Revista Franquia & Negócios – Ed. 84 by Editora Lamonica

digital - interativa - impressa

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ANO 14 | Nº 84 | R$ 15,00 | ABR / MAI 2019 - WWW.FRANQUIAENEGOCIOS.COM.BR - @LAMONICACONECTADA

GENTILEZA GERA... VENDAS A empatia é a nova regra do jogo para quem busca melhorar resultados para a empresa e para a equipe

O RESPONSÁVEL É VOCÊ

O master coach Paulo Vieira fala sobre o poder da autorresponsabilidade

PARCEIRO COBAIA

Franqueados ganham vantagens para testar novos produtos ou serviços

DOIS (OU MAIS) POR UM

Fusões e aquisições movimentam o mercado de franchising

SISTEMA MULTIPLATAFORMA

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DIRETORIA ABF

Diretor-presidente Diretor vice-presidente Diretora Administrativa-financeira Diretor Jurídico Diretor Internacional Diretora de Capacitação Diretor de Marketing e Comunicação Diretor de Institucional Diretor de Franqueados Diretora de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos Presidente da Comissão de Ética Presidente da ABF Seccional Rio Diretor ABF Regional Sul Diretora Regional Centro-Oeste Diretora Regional Minas Gerais Diretor Regional Nordeste Diretor Regional Interior de São Paulo

André Friedheim Antonio Bento Moreira Leite Bruna Brunet Saraiva Nasser Fernando Tardioli Lúcio de Lima Fábio Khouri de Oliveira Fabiana Estrela Alessandro Gonçalves Pereira Sidnei Amendoeira Junior Alberto Tadassi Oyama Adriana Auriemo Miglorancia Jae Ho Lee Eliane Bernardino Antonio Carlos Diel Claudia Regina Vobeto Pinto Danyelle Van Straten Leonardo Lamartine Rogério Gabriel

CONSELHO FISCAL Fernando José Fernandes Junior, Leonardo de Almeida Cubiça e Sylvio Korytowski CONSELHO ABF Ricardo Figueiredo Bomeny (presidente), Altino Cristofoletti Junior, Carlos Alberto Zilli, Claudio Miccieli, Juarez Leão, Luiz Henrique Oliveira do Amaral, Marcelo Raposo Cherto e Maria Cristina C. da Motta Franco.

EDITORA RESPONSÁVEL

Editora Lamonica Conectada Rua Sabará, 566 – 1º andar – cj 12 CEP: 01239-010 – São Paulo – SP Tel.: 55 (11) 3256-4696

Publisher José Lamônica - lamonica@editoralamonica.com.br

Editora Andréa Cordioli (MTb: 31.865) andrea@editoralamonica.com.br Repórter colaborador Paulo Gratão Diagramação Marcelo Amaral - marcelo@ditoralamonica.com.br Comercial Thais Andrade - 11 99115-3339 - thais@editoralamonica.com.br Bruna Ribeiro - 11 98568-2920 - bruna@editoralamonica.com.br Gisele Ávila - 11 98111-0025 - gisele@editoralamonica.com.br Parceria: Luzia Rodrigues - 11 97014-2726 - luzia@editoralamonica.com.br Mislene Guedes - 11 98757-1633 - mislene@editoralamonica.com.br Logística e Mercado Mônica Cavalcante - monica@editoralamonica.com.br Administração e Financeiro Silvia Medeiros - silvia@editoralamonica.com.br Plataforma digital issuu.com/lamonicaconectada Impressão Forma Certa

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Revista Franquia & Negócios ABF

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C A R TA D O P R E S I D E N T E

#desafios #franchising #oportunidades

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A sinergia do franchising

Revista Franquia & Negócios ABF

Foto: Keiny Andrade

ente. Franquias são feitas de gente, de pessoas empreendedoras em sua essência e movidas pelo desejo de fazer negócios. Estamos, dia a dia, lidando com gente. Tanto o franqueador com seu franqueado quanto este com seu cliente e todos os participantes da indústria do franchsing. E é esse relacionamento, essa interação que faz com que o franchising tenha uma sinergia única. E por falar em gente, não por acaso esta edição de Franquia & Negócios traz um especial sobre Multifranqueados. O que já é realidade nos Estados Unidos – onde há grupos empresariais dessa gente megaempreendedora com mais de 1.000 unidades – é um movimento crescente no Brasil e tende a se consolidar nos próximos anos. Saiba como atuam os multifranqueados brasileiros, suas trajetórias e estratégias. Veremos também uma síntese do que de mais importante vivenciou o Grupo ABF, em parceria com a MD Make a Difference, na Multi-Unit Franchising Conference 2019. O maior evento mundial de multifranqueados é inspirador e único para a troca de ideias entre esses grandes empreendedores. Franqueados e multifranqueados entendem que trabalhando em rede somos mais fortes, compartilhamos mais conhecimento, expandimos nossos negócios e promovemos o desenvolvimento mútuo e sinérgico de muitas pessoas. Porém, vale ressaltar a importância dos primeiros franqueados das redes. Estes são empreendedores que decidem investir nos seus sonhos e ao invés de lançar um negócio-solo, optam por uma franquia por entender que se trata de um investimento com menos riscos. Esses franqueados têm também um importante papel no desenvolvimento das redes. Para saber qual é ele, leia a reportagem nas páginas a seguir.

O balanço do franchising brasileiro em 2018 revela que há no País cerca de 2.800 redes de franquias, que envolvem mais de 174 mil franqueados. É gente em constante interação, fazendo negócios e realizando sonhos. A edição deste bimestre precede a da ABF Franchising Expo 2019 (de 26 a 29 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo). Milhares de pessoas são esperadas nesta que está entre as maiores feiras do setor em todo o mundo. Orgulho nosso, a ABF Expo só é o que é pelas pessoas que a visitam, pelos seus expositores, realizadores e organizadores. Para nós que vivemos e fazemos o setor de franquias, nada mais motivador e inspirador do que nos relacionarmos com gente e, assim, crescermos sinergicamente. Aproveite a leitura! Um forte abraço, André Friedheim, Presidente da ABF

SUMÁRIO

Veja nesta edição

44 COMPORTAMENTO

Como a empatia ajuda a alavancar as vendas de uma loja? Como usar essa capacidade para criar produtos que as pessoas amam e ter uma marca “simpática”?

48 ESPECIAL

MULTIFRANQUEADOS

Imaginem franqueados com mil operações de franquias? Essa já é uma realidade nos EUA e no Brasil o movimento dos multifranqueados é crescente. Saiba mais!

56 ESTRATÉGIA

Como agir em casos de crise, que podem prejudicar o seu negócio? Quais devem ser as medidas adotadas quando algo foge do controle?

74 INVESTIMENTO 68 MERCADO Franchising investidor: cresce o número de pessoas que entram para o sistema apenas com o dinheiro, sem se envolver na operação. Descubra as oportunidades

Revista Franquia & Negócios ABF

Diversas fusões e aquisições movimentaram o último ano no franchising. Saiba como essa concentração pode ajudar as marcas a crescerem com a experiência dos novos detentores

38 ENTREVISTA

Paulo Vieira, autor do livro O Poder da Autorresponsabilidade, defende que a vida pode ser muito mais produtiva e realista a partir do momento em que o indivíduo assume as responsabilidades de tudo o que acontece ao seu redor

60 EXPANSÃO

Como o primeiro franqueado de uma marca pode ajudá-la a desenvolver o negócio? Existem incentivos para o “franqueado cobaia”?

84 NICHO

O segmento de Entretenimento e Lazer tem despontado no franchising. Saiba o que faz com que ele esteja ganhando destaque em pleno período de baixa atividade econômica

90 TENDÊNCIA

Diversos shoppings passaram a adotar a placa: seu cãozinho é bem-vindo aqui. Quais são os cuidados e os benefícios para as franquias ao adotarem essa estratégia

78 GESTÃO

Home-based foi uma das modalidades que mais cresceu nos últimos anos no franchising brasileiro. Como separar horários, vida pessoal e a infraestrutura necessária?

E MAIS: 24 | Na Mira do Franchising 96 | Aspectos Legais do Franchising 98 | Ponto de Vista

NA MIRA DO FRANCHISING

#franquias #franquias de sucesso #acontece no franchising Por Andréa Cordioli - andrea@editoralamonica.com.br

As notícias mais quentes do mercado

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KFC TRAZ NOVO FORMATO DE LOJA PARA O BRASIL O KFC trouxe ao Brasil novo formato de loja já explorado no exterior: o modelo in-line, que contempla unidades de rua, rodovias ou anexados a postos de combustíveis fora dos centros comerciais e com amplo salão. Com investimento de cerca de R$ 7,2 milhões, a primeira unidade foi inaugurada dentro do complexo Lago Azul, no Km 72 da Rodovia Anhanguera. O KFC prevê abrir ainda este ano mais duas unidades neste formato. Com a inauguração da nova loja, o KFC chega a 60 unidades no Brasil. “Nossa meta é atingir 120 unidades até o fim de 2019”, afirma o diretor-geral do KFC no Brasil Ildefonso de Castro Deus. www.kfcbrasil.com.br

ARRANJOS EXPRESS QUER DOBRAR NÚMERO DE UNIDADES ESTE ANO A rede de franquias Arranjos Express pretende abrir seis lojas por mês este ano e dobrar a quantidade de unidades em todo o País para 180 lojas. Segundo a empresa, a aposta no crescimento está consubstanciada no baixo investimento, na estrutura enxuta e na operação simplificada da rede. Além disso, disse o sóciodiretor Paulo Alexandre, a Arranjos Express preza pelo reaproveitamento e sustentabilidade. “Nós incentivamos a transformação de maneira inteligente onde possamos deixar a peça atual e com outra cara. Prezamos pelo reaproveitamento e investimos na sustentabilidade”, afirmou. www.arranjosexpress.com.br

NÃO+PELO TRABALHA O INTERIOR DE SP EM 2019 A Não+Pelo quer ter, este ano, 12 novas franquias no estado de São Paulo e elevar a presença em municípios da região de 29 para 40. Entre as cidades que estão na mira da expansão estão Guarulhos, Taboão da Serra, Cotia, Jacareí, Caçapava, São Carlos, Araraquara, São Vicente, Santos, Bauru e Botucatu. No início de abril, a rede já abriu unidade em São José do Rio Preto e, em maio, a Não+Pelo pretende inaugurar pontos na cidade de Leme e no bairro do Ipiranga, em São Paulo. O investimento inicial em uma operação da franquia é de R$ 125 mil. www.naomaispelo.com.br

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40 mais de

50 mais de

NA MIRA DO FRANCHISING CAROL COXINHAS LANÇA MASCOTES COLECIONÁVEIS “COXIMOJIS” Para conquistar o público infantil, a rede de franquias Carol Coxinhas lançou os coximojis, coxinhas de pelúcia inspiradas em emojis. São cinco mascotes colecionáveis relacionados a poderes e que, junto com a personagem Carolzinha (inspirada na fundadora da franquia Carol Martinelli), mantêm o universo em harmonia: amor (Só Love), prosperidade (Dim dim), felicidade (Feliz), sabedoria (Nerdizinho) e amizade (Descolado). Os brinquedos também estão disponíveis na versão chaveiro. A marca também pretende inaugurar uma loja a cada mês neste primeiro semestre. “Estamos chegando em novos estados e ampliando também o mix de produtos”, afirma Carol. www.carolcoxinhas.com.br

FISK QUER EXPANDIR ENSINO DE INGLÊS NAS ESCOLAS TRADICIONAIS Em parceria com a Educate by Richmond, a Fisk aposta no crescimento do Programa Bilíngue FISK Educate by Richmond, que prevê a implantação do ensino bilíngue nas escolas tradicionais de todo o Brasil. Atualmente, o programa atende a Educação Infantil e o Ensino Fundamental 1 e, em 2020, ele será estendido para o Fundamental 2. “Além das aulas nas unidades, o franqueado pode obter ganho com as aulas em escolas e redes de ensino, já que eles possuem toda a autonomia para realizar a negociação”, afirma o diretor da Fundação Fisk, Christian Ambros. O programa oferece para escolas de Educação Básica de três a cinco aulas de inglês semanais inseridas no currículo. www.fisk.com.br

5ÀSEC QUER ABRIR 40 UNIDADES EM 2019 No primeiro bimestre deste ano, a 5àsec inaugurou quatro unidades no Estado de São Paulo, sendo uma loja própria na capital, no bairro de Mirandópolis, além de três franquias: em Santos, no litoral Sul; em Sorocaba, no interior do Estado; e no bairro Alto da Boa Vista, na capital. Com estas aberturas, a marca passa a contar com 450 pontos de operação no Brasil, em todos os estados do País. A meta da empresa até o final de 2019 é inaugurar 40 unidades. O investimento inicial para abrir uma lavanderia da marca é de R$ 250 mil a R$ 380 mil e este valor inclui taxa de franquia, instalação e capital de giro. Já o prazo de retorno varia de 30 a 40 meses. www.5asec.com.br

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NA MIRA DO FRANCHISING JIN JIN INAUGURA LOJA NO SHOPPING AMAZONAS

VIVENDA DO CAMARÃO TRAÇA PLANO DE EXPANSÃO A Vivenda do Camarão, que completa 35 anos em 2019, prevê inaugurar cinco lojas este ano, totalizando mais de 150 unidades em todo o Brasil. No primeiro trimestre, a rede abriu loja no shopping Bossa Nova Mall, no Rio de Janeiro; o primeiro interligado a um aeroporto do País. A nova unidade, com 40 metros quadrados e capacidade para 30 pessoas no salão, atende o público do Centro, na zona Sul da cidade, e os passageiros do aeroporto Santos Dumont. Além dos restaurantes, a Vivenda está presente nos canais de food service, autosserviço e microfranquias, com vendas associadas à plataforma e-commerce: vivendaemcasa.com.br. www.vivendadocamarao.com.br

A Jin Jin, rede de culinária asiática do Grupo Halipar, inaugurou em março loja no Shopping Amazonas, na zona Centro Sul de Manaus. A nova unidade faz parte do plano de expansão da marca, que espera crescimento de 10% em todo País até o fim de 2019. “Crescer na região Norte está nos nossos planos de expansão, bem como em outras cidades-chave”, afirmou o diretor de Comunicação e Marketing do Grupo Halipar, Christiano Evers. A Jin-Jin conta com 76 lojas em 11 estados e busca novas áreas de crescimento como parte de sua estratégia de expansão e novos negócios, entre elas os estados do Nordeste e o Rio de Janeiro. A rede também lançou o “Dia do Temaki Jin Jin”, na qual ofertará aos clientes temakis em promoção todo dia 08 até o final do ano. A data foi escolhida pela forma como o 8 é escrito em japonês, que remete a um triângulo lembrando o formato de cone do temaki. www.jinjinwok.com.br

ÁGUA DOCE INICIA EXPANSÃO DO REI DO ESCONDIDINHO A Água Doce Sabores do Brasil inicia este ano a expansão da marca Rei do Escondidinho, inspirada no prato que é referência e carro-chefe em suas unidades: o escondidinho. Recentemente, a rede também apresentou ao mercado o modelo de negócio enxuto Água Doce Express, que explora o conceito de alimentação rápida em porções individuais. “Em 2019, o plano de expansão das três marcas irá explorar a região Nordeste do País. Além disso, também há interesse em implantar unidades nas capitais dos estados que compõem as regiões Sul e Sudeste, onde a marca já tem reconhecimento do público. Para isso, são esperadas cinco lojas da Água Doce Sabores do Brasil, 15 da Água Doce Express e, ao menos, cinco do Rei do Escondidinho”, informa o diretor de franquias, Julio Bertolucci. www.aguadoce.com.br

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CALÇADOS BIBI AVANÇA NO MERCADO INTERNACIONAL A Calçados Bibi, que este ano completa 70 anos de atuação, pretende abrir vinte unidades até dezembro, sendo seis fora do Brasil – totalizando dez pontos em operação no exterior, além da exportação para mais de 70 países. “Após abrir unidades no Peru e na Bolívia, além de fortiﬁcar a presença em tais países, queremos ingressar em outras regiões da América Latina”, afirma a diretora de Varejo da Calçados Bibi, Andrea Kohlrausch. Segundo ela, a expectativa de crescimento na rede de franquias este ano é de 20%. A rede tem 110 lojas e este ano implantou o conceito de “prateleira infinita”, que integra as lojas com o canal de e-commerce. Nos primeiros meses da fase de testes, a iniciativa conseguiu vender mais de 500 pares. www.bibi.com

NA MIRA DO FRANCHISING REI DO MATE APOIA CINEMA NACIONAL O Rei do Mate fechou parceria com o filme nacional Cinderela Pop, estrelado pela apresentadora Maisa: nas compras acimas de R$ 18,00 em lojas da rede, os consumidores nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro ganham um ingresso para assistir ao filme. O Rei do Mate já apoiou mais de 25 filmes nacionais, como O Doutrinador, Loucas para Casar, É Fada!, SOS Mulheres ao Mar 2, Vai que dá Certo 2, Como se Tornar o Pior Aluno da Escola e Alguém Como Eu, Crô. “Vamos continuar apostando na valorização da cultura brasileira e nossas ações em product placement seguem a todo vapor. Somos uma marca 100% brasileira e acreditamos na cultura do nosso País”, afirma o CEO da rede, Antônio Carlos Nasraui. www.reidomate.com.br

ESPAÇOLASER PRETENDE ABRIR 140 UNIDADES ESTE ANO A Espaçolaser prevê abrir 140 operações este ano com foco nas capitais das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul e em cidades entre 100 mil e 200 mil habitantes longe dos grandes centros. A meta é fechar o ano com 560 lojas. O modelo de gestão da rede demanda uma equipe que varia de quatro a sete funcionários por unidade, de acordo com o tamanho da operação, sendo em torno de 35m² para as unidades de shopping e galerias e 70m² para as unidades de rua. Com prazo médio de retorno de 33 meses, o investimento total é de R$ 850 mil e contempla taxa de franquia, obra, mobiliário, máquina laser e capital de giro. A lucratividade é de 30%. www.espacolaser.com.br

ONODERA ESTÉTICA LANÇA CAMPANHA COM HISTÓRIAS DE CLIENTES Para celebrar seus 38 anos, a Onodera Estética lançou a campanha publicitária “Você Sempre em On”, que mescla a sua trajetória no mercado de beleza com a história de clientes. A ação, desenvolvida pela Moma Propaganda, contou com a participação de quatro consumidoras da Onodera. Através de um bate-papo, Maria Gabriela Zanghettin, Bruna Lanzotti, Débora Bermudes e Helena Alonso dividiram suas histórias e contaram como a marca contribui diretamente para alcançarem equilíbrio e bemestar em meio à rotina repleta de compromissos. “Essas histórias não só demonstram a conexão das pessoas com a marca, mas também reaﬁrmam o quanto estamos entrelaçados com a rotina das mulheres brasileiras”, afirma o gerente de Marketing da rede, Willian Rodrigo. Confira a campanha no QR Code. www.onodera.com.br

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NA MIRA DO FRANCHISING

SUPERGEEKS TEM NOVA CEO Cássia Akemi Bacetic Ban é a nova CEO (Chief Executive Officer) da SuperGeeks. Aos 26 anos, a executiva é uma das sócias e cofundadoras da marca. A nova CEO assume o cargo deixado por Marco Giroto, que passa a ser o presidente do Conselho da SuperGeeks e também da startup global CS Plus, que acaba de chegar ao mercado brasileiro com a missão de levar o ensino de Ciência da Computação para dentro das escolas como disciplina obrigatória. Outra transição realizada na SuperGeeks, é a de Vanessa Ban, uma das fundadoras da marca, que passa a ser vice-presidente da rede. A empreendedora mantém-se como CFO (Chief Financial Officer) das marcas SuperGeeks, CS Plus e MasterGeeks, que juntas fazem parte da Holding SuperGeeks. Além disso, a SuperGeeks recebe Tiago Ferreira como COO (Chief Operating Officer). supergeeks.com.br

ANTILHAS PRODUZ EMBALAGENS DO PAPEL REPORT® SENNINHA© A Antilhas foi a escolhida para produzir as novas embalagens do papel Report® Senninha©, um produto da Suzano. Segundo a gráfica, além da mudança do design, agora as embalagens apresentam QR Code que dá acesso ao aplicativo de jogos exclusivos para crianças. As embalagens estão disponíveis para os produtos em formato A4 (pacotes com 100 folhas) nas cores branco, azul, amarelo, verde e rosa, com gramatura de 75g/m. Parte da renda obtida com o licenciamento do produto é direcionada ao Instituto Ayrton Senna, que beneficia anualmente 1,5 milhão de crianças e jovens, forma 45 mil educadores e impacta aproximadamente 600 munícipios em 16 Estados brasileiros. www.antilhas.com.br

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ÓTICAS DINIZ INICIA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL Com apoio da Mandic Cloud Solutions, a Óticas Diniz migrou suas informações para a nuvem. Segundo a empresa, a mudança deveu-se à a necessidade de centralizar tudo em um ambiente que oferecesse mais disponibilidade e segurança, uma vez que circulam diariamente grande quantidade de informações entre as lojas. Antes, eram utilizados mais de 30 servidores físicos espalhados pelo Brasil, dificultando o acesso às informações de forma rápida. Hoje, as mais de 300 lojas da marca estão divididas entre a nuvem da Mandic Cloud e de outro parceiro da ótica, enquanto ainda existem franqueados com servidores próprios. A Óticas Diniz inaugura de 80 a 100 lojas por ano. www.oticasdiniz.com.br

TURQUESA ESMALTERIA & BELEZA INVESTE EM ESPAÇOS “INSTAGRAMÁVEIS” Fundada em 2014, a Turquesa Esmalteria & Beleza lançou este ano um projeto arquitetônico voltado para o consumidor 5.0 com espaços “instagramáveis”. Esses espaços nasceram da iniciativa do varejo de atrair consumidores para as lojas físicas fazendo com que os próprios consumidores (instagrammers) divulgassem o espaço publicando-o em suas redes sociais. “Hoje nossas clientes fazem muitos cliques dos serviços e marcam nossas unidades, então por que não deixar o ambiente ainda mais convidativo para as fotos?”, disse uma das fundadoras da marca, Laura López. A rede também lançou este ano o portal Turquesa Ensina, de formação de profissionais para o segmento de beleza, com prova e certificado, e um método exclusivo de cutilagem à seco. www.turquesaesmalteria.com.br

A maior rede de grelhados do Brasil.

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NA MIRA DO FRANCHISING

LANÇADA A PRIMEIRA CORRIDA DE RUA DO FRANCHISING

EDITORA LAMONICA PROMOVE SORTEIOS EM SEU INSTAGRAM Quem segue a Editora Lamonica no Instagram já sabe: a cada 15 dias, é realizado um sorteio de um produto ou serviço de uma marca de franquia. Já foram sorteados chocolates da Kopenhagen com o livro Gestão do Ponto de Venda, do consultor Adir Ribeiro; kit da Acqua Aroma; vouchers da Vivenda do Camarão; panetone da Cacau Show; vale-compra da Puket; itens de maquiagem da Sobrancelhas Design; gift card do Jhonny Rockets; garrafa de vinho importada pela Grand Cru; kit da Mahogany; massagem da Onodera e muito mais! Está esperando o que para ter acesso à informação sobre o franchising e o varejo, acompanhar o lançamento de todas as publicações oficiais do setor e, ainda, concorrer a brindes exclusivos? Corre lá... @lamonicaconectada! www.editoralamonica.com.br

TAKI APP ENTRA PARA O FRANCHISING Em processo de associação na ABF, o Taki App acaba de entrar para o mercado de franquias. Fundada pelo empresário Felipe Toledo, a empresa especializada na venda de produtos via aplicativo de delivery tem a meta de alcançar 400 mil downloads e abrir 40 franquias até o final de 2019. Hoje, a marca tem duas unidades próprias no estado de Minas Gerais – em Barbacena e Belo Horizonte – e está em processo de implantação da primeira unidade franqueada no bairro do Morumbi, em São Paulo. Em seu modelo de gestão, o franqueado é o responsável pela captação de lojistas e pela promoção do aplicativo por meio de marketing digital, enquanto a franqueadora responde pelos ajustes, melhorias e otimização da plataforma. O investimento total no Taki App, incluindo taxa de franquia, capital de giro e adequação móveis, é de R$ 59.928,00. O prazo de retorno estipulado pela franqueadora é de 12 meses. takiapp.com.br

Revista Franquia & Negócios ABF

A F.RUN, primeira corrida de rua do franchising brasileiro, ocorrerá em São Paulo no dia 30 de junho, encerrando a Franchising Week na capital paulista. O evento, idealizado pelo CEO do grupo MD | Make a Diﬀerence Denis Santini e apoiado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), deve reunir mais de três mil corredores e vinte marcas do setor de franquias em provas de 4k e 8k no Campo de Marte, na zona Norte de São Paulo. Cada rede de franquia participará com, no mínimo, 200 kits de atletas. A proposta é que as franqueadoras ofereçam esses kits para seus franqueados, funcionários, parceiros e clientes, e assim, separados por marca franqueadora, os atletas vão largar em blocos com a camiseta personalizada para a sua rede. Entre as marcas já confirmadas estão AlphaGraphics, Boali, CNA, DepylAction, Espaçolaser, Onodera, Nutty Bavarian, Petland, Rei do Mate e SmartFit. O público em geral também pode comprar os kits no site da corrida pelo valor de R$ 139. www.frun.com.br

BRASIL PERDE PONTOS NO “RANKING DA FELICIDADE” No Dia Internacional da Felicidade (20/03), cientistas da Rede de Desenvolvimento de Soluções Sustentáveis da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgaram, em Nova York, a sétima edição do “ranking da felicidade”. O Brasil apareceu no “World Happiness Report (WHR)” em 32º lugar entre os países mais felizes do mundo, representando uma queda de quatro posições em relação ao relatório divulgado no ano passado, quando o Brasil ocupava a 28ª posição. Na primeira edição do WHR, o País estava no 25º lugar e chegou à sua melhor posição em 2016 (17ª). “A satisfação, a percepção de realização pessoal das pessoas impacta diretamente na economia e no desenvolvimento de um País”, afirmou Flora Victoria, mestre em Psicologia Positiva Aplicada pela Universidade da Pensilvânia. Segundo ela, fatores externos e genéticos somados representam cerca de 55% do que popularmente chamamos felicidade. “Os outros 45% são determinados pela forma como enxergamos o mundo”, diz Flora. Veja o estudo completo no QR Code. nacoesunidas.org

NA MIRA DO FRANCHISING

CNA LANÇA A REVISTA MULHER EMPREENDEDORA Com o objetivo de falar diretamente para o público feminino – que hoje representa 70% dos seus colaboradores e 53% dos seus franqueados –, o CNA lançou no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, a revista Mulher Empreendedora. Produzida pela Editora Lamonica, a publicação valoriza a mulher no mercado de trabalho e em todas as esferas da sociedade, dentro do princípio da equidade de gêneros. Também retrata grandes líderes do universo feminino, empreendedoras e tudo o que as move, trazendo a inspiração como palavra de ordem. A publicação é trimestral e está disponível nas unidades do CNA e no QR Code acima. www.cna.com.br

SORRIDENTS CRESCE NO RIO DE JANEIRO

JANI-KING COMPLETA 50 ANOS

A Jani-King completa este ano meio século de atuação, com presença em dez países e cerca de 60 mil clientes. No Brasil há 28 anos, a empresa especializada em limpeza comercial tem 71 franquias que atendem a mais de 1,5 mil clientes. Nos últimos cinco anos, a Jani-King vem mantendo o crescimento constante de 10% no País, tendo alcançado faturamento médio mensal por franquia de R$ 185 mil no ano passado. “Reestruturamos a nossa operação com foco no crescimento e no fortalecimento de nossos franqueados. Esta estratégia incluiu a transformação digital que, hoje, oferece ferramentas para aferição imediata da satisfação de nossos clientes e a coleta de dados em visitas técnicas”, disse o diretor da Jani-King Brasil. Christian Rojas. A empresa foca as regiões do Sul, Nordeste e Sudoeste para crescer. www.janikingbrasil.com.br

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A Sorridents inaugurou no primeiro trimestre deste ano a oitava unidade no Rio de Janeiro e a primeira em Campo Grande, na zona Oeste da cidade. A empresa prevê abrir mais vinte unidades em território carioca em 2019. “Nossos especialistas detectaram que o Rio de Janeiro está promissor para negócios de saúde e beleza. Como a oferta de saúde bucal também reﬂete na beleza das pessoas, considerando a estética odontológica, nosso negócio é impactado pelos dois setores que mais crescem no estado”, disse a diretora de Expansão da Sorridents, Gislene Santos. Entre as regiões com maior potencial para negócios estão Baixada Fluminense (Nova Iguaçu, São João de Meriti, Bangu), Madureira, Centro do Rio, Penha, Realengo, Botafogo, Santa Cruz, Campo Grande, Meier e Região dos Lagos (Rio das Ostras, Araruama, Maricá, Saquarema). Hoje, a rede Sorridents tem 294 franquias presentes em 15 estados do País. www.sorridents.com.br

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E N T R E V I S TA

#autorresponsabilidade #sucesso #comportamento

FOTO: DIVULGAÇÃO

Paulo Vieira, especialista da consultoria Febracis e autor do livro O Poder da Autorresponsabilidade

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Assuma as rédeas da sua vida AUTOR DO LIVRO O PODER DA AUTORRESPONSABILIDADE, PAULO VIEIRA, FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DE ADMITIR QUE VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL PELOS RUMOS DA PRÓPRIA VIDA

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m uma de suas palestras, realizada em uma convenção anual de vendas, o especialista da consultoria Febracis e autor do livro O Poder da Autorresponsabilidade, Paulo Vieira, perguntou para uma plateia de 400 pessoas: “Quem é a única pessoa responsável pelo seu sucesso?”. Todos foram unânimes em responder “eu”. A mesma resposta foi dada às perguntas seguintes do consultor, que eram sobre a responsabilidade pela própria remuneração,

E N T R E V I S TA

pela qualidade de vida provida aos filhos, pelos bens que possuía, entre outros temas. A pergunta seguinte foi: “Quem leu um livro ou fez uma capacitação em vendas no último ano?”. Ninguém levantou a mão. “Eu disse que eles haviam mentido: eles não são os responsáveis, são os irresponsáveis, os inconsequentes. Como alguém vive do que se realiza comercialmente e, durante um ano, não lê um livro, não se capacita? É irresponsável pelos seus resultados. Aí eu entendi por que aqueles vendedores cobravam tanto campanhas comerciais, tanto desconto, prazo e lugares privilegiados na prateleira: já que não tinham competência comercial, eles queriam que a empresa arcasse com melhores condições”, afirma. Vieira defende que a vida de cada um é fruto de suas próprias escolhas e, por essa razão, é autorresponsabilidade. Ele acredita que o termo é libertador, pois tira a crença de que o ser humano depende de outra pessoa para se realizar e alcançar objetivos. O especialista conversou com a Revista Franquia & Negócios sobre seus pensamentos. Confira: Como a consciência do poder da autorresponsabilidade pode ser útil para o desenvolvimento pessoal e profissional? Esse é um conceito que diz que tudo o que acontece em nossas vidas é de nossa responsabilidade, tanto o sucesso quanto o fracasso. O que fazemos ou deixamos de fazer gera resultados. A vida é como uma colheita. Quando eu não faço nada, estou plantando, quando faço algo ruim, estou plantando, quando faço algo extraordinário, estou plantando. Você pode escolher o que vai plantar, mas não vai escolher o que colher. E é isso que acontece na vida

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pessoal e profissional: estamos colhendo. Uma de suas frases é que “cada um tem a vida que merece”. Até onde vai a responsabilidade da pessoa pelo seu modo de vida? O conceito da autorresponsabilidade é muito vasto, se aplica a 99% de tudo que nos acontece e eu reservo esse 1% a tudo o que não conseguimos explicar. Muitas pessoas destroem suas vidas e não sabem por quê. Seus sentimentos são tóxicos, e elas não têm consciência, os pensamentos são tristes, de incapacidade e eles não sabem. Mas, mesmo a pessoa não sabendo por que as coisas dão errado, mantém pensamentos tóxicos e de inferioridade, é responsabilidade dela. Cada um tem a vida que merece. Eu faço uma dinâmica em alguns eventos meus e peço que a pessoa caminhe com os dedos até o lado da barriga e aperte para ver o quanto de gordura tem em suas mãos. Quando isso acontece, peço que olhe para a mão do colega ao lado, e digo: está tudo certo, cada um tem a vida e a barriga que merece. Essa barriga não é coincidência, é fruto de alimentação, de fazer exercícios ou não, de bebida, de uma vida sedentária. Por mais que a pessoa diga que tem metabolismo baixo, são histórias para justificar o mau desempenho. Isso também vale para a conta bancária. Como passar a enxergar a própria participação em aspectos da vida que nos parecem responsabilidades alheias, como o salário? Vamos ver pelo lado da remuneração. Eu ganho meu salário por minha causa ou por causa daquelas pessoas? Se não está satisfeito, vai

embora, quem te prende àquela empresa? Você não é obrigado. Se você pode mais, merece mais, por que não consegue um emprego melhor? Criticar a instituição, reclamar, fazer corpo mole, boicotar, criar uma liderança paralela negativa não vai te fazer ganhar mais. Conquiste um emprego com um salário melhor. Mude quem você é e o emprego vem atrás de você. Talvez se você produzisse mais, se conectasse mais com as pessoas, contribuísse para o clima empresarial, gerasse mais resultados, você teria o seu sucesso. Criticar os outros pelo seu não-resultado, é tirar sua responsabilidade. Não adianta acordar no outro dia com uma consciência leve, por transferir seus problemas, e uma vida fracassada. Existe diferença entre assumir culpa e assumir responsabilidade? Eu nunca falo de culpa, falo de responsabilidade. Eu falo que, por ação ou omissão, eu fui responsável. A culpa fala necessariamente de erro, a responsabilidade, não. Fala de coisas que eu poderia e deveria ter feito, mas não fiz. Se eu adoeci, sou culpado? Não. Mas

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E N T R E V I S TA

“O CONCEITO DA AUTORRESPONSABILIDADE É MUITO VASTO, SE APLICA A 99% DE TUDO O QUE NOS ACONTECE E EU RESERVO ESSE 1% A TUDO O QUE NÃO CONSEGUIMOS EXPLICAR” Paulo Vieira, autor do livro O Poder da Autorresponsabilidade

sou responsável, certamente minhas emoções não estavam legais, e sou o responsável por elas. Minha maneira de pensar, minha alimentação. Eu posso não ser o culpado, mas sou o único responsável pela minha saúde. Quase nada vai interferir na qualidade se eu estiver atento a ela. Se o clima está ruim, melhore a alimentação. Não são as circunstâncias externas que interferem, é o que eu faço em relação a elas. Como se aplica a visão religiosa de que “Deus está no controle de tudo”? Falando de cristianismo e judaísmo, é muito simples, porque fala de livre arbítrio. E não há nada mais poderoso nesse mundo, creio eu, do que o livre arbítrio: onde ir, o que fazer. Se Deus, sendo Deus, dá o livre arbítrio de amá-lo e seguí-lo ou não, imagina para as outras coisas? Claro que todas as escolhas têm consequências. Tem uma fala que diz que “de Deus não se zom-

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ba, o que planta se colhe”, e é isso que vemos todos os dias. Nossa maneira de pensar, de sentir, aquele curso que não fizemos, aquele relacionamento que jogamos fora, aquela macarronada no domingo à noite, estamos colhendo tudo em nossas vidas. Outra passagem bíblica diz que quem semeia vento, colhe tempestade. É muito fácil pessoas se esconderem atrás da religião: “Deus está conduzindo”, “Deus quis assim”. Deus quis que você dirigisse o carro a 180 km/h e batesse? Foi Deus que fez você não buscar aquele curso? Foi Deus que te fez roubar uma empresa ou escolher um sócio errado? Foi Deus que fez isso? É muito cômodo dizer que está como Deus quer. Nos tira a responsabilidade, alivia a consciência, mas no dia seguinte acordaremos com os mesmos problemas, ou ainda maiores. Quais os benefícios de se aplicar essa visão aos fatos que ocorrem na vida?

O benefício de aplicar isso em tudo da vida é extraordinário. Imagina, se eu sei que cada um tem a saúde que merece, cabe a mim me alimentar direito, me exercitar, sair da zona de conforto. Dinheiro não é desculpa, faça exercícios no seu quarto. Entre na internet e procure informações. Se responsabilize, para que os erros não aconteçam de novo. A responsabilidade gera benefícios em todas as áreas da vida, faz com que a pessoa deixe de ser um refém e passe a ser um protagonista. Deixe de ser coadjuvante para ser o diretor da sua vida. A metáfora que eu gosto de dizer é que nós, enquanto comandantes do barco da nossa própria vida, decidimos se esse é o momento de sair do porto. Essa é a hora? Esse é o mantimento necessário? Esse é o combustível que preciso? Já olhei as cartas náuticas? Se estou seguro, vou. O importante é que você se responsabilize. E entenda que você é o comandante do barco da sua vida. Tem que levar de um lugar para outro. Faça-o da melhor maneira possível. Assuma a autorresponsabilidade. Nada vai mudar na sua vida, se você não mudar primeiro. Mude e viva o melhor da vida.

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TUDO PASSA PELAS PESSOAS Para tratar melhor as outras pessoas, é necessário, primeiramente, conhecer melhor a si mesmo. Foi esse aprendizado que Carlos Paschoal, hoje diretor-executivo da rede varejista Fast Shop teve em seus últimos anos como líder em empresas.

A cantora gospel Priscilla Alcântara mudou a linguagem e o rumo de sua carreira para se conectar com pessoas “fora da bolha”

FOTOS: DIVULGAÇÃO

ecentemente, a cantora gospel Priscilla Alcântara – que ficou famosa ainda na infância ao apresentar o programa matinal Bom Dia & Cia, do SBT – disse que mudaria o rumo de sua carreira para se conectar com mais pessoas. No final de 2018, ela lançou o álbum Gente, recheado de mensagens positivas e sem pregação religiosa. O primeiro single, Empatia, ganhou videoclipe e, no primeiro mês de lançamento, somava mais de dois milhões de execuções no Spotify e quase quatro milhões de visualizações no YouTube. Não é apenas Priscilla que tem abordado o tema “empatia” em seu trabalho. Tentar enxergar o mundo sob o ponto de vista de outra pessoa se tornou um museu, em São Paulo, e até tema de livro. A obra Do Design Thinking ao Design Doing, escrita pelo especialista em design de produto, Jon Kolko, fala sobre como as empresas terão mais sucesso se os desenvolvedores souberem se colocar, de verdade, no lugar do consumidor, entender seus anseios, medos e dificuldades. Kolko diz, no livro, que o segredo para alcançar isso é a empatia. De acordo com ele, esse sentimento muda o comportamento e cria um engajamento sólido.

Saiba Mais: O Museu da Empatia é itinerante. A primeira edição ocorreu no Parque do Ibirapuera, em 2017, e percorreu diversas cidades brasileiras em 2018. Dentro de uma caixa, o visitante pode calçar os sapatos de uma pessoa e ouvir sua história, em um fone de ouvido, enquanto caminha.

Saiba Mais: O autor lista quatro passos importantes para alcançar a empatia, ao desenvolver produtos:

1. Determinar o product-market fit;

2. Identificar insights comportamentais;

3. Esboçar uma estratégia de produto;

4. Refinar os detalhes do produto.

Museu da Empatia, em São Paulo

Abril e maio de 2019

C O M P O R TA M E N T O

Fast Shop incentiva funcionários a se conhecerem para poderem se colocar no lugar dos clientes

Ele acredita que quem não se conhece, tem mais dificuldade para gerenciar equipes, ouvir e entender os desafios e necessidades das outras pessoas. “Quando eu identifico meus padrões e consigo agir sobre eles, tenho maior capacidade de administrar o grupo e dar direcionamentos para o desenvolvimento das pessoas”, explica. Para conseguir multiplicar esse sentimento entre seus colaboradores, Paschoal iniciou uma pesquisa sobre cursos de autoconhecimento. Ele acredita que se a pessoa se torna um ser humano melhor e capaz de exercer a empatia em sua vida privada, isso se reflete dentro da empresa e na forma como a marca se apresenta ao mercado. “Os benefícios são paciência, entendimento mais claro do problema, maior interação entre as pessoas, habilidade em identificar a causa raiz dos comportamentos, maior atenção e organização no dia a dia”, explica. Ele encontrou o processo Hoffmann e tem realizado seleções internas para escolher quem participará do treinamento. “Os colaboradores selecionados passam por uma avaliação denominada Talent Pool, onde os

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líderes da empresa que são considerados talentos podem usufruir deste benefício”, explica.

IMERSÃO EM SI MESMO O trabalho mencionado pelo diretor da Fast Shop é aplicado pelo Centro Hoffmann. A responsável, especialista em desenvolvimento humano e autora do livro “Mapa da Felicidade” Heloísa Capelas explica que o processo dura sete dias, sem

nenhum contato com o mundo exterior – nem smartphone – e tem o objetivo de fazer com que as pessoas olhem para dentro de si mesmas. “O resultado é um ser humano com visão de futuro, respeito pelo próximo, assertivo na presença, direto e simples com suas colocações, criativo em suas ideias e amoroso em seus relacionamentos”, explica. Ela acredita que o método seja importante para trabalhadores em todas as posições dentro de uma empresa. “Profissionais que enfrentam os riscos com abertura e sensatez traz maior lucratividade e ambiente harmonioso na equipe”, afirma.

“O RESULTADO É UM SER HUMANO COM VISÃO DE FUTURO, RESPEITO PELO PRÓXIMO, ASSERTIVO NA PRESENÇA, DIRETO E SIMPLES COM SUAS COLOCAÇÕES, CRIATIVO EM SUAS IDEIAS E AMOROSO EM SEUS RELACIONAMENTOS” Heloísa Capelas, especialista em desenvolvimento humano

E S P E C I A L M U LT I F R A N Q U E A D O S

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#expansão #loucos por franquias #profissionalização

Multifranqueados aceleram expansão de franquias PERFIL JÁ FAZ PARTE DA MAIORIA DAS REDES BRASILEIRAS E AJUDA A IMPULSIONAR O CRESCIMENTO DO SETOR

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

ava para contar com os dedos das mãos as franqueadoras que aceitavam “numa boa” o perfil de multifranqueado ou franqueado multi-bandeira, há algumas décadas. Os paradigmas têm caído por terra com resultados: franqueados profissionais ajudam as redes a expandirem com maior velocidade e menos custos, além de trazer aprendizados que podem ser absorvidos por todas as unidades. Hoje, quase 85% das redes afirmam ter o perfil em suas operações. No início, havia um certo receio de “perder o controle” do negócio com a entrada de franqueados profissionais. Isso, de acordo com a advogada especializada em franquias Andréa Oricchio, foi superado. “Durante muito tempo, existiu um preconceito contra esse franqueado com várias unidades da mesma marca porque se achava que ele teria maior pressão sobre o franqueador”, explica. De acordo com ela, o franqueador percebeu as vantagens de estreitar a relação e tornar esse franqueado ainda mais comprometido com a marca do que os que têm apenas uma unidade. “Ele tem um capital maior, mais operações, se colocou como investidor da marca e não apenas da franquia. Com isso, o franqueador também não dedica mais tanto tempo à prospecção de novos franqueados”, comenta.

“DURANTE MUITO TEMPO, EXISTIU UM PRECONCEITO CONTRA ESSE FRANQUEADO COM VÁRIAS UNIDADES DA MESMA MARCA

Saiba mais

PORQUE SE ACHAVA QUE ELE

Multiunidade: franqueado com mais uma franquia da mesma rede.

FRANQUEADOR”

Multibandeira: franqueado com unidades de marcas diferentes.

TERIA MAIOR PRESSÃO SOBRE O Andréa Oricchio, advogada especializada em franquias

PANORAMA

Denis Santini, CEO da MD Make a Diference

Nos Estados Unidos, os multifranqueados se tornaram grandes potências. Alguns grupos chegam a faturar bilhões por ano e são os verdadeiros alvos dos grupos de investimento. Aqui no Brasil, o perfil ganhou destaque há alguns anos. “O empresário assume que é um bom operador de loja, mas não é um bom franqueador. ‘Meu papel não é criar marca, definir preço ou produto. É fazer com que a loja funcione’”, explica o CEO da consultoria MD Make a Diference, Denis Santini. De acordo com o especialista, a recessão norte-americana fortaleceu o crescimento desses franqueados, pois os fizeram assumir lojas que não performavam tão bem. Isso também aconteceu no Brasil, de maneira mais tímida, nos últimos anos. “Ele percebe que tem mais economia em escala ao operar mais de uma loja”, explica. Abril e maio de 2019

E S P E C I A L M U LT I F R A N Q U E A D O S Redes franqueadoras com franqueados multiunidade

68,5%

2016

74,5%

2017

Redes franqueadoras com franqueados multibandeira

84%

2018

38%

43%

54%

2016

2017

2018

FOTO: DIVULGAÇÃO

Fonte: ABF

EVOLUÇÃO COMO CONSEQUÊNCIA

“NOSSA MARCA ATÉ HOJE NUNCA ABRIU UMA MULTIFRANQUIA DO ZERO. PARA NÓS, SEMPRE FOI CONSEQUÊNCIA DA VENDA DE UMA UNIDADE INICIAL” Daniel Miglorancia, sócio-franqueador da Nutty Bavarian

Saiba mais A Nutty Bavarian tem 138 franquias no Brasil, concentradas nas mãos de 64 franqueados. Nos Estados Unidos, são três unidades para um franqueado.

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O crescimento por multifranqueados na Nutty Bavarian foi natural. Empreendedores que tiveram êxito com as primeiras lojas optaram por abrir outras. “Nossa marca até hoje nunca abriu uma multifranquia do zero. Para nós, sempre foi consequência da venda de uma unidade inicial. Até o momento, não vemos problema algum em continuar agindo desta forma. O que temos feito, no entanto, é oferecer com mais ênfase esta oportunidade aos franqueados que percebemos serem melhores, ao invés de esperarmos um pouco mais, como acontecia antes”, explica o sócio-franqueador da rede, Daniel Miglorancia. O franqueador acredita que o principal desafio seja fazer o franqueado perceber os ganhos reais de escala, bem como os desafios que se apresentam para quem resolve abrir mais de uma franquia. No entanto, é vantajoso, pois o franqueado profissional costuma ser mais resiliente do que os que têm apenas um ponto. “Quando tem um só ponto, o risco está todo naquela operação. Com mais pontos, mesmo que eventualmente haja dificuldade com algum, você soma resultados, e no final tem uma chance maior de garantir retorno médio”, comenta.

DESAFIOS TRIBUTÁRIOS Os regimes de tributação ainda são um dos maiores empecilhos para quem pretende se tornar multifranqueado no Brasil. A maior parte das franquias têm seus modelos baseados no Simples Nacional, que não comporta um faturamento maior do que R$ 4,8 milhões por ano. “O regime tributário limita as opções. Tem muito franqueado no Brasil que fatura mais que a franqueadora”, explica Santini. A possibilidade de exclusão do regime do Simples acaba afastando muitos potenciais multifranqueados.

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“QUANDO INICIAMOS A EXPANSÃO, TIVEMOS MUITOS INTERESSADOS QUE JÁ POSSUÍAM OUTROS NEGÓCIOS NOS PROCURANDO. MUITAS VEZES, POR NÃO EXISTIR MAIS OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO NA MARCA QUE JÁ ESTAVA”

FOTO: DIVULGAÇÃO

Ricardo Marcondes, gerente de expansão da Tip Top

“É necessário fazer uma avaliação tributária que permita o crescimento saudável e orgânico nesse regime. O governo deveria colaborar para o crescimento e não punir com mais tributação”, explica Andréa. De acordo com ela, as redes que pretendem expandir por multifranqueados devem criar modelos de negócio que visem uma tributação mais elevada para esse perfil e como ele será compensado.

Andre Belz, sócio-franqueador da Rockfeller: multifranqueados economizam tempo e dinheiro da franqueadora

COM ESSE CARA, A CONVERSA É OUTRA Franqueados profissionais assumem a gestão do negócio, estabelecem negociações com shopping centers, têm seu próprio backoffice e criam verdadeiras redes dentro das franqueadoras. Muitos deles têm perguntas que nem as próprias marcas sabem como responder. “As franqueadoras e os fornecedores precisam aprender a dialogar com esse empresário”, afirma Santini. O gerente de expansão da Tip Top Ricardo Marcondes já passou por

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situações como essa: alguns candidatos com mais experiência queriam simplesmente mudar o formato da franquia, por acreditar que em outras marcas, nas quais já tinham experiência, o modelo seria melhor. Na Tip Top o perfil já representa 19% da rede. “Quando iniciamos a expansão, tivemos muitos interessados que já possuíam outros negócios nos procurando. Muitas vezes, por não existir mais oportunidade de crescimento na marca que já estava.

Da mesma forma, muito franqueados únicos, que começaram com sua primeira unidade conosco acabaram também no futuro além de crescer conosco, abrindo outras bandeiras também”, explica Marcondes. A presença de franqueados profissionais na rede ajuda a profissionalizar o negócio, na visão do sócio franqueador da Rockfeller, Andre Belz. “Geralmente possuem uma visão mais ampla do negócio. Discutem mais facilmente sobre finanças,

estoque, gestão de equipe e demais itens com mais facilidade. Isso ajuda na chegada de ideias e exemplos à franqueadora e com isso, muitas vezes, conseguimos discutir e implantar novos processos, que ajuda na melhor gestão do negócio e ou redução de custos em muitos casos”, explica. Belz acredita que o modelo de multiunidade seja o ideal para aprender e se tornar especialista em um modelo de negócio. “Sem contar que ele pode sanar eventuais falhas muito mais rápidos, antecipar problemas e corrigir – e ainda tem a parte de pessoas, onde ele terá como repassar também a sua performance”, afirma.

CONDIÇÕES DIFERENCIADAS DEVEM ATRAIR INVESTIDORES Santini acredita que, em poucos anos, deverá ser comum ver franqueadoras praticando preços e condições diferenciadas para quem é franqueado profissional e quem é candidato de primeira viagem. “A curva de aprendizado de um franqueado profissional é bem menor. Provavelmente terá custos diferentes”, comenta. Ele ainda defende que o perfil é adequado para franqueadoras iniciantes, pois traz a experiência que a marca ainda não tenha. No entanto, um franqueado experiente pode cobrar uma estrutura que o franqueador mais novo talvez não tenha tido tempo de montar.

FOTO: WAGMAR ALVES

E S P E C I A L M U LT I F R A N Q U E A D O S

“A PERFORMANCE INCENTIVOS PARA EXPANSÃO ORGÂNICA O primeiro grupo de multifranqueados dentro do Grupo QG surgiu de uma sociedade entre um ex-gerente de expansão da rede e um supervisor de lojas, que começou como serviços gerais nas franquias. Hoje, eles têm quatro lojas e devem alcançar dez em até cinco anos. O CEO do grupo Guilherme Carvalho conta que o exemplo dos dois motivou outros funcionários a seguirem o mesmo caminho. “Depois que eles deram esse passo, veio um gerente de loja que comprou uma franquia nossa, e depois adquiriu outra. Um abriu a porteira, os demais foram seguindo. Hoje temos sete ex-colaboradores que são franqueados, mais de 20% da rede”, afirma.

Saiba mais Franqueado multiunidades pode ser confundido com desenvolvedores de área. A diferença é que o segundo perfil trabalha com uma meta de cobertura de região.

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DE MÉDIA GERAL SEMPRE MELHOROU COM FRANQUEADO QUE VEIO COMO EXCOLABORADOR DA FRANQUEADORA” Guilherme Carvalho, CEO do grupo QG

Isso estimulou Carvalho a criar um plano de excelência para incentivar os melhores franqueados a abrirem novas lojas. Se o franqueado atinge a nota máxima, que são cinco estrelas, pode chegar a ter 50% de desconto na taxa de franquia da segunda unidade. “A performance de média geral sempre melhorou com franqueado que veio como ex-colaborador da franqueadora”. Com isso, a meta da rede é finalizar o ano com 54 unidades.

E S T R AT É G I A

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Solucione antes de virar crise

99% DOS PROBLEMAS PODEM SER SOLUCIONADOS DE FORMAS SIMPLES, SEGUNDO ESPECIALISTAS. CONFIRA DICAS PARA RESOLVER PEQUENOS IMPREVISTOS ANTES QUE TOMEM GRANDES PROPORÇÕES

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inguém espera passar por uma crise e raras são as empresas que estão preparadas para lidar com situações que possam ter grande repercussão em pouco tempo. Nos últimos meses, empresas varejistas tiveram que vir a público se explicar por serviços que não atingiram a expectativa do consumidor ou atitudes irresponsáveis de funcionários e terceiros. Na era da internet, um erro individual pode gerar um estrago de grandes proporções, ameaças de boicote e comunicados à imprensa, com vários prejuízos à marca. “Quando acontece, tem que resolver rápido. Ainda mais com mídia social. Tem que ser vista como crise qualquer reclamação que apareça em Facebook, Twitter ou Instagram. Algo que repercuta. Imediatamente tem que

responder e se for grave tem que ligar para o cliente e resolver a situação”, explica consultor em gestão de pessoas e autor do livro Gente de Resultados, Eduardo Ferraz.

ATENÇÃO REDOBRADA EM FRANQUIAS Em redes de franquia, a situação é ainda complexa, pois são diversas empresas individuais que representam a mesma marca. Uma ação impensada de um funcionário de determinada loja pode colocar toda a rede em risco e a franqueadora pode ser responsabilizada. “Um dos itens a ser considerado em treinamentos é como lidar com crise, reclamação, produto que está estragado ou vencido, cliente que fica nervoso a troco de nada. Não indico um manual de 30 páginas, mas um bê-a-bá com exemplos do que aconteceu com outras empresas”, explica Ferraz.

Abril e maio de 2019

Fotos: Divulgação

E S T R AT É G I A Como agir em casos de crise? Os especialistas listaram alguns passos para seguir em casos de crise de imagem que possam repercutir negativamente. Confira: • • • • •

“QUANDO ACONTECE,

Identifique a origem e o tamanho do problema Avalie qual o potencial de estrago que ainda pode causar Se for algo pequeno, responda o mais rápido possível Ofereça uma solução ou compensação para o cliente Se o caso repercutir (ou ter potencial de grandes danos), reúna funcionários experientes, bem como área jurídica e de imprensa e prepare uma estratégia de comunicação • O indicado é que apenas uma pessoa fale em nome da companhia • Nunca terceirize a responsabilidade pelos atos. Tudo que foi feito em nome da marca, é responsabilidade da empresa • Informe ao mercado (clientes, stakeholders, etc) o que ocorreu. Explique as causas do problema, atitudes implementadas para solucionar e o que será feito para evitar que tornem a ocorrer

TEM QUE RESOLVER RÁPIDO. AINDA MAIS COM MÍDIA SOCIAL. TEM QUE SER VISTA COMO CRISE QUALQUER RECLAMAÇÃO QUE APAREÇA EM FACEBOOK, TWITTER OU INSTAGRAM” Eduardo Ferraz ,consultor em gestão de pessoas e autor do livro Gente de Resultados

O especialista explica que o mais difícil é as franqueadoras assumirem que podem passar por problemas indesejáveis, em algum momento. Os riscos do negócio devem ser mapeados e todos os franqueados, funcionários e parceiros devem ser orientados sobre como proceder em eventuais situações, até mesmo em imprevistos.

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A AGILIDADE PODE FAZER TODA A DIFERENÇA A atenção a possíveis crises precisa ser em período integral. Ferraz explica que o ideal é “matar enquanto é pequeno”, com respostas nas redes sociais ou telefonemas. “Isso resolve em 99% dos casos”, afirma. De acordo com ele, o que o cliente quer, muitas vezes, é atenção e não uma compensação monetária. É importante ser transparente em todo o processo, na visão do sócio-fundador da consultoria Crowe, Marcelo Lico. “O franqueador deve prever contratualmente todas as obrigações entre as partes, envolvendo franqueador e franqueado”, explica. Dessa forma, além dos manuais, os contratos precisam explicitar o que deve ser feito em casos de crise e como o franqueador pode penalizar o franqueado por descuidos. Para isso, também deve prover todo o treinamento necessário para que eventuais situações sejam resolvidas. Para se precaver, o ideal é investir em ferramentas de auditoria e contro-

le, além de manter o contato próximo com os franqueados. “Eventualmente deverão ser acionados auditores ou consultores externos para assessorar o franqueador nessas questões de compliance, ou mesmo na implantação de controles junto aos franqueados”, explica Lico.

Marcelo Lico, sócio-fundador da consultoria Crowe

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Danyelle Van Straten, fundadora da Depyl Action: oito novos serviços foram implementados com ajuda de franqueados

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“SE A REDE CONSEGUIR UM ACORDO PARA TESTAR ESSE MODELO COM UM FRANQUEADO, E DEIXAR CLARO PARA OS DEMAIS, É UM MODELO INTERESSANTE” Claudia Bittencourt, presidente do Grupo Bittencourt

Foto: Amanda Canhestro

comum que muitas franqueadoras mantenham operações próprias para que sejam testados produtos ou novos serviços, antes de expandir para toda a rede. No entanto, algumas optam por usar um “franqueado cobaia” para essas atividades. “Esse custo de unidade própria só para esse fim acaba sendo um peso na estrutura da franqueadora. Se a rede conseguir um acordo para testar esse modelo com um franqueado, e deixar claro para os demais, é um modelo interessante. O que não pode é os franqueados sentirem que há algum tipo de privilégio”, alerta a presidente do Grupo Bittencourt, Claudia Bittencourt. Usar a inteligência da rede para gerar inovação é a estratégia da Depyl Action. A fundadora Danyelle Van Straten vê que o método colaborativo do franchising já permite essas interações e isso só enriquece a experiência e os serviços prestados. “No ano de 2018, implantamos oito serviços novos em parceria com franqueados, por meio de projetos-pilotos que aconteceram simultaneamente em várias lojas”, comenta.

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“NÓS PROCURAMOS, PRIMEIRO, UNIDADES QUE TENHAM UM VOLUME DE PRODUÇÃO MAIOR PARA QUE ELAS TAMBÉM TRABALHEM ESSES PRODUTOS. ISSO NOS PERMITE REFINAR AS PROPOSTAS POR MEIO DE MAIORES DEMANDAS PRÁTICAS” Eric Vaz de Lima, presidente da Vazoli

COMO SELECIONAR A UNIDADE COBAIA Os critérios de escolha da unidade também devem ser previamente avisados, seja por proximidade com a franqueadora, por ser a primeira unidade da rede ou outro fator. “Se ele for testar algo novo em unidade própria, também deve ser avisado à rede”, orienta Cláudia. A distância é um dos critérios da SuperSeg para selecioMODELO COLABORATIVO nar o franqueado que será cobaia das inovações, dessa forNa Vazoli, cinco unidades próprias e franqueadas ma, eventuais problemas podem ser corrigidos rapidamente. são mobilizadas para pilotar projetos novos. “É interesAs compensações pela participação do franqueado sante porque, justamente, o franqueado apresenta a cada nos processos de teste podem existir, mas também deprojeto a visão de quem está no dia a dia da operação”, vem comunicadas à toda a rede. As vantagens vão desde avalia o presidente da rede, Eric Vaz de Lima. Na visão do descontos em produtos, concessões franqueador, a prática ajuda a chegar especiais ou até mesmo descontos com mais eficácia à percepção do em taxas pagas à franqueadora. consumidor. AS VANTAGENS VÃO “Nós procuramos, primeiro, DESDE DESCONTOS unidades que tenham um volume de CONTRAPARTIDAS produção maior para que elas tamDEVEM SER CAUTELOSAS EM PRODUTOS, bém trabalhem esses produtos. Isso Maria Selma Mata fundou a CONCESSÕES nos permite refinar as propostas por rede de alimentação Champion em meio de maiores demandas práti2015. Um ano depois, o primeiro ESPECIAIS OU ATÉ cas”, explica. franqueado abriu as portas – e era MESMO REDUÇÃO O executivo de finanças e exseu irmão, Manoel Neto. Atualmenpansão da SuperSeg Brasil Helton te, são 16 unidades em funcionaNAS TAXAS PAGAS Cézar considera a etapa de testes e mento, sendo quatro franquias. À FRANQUEADORA piloto muito importante para validar Em 2016, Maria Selma deu uma novos lançamentos da franquia. “Na colher de chá ao irmão, que investiu loja-piloto, devido ao envolvimento R$100 mil na franquia, parcelando dos fundadores, pode haver distorções, ou entendimentos o investimento em três vezes. Em contrapartida, nas três com vieses. O teste em unidade franqueada valida se o primeiras semanas, a franqueadora ofertou os produtos ao novo produto ou serviço tem a aceitação e demanda esirmão para impulsionar o negócio da modalidade quiosque. perada, e os possíveis ajustes são feitos em ambiente conO executivo da SuperSeg explica que os custos de trolado”, afirma. implantação e homologação são subsidiados pela fran-

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“NA LOJA-PILOTO, DEVIDO AO ENVOLVIMENTO DOS FUNDADORES, PODE HAVER DISTORÇÕES, OU ENTENDIMENTOS COM VIESES. O TESTE EM UNIDADE FRANQUEADA VALIDA SE O NOVO PRODUTO OU SERVIÇO TEM A ACEITAÇÃO E DEMANDA ESPERADA, E OS POSSÍVEIS AJUSTES SÃO FEITOS EM AMBIENTE CONTROLADO” Helton Cézar, executivo de finanças e expansão da SuperSeg Brasil Foto: Leo Barbieri

queadora. “Outro benefício é que todo o staff do projeto fica à disposição do franqueado, fazendo ajustes e validações em tempo real. É uma oportunidade importante que o franqueado tem de participar da construção. Acreditamos que modelos de desenvolvimento colaborativos são mais eficazes e perenes”, afirma. Na Depyl Action, os benefícios variam de acordo com a complexidade do processo e do período de testes, mas vão de isenção de royalties por determinado período até parceria para participar da capacitação da rede. “É importante identificar os franqueados com disponibilidade e características especificas de cada projeto. Depois, alinhar expectativas e acompanhar de perto a implantação”, afirma. Tudo deve ser feito com cuidado e critério: nada pode parecer para a rede que esse franqueado será beneficiado. “Quando tem benefício que envolve recurso financeiro, é mais complicado. O ideal é que seja mais a questão de colaboração, estamos em momento de colaboração mutua”, afirma Cláudia.

MERCADO

#fusões e aquisições #escala #cescimento

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União para ir mais longe 68

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“NO PLANEJAMENTO DE AÇÕES QUE DESENHAMOS, COLOCAMOS QUE NOS PRIMEIROS 90 DIAS PRECISÁVAMOS QUE OS FRANQUEADOS JÁ SENTISSEM MELHORIAS, TORNANDO MAIS TRANQUILO O TRABALHO JUNTO À REDE” Henrique Mol, presidente da Encontre Sua Franquia

E FUSÕES E AQUISIÇÕES AJUDAM FRANQUEADORAS A GANHAR ESCALA E A SE FORTALECEREM PARA ENFRENTAR PERÍODOS DE TURBULÊNCIA

m 2018, a rede de limpeza ecológica Acquazero foi adquirida pelo grupo Encontre Sua Franquia. Desde então, está sob a batuta do empresário Henrique Mol. “No momento em que comunicamos aos atuais franqueados da rede sobre a aquisição do grupo Encontre Sua Franquia houve certa resistência ou dúvidas que o processo seria positivo à franquia”, explica. De acordo com ele, esse período de transição durou 90 dias. Depois, com um maior entendimento houve um consenso sobre as melhorias. Mol afirma que muitos processos precisaram ser adaptados na fusão e, para isso, utilizou a experiência de outras marcas que pertencem ao grupo.

“No planejamento de ações que desenhamos, colocamos que nos primeiros 90 dias precisávamos que os franqueados já sentissem melhorias, tornando mais tranquilo o trabalho junto à rede”, afirma. Com a aquisição, a Acquazero passa a fazer parte de um grupo e assim pode negociar melhor prazos e preços com fornecedores, por exemplo. “Conseguimos dividir recursos entre o grupo Encontre Sua Franquia, ter maior capacidade de investimento em infraestrutura, melhor suporte aos franqueados e compartilhar conhecimento. A escala do grupo gera benefícios a todos as marcas envolvidas”, explica. A busca por vantagens comerciais e alternativas de redução de custos é o que mais motiva as fusões e aquisições no

Abril e maio de 2019

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MERCADO

Carlos Wizard Martins, fundador da Sforza Holding

meio empresarial e isso não seria diferente no segmento de franquias, conforme explica o presidente da consultoria Praxis Business, Adir Ribeiro.

OLHAR APURADO De escala o empresário Carlos Wizard Martins entende bem. No ano passado, o grupo Sforza, do qual é fundador, adquiriu 22,5% da operação da marca de vestuário Topper, na Argentina. O valor estimado foi de R$ 100 milhões. No Brasil, a marca já pertence ao grupo desde 2015, quando também foram adquiridas as operações da Rainha. Desde que vendeu o Grupo Multi – detentor da marca Wizard – à britânica Pearson, Carlos Wizard tem investido em aquisições de novos empreendimentos. Dentro do sistema de franquias ele dirige a Ronaldo Academy, a Mundo Verde e a rede de fast food Taco Bell. “Embora, nos últimos anos, o franchising no Brasil tenha caminhado na contramão das crises,

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Você Sabia? De acordo com estudo da consultoria Bain & Company, as fusões e aquisições cresceram 17% em 2018 e atingiram US$ 3,4 trilhões em valor real de transações. A razão para isso é uma maior busca por capacitação e não necessariamente escala. Ou seja, as empresas estão se unindo em nome da inovação e isso faz todo sentido, uma vez que a palavra disrupção praticamente norteou todo o período.

crescendo e superando as incertezas econômicas, de modo geral, as organizações ficam mais atentas às ameaças e às oportunidades”, explica Adir Ribeiro.

EXPANSÃO DO SETOR O movimento proporciona resultados como crescimento rápido, ganhos em escalabilidade, aumento de participação de mercado, otimização de estrutura e de suporte, departamentos unificados, melhores negociações para compras e mais poder de mercado diante de fornecedores.

Além disso, ocasiona novas soluções tecnológicas, redução de custos de produção, novos canais de distribuição, vantagens fiscais, vantagens em relação à concorrência, entre outras possibilidades. “O fato mais relevante é que o franchising brasileiro é muito pulverizado, pois temos uma média de 50 unidades por franqueador, contra uma média de 200 unidades nos Estados Unidos. Ou seja, temos cerca de 2,8 mil franqueadores aqui, mas esse volume de unidades é muito baixo para criar franqueadores es-

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MERCADO

Fusões e aquisições no franchising: relembre alguns movimentos recentes § Em 2015, os grupos J.Alves e Ornatus Alimentação se fundiram e criaram a Halipar (Holding

de Alimentação e Participações), que abriga restaurantes como Griletto, Montana Express, My Sandwich e Jin Jin Wok. Dois anos depois, o novo grupo adquriu a marca Croasonho.

§ Em 2017, a italiana Luxxottica anunciou a compra da brasileira Óticas Carol,

por 110 milhões de euros.

§ Em 2017, o Grupo Restaura, detentor da Restaura Jeans comprou 65% da marca de alimentação

natural, DNA Natural.

§ No ano passado, o Grupo Trigo, controlador do Spoleto vendeu a operação nacional da Domino’s

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para o fundo de investimentos Vinci Partners, por estimados R$ 330 milhões.

truturados e capacitados financeiramente, já que o volume de recursos é relativamente baixo”, explica o presidente da consultoria Praxis Business. Aqui no Brasil, apenas 20% das franqueadoras têm mais de 100 unidades. “Para poder prestar um suporte efetivo e prover tecnologia, conhecimento estruturado e escala de negociações, o volume é fundamental. Sendo assim, o caminho de fusões e aquisições é natural e necessário”, explica o especialista.

“PARA PODER PRESTAR

INTEGRAÇÃO DE CULTURAS Antes de qualquer coisa, uma avaliação financeira dos modelos de negócio é fundamental. Ribeiro indica que a marca procure por profissionais que possam ajudar nessa questão, bem como amparo jurídico. “Destaco também a importância de considerar a integração de diferentes culturas, os possíveis choques no ambiente organizacional e o impacto para os funcionários. O processo todo precisa ser feito de maneira cautelosa e confidencial, até a sua conclusão”, explica. O ideal é falar claramente com a rede de franqueados sobre a nova situação da empresa e transformá-los em agentes do novo negócio. A visão

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UM SUPORTE EFETIVO E PROVER TECNOLOGIA, CONHECIMENTO ESTRUTURADO E ESCALA da franqueadora precisa ser de eliminar incertezas e prover segurança e acolhimento. “Acredito fortemente que esse mercado passará por mais transformações ainda, principalmente com empresas internacionais olhando para o mercado brasileiro e avaliando a aquisição, sociedade ou joint-venture com as franqueadoras nacionais”, avalia o especialista.

DE NEGOCIAÇÕES, O VOLUME É FUNDAMENTAL. SENDO ASSIM, O CAMINHO DE FUSÕES E AQUISIÇÕES É NATURAL E NECESSÁRIO” Adir Ribeiro, presidente da Praxis Business

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Mão na massa? Não, no bolso 74

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NE MT CO MP ODO AI NT RA U MUN M D UN EN IDA ÇÃO A FR O QU OF A ER DE. C DE O NQU E EC PO ON PE IA T E S NE SÍVE M M HEÇA RAR A EM O G L OS ÓCIO APE DELO REDE N CR ITÉ – E S AS I S ON S QU E NV A DE RIO I É S P BA Q EST IR U AR A I AIS S NO SS ÃO O

OPERADOR PRECISA TER ALMA DO NEGÓCIO Quando o investidor opta por esse modelo na JP Odonto deve apresentar o sócio operador, mesmo que a participação seja mínima, segundo a responsável pela expansão da marca, Ana Cristina Amaral Centrone. “É muito importante que, em nossas clínicas, os operadores estejam engajados com o negócio e com os valores da franqueadora, que é voltada para um atendimento humanizado”, afirma. Ela acredita que o franqueado com perfil investidor acaba enxergando o modelo de franquia como uma carteira de investimentos, mas muda a percepção ao conhecer o negócio, pelo potencial e prazo de payback. “O principal desafio é ele entender a importância de um sócio operador, pois com um ‘dono’ na clínica o resultado apresenta-se mais rapidamente e o retorno que ele espera também”, afirma.

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crescimento do sistema de franquias, mesmo nos anos de recessão econômica, atraiu os olhares de investidores de diferentes perfis. Muitos chegaram a enxergar a abertura de unidades como investimentos de renda fixa, e há franqueadoras que incentivaram esse movimento. Para que a empreitada dê certo, o investidor precisa ter conhecimento sobre o sistema de franquias. Apesar de entrar com o investimento e contar com o trabalho de um sócio operador, o investidor ainda precisa saber o que esperar do sistema e como atuar, pois sua participação pode ser requerida, de tempos em tempos. O especialista Paulo Mendonça, consultor associado da Ponto de Referência, acredita que um franqueado investidor, sem conhecimento da funcionalidade do sistema de franquias, pode representar um potencial risco para as atividades da rede. “Geralmente é um franqueado que já tem um emprego, tem dinheiro e quer outra fonte de renda. Ele também pode investir para que um familiar toque o negócio – e nem sempre é a melhor opção. Em muitos casos, é um perfil que não tem muito conhecimento sobre como funciona o franchising e isso pode ser negativo”, explica. Diferentemente de investimentos de renda fixa, o franchising é um negócio que implica riscos e poucas (ou nulas) garantias de rentabilidade sem trabalho. “O bom franqueador vai recusar essa proposta, porque não existe esse retorno garantido, como existe no sistema bancário”, comenta.

“GERALMENTE É UM FRANQUEADO QUE JÁ TEM EMPREGO, TEM DINHEIRO E QUER OUTRA FONTE DE RENDA. ELE TAMBÉM PODE INVESTIR PARA QUE UM FAMILIAR TOQUE O NEGÓCIO – E NEM SEMPRE É A MELHOR OPÇÃO” Paulo Mendonça, consultor da Ponto de Referência

Abril e maio de 2019

A marca vê esse perfil como uma oportunidade de agregar valor ao modelo de negócio, pois pode contribuir com visões de experiências passadas.

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INVESTIMENTO

INVESTIDOR É O NOVO QUERIDINHO DO FRANCHISING De acordo com o especialista, o investidor não é um perfil nocivo quando há um real interesse sobre como funciona o sistema de franquias. O que pode acabar gerando os multifranqueados, que têm sido a prata da vez aos olhos das franqueadoras. “O investidor não é negativo, desde que tenha estrutura bacana para fazer isso acontecer. Algumas marcas têm privilegiado o perfil ideal como o investidor, que vai abrir diversas lojas em determinado período de tempo”, explica. Isso ajuda a diminuir custos da franqueadora e a expandir de forma mais rápida. Confira mais informações sobre multifranqueados em nosso Especial, publicado nessa edição.

PROCURA É RECORRENTE A Suav possibilita que o franqueado entre no negócio apenas como investidor, sem a necessidade de colocar a mão na massa. “Acaba sendo uma prática muito comum, principalmente em casos de sócios e que tenham relação afetiva como irmão, pai, cunhado. Essa pessoa entra com o capital e tem uma parceria para gerenciar o negócio”, afirma o diretor-executivo da marca, Diogo Cordeiro de Oliveira. O empresário ressalta que há ainda a possibilidade de o franqueado entrar como investidor e contratar alguém para trabalhar no negócio, não necessariamente criando vínculos de sociedade. “Às vezes, o investidor não consegue estar presente totalmente para condução da franquia, por isso acaba optando em contratar alguém ou abrir sociedade”, diz.

Cristianne Mendes Gonçalves, franqueada da Suav: abriu franquia em sociedade com a irmã, mas é ela quem toca o negócio

É o que fez Cristianne Mendes Gonçalves. Durante 17 anos ela trabalhou como Relações Públicas de multinacionais do segmento de mineração, iniciando no estado do Pará, onde nasceu, além de morar nos estados do Maranhão, Mato Grosso do Sul e, por último, em Minas Gerais, sendo esse último o lugar onde optou ficar por já ter raízes familiares. Em 2013, a mineradora que trabalhava passou por crises do mercado e por meio de conversas de amigas, iniciou o interesse em conhecer melhor os negócios da área de beleza e estética, sempre muito bem colocadas em pesquisas de negócios para quem quer ser um empreendedor. Ela entrou com sociedade junto à irmã e abriram no final de 2017 uma franquia Suav em Belo Horizonte (MG). Cristianne fica à frente da gestão, já sua irmã acompanha tudo de longe. Decisões importantes são tomadas em conjunto.

“ÀS VEZES, O INVESTIDOR NÃO CONSEGUE ESTAR PRESENTE TOTALMENTE PARA A CONDUÇÃO DA FRANQUIA, POR ISSO ACABA OPTANDO EM CONTRATAR ALGUÉM OU ABRIR SOCIEDADE” Diogo Cordeiro de Oliveira, diretor executivo da Suav

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GESTÃO

#home office #home based #modelo de negócio

Minha casa, minha empresa

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os últimos anos, o empreendedorismo cresceu aliado ao desemprego, mas também a um desejo de maior autonomia. Um dos modelos que mais se fez presente para atingir esses objetivos foi o home based. Diversas franquias se lançaram no mercado com esse modelo e as tradicionais lançaram formatos que comportam uma operação dentro de casa. A insatisfação com o material e a metodologia utilizados pela antiga escola fizeram com que a professora Tatiana Raimundo Ramos, 35, procurasse outras formas de ensinar. Por essa razão, ela resolveu mudar de rumo e procurar algo que se aproximasse do que ela acreditava. Ela chegou até a The Kids Club. “É algo muito diferente do que eu fazia antes na escola regular”, explica.

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NOVOS ARRANJOS PROFISSIONAIS LEVARAM OS EMPREENDIMENTOS PARA A CASA DOS FRANQUEADOS. SAIBA QUAIS SÃO AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE SE TRABALHAR EM CASA E COMO SE ORGANIZAR

Tatiana Raimundo Ramos, franqueada da The Kids Club

Você Sabia? Entre as 50 maiores franquias do Brasil, o modelo home based ganhou importância. De acordo com o levantamento, entre 2017 e 2018, enquanto o percentual de lojas tradicionais diminuiu de 91% para 88%, outros formatos – como quiosques, unidades móveis e operações home based – passaram de 9% para 12%.

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O fato de a franquia ser home based colaborou para que Tatiana conseguisse ficar mais tempo perto de sua filha de sete anos. “A palavra-chave que aprendi foi que é preciso ter, acima de tudo, organização, pois uma franquia home based exige disciplina. Nesse modelo de negócio, o sucesso está intrinsecamente ligado à produtividade e eu precisei aprender a separar as tarefas de casa com o trabalho, assim como ter uma carga horária destinada exclusivamente para esse fim, evitando, ao máximo, não misturar com meus afazeres pessoais”, explica.

Felipe Marcelo Carreiro, franqueado da Gigatron Franchising

HORÁRIO DE TRABALHO ESPECIFICADO Para isso, Tatiana separou um cômodo da casa para ser seu escritório. Quando ela está lá, o marido e a filha sabem que é horário de trabalho e não a interrompem. “Está claro, para todos nós, que embora eu esteja dentro de casa, eu também trabalho”, comenta. O desafio de Tatiana foi impor limites a si mesma para não trabalhar mais do que o necessário, uma vez que não há um expediente em trabalho home office. “Se não tiver um foco muito bem delimitado, é fácil se perder no caminho e passar dos limites”, explica.

Abril e maio de 2019

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GESTÃO

Franchising pela comodidade e preço mais acessível, por ser home based. “É você que define o seu próprio horário e suas metas. Outro ponto também é que a empresa depende exclusivamente de você, se não tiver dedicação, a empresa não cresce; se não tiver esforço, o salário não vem, sendo assim você acaba trabalhando mais, porém as recompensas são maiores”, explica.

RESPONSABILIDADE MAIOR

“É PRECISO TER UM LOCAL RESERVADO PARA PODER FAZER LIGAÇÕES OU ATÉ VÍDEO CONFERÊNCIA EM ALGUNS CASOS” Mércia Vergilli, consultora do Grupo Soares Pereira & Papera (GSPP)

Ela se organiza para trabalhar à tarde, sempre que a filha está em aula. “Outro ponto que acho que vale a pena destacar é que a franquia home based oferece maior possibilidade de resolver imprevistos, como a doença de algum familiar que precisa, também, da minha atenção”. Apesar dis-

so, ela diz que é preciso saber separar trabalho da vida pessoal. Assim como Tatiana, Felipe Marcelo Carreiro, 27, também não concordava com as escolhas da empresa em que trabalhava, além de não ter perspectiva de crescimento. Ele decidiu empreender e escolheu a Gigatron

Cinco dicas para se organizar

1. Separe um espaço destinado apenas à atividade da franquia 2. Tenha um horário de trabalho estipulado. Não precisa bater ponto,

mas ter uma rotina ajuda a se organizar. Não passe muitos dias trabalhando no horário que está destinado à família

3. Tenha em mente que aquilo é um trabalho e que precisa de foco para obter retorno financeiro

4. Saiba se auto cobrar, mesmo sem chefe: é preciso trabalhar para obter resultado

5. É mais produtivo trabalhar vestido com “roupa de trabalho” e não ficar o dia todo de pijama

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Apesar da flexibilidade de horários, todo o trabalho depende do franqueado. Logo, a responsabilidade é maior do que em uma rotina de funcionário, ou mesmo de patrão em ambiente corporativo. “Para ter produtividade em casa, deve-se separar a rotina doméstica do trabalho, completamente. É preciso ter um local reservado para poder fazer ligações ou até vídeo conferência em alguns casos, para poder responder todos os e-mails e whatsapps”, explica a consultora do Grupo Soares Pereira & Papera (GSPP), Mércia Vergilli. Estipular horários para o trabalho ajuda, bem como separar um local, da mesma forma que Tatiana e Felipe fizeram. “O melhor é quando tem um espaço reservado, que possa ser seu escritório, com mesa para micro, impressora, telefone e internet, no mínimo”, explica a especialista. Colocar regras desde o início ajuda a não comprometer as metas e também o convívio familiar.

MUDANÇA RADICAL Gabriel Françoso trabalhou em banco por dez anos antes de investir no modelo home based da Little Kickers. Ele precisou passar por uma grande adaptação da rotina e de seus hábitos para conseguir se acostumar. “É uma cultura que não fazia parte da minha vida bancária. Realmente requer uma

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GESTÃO

fase de adaptação. Disciplina e organização são fundamentais”, afirma. Françoso acredita que a família seja beneficiada com sua presença em tempo integral. “A qualidade de vida deu um salto gigantesco no que diz respeito a presença, disponibilidade, flexibilidade de horários”, comenta. Por outro lado, ele sentiu a diferença da falta de contato com outras pessoas no ambiente profissional e elenca como uma das principais dificuldades do modelo. “Sempre fui muito de ter um ambiente divertido no trabalho com meus funcionários, almoçar juntos, brincadeiras, happy hours etc. Não ter pessoas fixas ao seu lado durante o dia limita muito essa convivência”, comenta. Antonio Walter, 29 anos, também trabalhava em banco antes de entrar

PARA COMEÇAR AS ATIVIDADES, PARA DEFINIR QUE ALI COMEÇAVA O MEU TRABALHO, E ERA A HORA QUE EU DEIXAVA AS ROTINAS DE CASA”

Fotos: Divulgação

Antonio Walter, franqueado do Instituto de Especialização em Vendas (IEV)

“NÃO TER PESSOAS FIXAS AO SEU LADO DURANTE O DIA LIMITA MUITO A CONVIVÊNCIA” Gabriel Françoso, franqueado da Little Kickers

“ENTENDI QUE PRECISAVA DE UMA PREPARAÇÃO

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para o franchising. Hoje, ele é franqueado do Instituto de Especialização em Vendas (IEV) e afirma que escolheu o modelo por conta da flexibilidade. “Eu sou pai de gêmeos e poder acompanhar de perto o crescimento dos meus filhos é o maior bônus.” Para ter mais produtividade, ele montou um escritório isolado dentro de casa e limitou seu horário de trabalho das 10 horas às 18 hiras. “A minha esposa trabalha em outra cidade e sai pela manhã, então neste período eu cuido dos gêmeos até às 10 horas, depois eles ficam aos cuidados da avó materna”, explica. No início, a maior dificuldade de Walter foi separar as demandas de casa e as da empresa. Ele chegou a ver sua produtividade cair por tentar equilibrar tudo ao mesmo tempo. “Entendi que precisava de uma preparação para começar as atividades, para definir que ali começava o meu trabalho, e era a hora que

eu deixava as rotinas de casa e isso me ajudou, funcionou muito bem”, explica.

COMO ORGANIZAR ESTRUTURA E AGENDA O maior desafio em tocar uma franquia home based é convencer a si mesmo e aos outros que horário de trabalho deve ser respeitado, segundo Mércia. “Também é importante que o franqueado mesmo tendo flexibilidade em relação ao seu horário não fique repetidas vezes marcando consultas ou assuntos domésticos durante o expediente para não perder o foco”, explica. De acordo com ela, a organização do trabalho deve ser orientada pela franqueadora, no que tange a materiais e estrutura necessários. “O trabalho em casa tem vantagens muito grande como diminuição de tempo gasto em trânsito, de valores altos de locação de sala, principalmente nas grandes capitais”, comenta.

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NICHO

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Antônio Chiarizzi, fundador da Mr. Kids

Diversão lucrativa FRANQUIAS DE ENTRETENIMENTO E LAZER DESPONTAM COM RESULTADOS ACIMA DA MÉDIA DO SETOR. SAIBA QUAIS SÃO AS PERSPECTIVAS PARA ESSE NICHO

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m dos segmentos que mais apresentou crescimento proporcional no franchising nos últimos anos foi Entretenimento e Lazer. Apesar da contenção de gastos e da crise, as pessoas procuraram maneiras de se distrair e entreter as crianças. “Outro destaque são as empresas de organização de eventos, aluguel de espaços e organização de festas, que abrangem um grande mercado de eventos particulares e empresariais”, explica o diretor da consultoria MDS Franchising & Negócios, Carlos Ruben Pinto.

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A Ri Happy sentiu esse movimento na pele. Em 2018, foram inauguradas 13 novas lojas próprias e mais seis franquias em todo o País. “Em 2018, o grupo investiu no e-commerce, consolidou sua jornada omnichannel e inovou com o conceito One Stop Shop: neste modelo a loja aumenta seu portfólio de produtos com a introdução de artigos esportivos, vestuário, fraldas, calçados, carrinhos, berços, cadeirinhas para auto e linha geek, um universo para crianças e bebês”, afirma o diretor de expansão do grupo, Renato Floh.

SAI DO CELULAR A empresa também tem crescido na onda de outra tendência: a compra de brinquedos educativos, pedagógicos e que estimulem o desenvolvimento infantil. “Isso significa que, mesmo na era digital com a forte presença da tecnologia para crianças e adultos, os pais buscam passar mais tempo com seus filhos resgatando os valores da infância e promovendo atividades de aprendizado, brincadeiras e diversão em família”, comenta. O executivo acredita que o mercado de brinquedos no Brasil é forte, principalmente pela questão de presentear em datas como aniversário, Natal e Dia das Crianças, mas tem se solidificado nos últimos anos com o estímulo ao “mundo real”.

Você Sabia? Em 2018, Entretenimento e Lazer teve um crescimento de 6,9% na abertura de unidades e de 12,7% no faturamento, a maior expansão entre todos os segmentos.

Fotos: Divulgação

Para 2019, a Ri Happy pretende chegar a cidades de até 500 mil habitantes, com foco em Itaquaquecetuba (SP), Natal (RN) e Rio Branco (AC).

FRANQUIA SE DESTACA NO NICHO

Renato Floh, diretor de expansão do grupo Ri Happy

Carlos Ruben Pinto, diretor da consultoria MDS Franchising & Negócios

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A franquia sai à frente de outras empresas pela padronização e preço mais acessível, justamente pela negociação em escala com fornecedores. O mercado ainda tem muito potencial para crescer, pois carece justamente de profissionalismo, na visão do especialista, que pode ser encontrada no franchising. “Hoje, as empresas que mais crescem são aquelas que sabem organizar o know-how acumulado, que têm marca de prestígio no mercado, que formatam um bom sistema de franquias para prestar excelentes serviços aos franqueados e seus clientes. A franqueadora precisa estar bem preparada para trabalhar junto com o franqueado na conquista desse mercado que tem se mostrado cada vez mais exigente, levando a melhor experiência de entretenimento e lazer ao momento mágico dos clientes”, explica.

Fotos: Divulgação

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Outra questão que coloca a franquia como prioridade na decisão dos clientes é o histórico de boas experiências proporcionadas. Uma rede carrega a história de todas as unidades. Isso gera confiança e credibilidade. “Penso que as maiores oportunidades em sub-nichos ficam com as empresas de locação de artigos para festas e eventos”, explica Ruben Pinto.

DOBROU A APOSTA No segundo semestre de 2018, a Mr. Kids contabilizou o ingresso de 5,8 novos franqueados por mês, em méVR Gamer levou entretenimento virtual para shopping centers dia. “Por ter sido um ano tão conturbado em todos os sentidos, o resultado foi acima de nossa expectativa, tanto com o ingresso de Mr. Kids busca empreendedores nessas regiões e enxernovos franqueados, como com as vendas para o público ga uma possibilidade de crescimento no número de franalvo”, afirma o fundador da rede, Antônio Chiarizzi. queados”, afirma. O resultado foi tão positivo, que o executivo subiu a aposta para 2019 e mira cidades menores. “Existe granNOVAS REDES de oportunidade para investimento no interior. Com uma Além do estímulo às crianças, novas redes que visam economia diversificada e grande potencial de consumo, a o entretenimento para toda a família também aportaram no Brasil nos últimos anos. A Escape 60, fundada em 2015, oferece jogos indoor para grupos de amigos, famílias e equipes de trabalho com uma história recheada Saiba Mais de códigos e tarefas para serem desvendadas em grupo. Como estratégia de divulgação, eles utilizam as avaliações Existem cinco marcas estrangeiras do nicho que dos próprios clientes no TripAdvidor (aplicativo de turisatuam no Brasil e três nacionais que exportam mo). Já são nove franquias abertas, segundo o cadastro da para outros mercados. ABF, sedo uma no exterior. Já a VR Gamer é um equipamento de realidade virtual para ser utilizado em shopping centers ou áreas de grande circulação e que proporciona uma experiência lúdica por meio de interação virtual. A marca estreou no franchising em 2018 e divulgou pretensão de encerrar o ano passado com dez novas lojas. Eles não atenderam ao pedido de entrevista para confirmar a informação.

Escape 60 se ampara nas avaliações de clientes no TripAdvisor

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TENDÊNCIA

#pet friendly #mercado animal #oportunidade

Onde o pet é bem-vindo CADA VEZ MAIS INTEGRADO AO RETRATO DA FAMÍLIA BRASILEIRA, O ANIMAL DE ESTIMAÇÃO SE TORNA DETERMINANTE PARA DECISÕES DE CONSUMO

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última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2013, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) revelou que o Brasil possui 132,4 milhões de pets. É o quarto país do mundo em animais de estimação. Em contrapartida, a taxa de natalidade tem caído constantemente. Ou seja, mais do que nunca, os pets se tornaram parte das famílias. Com isso, as marcas têm trabalhado para reposicionar seus negócios e se tornarem cada vez mais pet friendly (amigável com animais de estimação), com espaços adequados para recebe-los em suas lojas. As lojas do Rei do Mate, por exemplo, são incentivadas pela franqueadora a preparar espaços para receber os pets. No entanto, a decisão fica a critério do franquea-

Fotos: Divulgação

do. Lojas em espaços que restringem a presença de animais, como empresas e hospitais, não participam. “Nos preocupamos sempre e cada vez mais em proporcionar aos nossos consumidores uma melhor jornada de compra e de relação com a marca”, explica o diretor de franquias e expansão da rede, João Baptista da Silva. Cada shopping center determina quais pets são permitidos acessar as áreas livres, bem como as responsabilidades que o dono precisa se atentar. Na área de alimentação, as delimitações são ainda mais rígidas. “O acesso dos pets está restrito apenas à área das mesas externas, até por questões sanitárias”, explica Silva.

JÁ NASCEU PET FRIENDLY O sócio-fundador da Casa Graviola Abner Lopes diz que nunca sequer passou pela sua cabeça não ser pet friendly, justamente por ter animais de estimação em casa. “Amamos pets, e acreditamos cada vez mais nessa aproximação entre o homem e o animal”, afirma. No entanto, ele admite que precisa respeitar legislações municipais e restrições em shopping centers, por exemplo. Nem todos são amigáveis à presença de peludos. “Às vezes, recebemos animais mais agitados, cachorros que latem muito, por exemplo, e nem todo mundo compreende. Por isso, procuramos sempre acomodá-los na varanda, pra não perturbar nossos clientes”, explica.

Benedito Rocha e seu cãozinho Jorge visitam diariamente a loja do Rei do Mate, no Colinas Shopping, em São José do Rio Preto (SP)

Abner Lopes Cabral e Manoela Cabral, fundadores da Casa Graviola

Fevereiro e março de 2019

Foto: D.Vendramini Photo Studio

TENDÊNCIA COMUNICAÇÃO E ESTRUTURA SÃO ESSENCIAIS Para transformar o negócio em pet friendly, comunicação é importante. Tanto para alertar que é possível passar um tempo agradável com o amigo de quatro patas no espaço, quanto para orientar sobre possíveis medidas que devam ser tomadas pelos responsáveis. “Nem todo mundo se sente plenamente confortável em relação à limpeza ou aspectos de barulho. Alguns têm fobia e comunicar e ter estrutura são predominantemente importantes. Não adianta adotar postura pet friendly e não ter logística para comportar isso”, explica o professor da FGV, especialista em inovação e empreendedorismo, Arthur Igreja. O especialista compara a transição com a lei que proíbe o cigarro em ambientes fechados. “Quando alguém tem hábitos distantes, precisa ter áreas separadas. É necessário preparar o ambiente para não ser algo tão diferente assim. Em alguns shoppings quase não se nota que há essa estrutura”, explica.

Proporção de pets no Brasil: Brasil

Mundo

“NÃO ADIANTA ADOTAR POSTURA

Cães

52,2

655,8

PET FRIENDLY E NÃO TER LOGÍSTICA

Aves

37,9

360,8

PARA COMPORTAR ISSO”

Gatos

22,1

271,9

Peixes

18,0

205,2

Arthur Igreja, professor da FGV, especialista em inovação e empreendedorismo

Outros *

2,21

70,3

Total

132,4

1,5

*Estimativa Abinpet para outros animais (répteis e pequenos mamíferos) Fontes: Euromonitor e Abinpet

BRASIL

4º em número de animais de estimação – 132 milhões

2º em número de cães, gatos e aves canoras e ornamentais

9º em número de répteis e pequenos mamíferos

10º em número de peixes ornamentais. Fonte: IBGE

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AQUI NÃO PODE Se a loja está alocada em shopping centers que aceitem animais, e não pretende se tornar pet friendly, a orientação é comunicar logo na entrada. No entanto, sempre é válido se preparar para receber os peludos, mesmo que ainda não seja o plano da empresa: não deixar produtos expostos à altura do pet. Também é necessário pensar na fluidez, pois o animal poderá ser guiado por uma coleira e precisará de mais espaço para movimentação. “É esse tipo de cuidado: logística, fluidez, limpeza. Tudo isso tem que ser pensado”, explica Igreja. Ele acredita que a tendência deve permanecer e ainda crescer. “No passado era um grande tabu, alguns shopping e lojas começaram a ser receptivos e agora se tornou quase uma regra. As marcas que surfam essa onda se mostram mais preocupadas com os hábitos do consumidor. Isso é tremendamente positivo”, explica.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 30 milhões de animais de estimação estão abandonados pelas ruas do Brasil. Em 2017, diversas cidades do País iniciaram a campanha Dezembro Verde, que tem como objetivo conscientizar sobre a importância do pet e iniciar uma campanha pelo não abandono e maus tratos do bichinho. Foi nessa época que a Minds começou com a campanha Pet Friendly Day. "Apesar do intuito da campanha ser atingir todas as esferas da sociedade, nós da Minds Idiomas, temos a consciência que somos uma rede educacional e, por isso, o nosso compromisso tem que ser ainda maior com a causa. Afinal nós formamos cidadãos. Desde as crianças, ao público juvenil e mais maduro”, explica Augusto Jimenez, CEO da rede. Em 2018, todas as 70 unidades da rede tiveram ações que iam desde caminhadas, tatuadores fazendo as patinhas (nos humanos, é claro), doação de rações e emissão de RG para o pet. Para não tornar a ação um evento pontual, a campanha de adoção acontecerá todos os meses, sempre aos sábados, nas 70 escolas da rede.

Fotos: Divulgação

Minds promove dia de adoção em todas as franquias

ASPECTOS LEGAIS DO FRANCHISING #sustentabilidade #responsabilidade social #franchising

Franchising já é exemplo em sustentabilidade e responsabilidade social Por Fernando Tardioli*

FOTO: DIVULGAÇÃO

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ustentabilidade e responsabilidade social são valores bastante admirados no mundo corporativo – e nunca foram tão necessários no mundo de hoje! Antes, ações destas naturezas só eram vistas em grandes empresas. No entanto, o franchising brasileiro vem dando bons exemplos para o varejo. Para começar, vale lembrar o que se espera, na prática, de uma empresa sustentável. De acordo com a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas, “é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, garantindo a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro”. No que tange à Sustentabilidade, a ABF sabe a importância de fomentar este princípio entre as suas associadas. Prova disto, é que mantém duas premiações anuais que reconhecem os esforços das franqueadoras neste sentido. Uma delas é o Prêmio ABF RDI Design. Uma das categorias é justa-

mente a “Design Consciente”, que premia projetos que contemplem um olhar ou foco ecologicamente corretos e socialmente responsáveis, e que contribuam para um franchising mais sustentável. Já o Prêmio ABF Destaque Franchising também conta com a categoria “Sustentabilidade”, que reconhece os projetos que apresentam as melhores práticas de sustentabilidade econômica, social e ambiental nas redes de franquias. Ano a ano, os projetos inscritos – não só os vencedores – surpreendem positivamente! No que tange à responsabilidade social, o que se espera de uma empresa comprometida com este valor é a adoção de posturas, comportamentos e ações que sejam boas para os públicos interno e externo – colaboradores, acionistas, parceiros comerciais, comunidade do entorno, clientes e meio ambiente. E aqui não estamos falando de ações impostas por força de lei, mas sim, aquelas que brotam voluntariamente – e, justamente por isso, têm um grande valor. Muitas franqueadoras já mantêm práticas socialmente responsáveis ou preocupadas com a sustentabilidade! O desafio é multiplicá-las para toda nossa indústria, certos de que investimentos em sustentabilidade e responsabilidade social retornam de forma surpreendente e muito acima de qualquer expectativa.

*Fernando Tardioli é Diretor Jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF), do World Franchise Council (WFC), da Federação Ibero-Americana de Franquias (FIAF) e sócio do escritório Tardioli Lima Advogados

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P O N T O D E V I S TA

Foto: Divulgação

#realidade fantasma #realidade desejada #liderança

O rabo e a perna

Por Luciano Pires*

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uantas pernas um cachorro tem se você chamar o rabo de perna? Quatro. Chamar o rabo de perna não faz do rabo uma perna. Quem dizia isso era Abraham Lincoln. Recentemente publiquei no Café Brasil Premium o PodSumário de um livro sobre accountability. Nele, os autores falam de três tipos de realidade, o que ajuda a entender essa confusão toda na qual estamos metidos. Existe a Realidade Fantasma, que é uma descrição imprecisa de como as coisas são. Existe a Realidade Desejada, que é aquilo que você quer que aconteça. E existe a Realidade em Si, que é a descrição precisa de como as coisas são. Os conceitos de Realidade Fantasma e Realidade Desejada são ótimos! Para sair da Realidade Fantasma para a realidade real (olha

* Luciano Pires pires.com.br www.lucianopires.com.br que loucura), é preciso ter as informações corretas, confiáveis. E é aí que o bicho pega. Dependendo do estilo de liderança que você tem em sua empresa, as informações corretas e confiáveis, não chegam. Ou quando chegam, é tarde demais. Isso acontece por medo ou pela velha ideia de “não é problema meu”. As pessoas responsáveis por selecionar, capturar, registrar e dar publicidade às informações, se não tiverem o senso de urgência e de propriedade, vão dificultar o acesso, até por ignorância, àquelas informações necessárias para a realidade real. E assim ficamos sem as fontes das informações confiáveis, vivendo na realidade fantasma criada por interesses que não são os nossos. Nos tornamos presas da turma que diz que rabo é perna. Em fuga, apelamos para a Realidade Desejada, criando em nossas mentes o mundo que queremos, e vivendo nele como se fosse real. E é aí que somos enganados, ludibriados e traídos. Por culpa de nossa recusa em ver a realidade cruel. Até que aparece alguém que cospe a realidade na nossa cara. Quer um exemplo do mundo da política? Cid Gomes gritando... – O Lula tá preso! Você viu o estrago que a realidade real fez num ambiente onde as pessoas viviam a Realidade Fantasma ou Realidade Desejada? Então… fica esperto, meu. Rabo não é perna.

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Imagem meramente ilustrativa. Alérgicos: contém farinha de trigo, leite de vaca e ovos.Contém glúten.

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