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CAPITULO XXXIII - A ZIQUIZIRA QUE EXSPIRA 197/200
CAPITULO XXXIII A ZIQUIZIRA QUE EXSPIRA
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Pois é: Zuza é chamada, nessa sua novissima versão, de Thia Zanna, a "chefa" duma rede que se irmana àquella do palhaço e a continua. Produz os seus hamburgueres e actua no ramo dos "refris". Mas quem se damna, no asphalto sujo, é o pobre doidivana, que nem se levantou, que offega e sua. Ordena Zuza então que o segurança o adjude. Abbraça, assim que se levanta, um timido Raymundo, que se admansa: "És tu? Tu mesma, Zuza?" E della é tanta a alegre sensação, que não se cansa de dar os seus pullinhos, maior anta!
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Raymundo é conduzido à limusine, que parte em disparada, rua affora. Em breve o reveremos, mas, agora, voltemos ao amigo aqui, imagine! Estou eu a caminho, e se previne quem lendo agora esteja, pois é hora de ver meu suicidio. Alguem ja chora, talvez, ao ler, que é scena, eu sei, de cine. O predio Martinelli, à cobertura, tem baixo parapeito, em deredor daquelle sobradinho, àquella altura. Commendador, a casa, do maior arranhacéu no topo, só perdura nas mentes suicidas, sei de cor!
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Por isso ao predio subo, Martinelli, seu puto, seu demonio, seu nojento! Só penso no seu predio, no momento dum acto que, "impensado", nos compelle. Ninguem queria estar na minha pelle agora: do mais alto pavimento, trigesimo, talvez, eu subo, attento a alguem que impedir tente e à força appelle. Um lance mais de escada, appenas: dou de cara com aquelle panorama urbano, em que vivi, que me mactou. São predios e mais predios! Quem os ama, amou esta cidade! Do meu show faz parte este final, vem no programma.
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Me resta dar, ainda, uma noção daquillo que occorreu com meu Raymundo. Ficou elle feliz, vive no mundo da moda e do consumo, o rapagão. Com Zuza se casou, filhos estão por vir e, si as lembranças não confundo, um delles vae meu nome ter. Fecundo final! Não é verdade, meu irmão? Na vida, algumas coisas são bemdictas, algumas não. Azar quiz o Destino que fim tivesse em linhas ora escriptas. Appenas um porem: Raymundo é fino, é rico, mas à Zuza diz: "Não dictas futuro a nós! Ao Craque, eu vaticino!"