Emily Almeida

RIO - Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que contrataram empréstimo consignado — modalidade com desconto em folha—, devem ter 54


cuidado em caso de possível renegociação do crédito. Isso porque, segundo especialistas, é comum que segurados do órgão busquem a modalidade em momento de dificuldade financeira, especialmente para quitar dívidas. O maior problema é quando o aposentado tem mais de um consignado, e bancos ou financeiras oferecem o refinanciamento ou a renegociação. Nestes casos, é preciso ficar atento para não cair em armadilhas, especialmente no que ser refere às taxas de juros. Por exemplo, existe a possibilidade de refinanciar o empréstimo. Assim, se o segurado contratou, por exemplo, um empréstimo com 30 parcelas, mas pagou apenas 15, o restante (que são 15 parcelas) o banco pode quitar. Porém, a instituição financeira libera um novo empréstimo com novas 30 parcelas, descontando o valor que foi quitado — É neste momento que o segurado deve ficar atento. O banco precisa deixar claro quais são as regras do refinanciamento para que não sejam embutidas taxas de juros mais altas, que podem prejudicar o consumidor — explica Ana Rosa Vilches, da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).

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Veículo: O Globo Data: 20/09/2018 Link: https://oglobo.globo.com/economia/mensalidades-escolares-devem-aumentar-ate-10-em-2019-23084578

Mensalidades escolares devem aumentar até 10% em 2019 Responsáveis já começaram a receber informativos das escolas particulares do Rio com reajustes previstos POR MARCELA SOROSINI / ANA CLARA VELOSO 20/09/2018 4:30

Estudante - Pixabay

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RIO - Os responsáveis já começaram a receber informativos das escolas particulares do Rio sobre os reajustes das mensalidades no ano que vem. Os aumentos previstos em escolas consultadas vão de 5% a 10%. A Escola Dinâmica do Ensino Moderno (Edem), em Laranjeiras, por exemplo, informou que o reajuste definido como “necessário pela projeção feita para 2019” foi de 7,98%. A instituição citou a crise, ressaltando que, “diante do atual cenário político, com tantas incertezas, não é tarefa fácil qualquer planejamento futuro”. Também em Laranjeiras, o Liceu Franco-Brasileiro, que vai da educação infantil ao ensino médio, confirmou que a “anuidade para 2019 está sendo reajustada em 8,65%”. Já o Colégio CEL International School, que tem turmas da creche ao ensino médio, informou que os valores para o próximo ano terão aumento de 8,89%. O CEL tem unidades no Jardim Botânico, na Barra e no NorteShopping. O economista da FGV André Braz acredita que o reajuste médio fique entre 9% e 10%: - Nos últimos anos, a inflação escolar sobe praticamente o dobro da inflação. Em um momento de desemprego e falta de capacidade de pagamento, o setor não vai conseguir aplicar o reajuste que gostaria, mesmo sofrendo com o aumento de gastos com energia elétrica, por exemplo. COMPARAÇÃO DE PREÇOS Presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Ademar Batista Pereira explica que a entidade não controla os preços no segmento, mas que a tendência é que as instituições não adotem reajustes muito expressivos.

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- Cada escola tem sua política de negociação e nem sempre é possível oferecer descontos, porque isso pode acabar desvalorizando os produtos - observou Pereira. O educador financeiro Rogério Braga recomenda que os responsáveis comparem os valores cobrados por outras escolas, que respeitem o mesmo grau de qualidade de ensino e de proximidade. Isso pode ser usado para uma possível mudança das crianças ou para negociar com a instituição atual. - Caso não haja negociação e a família opte pela permanência dos filhos na escola, é hora de reajustar o orçamento doméstico. É preciso olhar as contas, os gastos e ver o que pode ser reduzido para equilibrar esse aumento. Mesmo na escola, é possível adotar atitudes simples, mas que garantem economia, como troca de livros entre alunos de diferentes séries para diminuir os custos com a lista de material escolar. CONTRATOS E DIREITOS NA MATRÍCULA: - Valor total das mensalidades escolares deve ser fixado no momento da matrícula. - Com exceção dos contratos semestrais, o reajuste antes de um ano é proibido. - A escola deve informar, na proposta de contrato, o novo valor da mensalidade com, no mínimo, 45 dias de antecedência da data final de matrícula. - As escolas não podem impedir a matrícula ou a rematrícula de alunos cujos nomes dos responsáveis estejam inscritos em serviços de proteção ao crédito, como Serasa e SPC. - Se o consumidor desistir do curso antes do início do ano letivo, o valor da matrícula deve ser devolvido.

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- O educador financeiro Reinaldo Domingos sugere procurar a escola e ver a possibilidade de parcelar o valor da matrĂ­cula ou conseguir descontos, caso seja possĂ­vel adiantar pagamentos de mensalidades no momento da matrĂ­cula.

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Veículo: Metro Data: 10/09/2018 Link: https://www.metrojornal.com.br/foco/2018/09/10/em-cada-3-brasileiros-1-nao-paga-contas-emdia.html

Em cada 3 brasileiros, 1 não paga contas em dia Por Metro Jornal Segunda, 10 setembro 2018, às 08:59 Agência Brasil

Um terço (35%) dos brasileiros afirmam que a renda que têm é insuficiente para pagar as contas em dia. E quase a metade (46%) deles dizem que não falta nem sobra dinheiro com a renda que possuem. Apenas 13% garantem estar com as contas no azul, sobrando para fazer compras ou investir depois de pagar todas elas. Os números estão em uma pesquisa feita pela CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), que revela ainda que dois em cada dez consumidores tiveram o acesso ao crédito negado nas compras a prazo no mês de julho, sendo a falta de comprovação de renda e recursos insuficientes os principais motivos.

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Para o presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), Reinaldo Domingos, esses números indicam que a maioria dos brasileiros vivem dentro de um padrão de vida acima daquele que o orçamento lhes permite. “As pessoas precisam mudar a forma de pensar o orçamento mensal. Em vez de esperar ou tentar fazer com que sobre dinheiro, devem buscar aquilo que realmente desejam em sua vida, seus sonhos e metas pessoais e familiares, e poupar para isso. Não é uma questão de números ou de incrementar a renda, e sim de ter novos hábitos, mais conscientes”, diz Domingos. Segundo o educador financeiro, há momentos na vida das pessoas em que a melhor saída é dar alguns passos para trás, analisar as finanças, verificar qual é real padrão de vida em que se está vivendo e, se for o caso, mudá-lo para continuar seguindo adiante.

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Veículo: Revista Crescer Data: 10/09/2018 Link: https://revistacrescer.globo.com/Familia/Financas/noticia/2018/09/bebe-pode-aumentar-em-30-osgastos-da-familia.html

Bebê pode aumentar em 30% os gastos da família É muito fácil estourar o orçamento depois que você tem filho. Veja algumas dicas para ajustar as contas Por Crescer - atualizada em 10/09/2018 09h49

(Foto: Thinkstock)

Se, toda vez que você decide aumentar a família, as contas chegam na frente para mostrar o quanto custa caro ter filhos, coloque em prática essas dicas da Baby Planer Carol Baldin, e do educador financeiro Reinaldo Domingos, do Dinheiro à vista (SP):

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1. Orçamento adequado O bebê pode aumentar em 30% os gastos da família. Por isso, o ideal é começar uma reserva financeira um ano antes da gravidez. O primeiro passo é cortar os excessos, começando pelas contas fixas.

+ Nova ferramenta calcula quanto você vai gastar com o seu filho até ele virar adulto

2. Chá de bebê light Convide somente amigos próximos e familiares. E faça você mesma a decoração em casa, com itens que já tem. Pedir fraldas é sempre uma boa opção para quem quer economizar.

3. Móveis de segunda mão Comprar de conhecidos ou até em grupos virtuais de desapegos gera uma economia de, pelo menos,

40% do valor.

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Veículo: O DIA Data: 30/09/2018 Link: https://odia.ig.com.br/economia/2018/09/5578767-economia-e-brincadeira-de-crianca.html

ECONOMIA

Economia é 'brincadeira' de criança Meninos e meninas que têm Educação Financeira na escola ajudam os pais a comprar com consciência Por *EDDA RIBEIRO Publicado às 03h00 de 30/09/2018 - Atualizado às 03h00 de 30/09/2018

'Diagnosticar, Sonhar, Orçar, Poupar': a iniciativa da DSOP em escola paulista desperta para a importância da Educação Financeira - Assessoria DSOP

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Rio - Uma pesquisa da Associação Brasileira de Educadores Financeiros mostra que Economia também é 'brincadeira' de criança: 71% dos alunos de quatro a 12 anos em escolas que abordam o tema costumam ajudar os pais a comprar de forma mais consciente. E esse comportamento tende a ser intensificado. A partir do ano que vem, a disciplina Educação Financeira será incluída na Base Nacional Curricular das escolas. Ana Rosa, diretora pedagógica da DSOP, empresa de Educação Financeira, orienta que a abordagem do tema com as crianças deve ir além do tradicional guardar dinheiro no cofrinho ou do pagamento de uma mesada. Ela indica a metodologia do instituto, que trata do diagnóstico dos recursos da casa e da família. "A ideia é que a criança tenha conhecimento dos gastos da casa, saiba o valor do dinheiro ao se economizar água e luz elétrica, por exemplo", explica. Uma das lições da metodologia é "mesada de troca", que ensina os pequenos e as pequenas a economizar quando pedem brinquedos novos. Ao invés de comprar, a troca entre vizinhos e colegas de escola estimula a interação e a compreensão da Economia. Fernanda Fonseca, economista do aplicativo Renda Fixa, explica que nos primeiros anos de vida, a criança começa a criar relação com desejos e impulsos, e daí a necessidade imediata de ser educada sobre finanças. "Essa é a hora de começar os cofrinhos, mesadas e criação de metas com o dinheiro. E a máxima deve ser: se quer comprar, tem que poupar", diz. Para a economista, quando os pequenos são muito novos, a melhor estratégia ao dar dinheiro é usar outros períodos de tempo além de mensal. "A ideia de tempo ainda está sendo formada, então criar espaços mais curtos tende a funcionar. A semanada pode ser um bom começo", recomenda. Literatura para os pequenos A PlayKids, empresa com foco em Educação Infantil, trabalha com publicações de leitura para crianças de todas as idades por meio do programa 'Leiturinha'. Coordenadora de Curadoria de Conteúdo, Cynthia Spaggiari sugere duas coleções consideras essenciais nessa fase educativa: 'Aprender brincando'. Na coleção 'Pra quê dinheiro", indicado a partir de seis anos, o personagem Menino Maluquinho ensina como lidar com dinheiro, administrar mesada e cuidar do cofrinho. Há o livro 'O barato da dona baratinha. 65


A coordenadora também orienta: desde os três anos de idade, o tema já pode ser tratado naturalmente em casa, sem que haja necessidade de conversa específica. Ela cita um exemplo inserido nas atividades da coleção livros. "Pode ser interessante brincar os números que mais aparecem na vida da criança, como a idade por exemplo. Para cada ano, a criança ganha R$1 a mais. Se tem 8 anos de idade, pode ganhar R$8 por semana, ou quinzenalmente, a critério dos pais", orienta. Na sala de aula A pequena Isabella, 9 anos, está no quarto ano na Escola Canadense, e tem algumas aulas de Educação Financeira na grade de Matemática. A mãe, Leila Carvalho, 34, lembra que no último ano, a turma foi para o supermercado fazer compras no hortifruti e comparar preços. "Converso com ela sobre o tema corriqueiramente, sem necessariamente dar dinheiro. Ela sabe coisas gerais, como o custo do salário mínimo, ou até mesmo porque não faço empréstimos diante de juros altos", conta a mãe. Suelen Ferreira, 29, sonha com essa prática na escola de Miguel, 8, que estuda em Seropédica. A mãe já ensina a poupar com itens do interesse cotidiano do garoto."Ele já está calculando quantos dias faltam para o Dia das Crianças, e a quantia que falta para atingir a meta para o brinquedo que quer comprar", conta. Escola da Vila da Penha é bom exemplo Na Vila da Penha, as crianças do maternal I no Espaço Creare já aprendem a lidar com Educação Financeira, e algumas vezes os pais também participam das atividades. A diretora Fabíola Nóbrega afirma que a adoção do material da DSOP nas aulas rendeu mudanças também no comportamento de pais e responsáveis. "A ideia é estimular a reflexão da organização financeira. Por exemplo, ao invés de ceder ao choro por um brinquedo, os pais podem conversar sobre objetivos da família, como viagens, quarto novo, carro", exemplifica. 66


Há pelo menos dois anos, as atividades estão inseridas na grade da escola, ministradas uma vez por semana nas sete unidades do Espaço Creare. Para gestores interessados, é possível conhecer mais e contratar o programa da DSOP por meio do telefone (11) 3177-7800 ou no contato@dsop.com.br. A partir de 2019, a Educação Financeira será obrigatória nas escolas de ensino básico, integrando a Base Nacional Comum Curricular.

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Veículo: Correio Braziliense Data: 29/09/2018 Link: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/escolhaaescola/2018/2018/09/27/noticiasescolhaaescola2018,708709/orcamento-familiar-e-escolha-da-escola-do-filho.shtml

Pais devem encontrar um meio-termo entre preço e qualidade do ensino Para escolher qual escola mais se adapta ao orçamento da família, pais devem encontrar um equilíbrio entre os custos e resultados esperados na educação dos filhos

Augusto Fernandes - Especial para o Correio postado em 27/09/2018 16:56 / atualizado em 29/09/2018 01:13

Silmaria e Ailson com as filhas Isabella e Mariana. O casal traça planos com antecedência para evitar dor de cabeça com o orçamento(foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press) 68


Taxa de matrícula, mensalidade, uniforme, material, transporte. Esses são alguns dos custos que pais e mães devem colocar na ponta do lápis na hora de encaixar no seu orçamento as despesas escolares com os filhos. Além de optar pela instituição de ensino adequada ao bolso, a família deve levar em conta a proposta pedagógica. “As escolas, antes de tudo, devem ser escolhidas de maneira qualitativa. Os pais precisam conhecer e concordar com a filosofia de ensino daquela instituição. Não adianta eles optarem por qualquer uma, visando apenas o lado financeiro. O ideal é encontrar um equilíbrio e analisar a relação de custo e benefício”, comenta o educador financeiro da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Jônatas Amorim. De acordo com Jônatas, para os pais conseguirem lidar com as contas da escola dos filhos, a dica é fazer um diagnóstico financeiro da família a cada mês. Dessa forma, eles conseguirão perceber se o dinheiro é bem aproveitado ou se é usado com gastos supérfluos.

“Entre 20% e 30% do orçamento das famílias pode ser enxugado. É preciso viabilizar o que é mais importante. Se existe dificuldade para arcar com o colégio das crianças, uma das primeiras medidas a ser tomada é a redução do orçamento mensal”, sugere. Outro ponto fundamental é que as famílias só assumam compromissos com os quais possam arcar. “Se a situação financeira é de superendividamento e no orçamento não cabe nem a mensalidade, não é recomendável manter os filhos em uma escola particular com alto custo. Às vezes, é preciso dar um passo para trás”, alerta Jônatas.

Prioridades Com dois filhos no ensino fundamental, o joalheiro Gustavo Carvalho, 39, gasta aproximadamente R$ 1,7 mil de mensalidade. Apesar de o valor deixar o seu orçamento espremido, ele escolheu a escola por sentir confiança no ambiente e nos profissionais. “O meu filho mais velho está lá desde os 6 meses de idade. A metodologia de ensino e o histórico do colégio, ao meu ver, são mais importantes que o preço”, analisa.

De qualquer forma, Gustavo paga menos do que outros pais. Sem descontos, a mensalidade da instituição de ensino custaria cerca de R$ 2,4 mil. No ano que vem, contudo, os custos podem aumentar, pois um dos seus filhos, Gustavo Dantas Filho, 10, vai para o 6º ano e a sua atual escola não tem turmas da série. “Já estou pesquisando novas escolas, junto com os pais dos colegas dele. O nosso objetivo é tentar algum desconto, pois queremos que os nossos filhos continuem estudando juntos”, explica.

Vale negociar? Na visão da educadora financeira da DSOP Educação Financeira, Nilva Ana Perini, os pais não devem ficar com receio de dialogar com a escola no intuito de conseguir descontos. “A família precisa agendar uma reunião com o responsável pela escola e ser bastante franca. Se existir alguma dificuldade financeira, ela deve ser apresentada. Assim, as duas partes podem entrar em consenso e ambas saem ganhando”, indica. Nilva ressalta que evitar dívidas a longo prazo também pode aliviar a situação financeira da família. Taxas pagas à vista geralmente saem mais baratas do que as parceladas. Além disso, planejar os custos com antecedência contribui para que os pais não sejam surpreendidos com o valor das cobranças. 69


“O momento de começar o planejamento é agora. Os pais terão um tempo confortável para poupar e encaixar as despesas da escola dentro do 13º salário, por exemplo. Deixar para a última hora nunca é bom”, indica.

Planejamento O último trimestre do ano é justamente o momento que o gerente de compras Ailson dos Santos, 34, reserva para se preparar para os futuros gastos na escola das filhas Isabella, 11, e Mariana Murça, 4. “Todo início de ano é mais difícil. Além do colégio delas, tenho que pagar tributos residenciais e veiculares. Os encargos são maiores. Portanto, montar uma estratégia com três meses de antecedência me dá mais tranquilidade para juntar o dinheiro necessário”, relata.

Junto, o valor das mensalidades das filhas fica em R$ 730. Mesmo achando o preço alto, Ailson acredita que as filhas estão em uma escola que pode contribuir para o aprendizado. “Enquanto eu puder dar o melhor para elas, farei isso, pois estou investindo no futuro de cada uma. Por mais que a situação esteja apertada agora, lá na frente, elas colherão os frutos disso”, defende.

Para não ficar no vermelho Saiba que fatores levar em consideração para equilibrar os gastos escolares

Conheça os valores da escola Busque as melhores condições para o seu orçamento, mas sem que o seu filho perca qualidade de ensino. Os princípios e valores adotados pelo colégio contribuem diretamente na formação pessoal do estudante

Economize Tente economizar ao máximo. Sempre que possível, reaproveite materiais que ainda podem ser usados e tente negociar descontos com a direção da escola. Além disso, corte gastos desnecessários em casa

Se necessário, mude Caso seja necessário trocar o filho para uma escola em que a qualidade do ensino é inferior, os pais podem providenciar suporte pedagógico externo para compensar a perda, pagando professores particulares ou até mesmo cursos on-line

Seja responsável Nunca leve para a frente um compromisso que pode interferir no orçamento. Dependendo da situação, parcelar valores não é vantajoso. Priorize os pagamentos à vista 70


Peça ajuda Se a troca de escola não desafogar o orçamento familiar, os pais devem procurar o auxílio de algum educador financeiro. Quando são necessários sacrifícios, como a venda de bens pessoais, isso é um sinal grave de que a família precisa de ajuda

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Veículo: G1 Data: 11/10/2018 Link: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2018/10/10/cubatao-recebe-semana-do-empreendedora-partir-de-segunda-feira.ghtml

Cubatão recebe Semana do Empreendedor a partir de segunda-feira Evento gratuito contará com oficinas, cursos, palestras e debates destinados a empresários já estabelecidos ou a quem ainda pretende abrir o próprio negócio. Por G1 Santos 10/10/2018 18h44 Atualizado há 14 horas A Secretaria Municipal de Emprego e Desenvolvimento Sustentável (Semed) de Cubatão (SP), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), promove, a partir da próxima segunda-feira (15), a Semana do Empreendedor. O evento, totalmente gratuito, contará com oficinas, cursos, palestras e debates interativos com especialistas do mercado, destinados a empresários já estabelecidos ou a quem ainda pretende abrir o próprio negócio. Os interessados precisam se inscrever previamente na sede da Associação Comercial e Industrial de Cubatão (Acic), na Rua Bahia, 163/171, no Centro, mesmo local do evento. As vagas são limitadas. De acordo com a administração, os participantes aprenderão práticas de gestão, liderança, inovação, comportamento empreendedor e estratégias para a empresa ter sucesso, conquistar novos mercados e dominar novos modelos de negócios. A Semana do Empreendedor será realizada nos dias 15, 16, 17 e 19 de outubro, e as videoconferências ocorrerão sempre das 9h30 às 11h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (13) 3361-1519, da Acic.

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Confira a programação: Dia 15 - O tema da palestra será 'Comportamento para inovação - o futuro dos negócios e os negócios do futuro', a cargo de Luiz Candreva, da Ezpark; Dia 16 - Marcela Quiroga, da Rede Mulher Empreendedora, falará sobre o tema 'Empreendendo bem, da teoria ao negócio'; Dia 17 - 'Planejamento e Ação - Como manter uma relação saudável com o dinheiro', por Reinaldo Domingos (DSOP); Dia 19 - 'Presença digital - Impulsione suas vendas com marketing digital', a cargo de Roberto Calderón (E-Comerce Camp).

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Veículo: G1 Data: 15/10/2018 Link: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2018/10/15/semana-do-empreendedor-tempalestras-e-workshops-gratuitos-em-ribeirao-preto-sp.ghtml

Semana do Empreendedor tem palestras e workshops gratuitos em Ribeirão Preto, SP Atividades têm objetivo de ampliar conhecimentos sobre gestão empresarial. Programação acontece entre 15 e 19 de outubro no Sebrae. Por G1 Ribeirão Preto e Franca 15/10/2018 07h34 Atualizado há 13 minutos Oficinas, palestras e debates interativos com especialistas do mercado fazem parte da programação gratuita da Semana do Empreendedor, que começa nesta segunda-feira (12) e vai até sexta-feira (19) em Ribeirão Preto (SP). A iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) têm o objetivo de ampliar os conhecimentos em gestão e o networking dos empreendedores. Durante toda a semana, os participantes poderão aprender aspectos que determinam a sobrevivência das empresas, como inovações do mercado, empreendedorismo, entre outras dicas. A Semana do Empreendedor será realizada na unidade do Sebrae, que fica na Rua Inácio Luiz Pinto, 280, no Alto da Boa Vista. Além disso, duas unidades móveis farão atendimento ao público no estacionamento do Novo Shopping, na Avenida Presidente Kennedy,1500 na Ribeirânia. Os interessados podem ser inscrever pelo telefone 0800 570 0800 ou pelo site da instituição.

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Confira a programação completa da Semana do Empreendedor:

Segunda-feira (15)      

Credenciamento Horário: das 9h às 9h30 Palestra: O futuro dos negócios e os negócios do futuro – com Luiz Candreva Horário: das 9h30 às 11h Workshop: Comece com o que você já tem Horário: das 11h30 às 13h Workshop: Coloque sua ideia no papel Horário: das 14h às 15h30 Palestra: Sua empresa estará aberta daqui a 5 anos? – com Vicente Sevilha Júnior Horário: das 15h30 às 17h Palestra: Inovação e tecnologia no segmento de beleza – com Elderci Garcia Horário: das 15h30 às 17h

Terça-feira (16)     

Credenciamento Horário: das 9h às 9h30 Palestra: Empreendendo bem, da teoria ao negócio! – com Marcela Quiroga Horário: das 9h30 às 11h Workshop: Explosão de inovação Horário: das 11h30 às 13h Workshop: Persona: o que é e como criar Horário: das 14h às 15h30 Palestra: Construindo marcas para durar – com Ana Meneguini Horário: das 15h30 às 17h Palestra: Tendências em alimentação e a participação feminina no mercado – com Marco Amatti Horário: das 15h30 às 17h

Quarta-feira (17) 

Credenciamento Horário: das 9h às 9h30 Palestra: Como manter uma relação saudável com o dinheiro – com Reinaldo Domingos

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Veículo: IstoÉ Data: 31/10/2018 Link: https://istoe.com.br/poupanca-tem-espaco-para-crescer-no-brasil-diz-especialista/

GERAL

Poupança tem espaço para crescer no Brasil, diz especialista Agência Brasil 31/10/18 - 07h00

A poupança da Caixa Econômica Federal fechou o ano passado com captação líquida de R$ 8 bilhões e um total de 74 milhões de poupadores. Para o educador financeiro Rogério Braga, membro da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), com uma população de mais de 207 milhões de pessoas, há um amplo caminho para que a poupança cresça ainda mais no país. Para o especialista, os brasileiros ainda não têm o hábito de poupar. Ele aponta que um dos principais problemas da população brasileira atualmente é o consumo exagerado, o acúmulo de créditos, que levam ao descontrole financeiro. O Dia Mundial da Poupança, celebrado hoje (31), foi criado para conscientizar a população global sobre a importância de preservar recursos para o futuro.

Passos para poupar O primeiro passo para quem quer fazer uma poupança é estabelecer um sonho ou um objetivo de vida. “O maior segredo é estabelecer esse objetivo e começar a fazer um diagnóstico financeiro de vida. Começar a pegar aquele recurso, separar a parte dele para poupar no início, porque se deixar para o final do mês, vai faltar recurso”, indicou. Conversar com a família em relação ao sonho coletivo é um segundo passo também importante. Braga aconselha que as pessoas coloquem todos os objetivos no papel. “Tem que ser disciplinado. A disciplina de seguir todo esse processo leva ao sucesso”, apostou.

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Para o educador financeiro, o brasileiro tem o mau costume de ser imediatista, o que termina colocando alguma meta de futuro adiante da sua realidade. Ele recomenda que as pessoas estabeleçam prazos e aprendam a gastar e a economizar. Esse é um processo diário, destacou. “Tem que usar os recursos em algo efetivamente necessário, e não supérfluo. “Poupar primeiro é sempre muito importante. O hábito de poupar deve ser feito antes de receber o salário e gastar no consumo”. Braga acredita que com essas etapas, já pode haver uma mudança geral, uma nova visão sobre o hábito de poupar. “E, aí, a poupança se beneficia disso, porque ela é muito fácil, muito acessível a toda a população brasileira”. Faz parte ainda do diagnóstico financeiro que as pessoas comecem a observar onde há excesso, como podem gastar melhor e onde podem economizar. Braga afirmou que muitas pessoas cometem o erro de gastar além do seu padrão de vida e, por isso, a conta nunca fecha e elas terminam sempre endividadas. O ideal é identificar onde gastar. “Gastar sem excessos, dentro da sua realidade, é fundamental”.

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Veículo: Correio Braziliense Data: 19/10/2018 Link: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2018/10/19/internas_economia,713674/13salario-vai-injetar-r-211-bilhoes-na-economia-no-fim-do-ano.shtml

13º salário vai injetar R$ 211 bilhões na economia no fim do ano Salário extra beneficiará 84,5 milhões de brasileiros, entre trabalhadores formais, aposentados e pensionistas dos setores público e privado. Em média, o rendimento adicional será de R$ 2.320

VB Vera Batista postado em 19/10/2018 06:00

Amanda Letícia e André Luiz Tengaten pretendem gastar o dinheiro extra com presentes para o filho e roupas(foto: Marília Lima/CB/D.A Press)

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O pagamento do 13º salário vai injetar R$ 211,2 bilhões na economia brasileira até o fim do ano, o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). Aproximadamente 84,5 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional médio de R$ 2.320, segundo estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Do total, R$ 139,4 bilhões irão para os empregados formais, inclusive os domésticos; R$ 71,8 bilhões, para aposentados e pensionistas da Previdência Social; R$ 26,9 bilhões para os do setor público. O maior valor médio para o 13º será pago no Distrito Federal, R$ 4.278, e o menor, no Maranhão, R$ 1.560. O número de pessoas que receberá o abono natalino é 0,6% superior ao registrado em 2017, de acordo com o Dieese. Entre os beneficiados, 48,7 milhões, ou 57,6% do total, têm carteira assinada — incluindo 1,8 milhão (2,2%) de domésticos. Aposentados ou pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) representam 34,8 milhões (41,2% do total). E aproximadamente 1 milhão de pessoas (ou 1,2% do total) de aposentados e pensionistas da União, dos estados e dos municípios. Entre as regiões, a parcela mais expressiva do 13º salário (49,1%) fica nos estados do Sudeste, seguido do Sul, 16,6% do montante; do Nordeste, 16%; do Centro-Oeste, 8,9%; e do Norte, 4,7%. Para os formalizados dos setores público e privado, cerca de 46,8 milhões de pessoas — excluídos os domésticos — serão R$ 137,1 bilhões. Por setor, serviços respondem por 64,1%; empregados da indústria, por 17,4%; comerciários, por 13,3%; trabalhadores da construção, 3,1%; e da agropecuária, 2,1%.

O que fazer O 13º salário foi criado em 1962, para ajudar os trabalhadores nas festas natalinas e nas despesas fixas do início do ano seguinte, como mensalidades e matrículas escolares, IPTU, IPVA, entre outros, explicou Reinaldo Domingos, educador e terapeuta financeiro do Canal Dinheiro à Vista. “Com o passar do tempo, isso foi se perdendo, principalmente devido ao crédito fácil e às ofertas das instituições financeiras para o adiantamento do 13º”. O que era um extra, agora é ansiosamente aguardado para pagar dívidas. “O dinheiro já faz parte do orçamento para o equilíbrio financeiro”, reiterou Domingos. Ao receber o 13ª, o trabalhador deve, então, priorizar as dívidas. Ele alerta, no entanto, que essa medida é apenas um paliativo. “Ataca o problema e não a causa. Se alguém gasta mais do que ganha, tem de descobrir o motivo do descontrole. Não tem outra saída a não ser adequar o salário ao padrão de vida, em conjunto com a família. O controle não funciona se um apertar o cinto e o outro continuar esbanjando”, destacou. A aposentada Maria Gonçalves, 66, é do tipo que sabe economizar. “Seguro tanto os gastos desnecessários que tem gente que pensa até que eu sou rica. Sempre tenho algum guardado”, destacou Maria. Com o 13º, ela vai fazer obras no telhado e na cozinha da casa. Já o casal Amanda Letícia Lima, 25, e André Luiz Tengaten, 38, vai esquecer das dívidas até janeiro chegar. “Nesse fim de ano, vamos comprar presente para nosso filho, Luiz Miguel, de 1 ano, e roupa para nós”, disse Amanda. “A gente fica o ano inteiro na pressão. Chega uma hora que é preciso relaxar. Hoje já começamos a gastar o dinheiro do PIS que recebemos na semana passada”, justificou Tengaten. O casal Abelardo Américo, 50, e Natasha Oliveira, 22, do Acre, está focado no tratamento de saúde do filho Lardo, de 1 ano. “Viemos para organizar a cirurgia cardíaca dele. Estamos na fila, já na reta final. Como temos que ficar próximos ao HRAN, para atender ao chamado a qualquer hora, tivemos de alugar apartamento no Plano Piloto”, destacou Américo. “A prioridade é o bebê. Fazemos o necessário por ele. Mas o aluguel aqui é muito caro”, reclamou Natasha.

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Qualquer pessoas pode ser surpreendida com imprevistos. Por isso, segundo Cléber Américo Castro e Souza, planejador financeiro pessoal, é importante ter uma reserva financeira. “Ninguém está livre de passar por um momento difícil como enfermidade pessoal ou familiar ou desemprego. Sendo assim, podemos nos planejar para muitos desses eventos. Por essa razão, ter uma reserva financeira é uma forma de estar mais seguro no caso de passar algum perrengue”, reforçou.

Dicas Especialistas indicam o que fazer com o dinheiro extra » Primeiramente, pague as suas dívidas » Se não tiver dívidas, antes de consumir, guarde uma parte do dinheiro » Fazer uma reserva será importante para bancar os compromissos do início do ano (IPTU, matrícula e material escolar) » Quem deseja viajar ou comprar um bem de alto valor ao longo do ano que vem também deveguardar o recurso » Endividados, antes mesmo de usar o recurso para abater dívidas, precisam descobrir os motivos que os levaram à inadimplência » Para, então, fazer uma faxina financeira e eliminar os supérfluos » Feito isso, o próximo passo é adequar o padrão de vida ao salário Fontes: Educadores financeiros

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Veículo: Correio da Bahia Data: 03/09/2018 Link: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/trabalhador-e-endividado-oito-em-cada-dezprofissionais-tem-problemas-financeiros/

Priscila Natividade priscila.oliveira@redebahia.com.br 03.09.2018, 05:48:00 Atualizado: 03.09.2018, 05:50:43

Só 18% conseguem pagar as contas e guardar algum valor (Foto: EBC)

Assalariado e endividado: oito em cada dez profissionais têm problemas financeiros Veja dicas para sair das dívidas e fechar o ano com o orçamento no azul; faça teste e descubra como anda sua vida financeira

Ansiedade, dor de cabeça, insônia, estresse. Parece até sintoma de que alguma coisa não vai muito bem no organismo, mas, na verdade, o problema está no bolso. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), oito em cada dez trabalhadores brasileiros vivem algum problema financeiro.

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(CORREIO Gráficos)

No geral, a metade ganha o suficiente, mas não sobra nada, enquanto 32% gasta tudo e ainda recorrem ao crédito. E só 18% conseguem pagar as contas e guardar algum valor. Até aí, a gente sabe que em tempos de crise, a saúde do orçamento do trabalhador não vai bem. Mas o que chamou atenção no levantamento que entrevistou, inclusive, trabalhadores baianos, é que as dívidas do funcionário não é mais uma preocupação que ele deixou em casa. “Esse, sem dúvida, é aquele trabalhador desmotivado, sem sonhos. Essa situação impacta diretamente no rendimento, pois esse funcionário não conseguirá focar a atenção no trabalho, invariavelmente irá receber ligações de cobradores, fazendo com que fique mais estressado”, pontua o presidente da ABEFIN, Reinaldo Domingos. E as empresas já estão começando a entender isso. A Nutricash, por exemplo, além de palestras de educação financeira, investiu em consultoria, eloboração de kit poupança para os filhos dos funcionários e distribuição de cofrinhos. “Um funcionário endividado traz transtornos para a empresa e então despertamos para o tema. Dos 80 funcionários que nós temos em Salvador, 24 deles se inscreveram para a consultoria com o educador financeiro”, afirma o coordenador de marketing da Nuricash, Marcelo Gonçalves. Luz no fim do túnel No entanto, sair das dívidas não é tarefa fácil. Antes de bater a meta e organizar as finanças, a funcionária pública Mariana Mota conheceu muito bem o desânimo de trabalhar 44 horas por semana e buscar uma complementação extra na renda só para pagar conta. “A pressão sobe, você vai ao médico e ele diz que você precisa desestressar. Mas como, numa situação dessas? Você conta os dias para o dinheiro cair na conta e quanto ele chega o que sobra é déficit”. O nome do problema de Mariana se chama empréstimo consignado. Os três que teve que contratar comprometeram metade do salário. “É uma ginástica muito grande para você manter o seu equilíbrio emocional quando está endividado. A lição que fica é que a gente tem que usar aquilo que a gente tem. Por que esse dinheiro que você pega vai ter que pagar, e com juros”, pontua. 82


Mariana está fazendo bem o dever de casa, como afirma a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Segundo dados do último Indicador de Propensão ao Consumo divulgado pela entidade, apenas 13% dos consumidores estavam com as contas no azul.“É preciso ter controle, organizar as contas. Analisar se o padrão de vida está dentro do orçamento e a partir daí fazer as mudanças e sair do aperto”, diz. Para o diretor de dados e pesquisas econômicas do GuiaBolso, Márcio Reis, diante do endividamento, o quanto antes a pessoa tomar uma atitude, melhor. “Estabeleça uma meta de economia que deve ser feita para o pagamento das dívidas. Comece o pagamento pelas dívidas mais caras, aquelas que possuem as maiores taxas de juros. São elas que fazem o bolo crescer”, aconselha. ENDIVIDADO, EQUILIBRADO DINANCEIRAMENTE OU INVESTIDOR? FAÇA O TESTE 1. O que você ganha por mês é suficiente para arcar com os seus gastos? a) É suficiente, mas não sobra nada. b) Consigo pagar minhas contas e ainda guardo mais 10% dos meus ganhos todo mês. c) Gasto todo o meu dinheiro e ainda uso o limite de cheque especial ou peço emprestado para parentes e amigos. 2. Você tem conseguido pagar suas despesas em dia e à vista? a) Sempre parcelo os meus compromissos e utilizo linhas de crédito como cheque especial, cartão de crédito e crediário. b) Pago em dia, à vista e, em alguns casos, com bons descontos. c) Quase sempre, mas tenho que parcelar as compras de maior valor. 3. Você realiza seu orçamento financeiro mensalmente? a) Somente registro o realizado, sem analisar os gastos. b) Não faço o meu orçamento financeiro. c) Faço periodicamente e comparo o orçado com o realizado. 4. Você consegue fazer algum tipo de investimento? a) Quando sobra dinheiro, invisto, normalmente, na poupança. b) Utilizo mais de 10% do meu ganho em linhas de investimentos, que variam de acordo com os meus sonhos. 83


c) Nunca sobra dinheiro para esse tipo de ação.

5. Como você planeja a sua aposentadoria? a) Tenho planos alternativos de previdência privada para garantir a minha segurança financeira. b) Não contribuo para a previdência social e nem para a privada. c) Contribuo para a previdência social. Sei que preciso de reserva extra, mas não consigo poupar. 6. O que você entende sobre ser Independente Financeiramente? a) Que posso trabalhar por prazer e não por necessidade. b) Que posso curtir a vida intensamente e não pensar no futuro. c) Que posso ter dinheiro para viver bem o dia a dia. 7. Você sabe quais são seus sonhos e objetivos de curto, médio e longo prazos? a) Sei quais são, quanto custam e por quanto tempo terei que guardar para realizá-los. b) Tenho muitos sonhos e sei quanto custam, mas não sei como realizá-los. c) Não tenho sonhos ou, se tenho, sempre acabo deixando-os para o futuro, porque não consigo guardar dinheiro para eles. 8. Se um imprevisto alterasse a sua situação financeira, qual seria a sua reação? a) Não saberia por onde começar e teria medo de encarar a minha verdadeira situação financeira. b) Cortaria despesas e gastos desnecessários. c) Faria um bom diagnóstico financeiro, registrando o que ganho e o que gasto, além dos meus investimentos e dívidas, se os tiverem. 9. Se a partir de hoje você não recebesse mais seu ganho, por quanto tempo você conseguiria manter seu atual padrão de vida? a) Não conseguiria me manter nem por alguns meses. b) Manteria meu padrão de vida por 1, no máximo, 4 anos. 84


c) Conseguiria fazer tudo que faço por 5, 10 ou mais anos.

10. Quando você decide comprar um produto, qual é a sua atitude? a) Planejo uma forma de investimento para comprar à vista e com desconto. b) Parcelo dentro do meu orçamento. c) Compro e depois me preocupo como vou pagar. RESULTADO De 70 a 100 pontos: Tudo azul Você sabe a importância do dinheiro e a maneira correta de usá-lo e também tem em mente a importância de passar esse conhecimento à frente. O mais importante é que entende que o tema é uma questão comportamental, não se relacionando apenas com números. Contudo, não se acomode, busque sempre mais conhecimentos sobre o tema e também em passar para o maior número de pessoas possível. De 45 a 65 pontos: Você está no caminho da educação financeira, mas, cuidado – sua situação não é confortável, pois, por mais que ache que já lida bem com o dinheiro, você ainda possui vários conceitos e ações errados sobre o tema. Você tem que por em mente que dinheiro não é fim, mas sim o meio para a realização de desejos e sonhos, pessoais e familiares. Outra questão importante é que você tem que perceber a importância de proliferar os conhecimentos de educação financeira para as pessoas próximas. Aposte em reciclagem imediata sobre o tema, por meio de cursos e livros relacionados. De 00 a 40 pontos: No vermelho Ligue imediatamente o sinal de alerta e busque cursos, livros e textos sobre educação financeira, senão, sua vida financeira estará fadada ao fracasso, se é que já não está. Tenha em mente que, por mais que não dê a importância devida ao dinheiro, ele está aí e é necessário para que se possa sobreviver no mundo em que vivemos. Tentar negar isso só lhe trará frustração e problemas, assim, busque sair do automático e tome o controle imediato de sua vida financeira. Fonte: DSOP Educação Financeira COMO AS EMPRESAS PODEM AJUDAR SEUS FUNCIONÁRIOS? A partir do momento que os problemas financeiros atingiram a produtividade do profissional, a rentabilidade e clima organizacional, ele também passou a ser um problema da empresa. O gerente Regional da Randstad Professionals, Winston Kim, conversou com o CORREIO sobre este impacto. Confira: De que forma os problemas financeiros do profissional acabam também afetando o desempenho da empresa para qual trabalha?

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Problemas financeiros costumam afetar bastante a produtividade. Quando você está preocupado com as contas pendentes, não está 100% focado nas suas atividades. Esse estado emocional afeta diretamente a tomada de ação do profissional e causa alterações no humor, podendo ser um agente negativo para o ambiente de trabalho.

Para o gerente da Randstad, Winston Kim, empresas estão focando em ações que 'tranquilizem' seus funcionários' (Foto: Divulgação) O que as empresas têm feito para reverter este quadro dentro do ambiente de trabalho? O que mais temos visto no mercado é que as empresas estão focando em tranquilizar os funcionários que estão passando por algum tipo de problema financeiro, dando dicas de planejando financeiro e conscientizando de que é necessário manter a atenção nas atividades para reverter a situação. Ter uma vida financeira 'saudável' se tornou um requisito na hora da contratação?

Não se tornou requisito. É claro que as características procuradas nos profissionais variam muito de cargo para cargo. Pode ser que para uma certa posição e empresa seja mais interessante ter saúde financeira. No entanto, temos o contraponto de outras áreas. Em vagas para o setor comercial, por exemplo, pode ser que seja interessante para a empresa ter alguém com alguma dívida, pois, como a área trabalha com bonificação ligada à meta, esse profissional pode ter mais gana para atingir os melhores resultados e conquistar o melhor bônus possível.

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Veículo: R7 Data: 02/09/2018 Link: https://noticias.r7.com/prisma/o-que-e-que-eu-faco-sophia/gastando-muito-aprenda-comoeconomizar-todo-dia-da-semana-02092018

Gastando muito? Aprenda como economizar todo dia da semana Você está endividado ou simplesmente não consegue fazer sobrar dinheiro no fim do mês e não sabe por onde começar a economizar? Confira estas dicas  o o

O QUE É QUE EU FAÇO SOPHIA Do R7

02/09/2018 - 05h00

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Segundo a educadora Cíntia Senna, da escola de educação financeira DSOP, o primeiro passo para começar a poupar é ter um objetivo para direcionar a economia de recursos.

"Se eu tiver um objetivo para poupar esse dinheiro, vou descobrir diversas maneiras de fazer economia no meu dia a dia, seja com alimentação, seja com vestuário... vai se tornando uma questão de hábito", diz. Para economizar é preciso saber como gasta, fazer a análise dos detalhes e fazer uma meta de valor para cada gasto. "Não é deixar de fazer o que se gosta, mas fazer melhor." Confira algumas ideias da educadora para economizar no seu dia a dia:

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VeĂ­culo: R7 Data: 21/10/2018 Link: https://noticias.r7.com/prisma/o-que-e-que-eu-faco-sophia/voce-sabe-lidar-com-dinheiro-ou-so-temprejuizo-faca-o-teste-21102018

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Veículo: Correio da Bahia Data: 01/10/2018 Link: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/papo-reto-veja-como-educar-seu-filhofinanceiramente/

Priscila Natividade priscila.oliveira@redebahia.com.br 01.10.2018, 06:00:00

(Ilustrações: Morgana Miranda/ CORREIO)

Papo reto: veja como educar seu filho financeiramente Especialistas dão dicas que podem ajudar no diálogo e aproveitar o Dia das Crianças para ensinar finanças pessoais sem ter que ser chato Quem tem criança sabe que não é fácil convencê-la de que o dinheiro não dá para comprar o brinquedo da moda. Muitos pais também já viveram o dilema de ceder ou não ao apelo de comprar o mesmo presente do amiguinho só para não ver o filho frustrado. Isso sem falar no bombardeio de publicidade que alimenta os desejos dos filhos. 97


São situações que o CORREIO listou, após um papo reto com especialistas em Educação Financeira, a fim de encontrar estratégias para ajudar os pais a argumentarem a favor da manutenção do orçamento familiar. De brinde, juntamos algumas brincadeiras para ensinar a galerinha a lidar com o dinheiro sem parecer chato ou pãoduro, porque, aí, ninguém merece. Diálogo e prática “A cada brinquedo que passa na televisão vem a frase ‘Pai, compra esse brinquedo para mim’! Ao final de um episódio já foram pedidos pelo menos uns cinco brinquedos. O que os pais podem fazer para contra atacar é basicamente duas coisas: conversar (Diálogo) e praticar (Mesada)”, aconselha o co-fundador do portal de educação financeira para crianças, Graninha Kids, Ricardo Fadini. No site www.graninhakids.com.br dá para baixar de graça o e-book Dicas para evitar o consumismo infantil. A conversa, segundo ele, deve se dar de forma lúdica.“Isso vai fazer a criança começar a priorizar os gastos e refletir sobre o que é mais importante, além de trabalhar desde cedo o conceito de orçamento, ou seja, não gastar mais do que se ganha”, afirma. COMO CONVERSAR COM O SEU FILHO QUANDO O ASSUNTO É DINHEIRO Junte dinheiro e compre seu próprio presente

Joãozinho: Pai, mãe, o videogame que vocês me deram no ano passado já está velho. Me dá um Xbox novo? É mais legal!

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Mãe (preocupada): Como assim, Jão? A gente nem terminou de pagar o presente do seu aniversário ainda. Já deu tempo de sair outro novo? Pai (fazendo as contas): Depende. Você vai se comportar? Tirar nota boa na escola e obedecer? A dica da diretora da startup financeira IQ 360, Mariane Hotta é: “Que tal economizar para melhorar o presente? Sempre lembre seu filho de que essa economia será benéfica, justamente porque terá a chance de conseguir comprar algo de maior valor do que presentes menores”. O amiguinho vai ganhar um presente mais caro

Maria: Mamãe, a mãe da Juju disse a ela que vai dar uma Baby Alive comilona. Você compra uma pra mim também? Mãe (que se pergunta em pensamento o porquê a mãe da Juju existe): Filha, você já não tem uma? Maria: Ah mamãe, mas não é a comilona... Todo mundo tem uma Baby Alive comilona, menos eu... A dica do educador financeiro, Antônio Carvalho é:

“O importante é ensinarmos que o dinheiro é finito (ela

acaba), variável (algumas pessoas têm mais, outras menos), e tem origem no trabalho (no esforço), logo não cai do céu. Não adianta se sentir culpado. É preciso mostrar com diálogo, carinho e afeto até onde dá para gastar”.

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O presente da moda tem um preço muito alto

Alice: Papai, compra uma Lol pra mim? Ela vem com sete camadas de surpresa, cospe e faz xixi. Pai (imagina logo o preço): Cospe? Faz xixi? Alice: É, e vem com um monte de supresas. (E aí, o pai chega na loja e vê que a boneca custa R$ 100 a depender da coleção e da série): Pai (ainda se recuperando do susto): O preço está muito caro, filha. Não prefere uma Barbie? Ela é R$ 30 e ainda é maior... A dica do educador financeiro da DSOP, Allan Andrade é: “Os pais devem usar comparações que as auxiliem no entendimento. Deixe claro o empenho para atender o desejo e, a partir destas comparções, busque junto com a criança uma alternativa que caiba no seu bolso”.

Meu filho quer comprar tudo que vê

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Pedrinho: Mãe, eu preciso muito desse brinquedo que eu vi no canal do Luccas Neto. Mãe (lá vem...): Que brinquedo, Peu? Pedrinho: Mãe, dá pra fazer várias coisas com um Nurf e todos os meus amigos da escola, da rua, daqui do prédio... Todo mundo tem. Eu também vi no canal os brinquedos do Minecraft você compra? Compra, compra, compra... A dica co-fundador do Graninha Kids, Ricardo Fadini é: “Monitore o que seu filho está assistindo. Os pais podem fazer algumas perguntas para a criança refletir se realmente precisa comprar aquele brinquedo e aproveitar para explicar que nem tudo que passa na propaganda é a verdade absoluta”.

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O presente que cabe no bolso também é bem legal

Lulu: Mamãe, papai eu quero esse, esse e aquele, mas eu também gostei muito desse. Compra... Por favor? É o meu sonho, sabia? Mãe (contando a quantidade de coisas que entraram no carrinho): Oh filha, o dinheiro que mamãe e papai têm não dá pra levar tudo... Pai (tirando as coisas do carrinho): Filha, vamos ver o seu presente em outra loja? A dica do diretor de Dados e Pesquisas do Guiabolso, Allan Andrade é: “Reforce o discurso de escolhas. Não se pode ter tudo e é importante que as crianças entendam isso desde cedo. Fique atento ao motivo que levou ela a querer o presente e com criatividade transfira isso para outro, sem gastar tanto”. DICA DA SEMANA: BRINCADEIRA DE CRIANÇA Jogos de Tabuleiro O pessoal do site Graninha Kids recomenda Banco Imobiliário (ou Monopoly), o Jogo da Mesada e o Jogo Administrando o seu dinheiro. “Os jogos são divertidos e uma maneira fácil de prender a atenção das crianças”, destaca o co-fundador do Graninha, Ricardo Fadini. Pontuação A dica é da diretora financeira do IQ 360, Mariane Hotta. Os pais fazem mini-jogos onde as crianças acumulam pontos ao fazerem atividades da casa, como arrumar o quarto ou ajudar no jantar. Quando acumularem determinada quantia, elas podem “resgatar prêmios”, como um dia no cinema, por exemplo. Mariane também recomenda a leitura de histórias infantis. “Principalmente as que mostram o lado negativo da avareza, cobiça e preguiça”. 102


Gincana da poupança Na sugestão do educador financeiro Antônio Carvalho, o jogo consiste em premiar aquele que conseguir juntar mais dinheiro, a partir da mesada. “Neste caso ganha o prêmio aquele que arrecadou mais e gastou menos”, explica. Sonhos A ideia do educador financeiro da DSOP Allan Andrade é juntar três porquinhos de tamanhos diferentes para cada sonho. “Eles serão divididos em curto, médio e longo prazo”. Comerciante e comprador A brincadeira visa estimular o poder de negociação e capacidade de compra, como afirma a planejadora financeira da GFAI, Celia Badari. “Vale utilizar os produtos da dispensa ou os brinquedos, determinar o preço e montar a lojinha”, aconselha. A brincadeira também tem uma versão de consumo consciente onde a proposta pode ser de troca de brinquedos. “Incentiva a prática do desapego e planejamento para conquistar objetivos”.

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Veículo: EXTRA Data: 11/09/2018 Link: https://extra.globo.com/noticias/economia/credito-consignado-veja-os-cuidados-direitos-aorenegociar-emprestimo-23058906.html

Crédito consignado: veja os cuidados e direitos ao renegociar o empréstimo

Aposentados e pensionistas devem ter cuidado ao renegociar Foto: Emily Almeida / Agência O Globo

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que contrataram empréstimo consignado — modalidade com desconto em folha—, devem ter cuidado em caso de possível renegociação do crédito. Isso porque, segundo especialistas, é comum que segurados do órgão busquem a modalidade em momento de dificuldade financeira, especialmente para quitar dívidas. O maior problema é quando o aposentado tem mais de um consignado, e bancos ou financeiras oferecem o refinanciamento ou a renegociação. Nestes casos, é preciso ficar atento para não cair em armadilhas, especialmente no que ser refere às taxas de juros. Por exemplo, existe a possibilidade de refinanciar o empréstimo. Assim, se o segurado contratou, por exemplo, um empréstimo com 30 parcelas, mas pagou apenas 15, o restante (que são 15 parcelas) o banco pode quitar. Porém, a instituição financeira libera um novo empréstimo com novas 30 parcelas, descontando o valor que foi quitado. — É neste momento que o segurado deve ficar atento. O banco precisa deixar claro quais são as regras do refinanciamento para que não sejam embutidas taxas de juros mais altas, que podem prejudicar o consumidor — explica Ana Rosa Vilches, da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).

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Estar atento às taxas é importante, visto que a busca pelo consignado é interessante porque oferece os juros mais baixos do mercado entre as modalidades de crédito. Atualmente, o consignado tem uma taxa média de 1,9% ao mês, segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). Como o cliente que contrata este tipo de crédito geralmente tem idade mais avançada, especialistas destacam que o novo contrato, no caso da renegociação, seja claro. Além de clareza nas taxas, é importante constar parcelas já pagas e o que faltará de desconto em folha. — Tudo deve ser muito claro. Bancos e financeiras não devem omitir nenhuma informação e as que se referem ao montante total do empréstimo devem ser claras e ser explicadas no momento do refinanciamento — destaca Vilches. Como o EXTRA publicou recentemente, a quantidade de aposentados e pensionistas do INSS que têm feito empréstimos consignados cresceu nos cinco primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017. Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), entre janeiro e maio de 2018, 30,2 milhões de novos contratos foram firmados. Já no mesmo intervalo do ano anterior, foram 26,06 milhões de transações com desconto em folha. No ano passado, o INSS, por meio do Conselho Nacional de Previdência (CNP), alterou a resolução que regulamenta a concessão de empréstimos consignados a segurados. A mudança ampliou de seis para nove a quantidade máxima de contratos ativos para crédito com desconto em folha. O órgão não alterou, porém, a chamada margem consignável. Com isso, o aposentado continua podendo comprometer até 35% da renda mensal com o pagamento da parcela do consignado, sendo 30% usados com o empréstimo comum e 5% com o cartão de crédito, modalidade criada em 2015.

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Veículo: EXTRA Data: 20/09/2018 Link: https://extra.globo.com/noticias/economia/reajuste-das-mensalidades-escolares-deve-chegar-1023084683.html

Reajuste das mensalidades escolares deve chegar a 10%

Variação de preços foi puxada para cima pelo aumento dos preços das mensalidades escolares Foto: Felipe Hanower / Agência O Globo Marcela Sorosini e Ana Clara Veloso

Mães, pais e responsáveis já começaram a receber os informativos das escolas particulares com alertas sobre os reajustes que serão adotados nas mensalidades do ano que vem. Em geral, os índices utilizados são de 5% a 10% nas instituições do Rio e Região Metropolitana. Os índices são estão acima da inflação prevista para 2018, de 4,09%. — A inflação escolar nos últimos anos sobe praticamente o dobro da variação de preços média. Em um momento de desemprego e de falta de capacidade de pagamento, o setor não vai conseguir aplicar o reajuste que gostaria, mesmo sofrendo com o aumento de gastos com energia elétrica, por exemplo. O ensino privado é caro e, em geral, o número de inscritos tende em diminuir, o que impede alguns reajustes de preços — disse o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz.

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Presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Ademar Batista Pereira, explica que a entidade não controla os preços no segmento, mas que a tendência é que as instituições não adotem reajustes muito expressivos: — Com essa crise, os aumentos devem ser pontuais. Cada escola tem sua política de negociação e nem sempre oferecer descontos é possível. As pessoas não percebem, mas as empresas sofrem com a perda de receita e aumento de energia elétrica, gás e outras despesas. O educador financeiro Rogério Braga recomenda que os responsáveis procurem outras escolas, que respeitem o mesmo grau de qualidade de ensino e de proximidade, para verificarem os preços praticados. Isso pode ser usado para uma possível mudança de colégio ou para negociar com a instituição atual. — Caso não haja negociação e a família optar pela permanência dos filhos na escola, é hora de reajustar o orçamento doméstico. É preciso olhar as contas, os gastos e ver o que pode ser reduzido para equilibrar esse aumento — afirma Braga.

Conheça seus direitos Veja as dicas para economizar Na ponta do lápis Segundo o educador financeiro Reinaldo Domingos, uma dica valiosa é reunir a família para diagnosticar as finanças, colocar tudo na ponta do lápis e, se preciso, cortar gastos. Outros gastos Valores além da matrícula e da mensalidade devem ser considerados, como uniforme, lanches, eventuais passeios e transporte. Facilidades Procure a escola para conversar: veja a possibilidade de parcelar a matrícula e peça desconto caso consiga adiantar alguns pagamentos. Assim, a escola terá um sinal de segurança de que os valores serão pagos ao longo do ano.

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Veículo: R7 Data: 11/09/2018 Link: https://noticias.r7.com/prisma/o-que-e-que-eu-faco-sophia/fuja-do-cheque-especial-aprenda-a-juntardinheiro-para-emergencias-11092018

Fuja do cheque especial: aprenda a juntar dinheiro para emergências Quer ter tranquilidade financeira? O primeiro passo é construir uma reserva para evitar o endividamento caso precise de dinheiro urgente  o o

O QUE É QUE EU FAÇO SOPHIA Do R7

11/09/2018 - 05h00

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Quer ter tranquilidade financeira? O primeiro passo é construir sua reserva de emergência, também chamada de reserva financeira, colchão de segurança, dinheiro para imprevistos. Esse dinheiro é o que vai garantir que você não entre no cheque especial ou se endivide no cartão de crédito quando surge um problema inesperado, como carro quebrado, geladeira que não funciona ou até mesmo fatos mais graves como um problema de saúde ou a perda do emprego. Reinaldo Domingos, presidente da escola de educação Financeira DSOP, diz que para perceber a importância dessa reserva financeira é preciso se fazer a seguinte pergunta:

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Veículo: R7 Data: 06/10/2018 Link: https://noticias.r7.com/prisma/o-que-e-que-eu-faco-sophia/vai-comprar-presente-das-criancas-vejadicas-para-nao-se-endividar-06102018

Vai comprar presente das crianças? Veja dicas para não se endividar Comprar o presente do Dia das Crianças (ou qualquer outra despesa extra para a qual não se preparou) pode ser uma maneira de se endividar de forma inesperada.  o o

O QUE É QUE EU FAÇO SOPHIA Do R7

06/10/2018 - 05h00

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Levar as crianças junto pode representar mais gastos Getty/Playbuzz

Comprar o presente do Dia das Crianças (ou qualquer outra despesa extra para a qual não se preparou) pode ser uma maneira de se endividar de forma inesperada. O ideal é se preparar sempre com antecedência para essas gastos que já são previsíveis. Veja as dicas do educador financeiro Reinaldo Domingos, da DSOP e também do portal de educação financeira Consumidor Positivo, da Boa Vista SCPC, para alegrar os filhos sem estourar o orçamento. Aproveite e vote nas dicas mais úteis. (Basta clicar nas setas. A seta azul leva a dica para cima, a seta vermelha, para baixo)

1 Pague à vista Confira como está o orçamento da casa. Se já está endividado no cartão ou no cheque especial, se há sobra no orçamento para poder comprar esse presente. Lembre-se ainda que o Dia das Crianças está bem próximo no Natal e também do início do ano.

2 Antes de sair às compras, faça as contas Se puder comprar o presente sem se endividar, prefira pagar à vista. Parcelamentos longos podem comprometer a vida financeira. Lembre-se que o começo do ano tem pesados como pagamento de IPTU, IPVA, matrícula escolar, férias.

3 Decida o valor Converse com todos os membros da família, incluindo as crianças, e alinhem juntos o valor dos presentes. Se a criança pedir algo que não se encaixe neste momento no orçamento, explique que não será possível e optem por algo mais em conta. Defina o limite de gastos para não fazer compras por impulso.

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4 Pesquise preços Antes de sair, pesquise os preços. Dá para fazer isso pela internet. Você pode verificar quais lojas têm o produto desejado e ainda analisar o histórico de preço dos últimos meses. Da próxima vez, tente se antecipar à compra, pois quanto mais perto da data, mais caros os produtos ficam.

5 Confira o prazo de entrega na internet Ao optar pela compra online é importante ficar atento ao prazo de entrega. Por ser uma data de maior movimento do comércio, os prazos podem sofrer alterações, então, não deixe para a última hora. Se possível, antecipe a compra do presente para ter uma “margem de segurança” de entrega, em caso de atraso. Lembre-se de considerar a taxa de envio no valor total do presente.

6 Cuidado com os acessórios Verifique se o presente escolhido necessita de itens adicionais, o que pode encarecer muito o custo, como brinquedos colecionáveis ou bonecas e carros que têm muitos acessórios. A escolha de um videogame, por exemplo, costuma estar associada a outros acessórios como controle extra, jogos e cartões de memória.

7 Vá sem as crianças Lembre-se que levar as crianças junto para escolher o presente pode levá-lo a gastar mais.

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Veículo: Correio Braziliense Data: 13/09/2018 Link: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2018/09/13/internas_economia,705610/gasolinasobe-mais-uma-vez-nas-refinarias-preco-ainda-nao-aumentou-no.shtml

Gasolina sobe mais uma vez nas refinarias; preço ainda não aumentou no DF Valor do combustível é o mais alto desde que estatal começou a divulgar variação no site. Nos postos do DF, entretanto, é possível encontrar o litro a R$ 4,54

Gesiel Gomes diz que o custo da gasolina afeta sua rotina e orçamento (foto: Marilia Sena/Esp. CB/D.A Press )

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A Petrobras anunciou um novo aumento de 1,01% no valor do combustível. Dessa forma, a gasolina passa a custar R$ 2,2294 nas refinarias, ante ao R$ 2,2069 da semana anterior. O reajuste leva o combustível a uma nova máxima histórica, desde que a estatal começou a divulgar o preço médio diariamente no site, em 19 de fevereiro. Já o valor do diesel continua inalterado desde o fim de agosto, quando a estatal anunciou alta média de 13,03%. O aumento, no entanto, ainda não chegou às bombas e o consumidor do Distrito Federal pode aproveitar enquanto a conta não chega. De acordo com o levantamento realizado pelo Correio, entre terça-feira e ontem, o valor da gasolina diminuiu cerca de 0,42%. O preço médio do combustível no DF é de R$ 4,66, mas é possível encontrar estabelecimentos vendendo o combustível a R$ 4,54. Para o taxista Gesiel Gomes, 56 anos, as mudanças contínuas de preço são um “absurdo”. Com o gasto mensal em torno de R$ 1,2 mil com o combustível, ele afirma que o custo está afetando sua rotina e orçamento. “Eu gasto um tempo considerável fazendo rondas em busca de um local de venda mais barato. Isso me prejudica, já que perco o tempo que eu poderia estar trabalhando e gasto gasolina atrás de um estabelecimento mais em conta”, contou. Segundo o economista sênior da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC) Fábio Bentes, a despesa com combustível chega a ter mais impacto na renda das famílias do que gastos com energia elétrica e plano de saúde. “Nós temos uma inflação geral em torno de 4,1%, no entanto, a do combustível chega a 9%. De 360 itens avaliados no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a gasolina tem um peso isolado de 4,6% no levantamento. É muita coisa”, informou. E além de ter um peso importante na renda das famílias, a alta dos combustíveis também impacta o preço de uma série de produtos e serviços. “Com a greve dos caminhoneiros, conseguimos perceber que a maioria dos produtos são remanejados por transporte terrestre. Então, quando o combustível aumenta, o valor do frete também sobe, consequentemente o valor do produto vai aumentar”, afirmou. Luciano Nakabashi, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, destaca que fatores externos também influenciam o valor do combustível no país. Ele explicou que o preço da gasolina é definido por dois fatores internacionais: o valor do barril de petróleo e a cotação cambial. “O real está muito desvalorizado e o barril de petróleo tem aumentado bastante nos últimos meses”, explicou. Segundo o educador financeiro Reinaldo Domingos existem algumas alternativas para o consumidor que deseja gastar menos com o combustível. De acordo com ele, é preciso fazer uma análise e identificar opções mais econômicas, como caminhadas, uso alternado do veículo e até mesmo caronas familiares. “É preciso colocar na ponta do lápis o quanto o uso do carro vai impactar no consumo da família e procurar meios de tornar a conta mais barata no fim do mês”, destacou.

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Veículo: Diário do Grande ABC Data: 13/09/2018 Link: https://www.dgabc.com.br/Noticia/2927957/dolar-nas-alturas

Turismo turismo@dgabc.com.br | 4435-8367

Com o dólar nas alturas, confira dicas para viajar

Especialistas dão dicas para que seja possível aproveitar a viagem, mesmo com a moeda em alta

Yara Ferraz Do Diário do Grande ABC Em tempos de alta volatilidade da moeda norte-americana, impulsionada pela corrida eleitoral e pela instabilidade do cenário externo, quem planeja viagem internacional pode se assustar com a disparada dos preços. Ontem, o dólar comercial encerrou o pregão cotado a R$ 4,15, queda de 0,11% em relação ao pregão anterior, que atingiu a maior alta do ano. O viajante, no entanto, precisa adquirir a modalidade turismo, taxada em R$ 4,30, mas que chega a passar dos R$ 4,50 nas casas de câmbio. Para quem está decidido a ir ao Exterior mesmo assim, especialistas aconselham a ter cautela.

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De acordo com o coordenador do Conjuscs (Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura) da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Jefferson José da Conceição, a quem tem disponibilidade de agenda, o ideal é deixar a viagem para depois das eleições, que acontecem no dia 7 de outubro. “A expectativa é a de que o dólar caia após o pleito. Por isso, em algumas situações, como a de quem estiver em outro país até a votação, e cuja fatura do cartão de crédito vença após a data, vale usar o plástico para tentar arcar com custos menores da cotação da moeda”, disse. O coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero, aconselha que o dinheiro não seja comprado de uma vez. “Assim, o câmbio fica com um preço médio, então o viajante não ganha, mas também não perde. Outra recomendação é verificar cartões pré-pagos que não têm IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)”, afirmou. Na avaliação de Reinaldo Domingos, educador financeiro e presidente da DSOP Educação Financeira, é preciso colocar na ponta do lápis os gastos, a fim de que as finanças não saiam do controle. São exemplos, passeios não comprados com antecedência, refeições em restaurantes caros e IOF do cartão de crédito internacional, que atualmente passa de 6%. “Aqueles que ainda não tinham se programado para uma viagem internacional não devem desistir. Talvez, a melhor opção seja adiá-la para se planejar melhor e não correr o risco de criar uma dívida séria”, avaliou. Em tempos de alta do dólar, em torno de 70% dos brasileiros que viajam de férias passam a optar por destinos nacionais, e 30% mantêm escolhas no Exterior, conforme levantamento da CVC Corp. Quando o câmbio fica estável, a proporção é de 60% para destinos dentro do Brasil e, 40%, fora.

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Veículo: Folha PE Data: 10/09/2018 Link: https://www.folhape.com.br/economia/economia/financaspessoais/2018/09/10/BLG,7726,10,510,ECONOMIA,2465-SAIBA-COMO-PLANEJAR-FINANCASPESSOAIS-EVITAR-DESCONTROLE-FINANCEIRO.aspx

FINANÇAS PESSOAIS

Saiba como planejar as finanças pessoais e evitar o descontrole financeiro Especialista dá dicas de como manter o orçamento no 'verde', com hábitos que podem ajudar nas finanças pessoais Por: em 10/09/18 às 14H56, atualizado em 10/09/18 às 15H24

Planejamento é essencial para controle das finanças pessoaisFoto: Pixabay

Pelo menos 35% dos brasileiros afirmam que a renda é insuficiente para pagar as contas em dia e 46% disseram que não falta dinheiro, mas também não sobra com a renda que possuem e apenas 13% dizem estar com as contas no azul, sobrando para as compras ou investimentos. Esses são os

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dados de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL)e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), na última quinta-feira (6). O levantamento revelou também que dois em cada dez consumidores tiveram o acesso ao crédito negado nas compras a prazo no mês de julho, tendo como principais motivos a falta de comprovação de renda e recursos insuficientes. Para o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, esses números refletem o fato de a maioria dos brasileiros viverem dentro de um padrão de vida acima daquele que o orçamento lhes permite. A orientação é que, logo que receber o salário, a pessoa já retire a quantia mensal necessária para a realização dos sonhos, colocando o montante na melhor opção de investimento de acordo com o prazo. Muitos hábitos podem levar ao descontrole financeiro. Veja abaixo quais são eles e como fazer para evitá-los:

1 - Falta de planejamento: As pessoas não sabem para onde vai seu dinheiro, não possuem controle. As pessoas não se dão conta que o descontrole financeiro não acontece nos grandes gastos, mas sim nos pequenos. Para evitar que isso ocorra, o correto é o preenchimento de uma caderneta diária de todos os gastos, que chamamos de apontamento, e realizar uma planilha mensal por três meses, conhecendo os seus verdadeiros números. 2 - Comprar por impulso: Algumas perguntas devem ser feitas antes de fazer uma compra, como: estou comprando por necessidade real ou movido(a) por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima? Se não comprar isso hoje, o que acontecerá? Tenho dinheiro para comprar à vista? Se comprar a prazo, terei o valor das parcelas? O acúmulo de parcelas colocará em risco a realização dos sonhos que priorizei com a família? Também é importante pesquisar o melhor preço em pelo menos três lojas diferentes, entre físicas e virtuais, para pagar menos e conseguir descontos. 3 - Ter o hábito de parcelar: Este é um hábito cultural do brasileiro, por isso, ao agir dessa maneira, as pessoas não percebem que estão se endividando. Para piorar, muitas vezes, o consumidor se esquece de colocar esses valores no orçamento, o que pode comprometer seriamente as finanças. Caso seja fundamental parcelar, deverá constar no orçamento mensal da pessoa, que sempre que receber seus rendimentos separará parte do valor para pagar essa dívida. Também é interessante ter uma poupança paralela, para que, em caso de imprevistos, tenha como arcar com esses valores. 4 - Pagar sem questionar: Todo produto ou serviço é cobrado com larga margem de lucro, portanto é sempre válido pedir descontos, especialmente se estiver pagando à vista. Muitos têm vergonha ou receio, portanto negociar valores deve se tornar um hábito em 2018, pois é preciso aprender a valorizar o dinheiro. É importante também sempre rever os pacotes que contrata, como de TV a cabo, internet e planos de celular, pois é comum que haja itens que paga mas não utiliza. É interessante estar sempre de olho na concorrência, pois muitas vezes há pacotes mais completos e mais baratos. 5 - Abusar do crédito fácil: Buscar ferramentas de crédito fácil, como empréstimos, crediários, 125


financiamentos, limite do cheque especial e pagar o mínimo de cartão de crédito são formas comuns de endividamento. O mercado oferece milhares de produtos de fácil acesso, contudo, os juros cobrados são abusivos e fazem com que a inadimplência se torne alta. A solução é evitar esses meios, buscando se educar financeiramente e mudando o comportamento errôneo em relação a lida com o dinheiro. No caso de cartão de crédito, o ideal é ter só um e, em caso de descontrole, até mesmo eliminar. Também é interessante não ter limite de cheque especial.

6 - Não pensar no futuro: Muitos não têm o hábito de se preparar para o futuro mas, especialmente agora com as mudanças na aposentadoria pelo INSS, é importante rever essa atitude. O primeiro passo é pensar no padrão de vida que deseja ter após se aposentar, lembrando que mesmo tendo trabalhado a vida toda com carteira assinada, contribuindo para o INSS, a quantia recebida dificilmente será suficiente. Muitos brasileiros se aposentam e precisam continuar trabalhando ou dependem da ajuda financeira de parentes. Lembre que o quanto antes você pensar em seu futuro, mais fácil será para poupar dinheiro e atingir a quantia desejada. Para descobrir o número da sua aposentadoria, preencha a planilha com a fórmula para a independência financeira.

7 - Só poupar se sobrar: Muitos brasileiros não conseguem poupar dinheiro porque deixam para fazer isso apenas se sobrar no final do mês. Portanto, em 2018, é imprescindível começar a praticar um orçamento financeiro diferente, que priorize os sonhos e não as despesas. Ao invés de fazer Ganhos (-) Gastos = Lucro/Prejuízo, faça Ganhos (-) Sonhos (-) Gastos. Dessa forma, a poupança para os sonhos será a prioridade e os gastos serão readequados, mudando o padrão de vida em beneficio da conquista dos sonhos da família. Apesar de ser muito importante, a realização dos sonhos tende a ser deixada em segundo plano; isso precisa mudar, começando pelas atitudes. Não adianta agir da mesma maneira sempre, esperando ter um ano diferente. 8 - Não sonhar: Não ter planos para o futuro e, consequentemente, poupanças para conquista-los, leva ao consumismo de forma pouco pensada. Vejo que a grande maioria abandonou o hábito de sonhar. Para sair deste problema, é recomendável fazer um exercício simples: refletir sobre o que se quer em curto prazo (nos próximos doze meses), no médio (entre um e dez anos) e no longo prazo (a partir de dez anos). Tendo isso estabelecido, deve cotar os valores e destinar parte de seu dinheiro para esse fim. Com os sonhos sempre em mente, será muito mais difícil cair nas armadilhas do consumismo e do crédito fácil. 9 - Buscar status social: Acreditar que consumir é importante para ser aceito socialmente faz com que as pessoas comprem sem ter condições. Isso porque acreditam que possuir alguma coisa é o que fará a diferença para os outros, e não o que ela realmente é. O consumo dessa maneira irá apenas suprir a dificuldade de relacionamento interpessoal. A solução para esta questão é ter objetivos claros e perceber que é muito mais importante ter conteúdo do que ter produto. 10 - Sucumbir ao marketing e à publicidade: Estar suscetível às ações de marketing e publicidade faz com que as pessoas comprem o que não precisam ou mesmo não têm condições. Isso acontece diariamente por falta de orientação. O caminho para evitar esse problema é buscar conscientização 126


para abandonar o hábito de comprar por impulso, especialmente quando estiver com as emoções alteradas, triste, com baixa autoestima ou com bastante empolgação.

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Veículo: São Paulo para Crianças Data: 10/09/2018 Link: http://saopauloparacriancas.com.br/planejamento-garante-economia-na-matricula-escolar/

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Veículo: Cloud Coaching Data: 11/09/2018 Link: http://www.cloudcoaching.com.br/rendimento-nas-empresas-aumenta-com-a-educacaofinanceira/post#.W5uY9s5KgdV

Rendimento nas empresas aumenta com a Educação Financeira Publicado em 11 de setembro de 2018

Melhorias no rendimento dos colaboradores foram constatadas por 94% dos profissionais de RH em recente pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), em parceria com a Unicamp e o Instituto Axxus. O levantamento foi realizado em 11 estados com 2.000 funcionários de diferentes níveis hierárquicos e responsáveis pelo setor de RH de cem empresas, dos mais diversos segmentos de mercado. A pesquisa revelou ainda que, embora 56% das empresas ouvidas já terem realizado ações voltadas para a educaçãio financeira entre seus colaboradores, tais atividades não tiverem continuidade. Já os profissionais de RH que não ofereceram nenhum programa de educação financeira acreditam que a empresa poderia trazer benefícios para ambos os lados caso tivesse oferecido.

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Podemos dizer que há um consenso sobre a importância do tema entre colaboradores e profissionais de RH, mas ainda sim existe uma lacuna muito grande na percepção sobre o impacto dessas ações dentro das empresas. Mas a realidade é que um profissional que atravessa dificuldades financeiras certamente se tornará um colaborador que trará problemas para a empresa. Por isso o gestor não deve se iludir acreditando que esse colaborador está lá pelo desafio, ambiente de trabalho e liderança, já que a situação financeira é um dos principais motivos a serem levados em consideração para reter os profissionais. Porém, a parte financeira nas empresas deve contemplar, além da educação financeira em si, ações que incluam oportunidades de crescimento, plano de carreira, política salarial, ou seja, ir além dos aumentos ou benefícios pontuais. Só assim esses colaboradores poderão aprender a lidar melhor com o dinheiro que recebem, mudando assim os hábitos e comportamentos, tendo como objetivo final alcançar uma sustentabilidade financeira. Quando o funcionário equilibra suas finanças, passa a ter mais foco no trabalho, diminui as faltas e não pensa em sair do emprego para pagar contas com o valor da rescisão. Nessa equação, tanto a empresa quanto os colaboradores saem ganhando. Isso porque o funcionário que consegue equilibrar as finanças passa a ter mais foco no trabalho, diminuindo assim as taxas de absenteísmo e presenteísmo. Sendo assim, a educação financeira nas empresas se torna fundamental para que o ambiente de trabalho seja mais produtivo, fazendo com que os colaboradores trabalhem com menos preocupações, tendo mais vontade para prosperar e realizar sonhos.

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Veículo: ABC do ABC Data: 14/09/2018 Link: http://www.abcdoabc.com.br/caderno/dia-criancas-planejamento-educacao-financeira-70641

Data: 14/09/2018 09:54 / Fonte: Reinaldo Domingos

Dia das Crianças com planejamento e educação financeira Data pode ser uma oportunidade para educar as crianças financeiramente Sei que muitos vão dizer que ainda é muito cedo para pensar no Dia das Crianças, afinal ainda falta pouco menos de um mês para a data, mas decidi abordar esse assunto com antecedência, já que todos sabem que sempre oriento se planejar para todas as ações que envolvem as finanças. Essa antecipação pode proporcionar mais tranquilidade lá na frente, já que haverá mais tempo para fazer pesquisas e até mesmo para guardar um dinheiro extra para presentear as crianças. Toda criança adora receber presentes neste dia, não há como fugir, mas também sabemos que conforme a data vai se aproximando, os preços vão subindo, não só dos tão desejados brinquedos e eletrônicos, mas de qualquer outro item voltado para a criançada. Portanto se começarmos a nos planejar desde já teremos mais chance de conseguir bons negócios, já que nos últimos anos a concorrência tem aumentado, principalmente na internet com as lojas virtuais, que além de oferecer a comodidade de receber o produto em casa, não é preciso ficar visitando loja em loja na busca do melhor custo benefício. Porém quero aproveitar para dizer que essa também pode ser uma boa oportunidade para falar em educação financeira com as crianças, ou seja, aproveitar essa data tão especial para elas e dar um presente que levarão para a vida toda. Essa mudança de hábitos e comportamentos em relação ao dinheiro inclusive poderá beneficiar a família toda, já que a educação financeira dá a possibilidade de construir sonhos coletivos. Um grande passo foi dado para que essa missão se iniciasse. Estou falando da conquista em incluir a educação financeira como disciplina obrigatória na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Atualmente, milhares de escolas Brasil afora já aplicam a educação financeira com muito sucesso nas salas de aula e tenho certeza de que esses números crescerão ainda mais com o passar do tempo. Os pais sabem que praticamente tudo que é aprendido na escola é levado pelas crianças para dentro de casa e o caminho inverso também não poderia ser diferente, portanto mesmo que a escola dos seus filhos ainda não aplique a educação financeira na grade curricular, por que não começar esse trabalho em casa? Para isso, os cofrinhos podem ser bons aliados para se entregar junto ao presente que a criança pediu, assim é possível explicar a importância se ter sonhos de curto, médio ou longo prazo, mas que para realizá-los é preciso ter um pouco de paciência e priorizar os gastos e, no caso de sonhos materiais, saber exatamente quanto eles custam e o quanto será necessário poupar para consegui-los.

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Sempre lembrando que isso não impede de comprar algo que a criança queira, desde que caiba no orçamento, claro. Portanto busque conversar para que ela entenda o valor daquele presente, não monetário, mas sim do esforço para consegui-lo, com isso as chances de ela cuidar melhor desse item são muito maiores. Dê o exemplo dentro de casa, pois isso facilita o entendimento e reflete no comportamento dela no futuro.

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Veículo: Correio da Bahia Data: 17/09/2018 Link: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/trabalhador-e-endividado-oito-em-cada-dezprofissionais-tem-problemas-financeiros/

Priscila Natividade priscila.oliveira@redebahia.com.br 17.09.2018, 05:41:00 Atualizado: 17.09.2018, 05:44:59

Davi não nega: gasta muito e não usa tudo que comprou quando se depara com promoções (Foto: Evandro Veiga)

Gatilhos de consumo: veja os principais estímulos que levam a comprar mais Tem remédio? Confira dicas para resistir aos apelos das promoções e manter e a saúde financeira em dia

As 50 peças de roupa no armário ainda com as etiquetas de compra denunciam que o vitrinista Davi Carvalho é daqueles que não podem passar perto de uma loja em promoção. “Coloco a roupa no corpo, internalizo na cabeça que preciso e quando eu me dou conta estou saindo com as sacolas”, admite. Não resistir a promoções é só um dos principais motivos que levaram o consumidor a gastar mais no último ano, segundo dados apurados pela Kantar Worldpanel. Em média, três em cada dez brasileiros compram além do que previam ao ver o produto mais barato (33%). Também se somam aos cinco motivos mais relevantes o encontro 134


de promoções que não esperavam (18%), produtos mais caros do que previam (7%), compra de itens recémlançados (2%) e a aquisição de marcas mais caras (1%).

(CORREIO Gráficos)

Todos esses gatilhos funcionaram muito bem com Davi, que chegou a zerar a conta bancária só de promoção em promoção. O barato acabou saindo caro: “Fiz uma limpa no guarda-roupa, olhei o que tinha, o que preciso e não preciso e me segurei para não comprar mais até as contas se ajustarem”. Atrás de promoção, a diarista Sirlete Silva é mais uma capaz de qualquer coisa. Sobretudo, se a oferta estiver no supermercado. Para comprar frango por R$ 2,99 o quilo, ela chegou a ir a pé de Pernambués a Barros Reis. “Não posso ver um encarte. Cheguei lá, comprei frango e mais um monte de coisa que estava na promoção e coloquei tudo no cartão de crédito da minha amiga, inclusive a corrida do táxi”, lembra. Sem nem gostar de miojo, ela comprou também 30 pacotes. “Cada um saía por R$ 0,23 e a Maria Promoção não aguentou. Só depois me dei conta que ninguém lá em casa gosta de miojo”. Em outra situação, a conta de luz... Sobrou. “Fui ao supermercado só para pagar a conta de luz, mas aí anunciaram uma promoção de frango. eu não resisti - coxa de frango e filé de frango por R$ 6,99? Gastei o dinheiro da luz. Cheguei na minha casa foi um transtorno, porque eu não tinha onde colocar tanto frango e não tinha também o dinheiro pra pagar a luz e tive que pedir emprestado. Não tem jeito, se estiver barato, eu compro”. Vantagem? Mas o que está por trás destas decisões de compra do consumidor? Quem responde a pergunta é o professor dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV) na área de Marketing de Varejo, Roberto Kanter. “Em um momento de crise é muito valorizado o ‘eu mereço’. Minha vida está difícil, mas eu mereço tomar uma cerveja mais cara, ou gastar com esse produto”.

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Diante do consumidor com o orçamento apertado, ainda de acordo com Kanter, acaba se gastando mais por esta decisão de merecimento. “Quanto maior a vantagem, mas este estímulo irá seduzi-lo a comprar”, explica. Outra estratégia determinante é a oferta de um produto de maior valor agregado oferecido em quantidade limitada em um curto espaço de tempo. “Isso é matador para o consumidor. Por necessidade, as decisões de compra são guiadas sempre de forma racional. Quando entra o desejo, as escolhas são emocionais”, destaca. No entanto, outros fatores estão provocando o consumidor. Para o professor do curso Ciências Sociais e do Consumo da ESPM, Fábio Mariano Borges, em um mundo onde a tecnologia permite que as empresas conheçam mais o consumidor do que a ele próprio, novos interesses motivacionais estão surgindo e transformando a decisão de compra. “Os discursos sobre inclusão da diversidade, empoderamento feminino e sustentabilidade são os exemplos mais atuais desses interesses”, analisa o especialista. A abordagem vem seguindo a linha ‘responsável’, conforme defende Mariano. “Consumidores endividados consomem menos e têm um ciclo de vida menor com a marca. O Marketing de Consumo tem concluído que o melhor é ter o consumidor como um aliado por muitos anos do que estimular um consumo que pode comprometer suas finanças ou bem estar”, completa. Sinal de alerta O fato é que promoção é bom e todo mundo gosta. O risco, na verdade é, quando o consumo além do que se pode pagar, torna-se um vilão do orçamento financeiro. Para a educadora financeira da Dsop, Cíntia Senna, o alerta deve ser ativado quando o consumidor passa a “comprar por comprar”. “Ao não ter um planejamento, qualquer “oportunidade” que aparece é motivo para fazer uso do recurso que está disponível”, aconselha. Eu quero? Eu preciso? Eu posso? - O conselho da planejadora financeira da GFAI, Planejamento Financeiro Pessoal, Daniela Mir, passa por estas três perguntas. “Evite levar no primeiro momento em que viu o produto. As promoções se tornam atrativas, pois geram uma necessidade de ter aquilo. Diante disso, é ser racional e ponderar sempre estas decisões”.

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Veículo: O Povo Data: 17/09/2018 Link: https://www.opovo.com.br/jornal/economia/2018/09/educacaofinanceira-tambem-e-papo-decrianca.html

Educação financeira também é papo de criança

| BASE CURRICULAR | No próximo ano, educação financeira para o ensino fundamental será obrigatória no Brasil

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01:30 | 17/09/2018

A partir de 2019, as escolas públicas e privadas do País deverão incluir a educação financeira na grade curricular do ensino fundamental. A temática integra a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada em dezembro de 2017, como uma das áreas de conhecimento obrigatórias. O objetivo é ensinar desde a infância, os brasileiros a desenvolverem uma nova relação com o consumo e o dinheiro. "É uma vitória. Tem comportamento que a gente não muda do dia para noite, mas quão mais cedo começarmos a ensinar, maior a possibilidade deles se tornarem adultos mais empreendedores, que planejam suas vidas, não atrasam parcelas", afirma Cláudia Forte, superintendente da Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF), organização social criada para executar a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) no Brasil.

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Ela explica que o conteúdo entrou como norte do currículo junto com outros 11 temas, como empreendedorismo e sustentabilidade. Caberá aos estados e municípios, no entanto, decidir como estes assuntos entrarão na grade. A orientação é de que isso seja trabalhado de forma transversal entre as disciplinas. Em Fortaleza, alguns colégios já se anteciparam. Na escola particular Uma Janela para o Mundo, no bairro João XXIII, desde o ano passado é ensinado educação financeira a partir da Educação Infantil. "A gente vai trabalhando de forma lúdica, de acordo com a faixa etária, noções de finanças, economia, para que desde pequena já vá assimilando o consumo consciente", explica a diretora Vânia Nogueira. Na sala do Infantil III, por exemplo, a Alice Militão, 3 anos, está aprendendo a poupar para realizar sonhos em meio às aventuras do Nico, boneco de pano manipulado pela professora. Também brincando de colocar moedas fictícias em um cofrinho de papel, ela vai se familiarizando com os números. E já faz seus próprios planos. "Se não ficar gastar muito, dá para comprar uma Baby Alive". Algumas salas adiante é a vez da Ana Esther Fernandes, 9 anos, do 4º ano, aprender no mini mercado montado na brinquedoteca operações matemáticas mais complexas, olhar data de validade dos produtos e pesquisar preços. Lições que vão sendo levadas para casa. "No supermercado com minha mãe, eu pesquiso e anoto na lista a quantidade de cada item e o preço. Também tenho meu próprio cofre". Saulo Pessoa, 10 anos, também tem na ponta da língua a receita para fazer o dinheiro render mais."A gente pode ajudar não gastando tanta luz, não demorando no banho e nem comprando coisas desnecessárias".

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A diretora pedagógica da DSOP Educação Financeira, Ana Rosa Vilches, destaca que o envolvimento da família é fundamental. "A criança olha a atitude dos pais. Se meu pai e minha mãe são consumistas, se tudo que eu quero, tenho, como irei crescer? Sem entender o real valor do dinheiro". Por outro lado, ressalta que a experiência mostra que projetos bem sucedidos são capazes de tornar as crianças agentes multiplicadores na família. O que se reverte em ganhos para as escolas. "Na maioria dos casos, os pais passam a se organizar melhor financeiramente e a inadimplência cai". Sobre a série O POVO finaliza hoje uma série de reportagens iniciada na última quinta-feira, 13, sobre a importância de se aprender o caminho do dinheiro. Ter uma cultura de educação financeira e fiscal é importante em todos os níveis, seja no Governo, no dia a dia ou na escola.

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Veículo: O Povo Data: 17/09/2018 Link: https://www.opovo.com.br/jornal/economia/2018/09/os-desafios-para-tirar-a-lei-do-papel.html

Os desafios para tirar a lei do papel Criar novas metodologias e qualificar os professores são desafios para uma cultura de educação financeira mais assertiva 01:30 | 17/09/2018

Criar novas metodologias e qualificar os professores são desafios para uma cultura de educação financeira mais assertiva, na avaliação da especialista Ana Rosa Vilches. "Nossa preocupação é que as escolas entendam o tema apenas como um conteúdo a mais na matemática. Não é. Se for assim, o indivíduo não vai chegar à idade adulta autônomo em relação à saúde financeira", diz. Os resultados do teste de cultura financeira do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado em 2017, mostra que o Brasil ainda tem um longo caminho. Dentre 15 países, teve o pior desempenho. Mais de 53% dos alunos ficaram abaixo do nível mínimo. A superintendente da Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF), Cláudia Forte, explica que ações estão em curso para reverter este quadro. Desde 2010, a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef) levou material pedagógico e capacitação para mais de 3,8 mil professores da rede pública.

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Ela afirma, porém, que os municípios têm a contrapartida de garantir o deslocamento e disponibilidade dos professores para o treinamento. Para 2019, novos formatos estão sendo discutidos. No Ceará, Sobral é o único município que está negociando parceria. "É preciso preparar os alunos também em outras competências que os deixem aptos para o mercado globalizado", observa o secretário municipal de educação de Sobral, Hebert Lima.

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Veículo: O Globo Data: 21/09/2018 Link: https://oglobo.globo.com/economia/saque-das-cotas-do-pispasep-termina-em-uma-semana-23088851

POR O GLOBO 21/09/2018 10:14 / ATUALIZADO 21/09/2018 12:42

Saque das cotas do PIS/Pasep termina em uma semana

Saque do PIS é feito na Caixa Econômica, até dia 28 RIO — Termina em uma semana o prazo para sacar as cotas do fundo PIS/Pasep para quem trabalhou em empresas ou no setor público de 1971 a 1988. Até 28 de setembro, os trabalhadores que têm recursos nesse fundo podem sacar o dinheiro. Depois desse dia, os saques voltam a ser restritos e só poderão ser feitos por quem tiver 60 anos ou mais ou se pedir a aposentadoria, por exemplo. Segundo a Caixa, cerca de 4,5 milhões de beneficiários ainda sacaram o saldo. O volume de recursos disponíveis soma R$ 6,3 bilhões para o saque até o dia 28 de setembro. A média de pagamento por beneficiário é de R$ 1.370. O QUE FAZER PARA SACAR DINHEIRO? Na Caixa Econômica (empregado no setor privado) 144


Até R$ 1.500: saque no caixa eletrônico, com senha do Cartão Cidadão (o cartão não é necessário); saque em lotéricas ou lojas que sejam correspondentes bancários da Caixa (com a marca Caixa Aqui), com documento oficial com foto (RG, por exemplo), Cartão Cidadão e senha do Cartão Cidadão ou com cartão do Bolsa Família, senha do Cartão Cidadão e documento oficial com foto; transferência para a sua conta de outro banco, de graça, nos caixas localizados dentro das agências, com documento oficial com foto. Entre R$ 1.500 e R$ 3.000: saque no caixa eletrônico, com Cartão Cidadão e senha do Cartão Cidadão; saque em lotéricas ou lojas que sejam correspondentes bancários da Caixa (com a marca Caixa Aqui), com documento oficial com foto (RG, por exemplo), Cartão Cidadão e senha do Cartão Cidadão ou com cartão do Bolsa Família, senha do Cartão Cidadão e documento oficial com foto; transferência para a sua conta de outro banco, de graça, nos caixas localizados dentro das agências, com documento oficial com foto. A partir de R$ 3.000: saque apenas nos caixas localizados dentro das agências do banco, com documento oficial com foto (RG, por exemplo); transferência para a sua conta de outro banco, de graça, nos caixas localizados dentro das agências, com documento oficial com foto. Banco do Brasil (empregados no setor público) Até R$ 2.500: transferência para a sua conta de outro banco, de graça, no caixa eletrônico ou pelo site www.bb.com.br/pasep, com CPF e título de eleitor; saque nos caixas localizados dentro das agências do banco, com documento oficial com foto (RG, por exemplo). Acima de R$ 2.500: transferência para a sua conta de outro banco, de graça, nos caixas localizados dentro das agências, com documento oficial com foto (RG, por exemplo); saque nos caixas localizados dentro das agências, com documento oficial com foto (RG, por exemplo). TRABALHADORES DEVEM PROCURAR BANCOS Os beneficiários correntistas dos bancos Bradesco, Itaú, Santander, Bancoob, Sicred, Banestes, BRB e Mercantil com potencial de receber o dinheiro por meio de depósitos automáticos em suas contas, terão de procurar uma agência da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil para poder sacar o dinheiro do benefício. É que estes cotistas apresentaram problemas cadastrais em seus bancos. SAIBA O QUE FAZER COM O DINHEIRO Para o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, a falta de informação leva milhões de trabalhadores a não retirar os recursos ou deixar o saque para última hora: — O que se observa é que as pessoas reclamam da situação financeira, mas na maioria das vezes deixam passar oportunidades de ganhos extras, o que mostra que elas não valorizam os pequenos valores. Posso citar outros exemplos, como programas de milhagens e pontuações, é incrível as formas de deixar de ganhar. Uma das principais causas para números tão relevantes é justamente a falta da informação e principalmente da ausência da educação financeira na vida das pessoas — ressalta Domingos.

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Veículo: EXTRA Data: 21/09/2018 Link: https://extra.globo.com/noticias/economia/saque-das-cotas-do-pispasep-termina-em-uma-semana23088745.html

Publicado em21/09/18 09:29Atualizado em21/09/18 11:54

Saque das cotas do PIS/Pasep termina em uma semana

Saque do PIS Foto: Mônica Imbuzeiro Pollyanna Brêtas Tamanho do textoA

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Termina em uma semana o prazo para sacar as cotas do fundo PIS/Pasep para quem trabalhou em empresas ou no setor público de 1971 a 1988. Até 28 de setembro, os trabalhadores que têm recursos nesse fundo podem sacar o dinheiro. Depois desse dia, os saques voltam a ser restritos e só poderão ser feitos por quem tiver 60 anos ou mais ou se pedir a aposentadoria, por exemplo. Segundo a Caixa, cerca de 4,5 milhões de beneficiários ainda não sacaram o saldo. O volume de recursos disponíveis soma R$ 6,3 bilhões para o saque até o dia 28 de setembro. A média de pagamento por beneficiário é de R$ 1.370.

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O que preciso fazer para sacar o dinheiro? Na Caixa Econômica (empregado no setor privado) Até R$ 1.500: saque no caixa eletrônico, com senha do Cartão Cidadão (o cartão não é necessário); saque em lotéricas ou lojas que sejam correspondentes bancários da Caixa (com a marca Caixa Aqui), com documento oficial com foto (RG, por exemplo), Cartão Cidadão e senha do Cartão Cidadão ou com cartão do Bolsa Família, senha do Cartão Cidadão e documento oficial com foto; transferência para a sua conta de outro banco, de graça, nos caixas localizados dentro das agências, com documento oficial com foto. Entre R$ 1.500 e R$ 3.000: saque no caixa eletrônico, com Cartão Cidadão e senha do Cartão Cidadão; saque em lotéricas ou lojas que sejam correspondentes bancários da Caixa (com a marca Caixa Aqui), com documento oficial com foto (RG, por exemplo), Cartão Cidadão e senha do Cartão Cidadão ou com cartão do Bolsa Família, senha do Cartão Cidadão e documento oficial com foto; transferência para a sua conta de outro banco, de graça, nos caixas localizados dentro das agências, com documento oficial com foto. A partir de R$ 3.000: saque apenas nos caixas localizados dentro das agências do banco, com documento oficial com foto (RG, por exemplo); transferência para a sua conta de outro banco, de graça, nos caixas localizados dentro das agências, com documento oficial com foto. Banco do Brasil (empregados no setor público) Até R$ 2.500: transferência para a sua conta de outro banco, de graça, no caixa eletrônico ou pelo site www.bb.com.br/pasep, com CPF e título de eleitor; saque nos caixas localizados dentro das agências do banco, com documento oficial com foto (RG, por exemplo). Acima de R$ 2.500: transferência para a sua conta de outro banco, de graça, nos caixas localizados dentro das agências, com documento oficial com foto (RG, por exemplo); saque nos caixas localizados dentro das agências, com documento oficial com foto (RG, por exemplo). Trabalhadores devem procurar bancos Os beneficiários correntistas dos bancos Bradesco, Itaú, Santander, Bancoob, Sicred, Banestes, BRB e Mercantil com potencial de receber o dinheiro por meio de depósitos automáticos em suas contas, terão de procurar uma agência da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil para poder sacar o dinheiro do benefício. É que estes cotistas apresentaram problemas cadastrais em seus bancos. Saiba o que fazer com o dinheiro Para o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, a falta de informação leva milhões de trabalhadores a não retirar os recursos ou deixar o saque para última hora: - O que se observa é que as pessoas reclamam da situação financeira, mas na maioria das vezes deixam passar oportunidades de ganhos extras, o que mostra que elas não valorizam os pequenos valores. Posso citar outros exemplos, como programas de milhagens e pontuações, é incrível as formas de deixar de ganhar. Uma das principais causas para números tão relevantes é justamente a falta da informação e principalmente da ausência da educação financeira na vida das pessoas - ressalta Domingos.

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Veículo: ABC do ABC Data: 21/09/2018 Link: http://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/cotas-pis-pasep-prazo-termina-semana-veja-que-fazer-70972

Data: 21/09/2018 11:06 / Autor: Redação / Fonte: DSOP

Cotas do PIS/Pasep: prazo termina em uma semana veja o que fazer Artigo de Artigo de Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira

Crédito: USP Imagens Muitas pessoas não dão importância aos pequenos valores e é o que estamos observando em relação às cotas do PIS/Pasep, que poderão ser resgatadas até o dia 28 de Setembro. Com apenas uma semana para o prazo se encerrar, ainda são mais de 5 milhões de cotistas que ainda não sacaram esse dinheiro por conta de 148


problemas cadastrais. E o importante é que esse valor não é pequeno para quem quer colocar a vida financeira em dia, já que cada cotista deve receber, em média, R$ 1370. O que se observa é que as pessoas reclamam da situação financeira, mas na maioria das vezes deixam passar oportunidades de ganhos extras, o que mostra que elas não valorizam os pequenos valores. Posso citar outros exemplos, como restituição de imposto de renda e programas de milhagens e pontuações, é incrível as formas de deixar de ganhar que as pessoas aceitam Uma das principais causas para números tão relevantes é justamente a falta da informação e principalmente da ausência da educação financeira na vida das pessoas. É preciso se atentar à importância de utilizar todos os recursos que estão ao nosso alcance para assim poder atingir melhores condições de vida e consequentemente realizar os sonhos que se deseja. Portanto, para que os que mais necessitam não percam essa oportunidade mostro algumas informações importantes: Quem pode sacar? O saque das cotas do Fundo PIS/Pasep é voltado para cotistas de todas as idades que trabalharam entre 1971 e 1988 e válido até 28 de Setembro. É importante lembrar também que esse benefício não tem relação com o abono salarial anual do PIS/Pasep. Para fazer o saque, trabalhadores de empresas privadas devem procurar uma agência da Caixa Econônica. Já para os servidores públicos, esse saque deve ser feito em agências do Banco do Brasil. Lembrando que após o dia 28 de Setembro as regras antigas voltam a valer, ou seja, os saques só poderão ser feitos por quem tiver 60 anos ou mais ou se pedir a aposentadoria, por exemplo. Já os correntistas de bancos privados poderão receber o depósito direto na conta, desde que não haja problemas cadastrais. As datas variam de acordo com o cronograma estabelecido em cada banco, portanto não deixe de ir até a sua agência e verificar se você tem direito. Resgate os seus sonhos Mesmo que num primeiro momento esses valores pareçam pequenos para alguns, eles podem significar a realização de sonhos, sejam eles de curto (até um ano), médio (de um a dez anos) ou longo prazo (acima de dez anos). Por isso ressalto a importância da educação financeira para que as pessoas passem a valorizar mais o próprio dinheiro e consigam alcançar seus objetivos. Para dar um exemplo prático: se uma pessoa economizar R$100,00 por mês, um valor totalmente possível de ser guardado, com uma inflação de 5% ao ano e rendimento mensal de 0,5%, que é a média praticada na poupança, em 10 anos terá economizado mais de R$ 20.000,00. Sempre pode ser o momento para começar a se educar financeiramente, refletir sobre os valores perdidos e fazer o resgate, não só do dinheiro, mas também dos sonhos que você tanto almeja.

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Veículo: Correio da Bahia Data: 24/09/2018 Link: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/da-para-parar-de-trabalhar-com-r-1-milhaoespecialista-responde/

economia Priscila Natividade priscila.oliveira@redebahia.com.br 24.09.2018, 06:00:00

Para o especialista, o valor da renda vitalicia vai depender do padrão de vida que esta pessoa pretende ter: 'Pense no porquê de guardar esse valor', aconselha (Foto: Divulgação)

Dá para parar de trabalhar com R$ 1 milhão? Especialista responde Presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos diz que depende

Ter R$ 1 milhão na conta bancária é mesmo suficiente para deixar de trabalhar? Quem responde a pergunta é o presidente da Associação Brasileira dos Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos: “Tudo depende 150


do padrão de vida que essa pessoa quer ter”. Em conversa com o CORREIO ele deu mais dicas para planejar uma boa reserva para garantir conforto, sombra e água fresta lá na frente. Confira.

O que é preciso analisar e levar em consideração para quem pensa ter uma renda pérpetua? Compartilho aqui a Fórmula da Independência Financeira. Com ela você pode se planejar e descobrir o valor necessário para conseguir viver apenas de renda passiva.

Além disso, é possível pulverizar o dinheiro em várias formas de investimento, sempre buscando um valor que seja, pelo menos, duas vezes o valor do rendimento mensal que pretende ter, pois assim o saldo não se deteriorará com o passar do tempo.

No cenário econômico atual, é possível viver de renda? R$ 1 milhão é mesmo suficiente para deixar de trabalhar? Depende do padrão de vida que essa pessoa quer ter. Se ela pretende viver com R$10 mil por mês, por exemplo, R$ 1 milhão aplicados não serão suficientes, pois renderão em torno de R$ 6 mil mensais. Qual o valor real que R$ 1 milhão tem hoje? Depende do investimento. Se investir numa aplicação de 0,5% por mês, ele valerá R$ 5 mil mensais. Mas se gastar esses R$ 5 mil todo mês esse patrimônio irá durar muito menos. Por muito tempo R$ 1 milhão foi considerado o número a ser atingido e hoje é até baixo dependendo do padrão de vida das pessoas. Se a pessoa quer ter uma casa enorme poderá gastar esse R$ 1 milhão em poucas horas.

Vale ressaltar que o mais importante é não atingir um valor financeiro, mas sim definir os sonhos com antecedência.

O que é preciso fazer para chegar até este milhão sem, necessariamente, ganhar na loteria ? O primeiro passo é definir qual é o objetivo de chegar neste milhão, ou seja, definir a razão para poupar, pois com um objetivo, um sonho, o caminho a ser percorrido fica menos penoso. Pense o porquê de guardar esse valor. Parar de trabalhar? Ter uma vida confortável? Abrir um negócio? Investir em imóveis? As opções são inúmeras. Como a inflação e a taxa de juros podem impactar neste planejamento? A inflação vai influenciar diretamente o seu dinheiro poupado, portanto, é preciso adequar seus rendimentos a ela, conforme oscilação. A taxa de juros vai depender dos bens adquiridos e se eles foram parcelados ou não. 151


Veículo: ABC do ABC Data: 24/09/2018 Link: http://www.abcdoabc.com.br/caderno/realizando-sonhos-turma-monica-71056

Data: 24/09/2018 11:25 / Fonte: Reinaldo Domingos

Realizando sonhos com a Turma da Mônica Coleção ensina educação financeira para crianças e jovens

Tenho certeza que você em algum momento da infância se lembra de alguma história envolvendo a Turma da Mônica. Isso porque há quase 60 anos os personagens criados por Mauricio de Sousa divertem crianças de todas as idades. Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão e toda a turma do Limoeiro estão sempre se renovando e vivendo grandes aventuras. Mauricio de Sousa é um dos meus grandes ídolos e sempre tive o sonho em participar dessa história de sucesso. Hoje, esse sonho se realizou e em parceria com a DSOP Educação Financeira o projeto visa ensinar aos jovens e crianças uma das coisas mais importantes da vida: a realização de sonhos. 152


E já que o Dia das Crianças está chegando, essa é uma boa oportunidade para apresentar os livros desta importante coleção. Nas obras Turma da Mônica Jovem – Sem Sonhos; Turma da Mônica Jovem – O sumiço do Cebola; Turma da Mônica em: Visita à fazendinha e Turma da Mônica em: Como cães e gatos, nós nos unimos para levar a Metodologia DSOP, que tem abordagem comportamental, a todas as crianças e jovens do Brasil. Essas obras têm como foco as escolas, com o projeto educacional “100 sonhos do meu bairro”, que é baseado no conceito PBL (aprendizagem baseada em projetos), estruturado na narrativa dessa história que conta com uma participação especial: Nico, um garoto inventivo, de espírito empreendedor e que tem sua vida toda pautada na realização de sonhos. Personagem principal da Coleção dos Sonhos da DSOP, Nico se junta à Turma para desvendar um grande mistério do bairro do Limoeiro. Em um mundo com um excesso de informações, a ideia é desenvolver o senso crítico dos leitores sobre temas contemporâneos. Voltados para alunos de 11 a 14 anos, “100 sonhos do meu bairro”, identifica os sonhos das pessoas para que soluções sejam criadas em desafios reais, apresentados por meio de diferentes mídias, enquanto se envolvem nessa história repleta de descobertas. Essa é a proposta do projeto “100 sonhos do meu bairro”: possibilitar aos alunos conhecer a história de pessoas reais, seus desafios cotidianos e, a partir disso, criar novas realidades. Quero reiterar a importância dessa parceria e dizer que estou muito orgulhoso de poder expandir a missão de disseminar a educação financeira nos quatro cantos do país através de obras com conteúdos tão ricos quanto esse.

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Veículo: Zero Hora Data: 24/09/2018 Link: https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/dicas-de-economia/noticia/2018/09/reajuste-das-escolasprivadas-vem-ai-saiba-como-organizar-as-contas-para-a-mensalidade-cjmgpm7x405qg01mnvp5i9ynm.html

DICAS DE ECONOMIA MENSALIDADE ESCOLAR

Reajuste das escolas privadas vem aí, saiba como organizar as contas para a mensalidade Instituições privadas entram na reta final de cálculos sobre o percentual de correção, uma rede de ensino já antecipou publicamente o anúncio 24/09/2018 - 17h07min GIANE GUERRA LEANDRO RODRIGUES

Antecipação é a grande arma dos pais na hora da rematrículaEmílio Pedroso / Agencia RBS

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Caso a rede privada de ensino gaúcha siga de perto o percentual de reajuste médio das mensalidades na Rede São Francisco, com nove escolas no Estado, os pais terão de se adaptar a uma correção acima da inflação. Segundo o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), trata-se da primeira rede e bater o martelo e divulgar oficialmente o índice para 2019: 5,87%, com cada unidade tendo peso diferente e também um percentual próprio. – Basicamente, em agosto, projeto a inflação de 12 meses para fevereiro do ano seguinte. Neste ano, ficamos entre 4% e 4,5%. Coloco cerca de dois pontos percentuais de margem para cobrir as incertezas que temos em relação aos custos – disse domingo o responsável administrativo da rede, Ademar Joenck, em entrevista ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha. A rede abriu o período de matrículas, e o pagamento pode ser parcelado. Quem antecipar a matrícula paga o valor sem o reajuste. Outras instituições privadas ainda estão debruçadas sobre suas planilhas de custo para divulgar valores aos pais. Procurada para falar sobre os percentuais para 2019, a Rede Marista afirmou que os números serão divulgados, primeiramente, aos pais na abertura do período de rematrículas, que deve ocorrer no começo da novembro. Mas se o índice da Rede São Francisco se tornar uma referência, será mais um ano com reajuste acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano anterior, o que ocorreu nos últimos seis anos. Em 2018, o reajuste médio identificado pelo Sinepe-RS foi de 7,5%, e a inflação de 2017 fechou em 2,95%. De acordo com o relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (24), a inflação deverá ficar em 4,28% neste ano. Questionado sobre a tendência para 2019, entretanto, o sindicato evita falar em percentuais. – O reajuste é uma demanda exclusiva de cada instituição. E sempre ocorre a partir das necessidades de cada escola, se teve ou projeta investimentos, se terá horário ampliado ou não, se incorporou o ensino de mais uma língua estrangeira. No final de novembro vamos conferir esses índices junto às escolas – afirma o presidente em exercício do Sinepe, Osvino Toillier.

Antecipação na tesouraria Toillier reconhece que a situação econômica é delicada, e pais podem encontrar dificuldades para lidar com os valores de matrícula e mensalidades. Mas, segundo ele, sempre existe uma margem de negociação com a instituição de ensino.

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– Sempre existe uma opção. Porque quando o filho ou a filha começa a sem aculturar com a escola, faz amizades, cria vínculos, uma eventual troca por causa da mensalidade se cada torna cada vez mais difícil. Então, que se procure o quanto antes a escola para conversar e expor a situação – orienta o presidente do Sinepe-RS. Nessa mesma linha vai o doutor em educação financeira Reinaldo Domingos. A primeira regra é não esperar pela definição do reajuste oficial das escola e se antecipar. Por isso, é preciso fazer as contas mais cedo para prever a eventual dificuldade de arcar com as mensalidades em 2019. – Primeiro, os pais têm de saber qual é a situação financeira. Haverá problemas para lidar com os valores da escola? Então, com essa constatação o quanto antes é possível se antecipar. Ir à secretaria da escola, à tesouraria. Já há, sim, pais negociando mensalidades do ano seguinte – orienta o especialista. Domingos lembra que a escola dos filhos não é gasto, mas investimento. Se algum corte é necessário, que antes seja feito nos gastos mensais da família para que se consiga manter o filho na escola em que está, onde já está adaptado e rendendo melhor. – Na maioria das famílias brasileiras, se tem um excesso de 30% em tudo que consome, em média. Por que não promover uma ação em casa, com a família, para reduzir esses gastos em favor da antecipação da matrícula escolar? Para a garantia do estudo dos filhos! – sugere Domingos.

Média de reajustes e a inflação do ano anterior 2013 Média de reajuste: entre 8% e 10% Inflação*: 5,84% 2014 Média de reajuste: 8,5% Inflação*: 5,91% 2015 Média de reajuste: 9,63% Inflação*: 6,41% 2016 Média de reajuste: 11,47% Inflação*: 10,67%

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2017 Média de reajuste: 11,5% Inflação*: 6,29% 2018 Média de reajuste: 7,5% Inflação*: 2,95% 2019 Média de reajuste: ainda não pesquisada Inflação**: 4,28% * IPCA acumulado no ano anterior ao das mensalidades ** Sem pesquisa estatística, somente levantamento *** Projeção relatório Focus do BC Fonte: Sinepe e Banco Central

Como se organizar e negociar na escola 1 – Situação financeira da família – É importante que a família faça um diagnóstico financeiro para saber em qual situação se encontram. – Se for de endividamento ou inadimplência, é hora de rever todos os gastos para priorizar a continuidade dos filhos na escola. – É preciso também traçar um planejamento financeiro para 2018, considerando o valor reajustado da matrícula. 2 – Desejo da criança – É importante sentar e conversar com as crianças e jovens para saber se gostam da escola atual e querem continuar. – Uma mudança indesejada para tentar economizar pode comprometer até mesmo o rendimento escolar, já que teriam que se readaptar a um novo ambiente e novas pessoas. 3 – Gastos adicionais – Nesse processo de planejamento para 2018, é importante considerar despesas intrínsecas à rotina escolar, como uniforme, lanche, material, eventuais passeios, transporte, etc. 4 – Negociação com a escola – Se preciso, é recomendável marcar uma reunião com o diretor, explicando a situação e ajustando o que 157


pode ser feito para viabilizar a permanência. – Muitas vezes, se perde oportunidades por falta de tentativa. – Um grupo de pais pode, eventualmente, ter mais força para iniciar essa negociação. Converse com outros pais de alunos, confira se eles também estão preocupados com o reajuste. – Pode se obter, por exemplo, uma bolsa, um desconto, mesmo que temporário, uma isenção da matrícula ou mesmo uma condição especial para pagar as mensalidades. 5 – Diferenciais no ensino – Considere os diferenciais que a escola oferece para a educação de seus filhos. – Um exemplo recente é a educação financeira em sala de aula, considerada o melhor caminho um comportamento sustentável em relação às finanças.

O que as escolas precisam cumprir Matrículas – O valor da matrícula deve ser descontado da anuidade ou da semestralidade, logo, corresponde a uma parcela. Reajustes – Os valores a pagar devem ser divididos em mensalidades iguais: 12 parcelas (cursos anuais) ou 6 parcelas (cursos semestrais). – A lei permite a apresentação de planos de pagamento com mais parcelas, desde que não ultrapasse o valor da anuidade ou da semestralidade. – Os reajustes somente podem ocorrer uma vez por ano e devem corresponder a gastos previstos para o aprimoramento do projeto didático-pedagógico e despesas com salários e reformas, por exemplo. – É obrigação da instituição de ensino esclarecer o consumidor sobre a origem dos reajustes. Caso se atrase o pagamento da mensalidade, a multa não pode ultrapassar 2%.

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Inadimplência – As instituições de ensino não podem adotar medidas que constranjam o aluno, como suspensão de provas, retenção de documentos, penalidades pedagógicas, entre outros, em caso de inadimplência. – O estabelecimento de ensino é obrigado a renovar a matrícula para o período letivo seguinte, salvo se o aluno estiver inadimplente e não tiver negociado seu débito. Contratos – O consumidor deve observar, por exemplo, datas para pagamento das mensalidades e as penalidades aplicáveis em caso de atraso. – Também deve observar os períodos e as condições para a rescisão do contrato, transferência, trancamento e desistência da vaga. – É aconselhável ainda riscar todos os espaços em branco e guardar uma via. Uniforme – De acordo com a legislação, as instituições de ensino, ao estabelecerem regras para a escolha do uniforme, devem considerar as condições econômicas dos alunos e o também o clima da cidade. Outras despesas – O pagamento de serviços como cursos livres, viagens, excursões, bem como contribuições para associações de pais e mestres não é obrigatório, motivo pelo qual não devem ser incluídos no valor da anuidade ou semestralidade. – Assim, devem ser encaminhados em boleto separado ao da mensalidade escolar, não sendo obrigatório o pagamento pelo aluno, caso não queira usufruir dos serviços. Desrespeito às regras, procure o Procon Para reclamar é preciso: 1 – Nome, endereço, CNPJ e telefone da escola. 2 – Motivo da reclamação, citando as condições em que adquiriu o produto ou solicitou a prestação de serviço. 3 – Solução que pretende com a reclamação. 4 – Cópia dos documentos referentes à reclamação. 5 – Cópia do RG, CPF e comprovante de residência do consumidor.

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Em Porto Alegre Onde: Rua dos Andradas, 686 – Centro Histórico Atendimento: Segunda à sexta, das 9h às 17h Fonte: Procon Porto Alegre Fonte: Reinaldo Domingos, doutor em Educação Financeira, e Procon Porto Alegre

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Veículo: IG Data: 24/09/2018 Link: https://economia.ig.com.br/2018-09-24/preco-da-gasolina.html

Petrobras reduz preço da gasolina em 0,59% após semana de estabilidade; confira 0

Por Brasil Econômico (*) | 24/09/2018 16:48 - Atualizada às 24/09/2018 17:49

Após ANP mostrar aumento de 0,52% nas bombas de combustível na semana passada, Petrobras reduz preço da gasolina em 0,59% nas refinarias. Confira

Agência Brasil

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Petrobas anuncia redução de 0,59% no preço da gasolina nas refinarias após ANP registrar alta de 0,52% nas bombas de combustível na semana passada A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (24) que vai reduzir em 0,59% o preço da gasolina nas refinarias. Com o reajuste, que entra em vigor amanhã (25), o litro do combustível recuará de R$ 2,2514 para R$ 2,2381. O novo preço da gasolina é reajustado para baixo depois de uma semana de estabilidade. Na semana passada, a Petrobras manteve o valor sem aumento nem decréscimo seis vezes consecutivas. O último reajuste tinha ocorrido no dia 13, quando a empresa aumentou em 0,98% o preço do produto. Com o reajuste, que entra em vigor amanhã (25), o litro de combustível recuará de R$ 2,2514 para R$ 2,2381. Ainda assim, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou que o preço da gasolina encerrou a semana em alta de 0,52% nas bombas dos postos de combustível. Com o reajuste, o preço médio do litro de combustível chegou a R$ 4,652 e registrou a quarta semana de aumento consecutivo. O valor é mais alto até mesmo do que o observado na semana em que a greve dos caminhoneiros foi encerrada. O preço levado em consideração no levantamento da ANP, no entanto, é o médio e, portanto, pode variar de acordo com a região. Sendo assim, enquanto na região Norte o preço médio registrado foi de R$ 4,763 (o maior entre as pesquisadas), o preço da gasolina na região Sul foi de R$ 4,568, em média. A Agência disse ainda que identificou postos de combustível vendendo gasolina por até R$ 6,290 por litro. O mais barato, por sua vez, foi de R$ 3,875. Por isso, apesar da queda no preço do combustível nas refinarias anunciado nessa semana, a gasolina segue acumulando uma alta de 4,7% em setembro, o que significa que o litro do combustível ficou 10 centavos mais caro desde o começo do mês.

Preço da gasolina e demais combustíveis está no foco

Reuters/Ueslei Marcelino Preço da gasolina sofre com nova política de reajustes que gerou lucro recorde da Petrobras, mas grandes aumentos para o consumidor

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Desde que a greve dos caminhoneiros paralisou o País, o preço dos combustíveis está no centro da pauta do governo e da população. Responsável por influenciar a maioria dos demais preços já que quase todos os setores da economia dependem do custo do transporte de cargas, ele foi alvo de críticas desde que a Petrobras implantou sua nova política de preços que repassa ao mercado, quase que diariamente, as variações do preço do petróleo internacional e ainda a variação do dólar. Desde o início da nova metodologia, o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 69,03% e o, do diesel, valorização de 69,46%, o que vem desagradando muitos setores que dependem do transporte para realizar suas operações e os consumidores finais de maneira geral. Isso porque, apesar do reajuste da Petrobras não ser "direto na bomba" de combustível, os donos de postos estão repassando o reajuste para os motoristas pouco a pouco. Em resposta às críticas, no início do mês, a Petrobras anunciou que realizará uma flexibilização na sua política de preços que permitirá aumentar os intervalos de reajustes no preço da gasolina nas refinarias e dos demais combustíveis em até 15 dias. Segundo a estatal, será adotado um mecanismo de proteção financeira (conhecido como hedge) que dará a opção de mudar a frequência dos reajustes diários no mercado interno.

Dicas para economizar combustível (e dinheiro)

Tomaz Silva/Agência Brasil

Confira dicas para economizar combustível e se tornar menos dependente das variações do preço da gasolina e de demais combustíveis Independente disso, o preço do combustível nas refinarias e nas bombas de combustível continua alto já que a média de preço do litro da gasolina continua acima de R$ 4,60, de acordo com a ANP.

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Diante disso, o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, Reinaldo Domingos, avalio que "essa alta tem impacto direto nos preços dos produtos que consumimos, já que grande parte deles são transportados por caminhões movidos a diesel, sem contar o possível aumento dos preços dos serviços de transporte, como táxias e ônibus". Por isso, para o especialista, a melhor saída é considerar outras formas de transporte para economizar no combustível. “Nem sempre precisamos fazer tudo utilizando o carro, portanto há determinadas situações em que podemos deixá-lo na garagem. Pegue ou ofereça caronas e faça rodízios com colegas de trabalho e amigos, assim otimiza-se as viagens e o seu bolso também agradece”. Para ir ainda mais direto ao ponto e explica como o consumidor pode se precaver da variação e das altas do préco do combustível, o especialista deu sete dicas:

1. Analise a necessidade de fazer tudo com o carro; realizar algumas caminhadas, além de ser saudável, pode gerar boa economia; 2. Alterne o uso do carro com o transporte público, assim terá diminuição no orçamento mensal no que se refere a gastos com locomoção; 3. Ofereça e pegue caronas com familiares, amigos e colegas de trabalho sempre que possível. Assim, além da economia, há maior sociabilização; 4. Dirija e utilize o veículo com consciência. Algumas ações geram maior consumo de combústivel, como manter o ar-condicionado ligado e trocar de marcha na velocidade inadequada; 5. Abasteça em postos de sua confiança, garantindo a qualidade da gasolina que está comprando; 6. Mantenha os pneus calibrados, pois se estiverem abaixo do recomendado pelo fabricante, há resistência na rolagem e o carro consume mais combustível. Isso sem contar o desgaste dos pneus, que são caros; 7. Mantenha o carro sempre revisado, pois um motor mal regulado pode gastar mais combustível. Assim também evita imprevistos que podem estourar as finanças. Dessa forma, tomando precauções e adotando ações econômicas simples no dia a dia, espera-se que o consumidor reduza cada vez mais sua dependência do preço da gasolina e fique menos dependente das determinações de autoridades públicas e da própria empresa que dita o valor dos combustíveis no Brasil. *Com informações da Agência Brasil e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros

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VeĂ­culo: DiĂĄrio do Grande ABC Data: 24/09/2018 Link: https://www.dgabc.com.br/Noticia/2942215/gasolina-cara-veja-como-lidar-com-os-aumentos-depreco-dos-combustiveis

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Veículo: EXTRA Data: 27/09/2018 Link: https://extra.globo.com/noticias/economia/divida-de-aposentados-servidores-publicos-comconsignado-sobe-153-bi-em-2018-23106592.html

27/09/18 12:06Atualizado em27/09/18 12:13

Dívida de aposentados e servidores públicos com consignado sobe R$ 15,3 bi em 2018

Dados mostram que endividamento cresceu ao longo deste ano Foto: Emily Almeida / Agência O Globo Bruno Dutra Tamanho do textoA

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Aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e servidores públicos estão mais endividados neste ano com o crédito consignado — modalidade de empréstimo com desconto em folha de pagamento. De acordo com dados do Banco Central (BC), a dívida dos aposentados cresce mês a mês e, entre janeiro e agosto deste ano, o volume de crédito subiu e chegou a R$ 125,6 bilhões em agosto, contra R$ 117,7 bilhões em janeiro (alta de R$ 7,9 bilhões). Os servidores também acompanharam o nível de endividamento com o consignado. Em agosto, o volume da dívida chegou a R$ 183,7 bilhões, frente a R$ 176,3 bilhões contratados até janeiro — alta de R$ 7,4 bilhões.

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No ano passado, o INSS, por meio do Conselho Nacional de Previdência (CNP), alterou a resolução que regulamenta a concessão de empréstimos consignados a segurados do instituto. A mudança ampliou de seis para nove a quantidade máxima de contratos ativos permitidos para crédito com desconto em folha. O órgão não alterou, porém, a chamada margem consignável. Com isso, o aposentado continua podendo comprometer até 35% da renda mensal com o pagamento da parcela do consignado, sendo 30% por meio do empréstimo comum e 5% por meio do cartão de crédito, modalidade criada em 2015. Mesmo com as facilidades desse tipo de empréstimo e as taxas de juros menores — atualmente a média é de 2% — em relação a outras modalidades, as operações devem ser feitas com cautela. Antes de assinar qualquer contrato de empréstimo e assumir uma dívida, o consumidor deve sempre analisar se realmente precisa do dinheiro. — Muitos aposentados, por exemplo, além dos gastos mensais, costumam ajudar a família, o que faz com que busquem o consignado para ter uma renda complementar. Mas é preciso que, antes de assumir dívidas, o cliente faça as contas para avaliar a real necessidade do empréstimo, pois uma facilidade pode gerar dor de cabeça para quem não tem organização financeira — destacou Reinaldo Domingos, especialista em educação financeira e presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin). Cuidados para quem tem consignado As taxas de juros do consignado estão em trajetória de queda, e o consignado segue como a linha mais barata do país para o crédito pessoal. Nesta modalidade, o banco abate as parcelas diretamente do salário do cliente. O desconto em folha, portanto, reduz o risco de calote para a institutição financeira. De acordo com dados do Banco Central (BC), enquanto as linhas de empréstimo pessoal tradicionais têm juros que podem chegar a 22,2% ao mês, as do consignado variam entre 1,22% e 6,27% ao mês. Contas em dia Embora as taxas ainda sejam as mais baixas, o empréstimo consignado também requer atenção de quem está interessado. O principal cuidado é com o planejamento. Como o banco cobrará as parcelas diretamente da folha salarial, o tomador do crédito não pode se esquecer de que o rendimento não será mais integral, tendo que adequar seus gastos à nova realidade. De olho no extrato O consumidor deve observar se há desconto em sua conta-corrente de valor correspondente à parcela, além do que já vem debitado de seu benefício. Se o banco tiver feito o desconto do valor em conta, o cliente tem direito de pedir que o dobro seja depositado, com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Depósito O valor do empréstimo deverá ser creditado diretamente na conta em que a pessoa recebe o benefício. Caso o pagamento de benefícios seja na modalidade cartão magnético, o depósito deverá ser feito em conta-corrente ou poupança da qual o beneficiário também seja titular ou por ordem de pagamento depositada na agência em que o segurado recebe do INSS Pagamento Por se tratar de uma operação de concessão de crédito, o cliente tem direito ao abatimento proporcional de juros e encargos, caso opte pela antecipação de parcelas do consignado.

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Veículo: O Globo Data: 27/09/2018 Link: https://oglobo.globo.com/economia/divida-de-aposentados-servidores-com-consignado-sobe-153bilhoes-23106695

Dívida de aposentados e servidores com consignado sobe R$ 15,3 bilhões Volume de crédito chegou a R$ 125,6 bi em agosto, contra R$ 117,7 bi em janeiro POR BRUNO DUTRA

27/09/2018 12:31 / ATUALIZADO 27/09/2018 12:39

Dados mostram que endividamento cresceu ao longo deste ano - Arquivo - Agência O Globo RIO — Aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e servidores públicos estão mais endividados neste ano com o crédito consignado — modalidade de empréstimo com desconto em folha de pagamento. De acordo com dados do Banco Central (BC), a dívida dos aposentados cresce mês a mês e, entre janeiro e agosto deste ano, o volume de crédito subiu e chegou a R$ 125,6 bilhões em agosto, contra R$ 117,7 bilhões em janeiro (alta de R$ 7,9 bilhões).

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Os servidores também acompanharam o nível de endividamento com o consignado. Em agosto, o volume da dívida chegou a R$ 183,7 bilhões, frente a R$ 176,3 bilhões contratados até janeiro — alta de R$ 7,4 bilhões. Somando os aumentos do volume de empréstimos a aposentados do INSS e funcionários públicos, em 2018, chega-se ao montante de R$ 15,3 bilhões (crescimento da dívida). No ano passado, o INSS, por meio do Conselho Nacional de Previdência (CNP), alterou a resolução que regulamenta a concessão de empréstimos consignados a segurados do instituto. A mudança ampliou de seis para nove a quantidade máxima de contratos ativos permitidos para crédito com desconto em folha. O órgão não alterou, porém, a chamada margem consignável. Com isso, o aposentado continua podendo comprometer até 35% da renda mensal com o pagamento da parcela do consignado, sendo 30% por meio do empréstimo comum e 5% por meio do cartão de crédito, modalidade criada em 2015. Mesmo com as facilidades desse tipo de empréstimo e as taxas de juros menores — atualmente a média é de 2% — em relação a outras modalidades, as operações devem ser feitas com cautela. Antes de assinar qualquer contrato de empréstimo e assumir uma dívida, o consumidor deve sempre analisar se realmente precisa do dinheiro. — Muitos aposentados, por exemplo, além dos gastos mensais, costumam ajudar a família, o que faz com que busquem o consignado para ter uma renda complementar. Mas é preciso que, antes de assumir dívidas, o cliente faça as contas para avaliar a real necessidade do empréstimo, pois uma facilidade pode gerar dor de cabeça para quem não tem organização financeira — destacou Reinaldo Domingos, especialista em educação financeira e presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin). Cuidados para quem tem consignado As taxas de juros do consignado estão em trajetória de queda, e o consignado segue como a linha mais barata do país para o crédito pessoal. Nesta modalidade, o banco abate as parcelas diretamente do salário do cliente. O desconto em folha, portanto, reduz o risco de calote para a institutição financeira. De acordo com dados do Banco Central (BC), enquanto as linhas de empréstimo pessoal tradicionais têm juros que podem chegar a 22,2% ao mês, as do consignado variam entre 1,22% e 6,27% ao mês. Contas em dia Embora as taxas ainda sejam as mais baixas, o empréstimo consignado também requer a atenção de quem está interessado. O principal cuidado é com o planejamento. Como o banco cobrará as parcelas diretamente da folha salarial, o tomador do crédito não pode se esquecer de que o rendimento não será mais integral, tendo que adequar seus gastos à nova realidade. 170


De olho no extrato O consumidor deve observar se há desconto em sua conta-corrente de valor correspondente à parcela, além do que já vem debitado de seu benefício. Se o banco tiver feito o desconto do valor em conta, o cliente tem direito de pedir que o dobro seja depositado, com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Depósito O valor do empréstimo deverá ser creditado diretamente na conta em que a pessoa recebe o benefício. Caso o pagamento de benefícios seja na modalidade cartão magnético, o depósito deverá ser feito na conta-corrente ou na poupança da qual o beneficiário também seja titular ou por ordem de pagamento depositada na agência em que o segurado recebe do INSS Pagamento Por se tratar de uma operação de concessão de crédito, o cliente tem direito ao abatimento proporcional de juros e encargos, caso opte pela antecipação de parcelas do consignado.

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Veículo: Cidade Verde Data: 27/09/2018 Link: https://cidadeverde.com/economiaenegocios/94087/reinaldo-domingos-explica-como-trabalhareducacao-financeira-com-criancas

Reinaldo Domingos explica como trabalhar educação financeira com crianças 27/09/18, 09:57

O PhD. em Educação Financeira, Reinaldo Domingos, está em Teresina para ministrar palestras sobre o assunto em escolas e falou à Coluna Economia & Negócios, do Cidadeverde.com, sobre a importância de inserir nos ambientes escolar e famíliar ensinamentos sobre finanças. 172


Reinaldo é presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), tem 110 obras publicadas e já vendeu mais de 4 milhões de livros. Idealizou, em 2009, a primeira Coleção Didática de Educação Financeira para o Ensino Básico do país, composta por mais de 80 obras didáticas e paradidáticas, já adotada em diversas escolas públicas e privadas. Confira a entrevista: Economia&Negócios: Qual o primeiro passo para iniciar a educação financeira na vida das crianças? Reinaldo Domingos: Capacitar os professores. Os pais não tiveram esses ensinamentos, então precisam primeiro se empoderar disso. Quando a gente trabalha nas escolas, trabalhamos o professor para que ele possa se capacitar na metodologia da educação financeira e levar isso para as crianças. Essas crianças levarão essas atividades para as famílias, para dentro dos lares. Em algumas desssas atividades os pais também participam e o aprendizado dos pais acontece dessa forma, quando a criança começa a provocar essas atividades. EN: E essas atividades trabalham que foco? RD: Os propósitos e os sonhos. Estamos num momento muito oportuno para discutir o assunto porque a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) diz que as escolas devem inserir, obrigatoriamente, a educação financeira em sua grade curricular a partir do próximo ano. Então, agora nós temos um respaldo educacional. E esse ensinamento é transversal, pode ser trabalhado em todas as disciplinas: português, matemática, etc, porque conversa com todas linhas do conhecimento. EN: Qual será o impacto disso na vida das famílias? RD: Acredito que haverá uma mudança significativa de comportamento. Pesquisa realizada no ano passado pela Abefin, chancelada pela Unicamp, mostra uma comparação entre as escolas que têm educação financeira e as que não têm. E essa pesquisa revela que nas escolas que têm há uma significativa mudança de comportamento das crianças e dos pais. EN: E como essa mudança começa? RD: Começa pela inserção de algo importante, que são os sonhos e os propósitos. Podem ser uma viagem, um carro novo, um computador ou até mesmo a independência financeira. Esses sonhos são os agentes motivadores que causam a mudança no comportamento. O que eu faria para reduzir os gastos se não houver motivação? É assim que começamos a ensinar as pessoas a fazerem escolhas. Dentro de uma casa tem excesso de gastos numa média de 30% em cada tipo de consumo, no supermercado, na luz, na água, etc. A ideia é deixar de gastar em excesso para realizar o sonho. EN: A partir de que idade é possível começar a trabalhar a educação financeira? RD: A partir dos dois anos. Nessa idade, a criança já entende que o dinheiro é capaz de comprar. A gente dá, por exemplo, duas moedas, e explica que uma é para o sonho. Assim, no cofrinho não guardamos só dinheiro, guardamos sonhos. Com isso, a criança começa a guardar mais para realizá-los, mas temos que ter um equilíbrio entre o ser e o ter, para não torná-la avarenta ou mesquinha.

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EN: E que outros hábitos podemos inserir, além da economia no consumo? RD: Temos, além da orientação do consumo consciente, o reuso, a reciclagem, o empreendedorismo, que é ensinar a produzir alguma coisa, a sustentabilidade e a cidadania - ensinar, por exemplo, que se deve pedir nota fiscal em todas as compras, para gerar o imposto, que vai para as luzes das ruas. Claro que para cada fase da criança há uma forma diferente de linguagem. EN: A mesada ainda é um tema polêmico entre os pais. Ela é importante para ensinar sobre educação financeira?

RD: Sim, mas mesada não é só dinheiro. Há vários tipos de mesadas. A voluntária, que é aquele dinheiro que os pais dão voluntariamente, que todos nós recebemos, mas não sabemos que é mesada. A mesada financeira, que o ideal é começar a dar depois dos 7 anos de idade. Nessa fase a criança aprende a ter uma quantia de dinheiro todos os meses. Na mesada econômica, a família trabalha junto para reduzir os gastos, com o intuito que sobre dinheiro para fazer outras coisas. Tem a mesada empreendedora, que faz a criança produzir para ter retorno. Tem a mesada ecológica, que ensina sobre o reuso e a reciclagem, tem a mesada de troca, na qual ela troca um brinquedo que não usa mais com os amigos e cada um fica com um brinquedo novo. Tem a mesada social, na qual os pais se divertem com a criança sem precisar gastar e tem a mesada de terceiros, que é a que a criança recebe dos avós, padrinhos, tios, etc.

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Veículo: Metropoles (Brasília) Data: 30/09/2018 Link: https://www.metropoles.com/distrito-federal/economia-df/poupando-em-cofrinhos-criancas-do-dfdao-aula-de-educacao-financeira

Poupando em cofrinhos, crianças do DF dão aula de educação financeira Pouco explorado nas escolas, o tema deve ser ensinado desde o nascimento dos filhos, dizem especialistas. Veja dicas para aplicar em casa

JP RODRIGUES / ESPECIAL PARA O METRÓPOLES

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MANOELA ALBUQUERQUE

30/09/2018 16:08 . atualizado em 30/09/2018 17:43

Aos 8 anos, Lucas Patrick de Deus Ribeiro tem em casa dois cofrinhos, um de moedas e outro apenas para notas. Quando o primeiro fica cheio, o garotinho faz a troca no comércio local de onde mora, no Paranoá, para abastecer o segundo cofre. A quantia poupada até o momento é pequena, apenas R$ 10, mas a intenção é aumentar a reserva para alcançar um objetivo que já está na ponta da língua: “Guardo para comprar um celular”, contou.

Em um país onde 63,4 milhões estão com dívidas em atraso, de acordo com o o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), a atitude simples do menino é crucial para um movimento de mudança. Especialistas ouvidas pelo Metrópoles afirmam que educar desde cedo, em casa e na escola, é a melhor forma de evitar o endividamento de adultos. Isabella Xavier de Sousa, 9 anos, também já faz suas economias em casa, mesmo sem receber mesada, mas ainda não fez as contas de quanto tem. “Quando meu avô vem me visitar, sempre guardo dinheiro no meu cofre. Vou comprar roupas para mim, para minha mãe e para o meu pai. Juntar dinheiro é importante para o futuro”, declarou a menina. O comportamento das crianças foi influenciado por professores e gestores da Escola Classe Sobradinho dos Melos, na área rural do Paranoá, onde estudam. Por iniciativa própria, a instituição incluiu no dia a dia das 275 crianças, de cinco a 10 anos, lições de educação financeira para muito além da aula de matemática. A professora Nataniele Tuany de Deus Vieira Boitrago, mãe de Lucas, confirmou que o projeto teve resultados positivos. “Ele está bem mais econômico e pensa antes de gastar. Quer sair catando o dinheiro de todos que moram em casa”, disse. Aluno do Leonardo da Vinci da Asa Sul, Tarso Valle, 11, também tem acesso à educação financeira na escola. Com a ajuda da família e juntando a maior parte da mesada, de R$ 80, ele conseguiu comprar um Nintendo 3DS por R$ 650 em um site de comércio eletrônico. “Valeu a pena guardar dinheiro. Já tinha R$ 300 desde o começo do ano. Depois, juntei mais e meu pai me ajudou com o que faltava”, contou. Lucas, Isabella e Tarso foram privilegiados por receberem conhecimento financeiro, modalidade que ainda não chegou à maioria das escolas do Brasil. Por isso, é fundamental que as crianças recebam orientações dos pais desde o nascimento, ressalta a pós-doutora em Psicologia Cognitiva pela Université Libre de Bruxelas Celina Ramos Arruda Macedo. Conforme o Censo Escolar 2018, o país tem 184,1 mil escolas. Coordenado pela Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil) em 2018, o 2º Mapeamento Nacional das Iniciativas de Educação Financeira mostra que, de 1,3 mil ações identificadas, apenas 50% acontecem no ambiente escolar. De acordo com a pesquisa, a maior parte do conteúdo é ensinada de forma transversal, mas principalmente pelos professores de matemática. No entanto, 70% deles não recebem capacitação específica para isso. Em 2012, Celina Macedo lançou o livro “Filhos: seu melhor investimento”, no qual orienta e chama a atenção dos pais para a educação financeira das crianças. A especialista se dedica ao ensino do tema há sete anos.

A educação financeira resulta em melhoria na vida e na casa das crianças. A dificuldade é que não há escolas e professores que queiram ou sejam capacitados para ensinar. É fundamental começar em casa. Os pais precisam estar abertos para falar sobre dinheiro com os filhos" Celina Macedo, especialista

No livro, a professora dá dicas considerando cada faixa etária da criança, mas ressalta que cada uma tem seu ritmo de desenvolvimento. “Quando o filho começa a se interessar por dinheiro, os pais devem explicar como funciona”, disse. 176


A diretora pedagógica da DSOP Educação Financeira, Ana Rosa Vilches, concorda que a educação financeira nas escolas ainda é tímida. Para a gestora, os adultos têm papel fundamental na condução do aprendizado dos pequenos. A organização atua em mais de 50 escolas particulares do Distrito Federal. “Educamos pelo exemplo. Essa é a primeira lição. Temos crianças consumistas demais porque os pais são muito consumistas. Crianças que só querem produtos de marca porque os pais influenciam dessa forma. Os bebês mal nascem e já estão com tênis de marca, que nem para no pé”, comentou. Há 30 anos na área, Vilches aposta no estímulo dos sonhos para fazer as crianças pouparem. Os pais, nesse sentido, precisam ponderar o que é possível conquistar e orientar os filhos para isso. “O sonho faz com que a gente se movimente. Quando as pessoas não têm sonhos, o dinheiro vai embora e elas nem sabem o quanto estão gastando”, salientou.

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ARTE/METRÓPOLES

A especialista orienta que, a partir dos 7 anos, os filhos podem começar a receber dinheiro. Fazendo uma avaliação dos gastos, os pais estipulam quanto a criança terá direito. Metade pode ser entregue em mãos, para gastos do dia a dia. A outra, dividida. Postura que incentiva sonhos e conquistas.

A criança é quem deve escolher quais são os sonhos. Dentro da possibilidade de realização, os pais auxiliam para que ela possa alcançá-los. Ana Vilches propõe a divisão em três cofrinhos. Confira as dicas na arte abaixo:

ARTE/METRÓPOLES

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Brincadeira eficiente Enquanto Yzy Riany, 9, fica no caixa, os colegas decidem quais itens vão comprar. Miguel, que tem a mesma idade, escolheu uma dentadura de plástico. Já Kauany, 8, preferiu a maquiagem. Em meio a cálculos com os dedos, as notas de dinheiro vão de um lado a outro da mesa. Fundamental para a brincadeira de compra e venda, a Escola Classe Sobradinho dos Melos adotou uma moeda fictícia, chamada “dimelo”, para ensinar como administrar o dinheiro. Nas festas escolares, não entra real. Sendo adulto ou criança, para adquirir comidas, fichas para brinquedos ou brindes, o caixa só aceita dimelos. Em passeios, o pagamento também é feito com a moeda inventada. Assim como os adultos, as crianças precisam executar atividades para garantir a renda. Tarefas do cotidiano escolar, como fazer o dever de casa e escovar os dentes após as refeições, rendem pontos que se transformam em dimelos. A cada dia, uma criança pode acumular até 10 pontos, o que equivale a um dimelo. “As crianças não perdem, mas ganham se fizerem. Nas nossas feiras, os professores vão orientando e elas escolhem o que querem, numa simulação de comércio”, explicou o vice-diretor da escola, Athos Daniel da Rocha. Poupando em cofrinhos, crianças do DF dão aula de educação financeira

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Livro serviu como inspiração para a busca de conteúdos a respeito de educação financeira Continue vendo após o anúncio

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Cofrinhos são confeccionados pelas próprias crianças

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Crianças usam moeda fictícia, chamada dimelo, para aprender sobre dinheiro

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As crianças simulam compras e vendas na escola 182


Transformação A transformação na escola foi iniciada a partir de um livro infantil que a diretora, Cilene de Almeida, ganhou de um professor. Com título O lobo milionário e os três porquinhos, a obra incentivou os gestores a buscarem conteúdos semelhantes para os alunos. Pela internet, a partir de materiais disponibilizados pela Associação de Educação Financeira do Brasil, veio a inspiração para o reforço do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola. Em 2017, as crianças já começaram a ter contato com atividades didáticas sobre produção, consumo e dinheiro.

Descobrimos que há materiais prontos e que são pouco conhecidos. Além de falar sobre dinheiro, o conteúdo está ligado à produção e ao caminho dos produtos até chegarem em casa. As crianças mudam completamente o comportamento na escola e em casa" Cilene de Almeida, diretora da Escola Classe Sobradinho dos Melos

Com atitudes simples, os gestores e professores da Sobradinho dos Melos estão mudando a vida das crianças e deles mesmos. “Penso que o mais importante é conseguir mudar a nossa relação com o dinheiro. Essas crianças vão saber consumir melhor do que nós”, concluiu. A Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que, além de projetos como o da Escola Classe Sobradinho dos Melos, a rede pública de ensino tem abordagens de educação financeira de forma multidisciplinar e transversal.

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VeĂ­culo: Direcional Escolas Data: 01/10/2018

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Veículo: DESTAK Data: 02/10/2018 Link: https://www.destakjornal.com.br/seu-valor/seu-bolso/detalhe/dia-das-criancas-6-orientacoes-parafugir-das-dividas

SEU BOLSO

Dia das Crianças: 6 orientações para fugir das dívidas 02.10.2018 09:53 por Redação0

Confira dicas do especialista para não extrapolar o orçamento

Foto: Kelly Sikkema/Unsplash

Faltando apenas 10 dias para o Dia das Crianças, muitos pais e responsáveis ainda não se programaram e irão deixar as compras dos presentes ou passeios para a última hora. Mas ainda dá tempo de tomar algumas medidas para que esta data tão especial para os pequenos não se torne uma grande dor de cabeça.

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Não levar as crianças às compras é talvez a melhor orientação, já que todos sabemos que elas sempre querem pedir mais do que cabe no bolso, mas além disso, se possível, é bom reservar um tempo maior para pesquisar os melhores preços e condições de pagamento. Para não extrapolar o orçamento, também é preciso estabelecer anteriormente um valor a ser gasto, assim é possível seguir o planejamento, que é um ponto fundamental para quem se educa financeiramente. Listei abaixo 6 orientações para se planejar e curtir o Dia das Crianças sem preocupação dadas pelo presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, Reinaldo Domingos:

1 Diálogo é sempre bem-vindo Sandy Millar/Unsplash

Para que todos fiquem satisfeitos é preciso haver um bom diálogo, por isso antes mesmo de decidir o que vai comprar, converse com a criança. Na maioria dos casos é possível chegar num consenso, mas caso ela queira algo mais caro do que pode pagar, explique a situação e defina metas para poupar juntos e assim buscar esse sonho em outra ocasião, como no Natal, por exemplo.

2 Cuidado com a impulsividade rawpixel/Unsplash

Para saber o que cabe e o que não cabe no bolso é preciso se antecipar e planejar o orçamento antes mesmo de sair de casa. Muitos, na intenção de agradar as crianças a qualquer custo, acabam cometendo loucuras, compram por impulso, sem saber se vão conseguir arcar com as dívidas no futuro, por isso é preciso muito cuidado para não extrapolar os valores e consequentemente fugir do endividamento e até inadimplência.

3 Pesquise para economizar rawpixel/Unsplash

Conforme o Dia das Crianças vai chegando, vão surgindo cada vez mais promoções relâmpago, mas fique atento e não deixe de buscar os melhores preços. Atualmente é muito fácil fazer pesquisas online com rapidez, podendo já saber as variações de uma loja para a outra. Mas caso decida comprar em lojas físicas, para não correr o risco da entrega atrasar, reserve um tempo maior para poder visitar diferentes lojas e negociar com os vendedores.

4 Se possível, pague à vista rawpixel/Unsplash

Não tenha medo ou vergonha de negociar descontos, principalmente se for pagar à vista. Caso prefira parcelar, veja o menor número possível de parcelas, já que quanto mais se estende o prazo, mais juros são pagos. Além disso, tenha certeza de que essas parcelas caberão no orçamento dos próximos meses, lembrando que as festas de fim de ano e férias escolares estão logo aí.

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5 Faça diferente Susan Holt Simpson/Unsplash

Em vez de comprar algo novo, por que não fazer diferente? Incentive a troca de brinquedos, livros ou roupas que não utiliza mais com amigos, vizinhos ou primos. Assim as crianças podem aprender que quando algo que não serve mais para uma pessoa, pode ser bastante útil e bem-vindo para outra.

6 Fuja da rotina Leo Rivas/Unsplash

Explique que o presente de Dia das Crianças não precisa necessariamente ser algo comprado. Proponha que façam um passeio em família ou com amigos a um parque, ponto turístico ou museu – algo que saia da rotina. Essa experiência pode levar ao aprendizado de que o dinheiro não compra tudo.

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Veículo: ABC do ABC Data: 02/10/2018 Link: http://www.abcdoabc.com.br/sao-bernardo/noticia/ciclo-palestras-empreendedores-tem-inscricoesabertas-71494

Data: 02/10/2018 13:32 / Autor: Redação / Fonte: PMSCS

Ciclo de palestras para empreendedores tem inscrições abertas O ciclo de palestras será realizado no auditório do Atende Fácil, entre os dias 15 e 19/10

Entre os dias 15 e 19/10, a Semana do Empreendedor de São Caetano do Sul vai proporcionar a empresários do município e a quem tiver o interesse em expandir ou iniciar o próprio negócio subsídios para alavancar as vendas e serviços. As atividades englobam palestras por vídeo conferência com especialistas de mercado sobre práticas de gestão, inovação, liderança, comportamento empreendedor e estratégias para conquistar novos mercados e dominar novos modelos de negócios.

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O ciclo de palestras será realizado no auditório do Atende Fácil (Rua Major Carlo Del Prete, 651, Centro) pela Prefeitura de São Caetano do Sul, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo, Tecnologia e Inovação (Sedeti), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Inscrições e informações pelo telefone 4227-7666, com Alexandre ou Juan. Programação 15/10 (segunda-feira) – Comportamento para Inovação 9h30 às 11h30 – Luiz Candreva: O Futuro dos Negócios e os Negócios do Futuro 15h30 às 17h30 – Elderci Garcia: Inovação e Tecnologia no Segmento de Beleza 16/10 (terça-feira) – Empreendedorismo Feminino 9h30 às 11h30 – Marcela Quiroga: Empreendendo Bem, da Teoria ao Negócio! 15h30 às 17h30 – Marco Amatti: Tendências em Alimentação e a Participação Feminina no Mercado 17/10 (quarta-feira) – Planejamento e Ação 9h30 às 11h30 – Reinaldo Domingos: Como Manter uma Relação Saudável com o Dinheiro 15h30 às 17h30 – Luiz Barreto: Inovação e Tendências do Turismo Inteligente 18/10 (quinta-feira) Alavanque seu Negócio 9h30 às 11h30 – Marcelo Dória: Acelere suas Vendas e Maximize seus Resultados 15h30 às 17h30 – Rafael Somera: Vendas para o Novo Cliente do Varejo e Vestuário 19/10 (sexta-feira) – Presença Digital 9h30 às 11h30 – Roberto Calderon: Impulsione as Vendas com Marketing Digital 15h30 às 17h30 – Renato Meirelles: Como a Digitalização Impulsiona os Pequenos Negócios

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Veículo: Correio da Bahia Data: 08/10/2018 Link: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/saiba-onde-buscar-ajuda-quando-o-assunto-edinheiro/

Priscila Natividade priscila.oliveira@redebahia.com.br 08.10.2018, 06:00:00

(Fotos: Divulgação)

Saiba onde buscar ajuda quando o assunto é dinheiro Especialistas indicam filmes, séries, canais de Youtube e livros que podem melhorar sua relação com as finanças

Mais da metade dos consumidores ainda tem como referência o gerente de banco na hora de buscar informações sobre finanças pessoais e investimentos. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa feita pelo SPC Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizada em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 192


Ainda que o gerente seja um “cara legal”, muita gente começou também a enxergar a internet como um bom lugar para buscar ajuda sobre educação financeira. Dados do mesmo levantamento mostram que 47% consultam a internet, colocando a rede ali bem próxima na disputa enquanto fonte de informações. “Hoje em dia você tem muito mais discussões relacionadas a finanças pessoais em livros, sites, vídeos e blogs, e o consumidor deve usar isso ao seu favor. O gerente de banco até tem uma gama grande de investimentos, mas ele tem um portfólio limitado ao que o banco oferece. A internet acaba abrindo esse leque. Por isso as pessoas devem buscar cada vez mais informações em diversos canais para não deixarem de ter um bom rendimento”, orienta a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. E tem mesmo muita informação sobre educação financeira para dar e vender por aí, assim como a crise aumentou o interesse do consumidor com relação as finanças. Afinal, todo mundo precisou dar seu jeito para sair do vermelho. Por isso, o CORREIO pediu que especialistas no assunto listassem, cada um, cinco opções de filmes, séries, canais no Youtube, livros e cursos que podem ajudá-lo a fazer direitinho a tarefa de casa e manter as finanças em dia. Confira: FILMES Por Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb, buscador de investimentos online e gratuito

'Na lida com as finanças nem sempre se ganha, às vezes se perde um pouco mas sempre há evolução', destaca Bernardo Pascowitch (Foto: Divulgação)

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. Billions (série em três temporadas, Estados Unidos, 2018) Essa é uma série da Netflix que mostra um promotor indo atrás de uma fraude financeira praticada por empresários. Para quem busca por educação financeira a série é indicada porque mostra que há regras que todos devem seguir ao investir. Não se pode tentar obter informações privilegiadas, que não sejam públicas, para ter uma rentabilidade maior. Essa série mostra justamente o cenário de fraudes, apontando o que pode e o que não pode ser feito. . Joy: O Nome do Sucesso (Estados Unidos, 2016) Esse filme conta a história de uma mulher com vários problemas familiares, inclusive com pai e ex-marido, que também tem problemas na carreira. O filme mostra a batalha dela, de grande resiliência ao desenvolver um novo negócio. Assim como na vida, conforme retratado no filme, na lida com as finanças nem sempre se ganha, às vezes se perde um pouco, mas sempre há uma evolução. A educação financeira é o resultado da experiência e da busca pelo aprendizado. . A grande aposta (Estados Unidos, 2016) Esse filme retrata a história de um grupo de investidores de portfólio diversificado que conseguiu prever a crise de 2008 no setor imobiliário norte-americano. A história passa a lição de que o “movimento de manada” nem sempre é inteligente quando se trata de investimentos. Ter educação financeira não é ser um expert, e sim ter segurança nas suas ações e condições de saber se determinada escolha vale a pena para si ou não, de acordo com o seu perfil. . Trabalho interno (Estados Unidos, 2010) O documentário retrata a crise de 2008 em contextos gerais. Ele mostra que mesmo as empresas aparentemente maiores e mais sólidas também podem quebrar e passar por dificuldades. Para quem busca educação financeira, o conteúdo transmite a importante ideia de que, em relação às instituições financeiras, nem sempre ser grande é sinônimo de ser sólido. É válido saber que há diversas possibilidades para obter boa rentabilidade com segurança ao investir com instituições financeiras menores. . À procura da felicidade (2006, Estados Unidos) Esse filme conta a história de um pai que é despejado e não tem onde morar com o filho. Sem trabalho, pai e filho passam por dificuldades. Essa história traz valiosas lições, inclusive de educação financeira, pois mostra que atravessamos, sempre, altos e baixos. A vida financeira, a carreira, os negócios e também os investimentos não estão sempre em equilíbrio ou ascensão, e isso faz parte. Há momentos em que se ganha mais, há momentos em que se ganha menos e isso é normal, é importante ter resiliência e aprender com as mudanças da vida e a oscilação do próprio mercado.

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CANAIS NO YOUTUBE Por Francis Wagner, presidente do App Renda Fixa

'Saber investir começa em economizar dinheiro e termina na independência financeira', afirma Francis Wagner (Foto: Divulgação)

. Canal App Renda Fixa O canal tem como foco trazer o assunto investimento para o dia a dia dos brasileiros, fazendo com que o tema seja democrático, mostrando que as aplicações podem ser feitas por qualquer brasileiro. A ideia é ensinar quais são os tipos de produtos de investimentos disponíveis no mercado e também tirar dúvidas dos espectadores e usuários do App Renda Fixa. youtube.com/apprendafixa .Canal Júlia Mendonça O canal comandado por Júlia Mendonça faz um serviço bastante interessante para a sociedade, prezando pela qualidade financeira dos brasileiros, de forma que as pessoas percebam qual é a importância do consumo consciente. Saber investir começa em economizar dinheiro e termina na independência financeira. www.youtube.com/channel/UCovWdYWAX5o3ZWxr-yYniqQ

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.Blog de Valor Com vídeos gravados por André Bona, o canal é uma boa saída para aqueles que são investidores iniciantes, já que ele propõe educação financeira com linguagem simples, sem abordar o lado técnico demais. Com vídeos que vão desde opções de investimentos, até respostas de perguntas dos espectadores, o André torna o assunto investimentos democrático. www.youtube.com/user/andrelvbona .Modal Mais Com muitos vídeos ao vivo, o que permite maior interação com o público, o canal é bastante focado em educação e fala bastante de assuntos relacionados ao dia a dia, como dólar e fechamento da bolsa. É uma boa opção para quem deseja acompanhar as movimentações para saber qual caminho seguir com seus investimentos. www.youtube.com/user/modalmais .Ativa Corretora A Ativa é uma corretora com muitos anos de mercado. O canal é uma maneira de aproximação com o público e também de conversar com os brasileiros de forma mais prática e simples sobre investimentos. www.youtube.com/user/ativacorretora LIVROS Por Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN)

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'Pai rico, pai pobre é um verdadeiro clássico moderno sobre finanças pessoais', recomenda Reinaldo Domingos (Foto: Divulgação)

. Terapia Financeira (Reinaldo Domingos, Dsop, 2008) Sou suspeito para falar sobre um livro de minha autoria, mas essa obra é muito especial para mim, pois, além de ter sido o meu primeiro livro, nele eu conto os caminhos da minha trajetória pessoal e profissional que me fizeram conquistar a independência financeira aos 37 anos. . Pai Rico, Pai Pobre (Robert Kiyosaki e Sharon L. Lechter, Alta Books, 2000) Um verdadeiro clássico moderno sobre finanças. Mesmo com mais de 20 anos de sua publicação, continua atual, sendo uma obra de entrada para o mundo das finanças. Obrigatório para quem deseja começar a ter um novo olhar sobre a sua vida financeira. . Investimentos para não Especuladores (Paulo Portinho e Mauro Calil, Saraiva, 2017) O livro escrito pelo meu amigo Mauro Calil em parceria com Paulo Portinho mostra com simplicidade questões relacionadas ao 197


complexo mundo de investimentos, mostrando caminhos para se tomar na hora de investir, adequando a rentabilidade de acordo com as expectativas de cada investidor. . Independência Financeira ao Alcance das Mãos (Vários autores, Dsop, 2018) Esse livro traz 10 histórias inspiradoras de pessoas que buscam ou que já conquistaram a própria independência financeira. Com relatos totalmente diferentes uns dos outros, o livro prova que é possível chegar ao sucesso financeiro através de vários caminhos. Além disso, serve como inspiração para mostrar que nem sempre esse caminho é tão fácil quanto parece. . Lucro F.C (Ricardo Natali, 2017) O futebol é uma paixão nacional e nesse livro do educador financeiro Ricardo Natali mostra algumas soluções para problemas financeiros fazendo divertidas analogias e comparações com o futebol, deixando o assunto fácil de ser entendido.

CURSOS Por Marcos Milan, planejador financeiro da GFAI Planejamento Financeiro e Pessoal

'Um profissional preparado para gerir as finanças de uma empresa possui a técnica necessária para gerenciar também as finanças da família', destaca Marcos Milan 198


(Foto: Divulgação)

.Tecnólogo em Gestão Financeira (Senac) O curso de Tecnologia em Gestão Financeira tem status de curso superior e objetiva preparar o profissional para o mercado de trabalho. Não podemos esquecer que um profissional preparado para gerir as finanças de uma empresa naturalmente possui a técnica necessária para gerenciar as finanças de uma família ou suas próprias finanças. www.ead.senac.br/graduacao/tecnologia-emgestao-financeira/ . Finanças Pessoais: O passo-a-passo do diagnóstico financeiro (Udemy) O curso está disponível na plataforma de cursos online da Udemy e custa R$ R$ 21,99. Neste curso eu ajudo os alunos a desenvolverem seu próprio diagnóstico financeiro a partir de reflexões sobre os comportamentos do dia-a-dia, como pontos fortes, pontos fracos e como o ambiente pode influenciar positivamente ou negativamente nas relações de cada um com as finanças. É um curso 100% online e de curta duração, direcionado àqueles que estão começando sua caminhada na Educação Financeira. www.udemy.com . Academia de Planejamento Financeiro (GFAI) A APF foi criada com o objetivo de formar profissionais para o mercado de Planejamento Financeiro Pessoal. Naturalmente, por se tratar de um curso de formação profissional, é necessário um certo grau de conhecimento em finanças. É um curso que possui as modalidades online e presencial, sendo esta última ministrada na cidade de São Paulo. academiagfai.com.br/ . Psicologia Econômica pela (B3) O curso é ministrado por uma das maiores autoridades brasileiras em finanças comportamentais, a professora Vera Rita de Mello Ferreira. Sua aula atrai pessoas de todo o Brasil para a cidade de São Paulo, mais especificamente no prédio da Bolsa de Valores, onde são ministradas as classes. Neste curso você passa por uma imersão em aspectos comportamentais que estimulam sua atitude financeira. educacional.bmfbovespa.com.br/oferta?id=208 . Matemática Financeira e Excel voltados para Planejamento Financeiro (GFAI) Este curso visa ajudar o profissional de Planejamento Financeiro a elaborar ferramentas fundamentais para a aplicação na vida de seus clientes e obviamente pode ajudar você a começar a assumir o protagonismo de suas finanças. O curso é 100% online. gfai.com.br/

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Veículo: Folha PE Data: 08/10/2018 Link: https://www.folhape.com.br/economia/economia/financaspessoais/2018/09/10/BLG,7726,10,510,ECONOMIA,2465-SAIBA-COMO-PLANEJAR-FINANCASPESSOAIS-EVITAR-DESCONTROLE-FINANCEIRO.aspx

ECONOMIA

Antecipar matrícula escolar alivia contas Segundo especialistas, se o consumidor tiver equilíbrio financeiro, é ótimo realizar o pagamento das matrículas antecipadamente Por: Eduarda Barbosa em 08/10/18 às 08H45, atualizado em 08/10/18 às 08H53

Rejane Ferraz, mãe de Laís e Letícia, prefere antecipar o pagamento para ficar livre em janeiro Foto: Julya caminha

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Ao organizar os gastos para o início do ano, a servidora pública estadual, Rejane Ferraz, precisa reduzir os inúmeros pagamentos que são programados para janeiro. Mãe de duas filhas pequenas, Laís (9 anos) e Letícia (4 anos), a servidora pública acredita que pagar a matrícula escolar antecipada é uma forma de conseguir uma organização maior. “Os gastos escolares são grandes para duas crianças. Então, prefiro antecipar o valor da matrícula e me livrar de muitos valores em janeiro, já que ainda tem fardamento, materiais escolares, além de impostos”, comentou Rejane. A escola em que Rejane pretende matricular as filhas já encaminhou o documento com os valores previstos. “Vou efetivar o pagamento antes de dezembro. De Letícia já vou pagar em outubro e de Laís pago em novembro. É muito mais uma organização do que pelo valor em si. Em janeiro, só pago um dinheiro menor”, disse a mãe. De acordo com o educador financeiro da DSOP, Arthur Lemos, se o consumidor tiver um equilíbrio financeiro, é ótimo realizar o pagamento das matrículas antecipado. “Se for para se endividar fazendo o pagamento antes, não é bom. Se for para utilizar todas as reservas financeiras para realizar o pagamento antecipado da matrícula não é recomendado. É fantástico quando o orçamento é equilibrado para distribuir melhor o volume de gastos no início do ano”, sugere Lemos. Ainda de acordo com ele, a matrícula escolar é uma despesa que não é recorrente, ou seja, que acontece de forma fixa todos os meses. Entretanto, ela não é extraordinária, isto é, acontece todos os anos. “Quando for fazer o orçamento, é importante considerar a alternativa de fazer pensando nos próximos três meses. Se você olhar apenas para o mês de outubro, por exemplo, não vai enxergar a matrícula escolar para ser paga antes do fim do ano”, explicou Lemos. A pré-atrícula também é uma forma de planejamento e organização para as instituições de ensino, de acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE). “Geralmente, as escolas sugerem um valor de pagamento antecipado como parte de uma reserva para procedimento organizacional. E quando chega no momento da efetivação da matrícula no início do ano, é abatido do valor final o que já foi pago”, explica o diretor executivo do Sinepe-PE, Arnaldo Mendonça. Como um dos maiores gastos de uma escola é a folha de pagamento, o dinheiro gerado pela pré-matrícula é importante. “Muitas vezes é utilizado para ajudar no pagamento do 13° salário dos professores, já que a primeira parcela é paga até 15 de outubro”, disse Mençonça.

Reajuste Em relação ao reajuste das mensalidades escolares, cada escola faz a projeção dos seus custos e define seu próprio valor. “As escolas têm até 45 dias antes do término da matrícula para anunciar o reajuste”, informou Mendonça.

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Veículo: Cloud Coaching Data: 09/10/2018 Link: http://www.cloudcoaching.com.br/comece-hoje-o-planejamento-financeiro-para2019/post#.W73YNHtKgdV

Comece hoje o planejamento financeiro para 2019 Publicado em 09 de outubro de 2018

Faltam pouco mais de dois meses para 2018 terminar e para não entrar em dívidas ao longo do ano que vem, prever as despesas e colocar tudo na ponta do lápis é o primeiro passo. Fim de ano é o momento ideal para começar a verdadeira “faxina” financeira para poder ter um diagnóstico preciso para assim, então, decidir o que fazer nos próximos meses.

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Mas além de todas as despesas que a época de comemorações traz, como presentes de Natal, ceia e viagens, há também as que sempre acabam se tornando uma pedra no sapato, como IPTU, IPVA, matrícula escolar, entre outras. Para conseguir passar por esse período com tranquilidade e continuar o ano todo com saúde financeira, uma boa saída pode ser o uso de planilhas, assim é possível consultar todas as finanças ao longo do ano com mais facilidade. Baixe gratuitamente a planilha Orçamento Financeiro Anual neste link: http://www.dsop.com.br/downloads-arquivos Preparei 7 orientações para quem pretende se planejar desde agora e entrar em 2019 com muito mais sustentabilidade financeira:

1 – Anote as despesas Conforme dito acima, o primeiro passo para acertar no planejamento durante o ano é colocar no papel todos os compromissos para os próximos 12 meses, incluindo datas comemorativas, matrícula e material escolar, pagamento de impostos (IPTU e IPVA). Além disso, registre o valor previsto a ser gasto com cada uma dessas atividades. É claro que esses números podem mudar ao longo do ano, mas é importante ter uma previsão para não correr o risco de se perder com imprevistos;

2 – Envolva a família Inclua todos os integrantes da família, inclusive as crianças, para traçar quais serão os sonhos individuais e coletivos. Sem dúvida isso é um início para mudar a maneira como a família lida com o dinheiro, entendendo que ele é um meio para a realização de sonhos. Alguns dos objetivos a serem considerados pode ser trocar de carro, viajar, sair das dívidas, entre outros.

3 – Faça pesquisas Não deixe de pesquisar para saber quanto cada sonho custa (curto, médio e longo prazo), assim é possível achar o que tem melhor custo benefício para que se torne realidade. Agir com antecedência fará com que dê os primeiros passos para realizar não apenas sonhos individuais, mas também da família ou em conjunto com amigos. Planejamento é isso.

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4 – Fique atento com parcelas As parcelas de eventuais compras que tenham sido feitas este ano e que se estenderão em 2019 também devem constar no planejamento, assim é possível verificar se poderá arcar com essa despesa no longo prazo.

5 – Poupar sempre é um bom negócio Guardar dinheiro pode parecer difícil num primeiro momento, mas com educação financeira, disciplina e tendo foco nos objetivos isso passará a ser mais tranquilo. O melhor é guardar dinheiro simultaneamente para cada sonho que tiver, podendo escolher assim o melhor investimento de acordo com o prazo de realização de cada um deles. Para os de curto prazo (até um ano), caderneta de poupança, para os de médio prazo (de um a dez anos), no CDB, Tesouro Direto, fundos de investimento, aos de longo prazo (acima de dez anos), Tesouro Direto, previdência privada e ações são boas opções;

6 – Mude o orçamento mensal Mude a forma como elabora o orçamento financeiro mensal. A partir de agora, calcule da seguinte maneira: Ganho (-) Sonhos (-) Despesas, isto é, priorize os sonhos e não as despesas, e não mais Ganhos (-) Despesas = Lucro/Prejuízo. Depois que tirar o valor destinado aos sonhos, com o que sobrar, adeque o seu padrão de vida;

7 – Cuidado com a inadimplência Caso esteja inadimplente, é preciso buscar a causa do problema, fazendo uma verdadeira faxina financeira. Antes de procurar o credor e pagar sem saber quais são suas possibilidades, se dispõe de recursos para quitar as parcelas, pois assim pode acabar se enrolando ainda mais. Inicie o ano novo com uma vida nova de reeducação financeira.

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Veículo: Finanças Femininas Data: 10/10/2018 Link: https://financasfemininas.com.br/meninas-se-saem-melhor-do-que-meninos-em-competencia-financeira-dizestudo/

Meninas se saem melhor do que meninos em competência financeira, diz estudo 10.10.2018

- Por Gabriella Bertoni

Nos seus tempos de escola você se saia melhor quando o assunto era finanças ou outras matérias relacionadas à matemática? Um estudo inédito no país revelou que meninas têm um desempenho maior em competência financeira, enquanto os meninos obtêm resultados melhores em matemática. 205


As informações foram obtidas pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) através dos resultados do último Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), de 2015. Na prova, as meninas obtiveram uma média de 397,5 pontos em competência financeira, enquanto os meninos ficaram com uma média de 389,2 pontos. Já em matemática a situação se inverte: elas obtiveram uma média de 369,5 pontos, ao passo que os meninos registraram uma média de 385 pontos. “Alguns fatores específicos podem contribuir para que os meninos consigam resultados ainda piores. As meninas, por exemplo, adquirem responsabilidades mais cedo e, por conta disso, estão mais inteiradas nas questões financeiras-familiares”, comenta Ernesto Faria, diretor fundador do Iede. Os dados obtidos a partir do questionário do Pisa aplicado aos estudantes mostram que, de fato, as meninas participam mais da vida financeira em casa. Enquanto 33,4% delas discutem questões financeiras com os pais ou responsáveis quase todos os dias, entre os meninos, o percentual é de 23,6%. As meninas também se mostraram mais controladas nos gastos: quando não têm dinheiro para comprar algo que querem, 16,8% não compram. Já entre os meninos, o percentual é de 12,9%. Ao todo, 23.141 estudantes de 841 escolas, espalhadas por todos os estados brasileiros, fizeram o exame. Desses, 12.073 são meninas e 11.068, meninos. Centro-Oeste, Sul e Sudeste são as regiões com maior diferença entre meninas e meninos. Já no Norte e Nordeste não há, estatisticamente, diferença entre os gêneros.

Brasil é o pior país em competência financeira Por mais que as meninas estejam na frente no assunto finanças, o Brasil ocupou o último lugar de desempenho em competência financeira. A nota média do País foi 393,5, abaixo dos 400 considerados o mínimo suficiente para que o estudante consiga se integrar na sociedade e tomar decisões que o beneficie financeiramente. Os três primeiros lugares ficaram com Canadá (533,2), Austrália (504) e Estados Unidos (487,5). Em penúltimo lugar encontra-se o Peru, com uma média de 402,7 pontos. Dos 23.141 estudantes brasileiros avaliados, 12.691 ficaram abaixo desse nível. De acordo com Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), dentre os estudantes que participaram da avaliação, 77% estavam matriculados no ensino médio. Aplicado a alunos de 15 anos dos 35 países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e 35 economias parcerias da organização, como o Brasil, 206


o Pisa avalia conteúdos de matemática, português e ciências. Em 2015, a prova foi aplicada a 540 mil estudantes que, por amostragem, representam os 29 milhões de estudantes desses locais. “A diferença entre meninos e meninas do Brasil não é tão significativa assim. Então, se apenas as meninas tivessem feito a avaliação de competência financeira do Pisa, o Brasil ainda seria o pior país entre os avaliados. As meninas brasileiras tiveram uma média de 397 pontos, o Peru teve uma média de 402 e o Chile de 432. Isso significa que os resultados das meninas são melhores que dos meninos no Brasil, mas eles também não são bons”, ressalta Faria.

Diferença de resultado entre as regiões brasileiras A diferença dos resultados também pôde ser percebida entre os estados brasileiros. O Sul foi a região mais bem avaliada, com uma média de 412,2 pontos, seguida pela região Centro-Oeste, com 406 pontos. Já a região Sudeste ficou com uma média de 394,3 pontos, enquanto o Norte teve 387,3 pontos. O Nordeste alcançou uma média de 380,8 pontos. Mesmo localizados em regiões com os piores desempenhos, Amazonas e Ceará se destacaram, obtendo, respectivamente, 405,5 e 402,5 pontos. O estado que se saiu melhor foi o Espírito Santo, com uma média de pontos de 426,8. Caso fosse um país, o estado superaria o Peru. 207


Educação financeira aplicada na prática Dos estudantes brasileiros avaliados, 36,4% tiveram curso ou matéria específica na escola para aprender a lidar com o dinheiro e 32,3% tiveram educação financeira de forma interdisciplinar, junto a outras matérias. Pouco mais da metade (52,3%) fez algum curso ou atividade para aprender a lidar com o dinheiro fora da escola. Mesmo com o baixo desempenho na avaliação, a maior parte dos estudantes afirmaram que economizam quando não tem dinheiro para comprar algo – 54,6% escolheram essa opção. Apenas 14,9% disseram que não compram. As outras opções foram comprar com dinheiro que seria usado para o outro fim (10,5), pedir emprestado a um familiar (13,9%) ou para um amigo (6,1%). Faria explica que as escolas que obtiveram maior desempenho buscaram unir o cotidiano do aluno com as práticas pedagógicas da escola. “É necessário que isso faça sentido, o exercício precisa estar ligado com situações reais do dia a dia. Não pode ser uma aula expositiva e alguns exercícios sobre competência financeira.” Para ele, a competência financeira precisa conversar com a realidade. “É importante ter ações mais direcionadas à competência financeira e que ela possa aparecer na discussão de outras competências e outras disciplinas. Levar para sala de aula os debates sobre o uso do cartão de crédito, compras no mercado, investimentos e trabalhar a curiosidade em questões que os jovens têm um interesse espontâneo. Mas é preciso começar desde cedo, ainda no ensino fundamental. Não dá para tentar resolver no terceiro ano do ensino médio”, conclui. Fotos: Fotolia Gostou do nosso conteúdo? Clique aqui e assine a nossa newsletter!

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Veículo: Diário do Nordeste Data: 12/10/2018 Link: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/negocios/educacao-financeira-na-infancia-epreocupacao-cada-vez-maior-1.1980978

Educação financeira na infância é preocupação cada vez maior Por Ingrid Coelho, ingrid.rodrigues@diariodonordeste.com.br 00:00 / 12 de Outubro de 2018

Pais têm buscado ensinar aos filhos noções de educação financeira já nos primeiros anos de idade. Eles, por sua vez, mostram que estão preparados para lidar com a responsabilidade de administrar bem a própria mesada NEGÓCIOS Meu filho acha que dinheiro cai do céu". A frase é recorrente no grupo de WhatsApp do qual participa a economista Renata Santiago e sempre representou para ela uma preocupação como mãe. "Eu tento passar para ele que tem, mas não é para sempre", diz. Desde quando o filho tinha cinco anos de idade, ela tenta introduzir noções que remetem à educação financeira. Hoje, Renata acredita que os ensinamentos despertaram no filho a importância das decisões e o ensinam a valorizar o esforço dos pais.

Hoje com nove anos de idade, Eike Santiago coloca em prática o que muita gente com o dobro da idade não consegue. "Eu fui uma pessoa com poucos recursos financeiros na infância. Quando cheguei na faculdade e tive o meu primeiro cartão de crédito, usei sem pensar nas consequências. 'Papoquei' o limite", relembra a economista. O filho, por sua vez, recebe uma "semanada" de R$ 10 e pensa cuidadosamente no destino do dinheiro. Quando quer comprar algo, avalia a importância do item e negocia com a mãe. "Teve um passeio na escola e ele queria muito ir. O Eike veio conversar comigo e apresentou o valor: R$ 110. Perguntou 'mamãe, isso é muito caro?'. Ele pergunta se eu posso pagar por algo que ele quer. Se eu não puder e for muito importante para ele, o recurso da 'semanada' é então usado". Para os especialistas, os pais podem começar a introduzir o assunto na rotina da criança a partir dos dois anos de idade. A diretora pedagógica do instituto de educação financeira Dsop e estudante de mestrado em Finanças Pessoais do Dsop, Ana Rosa Vilches, explica que já nesta idade os mais novos entendem que existem moedas de troca. "Vem muito do exemplo. Nessa idade, a criança está descobrindo o mundo. Elas observam tudo ao redor e copiam o que os adultos fazem. Se ele tem um exemplo de consumismo, vai gravar isso e vai pedir tudo, mas se o responsável começa a explicar que algumas coisas são possíveis e outras não, elas começam a entender a necessidade de fazer escolhas", detalha a diretora pedagógica Ana Rosa Vilches. 209


Ela explica que a estratégia é ensinar a sonhar em curto, médio e longo prazo, sempre mantendo a atenção ao uso do dinheiro. "É importante que a criança construa um modelo mental no qual ela sempre deve guardar uma parte da mesada que ganha". A diretora pedagógica do Dsop revela que, aos sete anos, o raciocínio lógico da criança fica mais apurado e os pais devem explorar isso. "O ideal é que ela entenda que 50% desse valor devem ser destinados aos sonhos de longo prazo e os outros 50% ficam livres para que ela comece a administrar", diz Ana Rosa Vilches. Ela acrescenta que muitos pais estimulam que as crianças tenham contato com o dinheiro desde muito cedo, mas acabam cometendo alguns erros no meio do caminho. Erros Um dos mais comuns, de acordo com ela, é o empréstimo. "Por exemplo, a criança está guardando algum valor e o pai vai e pega emprestado, mesmo que os pais devolvam com juros e expliquem isso à criança, a prática pode ser nociva". Outra situação bem comum descrita por Ana Rosa é trocar algo que seria uma obrigação da criança, como tomar banho, estudar ou arrumar a cama, por dinheiro. "Se o pai faz isso, a criança aprende a atrelar tudo ao dinheiro. Lá na frente, ela vai querer ser remunerada com dinheiro por qualquer tarefa", detalha. Jogos que têm relação com o dinheiro também podem parecer uma boa saída à primeira vista, mas precisam de olhar cauteloso. "É preciso que a criança entenda que, para se dar bem, ela não precisa acabar com o outro. Esse olhar os pais precisam ter na hora de comprar o jogo, se ele não faz essa construção de que, para se dar bem é preciso passar por cima dos outros". Uma dica, de acordo com ela, é observar sempre cuidadosamente as regras e competências do produto. Bons frutos Se aplicada de forma correta, ela explica que a educação financeira é extremamente positiva para o desenvolvimento da criança e que as consequências são percebidas na vida adulta. "Ela cresce fazendo escolhas conscientes e é menos ansiosa. Ela também aprende que as coisas têm um preço, então passa a cuidar muito mais do que tem e do ambiente no qual vive". Mas o direcionamento dos pais pode não ser o suficiente se não vier acompanhada do apoio em outros ambientes no qual a criança convive. Ana Rosa reforça que a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que trata das temáticas e disciplinas a serem abordadas em escolas públicas e particulares no País, incluiu a educação financeira entre os assuntos obrigatórios a partir do ano que vem. "É preciso também que os pais sejam conscientizados e os professores que vão ensinar essas crianças", arremata.

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"A criança aprende escolhas conscientes e é menos ansiosa. Aprende a cuidar"

Ana Rosa Vilches Diretora pedagógica do Dsop Cartilha busca debater assunto A obrigatoriedade da Educação Financeira nas escolas passa a valer no ano que vem, mas os questionamentos de Eike à mãe, Renata, mostram que o assunto já vem sendo discutido. "Outro dia, o Eike chegou da escola me perguntando se o meu salário era corrigido por juros", diz Renata, que também é diretora do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças no Ceará (Ibef Ceará). Com o objetivo de ser mais um veículo propagador da temática de forma lúdica, ontem (11), a entidade lançou a "Cartilha Educação Financeira Infantil", que busca mostrar às crianças e aos pais como conhecer, usar, empreender, agradecer e doar. "O material faz parte de uma série de ações do Ibef Ceará com o objetivo de trabalhar a educação financeira com a comunidade em geral. Se não trabalharmos para modificar o nosso entorno, continuaremos sempre com os mesmos problemas", arremata Renata Santiago.

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Veículo: Diário do Grande ABC Data: 15/10/2018 Link: https://www.dgabc.com.br/Noticia/2958318/incerteza-reforca-atencao-para-poupar-desde-infancia

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Incerteza reforça atenção para poupar desde infância Receio acerca do futuro da Previdência Social alerta pais a desenvolverem educação financeira

Arthur Gandini Do Portal Previdência Total 15/10/2018 | 07:00

Sabrina Mestieri aprendeu desde cedo a economizar e dar valor ao seu dinheiro. Aos 10 anos, chegou à conclusão de que seria errado utilizar o dinheiro dado a ela, pela mãe, para comprar presente de Dia dos Pais. Ela passou, então, a dividir todo o dinheiro que recebia dos pais em envelopes conforme a destinação das quantias. Este é um dos métodos que Sabrina hoje, aos 34 anos, casada, mãe de um menino de 6 e de gêmeos de 4 anos, usa na educação financeira deles e outras famílias. “Os livros de educação financeira não falam para crianças dessa idade, e sim a partir de 8 anos. Achei que meus filhos poderiam aprender isso antes”, afirma ela, jornalista especializada em negócios que desenvolve o projeto Crianças e Finanças, com palestras e cursos sobre o tema. O programa mostra às crianças para que serve o dinheiro e incentiva o consumo e a organização da poupança por meio de carteira com divisões por cores, recompensas pelo desempenho escolar e quadro de compromissos que resultam em estrelas trocadas por moedas. Sabrina é apenas um dos casos de famílias que, em meio à insegurança em relação ao acesso futuro à aposentadoria proporcionada pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), preocupam-se em ensinar os filhos a poupar desde cedo para garantir o seu futuro. 212


A coach de educação financeira Sabrina Espíndola, 37, tem filha de 6 anos e conta que ela e seu marido se esforçam para mostrar à criança a importância do dinheiro e do seu bom uso. “Digo que precisamos ganhar para depois gastar; negociamos com ela os presentes e explicamos quando alguma coisa está cara e que não dá para comprar. Demos à Joana um porquinho de cofrinho para juntar dinheiro.” De acordo com o economista e diretor executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro, o baixo crescimento econômico do País e os juros altos são outros motivos que explicam o estímulo das famílias à poupança dos filhos. “A conscientização é muito importante e, quanto mais cedo você começar a se preocupar com isso, mais fácil será para as crianças crescerem em ambiente de educação financeira.” Números do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostram, entretanto, que o hábito de poupar e se planejar ainda não é realidade para a maior parte dos brasileiros. Conforme estudo divulgado em abril, oito em cada dez brasileiros (78%) admitem que não estão se preparando para a hora de se aposentar. A idade média em que os entrevistados começaram a poupar para a aposentadoria é aos 28 anos.

Modalidade pública versus privada Outro reflexo das dificuldades econômicas e da insegurança em relação à aposentadoria do INSS ser insuficiente é a busca pelos planos de previdência privados. “Não quero que meus filhos tenham que contar com o governo. Sabemos que, por mais que tenhamos fé e esperança de que as coisas possam melhorar, é surreal tentar contar com uma previdência pública que nunca funcionou”, afirma Sabrina Mestieri. Sabrina Espíndola também conta que contratou dois planos de previdência privada logo após o nascimento de sua filha. De acordo com Miguel Ribeiro, diretor da Anefac, a aprovação de futura reforma da Previdência gera ainda mais insegurança em relação à suficiência do benefício do INSS para viver. “Com a reforma, a gente não sabe o que vem pela frente, mas é fato que a idade mínima aumentará, e as regras se tornarão mais rígidas.” O advogado previdenciário Thiago Luchin, entretanto, alerta que a previdência privada deve ser utilizada apenas como complemento ao INSS e nunca como substituta. “Na previdência privada, o valor a ser investido é muito maior, com retorno e benefícios menores. Com as notícias sobre a reforma da Previdência, muitas pessoas deixaram de contribuir, com medo de que estariam jogando dinheiro fora. Esse é grande equívoco, porque a Previdência Social é um recurso importantíssimo que, quando investido corretamente, gera renda segura e fundamental ao trabalhador.”

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Para Luchin, a União deve ser responsável pelo trabalho de educação e conscientização previdenciária. “Falta programa de incentivo previdenciário por parte do governo, assim como educação nas escolas e dentro de casa. Com isso, as pessoas só vão perceber a necessidade de ter previdência próximo dos 30 anos de idade, retardando o momento de se aposentar e perdendo possíveis benefícios como, o salário-maternidade e o auxílio-doença.” Jovens devem começar a juntar dinheiro o mais cedo possível O educador financeiro e vice-presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), Jusivaldo Almeida, diz que é importante pensar em quando será iniciada a poupança para planejar o plano ideal. “Quanto mais cedo começar, mesmo com valores pequenos, mais tempo a pessoa terá para acumular recursos. Para se aposentar com 65 anos, considerando-se que a poupança comece aos 25, o planejamento deveria prever, no mínimo, valor equivalente a 10% da renda. Para início aos 35, valor subiria a 20%.” Segundo Almeida, o jovem deve refletir sobre seu padrão de vida atual e o desejável na vida pósaposentadoria; sobre aspectos como manutenção da Saúde e preenchimento do tempo livre que terá à disposição, e buscar produtos de acordo com seu perfil financeiro. São boas opções planos oferecidos pela empresa dos pais ou ofertados por bancos e seguradoras, como PGBL, para aproveitar dedução de 12% da renda bruta no cálculo do IR (Imposto de Renda), caso se utilize modelo completo da declaração do IR. Caso contrário, o jovem pode fazer VGBL, vantajoso quando se utiliza a declaração simplificada. “Nos dois casos, se o jovem está consciente que está fazendo investimento de longo prazo, superior a dez anos, deve adotar regime de tributação regressiva, pois o desconto no IR sobre o resgate ou renda será de apenas 10% lá na frente.”

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Veículo: A Tribuna Data: 15/10/2018 Link: http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/economia/guardar-dinheiro-um-habito-que-sedeve-aprender-desde-cedo/?cHash=5484b4f3fbc0ff935fcd0f99cafff411

Guardar dinheiro: um hábito que se deve aprender desde cedo Educação financeira deve ser estimulada pelos pais, dizem especialistas 15/10/2018 - 15:00 - Atualizado em 15/10/2018 - 15:09

Por Arthur Gangini Portal Previdência Total

Sabrina Mestieri aprendeu desde cedo a economizar e a dar valor ao seu dinheiro. Aos 10 anos chegou à conclusão de que não tinha sentido utilizar todo o dinheiro dado a ela pela mãe para comprar um presente de Dia dos Pais. Sabrina passou, então, a dividir todo o dinheiro que recebia em envelopes conforme a destinação das quantias. Este é um dos métodos que Sabrina hoje, aos 34 anos, casada, mãe de um menino de 6 anos e de gêmeos de 4 anos, utiliza na educação financeira dos filhos e de outras famílias. “Os livros de educação financeira não falam para crianças dessa idade. Falam para crianças a partir de 8 anos. Achei que meus filhos poderiam aprender isso antes”, afirma ela, jornalista especializada em negócios que desenvolve o projeto Crianças e Finanças”, com palestras e cursos sobre o tema. O programa mostra às crianças para que serve o dinheiro e incentiva o consumo e a organização da poupança por meio de uma carteira com divisões por cores, recompensas pelo desempenho escolar e um quadro de compromissos que resultam em estrelas trocadas por moedas. Sabrina é apenas um dos casos de famílias que, em meio à insegurança em relação ao acesso futuro à aposentadoria proporcionada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), preocupam-se em ensinar os filhos a poupar desde cedo para garantir o seu futuro. A coach de educação financeira Sabrina Espíndola, de 37 anos, tem uma filha de 6 anos e conta que ela e seu marido se esforçam para mostrar à criança a importância do dinheiro e do seu bom uso. “Digo que precisamos ganhar dinheiro para depois gastar. Negociamos com ela os presentes e explicamos quando alguma coisa está cara e que não dá para comprar. Demos à Joana um porquinho de cofrinho para juntar dinheiro”, conta. De acordo com o economista e diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro, o baixo crescimento econômico do País e os juros altos são outros motivos que explicam o estímulo das famílias à poupança dos filhos. 215


“A conscientização é muito importante e, quanto mais cedo você começar a se preocupar com isso, mais fácil será as crianças crescerem em um ambiente de educação financeira”, afirma ele. Números do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram, entretanto, que o hábito de poupar e de se planejar ainda não é uma realidade para a maior parte dos brasileiros. Conforme estudo divulgado em abril desse ano, oito em cada dez brasileiros (78%) admitem que não estão se preparando para a hora de se aposentar. A idade média em que os entrevistados começaram a poupar para a aposentadoria é de 28 anos.

Previdência pública x privada Outro efeito das dificuldades econômicas do País é a busca pelos planos de previdência privados. “Não quero que meus filhos tenham que contar com o governo. Sabemos que, por mais que tenhamos fé e esperança de que as coisas possam melhorar, é surreal tentar contar com uma previdência pública que nunca funcionou”, afirma Sabrina Mestieri. A coach Sabrina Espíndola também conta que contratou dois planos de previdência privada logo após o nascimento de sua filha. De acordo com o economista e diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro, a discussão da reforma da Previdência gera ainda mais insegurança. “Com a reforma, a gente não sabe o que vem pela frente, mas é fato que a idade mínima aumentará e as regras se tornarão mais rígidas”. 10% da renda De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Jusivaldo Almeida, é importante pensar em quando será iniciada a poupança para implantar o plano ideal. “Quanto mais cedo começar, mesmo com valores pequenos, maior tempo a pessoa terá para acumular recursos. Para se aposentar com 65 anos, considerando-se que a poupança comece aos 25 anos, o planejamento deveria prever no mínimo um valor equivalente a 10% da renda. Para início com 35 anos, o valor subiria para 20%”, diz. Para Almeida, é importante que se pense no futuro desde cedo. “Ter previdência privada desde jovem poderá garantir um futuro confortável, ainda mais com a reforma da Previdência e as incertezas da aposentadoria do INSS”. Segundo ele, o jovem deve refletir sobre seu padrão de vida atual e o desejável na vida pósaposentadoria e sobre aspectos como a manutenção da saúde e o preenchimento do tempo livre e buscar produtos conforme seu perfil financeiro. Entre as opções estão planos da empresa dos pais ou de bancos e seguradoras, na modalidade PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), para aproveitar a dedução de 12% do Imposto de Renda, caso se utilize o modelo completo da declaração. Há ainda o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), plano vantajoso quando se utiliza a declaração simplificada do IR. “Nos dois casos, se o jovem está consciente de que está fazendo um investimento de longo prazo, superior a dez anos, deve adotar o regime de tributação regressiva, pois o desconto no Imposto de Renda sobre o resgate ou renda será de apenas 10% lá na frente”, orienta.

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Complemento O advogado previdenciário Thiago Luchin alerta que a previdência privada deve ser utilizada apenas como um complemento ao INSS e nunca como substituta. “Na previdência privada, o valor a ser investido é muito maior com um retorno e benefícios menores. Com as notícias sobre a reforma da Previdência muitas pessoas deixaram de contribuir, com medo de que estariam jogando dinheiro fora. Esse é um grande equívoco, porque a Previdência Social é um recurso importantíssimo que. “Quando investido corretamente, gera uma renda segura e fundamental para o trabalhador”, defende o especialista do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados. Para ele, o governo deve ser responsável pelo trabalho de educação e conscientização previdenciária . “Falta um programa de incentivo previdenciário por parte do governo, assim como educação nas escolas e dentro de casa. Com isto, as pessoas só vão perceber a necessidade de ter uma previdência próxima dos 30 anos de idade, retardando o momento de se aposentar e perdendo possíveis benefícios como, por exemplo, o salário-maternidade e o auxílio-doença”, analisa Luchin. O economista e professor de ciências econômicas da Universidade Federal do ABC (UFABC), Ramon Fernandez, aborda a discussão sob a ótica social e comportamental. “Depois de algum tempo contribuindo com a sociedade, as pessoas ganharam o direito de deixar de trabalhar mesmo quando ainda poderiam continuar produzindo. A questão básica que se coloca é: de onde deveriam sair os recursos para manter essas pessoas?”. Para o economista, é possível ver a previdência como um problema individual, no qual cada pessoa traça sua estratégia financeira, ou de todos, como um planejamento do Estado para o bem da sociedade. Fernandez afirma que a literatura econômica mostra que os seres humanos têm dificuldade de calcular a poupança de recursos em relação ao pós-aposentadoria, pois ninguém sabe o quanto irá viver. Outra questão é que boa parte da população não tem condições de atender adequadamente às suas necessidades correntes e, menos ainda, de poupar para o sustento futuro. A jornalista e idealizadora do projeto Crianças & Finanças, Sabrina Mestieri, defende que o ideal seria focar menos nos programas sociais e gerar mais conhecimento em educação financeira. “Não é possível tirar isso da noite para o dia e deixar as pessoas na miséria, pois elas não são educadas para isso (fazer o planejamento financeiro)”

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Veículo: R7 Data: 15/10/2018 Link: https://noticias.r7.com/tnh1/saiu-o-5-lote-de-restituicao-do-irpf-o-que-fazer-com-o-dinheiro-extra15102018

Saiu o 5º lote de restituição do IRPF – o que fazer com o dinheiro extra?  o o

TNH1 por TNH1

15/10/2018 - 08h46

Nesta segunda-feira (15) a Receita Federal libera os saques do quinto lote de restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2018. Ao todo, serão R$ 3,15 bilhões transferidos a 2.459.482 contribuintes. Para quem é um beneficiado a pergunta é: o que fazer com esse dinheiro? Por ser um ganho extra, é muito comum que as pessoas utilizem-no de forma desordenada, apenas saciando os impulsos consumistas; contudo, para Reinaldo Domingos, educador financeiro do canal Dinheiro à Vista no YouTube, é importante ficar atento para não desperdiçar essa chance de ajustar a vida financeira.

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“A primeira preocupação das pessoas deve ser com as dívidas. Quem estiver com financiamentos ou dívidas no cheque especial ou no cartão de crédito, deve estabelecer uma estratégia para eliminar o problema. Essas devem ser as primeiras dívidas a serem combatidas, já que as taxas de juros são mais altas do que a lucratividade de qualquer aplicação segura”. Entretanto, Domingos alerta que é fundamental negociar essas contas antes de pagar, reduzindo ao máximo os juros e as multas. “O contribuinte também deve ter em mente que é hora de combater as causas das dívidas e não o efeito, e isso só se faz com educação financeira”, orienta. Já para os contribuintes que não têm dívidas, segundo Domingos, o ideal é investir o dinheiro, mas é importante que o investimento esteja atrelado aos objetivos das famílias, caso contrário, o retorno poderá não ser tão interessante, causando até prejuízos. Veja orientações de Reinaldo Domingos sobre onde investir: - Por mais que os números mostrem um tipo de investimento como vantajoso, vários fatores devem ser avaliados antes dessa decisão, dentre os quais estão o comportamento do mercado, que pode mudar de rumo com o passar dos anos e, principalmente, os sonhos e objetivos que se quer atingir com o dinheiro investido; - Investir apenas na linha que, aparentemente, tem a maior rentabilidade pode ser uma armadilha, levando até mesmo a prejuízos. E, já que o investimento deve ser atrelado a um sonho, é importante saber que devem ser, no mínimo, três: curto, médio e longo prazos. Os de curto são aqueles que se pretende realizar em até um ano. Para esses, é interessante aplicar em caderneta de poupança, pois, quando necessitar, terá a disponibilidade de retirar sem pagar taxas, imposto de renda ou perder rendimentos;

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- Sonhos de médio prazo abrangem um período de um a dez anos. São aqueles que não ocorrem imediatamente, mas conseguimos visualizar a realização em um período não tão longo. Para estes são interessantes linhas que tenham prazos pré-estabelecidos no período do sonho a ser realizado. Dentre as opções, recomendo Tesouro Direto, CDB, Fundo de Investimentos, Título do Tesouro e ouro. Neste caso, o melhor é pesquisar em, pelo menos, três instituições financeiras de grande porte; - Já os sonhos de longo prazo, são aqueles que a maioria das pessoas acredita que não irá realizar, por representar algo muito distante. O tempo destes sonhos é acima de dez anos, o que faz com que muitos desanimem antes mesmo de começar. Mas afirmo: seja qual for o seu sonho, ele é factível de ser realizado, no entanto, é preciso perseverança e começo imediato. Para estes sonhos, recomendo investir em Tesouro Direto, previdência privada e ações. No caso de investimento em ações, o melhor é investir, no máximo, 20% do dinheiro total com essa finalidade, isto porque existe grande risco, já que depende do desempenho da empresa na qual investe; - É importante manter a calma e não tomar decisões por impulso. Também recomendo que se tenha uma reserva financeira extra para os imprevistos (para este, a poupança também é recomendada), pois geralmente, problemas acabam desviando o dinheiro dos sonhos de médio e longo prazo. Por fim, por mais que as informações direcionem para mudanças de aplicações, uma das premissas da educação financeira é manter a calma e ter objetivos, o que fará com que a realização de seus sonhos se torne mais simples.

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Veículo: ABC do ABC Data: 15/10/2018 Link: http://www.abcdoabc.com.br/caderno/dia-poupanca-sempre-tempo-realizar-sonhos-71997

Data: 15/10/2018 15:14 / Fonte: Reinaldo Domingos

Dia da Poupança: sempre é tempo para realizar sonhos É preciso mudar o pensamento de primeiro gastar para depois guardar

Na próxima quarta-feira (31), será comemorado o Dia Mundial da Poupança. O hábito de poupar, felizmente, tem mudado nos últimos anos no Brasil. Segundo informações divulgadas pelo Banco Central recentemente, os depósitos na poupança superaram os saques em R$ 8,541 bilhões no mês de setembro, um recorde. Foi a maior entrada de recursos para o mês desde 1995. Mesmo com toda essa popularidade, atualmente a poupança é hoje o investimento menos rentável no mercado, cerca de 4,55% ao ano, mais Taxa Referencial. Aproveitando esta data tão especial, por que não rever os nossos comportamentos em relação ao dinheiro? Sabemos que nós, tampouco as gerações passadas, não fomos acostumados a guardar antes mesmo de gastar, por isso o consumismo está presente em quase todos os momentos do nosso dia-a-dia, fazendo com que muitas vezes adquiramos produtos e serviços que não iremos usufruir. Um dos problemas em quase todas as faixas etárias e em diferentes níveis culturais é o velho pensamento de comprar primeiro e depois ver como vai pagar. Isso faz com que o imediatismo esteja cada vez mais presente na vida das pessoas, fazendo com que deixem de poupar para realizar sonhos. As consequências, obviamente, não são nada boas. A aposentadoria de milhões de pessoas fica comprometida, uma vez que elas não estão pensando no amanhã, agindo compulsivamente. Sempre falo da importância de se planejar, seja para um futuro próximo ou mais distante, desde guardar mensalmente uma quantia em uma caderneta de poupança até fazer uma previdência privada ou investir em ações, por exemplo. No entanto, tudo vai depender de qual o seu sonho, pois sem eles é muito mais difícil criar o costume de poupar e, quando o consegue, o valor é facilmente gasto com supérfluos, porque não tem um objetivo bem definido. Outro conselho que dou é não esperar ver se sobra dinheiro no fim do mês para guardar, pois isso raramente vai acontecer. Saiba exatamente quanto precisa juntar por mês e, assim que receber seu ganho ou salário, já separe.

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Comece o quanto antes a mudança de comportamento educando-se financeiramente. Para isso, é preciso definir, no mínimo, três sonhos: de curto (até um ano), médio (até dez anos) e longo prazos (acima de dez anos). Descubra quanto cada um irá custar, de quanto você poderá dispor mensalmente e em quanto tempo conseguirá realizá-los. Recomendo que se poupe para os três simultaneamente, caso contrário, as chances de se desistir de um deles é grande. Caso esteja endividado – ou inadimplente – um dos sonhos, com toda a certeza, deve ser o de quitar os débitos. Só assim será possível seguir em frente e realizar os outros sonhos com tranquilidade. Caso perceba que o orçamento está apertado e que não conseguirá guardar dinheiro, faça um diagnóstico financeiro, durante 30 dias, e anote todos os seus ganhos e gastos. Assim, ficará mais fácil consegui cortar despesas desnecessárias, tendo uma visão mais ampla da vida financeira. Quando os sonhos são priorizados, o ato de poupar se torna uma ação mais prazerosa e não um sacrifício, pois sabe-se que, no final das contas, vai ter valido a pena.

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VeĂ­culo: UOL Economia Data: 16/10/2018 Link: https://economia.uol.com.br/financas-pessoais/noticias/redacao/2018/10/16/renegociar-quitar-dividasorganizar-contas-para-terminar-ano-no-azul.htm

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Veículo: O DIA Data: 16/10/2018 Link: https://odia.ig.com.br/economia/2018/10/5583740-dinheiro-do-ir-deve-quitar-dividas-e-pode-seraplicado.html

ECONOMIA

Dinheiro do IR deve quitar dívidas e pode ser aplicado Contribuinte precisa priorizar pagamentos de débitos com juros altos Por *EDDA RIBEIRO Publicado às 03h00 de 16/10/2018 - Atualizado às 06h53 de 16/10/2018   

Economista afirma que todo dinheiro inesperado deve ser aplicável - DIVULGAÇÃO

Rio - Com a liberação, nesta segunda-feira, do quinto lote de restituição do Imposto de Renda de Pessoa Física, mais de 2,5 milhões contribuintes tiveram a restituição creditada em conta. Seja para quitar dívidas ou para poupar, é preciso 'diagnosticar' a situação financeira antes de usar o valor recebido da forma mais proveitosa. Especialistas orientam a priorizar quitar débitos com juros altos e, se sobrar algum, investir em títulos públicos. 228


"Ao sacar o valor, é preciso analisar as finanças, verificar se há pagamento de contas em atraso e criar prioridades. As mais urgentes são as dívidas que mais oneram, como cartão de crédito e cheque especial, que têm juros altos", explica Rogério Braga, educador e empreendedor da DSOP, que atua no ramo da Educação Financeira. Braga orienta que, além das dívidas bancárias, o consumidor deve aproveitar para colocar as contas básicas em dia, como água e energia elétrica, afim de evitar corte de serviço. Os gastos começo e final de ano também podem ser pagos com esse extra, como IPTU ou matrícula escolar. É o caso do analista de marketing Victor Sabino, 35. Ele conta que o destino de sua restituição já é certo. "Há pelo menos dez anos, uso o dinheiro que recebo para pagar o IPVA. As vezes não é suficiente, então poupo e vou adicionando aos poucos até completar o valor", diz. De olho no futuro Braga acredita ser possível investir, caso sobre algum dinheiro, para objetivos a médio ou longo prazos, seja para quem quer poupar e ter lazer futuro ou juntar o montante necessário para quitar uma dívida. "As vezes o contribuinte precisa pagar a dívida num valor integral, e a restituição não cobre. Depositar numa caderneta de poupança ou investir no Tesouro Selic podem ser alternativas para completar o valor desejado", sugere. Fernanda Fonseca, economista do Aplicativo Renda Fixa, encoraja o contribuinte. "Todo dinheiro inesperado é aplicável. Fazendo simulações, dá para ver o perfil de título mais adequado ao seu objetivo e ao valor recebido". No 'App Renda Fixa', disponível no Play Store, é possível simular clicando no item Calculadoras.

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Há opção sem correr risco Através da simulação do aplicativo, Fernanda Fonseca sugere investir em Tesouro Selic para quem não quer correr riscos. Com uma contribuição única, o investidor que fizer aporte de R$300 terá, por exemplo, no final de um ano, R$ 315,90. O Certificado de Depósito Bancário e a Letra de Crédito Imobiliário, também títulos de renda fixa, têm rendimento aproximado, com variação de R$ 3. Com aporte mensal no Tesouro Selic, o cenário muda. "Caso o investidor poupe e invista todos os meses R$ 30 em um produto que renda pela Selic, que é nossa taxa básica de juros e hoje está cerca de 6,4% ao ano, por exemplo, ele terá no final do período de um ano a quantia de R$370,68 na sua conta", explica a economista. É necessário um valor mínimo de R$30 para começar um investimento no Tesouro Direto. Para aplicar, é preciso ter uma conta corrente e CPF e fazer cadastro no www.tesouro.fazenda.gov.br. *Estagiária sob supervisão de Max Leone

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VeĂ­culo: Jornal do ComĂŠrcio Data: 19/10/2018 Link: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2018/10/652450-educacao-financeira-mudahabitos-na-serra.html

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Patrícia Comunello Em Carlos Barbosa, a cem quilômetros de Porto Alegre, é permitido ter sonhos. Mas antes é preciso colocar as finanças pessoais em ordem. Pode parecer injusto, ainda mais com o elevado endividamento que parece não ter fim no País. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), 60% das famílias têm despesas acima da capacidade. Mas graças a medidas que a cooperativa Sicredi Serrana prioriza há três anos, seguindo programa da central Sicredi Sul/Sudeste, funcionários da cooperativa, cem mil associados e comunidade, o caminho para realizar um desejo - do mais simples ao mais arrojado - é factível. A senha é incorporar ferramentas de educação financeira. O Jornal do Comércio subiu a serra para conhecer a experiência levada ainda a cooperativas de produção e até a gigantes como a Tramontina e até a moradores de 23 municípios e até à escolas de Farroupilha, onde professores fazem educação financeira e levam noções da área a crianças e adolescentes. "A demanda sobre este tema era grande. Aí decidimos montar um projeto de educação financeira para trabalhar a atitude e a cultura da sociedade", diz o gerente de marketing da Sicredi Serrana, César Possamai. "Falamos com as pessoas de educação financeira e não de venda de produtos e serviços. Por sermos uma cooperativa de crédito, temos de gerar uma concepção diferente", reforça Possamai. A integrante da central Sicredi Sul/Sudeste virou referência no uso de uma metodologia de Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Planejar (DSOP), desenvolvida por Reinaldo Domingos, especialista na área e que autorizou a multiplicação da DSOP pelo sistema. A fase de diagnóstico, primeiro passo, é a mais dolorosa, diz André Luis Thums, assessor da Sicredi Serrana. "É preciso anotar os gastos por 30 dias, e muitos desistem no 10º dia, mas o hábito só vira realidade se for persistido até o 21º dia. Depois disso, as demais ações acontecem", motiva Thums. O conteúdo é levado em palestras ou cursos mais intensivos que incluem a leitura do livro de Domingos, chamado Terapia Financeira. A Sicredi Sul/Sudeste diz que quase 67 mil pessoas participaram das ações no primeiro semestre deste ano, o que já superou o número de 2017, que somou 65 mil pessoas. O programa está tão enraizado na operação que a central passou a apoiar a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef) criada pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef) do Banco Central. Fernanda Chidem, coordenadora do programa na Sicredi Sul/Sudeste, que dissemina o DSOP a 43 unidades, aponta que um dos trunfos da Sicredi Serrana é o engajamento dos funcionários. "Eles perceberam que precisavam ajudar os associados e detectaram a educação financeira como uma demanda. A cooperativa não trabalha com metas para bater", cita Fernanda, como uma conduta que revela a diferença. Na organização de Carlos Barbosa, 7 mil pessoas foram alcançadas com palestras e 2 mil delas fizeram a leitura de material didático que inclui um livro e oficina de quatro horas desde 2015. Até os postos de direção passam pelas lições. O presidente da cooperativa, Marcos André Balbinot, fez o curso, testou sua organização pessoal para encarar os quatro pilares e envolveu a família.

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"Fiz o piloto do curso, depois chamei minha mulher e filha. Tinha de anotar todos os gastos. Vale a pena dedicar mais controle e objetivo na vida financeira para realizar sonhos e projetos", atesta o presidente. As ações em educação financeira são apontadas como decisivas para o desempenho geral da Sicredi Serrana, onde a inadimplência caiu de 1,76% em dezembro de 2016 para 0,8% no mesmo mês de 2017, metade do percentual do sistema cooperativo e um quarto dos 3,25% do sistema financeiro comercial. Domingos diz que a Sicredi virou "uma grande aliada na disseminação da educação financeira da DSOP". A metodologia tem base científica", assegura o criador, ressaltando a formação de educadores para ampliar o uso dos conceitos como decisiva. A Sicredi Serrana formou 30 funcionários na metodologia. "Isso explica muito do sucesso, pois a educação é a essência. Estamos falando de educação de adultos, e a primeira regra é fazer sentido para eles", reforça Gabriel Munchem, assessor de programas sociais da unidade. Uma nova leva foi formada em setembro, que passará a levar o DSOP a colegas, associados e comunidade. "Resolvi fazer o curso porque acredito na ideia da educação financeira para desenvolver as pessoas. Já sigo na minha vida os pilares, tenho de servir de exemplo", diz Kellen Costella, uma das novas educadoras financeiras.

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Uma das peculiaridades da ação da Sicredi Serrana é enfrentar a cultura regional de alemães e italianos, que costumam poupar, mas depois podem não saber bem onde aplicar o dinheiro ou como gastar bem. "Cresci ouvindo que tinha de poupar, mas para quê?", atesta a advogada Juliana Rebellatto Locatelli, associada da Sicredi e que reside em Garibaldi, na serra gaúcha. Juliana fez o curso, motivada pela funcionária da cooperativa, Maria Isabel de Camargo, que levou a ideia da formação em DSOP a um grupo de mulheres empreendedoras da cidade ligadas à Associação de Pequenas e Médias Empresas (APM). "O que muda é que você passa a guardar dinheiro para alguma coisa. Hoje até estou mais endividada, pois compramos um apartamento, mas é diferente de se endividar comprando cinco partes de sapatos", compara a advogada, admitindo que já caiu na tentação. Até o marido de Juliana teve de entrar no regime do DSOP. O casal também planeja viajar, mas não com o sentimento de culpa que tinha no passado. Maria Isabel, que é gerente de negócios da Sicredi em Garibaldi, fez o curso de educadora financeira e também teve de mudar hábitos. "Todos os meus sonhos têm hoje nome e data para acontecer", garante a funcionária da cooperativa.

Duas das cooperativas mais conhecidas da serra - a Vinícola Garibaldi e a Santa Calara, na área de laticínios - tiveram cursos e palestras do programa da Sicredi Serrana. As duas organizações são associadas da unidade serrana. Na Santa Clara, o programa dos quatro pilares de educação financeira atendeu a uma demanda que existia internamente, mas não se sabia como fazer, admite a gerente de recursos humanos Luciane Tonin Mecca. "O projeto caiu como uma luva. Primeiro, os gestores fizeram a formação, para poder levar aos demais funcionários. Os 400 funcionários da sede em Carlos Barbosa participaram da palestra no primeiro semestre.

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"A linguagem é simples. As pessoas conseguem enxergar que podem fazer, desde que consigam planejar", cita Luciane. Os funcionários da operação e seus familiares farão um curso para mergulhar nos pilares. "Mais de 90% das pessoas que seguem os quatro passos mudam alguma coisa na organização financeira", garante André Luis Thums, que deu o curso na Santa Clara. A gerente de RH cita que percebeu mudanças dentro da Santa Clara, pessoas buscando se endividar menos e tratando da questão financeira com familiares. "Alexandre Angonesi, diretorexecutivo da Garibaldi, diz que a palestra e curso em 2017. "É muito provocativo, boa parte das pessoas não tem habilidade, não é educado para lidar com dinheiro. Na vinícola, os 140 funcionários assistiram á abordagem e outros 40 fizeram o curso, incluindo Angonesi. Santa Clara e Garibaldi planejam no futuro levar as ações para associados. "Eles não têm o hábito de colocar tudo no papel e planejar. O programa pode ajudar até na gestão", antevê o diretor-executivo.

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Veículo: Jornal do Comércio Data: 19/10/2018 Link: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/jornal_cidades/2018/10/653042-educacao-financeirainvade-as-escolas-do-municipio.html

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O pequeno Nicolas Zamboni Xavier, nove anos, escolhe uma carta do jogo Trilhas dos Sonhos que diz: "Pense, quem guarda sempre tem dinheiro". Não foi à toa que o menino, estudante de terceira série do Ensino Fundamental da Escola Municipal Presidente Dutra, selecionou essa reflexão. Nicolas e os colegas, orientados pela professora Merlim Zanandréa, estão aprendendo desde cedo regrinhas básicas para gerir o dinheiro e planejar gastos, da mesada até o orçamento da família. Na sala de aula, o grupo tem, uma vez por semana, atividades com o jogo, que insere, de forma lúdica, lições para encarar momentos em que pode ser mais prudente guardar para literalmente realizar os sonhos. "Eu quero ir para o Japão", "eu, para os Estados Unidos", "meu sonho é ser jogador de futebol" e "eu quero ir a Paris", listam, em sequência, Manuela Spuldaro Capovilla, Gabrieli Pavoni Picollo, Sara Motele e Erik Maciel Giotti. Nicolas emenda que poupar garante dinheiro para quando "acontecer algo de bom ou ruim". "E vale para a gente e para todo tipo de pessoa", previne o menino, citando que sua mãe costuma gastar em itens desnecessários para cuidados com o cabelo. "Ela inventa umas modas que não precisa. O cabelo dela já é bonito", conta. O recado final do garoto é que, se a mãe economizar, sobra mais até para a família viajar. Assista ao vídeo com depoimentos e o impacto do programa na sala de aula

Esse clima em sala de aula mostra os resultados de um programa que uniu a Secretaria da Educação do município de Farroupilha e a Sicredi Serrana, com sede em Carlos Barbosa. Desde 2017, o projeto Atitude Cidadã, que já existia em 22 escolas da rede municipal somando mais de 6 mil alunos, ganhou o aporte do programa de Educação Financeira da cooperativa de crédito, que inclui a formação dos professores na metodologia chamada de Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar (DSOP). O jogo Trilhas do Sonhos foi criado pela equipe da Sicredi e torna muito mais divertido assimilar o que deve ser uma cultura para o futuro.

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Merlim lembra que as crianças aprendem desde sistema monetário, primeiros passos na educação e a economizar o dinheiro "para ter uma vida melhor e alcançar seus desejos e sonhos". O jogo, que lembra o Banco Imobiliário, presente na infância de muita gente, desenvolve o raciocínio lógico e insere temas como sustentabilidade. "Quando questiono se ganharam mesada dos pais e economizaram, a resposta é sempre positiva, e ainda trazem relatos de como fizeram e o que planejam com o dinheirinho. Muitos guardam para comprar um livro. O resultado está aparecendo." O assessor de programas sociais da cooperativa, Gabriel Munchen, explica que a iniciativa se encaixa em um processo de gerar ações para fora da operação e estrutura da Sicredi, alcançando públicos como escolas, além da comunidade. O pacote inclui primeiro capacitar os professores para terem o subsídio da educação financeira "para depois transcender com o aluno". "Primeiro, o professor, e, depois, o aluno", define Munchen. Cátia Maria Tonin atua na orientação e apoio dos professores e reforça que antes eles precisam entender a importância da organização financeira pessoal. Os alunos são o alvo depois disso. "Se o professor consegue se organizar, isso reflete no bem-estar, pois fica mais tranquilo fazer a gestão de suas finanças", justifica Cátia. A secretária de Educação do município, Elaine Giuliato, diz que o programa quer tornar as crianças e os adolescentes mais aptos para a vida. Por isso, a Sicredi entrou com tudo na parceria. Desde 2015, a cooperativa aciona ações voltadas a funcionários, associados e comunidade aplicando o conceito do DSOP. "É um projeto que dá muito prazer. O Brasil não é um país endividado? Quem sabe trabalhando desde cedo teremos outro país no futuro", acredita Elaine.

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Veículo: iBahia Data: 19/10/2018 Link: https://www.ibahia.com/detalhe/noticia/e-hora-de-planejar-veja-dicas-para-comecar-2019-com-o-pedireito/

ECONOMIA

É hora de planejar! Veja dicas para começar 2019 com o pé direito De acordo com o doutor em educação financeira, Reinaldo Domingos, o ideal é evitar compras desnecessárias e se programar para gastos fixos Redação iBahia (redacao@portalibahia.com.br) 19/10/2018 às 22h30

Evite dor de cabeça! A proximidade do final do ano demanda uma preocupação extra com o planejamento dos gastos. De acordo com o doutor em educação financeira, Reinaldo Domingos, o ideal é evitar compras desnecessárias e se programar para gastos fixos, como IPVA, IPTU e matrícula escolar.

Foto: reprodução / Pixabay

Para te ajudar na organização financeira, o especialista separou três orientações essenciais. 239


Compras: Não compre nada por impulso, mesmo que as condições de pagamento sejam tentadoras. Faça sempre alguns perguntas: 'estou comprando por necessidade real ou movido(a) por outro sentimento?'; 'Tenho dinheiro para comprar à vista?';'Se comprar a prazo, terei o valor das parcelas?' e 'O acúmulo de parcelas colocará em risco a realização dos sonhos que priorizei com a família?'. Quem poupa dinheiro e pesquisa o melhor preço, paga menos e tem grandes chances de conseguir bons descontos comprando à vista. Lembre-se, as prestações também são formas de endividamento. Vale até tentar pechinchar um desconto. 13º salário Evite usar o 13° para cobrir desequilíbrios financeiros. O pagamento das dívidas contraídas precisa ser feito com o próprio salário, e se houver dificuldades é necessária uma redução de gastos. Tenta deixar sempre um valor reserva para emergências e crie o hábito de poupar, assim você poderá fazer aquela viagem que sempre sonhou.

IPVA e IPTU O pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) deve ser programado com antecedência. O planejamento inclui pensar qual a melhor forma de pagamento (à vista ou a prazo?). A resposta depende da sua atual situação financeira endividado, equilibrado ou investidor. Para os endividados, a melhor opção é o parcelamento. Os equilibrados ou investidores podem optar pelo pagamento à vista e ainda garantir desconto, entre 3% ou 6% no valor do imposto. Independente de qual for a dívida fixa de todo início de ano, você precisa se organizar para que não aconteça comprometimento da renda para as despensas básicas. Conheça bem o seu orçamento As contas de fim e início de ano sempre irão existir. Dessa foram, é necessário ter em mente o quanto elas representam no orçamento e se preparar com antecedência. Para dezembro e janeiro, já tenha claro que precisa tirar uma parte da renda para quitar as contas.

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Veículo: Cloud Coaching Data: 23/10/2018 Link: http://www.cloudcoaching.com.br/dia-mundial-da-poupanca-e-hora-de-mudar-sua-vidafinanceira/post#.W9BMA3tKgdU

Dia Mundial da Poupança: É hora de mudar sua vida financeira! Publicado em 23 de outubro de 2018

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Sabemos que, infelizmente, guardar dinheiro nunca fez parte da cultura de milhões de brasileiros, já que ao longo dos anos não fomos educados financeiramente para desenvolver esse comportamento. Por isso, para ressaltar a importância de poupar, o dia 31 de outubro foi escolhido como o Dia Mundial da Poupança. A data foi criada pelo Instituto Mundial de Bancos de Poupança, em 1925, um ano após a sua fundação, na Itália. No Brasil a data só passou a ser comemorada a partir de 1933. Apesar de ser um tema de extrema importância, a situação no país é preocupante. O número de endividados vem aumentando cada vez mais, já ultrapassando os 62 milhões de brasileiros, segundo levantamento divulgado recentemente pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Esse cenário é uma realidade por conta das milhares de ofertas as quais somos expostos todos os dias, fazendo com que muitas vezes deixamos o planejamento de lado para comprar produtos e serviços por impulso, que provavelmente não utilizaremos. Para reverter essa situação e ter mais consciência quando o assunto é dinheiro, é necessário refletir e fazer algumas perguntas que poderão ajudar nesse processo: “vou me prejudicar se comprar esse item outro dia?”, “será que eu preciso disso ou estou me deixando levar pelo momento ou influência de terceiros?” Algumas dessas perguntas podem ajudar a evitar as famosas compras por impulso, sendo que o planejamento ainda é fundamental para poder comprar com consciência, obtendo descontos e, sempre que possível, pagar à vista. Por isso, para garantir um futuro tranquilo em relação às finanças, poupar é o único caminho, assim, quando chegar o momento da aposentadoria, não dependerá de familiares ou amigos para se sustentar. Porém, muitos se perguntam quanto devem guardar mensalmente ou onde podem investir o seu dinheiro. Tudo isso irá depender dos ganhos, dos valores dos sonhos e também do perfil de cada pessoa. Falando em objetivos, é essencial atrelar o hábito de poupar com sonhos, pois são eles que serão o agente motivador para que isso se torne uma constante. Sempre aconselho a todos a relacionarem, no mínimo, três sonhos: de curto (até um ano), médio (até dez anos) e longo prazo (acima de dez anos). Além disso, é fundamental saber quanto custa cada um deles e o quanto você poderá separar do seu salário tal, pois só assim poderá descobrir em quanto tempo conseguirá realizá-los. O maior erro, no entanto, é justamente não ter a menor ideia de seu orçamento financeiro (ganhos e gastos bem definidos) e esperar sobrar algo no final do mês para poupar. Está claro e provado que esse processo nunca funcionou. Então, por que não fazer diferente? Experimente diagnosticar a sua vida financeira durante 30 dias, tendo em mente todas as suas despesas, assim poderá

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cortar os excessos. Além disso, separe uma quantia pré-determinada para os sonhos assim que receber o salário ou ganho mensal. Essa quantia deve representar, pelo menos, 10% do valor ganho, assim é possível aplicar para fazer os juros trabalharem a seu favor, seja em uma previdência privada ou mesmo numa caderneta de poupança, tudo depende do seu objetivo. Portanto aproveite esta simbólica data para iniciar o processo de reeducação financeira, mudando de vez os seus hábitos e comportamentos em relação ao uso do dinheiro. Tenho certeza de que o resultado será uma vida muito mais saudável financeiramente.

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Veículo: Diário do Grande ABC Data: 24/10/2018 Link: https://www.dgabc.com.br/Noticia/2961246/pagamento-do-13-salario-vai-injetar-rs-3-3-bilhoes-naregiao

Economia soraiapedrozo@dgabc.com.br | 4435-8057

Pagamento do 13º salário vai injetar R$ 3,3 bilhões na região Quantia é 6,45% maior do que em 2017; participação dos metalúrgicos volta a crescer, porém, ainda é a metade de 2012

Flavia Kurotori Especial para o Diário 24/10/2018 | 07:28

O pagamento do 13º salário irá injetar R$ 3,3 bilhões na economia do Grande ABC. O valor é 6,45% maior do que no ano passado, quando alcançou R$ 3,1 bilhões, exatamente a mesma quantia de 2016. Os valores serão pagos a 1,26 milhão de pessoas. As informações são da subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Segundo Sandro Maskio, economista do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, a ampliação do valor é positiva, uma vez que aponta para o crescimento da massa de renda e do número de pessoas empregadas na região. “Isso é importante para voltar a girar a economia, o que começa, principalmente, pela atividade comercial”, diz, referindo-se ao fato de que o setor é o primeiro a sentir os efeitos de mais dinheiro em circulação.

Entretanto, Diogo Moreira Carneiro, professor da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), avalia que a projeção não indica, necessariamente, processo de recuperação da economia. “A diferença (entre 2017 e 2018) é muito pequena, porque ainda 244


estamos em uma situação econômica muito ruim”, explica. “O emprego é o indicador mais rígido da economia, e ainda não vemos números que indiquem retomada.” Do total de gratificação natalina, R$ 2,4 bilhões serão pagos aos 744,4 mil empregados com carteira assinada, enquanto que os 522,6 mil beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) irão receber R$ 905,8 milhões. A primeira parcela devida aos aposentados e pensionistas, inclusive, foi paga entre agosto e setembro. Conforme a legislação, metade do 13º deve ser paga até 30 de novembro. Já a segunda parte, que vem com desconto de INSS e IR (Imposto de Renda), deve ser depositada até 20 de dezembro. SETORES - Embora as sete cidades dependam, majoritariamente, das indústrias, o setor de serviços é o responsável por pagar o maior montante (27%) da gratificação natalina, equivalente a R$ 891 milhões. “A participação desse setor tem crescido em todo País, trata-se de um movimento natural”, assinala Carneiro. “Conforme a sociedade cresce, aumenta a demanda por cabeleireiros”, exemplifica. O ramo é o primeiro a voltar a contratar com a reação da economia, porém, paga salários menores. Ao mesmo tempo, Wagner Santana, o Wagnão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, pontua que, na região, a maioria dos serviços vive em razão da indústria. “Boa parte dessas pessoas presta serviços para alguma fábrica. Um contador, por exemplo, pode trabalhar para uma pequena autopeça”, cita. A indústria responde por 26,8% do montante, ou R$ 884 milhões. Já o pagamento do 13º salário aos metalúrgicos representa 13% do total. O percentual voltou a crescer após seis anos de queda. No entanto, ainda representa metade do que era em 2012, com 24,6% do total, o que evidencia o impacto da crise. “O nível de emprego na categoria estagnou, parou de cair, e temos até algumas contratações, como na Scania (que contratou cerca de 800 pessoas desde 2017), além dos reajustes salariais”, salienta Wagnão. Maskio analisa que o incremento do percentual, ainda que pequeno, indica retomada. Contudo, é preciso lembrar que a base de comparação, ou seja, o desempenho dos anos anteriores, é muito fraca. “Esse foi o setor que mais demitiu, porém, o fato de não ter registrado lay-off ou PDV (Programa de Demissão Voluntária) neste ano já é positivo”, destaca. No entanto, o sindicalista assegura que não é possível estimar se haverá a retomada efetiva do setor. “Estamos no período de eleição, onde as propostas dos dois candidatos à Presidência são muito diferentes. Se houver abertura indiscriminada do mercado, com queda de taxas de importação, pode haver redução da produção das nossas fábricas e, consequentemente, a queda do emprego.”

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Vale lembrar que a alta representatividade dos metalúrgicos no montante é justificada pela média salarial maior, que é de R$ 5.980,70, ante montante de R$ 2.138 recebido pelos trabalhadores do Grande ABC. Wagnão acrescenta que o pagamento do abono deve “ativar a preocupação com relação a esse direito”. “É preciso lutar para mantê-lo, porque ele é fruto de muita luta e é muito significativo para a economia não só da região, mas de todo o País.” CIDADES - Em relação aos municípios, São Bernardo participa com 36,8% dos recursos, seguido de Santo André (24,9%), São Caetano (14,6%), Diadema (11,7%), Mauá (8,9%), Ribeirão Pires (2,8%) e Rio Grande da Serra (0,4%). Dinheiro extra é chance para mudar hábitos financeiros Na avaliação da educadora financeira da DSOP Educação Financeira Cintia Senna, o pagamento do 13º salário é “excelente oportunidade para mudar os hábitos financeiros”. Para isso, a especialista destaca que o primeiro passo é entender como está a situação das finanças. Desse modo, se as prestações estão em dia, ou seja, cuja quitação está no prazo, a orientação é que a pessoa não adiante o pagamento das parcelas. “Nessa situação, é melhor guardar e ter reserva para pagá-las no futuro ou outras despesas que apareçam.” Caso o trabalhador tenha dívidas em aberto, o ideal é pagar, primeiramente, aquelas que possuem bens como garantia. Entretanto, caso a quantia disponível não seja suficiente para quitar o débito, a recomendação é que o valor seja poupado, para, com o tempo, ser acrescido de outros ganhos. “Assim, a pessoa terá mais chances de conseguir renegociação no futuro.” A quem está ‘tranquilo’, com as contas em dia, é recomendado guardar a gratificação. “Ele pode ser usado para ampliar os sonhos de curto, médio e longo prazo”, assinala Cintia. “Para quem tem uma meta para daqui um ou dois meses, a poupança é a melhor opção. Para objetivos entre dois meses e um ano, já é possível investir em renda fixa, como títulos do Tesouro Direto. Em sonhos de longo prazo, há títulos do Tesouro Direto indexados à inflação, para quem precisa dos rendimentos em 2035”, exemplifica. No caso da renda variável, a educadora financeira lembra que é opção para quem está disposto a correr riscos. Entretanto, o dinheiro extra pode ser utilizado para aprender a investir nessa modalidade. “O trabalhador pode utilizar até 20% do 13º como instrumento de estudo e aplicar a quantia restante em títulos de renda fixa.”

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Veículo: Eu Quero Investir/XP Data: 26/10/2018 Link: https://www.euqueroinvestir.com/pagar-dividas-fazer-compras-ou-investir-o-que-fazer-com-o-seu13o-salario/

Pagar dívidas, fazer compras ou investir? O que fazer com o seu 13º salário? O fim do ano é uma época de muitos gastos, mas especialistas apontam sobre a necessidade de inserir esses gastos no planejamento mensal. Késia Rodrigues - Colaboradora Independente 25 de outubro de 2018 leitura de 2 minutos

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Crédito da imagem: Reprodução/Internet O fim do ano está chegando e, com ele, o tão esperado 13º salário. O dinheiro extra chega em um bom momento, pois as pessoas costumam gastar um pouco mais no fim do ano com presentes, com a ceia de natal e com viagens. Contudo, especialistas apontam a necessidade de que as pessoas, antes de gastar esse dinheiro, pensem nas despesas de início de ano e, também, observem como anda a “saúde” de sua vida financeira. Isso ajuda a fazer um uso mais consciente desse recurso. Vale lembrar que o 13º salário foi criado com o intuito de ser um “presente” ao final do ano, tanto que, em alguns casos, ele é chamado de “gratificação natalina”. O problema é que, atualmente, muitas pessoas acabam contando com esse dinheiro para pagar dívidas que fizeram ao longo do ano ou, em alguns casos, para fazer novas dívidas, situação que demonstra que essa pessoa está gastando mais do que a sua renda permite. De acordo com especialistas na área financeira, como o doutor em educação financeira Reinaldo Domingos, o dinheiro do 13º salário não deveria ser utilizado para quitar dívidas, afinal, o certo seria planejar os compromissos financeiros de modo que esses caibam no orçamento mensal. Assim, o dinheiro do 13º salário poderia ser poupado, investido ou destinado para a realização de sonhos de curto, médio ou longo prazo.

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Compras de fim de ano Domingos assinala que muitas pessoas devem utilizar o dinheiro do 13º salário para fazer compras no final do ano. Para ele, esse comportamento não é errado, desde que isso esteja programado no orçamento. O especialista explica que a melhor maneira de planejar o gasto desse dinheiro é escolhendo uma época do ano (geralmente os primeiros meses). Assim, a pessoa pode tentar inserir os gatos com a ceia de Natal, presentes e viagens no orçamento mensal para não precisar contar com o dinheiro do 13º salário. Assim, poderá destinar o dinheiro extra no final do ano para os sonhos futuros.

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Quitação de dívidas

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Crédito da imagem: Reprodução/Internet Os endividados geralmente enxergam o 13º salário como uma solução para os problemas, mas Domingos alerta que ele não é a “luz no fim do túnel”. O especialista reforça que as pessoas devem tentar encaixar os seus compromissos financeiros dentro do orçamento mensal. Nesse sentido, antes de usar o dinheiro do 13º salário para pagar dívidas, uma boa dica é pesquisar qual é o valor total dos débitos, as taxas de juros, os prazos e todas as informações disponíveis. Desse ponto em diante é possível tentar uma negociação junto aos credores ou, até mesmo, quitar essa dívida com o dinheiro do 13º salário para acabar de vez com o problema.

Poupança e investimentos Domingos destaca que há pessoas estagnadas em uma “zona de conforto”, isto é, não possuem dívidas, mas também não possuem reservas financeiras. Para esses, o especialista faz um alerta para que tenham consciência, pois um pequeno deslize pode gerar um endividamento ou, até mesmo, a inadimplência. Cada pessoa deve utilizar o seu 13º salário da forma que entender como mais coerente, contudo, Domingos ressalta a importância de se guardar parte desse dinheiro. Dessa forma, é possível realizar mais sonhos em um futuro próximo ou distante.

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Os investidores, mesmo os iniciantes, têm como a melhor opção investir o dinheiro do 13º salário para atingir mais rápido os seus objetivos, sejam eles quais forem. Para Domingos, o dinheiro extra é sempre muito bem-vindo, desde que utilizado com educação financeira.

Comentário do Assessor de Investimentos (por Liz Dantas) Com certeza, o melhor destino para o 13º salário é investir. Quando temos um planejamento financeiro, os sonhos realizados são mais prazerosos que os presentes de fim de ano. Quem tem educação financeira, atinge seus objetivos com mais facilidade. Como sugestão para investimento do dinheiro recebido com o 13º salário indico para o atual momento econômico: CDB pré-fixado 2 anos 9,75% ao ano e Fundos de investimentos 115% do CDI. Fica a dica!

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Quem somos e o que fazemos? Somos um escritório de investimentos ligado à XP Investimentos - a maior corretora da América Latina. Produzimos conteúdo diariamente, afim de informar e educar o investidor, além de oferecer assessoria financeira, desde a montagem da sua carteira de alocação, ao acompanhamento da rentabilidade dos seus investimentos. Quer entender melhor como funciona o nosso trabalho, ou deseja marcar uma conversa com um assessor de investimentos? Basta preencher o formulário abaixo. Terei enorme satisfação em conversar com você!

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Veículo: Diário do Grande ABC Data: 26/10/2018 Link: https://www.dgabc.com.br/Noticia/2961949/carro-taxi-ou-aplicativos-qual-e-a-melhor-alternativapara-o-seu-bolso

Carro, táxi ou aplicativos: qual é a melhor alternativa para o seu bolso?

Da Redação, com assessoria Do 33Giga 26/10/2018 | 09:34

Atualizada às 13h36 O transporte mais econômico é o que melhor se ajusta às necessidades e ao bolso do consumidor. Para o especialista em educação financeira Reinaldo Domingos, há vários fatores a serem levados em conta, mas é importante ter em mente o quanto você pode gastar para assim fazer a melhor escolha. 252


A seguir, descubra os principais aspectos a serem considerados ao escolher entre manter um carro, usar táxi ou serviços de transporte por aplicativo. Trabalho x Casa Morar perto do trabalho tende a elevar o custo da moradia e diminuir os gastos com transporte. Quando o deslocamento diário é curto e rápido, usar táxis ou transporte por aplicativo tende a ser mais barato. Alternar com o transporte público pode gerar economia ainda maior. Viagens longas Para viagens longas, o custo de táxis e transporte por aplicativos é alto. Dependendo da frequência em que estas corridas são feitas, pode ser vantajoso manter um carro ou apenas alugar um veículo quando for necessário. Comodidade Nos táxis e aplicativos, o passageiro pode estudar, se preparar para uma reunião e até mesmo dormir. Já ao dirigir, deve estar atento ao trânsito, o que pode aumentar seu nível de estresse. Por outro lado, no carro é possível ter maior liberdade para ouvir a música que quiser, mudar a rota quando necessário e ir para qualquer lugar, além da comodidade de ter um veículo à disposição o tempo todo. Segurança O serviço de transporte por aplicativos não é regulamentado e possui motoristas que podem ser desqualificados e sem experiência. Sem contar que, em corridas compartilhadas, é preciso considerar o risco em fazer toda a viagem ou parte dela com desconhecidos. Já o carro é um item visado por assaltantes. Portanto, é preciso ter cautela ao dirigir e manter o veículo assegurado.

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Despesas com carro Prestações, seguro, combustível, manutenção, IPVA, licenciamento, lavagens e possíveis multas são as despesas básicas. Em média, correspondem a 2% do valor do carro. A manutenção de um veículo de R$ 20 mil, por exemplo, pode custar R$ 400 por mês. Táxi x App Dependendo do horário e do trajeto, o transporte por aplicativos é mais barato do que o táxi. Por outro lado, na hora do rush, o preço é maior. E mais: os táxis tendem a ser mais rápidos por usarem corredores de ônibus e os motoristas terem maior experiência com o trânsito. Concorrência entre apps É válido ter mais de uma opção de aplicativos de transporte para comparar preços antes de pedir as viagens. Além do valor, considere a disponibilidade de motoristas na região. Peso no orçamento Não é aconselhável analisar os gastos com transporte separadamente, mas, sim, seu peso no orçamento. O mais importante é que esta despesa não impeça a poupança mensal e a conquista de sonhos ao longo do tempo.

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Veículo: iBahia Data: 26/10/2018 Link: https://www.ibahia.com/detalhe/noticia/esta-precisando-juntar-uma-graninha-confira-5-dicas-paracomecar-a-poupar-hoje-mesmo/

ECONOMIA

Está precisando juntar uma graninha? Confira 5 dicas para começar a poupar hoje mesmo Você pode aproveitar a poupança para fazer aquela viagem dos sonhos ou guardar para uma emergência Redação iBahia (redacao@portalibahia.com.br) 26/10/2018 às 18h56

Quer juntar dinheiro e não consegue? O educador financeiro Reinaldo Domingos, listou cinco passos para conseguir mudar seus hábitos financeiros e poupar dinheiro. Você pode aproveitar a poupança para fazer aquela viagem dos sonhos ou guardar para uma emergência.

Foto: reprodução / Pixabay

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1- Estabeleça seus sonhos Hábitos saudáveis dependem diretamente da vontade de realizar sonhos – aqueles desejos esquecidos, às vezes quase abandonados, mas que são muito importantes para cada um de nós. Ter objetivos traçados é um estímulo para poupar todos os meses e realizar o que se deseja sem entrar em endividamentos e comprometer boa parte da renda com dívidas, o que pode levar à inadimplência. 2- Converse com a família Para poupar, será preciso que todos na família, inclusive as crianças, mudem seu comportamento no que diz respeito ao desperdício e aos gastos extras. Portanto marque uma conversa com todos, não sobre redução de gastos e sim sobre sonhos a serem realizados. Fale abertamente e estabeleça ao menos um sonho coletivo, algo que todos da casa desejam, como uma viagem ou uma reforma. 3- Coloque os objetivos no papel Escreva esses sonhos e procure saber o quanto custará para realizar cada um deles. Tendo em mente quando (daqui há quantos meses ou anos deseja realizar) você saberá o quanto precisará poupar mensalmente para todos eles simultaneamente. Isso nada mais é do que fazer um planejamento. 4- Saiba onde economizar Faça um diagnóstico financeiro por 30 dias (ou 90, caso tenha renda variável). Anote todos os seus gastos, tanto os grandes quanto os pequenos, separando por tipo de despesas (como “refeições fora de casa”, “supermercado” e “celular”, por exemplo). Analise quais gastos pode reduzir ou eliminar para poupar. Converse com as crianças para que elas economizem água e energia elétrica e conservem seus materiais escolares e brinquedos. 5- Poupe primeiro, gaste depois Poupar dinheiro para realizar sonhos é algo que com certeza mudará completamente a sua relação com as finanças. Portanto, quando receber seu salário, reserve a quantia necessária para os seus objetivos e readéque o seu padrão de vida. Assim você abandonará hábitos de consumo exagerados e inconscientes e passará a ser alguém que realiza sonhos constantemente.

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Veículo: Correio da Bahia Data: 28/10/2018 Link: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/escola-boa-e-de-graca-10-colegios-que-oferecembolsas-de-estudo/

Priscila Natividade priscila.oliveira@redebahia.com.br 28.10.2018, 05:00:00 Atualizado: 28.10.2018, 10:50:27

Carolina e Tássia conquistaram uma bolsa de estudo ao participarem do Desafio Integral (Foto: Evandro Veiga/ CORREIO)

Escola boa e de graça: 10 colégios que oferecem bolsas de estudo Confira instituições particulares de ensino que estão com inscrições abertas para quase 400 bolsas

Até o 9º ano, a estudante Carolina Anjos, de 18 anos, era aluna de uma escola pública em Pernambués, bairro onde mora. O talento para o basquete, no entanto, lhe garantiu o passaporte para completar o ensino médio do

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Colégio Integral, na Pituba, por meio do programa de bolsa social para atletas. “Eu jogo basquete e fui indicada por uma amiga para jogar pelo colégio. Fiz o teste com meu atual técnico e conquistei a bolsa de 100%”, lembra. Hoje, prestes a concluir o 3º ano, a meta é cursar Fisioterapia. “O meu esporte me ajudou a conseguir a bolsa que fortaleceu minha educação para que eu possa alcançar esse objetivo. Além disso, eu viajei para vários lugares jogando pelo time”, afirma. Se fosse pagar o valor da mensalidade atualmente, os pais de Carolina teriam que desembolsar em média, R$ 2,6 mil para mantê-la na escola. O Desafio Integral é só um dos 10 processos seletivos para a concessão de bolsas de estudo em escolas particulares que estão com inscrições abertas (veja a lista completa abaixo). Das escolas que o CORREIO entrou em contato e forneceram o volume de bolsas disponíveis, as vagas chegam a somar 381 concessões. Um deles é o programa do Colégio Integral, que está com inscrições abertas até o mês de dezembro. O regulamento prevê provas de matemática e redação, além da avaliação do boletim da escola anterior, como explica a diretora da instituição Patrícia Rocha. A escola começou a operar o programa no ano passado. Cerca de 20% a 30% das vagas para alunos novos são destinadas ao concurso de bolsas. “A gente tem algumas formas de captação de alunos e uma delas é o concurso de bolsa em duas vertentes: uma por desempenho do aluno na prova e outra com foco no aluno atleta. Com isso, você valoriza o esforço deste estudante, que pode ter o benefício do tamanho do resultado que ele alcançou”. Por desempenho, a estudante do 2º ano do Ensino Médio, Tássia Camilly Fernandes, de 16 anos, foi uma das contempladas no último processo com 60% de desconto na mensalidade. “Vi o anúncio na internet e me inscrevi. Me preparei bastante para a prova assim que cadastrei. Estudei o conteúdo e treinei muito a questão da redação para conseguir um bom desconto. Foi um desafio muito importante pra mim a conquista desta bolsa”, diz. Análise financeira Outras escolas avaliam não só o desempenho ou boletim, mas a vulnerabilidade financeira da família. Esse é um dos principais requisitos para ingressar no curso noturno de Nível Médio do Colégio Isba (Instituto Social da Bahia), que deve abrir as inscrições para as 90 vagas, a partir do dia 14 de novembro. “A escola mantém o curso há quase 40 anos. O nível médio completo tem duração de 1 ano e meio, mas contempla todo o currículo integral do curso diurno, só que condensado para o noturno. Muitos dos professores das turmas do dia também ministram as aulas à noite”, pontua o coordenador do Nível Médio para Jovens e Adultos (EJA), Walter do Vale Júnior. O aluno precisa ter no mínimo 18 anos no semestre de conclusão e renda familiar de no máximo 1,5 salários mínimo por pessoa residente com o estudante. Ele também concorre a uma bolsa de estudos integral na Faculdade Social da Bahia, uma extensão do Isba. “Ainda que na crise e mesmo sendo um programa custoso, a

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escola mantem a filantropia. Não há concorrência. A gente matricula até o limite máximo por turma que é de 50 alunos”, acrescenta o coordenador. Prepare-se E por falar em crise, as bolsas de estudo não deixam de ser uma oportunidade para os pais que precisam driblar o reajuste na mensalidade escolar para o ano que vem. Ainda que as entidades representativas das escolas particulares não determinem percentual de reajuste, segundo o gerente administrativo da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), Sebastião Garcia, o aumento deve acompanhar a inflação, cuja meta do ano é de 4,5%. “Na última reunião do conselho que tivemos a reunião gerou em torno de 4% a 6% ao ano. Porém, cada escola vai discutir esse reajuste de acordo com as suas necessidades e a sua planilha de custos. Não citamos o percentual, mas é certo que ninguém vai trabalhar abaixo da inflação”. Em nota ao CORREIO, a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) foi mais uma entidade que ressaltou a liberdade das escolas em praticarem o reajuste que considerarem o mais adequado. “Por lei, a entidade não pode sinalizar índices de reajuste nas mensalidades escolares para o ano subsequente. Cada estabelecimento de ensino tem a liberdade de estabelecer o reajuste para o ano de 2019 de acordo com suas planilhas de custo”. Fato é que o aumento vem e do tamanho que a escola quiser. Por isso, o educador financeiro da Dsop, Allan Andrade, destaca algumas dicas que podem ajudar os pais a conquistar uma bolsa de estudos, já que um dos requisitos está na vida financeira da família. “Elabore um levantamento de todas as receitas e despesas da família, de modo que seja construído o orçamento financeiro real. É importante que a família seja sincera com a diretoria da escola. Essa atitude demonstrará o compromisso dos pais com a educação dos filhos”. E o mais importante: se antecipe: “Pensar na escola ainda em outubro pode parecer muito cedo para alguns pais. Porém é um momento estratégico para conseguir uma destas bolsas e até barganhar descontos junto à escola”, aconselha Andrade. POR QUE AS ESCOLAS PARTICULARES OFERECEM BOLSAS DE ESTUDO? Segundo o superintendente Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA), Filipe Vieira, as escolas particulares não te obrigação de ofertar as bolsas de estudo até mesmo as instituições mantidas por Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OCIPs).

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“No aspecto da legislação, as OCIPs tem a liberdade de ofertar as bolsas ou não. Elas oferecem de acordo com algum plano de vantagem tributária ou para não ficar de fora do mercado”, esclarece Vieira. A determinação está prevista na Lei 9.790 de 23 de março de 1999. No entanto, a partir do momento que há a oferta deste benefício, perante o Código de Defesa do Consumidor ela tem a obrigação de cumprir com o desconto. “Uma vez que ofereça a bolsa e a escola gera para si essa obrigação, o consumidor pode cobrá-la por isso”, completa. DEZ ESCOLAS COM OFERTA DE BOLSAS INTEGRAIS 1. Isba (Instituto Social da Bahia) São 90 vagas (40 para a 1ª série, 25 para a 2ª série e 25 para a 3ª série) para o Ensino Médio, no turno noturno. As inscrições podem ser feitas até o dia 7 de dezembro. O curso completo tem duração de 1 ano e meio. Para concorrer a uma das vagas, é preciso ter no mínimo 18 (dezoito) anos no semestre de conclusão e renda familiar de no máximo 1,5 salários mínimo por pessoa residente com o estudante. O Edital da matrícula, com a lista de documentos necessários, está disponível no Portal da EJA: www.ejasocial.com.br. Mais informações pelo telefone (71) 4009-2017, a partir das 16h. 2. Colégio Oficina As bolsas deste concurso são exclusivamente para o 9º ano do Ensino Fundamental, 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio. As inscrições podem ser feitas no site da escola em www.colegiooficina.com.br. A prova acontece no mês de novembro. 3. Colégio Integral Com o Desafio Integral é possível obter descontos de 10% a 100% nas mensalidades. A inscrição podem ser feitas até o mês de dezembro no site integralweb.com.br/desafiointegral. Durante o processo, o candidato vai se submeter a uma prova de matemática e outra de redação, a fim de garantir a bolsa de estudos. 4. Colégio Mundial As inscrições para o Programa de Bolsa de Estudos começa na segunda-feira (29). A instituição disponibiliza uma vaga para cada série, do 6º ao 3 º ano. As inscrições são feitas presencialmente na escola até às 16h do dia 11 de dezembro. A prova está marcada para o dia 12 do mesmo mês. Mais informações em colegiomundial.com.br. 5. Escola Sulamericana A seleção acontece até o dia 20 de dezembro. A bolsa é de 100% para o turno vespertino para alunos do Grupo 5 do Infantil, Fundamental 1, Fundamental 2 e 1º ano do Ensino Médio em 2019. As inscrições são feitas na página escolasulamericana.com.br/coc/ . Em seguida o candidato deve aguardar o recebimento de um e-mail com a confirmação da participação do processo e pedido de comparecimento à escola no dia marcado. O aluno fará uma avaliação interdisciplinar com conteúdos da sua série e uma de redação. O processo inclui também a avaliação do boletim escolar.

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6. Sartre Escola SEB As vagas são para alunos do 6° ano a 3ª série do Ensino Médio. O desconto é determinado pelo desempenho em uma prova com assuntos da série atual, uma redação e avaliação do boletim. A oferta é para bolsas integrais ou parciais, que variam de 10% a 50% de desconto nas mensalidades para os próximos anos. Quem estiver interessado em participar precisa se candidatar no site escolaseb.com.br/estudeconosco/salvador. 7. Sesi O Serviço Social da Indústria (SESI Bahia) está com inscrições abertas até segunda-feira (29) para o concurso de bolsas de estudo para estudantes do 1º ano do ensino médio. O principal critério para concorrer a uma das bolsas é renda familiar de até dois salários mínimos. Os candidatos deverão se submeter a uma prova, a ser realizada no dia 18 de novembro. Do total de bolsas disponíveis, 55% são para as escolas de Salvador. Estão sendo oferecidas 291 bolsas, nas sete escolas de ensino médio do SESI Bahia da capital e no interior do estado, incluindo Feira de Santana, Ilhéus, Vitória da Conquista, Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. O edital com todas as informações já está disponível no site www.escolasesiba.com.br. 8. Colégio Fortunato O Colégio pode dar até 100% de desconto na mensalidade por meio do Projeto Aluno Mirim. A bolsa é concedida mediante a prestação de serviços pelo estudante em turno oposto à aula. Podem participar alunos a partir do 1º ano do Ensino Médio. Após a conclusão do 3º ano, muitos alunos, inclusive, costumam ser contratados pela escola. Os pais que se interessarem pelo programa precisam procurar a direção do colégio. Contato: (71) 3257-2315. 9. Salesiano A bolsa de estudo pode ser integral (100%) ou parcial (50%), mediante a avaliação da situação socioeconômica do candidato. As inscrições para participar do processo começam no dia 12 de novembro e vão até o dia 22. O edital completo está no site salesiano-ba.com.br/geral/. 10. Colégio Bernoulli No processo comum de seleção para admissão 2019, os candidatos com melhores desempenhos nas provas de português, redação e matemática podem conseguir um desconto proporcional ao resultado. Todos os alunos aprovados no processo seletivo serão automaticamente avaliados para a concessão das bolsas de estudo. Entre o final de novembro e inicio de dezembro, a escola realiza ainda um concurso de ofertas de bolsas para o pré-vestibular. Mais informações e inscrições no site www.bernoulli.com.br.

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Veículo: A Crítica Data: 29/10/2018 Link: https://www.acritica.com/channels/cotidiano/news/para-especialistas-criancas-bem-educadasfinanceiramente-tornam-se-adultos-mais-responsaveis

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Para especialistas, crianças bem educadas financeiramente tornam-se adultos mais responsáveis A contenção de gastos na infância não é uma tarefa simples em um cenário repleto de convites ao consumo.29/10/2018 às 08:05 - Atualizado em 29/10/2018 às 15:15

Rebeca Beatriz Manaus

Em um mundo cada vez mais capitalista, um desafio frequente é ensinar as crianças a exercerem um consumo mais consciente. As vitrines estão repletas de produtos que enchem os olhos dos pequenos. Comerciais de tv, programas de entretenimento ou mesmo uma simples visitação ao shopping podem deixar os pais em sinal de alerta! Em um cenário repleto de convites ao consumo, a contenção de gastos na infância, não é uma tarefa simples. Qual seria a melhor maneira de educar financeiramente uma criança e fazer com que desde os primeiros anos de vida, ela desenvolva a consciência necessária sobre finanças, e se torne no futuro um adulto com os gastos controlados? Segundo a educadora financeira e Vice-Presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros - Abefin, Glauce Galúcio, é possível despertar a conscientização do consumo ainda na primeira fase da vida. “Há quem pense que as crianças não têm discernimento para lidar com finanças, porém com a minha experiência notei que aos dois anos de idade, elas já reconhecem o dinheiro como um meio para realizar sonhos. Isso nos faz acreditar em uma nova geração de pessoas independentes financeiramente, mais realizadas e felizes”, diz. Esse controle é possível por meio de algumas técnicas lúdicas destacadas pela a especialista, como explicar para que serve a mesada e a importância de economizar; convencer a criança que nem todo presente precisa, necessariamente ser material; entre outros. 263


Outro ponto fundamentaldestacado por Glauce é que o exemplo deve partir dos pais. “As crianças são observadoras e aprendem muito pelo exemplo, portanto é importante que os pais tenham educação financeira, poupem para conquistar seus próprios sonhos e consumam de forma consciente”, conclui. Resultados A criança ensinada hoje será o adulto consciente de amanhã. E por isso os pais têm buscado orientações com profissionais sobre como educar financeiramente os pequenos e desenvolver neles um consumo mais consciente. A economista e terapeuta financeira, Mônica Damasceno, já levou o filho Iuric, de 6 anos de idade a palestras e oficinas sobre educação financeira para crianças, e observa mudanças positivas. “Meu filho está aprendendo de uma forma lúdica o que é economizar, e qual a importância disso para conseguir realizar sonhos. Em casa, ele também está mais cuidadoso com as lâmpadas acesas, ao abrir a porta da geladeira e também no chuveiro. Consequentemente, conseguimos reduzir o valor das despesas mensais com energia elétrica e água”, conta.

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VeĂ­culo: A Tarde Data: 30/10/2018 Link:

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Veículo: Diário do Nordeste Data: 30/10/2018 Link: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/negocios/online/confira-5-dicas-para-comecar-apoupar-1.2020024

Confira 5 dicas para começar a poupar 09:39 / 30 de Outubro de 2018 ATUALIZADO ÀS 09:41

Anotar todos os gastos, os grandes ou pequenos, no papel é uma das orientações para conseguir economizar NEGÓCIOS

Nessa quarta-feira (31), celebra-se o Dia Mundial da Poupança, criada para a conscientização sobre a importância de preservar recursos para o futuro. Para muitos, poupar pode ser considerado uma tarefa quase impossível, a prova é uma pesquisa realizada em mais de cem empresas brasileiras, com 2.000 funcionários de 10 estados. O levantamento feito pelo Instituto Axxus, em parceria com a Unicamp e a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), mostrou que 80% dos colaboradores brasileiros não conseguem poupar para realizar nenhuma forma de investimento, enquanto os outros 20% aplicam em algum fundo mensalmente, ou só quando sobra.

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Para tentar mudar essa situação, aproveitando a simbólica data, Reinaldo Domingos, doutor em educação financeira e presidente da Abefin, dá 5 passos para que você possa começar a poupar hoje mesmo:

1- Estabeleça seus sonhos Hábitos saudáveis dependem diretamente da vontade de realizar sonhos – aqueles desejos esquecidos, às vezes quase abandonados, mas que são muito importantes para cada um de nós. Ter objetivos traçados é um estímulo para poupar todos os meses e realizar o que se deseja sem entrar em endividamentos e comprometer boa parte da renda com dívidas, o que pode levar à inadimplência.

2- Converse com a família Para poupar, será preciso que todos na família, inclusive as crianças, mudem seu comportamento no que diz respeito ao desperdício e aos gastos extras. Portanto marque uma conversa com todos, não sobre redução de gastos e sim sobre sonhos a serem realizados. Fale abertamente e estabeleça ao menos um sonho coletivo, algo que todos da casa desejam, como uma viagem ou uma reforma.

3- Coloque os objetivos no papel Escreva esses sonhos e procure saber o quanto custará para realizar cada um deles. Tendo em mente quando (daqui há quantos meses ou anos deseja realizar) você saberá o quanto precisará poupar mensalmente para todos eles simultaneamente. Isso nada mais é do que fazer um planejamento.

4- Saiba onde economizar Faça um diagnóstico financeiro por 30 dias (ou 90, caso tenha renda variável). Anote todos os seus gastos, tanto os grandes quanto os pequenos, separando por tipo de despesas (como “refeições fora de casa”, “supermercado” e “celular”, por exemplo). Analise quais gastos pode reduzir ou eliminar para poupar. Converse com as crianças para que elas economizem água e energia elétrica e conservem seus materiais escolares e brinquedos.

5- Poupe primeiro, gaste depois Poupar dinheiro para realizar sonhos é algo que com certeza mudará completamente a sua relação com as finanças. Portanto, quando receber seu salário, reserve a quantia necessária para os seus objetivos e readéque o seu padrão de vida. Assim você abandonará hábitos de consumo exagerados e inconscientes e passará a ser alguém que realiza sonhos constantemente.

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VeĂ­culo: UOL Data: 31/10/2018 Link: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-brasil/2018/10/31/poupanca-tem-espaco-paracrescer-no-brasil-diz-especialista.htm

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Veículo: EXTRA Data: 31/10/2018 Link: https://extra.globo.com/noticias/economia/dia-da-poupanca-80-dos-trabalhadores-brasileiros-naoconseguem-poupar-23200890.html

31/10/18 08:42Atualizado em31/10/18 09:02

Dia da poupança: 80% dos trabalhadores brasileiros não conseguem poupar

Cofrinho para poupança: no Brasil, por conta do aumento dos preços dos produtos e das dificuldades financeiras atuais, poupar é um luxo para poucos Foto: Arquivo Extra

Nesta quarta-feira, dia 31, é comemorado o Dia Mundial da Poupança, data criada para a conscientização sobre a importância de preservar recursos para o futuro. No entanto, aqui no Brasil, por conta do aumento dos preços dos produtos e das dificuldades financeiras atuais, poupar é um luxo para poucos. É o que mostra levantamento feito pelo Instituto Axxus, em parceria com a Unicamp e a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), segundo o qual 80% dos trabalhadores brasileiros não conseguem poupar para realizar nenhuma forma de investimento, enquanto os outros 270


20% aplicam em algum fundo mensalmente, ou apenas quando sobra algum dinheiro no fim do mês. A pesquisa foi realizada em mais de cem empresas brasileiras, com dois mil funcionários de 10 estados. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) comprovam que poupar não é um hábito do brasileiro: apenas 35% dos brasileiros costumam poupar habitualmente, sendo que 28% afirmam guardar o que sobra do orçamento e 7% estipulam um valor a ser poupado. Em agosto, ainda de acordo com a pesquisa CNDL/SPC Brasil, em agosto, apenas 16% dos entrevistados conseguiram guardar algum dinheiro, enquanto 40% tiveram de sacar parte de seus recursos para poder pagar as contas. O desemprego e a crise na economia têm grande parcela de culpa nessa situação, afirma a planejadora financeira Annalisa Blando Dal Zotto, sócia da consultoria Par Mais, mas mesmo aqueles que estão empregados e com renda têm dificuldade de gastar menos do que ganha. Segundo ela, a descoordenação entre o que entra de dinheiro todo o mês e o que é consumido pelas despesas regulares e extraordinárias leva a uma atitude perigosa para as finanças, que é a ideia de poupar somente “se sobrar” dinheiro. — Essa atitude do ‘se sobrar’ não adianta, porque dificilmente acontece. A maioria das pessoas sempre posterga para o próximo mês. Eu prefiro a estratégia do ‘pague-se antes’. Quando você separa, por exemplo, 10% do seu dinheiro logo depois que recebe o salário, pode ser difícil no início, mas gradualmente você aprende a viver com os 90% restantes — aponta Annalisa. Além da falta de cultura de poupança do país, Annalisa acredita que a falta de hábito de fazer orçamento doméstico ajuda a compreender por que tantos brasileiros não guardam dinheiro. — É importante criar um objetivo para guardar dinheiro. Sem foco, fica mais difícil conseguir poupar — alerta a especialista, ressaltando que o brasileiro ainda é muito imediatista e não se preocupa em acumular patrimônio para o futuro. — A falta de hábito de poupar acontece porque as pessoas não costumam associar a poupança à realização de sonhos. E por isso não fazem um planejamento — diz. Presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos também defende que se poupe primeiro para gastar depois, e o ideal é que, ao receber o salário, a pessoa reserva a quantia necessária para seus objetivos futuros e para readequar seu padrão de vida. — Poupar dinheiro para realizar sonhos é algo que, com certeza, mudará completamente a sua relação com as finanças. Assim você abandonará hábitos de consumo exagerados e inconscientes e passará a ser alguém que realiza sonhos constantemente — afirma. Domingos acrescenta que, para poupar, será preciso que todos na família, inclusive as crianças, mudem seu comportamento no que diz respeito ao desperdício e gastos extras: — É bom marcar uma conversa com todos, não sobre redução de gastos, mas sim sobre sonhos a serem realizados. Fale abertamente e estabeleça ao menos um sonho coletivo, algo que todos de casa desejem, como uma viagem ou uma reforma na casa. Annalisa reforça que não é preciso abrir mão do consumo e deixar de fazer coisas que dão prazer: — A palavra de ordem é equilíbrio! Saber equalizar o orçamento e evitar gastos desnecessários facilita na hora de guardar uma parte da renda todos os meses. O segredo é planejar e saber priorizar. No entanto, afirma a especialista, não existe regra para poupar mensalmente, mas todas as pessoas devem economizar alguma quantia todo mês. 271


— Uma boa prática para ter reserva para emergências e para planejar a aposentadoria é buscar economizar 20% da receita líquida mensal — recomenda. Mas como fazer isso com um orçamento tão apertado? Para a planejadora financeira, um bom começo pode ser guardar parte do 13º salário, do adicional de férias, ou até mesmo de um bônus. —E em caso de aumento do salário ou promoção, considere guardar pelo menos 50% do incremento, ao invés de incorporá-lo ao padrão de vida corrente — sugere. Confira alguns passos para começar a poupar: — Estabeleça seus sonhos — hábitos saudáveis dependem diretamente da vontade de realizar sonhos – aqueles desejos esquecidos, às vezes quase abandonados, mas que são muito importantes para cada um de nós. Ter objetivos traçados é um estímulo para poupar todos os meses e realizar o que se deseja sem entrar em endividamentos e comprometer boa parte da renda com dívidas, o que pode levar à inadimplência. — Coloque os objetivos no papel — liste esses sonhos e procure saber o quanto custará para realizar cada um deles. Tendo em mente quando — se daqui há quantos meses ou anos deseja realizar — você saberá o quanto precisará poupar mensalmente para todos eles simultaneamente. Isso nada mais é do que fazer um planejamento. — Saiba onde economizar — faça um diagnóstico financeiro por 30 dias (ou 90, caso tenha renda variável). Anote todos os seus gastos, tanto os grandes quanto os pequenos, separando por tipo de despesas (como “refeições fora de casa”, “supermercado” e “celular”, por exemplo). Analise quais gastos pode reduzir ou eliminar para poupar. Converse com as crianças para que elas economizem água e energia elétrica e conservem seus materiais escolares e brinquedos. — Conserve um hábito — Não poupe só se sobrar dinheiro. Se você estabeleceu como meta poupar 10% de sua renda mensal, tente separar com antecedência essa parte do dinheiro. — Agende seus investimentos — É um recurso disponível na maioria das contas bancárias, e pode ser usado com caderneta de poupança, fundos de investimento e Tesouro Direto.

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Veículo: iBahia Data: 31/10/2018 Link: https://www.ibahia.com/detalhe/noticia/aprenda-5-dicas-objetivas-para-poupar-e-fazer-seu-dinheirorender/

ECONOMIA

Aprenda 5 dicas objetivas para poupar e fazer seu dinheiro render 80% dos trabalhadores brasileiros não conseguem poupar para realizar nenhuma forma de investimento Agência O Globo 31/10/2018 às 09h10

Um levantamento feito pelo Instituto Axxus, em parceria com a Unicamp e a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), mostrou que 80% dos trabalhadores brasileiros não conseguem poupar para realizar nenhuma forma de investimento, enquanto os outros 20% aplicam em algum fundo mensalmente, ou apenas quando sobra algum dinheiro no fim do mês. Mas, o que objetivamente, pode ser feito para fazer o dinheiro não sumir da sua vida no meio do mês? Aprenda 5 dicas objetivas:

— Estabeleça seus sonhos — hábitos saudáveis dependem diretamente da vontade de realizar sonhos – aqueles desejos esquecidos, às vezes quase abandonados, mas que são muito importantes para cada um de nós. Ter objetivos traçados é um estímulo para poupar todos os meses e realizar o que se deseja sem entrar em endividamentos e comprometer boa parte da renda com dívidas, o que pode levar à inadimplência.

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Foto: Reprodução

— Coloque os objetivos no papel — liste esses sonhos e procure saber o quanto custará para realizar cada um deles. Tendo em mente quando — se daqui há quantos meses ou anos deseja realizar — você saberá o quanto precisará poupar mensalmente para todos eles simultaneamente. Isso nada mais é do que fazer um planejamento. — Saiba onde economizar — faça um diagnóstico financeiro por 30 dias (ou 90, caso tenha renda variável). Anote todos os seus gastos, tanto os grandes quanto os pequenos, separando por tipo de despesas (como “refeições fora de casa”, “supermercado” e “celular”, por exemplo). Analise quais gastos pode reduzir ou eliminar para poupar. Converse com as crianças para que elas economizem água e energia elétrica e conservem seus materiais escolares e brinquedos. — Conserve um hábito — Não poupe só se sobrar dinheiro. Se você estabeleceu como meta poupar 10% de sua renda mensal, tente separar com antecedência essa parte do dinheiro. — Agende seus investimentos — É um recurso disponível na maioria das contas bancárias, e pode ser usado com caderneta de poupança, fundos de investimento e Tesouro Direto.

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Veículo: R7 Data: 31/10/2018 Link: https://noticias.r7.com/economia/poupanca-tem-espaco-para-crescer-no-brasil-diz-especialista31102018

Poupança tem espaço para crescer no Brasil, diz especialista Ter metas e objetivos é o primeiro passa para conseguir guardar dinheiro todos os meses  o o

ECONOMIA Da Agência Brasil

31/10/2018 - 09h01

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Dia Mundial da Poupança é celebrado nesta quarta-feira Arquivo/Agência Brasil

A poupança da Caixa Econômica Federal fechou o ano passado com captação líquida de R$ 8 bilhões e um total de 74 milhões de poupadores. Para o educador financeiro Rogério Braga, 275


membro da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), com uma população de mais de 207 milhões de pessoas, há um amplo caminho para que a poupança cresça ainda mais no país. Para o especialista, os brasileiros ainda não têm o hábito de poupar. Ele aponta que um dos principais problemas da população brasileira atualmente é o consumo exagerado, o acúmulo de créditos, que levam ao descontrole financeiro. O Dia Mundial da Poupança, celebrado nesta quarta-feira (31), foi criado para conscientizar a população global sobre a importância de preservar recursos para o futuro. Passos para poupar O primeiro passo para quem quer fazer uma poupança é estabelecer um sonho ou um objetivo de vida. “O maior segredo é estabelecer esse objetivo e começar a fazer um diagnóstico financeiro de vida. Começar a pegar aquele recurso, separar a parte dele para poupar no início, porque se deixar para o final do mês, vai faltar recurso”, indicou. Conversar com a família em relação ao sonho coletivo é um segundo passo também importante. Braga aconselha que as pessoas coloquem todos os objetivos no papel. “Tem que ser disciplinado. A disciplina de seguir todo esse processo leva ao sucesso”, apostou. Para o educador financeiro, o brasileiro tem o mau costume de ser imediatista, o que termina colocando alguma meta de futuro adiante da sua realidade. Ele recomenda que as pessoas estabeleçam prazos e aprendam a gastar e a economizar. Esse é um processo diário, destacou. “Tem que usar os recursos em algo efetivamente necessário, e não supérfluo. “Poupar primeiro é sempre muito importante. O hábito de poupar deve ser feito antes de receber o salário e gastar no consumo”.

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Braga acredita que com essas etapas, já pode haver uma mudança geral, uma nova visão sobre o hábito de poupar. “E, aí, a poupança se beneficia disso, porque ela é muito fácil, muito acessível a toda a população brasileira”. Faz parte ainda do diagnóstico financeiro que as pessoas comecem a observar onde há excesso, como podem gastar melhor e onde podem economizar. Braga afirmou que muitas pessoas cometem o erro de gastar além do seu padrão de vida e, por isso, a conta nunca fecha e elas terminam sempre endividadas. O ideal é identificar onde gastar. “Gastar sem excessos, dentro da sua realidade, é fundamental”.

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Veículo: Agência Brasil Data: 31/10/2018 Link: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2018-10/poupanca-tem-espaco-para-crescer-nobrasil-diz-especialista

Economia

Poupança tem espaço para crescer no Brasil, diz especialista Publicado em 31/10/2018 - 07:00 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro

A poupança da Caixa Econômica Federal fechou o ano passado com captação líquida de R$ 8 bilhões e um total de 74 milhões de poupadores. Para o educador financeiro Rogério Braga, membro da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), com uma população de mais de 207 milhões de pessoas, há um amplo caminho para que a poupança cresça ainda mais no país. Para o especialista, os brasileiros ainda não têm o hábito de poupar. Ele aponta que um dos principais problemas da população brasileira atualmente é o consumo exagerado, o acúmulo de créditos, que levam ao descontrole financeiro. O Dia Mundial da Poupança, celebrado hoje (31), foi criado para conscientizar a população global sobre a importância de preservar recursos para o futuro.

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Passos para poupar O primeiro passo para quem quer fazer uma poupança é estabelecer um sonho ou um objetivo de vida. “O maior segredo é estabelecer esse objetivo e começar a fazer um diagnóstico financeiro de vida. Começar a pegar aquele recurso, separar a parte dele para poupar no início, porque se deixar para o final do mês, vai faltar recurso”, indicou. Conversar com a família em relação ao sonho coletivo é um segundo passo também importante. Braga aconselha que as pessoas coloquem todos os objetivos no papel. “Tem que ser disciplinado. A disciplina de seguir todo esse processo leva ao sucesso”, apostou. Para o educador financeiro, o brasileiro tem o mau costume de ser imediatista, o que termina colocando alguma meta de futuro adiante da sua realidade. Ele recomenda que as pessoas estabeleçam prazos e aprendam a gastar e a economizar. Esse é um processo diário, destacou. “Tem que usar os recursos em algo efetivamente necessário, e não supérfluo. “Poupar primeiro é sempre muito importante. O hábito de poupar deve ser feito antes de receber o salário e gastar no consumo”. Braga acredita que com essas etapas, já pode haver uma mudança geral, uma nova visão sobre o hábito de poupar. “E, aí, a poupança se beneficia disso, porque ela é muito fácil, muito acessível a toda a população brasileira”. Faz parte ainda do diagnóstico financeiro que as pessoas comecem a observar onde há excesso, como podem gastar melhor e onde podem economizar. Braga afirmou que muitas pessoas cometem o erro de gastar além do seu padrão de vida e, por isso, a conta nunca fecha e elas terminam sempre endividadas. O ideal é identificar onde gastar. “Gastar sem excessos, dentro da sua realidade, é fundamental”.

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