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TRAPALHONAS PERSONAS [5254]
No prelo, meu “Raymundo”, de pesquisa, trabalho deu ao mestre que o commenta num lucido postfacio. Penna attenta, João Adolpho Hansen analysa sonnetto por sonnetto, com precisa noção do que o poeta cego tenta dizer. Hansen apponcta donde venta o vento e onde é que cada typo pisa. Achou que minhas rhymas são toantes, talvez por orthographicos detalhes, ainda que eu as faça consoantes. Notou que do palacio de Versalhes meus sujos personagens são distantes: me exempta, caso o livro tenha encalhes. Ao critico direi: “Não te levantes mais contra a minha lyra! Não me malhes!”
Oi! Você me remetteu seu trabalho e, aggradescendo, recebi com prazer. Eu tava lendo, tá valendo. Como estou cego e, no breu, ler é um obice tremendo, numa fila ponho o seu texto e, em breve, ouvil-o agendo. Ou alguem para mim lê em voz alta, ou, caso dê, meu fallante micro o faz, sem gastar demais o gaz. Como o micro é muito lento e quem leia, no momento, falta, eu ja nem corro attraz e a preguiça curto, em paz.
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