DIGITAL
ANO 15 | Nº 92 | R$ 15,00 |
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- INTERATIVA
WWW.FRANQUIAENEGOCIOS.COM.BR
2020
PROCURAM-SE
Descontos na taxa de franquia, abatimento dos royalties, parcelamento de débitos, oferta de financiamento e até entrega de estudo de geolocalização estão entre as condições especiais criadas pelas franquias para atrair novos empreendedores em tempos de pandemia e desemprego
FALA QUE EU TE VENDO Cresce a tendência de utilização de comandos de voz para compras
VIRANDO O JOGO Como empresários do franchising lidaram com momentos de crise?
REINVENTAR É PRECISO Redes lançam produtos adequados ao período de isolamento social
A Biofílica Investimentos Ambientais S.A. certifica que aposentou em nome da
Antilhas Gráfica e Embalagens Ltda. 1.663 toneladas de CO2 equivalentes
Reduções Verificadas de Emissões pelo selo Verified Carbon Standard para
neutralização referente ao Inventário de emissões de 2018. As emissões foram reduzidas a partir de atividades do
Projeto REDD+ Manoa, que contribuem para a conservação de 74 mil hectares de Floresta Amazônica nativa e de sua biodiversidade, promovendo o desenvolvimento socioeconômico local. A aposentadoria destas Reduções Verificadas de Emissões, as quais são intransferíveis e exclusivas da Antilhas Gráfica e Embalagens Ltda., foi realizada na plataforma de registro IHS Markit, e pode ser localizada por meio do número de série:
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*Fonte: ICVA | Período de 01/03/2020 a 18/07/2020 | Crescimento referente ao comportamento do mercado como um todo, independente do meio de pagamento utilizado. Desta forma, este crescimento não representa o crescimento da Cielo | Não estão inclusos os setores de turismo e transporte.
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As redes que consquistaram o Selo de ExcelĂŞncia em Franchising 2020
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DIRETORIA ABF Diretor-presidente Diretor vice-presidente Diretora Administrativa-financeira Diretor Jurídico Diretor Internacional Diretora de Capacitação Diretor de Marketing e Comunicação Diretor de Institucional Diretor de Franqueados Diretora de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos Presidente da Comissão de Ética Presidente da ABF Seccional Rio Diretor ABF Regional Sul Diretora Regional Centro-Oeste Diretora Regional Minas Gerais Diretor Regional Nordeste Diretor Regional Interior de São Paulo
André Friedheim Antonio Bento Moreira Leite Bruna Brunet Saraiva Nasser Fernando Tardioli Lúcio de Lima Jae Ho Lee Fabiana Estrela Alessandro Gonçalves Pereira Sidnei Amendoeira Junior Alberto Tadassi Oyama Adriana Auriemo Miglorancia Carlos Alberto Zilli Beto Filho Antonio Carlos Diel Claudia Regina Vobeto Pinto Danyelle Van Straten Leonardo Lamartine Rogério Gabriel
CONSELHO FISCAL Sylvio Korytowski e Leonardo de Almeida Cubiça CONSELHO ABF Ricardo Figueiredo Bomeny, Maria Cristina C. da Motta Franco, Altino Cristofoletti Junior, Carlos Sadaki, Décio Pecin, Juarez Leão, Luiz Henrique Oliveira do Amaral, Fernando José Fernandes Junior
EDITORA RESPONSÁVEL Editora Lamonica Tel.: 55 (11) 3256-4696 Publisher José Lamônica - lamonica@editoralamonica.com.br Editora Andréa Cordioli (MTb: 31.865) andrea@editoralamonica.com.br Repórter colaboradora Renata Turbiani Diagramador Marcelo Amaral - marcelo@ditoralamonica.com.br Diagramador colaborador Lucas Barone Faria
Parceria:
Comercial Thais Andrade - 11 99115-3339 - thais@editoralamonica.com.br Bruna Ribeiro - 11 98568-2920 - bruna@editoralamonica.com.br Luzia Rodrigues - 11 97014-2726 - luzia@editoralamonica.com.br atendimento@lemidia.com +55 11 30785840 www.lemidia.com Logística e Mercado Mônica Cavalcante - monica@editoralamonica.com.br Administração e Financeiro Silvia Medeiros - silvia@editoralamonica.com.br Plataforma digital www.editoralamonica.com.br
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O franchising sempre pronto a se reinventar
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Revista Franquia & Negócios ABF
FOTO: KEINY ANDRADE
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stamos vivendo um período de transformações aceleradas pela pandemia do novo coronavírus. No franchising, setor versátil, criativo e inovador por natureza, a reinvenção dos negócios também ganhou um novo ritmo. A desafiadora crise provocada pela Covid-19 impôs a todos os setores da economia um novo olhar e um novo modo de agir dentro de um novo normal. Esta edição de Franquia & Negócios traz o olhar do setor sobre os novos negócios, mostrando como as redes de franquias estão se reinventando, lançando novos produtos e serviços que se adequam a esse período de distanciamento social para atrair consumidores e alavancar seus resultados. São iniciativas que nos inspiram e demostram a capacidade da indústria do franchising de se adaptar rapidamente a diferentes cenários econômicos. Nesse contexto de transformação, há também um novo comportamento do consumidor. Como compreendê-lo, satisfazê-lo e, idealmente, encantá-lo? Vamos saber por meio de uma pesquisa sobre o tema realizada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). A omnicanalidade também foi impulsionada pela pandemia e, nesse sentido, os shopping centers também estão se reinventando. O que vem por aí nessa relação do físico com o digital você verá nas próximas páginas.
O canal delivery, que já estava em alta no franchising, tomou nova dimensão com a Covid-19. Inúmeras redes de franquias já adotavam essa estratégia comercial e outras, por diferentes razões, não. Detalhamos numa reportagem o caminho certo na implementação do delivery por essas redes e como melhorar os resultados daquelas que já trabalham com ele. Vale ressaltar que crises também são geradoras de oportunidades e o franchising é um setor. O fechamento de postos de trabalho faz com que profissionais ingressem no empreendedorismo e busquem no setor de franquias opções de negócios mais seguros para investir. Lançamos nosso
olhar também sobre o setor de expansão das redes para identificar as mudanças e adequações que estão sendo feitas para esse novo momento. Somos de fato um setor sempre pronto a se reinventar. O momento ainda é bastante desafiador, mas estamos na luta e creio que o superaremos pelo que há de melhor no franchising, com união e sinergia de franqueadores e franqueados. Tenha uma ótima leitura! Um forte abraço, André Friedheim, Presidente da ABF – Associação Brasileira de Franchising
SUMÁRIO
Veja nesta edição
44 EXPANSÃO
40 CRISE
54 DELIVERY
62 GESTÃO
Com o aumento do desemprego no Brasil, franquias criam condições especiais para atrair novos franqueados para o negócio próprio. Confira!
Entrega de comida pronta tem ajudado os restaurantes e bares a sobreviver à pandemia de Covid-19. Veja como aderir e melhorar os resultados com essa ferramenta
Como empresários do franchising lidaram com momentos de crise que praticamente os levaram à falência e como viraram o jogo? Qual é a receita da superação?
O poder do feedback: franquias melhoram processos, produtos e até recursos humanos após implementarem soluções para obter feedbacks confiáveis
70 E-COMMERCE
A consolidação do voice commerce: saiba por que a estratégia de comandos de voz para compras em lojas digitais será ainda mais importante a partir de agora
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66
Quais são as principais mudanças de comportamento e de consumo ocasionadas pela pandemia de Covid-19? ESPM responde com base em pesquisa
Para atrair consumidores e franqueados, redes de franquias se reinventam e lançam novos produtos e serviços adequados ao distanciamento social e economia
Já ouviu aquela frase “amigos, amigos, negócios a parte”? O mesmo vale para as franquias: redes podem ruir com a briga entre sócios. Saiba como se blindar dessa situação
BATE-PAPO
76 NICHO
NOVOS NEGÓCIOS
Franquias de tecnologia falam sobre o crescimento dos seus negócios em meio à pandemia e como têm feito para expandir a oferta e atender a demanda
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38 ENTREVISTA
O diretor Jurídico da ABF, Fernando Tardioli, fala sobre o impacto da decisão do STF de tributar com ISS os royalties pagos pelos franqueados aos franqueadores
Revista Franquia & Negócios ABF
E MAIS:
NEGÓCIOS
18 Na Mira do Franchising 80 Aspectos Legais do Franchising 82 Ponto de Vista
NA MIRA DO FRANCHISING
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#franquias #franquiasdesucesso #acontecenofranchising Por Andréa Cordioli - andrea@editoralamonica.com.br
As notícias mais quentes do mercado HISTÓRIA DE 30 ANOS DO SEF É CONTADA EM LIVRO HISTÓRICO Lançado em julho, o livro de 30 anos do Selo de Excelência em Franchising (SEF) resgata a memória dessa premiação da Associação Brasileira de Franchising (ABF), que já mobilizou mais de 450 marcas de franquias e cerca de 2,5 mil chancelas em três décadas de trajetória. Produzido pela Editora Lamonica, a obra traz o depoimento dos ex-presidentes da ABF e de vários empreendedores que ajudaram a construir essa história, que teve um papel fundamental na consolidação do franchising brasileiro ao conferir uma certificação de qualidade às redes. O livro também recorda os destaques do setor, como Franqueador do Ano, Franqueado do Ano, Personalidade do Ano, e muitos outros prêmios que homenagearam as pessoas que fizeram e fazem a Veja aqui o vídeo diferença na construção de um franchising sólido e ativo no País. de apresentação editoralamonica.com.br do livro
PETZ DOA R$ 1 MILHÃO PARA O COMBATE À COVID-19
MARY HELP CRESCE COM NOVO SERVIÇO DE SANITIZAÇÃO O novo serviço de sanitização de ambientes, que reduz a chance de as pessoas se infectarem por vírus, bactérias e fungos, fez a procura por franquias da Mary Help crescer 50%, segundo o fundador e diretor da empresa José Roberto Campanelli. “A demanda por serviços de limpeza, higiene e desinfecção está aumentando cada vez mais devido ao novo coronavírus. Desde que iniciamos com a novidade, já foram feitos mais de 100 serviços”, disse. Com isso, a rede vendeu cinco franquias nas regiões de Recife (PE), Salvador (BA), Uberlândia (MG), Osasco (SP) e Rio de Janeiro (RJ) desde o começo da pandemia. Com 120 unidades, a Mary Help fez uma média de 400 mil diárias no ano passado e obteve um faturamento de R$ 52 milhões. www.maryhelp.com.br/home
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Revista Franquia & Negócios ABF
A Petz anunciou a doação de R$ 1 milhão aos planos de contingência ao combate à epidemia da Covid-19. O montante visa a ajudar à luta contra o novo coronavírus. O investimento foi direcionado para a capacitação e treinamento de profissionais que estão na linha de frente, montagem e acompanhamento dos hospitais de campanha, equipamentos de segurança, compra de respiradores e demais necessidades. “O nosso objetivo principal é o de colaborar com a sociedade. Queremos que nosso País e o mundo saiam logo dessa situação difícil e sem precedentes na história", disse o presidente da Petz, Sergio Zimerman. A rede de petshop tem 107 lojas no País. www.petz.com.br
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Mesmo diante do cenário econômico adverso, a Oral Sin Franquias conseguiu superar as metas e apresentou crescimento no primeiro semestre.
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NA MIRA DO FRANCHISING
MORANA LANÇA E-COMMERCE ADAPTADO AOS FRANQUEADOS A rede de franquias de acessórios femininos Morana lançou em junho seu e-commerce em um modelo diferente: na plataforma, cada uma das 300 franquias da rede tem a sua própria vitrine virtual e loja on-line. Isso significa que cada unidade tem seu endereço virtual e decide quais produtos quer expor na primeira página do site. Da mesma forma, a gestão de cada loja virtual está interligada com o estoque da franquia correspondente. Segundo a empresa, é possível expor na vitrine virtual até 500 peças. “Tudo é pronta-entrega, porque sai da loja mais perto do endereço do cliente. Nosso foco é delivery expresso”, explicou o Danilo Assumpção, do Comitê Executivo do Grupo Ornatus, do qual a Morana faz parte junto com Balonè, Little Tokyo e Love Brands. www.morana.com.br
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INSTITUTO GOURMET ALCANÇA A VENDA DE 100 UNIDADES O Instituto Gourmet, rede de franquias de educação profissional em gastronomia, alcançou a marca de 100 unidades comercializadas no País. Só no primeiro semestre, foram vendidas 16 unidades e a intenção é comercializar 35 até dezembro. Durante o período de isolamento, a marca – que anunciou no início deste ano sociedade com a holding SMZTO – criou métodos de ensino à distância, focando no empreendedorismo e, principalmente, no delivery. Criada em 2014 e com o início da expansão em 2017, a rede faturou R$ 45 milhões no ano passado. O investimento em uma franquia do Instituto Gourmet é de R$ 250 mil. institutogourmet.com
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Revista Franquia & Negócios ABF
WIZARD BY PEARSON GARANTE MENSALIDADE DE ALUNOS DESEMPREGADOS Os atuais alunos da Wizard by Pearson que se rematricularem em seus cursos estarão cobertos por um seguro para continuar estudando caso fiquem desempregados. Todos os valores serão subsidiados por uma seguradora contratada pela Pearson, franqueadora da rede Wizard, e não vão gerar custos adicionais para os alunos e franqueados. O seguro-desemprego irá garantir seis meses de mensalidades. Serão cobertas pelo benefício pessoas com registro na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) que forem demitidas sem justa causa após um mínimo de 12 meses ininterruptos em trabalho com vínculo empregatício de pelo menos 30 horas semanais. Segundo a rede, a novidade pode ajudar mais de 100 mil estudantes. www.wizard.com.br
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*As informações sobre faturamento, margem de lucro e tempo de retorno mencionadas no anúncio são meras estimativas obtidas por meio dos dados e dos resultados médios fornecidos por todas as unidades franqueadas do sistema atualmente existentes, sendo calculadas mensalmente e, portanto, podendo ser levadas em consideração somente para o mês de janeiro/2020. O faturamento, lucro e tempo de retorno efetivos de novas unidades do sistema estão sujeitos aos riscos inerentes às atividades comerciais em geral e dependem de uma série de fatores para se confirmarem, como, por exemplo, mas não limitado: à localização e “maturação” do ponto comercial, aos custos com instalação da unidade franqueada (obras, mobiliário, estoque, equipamentos, etc.), aos custos de ocupação, aos custos com folha de pagamento e demais despesas, à dedicação e gestão do próprio franqueado, ao cenário econômico, entre tantos outros. Assim, os dados e valores aqui expostos não podem ser interpretados, sob hipótese alguma, como promessa ou garantia do prazo de retorno de investimento, de lucro ou de faturamento. **De acordo com o ranking oficial divulgado pela ABF em 2019, a Óticas Carol é a 11a maior rede de franquias do Brasil (https://www.abf.com.br/50-maiores-franquias-do-brasil-2020/).
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MAIS DE 1.400 LOJAS
NA MIRA DO FRANCHISING
GRUPO KALAES E ANA HICKMANN FAZEM SOCIEDADE COM A ALÉM DO OLHAR O Grupo Kalaes e a empresária e apresentadora Ana Hickmann fecharam sociedade com a franquia de beleza Além do Olhar – Ateliê de Sobrancelhas. A marca foi criada em 2014 pela empresária Rose Lourenço, em Goiânia (GO), e conta com oito unidades, sendo seis na capital, uma em Aparecida de Goiânia (GO) e uma em Rondonópolis (MT). De acordo com Sidney Eduardo Kalaes, presidente da holding, a meta é inaugurar 15 franquias neste ano e chegar a 250 unidades até 2023. “No setor de beleza, muitos empreendedores estão em busca de uma franquia inovadora, que tenha um modelo de negócio rentável. A Além do Olhar oferece todas essas vantagens, com potencial também de expansão internacional”, conta. Na cidade de São Paulo, a primeira unidade está prevista para agosto. Com a novidade, o Grupo Kalaes expande seu
portfólio de marcas, que já conta com o Instituto Ana Hickmann e Maislaser (ambas também em sociedade com a apresentadora), Odonto Special e Brasil Canadá. www.kalaes.com.br
OAKBERRY FOCA NO DELIVERY E NO TAKE-OUT Com mais da metade das unidades fechadas durante a quarentena imposta pela pandemia de Covid-19, a OAKBERRY concentrou suas vendas via delivery, por meio do IFood, e modelo take-out. Segundo a rede de alimentação saudável focada em açaí, as vendas no delivery representaram 87% do faturamento em março. Em abril, disse a empresa em nota, foram quase 43 mil pedidos realizados no Brasil, com aumento de 11% no valor do tícket médio das compras via delivery. Com isso, a OAKBERRY manteve o plano de expansão, inclusive para outros países, como a China, onde já estão sendo implantadas novas unidades. Com 220 operações, das quais a metade estão em São Paulo, a rede faturou R$ 90 milhões no ano passado e prevê alcançar R$ 150 milhões este ano. O investimento inicial em uma unidade da empresa é de R$ 300 mil. oakberry.com
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Revista Franquia & Negócios ABF
CHILLI BEANS APOSTA 100% EM ÓCULOS DE GRAU Para atender a demanda do cliente por um item de necessidade, a Chilli Beans decidiu apresentar uma campanha 100% focada em óculos de grau. Criada pela Purple Cow, a “Chilli Mil Grau - Óculos de Grau não precisa ser formal” convidou os consumidores a darem um “tapa” no visual, começando pelas armações. Além do desconto de 25% em todas as peças, a campanha concedeu brindes aos clientes em junho e em julho, como a tecnologia Blue UV Filter, em parceria com a Essilor, e o VR One Plus, os óculos de realidade virtual da indústria alemã de lentes ZEISS. “Neste momento resolvemos equilibrar o mix de marketing para se adaptar ao que o cliente realmente precisa”, afirma CEO da Chilli Beans Caito Maia. loja.chillibeans.com.br/
95
unidades em abertura
15
10
5
40
25
Centro-Oeste
Noroeste
Norte
Sudoeste
Sul
Unidade Asa Norte
100
45
unidades em funcionamento
sem pendĂŞncias
30
25
com pendĂŞncias a vencer
vencidas
Expanzio
BrasĂlia - DF
Em funcionamento
Unidade Ingleses
Consultoria X
FlorianĂłpolis - SC
Unidade GuarĂĄ
Expanzio
BrasĂlia - DF
Unidade Matriz
JoĂŁo Advogados
Curitiba - PR
Unidade Roraima 1
Pedro Contador
Boa Vista - RR
Unidade Samambaia
Fernanda Castro
BrasĂlia - DF
Marcos Bretones
Vistorias
Funcionando com pendĂŞncias
Funcionando com pendĂŞncias Com pendĂŞncia em fase de Abertura
Unidade Sudoeste 1
Expanzio
BrasĂlia - DF
Em funcionamento
Unidade Sudoeste 2
Expanzio
BrasĂlia - DF
Em funcionamento
NA MIRA DO FRANCHISING
O FRANCHISING NO COMBATE AOLOUCOS CORONAVÍRUS POR COXINHA É
SELECIONADA PELO PROGRAMA SCALE-UP DA ENDEAVOR
ACQIO ADERE AO USO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL NAS MAQUININHAS A fintech de meios de pagamento Acqio passou a permitir o pagamento de compras com o auxílio emergencial em suas maquininhas. Para que não haja contato físico direto com o cartão e a maquininha, o pagamento funciona da seguinte maneira: o vendedor digita o valor da compra na máquina, clica em “confirmar” e depois no botão QR Code. Em seguida, o cliente abre o app Caixa Tem, seleciona a função “pagar com a maquininha” e lê o QR Code gerado na máquina, confirmando a compra. “A nossa presença é muito forte nas regiões de interior e periferias de todo o País, justamente as mais afetadas por conta da pandemia e com as pessoas que mais necessitam do auxílio neste momento”, disse o CEO da empresa Robson Campos. “Esperamos uma grande adesão a esse novo formato de compra e venda”, completou. A Acqio conta com mais de 1700 franqueados e 120 mil lojistas parceiros em todo o País. acqio.com.br/
FÁBRICA DE BOLO VÓ ALZIRA INVESTE EM NOVO SISTEMA DE DELIVERY Para acelerar as vendas no delivery durante a pandemia de Covid-19, a rede Fábrica de Bolo Vó Alzira colocou em seu site uma ferramenta que direciona o cliente diretamente para a loja: basta selecionar o estado, clicar na loja e automaticamente o sistema levará o consumidor para um atendimento personalizado via WhatsApp com a unidade. “Implementamos um sistema fácil. Estamos com 60% das lojas cadastradas na plataforma nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Queremos oferecer uma experiência única na nossa marca”, disse o CEO André Rodrigues da Fábrica de Bolo Vó Alzira. Segundo a rede, as vendas no delivery já dobraram em maio, em relação a abril. www.fabricadebolo.com/
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Revista Franquia & Negócios ABF
A Loucos por Coxinha foi uma das empresas selecionadas pela Endeavor este ano para integrar seu programa de aceleração Scale-Up. “Queremos continuar crescendo com sustentabilidade. Temos a meta para 2023 de chegarmos a 200 quiosques no Brasil. A troca de experiências será, sem dúvidas, um grande incentivo para conquistarmos esse resultado”, disse o empresário da Loucos por Coxinha Pablo Farias. Em 2019, o programa da Endeavor acelerou, em todo o País, 227 empresas que tiveram crescimento médio anual de 70%, geraram mais de 17 mil empregos diretos e tiveram um faturamento acumulado de R$ 4,1 bilhões. www.loucosporcoxinha.com.br/
NA MIRA DO FRANCHISING
OMO LANÇA REDE COMPLETA DE LAVANDERIAS
A OMO, marca pertencente à Unilever, lançou a sua rede de lavanderias OMO Lavanderia™, completando o hub de serviços da marca, que já contava com OMO Passa Fácil™, de passadoria, e OMO Lavanderia Compartilhada™, com espaços em condomínios. O movimento marca a entrada da Unilever no mercado de serviços com a aquisição das operações do Grupo Acerte, detentor das marcas de franquias Quality Lavanderia, Prima Clean Lavanderias Express, Laundry 4 You – lavanderia em condomínios e Linha e Bainha Costuras. A intenção da OMO Lavanderia™ é se tornar a maior rede de lavanderias do Brasil nos próximos cinco anos. www.omolavanderiaespecializada.com.br
MARIA BRASILEIRA AVANÇA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 Desde o início da pandemia, em março, a rede Maria Brasileira vendeu mais de 20 unidades e chegou a duas novas capitais: Cuiabá (MT) e Rio Branco (Acre). Das unidades vendidas, a grande maioria é no modelo home office, que faz parte da estratégia de expansão da rede por reduzir os custos para o franqueado e permitir que a marca chegue com mais facilidade às pequenas cidades. Para os franqueados que ingressaram na rede em abril, a Maria Brasileira isentou as mensalidades de royalties e o fundo de propaganda até julho de 2020 (paga a partir de agosto). Para quem ingressou na rede em maio, o prazo de isenção vai até agosto (paga a partir de setembro). mariabrasileira.com.br
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Revista Franquia & Negócios ABF
NÃO+PELO APOSTA EM TECNOLOGIA SUN & SAFE A Não+Pelo espera reverter o prejuízo em torno de 60% no faturamento no primeiro semestre – ocasionado pela pandemia de coronavírus, que fechou o comércio em boa parte do País –, com a nova tecnologia Sun & Safe, desenvolvida pela matriz No Más Vello, em Madrid. Segundo a rede, ela possibilita que o procedimento seja realizado sobre a pele bronzeada, além de ser adequada a todos os tons de pele. De acordo com a Não+Pelo, a tecnologia trabalha no comprimento de luz entre 700 e 900 nanômetros, reduzindo a zero as chances de queimaduras. “A inovação tecnológica consegue atingir menos o cromóforo hemoglobina eliminando o cromóforo água e tornando o procedimento mais eficaz e seguro”, explicou a empresa, em nota. O investimento nessa tecnologia foi de dois milhões de euros. www.naomaispelo.com.br/
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NA MIRA DO FRANCHISING
MCDONALD’S DOA MAIS DE 40 TONELADAS DE ALIMENTOS
CASA DA EMPADA REFORMULA LAYOUT E LANÇA PRODUTOS Após mais de três décadas de história, a Casa da Empada decidiu modernizar sua identidade visual e lançar novos projeto de loja e linha de produtos. As mudanças fazem parte do planejamento estratégico desenvolvido pela nova gestão da rede, que tem como objetivo modernizar a marca para ampliar sua atuação com o público mais jovem e aumentar o ritmo de crescimento no Rio de Janeiro. O novo projeto será apresentado na reinauguração da loja do Shopping Downtown e na inauguração da unidade do Shopping Millenium, ambas localizadas na Barra da Tijuca e com previsão de início de operação para agosto. “Estamos remodelando os produtos e embalagens para melhor apresentação e possibilidades de consumo. A embalagem permitirá que o cliente tenha os quitutes congelados em casa ou no trabalho”, disse o diretor da Casa da Empada, Sergio Murilo. www.casadaempada.com.br
MR. KIDS PLANEJA EXPANSÃO NO AMAPÁ A Mr. Kids fechou parceria com uma rede de supermercados em Macapá, capital do Amapá – estado em que quer concentrar os planos de expansão. “Já negociamos no Supermercado & Magazine Fortaleza, um local com excelente circulação de pessoas, especialmente famílias, que são o nosso público-alvo. Também estamos em negociação com shoppings e outras redes de varejo, além de centros comerciais em diversas cidades do estado”, disse o gerente de Expansão da Mr. Kids, Rodrigo Loredo. Segundo ele, o Amapá é uma localidade com boas oportunidades de investimento, enorme potencial de consumo e economia diversificada. Atualmente, a rede tem mais de sete mil máquinas de vendas automáticas de brinquedos espalhadas por todo o Brasil e cerca de 200 franqueados. www.mrkids.com.br
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Revista Franquia & Negócios ABF
A Arcos Dorados, maior franquia independente do McDonald’s no mundo, doou mais de 43 toneladas de alimentos para instituições beneficentes no Brasil, que se dedicam a preparar e oferecer refeições para a população carente em diversos estados. Os alimentos consistem em ingredientes utilizados no menu dos restaurantes da rede, como carne, ovos, tomate, cenoura, alface, mix de folhas e cebola, entre outros. “A união de todos neste momento delicado é imprescindível para vencermos juntos a batalha contra a Covid-19. Estamos direcionando parte do nosso estoque de ingredientes para organizações que estão na linha de frente no combate à fome, garantindo a alimentação das pessoas mais necessitadas”, afirma Paulo Camargo, presidente da Divisão Brasil da Arcos Dorados. www.arcosdorados.com
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NA MIRA DO FRANCHISING
GIOLASER LANÇA E-COMMERCE COM PROMOÇÕES DURANTE A PANDEMIA
BIBI ABRE PRIMEIRA MICROFRANQUIA EM URUGUAIANA O município de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, foi o primeiro a receber a loja piloto em novo formato criado pela Bibi: o de microfranquia com investimento de R$ 90 mil, incluindo instalações, soluções tecnológicas, primeiro estoque, capital de giro e taxa de franquia. Nesse modelo de negócio, a unidade com produtos infantis recebe um mostruário com tênis, sandálias, sapatilhas, bolsas, pulseiras, tiaras e pochetes da Bibi. Dessa forma, apenas calçados e acessórios da marca podem ser vendidos na unidade, além dos demais itens e peças de vestuário ou brinquedos que já eram comercializados. A fachada do ponto de operação também passa a contar com um logo da Bibi. Voltado para cidades do interior, com até 100 mil habitantes, o novo formato deve ser adotado em, ao menos, dez unidades. www.bibi.com.br
FLYWORLD VIAGENS OFERECE DESCONTO NA TAXA DE FRANQUIA Em função da pandemia de Covid-19, a Flyworld Viagens oferece parcelamento em duas vezes e desconto de 20% na taxa de franquia, que varia conforme o número de habitantes da cidade onde se pretende abrir a unidade. Com o desconto, o investimento inicial em uma unidade da rede parte de R$ 14,2 mil. “O franchising, diferentemente de iniciar um negócio do zero, traz menos riscos para o empreendedor porque o modelo de negócio já foi testado. Além disso, a franqueadora oferece suporte, know-how, força de marca e marketing para o seu franqueado”, disse a diretora de Expansão da empresa Márcia Ximenes. Presente no mercado de turismo há mais de 30 anos, a Flyworld Viagens tem 50 unidades no País. flyworld.com.br/franquia/
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A GiOlaser, clínicas de estética e depilação a laser pertencente à holding Salus Par, lançou em julho seu e-commerce com valores promocionais exclusivos para tratamentos de beleza durante o período de pandemia de Covid-19. Os procedimentos estéticos estão com 30% de desconto, enquanto os de depilação a laser estão pela metade do preço. A rede também fechou parceria com a Pago Livre para facilitar as opções de pagamento. Com essas ações, a GiOlaser quer ampliar os negócios das 28 clínicas em operação em oito estados brasileiros, ganhar mais proximidade com os clientes e favorecer a experiência de compra. A expectativa da rede é fechar este ano com 60 novas clínicas. Loja.giolaser.com.br
JAN-PRO ABRE ESCRITÓRIO REGIONAL EM PALMAS A Jan-Pro abriu novo escritório regional em Palmas, capital de Tocantins, que ficará responsável por atender à demanda da região. Segundo a empresa, a pandemia de Covid-19 aumentou em 300% a demanda pelos seus serviços, sobretudo pela desinfecção de ambientes. “É uma questão de saúde e não apenas de estética. Quando o ambiente de trabalho está realmente limpo, o risco de transmitir doenças aos funcionários - não apenas virais, como no caso de Covid-19 -, mas também respiratórias, como rinite, é bem menor”, disse o másterfranqueado da rede Renato Ticoulat. No Brasil desde 2011, a Jan-Pro tem 400 franquias nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Pará, Tocantins, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rondônia. www.jan-pro.com.br
NA MIRA DO FRANCHISING
BARELA ALCANÇA 45 UNIDADES DURANTE A PANDEMIA A Barela, corretora especializada em venda de seguros e planos de saúde para pequenas e médias empresas do grupo It’sSeg Company, conquistou três franqueados desde o início da pandemia de Covid-19 e alcançou 45 unidades no modelo home office. Segundo a rede, o faturamento de R$ 8 mil e o aumento na procura por planos de saúde têm sido alguns dos atrativos para a ampliação da rede. “Chegamos a ter 60 unidades no ano passado. Percebemos que alguma delas não estavam alinhadas aos nossos propósitos e decidimos encerrar a parceria. Após essa reestruturação, elaboramos um novo plano de negócios, com um foco maior na qualidade do atendimento do franqueado e de satisfação dos nossos clientes”, disse o presidente da It’sSeg, Thomaz Menezes. A companhia tem cerca de 20 mil empresas clientes e administra uma carteira com cerca de 100 mil vidas. www.barela.com.br
SODIÊ DOCES PARTICIPA DA CAMPANHA APOIE UM RESTAURANTE A Sodiê Doces aderiu ao movimento Apoio um Restaurante, que ajuda financeiramente restaurantes e bares fechados pela pandemia em todo o Brasil. A campanha foi criada pela ChefsClub e ganhou o apoio da Nestlé, que agregou as categorias Cafeterias e Confeitarias na ação. Os vouchers são no valor de R$ 70, sendo R$ 35 reais pagos pelo cliente e R$ 35 custeados pela Nestlé. Cada CPF tem direito a uma compra, que é concretizada no site www.apoieumrestaurante.com.br. São 80 vouchers por loja e os valores poderão ser usados quando todas estiverem funcionando normalmente ou até 31 de dezembro de 2020. A Nestlé reverterá 100% do valor dos vouchers para as lojas, sem cobrança de taxas, no dia seguinte da compra. www.sodiedoces.com.br
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MAGRASS LANÇA PROGRAMA FADAS EMPREENDEDORAS A Magrass lançou o programa Fadas Empreendedoras, no qual oferece mais de cinco mil oportunidades de negócios para mulheres que tiveram seus empregos perdidos ou empresas fechadas durante a crise. Segundo a rede, essas consultoras vão atuar atraindo clientes para as clínicas, por meio de um atendimento personalizado. Elas também poderão levar até o cliente pratos congelados saudáveis da linha Magrass, ouvir as principais queixas e enviá-las às profissionais da franquia à qual está vinculada. “Acredito que a maneira como se consome vai se transformar de forma definitiva, assim como os cuidados com a saúde e a qualidade de vida. Essa é a grande lição que esse momento vai nos deixar”, disse o CEO da Magrass Paulo Córdova. A rede tem mais de 300 unidades em todo o Brasil. www.magrass.com.br
REI DO MATE ABRE DOIS PONTOS NO TERMINAL RODOVIÁRIO DO TIETÊ O Rei do Mate abriu duas unidades na cidade de São Paulo em julho, ambas no Terminal Rodoviário do Tietê – uma loja no Desembarque e um quiosque no Mezanino. Com isso, a rede chegou a 55 unidades na capital, 115 no Estado de São Paulo e 305 em todo o Brasil. “A abertura das duas operações da rede Rei do Mate no terminal Rodoviário do Tietê é outro marco para a rede pela relevância do local, potencial de vendas, visibilidade da marca e pelo início da parceria com a GRSA. Acredito que irá gerar benefícios e novas oportunidades”, disse o diretor de Franquias e Expansão do Rei do Mate, João Baptista. www.reidomate.com.br
FRANQUIA À PROVA DE CRISE Já imaginou ter um negócio que continua crescendo mesmo quando o mercado não vai bem? A OrthoDontic é a maior Rede de Franquias de Clínicas de Ortodontia do país e segue crescendo exponencialmente há mais de 18 anos, independente das condições do cenário mundial. Crise no Mercado Imobiliário (2008)
48%
5,2%
Faturamento OrthoDontic
PIB Nacional
Crise Político- Econômica Brasileira (2015)
15%
-3,5%
Faturamento OrthoDontic
PIB Nacional
PANDEMIA COVID-19 (2020)
Segundo levantamento recente da ABF/AGP, as Franquias de Saúde, Beleza e Bem-Estar enquadram-se entre as que mantiveram os melhores resultados nos primeiros meses de crise. O estudo confirma a tendência que aponta a saúde como prioridade para o consumidor no cenário pós-pandemia - boa notícia para prestadores de serviço do segmento na rede privada.
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O Franchising possibilita que profissionais de todas as áreas possam investir no setor. Não é preciso ser Dentista para estar à frente de uma Clínica OrthoDontic de alta performance. Manuais sobre todos os processos da Unidade, uma estrutura de suporte ativo, tecnologias personalizadas para o negócio e ações de Marketing de alto impacto permitem que o Franqueado atue com foco na gestão da Operação.
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#imposto #tributação #iss #stf
ISS é um Co m o o pelos c o b ra d o r imposto lor a se ios, o va tas o u q municíp lí das a e d n e p de cada pago de pela lei s a d a in e 2% e determ aria entr v la E . ruta cidade eceita b 5% da r resa. da emp
STF decide tributar franqueadoras em meio à pandemia de Covid-19 Por Andréa Cordioli
FERNANDO TARDIOLI, DIRETOR JURÍDICO DA ABF, ALERTA PARA OS EFEITOS DA DECISÃO DO STF QUE CONSIDEROU CONSTITUCIONAL A COBRANÇA DE ISS SOBRE ROYALTIES
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m meio à pandemia de Covid-19, que fechou o comércio em vários estados brasileiros, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela constitucionalidade da cobrança do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) sobre os royalties pagos pelas unidades franqueadas às empresas franqueadoras. A Associação Brasileira de Franchising (ABF), amicus curiae (amiga “PESSOAS MAIS da Corte) nesse processo que se arrastava háFELIZES uma década na maior instância do Poder Judiciário, apresentou embargos deVENDEM 30% MAIS, O QUE claratórios, tentando modificar o julgamento ou modular seus É ÓTIMO PARA O VAREJO” efeitos. Nesta entrevista, o diretor Jurídico da Associação, Fernando Tardioli, explica o assunto e faz um alerta: “até um terço do setor pode deixar de existir com essa decisão, especialmente se não houver modulação”.
O ISS, tal qual o conhecemos, foi instituído pela Constituição de 1967. Sua norma específica veio com o decreto-lei 406, de 1968, e, mais tarde, com a Lei Complementar 56, de 1987, e depois com a Lei Complementar 116, de 2003. Como esse imposto funciona e como afeta o franchising? O Fisco atribuiu a competência da cobrança do ISS aos municípios e da maneira mais ampla possível. Por isso, a própria nomenclatura é de Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza. No entanto, sempre houve uma discussão muito grande de todos os setores da economia sobre a necessidade ou não de recolher esse tributo em certas atividades. A ABF sempre defendeu que o franchising não estava na lista de atividades passíveis de tributação pelo ISS. É importante dizer que, em tributação, trabalhamos com o princípio da legalidade estrita, ou seja, a administração pública somente pode agir de acordo com o que a lei expressa.
mesmo assunto, a decisão que viesse a ser proferida nesse recurso valeria necessariamente para todos os outros em função do mecanismo da repercussão geral. Tem uma gama enorme de franqueadoras que ajuizaram ações discutindo a constitucionalidade da tributação dos royalties pelo ISS. Algumas empresas entraram com ações e obtiveram liminares para que fizessem o depósito desse imposto em juízo, em valores elevadíssimos. Outras empresas simplesmente entraram com ações judiciais, mas não realizaram o depósito em juízo. E outras tantas sequer ingressaram com ação judicial, porque entenderam que estava pacificada a questão da inconstitucionalidade dessa cobrança sobre royalties recebidos por conta de contratos de franquia.
Quais foram as decisões anteriores ao STF? Os tribunais, em sua grande maioria, reconheceram a inconstitucionalidade da cobrança de ISS sobre royalties. Cinco tribunais, inclusive o Tribunal de Justiça de São Paulo, chegaram a editar súmulas e pacificar esse entenPor que o ISS não deve dimento em seus respectivos incidir sobre royalties órgãos especiais. O assunto em uma franquia? vinha sendo sedimentado há Os contratos de franmais de dez anos no sentido quia não têm como elemende reconhecer a inconstitucioto principal a prestação de nalidade da cobrança de ISS serviços pelo franqueador sobre royalties. Essas discusaos seus franqueados. Os Fernando Tardioli, diretor Jurídico da ABF sões subiram para o Superior contratos de franquia enTribunal de Justiça (STJ), que também havia dado sinais volvem uma série de outros aspectos, como, por exemplo, favoráveis ao contribuinte. O recurso ficou mais de dez transferência de know how, licença de uso de marca, que anos no STF aguardando julgamento, com os contribuinsão os fatores elementares de um contrato de franquia. tes acreditando na jurisprudência que havia se formado, Então, a lei não pode simplesmente pegar um conceito de especialmente quanto à impossibilidade de tributar-se a direito civil, como é a prestação de serviços, e manipuatividade-meio. De repente, há uma ruptura da jurisprulá-lo para dar a ele a interpretação que deseja, de modo dência com a consequente quebra da expectativa do cona justificar a cobrança de um determinado tributo. Ainda tribuinte que acreditou, até então, no próprio Judiciário. mais quando se trata de um contrato complexo e de natureza híbrida. A decisão do STF surpreendeu o setor, principalmente com a entrada em vigor este ano da nova Lei A empresa Venbo Comércio de Alimentos foi uma de Franquias? das primeiras a entrar com recurso contra essa coSim, a decisão do STF surpreendeu pela quebra de brança. Outras empresas, em especial franqueadojurisprudência que tinha dominado a discussão e também ras, também entraram na Justiça? com relação à nova Lei de Franquia, que deixou ainda mais O recurso deles foi usado como leading case. Isso clara a natureza do contrato de franquia, que em nesignifica que, como tinham vários recursos discutindo o
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nhum momento define a franqueadora como prestadora de serviço, porque, de fato, ela não o é. A franqueadora é uma licenciadora de marca, uma transferidora de know how, de sistema operacional e, em muitos casos, uma fornecedora de produtos. O elemento do suporte é uma atividade-meio para a consecução do objeto do contrato de franquia, mas não é a questão preponderante da relação entre franqueador e franqueado. Essa decisão do STF causa uma enorme insegurança jurídica, porque cria-se um passivo estratosférico para as franqueadoras.
constituinte. O legislativo cria a lei, o judiciário aplica. Se não existe lei que preveja esse tipo de tributação para um determinado segmento de atividade, que então se crie uma lei em linha com a Constituição para que essa cobrança seja legítima. O fato de figurar na legislação esse vazio tributário, como chamou o STF no acórdão, não autoriza por si só a cobrança.
O que a decisão do STF pode ocasionar no franchising? Se houver a cobrança dos últimos cinco anos de ISS que deixaram de ser pagos, vão deixar de existir uma série de franqueadoras. Será uma paulada em um setor Qual é o entendimento do STF para sustentar que que responde por 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto), é constitucional a cobrança de ISS sobre royalties? gera 1,3 milhão de empregos diretos e é a porta de enO STF quebrou a jurisprudência do STJ e dos Tributrada dos jovens no mercado de trabalho. Essa será a nais de Justiça e, mais do que isso, deu às costas à sua herança maldita das empresas que própria jurisprudência, embora não recolheram ISS em juízo. Já as o voto do relator Ministro Gilmar “OS CONTRATOS DE empresas que depositaram os vaMendes afirme que não há inovação lores em juízo, e que tinham a exna jurisprudência do STF com relaFRANQUIA NÃO TÊM pectativa de receber esses recursos ção a essa decisão. Com o devido COMO ELEMENTO de volta – principalmente neste respeito, isso não é verdade. Há sim momento de pandemia, quando há jurisprudência do próprio STF quanPRINCIPAL A PRESTAÇÃO grande necessidade de caixa –, vão to à não incidência do ISS quando DE SERVIÇOS PELO ficar sem liquidez para fazer essa não se está diante da atividade-fim, travessia. até porque não é só franchising que FRANQUEADOR AOS discute o pagamento de ISS. Vários SEUS FRANQUEADOS. OS É possível estimar o valor deoutros setores discutem. Além disvido desse tributo e o impacto so, o STF jogou todas as operações CONTRATOS DE FRANQUIA econômico? de franquia em uma vala comum, Não existe uma estatística ofiignorou as particularidades de cada ENVOLVEM UMA SÉRIE cial em relação a isso, mas não nos operação e partiu de uma premissa DE OUTROS ASPECTOS, parece demais afirmar que até um totalmente equivocada ao afirmar terço do setor deixe de existir com que existe prestação de serviços. E COMO, POR EXEMPLO, essa decisão, especialmente se não mesmo nos contratos que podem TRANSFERÊNCIA DE houver modulação. ter algum elemento a ser interpretado como prestação de serviços, KNOW HOW E LICENÇA DE Explique esse pedido de moduisso é irrelevante dentro de todos os USO DE MARCA” lação feito pela ABF por meio de outros de um contrato de franquias embargos de declaração. que, como se sabe, tem natureza híFernando Tardioli Estamos pedindo três coisas. brida e complexa. A primeira delas é que seja corrigida a premissa equivocada de que todos os contratos O que o STF levou em consideração para essa decisão? de franquias são iguais e que sempre existe prestação Dentre outros aspectos, levou-se em considerade serviços por parte do franqueador ao seu franqueação o chamado vazio no sistema tributário, conceido. Para isso, pedimos o que chamamos de efeito into pelo qual o contribuinte que não é tributado pelo fringente, que modifica a decisão. Se os embargos de ICMS, deve ser alcançado pelo ISS. Na nossa visão, declaração forem recebidos com esse efeito, aí não isso fere o princípio da legalidade estrita. Não é portem nada que modular, porque simplesmente seria reque não incide ICMS sobre royalties que tem que inciconhecida a inconstitucionalidade da cobrança de ISS dir ISS. Não cabe aos tribunais e não cabe ao STF fasobre royalties. zer a função do legislativo. Muito menos do legislador
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E N T R E V I S TA E quais são os outros dois pedidos? Em não sendo reconhecido esse vício, pedimos a modulação dos efeitos da decisão, o que significa que a cobrança passe a existir somente daqui para frente, sem herança maldita. A legislação prevê a possibilidade de modulação em duas situações que ocorram ao mesmo tempo, e nós atendemos as duas: quando há ruptura de jurisprudência e quando há relevante interesse social, dados os impactos econômicos da decisão. Nós estamos falando de um setor muito machucado pela pandemia. O varejo simplesmente parou de funcionar e esse passivo colocará muitas famílias em situação de penúria. Qual foi o terceiro pedido? Entendemos que, enquanto esses embargos de declaração não forem julgados, o julgamento não está concluído. Então, estamos pedindo que o STF suspenda a tramitação de todas as ações que cobram ISS no Brasil inteiro, porque os municípios já estão se movimentando para fazer essa cobrança. E tem muitos municípios que já tinham uma série de execuções fiscais ajuizadas, mas que estavam suspensas aguardando a decisão do STF e que agora voltarão com força total. O que pode acontecer a partir de agora? O caminho é o das execuções fiscais: penhora de bens, de conta corrente e de faturamento das empresas. Todas essas medidas que atacam o patrimônio das empresas franqueadoras e tiram delas a pouca liquidez que ainda existe para manter a sua folha de pagamentos em dia. Em um cenário como esse, estamos colocando em risco cerca de 1,3 milhão de empregos diretos, sem contar os indiretos. Muitas empresas vão encerrar suas operações porque não têm como sobreviver. Quando o STF deve se posicionar em relação aos embargos de declaração? Como existe um pedido infringente, de modificação do julgamento, o ministro relator Gilmar Mendes já abriu vistas para a parte contrária se manifestar sobre o nosso pedido. Depois dessa resposta, vai depender da pauta do STF. É bem possível que, com a eleição deste ano, o julgamento fique para o ano que vem. O que mais a ABF pode fazer para sensibilizar os ministros do STF? Estamos no processo como amicus curiae usando todas as medidas que estão ao nosso alcance. Também iniciamos uma grande campanha de mídia em vários jornais e revistas de mobilização chamada “Juntos pelo que é
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BREVE TRAJETÓRIA DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.136 NO STF
10/09/2009
Protocolado no STF o Recurso Extraordinário nº 603.136, que trata da questão da incidência do ISS sobre os royalties.
03/09/2010
STF reconhece a existência de repercussão geral da questão constitucional.
06/01/2011
Associação Brasileira de Franchising (ABF) requer ingresso como amicus curiae.
02/02/2011
Pedido de ingresso da ABF é deferido pelo relator ministro Gilmar Mendes.
29/05/2020
STF nega provimento ao recurso extraordinário.
22/06/2020
ABF apresenta embargos de declaração.
Justo”. Além disso, estamos conversando com um número enorme de parlamentares e de lideranças da sociedade civil para que nos ajudem na sensibilização dos ministros. Não só com quem tem mandato, mas com lideranças históricas que atuam em defesa do empreendedorismo e das micro e pequenas empresas. Temos trabalhado também do ponto de vista acadêmico, publicando trabalhos técnicos em publicações especializadas da área jurídica e mostrando o absurdo da decisão. Para encerrar, qual é a experiência de outros países com relação a esse tema? O Brasil é o único do País do mundo – não existe nenhum outro, nem no Leste Europeu, nem na África, nem nas economias mais pobres ou com as piores cargas tributárias – que tribute royalties com serviços. O Brasil é o único país do mundo que ostenta essa desonrosa situação. Isso já foi objeto, inclusive, de uma nota de repúdio emitida pelo Conselho Mundial de Franquias quando a reunião do órgão foi sediada no Brasil. É um título absolutamente vergonhoso para o País.
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CRISE
#covid19 #lições #recursos
Ouça a voz da experiência EMPREENDEDORES DO FRANCHISING COMPARTILHAM AS LIÇÕES QUE APRENDERAM DURANTE AS CRISES E DÃO DICAS PARA LIDAR COM A ATUAL SITUAÇÃO
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Revista Franquia & Negócios ABF
É
difícil encontrar um empresário que não tenha passado por, ao menos, a uma crise ao longo de sua trajetória, seja por conta dos desafios gerados pelo próprio negócio, má gestão, inexperiência ou algum fator externo, como a pandemia provocada pelo novo coronavírus. Muitos deles foram praticamente à falência, mas aprenderam com a (dolorosa) experiência e conseguiram prosperar nas empreitadas seguintes. São exemplos de que, com perseverança e paciência, dá para enfrentar praticamente qualquer dificuldade, mesmo que isso pareça impossível. A seguir, grandes nomes do franchising brasileiro contam o que aprenderam com os obstáculos que surgiram em seus caminhos e ainda dão dicas para quem está sofrendo com a crise de agora.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Toda crise tem começo, meio e fim “Em mais de 30 anos como empreendedor, passei por muitas crises. A pior foi em 1995, por conta do Plano Real. Meus contratos de leasing com os bancos estavam todos em dólar e, em seis meses não tinha caixa para pagar as contas. Sem conseguir honrar os compromissos, os bancos cortaram o crédito, protestaram e moveram ações de execuções. Imagina perder o nome, ver o seu sonho indo por água abaixo e sem ter a quem recorrer. Disso, a lição que tirei foi que todo negócio, para ser implantado, precisa ter um bom planejamento. Por exemplo, nesse caso dos contratos em dólar, aprendi que devemos fazer sempre um seguro para nos proteger da variação cambial. Mas como um empreendedor de 24 anos de idade, sem uma cultura empresarial na família, conseguiria planejar algo? A crise atual tem uma característica muito peculiar, pois ela colocou todos em situação de igualdade, todos vulneráveis na questão da saúde. Então, como devemos agir neste momento? É preciso fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, proteger o caixa e o maior ativo, que são as pessoas, o time, que levamos anos para formar, ter muita fé, confiança que vai passar e, acima de tudo, muita compreensão para entender que toda crise tem começo, meio e fim. Tínhamos grandes objetivos para 2020. Mas, no atual cenário, se igualarmos os resultados de 2019 poderemos considerar isso um excelente desempenho. Aos empreendedores brasileiros, sugiro que trabalhem com essa meta. E o que vier além disso será muito bem-vindo”. José Carlos Semenzato, presidente do Conselho da SMZTO, detentora das marcas belle.club, Casa X, Espaçolaser, Estudioface by Espaçolaser, Gua.co, Instituto Embelleze, Instituto Gourmet, Joy Juice, L’Entrecôte de Paris, OAKBERRY Açaí Bowls, OdontoCompany e Oral Sin Implantes
Receita é focar no objetivo para não ficar paralisado “É preciso ter aceitação e entender que a crise faz parte do ambiente de negócios no qual estamos inseridos, por isso, é natural que vivenciemos altos e baixos, já que o mundo não é flat, não é previsível. Entender essa possibilidade nos permite trabalhar diariamente para fortalecer nossas marcas e estabelecer diretrizes que nos permitam tomar decisões rápidas. Crises e oportunidades afetam todas as empresas, porém, a diferença no impacto vai depender da estrutura e da cultura de cada uma. Quando estamos preparados para eventuais crises, é mais fácil atravessar as dificuldades e sair fortalecido. Quando nos deparamos com um desafio gigante como este que estamos vivendo, é igual encarar uma prova de Iroman, com 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida. Se você pensar no tamanho do desafio, já desiste na largada. A estratégia é focar em cada braçada, cada pedalada e cada passo. Quando menos esperarmos, teremos atravessado. A receita é focar no objetivo para não ficar paralisado, focar no que estiver no seu controle e buscar soluções estratégicas, olhando o dia a dia. Sabemos que os ciclos de crescimento são dinâmicos, ao enfrentar as adversidades, saímos machucados, mas preparados para enfrentar o que vem pela frente. Em momentos como este, é preciso ter a capacidade de tomar decisões rápidas e firmeza nas decisões”. Jae Ho Lee, sócio-fundador e CEO do Grupo Ornatus, detentor das marcas Morana, Balonè, Little Tokyo e Love Brands
Falta de planejamento pode custar caro “Passei por uma enorme dificuldade em 2009, que me ensinou muitas coisas e ajudou a enfrentar a situação atual. Naquele ano, tomei a decisão de fazer uma expansão agressiva na empresa: abrir 40 unidades próprias. Construí todas com meus recursos e fui atrás de financiamento para os equipamentos. Peguei uma linha de crédito do governo com juros bem baixos, 6% ao ano. Já estava tudo certo, equipamentos entregues, quando fui surpreendida com uma ligação do banco dizendo que a linha tinha sido cancelada e o dinheiro não iria sair. A minha dívida era de R$ 23 milhões e a única solução que encontrei foi vender a empresa. No meio do processo, ganhei um prêmio e, no dia da entrega, conheci a Luiza Trajano, do Magazine Luiza. Ela soube da minha situação e decidiu me ajudar. Por intermédio dela, consegui um financiamento com um banco, para pagar em cinco anos. Paguei em três, consegui fazer a empresa crescer novamente e ainda abri mais quatro negócios. Essa experiência me mostrou que o que quebra não é vender mais ou menos, mas sim a falta de fluxo de caixa, e que a falta de planejamento pode custar caro. Aliás, planejar só não basta, também é preciso orçar e estruturar. Hoje, sei que as dificuldades podem ser superadas, que nenhuma crise dura para sempre e que ela traz oportunidades. Com a experiência que adquiri, a mensagem que deixo para os empresários do franchising é a seguinte: se adaptem às mudanças, e com velocidade, e fique próximo da sua rede.” Carla Sarni, presidente da holding Salus Par, detentora das marcas Sorridents, GiOlaser, Olhar Certo, DocBiz e Sorridents
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Todo negócio precisa ter, pelo menos, seis faturamentos no caixa “Em 2017, passamos por um episódio bem complicado na franqueadora. Naquela época, tínhamos dois tipos de franquia, uma de softwares, responsável por 20% do nosso faturamento, e uma de certificação digital, responsável por 80%. Fomos, então, informados pelo governo que não poderíamos mais operar com esse segundo modelo. Tentamos de tudo para resolver, mas não conseguimos, e até hoje não entendemos muito bem as razões dessa decisão. Com uma queda brutal na nossa receita, fomos obrigados a tomar decisões drásticas em relação aos custos fixos da empresa. Colocamos uma meta para reduzir em até 40%. Negociamos com todos os fornecedores, parceiros, colaboradores e franqueados, cancelamos diversos serviços e contratos, e reduzimos a equipe. Mas tudo isso nos trouxe muitos aprendizados e acabou nos preparando para a crise atual. O que de mais importante ficou é que todo negócio precisa ter, pelo menos, seis faturamentos no caixa para conseguir sobreviver caso venha a ter algum problema. Hoje, mesmo com a pandemia, temos como continuar operando, e sem o aperto que foi em 2017. Neste momento, também é importante ter responsabilidades social e com o time, valorizar cada pessoa, compartilhar a real situação da empresa com todos, para manter a união e o engajamento, não ficar parado e usar os canais digitais para gerar conteúdo e se manter próximo do cliente.” Victor Ruiz, sócio e diretor comercial da Gigatron
Crises são passageiras, todas elas “O franchising já enfrentou crises com diferentes formas e intensidades. Em situações normais, esses momentos impactam principalmente os empresários que não seguem as cartilhas organizacionais do setor e a padronização de cada marca. No caso dos franqueados, os que ficam realmente próximos dos franqueadores conseguem bastante ajuda deles, pois deve fazer tudo que está ao seu alcance para garantir que a rede persevere. Nesse setor, o negócio é coletivo e jamais deve ser visto como franqueados de um lado de franqueadores do outro. Na atual situação, é necessário entender como conectar o que está acontecendo agora com o futuro dos negócios e saber que crises são passageiras, todas elas. A receita para superar a atual é ter agilidade, montar comitês e realizar reuniões semanais, estabelecer um cronograma claro do momento, fazendo atualizações necessárias de acordo com o andamento da pandemia, inserir campanhas para garantir a retenção do cliente e se manter atrás de novos consumidores, cuidar fortemente da parte de tecnologia, elaborar um plano de retomada, aproveitar para criar oportunidades e resultados positivos.” André Quintella, vice-presidente de Operações Comerciais da Pearson
Crise nunca pode ditar a disposição do empreendedor “Minha trajetória como empreendedor foi, de alguma forma, moldada pelas crises. Como muitos outros empresários, já passei por várias e sei que outras virão, por isso trabalho com foco na proteção constante da nossa empresa, independentemente do momento econômico em que vivemos, com metas claras e olho constante no caixa e no futuro. Minha primeira empresa foi criada em um momento de crise, no Plano Collor. Embora o quadro econômico brasileiro não recomendasse, havia condições para iniciar um negócio na área de informática e, assim, dei a largada. Anos depois, uma série de fatores tornaram meu negócio irrelevante, e aí o caixa secou e a empresa fechou. Não considero isso um fracasso, mas sim uma importante etapa de aprendizado – doloroso, é verdade – para que eu chegasse ao meu sonho grande, que é a MoveEdu. O prejuízo logo se transformou em oportunidade. Com toda essa experiência, o que aprendi é que a conjuntura do País tem, é claro, influência, mas existem boas oportunidades e mercados promissores em qualquer período. Não conheço empreendedor de sucesso que tenha interrompido seus sonhos em função dos problemas na economia. A crise pode ditar o ritmo de implantação e investimento, nunca a disposição do empreendedor. Os efeitos dela podem ser mais ou menos nocivos, de acordo com a resposta que a empresa dê aos desafios que se colocam nessas ocasiões”. Rogério Gabriel, presidente do Grupo MoveEdu, detentor das marcas Prepara Cursos, Microlins, S.O.S. Tecnologia e Educação, People Tech and English, Ensina Mais, Pingu’s English School, EnglishTalk e Prospere itb
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E X PA N S Ã O
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PROCURAM-SE FRANQUEADOS
COM O AUMENTO DO DESEMPREGO NO BRASIL OCASIONADO PELA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS, FRANQUIAS CRIAM CONDIÇÕES ESPECIAIS PARA ATRAIR NOVOS EMPREENDEDORES PARA O NEGÓCIO PRÓPRIO
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iante do crescimento do desemprego no País, diversas franqueadoras reavaliaram seus negócios e passaram a oferecer condições especiais para atrair novos franqueados e, ao mesmo tempo, estimular o empreendedorismo e a consequente geração de empregos no País. Uma delas é a Phi Concept, rede especializada em procedimentos estéticos faciais. Até o final do ano, a empresa concederá 50% de desconto na taxa de franquia, atualmente fixada em R$ 85 mil. “Queremos ajudar o brasileiro que quer ter o próprio negócio, seja porque foi demitido do emprego, porque quer uma segunda fonte de renda ou porque sentiu uma queda significativa nos seus ganhos e precisa ampliar o portfólio”, diz o sócio executivo e CEO da marca, Richard Mendonça. “Nada melhor neste momento do que buscar uma franquia, principalmente porque, além do treinamento e protocolos operacionais padrões, podemos dar todo suporte e know-how na gestão comercial, administrativa, marketing, atendimento e relacionamento com clientes”, acrescenta. Com sede no centro de Florianópolis, e unidade franqueada na cidade de São José, ambas em Santa Catarina, a marca está em busca de empreendedores para implantação de pontos em todo o Brasil, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. A meta é abrir 20 operações este ano, atingindo R$ 10 milhões em faturamento.
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,6% no trimestre móvel encerrado em abril, o que representa aumento de 1,3% em relação ao período anterior (novembro de 2019 a janeiro deste ano). Existem nada menos do que 12,8 milhões de pessoas sem trabalho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fábio Affonso, sócio da MicroPro Desenvolvimento Profissional e Comportamental
Richard Mendonça, CEO da Phi Concept
Outra franqueadora que flexibilizou seus números para receber novos franqueados é a MicroPro Desenvolvimento Profissional e Comportamental, que atua no segmento de educação. Suas novas condições diante da crise são isenções da taxa de franquia, cujo valor varia entre R$ 10 mil e R$ 30 mil, para contratos assinados até dezembro e da taxa mensal de royalties por um ano de contrato. “Dessa maneira, damos ao empreendedor uma carência importante para começar o projeto, atingir o breakeven (ponto de equilíbrio) mais rápido e ter o retorno de seu investimento no prazo adequado, mesmo com a crise”, aponta o sócio da empresa, Fábio Affonso. E, para ele, este é o momento certo para adquirir uma unidade:
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“Haverá mais pontos comerciais disponíveis nos próximos meses, com negociação facilitada. E, pela própria paralisação do mercado, haverá a necessidade de fornecedores e prestadores de serviços ajustarem-se à nova realidade, ajudando-se mutuamente. Cremos que será possível fazer bons negócios no período pós-pandêmico”. Com 38 escolas em operação no Brasil, sendo 33 delas franqueadas, a MicroPro tem interesse em expandir suas unidades em todo o território nacional, iniciando com operações num raio de 300 quilômetros da sua sede, localizada em Campinas, no interior de São Paulo. Para as pessoas que comprovadamente foram demitidas durante a pandemia, a Ótris Soluções Financeiras, prestadora de serviços na área de cobrança, recuperação de crédito, contenção de inadimplência e administração de carteiras, oferece 30% de desconto na taxa de franquia para os modelos home based (investimento inicial a partir de R$ 10 mil), microfranquia (investimento inicial a partir de R$ 90 mil) e Middle Market (investimento inicial de R$ 60 mil). Além disso, apenas para quem adquirir o home based, doará uma licença de uso do seu aplicativo App Negociador. “Nascemos com o DNA voltado para o micro e o pequeno empreendedores. Neste momento, com a pandemia, muita gente está em situação difícil e o empreendedorismo, sobretudo no sistema de franchising, é uma excelente oportunidade. É uma alternativa para ter o pró-
Caio Katayama, fundador da rede Ótris Soluções Financeiras
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Todo mundo está preocupado e aceitando negociar “A busca por franquias não parou com a pandemia, apenas diminuiu um pouco. E, neste cenário atual, temos visto dois movimentos. O primeiro deles é que as marcas mais estruturadas e sólidas, e também as de segmentos mais valorizados no momento, como o de limpeza, praticamente não estão fazendo promoção. O outro é que rede menores e de áreas não tão procuradas, essas sim têm oferecido condições diferenciadas para atrair novos franqueados. Diante disso, alguém que se lança a campo procurando franquia pode ter alguns benefícios, como redução no valor da taxa de franquia e desconto ou isenção na taxa de royalties e no fundo de propaganda. Também consegue contratar estudo de geomarketing para localização de ponto a preços mais baratos e negociar melhor o próprio ponto. Todo mundo está preocupado e aceitando negociar, o que acaba sendo uma motivação para o interessado não desistir da compra. Do ponto de vista da franqueadora, é importante ter cuidado na seleção do franqueado. Muitas, perante à crise, podem se encantar com o candidato porque ele tem dinheiro disponível, mas o motivo de escolha não pode e nem deve ser esse. É preciso haver um criterioso processo, com avaliações não apenas da financeiras, mas também de personalidade e das competências profissionais. Fazendo uma seleção cuidadosa, com critérios pré-estabelecidos e boa análise, as chances da parceria dar certo são enormes, inclusive num período como esse que estamos vivendo”. Paulo Ancona Lopez, diretor da Ancona Consultoria
prio negócio, de forma digna e com menor risco”, avalia o fundador da rede, Caio Katayama. Atualmente com 45 unidades em todo o País, a empresa, que desde a sua criação, há dez anos, já recuperou mais de R$10 milhões, tem como meta aumentar a rede em 50% ainda em 2020. Veja, a seguir, o que outras marcas do franchising estão oferecendo para atrair novos franqueados em meio à pandemia.
Oportunidades na crise
rede de comida típica brasileira em box oferece 10% de desconto na taxa de franquia, de R$ 50 mil. A expectativa é fechar 2020 com 35 novas unidades – atualmente, tem 114 em operação. A condição vale por tempo indeterminado.
Di Vetro: para os próximos meses, a rede de perfumes e cosméticos importados concederá 50% de desconto na taxa de franquia, atualmente fixada em R$ 100 mil, que pode ser parcelada em cinco vezes e com carência de 60 dias para pagamento da primeira parcela. Além disso, fará um abatimento mensal nos royalties, de 5% para 3%.
Cebrac (Centro Brasileiro de Cursos):
É Seguro Corretora: a diminuição no
Brasileirinho Delivery: Lançada em 2013, a
até setembro, a marca do segmento de educação trabalhará com isenção da taxa de franquia (R$ 45 mil) e ainda oferecerá ao novo franqueado estudo de geolocalização, estudo da praça e Centro de Treinamento. Com a crise, a meta da empresa é a venda de sete unidades em 2020.
Chocolateria Brasileira: novos franqueados que
desejam adquirir uma unidade da rede de alimentação focada em chocolates terão isenção da taxa de royalties durante 12 meses e direcionamento do fundo de propaganda, que é de 2% sobre o faturamento bruto, para a sua praça de atuação.
investimento inicial para a abertura da franquia é a oferta da rede de seguros. No modelo home office, o aporte passou de R$ 19,9 mil para R$ 14,9 mil e na loja comercial, de R$ 39,9 mil para R$ 29,9 mil, ambos com parcelamento em até 12 vezes no cartão de crédito. Condições válidas até o final de agosto.
Instituto Ana Hickmann: a rede de escolas
profissionalizantes nas áreas de beleza, fotografia e moda sustentável reduziu a taxa de franquia de R$ 75 mil para R$ 39 mil, para cidades com até 100 mil habitantes. Até junho, havia ganhado duas novas unidades nesta modalidade. A condição é válida até o dia 31 de agosto.
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Instituto Gourmet: até o final do ano, a rede
oferece taxa de franquia – a partir de R$ 40 mil – com 10% de desconto para pagamento em cinco parcelas, taxa de franquia total em 10 vezes no boleto ou taxa de franquia à vista com 15% de desconto. Outra vantagem é prazo de inauguração a negociar.
Jan-Pro: as condições especiais ofertadas pela
rede de limpeza comercial são taxa de franquia – parte de R$ 11,2 mil – com dólar fixado a R$ 4, com recebimento de 5% do valor inicial e financiamento do restante em 36 vezes ao final da crise. A validade se estende até, pelo menos, outubro de 2020.
Maislaser: para cidades com até 100 mil habitantes, a rede de depilação a laser reduziu a taxa de franquia para R$ 80 mil (antes era R$ 110 mil) e para os municípios com mais de 100 mil habitantes, para R$ 100 mil (era R$ 130 mil). O faturamento médio mensal da unidade é de R$ 120 mil com prazo de retorno entre 15 a 20 meses.
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Odonto Special: a rede de odontologia trabalhará, até o dia 31 de agosto, com novas taxas de franquia para cidades com até 50 mil habitantes e acima de 150 mil. No primeiro caso, o valor passou de R$ 55 mil para R$ 18,9 mil e no segundo, de R$ 75 mil para R$ 38,9 mil.
Pinta Mundi Tintas: há quase 30 anos no mercado, a multimarcas varejista de tintas e acessórios, que tem atualmente 31 lojas, está dando 20% de desconto na taxa de franquia – hoje estipulada em R$ 50 mil – para os novos franqueados. A condição é válida até o final do ano.
TRATABEM: a rede de microfranquias da iGUi,
especializada em tratamentos de piscinas, trabalha com desconto entre 30% e 40% na taxa de franquia (R$ 68 mil), dependendo da região. Também oferece financiamento próprio e parcelamento especial, após análise de crédito. Condição disponível até 15 de setembro.
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#varejo #pandemia #tendências
O varejo no novo normal A
O SÓCIO-LÍDER DO SETOR CONSUMO E VAREJO DA KPMG NO BRASIL, FERNANDO GAMBÔA, E O SÓCIO-LÍDER DE VAREJO DA EMPRESA, PAULO FEREZIN, FALAM SOBRE O FUTURO DO COMÉRCIO VAREJISTA NO BRASIL
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pandemia provocada pelo novo coronavírus fez com que medidas de isolamento social fossem adotadas, levando ao fechamento da maior parte das lojas do comércio tradicional e a priorização de artigos essenciais por parte dos consumidores. Diante desse cenário, o comércio brasileiro registrou perda de R$ 124,7 bilhões após sete semanas do surto da Covid-19 (de 15 de março a 2 de maio), segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Quais tipos de empresas e segmentos deverão se recuperar mais rápido no pós-pandemia? Falando em varejo tradicional, com as lojas físicas como seu principal canal, a tendência é que empresas do segmento de distribuição de alimentos (supermercados) e farmácias tenham uma curva de recuperação mais rápida, uma vez que esses dois segmentos só sofreram com o fechamento das lojas que estavam situadas nos shoppings, que vem a ser a menor parte do negócio. Isso fez com que a interrupção fosse menor e as alterações foram fundamentalmente sobre o mix de produtos e aspectos operacionais – segurança sanitária, visando o conceito do Varejo Seguro. Ademais, varejos que possuem maior foco em clientes das classes C e D também devem experimentar uma curva de retomada mais rápida que os varejos voltados para as classes A e B, devido a forma como essas classes lidam com o medo decorrente dos riscos de contaminação. A crise promoveu um fortalecimento de novos canais de venda, como delivery e e-commerce. Como eles deverão se comportar no futuro?
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Esse valor representa um encolhimento de 56% no faturamento do varejo, na comparação com o período anterior ao início da pandemia. Só em março, pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do comércio tiveram queda de 2,5% em relação a fevereiro. Foi o pior resultado para o mês desde 2003, quando o setor registrou queda de 2,7%. No franchising, o primeiro mês completo de pandemia – maio – a queda média no faturamento das redes foi de 48,2%. Mas, e agora, como fica a situação do varejo? Quais marcas e segmentos devem se recuperar bem e rápido? Como o consumidor irá se comportar? Quais as tendências? A KPMG, rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory, tem algumas respostas. Segundo ela, empresas de bens de consumo cíclico, varejo alimentar, farmácias, alimentos e bebidas são as que devem se recuperar mais rapidamente após a pandemia. O comércio eletrônico e os serviços de entrega, que já estão em destaque, sairão ainda mais fortalecidos na nova realidade. Para saber um pouco mais sobre as expectativas para o futuro do comércio varejista no País, a revista Franquia & Negócios conversou com o sócio-líder do setor Consumo e Varejo da KPMG no Brasil, Fernando Gambôa, e com o sócio-líder de Varejo da empresa, Paulo Ferezin. Veja a seguir os principais trechos.
Fernando Gambôa, sócio-líder do setor Consumo e Varejo da KPMG no Brasil
O que houve, na verdade, foi a aceleração de uma tendência que já vinha ganhando espaço. Nesse sentido, acreditamos que os canais digitais próprios, assim como as plataformas de negócios, devem continuar crescendo. Outros desafios surgem para esses canais, que precisam fortalecer constantemente suas barreiras de segurança cibernética e também melhorar a eficiência de entregas, que durante este período de pandemia mostraram não estar totalmente adaptados para um volume transacional superior aos volumes anteriores. Em termos de expectativa, o que temos visto em outros países é que o comércio digital seguirá muito forte, com volume em patamares muito superiores ao que estavam sendo praticados no final de 2019. Quais outros canais devem sair fortalecidos? Marketplace e vendas através de redes sociais se mostraram alternativas que devem continuar ganhando espaço, como já era uma tendência. No Brasil, o WhatsApp tem sido um canal muito importante para seguir vendendo, principalmente para os pequenos varejistas, incluindo aqueles com lojas de bairro. Subscrição (assinatura) também pode ser um importante canal a ser desenvolvido para produtos e serviços específicos e com necessidade ou desejo recorrente, onde a assinatura tenha aderência.
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tamento, as ações das marcas devem focar em acelerar a curva de retomada e ser mais relevante para o cliente. O que mais muda no comportamento do consumidor? Como já era uma tendência, o consumidor se tornou ainda mais digital/mobile, e cada vez mais vai comprar o que ele desejar, quando desejar, como desejar e com entrega onde, como e quando ele desejar e, claro, isso vai colocar ainda mais pressão nos temas de logística de entrega urbana, o last mile.
Paulo Ferezin, sócio-líder de Varejo da empresa,
No momento atual, quais os principais desafios enfrentados pelas empresas de consumo e varejo? Os principais desafios passam pela preservação de caixa para garantir a sustentabilidade dos negócios. Logo a seguir, adoção de medidas sanitárias nas operações, que permitam aos clientes perceberem que estão em ambiente onde os riscos de contaminação são mitigados, dando conforto e segurança para ele continuar visitando e comprando, assim como ações comerciais e de canais que viabilizem acelerar a curva de retomada dos negócios. O que deve mudar na rotina delas daqui para frente? Primeiramente, existe uma tendência que marcas que transmitam confiança e propósito nas suas relações de consumo saiam fortalecidas. Quanto aos aspectos de consumo, ainda é muito cedo para assegurar qual será o comportamento dos clientes no futuro, mas seguramente não deverá ser como antes. Dessa forma, mesmo que temporariamente, o consumidor saindo do afastamento deverá estar mais focado em necessidades básicas, reduzindo sua frequência de visita às lojas, reduzindo a quantidade de lojas visitadas e preocupado com aspectos sanitários e financeiros. Desemprego e redução do poder de compra também farão parte do medo. Em função desse compor-
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Vocês falaram sobre como atrair o cliente, mas o que as marcas podem e devem fazer para mantê-lo? Se tornar a marca mais relevante para os clientes. Para isso, precisam trabalhar muito fortemente sobre os aspectos de confiança (integridade e resolução de problemas de forma rápida e fácil), sem desgaste (atendimento das expectativas do cliente, sem que este precise empenhar tempo e esforço) e com muita empatia (personalização de ofertas, produtos, se colocando no lugar do cliente, para que este tenha a percepção de ser bem cuidado e único). Tratar cliente como mais um significa desejar que sua marca seja tratada como mais uma. Nesse contexto, o que vamos ver também é um novo fortalecimento dos programas de relacionamento e fidelidade, saindo dos modelos tradicionais de acúmulo de pontos para programas mais amplos e com o cliente ao centro. Quais as principais tendências do varejo com todas essas mudanças provocadas pela pandemia? Relações onde predominem confiança, mobile, logística integrada e responsiva, uso inteligente e intensivo de dados, repensar o papel das lojas físicas, uso de plataformas de negócios, cooperação e colaboração entre empresas são grandes tendências e todas elas com uso intensivo de tecnologia para permitir acuracidade e eficiência nos processos. Especificamente sobre o setor de franquias, como vocês enxergam o futuro do setor? Entendemos que o setor vai seguir na sua jornada de digitalização e irá aumentar cada vez mais a colaboração entre os diversos participantes da cadeia. Quanto mais unidos os elos de uma cadeia, com todos trabalhando para o bem comum e de forma genuína, maior a tendência de sucesso de todos. Quando algum elo trabalha de forma individual e sem se preocupar com os demais, maior a probabilidade de rompimento, com impactos negativos sobre todos.
DELIVERY
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#alimentação #pedidos #entregas
Pediu, chegou ENTREGA DE COMIDA PRONTA TEM AJUDADO OS RESTAURANTES E BARES A SOBREVIVER À PANDEMIA
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om os salões fechados para o público durante meses, em razão da pandemia provocada pelo novo coronavírus, restaurantes e bares de Norte a Sul do País precisaram remodelar seus negócios. Apesar de muitos já contarem com serviço de delivery, seja com sistema próprio ou por meio de aplicativos de entrega como iFood, Rappi e Uber Eats, esse canal de venda praticamente se tornou a única opção e foi o que garantiu a sobrevivência nos últimos tempos.
FOTOS: RAUF TAUILE
FOTOS: LUCAS PÊGO
Pesquisa feita pela Corebiz, empresa de inteligência para marcas do varejo, mostrou que a receita das compras por delivery no segmento alimentício cresceu 77% entre os dias 1 e 18 de março, na comparação com o mesmo período de fevereiro. Outro estudo, esse realizado pela Galunion Consultoria para Foodservice, em parceria com a Qualibes, indicou que, em maio, 68% dos entrevistados pediram entrega de comida pronta em casa constantemente, e 21% disseram que pretendiam manter o hábito – e até gastar mais do que antes – após o confinamento. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o mercado de delivery movimentou R$ 11 bilhões nos últimos anos. Para este ano, a previsão da entidade apontava R$ 18 bilhões, porém, com a pandemia, o número subiu para R$ 19,5 bilhões. “A medida em que foram impostas restrições a entrada dos clientes nos salões dos restaurantes, foi inevitável que se fortalecesse e focasse esforços no delivery. Quem fez isso rapidamente obteve entre 5% e 15% do faturamento normal. O que precisa ficar claro é que esse canal, apesar de importante, não supre totalmente as necessidades, mas, sim, ajuda a destinar estoque e manter o negócio em atividade”, comenta o membro do Conselho de Administração da Abrasel Celio Salles. A fundadora e CEO da Galunion Simone Galante pontua que esse serviço já vinha sendo tratado com uma das
Celio Salles, membro do Conselho de Administração da Abrasel
principais tendências de mercado há cerca de cinco anos, e o que aconteceu agora foi a aceleração do processo. “Quando começou a quarentena, os empresários, e não só os de fast food, mas os de self service, casual dining e até alta gastronomia, tiveram de ‘pivotar’ em poucos dias uma solução, e aí entra também o takeaway, para conseguirem chegar até o consumidor.”
DELIVERY NO FRANCHISING
Antonio Leite, CEO do Grupo Trigo, detentor das marcas Spoleto, Koni, Lebonton e Gurumê
No setor de franquias, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), 91% das redes de alimentação trabalharam com entrega de comida em abril, representando um recorde histórico. Spoleto, Koni, Lebonton e Gurumê estão na lista, porém, o CEO do Grupo Trigo, detentor das quatro marcas, Antonio Leite, conta que antes da pandemia este não era um canal relevante para nenhuma delas. “Até o início da quarentena, os restaurantes que operavam com delivery e que já estavam conectados aos marketplaces tradicionais tinham uma média de 20% dos seus faturamentos oriundos desse sistema. Desde 15 de março tem sido uma evolução diária. As vendas passaram a aumentar toda semana e dobraram quando comparadas ao período pré-Covid-19”, relata o executivo. Para fortalecer o serviço, a empresa realizou uma série de ações a partir do fechamento dos pontos físicos: criação de uma área dedicada a acelerar o processo digital, ligação dos restaurantes aos principais aplicativos Agosto e setembro de 2020
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DELIVERY
FOTO: DIVULGAÇÃO
FOTO: TADEU BRUNELLI
de entrega de comida e implementação da integração desses agregadores com o seu sistema de ponto de venda. “Em paralelo construímos alianças estratégicas com os operadores de entrega em diferentes regiões do País. Decidimos também colocar no ar plataformas de delivery proprietárias para cada uma de nossas marcas, construímos uma estratégia de conceder mais autonomia para os franqueados realizarem ações de construção de relacionamento com seus clientes no ambiente digital e passamos a treiná-los no uso das ferramentas de marketing digital para promoverem seus restaurantes”, acrescenta Leite. A rede Mania de Churrasco! também apostou na entrega de comida durante a pandemia. A novidade foi iniciada em junho. “Creio que um dos maiores desafios que já enfrentamos foi passar por esses meses com todos os nossos restaurantes totalmente fechados. Estávamos, quando a quarentena teve início, no meio do planejamento para implantação do serviço de delivery. Precisamos nos debruçar e fazer com que ganhasse corpo em muito menos tempo do que o previsto, sem perder a qualidade do produto, que é extremamente importante para nós”, finaliza o diretor de expansão da empresa Marcelo Cordovil. Marcelo Cordovil, diretor de Expansão da empresa
DICAS PARA ADERIR AO DELIVERY E MELHORAR OS RESULTADOS § Antes de iniciar o delivery, estabeleça a sua área de atuação. Isso é essencial para estipular os valores da entrega. Determine também horários, número de profissionais que serão necessários e a capacidade de atendimento
§ Avalie se vale mais a pena criar um sistema próprio de entrega ou fazer parte de um marketplace, como iFood, Uber Eats e Rappi. Se optar pela segunda opção, procure negociar bem as taxas para que o serviço seja viável
§ Planeje o investimento, ou seja, saiba o quanto pode investir e inicie devagar, expandindo aos poucos. Também não deixe de fazer um estudo da área, do perfil do consumidor e da concorrência
§ Crie um cardápio especial para o delivery, considerando fatores como agilidade de preparo, conservação e facilidade no transporte. Jamais entregue algo que não corresponderá às expectativas do cliente
§ Divulgue o seu negócio para alavancar as vendas. Isso pode ser feito por meio de postagens interessantes e engajadoras nas redes sociais, como Facebook e Instagram
§ Invista em embalagens lacradas, higiênicas e que mantenham a temperatura e a crocância da comida, e cuide para que o processo da entrega garanta a sua integridade
§ Mantenha contato e fidelize os clientes oferecendo a eles serviços e produtos de qualidade, descontos e brindes e escutando as suas necessidades
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§ Busque um diferencial para poder se destacar e tenha em mente que qualidade e segurança são pontos obrigatórios, sobretudo neste momento de pandemia
GRUPO CETRO FOTO: SEBRAE-SP
FORÇA, INOVAÇÃO E RESILIÊNCIA PARA TRANSFORMAR VIDAS ATRAVÉS DO OLHAR
LUZIA COSTA CEO GRUPO CETRO/SÓBRANCELHAS
Com mais de 15 anos de experiência, Luzia Costa lidera uma das mais sólidas franquias de estética facial com mais de 200 unidades no Brasil, Argentina e Bolívia. A Sóbrancelhas cresce acima da média do setor e a cada ano se destaca pelo seu suporte e know-how transferidos aos seus franqueados.
LINHA EXCLUSIVA DE PRODUTOS
NO BRASIL, ARGENTINA E BOLÍVIA 200+ UNIDADES LUCRATIVIDADE MÉDIA 30% a 40% DE FRANQUEADOS TÊM MAIS DE UMA UNIDADE 57% DOS INICIAL DE INVESTIMENTO 98 mil VALOR PARA RETORNO 12 a 18 MESES DO INVESTIMENTO
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NOVOS NEGÓCIOS
#inovação #expansão #adaptação
Inovar para crescer C
PARA ATRAIR CONSUMIDORES E FRANQUEADOS, REDES SE REINVENTAM E LANÇAM NOVOS PRODUTOS E SERVIÇOS ADEQUADOS AO MOMENTO ATUAL
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ertamente você já ouviu o ditado popular “camarão que dorme a onda leva”. Pode parecer estranho, mas ele tem tudo a ver com os negócios, afinal, quem não se mexe, inclusive em períodos de crise – como a que o Brasil e o mundo estão vivendo –, e engolido pelos concorrentes ou morre afogado.
Para evitar esses trágicos desfechos, muitas empresas do franchising têm transformado as adversidades geradas pela pandemia em oportunidades e investido em novidades com o objetivo de atrair tanto novos parceiros comerciais quanto consumidores. A I wanna sleep, retail tech focada em sono e relaxamento, por exemplo, se reinventou e, em uma semana, criou o conceito Loja Física On-line (LFO). “No início da quarentena, tivemos de repensar nosso negócio. Com o fechamento das lojas, transferimos cada operação para o ambiente digital, transformando-as em um e-commerce, onde cada franqueado é responsável pela venda dos produtos”, explica o CEO da marca Rafael Moura. Esse conceito é inédito para a empresa, já que antes as compras eram realizadas apenas de forma presencial. E o executivo garante que ele traz vantagens para franqueados e clientes: “Para os franqueados, é a possibilidade da loja dele não parar, e, para o cliente, é a possibilidade de continuar comprando nossos produtos, que, agora, são entregues no mesmo dia da compra. O novo formato trouxe mais rapidez e eficiência”. Com as Lojas Físicas On-line implantadas em abril, a I wanna sleep conseguiu recuperar, até o início de junho, 50% do faturamento e, devido ao bom resultado, elas serão mantidas no pós-pandemia. O objetivo da companhia daqui para frente é conseguir equilibrar os focos de venda nos dois canais, o físico e o digital. Para evitar a perda de aprendizado e evasão dos seus alunos – a maioria, idosos –, a rede de cursos de neuroaprendizagem Ginástica do Cérebro também investiu inicialmente no digital e passou a oferecer aulas on-line. Isso manteve as atividades para antigos e novos estudantes e ajudou na inclusão dos mais velhos. Segundo a CEO da empresa Nadia Benitez, o sucesso da empreitada e o aumento da demanda de novos alunos fizeram com que ela decidisse lançar um formato de negócio home office, com aulas domiciliares e suporte on-line. “Somos uma microfranquia de origem e isso foi um ponto
FOTO: DIVULGAÇÃO
FOTO: PEDRO VILELA
Rafael Moura, CEO da I wanna sleep
facilitador para a criação de um modelo ainda mais acessível, flexível, adequado ao momento que vivemos e em perspectiva com o mundo pós-pandemia, mais conectado e baseado em novos pilares de normalidade”, diz a franqueadora. Para adquirir uma unidade, o investimento inicial total é de R$ 20 mil, com estimativa de faturamento médio mensal entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, e lucro de 25% a 40%. A expectativa da empresária é inaugurar 20 operações nos próximos seis meses, impactando em R$ 1 milhão no seu faturamento total. “A crise me impulsionou a colocar em prática medidas que já estavam sendo planejadas, mas que levariam mais tempo para sair do papel. Às vezes, um empurrão pode te lançar para frente, pode te fazer crescer mais rápido”, avalia Nadia. Nos planos da SuperGeeks, escola de programação e robótica para crianças e adolescentes, antes mesmo da pandemia, o modelo de franquia virtual, operado de forma home based e com investimento a partir de R$ 6 mil, também virou realidade mais cedo. Denominada “Microfranqueado Digital SuperGeeks”, a novidades consiste em ter uma unidade digital da marca e realizar as aulas do novo sistema de cursos, o SuperGeeks Live, ao vivo e através da internet. “Optamos por adiantar o lançamento dessa modalidade para dar uma oportunidade às pessoas de trabalharem e gerarem emprego, ajudando o atual cenário econômico do País”, ressalta o fundador da rede Marco Giroto. Com esse produto, a empresa pretende atingir todos os municípios brasileiros que atualmente não possuem unidades físicas da rede. A implantação e o treinamento serão à distância, através das plataformas para Ensino a Distância (EAD) e videoconferência, que a empresa já adota. Por conta da pandemia de coronavírus, a 5àsec, rede de lavanderias, também intensificou projetos com foco
Nadia Benitez, CEO da rede Ginástica do Cérebro Agosto e setembro de 2020
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NOVOS NEGÓCIOS
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no digital, com vendas pelo e-commerce, aplicativo e Whats App, e iniciou um planejamento para a retomada dos negócios com foco na expansão daqui alguns meses. Nesse sentido, lançou a franquia Express, com investimento a partir de R$ 190 mil. “Com isso, aumentamos a nossa capilaridade e oferecemos uma oportunidade aos que desejam ingressar na rede”, explica o diretor comercial da marca Alex Quezada. E ele acrescenta: “Por apresentar uma condição mais atraente neste momento, a previsão é chegarmos a 100 unidades desse modelo em operação até 2025. Calculamos uma média de 20 aberturas ao ano, nas cinco regiões do País”. Além disso, para atrair e facilitar a vida do consumidor, as lojas da marca passaram a atuar com foco no delivery – este serviço, inclusive, está com retirada e entrega gratuita por tempo indeterminado em todos os estados – e lançou o Pierre, um assistente virtual que presta atendimento, suporte e auxilia na indicação dos serviços disponibilizados. Outra franqueadora que não ficou parada foi a Ecoville, rede varejista de produtos de limpeza. Sua principal novidade para o momento é o modelo Ecoville Express. Com investimento de R$ 39 mil, ele dá ao franqueado a oportunidade de atuar em home office, recebendo os produtos diretamente da fábrica e realizando as entregas em domicílio, com o meio de transporte de sua preferência. De acordo com a empresa, o novo formato, que vinha sendo estudado e deveria ser apresentado no fim do ano, foi antecipado devido à crescente demanda pela entrega de produtos de limpeza. Ao mesmo tempo, pontua o presidente da companhia, Leonardo Castelo, ele surge como alternativa de geração de renda para uma faixa da população economicamente ativa que pode vir a ser afetada pela crise. “Projetamos esse modelo como uma forma de ajudar os empreendedores neste momento. Vimos essa ideia como uma forma de gerar mais renda, e não mais demissões”, encerra o executivo.
Marco Giroto, fundador da SuperGeeks
FOTO: DANIEL BARRETO
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A Sterna Café, rede de café especial, por sua vez, viu uma oportunidade de expansão dentro dos supermercados e tratou de arregaçar as mangas. A estratégia deu tão certo que duas unidades já foram inauguradas – a primeira em abril, no Extra Brigadeiro, e a segunda, no dia 12 de junho, no Extra Raposo Tavares, ambas na cidade de São Paulo. De acordo com o fundador da marca Deiverson Migliatti, a primeira reação sobre a pandemia foi pensar nas possíveis soluções e não só no estrago ela causaria: “Vi nos supermercados, que continuariam abertos, a possibilidade de dar seguimento ao plano de expansão deste ano, dando uma opção rentável para o franqueado que estava aguardando um ponto para abrir”. O executivo conta ainda que precisou usar toda a criatividade para não parar, incorporando novas ações e encontrando oportunidades rentáveis para novas unidades. “Se continuarmos nesse ritmo, vamos conseguir atingir a meta de 100 unidades em operação até o fim deste ano”, finaliza.
Alex Quezada, diretor comercial da 5àsec
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Deiverson Migliatti, fundador da Sterna Café
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GESTÃO
#clientes #feedback #resultados
Nós queremos a sua opinião CULTURA DE FEEDBACKS TRAZ RESULTADOS DIRETOS EM FRANQUIAS E SE TORNA AINDA MAIS RELEVANTE EM TEMPOS DE PANDEMIA
E
lon Musk é fundador e CEO de duas companhias que, juntas, valem mais de US$ 150 bilhões (cerca de R$ 720 bilhões atualmente): a SpaceX, de foguetes, e a Tesla, de automóveis elétricos. Recentemente, esse empreendedor norte-americano de origem sul-africana escreveu em seu Twitter: “por favor, deixe a gente informado sobre quais melhorias podemos fazer em qualquer aspecto do produto. Feedback crítico é muito apreciado”. O que levaria um homem
Adir Ribeiro, presidente-fundador da Praxis Business
bem-sucedido a pedir publicamente sugestões e críticas aos seus produtos? Ali, Musk, que é considerado um empreendedor com alta inteligência emocional, deixava claro que o sucesso de um negócio depende invariavelmente da satisfação do consumidor. Diante de uma sociedade conectada e ainda mais digital em tempos de pandemia de Covid-19, identificar como o seu cliente está lidando com seu produto ou serviço é tão fundamental como providencial para traçar melhorias e até aumentar a receita. “O feedback deve fazer parte da cultura e do propósito de qualquer empresa, colocar o cliente no centro e derivar suas ações de marketing e relacionamento com base nisso. Àquelas que estão adaptadas a esse retorno geralmente são vistas como mais próximas e autênticas, por isso tendem a ter menos problemas durante essa fase complicada das nossas vidas”, comenta o presidente-fundador da Praxis Business Adir Ribeiro. Segundo ele, franquias e negócios que investem em coleta de feedbacks devem fazê-lo por meio de um processo bem estruturado e que seja ágil no retorno ao consumidor. “Mais importante que a solução, é atender o cliente para que ele se sinta respaldado pela empresa”, explica. Se bem implementado, os frutos de uma boa cultura de feedbacks podem reduzir o tempo de atendimento e os custos operacionais, aumentar a receita e os índices de fidelização dos clientes, além de gerar novos produtos e serviços e promover a marca a custo baixo.
necessidades dos clientes das mais de 450 unidades no Brasil, que antes passavam despercebidas. “Muitos consumidores nos orientaram sobre serviços que poderiam ser adaptados para algumas necessidades específicas e, com isso, renovamos nossos pacotes de limpeza. O resultado disso foi a percepção de um cliente mais fidelizado”, conta o diretor de Marketing e Tecnologia da 5àsec Rafael Palucci. Com a análise dos dados coletados com os feedbacks, a 5àSec criou, por exemplo, um novo pacote de serviços denominado como 'casual', valorado a um preço mais acessível e que atende a necessidade de um dress code empresarial. Com o novo mix, as receitas também aumentaram. Além disso, Palucci diz que foram promovidos treinamentos nas áreas de atendimento e na efetivação de serviços, elevando a qualidade das entregas. Em tempos de pandemia de Covid-19, a marca ainda planeja intensificar a coleta de feedbacks para se ajustar às necessidades atuais dos clientes, já que a rotina social mudou depois do surgimento da doença. Como resposta direta à essa demanda, a empresa sentiu aumento dos pedidos via plataforma on-line, em contrapartida à queda das receitas nas lojas físicas.
METODOLOGIA ADAPTATIVA Algumas franquias optam por métodos particulares para angariar os feedbacks de seus clientes. É o caso da Minds English School, que desenvolveu uma pesquisa específica e periódica que alcançasse os matriculados na escola. Como resultado, a rede criou metodologias de ensino adaptadas aos diferentes tipos de alunos e suas rotinas, como o curso híbrido, que tem 50% das atividades presenciais e outras 50% de forma on-line. Após essa implementação, o número de matrículas aumentou em 10%. “Também com os feedbacks, tivemos a ideia de criar um curso degustação de 30 dias totalmente gratuito. Nossos
FEEDBACK EM AÇÃO Com o intuito de compreender a satisfação e a experiência do consumidor, a rede 5àSec implementou em 2017 um plano de feedbacks. A um custo anual de R$ 260 mil e fornecido por um parceiro estrangeiro, a rede conseguiu, por meio da coleta de informações, ler algumas
Rafael Palucci, diretor de Marketing e Tecnologia da 5àsec Agosto e setembro de 2020
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GESTÃO
alunos sempre sugeriram esse tipo de atividade para convidar amigos e familiares a experimentarem o curso. O resultado foi a elevação da quantidade de matrículas e só gastamos com a implementação de tecnologias no curso digital”, analisa a CEO da Minds English School Leiza Oliveira. Durante a pandemia de Covid-19, a marca intensificou os feedbacks e, por conta deles, decidiu oferecer o curso de idiomas 100% on-line. Dessa forma, seus alunos podem continuar a estudar e interessados podem ingressar no curso para estudar de casa. A expectativa da marca é crescer 10% em 2020 sobre 2019. De forma semelhante, o Cebrac, franquia de cursos profissionalizantes, passou a ouvir seus alunos por meio de feedbacks ainda no começo deste ano. Mesmo assim, já é possível contabilizar resultados positivos, como aumento no número de matrículas e nas menções orgânicas e positivas relacionadas à rede. “Depois de analisarmos as informações, criamos conteúdos específicos para os alunos em aplicativos de streaming de música, como Spotify, além de redes sociais como Linkedin, Facebook etc. Aliado a isso, decidimos oferecer um mini curso para experimentação, o que ajudou a conquistar 10% a mais de matrículas. As sugestões foram diretamente coletadas por feedbacks feitos com ferramentas de pesquisa on-line e sem custos”, conta o diretor do Cebrac Thiago Busignani. Observando o andamento da pandemia, a rede também recebeu a sugestão de oferecer a qualificação digital, que já foi implementada. Mesmo com o cenário incerto por conta da crise econômica, o Cebrac crê num crescimento de 10% este ano, o que significaria um faturamento acima dos R$ 110 milhões. No segmento de Alimentação, depois de ler o feedback dos consumidores, a franquia Sterna Café, por exemplo, ampliou sua presença nos aplicativos de entrega e em plataformas de pagamento. "A rede também criou os kits congelados, que sempre foi um pedido dos clientes. Hoje o Sterna Café
Principais resultados de ferramentas de feedback bem implementadas § Aumento da receita § Desenvolvimento de novos produtos e serviços § Melhora da reputação da rede § Atendimento mais ágil e confortável para o cliente § Promoção da marca a baixo custo § Aumento da fidelidade do consumidor § Análise de dados estratégicos § Redução de custos operacionais
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Melina Alves, CEO da Duxcoworkers
entrega Kits Home Office com sanduíches, salgados, bebidas em lata e sobremesas, além do Kit Festa, com mini salgados e bolo, ambos para serem consumidos em casa durante a quarentena”, afirmou a empresa, em nota.
INVESTIGAÇÃO CUIDADOSA Pesquisas on-line, ferramentas de Big Data e análises digitais podem ser úteis para efeito de coleta de feedbacks. Outra saída é contratar uma empresa específica para isso. De qualquer forma, é preciso que se tenha objetivo estratégico antes de sair implementando qualquer processo. “O feedback, dependendo de onde você está coletando as informações e não só do ponto de vista do consumidor, tem que ser a partir de um problema iminente. Se existe uma hipótese e essa hipótese está sugerindo algum tipo de mudança de rota, é preciso que você investigue e o feedback é uma forma de fazer essa investigação. Fazer com que essa ferramenta investigativa aconteça, é preciso ter em mente qual é o ponto de partida, pois pode levar a uma questão pontual ou a uma visão qualitativa”, explica a especialista em experiência do usuário (UX, na sigla em inglês) e CEO da Duxcoworkers Melina Alves. Para ela, o feedback também ajuda no processo de alinhamento entre todos os perfis de uma franquia como: operação, consumidor e intermediários. “Se bem planejada e transparente, a cultura de feedback se atrela ao movimento de inovação de uma marca, o que a torna mais atraente frente a outros players do mercado”, continua.
NEGÓCIOS
#sociedade #legislação #franquias
Os sócios brigaram, e agora? CONFLITOS PODEM OCORRER EM QUALQUER TIPO DE SOCIEDADE, ENTRE FRANQUEADORES OU FRANQUEADOS, E PREJUDICAR OS NEGÓCIOS Compartilhe este conteúdo www.editoralamonica.com.br
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FOTO: DIVULGAÇÃO
A
escolha de um sócio, normalmente, é baseada em dois pontos: emoção e dinheiro. Para uma parcela dos empresários e empreendedores, a amizade, a proximidade e o parentesco são os fatores decisivos. Para outros, é a parte financeira, sobretudo quando, sozinhos, não têm caixa para tirar a ideia da cabeça ou do papel. Independentemente da razão, quem entra em uma sociedade o faz acreditando que tudo vai dar certo, só que nem sempre isso se cumpre. Pelas mais diversas razões: falta de comunicação, visões diferentes, cobrança excessiva, desequilíbrio entre a dedicação de um e outro, desconfiança, conflitos de interesse e descompasso entre a expectativa e a realidade dos resultados são algumas delas. Às vezes as motivações iniciais são enfraquecidas e as partes envolvidas se vêem caminhando para lados opostos. Em alguns casos, até dá para contornar o problema, mas, em outros, as brigas se tornam tão frequentes e intensas que a única saída é encerrar a parceria. Quando isso acontece, como proceder? O que diz a Lei de Franquias? E, em se tratando do franchising, quais os impactos para os franqueados? De acordo com a advogada Sandra Brandão, sócia-fundadora do escritório Brandão & Oliveira Advogados, quando o conflito entre os donos da empresa se torna irreversível, é preciso verificar as disposições do Contrato Social para saber qual caminho seguir. “Por isso, é tão importante pensar nisso na elaboração do documento e não somente no momento do conflito. Vale, inclusive, estudar a vantagem de ter um Acordo de Sócios, com disposições mais detalhadas.” A especialista pontua que a questão societária é comumente negligenciada no processo de formatação das empresas – sejam elas parte do sistema franchising ou não. “Vejo muita falta de cuidado em relação a isso, mas quando tudo é combinado e acertado antecipadamente, os problemas futuros acabam minimizados.” Nesse sentido, ela relata ser fundamental que o Contrato Social, e eventual Acordo de Sócios, traga todos os detalhes que interessam a cada sócio individualmente e a sociedade, como poderes de administração, participação em quotas, regra de distribuição de lucros, função (executivo, financeiro etc), regras de deliberação especiais e de solução de conflitos e sucessão. A advogada Andrea Oricchio, do escritório Andrea Oricchio Advogados, também salienta a importância da atenção com a documentação legal. “As empresas devem adotar o bom hábito de colocar em contrato qualquer situação previsível. Desentendimentos são possíveis de se prever. Claro que não trabalhamos focando nisso, mas
“POR ISSO, É TÃO IMPORTANTE PENSAR NISSO NA ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO E NÃO SOMENTE NO MOMENTO DO CONFLITO. VALE, INCLUSIVE, ESTUDAR A VANTAGEM DE TER UM ACORDO DE SÓCIOS, COM DISPOSIÇÕES MAIS DETALHADAS.” Sandra Brandão, sócia-fundadora do escritório Brandão & Oliveira Advogados
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FOTO: DIVULGAÇÃO
NEGÓCIOS
Andrea Oricchio, do escritório Andrea Oricchio Advogados
sabemos que podem acontecer, e acontecem. Por isso, temos de nos adiantar e estabelecer no contrato social todas as possibilidades, assim saberemos como proceder.” Além disso, destaca que qualquer divergência entre sócios, por mais grave que seja, deve ser acertada internamente, para resguardar o negócio e não gerar insegurança na equipe e nos franqueados, caso seja uma franquia. “É preciso sempre tentar preservar ao máximo a empresa, a marca”, afirma.
SEM IMPACTO PARA OS FRANQUEADOS Na hora de desfazer a sociedade, diferentes possibilidades podem ocorrer, como a exclusão do sócio minoritário, que pode ser feita inclusive por procedimento extrajudicial; venda das cotas de um dos sócios para terceiros, respeitado direito de preferência dos demais; venda de toda empresa para terceiros, e até uma dissolução judicial. As advogadas consultadas pela revista Franquia & Negócios pontuam que nenhuma dessas alternativas pode causar prejuízos para os franqueados, já que eles têm um contrato assinado e que precisa ser honrado até o final de sua vigência. Mas, se por ventura isso venha a ocorrer, a saída é recorrer à Justiça. “Qualquer decisão vai depender do que foi acordado previamente”, salienta Andrea. “Tem uma frase que sempre digo para os novos empresários: ‘só entre em um negócio se souber como sair dele’. Daí a necessidade de refletir, determinar e analisar todas as possíveis situações e colocá-las em contrato”, finaliza a advogada.
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O CUIDADO NA SOCIEDADE É VIA DE MÃO DUPLA Muitos franqueados, quando optam por abrir uma operação de franquia, também apostam na sociedade para viabilizar o negócio. E, assim como acontece com os franqueadores, eles também podem ter desavenças ao longo do tempo e decidir encerrar a parceria. Nesses casos, os procedimentos são basicamente os mesmos: exclusão do sócio minoritário, venda das cotas de um dos sócios para terceiros, venda de toda empresa para terceiros ou dissolução judicial. A questão, aqui, é que quando uma franquia é comercializada, o comprador precisa ser previamente aprovado pela franqueadora, segundo um perfil definido como ideal para a rede, e passar por treinamento. “Muitas vezes, os contratos são ‘intuitu personae’, ou seja, personalizados no candidato que a franqueadora escolheu e capacitou. Quando os sócios se ‘separam’, a orientação é que essa pessoa continue no negócio. Se isso não for possível, a franqueadora precisa ser comunicada e tem de aprovar a mudança”, comenta a advogada Andrea Oricchio. O mesmo vale para os casos de repasse da unidade. A especialista explica que essa opção também só é concretizada se for conveniente para a rede, não sendo, portanto, uma decisão unilateral do franqueado. Quando a troca no comando ou a venda da unidade é feita sem anuência da franqueadora, a ação é considerada uma grave violação do contrato de franquia, com possíveis consequência para os donos, como aplicação de multas e medidas para evitar que alterações ocorram, podendo resultar na até rescisão do contrato.
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E-COMMERCE
#comandodevoz #tecnologia #inovação
Falou, comprou UTILIZAÇÃO DE COMANDOS DE VOZ PARA FAZER COMPRAS EM LOJAS DIGITAIS É TENDÊNCIA PARA O VAREJO Por Renata Turbiani
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Revista Franquia & Negócios ABF
P
esquisas por comando de voz (voice search) já são uma realidade no mundo todo. Para se ter uma ideia, na América Latina, 51% dos usuários de smartphones utilizam assistentes digitais, como Apple Siri, Google Assistant, Amazon Alexa e Microsoft Cortana, para buscar informações na internet – só no Brasil, são 49%. Os dados são de um estudo realizado pela agência de marketing iProspect.
FOTO: DIVULGAÇÃO
Como funciona o voice commerce? O voice commerce é uma tecnologia que faz uso da voz para realizar a compra on-line, e ele engloba desde as pesquisas iniciais sobre produtos e serviços até o pagamento. O seu funcionamento é simples: o usuário, por meio do assistente digital do dispositivo (smartphone e tablet, por exemplo), ao invés de digitar o que procura nas plataformas de busca, solicita a informação falando. O software, então, faz a pesquisa e dá as opções.
51% DOS USUÁRIOS DE SMARTPHONES NA AMÉRICA LATINA UTILIZAM ASSISTENTE DIGITAL/VOZ Alessandro Lima, CEO da consultoria Elife Brasil
Há dois anos, a Comscore, empresa de análise de internet, divulgou um levantamento indicando que, este ano, metade de todas as buscas nos celulares seriam feitas dessa forma. Diante desse cenário – e também por conta da pandemia do coronavírus, que apressou investimentos e iniciativas relacionados à tecnologia –, uma coisa é certa: em pouco tempo, as compras feitas por voz (voice commerce) nas lojas digitais deverão ser tão comuns quanto às realizadas com a ajuda do teclado e da digitação. Fora do País isso tem acontecido com bastante frequência. Nos Estados Unidos, por exemplo, o estudo How We Will Pay (Como Vamos Pagar, em tradução livre), edição 2019, promovido pela plataforma do setor de pagamentos PYMNTS em colaboração com a Visa, mostra que quase um terço de todos os consumidores possui um aparelho com ativação por voz, e um em cada dez usa a ferramenta para adquirir produtos. De acordo com a Tractica, empresa de pesquisa de mercado, 1,831 bilhão de pessoas ao redor do mundo
Argentina
46%
Brasil
49%
Chile
48%
Colômbia
61%
México
53%
Fonte: Pesquisa America Latina Encontra Sua Voz - iProspect
deverão ter assistentes de voz em 2021. O fato é que eles garantem mais praticidade no dia a dia, já que é mais fácil e rápido falar do que escrever – e ainda deixam as mãos livres –, e possibilitam a inclusão de analfabetos, crianças e portadores de deficiências visual e motora. “As interfaces de voz estão se tornando cada vez mais populares e vão ter um papel importante nos próximos anos no processo de decisão de compra. Se pensarmos que depois da criação da web as compras passaram a serem mediadas por mecanismos de busca, como Google, o mesmo vai acontecer com a mediação por interfaces de voz”, comenta Alessandro Lima, CEO da consultoria Elife Brasil, especializada em inteligência de mercado e gestão de relacionamento digital.
USO DE ASSISTENTE DIGITAL/VOZ POR IDADE NO BRASIL Baby Boomers (50 a 55 anos)
53%
Geração Z (16 a 23 anos)
50%
Geração X (39 a 49 anos)
46%
Millennials (24 a 38 anos)
46%
Fonte: Pesquisa America Latina Encontra Sua Voz - iProspect
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E-COMMERCE PARA QUE O BRASILEIRO USA ASSISTENTE DIGITAL/VOZ? GERAÇÃO Z (16 A 23 ANOS)
MILLENNIALS (24 A 38 ANOS)
GERAÇÃO X (39 A 49 ANOS)
BABY BOOMERS (50 A 55 ANOS)
Encontrar a informação de contacto de um negócio
73%
80%
81%
73%
Encontrar um endereço
55%
59%
56%
73%
Ligar ou mandar mensagem para alguém
60%
59%
57%
58%
Buscar notícias
56%
52%
47%
53%
Procurar o contato de um restaurante
48%
40%
38%
35%
Buscar receitas
38%
44%
38%
38%
Ver a lista de filmes em cartaz no cinema
49%
38%
26%
33%
Tocar música
35%
25%
21%
18%
Criar ou cancelar um lembrete
27%
18%
17%
25%
Criar uma lista de compras
21%
11%
13%
23%
Fonte: Pesquisa America Latina Encontra Sua Voz - iProspect
POR QUE O BRASILEIRO UTILIZA ASSISTENTE DIGITAL/VOZ? GERAÇÃO Z (16 A 23 ANOS)
MILLENNIALS (24 A 38 ANOS)
GERAÇÃO X (39 A 49 ANOS)
BABY BOOMERS (50 A 55 ANOS)
É mais rápido que escrever
60%
82%
82%
83%
É mais fácil que escrever
60%
46%
50%
48%
Mais conveniente quando não consigo escrever
53%
51%
53%
49%
Eficiência
35%
23%
29%
30%
O executivo alerta que as companhias que não investirem nessa tecnologia irão se equivaler às que, hoje, não possuem website e comércio eletrônico. “O consumidor vai pedir uma sugestão para o assistente de voz para decidir a compra de um produto ou serviço e se a marca não tiver uma aplicação de voz, ela provavelmente será invisível.” Da mesma opinião compartilha Alessandro Gil, diretor-executivo de Omnichannel, eCommerce e M arketplace da Linx, especialista em tecnologia para o varejo: “em dois ou três anos, o voice commerce estará bem mais difundido, e quem não estiver preparado ou, ao menos, se preparando vai chegar atrasado. E quem assumir a dianteira certamente se destacará, ainda mais em um mercado tão competitivo”.
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FOTO: VINICIUS STASOLLA
Fonte: Pesquisa America Latina Encontra Sua Voz - iProspect
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E-COMMERCE COM QUE FREQUÊNCIA O BRASILEIRO UTILIZA O ASSISTENTE DIGITAL/VOZ? AO MENOS UMA VEZ AO DIA
UMA VEZ POR SEMANA
UMA VEZ POR MÊS
Geração Z (16 a 23 anos)
27%
31%
16%
Millennials (24 a 38 anos)
26%
29%
20%
Geração X (39 a 49 anos)
26%
30%
18%
Baby Boomers (50 a 55 anos)
32%
25%
11%
FRANQUIAS André Luís Soares Pereira, sócio-fundador do Grupo Soares Pereira & Papera (GSPP) e membro da Comissão de Fornecedores da Associação Brasileira de Franchising (ABF), pontua que as redes devem investir o quanto antes no voice commerce. “Essa é a nova tendência para o comércio on-line, a grande novidade para os próximos anos. Todo mundo vai começar a utilizar essa ferramenta do mercado. Para as franqueadoras, será mais um canal de relacionamento com os franqueados, os fornecedores e com o mundo, de uma forma geral. É importante que sigam por esse caminho”, indica. Pereira acrescenta que a pandemia do coronavírus está provocando uma mudança radical em alguns setores, e isso, globalmente, está tanto favorecendo a aceitação das compras e pesquisas por comando de voz quanto antecipando a sua implantação. “Quanto mais tecnologia, quanto mais ‘do mundo digital’ nas nossas vidas, mais fácil é o acesso a produtos e serviços, ainda mais em um momento como o que estamos vivendo, de isolamento social. Portanto, o voice commerce está sendo muito bem aceito pelo mercado e a crise atual está acelerando esse comércio”, complementa. Especialmente no caso do franchising, por englobar muitas unidades, Gil, da Linx, pondera que, para que a estratégia seja realmente funcional e eficaz, tem de haver uma total integração entre o físico e o digital. “Nos Estados Unidos, a omnicanalidade já existe e funciona muito bem. Aqui, ainda precisamos acelerar esse processo. Mas, a partir do momento em que houver essa interconexão, o voice commerce ganhará poder”, finaliza.
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Revista Franquia & Negócios ABF
FOTO: OSEIAS BARBOSA
Fonte: Pesquisa America Latina Encontra Sua Voz - iProspect
“QUANTO MAIS TECNOLOGIA, QUANTO MAIS ‘DO MUNDO DIGITAL’ NAS NOSSAS VIDAS, MAIS FÁCIL É O ACESSO A PRODUTOS E SERVIÇOS, AINDA MAIS EM UM MOMENTO COMO O QUE ESTAMOS VIVENDO, DE ISOLAMENTO SOCIAL” André Luís Soares Pereira, sócio-fundador do Grupo Soares Pereira & Papera (GSPP)
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NICHO
#tecnologia #crescimento #digitalização
Sem crise nas franquias de tecnologia REDES DO SEGMENTO REVELAM QUE TÊM RECEBIDO GRANDE PROCURA TANTO POR CANDIDATOS A FRANQUIA QUANTO POR CONSUMIDORES
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Revista Franquia & Negócios ABF
A
pandemia do novo coronavírus provocou uma crise sem precedentes no Brasil e no mundo. Com as empresas e as pessoas precisando se adaptar a uma nova realidade, por conta das políticas de distanciamento social, a tecnologia se tornou ainda mais imprescindível no dia a dia. Aulas, compras, reuniões... tudo foi transferido para o mundo digital.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
André Miceli, diretor-executivo da Infobase
Diante desse cenário, o setor de Comunicação, Informática e Eletrônicos foi um dos beneficiados. Só no mercado de franquias, as marcas do segmento registraram aumento de 6,9% no faturamento na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). A entidade aponta que elas foram estimuladas pela consolidação de empresas de tecnologia em meios de pagamento e pelo crescimento dos investimentos em marketing digital e comunicações on-line de forma geral. Vale destacar que muitas redes dessa área operam no modelo home based, o que lhes deu uma vantagem competitiva. André Miceli, diretor-executivo da Infobase, empresa integradora de TI, e coordenador do MBA em Marketing e Inteligência de Negócios Digitais da Fundação Getulio Vargas (FGV), comenta que a pandemia acelerou boa parte das mudanças que já estavam previstas. “O protagonismo da tecnologia estava em curso. O que aconteceu com essa crise foi que ele se acelerou. Neste momento, o papel da tecnologia na vida de pessoas e empresas ficou maior do que nunca, e tudo isso tem gerado bons resultados para quem atua na área, sobretudo, com software, soluções de nuvem e comércio eletrônico, redes sociais, automação e ferramentas de comunicação e vendas”, analisa. Dentre as marcas que estão se dando bem está a Guia-se Agências Digitais, que atua com soluções e oportunidades de negócios para internet. Entre janeiro e maio deste ano, ela registrou crescimento de 17% em relação ao mesmo período de 2019. Com 130 operações até o momento, a rede segue expandindo.
“Vendemos entre quatro e cinco unidades por mês, mesmo durante a pandemia. A nossa área de expansão vai bem e deve melhorar ainda mais. A meta é fechar o ano com 170 unidades, podendo até superar esse número em 10% ou 15%. Para isso, estamos realinhando campanhas e aumentando os investimentos”, diz o CEO da rede José Rubens Oliva Rodrigues. “Tem muita gente buscando oportunidades, querendo empreender a partir de suas casas e em um segmento que agora, mais do que nunca, se tornou essencial para as empresas. Do ponto de vista do marketing digital, por exemplo, as que não elaborarem uma estratégia focada nele correm o sério risco de não sobreviverem”, acrescenta. Outra rede com bons resultados é a Dot Bank, banco digital da Gigatron Franchising, voltado para empresas com alto volume de emissão de boletos bancários e que desejam automatizar 100% seu fluxo de pagamento e recebimento. Apesar de recente – foi lançada no segundo semestre de 2019 –, já conta com 2,5 mil clientes cadastrados e nove franquias.
José Rubens Oliva Rodrigues, CEO da rede Guia-se Agências Digitais
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“Temos tido grande procura mesmo neste período de crise, e tanto por parte de correntistas quanto de candidatos interessados em ter uma operação. Registramos crescimento na demanda em torno de 15% a 20% ao mês e, na procura pelo negócio, em cerca de 40%. São índices bastante satisfatórios”, comenta o diretor-executivo da marca Marcelo Salomão. A previsão é a abertura de 25 unidades até o terceiro trimestre do ano e bater o volume de 100 mil boletos bancários emitidos por mês. “As pessoas estão cada vez mais conectadas, quase todo mundo tem um smartphone, usa WhatsApp. Praticamente tudo o que fazemos depende da tecnologia e acontece no mundo digital, inclusive a realização de serviços bancários. Isso, com certeza, coloca as empresas da área em uma situação mais confortável”, complementa o executivo. A Acqio, especialista em soluções de pagamento, também não tem do que reclamar no momento: registrou crescimento de 24% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2019. “As duas primeiras semanas de março até foram meio críticas para os negócios, mas notamos que a demanda nas regiões onde atuamos, que são cidades de pequeno e médio portes, não foram tão afetadas”, relata o diretor de Operações da franqueadora Felipe Valença.
Felipe Valença, diretor de Operações da Acqio
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
NICHO
Marcelo Salomão, diretor-executivo da Gigatron Franchising
O executivo diz ainda que, mesmo neste momento, a empresa tem sido bastante procurada por interessados em abrir uma unidade. “Tem muita gente que quer empreender e muitas perderam o emprego por conta da pandemia de Covid-19 e o segmento de tecnologia, em especial o de microfranquias, é uma excelente oportunidade.” Com 1,7 mil unidades, a Acqio tem promovido novas ações para garantir estabilidade para franqueados, lojistas e parceiros. “Diminuímos as despesas, isentamos os royalties e, por outro lado, oferecemos novos produtos, como o Acqio Crédito, em parceria com a Creditas (plataforma online de crédito). O objetivo é gerar mais receita dos dois lados”, complementa Valença.
A primeira feira digital oficial da ABF
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Por que o crédito não chega na ponta?
A
pandemia da Covid-19 exigiu o fechamento dos shoppings e do comércio considerado não essencial por alguns meses. Como não poderia deixar de ser, a medida trouxe um impacto significativo no franchising brasileiro – afetando franqueados e franqueadoras. Um dos caminhos para minimizar este impacto passa pelo acesso a linhas de crédito com carência para início dos pagamentos, prazos mais estendidos e juros reduzidos. Uma pesquisa promovida pela ABF mostrou que as redes de franquia associadas à entidade têm uma demanda de crédito de aproximadamente R$ 3,7 bilhões. Em relação aos franqueados, os dados colhidos indicam que a demanda média de crédito é de cerca de R$ 93 mil por unidade franqueada. Diante desse cenário, a entidade vem tentando abrir caminhos por meio do diálogo constante com bancos públicos e privados, além do próprio Banco Central e com o Governo Federal. Mas fica a pergunta: por que é tão difícil obter este crédito? Há muito fatores que dificultam esse acesso. Um deles é a burocracia. É óbvio que os bancos precisam realizar a análise de crédito, mas essa etapa, invariavelmente, esbarra em questões como garantia e dificuldades de adequação de seus sistemas às condições de cada programa.
Mesmo sabendo que, em se tratando de franquias, a taxa de mortalidade das empresas é de apenas 5%, portanto, quase cinco vezes menor do que a média de 23% das empresas que fecham as portas antes de completar dois anos, é uma dificuldade conseguir crédito com taxas razoáveis Outro fator é o desinteresse de algumas instituições em fazer repasses de crédito nas condições estabelecidas por programas como o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Há bancos que têm seus próprios produtos, com taxas maiores, e canalizam seus esforços para vendê-los. O Brasil, há alguns anos, luta para reaquecer sua economia e gerar mais empregos. Esse desafio, agora com a pandemia, é ainda maior – e o franchising pode colaborar muito neste sentido. Por um lado, o franchising sempre foi um caminho para quem deseja empreender ou mesmo recomeçar uma atividade profissional após o desligamento do mundo corporativo. Por outro, há tempos o setor se firmou como um segmento consistente, com faturamento anual superior a R$ 186 bilhões – que corresponde a aproximadamente 2,7% do PIB nacional – e que emprega diretamente mais de 1,3 milhão de trabalhadores. São razões que mostram que, receber um olhar especial, que facilite o acesso de franqueadoras e franqueados ao crédito, é um pleito não só justo, mas necessário. * Fernando Tardioli é Diretor Jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF), do World Franchise Council (WFC), da Federação Ibero-Americana de Franquias (FIAF) e sócio do escritório Tardioli Lima Advogados
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Revista Franquia & Negócios ABF
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#crédito #covid19 #pronampe
INFORME PUBLICITÁRIO
JUNTOS PELO QUE É JUSTO. Decisão que legitima a cobrança de ISS sobre royalties precisa ser objeto de modulação pelo STF Atividade-fim do sistema de franchising não é a prestação de serviços O franchising nacional sofreu um duro golpe diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, por ocasião do julgamento de Recurso Extraordinário n° 603.136, em regime de repercussão geral, entendeu pela constitucionalidade da cobrança de ISS sobre os royalties pagos pelas unidades franqueadas às empresas franqueadoras. Tal decisão surpreendeu o setor, uma vez que a legislação brasileira sobre a atividade de franchising no Brasil, respeitada mundialmente, foi atualizada neste ano (Lei 8.955/94, que vigorou no Brasil por 25 anos, e Lei 13.966/19, que entrou em vigor em 26 de março de 2020), deixando clara a natureza do contrato de franquia e, em nenhum momento, definindo a franqueadora como uma empresa prestadora de serviço. A entrada em vigor da nova Lei de Franquia, há menos de três meses, reforçou a posição do setor que, baseada na jurisprudência dominante de vários estados, quanto à inconstitucionalidade da cobrança de ISS sobre royalties, travava longa discussão a esse respeito nos tribunais. Essa situação, além de causar enorme insegurança jurídica aos agentes econômicos, é fruto de uma ruptura da jurisprudência até então existente e deixa uma herança econômica terrível, capaz de ameaçar as mais de 160 mil unidades franqueadas em operação, espalhadas por todos os estados do País e, consequentemente, toda a cadeia do franchising.
Para a ABF – Associação Brasileira de Franchising, representante oficial do setor no Brasil, a discussão não só implica no acréscimo de mais um tributo que onera a atividade, mas também coloca em risco um modelo de negócio vencedor e consagrado internacionalmente. Com faturamento de R$ 186 bilhões, o setor é responsável por 2,5% do PIB do Brasil e gera, aproximadamente, 1,4 milhão de empregos diretos. É vital lembrar que o setor é formado, em sua maioria, por micro, pequenos e médios empresários que poderão ter seus negócios inviabilizados de uma hora para outra, sobretudo no momento atual, quando as empresas estão tentando resistir aos severos impactos da pandemia da Covid-19. Firme em tais razões, a ABF, renovando seu respeito às decisões judiciais e ao STF, clama pela modulação dos efeitos dessa decisão, de modo a mitigar seus impactos econômicos e sociais, especialmente para micro e pequenos empreendedores, a fim de fazer com que essa produza somente efeitos a partir da publicação do respectivo acórdão.
Por entender que se trata de um evento de consequências deletérias incalculáveis para o franchising e para a economia nacional, a ABF continuará defendendo de maneira intransigente os interesses do setor e adotará todas as medidas possíveis para preservá-lo.
P O N T O D E V I S TA
#produtividade #processos #hábitos
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O cochilo de 50 anos Por Luciano Pires*
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Revista Franquia & Negócios ABF
FOTO: DIVULGAÇÃO
A
revista inglesa Economist publicou tempos atrás a reportagem “O cochilo de 50 anos”, dizendo assim: “a produtividade do trabalhador brasileiro está estagnada há mais de 50 anos, e o país precisa ser mais ágil e mais produtivo para voltar a crescer.” A reportagem, ilustrada com a foto de uma pessoa descansando em uma rede na praia, continua: “…poucas culturas oferecem uma receita melhor para curtir a vida”. A revista cita empresários, um deles contratou 20 temporários para barracas de fast food no festival Lollapalooza, mas apenas dez apareceram. A Economist lembra que o fator de produtividade no Brasil é hoje pior do que o dos anos 1960, e também compara o País a outras economias emergentes. Enquanto a produtividade do trabalho foi responsável por 91% da expansão do PIB chinês entre 1990 e 2012 e por 67% do PIB indiano, no Brasil esse índice foi de apenas 40%. Entre as razões estão os poucos investimentos em infraestrutura e a educação de baixa qualidade, problemas que já conhecemos, não é? A revista também cita o mau gerenciamento e a ineficiência das empresas. Diz: “ao invés de quebrarem, empresas frágeis sobrevivem graças a várias formas de proteção estatal, que acabam protegendo-as da competição”.
* Luciano Pires pires.com.br www.lucianopires.com.br
Pois é. Quem ler a reportagem da Economist de forma superficial acreditará que o brasileiro é preguiçoso. Mas eu conheço um pouco de outros países, viu? E posso garantir que o brasileiro trabalha, sim, tanto quanto ou mais que os estrangeiros. Mas horas trabalhadas querem dizer muito pouco quando se fala em produtividade. A contribuição que você dá não é o tempo que você gasta, mas os resultados que você obtém. E isso é difícil de ser compreendido pelos brasileiros… E não adianta ter computador, software, o processo mais moderno e eficiente, se antes você não desenvolver um Olhar Produtivo. E passada a pandemia, teremos de ser ainda mais econômicos, fazer ainda mais com menos, criar processos resistentes e mudar hábitos. Isso nos ajudará a atingir a antifragilidade, a habilidade de sair das crises melhores do que nelas entramos.
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