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CLAUSULA TESTAMENTARIA [5604]

Tractado tenho sido como mero ceguinho que verseja, mas confio, tranquillo, no meu tacco, tenho brio. Resisto, creio, ao crivo mais severo. Por isso deixo claro: chance zero terá quem, só depois que eu desça ao frio sepulchro, homenageie-me, eu que chio:

-- Não quero premios posthumos, não quero!

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Recuse meu herdeiro, não permitta qualquer typo de evento onde alguem queira, do morto, celebrar esta cegueira maldicta, a minha mystica maldicta!

Alguem em mim achou qualquer certeira visão da poesia? Alguem me cita ja como um immortal padrão de escripta?

Meu rosto observe, e não minha caveira!

Em vida, como Nelson Cavaquinho ja disse, é que se deve premiar, honrar alguem que merito terá tambem depois da morte: elementar. Em dois outros poemas synthetizo aquillo que me cabe por direito humano, ou si intellecto um pouco honesto alguem ainda tenha por aqui:

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