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ANO 15 | Nº 96 | R$ 30,00 | ABR/MAI 2021
Em ano de pandemia, franchising fatura
R$ 167,187 bilhões
Com a análise do presidente da ABF, André Friedheim
PRESENTE PRESENTE PARA PARA QUEM DÁ DÁ QUEM E RECEBE RECEBE E
Com o aumento Com o aumento das compras das compras on-line em período on-line em período de isolamento de isolamento social, varejistas social, varejistas apostam em gift apostam em gift cards como aliados cards como aliados para aumentar para aumentar o faturamento o e faturamento a capilaridade e a doscapilaridade canais dos canais
ALUGUEL NAS ALTURAS Franquias debatem reajustes nos valores das locações em meio à pandemia
O QUE É MEU, O QUE É SEU? Como fica a territorialidade no franchising nas vendas digitais de produtos e serviços?
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A pandemia e o franchising entre conquistas, lutas e desafios
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Revista Franquia & Negócios ABF
FOTO: KEINY ANDRADE
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alvez não pudéssemos imaginar que, após um ano, estaríamos enfrentando o pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil, mas, lamentavelmente, essa é a realidade. Neste ano que parece uma década, tamanho os desafios e batalhas que toda a sociedade brasileira tem encarado, há que se observar as conquistas que alcançamos até aqui, as lutas travadas e os desafios que ainda precisamos superar. Entre as conquistas, por meio do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), milhares de empresários de pequenos negócios do Brasil – vale sempre ressaltar que são os que mais geram empregos – conseguiram obter crédito para mantê-los, gerando postos de trabalho e distribuindo renda. De acordo com dados da Caixa Econômica Federal, até fevereiro deste ano haviam sido firmados 14.971 contratos e concedidos R$ 243.981.173,01 por meio do Pronampe. Esse financiamento do Governo Federal é absolutamente necessário, não apenas nesse período emergencial, em que o isolamento social ainda é preciso enquanto a vacina não atinge um percentual seguro da população para conter o vírus, mas sim de forma contínua. No momento em que escrevo esta carta a você, a imprensa noticia que o Ministério da Economia planeja tornar o Pronampe permanente. Se assim for feito, será uma ótima medida para as MPEs que tanto contribuem para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
Entre as lutas, estamos atuando junto ao Governo do Estado de São Paulo para reverter as medidas determinadas na Portaria CAT 06/2021, alterada pela Portaria CAT nº 12/2021, que aumentou o percentual da margem de valor agregado (MVA) para os ovos de Páscoa, de 60,98% para 93,43% e, por via indireta, também o ICMS. A mesma portaria ainda segrega os canais de franquia e varejo tradicional, impondo uma MVA muito superior ao setor de franquias, além de submeter ovos de Páscoa exclusivamente comercializados pelo referido canal à tributação com base em “pauta fiscal”. Porém, graças a uma liminar requerida pela ABF e concedida pela Justiça, a Portaria foi suspensa. O setor de franquias é impactado pela tributação federal, estadual e municipal. Na esfera federal, a Associação, como representante oficial do setor de
franquias brasileiro nacional e internacionalmente, defende e apoia a implementação das reformas, especialmente a tributária. Ela é necessária para que tenhamos em nosso país um regime fiscal mais justo e equilibrado, o que certamente refletirá num melhor ambiente de negócios no Brasil, além de incentivar o empreendedorismo, a geração de postos de trabalho e a melhoraria da distribuição de renda, absolutamente imprescindíveis diante da desigualdade social que, infelizmente, persiste em nosso país. Esses são alguns dos nossos desafios a superar. Portanto, entre conquistas, lutas e desafios, vamos seguir em frente, acreditando que tudo isso irá passar. Um forte abraço, André Friedheim, Presidente da ABF
UMA MARCA DE SUCESSO EM UM SETOR SEGURO E RENTÁVEL Mesmo em um cenário adverso nossas clínicas continuam com um alto percentual de atendimento e faturamento o setor de saúde é um dos que mais cresce. A REDEORTO cresceu 30% em 2020 e projeta um crescimento de mais 30% para 2021.
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SUMÁRIO | EXPEDIENTE DIRETORIA ABF
48 | PRÉ-PAGO
34 | ENTREVISTA
38 | DESEMPENHO
56 | LOCAÇÃO
Da Uber aos games, hoje em dia não faltam opções de gift card. A novidade é que agora eles estão ganhando as franquias. Saiba tudo sobre essa estratégia
Veja o desempenho do franchising em 2020, os segmentos que mais se destacaram, o impacto da Covid-19 sobre os negócios e a previsão para 2021
O gerente de recrutamento da Robert Half, Vitor Silverio, fala sobre o futuro do mercado de trabalho pós-pandemia, com destaque para as jornadas híbridas
Com a pandemia de Covid-19 e o abalo na economia mundial, os reajustes de contratos de locação estão dando o que falar. O que é ou não possível neste momento?
Diretor-presidente: André Friedheim Diretor vice-presidente: Antonio Bento Moreira Leite Diretor Administrativo-financeiro: Jae Ho Lee Diretor Jurídico: Sidnei Amendoeira Junior Diretor Internacional: Natan Baril Diretora de Capacitação: Fabiana Estrela Diretor de Marketing e Comunicação: Rodrigo Nogueira de Abreu Diretor Institucional: Marcelo Maia Tavares de Araújo Diretor de Franqueados: Alberto Tadassi Oyama Diretora de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos: Adriana Auriemo Miglorancia Diretor de Estratégia Digital: Carlos Alberto Zilli Presidente da Comissão de Ética: Bruno Eloel Arena Presidente da ABF Seccional Rio: Beto Filho Diretor ABF Regional Sul: André Belz Diretora Regional Centro-Oeste: Claudia Regina Vobeto Pinto Diretora Regional Minas Gerais: Danyelle Van Straten Diretor Regional Nordeste: Cândido Espinheira Diretor Regional Interior de São Paulo: Rogério Gabriel Conselho Fiscal: Bruno Lins Gorodicht, Sylvio Korytowski e Keuson Nilo da Silva Conselho ABF: Ricardo Figueiredo Bomeny, Maria Cristina C. da Motta Franco, Altino Cristofoletti Junior, Carlos Sadaki, Décio Pecin, Juarez Leão, Luiz Henrique Oliveira do Amaral, Fernando José Fernandes Junior EDITORA RESPONSÁVEL
Editora Lamonica Tels.: 55 (11) 3256-4696 / (11) 3251-3476 Publisher: José Lamônica lamonica@editoralamonica.com.br
60 | TERRITORIALIDADE
Com o aumento da prestação de serviços on-line, principalmente no segmento de educação, como fica a questão da territorialidade nas franquias?
52 VENDAS
Em tempos de distanciamento social, valem todas as alternativas para alcançar o consumidor. Uma delas é o Google Food Ordering. Como tem sido essa experiência?
68 | REPASSE
Durante a pandemia, o número de repasses de franquias aumentou, incluindo casos de repasse para os próprios funcionários. Vamos conhecer alguns casos?
64 VIRTUAL
Com o isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19, muita gente decidiu ganhar dinheiro sem sair de casa. Saiba como funcionam as franquias virtuais
E MAIS:
72 | CAPITAL ABERTO
Entenda as vantagens e os desafios da abertura de capital para franqueadoras e franqueados e conheças as franquias que já fizeram ou pretendem fazer IPO
16 | Na Mira do Franchising • 76 | Artigo 78 | Ponto de Vista
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Revista Franquia & Negócios ABF
PRODUÇÃO Editora: Andréa Cordioli (MTb: 31.865) andrea@editoralamonica.com.br Repórter colaboradora: Renata Turbiani Diagramação: Marcelo Amaral marcelo@ditoralamonica.com.br Diagramador colaborador: Lucas Barone Faria COMERCIAL Thais Andrade: (11) 99115-3339 thais@editoralamonica.com.br Bruna Ribeiro: (11) 98568-2920 bruna@editoralamonica.com.br Luzia Rodrigues: (11) 97014-2726 luzia@editoralamonica.com.br ADMINISTRATIVO Logística e Mercado: Mônica Cavalcante monica@editoralamonica.com.br Administração e Financeiro: Silvia Medeiros silvia@editoralamonica.com.br Parceria:
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NA MIRA DO FRANCHISING
#franquias #franquiasdesucesso #acontecenofranchising
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Por Andréa Cordioli - andrea@editoralamonica.com.br
As notícias mais quentes do mercado FOTO: ROBSON CESCO
SMZTO REALIZA INVESTIMENTO EM REDE DE BRECHÓS A SMZTO, fundo de private equity especializado em franquias, anunciou em março um investimento na rede de brechós Peça Rara. Fundada em 2006, no Distrito Federal, a marca tem como princípio básico a reutilização. Em 2020, o faturamento da rede foi de R$ 18 milhões e, segundo a SMZTO, tende a crescer rapidamente com o fortalecimento da economia circular. Os valores da transação não
GRUPO BITTENCOURT E GRUPO YOUR ESTABELECEM SOCIEDADE FOTOS: DIVULGAÇÃO
Para desenvolver a gestão e expansão de redes de negócios e franchising, e fomentar o intercâmbio entre Brasil, Portugal e Espanha, o Grupo BITTENCOURT – consultoria especializada no desenvolvimento, gestão e expansão de redes de negócios e franquias – estabeleceu uma sociedade com o Grupo Your, empresa portuguesa especializada em consultoria em áreas de suporte à gestão. “Faremos missões internacionais e projetos de internacionalização, além de desenvolvimento de conceitos e avaliação dos canais para expansão”, disse a CEO do Grupo BITTENCOURT, Lyana Bittencourt. A operação, que deu o pontapé inicial em fevereiro, vai identificar e implementar a melhor estratégia de canais de venda e distribuição no mercado europeu, criando oportunidades de investimento para quem deseja expandir internacionalmente. www. bittencourtconsultoria.com.br
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foram divulgados. Atualmente, a Peça Rara conta com 13 unidades, sendo oito no Distrito Federal. As demais localizam-se em Recife, São Paulo, Goiânia e Cuiabá. Das 13 lojas, sete são próprias e seis são franquias. Até o final do ano, o plano de expansão prevê um total de 42 pontos de venda em funcionamento, abrangendo todas as capitais do País. As praças prioritárias para a abertura de novas unidades são Porto Alegre, Vitória, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Natal, entre outras capitais. A projeção da marca para 2021 é de um faturamento de R$ 50 milhões. Para 2022, a meta será dobrar a receita, atingindo R$ 96 milhões. www.smzto.com.br
ORTHODONTIC PRETENDE VENDER 90 FRANQUIAS ESTE ANO A OrthoDontic pretende abrir 90 unidades em todo o Brasil este ano e alcançar R$ 340 milhões em faturamento. “Estamos atentos ao grande potencial de crescimento, principalmente na região do interior paulista. Observamos que é possível abrir unidades em diferentes cidades (...) Otimistas, acreditamos que podemos superar esse número”, disse o sócio-fundador da OrthoDontic, Fernando Massi. Para a expansão, a rede selecionou as cidades com mais de 50 mil habitantes e as que já possuem uma unidade da rede no Estado de São Paulo. Em 2020, a rede fechou com faturamento de R$ 294,6 milhões em 269 unidades. www.orthodonticbrasil.com.br
NA MIRA DO FRANCHISING
VIA CERTA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ESTREIA NA BAHIA
A rede de serviços de saúde, beleza e bem-estar Mais Top Estética pretende este ano multiplicar por dez o faturamento obtido no ano passado, alcançando R$ 120 milhões em 300 unidades comercializadas. “Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, fechamos 2020 com um ótimo desempenho”, informa Caio Rodrigues, CEO da marca, que, desde 2019, é impulsionada pela aceleradora 300 Franchising. Segundo a rede, uma das estratégias utilizadas para superar a crise gerada pela pandemia de Covid-19 foi a criação de um modelo de negócios voltado a empreendedores individuais. Com investimento de R$ 58 mil, a microfranquia express oferece ao franqueado os equipamentos e o suporte para a prestação de serviços de estética em domicílio. Desde o lançamento, em junho, foram comercializadas 123 unidades neste modelo. A rede encerrou o ano passado com 200 franquias, sendo 102 em operação e 130 em processo de implantação. www.300f.com.br
A rede de franquias de cursos profissionalizantes Via Certa Educação Profissional abriu este ano a sua primeira unidade na Bahia, mais precisamente na cidade interiorana de Itaberaba. A rede acredita que esse estado tenha potencial para abrigar até 190 operações da Via Certa, que expande via FDA (Franqueado Desenvolvedor de Área). Segundo o diretor de Expansão da empresa, Jilo Shimada, cinco regiões da Bahia estão sendo trabalhadas nesse sistema: Salvador, Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Conquista e Juazeiro. “Estamos prospectando candidatos a FDA para essas regiões, mas também oferecemos opção para que um possível máster-franqueado assuma o estado todo. Para isso, é necessário dispor de um capital maior, já que comandará sozinho várias regiões”, disse. Em 2020, a rede elevou as vendas de franquias em 50%. Contribuiu para a expansão o lançamento do Sistema Flex, que permite ao aluno estudar 100% em casa, na escola ou de forma híbrida. A Via Certa tem mais de 50 unidades no País. viacertacursos.com.br FOTO: DIVULGAÇÃO
MAIS TOP PLANEJA MULTIPLICAR POR DEZ O FATURAMENTO
GRUPO FINI ANUNCIA MARCA CORPORATIVA GLOBAL Em comemoração aos seus 50 anos na Espanha e 20 anos no Brasil, o Grupo Fini criou a marca corporativa The Fini Company, formada pela Fini (de candies) e Dr. Good (de suplementos vitamínicos em formato de goma), que, juntas, representam 50% dos negócios do Grupo. Liderada pelo Brasil, a criação da marca tem como objetivo unificar os negócios (imagem, valores e estrutura) em todo o mundo. “Protagonistas em seus países, Brasil e Espanha, [as marcas] abrem uma frente de trabalho colaborativo ampliada, que fortalece principalmente as exportações e a atuação em novos mercados e canais”, disse o diretor-
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geral da The Fini Company Brasil, Donizeti Ferreira. Atualmente, o Grupo Fini conta com mais de 1.400 colaboradores, cerca de 300 produtos em seu portfólio, 200 mil pontos de venda e 90 franquias. www.finistore.com.br
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NA MIRA DO FRANCHISING
FOTO: DIVULGAÇÃO
CNA LANÇA DOIS MODELOS DE FRANQUIA O CNA lançou este ano dois novos formatos de negócio: Franquia Escola CNA e Franquia Studio CNA. Com investimento inicial a partir de R$ 35 mil, esses modelos se caracterizam como micro formatos ágeis, de baixo custo. A Franquia Escola CNA foi estruturada para ser instalada dentro de instituições de ensino, tanto por quem já é franqueado da rede quanto para mantenedores de colégios. Já a Franquia Studio CNA prevê um ponto comercial com uma sala de aula, em espaço econômico com até 40 m². Nesse caso, o franqueado precisa ser professor de inglês, espanhol ou dos dois idiomas. Além dos dois lançamentos, o CNA continua oferecendo seus outros quatro modelos de franquia: compacto, pequeno, médio e grande, com investimento a partir de R$ 95 mil. O plano de expansão do CNA para 2021 prevê a abertura de 165 novas franquias. Atualmente, a rede possui 635
FOTO: FAGNER FERREIRA
Nos dois primeiros meses deste ano, a Sorridents Clínicas Odontológicas já inaugurou 17 clínicas no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás e Paraíba, com aumento de 143% em relação ao mesmo período do ano passado. As próximas unidades serão abertas em Goiás e em São Paulo sendo que, até o final do primeiro semestre, a empresa prevê abrir 80 unidades. “Pesquisamos analiticamente as necessidades do mercado da região que queremos crescer para o negócio ser altamente lucrável. Neste ano, iremos apostar nesta estratégia em diversos estados do Brasil e principalmente em São Paulo. Vamos inaugurar clínicas também em locais onde já temos unidades bemsucedidas”, afirmou o vice-presidente da rede, Cleber Soares. Com mais de 450 unidades, a Sorridents cresceu 20% em faturamento no ano passado e a meta para este ano é elevar a receita em 56%. www.sorridents.com.br
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FOTO: FABIANO ACCORSI
SORRIDENTS AUMENTA EM 143% O RITMO DE INAUGURAÇÕES
escolas em operação. Outra novidade na rede: a mudança de sua sede para a Avenida Paulista, dentro do conceito open space (praticamente sem salas fechadas e sem mesas fixas de trabalho) e com jornada flexível (três dias no escritório e dois onde os colaboradores desejarem). www.cna.com.br
REDEORTO TEM MENTORIA DE CARLOS WIZARD MARTINS O empresário Carlos Wizard Martins é o novo mentor da rede de franquias odontológicas REDEORTO. Wizard também irá promover encontros mensais com franqueados por meio de lives nas redes sociais. “Ele irá dividir com nossos franqueados lições importantes adquiridas ao longo das mais de três décadas atuando nesse setor e que o levaram ao sucesso empresarial”, disse o CEO da franqueadora, Rubens Vergani. Wizard ficou conhecido por ter criado a maior rede de ensino de idiomas do mundo, vendida em 2013 para o grupo britânico Pearson por R$ 2 bilhões na maior transação do setor educacional realizada até então no Brasil. Atualmente, o empresário atua em diversos setores, como alimentação, varejo, tecnologia, logística, imóveis, entre outros. www.redeorto.com.br
BRASILEIRINHO DELIVERY LANÇA PROGRAMA DE FIDELIDADE Com as medidas de distanciamento social impostas pelo novo coronavírus, a Brasileirinho Delivery decidiu investir em seu aplicativo. A rede lançou o Programa de Fidelidade Brasileirinho Delivery. Para participar, o cliente deve fazer o cadastro no aplicativo e, a cada um real gasto, ele recebe um ponto. Ao totalizar 300 pontos, é possível trocar por uma refeição individual servida na caixinha. Para realizar a troca de pontos por uma caixinha, o cliente precisa realizar o pedido e, quando estiver no carrinho de compras, poderá escolher entre trocar os pontos ou realizar o pagamento. O aplicativo do Brasileirinho Delivery é gratuito e está disponível para os sistemas Android e IOS. A Brasileirinho Delivery oferece mais de 40 opções de pratos caseiros com valor médio de R$ 18,99 a R$ 39,99, dependendo do tamanho do box. www.brasileirinhodelivery.com.br
DIVINO FOGÃO INVESTE EM PELÍCULA ADESIVA Para evitar a disseminação de vírus e bactérias, o Divino Fogão adotou, em parceria com o Grupo Saint-Gobain, a película VirusFree Norton. Produzida com íons de prata, essa película tem efeito antiviral e microbiótico, ideal para aplicação em locais que são pontos de contato comum para muitas pessoas. O projeto-piloto foi implementado na unidade do Internacional Shopping em Guarulhos (SP), tanto nas mesas do salão interno quanto nas bancadas de mármore onde fica o buffet. A expectativa do Divino Fogão é estender a utilização da película para outras lojas. “A película é capaz de eliminar em 10 segundos 99,9% dos vírus pertencentes ao grupo coronavírus, passou por vários testes e ensaios em laboratórios renomados dentro e fora do País, com resultados excepcionais de eficiência”, disse a vice-presidente do Grupo Saint-Gobain Abrasivos, Stephane Artaud. www.divinofogao.com.br
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NA MIRA DO FRANCHISING
CHOCOLATERIA BRASILEIRA PRIORIZA EXPANSÃO NA REGIÃO NORTE A Chocolateria Brasileira traçou uma estratégia de crescimento em espiral, baseada em estudo de mercado que apontou as regiões com menor concorrência e grande potencial, e decidiu priorizar sua expansão no Norte do País. A meta é abrir 12 lojas na região até o final do ano, em especial Amazonas, Acre, Amapá e Roraima e com prioridade para unidades em ruas e avenidas ao invés de shoppings centers. “No final do ano passado, chegamos à Castanhal no Pará e em Rolim de Moura, em Rondônia, tivemos um grande sucesso e decidimos fazer um planejamento bem detalhado para aumentar a nossa presença nessa parte do País”, disse a gerente de Franquias, Cintia Pitta. Atualmente com 22 lojas, a Chocolateria Brasileira trabalha com dois modelos de negócios: loja e quiosque com cafeteria. O investimento inicial é de R$ 170 mil e R$ 122 mil, respectivamente. www.chocolateriabrasileira.com.br
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PARK IDIOMAS É AGORA PARK EDUCATION
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A Park Idiomas passou a adotar o nome de Park Education com a premissa de se tornar uma plataforma de educação que oferece cursos bilíngues e interdisciplinares, incluindo inovação e tecnologia, empreendedorismo e marketing. A empresa deixa, assim, de ser uma escola de idiomas para se tornar uma edtech, com presença on-line e foco em tornar seus alunos protagonistas na era pós digital. “Investimos em atualizações e inovações de cunho tecnológico, no material didático, em processos e na arquitetura dos ambientes para que estimulem o aluno a, de fato, aprender e absorver o conteúdo de maneira mais eficaz”, disse o CEO e Co-Founder da Park Education, Eduardo Pacheco. O programa educacional Park Work contempla, através de cursos bilíngues, temas como crescimento de carreira, tecnologia, empreendedorismo e gestão de negócios e tem por objetivo desenvolver habilidades como oratória e liderança, entre outros. A rede conta com 116 unidades, sendo que 85 estão em operação e 31 serão inauguradas nos próximos meses. www.parkeducation.com.br
ROCKFELLER LANGUAGE CENTER LANÇA PROGRAMA PARA MULTIFRANQUEADOS A Rockfeller Language Center lançou o programa Royal Club para oferecer vantagens a quem já é franqueado da rede e quer abrir novas unidades: isenção da taxa de franquia, que varia de R$ 20 mil a R$ 45 mil. “Um franqueado nosso conhece os processos de gestão e, com isso, tem mais facilidade em rentabilizar o negócio e em menos tempo”, disse o gerente de Relacionamento da Rockfeller Language Center, Elson Mota. Hoje, a rede tem 13 multifranqueados. O benefício do Royal Club também se estende aos colaboradores da Rockefeller que desejarem abrir uma franquia. Atualmente, são 18 os franqueados da rede que anteriormente eram funcionários. A Rockfeller Language Center encerrou 2020 com 74 unidades em operação e 22 franquias vendidas. A meta é encerrar 2021 com 120 escolas em operação e receita de R$ 70 milhões, ante R$ 40 milhões de 2020. www.rockfeller.com.br
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GRUPO RÃO VISA ABRIR 36 UNIDADES NO 1º SEMESTRE O Grupo Rão, especializado em delivery de alimentos, trabalha para abrir 36 unidades no primeiro semestre deste ano. O Grupo tem hoje 83 unidades entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais e três em Portugal (Lisboa, Porto e Guimarães). Em faturamento, a Guilherme Lemos, CEO do Grupo Rão rede prevê crescer 50% este ano, chegando a R$ 20 milhões por mês. Desde em que foi fundado, em maio de 2013, o Grupo elevou o faturamento de R$ 400 mil ao mês para R$ 15 milhões mensais, uma expansão de mais de 5.500%. O Grupo tem dez marcas que vão de pizza, hambúrguer e sorvete até sushi, comida brasileira e comida árabe: Sushi Rão, Pizza do Rão, Rão Conveniência, Najah Rão, Nuvem Sorvetes do Rão, Horti Rão, Rão Burger, Rão Grill e Dog Rão, além do Boteco do Rão – primeira experiência presencial: um bar raiz com tendências cariocas. Ainda este ano, O Grupo pretende lançar a Pasta do Rão (comida italiana) e o Taco & Chilli do Rão (comida mexicana). www.gruporao.com.br
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*As informações sobre a margem de lucro e tempo de retorno mencionadas no anúncio são meras estimativas obtidas por meio dos dados e dos resultados médios fornecidos por todas as unidades franqueadas do sistema atualmente existentes. O lucro e tempo de retorno efetivos de novas unidades do sistema estão sujeitos aos riscos inerentes às atividades comerciais em geral e dependem de uma série de fatores para se confirmarem, como, por exemplo, mas não limitado: à localização e “maturação” do ponto comercial, aos custos com instalação da unidade franqueada (obras, mobiliário, estoque, equipamentos etc.), aos custos de ocupação, aos custos com folha de pagamento e demais despesas, à dedicação e gestão do próprio franqueado, ao cenário econômico, entre tantos outros. Assim, os dados e valores aqui expostos não podem ser interpretados, sob hipótese alguma, como promessa ou garantia do prazo de retorno de investimento, de lucro ou de faturamento. **De acordo com o ranking oficial divulgado pela ABF em 2021, a Óticas Carol é a 8ª maior rede de franquias do Brasil (https://www.abf.com.br/estudo-abf-das-50-maiores-franquias-do-brasil/).
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DOCTOR FEET NOTA MUDANÇA DE PÚBLICO-ALVO A rede de franquias especializada em podologia Doctor Feet notou mudança em seu público-alvo. Com as medidas de isolamento provocadas pela pandemia de Covid-19 e a preocupação com a circulação de pessoas acima de 60 anos, a empresa viu diminuir o atendimento dessa faixa etária e aumentar, em pelo menos 20%, o atendimento de jovens de 20 a 29 anos. “Muitos [jovens] trabalham fora de casa e, com opções de lazer fechadas, viram nos nossos serviços uma forma de relaxar durante esse período”, disse o presidente da rede, Jonas Bechelli, que também acredita que a pandemia desencadeou um maior investimento em autocuidado. Outra novidade na rede: o lançamento do serviço de home care, no qual as profissionais vão até o cliente. Até o momento, o serviço é oferecido em São Paulo em um raio de até 6 km das unidades que já aderiram à novidade. Com 80 unidades em todo o Brasil, sendo 90% delas localizadas em shoppings, a rede comemora 22 anos de mercado. www.doctorfeet.com.br
BRASIL REGISTRA RECORDE DE EMPRESAS ABERTAS O Brasil registrou, em 2020, um recorde histórico na abertura de novas empresas e encerrou o ano com quase 20 milhões de negócios ativos. O resultado foi apresentado em fevereiro deste ano pelo Ministério da Economia no Mapa de Empresas. Segundo dados do governo federal, o País criou 3,4 mil novas empresas no ano passado, o que representa um crescimento de 6% em relação a 2019. A marca inédita confirma que – apesar da pandemia – a economia brasileira tem reagido bem graças às medidas de apoio ao empreendedorismo. O Mapa de Empresas mostra que, ao longo de 2020, foram fechadas pouco mais de 1 milhão de empresas (queda de 11,3% quando comparado a 2019). Com isso, o país teve um saldo positivo de 2,3 mil empresas abertas, ao final de 2020. www.gov.br/governodigital/pt-br/mapa-de-empresas
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NA MIRA DO FRANCHISING
5ÀSEC LANÇA NOVO MODELO DE NEGÓCIO: HUB A 5àsec criou um modelo de negócio com o intuito de aumentar a lucratividade dos franqueados e o adensamento da rede em diferentes cidades brasileiras. O HUB, como é chamado, é um formato mais econômico, com investimento inicial a partir de R$ 80 mil e faturamento médio mensal de R$ 28 mil. Nesse modelo, o novo franqueado atua em parceria com um franqueado já existente na região escolhida, ou seja, as lojas no conceito HUB atuam apenas de forma comercial, captando as peças e oferecendo os serviços têxteis à 5àsec mais próxima. Segundo a rede, a novidade proporciona um incremento de receita com um investimento 60% menor em mercados onde a marca já atua. “Nosso intuito é fechar o ano com, ao menos, 500 unidades em operação, sendo 15 delas nesse novo formato”, explica o diretor de Expansão e Novos Negócios da 5àsec, Alex Quezada. Hoje, a 5àsec tem 468 unidades. www.5asec.com.br
MAIOR REDE
NO SEGMENTO DE EDUCAÇÃO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
NA MIRA DO FRANCHISING
CONSULTING NOW INAUGURA CINCO FRANQUIAS NO 1º BIMESTRE
MERCADÃO DOS ÓCULOS ATINGE A MARCA DE 500 FRANQUIAS Após alcançar a marca de 500 franquias no Brasil, o Mercadão dos Óculos pretende inaugurar mais 200 lojas e comercializar outras 250 até dezembro. Segundo o diretor-executivo da rede, Gustavo Freitas, a empresa pretende ampliar a presença nas capitais e em cidades com até 30 mil habitantes. A rede também aposta nos multifranqueados, que hoje já representam metade das suas franquias. O Mercadão dos Óculos terminou 2020 com 127 lojas inauguradas e 225 unidades comercializadas. Dessas últimas, 54 foram para cidades pequenas e 101 compradas por multifranqueados. No ano passado, a rede também lançou uma nova tecnologia de venda denominada VisioLens, por meio da qual o cliente consegue ver em tempo real, por meio de um tablet, todas as opções de armação e lentes disponíveis. www.mercadaodosoculos.com.br
A rede de franquias Consulting Now inaugurou cinco franquias no primeiro bimestre deste ano, alcançando 60 consultores empresariais, divididos em 34 unidades de negócio (incluindo a unidade própria). As regiões que receberam as novas unidades da franquia são: Itaquaquecetuba (SP), Campo Grande (MS), Recife (PE), Itajaí (SC) e Florianópolis (SC). “O cenário atual e a necessidade das empresas de atingirem objetivos econômicos, financeiros e organizacionais, evoluindo mesmo em tempos de crise, é o que tem despertado o interesse de novos franqueados, que vislumbram a rede como uma oportunidade de gerar resultados e confiabilidade para os futuros clientes, e um negócio promissor para investir”, afirmou o fundador e CEO da Consulting Now, Vicente Gomes. A Consulting Now é especializada em alavancagem de resultados e reorganização de empresas de pequeno e médio portes. www.consultingnow.com.br
CALÇADOS BIBI QUER 100 LOJAS INTERNACIONAIS ATÉ 2030 A Calçados Bibi pretende alcançar 100 lojas internacionais até 2030. Hoje com quatro unidades no exterior (Peru, Bolívia, Equador e Chile), a rede prevê inaugurar mais 12 pontos este ano fora do Brasil, especialmente em países da América Latina, e avançar com a abertura de e-commerce nessas regiões. Já para o Brasil, o plano é abrir 20 lojas até dezembro, com foco em cidades do interior de diversos estados. “Com o lançamento do projeto de microfranquia em 2020, que conta com um investimento de R$ 90 mil, essa será uma estratégia da Bibi para atuar em pequenos municípios. O modelo é inovador, já que a operação é montada dentro de uma loja multimarca, que oferece outros itens para o público infantil, mas com calçados exclusivos da Bibi”, disse a presidente da Calçados Bibi, Andrea Kohlrausch. www.bibi.com.brc
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Revista Franquia & Negócios ABF
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NA MIRA DO FRANCHISING
ESCAPE 60 LANÇA MODELO DE MICROFRANQUIA FOTOS: DIVULGAÇÃO
O Escape 60, franquia de desenvolvimento de jogos de fuga presenciais no Brasil, lançou o modelo de microfranquia, com investimento inicial de R$ 25 mil. O formato já contempla acesso ao conteúdo de jogos on-line, live e à dinâmica delivery, que foram desenvolvidos com a pandemia de Covid-19. Segundo a rede, o investidor não precisa alugar um ponto comercial para executar o serviço, que pode ser realizado de forma remota, em um escritório ou home office. Os serviços da microfranquia do Escape 60 podem ser oferecidos em happy hours, festas de aniversário, confraternizações, eventos de empresas, entre outros. Hoje, a franquia tem 13 unidades em 8 cidades brasileiras e também desenvolve soluções para os meios corporativos e educacional, além de contar com um e-commerce de jogos desafiadores. www.escape60.com.br
FOTOS: RENAN LIMA
BURGER KING LANÇA PROGRAMA DE FIDELIDADE O Burger King lançou o programa de fidelidade Clube BK, que irá oferecer vantagens, descontos e prêmios especiais para os mais de 150 milhões de consumidores que frequentam os restaurantes da rede no Brasil e que estiverem cadastrados no aplicativo. A expectativa da empresa é alcançar, já no primeiro ano, mais de sete milhões de participantes. Disponível em todo o Brasil, o Clube BK é integrado com todos os canais da rede (app, totens de autoatendimento, lojas físicas e, em breve, delivery próprio) e funciona assim: cada R$ 1 em compras equivale a 1 ponto. Os pontos acumulados podem ser trocados por produtos grátis ou descontos nas lojas participantes por meio de QR Code. De acordo com a rede, o cadastro dos consumidores permitirá a identificação de seus hábitos e preferências, além de aumentar sua personalização e a oferta de recompensas para aumentar a sua fidelidade com a marca. Os consumidores fiéis do Burger King representam aproximadamente 15% da base de clientes totais e são responsáveis por mais de 50% de todo o seu volume. www.burgerking.com.br
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Revista Franquia & Negócios ABF
GRUPO HEINEKEN TEM NOVO REDESENHO DE DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL O Grupo Heineken, a The Coca-Cola Company e o Sistema Coca-Cola Brasil acordaram um redesenho na parceria de distribuição de bebidas no Brasil. Segundo o contrato, que vigora a partir da metade de 2021, as partes iniciarão uma transição das marcas Heineken® e Amstel para a rede de distribuição do Grupo Heineken no Brasil. O Sistema Coca-Cola continuará a oferecer Kaiser, Bavaria e Sol, e complementará esse portfólio com a marca premium Eisenbahn e outras marcas internacionais, podendo também vender e distribuir demais cervejas e bebidas alcoólicas até uma certa proporção do portfólio do Grupo Heineken. O Grupo Heineken, por sua vez, terá a possibilidade de explorar outras oportunidades no segmento não alcóolico. O acordo terá um prazo inicial até 31 de dezembro de 2026, com possibilidade de renovação automática pelo período subsequente de cinco anos. As empresas concordaram em encerrar todos os litígios relativos a acordos de distribuição anteriores. www.heinekenbrasil.com.br
AÇAÍ DA BARRA CRESCE 30% EM MEIO À PANDEMIA DE COVID-19 Apesar de um 2020 marcado pelo surto de coronavírus no Brasil, a Açaí da Barra cresceu 30% em número de lojas, e prevê repetir o desempenho este ano. Para manter o equilíbrio das operações, a rede de self-service de açaí apostou no delivery, cuja fatia em relação ao faturamento total da rede aumentou de 10% para 20%. “Enxergamos no delivery uma tendencia que se fortaleceu em 2020 e seguirá cada vez mais forte. Por isso, vamos investir em tecnologia para tornar essa experiência ainda mais simples e prazerosa para os dois lados, consumidor e empresário”, disse o CEO e sócio-fundador do Açaí da Barra, Everaldo Putti. Fundado em 2015 em Barra Bonita, no interior de São Paulo, o Açaí da Barra tem hoje mais de 90 unidades. www.acaidabarra.com.br
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NA MIRA DO FRANCHISING
NUTTY BAVARIAN INAUGURA SUA PRIMEIRA LOJA DE RUA A rede de franquias especializada em castanhas Nutty Bavarian inaugurou a sua primeira loja de rua em fevereiro na cidade de São Paulo. Localizada no bairro da Vila Olímpia, na zona Sul da capital, a loja própria servirá para a franqueadora testar o novo modelo, que em 2021 entra também nos planos de expansão da franquia. O valor do investimento inicial ainda não foi definido. Comparada aos tradicionais quiosques da rede, a loja de rua da Nutty Bavarian terá um mix maior de produtos, além de itens para presente e espaço de cafeteria para consumo local. A rede também aposta na abertura de quiosques em locais fora de shopping centers e aeroportos, tradicionalmente ocupados pela marca. Em 2020, por exemplo, foram inaugurados quiosques no Parque do Ibirapuera, na Telhanorte, no Petz e na Vestcasa. “Passamos a olhar para pontos alternativos”, disse a sócia-fundadora da Nutty Bavarian, Adriana Auriemo. www.nuttybavarian.com.br
FOTOS: DIVULGAÇÃO
KUMON PREVÊ ABRIR 49 FRANQUIAS NO SUDESTE EM 2021
PURE PILATES QUER CHEGAR A 100 FRANQUIAS A rede de franquias Pure Pilates pretende alcançar a marca de 100 franquias este ano. Hoje com 90 unidades, o foco principal de expansão da empresa é o interior de São Paulo e as principais capitais das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Atualmente, a rede fundada em 2009 tem unidades em São Paulo, Osasco, Guarulhos, Barueri, São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano, Diadema, São José dos Campos, Rio de Janeiro e está em fase de implantação em Jundiaí, Campinas e Porto Alegre. Durante a pandemia de Covid-19, diz a empresa, nenhuma unidade encerrou as atividades e a rede passou a oferecer alternativas como aulas online, pacotes promocionais e venda de produtos. www.purepilates.com.br
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Revista Franquia & Negócios ABF
O Kumon traçou o plano de abrir 49 unidades até o final deste ano na região Sudeste. Desse total, 36 estarão localizadas no Estado de São Paulo, sete no Rio de Janeiro, cinco em Minas Gerais e uma no Espírito Santo. Nas demais regiões do Brasil, o Kumon pretende abrir outras 44 franquias este ano. Atualmente, a marca conta com mais de 1,5 mil unidades em cerca de 580 cidades brasileiras, somando aproximadamente 180 mil alunos. A rede encerrou 2020 com cerca de 90% do número de alunos, em comparação a 2019. A previsão para o final deste ano é ultrapassar o número alcançado em 2019. A rede disponibiliza aulas on-line, presencial ou no modelo híbrido para atender as necessidades das famílias e o investimento inicial em uma unidade do Kumon parte de R$ 40 mil. www.kumon.com.br/franquia
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E N T R E V I S TA
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A vez do híbrido
O GERENTE DE RECRUTAMENTO DA ROBERT HALF, VITOR SILVERIO, EXPLICA POR QUE A JORNADA DE TRABALHO QUE MISTURA DIAS PRESENCIAIS COM REMOTOS É APONTADA COMO A OPÇÃO MAIS COBIÇADA NO PÓS-PANDEMIA
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FOTO: DIVULGAÇÃO
s primeiros protocolos de saúde e segurança para conter o avanço do novo coronavírus começaram a ser adotados no Brasil em meados de março de 2020. Tais medidas dentro do mundo corporativo impulsionaram o home office – que não necessariamente se refere ao funcionário trabalhar em casa, podendo ser “anywhere office” (escritório em qualquer lugar, em tradução livre). Com certa flexibilização das medidas ao decorrer dos meses, no entanto, o modelo de trabalho que ganhou força é o híbrido, ou seja, o que alterna dias presenciais e remotos. Ele, inclusive, já é considerado como o padrão do futuro. Pelo menos é o que aponta a 14ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH). O levantamento
Vitor Silverio, gerente de recrutamento da Robert Half
feito pela consultoria de Recursos Humanos Robert Half traz a percepção de mercado de recrutadores e profissionais empregados e desempregados. A última edição foi realizada entre 10 e 25 de novembro de 2020 e sondou 1.161 brasileiros. Na entrevista a seguir, o gerente de recrutamento da Robert Half, Vitor Silverio, aponta os principais insights do ICRH e o impacto da jornada híbrida no ambiente corporativo, uma vez que gestores e colaboradores já reconhecem que podem ser igualmente produtivos trabalhando em casa ou no escritório.
corporativo. A eficiência foi comprovada após todos esses meses de “anywhere office” e vai impulsionar a consolidação do modelo híbrido de forma definitiva. No caminho inverso, no entanto, 9% dos entrevistados pela Robert Half discordam que as equipes híbridas devem dominar o mercado. O que essa pequena parcela enxerga de errado no modelo? Primeiramente, eles acreditam que há uma piora no engajamento entre os profissionais, pois os colaboradores deixam de trabalhar em equipe para atuar de forma mais individual. O segundo ponto é que algumas pessoas sentem dificuldades em ser produtivas com uma série de distrações pela casa. E tem ainda um apontamento exclusivo dos gestores, que dizem que é muito difícil transmitir cultura, missão, visão e valores porque isso é algo subjetivo e que é formado no próprio ambiente de trabalho.
Como a jornada híbrida era encarada pelas empresas antes da pandemia de Covid-19? Antes do novo coronavírus aparecer, a jornada híbrida só costumava ser adotada por empresas de tecnologia. Ainda assim, isso era considerado como um benefício, não como algo fixo. O resto “O GESTOR DEVE MOSTRAR do mercado, por sua vez, não via a prática com bons olhos. QUAL É TAREFA QUE ELE QUER Tanto é que, em 2019, o ÍndiQUE SEJA FEITA, BEM COMO ce de Confiança Robert Half notou que o percentual de DE QUE FORMA E O RETORNO posições remotas era inferior a 5%. Em 2020, esse número ESPERADO. NO AMBIENTE saltou para 80%. E o modelo ON-LINE NÃO HÁ ESPAÇO PARA continuará como tendência em 2021. Até porque a panAMBIGUIDADE” demia ainda é uma realidade e Vitor Silverio, gerente de recrutamento 61% dos profissionais não se da Robert Half sentem à vontade para voltar ao escritório. Por que você acredita que a jornada híbrida se tornou o melhor modelo de trabalho para o mercado adotar daqui para frente? Porque, principalmente, é um modelo que os próprios profissionais e gestores elegeram como o melhor a ser seguido. Quando fizemos essa pergunta a eles, 47% afirmaram que gostariam de trabalhar mais dias em casa e menos dias no escritório. Isso ocorre porque eles notaram que podem ser produtivos mesmo longe do ambiente
Existem estratégias ou técnicas que podem reverter esses pontos negativos? Sim. A primeira dica é encontrar formas de manter a equipe unida. Um exemplo é criar um período de distração para envolver todos os funcionários, como uma espécie de encontro digital para substituir a tradicional pausa do cafezinho. Também é importante pensar em uma comunicação direta e clara. O gestor deve mostrar qual é tarefa que ele quer que seja feita, bem como de que forma e o retorno esperado. No ambiente on-line não há espaço para ambiguidade. Deixando de lado os contras, o que você apontaria como as principais vantagens do trabalho híbrido? Quando o assunto é benefício, 66% dos colaboradores consultados pelo ICRH apontaram a flexibilidade de horário, local ou jornada. Isso porque, hoje, os profissionais
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preferem ser avaliados por sua performance ou suas entregas de tarefas do que pelo período de trabalho, o tradicional de segunda à sexta-feira, das 9 horas às 18 horas.
ótimo. Acredito que as empresas de todos os segmentos que perceberem que esse é o futuro, estão à frente. Já passou da hora de investir em tecnologia.
A jornada híbrida pode ser aplicada em qualquer tipo de negócio ou o modelo conversa melhor com determinados nichos? Em linhas gerais, não vejo um setor que se destaque mais no uso da jornada híbrida. O que eu percebi é que existem empresas que saíram na frente ao aplicar o modelo porque, lá para 2019, já tinham notebooks no lugar dos desktops e trabalhavam com dados na nuvem, por exemplo. Agora, dentro das companhias em si, é possível notar que as áreas corporativas estavam mais preparadas para essa mudança, como finanças e contabilidade, jurídico, vendas e marketing, recursos humanos.
Com a pandemia, não só o trabalho se adaptou ao digital, as entrevistas de emprego também passaram a ser feitas virtualmente. O que mudou na dinâmica? Os recrutadores apontam que a Covid-19 representou a queda no modelo tradicional, sendo possível notar três principais mudanças. Primeiramente, houve a ampliação do leque geográfico. Agora, uma empresa não precisa contratar alguém da sua região, é possível trabalhar com pessoas que estão em outros estados e até países. O segundo ponto é a desmistificação do olho no olho. Após meses de pandemia, percebe-se que é possível, sim, recrutar sem uma entrevista presencial. Por fim, o processo ficou mais ágil. O candidato não precisa mais participar de várias etapas.
Essa abrangência significa que as franquias também podem apostar no modelo híbrido? De forma geral, a reivindicação dos funcionários é que, no pós-pandemia, as empresas continuem com estratégias apresentadas pelo modelo híbrido, como canais e ações de suporte à saúde mental, auxílio home office e treinamentos preferencialmente on-line. Se as franquias conseguirem administrar essas medidas na rotina, será
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Revista Franquia & Negócios ABF
A crise da Covid-19 também paralisou o mercado de trabalho. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que, entre maio e outubro de 2020, o País viu uma alta de 35,9% no desemprego. Como você enxerga este cenário para 2021? Na verdade, a Robert Half está bem otimista este ano. Na edição anterior do ICRH, realizada entre 11 e 27 de agosto de 2020, a percepção entre os entrevistados era que o pior estaria ficando para trás. O mercado começava a notar uma virada de chave, em que as vagas estavam entrando e o otimismo de gestores, empregados e desempregados estava crescendo. A 14ª edição do índice veio para comprovar isso. No final de 2020, já era possível notar 2,5 vezes mais ofertas de emprego. E essa crescente tem tudo para continuar.
J
FRANQUIA À PROVA DE CRISE á imaginou ter um negócio que continua crescendo em qualquer situação?
A OrthoDontic é a maior Rede de Franquias de Clínicas de Ortodontia do país e segue crescendo exponencialmente há mais de 18 anos, independente das condições do cenário mundial. Crise no Mercado Imobiliário (2008)
48% Faturamento OrthoDontic
5,2% PIB Nacional
Crise Político- Econômica Brasileira (2015)
15% Faturamento OrthoDontic
PANDEMIA COVID-19 (2020)
-3,5% PIB Nacional
Segundo levantamento recente da ABF/AGP, as Franquias de Saúde, Beleza e Bem-Estar enquadram-se entre as que mantiveram os melhores resultados nos primeiros meses de crise. O estudo confirma a tendência que aponta a saúde como prioridade para o consumidor no cenário pós-pandemia - boa notícia para prestadores de serviço do segmento na rede privada.
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DESEMPENHO
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#resultados #impacto #pandemia
Franchising fatura R$ 167,187 bilhões em 2020
RECEITA RETOMA OS PATAMARES DE TRÊS ANOS ATRÁS, IMPACTADA PELA PANDEMIA DE CORONAVÍRUS, POLÍTICAS DE ISOLAMENTO SOCIAL E REDUÇÃO DO CONSUMO
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e a metade final da década de 50 ficou conhecida pelo plano de ação “Cinquenta anos em cinco”, que marcou o desenvolvimentismo do Governo Juscelino Kubitschek, 2020 ficou marcado, pelo menos no franchising, como “Três anos em um”; só que para trás. Impactado pela pandemia de Covid-19 – como toda a economia brasileira –, o faturamento do setor alcançou R$ 167,187 bilhões no ano passado, retomando os patamares de 2017, quando o sistema de franchising havia faturado R$ 163,319 bilhões. Em relação à 2019, a queda foi de 10,5%: quase R$ 20 bilhões foram perdidos no setor na comparação dos períodos. Olhando por trimestre, o setor até demonstrou recuperação no terceiro e no quarto trimestres de 2020 – com respectivas altas de 58,6% e de 22,8% no faturamento sobre os trimestres imediatamente anteriores. O desempenho do quarto trimestre de 2020 em relação ao quarto trimestre de 2019 foi apenas 1,8% menor, mas isso não foi o suficiente para zerar as perdas do segundo trimestre do ano passado, quando houve o alastramento da pandemia e as medidas mais duras de isolamento social, com o fechamento de shopping centers e a queda nos índices de confiança do empresário e do consumidor, que, por sua vez, também mudou seus hábitos. Por outro lado, apontou a ABF, a digitalização de processos e serviços, as políticas de auxílio emergencial e o aquecimento da construção civil ajudaram a reduzir as perdas no setor. “O resultado poderia ter sido pior, mas as virtudes do franchising amenizaram a queda. Nós temos, por exemplo, a força do trabalho em rede e uma alta capacidade de negociar com fornecedores e promover ganhos em escala, porém é com muito esforço
André Friedheim, presidente da ABF
que o ecossistema do franchising atua para amenizar as perdas e os impactos nos negócios”, disse o presidente da ABF, André Friedheim. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, no ano passado 41% das famílias brasileiras receberam R$ 881 de auxílio emergencial, em média, por mês. No Norte e no Nordeste, esse porcentual chegou a 60% das famílias, e isso teve um efeito importante para a redução das perdas na economia. Outro fator citado por ele foi a recuperação dos empregos formais, embora tenha havido uma piora no indicador de empregos informais.
DESEMPENHO DO FRANCHISING NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS Ano
Faturamento Var. Ano anterior
Redes Var. Ano anterior
Unidades Var. Ano anterior
Empregos Var. Ano anterior
2020
R$ 167,187 bilhões -10,50%
2.668 -8,60%
156.798 -2,60%
1.258.884 -7,30%
2019
R$ 186,755 bilhões 6,80%
2.918 1,40%
160.958 4,70%
1.358.139 4,20%
2018
R$ 174,843 bilhões 7,10%
2.877 1,10%
153.704 5,20%
1.299.145 8,80%
2017
R$ 163,319 bilhões 8,00%
2.845 -6,38%
146.134 2,50%
1.193.568 0,10%
2016
R$ 151,247 bilhões 8,30%
3.039 -1,10%
142.593 3,10%
1.192.495 0,20%
Fonte: ABF
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REDES, UNIDADES E EMPREGOS Em número de redes franqueadoras, a queda foi de 8,6% na comparação de 2019 com 2020, totalizando 2.668. “Embora algumas redes de menor porte tenham cessado suas atividades, essa diminuição se deve mais a marcas pequenas que deixaram de franquear ou empresas que planejavam se lançar no setor, mas postergaram seus planos. É importante ressaltar também que tivemos alguns movimentos de fusões e aquisições e que novas marcas continuam a chegar, mostrando a atratividade do mercado nacional”, afirmou o presidente da ABF. Na avaliação do presidente do Grupo Cherto, Marcelo Cherto, uma rede de franquia requer escala. “Já há alguns nos venho falando que temos franqueadoras demais com franqueados de menos. Nos Estados Unidos, mesmo fora da pandemia, tem um número enorme de pequenas franqueadoras que fecham as portas todos os anos. Esses que deixaram de ser franqueadores estão focando na operação que já tem, no modo sobrevivência, buscando investidores, fusão etc.”, disse. Já em unidades, o setor perdeu menos: 2,6%, para 156.798, elevando a média de unidades por rede franqueadora para 58,8: o maior índice da história do franchising. De acordo com a ABF, esse dado corrobora com outra tendência: o crescimento da participação de multifranqueados, seja multiunidades (donos de franquias de uma mesma marca) ou multimarcas (proprietários de operações de diferentes redes). “As franqueadoras americanas têm, em média, 300 franquias por rede, que é o comportamento das nossas cinquenta maiores franqueadoras. Por outro lado, tem rede com cinco ou seis unidades há anos e vai arrastando isso, certamente buscando o sustento de outra forma. Vejo como muito positiva a concentração do mercado de franquias. Redes com mais musculatura são mais preparadas para enfrentar as próximas crises”, afirmou Cherto, em live sobre o desempenho do setor promovida pela ABF no início de março.
FATURAMENTO DO FRANCHISING POR TRIMESTRE EM 2020
FOTO: DOUGLAS LUCCENA
DESEMPENHO
Marcelo Cherto, presidente do Grupo Cherto
O índice de abertura de unidades de franquias caiu de 9,2%, em 2019, para 6,6%, em 2020, enquanto o de fechamento de unidades de franquias aumentou de 4,9% para 9,2% na comparação dos períodos. A quantidade de unidades repassadas também apresentou pequena alta, de 2,3% para 2,5%. “De fato, alguns empreendedores não conseguiram atravessar um período tão longo de adversidade, mas notamos um imenso esforço das redes para manter suas operações, negociando ou suspendendo taxas e ajudando os franqueados a buscarem alternativas de redução de custos e faturamento. Em outros casos, o negócio foi repassado a um empresário mais capitalizado, uma opção muito importante para a perpetuação de negócios e empregos. Um acesso a crédito mais facilitado e a melhoria geral do ambiente de negócios nos ajudariam a manter ainda mais unidades e, portanto, a geração de empregos, renda e impostos”, avaliou André Friedheim.
PROJEÇÕES DA ABF PARA O FRANCHISING EM 2021
Faturamento do franchising por trimestre em 2020 1º trimestre
R$ 41,537 bilhões
Faturamento
+ 8%
2º trimestre
R$ 27,720 bilhões
Unidades
+ 5%
3º trimestre
R$ 43,954 bilhões
Redes
+ 2%
4º trimestre
R$ 53,976 bilhões
Empregos
+ 5%
Fonte: ABF
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Projeções da ABF para o franchising em 2021
Revista Franquia & Negócios ABF
Fonte: ABF
DESEMPENHO
Em número de empregos, houve uma redução de quase 100 mil postos de trabalho de 2019 para 2020, para 1.258.884 pessoas trabalhando diretamente no franchising. “Vínhamos em uma trajetória ascendente de contratações, inclusive em virtude da reforma trabalhista, porém, a pandemia da Covid-19 fez com que as redes diminuíssem esse ritmo. Isso mostra a urgência de retomarmos as reformas, principalmente a tributária, e outras medidas de desburocratização do ambiente de negócios”, observou Friedheim.
SEGMENTOS Por segmento, os únicos que tiveram crescimento nominal em 2020 sobre 2019 foram Casa e Construção, com 12,8% de alta em faturamento, Saúde Beleza e Bemestar, com 3,1%, e Comunicação, Informática e Eletrônicos, que ficou praticamente estável, com leve alta de 0,5%. Segundo a ABF, o crescimento expressivo de Casa e Construção deveu-se à permanência das famílias em casa para manter o distanciamento social, o que levou à realização de pequenos reparos, reformas e à maior valo-
rização das residências. A manutenção dos juros básicos da economia e o enquadramento das atividades do setor de construção civil como essenciais também contribuíram para o bom desempenho. Já o segmento de Saúde, Beleza e Bem-estar teria se beneficiado da demanda reprimida e da decisão de parte dos pacientes em aproveitar a quarentena (e o dinheiro não gasto em viagens e lazer) para realizar procedimentos mais invasivos. Os demais segmentos apresentaram queda na receita bruta, principalmente Hotelaria e Turismo, com redução de 49,8%, e Entretenimento e Lazer, com baixa de 29,0%. Considerando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,52% em 2020, todos os segmentos do franchising, exceto Casa e Construção, apuraram queda real de faturamento.
PROJEÇÕES Outro dado apurado pela ABF com 340 redes entrevistadas, entre as mais representativas do setor, é que 64% delas consideram alcançar crescimento superior a 10% este ano, 19% prevem expansão entre 5% e 10% e outras 7%
DESEMPENHO DO FRANCHISING POR SEGMENTO Segmento Alimentação Casa e Construção Comunicação, Informática e Eletrônicos Entretenimento e Lazer Hotelaria e Turismo Limpeza e Conservação Moda Saúde, Beleza e Bem-estar Serviços Automotivos Serviços e Outros Negócios Serviços Educacionais TOTAL Fonte: ABF
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Revista Franquia & Negócios ABF
4ºtri 2020 Var. 4º tri 2019 R$ 13,077 bilhões -5,00% R$ 4,430 bilhões 25,60% R$ 1,863 bilhões 0,10% R$ 713 milhões -15,50% R$ 2,029 bilhões -39,20% R$ 398 milhões -0,80% R$ 8,043 bilhões -5,30% R$ 10,797 bilhões 5,40% R$ 1,453 bilhões -0,10% R$ 8,184 bilhões 1,90% R$ 2.990 -0,90% R$ 53.976 -1,80%
2020 Var. 2019 R$ 40,898 bilhões -15,50% R$ 12,429 bilhões 12,80% R$ 6,063 bilhões 0,50% R$ 1,823 bilhão -29,00% R$ 6,673 bilhões -49,80% R$ 1,317 bilhão -9,30% R$ 19,153 bilhões -20,90% R$ 35,276 bilhões 3,10% R$ 5,973 bilhões -5,40% R$ 26,678 bilhões -1,30% R$ 10.934 -10,70% R$ 167.934 -10,50%
Var. Unidades 2020 x 2019 -0,60% 3,70% -4,50% -15,40% -9,10% -0,90% -6,60% 0,40% -11,00% -1,40% -5,00% -2,60%
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DESEMPENHO
FOTO: IVANA DEBÉRTOLLIS
acreditam em alta de até 5%. Para 4%, o faturamento deve ser mantido e 6% preveem queda. As previsões são mais otimistas do que eram em 2019, no entanto a pesquisa foi realizada antes do novo pico de propagação do coronavírus e da entrada, em março, de diversos estados brasileiros na fase emergencial de controle da pandemia. Em se tratando de projeções, a ABF estima que o faturamento do franchising cresça 8% este ano, o número de unidades e de empregos aumentem 5% e o de redes apresente expansão de 2%, beneficiado pelo avanço da vacinação da população e das reformas em discussão no Congresso, especialmente a tributária e a administrativa, a implantação das medidas de ajuste fiscal e o estímulo e a facilitação do acesso ao crédito para as micro e pequenas empresas. Apesar da expansão prevista, a entidade acredita que o setor leve cerca de dois anos para retomar os níveis pré-pandemia. “Vamos sair dessa pandemia com redes mais fortes, mais robustas e mais preparadas. Fora a grande aceleração digital, os varejistas aprenderam que seu maior ativo é o banco de dados do cliente”, pontuou Cherto. “Estou convencido de que vivemos uma era de muita transformação e instabilidade. Quem acha que, quando a pandemia passar, virá um momento de calmaria não entendeu absolutamente nada. É melhor se apaixonar por essa instabilidade do que se apavorar com ela. Fica mais fácil surfar nessa onda”, completou Terra.
ABERTURA, FECHAMENTO E REPASSE DE FRANQUIAS Indicadores
2019
2020
Unidades abertas
9,2%
6,6%
Unidades fechadas
4,9%
9,2%
Saldo entre abertas e fechadas
+ 4,3%
-2,6%
Unidades repassadas
2,3%
2,5%
Fonte: ABF
INTERNACIONALIZAÇÃO Do ponto de vista de internacionalização, 163 redes mantiveram operações em 106 países. Os três segmentos com mais marcas fora do Brasil também permaneceram os mesmos: Moda, com 36 redes; Saúde, Beleza e Bemestar, com 34; e Alimentação, com 27. Estados Unidos, com 61 marcas, Portugal, com 41, e Paraguai, com 36, se mantiveram como principais destinos das marcas brasileiras, apesar da queda no número de marcas nesses locais em relação a 2019. Entre os dez maiores destinos do franchising nacional também aparecem Bolívia (24 redes), Angola e Colômbia (com 16 cada), Argentina e Chile (com 15 cada), Peru (12) e Equador (11). Na contramão da internacionalização, no entanto, houve um enxugamento. O número de marcas estrangeiras operando no Brasil passou de 214, em 2019, para 205 no ano passado. Essas redes são de 30 países. Entre os principais estão Estados Unidos, Portugal, Espanha, Reuno Unido, Argentina, Itália, França, Alemanda, Canadá e Países Baixos.
50 MAIORES FRANQUIAS
Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC)
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Revista Franquia & Negócios ABF
A ABF também divulgou o ranking das 50 maiores marcas de franquias no Brasil em 2020 por número de unidades. Segundo o levantamento, o número de unidades das 50 maiores redes associadas aumentou 5% (em 2019 o aumento foi de 9%). Por outro lado, o número mínimo de unidades diminuiu de 321, em 2019, para 315 em 2020, uma queda de 2%. Sete marcas passaram a integrar esse grupo: Shell Select, Remax, Mercadão dos Óculos, Acquazero, Clube Melissa, Casa do Construtor e Sodiê Doces. Entre as 50 maiores, 37% são do segmento de Alimentação, 19% de Saúde, Beleza e Bem-estar, 11% de Serviços e Outros Negócios, 10% de Serviços Educacionais, 8% de Serviços Automotivos, também 8% de Moda, 4% de Hotelaria e Turismo, 2% de Casa e Construção e 1% de Limpeza e Conservação.
RANKING DAS 50 MAIORES MARCAS DE FRANQUIAS NO BRASIL EM 2020 POR NÚMERO DE UNIDADES Posição 2020 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10 º 11 º 12 º 13 º 14 º 15 º 16 º 17 º 18 º 19 º 20 º 21 º 22 º 23 º 24 º 25 º 26 º 27 º 28 º 29 º 30 º 31 º 32 º 33 º 34 º 35 º 36 º 37 º 38 º 39 º 40 º 41 º 42 º 43 º 44 º 45 º 46 º 47 º 48 º 49 º 50 º
Fonte: ABF
Posição 2019 1º 2º 4º 5º 3º 7º 10 º 11 º 12 º 14 º 13 º 9º 15 º 16 º 17 º 25 º 18 º 24 º 21 º 20 º 22 º 23 º 27 º 26 º 30 º 31 º 37 º 28 º 29 º 47 º 34 º 32 º 33 º 67 º 35 º 45 º 38 º 40 º 39 º 36 º 38 º 70 º 111 º 40 º 44 º 43 º 41 º 48 º 51 º 62 º 52 º
Marca O Boticário McDonald's Cacau Show Subway AM/PM Lubrax + CVC Brasil Óticas Carol Seguralta - Bolsa de Seguros Burger King do Brasil Wizard By Pearson Jet Oil BR Mania Shell Select Óticas Diniz Bob's OdontoCompany Correios Help! Loja de Crédito Chilli Beans Dia% Fisk Centro de Ensino CCAA Hering Store CNA Espaçolaser Chiquinho Sorvetes Oggi Sorvetes Clube Turismo Localiza Hertz Nutrimais 5àsec Havaianas Piticas Remax Arezzo KNN Idiomas Prepara Cursos Profissionalizantes Kopenhagen Microlins Hinode Carmen Steffens Mercadão dos Óculos Acquazero Chocolates Brasil Cacau Casa de Bolos Giraffas Mundo Verde Spoleto Clube Melissa Casa do Construtor Sodiê Doces
Unidades 2020 3620 2567 2371 1863 1804 1665 1425 1394 1325 1302 1258 1172 1132 1109 1107 1017 997 994 855 847 778 767 725 664 629 587 566 554 546 528 524 468 467 453 444 436 427 409 406 401 400 400 396 388 385 385 382 377 343 332 318 315
Unidades 2019 3806 2459 2322 1864 2377 1643 1414 1335 1325 1209 1260 1491 1181 NF 1154 1047 634 994 700 830 865 768 728 577 612 519 509 411 523 522 351 442 452 451 247 440 365 409 388 401 434 409 237 154 388 370 373 377 349 318 275 315
Var. -5% 4% 2% 0% -24% 1% 1% 4% 0% 8% 0% -21% -4% -4% -3% 57% 0% 22% 2% -10% 0% 0% 15% 3% 13% 11% 35% 4% 1% 49% 6% 3% 0% 80% -1% 17% 0% 5% 0% -8% -2% 67% 152% -1% 4% 2% 0% -2% 4% 16% 0% Abril e maio de 2021
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DESEMPENHO
Entenda a metodologia da Pesquisa de Desempenho do Franchising A Pesquisa de Desempenho do Franchising Brasileiro em 2020 reuniu 340 marcas de um universo de 2.668 redes (aproximadamente 13% das franquias), que respondem por 33% das unidades e 36% do faturamento do setor. Envolvendo o mercado como um todo, inclusive não associados, os números do desempenho do setor de franchising são apurados em pesquisa por amostragem, cruzados com levantamentos feitos por entidades representantes de setores correlatos ao sistema de franquias, órgãos de governo, instituições parceiras e de ensino. Auditados por empresa independente, os dados divulgados pela ABF são referência para órgãos governamentais de diversas esferas, entidades internacionais do franchising, como World Franchise Council (WFC), Federação Iberoamericana de Franquias (FIAF) e instituições financeiras.
Em relação à localização das sedes das franqueadoras do Top 50, 83% estão no Sudeste, 13% no Sul, 3% no Centro-Oeste e 1% no Nordeste. Por Estado, os três que abrigam a maior parte das franqueadoras “50 mais” são: São Paulo, com 69% do total, Paraná e Rio de Janeiro, com 12% cada. O formato preferido das maiores redes franqueadoras é o de lojas (90%). Outros 10% são quiosques, home based e unidades móveis.
A pesquisa da ABF também identificou crescimento da participação feminina no cargo de principal executivo das maiores redes: passou de 8 marcas em 2019 para 11 no ano passado. Portanto, 21% dessas redes são comandadas por mulheres. Outro recorte do Ranking das 50 Maiores identificou um aumento na participação de redes com maior maturidade: 37 têm acima de dez anos (ante 30 do levantamento anterior), seis têm entre 9 e 10 anos e quatro entre 7 e 8 anos. Outras cinco tem menos de 6 anos. Das 52 empresas no ranking das 50 Maiores, 43 têm Selo de Excelência em Franchising (SEF), o que representa 82,7% do total. No ano anterior, as redes com excelência operacional perfaziam 75,5% do total. “Os números mostram mais uma vez a resiliência do franchising brasileiro. Mesmo em um cenário tão adverso, as redes mantiveram seus investimentos. Entendo também que, mais do que nunca, ficou clara a importância de diversificar negócios para reduzir riscos e buscar novos mercados. De outro lado, algumas marcas estrangeiras interromperam suas operações no Brasil. No entanto, na maioria dos casos, tratam-se de movimentos pontuais, que podem ser revistos assim que a situação apresentar maior estabilidade”, disse o presidente da ABF.
10 MAIORES MICROFRANQUIAS Pela primeira vez, a ABF também divulgou o ranking das 10 maiores microfranquias associadas. São elas: Pit Stop Skol, Kumon, Acqio, Ceopag, Ceofood, Maria Brasileira, Touti, Lava e Leva Lavanderia, Solarprime e É Seguro Corretora.
RANKING DAS 10 MAIORES MICROFRANQUIAS NO BRASIL EM 2020 POR NÚMERO DE UNIDADES
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Posição 2020
Marca
Unidades 2020
Unidades 2019
Var.
1º
Pit Stop Skol
1866
NF
-
2º
Kumon
1585
1563
1%
3º
Acqio
1036
1703
-39%
4º
Ceopag
357
349
2%
5º
Ceofood
331
327
1%
6º
Maria Brasileira
317
209
52%
7º
Touti
292
146
100%
8º
Lava e Leva Lavanderia
276
276
0%%
9º
Solarprime
263
NF
-
10 º
É Seguro Corretora
196
NF
-
Revista Franquia & Negócios ABF
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P R É - PA G O
#giftcard #consumo #faturamento
Presente em forma de cartão GIFT CARDS ENTREGAM EXPERIÊNCIA DE CONSUMO E AJUDAM FRANQUIAS A FATURAR DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
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Revista Franquia & Negócios ABF
O
s gift cards, também chamados de cartões-presente, não são uma novidade no mercado brasileiro. Esse recurso, que permite a aquisição de um valor pré-determinado pelo comprador para presentear amigos e familiares com produtos ou serviços, é usado há tempos por varejistas, em especial os de moda – depois, passou a ser adotado por empresas de streaming e tecnologia, como Netflix, Spotify e Google –, mas sem tanto alarde. Porém, com a pandemia de Covid-19, a estratégia ganhou os holofotes.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Segundo pesquisa da plataforma de inteligência de mercado focada em e-commerce Compre & Confie, os gift cards apresentaram uma alta de 1.041% nas vendas apenas em maio de 2020. “Esse crescimento foi influenciado pelo aumento das compras on-line durante o período de isolamento social mais severo e também pela impossibilidade de presentear fisicamente”, explica o consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), Hugo Hoch. Atualmente, os cartões-presentes se consolidaram no mercado e têm sido usados por empresas dos mais diversos segmentos, incluindo franquias, que podem aproveitar os seus benefícios a longo prazo. “É inegável que eles são muito eficientes em termos de vendas e usabilidade, e podem, sim, ser grandes aliados no crescimento da capilaridade de canais e no aumento de faturamento”, afirma o especialista.
Hugo Hoch, consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP)
EM BUSCA DO MELHOR MODELO Apesar de ser indicado para todos os tipos de companhias e dos mais variados setores, o recurso só deve ser implementado se este for um desejo real do públi-
co-alvo. De acordo com Hoch, é importante uma análise profunda para saber se essa alternativa é viável para o negócio. Caso a resposta seja positiva, daí a empresa deve descobrir os melhores valores e formatos para oferecer aos consumidores. A rede de estética Emporium da Beleza, por exemplo, seguiu exatamente esse caminho. “Adotamos os gift cards para atender à solicitação de consumidores que gostariam de presentear pessoas especiais em suas vidas. Para a implantação, nosso comitê fez uma pesquisa entre os franqueados para entender quais eram os hábitos de consumo e o ticket médio dos clientes em cada unidade”, diz a CEO e fundadora, Ana Paula Ferro.
Ana Paula Ferro, CEO e fundadora da Emporium da Beleza
Outubro eAbril novembro e maiode de2020 2021
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
P R É - PA G O
Andrea Köhler, gerente executiva de Marketing da The Fini Company
Assim, foi determinado que seriam vendidos cartões nos valores de R$ 100, R$ 200, R$ 500 e R$ 800. A pessoa que compra o mimo pode optar por um procedimento específico ou deixar que o próprio presenteado escolha entre as especialidades da casa (tratamentos faciais e corporais, depilação a laser, nutri e dermocosméticos e emagrecimento). O gift card tem validade de um ano a partir do momento da compra. Vale destacar que a Emporium da Beleza oferece cartões físicos e digitais, estratégia para lá de válida em tempos de Covid-19. “Ambos são modelos de sucesso e igualmente importantes para qualquer empresa”, aponta Hoch.
CRIAR EXPERIÊNCIAS Embora os gift cards sejam encarados pelos clientes como uma forma de presentear com praticidade – e com menos chances de erro –, eles são muito mais do que isso, já que entregam uma experiência de consumo para quem o recebe. No caso da Fini, a grande graça é proporcionar ao amigo ou familiar uma ida até um ponto de vendas para montar um pacote com suas guloseimas preferidas. “As nossas franquias são canais em que temos a oportunidade de criar vivências próximas e diretas para os nossos clientes”, conta a gerente executiva de Marketing da The Fini Company, Andrea Köhler.
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Revista Franquia & Negócios ABF
Hoje, a marca oferece dois tipos de cartões. Os físicos têm valor mínimo de recarga de R$ 30. O digital, por sua vez, está disponível nas versões de R$ 50, R$ 100 ou R$ 150. Há prazo de seis meses para utilizar os créditos, mas não é necessário gastá-lo todo em uma única compra. Por enquanto, eles só podem ser usados nos pontos físicos, mas a rede adianta que já está trabalhando na próxima fase do projeto, em que será possível “gastar” também no e-commerce. Além de serem úteis para o público, os gift cards são vantajosos para as empresas que o adotam. Dados de uma pesquisa da instituição financeira norte-americana First Data mostram que 60% dos presenteados costumam gastar mais do que o valor recebido no cartão. Isso, inclusive, é visto na Emporium da Beleza. “Ele permite que nosso franqueado consiga captar clientes que não possuem o hábito de consumo no mercado de estética. Algumas pessoas se identificam com esse universo, mas, muitas vezes, não compram os tra-
tamentos. Porém, quando ganham o cartão, conhecem o trabalho da clínica e acabam completando o valor do crédito para ter um serviço desejado ou até fechando outros pacotes”, pontua Ana Paula. Neste momento, outro benefício do recurso é a possibilidade de driblar a crise provocada pelo surto de Covid-19. “Criamos estratégias para auxiliar os franqueados na retomada das vendas neste período. Implementamos o delivery e, posteriormente, lançamos os cartões-presente, que aparecem como mais uma oportunidade de rentabilidade e impulsionamento das unidades”, comenta Andrea, da Fini. A rede líder no segmento de candies no Brasil não divulga os números do serviço, lançado no País durante a campanha de Natal de 2020. No caso da Emporium da Beleza, desde o início da pandemia, houve um aumento de 10% nas vendas. Nas datas comemorativas, que costumam inflar as vendas no comércio, os cartões também são boas alternativas para quem compra, quem recebe e para o vendedor. De um lado, os clientes e presenteados têm acesso a um mimo diferente. Do outro, a loja vê um crescimento relati-
vo nos ganhos do mês. Tanto é que, por exemplo, na Emporium da Beleza, em celebrações como Dia dos Namorados, Dia das Mães e Natal, eles representam 5% do faturamento mensal da empresa.
Vantagens dos cartões-presente 1. Oferecem uma opção de compra flexível 2. São práticos para presentear amigos e familiares, e com menos chances de erro 3. Aumentam as vendas da empresa 4. Fortalecem a marca e trazem visibilidade 5. Criam a oportunidade de fidelização 6. Melhoram a experiência de compra 7. Atraem novos clientes
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Conheça outras franquias que oferecem gift card Acquazero Eco Wash: com o gift card, o cliente tem a opção de presentear alguém ou utilizar ele mesmo futuramente. O combo é montado de acordo com os serviços que desejar. Além disso, em algumas datas especiais é vendido um pacote específico, que fica disponível apenas naquele período. Água Doce Sabores do Brasil: a rede disponibiliza o vale-presente em todas as suas 80 lojas espalhadas pelo País. Ele não possui valor mínimo ou máximo, sendo assim, o cliente, junto com o gerente da unidade ou o franqueado, o estipula, bem como o período de validade.
McDonald’s: o gift card da rede está disponível nas opções virtual (entregue por e-mail) e física (enviado pelos Correios) e com valores de R$ 15, R$ 30, R$ 50 e R$ 100. A compra e a consulta da lista de restaurantes participantes podem ser feitas no site www.mcdonalds.com.br. Pello Menos: a empresa oferece duas opções de planos presenteáveis. O Vip Gold custa R$ 79,90 e dá direito a três serviços por mês, a livre escolha (exceto sobrancelha, design de sobrancelha e perna inteira). Já o Vip Silver sai por R$ 74,90, e conta com depilação de axila + qualquer virilha + 1/2 perna ou coxa. À venda no site www.pellomenos.com.br.
5àsec: são duas opções de cartões vale-presente, que podem ser utilizados em serviços de tratamento de limpeza para roupas e artigos de cama, mesa e banho diretamente na loja, no aplicativo da rede ou no site www.5asec.com.br. Os créditos disponíveis são de R$ 50,00 ou R$ 100,00.
Abril e maio de 2021
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VENDAS
#sitedebuscas #facilidade #delivery
Está com fome? Vai no Google FERRAMENTA ON-LINE GOOGLE FOOD ORDERING PERMITE QUE PEDIDOS DE ALIMENTAÇÃO SEJAM FEITOS DIRETAMENTE PELO BUSCADOR OU PELO SISTEMA DE MAPAS, E O FRANCHISING JÁ ESTÁ DE OLHO
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Revista Franquia & Negócios ABF
E
m tempos de distanciamento social, por conta da crise da Covid-19, as franquias do segmento de alimentação tiveram que adotar uma série de estratégias para continuar atendendo o público de forma segura e conveniente. O delivery, por exemplo, se tornou essencial e conquistou até os restaurantes mais tradicionais – segundo um estudo encomendado pela VR Benefícios ao Instituto Locomotiva, oito em cada dez estabelecimentos comerciais do Brasil (81%) adotaram a prática durante a pandemia.
MAIS PRATICIDADE O Google Food Ordering oferece uma vantagem importante ao público: praticidade. Para Moreira Leite, a experiência de fazer uma compra pelo próprio buscador, sem a necessidade de baixar um aplicativo, faz toda a diferença. E o executivo ressalta que, em breve, será possível realizar os pedidos de maneira ainda mais simples: por voz, usando o assistente virtual do Google.
Antonio Moreira Leite, CEO do Grupo Trigo
FOTO: LUCIANO OHYA
Outros canais de venda também foram implementados para que as empresas alcançassem o consumidor. Um deles, apesar de ainda atuar de forma tímida no Brasil, é o Google Food Ordering. “Para pedir um prato, basta procurar por um local ou tipo de cozinha na busca do Google ou no Google Maps, e clicar no botão ‘fazer pedido’. Com apenas alguns toques, é possível escolher o que deseja, visualizar os horários de entrega ou retirada e fazer o pagamento”, explica o diretor de Desenvolvimento de Negócios do Google para a América Latina, Alessandro Germano. O especialista comenta que, com o login e o pagamento da própria gigante da tecnologia, o usuário não precisa informar os detalhes de sua conta e informações de cartão de crédito no serviço escolhido. E, assim que a pedido é concluído, ele recebe um e-mail com o resumo da compra, os dados de rastreamento e as informações de contato do restaurante.
FOTO: RAUF TAUILE
FOTO: RENAN FACCIOLO
Alessandro Germano, diretor de Desenvolvimento de Negócios do Google para a América Latina
“O Google não cobra taxas. Nossa intenção é ajudar os proprietários de restaurantes e cafés criando canais de distribuição para seus produtos. Estamos muito felizes em poder ajudar o ecossistema local, principalmente nesta fase tão importante e desafiadora”, diz Germano, acrescentando, que, atualmente, o recurso on-line funciona com os provedores Rappi, Delivery Center e Onyo, além de ser utilizado por algumas redes. O Spoleto é uma delas. “Enxergamos no Google a oportunidade de descentralizar o grande volume de pedidos, que está nas mãos de um ou dois aplicativos de comida. Isso significa trazer um pouco mais de equilíbrio para o mercado e um benefício para o consumidor final”, conta o CEO do Grupo Trigo, Antonio Moreira Leite. “No final do ano passado, realizamos o lançamento envolvendo 70 restaurantes. Agora, estamos em processo de rollout para liberar a ferramenta para todos as unidades nos próximos meses”, completa.
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
VENDAS
Júlio Camargo, gestor de Projetos e Marketing da consultoria Galunion
Mais um ponto que conta a favor da ferramenta é o fato de ser virtual. “Hoje, um aplicativo concorre por espaço no celular com fotos, vídeos e até mesmo outros apps”, comenta o gestor de Projetos e Marketing da consultoria Galunion, Júlio Camargo. “As opções remotas e geolocalizadas dão liberdade ao usuário, aumentam a base de potenciais clientes (já que é possível acessá-las a partir de qualquer smartphone com internet) e não dependem de atualizações. Tudo está on-line”, completa. Na visão do CEO da Holding de Franquias BHF - Branding, Hub & Franchising e membro da Comissão de Food Service da ABF, Leonardo Lamartine, existe um novo mercado gigante a ser explorado no digital, trazendo um risco maior de sobrevivência para os restaurantes que ficarem apenas no mundo físico presencial. “Todo recurso inovador que traz conforto e praticidade, eficiência e geolocalização para atendimento no lar do consumidor final faz tracionar incremento de vendas nas franquias, em especial o Google, que lidera como plataforma de pesquisa, assim já sugerindo a venda ao cliente diretamente dele para o restaurante”, aponta.
cerias com agregadores (como James, Rappi e 99 Food), acelerou o lançamento de seu e-commerce, que deu início a um novo programa de fidelidade da marca, e passou a receber pedidos por telefone e por chat no WhatsApp. Atualmente, a empresa pilota uma plataforma própria de pedidos no app. “A experiência acontece dentro do aplicativo, sem interação humana. Tudo por meio de inteligência artificial. O cliente realiza o pedido, paga e pode fazer sua avaliação ao final da experiência. Em breve, realizaremos o lançamento para todos os restaurantes”, adianta Moreira Leite. Apesar de não divulgar números relacionados à operação com o sistema Google Food Ordering, a rede garante que o projeto está indo muito bem: “Em geral está sendo ótimo, mas o lançamento e o investimento mais agressivos em marketing serão feitos nos próximos meses, quando teremos mais restaurantes disponíveis na plataforma para os nossos clientes”, completa o CEO do Grupo Trigo.
AMPLIAÇÃO DE CANAIS Para Camargo, da Galunion, adotar novos canais de venda, como o sistema do Google, é uma estratégia eficaz para impactar mais o cliente e aumentar a presença da marca no mercado. O especialista destaca que essa diversificação também é importante para reduzir a dependência de opções que consomem boa parte da margem de lucro do franqueado. No caso do Spoleto, nos últimos meses, além de investir no Google Food Ordering, a rede ampliou suas par-
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Revista Franquia & Negócios ABF
Leonardo Lamartine, CEO da Holding de Franquias BHF Branding, Hub & Franchising e membro da Comissão de Food Service da ABF
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#aluguel #reajuste #contas
Aluguel nas alturas
DESCUBRA O QUE PROVOCOU O DISPARO NO REAJUSTE DAS LOCAÇÕES E COMO AS FRANQUIAS PODEM NEGOCIAR OS VALORES
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odo contrato de aluguel sofre reajustes de valores, cujo objetivo é acompanhar os movimentos financeiros do mercado e tornar a relação mais justa para ambas as pontas, proprietário e inquilino. Normalmente, essa correção costuma acontecer quando o contrato faz “aniversário”, ou seja, a cada 12 meses, que é a menor periodicidade prevista em lei. O aumento no valor, por sua vez, é determinado por um índice de inflação escolhido previamente por cada locador. Quando o assunto é franquia, o índice de inflação mais utilizado nos contratos de locação é o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), monitorado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O problema é que, durante a pandemia de Covid-19, esse indicador disparou. Em janeiro de 2021, já acumulava uma alta de 25,71%. “A diferença tão expressiva no ritmo de crescimento do IGP-M nos últimos 12 meses tem como principal explicação a sua correlação com o dólar. Nesse período, a moeda norte-americana acumula altas consecutivas”, aponta o diretor Jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e professor da FGV, Sidnei Amendoeira Junior. Outro motivo que justifica essa alta é que o índice controla a variação de preços de bens de produção, como matérias-primas, commodities e materiais
Daniel Cerveira, sócio do escritório Cerveira Advogados Associados
de construção, entre outros. Dentro desse contexto, por exemplo, o arroz apresentou aumento de 76,01% em 2020, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Isso impacta diretamente a inflação do IGP-M. A questão é: até que ponto ele deveria ter relação com os contratos de aluguel das franquias?
ÍNDICES ALTERNATIVOS
Sidnei Amendoeira Junior, diretor Jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e professor da FGV
De acordo com o sócio do escritório Cerveira Advogados Associados, Daniel Cerveira, a inflação calculada pelo IGP-M está fora da realidade das franquias. “Nenhuma empresa no varejo consegue incorporar um custo desse nível em seus contratos de locação. Até porque, às vezes, 25% de variação pode inviabilizar por completo uma operação”, comenta. Como alternativa, o advogado sugere usar nos contratos o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Isso porque ele apura a variação de valores em produtos e serviços finais. Aqui, vale destacar, existe uma série de órgãos que coletam a inflação de um período com base nesses dados, como a própria FGV e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Novamente, vai do locador decidir qual ele quer seguir. Outubro eAbril novembro e maiode de2020 2021
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LOCAÇÃO
Jonas Bechelli, presidente da Doctor Feet
Os novos contratos de aluguel para franquias, inclusive, estão começando a sair com o IPC como base. Pelo menos é o movimento que a Doctor Feet está presenciando. “Os shoppings já entenderam essa demanda. Quem quiser abrir uma loja hoje terá condições comerciais melhores do que as dos contratos anteriores”, diz o presidente da marca, Jonas Bechelli. “Os locadores de pontos de rua, por sua vez, tendem a ser mais flexíveis mesmo quando aplicado o IGP-M”, completa.
Amendoeira, no entanto, alerta que é preciso ficar de olho nessa troca. “O IGP-M aumentou muito agora, mas, em outros momentos, já foi menor que o IPC e até negativo”, ressalta o advogado. Assim, para os franqueadores e os franqueados que não quiserem lidar hoje com grandes mudanças nos contratos, a dica é negociar.
NEGOCIAÇÃO EM CURSO Com a explosão da pandemia em março de 2020, as empresas tiveram que se adaptar. Muito além de seguir medidas sanitárias para evitar a propagação do vírus, foi necessário conversar com os proprietários dos imóveis sobre os aluguéis em busca de valores menores, uma vez que as vendas caíram com a diminuição de circulação de pessoas. No caso da Rede Café Cultura, a tratativa um tanto difícil foi bem-sucedida. “Todas as nossas franquias conse-
Revisão de contratos Para auxiliar os associados que estão enfrentando problemas relativos ao reajuste de aluguéis em shoppings durante a pandemia de Covid-19, a ABF encomendou um parecer para o jurista e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Fábio Ulhoa Coelho. O objetivo da análise foi descobrir se existe a possibilidade de os empreendimentos comerciais revisarem o índice aplicado nos contratos, bem como a cobrança do 13º aluguel. A conclusão de Coelho foi publicada em 9 de fevereiro de 2021 e, para ele, situações excepcionais, como a pandemia, demandam revisões contratuais. Confira o parecer completo no QR Code. É importante destacar que este parecer encomendado pela Associação pode servir de ferramenta para os associados negociarem, extrajudicialmente, a revisão dos contratos junto aos shoppings. A sugestão é que cada rede consulte seu próprio advogado e verifique a melhor forma de aplicar a análise na negociação.
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“TODAS AS NOSSAS FRANQUIAS CONSEGUIRAM NEGOCIAR 100% COM OS LOCADORES. TIVEMOS REDUÇÃO NOS PREÇOS EM ALGUNS CASOS DE ATÉ 80%. HOUVE TAMBÉM ISENÇÕES DE TAXAS DE MÍDIA E DE PUBLICIDADE, ENTRE OUTROS. CONSEGUIMOS MANTER OS VALORES COM DESCONTO ATÉ DEZEMBRO DE 2020”
É importante ressaltar que cada companhia segue uma política na hora de tratar as questões do reajuste do aluguel. A Doctor Feet, por exemplo, se coloca à frente da negociação. Já na Rede Café Cultura são os franqueados que resolvem a questão diretamente com os locadores dos pontos. “Nós, como franqueadora, auxiliamos nas possíveis dúvidas”, conta Luciana. Independentemente da cultura aplicada na franquia, reajustes de aluguel podem, sim, ser negociados – ainda mais com o cenário de pandemia longe de ter um fim decretado. A chave para ter sucesso nessa conversa está em buscar um equilíbrio contratual que favoreça as duas pontas.
Luciana Melo, CEO da rede Café Cultura
Chegou a hora de mudar? guiram negociar 100% com os locadores. Tivemos redução nos preços em alguns casos de até 80%. Houve também isenções de taxas de mídia e de publicidade, entre outros. Conseguimos manter os valores com desconto até dezembro de 2020”, explica a CEO da marca, Luciana Melo. Com a virada do ano, as negociações de emergência se encerraram, e os valores retornaram ao normal. Isso significa que os índices de inflação voltaram a ditar regra. “Na maioria das unidades já houve a aplicação do IGP-M para a correção do contrato. Mas há um ou outro caso em que o locador é mais flexível, que entende que não é o momento de aplicar o índice e está aguardando fechar o semestre para ver se a franquia vai retomar em 100% o faturamento”, destaca Luciana.
Se o índice usado no contrato de locação prevê um reajuste alto e o proprietário não quer negociar, talvez seja a hora de procurar outro ponto para estabelecer o negócio, até porque qualquer negócio só terá êxito se a operação for sustentável. Em tempos de Covid-19, o que não faltam são opções de aluguéis disponíveis. Com o home office em alta, e um grande número de imóveis comerciais devolvidos, os preços de locação estão em queda. Segundo o Índice FipeZap Comercial, entre novembro de 2019 e outubro de 2020, o preço médio acumula recuou para 1,34%. As maiores retratações foram sentidas nas seguintes cidades: Salvador (-8,87%), Rio de Janeiro (-5,18%) e Curitiba (-3,39%).
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TERRITORIALIDADE
#contratos #clientes #vendas
Sem fronteiras, será? COM O AUMENTO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ON-LINE, FRANQUIAS TÊM QUE ENCONTRAR SOLUÇÕES PARA TORNAR SAUDÁVEL A COMPETIÇÃO ENTRE AS UNIDADES
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ntes da pandemia de Covid-19, a cláusula de territorialidade nos contratos de franquias não incluía a questão de vendas on-line. Isso porque, embora o debate sobre se o faturamento de um produto comprado na internet deva passar por um franqueado exista há algum tempo, no geral, as compras digitais permaneciam centralizadas na própria franqueadora para agilizar a entrega e diminuir o frete pago pelo consumidor.
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A crise sanitária, no entanto, tornou obrigatória a participação da rede nesse sistema, mesmo sem mudanças no contrato. Até porque, com a redução de clientes circulando pelas ruas e shoppings, existia a possibilidade de algumas unidades quebrarem. Só que aí nasce um dilema: como distribuir corretamente as vendas e não criar uma competição entre as operações no ambiente digital? Para o sócio-fundador da Kick Off Consultores, Renato Claro, a forma mais óbvia de solucionar a questão dos territórios é verificar o CEP do comprador. “É comum que as franquias tenham uma área de atuação traçada. Então, a venda e a entrega do produto devem ser realizadas pela unidade em que o endereço do cliente está localizado. Os sistemas de informática, inclusive, são inteligentes para fazer essa distribuição automaticamente”, comenta. A solução pode ser cabível para franquias que trabalham com os segmentos de vestuário e produtos para pet, por exemplo, mas e as de serviços? O setor educacional é um que apresenta certas particularidades que tornam
Renato Claro, sócio-fundador da Kick Off Consultores
Metodologia chinesa Ao redor do mundo, é mais comum que as empresas adotem a logística de last mile (ou última milha). Aqui, o pedido sempre vai sair do depósito da franquia, mesmo que exista uma unidade próxima ao endereço do consumidor. A ideia de incluir o franqueado na venda e entrega de produtos, por sua vez, é importada da China. Por lá, utiliza-se o conceito de first mile (ou primeira milha). Isso é, em vez de o produto sair do depósito da loja, ele sai da loja mais próxima ao cliente, tendo uma entrega mais rápida, sendo possível até no mesmo dia. “É um sistema extremamente benéfico para o consumidor, pois o frete cai e ele recebe o pedido em pouco tempo”, explica o sócio-fundador da Kick Off Consultores, Renato Claro. “É um conceito que já estava sendo estudado, mas foi implantado de supetão no Brasil durante a pandemia de Covid-19”, completa.
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FOTO: F. VIANNA
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TERRITORIALIDADE
Da esq. para dir.: Eduardo Pacheco, fundador da Park Idiomas e Paulo Arruda, CEO e cofundador da Park Education
“CADA INTERESSADO QUE APARECE EM NOSSO SITE É DIRECIONADO PARA UMA UNIDADE. NOSSA INDICAÇÃO SEGUE UMA ORDEM DE SORTEIO FEITA PREVIAMENTE. QUANDO CHEGAMOS AO ÚLTIMO FRANQUEADO CONTEMPLADO, VOLTAMOS PARA O PRIMEIRO” Paulo Arruda, CEO e cofundador da Park Education
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essa distribuição mais complexa. Diferentemente dos demais, ele precisar formar turmas de alunos e nem sempre os horários, os dias e o nível que o estudante procura estão disponíveis na unidade mais próxima à sua casa ou trabalho. “Para um franqueado de uma escola pode não ser interessante montar uma sala com menos alunos quando o mínimo é 12. Ele vai ter prejuízo”, aponta Claro. “Com o boom das aulas a distância, porém, o proprietário passou a ter a possibilidade de recomendar o cliente para outra unidade da rede que tenha turma específica para os interesses daquela pessoa. Assim, a franquia não sai perdendo”, completa. Vale destacar que, caso o negócio seja fechado, é interessante ao franqueado que recomendou o cliente receber algum tipo de bonificação, a fim de manter uma boa relação entre a rede. “Uma ideia é o proprietário da unidade que recebeu a matrícula pagar um prêmio para o vendedor que fez o repasse”, exemplifica o especialista. Mas nem sempre o cliente vem de forma direta. Na Park Education, por exemplo, é possível fazer uma inscrição pela internet. Para resolver esses casos de forma igualitária, a rede de ensino tem um sistema de distribuição específico. “Cada interessado que aparece em nosso site é direcionado para uma unidade. Nossa indicação segue uma ordem de sorteio feita previamente. Quando
chegamos ao último franqueado contemplado, voltamos para o primeiro”, conta o CEO e cofundador da empresa, Paulo Arruda. Ainda assim, essa distribuição segue critérios de território previstos em contrato antes da abertura do ensino on-line, que foi disponibilizado durante a pandemia. Por padrão, os franqueados só podem dar aulas para alunos de sua cidade – a rede não delimita bairros e pode ter mais de uma franquia em uma única região. Dessa forma, quando o cliente que aparece pelo site é de um município que tem a presença da Park Education, ele é direcionado para a primeira unidade da cidade dentro da lista de sorteio. Já se não existir uma no local, segue a ordem geral. Agora, quando o assunto é competição on-line e sem fronteiras, a dica para evitar que os franqueados briguem é estabelecer regras saudáveis. “Impedimos a canibalização de preços e promoções inadequadas, considerando a preservação da capacidade de atuação de cada unidade”, afirma o gerente de Operações e Expansão do CCAA, Guilherme Gagliardi.
SOLUÇÕES NÃO TÃO DURADOURAS
Guilherme Gagliardi, gerente de Operações e Expansão do CCAA
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As medidas encontradas pela Park Education e pelo CCAA para resolver as disputas de território na era digital foram estudadas levando em consideração as particularidades do setor. Segundo Claro, toda franquia deveria fazer esse mesmo exercício. “Para cada tipo de negócio existe um caminho diferente, feito especificamente para aquela empresa. Não existe uma resposta única e milagrosa”, ressalta.
O Grupo TrendFoods, detentor de China in Box e Gendai, é outro exemplo de empresa que encontrou uma saída alternativa para o momento. “A franquia de comida chinesa sempre foi loja de rua e trabalhou com entregas das duas marcas. A japonesa, por sua vez, fica em shoppings com atendimento local. Com a chegada da pandemia, começou a dar problema na questão do território porque todo mundo queria fazer delivery para se sustentar”, destaca Claro. De acordo com o sócio-fundador da Kick Off Consultores, a solução encontrada pelo Grupo TrendFoods foi criar novas marcas. O franqueado China in Box passou a entregar comida japonesa sob um novo nome e não mais como Gendai. E vice-versa. Essas respostas encontradas, no entanto, não tendem a ser duradouras, uma vez que esse mercado ainda está em transformação. “As redes têm que ter em mente que as soluções adotadas hoje vão precisar ser adaptadas em pouco tempo”, alerta o consultor. “Daqui a alguns anos pode ser que tenhamos encontrado a forma correta de atuar com o território. Mas hoje não conseguimos definir isso”, finaliza.
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VIRTUAL
#on-line #trabalhoremoto #distanciamentosocial
Foco no digital EM ALTA, MODELOS DE FRANQUIAS VIRTUAIS PERMITEM REALIZAR OPERAÇÕES DE FORMA REMOTA
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pandemia de Covid-19 desencadeou uma série de mudanças no mercado brasileiro. Com a necessidade de distanciamento social, as operações digitais ganharam ainda mais popularidade entre empresários e consumidores. No franchising, os modelos de negócios virtuais se consolidaram como uma tendência. O diretor da Ancona Consultoria, Paulo Ancona Lopes, explica que as franquias virtuais são adaptáveis a diversos segmentos, como e-commerce, agências de viagens, ensino a distância e marketing digital. Apesar de apresentarem algumas particularidades,
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elas seguem os mesmos princípios básicos dos modelos tradicionais. Isso significa que o franqueador deve repassar todos os conhecimentos e as orientações necessárias para que o franqueado realize sua operação da melhor forma possível. O grande diferencial é que os negócios podem ser controlados remotamente de qualquer lugar, de forma 100% on-line – o que exige uma estrutura tecnológica. “Por isso, é fundamental que o franqueado também tenha recebido todas as especificações necessárias sobre os sistemas que irá usar, os equipamentos indicados e as conexões estipuladas pela franqueadora”, destaca o consultor.
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O ideal é que o dono de uma franquia desse tipo tenha afinidade com o mundo digital. “Ele deve ser uma pessoa com facilidade para lidar com tecnologia, que não se importe em ter contatos apenas virtuais e em lidar somente com o ‘não físico’”, comenta Ancona. “Outras características, em termos de competências, são específicas para cada tipo de negócio. Se usarmos uma agência de viagens como exemplo, pode ser necessário o domínio de outros idiomas”, completa.
PRINCIPAIS VANTAGENS Além de oferecer praticidade para quem quer tocar um negócio e ganhar dinheiro de forma totalmente on-line, os modelos de franquias virtuais contam com outras vantagens importantes. A primeira delas é a rapidez. A Mazze, marca curitibana de semijoias, por exemplo, fornece um site completo e personalizado ao franqueado em menos de 30 dias após a assinatura do contrato. Depois disso, ele já pode começar a tocar o negócio, divulgando a página e fazendo vendas digitais. “Os franqueados não precisam comprar produtos para vender. Quem detém todo o estoque e realiza a entrega dos pedidos aos clientes finais é a central da Mazze. Assim, é possível empreender de forma econômica e prática”, diz a diretora de conteúdo da empresa, Viviane Menosso. A especialista também ressalta que o investimento para abrir uma franquia virtual é bem mais econômico em relação ao de uma loja física. “A Mazze tem opções que variam de R$ 9 mil até R$ 15 mil. É um investimento acessível e o franqueado recebe todo o plano de negócio pronto, estratégias, site, suporte, produtos, material de marketing e o que mais uma franquia precisa para funcionar”, aponta. Fora o investimento inicial, o único gasto fixo que cada franqueado tem é a hospedagem do site, que custa R$ 39. Viviane ressalta que não é necessário se preocupar com a contabilidade das franquias, pois a central da rede oferece esse serviço já incluso para todas as pessoas que investem em seus modelos de negócios virtuais. Dentre os franqueados da Mazze, 80% têm a franquia como forma de complementar a renda e 20% apostam no negócio como renda principal. “O faturamento médio
Paulo Ancona Lopes, diretor da Ancona Consultoria
varia entre R$ 5 mil a R$ 10 mil por mês, porém, suas vendas são ilimitadas, dependendo da dedicação de cada franqueado. Já a margem de lucro varia entre 30 e 45%”, informa Viviane. A SmartComm Digital (antiga SMS Digital), rede de franquias focada em atendimento e comunicação virtual, também conta com um modelo de negócio para quem quer ganhar dinheiro trabalhando pela internet. Com uma estratégia B2B, a companhia possibilita que empresas realizem campanhas de disparos de comunicados e ações de marketing de forma manual ou automatizada. Segundo o diretor da marca, Fabiano Rosa Batista, o mercado de comunicação é muito amplo e variável de acordo com cada região do Brasil e do mundo. “Grande parte dos resultados e ganhos de uma franquia de comunicação virtual, como a SmartComm Digital, vai depender unicamente das soluções que o franqueado encontra para implementar as ferramentas em seus clientes. Com isso, é possível faturar em média R$ 10 mil por mês”, diz. E tem mais franquias que trabalham com modelos de negócios virtuais: a MemoCash Soluções, fintech que comercializa soluções em tecnologia para estabelecimentos comerciais, com sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos da Empresa); o banco digital Dot Bank, cujo foco são empresas com alto volume de emissão de boletos bancários e que desejam automatizar 100% seu fluxo de pagamento e recebimento; a SuperGeeks, que recentemente lançou a a Microfranquia Digital SuperGeeks, com aulas de programação e robótica totalmente on-line e ao vivo para crianças e adolescentes, e a Seguralta, que desde 1968 trabalha com soluções em seguros, consórcios e produtos financeiros.
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VIRTUAL
“GRANDE PARTE DOS RESULTADOS E GANHOS DE UMA FRANQUIA DE COMUNICAÇÃO VIRTUAL, COMO A SMARTCOMM DIGITAL, VAI DEPENDER UNICAMENTE DAS SOLUÇÕES QUE O FRANQUEADO ENCONTRA PARA IMPLEMENTAR AS FERRAMENTAS EM SEUS CLIENTES” Fabiano Rosa Batista, diretor da SmartComm Digital (antiga SMS Digital)
Franquia virtual X modelo home based É importante destacar que negócios 100% virtuais são diferentes de modelos de franquias home based. Ambos não possuem ponto físico e podem ser operados on-line, mas existem algumas particularidades que merecem destaque. As franquias virtuais são controladas de forma 100% remota. Isso significa que o franqueado consegue tocar seu negócio em casa ou em qualquer outro lugar com acesso à banda larga. Já os modelos home based precisam de um local físico de apoio, que pode servir, por exemplo, para abrigar equipamentos ou um pequeno estoque de produtos.
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DIGITAL CADA VEZ MAIS PRESENTE O caminho do mercado indica que os negócios digitais foram impulsionados pela pandemia e que devem continuar em alta. O segmento de e-commerce, por exemplo, tem expectativa de crescimento de 26% em 2021, segundo um levantamento da consultoria Ebit|Nielsen. Viviane conta que 2020 foi o ano com o maior índice de procura por franquias virtuais da Mazze – a empresa passou de 80 unidades, em 2019, para 230 no ano passado. A SmartComm Digital também alcançou resultados importantes. “A busca por franquias digitais de fato aumentou nos últimos meses, praticamente dobrando a quantidade de leads e interessados em atuar nessa área”, afirma Batista. Ancona enxerga esse modelo de negócio como um caminho interessante para o novo padrão de sociedade que está se desenhando. Ele salienta que as baixas barreiras de entrada devem colaborar para que o mercado se torne ainda mais competitivo no futuro.
Peças da franquia virtual Mazze
“OS FRANQUEADOS NÃO PRECISAM COMPRAR PRODUTOS PARA VENDER. QUEM DETÉM TODO O ESTOQUE E REALIZA A ENTREGA DOS PEDIDOS AOS CLIENTES FINAIS É A CENTRAL DA MAZZE. DESSA FORMA, É POSSÍVEL EMPREENDER DE FORMA ECONÔMICA E PRÁTICA” Viviane Menosso, diretora de conteúdo da Mazze
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#gestão #recompra #pontocomercial
Negócio pronto D O REPASSE DE FRANQUIA PODE SER MUITO VANTAJOSO PARA QUEM PRECISA SE DESFAZER DA OPERAÇÃO, PARA A FRANQUEADORA E, SOBRETUDO, PARA QUEM ESTÁ EM BUSCA DE EMPREENDER
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urante muito tempo, o empreendedor Paulo Sergio David Marques, de São Paulo, desejou atuar no franchising, mas a oportunidade certa não aparecia. Em 2016, no entanto, a situação mudou e, em agosto, ele fechou a compra de uma unidade da Olho Vivo Vistorias Automotivas. A inauguração aconteceu em abril do ano seguinte. Apesar de satisfeito com a conquista, os resultados não foram o que esperava e, com a pandemia do novo coronavírus, a situação se agravou.
A saída que o empreendedor encontrou foi repassar a franquia. “Tentei de tudo para mantê-la, mas os custos eram muito altos e, quando tivemos de paralisar a operação por conta da Covid-19, não consegui mais segurar”, conta. Tomada a decisão da venda, Marques primeiro procurou a franqueadora. O passo seguinte foi oferecer a unidade para os funcionários, que aceitaram a proposta. “Os negócios de vistoria veicular, no geral, são comandados por vistoriadores, pois eles não precisam contratar pessoal e aí conseguem ter lucro.” Assim como o empreendedor paulista, há muitos outros fraqueados que não conseguem manter suas ope-
Bruno Gorodicht, diretor Comercial da Espetto Carioca
FOTO: RAFAEL JORGE
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Paulo Sergio David Marques, empreendedor
rações, e por diversas razões. Além da financeira, exacerbada pela pandemia, na lista das mais comuns estão problemas familiares, como separação matrimonial, e de saúde, falecimento, mudança de cidade, rompimento de sociedade, mau desempenho, conflitos com a franqueadora, desejo de mudar de área de atuação e busca de novos desafios na vida profissional. Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostram que, no ano passado, a taxa de repasse no Brasil ficou em 2,5% – em 2019, havia sido de 2,3%. Essa é uma prática comum no sistema e, inclusive, apoiada pela entidade. “É uma opção muito importante para a perpetuação de negócios e empregos”, afirma o presidente da ABF, André Friedheim. “Sou completamente favorável ao repasse de franquias. É uma maneira de manter a rede viva. A questão é apenas para quem repassar. O franqueador tem que garantir que o repasse seja feito para quem tem condições de conduzir o negócio”, acrescenta o CEO do Grupo Cherto, Marcelo Cherto, um dos principais nomes do setor. Entre as marcas brasileiras que já registraram esse tipo de operação está a Espetto Carioca, de bares e restaurantes. De acordo com seu diretor comercial, Bruno Gorodicht, em oito anos de funcionamento foram realizados quatro repasses, sendo um durante a pandemia.
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“Enxergamos a prática com naturalidade, pois negócios podem ter começo, meio e fim, o que não necessariamente é algo ruim. Só é recomendável que o franqueado que deseja vender reflita bastante antes de concretizar a ação e pese todos os lados. E, o que vai comprar, analise de forma criteriosa todos os aspectos financeiros, possíveis débitos, questões jurídicas e também sobre a região da unidade”, diz. Na OdontoCompany, rede de clínicas odontológicas, as trocas de comando também acontecem. “A taxa é menor que 1% ao ano, mas é um evento que faz parte do negócio, pois, por mais que tenhamos testes de aptidão, sempre pode ocorrer de um ou outro não se conectar”, aponta o presidente da empresa, Paulo Zahr.
VANTAGENS DO REPASSE Por mais que seja uma decisão difícil – e até burocrática –, o repasse tem suas vantagens. Para o franqueado que quer ou precisa se desfazer da operação é uma oportunidade para recuperar o capital investido – se não todo, ao menos uma parte dele –, enquanto para a franqueadora é uma forma de evitar o fechamento, salvaguardando unidades em risco. E há benefícios também para o futuro comprador, por exemplo, a possibilidade de ter descontos na hora na compra e a rapidez na operação, já que recebe um negócio pronto e em pleno funcionamento, com uma carteira
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Paulo Zahr, presidente da OdontoCompany
de clientes já formada. Além disso, pode contar com os colaboradores que já atuavam no local, dispensando treinamento de equipe. “Com a pandemia, muitos franqueados não conseguiram manter suas lojas e o repasse acabou sendo a solução para alguns. E, mesmo na crise, tem gente que tem capital e, com isso, consegue encontrar boas oportunidades, sobretudo porque está pegando o negócio na baixa. Vimos esse movimento acontecer com força no ano passado e certamente será continuado este ano”, indica a sócia do escritório NB Advogados, Marina Nascimbem Bechtejew Richter. A advogada pondera que o valor que será pago na unidade tem muito a ver com o estado em que ela está. “Se não estava faturando muito bem, é provável que o novo comprador a adquira por um preço mais baixo do que se tivesse que montar uma do zero. Porém, se possuía um faturamento alto, seu valor agregado sobe e, neste caso, ele pode até pagar um pouco mais.”
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É preciso salientar que, para fazer o repasse, há regras – elas podem ser diferentes para cada franqueadora, mas sempre estarão discriminadas no contrato de franquia. Uma delas, segundo Marina, é que, na maioria das vezes, a responsabilidade de conseguir um novo comprador é do atual franqueado. “A franqueadora pode tentar ajudar, consultando a sua rede e o seu banco de cadastros para ver se há algum interessado. Mas, independentemente da forma como o futuro franqueado venha, ele terá de passar pelo processo seletivo da empresa e só fechará o negócio se for aprovado. Além disso, há contratos em que a preferência na compra da unidade é da franqueadora, então, o franqueado tem de oferecer primeiro para ela. Caso contrário, corre o risco de pagar multa”, explica a sócia do NB Advogados. Em relação ao comprador, a especialista recomenda que, antes de assinar o contrato, ele faça a lição de casa, analisando com cuidado o mercado em que irá atuar e a documentação necessária, a fim de saber a real situação da unidade que pretende assumir. “Ele precisa estudar os números da loja para ter uma ideia de eventuais passivos que ela possa ter, sejam eles trabalhistas, tributários, com a franqueadora ou fornecedores. Isso evita surpresas lá na frente”, completa a advogada.
Marina Nascimbem Bechtejew Richter, sócia do escritório NB Advogados
Vantagens e muito trabalho “Adquiri uma unidade de repasse da Via Certa Cursos Profissionalizantes em junho de 2019. Meu sogro já tinha duas escolas da marca e eu tive a oportunidade de vê-las funcionando de perto e me encantei. Mesmo sem experiência na área de educação, decidi que teria a minha, mas não queria montar do zero, eu não tinha tempo e nem dinheiro para isso. Procurei a franqueadora e soube da uma unidade à venda na cidade de Vinhedo. Tinha um ano de funcionamento, alunos matriculados e estava faturando. Era o que eu precisava naquele momento. Depois de passar por todo o processo, fechei o negócio, e foi bastante vantajoso. Apesar disso, a operação exigiu muito trabalho no início. A unidade tinha alunos, se pagava, mas não dava lucro. Investi em uma estratégia comercial para captação de alunos, com forte divulgação em mídias sociais, e fiz uma limpeza no sistema para resolver a parte das cobranças e recuperar os inadimplentes. Também tive de lidar com a parte pedagógica, já que a escola não tinha uma coordenadora, e fazer mudanças na equipe e na gestão. Após cerca de sete meses, a situação começou a estabilizar. Hoje, tenho quase 300 alunos e consegui aumentar o faturamento em cerca de 70%. Para mim, valeu muito a pena pegar essa unidade de repasse. Ela tinha potencial, só precisava de alguém no dia a dia, mais perto da operação.” Tatiane Tedesco, franqueada Via Certa, unidade de Vinhedo, no interior de São Paulo
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#bolsadevalores #captação #investidores
De olho na bolsa
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FOTO: JULIO MARQUES
ENTENDA AS VANTAGENS, OS DESAFIOS E A IMPORTÂNCIA DA ABERTURA DE CAPITAL PARA FRANQUEADORAS E FRANQUEADOS
Adir Ribeiro, CEO da consultoria Praxis Business
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m 2020, mesmo em meio a uma grave crise sanitária e humanitária causada pela pandemia de Covid-19, a B3, a bolsa de valores oficial do Brasil, registrou um alto número de IPO (Initial Public Offering ou oferta pública inicial): foram 28 entre janeiro e dezembro. Só 2007 teve um índice maior: 64. Este ano, ao que tudo indica, esse movimento – que consolida ainda mais as marcas no mercado, desencadeia mudanças de gestão importantes e oferece uma série de novas oportunidades – deve continuar, e promete atrair também as franquias. “A abertura de capital funciona como um movimento de consolidação e de tendência para o franchising brasileiro”, explica o CEO da consultoria Praxis Business, Adir Ribeiro. O especialista defende que o processo é um caminho de maturidade para o sistema nacional, assim como ocorreu no mercado norte-americano, que já tem muitas empresas franqueadoras listadas na bolsa de valores. No Brasil, redes como CVC, Arezzo, Hering e Localiza apostaram no IPO há alguns anos. No início de fevereiro de 2021, a rede Espaçolaser também entrou para a lista – ela se tornou a primeira empresa de serviços de beleza a abrir capital no País. Na oferta inicial, o preço foi fixado a R$ 17,90 por ação (ESPA3) e o valor captado foi de R$ 2,64 bilhões.
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C A P I TA L A B E R T O
Da esq. p/ a dir.: Paulo Morais, CEO e sóciofundador da Espaçolaser e Ygor Moura, chairman e sócio-fundador da empresa
“A entrada na bolsa é um reconhecimento da condução do negócio até aqui. Trabalhamos com o propósito de oferecer liberdade e inclusão através dos nossos serviços e dentro das iniciativas que carregamos dentro da empresa”, destaca o CEO e sócio-fundador, Paulo Morais. Atualmente, a marca possui 572 unidades distribuídas pelo País e pela América Latina e contabiliza mais de dois milhões de clientes atendidos. Segundo o chairman e sócio-fundador da Espaçolaser, Ygor Moura, a expectativa, agora, é retomar o ritmo de abertura de novas lojas próprias. “Adicionalmente, com os recursos do IPO, conseguimos adquirir as participações remanescentes nas sociedades controladas, otimizando a estrutura societária e trazendo ganhos significativos de gestão e eficiência”, informa. A CVC Corp, um dos maiores grupos de viagens da América Latina, que envolve marcas de franquias como CVC e Experimento Intercâmbio Cultural, entrou na bolsa de valores do Brasil em 2013. “A iniciativa abriu o mercado de turismo para investidores e deu início a uma etapa de grande crescimento da empresa”, explica a diretora-executiva de negócios B2C Brasil na companhia, Daniela Bertoldo. Segundo ela, a recomendação para as franquias que desejam fazer o IPO é que, antes, conheçam as contas do negócio. “Esse processo é muito mais detalhado em uma empresa de capital aberto. As informações são abertas e controladas, com a devida auditoria dos números, além da divulgação obrigatória de resultados, o que passa ainda mais confiança a quem deseja entrar no negócio”, aponta. De quebra, esses fatores também proporcionam uma gestão de alta qualidade para quem já é franqueado. Mas administrar uma franquia que pertence a uma marca com ações na bolsa exige alguns cuidados especiais. O consultor Adir Ribeiro ressalta que os franqueados precisam ter agilidade no processo de adaptação. Fora isso, por conta das obrigações legais, a relação fica mais impessoal e todas as regras precisam ser cumpridas com muita definição.
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Passo a passo para o IPO O primeiro procedimento formal para a empresa abrir o capital é protocolar um pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é o órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais brasileiro. Simultaneamente, para que possa ter suas ações e outros valores mobiliários negociados, deve solicitar sua listagem na B3, a bolsa de valores oficial do Brasil. O processo de abertura leva aproximadamente dez semanas. Na primeira etapa, é preciso definir o auditor independente, escolher o coordenador líder, fazer uma análise preliminar e verificar se a companhia cumpre todos os requisitos necessários para tirar a ideia do papel. Entre os requisitos, é necessário ser uma sociedade constituída sob a forma de S.A., ter três anos de balanço auditado por auditor independente registrado na CVM – no caso de empresas com menos de três anos, deve-se provar que os negócios foram auditados desde o início – e obter (caso ainda não tenha) um registro de companhia categoria A na CVM. A lista de requerimentos inclui ainda ter diretor de RI estatutário e um Conselho de Administração. Depois da fase de preparação, o caminho em busca do IPO envolve outras três macro etapas: preparação da documentação e marketing da oferta, busca por investidores e vida de companhia aberta. Fonte: B3
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Daniela Bertoldo, diretora-executiva de negócios B2C Brasil na CVC CORP
CAMINHO PARA O IPO A jornada para chegar ao IPO é longa e desafiadora. “É necessário analisar as condições de mercado e a perspectiva de performance”, explica Ribeiro. A companhia também precisa fazer adaptações. “Em alguns movimentos, as franqueadoras acabam anunciando um processo de compra de unidades franqueadas para poder agregar mais para a sua base”, destaca. O especialista enxerga as holdings franqueadoras como um caminho fundamental. Segundo ele, agregar marcas de segmentos parecidos em um único grupo é
Principais benefícios da abertura de capital Reforço de caixa: captação de recursos para crescimento e novos investimentos Perenidade: fortalece governança e gera continuidade do negócio Possibilidade de desinvestimento: alternativa de liquidez para investidores estratégicos e acionistas Visibilidade e governança: boas práticas e visibilidade de mercado Facilitação em processos de M&A (Mergers & Acquisitions ou fusões e aquisições): ações são potenciais moedas de troca em caso de aquisições. Fonte: B3
uma das chaves para ter mais sinergia e criar mais valor – já que elas serão muito mais fortes juntas do que isoladas. Outro ponto importante é que, antes da abertura de capital, a maioria das redes aposta em fundo de investimento. “Funciona como um caminho natural. A Espaçolaser e outras companhias fizeram isso. Seguramente, uma empresa que trabalha com fundo de investimento está olhando para IPO. Acredito que elas estejam mais preparadas do que as demais”, complementa o CEO da Praxis Business.
GRANDE DESAFIO No caminho para o IPO, também ocorre de empresas desistirem ou adiarem a concretização da ideia. O que acontece é que o custo para estruturar o negócio é alto, então, precisa valer muito a pena. Além disso, são necessárias diversas mudanças relacionadas à lista de obrigações legais. “Temos uma série de protocolos a seguir, como divulgação de demonstrativos, relatórios e diversos outros documentos para os investidores, alguns de periodicidade trimestral e outros anuais, além do cumprimento às regras e regulamentos que são monitorados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários)”, comenta Daniela, da CVC Corp. Recentemente, franquias como Le Biscuit e Grupo Uni.co, dono das marcas Puket, Imaginarium e Casa MinD, protocolaram o registro para realizar ofertas iniciais de ações, mas suspenderam a iniciativa. A primeira não deu muito detalhes sobre o motivo da desistência. Já a segunda afirmou, em nota ao jornal O Globo, que “apenas suspendeu o plano por ora e que está analisando novas oportunidades no mercado além do IPO”. As empresas foram procuradas e não quiseram falar.
Outubro eAbril novembro e maiode de2020 2021
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#pandemia #covid-19 #legislação
A ABF está atenta e pronta para agir
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o escrever este artigo, o Brasil enfrenta o momento mais agudo da pandemia de Covid-19. Creio que há um ano, não poderíamos imaginar estar vivendo isso agora com tal intensidade. São quase 11,5 milhões de casos e mais de 277 mil mortos. Hospitais lotados, sistema de saúde em colapso e a vacina que não chega na velocidade que todos esperávamos. O resultado disso é não só uma retomada das restrições à atividade econômica, como sua intensificação. Ano passado, quando do início da pandemia, vimos uma enorme movimentação dos órgãos públicos. A primeira providencia foi o Decreto Legislativo 6, de 20 de março de 2020, que decretou estado de calamidade pública e que, junto da PEC do Orçamento de Guerra, permitiu que os gastos excepcionais não fossem levados em conta para fins de responsabilidade fiscal. A esse decreto seguiu-se o Decreto Federal 10.282 que estabeleceu o que seriam atividades essenciais que poderiam funcionar. Com a decisão do STF no sentido de que todos os níveis da federação poderiam adotar medidas de restrição à locomoção e as atividades econômicas, seguiram-se outros decretos em todos os estados e municípios, o que tornou a vida dos empresários do franchising, franqueadores e franqueados um verdadeiro caos. Era quase impossível manter-se informado e atender todo esse arcabouço legislativo nem sempre harmônico. Apesar disso, seguiram-se diversas medidas de apoio para ajudar o setor a atravessar a crise, em particular a MP 936, depois convertida na Lei 14.020, de 6 de julho de 2020, que permitiu a redução de jornada e a suspensão dos contratos de trabalho. Vieram, ainda, uma série de medidas tributárias permitindo a suspensão de pagamento de tributos (com destaque às Resolução CGSN 152 e 154/2020) e até a possibilidade de transação extraordinária da dívida ativa (Portaria PGFN 9924 e Lei do Contribuinte Legal). Outro ponto de destaque foi o crédito: medidas como o PESE (R$ 40 bilhões para pagamento da folha de pagamento) e Pronampe (Lei 13.999), sem contar os demais programas do BNDES, que foram fundamentais para a sobrevivência de pequenas e médias empresas do nosso setor. Mas por que dizer tudo isso agora? Simples, porque se naquele momento tudo isso foi feito, agora devemos retomar e ampliar esses programas. Isso é fundamental para a sobrevivência do varejo e todos os empregos por ele gerados. Ocorre, porém, que as mais variadas esferas governamentais parecem ter perdido a sensibilidade e não só não ampliam tais medidas como tem tomado outras, na contra-
Sidnei Amendoeira Jr., diretor Jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF)
mão, visando impor ao nosso setor, perdas ainda maiores. Ora, de nada adianta prorrogar os vencimentos do Pronampe por 90 dias se a grande maioria dos empresários não conseguiu o crédito na primeira vez. O Pronampe precisa de mais recurso e deve se tornar um programa permanente. Urge a criação de um amplo programa de parcelamento incentivado, sem juros e multas, ou seja, um grande Refis Nacional para todos os tributos e em todas as esferas. Uma nova permissão da suspensão dos contratos de trabalho também é uma necessidade premente, ou alguém aqui acredita que, em meros 15 dias, todas as atividades serão retomadas? A última vez que imaginamos isso foi há um ano e olha só em que ponto chegamos. Toda a conta deixada pelo rastro da Covid em 2020 está vencendo agora e estamos novamente fechados e sem a proteção necessária. Nossos governantes precisam acordar urgente para essa realidade, sob a pena de, como sempre, quando o fizerem, será tarde demais. Mas, mais do que isso, agora não é hora dos estados e municípios quererem impor aumento de impostos. Aliás, tal conduta é de uma perversidade ímpar. Nesse sentido, repudiamos fortemente a conduta do Estado de São Paulo, ao tentar, por meio da Portaria CAT 6/2021, poucos dias antes da Páscoa, sobretaxar o setor como um todo e o franchising em particular. A medida foi percebida a tempo e a ABF, por meio de mandado de segurança coletivo, conseguiu suspender liminarmente esse abuso. A ABF está atenta a tudo isso e pronta para agir. Juntos somos mais fortes!
P O N T O D E V I S TA
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#comportamento #confiança #opinião
Confie desconfiando Por Luciano Pires*
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* Luciano Pires pires.com.br www.lucianopires.com.br
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empre me fascina a capacidade que algumas pessoas têm de tratar sua visão do mundo como a única correta, com uma confiança que chega a ser comovente. Vira fé. E não adianta você trazer fatos; a pessoa simplesmente não ouve, nem enxerga o que está sendo dito ou mostrado. Ela tem excesso de confiança nas próprias habilidades, excesso de confiança que suas ideias e opiniões são as corretas, excesso de confiança de que é superior aos outros. Afinal, ela está certa, não é? Ter confiança nas coisas é o que nos faz seguir em frente. Não é ruim. Se eu não confiasse em minha capacidade de escrever as ideias, por exemplo, eu não me atreveria a fazê-lo. O problema não é a confiança, mas é o excesso dela. Olha, depois que eu me curei da juventude, aprendi a confiar desconfiando. Minhas opiniões são definitivas até a página três, por uma razão muito simples: é essa certeza definitiva que guiará minhas ações. Uma sociedade repleta de gente com excesso de confiança e com acesso aos canais de distribuição de ideias, corre o risco de não dar certo. Ou de mergulhar num cenário conflituoso onde se destrói mais do que se constrói. E é aí que deveria tocar o sinal de alerta. O excesso de confiança é contagioso. Se você escolhe seguir alguém que sofra desse mal, provavelmente se contagiará com ele, sem perceber que se tornará cego e surdo para tudo aquilo que vá contra suas crenças. E tomará decisões baseadas exclusivamente em evidências que confirmam suas crenças pré-existentes. Você passa a viver numa bolha. E aí, dá nisso que estamos vendo.
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