Doctor Who - Miniaturas Colecionáveis

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MINIATURAS COLECIONÁVEIS

EDIÇÃO

10

“DIA DA LUA”

O DÉCIMO PRIMEIRO DOUTOR

INIMIGOS DOS DALEKS

SILÊNCIO

30 DE ABRIL, 2011 OS VERDADEIROS REGENTES DA TERRA


BBC, DOCTOR WHO (word marks, logos and devices), TARDIS, DALEKS, CYBERMAN and K-9 (word marks and devices) are trade marks of the British Broadcasting Corporation and are used under licence. BBC logo © BBC 1996. Doctor Who logo © BBC 2015. Dalek image © BBC/ Terry Nation 1963. Cyberman image © BBC/Kit Pedler/ Gerry Davis 1966. K-9 image © BBC/Bob Baker/Dave Martin 1977. Licensed by BBC WW Ltd. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer forma ou meio, seja mecânico, eletrônico, por fotocópia, gravação etc., sem autorização por escrito dos editores. EAGLEMOSS DO BRASIL PUBLICAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO LTDA., Sociedade limitada. Al. Araguaia 2044, torre I, 5º andar, sala 505, Barueri, São Paulo, 06455-906. Inscrito na lista dos contribuintes nacionais sob o CNPJ / MF 11.566.617/0001-95. Diretora Geral: Cristina Zahar Diretor Financeiro: Carlos Eduardo Lerner Gerente Financeiro: Maurício Toquetti de Barros Auxiliar Financeira: Fernanda Ferreira da Silva Gerente de Operações: Robson Cerqueira Gerente de Marketing: Jessica Ramires Development Director: Maggie Calmels Editorial Manager: Ben Robinson Design Manager: Steve Scanlan Editors and writers: Neil Corry, Glenn Dakin Designer: Paul Chamberlain

PRODUÇÃO EDITORIAL: MYTHOS EDITORA LTDA. Editor-Chefe: Helcio de Carvalho Editora: Luciana Barrella Arte: Celso Pimentel Tradução: Rogerio Saladino & Fernando Chakur Revisão: Giácomo Leone & Melissa Correa DISTRIBUIÇÃO: FC Comercial e Distribuidora S.A. Estrada Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 – Jd. Belmonte CEP 06045-390 – Osasco/SP Manuseado e Embalado por PLASTOPACK ISBN: 978-85-8378-102-8 ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (11) 3512-9490. NÚMEROS ATRASADOS: Se perdeu algum número, você pode adquiri-lo pelo telefone (11) 3021-7403, pelo email info2@eaglemoss.com.br ou pelo site www.eaglemoss.com.br Atenção: O conteúdo das revistas, o preço praticado nas bancas e a periodicidade desta coleção podem sofrer alterações por imperativos técnicos alheios à editora. Ao colecionar pelas bancas, adquira os exemplares sempre no mesmo ponto de venda e reserve-os junto ao seu jornaleiro. Edições anteriores devem ser solicitadas em bancas e serão vendidas ao preço da última edição publicada. Ao fazer uma assinatura, os exemplares serão enviados ao seu endereço, sem custo adicional de entrega e com cobrança em cartão de crédito apenas do que for enviado. WWW.EAGLEMOSS.COM.BR/DRWHO

ÍNDICE

O Silêncio pode ser

3 A SUA MINIATURA

Como o roteirista Steven Moffat aumentou o fator medo quando os Silêncios apareceram no começo da sexta temporada.

ALTURA: 91 mm (tamanho real)

© 2015 Eaglemoss. Todos os direitos reservados.

E AINDA: o monstro mais assustador de todos!

8 UM MOMENTO NO TEMPO PARA A LUA E ALÉM

Nos bastidores de Doctor Who nos Estados Unidos nessa aventura em duas partes - e a volta de River Song.

12 50 anos de doctor who 1968

O lendário Nicholas Courtney aparece como o Coronel Lethbridge-Stewart e surge a chave de fenda sônica!

14 O UNIVERSO DE DOCTOR WHO OS INIMIGOS DOS DALEKS Na última checagem, todos os seres vivos do Universo são inimigos dos Daleks. Eles odeiam todo mundo!

18 MITOS E MISTÉRIOS SUAS PERGUNTAS RESPONDIDAS Por que o Doutor teve que morrer? E quem construiu a TARDIS?

19 OS RESPONSÁVEIS KIT PEDLER

Como o raciocínio avançado de uma pessoa levou à criação dos terríveis Cybermen.

Silêncio Por que Steven Moffat queria assustar um pouco mais a audiência de sábado à tarde...

MORTAL! O Doutor enfrenta um inimigo que você não se lembra mais assim que deixa de vê-lo. Como derrotar alguém assim?

A sua miniatura mostra um Silêncio na cena explosiva de Dia da Lua, na qual a criatura e seus companheiros atacam o Doutor e River Song no estranho “motor do tempo” dos Silêncios. Se não fosse o suficiente, no episódio também é mostrada uma versão futura do Doutor sendo morta por um tiro disparado por uma misteriosa figura com roupa de astronauta. D ia da Lua foi o segundo episódio da segunda temporada de Matt Smith como o Décimo Primeiro Doutor. Na temporada anterior, o espectador ficou sabendo que “o Silêncio vai cair” e agora eles encontram esse “Silêncio”, mas não sabem exatamente qual sua relação com essa previsão. Estaria relacionado com a morte do Doutor do Futuro? Teríamos de esperar mais 11 semanas para descobrir! A cena na qual o Doutor enfrenta o Silêncio com River Song é repleta de ironias. O Doutor e River estão protegendo um ao outro, mas River sabe que, em seu passado, matou o Doutor no futuro dele. É um conceito de virar a cabeça, mas comprovou que Doctor Who não tinha medo de tentar algo novo, e que nunca menosprezou sua audiência.

“Você deve MATAR TODOS NÓS assim que nos vir!” O Silêncio 3


BBC, DOCTOR WHO (word marks, logos and devices), TARDIS, DALEKS, CYBERMAN and K-9 (word marks and devices) are trade marks of the British Broadcasting Corporation and are used under licence. BBC logo © BBC 1996. Doctor Who logo © BBC 2015. Dalek image © BBC/ Terry Nation 1963. Cyberman image © BBC/Kit Pedler/ Gerry Davis 1966. K-9 image © BBC/Bob Baker/Dave Martin 1977. Licensed by BBC WW Ltd. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer forma ou meio, seja mecânico, eletrônico, por fotocópia, gravação etc., sem autorização por escrito dos editores. EAGLEMOSS DO BRASIL PUBLICAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO LTDA., Sociedade limitada. Al. Araguaia 2044, torre I, 5º andar, sala 505, Barueri, São Paulo, 06455-906. Inscrito na lista dos contribuintes nacionais sob o CNPJ / MF 11.566.617/0001-95. Diretora Geral: Cristina Zahar Diretor Financeiro: Carlos Eduardo Lerner Gerente Financeiro: Maurício Toquetti de Barros Auxiliar Financeira: Fernanda Ferreira da Silva Gerente de Operações: Robson Cerqueira Gerente de Marketing: Jessica Ramires Development Director: Maggie Calmels Editorial Manager: Ben Robinson Design Manager: Steve Scanlan Editors and writers: Neil Corry, Glenn Dakin Designer: Paul Chamberlain

PRODUÇÃO EDITORIAL: MYTHOS EDITORA LTDA. Editor-Chefe: Helcio de Carvalho Editora: Luciana Barrella Arte: Celso Pimentel Tradução: Rogerio Saladino & Fernando Chakur Revisão: Giácomo Leone & Melissa Correa DISTRIBUIÇÃO: FC Comercial e Distribuidora S.A. Estrada Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 – Jd. Belmonte CEP 06045-390 – Osasco/SP Manuseado e Embalado por PLASTOPACK ISBN: 978-85-8378-102-8 ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (11) 3512-9490. NÚMEROS ATRASADOS: Se perdeu algum número, você pode adquiri-lo pelo telefone (11) 3021-7403, pelo email info2@eaglemoss.com.br ou pelo site www.eaglemoss.com.br Atenção: O conteúdo das revistas, o preço praticado nas bancas e a periodicidade desta coleção podem sofrer alterações por imperativos técnicos alheios à editora. Ao colecionar pelas bancas, adquira os exemplares sempre no mesmo ponto de venda e reserve-os junto ao seu jornaleiro. Edições anteriores devem ser solicitadas em bancas e serão vendidas ao preço da última edição publicada. Ao fazer uma assinatura, os exemplares serão enviados ao seu endereço, sem custo adicional de entrega e com cobrança em cartão de crédito apenas do que for enviado. WWW.EAGLEMOSS.COM.BR/DRWHO

ÍNDICE

O Silêncio pode ser

3 A SUA MINIATURA

Como o roteirista Steven Moffat aumentou o fator medo quando os Silêncios apareceram no começo da sexta temporada.

ALTURA: 91 mm (tamanho real)

© 2015 Eaglemoss. Todos os direitos reservados.

E AINDA: o monstro mais assustador de todos!

8 UM MOMENTO NO TEMPO PARA A LUA E ALÉM

Nos bastidores de Doctor Who nos Estados Unidos nessa aventura em duas partes - e a volta de River Song.

12 50 anos de doctor who 1968

O lendário Nicholas Courtney aparece como o Coronel Lethbridge-Stewart e surge a chave de fenda sônica!

14 O UNIVERSO DE DOCTOR WHO OS INIMIGOS DOS DALEKS Na última checagem, todos os seres vivos do Universo são inimigos dos Daleks. Eles odeiam todo mundo!

18 MITOS E MISTÉRIOS SUAS PERGUNTAS RESPONDIDAS Por que o Doutor teve que morrer? E quem construiu a TARDIS?

19 OS RESPONSÁVEIS KIT PEDLER

Como o raciocínio avançado de uma pessoa levou à criação dos terríveis Cybermen.

Silêncio Por que Steven Moffat queria assustar um pouco mais a audiência de sábado à tarde...

MORTAL! O Doutor enfrenta um inimigo que você não se lembra mais assim que deixa de vê-lo. Como derrotar alguém assim?

A sua miniatura mostra um Silêncio na cena explosiva de Dia da Lua, na qual a criatura e seus companheiros atacam o Doutor e River Song no estranho “motor do tempo” dos Silêncios. Se não fosse o suficiente, no episódio também é mostrada uma versão futura do Doutor sendo morta por um tiro disparado por uma misteriosa figura com roupa de astronauta. D ia da Lua foi o segundo episódio da segunda temporada de Matt Smith como o Décimo Primeiro Doutor. Na temporada anterior, o espectador ficou sabendo que “o Silêncio vai cair” e agora eles encontram esse “Silêncio”, mas não sabem exatamente qual sua relação com essa previsão. Estaria relacionado com a morte do Doutor do Futuro? Teríamos de esperar mais 11 semanas para descobrir! A cena na qual o Doutor enfrenta o Silêncio com River Song é repleta de ironias. O Doutor e River estão protegendo um ao outro, mas River sabe que, em seu passado, matou o Doutor no futuro dele. É um conceito de virar a cabeça, mas comprovou que Doctor Who não tinha medo de tentar algo novo, e que nunca menosprezou sua audiência.

“Você deve MATAR TODOS NÓS assim que nos vir!” O Silêncio 3


A SUA MINIATURA

O SILÊNCIO

ROSTO

O Silêncio

Todos os Silêncios são idênticos, confirmando sua natureza alienígena. Nenhum deles recebe um nome, apesar de Marnix Van Den Broeke interpretar o Silêncio “principal”.

CABEÇA A máscara do Silêncio, feita de látex e espuma, assim como os dedos, foi equipada com uma bomba para que o cérebro pudesse pulsar. Esse efeito pôde ser obtido graças a um técnico da Millennium FX que assoprava em um tubo que saía da máscara.

Se você achou que os Anjos Chorões eram a criação mais assustadora de Steven Moffat, nada o prepararia para os sinistros Silêncios…

O

roteirista-chefe Steven Moffat pretendia que a temporada de 2011 de Doctor Who fosse a mais assustadora de todas. Ele foi buscar nas partes mais fundas e apavorantes de sua imaginação e se perguntou como poderia assustar ainda mais as pessoas, fazendo-as assistir à série “atrás do sofá”. Foram necessários os esforços colaborativos de Moffat dos gênios da Millennium FX e da equipe de efeitos sonoros para criar o monstro mais pavoroso da série. “Nós passamos por algumas ideias de como os visualizaríamos”, disse o diretor de O Astronauta Impossivel (The Impossible Astronaut) e Dia da Lua (Day of the Moon), Toby Haynes. “Achamos que eles poderiam ser um tipo de insetoide, compostos de vários insetos, ou alguma coisa assim.” “Eu queria sugerir que tudo que tínhamos era uma vaga memória dos Silêncios”, revelou Haynes ao Doctor Who Confidential. “Que nós os víssemos, mas os esquecêssemos, deixando um tipo de marca.” Neill Gorton e a equipe da Millennium FX buscaram inspiração para trabalhar a criação de Silêncio na série de obras ícones do movimento expressionista, do norueguês Edvard Munch, O grito (Skrik), 1893. Mas essa não foi a única arte na qual Gorton buscou inspiração - ele também colocou um pouco dos greys. Os greys (ou “cinzas”) são os supostos alienígenas cujas aparências são descritas em metade das aparições em encontros com extraterrestres nos Estados Unidos. Eles aparecem na cultura popular há mais de um século, quando O Homem daqui Um Milhão de Anos (Man of the Year Million), um artigo de H. G. Wells, foi publicado em 1893. Nele, Wells dizia que a humanidade tinha evoluído em pessoas pequenas, de pele cinza e com cabeça grande. Foi o jornal de 1965, com a notícia sobre a abdução de Betti e Barney Hill em New Hampshire, que tornou os greys famosos. Por que essas criaturas medonhas ainda não tinham aparecido em Doctor Who é uma surpresa, já que existem várias referências na ficção científica, em especial em Contatos Imediatos do Terceiro Grau (Close Encounters of the Third Kind, 1977) e a série de televisão Arquivo X (The X-Files).

4

DEDOS

CLOSE-UP “Arma” do dedo

Os Silêncios têm apenas quatro dedos em cada mão, que imitam as estranhas mãos dos lêmures aie-aie.

Olhos profundos Boca gritando

Gravata preta

Camisa cor clara surrada

A

Terno de “Homem de Preto”

Pernas finas e longas

miniatura representa um dos Silêncios como ele aparece no clímax de Dia da Lua, quando os Silêncios atacam a tripulação da TARDIS depois que o Doutor e seus amigos conseguem frustrar a ocupação secreta da Terra pelos Silêncios, que durou milênios. A cabeça do Silêncio tem sua boca aberta porque ele está gritando, quase em frustração, enquanto concentra a energia do ar ao seu redor, disparando-a por seu dedo do meio, mais longo que os demais. As criaturas podem fazer pouca coisa quando o Doutor usa sua chave de fenda sônica para proteger seus amigos, enquanto River Song acaba com cada uma delas. Ela destrói todas!

TERNO E GRAVATA APARÊNCIA GERAL O visual dos Silêncios foi baseado na série de pinturas do norueguês Edvard Munch, intitulada O grito (Skrik, 1893), e adaptado dos greys, alienígenas que supostamente têm abduzido pessoas por décadas.

Cada Silêncio usa uma variação de um terno humano, embora não seja explicado por que os Silêncios usam terno e gravata. Seus ternos contribuem com seu ar estranho: afinal o que é mais bizarro do que um alienígena num terno? O terno foi feito de algodão vitrificado, para proporcionar esse efeito encerado. E as camisas foram feitas especialmente para os Silêncios.

5


A SUA MINIATURA

O SILÊNCIO

ROSTO

O Silêncio

Todos os Silêncios são idênticos, confirmando sua natureza alienígena. Nenhum deles recebe um nome, apesar de Marnix Van Den Broeke interpretar o Silêncio “principal”.

CABEÇA A máscara do Silêncio, feita de látex e espuma, assim como os dedos, foi equipada com uma bomba para que o cérebro pudesse pulsar. Esse efeito pôde ser obtido graças a um técnico da Millennium FX que assoprava em um tubo que saía da máscara.

Se você achou que os Anjos Chorões eram a criação mais assustadora de Steven Moffat, nada o prepararia para os sinistros Silêncios…

O

roteirista-chefe Steven Moffat pretendia que a temporada de 2011 de Doctor Who fosse a mais assustadora de todas. Ele foi buscar nas partes mais fundas e apavorantes de sua imaginação e se perguntou como poderia assustar ainda mais as pessoas, fazendo-as assistir à série “atrás do sofá”. Foram necessários os esforços colaborativos de Moffat dos gênios da Millennium FX e da equipe de efeitos sonoros para criar o monstro mais pavoroso da série. “Nós passamos por algumas ideias de como os visualizaríamos”, disse o diretor de O Astronauta Impossivel (The Impossible Astronaut) e Dia da Lua (Day of the Moon), Toby Haynes. “Achamos que eles poderiam ser um tipo de insetoide, compostos de vários insetos, ou alguma coisa assim.” “Eu queria sugerir que tudo que tínhamos era uma vaga memória dos Silêncios”, revelou Haynes ao Doctor Who Confidential. “Que nós os víssemos, mas os esquecêssemos, deixando um tipo de marca.” Neill Gorton e a equipe da Millennium FX buscaram inspiração para trabalhar a criação de Silêncio na série de obras ícones do movimento expressionista, do norueguês Edvard Munch, O grito (Skrik), 1893. Mas essa não foi a única arte na qual Gorton buscou inspiração - ele também colocou um pouco dos greys. Os greys (ou “cinzas”) são os supostos alienígenas cujas aparências são descritas em metade das aparições em encontros com extraterrestres nos Estados Unidos. Eles aparecem na cultura popular há mais de um século, quando O Homem daqui Um Milhão de Anos (Man of the Year Million), um artigo de H. G. Wells, foi publicado em 1893. Nele, Wells dizia que a humanidade tinha evoluído em pessoas pequenas, de pele cinza e com cabeça grande. Foi o jornal de 1965, com a notícia sobre a abdução de Betti e Barney Hill em New Hampshire, que tornou os greys famosos. Por que essas criaturas medonhas ainda não tinham aparecido em Doctor Who é uma surpresa, já que existem várias referências na ficção científica, em especial em Contatos Imediatos do Terceiro Grau (Close Encounters of the Third Kind, 1977) e a série de televisão Arquivo X (The X-Files).

4

DEDOS

CLOSE-UP “Arma” do dedo

Os Silêncios têm apenas quatro dedos em cada mão, que imitam as estranhas mãos dos lêmures aie-aie.

Olhos profundos Boca gritando

Gravata preta

Camisa cor clara surrada

A

Terno de “Homem de Preto”

Pernas finas e longas

miniatura representa um dos Silêncios como ele aparece no clímax de Dia da Lua, quando os Silêncios atacam a tripulação da TARDIS depois que o Doutor e seus amigos conseguem frustrar a ocupação secreta da Terra pelos Silêncios, que durou milênios. A cabeça do Silêncio tem sua boca aberta porque ele está gritando, quase em frustração, enquanto concentra a energia do ar ao seu redor, disparando-a por seu dedo do meio, mais longo que os demais. As criaturas podem fazer pouca coisa quando o Doutor usa sua chave de fenda sônica para proteger seus amigos, enquanto River Song acaba com cada uma delas. Ela destrói todas!

TERNO E GRAVATA APARÊNCIA GERAL O visual dos Silêncios foi baseado na série de pinturas do norueguês Edvard Munch, intitulada O grito (Skrik, 1893), e adaptado dos greys, alienígenas que supostamente têm abduzido pessoas por décadas.

Cada Silêncio usa uma variação de um terno humano, embora não seja explicado por que os Silêncios usam terno e gravata. Seus ternos contribuem com seu ar estranho: afinal o que é mais bizarro do que um alienígena num terno? O terno foi feito de algodão vitrificado, para proporcionar esse efeito encerado. E as camisas foram feitas especialmente para os Silêncios.

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A SUA MINIATURA

O SILÊNCIO Combinar elementos da pintura e dos greys cabeçudos foi genial. Mas não o suficiente. Acredita-se que os greys sejam pequenos e o roteiro dizia que os Silêncios seriam mais altos que o Doutor e a Amy. Qualquer um que fosse mais alto que Matt Smith, com seus 1,81 metro, e Karen Gillan, com 1,80 metro, teria que ser bem alto! Então, Silêncios com pouco mais de dois metros foram criados. Gorton não queria que esses alienígenas parecessem poderosos ou musculosos, mas que fossem versões altas e magras dos greys. Levou uma estatueta de um deles para uma reunião e imediatamente recebeu autorização para continuar algo meio incomum. Falando para o The Brilliant Book of Doctor Who, Gorton afirmou: “Às vezes, nós temos um alienígena, mas não sabemos direito o que queremos, e gastamos semanas com várias ideias diferentes. Como os Silêncios eram bem descritos no roteiro, todos já tinham em mente uma boa imagem deles”. Uma das razões para os Silêncios usarem ternos simples é que os criadores dos monstros queriam dar mais destaque às suas cabeças. E os ternos da década de 1960 também proporcionavam uma combinação estranha com as cabeças bizarras saindo deles. “Steven escreveu que estariam usando ternos”, lembra

DESAFIO SILENCIOSO

Fica quente muito rápido debaixo das máscaras dos Silêncios. A ajuda está sempre por perto para refrescar os atores quando necessário.

Haynes. “Isso deu a eles um tipo de visual funesto. Eram grandes agentes funerários do espaço.” O ator holandês Marnix Van Den Broeke foi contratado para ser o principal intérprete dos Silêncios. Gorton e sua equipe queriam alguém alto e que também fosse gracioso. Com mais de dois metros e sendo bailarino, Van Den Broeke era perfeito. “Nós fizemos a cabeça a partir dele”, Gorton disse para o The Brilliant Book. “Ela vai cerca de 15 centímetros acima de sua cabeça. Os olhos do Silêncio estão mais ou menos na altura do topo da cabeça dele.” Apesar de existirem fendas na máscara, elas não estão bem alinhadas com os olhos do ator. Van Den Broeke e os outros atores ficam praticamente cegos quando usam as máscaras. Os atores precisavam de ajuda para chegar ao cenário. Mas, por usar bailarinos, a equipe conseguiu que os atores interpretando os Silêncios ficassem nos mesmos lugares no estúdio. O que foi perfeito

Iestyn Hampson-Jones, que se tornou um assistente de locação em Doctor Who desde que interpretou um dos sinistros Silêncios, lembra a experiência de usar a roupa: “Claro que tinha a cabeça, que é bem pesada. Então você coloca as luvas - as mãos -, que também são pesadas. É um bom exercício quando você está ali! A cabeça é a parte mais desconfortável. Você tem que respirar pelo seu nariz e não pela boca. Você não fica totalmente cego, mas tem que olhar principalmente para baixo. Nós sempre tínhamos alguém para nos guiar”. quando enfrentaram o Doutor e River Song no estranho cenário com o que poderia ser a TARDIS nos túneis embaixo da Flórida! A Millennium FX só produziu duas versões de cabeças dos Silêncios: uma com suas bocas fechadas e outra com suas bocas completamente abertas. Para a abertura das bocas, a equipe de produção confiou na The Mill, a empresa de efeitos especiais da série. “Usamos efeitos de computador para abrir as bocas e dar profundidade a elas”, conta o supervisor de efeitos visuais Murray Barber para o The Brilliant Book. O interior das bocas era para parecer com “o que acontece quando você suga um balão de aniversário e ele estoura… ele gruda na boca, ficando todo amarrotado”. Uma bomba foi usada para fazer o cérebro dos Silêncios inchar levemente, dando mais um toque de horror visceral aos monstros. Isso foi alcançado com um técnico da Millennium FX controlando uma bomba de ar, escondida das câmeras, enquanto a

O GRITO DE MUNCH

Os sapatos dos Silêncios são das lojas Clarks!

6

No roteiro de O Astronauta Impossível e Dia da Lua, Steven Moffat fez referência à famosa tela do norueguês Edvard Munch, O grito. Descrito como “um ícone da arte moderna, uma Mona Lisa do nosso tempo”, O grito é o nome dado a quatro versões de pinturas e pastéis, mostrando uma figura desesperada à frente, com suas mãos no rosto, olhos arregalados e boca aberta, com duas figuras indistintas ao fundo. Moffat sentiu que, no universo de Doctor Who, os Silêncios poderiam ter sido a inspiração para as pinturas.

Os Silêncios voltaram em O Casamento de River Song, e aqui estão os ensaios para quando os Silêncios escapam da Área 51, conduzidos por Marnix Van Den Broeke.

criatura era filmada. Mas o rosto não foi a única parte dos Silêncios que a Millennium FX fez. As estranhas mãos dos Silêncios, com um dedo maior, foram inspiradas nos lêmures aie-aie, que tem um dedo da mão muito mais comprido que os demais, usado para pegar cupins de buracos em árvores. De acordo com Neill Gorton, esse dedo de lêmure “tem uma aparência bem ossuda e assustadora [e] não parece coisa da Terra”. Se os Silêncios voltassem, seus dedos seriam algo em que o criador de monstros Gorton queria trabalhar mais. “Nós não conseguimos que ficassem ossudos o suficiente”, disse para o The Brilliant Book. “Eles ficaram legais, mas, se os fizermos novamente, faremos essas estranhas mãos compridas ainda mais assustadoras!” “Nós colocamos o grito neles quando matam alguém”, Haynes disse para o Monster Files no extra da sexta temporada de Doctor Who sobre o grito que consome a alma que ouvimos quando o Silêncio destrói Joy na Casa Branca. “Tudo bem que você não consiga lembrar deles e, eles estejam em todo lugar, mas precisavam de um superpoder que fosse apavorante, intimidador e horrível. Esses monstros matam tirando a energia estática ao seu redor e disparando-a num raio direto no coração da pessoa que desejam exterminar. E isso elimina a vítima da face da Terra.” Tem alguma coisa sobre os Silêncios, com seus olhos profundos que parece entrar na sua alma. Alguma coisa aterrorizadora e arrepiante. De todos os monstros que o Doutor enfrentou, a combinação da máscara feita pela Millennium FX, os efeitos computadorizados e a equipe de efeitos sonoros tornaram os Silêncios incrivelmente reais e horrendos. Não é de se admirar que tenham se tornado instantaneamente monstros clássicos da série. Quem sabe se não vão voltar um dia…

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A SUA MINIATURA

O SILÊNCIO Combinar elementos da pintura e dos greys cabeçudos foi genial. Mas não o suficiente. Acredita-se que os greys sejam pequenos e o roteiro dizia que os Silêncios seriam mais altos que o Doutor e a Amy. Qualquer um que fosse mais alto que Matt Smith, com seus 1,81 metro, e Karen Gillan, com 1,80 metro, teria que ser bem alto! Então, Silêncios com pouco mais de dois metros foram criados. Gorton não queria que esses alienígenas parecessem poderosos ou musculosos, mas que fossem versões altas e magras dos greys. Levou uma estatueta de um deles para uma reunião e imediatamente recebeu autorização para continuar algo meio incomum. Falando para o The Brilliant Book of Doctor Who, Gorton afirmou: “Às vezes, nós temos um alienígena, mas não sabemos direito o que queremos, e gastamos semanas com várias ideias diferentes. Como os Silêncios eram bem descritos no roteiro, todos já tinham em mente uma boa imagem deles”. Uma das razões para os Silêncios usarem ternos simples é que os criadores dos monstros queriam dar mais destaque às suas cabeças. E os ternos da década de 1960 também proporcionavam uma combinação estranha com as cabeças bizarras saindo deles. “Steven escreveu que estariam usando ternos”, lembra

DESAFIO SILENCIOSO

Fica quente muito rápido debaixo das máscaras dos Silêncios. A ajuda está sempre por perto para refrescar os atores quando necessário.

Haynes. “Isso deu a eles um tipo de visual funesto. Eram grandes agentes funerários do espaço.” O ator holandês Marnix Van Den Broeke foi contratado para ser o principal intérprete dos Silêncios. Gorton e sua equipe queriam alguém alto e que também fosse gracioso. Com mais de dois metros e sendo bailarino, Van Den Broeke era perfeito. “Nós fizemos a cabeça a partir dele”, Gorton disse para o The Brilliant Book. “Ela vai cerca de 15 centímetros acima de sua cabeça. Os olhos do Silêncio estão mais ou menos na altura do topo da cabeça dele.” Apesar de existirem fendas na máscara, elas não estão bem alinhadas com os olhos do ator. Van Den Broeke e os outros atores ficam praticamente cegos quando usam as máscaras. Os atores precisavam de ajuda para chegar ao cenário. Mas, por usar bailarinos, a equipe conseguiu que os atores interpretando os Silêncios ficassem nos mesmos lugares no estúdio. O que foi perfeito

Iestyn Hampson-Jones, que se tornou um assistente de locação em Doctor Who desde que interpretou um dos sinistros Silêncios, lembra a experiência de usar a roupa: “Claro que tinha a cabeça, que é bem pesada. Então você coloca as luvas - as mãos -, que também são pesadas. É um bom exercício quando você está ali! A cabeça é a parte mais desconfortável. Você tem que respirar pelo seu nariz e não pela boca. Você não fica totalmente cego, mas tem que olhar principalmente para baixo. Nós sempre tínhamos alguém para nos guiar”. quando enfrentaram o Doutor e River Song no estranho cenário com o que poderia ser a TARDIS nos túneis embaixo da Flórida! A Millennium FX só produziu duas versões de cabeças dos Silêncios: uma com suas bocas fechadas e outra com suas bocas completamente abertas. Para a abertura das bocas, a equipe de produção confiou na The Mill, a empresa de efeitos especiais da série. “Usamos efeitos de computador para abrir as bocas e dar profundidade a elas”, conta o supervisor de efeitos visuais Murray Barber para o The Brilliant Book. O interior das bocas era para parecer com “o que acontece quando você suga um balão de aniversário e ele estoura… ele gruda na boca, ficando todo amarrotado”. Uma bomba foi usada para fazer o cérebro dos Silêncios inchar levemente, dando mais um toque de horror visceral aos monstros. Isso foi alcançado com um técnico da Millennium FX controlando uma bomba de ar, escondida das câmeras, enquanto a

O GRITO DE MUNCH

Os sapatos dos Silêncios são das lojas Clarks!

6

No roteiro de O Astronauta Impossível e Dia da Lua, Steven Moffat fez referência à famosa tela do norueguês Edvard Munch, O grito. Descrito como “um ícone da arte moderna, uma Mona Lisa do nosso tempo”, O grito é o nome dado a quatro versões de pinturas e pastéis, mostrando uma figura desesperada à frente, com suas mãos no rosto, olhos arregalados e boca aberta, com duas figuras indistintas ao fundo. Moffat sentiu que, no universo de Doctor Who, os Silêncios poderiam ter sido a inspiração para as pinturas.

Os Silêncios voltaram em O Casamento de River Song, e aqui estão os ensaios para quando os Silêncios escapam da Área 51, conduzidos por Marnix Van Den Broeke.

criatura era filmada. Mas o rosto não foi a única parte dos Silêncios que a Millennium FX fez. As estranhas mãos dos Silêncios, com um dedo maior, foram inspiradas nos lêmures aie-aie, que tem um dedo da mão muito mais comprido que os demais, usado para pegar cupins de buracos em árvores. De acordo com Neill Gorton, esse dedo de lêmure “tem uma aparência bem ossuda e assustadora [e] não parece coisa da Terra”. Se os Silêncios voltassem, seus dedos seriam algo em que o criador de monstros Gorton queria trabalhar mais. “Nós não conseguimos que ficassem ossudos o suficiente”, disse para o The Brilliant Book. “Eles ficaram legais, mas, se os fizermos novamente, faremos essas estranhas mãos compridas ainda mais assustadoras!” “Nós colocamos o grito neles quando matam alguém”, Haynes disse para o Monster Files no extra da sexta temporada de Doctor Who sobre o grito que consome a alma que ouvimos quando o Silêncio destrói Joy na Casa Branca. “Tudo bem que você não consiga lembrar deles e, eles estejam em todo lugar, mas precisavam de um superpoder que fosse apavorante, intimidador e horrível. Esses monstros matam tirando a energia estática ao seu redor e disparando-a num raio direto no coração da pessoa que desejam exterminar. E isso elimina a vítima da face da Terra.” Tem alguma coisa sobre os Silêncios, com seus olhos profundos que parece entrar na sua alma. Alguma coisa aterrorizadora e arrepiante. De todos os monstros que o Doutor enfrentou, a combinação da máscara feita pela Millennium FX, os efeitos computadorizados e a equipe de efeitos sonoros tornaram os Silêncios incrivelmente reais e horrendos. Não é de se admirar que tenham se tornado instantaneamente monstros clássicos da série. Quem sabe se não vão voltar um dia…

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UM MOMENTO NO TEMPO

Dia da Lua Transmissão: 30/04/2011, canal BBC1 Roteiro: Steven Moffat Direção: Toby Haynes Produção: Marcus Wilson Elenco: Matt Smith como o Doutor, Karen Gillan como Amy Pond, Arthur Darvill como Rory Williams, Alex Kingston como River Song e Mark Sheppard como Canton Delaware

O QUE ACONTECEU? Passaram-se três meses depois do final de O Astronauta Impossível, e o Doutor e seus amigos embarcam numa missão impossível: encontrar uma raça de alienígenas que não pode ser lembrada quando a pessoa para de vê-los. O Doutor et all não sabem o que os alienígenas estão fazendo na Terra, mas sabem que eles estão em todos os lugares. E o que aconteceu com a garotinha na roupa de astronauta? Canton e Amy tentam encontrá-la, mas Amy é abduzida, apesar de Canton conseguir atirar em uma das criaturas. O Doutor descobre que esse é um dos Silêncios que está na Terra por milênios, controlando os humanos como fantoches. O Silêncio capturado provoca Canton, dizendo: “Você deve matar todos nós assim que nos vir!”, e isso é usado durante transmissão da Apolo 11, quando Neil Armstrong pisa na Lua. A sugestão pós-hipnótica condena todos os Silêncios na Terra. Seis meses depois, a garotinha que foi vista na roupa de astronauta revela para um mendigo que está morrendo, mas que pode consertar isso… e começa a se regenerar, tal qual um Senhor do Tempo…

River e o Doutor enfrentam os Silêncios juntos quando descobrem seu esconderijo subterrâneo.

O SILÊNCIO SE ERGUERÁ

O Silêncio se Erguerá

O astronauta impossível deixou uma grande marca na sexta temporada de Doctor Who.

O Astronauta Impossível levou o gosto de Steven Moffat por histórias com “enroscos temporais” a um novo nível. Dia da Lua tem muito para ser lembrado.

D

ia da Lua começa com alguém correndo e não parando até os créditos. Se você não perdeu o fôlego depois de uma aventura de 45 minutos, não estava prestando muita atenção. Tem de tudo aqui, começando com as incríveis vistas panorâmicas da zona rural dos Estados Unidos. “Ir para a América”, disse o produtor Marcus Wilson para o Doctor Who Confidential, “nos deu algo que não poderíamos recriar em Cardiff. São locações icônicas que o público reconhece dos filmes. Você vê a luz, o ambiente… você sabe que está na América. E é fabuloso ter isso em Doctor Who.” “A abertura do episódio dois é a mais empolgante que já fizemos para um episódio,” complementa Gillan. “Ela estoura na tela. Amy está correndo por sua vida no deserto. Basicamente, estou correndo para salvar minha vida!”

O motivo pelo qual Amy está correndo é que o ex-agente do FBI Canton Delaware está perseguindo ela, Rory e River Song durante três meses por todos os Estados Unidos, enquanto tentam encontrar provas de uma infiltração alienígena. A cena de Amy sendo perseguida por Canton e pelos jipes, foi a primeira cena com um membro do elenco a ser filmada nos Estados Unidos. “Mark Sheppard, que interpreta Canton, frequentemente é um cara mau na TV norte-americana. Então eu acho que ficou muito bom desse jeito”, Moffat contou ao Confidential com Gillan completando: “Foi uma cena muito divertida de se filmar, com todo aquele ‘Canton’ e ‘Srta. Pond’. [Canton] foi para o lado negro. Mas, então, você descobre que não era bem assim. Eu acho que, dramaticamente, foi muito legal que ele tenha sido malvado naquela cena”.

Karen Gillan recebe alguns toques finais em sua maquiagem quando se prepara para correr pelo deserto diante das câmeras, na abertura de O Dia da Lua. Mas onde esteve a verdadeira Amy por dois meses?

“Hoje é o dia em que a raça humana os expulsa deste planeta.” o doutor

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UM MOMENTO NO TEMPO

Dia da Lua Transmissão: 30/04/2011, canal BBC1 Roteiro: Steven Moffat Direção: Toby Haynes Produção: Marcus Wilson Elenco: Matt Smith como o Doutor, Karen Gillan como Amy Pond, Arthur Darvill como Rory Williams, Alex Kingston como River Song e Mark Sheppard como Canton Delaware

O QUE ACONTECEU? Passaram-se três meses depois do final de O Astronauta Impossível, e o Doutor e seus amigos embarcam numa missão impossível: encontrar uma raça de alienígenas que não pode ser lembrada quando a pessoa para de vê-los. O Doutor et all não sabem o que os alienígenas estão fazendo na Terra, mas sabem que eles estão em todos os lugares. E o que aconteceu com a garotinha na roupa de astronauta? Canton e Amy tentam encontrá-la, mas Amy é abduzida, apesar de Canton conseguir atirar em uma das criaturas. O Doutor descobre que esse é um dos Silêncios que está na Terra por milênios, controlando os humanos como fantoches. O Silêncio capturado provoca Canton, dizendo: “Você deve matar todos nós assim que nos vir!”, e isso é usado durante transmissão da Apolo 11, quando Neil Armstrong pisa na Lua. A sugestão pós-hipnótica condena todos os Silêncios na Terra. Seis meses depois, a garotinha que foi vista na roupa de astronauta revela para um mendigo que está morrendo, mas que pode consertar isso… e começa a se regenerar, tal qual um Senhor do Tempo…

River e o Doutor enfrentam os Silêncios juntos quando descobrem seu esconderijo subterrâneo.

O SILÊNCIO SE ERGUERÁ

O Silêncio se Erguerá

O astronauta impossível deixou uma grande marca na sexta temporada de Doctor Who.

O Astronauta Impossível levou o gosto de Steven Moffat por histórias com “enroscos temporais” a um novo nível. Dia da Lua tem muito para ser lembrado.

D

ia da Lua começa com alguém correndo e não parando até os créditos. Se você não perdeu o fôlego depois de uma aventura de 45 minutos, não estava prestando muita atenção. Tem de tudo aqui, começando com as incríveis vistas panorâmicas da zona rural dos Estados Unidos. “Ir para a América”, disse o produtor Marcus Wilson para o Doctor Who Confidential, “nos deu algo que não poderíamos recriar em Cardiff. São locações icônicas que o público reconhece dos filmes. Você vê a luz, o ambiente… você sabe que está na América. E é fabuloso ter isso em Doctor Who.” “A abertura do episódio dois é a mais empolgante que já fizemos para um episódio,” complementa Gillan. “Ela estoura na tela. Amy está correndo por sua vida no deserto. Basicamente, estou correndo para salvar minha vida!”

O motivo pelo qual Amy está correndo é que o ex-agente do FBI Canton Delaware está perseguindo ela, Rory e River Song durante três meses por todos os Estados Unidos, enquanto tentam encontrar provas de uma infiltração alienígena. A cena de Amy sendo perseguida por Canton e pelos jipes, foi a primeira cena com um membro do elenco a ser filmada nos Estados Unidos. “Mark Sheppard, que interpreta Canton, frequentemente é um cara mau na TV norte-americana. Então eu acho que ficou muito bom desse jeito”, Moffat contou ao Confidential com Gillan completando: “Foi uma cena muito divertida de se filmar, com todo aquele ‘Canton’ e ‘Srta. Pond’. [Canton] foi para o lado negro. Mas, então, você descobre que não era bem assim. Eu acho que, dramaticamente, foi muito legal que ele tenha sido malvado naquela cena”.

Karen Gillan recebe alguns toques finais em sua maquiagem quando se prepara para correr pelo deserto diante das câmeras, na abertura de O Dia da Lua. Mas onde esteve a verdadeira Amy por dois meses?

“Hoje é o dia em que a raça humana os expulsa deste planeta.” o doutor

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UM MOMENTO NO TEMPO

O agente do governo Canton Delaware III preparase para atirar em Amy Pond… será mesmo?

ENCONTRANDO A ÁREA 51 Canton, na verdade, está trabalhando com o Doutor, que está sendo mantido numa camisa de força na Área 51 por todo esse tempo; e até deixou crescer uma barba. Matt Smith revelou: “Isso me faz querer interpretar um tipo malvado, com a barba… e preso numa camisa de força”. A Área 51 é um hangar grande e antigo, em St. Athan, em Buckinghamshire. Ele foi aberto em 1938 para a Royal Air Force (Força Aérea Real). Nos tempos recentes, o lugar tornou-se a base da Defence Aircraft Repair Agency (Agência de Conserto para Aeronaves de Defesa). Os hangares do lugar já foram

O SILÊNCIO SE ERGUERÁ usados anteriormente para Doctor Who, em história que incluíam Exército de Fantasmas (Army of Ghosts), Dia do Juízo Final (Doomsday), O Som dos Tambores (The Sound of Drums) e Planeta dos Oods (Planet of the Ood) ealém de alguns episódios de Torchwood: Fora do Tempo (Out of Time), Dia Cinco (Day Five) e de Crianças da Terra (Children of Earth). “Era um lugar maravilhoso de se estar”, contou o designer de produção Michael Pickwoad. “Porque ele tinha um teto circular, é enorme e muito vazio, com um piso de concreto lustroso. Nós usamos o espaço vazio e colocamos uma sala estranha que foi construída bem no meio.”

DISTRAINDO RIVER A River Song de Alex Kingston é encurralada por Canton e seus homens em Nova York, no piso de um arranhacéu que está exposto para o mundo exterior. “Atrás de mim tem uma tela verde que será substituída pela imagem do horizonte de Nova York,” disse o diretor Tobey Haynes para Doctor Who Confidential durante as filmagens. “Lá, poderemos ver o prédio do Empire States, a baía mais adiante... vai parecer incrível. O vento é bem físico, dá a sensação de estar no alto mesmo.” Ao invés de ser presa, River decide saltar do prédio, dizendo que, “sempre tem um jeito de escapar”. Kingston deveria cair fora da cena e a dublê Jo McLaren é que faria o salto sobre caixas de papelão e acolchoados empilhados para que ela caísse em segurança. “A dublê só precisou fazer a manobra uma vez”, disse Kingston. “Porque ela a fez com perfeição, graças a Deus!”

Lenta e seguramente, o enigma de River Song está sendo desvendando, mas os episódios O Astronauta Impossível e O Dia da Lua não dão muitas pistas…

Sabemos que estão no cerne das rachaduras no tempo da [quinta temporada].” A primeira vez que o elenco normal viu os Silêncios foi quando os enfrentaram na familiar máquina do tempo em O Inquilino (The Lodger). Os atores quase cegos dos Silêncios foram levados até a filmagem por Bethan Kate Harris, Richard Marti e Becca Smith, integrantes da Millennium FX. Matt Smith anunciou: “Eles são incríveis! Olha só pra você! Uau! Um dos meus monstros favoritos! Definitivamente! Como faz para se respirar dentro disso? ‘Absurdo’?! Cara, que monstro legal! Que monstro!”. Karen Gillan estava igualmente impressionada, e disse para o Confidential: “Normalmente eu sou mais alta que os monstros, mas esses são mais intimidadores… e horrendos! Marnix [Van Den Broeke], que interpreta um dos Silêncios, estava incrível. Assim que entrou no cenário, estava lendo suas falas. Ele não estava fazendo a voz, mas estava no personagem. Era mais ou menos assim, [ela imita uma voz profunda] ‘AMEELIIIAAA!’”.

O LADO NEGRO “Esses são, de longe, os episódios mais sombrios que eu fiz e que já se tenha visto na série”, revelou Haynes, que é um fã da série desde sua infância e que dirigiu A Pandórica se Abre (The Pandorica Opens), a Grande Explosão (The Big Bang) e Um Conto de Natal (A Christmas Carol). “Eu adoro os episódios mais sombrios, como Pisque (Blink). É uma oportunidade de explorar territórios mais perigosos.” “Um dos grandes desafios foi introduzir os Silêncios”, lembra. “Já se falou sobre eles antes. Nós ouvimos suas vozes antes.

Amy está prestes a ter o maior choque da sua vida quando descobre o ninho dos Silêncios. Mas a coisa ainda vai piorar…

A CASA ASSOMBRADA Para aumentar a escuridão da coisa, na sequência vinha a cena arrepiante no orfanato em Greystark Hall. No prédio, tem um “ninho” de Silêncios e uma sala bem cuidada, onde Amy encontra uma foto dela com um bebê. “O lar para crianças abandonadas era para ser na Flórida”, diz Michael Pickwoad. “Nós tínhamos que encontrar um lugar grande e esquálido e tínhamos visto várias fotos de um lugar chamado Troy House.” Esse prédio em Mitchel Troy, Monmouth, tinha sido uma escola e um convento que data de 1680. O edifício tinha sido abandonado e, na época da filmagem, havia planos para que fosse transformado em prédios de apartamentos. “Era perfeito”, completou Pickwoad. “O estilo não estava errado. Poderia ser uma mansão estranha da Flórida. Com algumas palmeiras do lado de fora estaria perfeita. O interior era desolado, tinha uma escada maravilhosa, elegante, mas dilapidada.” “A atmosfera dava algo mais para a cena”, Gillan disse para Confidential. “Mas eu acho que isso sempre acontece. Você lê no papel e ensaia suas falas. Então você [vai a locação] e começa a sentir o local. Na Troy House, você realmente sentia alguma coisa assustadora e estranha.”

Filmar na assustadora Troy House, em Monmouth, contribuiu para as atuações de Karen Gillan e Mark Sheppard.

precisa usar muito a sua imaginação para atuar numa situação como aquela… você só olha para aquela queda imensa! Foi uma forma legal de terminar as filmagens na América.” A produtora executiva Beth Willis mal conseguia esperar pela filmagem nos Estados Unidos para chegar aos escritórios de Doctor Who: “Alguns dias depois de terminar as filmagens, eu, Steven e Piers [Wenger] estávamos perturbando o supervisor de pósprodução, telefonando para ele a cada dez minutos, perguntando: ‘Como está indo aí? A gente já pode ver?’. Ficamos roendo as unhas por dois dias. Quando as filmagens voltaram, sentamos e vimos e... ‘Uuuuau! Isso vai ser brilhante!’”.

O FIM DO DIA

Canton Delaware parece que tem o Doutor preso na Área 51, mas é tudo uma armação.

10

Olhar vago: Os Silêncios não são os monstros mais assustadores de Doctor Who?

A sequência final, filmada nos Estados Unidos, foi quando Rory emergia no topo da Represa de Glen Canyon. “Eu acho que a ambição da série é enorme”, Arthur Darvill disse para o Confidential. “Para conseguir chegar a uma locação onde tudo está ali para você… é simplesmente enorme.” A sequência onde Rory enfrenta três agentes do FBI não exigiu muita atuação de Darvill. “Tem uma cena onde eu olho para baixo [na borda da represa] e consigo ver Marcus [Wilson], o produtor, dizendo: ‘Não! Não!’, enquanto eu continuava correndo na direção dela. Você não

Roy (Arthur Darvill) fica assustado com as mensagens da mente de Amy. Acima: Kerry Shale como o perturbado Dr. Renfrew.

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UM MOMENTO NO TEMPO

O agente do governo Canton Delaware III preparase para atirar em Amy Pond… será mesmo?

ENCONTRANDO A ÁREA 51 Canton, na verdade, está trabalhando com o Doutor, que está sendo mantido numa camisa de força na Área 51 por todo esse tempo; e até deixou crescer uma barba. Matt Smith revelou: “Isso me faz querer interpretar um tipo malvado, com a barba… e preso numa camisa de força”. A Área 51 é um hangar grande e antigo, em St. Athan, em Buckinghamshire. Ele foi aberto em 1938 para a Royal Air Force (Força Aérea Real). Nos tempos recentes, o lugar tornou-se a base da Defence Aircraft Repair Agency (Agência de Conserto para Aeronaves de Defesa). Os hangares do lugar já foram

O SILÊNCIO SE ERGUERÁ usados anteriormente para Doctor Who, em história que incluíam Exército de Fantasmas (Army of Ghosts), Dia do Juízo Final (Doomsday), O Som dos Tambores (The Sound of Drums) e Planeta dos Oods (Planet of the Ood) ealém de alguns episódios de Torchwood: Fora do Tempo (Out of Time), Dia Cinco (Day Five) e de Crianças da Terra (Children of Earth). “Era um lugar maravilhoso de se estar”, contou o designer de produção Michael Pickwoad. “Porque ele tinha um teto circular, é enorme e muito vazio, com um piso de concreto lustroso. Nós usamos o espaço vazio e colocamos uma sala estranha que foi construída bem no meio.”

DISTRAINDO RIVER A River Song de Alex Kingston é encurralada por Canton e seus homens em Nova York, no piso de um arranhacéu que está exposto para o mundo exterior. “Atrás de mim tem uma tela verde que será substituída pela imagem do horizonte de Nova York,” disse o diretor Tobey Haynes para Doctor Who Confidential durante as filmagens. “Lá, poderemos ver o prédio do Empire States, a baía mais adiante... vai parecer incrível. O vento é bem físico, dá a sensação de estar no alto mesmo.” Ao invés de ser presa, River decide saltar do prédio, dizendo que, “sempre tem um jeito de escapar”. Kingston deveria cair fora da cena e a dublê Jo McLaren é que faria o salto sobre caixas de papelão e acolchoados empilhados para que ela caísse em segurança. “A dublê só precisou fazer a manobra uma vez”, disse Kingston. “Porque ela a fez com perfeição, graças a Deus!”

Lenta e seguramente, o enigma de River Song está sendo desvendando, mas os episódios O Astronauta Impossível e O Dia da Lua não dão muitas pistas…

Sabemos que estão no cerne das rachaduras no tempo da [quinta temporada].” A primeira vez que o elenco normal viu os Silêncios foi quando os enfrentaram na familiar máquina do tempo em O Inquilino (The Lodger). Os atores quase cegos dos Silêncios foram levados até a filmagem por Bethan Kate Harris, Richard Marti e Becca Smith, integrantes da Millennium FX. Matt Smith anunciou: “Eles são incríveis! Olha só pra você! Uau! Um dos meus monstros favoritos! Definitivamente! Como faz para se respirar dentro disso? ‘Absurdo’?! Cara, que monstro legal! Que monstro!”. Karen Gillan estava igualmente impressionada, e disse para o Confidential: “Normalmente eu sou mais alta que os monstros, mas esses são mais intimidadores… e horrendos! Marnix [Van Den Broeke], que interpreta um dos Silêncios, estava incrível. Assim que entrou no cenário, estava lendo suas falas. Ele não estava fazendo a voz, mas estava no personagem. Era mais ou menos assim, [ela imita uma voz profunda] ‘AMEELIIIAAA!’”.

O LADO NEGRO “Esses são, de longe, os episódios mais sombrios que eu fiz e que já se tenha visto na série”, revelou Haynes, que é um fã da série desde sua infância e que dirigiu A Pandórica se Abre (The Pandorica Opens), a Grande Explosão (The Big Bang) e Um Conto de Natal (A Christmas Carol). “Eu adoro os episódios mais sombrios, como Pisque (Blink). É uma oportunidade de explorar territórios mais perigosos.” “Um dos grandes desafios foi introduzir os Silêncios”, lembra. “Já se falou sobre eles antes. Nós ouvimos suas vozes antes.

Amy está prestes a ter o maior choque da sua vida quando descobre o ninho dos Silêncios. Mas a coisa ainda vai piorar…

A CASA ASSOMBRADA Para aumentar a escuridão da coisa, na sequência vinha a cena arrepiante no orfanato em Greystark Hall. No prédio, tem um “ninho” de Silêncios e uma sala bem cuidada, onde Amy encontra uma foto dela com um bebê. “O lar para crianças abandonadas era para ser na Flórida”, diz Michael Pickwoad. “Nós tínhamos que encontrar um lugar grande e esquálido e tínhamos visto várias fotos de um lugar chamado Troy House.” Esse prédio em Mitchel Troy, Monmouth, tinha sido uma escola e um convento que data de 1680. O edifício tinha sido abandonado e, na época da filmagem, havia planos para que fosse transformado em prédios de apartamentos. “Era perfeito”, completou Pickwoad. “O estilo não estava errado. Poderia ser uma mansão estranha da Flórida. Com algumas palmeiras do lado de fora estaria perfeita. O interior era desolado, tinha uma escada maravilhosa, elegante, mas dilapidada.” “A atmosfera dava algo mais para a cena”, Gillan disse para Confidential. “Mas eu acho que isso sempre acontece. Você lê no papel e ensaia suas falas. Então você [vai a locação] e começa a sentir o local. Na Troy House, você realmente sentia alguma coisa assustadora e estranha.”

Filmar na assustadora Troy House, em Monmouth, contribuiu para as atuações de Karen Gillan e Mark Sheppard.

precisa usar muito a sua imaginação para atuar numa situação como aquela… você só olha para aquela queda imensa! Foi uma forma legal de terminar as filmagens na América.” A produtora executiva Beth Willis mal conseguia esperar pela filmagem nos Estados Unidos para chegar aos escritórios de Doctor Who: “Alguns dias depois de terminar as filmagens, eu, Steven e Piers [Wenger] estávamos perturbando o supervisor de pósprodução, telefonando para ele a cada dez minutos, perguntando: ‘Como está indo aí? A gente já pode ver?’. Ficamos roendo as unhas por dois dias. Quando as filmagens voltaram, sentamos e vimos e... ‘Uuuuau! Isso vai ser brilhante!’”.

O FIM DO DIA

Canton Delaware parece que tem o Doutor preso na Área 51, mas é tudo uma armação.

10

Olhar vago: Os Silêncios não são os monstros mais assustadores de Doctor Who?

A sequência final, filmada nos Estados Unidos, foi quando Rory emergia no topo da Represa de Glen Canyon. “Eu acho que a ambição da série é enorme”, Arthur Darvill disse para o Confidential. “Para conseguir chegar a uma locação onde tudo está ali para você… é simplesmente enorme.” A sequência onde Rory enfrenta três agentes do FBI não exigiu muita atuação de Darvill. “Tem uma cena onde eu olho para baixo [na borda da represa] e consigo ver Marcus [Wilson], o produtor, dizendo: ‘Não! Não!’, enquanto eu continuava correndo na direção dela. Você não

Roy (Arthur Darvill) fica assustado com as mensagens da mente de Amy. Acima: Kerry Shale como o perturbado Dr. Renfrew.

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1968 50 ANOS DE DOCTOR WHO

1968

O MUNDO EM 1968 O novo Ford Escort, disponível no mercado desde 1967, faz sua estreia na exposição Motor Show de Bruxelas (Bélgica), em 17 de janeiro. O carro é tão popular que continuou sendo fabricado até julho de 2000.

O filme 2001: uma Odisseia no Espaço foi lançado em 2 de abril. O diretor Stanley Kubrick estava fascinado com a ideia de alienígenas e fez “o proverbial bom filme de ficção científica”.

O ativista de direitos civis Martin Luther King Jr. é assassinado em Memphis, Tennessee, em 4 de abril. Sua morte causou manifestações por todos os Estados Unidos. O legado de seu trabalho para os pobres, contra a guerra e a discriminação, está vivo até hoje.

Os Irmãos Krays, Ronnie e Reggie, são presos em 8 de maio por crimes que incluem chantagem, agressão e assassinato. Em 1969, foram condenados a (pelo menos) 30 anos.

Catherine Tate nasce em 12 de maio. A atriz tornou-se famosa com The Catherine Tate Show em 2004, apesar de trabalhar com comédia desde os meados da década de 1990. Também interpretou a maravilhosa Donna Noble.

Mulheres que trabalhavam com máquinas de costura na fábrica de Ford Dagenham entram em greve no dia 7 de junho, exigindo serem consideradas como “parte significante na história da luta por pagamentos iguais”.

JANEIRO – JUNHO

Cybermen secretos, uma história dos Guerreiros do Gelo congelada no tempo, Iétis desmaiando e a estreia do Brigadeiro. Isso só no primeiro semestre! 2 DE FEVEREIRO SENHORES DO PLANETA VERMELHO

OS ESTRANHOS QUARKS 2 DE JANEIRO

Tentando criar outro monstro com o mesmo potencial de merchandising que os superpopulares Daleks, a equipe de produção de Doctor Who pediu que a dupla de roteiristas Mervyn Haisman e Henry Lincoln criasse uma nova raça de robôs. Os Quarks foram prontamente criados, mas a aventura em que apareciam - Os Dominadores (The Dominators) - não ficou muito popular. E eles nunca reapareceram na TV, apesar de os robôs barulhentos terem feito uma transição com sucesso para TV Comic.

FINAL DE JANEIRO A CHEGADA DE ZOE Em contraste com Victoria, a próxima companheira da TARDIS é do futuro da Terra - não do passado - e frequentemente mais esperta que o Doutor! Uma bibliotecária da Estação Espacial W3, que é atacada pelos Cybermen, a inteligente garota entra como clandestina na TARDIS quando a vida no futuro parece estar agonizando. O papel foi oferecido para Pauline Collins, que o recusou. Então Fraser Hines indicou sua namorada, Susan George. Mas Wendy Padbury acabou assumindo, conhecida por sua interpretação no programa da ITV, Crossroads. Ela é apresentada em 14 de março.

12

27 DE JANEIRO UMA NOVA LENDA Nicholas Courtney se junta à gravação de A Teia do Medo (The Web of Fear), do episódio Três em diante, como o Coronel Alistair Gordon Lethbridge-Stewart e inicia sua associação com Doctor Who - que durou até o episódio Inimigo dos Bane (Enemy of the Bane), da série As Aventuras de Sarah Jane, em 2008.

VERITY LAMBERT

Com o sucesso de Os Guerreiros de Gelo (The Ice Warriors), levou apenas seis semanas para que a equipe de produção de Doctor Who tentasse capitalizar com o sucesso dos “grandes homens verdes de Marte”. O roteirista Brian Hayles recebeu a encomenda de redigir uma nova história dos Guerreiros de Gelo, por meio da qual pretendia voltar até os primórdios da raça. Mas, no final de maio, a história foi descartada. No entanto, os espectadores veriam a volta dos Guerreiros de Gelo no ano seguinte, em As Sementes da Morte (The Seeds of Death).

4 DE FEVEREIRO SUPERSÔNICO O responsável pelos efeitos especiais, Peter Day, fez a primeira chave de fenda sônica, sendo revelada discretamente ao mundo durante as filmagens de Fúria das Profundezas (Fury from the Deep). O objeto não é nada além de uma lanterninha constantemente derrubada pelo trêmulo Patrick Troughton, que estava com muito frio no local das filmagens.

Imagens: Magic Car Pics, Rex Features/© MGM, Getty Images/Hulton Archive

17 DE FEVEREIRO VIDA DE MONSTRO Na filmagem de A Teia do Medo, um dos operadores dos Iétis desmaiou durante a batalha e John Levene – que se tornaria famoso como o Sargento Benton –, também operava um dos Iéti conseguiu sair da cena rastejando e tirou de lá o operador inconsciente.

23 DE FEVEREIRO BONS SONHOS? Anos antes de Senhor dos Sonhos (Dream Lord), foi encomendado a Paul Wheeler o rascunho de uma história em quatro partes que ele chamou de The Dreamspinner (Tecedor de Sonhos), sobre alguém com o poder de fazer os outros acreditarem que seus sonhos eram reais. A equipe não gostou do roteiro para a parte um, que foi descartado.

A INVASÃO SECRETA 6 DE MAIO Quando A Fonte no Espaço (The Wheel in Space) estava em pré-produção, Peter Bryant, o produtor, pediu para Kit Pedler outra história com suas cocriações, os Cybermen. Sendo originalmente uma história em seis partes, quando The Dreamspinner foi descartada, a quinta aventura dos Cybermen foi expandida. Chamada A Invasão (The Invasion) e para manter em segredo o retorno dos monstros com um novo visual, a aventura épica tinha oito episódios, tornando-se a aventura mais longa desde O Grande Plano dos Daleks (The Dalek’s Master Plan, 1965).

20 DE MAIO UMA ARMADILHA PARA HOLMES Robert Holmes, que deixaria uma marca indelével na série, recuperou a ideia antiga de uma nave alienígena que usa o Doutor e seus companheiros para reanimar a tripulação dormente. A história foi rejeitada três anos antes pelo então editor anterior Donald Tosh. Mas Holmes tentou mais uma vez. Um rascunho chamado Doctor Who e a Armadilha Espacial foi encomendado para depois se tornar Os Krotons (The Krotons).

1º DE JUNHO REPRISANDO O SUCESSO Em março, havia planos para exibir a reprise de uma aventura para que Doctor Who continuasse durante o verão. Essa foi a primeira vez que a série reapresentava uma história inteira. O único episódio reprisado até então fora Uma Criança Misteriosa (An Unearthly Child), reapresentado na semana após sua transmissão original. O Mal dos Daleks (Evil of the Daleks) foi reexibido, com uma introdução especialmente gravada por Patrick Troughton e sua nova companheira Wendy Padbury. O surpreendente é que, enquanto a quinta temporada termina com bons números e uma reação positiva, a reprise de O Mal mantém a audiência da BBC1.

30 DE ABRIL O ADEUS DE JAMIE Fraser Hines e a equipe de produção concordaram que Jamie deveria partir no ano seguinte, e Dick Sharples foi contratado para escrever um roteiro experimental de comédia sobre um mundo onde os papéis dos gêneros eram invertidos em Doctor Who e as Amazonas (Doctor Who and the Amazons), com um novo companheiro, Nik, que se juntaria ao grupo da TARDIS.

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1968 50 ANOS DE DOCTOR WHO

1968

O MUNDO EM 1968 O novo Ford Escort, disponível no mercado desde 1967, faz sua estreia na exposição Motor Show de Bruxelas (Bélgica), em 17 de janeiro. O carro é tão popular que continuou sendo fabricado até julho de 2000.

O filme 2001: uma Odisseia no Espaço foi lançado em 2 de abril. O diretor Stanley Kubrick estava fascinado com a ideia de alienígenas e fez “o proverbial bom filme de ficção científica”.

O ativista de direitos civis Martin Luther King Jr. é assassinado em Memphis, Tennessee, em 4 de abril. Sua morte causou manifestações por todos os Estados Unidos. O legado de seu trabalho para os pobres, contra a guerra e a discriminação, está vivo até hoje.

Os Irmãos Krays, Ronnie e Reggie, são presos em 8 de maio por crimes que incluem chantagem, agressão e assassinato. Em 1969, foram condenados a (pelo menos) 30 anos.

Catherine Tate nasce em 12 de maio. A atriz tornou-se famosa com The Catherine Tate Show em 2004, apesar de trabalhar com comédia desde os meados da década de 1990. Também interpretou a maravilhosa Donna Noble.

Mulheres que trabalhavam com máquinas de costura na fábrica de Ford Dagenham entram em greve no dia 7 de junho, exigindo serem consideradas como “parte significante na história da luta por pagamentos iguais”.

JANEIRO – JUNHO

Cybermen secretos, uma história dos Guerreiros do Gelo congelada no tempo, Iétis desmaiando e a estreia do Brigadeiro. Isso só no primeiro semestre! 2 DE FEVEREIRO SENHORES DO PLANETA VERMELHO

OS ESTRANHOS QUARKS 2 DE JANEIRO

Tentando criar outro monstro com o mesmo potencial de merchandising que os superpopulares Daleks, a equipe de produção de Doctor Who pediu que a dupla de roteiristas Mervyn Haisman e Henry Lincoln criasse uma nova raça de robôs. Os Quarks foram prontamente criados, mas a aventura em que apareciam - Os Dominadores (The Dominators) - não ficou muito popular. E eles nunca reapareceram na TV, apesar de os robôs barulhentos terem feito uma transição com sucesso para TV Comic.

FINAL DE JANEIRO A CHEGADA DE ZOE Em contraste com Victoria, a próxima companheira da TARDIS é do futuro da Terra - não do passado - e frequentemente mais esperta que o Doutor! Uma bibliotecária da Estação Espacial W3, que é atacada pelos Cybermen, a inteligente garota entra como clandestina na TARDIS quando a vida no futuro parece estar agonizando. O papel foi oferecido para Pauline Collins, que o recusou. Então Fraser Hines indicou sua namorada, Susan George. Mas Wendy Padbury acabou assumindo, conhecida por sua interpretação no programa da ITV, Crossroads. Ela é apresentada em 14 de março.

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27 DE JANEIRO UMA NOVA LENDA Nicholas Courtney se junta à gravação de A Teia do Medo (The Web of Fear), do episódio Três em diante, como o Coronel Alistair Gordon Lethbridge-Stewart e inicia sua associação com Doctor Who - que durou até o episódio Inimigo dos Bane (Enemy of the Bane), da série As Aventuras de Sarah Jane, em 2008.

VERITY LAMBERT

Com o sucesso de Os Guerreiros de Gelo (The Ice Warriors), levou apenas seis semanas para que a equipe de produção de Doctor Who tentasse capitalizar com o sucesso dos “grandes homens verdes de Marte”. O roteirista Brian Hayles recebeu a encomenda de redigir uma nova história dos Guerreiros de Gelo, por meio da qual pretendia voltar até os primórdios da raça. Mas, no final de maio, a história foi descartada. No entanto, os espectadores veriam a volta dos Guerreiros de Gelo no ano seguinte, em As Sementes da Morte (The Seeds of Death).

4 DE FEVEREIRO SUPERSÔNICO O responsável pelos efeitos especiais, Peter Day, fez a primeira chave de fenda sônica, sendo revelada discretamente ao mundo durante as filmagens de Fúria das Profundezas (Fury from the Deep). O objeto não é nada além de uma lanterninha constantemente derrubada pelo trêmulo Patrick Troughton, que estava com muito frio no local das filmagens.

Imagens: Magic Car Pics, Rex Features/© MGM, Getty Images/Hulton Archive

17 DE FEVEREIRO VIDA DE MONSTRO Na filmagem de A Teia do Medo, um dos operadores dos Iétis desmaiou durante a batalha e John Levene – que se tornaria famoso como o Sargento Benton –, também operava um dos Iéti conseguiu sair da cena rastejando e tirou de lá o operador inconsciente.

23 DE FEVEREIRO BONS SONHOS? Anos antes de Senhor dos Sonhos (Dream Lord), foi encomendado a Paul Wheeler o rascunho de uma história em quatro partes que ele chamou de The Dreamspinner (Tecedor de Sonhos), sobre alguém com o poder de fazer os outros acreditarem que seus sonhos eram reais. A equipe não gostou do roteiro para a parte um, que foi descartado.

A INVASÃO SECRETA 6 DE MAIO Quando A Fonte no Espaço (The Wheel in Space) estava em pré-produção, Peter Bryant, o produtor, pediu para Kit Pedler outra história com suas cocriações, os Cybermen. Sendo originalmente uma história em seis partes, quando The Dreamspinner foi descartada, a quinta aventura dos Cybermen foi expandida. Chamada A Invasão (The Invasion) e para manter em segredo o retorno dos monstros com um novo visual, a aventura épica tinha oito episódios, tornando-se a aventura mais longa desde O Grande Plano dos Daleks (The Dalek’s Master Plan, 1965).

20 DE MAIO UMA ARMADILHA PARA HOLMES Robert Holmes, que deixaria uma marca indelével na série, recuperou a ideia antiga de uma nave alienígena que usa o Doutor e seus companheiros para reanimar a tripulação dormente. A história foi rejeitada três anos antes pelo então editor anterior Donald Tosh. Mas Holmes tentou mais uma vez. Um rascunho chamado Doctor Who e a Armadilha Espacial foi encomendado para depois se tornar Os Krotons (The Krotons).

1º DE JUNHO REPRISANDO O SUCESSO Em março, havia planos para exibir a reprise de uma aventura para que Doctor Who continuasse durante o verão. Essa foi a primeira vez que a série reapresentava uma história inteira. O único episódio reprisado até então fora Uma Criança Misteriosa (An Unearthly Child), reapresentado na semana após sua transmissão original. O Mal dos Daleks (Evil of the Daleks) foi reexibido, com uma introdução especialmente gravada por Patrick Troughton e sua nova companheira Wendy Padbury. O surpreendente é que, enquanto a quinta temporada termina com bons números e uma reação positiva, a reprise de O Mal mantém a audiência da BBC1.

30 DE ABRIL O ADEUS DE JAMIE Fraser Hines e a equipe de produção concordaram que Jamie deveria partir no ano seguinte, e Dick Sharples foi contratado para escrever um roteiro experimental de comédia sobre um mundo onde os papéis dos gêneros eram invertidos em Doctor Who e as Amazonas (Doctor Who and the Amazons), com um novo companheiro, Nik, que se juntaria ao grupo da TARDIS.

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UNIVERSO DE DOCTOR WHO

INIMIGOS DOS DALEKS

OS THALS

A raça que compartilhou o planeta Skaro com os Kaleds já foi tão agressiva e guerreira quanto eles. Enquanto os Kaleds perceberam que sua raça estava em mutação e viram no que se transformariam, os Thals usaram seu conhecimento médico para combater a radiação e o envenenamento químico que quase destruiu seu planeta, tornando-se pacifistas no processo. Ninguém sabe o que aconteceu com os Thals, nem sequer se eles ainda existem. No século 26, o Terceiro Doutor os reconhece como o povo que encontrou séculos atrás. Mas como uma raça de seres pacíficos ainda conseguiu compartilhar Skaro com o poder terrível dos Daleks? Talvez saibamos um dia…

INIMIGOS

DOS DALEKS

Quando você quer entrar em guerra contra o Universo inteiro, isso não transforma todo mundo em seu inimigo?

N

ascidos com a crença inabalável de que são os seres supremos, os Daleks veem qualquer coisa diferente deles como uma ameaça. E só existe uma resposta para tal perigo: seu total extermínio. Eles são as crianças de uma guerra milenar entre os Kaleds e os Thals no planeta Skaro. Ninguém sabe ao certo como a guerra começou, mas ela transformou o planeta numa desolação com solo venenoso e radioativo e os dois povos foram extintos em pouco tempo. O principal cientista dos Kaleds, Davros, calculou que para sobreviver seu povo tinha de sofrer mutações, e descobriu então “a mutação final”, que Davros chamou de Dalek, e construiu o tanque pessoal que deveria acompanhar o mutante.

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Mas não foi só isso que Davros fez. Ele removeu a habilidade de sentir pena e compaixão dos embriões Daleks, pois considerava essas emoções desnecessárias. E então, o que deveria ser quase uma criatura patética, rastejando para sobreviver num mundo devastado, tornou-se um monstro temível e horrendo. Assim que foi possível, os Daleks espalharam seu ódio por outros planetas, exterminando ou escravizando bilhões quando encontravam espécies diferentes. Eles conquistaram inúmeros mundos e se tornaram as criaturas mais temidas da galáxia. O império Dalek cresceu, mas nem tudo foi como queriam. Enquanto eram temidos mais que todas as outras criaturas, os Daleks não venciam sempre, especialmente quando

enfrentavam a humanidade e a sua habilidade tenaz de resistir ao poder deles. No século 26, os Daleks já tinham invadido a Terra duas vezes, três se você considerar também uma linha do tempo alternativa, pela qual - depois de uma guerra nuclear - os Daleks tomaram o controle, como foi visto em Dia dos Daleks (Day of the Daleks, 1972). Em 2540 d.C., eles usaram sua inteligência maligna e sagacidade cruel para tentar incitar uma guerra entre o império humano e seu vizinho, o império Draconiano, o que só foi evitado graças ao envolvimento do Doutor. Embora a humanidade seja uma pedra no sapato coletivo dos Daleks, a sua maior ameaça seria os Senhores do Tempo. Um deles em especial, levando à Grande Guerra do Tempo e

O Terceiro Doutor e os Thals lutam contra os Daleks em Spiridon quando tentam descobrir o segredo da invisibilidade. As duas raças vêm de Skaro, mas as duas ainda existem?

OS MECHONOIDS

OS CYBERMEN

Os futuros colonizadores humanos mandaram esses robôs enormes para preparar sua chegada ao planeta Mechanus. Depois de 50 anos, os colonos não se deram o trabalho de aparecer, e os robôs assumiram que eles foram impedidos pelas guerras interplanetárias da Terra. Os Daleks perseguiram o Doutor e seus companheiros através do espaço-tempo e acabaram entrando em conflito com os Mechonoids - ou Mechons, como os Daleks se referem a eles -, que tinham levado o Doutor como prisioneiro. Sabendo que os Mechonoids tinham armas poderosas, os Daleks se empenharam em capturar e exterminar o Doutor atacandoos. Porém, na batalha que se seguiu, o Doutor e seus amigos conseguiram fugir!

Graças à “nave do vácuo” do Culto de Skaro, que conseguiu atravessar as dimensões, os Cybermen - criados por John Lumic numa Terra alternativa - conseguiram chegar em nosso universo. Depois de decidir que são os regentes do planeta, eles investigam a nave do vácuo e descobrem os últimos Daleks. Alguns insultos são trocados pelos dois lados alienígenas, culminando na afirmação de Dalek Thay de que os Cybermen são superiores aos Daleks em uma coisa: “Vocês são melhores em morrer!”. E assim começa uma guerra alienígena na Terra! Felizmente, para ambos, o Doutor manda ambos de volta para o vácuo. Todos exceto o Culto de Skaro, que conseguiu escapar para o passado da Terra…

Esses estranhos robôs com forma geodésica enfrentaram os Daleks acima das florestas do planeta Mechanus.

Quando os Daleks e os Cybermen se encontram, o caos se instala na Terra!

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UNIVERSO DE DOCTOR WHO

INIMIGOS DOS DALEKS

OS THALS

A raça que compartilhou o planeta Skaro com os Kaleds já foi tão agressiva e guerreira quanto eles. Enquanto os Kaleds perceberam que sua raça estava em mutação e viram no que se transformariam, os Thals usaram seu conhecimento médico para combater a radiação e o envenenamento químico que quase destruiu seu planeta, tornando-se pacifistas no processo. Ninguém sabe o que aconteceu com os Thals, nem sequer se eles ainda existem. No século 26, o Terceiro Doutor os reconhece como o povo que encontrou séculos atrás. Mas como uma raça de seres pacíficos ainda conseguiu compartilhar Skaro com o poder terrível dos Daleks? Talvez saibamos um dia…

INIMIGOS

DOS DALEKS

Quando você quer entrar em guerra contra o Universo inteiro, isso não transforma todo mundo em seu inimigo?

N

ascidos com a crença inabalável de que são os seres supremos, os Daleks veem qualquer coisa diferente deles como uma ameaça. E só existe uma resposta para tal perigo: seu total extermínio. Eles são as crianças de uma guerra milenar entre os Kaleds e os Thals no planeta Skaro. Ninguém sabe ao certo como a guerra começou, mas ela transformou o planeta numa desolação com solo venenoso e radioativo e os dois povos foram extintos em pouco tempo. O principal cientista dos Kaleds, Davros, calculou que para sobreviver seu povo tinha de sofrer mutações, e descobriu então “a mutação final”, que Davros chamou de Dalek, e construiu o tanque pessoal que deveria acompanhar o mutante.

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Mas não foi só isso que Davros fez. Ele removeu a habilidade de sentir pena e compaixão dos embriões Daleks, pois considerava essas emoções desnecessárias. E então, o que deveria ser quase uma criatura patética, rastejando para sobreviver num mundo devastado, tornou-se um monstro temível e horrendo. Assim que foi possível, os Daleks espalharam seu ódio por outros planetas, exterminando ou escravizando bilhões quando encontravam espécies diferentes. Eles conquistaram inúmeros mundos e se tornaram as criaturas mais temidas da galáxia. O império Dalek cresceu, mas nem tudo foi como queriam. Enquanto eram temidos mais que todas as outras criaturas, os Daleks não venciam sempre, especialmente quando

enfrentavam a humanidade e a sua habilidade tenaz de resistir ao poder deles. No século 26, os Daleks já tinham invadido a Terra duas vezes, três se você considerar também uma linha do tempo alternativa, pela qual - depois de uma guerra nuclear - os Daleks tomaram o controle, como foi visto em Dia dos Daleks (Day of the Daleks, 1972). Em 2540 d.C., eles usaram sua inteligência maligna e sagacidade cruel para tentar incitar uma guerra entre o império humano e seu vizinho, o império Draconiano, o que só foi evitado graças ao envolvimento do Doutor. Embora a humanidade seja uma pedra no sapato coletivo dos Daleks, a sua maior ameaça seria os Senhores do Tempo. Um deles em especial, levando à Grande Guerra do Tempo e

O Terceiro Doutor e os Thals lutam contra os Daleks em Spiridon quando tentam descobrir o segredo da invisibilidade. As duas raças vêm de Skaro, mas as duas ainda existem?

OS MECHONOIDS

OS CYBERMEN

Os futuros colonizadores humanos mandaram esses robôs enormes para preparar sua chegada ao planeta Mechanus. Depois de 50 anos, os colonos não se deram o trabalho de aparecer, e os robôs assumiram que eles foram impedidos pelas guerras interplanetárias da Terra. Os Daleks perseguiram o Doutor e seus companheiros através do espaço-tempo e acabaram entrando em conflito com os Mechonoids - ou Mechons, como os Daleks se referem a eles -, que tinham levado o Doutor como prisioneiro. Sabendo que os Mechonoids tinham armas poderosas, os Daleks se empenharam em capturar e exterminar o Doutor atacandoos. Porém, na batalha que se seguiu, o Doutor e seus amigos conseguiram fugir!

Graças à “nave do vácuo” do Culto de Skaro, que conseguiu atravessar as dimensões, os Cybermen - criados por John Lumic numa Terra alternativa - conseguiram chegar em nosso universo. Depois de decidir que são os regentes do planeta, eles investigam a nave do vácuo e descobrem os últimos Daleks. Alguns insultos são trocados pelos dois lados alienígenas, culminando na afirmação de Dalek Thay de que os Cybermen são superiores aos Daleks em uma coisa: “Vocês são melhores em morrer!”. E assim começa uma guerra alienígena na Terra! Felizmente, para ambos, o Doutor manda ambos de volta para o vácuo. Todos exceto o Culto de Skaro, que conseguiu escapar para o passado da Terra…

Esses estranhos robôs com forma geodésica enfrentaram os Daleks acima das florestas do planeta Mechanus.

Quando os Daleks e os Cybermen se encontram, o caos se instala na Terra!

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UNIVERSO DE DOCTOR WHO à destruição mútua dos Daleks e deles mesmos. Mas se a humanidade é assim tão tenaz, os Daleks são dez vezes mais, e sempre, sempre, encontram um modo de sobreviver. Não interessa quantas vezes os Daleks sejam derrotados, essas criaturas que surgiram das casamatas de Skaro sempre reaparecem, assim como seu ódio por todas as outras raças. Daleks conquistarão. Daleks destruirão. Daleks irão reinar supremos!

Os Draconianos se uniram aos humanos na guerra contra os Daleks.

INIMIGOS DOS DALEKS

OS MOVELLANS

OS SENHORES DO TEMPO

Quando você tem duas raças poderosas - e que viajam no tempo, como os Daleks e os Senhores do Tempo, no mesmo universo - e uma delas odeia e despreza tudo que não seja Dalek, elas estão fadadas a problemas um dia. Isso aconteceu na Última Grande Guerra do Tempo… mas quem começou? Quando Russell T Davies começou a escrever Doctor Who, fez do Doutor o único sobrevivente de uma guerra… iniciada pelos Senhores do Tempo! Davies decidiu que o fato de eles enviarem o Quarto Doutor para Skaro, a fim de afetar ou deter o desenvolvimento dos Daleks, foi o primeiro tiro. O modo como os Daleks descobriram isso não foi revelado, mas depois planejaram enviar duplicatas do Quinto Doutor e de seus amigos para Gallifrey com o objetivo de acabar com o Alto Conselho. Embora não saibamos como essa guerra foi se intensificando, sabemos que ela foi devastadora, e ambas as raças foram destruídas. Os Daleks encontraram um jeito de voltar - então será que os Senhores do Tempo também voltarão?

Quando essa espécie robótica e os Daleks se encontraram, acabaram ficando 200 anos em paz. Com seus computadores de guerra calculando cada movimento e contramovimento, eles ficaram presos num impasse e nem um tiro sequer foi disparado. Os Daleks voltaram a Skaro para encontrar Davros, que tentou quebrar esse impasse. O Doutor desabilitou a força-tarefa dos Movellans e explodiu o esquadrão Dalek. Então, a informação com a chave para quebrar o impasse (fazer algo ilógico) nunca chegou às frotas dos alienígenas no espaço. Os Movellans terminaram vencendo a guerra com um vírus que atacou os Daleks.

Eles podem parecer refugiados de uma danceteria dos anos 1970, mas os Movellans são tão inteligentes quanto os Daleks!

A RAÇA HUMANA OS DRACONIANOS

No século 26, os Draconianos construíram um império tão grande quanto o da raça humana. As duas raças até entraram em uma guerra que durou apenas três dias e levou à morte de bilhões em ambos os lados. Com as duas raças não sendo exatamente amigas, e quando o Mestre se envolv, tentando instigar um conflito, o Doutor descobre que ele estava trabalhando para os Daleks. Outra guerra entre humanos e Draconianos seria devastadora para os dois lados, mas seria perfeita para os Daleks, que surgiriam e dominariam as duas raças! Quando o plano terrível foi revelado, o Imperador Draconiano e o Presidente da Terra juntaram forças para combater a ameaça Dalek.

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Antes da aliança com os Draconianos, a Terra já havia sido invadida duas vezes. Davros decidiu que o planeta favorito do Doutor seria ideal para sua bomba de realidade. Depois que o planeta foi transportado para a Cascata de Medusa, os Daleks tomaram pontos estratégicos para que a Terra não conseguisse reagir. Mas não levaram em conta que o insano Dalek Sec se voltaria contra eles… A invasão dos Daleks, em meados do século 22, foi devastadora para a humanidade. Os Daleks dominam a Terra depois de exterminar quase todos os humanos!

Centenas de milhões de pessoas morreram quando eles tomaram o controle do planeta - eram os senhores da Terra e pretendiam destruir toda forma de vida no planeta quando o transformassem numa gigantesca nave espacial. Novamente com a ajuda do Doutor, o plano falhou e a Terra pôde ser reconstruída…

Os Senhores do Tempo começaram a guerra contra os Daleks!

O DOUTOR

Ele é o maior inimigo dos Daleks, a única coisa que eles temem. Cinco milhões de Cybermen declarando guerra contra quatro membros do Culto de Skaro? Isso não é nada. Um Doutor? É assim que se manda um arrepio na espinha gelatinosa de um mutante Kaled. Por diversas vezes, ele acabou com os planos dos Daleks, mas nunca os destruiu de verdade, embora tenha chegado bem perto. Quase impediu sua criação em Gênese dos Daleks (Genesis of the Daleks), e escolheu a sobrevivência da Terra quando isso significava que o paradigma Dalek também sobreviveria em A Vitória dos Daleks (Victory of the Daleks). Eles sempre voltam… mas o Doutor também! O maior inimigo dos Daleks!

OS DALEKS

Se viram contra eles mesmos! Se Davros tivesse sucesso com sua bomba de realidade e criado um universo onde os únicos habitantes fossem os Daleks, pode apostar o que quiser que eles teriam voltado seus raios exterminadores contra eles mesmos em menos de uma semana. Os Daleks, infectados com o “fator humano” pelo Segundo Doutor, teriam feito uma guerra civil em Skaro. E aqueles aprimorados por Davros fariam uma cisma entre os que os seguiam como um imperador e os que viam os aprimoramentos como uma violação da pureza Dalek. Os Daleks que ativaram o paradigma Dalek seriam vistos como inferiores, o que ficaria bem confuso, já que eles foram feitos de células clonadas do próprio Davros!

Esse Dalek sabe que encontrar o progenitor dos Daleks levaria ao seu próprio extermínio!

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UNIVERSO DE DOCTOR WHO à destruição mútua dos Daleks e deles mesmos. Mas se a humanidade é assim tão tenaz, os Daleks são dez vezes mais, e sempre, sempre, encontram um modo de sobreviver. Não interessa quantas vezes os Daleks sejam derrotados, essas criaturas que surgiram das casamatas de Skaro sempre reaparecem, assim como seu ódio por todas as outras raças. Daleks conquistarão. Daleks destruirão. Daleks irão reinar supremos!

Os Draconianos se uniram aos humanos na guerra contra os Daleks.

INIMIGOS DOS DALEKS

OS MOVELLANS

OS SENHORES DO TEMPO

Quando você tem duas raças poderosas - e que viajam no tempo, como os Daleks e os Senhores do Tempo, no mesmo universo - e uma delas odeia e despreza tudo que não seja Dalek, elas estão fadadas a problemas um dia. Isso aconteceu na Última Grande Guerra do Tempo… mas quem começou? Quando Russell T Davies começou a escrever Doctor Who, fez do Doutor o único sobrevivente de uma guerra… iniciada pelos Senhores do Tempo! Davies decidiu que o fato de eles enviarem o Quarto Doutor para Skaro, a fim de afetar ou deter o desenvolvimento dos Daleks, foi o primeiro tiro. O modo como os Daleks descobriram isso não foi revelado, mas depois planejaram enviar duplicatas do Quinto Doutor e de seus amigos para Gallifrey com o objetivo de acabar com o Alto Conselho. Embora não saibamos como essa guerra foi se intensificando, sabemos que ela foi devastadora, e ambas as raças foram destruídas. Os Daleks encontraram um jeito de voltar - então será que os Senhores do Tempo também voltarão?

Quando essa espécie robótica e os Daleks se encontraram, acabaram ficando 200 anos em paz. Com seus computadores de guerra calculando cada movimento e contramovimento, eles ficaram presos num impasse e nem um tiro sequer foi disparado. Os Daleks voltaram a Skaro para encontrar Davros, que tentou quebrar esse impasse. O Doutor desabilitou a força-tarefa dos Movellans e explodiu o esquadrão Dalek. Então, a informação com a chave para quebrar o impasse (fazer algo ilógico) nunca chegou às frotas dos alienígenas no espaço. Os Movellans terminaram vencendo a guerra com um vírus que atacou os Daleks.

Eles podem parecer refugiados de uma danceteria dos anos 1970, mas os Movellans são tão inteligentes quanto os Daleks!

A RAÇA HUMANA OS DRACONIANOS

No século 26, os Draconianos construíram um império tão grande quanto o da raça humana. As duas raças até entraram em uma guerra que durou apenas três dias e levou à morte de bilhões em ambos os lados. Com as duas raças não sendo exatamente amigas, e quando o Mestre se envolv, tentando instigar um conflito, o Doutor descobre que ele estava trabalhando para os Daleks. Outra guerra entre humanos e Draconianos seria devastadora para os dois lados, mas seria perfeita para os Daleks, que surgiriam e dominariam as duas raças! Quando o plano terrível foi revelado, o Imperador Draconiano e o Presidente da Terra juntaram forças para combater a ameaça Dalek.

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Antes da aliança com os Draconianos, a Terra já havia sido invadida duas vezes. Davros decidiu que o planeta favorito do Doutor seria ideal para sua bomba de realidade. Depois que o planeta foi transportado para a Cascata de Medusa, os Daleks tomaram pontos estratégicos para que a Terra não conseguisse reagir. Mas não levaram em conta que o insano Dalek Sec se voltaria contra eles… A invasão dos Daleks, em meados do século 22, foi devastadora para a humanidade. Os Daleks dominam a Terra depois de exterminar quase todos os humanos!

Centenas de milhões de pessoas morreram quando eles tomaram o controle do planeta - eram os senhores da Terra e pretendiam destruir toda forma de vida no planeta quando o transformassem numa gigantesca nave espacial. Novamente com a ajuda do Doutor, o plano falhou e a Terra pôde ser reconstruída…

Os Senhores do Tempo começaram a guerra contra os Daleks!

O DOUTOR

Ele é o maior inimigo dos Daleks, a única coisa que eles temem. Cinco milhões de Cybermen declarando guerra contra quatro membros do Culto de Skaro? Isso não é nada. Um Doutor? É assim que se manda um arrepio na espinha gelatinosa de um mutante Kaled. Por diversas vezes, ele acabou com os planos dos Daleks, mas nunca os destruiu de verdade, embora tenha chegado bem perto. Quase impediu sua criação em Gênese dos Daleks (Genesis of the Daleks), e escolheu a sobrevivência da Terra quando isso significava que o paradigma Dalek também sobreviveria em A Vitória dos Daleks (Victory of the Daleks). Eles sempre voltam… mas o Doutor também! O maior inimigo dos Daleks!

OS DALEKS

Se viram contra eles mesmos! Se Davros tivesse sucesso com sua bomba de realidade e criado um universo onde os únicos habitantes fossem os Daleks, pode apostar o que quiser que eles teriam voltado seus raios exterminadores contra eles mesmos em menos de uma semana. Os Daleks, infectados com o “fator humano” pelo Segundo Doutor, teriam feito uma guerra civil em Skaro. E aqueles aprimorados por Davros fariam uma cisma entre os que os seguiam como um imperador e os que viam os aprimoramentos como uma violação da pureza Dalek. Os Daleks que ativaram o paradigma Dalek seriam vistos como inferiores, o que ficaria bem confuso, já que eles foram feitos de células clonadas do próprio Davros!

Esse Dalek sabe que encontrar o progenitor dos Daleks levaria ao seu próprio extermínio!

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MITOS E MISTÉRIOS

A GRANDE PERGUNTA Dois dos maiores e mais complicados episódios geram as maiores e mais complicadas perguntas!

OS CONTROLES DE O INQUILINO SÃO OS MESMOS DE O DIA DA LUA? É o mesmo elemento de cena, mas é tudo o que podemos dizer. O Doutor assume que o apartamento acima do de Craig Owens é a tentativa de alguém contra a TARDIS, mas não sabe quem. Como os Silêncios não constroem nada, resta uma pergunta: quem construiu? Até onde sabemos, só tem uma pessoa no Universo que saberia como construir uma máquina como aquela…

KIT PEDLER

O HOMEM QUE VIU O FUTURO

POR QUE HÁ UM AVISO BRITÂNICO DE EXTINTOR DE INCÊNDIO NO RESTAURANTE?

NÃO É ÓBVIO QUE A PESSOA DENTRO DA ROUPA DE ASTRONAUTA É RIVER SONG? Só quando se analisa depois de saber a resposta. Os espectadores tinham pistas desde que River reapareceu em O Tempo dos Anjos (The Time of the Angels) de que ela faria algo ruim com o Doutor. River estava presa por matar o melhor homem que tinha conhecido. A quantas pessoas ela podia estar se referindo? Quem seria melhor que o Doutor? Mas acreditar que sabe é diferente de saber de verdade. Não havia nenhuma certeza sobre o ocupante da roupa de astronauta até que River foi sequestrada por Kovarian e por Silêncio, em O Casamento de River Song (The Wedding of River Song).

PARA ONDE VAI O ÔNIBUS DE AMY E RORY? É um ônibus escolar do condado de San Juan, então se imagina que vá para lá. Ou a pergunta é sobre para onde ele vai tão rápido? Quando Amy e Rory saem do ônibus para encontrar o Doutor, há uma estrada comprida ao longe, mas nós nunca vemos o ônibus novamente. O palpite é uma fenda temporal, dada a quantidade de atividade de viagem temporal naquele local.

POR QUE O DOUTOR NÃO OBEDECE AOS CHAMADOS? Esses chamados nos envelopes azuis foram mandados

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pelo Décimo Primeiro Doutor. O Décimo Doutor era muito mais fácil de chamar, de atrair sua atenção. Mas os chamados para a Nova Terra o levaram a ouvir que “ele não estava sozinho!” e o chamado até a Biblioteca foi de River! O Décimo Primeiro Doutor parece ter aprendido sua lição. Chamados estranhos levam a problemas de primeira categoria.

POR QUE O DOUTOR NÃO MANTÉM A TARDIS INVISÍVEL? Primeiro, há a energia envolvida, como é dito pelo Doutor. E, segundo, há o caráter pouco prático de uma nave espacial invisível. Você tem que se lembrar onde a deixou. As pessoas podem trombar com ela e se machucar. Como você acharia a porta? Em 1963, os criadores de Doctor Who consideraram deixar a nave invisível, cobrindo-a com uma tinta resistente à luz. Felizmente, o chefe da dramaturgia, Sydney Newman, insistiu que isso não iria funcionar e pediu que encontrassem um símbolo forte, o que levou a TARDIS a ser uma cabine da polícia.

Percebida por espectadores com olhos de águia, o aviso é estranho por dois motivos. Os Estados Unidos têm um órgão chamado Occupational Safety e Health Administration (Administração de Saúde e Segurança Ocupacional, OSHA, na sigla em inglês) e, aparentemente, o OSHA não exige que os extintores de incêndio sejam sinalizados. Mas os funcionários precisam saber onde eles estão. Nosso palpite é que a placa tenha sido trazida pelo dono, por um ex-funcionário, ou um viajante assíduo à Inglaterra.

POR QUE O DOUTOR OLHA PARA SUAS MÃOS ENQUANTO SE REGENERA? E por que não olharia? Ele está prestes a se tornar uma nova pessoa, e a energia que fica saindo do corpo do Doutor parece fascinante e pavorosa. Seus segundos finais devem ser cheios de horror e curiosidade enquanto a energia passa por seus dedos. Deve ser impossível não ficar olhando!

POR QUE O DOUTOR TEM QUE MORRER? É um fato histórico. O Doutor morre às 5h02 da tarde (horário local), em 22 de abril, 2011. Pior, é um ponto fixo e, diferente de muitas coisas que o Doutor encontrou desde o final da Guerra do Tempo, não pode ser mudado. No final de Encerramento (Closing Time), o Doutor está resignado com seu futuro, mas é no encontro com Teselecta, que foi visto pela primeira vez em Vamos Matar o Hitler (Let’s Kill Hitler), - que o Doutor percebe que ele não tem de morrer, apenas parecer ter morrido. Com a história intacta, o Doutor pode continuar suas aventuras sem ter de se preocupar com pessoas como Kovarian o perseguindo.

OS RESPONSÁVEIS

Cientista, consultor e roteirista, 1966 a 1968

O

produtor Innes Lloyd queria que a ciência em Doctor Who tivesse mais base na realidade, uma coisa difícil de se fazer quando se lida com viagem no tempo como premissa básica. Lloyd contratou Christopher ‘Kit’ Pedler depois que este trabalhou na série científica Horizon. Pedler tinha impressionado a equipe de produção com sua grande quantidade de ideias e foi sugerido que ele seria útil para a dramaturgia na televisão. Com o editor de roteiros Gerry Davis, Lloyd gostou da ideia de Pedler de um computador dentro da então nova Post Office Tower (agora a BT Tower) tentando dominar o mundo. A ideia foi passada para Ian Stuart Black e se tornou As Máquinas de Guerra (The War Machines, 1966). Uma das preocupações de Pedler era que a tecnologia estava avançando muito rápido: “Eu vejo a cidade moderna como um grande mecanismo ttecnológico. Para conseguir pessoas para servi-la, nós entregamos a elas a ilusão de liberdade. Mas as coisas feitas para que trabalhem são horrendas. Em colmeias de muitos andares, suas vidas são controladas por analistas de sistemas…”. O passo lógico é que as pessoas também se

O Doutor (William Hartnell) está determinado a derrotar a ameaça em As Máquinas de Guerra (1966).

“Doctor Who é feito para assustar, mas de uma forma que permita às crianças reagirem com sucesso a isso.” tornassem máquinas, e Pedler, com Gerry Davis, desenvolveu um dos monstros mais arrepiantes da série: os Cybermen. Os primórdios da raça surgiram numa conversa que Pedler teve com sua esposa sobre uma cirurgia de transplante de órgãos, que aconteceu na sua infância. “Nós… tivemos a ideia de alguém com tantos transplantes mecânicos que ele não sabia mais se era humano ou uma máquina.” Os Cybermen deveriam ter uma aparência diferente de uma pessoa em uma roupa, mas a verba da série na época jamais conseguiria reproduzir a extraordinária imaginação de Pedler. Ele insistia que os Cybermen não deveriam ter emoções, tendo perdido suas almas na transformação. E foram um sucesso imediato quando apareceram em O Décimo Planeta (The Tenth Planet, 1966). Quase cinco décadas depois, os Cybermen ainda infestam a vida do Doutor, tornando-se uma ameaça cada vez maior para o Universo. Não é de se admirar que tenham sobrevivido: o fato de o horror que está por baixo de suas armaduras de aço e prata ser alguém como você é completamente fascinante. E tudo isso graças à mente brilhante de uma pessoa. A versão mais recente dos Cybermen, vista em Pesadelo Prateado (Nightmare in Silver).

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MITOS E MISTÉRIOS

A GRANDE PERGUNTA Dois dos maiores e mais complicados episódios geram as maiores e mais complicadas perguntas!

OS CONTROLES DE O INQUILINO SÃO OS MESMOS DE O DIA DA LUA? É o mesmo elemento de cena, mas é tudo o que podemos dizer. O Doutor assume que o apartamento acima do de Craig Owens é a tentativa de alguém contra a TARDIS, mas não sabe quem. Como os Silêncios não constroem nada, resta uma pergunta: quem construiu? Até onde sabemos, só tem uma pessoa no Universo que saberia como construir uma máquina como aquela…

KIT PEDLER

O HOMEM QUE VIU O FUTURO

POR QUE HÁ UM AVISO BRITÂNICO DE EXTINTOR DE INCÊNDIO NO RESTAURANTE?

NÃO É ÓBVIO QUE A PESSOA DENTRO DA ROUPA DE ASTRONAUTA É RIVER SONG? Só quando se analisa depois de saber a resposta. Os espectadores tinham pistas desde que River reapareceu em O Tempo dos Anjos (The Time of the Angels) de que ela faria algo ruim com o Doutor. River estava presa por matar o melhor homem que tinha conhecido. A quantas pessoas ela podia estar se referindo? Quem seria melhor que o Doutor? Mas acreditar que sabe é diferente de saber de verdade. Não havia nenhuma certeza sobre o ocupante da roupa de astronauta até que River foi sequestrada por Kovarian e por Silêncio, em O Casamento de River Song (The Wedding of River Song).

PARA ONDE VAI O ÔNIBUS DE AMY E RORY? É um ônibus escolar do condado de San Juan, então se imagina que vá para lá. Ou a pergunta é sobre para onde ele vai tão rápido? Quando Amy e Rory saem do ônibus para encontrar o Doutor, há uma estrada comprida ao longe, mas nós nunca vemos o ônibus novamente. O palpite é uma fenda temporal, dada a quantidade de atividade de viagem temporal naquele local.

POR QUE O DOUTOR NÃO OBEDECE AOS CHAMADOS? Esses chamados nos envelopes azuis foram mandados

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pelo Décimo Primeiro Doutor. O Décimo Doutor era muito mais fácil de chamar, de atrair sua atenção. Mas os chamados para a Nova Terra o levaram a ouvir que “ele não estava sozinho!” e o chamado até a Biblioteca foi de River! O Décimo Primeiro Doutor parece ter aprendido sua lição. Chamados estranhos levam a problemas de primeira categoria.

POR QUE O DOUTOR NÃO MANTÉM A TARDIS INVISÍVEL? Primeiro, há a energia envolvida, como é dito pelo Doutor. E, segundo, há o caráter pouco prático de uma nave espacial invisível. Você tem que se lembrar onde a deixou. As pessoas podem trombar com ela e se machucar. Como você acharia a porta? Em 1963, os criadores de Doctor Who consideraram deixar a nave invisível, cobrindo-a com uma tinta resistente à luz. Felizmente, o chefe da dramaturgia, Sydney Newman, insistiu que isso não iria funcionar e pediu que encontrassem um símbolo forte, o que levou a TARDIS a ser uma cabine da polícia.

Percebida por espectadores com olhos de águia, o aviso é estranho por dois motivos. Os Estados Unidos têm um órgão chamado Occupational Safety e Health Administration (Administração de Saúde e Segurança Ocupacional, OSHA, na sigla em inglês) e, aparentemente, o OSHA não exige que os extintores de incêndio sejam sinalizados. Mas os funcionários precisam saber onde eles estão. Nosso palpite é que a placa tenha sido trazida pelo dono, por um ex-funcionário, ou um viajante assíduo à Inglaterra.

POR QUE O DOUTOR OLHA PARA SUAS MÃOS ENQUANTO SE REGENERA? E por que não olharia? Ele está prestes a se tornar uma nova pessoa, e a energia que fica saindo do corpo do Doutor parece fascinante e pavorosa. Seus segundos finais devem ser cheios de horror e curiosidade enquanto a energia passa por seus dedos. Deve ser impossível não ficar olhando!

POR QUE O DOUTOR TEM QUE MORRER? É um fato histórico. O Doutor morre às 5h02 da tarde (horário local), em 22 de abril, 2011. Pior, é um ponto fixo e, diferente de muitas coisas que o Doutor encontrou desde o final da Guerra do Tempo, não pode ser mudado. No final de Encerramento (Closing Time), o Doutor está resignado com seu futuro, mas é no encontro com Teselecta, que foi visto pela primeira vez em Vamos Matar o Hitler (Let’s Kill Hitler), - que o Doutor percebe que ele não tem de morrer, apenas parecer ter morrido. Com a história intacta, o Doutor pode continuar suas aventuras sem ter de se preocupar com pessoas como Kovarian o perseguindo.

OS RESPONSÁVEIS

Cientista, consultor e roteirista, 1966 a 1968

O

produtor Innes Lloyd queria que a ciência em Doctor Who tivesse mais base na realidade, uma coisa difícil de se fazer quando se lida com viagem no tempo como premissa básica. Lloyd contratou Christopher ‘Kit’ Pedler depois que este trabalhou na série científica Horizon. Pedler tinha impressionado a equipe de produção com sua grande quantidade de ideias e foi sugerido que ele seria útil para a dramaturgia na televisão. Com o editor de roteiros Gerry Davis, Lloyd gostou da ideia de Pedler de um computador dentro da então nova Post Office Tower (agora a BT Tower) tentando dominar o mundo. A ideia foi passada para Ian Stuart Black e se tornou As Máquinas de Guerra (The War Machines, 1966). Uma das preocupações de Pedler era que a tecnologia estava avançando muito rápido: “Eu vejo a cidade moderna como um grande mecanismo ttecnológico. Para conseguir pessoas para servi-la, nós entregamos a elas a ilusão de liberdade. Mas as coisas feitas para que trabalhem são horrendas. Em colmeias de muitos andares, suas vidas são controladas por analistas de sistemas…”. O passo lógico é que as pessoas também se

O Doutor (William Hartnell) está determinado a derrotar a ameaça em As Máquinas de Guerra (1966).

“Doctor Who é feito para assustar, mas de uma forma que permita às crianças reagirem com sucesso a isso.” tornassem máquinas, e Pedler, com Gerry Davis, desenvolveu um dos monstros mais arrepiantes da série: os Cybermen. Os primórdios da raça surgiram numa conversa que Pedler teve com sua esposa sobre uma cirurgia de transplante de órgãos, que aconteceu na sua infância. “Nós… tivemos a ideia de alguém com tantos transplantes mecânicos que ele não sabia mais se era humano ou uma máquina.” Os Cybermen deveriam ter uma aparência diferente de uma pessoa em uma roupa, mas a verba da série na época jamais conseguiria reproduzir a extraordinária imaginação de Pedler. Ele insistia que os Cybermen não deveriam ter emoções, tendo perdido suas almas na transformação. E foram um sucesso imediato quando apareceram em O Décimo Planeta (The Tenth Planet, 1966). Quase cinco décadas depois, os Cybermen ainda infestam a vida do Doutor, tornando-se uma ameaça cada vez maior para o Universo. Não é de se admirar que tenham sobrevivido: o fato de o horror que está por baixo de suas armaduras de aço e prata ser alguém como você é completamente fascinante. E tudo isso graças à mente brilhante de uma pessoa. A versão mais recente dos Cybermen, vista em Pesadelo Prateado (Nightmare in Silver).

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COLEÇÃO OFICIAL DOCTOR WHO! Esta incrível coleção apresentou diversos personagens da fascinante série de ficção científica mais longa da TV! Você curtiu MOMENTOS NO TEMPO, MITOS E MISTÉRIOS, conheceu mais sobre OS RESPONSÁVEIS pela série, adorou saber tudo sobre o ANO A ANO de Doctor Who... Uma coleção pra lá de especial!!

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