Fan fiction: Uma detenção diferente: pte. 3 Tipo: Hermione G./Draco M./Rony W. Feita por: Mª Eduarda
Capítulo 8 – Vamos brincar um pouco? No fim daquele dia, Hermione entrou na Sala Comunal dos monitores com o melhor humor do ano. Mas Malfoy entrou logo em seguida, totalmente encharcado e molhando tudo. -MALFOY! PORQUE VOCÊ ESTÁ ASSIM? PARE DE MOLHAR A POLTRONA!ela gritou, irritada. -Já disse que minha vida não te interessa. -VOCÊ ESTÁ MOLHANDO TUDO, SEU IMBECIL! -Pare de gritar, Granger! Mas que saco, acho que tenho todo direito de molhar minhas acomodações. – retorquiu ele, com um sorriso irônico. -Não se esqueça que você não é o único que está se “acomodando” aqui! -Infelizmente não, não é? Tem uma sangue-ruim aqui, pra sujar tudo... -É melhor você calar essa boca... – disse ela, apertando a varinha dentro das vestes. -Eu tenho todo direito de falar o quanto quiser. -Estupefaça! – gritou ela, apontando a varinha para ele. -Expelliarmus! – gritou ele, desviando do jorro vermelho de faíscas que saíram da varinha de Hermione. A varinha dela voou até ele. -SEU ATREVIDO! DEVOLVA, AGORA! -Silencio. Hermione se calou imediatamente.
-Nossa, que alívio. Sua voz estava me irritando. A boca da garota se abria, como se ela estivesse gritando, e se crispava de raiva. -Vamos brincar um pouquinho? – disse ele, empurrando ela contra a parede. Ela se debateu e o empurrou, mas ele era mais forte e não deu a mínima para ela. Ele conjurou cordas, que se amarraram no corpo dela, imobilizando-a. Ela chutou o ar, mas ele desviou. Ele se aproximou dela, a varinha apontando-a. Ele queria vê-la sofrer. Estava cansado de ser humilhado por ela. No ano passado, havia levado um tapa dela, pois estavam brigando muito naquela época. Então, sem pensar duas vezes, ele murmurou com a varinha ainda apontando ela: -Cruccio. Ela se debateu, sua expressão indicou que sentia a maior dor que já sentira. Ela já havia passado por aquilo antes, algumas vezes, mas não importava que fossem mil vezes, ela nunca se acostumaria. Naquela hora ela entendeu a razão de os pais de Neville terem enlouquecido por aquela Maldição. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Malfoy a observou sofrer, mas o feitiço parou. Ele sabia que um Crucciatus só funcionava quando o bruxo que o pratica tem prazer um ver o sofrimento. Ele estava com remorso de fazer sua maior inimiga (tirando Harry) sofrer? Ele podia estar enganado, mas quando a garota abaixou a cabeça, ele sentiu pena dela. Era óbvio que ele já tivera tempo até de desejar sua morte, mas embora ele tivesse falhado seriamente na tarefa de matar Alvo Dumbledore (ele só não fora expulso por que Alvo sabia que estava sendo obrigado á participar daquilo), jamais seria capaz de matá-la.
Hermione continuou de cabeça baixa, mas quando a ergueu, ele viu que estava chorando muito. Ele ficou encarando ela. Sua expressão era quase suplicante. Ele sabia que o feitiço do Silêncio já tinha acabado. Mas ela não ousava dizer uma palavra. Ele ficou constrangido, embora achasse que perto da Granger isso seria impossível. -Não conte para ninguém, ou farei muito mais que isso. Você sabe que sou capaz. – pediu ele. Ela não confirmou com a cabeça. -Granger? – ele disse, a olhando com os olhos levemente arregalados. Ela baixou a cabeça. Ele viu mais uma lágrima dela escorrer rapidamente e tocar o chão. Ele havia conseguido o que queria, mas porque já não queria mais aquilo? Malfoy fez as cordas sumirem e observou Hermione. Seu rosto estava todo molhado, parecia que por um momento ele desejara tanto que ela sofresse que o Cruccio foi muito, muito forte. Pela expressão dela, ele teve a impressão que ela preferia estar morta naquele momento. Ela abraçou os joelhos e enterrou a cabeça neles, chorando baixo. Ele já não estava mais tão molhado. Ele se lembrou do que o fez cair na água. Alguns Sonserinos que já não eram nem seus colegas o chamaram de “namorado da Granger”, o que o fez ficar extremamente irritado e dizer “Eu, namorar uma sangue-ruim?”. Tinha chovido aquele dia, e dando um passo para trás e um para o lado para evitar um “Estupefaça”, ele caiu numa enorme poça que mais parecia uma lagoa. Então teve que sentir raiva de Hermione, que não tinha praticamente nada a ver com aquilo. -Ah... – ele murmurou, mais envergonhado do que nunca. – Me perdoe, Her... – Malfoy lutou para dizer seu nome, já que praticamente só a chamava de “Sangue-ruim” ou “Granger”. – Hermione.
Ela levantou a cabeça lentamente. Ele foi até ela e colocou sua varinha ao lado dela. Ela colocou a cabeça nos joelhos e pegou a varinha, com a mão trêmula. Ele apertou os olhos e mordeu o lábio inferior, talvez um pouco arrependido. -E-eu.. Não v-vou te perdoar... – ela murmurou entre as lágrimas. -Por favor, Hermione, me perdoe... Já que eu nunca serei capaz disso... -Afaste-se de mim! – gritou ela, o fazendo ir para trás quase que num pulo de susto. Ela se levantou, foi até ele, ergueu o punho fechado e o socou no peito. -Hermione... -SEU CRETINO! COMO SE UMA VEZ NÃO BASTASSE, VOCÊ TEM QUE FAZER ISSO! – ela continuou gritando, não se importando de ele chamá-la pela primeira vez de Hermione. Ela gritava com lágrimas nos olhos e o empurrava, socando-o. -Me perdoe. – ele pediu novamente, segurando o pulso dela no ar, antes que desse um belo soco em seu peito. -Eu juro que se eu não fosse uma bruxa recatada eu usaria um Cruccio em você com todo prazer agora! – ela retorquiu, puxando os braços para que ele parasse de segurá-los. -Ora, Hermione... -PARE DE ME CHAMAR DE HERMIONE! NÃO DOU A VOCÊ ESSE MÉRITO! – e saiu, batendo os pés, até a escada do seu quarto. Mas antes que ela pisasse no primeiro degrau, ele pegou seus ombros e a virou. -Nem que eu tenha que implorar de joelhos, você tem que me perdoar! Ela franziu a testa, incrédula. -E como vai me obrigar? Me lançando mais tortura? -Claro que não.
-EU TE ODEIO, MALFOY! – gritou ela, saindo de perto dele. Ela bateu a porta com toda força possível. Sentou-se na cama, abraçou os joelhos e chorou. Malfoy bateu na porta, e gritou: -Abra, Hermione... Por favor! Ela não se importava de que ele estivesse sendo educado e a chamar pelo seu primeiro nome, pois há poucos minutos estava amarrando-a por cordas e a torturando. -SAIA DAÍ, EU NÃO VOU ABRIR. -Bombarda! – ele disse, fazendo a porta explodir. Passou pelos destroços sem se importar, e tranquilamente foi até ela. -NÃO ENCOSTE EM MIM! -Me diga o que eu tenho que fazer pra você me perdoar. -EU NUNCA VOU TE PERDOAR! – gritou ela, dando travesseiradas nele. -Vou repetir. O que eu tenho que fazer pra você me perdoar? Ela o encarou com a testa franzida de raiva. -Você fica bonita quando está com raiva, sabia? Hermione pegou o travesseiro e o bateu na cara dele. -Hermione! Eu não vou repetir DE NOVO. -PREFIRO QUE ME CHAME DE GRANGER MESMO! – disse ela, se levantando e pisando em cima do que restou da porta. Ela pegou a varinha e murmurou “Reparo”, fazendo os destroços se juntarem e deixando Malfoy lá dentro, sentado com cara de paisagem.
Capítulo 9 – A maior desculpa que ela já recebeu
Hermione se negou a entrar de novo na Sala Comunal dos monitoreschefes. Ela voltou a dormir no Dormitório das meninas da Grifinória, pois não queria nem olhar para Malfoy. Na saída da aula dupla de Poções, ela foi obrigada a sentar com ele novamente, mas nem encontrou seu olhar. -Hermione. – disse ele, quando ela ia em direção do Salão Comunal. -Que é? – ela finalmente olhou para seus olhos. -Vem comigo. Ela obedeceu, um pouco contrariada. Eles foram até a Sala Comunal dos Monitores, ele murmurou “Casca de barata” e o quadro se abriu. -Eu vou repetir pela última vez, o que você quer que eu faça pra você me perdoar? – perguntou ele, sentando-se na poltrona que um dia estava encharcada. Ela o encarou, séria. -Não faço idéia. -Eu te daria a maior desculpa que você já recebeu. -Não faço idéia! – repetiu, irritada. Ele a pegou pelos ombros e a apertou contra a parede. -Mas que di... – ela ia falar, mas nem pôde dizer, pois ele lhe tascou um beijo. Ela o empurrou e gritou: -VOCÊ PIROU? -Acho que sim. Não sei o que meu pai diria, mas acho que não importa. E voltou a beijá-la. Ele a beijava ferozmente, ela tentava empurrá-lo, sem sucesso. Esmurrava suas costas com os punhos apertados, mas ele não dava atenção á nada. Queria ela ali, apenas para ele, sem ninguém para atrapalhar. Ele a
imprensou contra a parede, embora ela mordesse seu ombro, com raiva. Ele parou por um instante de beijá-la, e ela lhe deu um belo chute nas canelas. Ele deu um gemido de dor e se afastou, deixando-a fugir. Não! Ele não podia deixar... Antes que ela pudesse abrir a porta e deixá-lo ali, totalmente sem palavras, ele puxou a manga de sua blusa e lhe deu um beijo que a pegou até na alma. -Não faça mais isso! – gritou ela, ofegante. -Mas pelo menos confesse que gostou! – retorquiu ele. -Porque eu iria gostar? – e saiu, batendo os pés. E tudo ficou claro. Era como se o sonho fosse mesmo um aviso. -Espera, Mione! – ele chamou, quando ela já ia sair. -SE VOCÊ NÃO PODE ME CHAMAR DE HERMIONE, MUITO MENOS POR UM APELIDO QUE SÓ AMIGOS USAM! – retorquiu, gritando. -Dá pra você ficar quieta? – ele se irritou. Apesar de não gostar da idéia, ela ficou em silêncio. Ele ficou observando-a. -O que você quer...? – ela falou. Ele não deu atenção á pergunta. -Porque eu fiz isso... – murmurou para si mesmo. -Viu, agora se arrependeu! Se você fizer isso mais uma vez na sua vida, vai se arrepender de ter nascido! – e finalmente pôde sair dali.