Androide

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Diciembre 2015


Autor: SASHA FAVORWV Web: sashafavorov.tumblr.com

CONCLAVE Edita Coordinación

Duendeverde Ágata Tripailaf Daniel Artiles Rodríguez

Colaboración

Lamarck Sergio Escribano Miguel Ángel Fecé Allué Pedro Suárez Ochoa Fritz, Eli, E.C.G. María Jesús Sánchez Gonzalez Ricardo Munguía Iñaki Campomanes Arensha

CONTACTO Página web Correo electrónico Redes sociales

www.duendeverdelit.wix.com/duende duendeverdelit@hotmail.com Duendeverde Fanzine


EDITORIAL Conexión androide.

CRÓNICAS SOLFERINAS Androide X-208, Crónicas desde el limbo.

PUZZLE DE POEMAS Quebrantahuesos, Sudor de androide, Instrucciones, Nefertiti está en camino.

EL TINTERO Casino, Insomnio, Dos amores tengo, Entrevista a Pedro Suárez Ochoa, Los cuerpos frios, Al otro lado del cine, Biblioteca cósmica.

LENGUA DE GATO Destornillador y Bebida inalámbrica.

RELATOS ASOMBROSOS Extremidades, Victoria, Sorpresa sintética, Historias de 1956.

NOPRETENDOQUEMENTIENDAS Productions

IC M CÓ

Perico te pico «Androide», Fragor, La chica de la bici, El enculadero.



El androide, la encarnación del miedo a un futuro alternativo en dónde las sensaciones, la ternura y el afecto se hallan fosilizados. Si el asesino es un esclavo de las emociones de su víctima, dos opciones son las que se presentan: un androide incapaz de matar, o bien, un suprasesino. A un androide se le crea para que cumpla tareas y considere a sus creadores como Dioses mandatarios de gratificaciones. Pero, ¿se puede manipular a un ser que carece de pulsiones? La mejor opción tal vez sea dotarle de instintos. ¿Nos verían los habitantesdelaprehistoriacomoandroides?



Cronista: Ágata Tripailaf

ZetaComb lanza al mercado su último modelo. Permite al usuario instalar en el intelecto sílico del androide una personalidad a medida. La interfaz cuántica desarrolla en el dispositivo lo que parecen ser “respuestas emocionales”. La alerta ha sonado en el pensamiento contracorriente, al considerar que tales logros sólo son posibles mediante una transferencia de conciencia, presuntamente humana, en el androide. Pero qué le ocurre al hombre que ha transferido su conciencia al mecanismo. ¿Personas cada vez más maquinizadas, máquinas cada vez más humanizadas?


Sanatarorio de Wuldt. Selva negra.

Cronista: Daniel Artiles Rodríguez

“En el limbo cohabitan los espíritus de los difuntos junto a los androides”, asegura, José Manuel Vallejo, Catedrático y profesor emérito en Psiquiatría e Ingeniería Robótica. En este aspecto, recrea balbuceante, cómo unos y otros establecen una guerra por arrancarse los miembros que les faltan o, simplemente, para identificarse más con la representación humana del caos. Es decir, que afirma haber estado en el limbo y presenta pruebas, no demasiado contundentes, contra la ciencia. En cambio, su alucinación no ha pasado desapercibida por el público en general. Recientemente, José Manuel Vallejo, figura destacada de las letras y la robótica, se encuentra alimentado por máquinas y da a conocer sus respuestas mediante el parpadeo de sus ojos. Remite dibujos y fotos en las que, según afirma su traductora cibernética, la guerra está en su vorágine contra el tiempo y la locura.




Quebrantahuesos Ágata Tripailaf

Ya veo que no veo con los ojos, quemados en el atardecer coagulado, por un Dios de rostro negro. Ya veo que confundo a las tortugas que caen del cielo con milagros artificiales. Ya veo, ¿qué? no veo nada, a veces confudo los ojos con las manos y poso sobre la tierra l a mi ra d a e n g u a n t a d a .


SUDOR DE ANDROIDE Daniel Artiles Rodríguez

M i e n t ra s l a s m á q u i n a s f u t u ri s t a s p e rs i s t e n e n m a n a r s a n g re d e A n d ro i d e un c a b a l l o a z ul p i n t a d o p o r F ra n z M a rc y u n a ru e d a i n c a n d e s c e n t e t om a l a s m á q ui na s s i g u i e n d o e l e s p í ri t u e rra n t e d e T i e m p o s M o d e rn o s .

A s í q ue , n o t e t o m e s t a n e n s e ri o l o s p a l í n d ro m o s y p e rm i t e q u e e l f u t u ri s m o a rro p e t u c u e rp o No temas ¡ oh, A m a z i g h! L a s a n g re d e l a s m á q u i n a s s o n e n t re m e s e s .


Puzzle de poemas

Franz Marc, Two Horses, 1913

Franz Marc, The Little Blue Horses, 1911

R o m p e l a p u e rt a d e l a v e n t a n a a c é rc a t e u n p o c o m á s ¿No ves la electricidad fluyendo? A c a s o e l a t ro p e l l o q u e s u f ri rá s b a j o l a v í a d e u n t re n o q ui z á s , e n p l e no v ue l o p u e d a d e s e a r s e r s ó l o u n a g o t a d e s a n g re m e z c l a d a c o n a c e i t e , m u g re d e l a s a l t a s t o rre s q u e h u m e a n f u e g o ¿ F u e g o e n l a s a l t a s t o rre s ? ¡ F u e g o e n l a s a l t a s t o rre s !


INSTRUCCIONES Lamarck

Mo. piense N y c re a . No piense, t e ng a f e . No piense, m e j o r c re a . No piense, m e j or t e ng a f e . A s í s on l a s cos a s , a s í , c o m o n o s o t ro s s e l a s c ont a m os . No piense, no l e a y t e ng a f e . No lea. No lea más que los diarios. No piense, no l e a y n o p re g u n t e m á s d e l a c u e n t a . C o j a l o s s i g n o s d e i n t e rro g a c i ó n y t i re c o n a m b a s m a n o s d e l o s e x t re m o s , h a s t a c o n s e g u i r u n a p e rf e c t a l í n e a re c t a .


Puzzle de poemas Y no l o ol v i d e . Ni piense, ni l e a , U s t e d , s o l o c re a , t od o l o q ue l e d e c i m os . Mapas de libertad

SASHA FAVORWV

Editorial Zoogrรกfico 2015


NEFERTITI ESTÁ EN CAMINO Sergio Escribano

Hay que arreglarlo todo para cuando vuelva Nefertiti, seguramente sigáis mirando una pantalla para que el tiempo pase y las tardes se deshagan en lisonjas que se pierden como flor que nace y nadie ve, salvo la muerte. Pero mientras Nefertiti se prepara para salir de su sarcófago dorado la muerte envejecida se despide lentamente de las hojas del arbusto de una plaza como si nadie la mirara. Sólo ella está expectante. Sólo ella camina lentamente por las noches como si recorriendo cada calle reviviera en su memoria, en La Peste u otras glorias. Y es que tal vez le quede todavía un coletazo a su melena blanca, a sus uñas largas y amarillas, ni siquiera ella lo sabe. Tal vez ese paseo sea su último trabajo con las manos, acariciarle las hojas a la vida, besar el aire, Nefertiti está en camino, ya no habrá que temer nada.


Puzzle de poemas

Fotografía: Heide Van Doren Betz — Localización: San Francisco, California.



No importa que algunos caminos l l e v e n a n i n g u n a p a rt e . H e i d o g ra b a d o c on un c uc hi l l o i nv i s i b l e t us i ni c i a l e s . No importa caminar a c om p a ña d a p or un e s p e j i s m o, e n t re h u e c o s i n n o m i n a b l e s . E l re f l e j o d e l o s ú l t i m o s p a s o s , i n d i c a rá n q u e t a l v e z , e n n i n g u n a p a rt e , p u e d a d e s f ra g m e n t a rt e . Ágata Tripailaf


Casino Ă­guez Daniel Artiles Rodr


Lunes, Martes, Miércoles, Jueves, Viernes, Sábado, Domingo. Y yo sin cerebro. Lunes, Martes, Miércoles, Jueves, Viernes, Sábado, Domingo. Y yo sin cerebro. Supongo que estarás en algun maletín azul. Lunes, Martes, Miércoles, Jueves... Tengo los ojos cerrados eternamente, por eso no distingo los dias y aquí, esperando al Lunes, Martes, Miércoles, Jueves, Viernes, Sábado y Domingo a que llegue ese maletín azúl o moriré.


Miguel Ángel Fecé Allué

I n te n to 2 , 3 1 4 d e l a n o c h e . Los s e rv o m o t o re s de l as c u a t ro extremidades, con una ligereza sin par, se a c t i v a n d o t a n d o m i c a rre ra d e u n a f l u i d e z q u e u n o rg a n i s m o b i o l ó g i c o s ó l o p o d rí a soñar. Ley Inorgánica 100/0010101 L a c a d e n a d e e n g ra n a j e s q u e re c o rre m i c u e rp o p e rm i t e a l c e n t ro d e p ro c e s a m i e n t o i n f o rm á t i c o , d o n d e re s i d e m i c o n c i e n c i a y c u y a c a rc a s a a s e m e j a u n a t e s t a , s u b i r y b a j a r e n u n m o v i m i e n t o a rm ó n i c o , a d e c u a d o a l o s p a s o s q u e , c a d a v e z m á s rá p i d o s , m e a c e rc a n a l a v a l l a d e m a d e ra b l a n c a . L a h i e rb a , d e u n v e rd e t a n i n t e n s o q u e s o l o p o d rí a s e r f a l s a , s e m e c e a l a rru l l o d e l v i e n t o b a j o u n c i e l o a z u l e l é c t ri c o s u rc a d o p or nub e s t uns g e na s q ue ha c e n j ue g o c on l a b ri l l a n t e f i b ra ó p t i c a q u e c u b re m i s t o b i l l o s e n a p re t a d o s b u c l e s n í v e o s .


C o n u n l e v e z u m b i d o , l o s a m o rt i g u a d o re s ce s a n el m ov i m i e nt o h o ri z o n t a l y t ra n s f o rm a n t o d a e s a e n e rg í a c i n é t i c a e n u n d e s p l a z a m i e n t o v e rt i c a l q u e , g u i a d o p o r l a i n e rc i a , m e h a c e t ra z a r u n a e l e g a n t e p a rá b o l a , s o b re v o l a r l a v a l l a y a t e rri z a r a l o t ro l a d o c o n g ra c i l i d a d . D e s p u é s d e u n p a r d e p a s o s , c o m p ro b a n d o q u e t o d o e s t é e n o rd e n , d e s c i e nd o con el l e ct or de a l i m e nt a c i ón ha s t a e l ni v e l d e l p a s t o a rt i f i c i a l y m a s t i c a nd o, a b s t ra i g o su c o n s c i e n c i a e n s e n c i l l o s p ro c e s o s l ó g i c o s . «Suspira, y vuelve a su cuerpo. No parece que mis esfuerzos hagan efecto. D e s d e l a úl t i m a a c t ua l i z a c i ón d e l s i s t e m a o p e ra t i v o , e l a n d ro i d e q u e s u e ñ a c o n m i g o a c a rre a u n p ro b l e m a c o n e l a rra n q u e a u t o m á t i c o d e l o s p ro c e s o s d e b a c k u p y d e s f ra g m e n t a c i ó n d e m e m o ri a . E n u n a a nt i g ua b a s e d e d a t os l e y ó q ue l os b í o s h a c í a n e s t a s c o s a s c u a n d o t e n í a n p ro b l e m a s a l a p a g a rs e t e m p o ra l m e n t e , o l o q u e e l l o s llaman, conciliar el sueño.» I n te n to 2 , 3 1 5 d e l a n o c h e . A l o l e j o s o t ra o v e j a e l e c t ró n i c a c o m i e n z a s u c a rre ra h a c i a l a c e rc a b l a n c a . . .


María Jesús Sánchez González Dos amores tengo y a los dos quiero por igual. Uno es cariñoso, dulce, sutil y zalamero. Con su existencia tranquila me observa, pendiente de cada sentimiento, capaz de reaccionar con la ternura necesaria en cada instante. Consuelo en el llanto, compañero en el juego, risa en la alegría y pilar fundamental en todo momento. Su cuerpo reacciona a cada caricia, su mirada responde con dulzura a cada palabra, todo en él es entrega, sentimiento y corazón. Cauteloso cuida de no herir mis sentimientos, y con paciencia y ternura responde a mis demandas sin protestas ni quejidos. Siempre fiel en la distancia y junto a mí. El otro es inteligencia, sagacidad, agilidad e independencia. Desde la lejanía observa con curiosidad todo lo que acontece, y con una asombrosa capacidad de respuesta, se adapta y reacciona siempre correctamente. Sin dudas, sin tapujos, directo y sincero, no parece temer ni tener en cuenta nada ajeno a su parecer. Su cuerpo, hermoso y perfecto, parece querer huir por instantes de mi contacto, su escrutadora mirada influye tanto sobre mí que sin querer pido perdón solo por el hecho de coexistir junto a él.


En tan solo unos segundos mi vida cambia, adaptándose siempre a uno y a otro amor. Parpadeo y veo cambiar el momento vivido por otro opuesto y, como no, lo acepto gustosa sintiendo la fragilidad del instante vivido y saboreándolo como si fuese el último a disfrutar. Dos amores tengo, en un solo corazón, mío por entrega, nunca por sumisión. Para mis gatos, todos y cada uno de ellos.

Gatos de poliuretano


El destripador del Orinoco nos muestra su rostro y define tanto su obra como forma de ser. ¿Por qué escribes? Yo escribo porque mi alma, mi mente y mi corazón tienen un intenso deseo de expresarse a través de la palabra escrita. Escribo porque deseo con todas mis fuerzas recuperar la gloria perdida de Ciudad Bolívar, antigua Angustura, ciudad que llegó a ser capital de Venezuela, ciudad donde atracaban los grandes buques que venían del Océano Atlántico, urbe que está “hermosamente condenada” a vivir para siempre al lado del majestuoso río Orinoco. Escribo para darle gloria a mi madre, Carmen Consuelo Ochoa Ron. Escribo para que mi gente de Ciudad Bolívar se sientan orgullosos de su tierra y también escribo para la “Urbanización El Perú”, lugar dónde yo nací y me crié y en donde he tejido mis más hermosos sueños. Escribo para caminar los corazones de los hombres y de las mujeres y para llegar al alma de la vida, pero también escribo para brindar entretenimiento, porque la lectura seguirá siendo la mejor forma de divertirse en momentos de ocio.


¿Por qué escribes sobre zombis? Porque me apasiona ese género, he disfrutado y disfruto de todo lo que se escriba acerca de zombis, disfruto mucho las películas, los videojuegos y los libros sobre esta temática, y bueno…de tanto haber dedicado horas a esta forma de entretenimiento me dije: ¿y por qué no hacer mi propia historia de zombis?. Así que me puse manos a la obra, y estoy creando “Orinoco Zombi, Cuando el Apocalipsis nos alcanzó”. Pero sí soy más específico, puedo decir que escribo sobre zombis porque este género literario lo tiene todo, o casi todo, se puede experimentar terror, aventura, suspenso, romance, drama, intriga, bélico, realismo mágico y otros. Y creo que a las personas les gusta mucho por eso, porque hay una gran gama de emociones diversas durante la lectura, y durante la escritura para el caso de los autores. ¿Crees que los no-muertos son una metáfora de la política en tu continente? Bueno, en mi caso no, quizás para otros autores, yo simplemente escribo por el placer que da escribir sobre este género por todas las emociones que mencioné en la pregunta anterior. Ahora, hay muchos expertos, sobre todo sociólogos y psicólogos que han dedicados horas al estudio sobre el por qué este género de la literatura es un fenómeno de ventas en la actualidad, llegando a superar el género de vampiros; pues bien, ellos afirman que los zombis son un reflejo de la decadencia de nuestra sociedad de consumo, dónde las personas se comportan como seres no pensantes (zombis) que desean devorarlo todo a través de las compras compulsivas. Estos profesionales también hablan sobre un deseo de violencia que tiene mucha gente dentro de si mismos, y a través de los zombis ellos pueden hacer uso de una “violencia justificada”, porque los zombis son seres despiadados, asesinos sin cuartel que nunca se cansan en busca de cerebros y carne fresca, y por tal razón, por ser


un peligro, se pueden matar sin remordimiento, aunque en realidad ya están muertos, así que no habrá sentimientos de culpabilidad. Hay más hipótesis de los especialistas con respecto al género zombis, pero yo prefiero pensar que escribo por las múltiples emociones que brinda este tipo de literatura. Tus obras son muy densas, aunque también practicas poesía. ¿Un género excluye al otro o pueden fusionarse literariamente? Que buena pregunta me has hecho Daniel. Pues sí, practico la poesía y debo confesar que me encanta, porque escribir un poema, ya sea en forma de prosa o con rimas, es la forma más pura para mostrar lo que dicta tu espíritu y tu corazón. Ahora, qué si un género excluye al otro, te diría un rotundo “no” y Shakespeare demostró que no son excluyentes, el construyó una obra muy densa a través de la poesía en su totalidad, fue algo épico sabes. Hoy conocemos esa obra como “Romeo y Julieta”. Tengo una novela titulada “Música del Más Allá”, es una historia de terror, romance y realismo mágico. Hubo momentos en cuando escribía esta historia que la poesía me salía de gratis, así que intenté escribir una parte en rimas, sin que perdiese coherencia la narración. Fue una grata experiencia, aunque solo lo hice en una pequeña parte de la obra; pero se demuestra que un género no excluya al otro, y de hecho, espero hacerlo con Orinoco Zombi, buscar un rinconcito de la novela y fusionar una poesía con la narración sin perder el hilo de la historia y hacerlo de manera levemente perceptible. ¿Eres devoto? Sí lo soy, creo en Dios Padre y en su Hijo Jesucristo. La religión es una parte importante de mi vida, aunque estoy lleno de imperfecciones, a diario cometo muchos errores que merecen el arrepentimiento; pero para eso estamos en esta escuela de la vida, para intentar ser mejores cada día.


¿Cuál es tu máxima aspiración literaria? ¿Por qué? Mi máxima aspiración literaria es lograr la inmortalidad de mis escritos, que ellos puedan trascender en el tiempo, formar parte de la historia, ser incluidos en la educación literaria, llegar a ser recordado como nuestros Don Arturo Uslar Pietri y Don Rómulo Gallegos; “¿por qué?”, porque ello ameritará dar lo mejor de mí, y manteniendo esa aspiración tendré en cuenta que cada palabra escrita que deje por allí se hará eterna. Y con la eternidad de mis escritos hacer inmortal a Ciudad Bolívar y a mi madre Carmen Consuelo. ¿Crees en el infierno? Sí, sí creo en el Infierno. Háblame de lo que estás escribiendo ahora? Ahora mismo estoy escribiendo Orinoco Zombi. Es una novela apocalíptica ambientada en Venezuela en un futuro cercano. En ella hablo sobre la última mutación del Ébola que se ha convertido en el EBOV­HK6, es un virus que se propaga más rápido que la Gripe Española y que le impide morir a los infectados, convirtiéndose en “exhumanos”. Durante esta historia intento describir como sería la situación en el mundo, en especial en Venezuela si llegase a ocurrir una pandemia apocalíptica, cómo se comportarían nuestros dirigentes políticos del Chavismo y de la Oposición, que haría nuestra población, que pasaría con los servicios públicos de agua potable, electricidad, internet, telefonía y otros. También muestro en la historia a una familia muy peculiar que dedicaron toda su vida a construir y preparar un refugio para un evento como este y a través de la descripción de este refugio intento enseñar a las personas sobre cómo prepararse ante un Apocalipsis. Pero la historia no se trata de enseñar nada más, sino que trato de llevar toda la gama de emociones posibles, convirtiéndose en una historia de mucha acción, terror y suspenso, ofrecerle al lector la sensación de estar viendo una película en la pantalla


¿Dónde se puede ver tu trabajo? Mis trabajos se pueden encontrar de manera gratuita en mi blog Orinoco Literatura y este es el link http://espantosdevenezuela.blogspot.com/ . También tengo algunas de mis novelas en Amazon pero en versión digital, solo se coloca Pedro Suárez Ochoa en el buscador de Amazon y aparece El Destripador del Orinoco, El Silbón ya no trabaja en los Llanos y Música del Más Allá; todas al costo más bajo posible. Pronto estaré subiendo a Amazon “Orinoco Zombi” con la finalidad de lograr fondos para una mejor edición por parte de profesionales al igual que con mis otras historias. su vida a construir y preparar un refugio para un evento como este y a través de la descripción de este refugio intento enseñar a las personas sobre cómo prepararse ante un Apocalipsis. Pero la historia no se trata de enseñar nada más, sino que trato de llevar toda la gama de emociones posibles, convirtiéndose en una historia de mucha acción, terror y suspenso, ofrecerle al lector la sensación de estar viendo una película en la pantalla grande, que puedan saltar en sus camas mientras leen, que puedan sentir en su imaginación cada milímetro de la obra y esto se está logrando, lo que ha traído una ventaja y desventaja. La ventaja es que el lector y la lectora le encanta la obra y la desventaja es, que como les gusta mucho, leen muy rápido, se beben completamente la historia y cómo yo publico esta novela en forma de serie en mi blog,

Entrevistador: Daniel Artiles Rodríguez

grande, que puedan saltar en sus camas mientras leen, que puedan sentir en su imaginación cada milímetro de la obra y esto se está logrando, lo que ha traído una ventaja y desventaja. La ventaja es que el lector y la lectora le encanta la obra y la desventaja es, que como les gusta mucho, leen muy rápido, se beben completamente la historia y cómo yo publico esta novela en forma de serie en mi blog, van más rápido de lo que escribo, pero al final es algo muy positivo, porque recibo una muy motivación por parte de ellos, que hace que le dedique más horas a escribir Orinoco Zombi.


van mรกs rรกpido de lo que escribo, pero al final es algo muy positivo, porque recibo una muy motivaciรณn por parte de ellos, que hace que le dedique mรกs horas a escribir Orinoco Zombi.


Ricardo Munguía

¿Por qué hay cuerpos fríos?

Entendemos que la idea de conducirse por la vida a través

de placebos y de normas que castigan, son una simple imagen del hombre en un estado de orden y yugo. La cultura, hasta cierto momento, ha podido detener las pulsiones agresivas del sujeto; teniéndose que adecuar con un principio de realidad. Por un lado entenderíamos los procesos normativos, y por otro, la reducción del sujeto a simples mecanismos pertenecientes a un organismo meramente institucional, perdiendo así la calidez humana. El poder ejercido sobre muchos por unos pocos, crea maquinas frías, especializadas en la producción, dando lugar, por medio de las ideologías, a seres humanos en serie, etiquetados y clasificados, listos para funcionar. El imaginario del hombre, simple y perfecto, está en la palabra. La fantasía de la medicina y la ciencia ha sido entender al hombre como una maquina biológica, sujeta a leyes universales que lo mantienen en un estado de idealización, proponiendo un modelo muy particular de estudio en donde el sujeto forma parte de un conjunto.


La mecanización del hombre, en el sentido ideológico más que en el físico, ha sido un fenómeno que se ha puesto en duda y se ha sondeado innumerables veces. Perdedores de la tibia desobediencia y la calurosa inadaptación que lo subvierten, para que no rompa filas en la fábrica fordista de hombres aluminio. Seres que están helados ante la falta de la nada. La condición del sujeto como una condena es inminente, se acepta la premisa de que la funcionalidad y eficacia del conductismo respondiente y operante se puede observar en la vida cotidiana como algo sencillo y productivo: nos hemos adaptado a la forma cruel y limitada de un organismo que se puede producir en un sistema y funcionar en un sociedad ideologizada. Te levantas por la mañana y realizas actos para los demás desde el momento en que tomas el peine y escoges tu vestido adecuado. Piensas en los días como si fuesen cubos a ser llenados de una productividad que, al final, ni siquiera es para ti. Sales a la calle, miras como las personas marchan al centro de la ciudad en dónde las espera lo que menos desearían encontrar. Invadidos por las cuentas, los gastos, las instituciones, números y dinero, dinero que comienza a olerte bien. Te preocupas por llegar temprano, pues ya tienes tu reforzador disfrazado de bono de puntualidad, para arrepentirte de comprar lo innecesario. Entras a la humeante empresa, quizá de cerebros en decadencia, miras la maquinaria, pesada, bruta, fría y muerta y te das cuenta, de que los hombres que operan están adheridos a ellas. Los brazos se unen con las palancas y los pies se atornillan a las plataformas. Los ojos brillan con la luz del metal y tu cansancio se escurre junto a las gotas de aceite o cualquier otro líquido en bruto, entonces te detienes, suspiras y te posicionas como un buen trabajador en su lugar.


Sobre la marcha te pones a soñar, pero el sonido de una vena de vapor te asusta y caes en seco. Sin saber cómo estás en frente de lo que habrás de mirar durante mucho tiempo. Ansías salir, creyendo que ahí acabará todo, pero recuerda: mañana entra a la hora de siempre. En el transporte colectivo subes pero olvidas saludar, no tienes ganas de hablar, sientes que es la última fuerza que te queda para poder existir, y, entre murmullos, escuchas a una mujer decir: - ¡No tiene educación! entonces, te enderezas, lanzas tu última bocanada de fuerza y saludas, sólo para que no piensen mal de lo que ni siquiera tienes en mente. Al día siguiente, el buen patrón contrata a un sujeto que se autodenomina psicólogo, parece un buen tipo, alegre, puede que gane más que tú. Convoca una reunión, quizás es mejor que seguir trabajando, así que decides ir. En la sala, el tipo saluda y te sientes bien. Cuando dice que somos la fuerza del trabajo te sientes útil y eficaz, te levanta el ánimo con su discurso de auto-superación, que no de revolución. De la única revolución de la que habla es de a cuántas revoluciones por minuto tiene que funcionar la máquina. Te dice que estás en el mejor lugar del mundo, con la mejor gente que te hayas podido topar. Todos juntos trabajando por el bien común, y en lo único que piensas es en si te van a descontar del sueldo un incentivo para pagarle a ese cabrón con manos de mujer. Ya al final, en contraposición, donde al principio estabas regio, te duermes ahora en su utopía de la miradas, posicionadas en ti. Te mira y piensa que eres un buen hombre, que estás a disposición de todos, utilitarismo puro. Al salir te das cuenta que dejaste olvidada tu vida. En un entorno donde obtienes una parte de lo que haces, te conduces a través de los demás, y, en cuanto a esa cosa llamada amor, sólo vas al mercado de los sentimientos para comprar una persona, es factible hacerlo, te mueves por estímulos y te confeccionas a partir de los reforzadores imperantes que observas en casa, la escuela, la oficina, las fiestas, en las parejas, la amistad y la vida.


DOM SEBASTIAM

Se busca un hombre libre, capaz de decidir sobre su tiempo y espacio, navegar sobre la oleada de gente con un barco de ideas para no ahogarse, se quiere un hombre que acepte la tragedia colectiva, que construya algo a partir de su deseo y acepte su incompletud y sepa que el vacío es algo que se puede llevar a cuestas. Que rechace la dominación y el deseo de ser conducido, dejando atrás paradigmas y etiquetas que solo limitan y castigan. Queremos encontrar hombres de los que broten lágrimas saladas y no aceite requemado, queremos hombres que parpadeen cada vez que el Sol les mire a los ojos, y no hombres que solo respondan a la luz de una pantalla de televisior. Queremos hombres que no olviden su voz y no hombres que miran a través del cristal. Queremos hombres capaces de preguntarse porqué las flores no pueden pasear por las montañas y no seres que unicamente hacen lo que está programado para el día de hoy.


Articulista: Fritz Robot Holocaust

Año: 1986 Duración: 79 min País: Estados Unidos Director: Tim Kincaid Guión: Tim Kincaid Fotografía: Arthur D. Marks Reparto: Norris Culf, Nadine Hartstein, Joel Von Ornsteiner, Jennifer Delora, Andrew Howarth, Angelika Jager Productora: Beyond Infinity, Faso Film, Taryn Productions Inc. Género: Ciencia ficción, Robots, Serie B Sinopsis: En el futuro, sobre las ruinas de la ciudad de Nueva York, la gente ha perdido el control sobre la Tierra después de la rebelión de los robots. Robots ultrasónicos y dotados de una inteligencia mayor que la de un humanoide común, controlan el mundo. La película hace honor a su nombre; puro holocausto estético que engancha solo a los amantes de la serie B más psicotrónica. Tan enchufados como estamos a las máquinas, merece un visionado diferente a otras propias de su subgénero, tales como Cortocircuito o Terminator.


Articulista: Wanda Short Circuit Año: 1986 Duración: 95 min País: Estados Unidos Director: John Badham Guión: S.S. Wilson & Brent Maddock Fotografía: Nick McLean Reparto: Steve Guttenberg, Ally Sheedy, Fisher Stevens, Austin Pendleton, G.W. Bailey, Brian McNamara Productora: TriStar Pictures Género: Ciencia ficción, Comedia, Robots, Cine familiar Sinopsis: Un investigador holgazán y su acompañante hindú forman parte de un programa de robótica especializado en matar. Uno de sus robots sufre una avería y no coopera simultáneamente con los otros robots de su serie. Huye, ya que el daño es casi irreparable: ahora siente miedo. Siente algo. Datos, datos, datos repite sin cesar y hasta se deja una cresta punk. Excelente título de mediados de los 80´.


Las tres leyes de la robótica Isaac Asimov Ningún robot causará daño a un ser humano o permitirá, con su inacción, que un ser humano resulte dañado. Todo robot obedecerá las órdenes recibidas de los seres humanos, excepto cuando esas órdenes puedan entrar en contradicción con la primera ley. Todo robot debe proteger su propia existencia, siempre y cuando esta protección no entre en contradicción con la primera o la segunda ley.

ROBOTPOEMA 6 Principio de indeterminación Juan-Jacobo Bajaralía Bacteria NN: Esa mosca nos está observando. Bacteria XX: El pensamiento también nos está observando. Bacteria ZZ: Aún no se hallaron el pensamiento y la mosca. (Comentario 1. Eso ocurrirá en la cabeza del hongo atómico). (Comentario 2. Uno es igual a sí mismo cuando la sombra no es igual a uno). Fonfongcreciticuáncongón Noncongticuancrecífongfón Imagen diacronicuántica final



P eri co An d ro i d e y F rag o r p o r F r i tz

L a c hi c a d e l a b i c i p o r E l i E l E n cu l ad ero b y E . C. G .


CÓMIC










L A C H I C A DE L A BI C I

QUÉ HAMBRE...

¡UNA ZANAHORIA!

ÑAM ÑAM ÑAM


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CHOFFF

ยกEL TORNILLO QUE HABร A PERDIDO!

Eli 015



by E.C.G


Bebida inalámbrica Compuesto revitalizante que utilizan los androides a partir de aceite destilado. Considerada como bebida espiritosa en la caterva robótica, este chupito embriaga incluso a la máquina más obsoleta. ¿Harto de que sus aparatos se "vuelvan locos"? Vigile que no estén bebiendo este elixir a escondidas.

Ingredientes: Un chupito de aceite de motor Un libro pulp Advertencia: El aceite de motor es un potente adictivo para las máquinas.

Receta de Ágata


Ingredientes: Un desatornillador Un vaso de mierda Aceite usado de maquiaria industrial

Consejo: Algunos reputados cocteleros aplican el martillo en caso de urgencia.

Se le conoce como Destornillador (también conocido como vodka naranja). Es un cóctel hecho a base de 1/3 de vodka y 2/3 de zumo de naranja. Otra forma muy común de tomarlo es agregando 1/3 de vodka, al que se le añade un refresco de sabor a naranja y un pequeño chorro de zumo natural de naranja. Es habitual servirlo con hielo en cubitos. Para los androides esta bebida resultaría perjudicial, por lo que optan en verter aceite en un vaso o copa y removerlo con un desatornillador.

El uso del martillo sólo es utilizado por los mayores profesionales de la libación androide. Pero, al machacar y destrozar las fuentes de energía más cercanas, le dan ese regusto a polución del infierno que tanto satisface a los paladares sin paladares más exigentes. Receta de Fritz




Por Ágata Tripailaf

Me llamo Héctor Pardo y trabajo en el turno de noche de una oficina de correos desde hace más de diez años. El primer estatuto dice: “cualquier transgresor de este código será destituido por un robot”. Desde hace unas semanas arrastro la terrible

necesidad

de

conocer

el

contenido de los envíos postales, siendo los que todavía aparecen escritos a mano los que más ansío. En ocasiones las letras del remite tararean mi nombre. Es, sin embargo,

una

correspondencia

en

particular la que perturba mis horas de sueño. Se infiltra en forma de pesadillas y colma mi mente con multitud de posibles resoluciones.


Tantos años cumpliendo el código, tantos años al servicio de la oficina de correos, tantos años tirados a la basura. Quiebras, fisuras; están por todas partes. También en los estatutos de mi empresa. La mayoría de detectives son androides, ellos saben detectar muy bien las mentiras pero no una verdad febril. Lo único que tendría que hacer sería esperar a que el remitente de las misivas desechase, por ejemplo, el periódico sobre el que hubiera escrito la carta y así poder, al fin, saber que misterios encierran esos sobres amarillos. No todas las noches se encuentra algo de valor en los desperdicios ajenos, sin embargo, aquella madrugada tenía la sensación de que hallaría algo a lo que atenerme. Me vestí de luto y esperé tras unos matorrales a que el remitente de las cartas saliese aquel viernes por la noche, como tenía asignado por el ayuntamiento, a depositar su bolsa de basura en el contenedor. Hice un poco de tiempo hasta que me sentí seguro para rescatar la bolsa, entonces me abalancé sobre la cubierta del basurero sacando a la luz aquel tesoro y lo guardé en el saco que uso para el trabajo. Llegué a mi apartamento en un suspiro.


Un par de brazos mecánicos fue lo primero y último que desembalé. Al fin estaban ante mí, relucientes pese a estar engrasadas, aquellas extremidades en forma de cuchillos requerirían de un gran sacrificio, así que esa misma noche cargué en Ópalo, mi empleada del hogar, una aplicación sobre implantes quirúrgicos de extremidades superiores. Tras la operación tardé varios días en despertar de la anestesia, tal como suele ocurrir en la primera intervención sustancial. Me sentía extraño, normal también en los primeros días, pudiendo llegar uno incluso a no reconocerse. Pasaron las semanas y la sensación no desaparecía. Por más que intentaba ponerlos en marcha, los tentáculos no seguían mis indicaciones y jamás pude escribir una sola de aquellas palabras que tantas veces el remite hubo de haber escrito en sus cartas con estos brazos que ahora me pertenecían. Grité, me retorcí y luego me tranquilicé. Le pedí con amabilidad una taza de té a Ópalo y mientras lo sorbía, tratando de dilucidar una decisión para zanjar de una vez la fosa en la que me había soterrado, supe que había tenido suficiente, así que empaqueté aquellos detestables brazos en el fondo más hondo del armario y volví a mis cartas. Quién sabe, tal vez encuentre otros brazos.


SASHA FAVORWV


Por Daniel Artiles Rodriguez

Recuerdo

aquellos días interminables

en el Mar de Bering. Recuerdo cruzar el mundo buscando algo que, pensándolo ahora, jamás hube de haber encontrado. En mis largas travesías leía a Bram Stoker, tenía en mi mente grabado todas las palabras: " ¡OH, Mina! he cruzado océanos de tiempo únicamente para conocerte. "


Más tarde cuándo el mar se secó, me retiré a la urbe y, desdichado de mi, asumí que la única forma de encontrarte y

amarte

se

hallaba

en

una

nueva

tecnología. Le dediqué muchas horas al alcohol,

y

degustaba

mi

caída,

mis

vómitos, mi severa disentería, postrado frente a la teletienda. En esa época era frecuente

observar

como

vendían

software de terror, horror y robots tejidos por las hilanderas de la corporación que había vaciado el mar.


Una de esas noches, consumido por la histeria, decidí encargarte a ti, Victoria, por teléfono, a ti, Victoria. Inevitablemente, me enamoré de ti, puesto que eras la mujer más bella y servicial que había imaginado en la vida. Todo cambió, a lo mejor, gracias a las gafas tridimensionales que venían de regalo contigo. Mi apartamento era una posibilidad, incluso algunos vecinos se quejaban por el mar olor. Pero tú, hacías tan bien el amor y estaba tan equivocado que nunca quise ver cómo eras, como cuando

viniste

embalada

y,

al

fin,

desempaqueté aquel regalo del infierno; aquellas gafas que me harían sentir tan feliz otrora. Los días para mi, desde aquel descubrimiento, dejaron de tener sentido cronológico Creí haber sobrepasado el trauma de haberte desenchufado cuando aún tenias esperanza de vida, mamá.


Ninguno de los dos albergaba ese fin tan funesto. Ninguno tuvo la culpa de aquel atropello a la razón y tu espíritu, replicaba

Victoria,

acariciándome

y

mostrando el edén de sus piernas que yo creí reales. No comía, sólo ingería alcohol para mantener viva a Victoria en mi mente. Aunque fuera mentira y tú estuvieras muerta y ella fuera un holograma, mamá.

SASHA FAVORWV


Nuevo Los Angeles, California. Verano 2150 Por Iñaki Campomanes

La mesa se hallaba en los postres, y el alcohol había corrido lo suficiente para que un trago más no tuviese ningún efecto en los quince hombres allí reunidos. Con los vasos golpeaban la mesa mientras cantaban una vieja canción de marineros aguerridos y solo temerosos de Dios. No importaba. No importaba nada. Las cosas iban bien en el frente, y la enésima guerra con el Sur se estaba ganando. Y el capitán Lee, uno de los artífices de esas victorias, admirado y temido por igual por sus camaradas, acababa de ser ascendido al rango de almirante. Eran hombres curtidos, en su gran mayoría, que no dudaron en destrozar

el

local

con

sus

phaser,

perseguir a las camareras que podrían ser

en


sus hijas, y en procurar decir el mayor número de palabras malsonantes en el menor tiempo posible. Eran hombres duros,

pervertidos

por

la

guerra,

el

alcohol, la WDW, y el incesante olor de la muerte. Porque cuando se ha estado a punto de perder la vida demasiadas veces, todo deja de tener sentido, menos la idea de sobrevivir una día más. No importa nada, solo tomar el siguiente trago, obtener la siguiente victoria, y presenciar

la

siguiente

muerte.

De

pronto, uno de los oficiales más jóvenes se levantó. Se sujetó a la mesa como pudo, y tambaleándose, exclamó: —¡Mi almirante, brindo por sus malditas victorias! ¡Que siga mandando al infierno a esa maldita escoria del Sur, y que

se

pudran

en

el

infierno

para

siempre! —Todos levantaron sus copas y gritaron, golpeando de nuevo la mesa con manos. El joven oficial continuó:


—Y ahora, almirante, tenemos el postre especial de la casa, que todo paladar delicado debería probar en este planeta, antes de terminar de consumirse en el fuego del infierno. ¡Traed la tarta! ¡Maldita sea, traedla ya! —gritó a las camareras. Estas se apresuraron a correr. Luego una gran puerta se abrió, y surgió un enorme pastel, de dos metros de altura, con el símbolo de la luna azul y el triángulo, que formaba parte del escudo del norte. El pastel, que se encontraba situado sobre una plataforma gravitatoria, se deslizó hasta lo alto de la mesa. Todos jalearon, y, de pronto, algo ocurrió: la tarta comenzó a abrirse, y a desintegrarse, y, de su interior, apareció lentamente lo que era, sin duda, el cuerpo de la mujer más perfecta que hubiesen soñado. Una música comenzó a sonar in crescendo, y las luces de la sala se apagaron, hasta dejarlo todo en penumbras. De pronto, el pastel desapareció de la mesa, y la joven mujer, surgida de su interior, comenzó a bailar desnuda. Primero, lentamente. Luego, con una cadencia cada vez mayor, y mayor, y todavía mayor, mientras la música crecía en intensidad. Los oficiales comenzaron a silbar a la figura femenina, y hacerle todo tipo de gestos obscenos, mientras ella seguía bailando, moviendo su negro cabello, y mirando a todos sonriente con sus ojos azules de fuego. Algunos empezaron a aullar, y otros gritaban y pateaban la mesa y las sillas, mientras otros vomitaban en la mesa, o perseguían de nuevo


a las jóvenes camareras, arrastrándolas por toda la sala, e intentando besarlas, y quitarles la ropa mientras sostenían una botella con la otra mano. Pero la joven del pastel no. Ella era intocable. Todos sabían que ella era un regalo para el almirante. Un regalo muy especial, para el mejor oficial de la Marina del Norte. Al cabo de unos segundos, el almirante se levantó, e hizo un gesto con las manos, ordenando silencio, y completamente serio. Todos se quedaron mudos. Entonces, el almirante miró a la joven, que había detenido el baile. Luego miró a sus camaradas, y gritó: —Muy bien, muchachos… ¡Ahora os vais a enterar de cómo se lo monta un almirante de la flota del Norte. ¡Vamos! —El almirante se levantó, sujetó a la joven del brazo, y se la llevó a empujones a las habitaciones del piso superior, abriendo la primera puerta de una patada, mientras abajo aplaudían y jaleaban, riendo y bebiendo como poseídos por una furia y un poder incontenibles. El almirante lanzó a la joven contra la cama, y esta quedó tendida, con las piernas cruzadas. —Te vas a enterar… —Dijo el almirante —. Te vas a enterar de cómo practica el sexo de forma magistral un oficial de la marina del Norte… —El almirante comenzó a quitarse la ropa, e intentó subirse a la cama. Lo único que consiguió fue trastabillar con los pantalones, y caerse al suelo. Quedó allí tirado, inconsciente, completamente borracho, mientras abajo los camaradas del almirante se iban de local haciendo un gran estruendo, no sin antes terminar de romper lo poco que quedaba en pie de aquel restaurante.


La joven se quedó un momento quieta, mirando al almirante. Luego dijo: —No va a hacer falta dormirlo. —Una voz se escuchó por un comunicador que solo la joven podía oír. —Mejor. No debemos dejar pruebas. Vamos, date prisa. Lo primero es conectar con la capa superior del tejido, en el lóbulo frontal. —La joven extendió un dedo, y de él surgió un delicado cable, mucho más fino que un cabello. El cable parecía tener vida propia, y se acercó a la nariz del almirante. Mientras, de un brazo de la joven surgió un dron, que se elevó inmediatamente para vigilar el acceso a la habitación. —Vamos, Sandra —dijo la voz—. Tienes que conectar con su memoria de largo plazo. —Estoy en ello —contestó la joven—. El pequeño cable se conectó al cerebro, y Sandra, que era el nombre de la joven, comenzó a recibir señales. —Creo que ya lo tengo. Su computadora está alojada en el cinturón… Sí. He encontrado el área de memoria del cerebro que controla las respuestas voluntarias. —Muy bien —dijo la voz—. Ahora, activa con una pequeña carga eléctrica el grupo de neuronas que activan la computadora. Sandra activó las neuronas motoras, y el almirante comenzó a moverse. En ese momento estaba siendo completamente controlado por la neurosonda bioeléctrica que Sandra había colocado en su interior. l almirante puso su mano sobre un pequeño dispositivo en su cinturón, que era en realidad una computadora personal de datos de cifrado cuántico, completamente inviolable.


Solo el sujeto poseedor de la computadora podía acceder, pero no bastaba su ADN y un escáner de su cuerpo; la computadora también registraba la voluntad del sujeto de acceder, y comparaba la firma mental de esa voluntad con una base de datos. Solo el sujeto poseedor de la computadora tiene la firma mental adecuada, porque cada mente es distinta. Si el individuo era coaccionado, la computadora no permitiría el acceso a sus datos. Pero Sandra estaba provocando de forma artificial esa voluntad, estimulando las sinapsis de las neuronas motoras y de la conciencia del almirante. La computadora se activó, y Sandra se conectó a la misma inmediatamente mediante otro enlace surgido de su dedo. En unos segundos, copió toda la información de la computadora, justo cuando alguien subía. Pudo verlo a través de las cámaras del dron. Lanzó un haz laser a los ojos de aquel hombre desde el mismo dron, lo cual lo dejó cegado unos instantes, cayendo por las escaleras. Inmediatamente, Sandra extrajo el cañón phaser de su otro brazo, mientras el dron volvía a su sitio en el brazo. Con el phaser voló una de las paredes, provocando un enorme agujero, por el que salió huyendo. Varios hombres que se habían rezagado intentaron detenerla, pero estaban completamente borrachos para una persecución, y un aerodeslizador la esperaba, con un joven sentado en un lado. Ella dio un salto, y el aerodeslizador desapareció en el cielo a toda velocidad. El almirante no se enteró de nada hasta el día siguiente. Ella ya estaba lejos, muy lejos, en Nueva Zelanda.


Sandra entregó los datos de la computadora al joven. En ellos se podía demostrar que el almirante, junto a otros hombres, había estado vendiendo armas de forma ilegal para distintos grupos militares de extrema derecha, los cuales realizaban tareas de hostigamiento a la población brutales

del e

Sur

mediante

ataques

indiscriminados.

Aquello

permitiría organizar un plan de acción contra el almirante. Pero ese ya no era su problema. Ella volvería a su trabajo. Hasta la siguiente llamada. Era solo otro día más de trabajo. Un día más de rutina para el androide de infiltración

y

combate,

simplemente, como Sandra.

conocida,



Por Arensha

-¿Eso es todo? -...se lo juro, señor. Un chorro de sangre le brotó con aun mas fuerza de la herida abierta de su ceja. Estaba aterrado y a punto de hacérselo encima. -Este cabrón se cree que nos vamos a tragar toda esa patraña sin pies ni cabeza, ¿Eh, detective Crow? - No pasa nada. Con aire socarrón encendió un cigarrillo y dió una gran y profunda calada. ¿Usted cree que le deberíamos dejar a solas con el Teniente Brown, para ver si le cuenta la misma película? -Si, ¿Por qué no? El

detective

Crow

y

el

agente

Pax

abandonaron la sala de interrogatorios que durante horas les sirvió de cámara de los horrores y fueron fieles verdugos con el único testigo que les podía ayudar en el caso.


El Teniente Brown tenía fama de no andarse por las ramas y tenía un alto porcentaje de confesiones que justificaba casi cualquier método. Lejos quedaban ya los titulares de aquella mujer a la que mató a golpes

porque

no

confesaba

lo

que

él

necesitaba. Era un hueso duro. Un alto mando sin escrúpulos y con una dudosa credibilidad, para muchos. Y la pesadilla no hizo mas que empezar. Abrió la puerta sonriente y una vez dentro, la cerró con llave. En silencio, examinó al joven que tenía enfrente. Veinte. Quizás veintitrés. Crow y Pax ya lo habían hecho entrar en materia. Con un ojo entrecerrado, la ropa y la cara salpicadas de sangre. Caminó

por

delante

de

el,

intentando

inquietar a quien ya estaba muerto de miedo. -Bien, chaval. Ésto funciona así. Tú me cuentas lo que quiero saber. La verdad. En todo

momento.

Contestarás

a

todas

mis

preguntas directamente. Yo te digo cuando hablas y cuando te callas. Si me mientes yo mismo me encargaré de enseñarte por qué no te conviene hacerlo. Si creo que me mientes… también. ¿He sido lo suficientemente claro? El chico asintió.


-¿Eres Dan Von Hendrik? -Sí -¿Que parentesco tenías con Jeff Von Hendrik? -Sobrino. -¿Desde cuando vivías con ellos? -Desde que salí del Hospital Saint Patrick, el catorce de agosto de 1956. Hace trece años. -¿Por qué vivías con ellos? -Tuvimos un accidente en el coche. Mis padres murieron. Estuve seis meses en coma. Al despertar, la única familia que me quedaba era el hermano de mi padre, Jefferson Von Hendrik, su mujer Suzanne y la pequeña Marie. - ¿Quien mató a Von Hendrik, Dann? -Marie. El primer puñetazo le hizo perder la visión durante algo más de un minuto. El segundo le hizo perder el sentido. Con la cara empapada en agua, y con Brown sujetándole la cabeza por el pelo, volvió malamente en sí. -Será mejor que empieces desde el principio. Brown encendió un cigarrillo y esperó, fingiendo una paciencia que no tenía, a que el chico pudiese empezar a recordar y a hablar. Estaba exhausto. Llevaba horas encerrado con dos tipejos que ya le habían dado una buena paliza y ahora, el Teniente con licencia para matar.


-Salí del Saint Patrick con diez años y sin padres. Mis tíos me recogieron y me trajeron a su casa. Marie aun no había nacido. Suzanne y Jeff nunca han tenido problemas de dinero, quizá porque vivían humildemente. Ella se pasaba el día en el jardín y en el invernadero de la parte trasera del caserón. Jeff, para contrarrestar, se pasaba las horas en el sótano, en el que intentaba fabricar mil cachibaches. Por las mañanas salía a rebuscar en los contenedores de obras en los que la gente arrojaba todo tipo de electrodomésticos y los desmontaba para llevarse a casa las piezas que podían serle útiles. En otras ocasiones se pasaba la tarde arreglando cacharros de los vecinos, que a sabiendas de su obsesión con las maquinarias, le llevaban cualquier trasto averiado. Él siempre conseguía arreglarlos. Sin excepción. Iba a la escuela por las mañanas y, las tardes, las pasaba con Jeff en el sótano; o con Suzanne, cuando estaba desanimada. Luego vino Marie, y se convirtió en mi hermana pequeña, los diez años que vivió. Y ahí fué… -¿Cómo fué la muerte de Marie? -Una tragedia. De noche, sin testigos ni rastro de nada. Alguien entró en la casa y la acuchilló doce veces. Escuchamos los gritos pero cuando llegamos no había nadie más que Marie… sobre la cama… desangrándose. No llegamos más que a acompañarla en sus


últimos momentos. Suzanne gritaba. Jeff contemplaba la escena incrédulo. Yo la cogí de su pequeña y todavía caliente mano y la apreté con fuerza. -Recuerdo aquel caso. No hubo ningún sospechoso. ¿Y después? -Después todo fue decadente. Suzanne no se levantaba de la cama y Jeff malvivía en el sótano. No arreglaba nada de nadie. No contestaban al teléfono. Se alimentaban a base de pan fresco y alguna mierda que comprase cualquier mercader que pasase a vender. Yo me dediqué a pasar el tiempo en el instituto y la biblioteca. Aquella escena de familia destruida era una basura comparada a la familia que yo recordaba. Faltaba Marie. Hace tres años Suzanne se suicidó. Se tiró por la ventana de la azotea. Y mejor así. Ella no hacía más que sufrir la pérdida de su hija y la pérdida de su marido, que seguía de cuerpo presente y de ausencia constante. -Y ¿Qué más? Tu sabes quien asesinó a Jeff, ¿Verdad? -Hace apenas un mes Jeff vino a buscarme como un loco al instituto. Que lo había conseguido. Que ya estaba. Que ésta no era como la otra. La otra se había llevado a Marie, pero que la había hecho volver. Y descubrí que definitivamente estaba loco de remate. Había hecho un robot. Una réplica de Marie. Exacta por delante. Con los engranajes


al aire por detrás. Podía andar, podía caminar con soltura. Pero detrás de Marie, había otro robot. Uno sin rostro. Uno con los ojos vacíos. Era todo tan siniestro. Tengo que admitir que me maravillé a la par que sentí miedo al ver una Marie de metal, después de tantos años. ¿Sabe? Es… es extraño. Maravillado, examiné al robot más rudimentario y menos detallado de atrás. Tenía los pies amarrados con unos grilletes a la pared. Examiné cables, tuercas. Había utilizado piezas de todas cuantas maquinitas había encontrado a lo largo de su vida, pero lo que más me llamó la atención fueron las manos descoloridas… más bien costrosas. Hubiera jurado que tenía sangre reseca en las justas de las manos metálicas. Ese robot mató a Marie y Jeff la había hecho volver. Sacudí las ideas y volví al instituto. La semana siguiente me concedieron la beca para irme a la universidad. Dejé a Jeff en el sótano hablando con Marie y con el androide de las manos manchadas. Él estaba contento. Salió a despedirme. Estaba feliz. Tres semanas mas tarde volví a la casa y encontré a Jeff acuchillado en la cama. Marie y el androide estaban en el sótano. Ambas manchadas de sangre. Y eso es todo lo que sé. -Te gusta arriesgar tu vida, ¿verdad? Otro puñetazo. Otro. Otro. Y una sucesión de golpes. -Eso es todo cuánto sé. Máteme si quiere.


O vaya a allí y compruébelo. Jeff lleva días muerto. La puerta se abrió dejando entrar una luz cegadora. Un agente, con cara de preocupación, llamó al Teniente Brown, que dejó de torturar a Dann durante el tiempo que estuvo fuera. -Voy a dejarte aquí. Y después te encerraré en un psiquiátrico. Maldita pandilla de majaderos. ¡Acabo de perder a uno de mis mejores detectives! Al parecer, después de lincharte, fueron en busca de tus amigos robots y ha muerto en el sótano. Pero tú no te saldrás con la tuya. -Vaya… ¿Y ese era el mejor? Le hubiera bastado con haberme creído. Nadie volvió a ver a Dann. Los periódicos no denuncian la ausencia de personas sin familia. Sin familia de carne y hueso.


Max Oppenheim



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