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DISSONNETTO PARA UM CORTADO QUE CORTOU [2043]

Amigo, era você quem mais podia appresentar meu livro, pois entende do assumpto e viu que minha poesia é boa e, si editada, até que vende. Por isso lhe pedi que recommende a obra: si um poeta me elogia, a critica academica ja tende a achar que minha escripta não é fria.

Quem mais podia appoio dar-me? Quem?

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Mas, como ficou longo o seu prefacio, mandou meu editor que alguem passasse-o a limpo, até o tamanho que convem.

“Ah é, me’rmão? Que cara de pau, hem? Pois bem! Então nenhum auctor me venha pedir, que, alem de orelha e de resenha, não faço mais prefacio p’ra ninguem!”

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