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Uma jornada de transformação
Evolução da GS1 Brasil acompanha as mudanças na maneira como trabalhamos e vivemos
Inovação que contribui com o mercado, estimula a automação – por meio de ações educativas, eventos, grupos de trabalho setoriais, implementação de cases entre outros – e promove a integração entre empresas da cadeia produtiva. As linhas paralelas dos códigos de barras deram início a uma série de soluções inovadoras, capazes de rastrear mercadorias desde a origem, compartilhar informações dos produtos entre os elos da cadeia de suprimentos e alinhar as estratégias de negócios nos ambientes físicos e virtuais, entre outros benefícios.
Hoje, a GS1 Brasil conta com mais de 58 mil associados, que representam 31% do PIB e 18% dos empregos formais. São números que demonstram a importância da organização no mercado brasileiro e no apoio à evolução da automação no país.
Nestas mais de três décadas, a organização, sempre atenta às demandas do mercado, passou a ouvir ainda mais os associados e toda a comunidade de negócios para que, juntos, direcionassem as soluções de automação mais adequadas para cada situação e setor.
Diante dos novos desafios decorrentes do cenário digital enfrentados pelo mercado, nos últimos anos a GS1 Brasil percebeu que poderia contribuir ainda mais para o desenvolvimento das empresas e passou a oferecer, além da atribuição de código de barras para identificação de produtos, dados e informações estratégicas que contribuem para o crescimento e a digitalização dos negócios.
Dessa forma, o Cadastro Nacional de Produtos se tornou um banco de dados confiável que atualmente possui mais de 51 milhões de produtos cadastrados, utilizados amplamente no mercado nacional. Assim, o varejo pode alinhar sua base de dados de produtos junto às indústrias, obtendo informações mais precisas em seus sistemas de gestão com a integração de dados nas operações tanto das lojas físicas, quanto online.
Códigos 2D
Atualmente, os clientes estão constantemente exigindo mais informações sobre os produtos que compram, onde foram cultivados/fabricados e a melhor forma de usá-los e reciclá-los. Ao mesmo tempo, os varejistas estão ficando sobrecarregados com o grande volume de dados que vêm de várias fontes em diferentes formatos, o que é cada vez mais complicado quando se trata de recalls de produtos. Aqui entra o código de barras 2D.
Você já deve ter visto um código de barras 2D. Eles se parecem com os QR Codes e podem ser encontrados, por exemplo, em medicamentos controlados. A vantagem de um código de barras 2D sobre um código de barras linear é que ele pode codificar muito mais dados. Assim, pode conter detalhes como o lote e o número de série de um item, bem como as datas de validade, tornando-o perfeito para rastreamento de alimentos frescos, por exemplo. Quando escaneado no checkout, ele pode até alertar que um produto ultrapassou sua data de validade, para que o sistema impeça a compra.
O gigante australiano dos supermercados Woolworths testou o uso de códigos de barras 2D para ajudar a reduzir o desperdício de alimentos e controlar melhor a data de validade, evitando a venda de produtos vencidos. Seu gerente geral de capacitação de negócios, Richard Plunkett, diz que “os códigos de barras 2D têm um potencial imenso para agregar em processos de rastreabilidade e em embalagens inteligentes”.
Além de aumentar a quantidade de dados disponíveis, os códigos de barras 2D ocupam significativamente menos espaço na embalagem do que um código de barras tradicional. Isso permite mais espaço no rótulo do produto para mostrar as credenciais de uma marca ou fornecer informações mais ricas sobre o produto, ajudando a construir mais confiança entre fornecedores e consumidores.
Atuação no varejo
Desde que o código de barras de um chiclete da marca Wrigley’s foi escaneado pela primeira vez em um supermercado em Ohio, EUA, em 1974, a GS1 contribui, contínua e globalmente, para a eficiência e o crescimento da cadeia de suprimentos do setor varejista e de sua comunidade de negócios.
Com o uso do código de barras EAN-13, hoje lido 6 bilhões de vezes ao dia no mundo todo, é possível obter agilidade nas operações varejistas. Com a utilização do número global do item comercial, o GTIN (que é a numeração que fica embaixo do código de barras EAN), é possível realizar o cadastro nos mais variados sistemas, usando uma chave única, aberta e padronizada mundialmente. Essa chave identifica, de maneira inequívoca, um produto ao longo da cadeia de suprimentos, desde a sua origem até a chegada ao cliente final.
O uso do GTIN garante a interoperabilidade de informações de produtos entre os sistemas dos parceiros comerciais da cadeia de suprimentos, com confiabilidade de informações. Assim, permite que o varejo supere o desafio de adequar rapidamente suas operações para atender consumidores exigentes e proporcionar uma experiência de compra mais consistente, independente do canal físico ou online.
O uso de Padrões GS1 ajuda a satisfazer as expectativas dos consumidores antes, durante e depois de suas compras, possibilitando resultados mais precisos nas buscas sobre produtos na internet, facilitando a comparação de produtos, preço e avaliação da experiência.
Presença no agronegócio
A revolução digital no agronegócio é uma realidade e a GS1 Brasil oferece padrões globais de identificação que promovem automação dos processos e rastreabilidade, agregando valor para os produtos e serviços, além de promover a eficiência operacional e logística entre os elos da cadeia produtiva e de abastecimento.
O Agro 4.0 é dependente de várias áreas que demandam processos, pessoas, gestão de dados e tecnologia integrada. Nos últimos anos, a GS1 tem dedicado esforços para a disseminação e implementação de padrões globais para uso na cadeia de abastecimento, desde sua produção até o consumidor final, promovendo a conectividade.
Os padrões GS1 estão na base da transformação digital e possibilitam trocas efetivas de informações entre produtores, distribuidores e varejistas, trabalhando e atuando com diretrizes fundamentais que facilitam a interoperabilidade entre os elos da cadeia. No cenário nacional, a GS1 Brasil tem contribuído para a digitalização do agronegócio, apoiando as empresas a tornar seus processos mais ágeis e seguros. Dessa forma, proporciona:
• ganho de eficiência nos processos; • interoperabilidade da cadeia; • visibilidade dos produtos; • transparência das informações; • diminuição de desperdício; • redução de custos; • sustentabilidade e diminuição de impactos no meio ambiente; • rastreabilidade. Prova de tudo isso são os cases de sucesso de aplicação, como o uso dos padrões GS1 na identificação e rastreabilidade de fardos de algodão desde a fazenda até a indústria, além da rastreabilidade do melão, tomate, laranja e a automação dos processos no maior produtor de cebola do País, onde é possível mapear desde o plantio até o beneficiamento.
Para a eficiência do Agro 4.0 é necessário que haja interoperabilidade da cadeia, e a automação é uma das fases fundamentais desse processo. Somente assim é possível oferecer alta qualidade das informações para atingir a rastreabilidade dos produtos produzidos.
Saúde em foco
Não há dúvida da relevância do setor da saúde em qualquer esfera. Por cuidar de vidas humanas, o setor investe constantemente em tecnologia de ponta, levando mais segurança e conforto aos pacientes, e a GS1 Brasil tem orgulho em fazer parte desse processo transformador.
A organização atua no segmento há mais de 15 anos, apoiando desde a regulamentação de um código padrão de identificação de produtos comprados nas farmácias com a implementação da rastreabilidade de medicamentos no Brasil. Nossos padrões e tecnologias formam a base que impulsiona as melhorias implementadas por diversas empresas na cadeia de suprimentos do setor. Os hospitais, por sua vez, investem constantemente em tecnologias que melhoram seus processos e que, consequentemente, resultam em mais segurança dos pacientes. Um excelente exemplo é o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), que adotou o código GS1 DataMatrix em todos os processos relacionados à gestão dos medicamentos e atendimento aos pacientes. O HAOC tem total rastreabilidade dos medicamentos desde sua chegada na área logística até o leito do paciente. Diversos outros hospitais, como Albert Einstein, Sírio Libanês, Caism e Beneficência Portuguesa, implementaram projetos similares, com apoio da GS1 Brasil.
Rastreabilidade de medicamentos
A rastreabilidade de medicamentos é uma demanda global e no Brasil tem prazo para começar: abril de 2022, quando todos os medicamentos sob prescrição médica deverão ser rastreáveis. Em preparação para essa demanda, as empresas já iniciaram ou estão com os planejamentos prontos para os devidos ajustes. Muitos fabricantes de medicamentos já adequaram suas linhas de produção para imprimir o código de barras GS1 DataMatrix na embalagem e o mesmo vem sendo feito por atacadistas, varejistas e hospitais.
Atualmente a GS1 Brasil coordena, com o apoio das entidades do setor, um grupo de trabalho que vai definir um modelo padrão tecnológico para a comunicação horizontal em toda a cadeia, essencial para a rastreabilidade de medicamentos no Brasil.
Gestão e rastreabilidade de dispositivos médicos
Diversos países têm regulamentado a gestão e a rastreabilidade de dispositivos médicos e três bons exemplos são Estados Unidos (FDA), União Europeia (Parlamento Europeu) e Brasil (Anvisa). Para os EUA e a União Europeia, todos os dispositivos exportados para esses países precisam conter uma identificação única padronizada, a UDI – Unique Device Identification.
No Brasil, desde meados de 2020, próteses de joelho e quadril e stents cardiológicos também precisam ter o UDI implementado. O UDI consiste na aplicação de um código de barras contendo informações mínimas
para gestão e rastreabilidade, como identificação do produto (GTIN), data de validade, número do lote e número serial. A GS1 Brasil tem apoiado as empresas brasileiras a atender as legislações nacionais e internacionais, por meio de materiais, cursos e assessorias técnicas.
Em prol da evolução do setor
A tecnologia está presente de diversas formas no cotidiano dos brasileiros, tanto na vida pessoal como profissional. Seus avanços estão cada vez mais evidentes em todo o mundo. A evolução da automação também tem sido relevante e muda a forma como as empresas e pessoas interagem com produtos, processos e nos mais diversos ambientes.
Por isso, para conhecer em mais detalhes a automação e mensurar de forma consistente e objetiva sua presença no mercado nacional, a GS1 Brasil, com o apoio metodológico da especialista em pesquisas GfK, realizou um estudo em todo o País, trazendo uma visão detalhada da adoção e impacto da automação para consumidores e empresas. A análise é realizada ao longo de todo o ano, é aplicada com pequenas, médias e grandes empresas e considera as especificidades da indústria, comércio e serviços. Além disso, faz uma análise considerando consumidores, o que permite uma visão holística do uso de tecnologias no País.
O Índice de Automação do Mercado Brasileiro é obtido pela avaliação dos itens encontrados em cada uma das dimensões (Consumidores; Indústria; Comércio e Serviços). Seu intervalo é de 0 a 1. Quanto mais próximo ao 1, mais o setor adota tecnologias que possibilitam a automação dos processos de negócios. Em 2020, o Índice de Automação do Mercado Brasileiro foi de 0,267. Isso significa que, considerando as tecnologias possíveis de aplicação para automação das linhas de produção, lojas e processos administrativos, as empresas brasileiras aplicam por volta de 25% das tecnologias existentes. Mas esse número vem numa crescente desde 2017: desde então, a evolução total foi de 7,2%. A análise para este índice contempla empresas dos setores de Bens de Consumo duráveis, semiduráveis e duráveis (como linha branca, eletrônicos, vestuários, calçados, alimentos e bebidas), Bens Intermediários (produtos metalúrgicos, têxteis, papel e celulose, componentes elétricos e eletrônicos) e Bens de Capital (máquinas e equipamentos e materiais elétricos). O índice total mostra uma tendência maior a inovação nas grandes
empresas. Nas pequenas e médias há uma estabilidade maior, com um pequeno crescimento entre 2019 e 2020.
Você pode encontrar todas as informações do Índice de Automação do Mercado Brasileiro no site da GS1 Brasil:
• Acesse aqui as principais análises do
Índice de Automação dos Consumidores 2020 • Acesse aqui as principais análises do
Índice de Automação do Comércio e
Serviços 2020 • Acesse aqui as principais análises do
Índice de Automação da Indústria 2020
Automação: o principal recurso da Transformação Digital
Quando falamos em Transformação Digital, logo pensamos em robôs, Inteligência Artificial, bitcoins e aplicações de tecnologias altamente complexas e que só são viáveis a grandes empresas que possam investir alto. Mas a Transformação Digital é democrática e totalmente aplicável aos diversos tipos de negócios. Por isso, a GS1 Brasil tem assumido um papel cada vez mais importante nesse processo.
O conceito de automação está estritamente ligado à aplicação de tecnologias que otimizam processos. A automação é o meio e a Transformação Digital é o resultado que engloba não apenas a melhoria dos processos, mas também a renovação da cultura das empresas e da maneira como elas fazem negócios.
Nesse sentido, o Índice de Automação do Mercado Brasileiro demonstra que a Transformação Digital existe para todos em diversos níveis. Cada setor, cada empresa, cada pessoa busca um diferente nível de complexidade para chegar a essa transformação.
E para que isso aconteça é necessário medir, avaliar e ter uma base de dados consistente. Nossos associados estão conosco principalmente em busca de um dos bens fundamentais para seus negócios: os dados de identificação de seus produtos. Esse é o primeiro passo para a empresa e seu portfólio integrarem o mundo digital. São 52 milhões de produtos transformados em bilhões de metadados que trafegam no Big Data da GS1 Brasil de mais de 40 setores da economia nacional.
A empresa que quer se transformar digitalmente precisa mapear seus processos e identificar quais tecnologias podem fazer a diferença para seu negócio. A Transformação Digital não é igual para todas as empresas: devem-se respeitar as especificidades de cada negócio e a cultura organizacional, que é o ponto essencial na transformação.
O que é unânime nessa transformação é que todos ganham com a automação!