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DISSONNETTO DO THRONO QUE TEM DONO [1427]

A historia litteraria dum paiz inteiro não é omnibus nem mesa de bar ou restaurante, onde quem quiz entrou, e onde ninguem tem bunda presa. Em prosa ou poesia, o que ja fiz garante-me o logar: basta a proeza dos mil, dois mil sonnettos, tantos “mis”, [sic] mantendo-lhes rigor, juncto à rudeza. Daquillo que compuz estou seguro. Captiva, permanente, é-me a cadeira, talvez na Academia Brazileira, ou só mesmo em compendios, no futuro. Mas certos desafforos não atturo, pois “a bolla da vez”, ou baboseira que o valha, é o pau no cu de quem me queira negar justo valor, e um pau bem duro!

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