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DISSONNETTO PARA UM QUASI ACADEMICO FALLESCIDO [1764]
Morreu o jornalista que, insistente, queria tanto entrar na Academia. Passou a vida inteira a toda gente dizendo que só isso pretendia. A cada vaga aberta, elle, contente por ver alguem morrendo, repetia na casa uma inscripção, mas delle à frente na fila estava alguem que se premia. Politicos, artistas, cineastas, astrologos e suas amizades, alguem sempre o pretere nessas gastas espheras da feirinha de vaidades.
Até que chega o dia em que elle vae … é para o Cemeterio das Saudades, na tumba mais commum! E appenas sae na imprensa uma notinha dos confrades …
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