Paraná&Cia Ano 8 nº 52 - junho \ julho de 2008 - R$ 8,00
A Re v is t a de Ec o n o mia e Negócios do Paraná
Equipe encarregada de tornar a viagem no trem de luxo um tour inesquecível.
Primeira chamada para o
Great Brazil
Express
Começaram as operações no paraná do primeiro trem turístico de luxo do Brasil. Junto com ele, aumentam as expectativas de impulsionar o mercado de luxo no país e de melhorias na malha ferroviária.
veja também
Entrevista com o fundador do gigante O Boticário.
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Revista Paranรก&Cia | junho.julho de 2008 .3
Da Redação
Edição Especial de Turismo Os cinco principais setores da cadeia produtiva do turismo estão em expansão no Paraná. Dados dos últimos quatro anos apontam um aumento significativo no cadastramento de agências de turismo, de organizadores de eventos, transportadoras, meios de hospedagem e de guias de turismo. Seguindo esses índices positivos - e aproveitando as férias do meio de ano - a Paraná&Cia preparou um especial para essa edição com várias novidades do setor de turismo do Estado. A leitura começa com um passeio pelo Great Brazil Express, uma litorina que deu início às operações do primeiro trem turístico de luxo no país. São 500 quilômetros de percurso entre Curitiba e Foz do Iguaçu, bem ao gosto de visitantes estrangeiros, (principalmente europeus amantes desse tipo de viagem), com um
roteiro que começa no Rio de Janeiro, e que utiliza também o avião e ônibus em trechos intermediários aos da ferrovia. E já que estamos falando de
turismo de luxo, não podíamos deixar de falar do mais novo produto turístico de Foz do Iguaçu: um passeio no Lago de Itaipu a bordo de um barco de estilo catamarã. A cidade paranaense, sinônimo de cataratas e compras no Paraguai começa a mostrar que também tem outras atrações, dando ao turista mais uma razão para ficar
mais uns dias na cidade. Não é a toa que é o atual segundo destino mais visitado por turistas estrangeiros no Brasil. Já quem não gosta de muita aventura e prefere um passeio mais cultural, a grande pedida é a capital paranaense, que recebe pela primeira vez uma exposição individual de Tarsila do Amaral. Isso sem falar do Museu Oscar Niemeyer, que não deixa de ser uma atração à parte. Mas não é só de turismo que vamos tratar. Também estão nesta edição o investimento de R$ 26 milhões em estrutura da Insol do Brasil, a sucessão da presidência na CR Almeida, a expansão da Bematech e da Vale Fertil, uma nova entrevista com Miguel Krigsner, entre muias outras curiosidades do meio empresarial do Estado. Uma boa Leitura! O Editor
Paraná&Cia
A Revista Paraná&Cia é uma publicação bimensal da Editora Ecocidade. Rua 13 de Maio, 92 - cj 24/25 Centro - Curitiba/PR CEP - 80020-941 Tel (41) 3082.8877 Impressão - Gráfica Capital Jornalista Responsável - Bernardo Staviski | bernardo@ecocidade.com.br Colaboradores - Luis Gaspar, Celsio Correato, João Alberto Simião, José Eduardo Moskevicz, José Roberto da Silva e Souza e Oscar C. Dizzimoto. Assistente de Arte - Lucas Staviski
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Nesta Edição
Entrevista
O primeiro trem de luxo do Brasil
Miguel Krigsner, fundador de O Boticário, fala dos primeiros meses depois de concluído o processo sucessório e do planejamento da empresa para os próximos 18 e 40 anos.
Pág. 06
O Great Brazil Express, primeiro trem turístico de luxo do País, deu início às operações comerciais e trouxe consigo a expectativa de impulsionar o mercado de luxo no Brasil. Pág. 12 Índice Investimentos.....................................................20 A Insol do Brasil investe R$ 26 milhões em fábrica de óleo em Maringá e com isso pretende saltar de R$ 200 milhões no faturamento de 2007 para R$ 450 milhões este ano.
Sucessão..............................................................24 Acionistas elegem novo Presidente do Conselho de Administração do Grupo CR Almeida em um acontecimento já esperado.
Pulo do Gato......................................................26 Apostando na troca de guardanapos de pano por de papéis de alto padrão, a Relevo planeja dobrar a produção em 2009 para 60 toneladas mensais e já vislumbra o salto seguinte, quando chegará a 120 toneladas.
Turismo
Empresário investe R$ 3 milhões no mais novo roteiro turístico da cidade das cataratas, em um passeio luxuoso com barco estilo catamarã.
Pág. 30
Produção.............................................................28 Tão rentável quanto soja e milho: Paraná quer triplicar produção da psicultura e Copacol investe R$ 15 milhões em frigorífico de peixes.
Exposição..................................................... 36 Pela primeira vez no Paraná, Museu Oscar Niemeyer abre mostra individual de Tarsila do Amaral.
Expansão.......................................................... 40 Bematech compra Snack Control e amplia portfólio de soluções, dando continuidade ao seu projeto de compra de ativos, com cerca de R$ 100 milhões em investimentos.
Agricultura Vale Fértil quer crescer 32% com a volta no aumento no consumo.
Pág. 39 Revista Paraná&Cia | junho.julho de 2008 .5
Entrevista
Miguel Krigsner - Fundador de O Boticário
A nova vida de Miguel Krigsner No final de fevereiro passado, o empresário Miguel Krigsner anunciou que está deixando o comando do diaa-dia da sua empresa, O Boticário e assumindo o Conselho de Administração que está sendo
completado neste ano. No seu lugar, na presidência, entrou Artur Grimbaum, seu cunhado, que há cinco anos vem sendo preparado para o principal cargo executivo da empresa. Aos 58 anos, um dos principais líderes empresariais do Paraná, Miguel foi um dos precursores e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do franchising no Brasil. Sua empresa, a partir de uma pequena farmácia de manipulação instalada no centro de Curitiba há pouco mais de 30 anos, se transformou num sistema que conta com 2.465 lojas e movimenta R$ 2,4 bilhões anualmente nos setores de perfumaria e cosméticos, com três milhões de clientes. Nesta entrevista, Miguel fala dos primeiros meses da mudança e confessa que ficou um pouco receoso de sua agenda ficar vazia, mas como é um grande fã da psicanálise desde jovem, resolveu voltar ao divã para superar a situação e hoje já não encontra tempo para fazer outra coisa que não pensar em estratégias e no futuro de O Boticário, mesmo longe do seu diaa-dia. “Neste momento estamos planejando a empresa para os próximos 18 e 40 anos”, diz ele encantado com o novo ritmo de trabalho. “Sempre falo que quero até ter o direito de morrer sem que a empresa pare”, explica. A seguir, a entrevista:
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PR&Cia▶ O Senhor não ficou preocupando em nenhum momento com o processo de sucessão que o Sr. mesmo desencadeou? Miguel Krigsner▶ No início fiquei preocupado. Confesso que no final do ano passado cheguei a pensar. ‘Minha agenda vai ficar vazia’. O que eu vou fazer agora da minha vida? No finalzinho do ano passado e início deste ano me deu uma crise existencial. Hoje estou mais tranqüilo que algum tempo atrás. Por mais que um líder esteja preparado para mudanças elas mexem muito fundo. Sempre falo que quero ter até o direito de morrer sem a empresa parar. Tem gente que não gosta de largar do osso, não quer que ninguém faça sombra. Comigo aconteceu de maneira um pouco diferente. Não quero fazer sombra para ninguém e quero ver a empresa crescer. Não são decisões fáceis. Precisam de algumas sessões de psicanálise. Continuo fazendo análise e é muito bom porque separa a pessoa física da jurídica, o que já é uma grande coisa. Você não pode se confundir com a empresa. Há uma tendência de olhar o prisma do ângulo que só você conhece. O importante é alguém dar uma viradinha no prisma e que diga: ‘olha deste lado aqui também. Será que é isso? Será que todo mundo é culpado?’ Tem de saber que você não é dono da verdade e que tem de aprender a ouvir. A melhor virtude de um líder é saber ouvir a todos e reconhecer que as grandes idéias não partiram da cabeça dele. PR&Cia▶ Crescer e dobrar de tamanho em pouco ►
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Entrevista
Miguel Krigsner - Fundador de O Boticário
tempo significa grandes investimentos em prazos curtos. O Boticário vai fazer alguma grande ampliação? Miguel Krigsner▶ São duas áreas. Na inteligência da empresa não precisa mexer muito porque ela apenas vai fazer mais do mesmo. Mas há áreas críticas como produção e armazenamento. Estamos ampliando nossa capacidade instalada por parte e observando num plano diretor de medo e longo prazo a conveniência de termos um novo centro de distribuição e produção fora do Paraná. Basta ver que os mercados do Norte e Nordeste correspondem a 38% do nosso mercado. Não vamos dizer que todos os produtos devam ser fabricados lá para cima, mas alguns certamente podem. É preciso descentralizar um pouco”. PR&Cia▶ Como foi essa passagem para o Conselho já que muitos empresários vêm isso como o início de um final de carreira? Miguel Krigsner▶ Foi uma fase muito boa de preparação do Artur para que a estrutura não tivesse nenhum tipo de ruído ou alguma troca súbita na linha de comando. Foi uma passagem muito bem estruturada. Jamais conseguiria imaginar a contratação de um CEO no mercado até pelas próprias características da cultura de O Boticário que iria se ressentir muito se trouxesse uma pessoa totalmente estranha à estrutura para esta função. PR&Cia▶ E na vida, o que mudou? Miguel Krigsner▶ Até o momento, muito pouco. Tenho até trabalhado mais, mental-
mente, em cima de O Boticário, porque tinha algumas iniciativas como o Shopping Estação, o Centro de Convenções e alguns outros investimentos dos quais de um ano para cá fui me liberando. Tenho uma preocupação maior de médio e longo prazo do que irá acontecer na nossa trajetória. No Brasil ainda existe uma mentalidade que dá a impressão que você encos-
“Estamos ampliando nossa capacidade instalada por parte e observando num plano diretor de medo e longo prazo a conveniência de termos um novo centro de distribuição e produção fora do Paraná” ta os velhinhos no Conselho para que eles parem de encher a paciência. No entanto, vejo dentro dos modelos de governança mais modernos que o Conselho tem o papel fundamental que é cobrar e ajudar a traçar as grandes estratégias da organização. Sinceramente, se pegar minha agenda hoje ela está completa. PR&Cia▶ O que é que mais o está ocupando hoje em dia? Miguel Krigsner▶ Tenho me dedicado a muitas coisas como o trabalho na Fundação O Boticário de Proteção à Na-
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tureza. Há três meses estamos envolvidos num processo de planejamento estratégico totalmente diferenciado do que vínhamos fazendo até então. A gente pensando em 2028 – e 2018 numa primeira etapa. PR&Cia▶ Como é ele e o que já deu para visualizar neste planejamento? Miguel Krigsner▶ Geralmente quando se faz o processo planejamento estratégico a gente se baseia muito no passado para ver como vai ser o futuro. Da forma como a sociedade está andando, a economia, os países, o mundo está numa velocidade enorme, no prazo de um ano há muita obsolescência das coisas. Você definir 10 ou 20 anos para frente é um exercício que você tem de pegar possíveis cenários do que vai ocorrer no Brasil e no mundo, para tentar projetar como acabo inserindo a empresa neste contexto. Os modelos que a gente tem hoje rapidamente se transformam. Como será o comportamento do nosso consumidor, principalmente da mulher, dentro dos próximos cinco anos. Qual será o papel da mulher? Antes nós vínhamos estruturando nosso planejamento em cima de pontos fracos e pontos fortes. PR&Cia▶ De onde ela saiu essa nova maneira de ver as coisas? Miguel Krigsner▶ Contratamos uma empresa de consultoria, a Adigo, que tem conexão com uma holandesa chamada Estellar. Eles têm um processo de planejamento estratégico baseado em 12 pontos onde se encaixa a empresas nestas doze posições.
Daí você começa a imaginar como sua empresa vai ser em cada uma delas: o que você quer da sua empresa, como será tua marca, o que é essencial dentro do teu negócio e como cada ponto destes vai sofrer na trajetória de 10 e 20 anos daqui para frente. PR&Cia▶ Há novas oportunidades de negócios nestas mudanças? Miguel Krigsner▶ Temos procurado cada vez mais desenvolver produtos fora da área de perfumaria. Reforçar a área de perfumaria sim, mas também entrar e achar colocações importantes em outras categorias como maquiagem, produtos para tratamento, tratamento capilar, na quantidade de serviços que poderemos prestar nas nossas lojas. Serviços que tenham uma aderência com o que nós vendemos como cursos de maquiagem. Dobrar de tamanho no máximo em cinco anos é uma meta audaciosa e em paralelo temos de ver o que está acontecendo no planeta. Há a diminuição de recursos naturais, o aquecimento global e os custos do petróleo que podem impactar de forma direta ou indireta na nossa empresa ou nos consumidores. Dentro deste planejamento estratégico você consegue pelo menos fazer um mapeamento das coisas que podem eventualmente interferir nos negócios. PR&Cia▶ E onde estão as novas oportunidades? Miguel Krigsner▶ Tenho de pensar nos eventuais negócios que podem ser agregados a O Boticário, direta ou indiretamente, e debaixo do mesmo core business. Pode ser o desenvolvimento de uma nova
marca, trazer outras coisas para dentro de O Boticário, ir atrás de tecnologia onde há possibilidades de melhorar. Uma cadeia de 2.465 lojas com toda facilidade que existe hoje em logística e do acompanhamento do que acontece no seu dia-a-dia das lojas com o sistema de satélite, a proximidade com os fornecedores e o franqueado propicia uma
“O trabalho de um líder é deixar que as pessoas se desenvolvam. Não é o de sair na frente com uma bandeira e com um monte de gente atrás sem enxergar nem onde estão andando. O trabalho é mostrar o caminho, ensinar, e eventualmente andar junto.” velocidade muito grande nas coisas que podem acontecer. Meu papel é estar muito atento ao que pode ser incorporado dentro do negócio, mas também do ponto de vista de responsabilidade social. PR&Cia▶ E como viabilizar isso? Miguel Krigsner▶ Existem várias possibilidades, como agregar mais coisas embaixo da bandeira O Boticário e existem possibilidades de trazer novos negócios. Temos mais ou menos 900 operadores nas nossas franquias e isso é um capital importante, um
banco de investidores que conhece a forma como tratamos dos negócios. Existem 900 pessoas que querem investir em O Boticário e para nós não é interessante que haja uma fuga de capitais dessas pessoas para começarem a investir em negócios diferentes. Nós estamos em busca de alguns negócios novos, de preferência na área de franquias, para que estas pessoas possam continuar conosco. Nós poderemos estabelecer uma força de rede para estabelecer um novo negócio no Brasil. Hoje em dia minha cabeça está mais concentrada em observar os movimentos do mundo e onde existam possibilidades de negócios. PR&Cia▶ O Senhor está deixando também de atuar nas áreas que mais gosta? Miguel Krigsner▶ Eu continuo fazendo alguma coisa dentro do setor de desenvolvimento de produtos. Acabo me envolvendo, mas agora de uma forma diferente. Antigamente era uma função decisória e hoje é de aconselhamento. Antes o pessoal vinha e ficava olhando para minha cara esperando o que eu ia dizer. Agora estou permitindo que as pessoas se desenvolvam e evidentemente não vou deixar que façam besteira. O trabalho de um líder é deixar que as pessoas se desenvolvam. Não é o de sair na frente com uma bandeira e com um monte de gente atrás sem enxergar nem onde estão andando. O trabalho é mostrar o caminho, ensinar, e eventualmente andar junto. Mas vamos dividir e delegar porque para o próprio crescimento profissional destas pessoas é importante que aprendam a decidir■
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Great Brazil Express
O primeiro trem de luxo no Brasil
O Great Brazil Express, primeiro trem turístico de luxo do País, deu início às operações comerciais no dia 22 de maio e trouxe consigo a expectativa de impulsionar o mercado de luxo no Brasil. Nesta primeira viagem, o trem recebeu visitantes estrangeiros interessados em conhecer as belezas brasileiras que vão muito além do dueto praia e Sol.
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esde a implantação da primeira ferrovia no Brasil, no final do século 19, as antigas locomotivas tinham o papel de unir as cidades, atravessando os mais belos cenários, dentre eles, serras, vales, florestas e pastagens, transportando pessoas saudosas e ansiosas pela chegada. As estações se firmavam como pontos de encontro importantes, e cada chegada era um grande acontecimento social, muito comemorado na época. Apesar de todo esse romantismo, com o passar dos anos o modal foi caindo em desuso. O golpe final foi dado na década de 1950, na gestão do então presidente Juscelino
Kubitschek, que investiu em rodovias como a melhor opção para o transporte de cargas e de passageiros. De lá para cá o setor, responsável pelo de-
“O que está atraindo a atenção de compradores do pacote é a curiosidade. Há vários trens de luxo em operação no mundo, mas ninguém nunca tinha ouvido falar de um no Brasil” Jasing Chu
senvolvimento e urbanização de cidades em todo o mundo, foi quase que completamente dizimado. Dos cerca de 42 mil quilômetros de trilhos que percorriam o Brasil, restaram em operação pouco mais de 27 mil quilômetros, sendo que menos de 10% desse número é destinado aos trens de passageiros. Apesar disso, ainda resta esperança para os apaixonados pelo transporte sobre linhas. Dentre os investimentos que estão sendo feitos no setor de turismo ferroviário, há um grande destaque: o Great Brazil Express, primeiro trem turístico de luxo do país, e um dos poucos trens de ► pas-
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Great Brazil Express
sageiros a contar com uma linha regular em operação no país – serão quatro viagens mensais – que deu início às operações comerciais no dia 22 de maio e trouxe consigo a expectativa de impulsionar ainda mais o mercado de luxo no Brasil, que em 2007 cresceu 11,5% de acordo com a MCF Consultoria e Conhecimento. O mais novo projeto turístico nacional recebeu nesta primeira viagem 36 passageiros, especialmente convidados para avaliar a viagem e experimentar o gosto exclusivo de viajar de trem pelo Sul do país com sua extensa e bela paisagem de campos cultivados, canyons e cidades de colonização européia, que vão muito além do dueto tradicional praia e sol. À primeira vista, a idéia pode parecer pouco funcional. Um trem de luxo fazendo um percurso de 500 quilômetros entre Curitiba e Foz do Iguaçu para visitantes estrangeiros, principalmente europeus, com
um roteiro que começa no Rio de Janeiro, e que utiliza também o avião e ônibus em trechos intermediários aos da ferrovia. Até aí, não há nada de mais para o europeu que já está acostumado com esse tipo de passeio. “Mas o que está atraindo a atenção de compradores do pacote é a curiosidade. Há vários trens de luxo em operação no mundo, mas ninguém nunca tinha ouvido falar de um no Brasil”, explica Jasing Chu, o diretor de marketing do grupo belga TransNico International, e o responsável pela colocação do produto nas agências de viagem européias, a partir da Holanda. O projeto audacioso é do empresário paranaense Adonai Arruda, que já faz a operação de outro trecho ferroviário com ênfase no turismo entre Curitiba e Paranaguá, no litoral do Paraná, onde transporta mais de 50 mil passageiros por ano, do investidor sueco Thomas Glenndahl e do belga Thierry Nicholas, dono da Transnico, que movimenta viagens de mais de 260 mil pessoas anualmente originárias da Europa e que desde a juventude é apaixonado por trens, quando saia “à caça” de locomotivas em várias partes do mundo para fotografar, além de já ter publicado livros sobre o assunto. Só para Cuba,
“Se conseguirmos trazer para o Great Brazil Express 10% disso, ou dois mil passageiros por ano, o pacote já será um êxito completo”
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Thierry Nicholas
por exemplo, a TransNico leva anualmente mais de 20 mil europeus. “Se conseguirmos trazer para o Great Brazil Express 10% disso, ou dois mil passageiros por ano, o pacote já será um êxito completo”, diz Thierry. Na verdade, pelas suas atrações, o pacote deve funcionar, e muito bem, também para o turista brasileiro que deseja conhecer o Sul e que tem curiosidade de experimentar um roteiro com boa gastronomia, cidades e atrações interessantes até aqui pouco divulgadas afora o destino Foz do Iguaçu, além do irredutível prazer de uma viagem de trem realmente confortável. Até porque é possível adquirir a viagem por partes. Por conta da expectativa que está pro-
vocando, aliás, o pacote já está com vendas fechadas até o início de novembro. Isso se deve também, em parte, pela pouca capacidade de reservas, já que os dois trens especialmente adaptados para o trecho, do modelo Litorina, tiveram sua capacidade reduzida de 54 para 22 passageiros, cada uma, para proporcionar o luxo e o conforto necessários para a viagem. Adonai Arruda, dono da Serra Verde Express, conta que até aqui investiu R$ 2,5 milhões no Great Brazil Express, dos quais mais de R$ 600 mil foram aplicados na decoração dos vagões, feita pelo designer Paulo Peruzzo, com um conceito que remete a dois dos principais pontos turísticos brasileiros – Foz do Iguaçu e Copacabana, mas
com um estilo de estofados, cortinas mesas e luminárias que remete ao Brasil dos séculos XVIII e XIX. O restante foi investido na recuperação dos motores das litorinas, tipo de trens que possuem
tração própria, fabricados pela General Motors. Entretanto, a viagem do Great Brazil Express demora um pouco para entrar realmente no clima nostálgico e trazer as sensações duradouras e especiais de uma viagem de trem. Não por culpa das Litorinas, realmente um projeto magnífico de trem de luxo, mas pelo péssimo estado das ferrovias brasileiras, já que a prioridade do momento é carga e não passageiros. O trajeto No pacote principal, de dez dias de duração, os passageiros desembarcam no Rio de Janeiro onde ficam por dois dias e em seguida são transportados de avião até Curitiba. Há, também, um pacote no sentido inverso, partindo de Foz do Iguaçu com destino ao Rio de Janeiro pelo ► Nas fotos, alto luxo: poltronas em couro e forro de penas de ganso, teto pintado a mão, televisão de plasma que transmite o caminho já percorrido, música, vinho, champanhe e uísque 12 anos. A decoração, assinada pelo designer Paulo Peruzzo, relembra o Brasil colonial e tem peças de madeira nobre e de antiquários.
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Rota de Luxo RIO DE JANEIRO À Cataratas do Iguaçu (8 dias)
Dia 1: Rio de Janeiro Chegada no Rio de Janeiro, onde o grupo será levado para o hotel Pestana, em Copacabana. Dentre as visitas estão o Pão de açúcar, o Corcovado e a Estátua do Cristo Redentor, com almoço em churrascaria e jantar servido no restaurante Mariu’s Crustáceos.
São 4 pacotes de turismo de luxo, com opções de 7 à 10 dias, com destino Dia 2: Rio de Janeiro – Curitiba ao Rio de Janeiro e De manhã, tempo livre para relaxar na piscina, ou tomar principais cidades café à beira da praia. Depois um passeio de barco pela baía do Rio de Janeiro e almoço no outro lado da baía, no históricas do Paraná, restaurante Olimpo. Às 15h está marcado o vôo para Curitiba. mas é o passeio Dia 3: Curitiba – Morretes – Antonina – Curitiba de trem a grande Depois do Café da manhã no hotel Bourbon, o grupo pega o trem com destino à cidade histórica de Morretes. O passeio sacada da viagem. continua de ônibus que segue para Antonina. No final da tarde, o grupo passeia de barco pela baía de Paranaguá. À noite, de volta a Curitiba, o jantar é servido no Castelo do Batel.
Dia 4: Curitiba – Vila Velha – Tibagi De manhã, visita ao centro histórico de Curitiba, Jardim Botânico, Museu Oscar Niemeyer e o Memorial Ucraniano. À tarde ida ao Parque Nacional de Vila Velha. O passeio continua na cidade de Tibagi, onde ficarão hospedados no hotel fazenda Itaytyba.
Cascavel Foz do Iguaçu
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Dia 5: Tibagi (Cânion Guartelá) – Castro – Ponta Grossa Visita ao Cânion Guartelá. Depois do almoço, visita à cidade de Castro e à pequena cidade de Castrolanda, local que mantêm os hábitos dos
Guarapuava
imigrantes holandeses. Ao final do dia, o destino é Ponta Grossa. Dia 6: Ponta Grossa – Irati – Guarapuava Depois do passeio em Ponta Grossa, o destino é a cidade de Irati e Guarapuava. Lá haverá um passeio de trem e pausa para almoço em Irati. Na chegada em Guarapuava, o ônibus leva os passageiros para o hotel-Spa Med Vale. Dia 7: Guarapuava – Cascavel – Foz do Iguaçu (Cataratas do Iguaçu) Depois do café da manhã em Guarapuava, saída de trem para a cidade de Cascavel. Depois do passeio na cidade, a viagem agora é para Foz do Iguacu, com hospedagem no Hotel Bourbon Cataratas. À noite, show tipicamente latino-Americano, com música e dança. Dia 8: Foz do Iguaçu – Rio de Janeiro De manhã, visita à Usina Hidrelétrica de Itaipu, uma das maiores represas do mundo. Ao final do passeio, os visitantes irão conhecer as cataratas, com almoço no restaurante Canoas. Ao final da programação, o grupo faz check-out no hotel e se dirige para o aeroporto de Foz do Iguaçu, com destino final ao Rio de Janeiro.
Ponta Grossa
Curitiba
Morretes
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Great Brazil Express
mesmo trajeto e atrações. No primeiro dia na capital paranaense, logo cedo, há uma espécie de “aperitivo” da viagem de trem por conta do trecho de 80 quilômetros até Morretes, cidade com arquitetura colonial do Litoral paranaense. A volta é por ônibus, com direito a conhecer o bairro gastronômico dos italianos de Santa Felicidade, no retorno à capital. No segundo dia, há um almoço com pratos típicos do Paraná, no Castelo do Batel, construído em semelhança aos franceses do Vale do Loire, e uma das mais belas edificações curitibanas. Após o almoço, o grupo segue ainda via ônibus por quase 180 quilômetros até o Canyon de Quartelá, no município de Tibagi, um dos cinco maiores do mundo, com direito a uma breve passagem e visita à Vila Velha, com suas formações de arenito esculpidas pelo vento. A hospedagem é no hotel fazenda Itaytyba Ecoturismo, localizado nas bordas do canyon, confortável e rústico como se pretende para este tipo de empreendimento, com direito a passeios pelas suas trilhas e várias cachoeiras. A visita ao canyon de Quartelá é inesquecível tanto para o turista brasileiro como estrangeiro por suas belezas naturais intocadas, mas na seqüência a programação diminui de ritmo e vai a Castro ver um museu do garimpo de diamantes e show étnico
dos holandeses que colonizaram a região nos anos de 1950, finalizando a viagem por ônibus em Ponta Grossa, a 120 quilômetros de Curitiba. É realmente em Ponta Grossa que começa a viagem por trem pelos próximos 500 quilômetros e que vai durar dois dias. O início ainda é numa estação improvisada, mas todos os locais já têm projetos de construção de novos pontos de embarque. Segundo Adonai Arruda, ainda não foi possível criar um roteiro que partisse de trem de Curitiba porque o trecho entre Curitiba e Ponta Grossa, além de ruim, tem sua capacidade de operação toda destinada à carga. Caso fosse feito de trem, o trajeto levaria mais de sete horas para ser percorrido, enquanto que por ônibus a viagem é feita em menos de duas horas. Na partida, no quinto dia do roteiro, o Great Brazil Express trafega lentamente, trepidando e apontando a lastimável situação dos trilhos. Nas
primeiras quatro horas não é possível sequer ultrapassar os 30 quilômetros por hora, mas essa péssima impressão logo se desvanece pelo ótimo serviço de bordo proporcionado pelos três comissários de bordo trilíngues que começam a trazer aperitivos, canapés, lanches, vinho ou uísque doze anos. Leva-se um dia inteiro para percorrer os 250 quilômetros até Guarapuava e, na chegada, um indefectível grupo de gaúchos do CTG local faz sua demonstração de dança e pro-
“o que nós precisamos fazer agora é melhorar a velocidade do trem em certos trechos porque abaixo de 30 quilômetros por hora você acaba matando o passageiro de tédio”
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Adonai Arruda
Canyon Guartelá: situado no planalto dos Campos Gerais, entre os municípios de Castro e Tibagi, no Paraná, é considerado um dos maiores canyons do mundo, (6° lugar) com 32 Km de comprimento e altitudes que variam de 700 a 1.200 m.
move um churrasco “Fogo de Chão”. No sexto dia, o trem parte cedo, com destino a Cascavel por um trecho ferroviário mais novo, da estatal paranaense Ferroeste e logo se vê a locomotiva atingir perto de 60 quilômetros horários, o que realmente provoca uma sen-
sação de que as coisas agora estão indo bem. Não há mais solavancos e o Great Brazil Express desliza sobre os trilhos. Neste momento, dá até para vislumbrar o velho sonho dos paranaenses da construção do corredor Paranaguá-Antofagasta (Chile), unindo os oceanos Atlântico e Pacífico. Para isso, faltariam apenas 150 quilômetros de trilhos entre Cascavel e Foz do Iguaçu e mais 500 quilômetros dentro do Paraguai o que, convenhamos, não é muito. Na hora do almoço os visitantes são recebidos com banda, discurso e mais gaúchos em Cascavel onde, novamente, embarcam no ônibus: às 17 horas o grupo faz o check-in no hotel Bourbon de Foz do Iguaçu, onde a permanência é por mais dois dias com direito a todas as atrações da terra das Cataratas.
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Adonai e Thierry Nicholas tem planos de também fazer uma entrada por Foz do Iguaçu a partir do destino Buenos Aires na medida em que o serviço for sendo desenvolvido e alguns trechos ferroviários da América Latina Logística (ALL) forem melhorados. E há também uma nova Litorina em fase de preparação para enfrentar um possível crescimento do mercado que permitiria aumentar o número de passageiros por viagem para perto de 60 com três composições. “Fundamentalmente, o que nós precisamos fazer agora é melhorar a velocidade do trem em certos trechos porque abaixo de 30 quilômetros por hora você acaba matando o passageiro de tédio”, conclui Adonai Arruda. E, quem sabe, melhorando a nossa malha ferroviária, não só vai ser possível trazer ao Brasil um perfil de turista estrangeiro que ainda não existe no país – o aficionado por trens, geralmente com alto poder aquisitivo –, mas também de movimentar a economia de diversos municípios do interior do Paraná ■
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Acima, a recepção em Irati atraiu muitos curiosos que nunca tinham visto um trem de passageiros na cidade. Abaixo, a recepção dos grupos folclóricos
Investimentos
Insol do Brasil
Duplicando o faturamento com nova unidade A Insol do Brasil investe R$ 26 milhões em compra e reforma de fábrica de óleo em Maringá e com isso pretende saltar de R$ 200 milhões no faturamento de 2007 para R$ 450 milhões este ano.
V Unidade de esmagamento de soja da antiga Brasway.
isando duplicar sua capacidade de operação e faturamento, a Insol do Brasil inaugurou, no dia 21 de junho, sua nova unidade de armazenagem e processamento de grãos em Maringá, adquirida da antiga Brasway. O complexo tem uma fábrica com capacidade de esmagamento estimada em
600 toneladas/dia, em uma área de 227 mil m2 e é atualmente a maior planta de armazenagem e processamento de grãos do grupo - os vários silos e armazéns segregados atingem uma capacidade estática de armazenagem de aproximadamente 185 mil toneladas, entre produtos in natura e derivados, a granel e ensacados. Maringá vai representar um incremento de 150 mil toneladas no volume de processamento anual de soja da Insol e, ainda, um volume adicional de 100 mil toneladas no movimento de outros granéis. “Isso representa um acréscimo de faturamento na ordem de US$ 100 milhões”, informa o diretor institucional do Grupo, Adriano Marcovici. A antiga Brasway possui ramal ferroviário, o que
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facilitará a movimentação dos produtos. Entre a compra e a reforma, a planta consumiu investimentos de R$ 26 milhões (US$15 milhões), e, para dobrar a capacidade de esmagamento, nos próximos anos a empresa pretende injetar outros R$ 17 milhões (US$ 10 milhões). A nova unidade trabalhará apenas com soja não-transgênica (FREE GMO).“A aquisição da planta faz parte de um plano de expansão delineado pela empresa, que agora atuará de forma mais efetiva numa região de alta produção de soja e de acesso fácil à rota de escoamento de grãos que tem origem no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Norte do Paraná em direção aos Portos de Paranaguá e de São Francisco do Sul”, afir-
Centro de armazenamento de grãos adquirido pela Insol em Maringá. A expectativa é mais que duplicar a capacidade de estocagem e o faturamento da empresa.
ma Marcovici. Segundo ele, a empresa vai trabalhar somente com soja não transgênica porque já há um prêmio de 40 dólares por tonelada para o farelo de soja no mercado europeu, o que significa 10% de rendimento extra para o produto. A empresa envia o produto para Itália, Portugal e Holanda. Em 2007, O grupo faturou R$ 200 milhões e estima um crescimento na receita para R$ 450 milhões neste ano com a nova unidade. A empresa Fundada em 2001, a Insol do Brasil é uma empresa de agronegócios de capital inteiramente nacional que atua no Sul e Centro-Oeste brasileiro e congrega todas as etapas da cadeia produtiva do
agronegócio, ou seja: desde a venda de fertilizantes ao produtor até comercialização direta no Brasil e exterior de grãos e seus derivados. Possui como principais atividades a compra de produtos agrícolas in natura, o
“A aquisição da planta faz parte de um plano de expansão delineado pela empresa, que agora atuará de forma mais efetiva numa região de alta produção de soja e de acesso fácil à rota de escoamento de grãos” Adriano Marcovici
transporte, a armazenagem, o beneficiamento, a industrialização e a comercialização destes e de seus derivados (farelo, óleo e lecitina), especialmente, dos grãos de soja e milho. A empresa está dividida em quatro grandes áreas de atuação: trading, na compra e venda de grãos; indústria, produção de farelo, óleo degomado e lecitina de soja; armazéns gerais, que secam, limpam, classificam e armazenam os grãos; e fertilizantes, que importa, mistura, ensaca e comercializa os produtos básicos para a linha de fertilizantes NPK. Hoje, a Insol conta com uma unidade de processamento de grãos em Ponta Grossa, com capacidade para esmagamento de 1.2 mil toneladas de soja/dia e estocagem de 50 mil toneladas de soja, 20 mil toneladas de farelo e 4 mil toneladas de óleo. A empresa possui também armazéns em Sorriso, Ana Terra, Tapurah, Sinop e Nova Xavantina, no Mato Grosso, todos credenciados para receberem da CONAB estoques reguladores de grãos do Governo Federal Brasileiro. Além disso, possui uma fábrica de fertilizantes em Curitiba e dez escritórios comerciais em quatro estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso. Atua também com agricultura possuindo 5.000 hectares de soja, 1.200 hectares de milho e, em caráter experimental, 10.000 hectares de pinhão manso ■
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Aconteceu
As novas 7 maravilhas da natureza Dia 25 de maio foi lançado oficialmente pelas prefeituras de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, na Argentina, a candidatura das Cataratas do Iguaçu à condição de uma das novas sete maravilhadas da natureza. A escolha é organizada pela Fundação New 7 Wonders, da Suíça, a mesma que organizou em 2007 a escolha das novas sete maravilhas do mundo, entre os quais o Cristo Redentor. A eleição das novas sete maravilhas da natureza está
dividida em duas etapas: na primeira, já iniciada e com duração até 31 de dezembro de 2008, serão selecionadas 21 candidaturas, por meio de voto popular. Na segunda fase, a partir de janeiro de 2009, as finalistas serão novamente submetidas ao voto dos internautas para a escolha decisiva. As candidaturas vencedoras serão conhecidas em 2010. Nos primeiros cinco meses da eleição, já foram computados mais de meio milhão de
Cataratas de Foz do Iguaçu: se depender de quem vive na tríplice fronteira, já está eleita uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza.
votos e a única forma de votar é pela Internet, no endereço www.new7wonders.com. Na busca por votos, os promotores da candidatura das Cataratas do Iguaçu criaram até um site, o www.votecataratas. com, com domínios de entrada também em inglês e espanhol. Entre as 77 candidaturas que lideram momentaneamente a disputa, figuram três destinos brasileiros. Além das Cataratas do Iguaçu, aparecem em destaque na corrida a floresta amazônica e o arquipélago de Fernando de Noronha. As Cataratas do Iguaçu, no entanto, largam em vantagem por duas razões: primeiro, porque destacam-se pelo fluxo de turistas, que só em 2007 recebeu mais de um milhão de visitantes. Além disso, as Cataratas situam-se na chamada região trinacional, muito próximo da tríplice fronteira de Brasil, Argentina e Paraguai, o que lhe rende numerosos votos entre eleitores de três países.
III Festival Internacional de Turismo Realizada de 25 a 28 de Junho, a terceira edição do Festival Internacional de Turismo em Foz do Iguaçu propiciou o intercâmbio de negócios entre os destinos Foz do Iguaçu e municípios da Região e vários outros estados, além de países do Mercosul e trade internacional. O evento recebeu 3.500 participantes, dentre eles agentes de viagens, ope-
radores de turismo, expositores, estudantes e professores, autoridades e imprensa. Os indicadores apontam que as expectativas foram superadas em todos os setores. Só a Rodada de Negócios, eleita pelos participantes como a melhor das 3 edições, alcançou o montante de U$$ 14 milhões em negócios gerados entre aproximadamente 50 em-
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presas suppliers e 14 buyers nacionais e internacionais, o que proporcionou no mínimo 350 encontros de negócios.
Empresa paranaense cria tecnologia não poluente de produção de carvão
Os fornos de barro, arcaicos e altamente poluentes, já podem ser evitados no processo de produção de carvão vegetal. Isso porque a Bricarbras - uma das sete unidades que compõem o Grupo Hübner, surgido no Paraná e que atua em três estados do Brasil nas áreas de metalurgia, siderurgia, usinagem, fundição, reflorestamento e implementos rodoviários desenvolveu uma nova tecnologia para a fabricação do produto, sem causar danos ao
meio ambiente. Trata-se de uma tecnologia 100% brasileira, as UPCs (Unidades de Produção de Carvão), constituídas por fornos, queimadores de fumaça, estufas para secagem de lenha e um sistema informatizado para supervisionar a carbonização da madeira. “As unidades também trazem maior rendimento no uso da madeira e economia de matéria-prima”, garante a negociadora das UPCs, Janete Tomelin.
Bourbon na capital carioca Primeiro empreendimento da categoria "Residence" no portfólio da Rede Bourbon A rede paranaense Bourbon Hotéis e Resorts anunciou em julho o início das operações do Bourbon Resi-
dence Barra Premium, no Rio de Janeiro. A chegada da bandeira Bourbon no mercado carioca celebra também a operação da Rede em um novo negócio - a administração de empreendimentos residenciais. Este fato consolida mais uma etapa do crescimento e expansão da Rede, que tem como uma das metas globais estar presente nas principais capitais do país.
O Bourbon Residence Barra Premium fica na Barra da Tijuca, em área de condomínios residenciais, com ruas tranqüilas e arborizadas. Está próximo ao centro de convenções Rio Centro, aos Shoppings Rio Design e Barra Shopping e ao Autódromo de Jacarepaguá, com acesso fácil ao Aeroporto Internacional Tom Jobim e ao Aeroporto Santos Dumont através da linha amarela.
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Sucessão
CR Almeida Unidade de Curitiba do Grupo CR Almeida: parte de um patrimônio estimado em R$ 9,4 bilhões e cerca de 30 empresas nas áreas de construção, concessão de rodovias, logística de transporte e química.
Sucessão sem Surpresas
Acionistas elegem novo Presidente do Conselho de Administração do Grupo CR Almeida em um acontecimento já esperado.
O
engenheiro civil Marco Antônio Cassou, 51 anos, é o novo presidente do Conselho de Administração do Grupo CR Almeida. Não houve surpresa na sucessão. Genro do polêmico empresário Cecilio do Rego Almeida, Cassou exercia a vice-presidência do Grupo antes da morte do fundador, no final de março passado, deixando um patrimônio estimado em R$ 9,4 bilhões e cerca de 30 empresas nas áreas de construção, concessão de rodovias, logística de transporte e química. Cassou é casado com Denise, a única mulher entre os seis filhos de Cecílio, e está no Grupo desde 1984. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com mestrado em Administração pela Stanford University (Califórnia, EUA), Cassou foi gerente de Produção da Alusan Indústrias Químicas; gerente de Produção da EBEC Engenharia Brasileira de Construções; co-responsável técnico, diretor comercial e presidente da CR Almeida S.A. Engenharia e Construções e era membro do conselho de administração do Grupo. Em comunicado interno aos colaboradores, os acionistas manifestaram total apoio aos membros do Conselho de Administração e ao quadro de gestores e executivos do
Grupo. "O processo de sucessão vinha sendo preparado desde 2003 pelo próprio Dr. Cecilio, que criou as condições normativas necessárias para garantir a participação dos acionistas e herdeiros no comando estratégico e insti-
“Existe um compromisso dos acionistas com o processo de perpetuidade e crescimento das empresas e com a harmonia na gestão dos negócios” Marco Antônio Cassou
tucional do Grupo", informou Cassou em nota. Ainda segundo ele, "Existe um compromisso dos acionistas com o processo de perpetuidade e crescimento das empresas e com a harmonia na gestão dos negócios". Marco Antônio Cassou assume a presidência com a intenção de acelerar a expansão nas áreas de logística e de concessões rodoviárias. Junto com o engenheiro Pedro Beltrão Fraletti, que continua na presidência executiva da holding CR Almeida e o sobrinho da ex-esposa de Cecilio, que era o braço-direito do empresário, foi o respon-
sável pela recuperação da empresa que chegou a entrar em concordata há pouco mais de dez anos. O ingresso na área de concessão de rodovias e logística, no entanto, alavancou um novo patamar de crescimento dos negócios como o da EcoRodovias, empresa controlada (65%) pela CR Almeida e (35%) pela italiana Impregilo, que assumiu nesse ano o controle da Rodovia das Cataratas, que liga Guarapuava a Foz do Iguaçu. O objetivo do grupo agora é fazer outras aquisições e participar de novos leilões nesse setor. A holding CR Almeida tem como sócios as empresas Participare e Pio XII. A Participare detém 70% do capital social e é representada pela filha Denise Beltrão de Almeida Cassou. A Pio XII, representada pela ex-esposa Rosa Maria Beltrão Rischbieter, possui 30% das ações ■
Na foto, Marco Antônio Cassou, o novo presidente do Conselho de Administração do Grupo CR Almeida.
Pulo do Gato
Relevo
A valorização do Guardanapo de papel Apostando na troca de guardanapos de pano por de papéis de alto padrão, a Relevo planeja dobrar a produção em 2009 para 60 toneladas mensais e já vislumbra o salto seguinte, quando chegará a 120 toneladas.
J
á se foi o tempo dos guardanapos de pano. Mais econômicos e práticos, o uso de elegantes guardanapos de papel está se espalhando por hotéis, restaurantes e churrascarias. Prova disso é o sucesso da empresa paranaense Relevo Guardanapos Especiais, que já tem seu produto no dia-a-dia das mais elegantes redes de hotéis do país, como o Copacabana Palace e o Fasano, além de quase todas outras grandes redes. A fabricante de guardanapos descartáveis de papel já chegou até ao símbolo máximo do consumo da classe média, a Daslu, que está entre seus clientes. Instalada na pequena cidade de Almirante Tamandaré, vizinha a Curitiba, a empresa pode ostentar com orgulho a carteira de clientes que tem sido grande ajuda para ficar mais conhecida e duplicar de tamanho ano a ano. “Hoje produzimos 30 toneladas mensais de guardanapos, mas para 2009 estamos esperando uma produção de 60 toneladas com a implantação de mais um turno, o terceiro da fábrica”, conta Celso Rufatto, um consultor que tinha negócios na área de autopeças e que em 1984 foi visitar a empresa a trabalho e se encantou com as possibilidades do negócio. “Entre 1987 e 1988 decidi comprar a empresa que tinha apenas seis funcionários”, conta ele. Hoje a Relevo tem 80, quer atingir em 2008 um faturamento de R$ 3 milhões e estrear 2009 com vendas de R$ 1 milhão mensais. Não vai ser difícil. Crescendo apenas através da propaganda boca a boca feita por quem entra em contato com seus produtos, a estratégia da relevo está fortemente apoiada numa tendência
registrada nos últimos anos de substituição das toalhas de tecidos, que exigem trabalhosas lavagens periódicas, nos hotéis e restaurantes. “Um guardanapo descartável da Relevo custa R$ 0,18 e a lavagem da toalha sai por R$ 0,25”, explica Rufatto. Há, porém, um segredo por detrás da situação de redes como a Tok Stock trabalharem com a venda de seu produto: o conhecido jogo americano,
“Hoje produzimos 30 toneladas mensais de guardanapos, mas para 2009 estamos esperando uma produção de 60 toneladas com a implantação de mais um turno, o terceiro da fábrica” Celso Rufatto
composto de toalha, guardanapo e descanso para copo. “Levamos oito anos para desenvolver uma técnica onde o papel que é a matéria-prima dos guardanapos, o tissue ou crepon, fica descansando durante 90 dias, no que chamamos de adega, para melhorar e dobrar a maciez de suas fibras”, conta Celso Rufatto. O empresário só teve certeza de que este era um bom ramo de negócio em 1992, quando a Transbrasil descobriu sua pequena fábrica e fez uma encomenda de toalhas de lavabo para substituir as de tecido que utilizava em todos os seus aviões. “Em oito dias instalamos uma nova unidade e em 90 dias dobrei meu faturamento”, lembra ele. “A Transbrasil nos abriu a porta para o
Brasil e começamos a vender inicialmente no Rio de Janeiro e depois fomos a São Paulo, mas agora já estamos em todo o país”, acrescenta. A Relevo Guardanapos Especiais tem uma carteira de 3.200 clientes no país e uma linha de 200 produtos de diferentes tamanhos e formatos de guardanapos com alto relevo - só para a Daslu desenvolveu 80 modelos. Há dois anos a empresa está se preparando para esta produção de 60 toneladas mensais, mas este plano está sendo revisto por conta de uma nova estratégia de mercado observada por Rufatto: “decidimos entrar no segmento de churrascarias e de hospitais onde também acreditamos que esta substituição do tecido pelo papel é irreversível”, diz. “Será mais um salto e poderemos ir a 120 toneladas mensais”, conta. E, novamente, a estratégia é bastante simples: “Nós simplesmente doamos as toalhas para utilização pelas churrascarias e ficamos aguardando o cliente entrar em contato. Não falha nunca”, diz ele. “Há muito espaço ainda para crescer, acho que com 120 toneladas mensais vou ocupar uns 2% desse mercado no país”, conclui ■
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Economia: um guardanapo descartável da Relevo custa R$ 0,18 e a lavagem de um guardanapo toalha sai por R$ 0,25.
Produção Copacol
Tão rentável quanto a soja e o milho
Paraná quer triplicar produção da psicultura e Copacol investe R$ 15 milhões em frigorífico de peixes.
B
Altemir Gregolim, ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, que participou da inauguração em Nova Aurora e anunciou medidas para incentivar a prática da piscicultura e aumentar a produção.
uscando voltar a velha forma, o Paraná, que já foi o maior produtor do país de peixes cultivados (a partir da produção da região de Cascavel e Toledo, no Oeste do estado), está com um projeto para multiplicar em até três vezes a produção atual. A atividade, que nos últimos 15 anos ganhou pouco impulso, confere hoje ao estado um mediano sexto lugar, com uma safra anual de 16.600 toneladas em 2006/2007, e de perto de 20 mil toneladas na atual safra, encerrada em 30 de junho passado. Mas este cenário tem tudo para voltar aos altos índices. O principal incentivo aos psicultores está vindo na forma de um investimento da Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata), que inaugurou no final de junho o maior frigorífico de peixes do país, instalado na cidade de Nova Aurora, também Oeste do Paraná. “É certamente um novo marco na história da
pscicultura paranaense porque esta unidade vai agregar valor ao produto com a produção de salsichas, linguiça, fish burger e nuggets”, informa Luiz Danilo Muehlmann, extensionista da Emater responsável pela área no Paraná. Segundo ele, outro fator que deve incremetar a produção foi a concessão de licenças ambientais no início deste ano para psicultores que estavam há muito tempo na atividade. “O fato de não terem essa licença impedia o seu acesso ao crédito agropecuário e a expansão do seu negócio”, disse o técnico. Segundo ele, também no final do mês de junho, foi lançada a pedra fundamental de outro frigórifico para peixes cultivados em Cornélio Procópio, no norte paranaense, com capacidade de processamento de 6 toneladas diárias. O frigorífico da Copacol exigiu investimentos de R$ 15 milhões, financiados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), e vai gerar 100 empregos diretos para atender os mercados interno e externo. A sua operação envolve abate, industrialização e comercialização e tem capacidade inicial de industrializar 10 toneladas de tilápias por dia. “A
Nova Aurora, 27-06-08 - Copacol - O ministro da secretaria especial da aquicultura e pesca Altemir Gregolim, fala durante a inauguração do abatedouro de peixes da Copacol. Foto Arnaldo Alves - SECS
meta é estender a produção para 50 toneladas por dia em 2012. Com isso, a cooperativa irá buscar peixes em várias regiões do estado”, informou o presidente da Copacol, Valter Pitol. Inicialmente, o frigorí-
"O governo aposta no crescimento da produção de peixes com a liberação das águas pertencentes à União para cultivo, a exemplo do que aconteceu no Chile que expandiu consideravelmente a produção de salmão naquele País" Altemir Gregolim
Tanque-rede em operação no lago de Itaipu: os reservatórios de hidrelétricas, localizados no Paraná, têm o maior potencial de expansão de pesca cultivada do país.
estão sendo utlizados inclusive em Itaipu. Entre as medidas anunciadas está a concessão de crédito para adequação e modernização de tanques já escavados, além do estabelecimento de assistência técnica especializada numa parceria entre os governos Federal e do Estado para ampliar a tecnologia de cultivo. O ministro disse
Abatedouro de peixes da Copacol, inaugurado em Nova Aurora-PR.
Foto: Arnaldo Alves | SECS
fico irá receber a produção de tilápias de 150 piscicultores cooperados, o que também é uma novidade porque incorpora a bem-sucedida estratégia utilizada na produção de frangos na psicultura, o que garante a compra do cultivo de peixe do agricultor rural. Para isso, a cooperativa vai fornecer os alevinos, assistência técnica e insumos. O ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolim participou da inauguração em Nova Aurora e anunciou medidas para incentivar a prática da piscicultura e aumentar a produção de pescados de água doce e salgada. No Paraná, segundo ele, há um potencial enorme de reservatórios de usinas hidrelétricas a ser explorado com a técnica dos tanques rede que
também que haverá recursos para treinamento e especialização de técnicos na área da piscicultura e antecipou que o governo Federal, em conjunto com o governo do Paraná, está estudando o incentivo ao uso de energia elétrica em determinado período, onde o produtor terá acesso a descontos especiais. “O governo aposta no crescimento da produção de peixes com a liberação das águas pertencentes à União para cultivo, a exemplo do que aconteceu no Chile que expandiu consideravelmente a produção de salmão naquele País”, completou. A preocupação também é fortalecer o mercado interno, cujo consumo atual é da ordem de 7 quilos por habitante/ ano enquanto que o recomendado é de 16 quilos anuais “No futuro, não vai ser por falta de mercado que vai se restringir a produção como já aconteceu no passado”, finalizou o ministro. Segundo cálculos da Emater, a psicultura é tão rentável quanto a soja e o milho. Ao que tudo indica, o mar (ou tanque) está para peixes para o produtor paranaense ■
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turismo Kattamaram
Passeio no lago de Itaipu Somando à nova fase de turismo em Foz do Iguaçu, empresário investe R$ 3 milhões no mais novo roteiro turístico da cidade das cataratas e lança passeio com barco estilo catamarã.
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F
oz não se resume só às cataratas. Foz também não gira em torno só das compras no Paraguai. A cidade paranaense, atual segundo destino mais visitado por turistas estrangeiros no Brasil, segundo dados da Embratur, vem mudando essa imagem. Com o objetivo de manter o turista por mais alguns dias na região, a cidade tem investindo em novas atrações, bastante ligadas à geografia do município, e que não eram tão exploradas antes, como o ecoturismo. Além de roteiros como o arvorismo com tirolesa, rafting nas corredeiras do rio Iguaçu, rapel com vista panorâmica das cataratas, vôo de helicóptero, entre outros, o mais novo produto turístico de Foz do Iguaçu é um passeio no Lago de Itaipu a bordo de um barco de estilo catamarã, com um grandioso cenário de fundo e um belíssimo pôr-dosol. Promovida pela empresa Macuco Ecoaventura, o Kattamaram, como foi batizado, tem capacidade para 200 pessoas, dois ambientes, um interno e outro externo, e conta com um restaurante climatizado, bares, TV de plasma com vídeo, som ambiente, antena de telefone celular e internet e banheiros específicos para portadores de necessidades especiais. Foram quase R$ 3 milhões investidos no barco. “A idéia do Kattamaram surgiu há mais ou menos 2 anos, quando realizamos alguns passeios com barcos menores e a receptividade foi enorme. Tivemos mais de 1.500 pessoas nestes primeiros passeios, mas, em vez de dar continuidade, decidimos que não iríamos “queimar” o passeio sem
“Nos próximos meses, a Itaipu vai ajudar a construir um cais próximo da Usina que possa ser usado como base para o Kattamaram e também para a polícia Federal. Isso vai facilitar o fluxo de turistas que visitam a usina para que participem dos passeios” Jorge Miguel Samek
maiores investimentos. Pensamos: vamos fazer um barco maior e mais luxuoso, onde serviremos almoço e faremos diversas rotas e daí sim vamos iniciar o trajeto”, conta o diretor comercial e criador do projeto, Adriano Santos. Em parceria com a Itaipu Binacional, a idéia é integrar o passeio ao centro de visitantes da hidrelétrica com o turismo no Kattamaram. “Nos próximos meses, a Itaipu vai ajudar a construir um cais próximo da Usina que possa ser usado como base para o Kattamaram e também para a polícia Federal. Isso vai facilitar o fluxo de turistas que visitam a usina para que participem dos ►
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Ambiente externo do kattamaram: um excelente lugar para apreciar o pôr do sol ou as luzes da Usina de Itaipu.
turismo Kattamaram passeios”, diz o presidente da Binacional, Jorge Miguel Samek. Construído totalmente com tecnologia nacional, o Kattamaram tem 35 metros de comprimento por nove metros de largura. O barco possui espaço para jantares, coquetéis, shows e eventos. “Desenvolver o barco foi algo totalmente pioneiro. Primeiro fizemos uma pesquisa extensa sobre qual seria o melhor barco para o lago, em que os engenheiros constataram que na Argentina e Chile os catamarãs eram os barcos que tinham mais segurança e estabilidade nos lagos”, diz Adriano. Roteiro O roteiro inaugural possui como ponto de embarque a praia artificial de Três Lagoas, em Foz do Iguaçu. O barco navega por alguns quilômetros até a praia artificial de Santa Terezinha de Itaipu e depois segue até a imponente barragem da Itaipu Binacional, que tem 7.760 metros de comprimento e “une” o Brasil ao Paraguai. O barco dispõe, ainda, de
outro passeio especial, para um espetáculo de luz nas noites de sexta-feira e sábado. O Kattamaram leva os passageiros para ver a iluminação da barragem. Sob outro ângulo, o show que ilumina a usina fica ainda mais fabuloso. A excursão também pode percorrer os atrativos existentes na margem brasileira do Lago de Itaipu. A costa possui nove praias artificiais, cada qual com suas particularidades. São elas: Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Missal, Santa Helena, Entre Rios do Oeste, Pato Bragado e Marechal Cândido Rondon.
As cidades mais visitadas no Brasil por estrangeiros
Fonte: Embratur
1o Rio de Janeiro (RJ) 30,25 % o 17,1% 2 Foz do Iguaçu (PR) o 12,6% 3 São Paulo (SP) 15,1% 4o Florianópolis (SC) 11,4% 5o Salvador (BH) o 6 Balneário Camboriú (SC) 7,8% 4,6% 7o Fortaleza (CE) 5,3% 8o Natal (RN) o 9 Armação de Búzios (RJ) 4,4% 4,1% 10o Manaus (AM)
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De dia ou de noite, o ponto alto do passeio fica a cargo do visual e conforto.
Durante o percurso a ser criado pelos próprios passageiros, é possível encontrar o caminho das eras, dos povos e da cultura do Oeste do Paraná. Também ficar perto das pequenas ilhas existentes ao longo do reservatório, conferir os projetos de criação de pescado em tanques-rede ou, quem sabe, conhecer aldeias indígenas. Tudo isso pertinho de você. Basta embarcar nessa viagem ■ SERVIÇO: PASSEIO KATTAMARAM Telefones: (45) 3028-9665 e 3529-9626 Foz do Iguaçu | Paraná | Brasil www.kattamaram.com gerencia.kattamaram@macucoecoaventura.com.br
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Bússola
Recorde no preço da soja Inflada pela especulação de fundos de investimento, a soja saltou mais uma vez no mercado internacional e fechou em um novo recorde histórico no começo de julho. Em seu maior preço nos 160 anos da Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, o bushel (27,21 quilos), fechou em US$ 16,58 para contratos com vencimento em julho. A maior cotação ocorrera em 3 de março, quando o bushel alcançou US$ 15,96. Baixos estoques mundiais, explosão de preços do petróleo e, recentemente, a expectativa com a safra norte-americana a ser colhida a partir de setembro elevam a cotação das commodities. A preocupação com possíveis alterações climáticas às vésperas do feriado de 4 de julho, quando a bolsa fechou, foi um componente a mais, explicam especialistas. O temor é que inundações nos EUA possam afetar a produção de milho e da soja.
Pequenas empresas são as que mais geram emprego no Paraná Os estabelecimentos que possuem de um a quatro funcionários foram os que mais geraram emprego entre janeiro e maio de 2008. Com 42.334 novas contratações, as pequenas empresas foram responsáveis por 44,5% dos 95.218 empregos gerados em todo o Paraná. Os dados são resultado de um estudo elaborado pela Coordenadoria de Estudos, Pesquisas e Relações de Trabalho da Secretária do Trabalho, Emprego e Promoção Social, com base nos resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Valor Bruto da Produção agropecuária do Paraná cresce 26% A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento anunciou a primeira versão do Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária para 2007 que projeta um faturamento bruto de R$ 32,5 bilhões pela produção agrícola e pecuária paranaense. Esse valor corresponde a uma elevação de 26% sobre o faturamento obtido em 2006, quando o VPB atingiu R$ 25,78 bilhões. Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, com a confirmação do crescimento da safra 2007/08, o incremento da pecuária e o aumento geral dos preços agropecuários nos mercados interno e externo, o VBP mantém a tendência de crescimento também para 2008. Bianchini destacou que o quadro econômico para a agropecuária no primeiro semestre deste ano confirma a tendência de crescimento do faturamento bruto para produção agrícola. Valter Bianchini, Secretário da Agricultura e do Abastecimento: “O quadro econômico confirma a tendência de crescimento do faturamento bruto para produção agrícola”.
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Expansão da indústria no Paraná A indústria do Paraná manteve em maio o ritmo de expansão das vendas que vem sendo registrado desde o início do ano, segundo levantamento divulgado dia 1o de julho, pelo Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). De janeiro a maio de 2008, os resultados acumulados atingiram um índice 14,29% maior do que o mesmo período do ano passado. O gênero que apresentou o maior aumento no acumulado dos cinco primeiros meses do ano foi ‘Máquinas e Equipamentos’, com um crescimento de 41,12% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em seguida, aparecem os gêneros ‘Borracha e Plástico’ (34,44%) e ‘Couros e Calçados’ (31,9%).
Foto:SECS
Funcionário trabalhando em Indústria de alimentos: os resultados apontam um índice 14,29% maior que ano passado.
Foz ganha novo Bristol O grupo Bristol Hotéis & Resorts está prestes a inaugurar mais uma unidade em Foz do Iguaçu. O Bristol Dobly Viale Cataratas Hotel abre as portas dia 1º de setembro ao público, levando a bandeira Dobly, categoria luxo, que disponibilizará 152 apartamentos. Com isso, a rede atinge o número de 20 unidades sob sua responsabilidade, em seis estados brasileiros (PR, SC, SP, RJ, MS e CE). A novidade está localizada na Rodovia das Cataratas, a poucos minutos dos principais pontos turísticos de Foz. Mesmo estando bem perto de outras grandes redes hoteleiras, e instalado na frente do Bourbon, a Bristol pretende abocanhar boa parte da crescente demanda do turismo de negócios e lazer da região.
Fé no Brasil:
Pesquisa revela visão de investidores internacionais Pesquisa realizada pela Market Analysis, entre acionistas estrangeiros a respeito do Brasil, apontou para um perfil positivo e crescente. Dentre os nove países participantes, a França foi a que demonstrou a melhor percepção, com 58,1% de respostas favoráveis ao país. Os espanhóis, com 53% e os russos, com 47,5%, ficaram logo atrás no ranking. Os nãoacionistas que apresentaram melhores expectativas foram os chineses, com 51,5%, seguidos pelos canadenses e australianos, com 44,3% e 39,9%, respectivamente. Este cenário pode indicar uma boa quantidade de dinheiro potencialmente vinda para o Brasil, que conta com a elevação em nível de investimento (investment grade) e a queda do dólar.
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Frente a frente com o Bourbon: Além do Bristol Multy Carimã Hotel, a rede prepara o segundo empreendimento em Foz para disputar o mercado em expansão da cidade.
Exposição
Tarsila do Amaral
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Tarsila por inteira Pela primeira vez no Paraná, Museu Oscar Niemeyer abre mostra individual de Tarsila do Amaral.
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programação cultural do curitibano está começando a ficar mais interessante. Pelo menos está sendo assim desde 4 de julho, quando começou, pela primeira vez em Curitiba, uma mostra individual de Tarsila do Amaral. Caracterizando-se como uma das mais importantes do calendário expositivo do ano, o público tem até 5 de outubro para ver os trabalhos que compõe a exposição Percurso Afetivo Tarsila. São 57 trabalhos selecionados pelo curador Antonio Carlos Abdalla, junto com a “Tarsilinha”, sobrinha-neta da artista, entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas e objetos de uso pessoal da modernista. A obra de maior destaque é Antropofagia, produzida em 1929, que, como ressalta o curador, “sintetiza o Abaporu e A Negra, algumas das obras mais famosas de Tarsi-
la”. Outras importantes surpresas da mostra são Procissão, de 1954, a segunda versão de A Negra, iniciada em 1940, e o Estudo para A Negra, em nanquim sobre papel. “Com sete metros de comprimento, Procissão nunca foi expos-
"Há um proposital e aparente caos, planejado para que o visitante possa sentir-se mais próximo da vida da artista e admire as obras individualmente, livres de classificações mais rígidas Antonio Carlos Abdalla
ta fora de São Paulo, porque é muito grande. A tela só foi exibida no 4o. Centenário de São Paulo, em 1954. E, acredito que até os anos 70 a segunda versão de A Negra foi trabalhada e retrabalhada, permanecendo inacabada. O que sugere a continuidade da leitura do trabalho da artista e a abertura para inúmeras Ao lado, foto de tarsila do Amaral: Foi uma das artistas mais representativas da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas. Na página à esquerda, autoretrato da pintora.
possibilidades de interpretação da obra de Tarsila, que permanece aberta”, explica o curador. Entre as obras, há também as duas gravuras em metal de Abaporu e Antropofagia, ambas sem data, mas que, segundo Abdalla, seriam posteriores às duas famosas pinturas de Tarsila. As obras são provenientes de acervos de museus de São Paulo e Bahia e de coleções particulares de São Paulo e Rio. O foco central da mostra é o caminho afetivo de Tarsila do Amaral (1886-1973) impregnado em sua obra. Um caminho que é traçado a partir da descoberta do Diário de Viagem – da década de 1920, com desenhos e impressões das viagens que a artista fez pelo Brasil e pelo exterior. Importância Tarsila é uma figura emblemática para a compreensão do Modernismo no Brasil e de tudo o que se seguiu a ele. Formando o chamado “Grupo dos 5”, ao lado de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti e Menotti del Picchia, a artista tem seu nome registrado na história da arte brasileira como vanguardista. “A partir do final dos anos 1920, envolvendo-se de forma direta nos movimentos Pau-Brasil e Antropofágico, ajuda a dar um contorno único e especial à ►
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Exposição
Tarsila do Amaral
Na foto, Tarsilinha, sobrinha-neta da artista mineira, na abertura da exposição no MON: “É com muita emoção que participo deste evento em Curitiba... ... tenho projetos para o resto de minha vida em relação a Tarsila do Amaral”. Atrás dela, o grande destaque da exposição, a obra Antropofagia, 1929, que caracteriza a fase antropofágica de Tarsila do Amaral.
cena cultural brasileira”, afirma o curador. Abdalla diz que esta é uma ocasião rara para ver obras de Tarsila, em uma exposição individual, de conceito biográfico-documental, com “especial atenção a um único documento: o diário de viagem, que traça o percurso afetivo da vida da artista”. Além do acervo da família, a mostra reúne pinturas e desenhos vindos de importantes coleções, como Nemirovsky, Rodrigo Jacques Perroy, Roberto Marinho, Paulo Kuczynski, Pinacoteca de São Paulo, e dos museus de Arte Contemporânea e de Arte Moderna de São Paulo, entre outros. O curador chama atenção para o recorte onírico que “desde sempre esteve presente na produção de Tarsila”.
No segmento biográfico, surgem os retratos de Mário de Andrade, Blaise Cendrars, Luís Martins e Lasar Segall, companheiros de formação e atuação, e da neta Beatriz do irmão Milton, seguidos de obras da fase antropofágica. A vida urbana, a presença da máquina e o forte contraste social, o olhar místico e a fuga para a natureza, com o surgimento do onírico, completam os temas abordados. “Esta exposição foi bastante ampliada em relação à primeira (Pinacoteca)
O Touro (1925): as obras da artista mineira se tornariam sinônimo de arte brasileiira.
e, nesta nova leitura, não foram considerados os períodos –Pau-Brasil, Antropofágico e Social – habitualmente identificados na obra de Tarsila. O enfoque dado, em primeiro lugar, foi intimista; depois, temático e, quando possível, cronológico. Há um proposital e aparente caos, planejado para que o visitante possa sentir-se mais próximo da vida da artista e admire as obras individualmente, livres de classificações mais rígidas”, conclui Antonio Carlos Abdalla ■ Exposição Percurso Afetivo Tarsila Exibição ao Público 4 de julho a 5 de outubro Local Museu Oscar Niemeyer Rua Marechal Hermes, 999 Centro Cívico Contato (41) 3350-4400 Horário Terça a domingo, das 10h às 18h Preços R$ 4,00 adultos e R$ 2,00 estudantes (Não pagam crianças de até 12 anos, maiores de 60 anos e grupos agendados de estudantes de escolas públicas, do ensino médio e fundamental)
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Agricultura
Vale Fertil
Aperitivo Argentino
Dona do mercado brasileiro de azeitonas, a empresa argentina Vale Fértil quer crescer 32% com a volta no aumento no consumo.
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etiscar azeitonas e consumir o azeite de oliva está voltando a ser um hábito nas mesas do brasileiro. Depois de uma quase retração em 2006, quando o mercado cresceu apenas 5% como conseqüência de um aumento de preços de US$ 900 para US$ 1.400 a tonelada, o consumo de azeitonas no Brasil se estabilizou e assimilou novos custos, amortecidos inclusive pela desvalorização em dólar, e prepara uma nova etapa de crescimento. Mesmo assim, o consumo do azeite de oliva no Brasil ainda é considerado baixo, com 224 gramas/per capita/ano. Na Grécia, por exemplo, o consumo é de 20kg/per capita/ano. Outro fator que faz com que o produto pese no bolso é a fraca produção interna. Mesmo com alguns experimentos sendo feitos com plantio de azeitonas em Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o Brasil é o quinto maior importador dos produtos derivados e, com 33 mil toneladas de azeite, é o terceiro maior importador do mundo do produto. Neste cenário, a empresa líder no setor, consequentemente, não poderia ser brasileira. Sendo a única empresa no país que produz suas próprias azeitonas, a Vale Fértil, um tipo de subsidiária do grupo argentino Nucete, o maior produtor de azeitonas daquele país, já enxerga essa possibilidade de aumento no consumo no mercado brasileiro: ainda neste ano, espera um cresci-
mento de 32%, um aumento nas vendas de 12 mil para 15 mil toneladas e um crescimento no faturamento de R$ 68 milhões para mais de R$ 100 milhões. “Nós fomos os pioneiros no incentivo ao consumo de azeitonas quando lançamos o sachê como embalagem o que representou uma redução de custos de 40% no preço final do pro-
"Fomos os pioneiros no incentivo ao consumo de azeitonas quando lançamos o sachê como embalagem o que representou uma redução de custos de 40%" Joaquim Barrachina
duto”, lembrou Joaquim Barrachina, diretor Administrativo e Financeiro da empresa, um espanhol que chegou a Curitiba aos 3 anos de idade e que hoje é sócio do empreendimento da família Nucete, eles próprios espanhóis radicados na Argentina há mais de 60 anos. “E também temos a garantia de qualidade do produto em todas as etapas porque, além de tudo, 65% da produção é própria e 35% vem através de pequenos produtores associados”, explica ele. Com sede em São José dos Pinhais, a Vale Fértil se instalou no Brasil em 1991 para disputar o mercado local com marca própria. O negócio deu resulta-
dos tão significativos que hoje a marca detém 30% do mercado brasileiro que consome perto de 40 mil toneladas anuais e ficou conhecida ao ponto de a empresa decidir por lançar novos produtos como azeite de oliva, vinagres e temperos. As azeitonas são recebidas a granel e processadas e embaladas na fábrica paranaense. “O nosso crescimento se dará por uma campanha e maiores investimentos para popularizar o consumo de azeitonas no Brasil onde o produto ainda é considerado um item supérfluo, ao contrário da Europa”, acrescentou o diretor. No país vizinho, a produção própria é de 40 mil toneladas com o que a Vale Fértil é a única empresa instalada no Brasil que domina todas as etapas do negócio, desde a seleção das sementes e plantio até a distribuição do produto final. “Nós já sentimos que o mercado está em franca recuperação porque as vendas do primeiro semestre costumam representar apenas 35% do total do ano e nos primeiros quatro meses do ano elas evoluíram 24%”, disse o diretor. No Brasil o maior consumo de azeitonas ainda é como aperitivo, o que, segundo o diretor da Vale Fértil, costuma acompanhar os meses mais quentes e as festas de final de ano, sendo o segundo semestre responsável por 65% das vendas anuais ■
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Plantações da Vale Fértil na Argentina: produção própria de 40 mil toneladas anuais.
expansão Bematech
Marcel Malczewski, um dos fundadores e CEO da Bematech. Segundo ele, a empresa ainda tem em caixa cerca de R$ 180 milhões originários da abertura de capital realizada no ano passado e da geração de caixa próprio, “dos quais cerca de R$ 150 milhões certamente serão destinados a mais aquisições”.
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Mais um passo no setor de Software
Bematech compra Snack Control e amplia portfólio de soluções, dando continuidade ao seu projeto de compra de ativos, com cerca de R$ 100 milhões em investimentos.
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vançando mais um passo na sua estratégia de concentrar esforços no setor de software e de implantar seu modelo próprio One Stop Shop, foco prioritário da empresa para 2008, a paranaense Bematech anunciou ter adquirido ativos selecionados da empresa Bios Blak, importante player no setor de software para o varejo e que desenvolve produtos para o segmento de Food Service. A aquisição envolve a totalidade das quotas do capital social da Snack Control, empresa líder de mercado em franquias de alimentação, que atua desde 1993 provendo software para o mercado de Food Service com mais de 4.000 licenças vendidas. Com isso, o aplicativo Snack Control, líder entre as maiores franquias de alimentação, passa agora a integrar o pacote de hardware, soluções e serviços da Bematech para automação comercial. Desde o final de 2006, a empresa paranaense vem se dedicando a compra de ativos, com investimentos próximos a R$ 100 milhões: adquiriu quatro empresas de software e uma de hardware. Assim, o Snack Control se junta aos softwares Gemco Anywhere, Pharmacy, Smart e Practico. “Não podemos dizer que o pacote de aquisições está fechado porque ainda temos muitos setores interessantes por onde verticalizar a Bematech tais como supermercados, hotéis e
serviços de varejo onde somos líderes no fornecimento de impressoras, mas não oferecemos softwares”, disse um dos fundadores e CEO da Bematech, Marcel Malczewski. Segundo ele, a empresa ainda tem em caixa cerca de R$ 180 milhões originários da abertura de capital realizada no ano passado e da geração de caixa próprio, “dos quais cerca de R$ 150 mi-
“Não podemos dizer que o pacote de aquisições está fechado porque ainda temos muitos setores interessantes por onde verticalizar a Bematech” Marcel Malczewski
lhões certamente serão destinados a mais aquisições”. Pelos planos da Bematech, pelo menos duas novas operações de compra serão realizadas até o final de 2008 e uma delas ainda no primeiro semestre deste ano. “Estamos negociando no momento com 10 empresas que nos interessam dentro deste processo de verticalização que pretendemos encerrar até o final de 2009”, informa Marcel. Muitas destas aquisições estão seguindo o modelo da Bios Blak, onde valor da compra será calculado de acordo com o desempenho fu-
turo, utilizando um múltiplo de Ebitda de 5x, calculado sobre o período compreendido entre julho de 2008 a junho de 2010. “A demanda pelo conceito One Stop Shop veio dos nossos próprios clientes”, diz o CEO. “Se o fornecedor é único, o contato em caso de qualquer problema com equipamento ou upgrade necessário, por exemplo, também é único”, completa. Contratos deste tipo estão sujeitos a condições como aprovação da aquisição pelo Conselho de Administração da Bematech, finalização do processo de auditoria legal e contábil e das obrigações contratuais do vendedor. Segundo a Bematech, a aquisição é importante para os planos de expansão da empresa porque o mercado de Food Service (alimentação fora do lar) compreende vários segmentos do comércio, dentre eles o de restaurantes, lanchonetes, fast foods, bares entre outros, e que conta com um número estimado em aproximadamente um milhão de estabelecimentos. “É o maior potencial de investimento em software entre as verticais do varejo”, diz Marcel Malczewski. Segundo informações da Bematech, o software Snack Control é líder de mercado entre as maiores franquias de alimentação (50 maiores redes – fonte: ABF) com market share estimado pela Bematech em 29% do número de estabelecimentos ■
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