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DISSONNETTO DA ENTREVISTA PREVISTA [1312]
Ja fui entrevistado vezes tantas que perco a compta, e penso si seria melhor que eu, doradvante, em poesia responda ao que gargalham as gargantas: Perguntam-me que sopa tomo às jantas?
Sonnettos ja fiz sobre o que vicia meu gosto e, si o assumpto é putaria, em verso conto como lambo as plantas. A tudo um dissonnetto prompto guardo que, rapido, responda. Si preciso, uns tantos novos a compor não tardo, que aos velhos jamais causam prejuizo. Num alvo sempre cabe mais um dardo. Com practica, sae quasi de improviso qualquer thema proposto a um cego bardo, si causa, no auctor, choro e, ao leitor, riso.
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